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1 
 
 
2 
 
 
Sumário 
 ....................................................................................................................................................... 1 
Classificadores em Libras .............................................................................................................. 3 
O que são classificadores? ....................................................................................................... 3 
Acessibilidade em Libras é obrigatória .............................................................................. 39 
( Texto de : Tanya A. Felipe ) ................................................................................................... 78 
Intensificador e Advérbio de modo ....................................................................................... 105 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificadores em Libras 
O que são classificadores? 
 
Para as línguas de sinais a reprodução da forma, do movimento de sua 
relação espacial é fundamental, logo a criação de sinais icônicos é um 
fenômeno natural e é o que chamamos também de Classificadores em 
Língua de Sinais. 
Os classificadores permitem tornam mais claro e compreensível o 
significado do que se quer enunciar. Em Libras os classificadores 
descritivos “desempenham uma função descritiva podendo detalhar som, 
tamanho, textura, paladar, tato, cheiro, formas em geral de objetos 
inanimados e seres animados”. (PIMENTA e QUADROS, p.71, 2006). 
4 
 
Um classificador (CL) é uma forma que estabelece um tipo de 
concordância em uma língua. 
Nas línguas do mundo as classificações podem se manifestar de várias 
formas. 
Podem ser: 
 • uma desinência, como em português, que classifica os substantivos e os 
adjetivos em masculino e feminino: menina - menino; 
• pode ser uma partícula que se coloca entre as palavras; 
• e ainda pode ser uma desinência que se coloca no verbo para 
estabelecer concordância. 
Ao se atribuir uma qualidade a uma coisa como, por exemplo: 
arredondada, quadrado, cheio de bolas, de listras e etc, isso representa 
um tipo de classificação porque é uma adjetivação descritiva, mas isso não 
quer dizer que seja, necessariamente, um classificador como se vem 
trabalhando este conceito nos estudos lingüísticos. 
Para os estudiosos deste assunto, um classificador é uma forma que existe 
em número restrito em uma língua e estabelece um tipo de concordância. 
Já sabemos que para as línguas de sinais a descrição, a reprodução da 
forma, o movimento e sua relação espacial, são fundamentais, pois 
tornam mais claros e compreensíveis os significados do que se quer 
enunciar, estamos nos referindo então aos classificadores em Libras. 
Na LIBRAS, os classificadores são formas representadas por configurações 
de mãos que, relacionadas à coisa, pessoa e animal, funcionam como 
marcadores de concordância. 
Assim, na LIBRAS, os classificadores são formas que, substituindo o nome 
que as precedem, pode vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o 
objeto que está ligado à ação do verbo. Portanto os classificadores na 
LIBRAS são marcadores de concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL, 
COISA. 
 
5 
 
 
 
Leitura obrigatória: FELIPE, T. (2002) Sistema de flexão verbal 
na libras: os classificadores enquanto marcadores de flexão de 
gênero. Anais do Congresso Nacional do INES de 2002. 
 
 
O uso do espaço é uma característica fundamental nas línguas visual-
espaciais e está presente em todos os níveis de análise. No que se refere 
ao nível fonológico, um mesmo sinal pode ser realizado em diferentes 
locais, dentre eles o espaço neutro, que corresponde à área localizada na 
frente do sinalizante. 
Dependendo do ponto utilizado no espaço para a realização de um sinal, 
pode haver a produção de sinais com diferentes referentes. 
 
 
 
 
 
Referente é o que é 
indicado/referido no contexto 
relacionado com os interlocutores 
no discurso. Para saber mais sobre 
6 
 
a Teoria da Referência veja 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
_da_linguagem 
 
Quando se quer ser específico quanto ao referente, é possível realizar um 
sinal em uma determinada localização. 
Além disso, se o mesmo sinal for reproduzido em diferentes pontos do 
espaço, estaremos entrando no campo morfológico, pois poderemos estar 
incorporando movimentos que indicam marcação de plural e flexão 
verbal. 
No nível sintático, o uso do espaço é explorado para estabelecer as 
relações gramaticais entre os referentes. No eixo temático de estudos 
lingüísticos e línguas de sinais IV, estaremos aprofundando ainda mais 
estas questões, pois o uso do espaço é um dos componentes mais 
importantes das línguas de sinais, além de ser universal, ou seja, todas as 
línguas de sinais estudadas até então apresentam esse componente 
lingüístico visual-espacial. 
 
