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Temáticas de Pesquisa em Psicologia Prof Me: Eliane Chainça Tema TCC: “Consequências do abuso sexual infantil na vida do adolescente” Nomes: Aline Querubin- Amanda Aparecida Almeida de Oliveira – N5052A-3 Ana Rachel Evangelista- Turma: PS6Q28 Fichamento livro: “Abuso sexual na infância: como lidar com isso” (Marcia Longo, 2019) Através dos estudos realizados, o abuso sexual pode ser caracterizado, como toda circunstancia em que uma criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de pessoas adultas. É utilizado o uso do poder pela dependência entre abusador e abusado, definindo esta situação. Segundo Abrapia: “O abusador se aproveita do fato de a criança ter sua sexualidade despertada para consolidar a situação de acobertamento. A criança se sente culpada por sentir prazer e isso é usado pelo abusador para conseguir seu consentimento. (ABRAPIA,2002). A violência sexual acima de tudo, não consiste numa violação à liberdade sexual do outro, mas numa violação aos direitos humanos de crianças e adolescentes, pois se trata de uma pratica sem o consentimento da pessoa vitimizada. Que quando acometida contra crianças, configura um crime ainda mais grave. O abuso sexual é uma questão social, e se difere a região, quando considerada maioridade, culturas e outras condições. Pode-se abordar outros tipos de violência em que a criança esta sujeita, como: abuso físico 9agressoes físicas, espancamentos, castigos físicos) a negligência (deixar de prover o bem estar físico, emocional e psicológico), emocional (humilhação, xingamentos, ofensas) e o abuso sexual. Geralmente o abuso sexual, advém em conjunto com outros fatores. Uma criança que sofre agressões verbais e físicas, se tornam suscetíveis a ação dos abusadores, propondo que sua autoestima está desacreditada e ela encontra-se desestruturada e carente, tornando-se assim um alvo mais fácil de dominação. O relacionamento envolvendo a sexualidade de uma criança ou adolescente, propondo que o praticante adulto ou uma pessoa mais velha, elevando a diferença de tamanho, idade e poder podem ser qualificados como abuso sexual. Pode-se citar que uma das recorrências deste tipo de violência, é a saída de crianças e adolescentes para a rua, elas fogem de casa por toda opressão dos tipos de violência e pelo abuso. E um fator determinante e possível, é que há uma gigante probabilidade de a criança abusada se tornar um abusador no futuro, principalmente se ela não receber ajuda psicológica para lidar com todos os traumas impostos, tendenciando a repassar esta violência para com outras pessoas. A estimativa no Brasil, que a primeira forma de maus tratos contra crianças e adolescentes é a agressão física. Em segundo o abuso sexual. A grande maioria das crianças abusadas, é integrado por meninas entre as idades de 7 a 14 anos. Afirma-se que o incesto é um grande precursor mais perversos da violência sexual, em sua grande maioria o autor pode ser o pai, o tio ou padrasto. Nas antigas sociedades, as crianças eram vistas como seres puros, providas de certas capacidades de “tirar” o mal que cercava nos adultos e por isso eram usadas sexualmente como forma de purificação aos adultos de suas atitudes maldosas. Sigmund Freud, demonstrou através de seus estudos, que as crianças são seres sexualizados: os desejos sexuais são saudáveis para os seres humanos de qualquer idade e isso é visto pelas crianças no decorrer de seu conhecimento. Sobretudo é responsabilidade do adulto em estabelecer um limiar entre o afeto e sexo; tendo em vista que a curiosidade infantil a deferência da sexualidade é totalmente diferente do incentivo de um adulto. As crianças são vistas como fantasiosas e mentirosas, fato que contribui para que os adultos minimizem quando dito sobre alguma coisa sobre abuso sexual. A primeira reação é desconfiar ou desacreditar da criança, tratando como mentira, tentando justificar o comportamento do adulto. Concernindo que o adulto é provedor moral, ético e legal de não se aproveitar e satisfazer suas vontades para com crianças. O abusador provê justificativas para tal comportamento, a colocando em uma situação vulnerável, em primeiro para que ele continue com suas satisfações sexuais, em segundo evitando que essa criança tenha uma percepção correta sobre seu próprio corpo, sobre quem pode ou não o tocar, levando possivelmente a outros abusos sexuais, uma vez que a criança internaliza a informação de achar normal sexo entre adultos e crianças. Eles utilizam também de ameaças para assegurar o silencio de suas vítimas, constituindo de chantagens emocionais explorando seus medos e vulnerabilidades. Ela pode aceitar o contato físico e sexual com medo de responsabilizada por qualquer problema que possa ocorrer com sua família. Gerando posteriormente sentimento de culpa avassaladora e se responsabiliza pelo fato, por não ter denunciado, contado, não tendo a proporção da pressão psicológica que vivenciou. O assediador pode recorrer de violência física para forçar a criança a se submeter ao ato, não sendo comum, pois acima de tudo ele precisa ser atencioso e simpático para aliciar e manter relacionamento do abuso. Trazendo ainda mais desorganização para a crianças, na maioria dos casos o abusador foi gentil e a mesma gostou de receber atenção especial, se culpabilizando ainda mais que o que houve. Sanderson (2005) declara que a principal consequência do abuso sexual no adulto é a sensação de culpa pelo o que transcorreu. Muitas crianças, adolescentes e adultos, têm uma grande dificuldade em falar sobre o que houve, carregando sentimentos inapropriados de culpa e vergonha. Fica a mensagem do abusador que mesmo após anos do abuso, a vitima ainda se culpa, achando sua responsabilidade e não do adulto que lhe infligiu. Readquirir a capacidade da criança em estabelecer novos relacionamentos, depende essencialmente do quanto ela vai receber de atenção e tratamento adequado para conceber sua experiencia de abuso e consequências em todas as fases de sua vida. É primordial que a criança tenha informações como o seu corpo desenvolve de uma maneira correta. Elas desenvolvem sua curiosidade ao longo da vida, e em todos os sentidos incluindo a sexualidade, ela faz parte de todo o processo. É explorado ao longo das vivencias através de jogos, brincadeiras sexuais e em grupos, elas observam os adultos, seus corpos, diferenças entre os sexos, do que pode ou não pode fazer. Adultos são referências em relação a tudo o que elas aprendem. Tendo origem do princípio que o ASIA (Abuso sexual infantil e do adolescente), é capaz de ocorrer com qualquer criança e em qualquer nível familiar e social, é de grande valia que a comunidade, a escola pode fazer a prevenção para tal feito. Tendo como objetivo eliminar ou reduzir os fatores sociais, culturais e ambientais que beneficiam os maus tratos e o ASIA. É de extrema importância a implementação de políticas sociais básicas, de caráter informativo, um programa de educação para saúde sexual com toda comunidade escolar, partindo por ser uma instituição de grande atenção na vida da criança, e que possam incluir crianças que passaram por essa fatalidade e estão fragilizadas e sujeitas a novas formas de abuso. Priorizar a ação de imediato, o encaminhamento desta criança ou adolescente ao serviço educacional, médico, psicológico e jurídico-social. É um ato imprescindível para tentar diminuir a sequelas do abuso e maus tratos na vida dessas vítimas, e evitar que se tornem um potencial abusador em sua vida adulta.