 
A definição de Grinevald (1996) sugere os quatro 
critérios seguintes para distinguir 
verdadeiros classificadores de fenômenos classificadores 
relacionados: 
(a) Classificadores são morfemas explícitos. 
(b) Eles constituem um subsistema morfossintático. 
(c) Eles são sistemas de classificação semanticamente 
motivados que não 
classificam todos os substantivos. 
7 
 
(d) Eles são sujeitos a condições de uso pragmático-
discursivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Tabela de Classificadores: 
 
CL-D Classificador Descritivo: refere-se ao tamanho e forma. 
Usualmente produzido com ambas as mãos para formas simétricas e 
assimétricas (não descreve posição ou movimento). Exemplo: 
- A forma e o desenho de um vaso; 
- Desenho de um papel de parede; 
- A altura e largura de uma caixa; 
- A descrição da roupa ou itens que estão no corpo 
 
 
CL-ESP Classificador que especifica o tamanho e forma de uma 
parte do corpo. Descreve tamanho, textura e forma do corpo de 
animais ou pessoas (não descreve posição ou movimento). Exemplo: 
- As orelhas de um elefante; 
- Bicos de aves diversas, 
- Nariz de uma pessoa; 
- Pêlo de gato; 
- Penteado de uma pessoa; 
CL-PC Classificador de uma parte do corpo. Retrata uma parte 
especifica do corpo em uma posição determinada ou fazendo uma 
ação. A configuração da mão retrata a forma de uma parte do corpo 
(descreve posição ou movimento). 
- A ação da boca do hipopótamo; 
- As orelhas de um cavalo em movimento; 
- Os olhos de alguém em movimento; 
- A cabeça de alguém repousando no seu ombro; 
- Ação dos pés andando na lama; 
- A posição das pernas de alguém sentado em uma cadeira. 
 
 
CL-L Classificador Locativo ou Semântico: descreve um objeto 
em um lugar determinado. A configuração da mão pode retratar uma 
parte ou o objeto todo ironicamente. Exemplo: 
- Uma prateleira onde estão copos ou livros; 
- Chão onde caiu um lápis; 
- A cabeça de alguém batida por uma bola; 
- Alvo onde voa uma flecha; 
- Gol onde entra uma bola. 
 
 
9 
 
CL-I Classificador Instrumental: mostra como se usa alguma 
coisa, ou seja, manipulando um objeto. Exemplo: 
- Carregando um balde pela alça; 
- Puxando uma gaveta; 
- Tocando a campainha da porta; 
- Virando uma página; 
- Limpando com um pano. 
 
 
CL- C Classificador do Corpo: é similar ao CL-L, porém não mostra 
nem a manipulação nem o toque aos objetos. Exemplo: 
- Acenando com a mão para alguém; 
- Atravessando os braços com beijos espichados; 
- Coçando a cabeça com perplexidade; 
- Movendo os braços como em correr. 
 
 
CL-P Classificador Plural: Indica movimento ou posição de um 
número determinado/indeterminado de objetos, pessoas ou animais. 
Exemplo: 
- Três pessoas andando juntas (numero determinado); 
- Pessoas sentadas na plateia; 
- Uma fila cumprida de pessoas avançando lentamente; 
- Muitos carros estacionados na rua. 
 
 
CL-E Classificador de Elemento: descreve o movimento de 
elementos ou coisas não sólidas. Exemplo: 
- Água gotejando na torneira; 
- Luz piscandocomo sinal de advertência; 
- O movimento de um líquido num copo; 
- O vapor subindo de uma xícara de chá quente. 
 
 
CL-N° CL-NOME Esses classificadores utilizam a configuração de 
letras ou números, mas não são partes de uma descrição. Exemplo: 
- Números e nome na camisa de futebol; 
- Um título de um livro; 
- Insígnia em um boné; 
- Uma sigla escrita na porta de um banco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é 
marcado ao se representar duas pessoas ou animais simultaneamente 
com as duas mãos ou fazendo um movimento repetido em relação ao 
número. 
 Os classificadores para COISA representam, através da concordância, uma 
característica desta coisa que está sendo o objeto da ação verbal. 
Muitos classificadores são icônicos em seu significado pela semelhança 
entre a sua forma ou tamanho do objeto a ser referido. As vezes o CL 
refere-se ao objeto ou ser como um todo, outras refere-se apenas a uma 
parte ou característica do ser. (FERREIRA BRITO, 1995). 
O valor semântico de cada sinal dependerá da sua localização no espaço, 
pois, como vimos nos exemplos apresentados, o fato de apontar altera 
significativamente o entendimento de um sinal dentro de um contexto 
interativo. A informação a ser dada sobre um determinado referente 
dependerá do local em que o sinal será produzido, por isso, o espaço é 
elemento distintivo do que se quer dizer em qualquer que seja a língua de 
sinais. 
Classificadores, em geral, são formas que estabelecem um tipo de 
concordância, que evidenciam uma característica física, atribuindo-lhe 
uma adjetivação, por meio da qual os elementos sinalizados são 
representados., 
Nas línguas de sinais eles são representados por configurações de mãos 
usadas para expressar formas de objetos, pessoas e animais, bem como os 
movimentos e trajetórias percorridas por eles. 
Os classificadores são, portanto, tipos de morfemas que representam 
objetos, pessoas e animais, descrevendo-os quanto à forma, ao tamanho e 
incorporando-lhes ações 
Em se tratando dos classificadores usados para PESSOA e ANIMAL é 
importante ressaltar que eles podem ter plural. Nesse caso, o plural é 
marcado ao se representar duas pessoas ou animais simultaneamente 
11 
 
com as duas mãos ou fazendo um movimento repetido em relação ao 
número. 
No caso dos classificadores para COISA, estes são representados através 
da concordância, uma característica desta coisa que está sendo o objeto 
da ação verbal. 
Os classificadores podem vir junto de verbos de movimento e de 
localização para classificar o sujeito ou o objeto que está ligado à ação do 
verbo. Eles exercem a função de marcadores de concordância de gênero 
para pessoas, animais ou coisas. Como vimos, os classificadores exercem 
um papel crucial na Libras, pois eles ajudam a construir sua estrutura 
sintática através de recursos corporais que possibilitam relações 
gramaticais abstratas. 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Atividades Configuração de Mão: 
 
profmagnoemouralsb.blogspot.com 
 
 
14 
 
 
Desenvolvido por Nelson Pimenta. 
 
 
15 
 
Atividade com Configuração de mão. 
 
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16 
 
 
Objetivos específicos- 
Conhecer as Configurações de mãos que formam os sinais. 
Reconhecer nos sinais uma das unidades mínimas. 
 
Conteúdo 
Formação dos sinais 
Configuração de Mãos. 
 
Estratégias: 
Mostrar a tabela de Configuração de Mãos e explicar que com esses 
formatos de mãos podemos construir vários sinais da Libras. 
Dar as cartas de CM para os alunos escolherem uma. 
Cada aluno com sua carta- pede-se que na ordem do círculo cada uma faz 
três sinais que conhecem com aquela CM. 
O aluno que não lembrar de três sinais sai da roda. 
Ganha o jogo o aluno que conseguir ficar por último na roda. 
 
Recursos materiais 
Tabela de Configuração de Mãos. 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Os classificadores fazem uso das configurações de mãos para fazer 
referência a algum tipo de propriedade física de uma classe, seja 
elaobjeto, pessoa ou animal. 
Em sua conclusão, Schembri declara que as CMs usadas em construções 
de línguas de sinais parecem constituir um tipo de subsistema 
morfossintático que tem algumas propriedades similares a tipos de 
palavras que são encontrados em algumas línguas orais, como classes 
nominais ou termos de medida; entretanto, por causa da seleção de uma 
CM particular ser parcialmente motivada por características perceptíveis 
de um referente, e por causa de o uso dessas CMs não ter uma função 
classificatória primária, elas não podem ser consideradas verdadeiros 
classificadores da forma como são definidos em línguas orais. 
 
Configuração de mão (CM) usada em classificadores em Libras em resposta ao estímulo 
 
 
 
 
Ferreira-Brito identificou alguns dos classificadores mais produtivos em 
Libras, os 
quais são descritos na Tabela 1: 
 
Configuração de mão Uso e exemplos 
19 
 
Y 
 
Usada para representar uma pessoa gorda 
andando, objetos largos de forma 
irregular (como telefone, bule de café, salto 
de sapato, ferro de passar roupas, 
avião, submarino, chifre de boi), roupas, 
alimentos e outros objetos em uma 
casa. 
 
B 
 
CM com algumas variações quanto ao dedo 
polegar estendido ou não, usada 
para representar coisas planas, lisas ou 
superfícies onduladas (como veículos, o 
telhado de uma casa, um pé num sapato, um 
livro, uma casa ou rodas de 
trem[?]). 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
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21 
 
1- O eu são classificadores em Libras ? 
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________ 
- 
 
 
2- Existe Classificadores nas Línguas Orais? 
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________ 
3- Como acontecem os classificadores em Libras? 
________________________________________________
________________________________________________
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________________________________________________ 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Ditado em Libras 
Alfabeto Manual 
- 1 folha 
- 15 palavras 
- 5 frases simples 
- Digitalizar apenas letra por letra 
 
 
Vamos Treinar: 
Oi 
 Oi 
 Bom 
 Legal 
 Surdos 
 Chefe 
 Preto 
 Escola 
 Libras 
 Cadeira 
 __________________________________________________
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25 
 
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26 
 
 
libras.ufsc.br 
____________________________________________________________
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27 
 
 
 
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28 
 
 
 
 
a) Escolha cinco exemplos de classificadores apreendidos para 
identificar e relacionar ao cotidiano das línguas de sinais, como 
bate-papo numa roda de amigos, apresentação de teatro, 
justificando a importância dos classificadores em línguas de sinais. 
b) _______________________________________________________
_______________________________________________________
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________________________________ 
29 
 
 
 
b) Recorte dez gravuras, faça descrição em língua de sinais e 
identifique o tipo de classificador para apresentar no seminário. 
____________________________________________________________
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__ 
 
 
 
 
 
30 
 
c) Identifique duas frases que sejam condizentes com os seguintes 
classificadores e apresente no seminário. 
d) _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
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_______________________________________________________
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31 
 
- Classificadores descritivos 
- Classificadores especificadores 
- Classificadores de plural 
- Classificadores instrumentais 
- Classificadores de corpo 
____________________________________________________________
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__ 
 
 
 
 
32 
 
 vamos aprender os conceitos fundamentais da Libras que são o uso do 
espaço e de classificadores. 
Na língua de sinais brasileira, assim como verificado na ASL (Siple, 1978) , 
as relações gramaticais são especificadas através da manipulação dos 
sinais no espaço. As sentenças ocorrem dentro de um espaço definido na 
frente do corpo, consistindo de uma área limitada pelo topo da cabeça e 
estendendo-se até os quadris. O final de uma sentença na língua de sinais 
brasileira é indicado por uma pausa. A figura (1) ilustra o espaço de 
realização dos sinais na língua de sinais brasileira, conforme Langevin e 
Ferreira Brito (1988) 
A língua de sinais brasileira, assim como qualquer língua de sinais, é 
organizada espacialmente, de forma bastante complexa. O uso do espaço 
é uma característica fundamental nas línguas visual-espaciais e está 
presente em todos os níveis de análise. 
 
No que se refere ao nível fonológico, um mesmo sinal pode ser realizado 
em diferentes locais, dentre eles o espaço neutro, que corresponde à área 
localizada na frente do sinalizante. 
Dependendo do ponto utilizado no espaço para a realização de um sinal, 
pode haver a produção de sinais com diferentes referentes vejam 
osexemplos em sinais 
Vejam que a realização de um sinal em um determinado ponto no espaço 
implica em mudanças de significados relacionadas com o referente, ou 
seja, está ligada a questões semânticas. Quando se quer ser específico 
quanto ao referente, é possível realizar um sinal em uma determinada 
localização. 
Além disso, se o mesmo sinal for reproduzido em diferentes pontos do 
espaço, estaremos entrando no campo morfológico, pois poderemos estar 
incorporando movimentos que indicam marcação de plural e flexão 
verbal. 
No nívelsintático, o uso do espaço é explorado para estabelecer as 
relações gramaticais entre os referentes notaremos que todas as línguas 
de sinais estudadas até então apresentam esse componente lingüístico 
visual-espacial. 
 
 
 
33 
 
Para melhor entendimento segue abaixo texto de leitura 
obrigatória.. 
 
 
 
FELIPE, T. (2002) Sistema de flexão verbal na libras: os classificadores 
enquanto marcadores de flexão de gênero. Anais do Congresso Nacional do 
INES de 2002 
 
 
 
Chama-se classificador um afixo utilizado, em particular nas línguas negro-
africanas, para indicar a que classe nominal pertence uma palavra (sin.: 
índice de classe).Dubois 
 
Eles se realizam como morfemas na estrutura de superfície sob condições 
específicas; eles têm significado, já que os classificadores denotam alguma 
característica saliente ou imputada a uma entidade que é referida por um 
nome. 
 
 
 
Material: 
 
a) Animado (animais e pessoas, essas também reclassificadas como 
mulher, homem e criança) 
b) Inanimado (árvores, objeto de madeira, etc) 
 
Formato 
 
Subdividida em objetos longos, planos e arredondados (que podem ser em 
uma, duas ou três dimensões) e se associa com outras categorias, como 
consistência, textura, etc. Existem três subcategorizações, como 
proeminência de curva exterior, objetos com o interior vazio, e também 
tem relação com a quantia. 
 
 
Consistência 
 
Tem três subdivisões: flexível, rígido e não-definido. Está associada a 
material e forma. 
 
Tamanho 
34 
 
 
É subdivida em grande e pequeno/a e está associada à forma. 
 
Localização 
Relaciona um lugar e está associada com o tipo de objeto. 
 
Arranjo 
 
Relaciona objetos colocados de uma maneira específica. 
 
Quantia 
 
Relaciona uma quantidade e é subdividida em coleção, volume, peso e 
tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfossintática 
 
 
Várias línguas apresentavam diversas categorias, como determinantes, 
quantificadores, modificadores, de medida, de espécie (de Lyons, em 
1977), e outras denominações. Lingüístas, como Allan, em 1977, 
estabeleceram os critérios para definir as suas classificações 
Na conclusão de Allan, os sistemas de classificadores existentes nas 
línguas faladas constituem um conjunto completo e universal e, por isso, 
agrupam-se em quatro tipos, conforme observado em mais de cinqüenta 
línguas classificadoras. São eles: 
 
1 línguas de classificador numeral . 
2 línguas de classificador concordante . 
3 línguas de classificador predicativo . 
4 línguas de classificador intra-locativo . 
 
35 
 
Línguas de classificador numeral 
São línguas em que um classificador é obrigatório em muitas expressões 
de quantidade e em expressões anafóricas e dêiticas, como, por exemplo, 
a língua Thai 
 
2 línguas de classificador concordante 
 
 
São línguas em que os classificadores são afixados (geralmente prefixos) 
aos nomes e seus modificadores, predicados e pró-formas como, por 
exemplo, em muitas línguas africanas (Bantu e Semi-Bantu) e 
australianas. 
 
3 línguas de classificador predicativo . 
 
São línguas que possuem verbos classificadores, que variam seu radical de 
acordo com as características das entidades que participam enquanto 
argumentos do verbo como, por exemplo, os verbos de 
movimento/localização em Navajo, Hoijer (1945), e verbos classificadores 
em outras línguas Athapaskan. 
 
4 línguas de classificador intra-locativo . 
 
São línguas nas quais classificadores nominais são embutidos em 
expressões locativas que obrigatoriamente acompanham nomes em 
muitos contextos. Existem apenas três línguas: Toba, uma língua sul-
americana, Eskimo e Dyirbal, uma língua do noroeste da Austrália. 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Atividade 
Leitura obrigatória: 
 
FELIPE, T. (2002) Sistema de flexão verbal na libras: os classificadores 
enquanto marcadores de flexão de gênero. Anais do Congresso Nacional 
do INES de 2002. 
 
A - Leia o texto de FELIPE e faça um levantamento de mais três exemplos 
da LIBRAS para cada tipo de classificador encontrado nessa língua: 
 
 
• Especificadores de tamanho e forma 
• Classificador semântico 
• Classificador corpo 
• Classificador parte do corpo 
• Classificador instrumento 
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38 
 
 
 
Faça uma pesquisa, dando outros 10 exemplos para os seguintes 
classificadores : 
 
 
- Classificador de tamanho e forma 
- Classificador de entidades 
- Classificador de verbos manuais 
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39 
 
Acessibilidade em Libras é obrigatória 
Em janeiro de 2016 entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão (LBI). A lei 
promove mudanças significativas em diversas áreas como educação, 
saúde, mobilidade, trabalho, moradia e cultura. Uma das conquistas 
importantes é do acesso a informação, agora que os sites precisam 
estar acessíveis. Além disso, também é exigido que os serviços de 
empresas ou órgãos públicos ofereçam acessibilidade para as pessoas com 
deficiência. 
Na LIBRAS, os classificadores são formas representadas por configurações 
de mãos que, relacionadas à coisa,pessoa e animal, funcionam como 
marcadores de concordância. 
Assim, na LIBRAS, os classificadores são formas que, substituindo o nome 
que as precedem, pode vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o 
objeto que está ligado à ação do verbo. Portanto os classificadores na 
LIBRAS são marcadores de concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL, 
COISA. 
Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é 
marcado ao se representar duas pessoas ou animais simultaneamente 
com as duas mãos ou fazendo um movimento repetido em relação ao 
número. 
Os classificadores para COISA representam, através da concordância, uma 
característica desta coisa que está sendo o objeto da ação verbal. 
EXEMPLOS: 
1- MESA COLOCAR (copo, prato, talher...) 
2- 2- CARRO (mover um atrás do outro) 
3- 3- M-A-R-I-A A-L-E-X (passar um pelo outro) 
Portanto não se deve confundir os classificadores, que são algumas 
configurações de mãos incorporadas ao movimento de certos tipos de 
verbos, com os adjetivos descritivos que, nas línguas de sinais, por estas 
serem espaços-visuais, representam iconicamente qualidades de objetos. 
Por exemplo, para dizer nestas línguas que “uma pessoa está vestindo 
uma blusa de bolinhas, quadriculada ou listrada”, estas expressões 
40 
 
adjetivas serão desenhadas no peito do emissor, mas esta descrição não é 
um classificador, e sim um adjetivo que, embora classifique, estabelece 
apenas uma relação de qualidade do objeto e não relação de 
concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL, COISA, que é a característica 
dos classificadores na LIBRAS, como também em outras línguas orais e de 
sinais. 
 
Muitos classificadores são icônicos em seu significado pela semelhança 
entre a sua forma ou tamanho do objeto a ser referido. As vezes o CL 
refere-se ao objeto ou ser como um todo, outras refere-se apenas a uma 
parte ou característica do ser. (FERREIRA BRITO, 1995). 
 
Na LIBRAS podemos encontrar dez tipos de classificadores 
CLassificador Descritivo: 
 
CL-D 
Se refere ao tamanho e forma; utiliza para descrever a aparência de um 
objeto, isto é, forma, o tamanho, a textura ou o desenho de um objeto. 
Usualmente produzido com ambas mãos, para formas simétricas ou 
assimétricas. 
Exemplos: 
 - A forma e o desenho de um vaso 
- o desenho de papel de parede 
 - a altura e a largura de uma caixa 
 - a descrição da roupa ou dos itens que estão no corpo. 
(Não tem movimento) 
 
41 
 
CLassificador que especifica o tamanho e da forma de uma parte do 
corpo: 
CL-ESP 
A função é similar ao CL-D mas é utilizado para descrever a forma, o 
tamanho, e a textura de uma parte do corpo de pessoas ou animais. 
Exemplos: 
- as orelhas de um elefante 
 –bicos de aves diversas 
- o pelo de um gato 
 – o penteado de uma pessoa - bochechas gordas de um bebê (Não tem 
movimento) 
 
CLassificador de uma Parte do Corpo: 
CL-PC 
Retrata uma parte especifica do corpo em uma posição determinada ou 
fazendo uma ação. A configuração da mão retrata a forma de uma parte 
do corpo. 
Exemplos: 
 - a ação da boca de um hipopótamo 
 - as orelhas de um cavalo em movimento 
- os olhos de alguém em movimento 
- a cabeça de alguém repousando no seu ombro 
 - os dedos do pé sacudindo 
 - a ação de pés andando na lama 
 - a posição das pernas de alguém sentada em uma cadeira (Tem 
movimento) 
42 
 
CLassificador Locativo: 
CL-L 
Retrata um objeto como lugar determinado em relacionamento a outro 
objeto. 
 
Exemplos: 
- uma prateleira onde estão copos ou livros 
- o chão onde caiu um lápis 
 - a cabeça de alguém batida por uma bola 
- o alvo onde voa uma flecha 
 - o gol onde entra a bola 
CLssificador Semântico: 
 
CL-S 
Função similar ao CL-L por retratar um objeto em um lugar especifico (as 
vezes indicando movimento). A configuração da mão retrata o objeto todo 
e o retrata abstratamente (muito pouco ou não se relaciona a aparência 
do objeto) 
Exemplos: 
- C copos na prateleira de um armário 
 - B veículos ou objetos planos 
 - 1 uma pessoa andando em uma direção determinada 
 - Y um avião ou objetos no lugar fixo 
 - V reta ou dobrada retratando a orientação do corpo ou das pernas de 
um animal ou de uma pessoa e/ou suas ações. 
43 
 
CLassificador Instrumental: 
CL-I 
Esse classificador mostra como se usa alguma coisa. 
Exemplos: 
- carregando um balde pela alça. 
 - puxando uma gaveta 
 - tocando a campainha da porta 
- virando uma pagina 
- limpando com um pano 
(Pegar objeto) 
CLassificador do Corpo: 
CL-C 
A parte superior do corpo se torna o classificador na qual a parte superior 
(do sinalizador) “desempenha” o verbo da frase, especialmente os braços. 
CL-C é similiar a CL-I salvo CL-C não mostra nem a manipulação nem o 
toque de objetos. 
Exemplos: 
 - acenando com a mão para alguém 
 - atravessando os braços com beiço espichado 
 - coçando a cabeça com perplexidade 
 - movendo os braços como em correr 
 (Não tem pegar objeto) 
 
CLassificador do Plural: 
CL-P 
44 
 
Indica o movimento ou a posição de um numero de objetos, pessoas, ou 
animais. Pode ser um numero determinado ou não determinado. Indica o 
movimento ou a posição de um numero de objetos, pessoas, ou animais. 
Pode ser um numero determinado ou não determinado. 
 
Exemplos: 
 - três pessoas andando juntas (numero determinado) 
- pessoas sentadas na platéia (numero não determinado) 
- uma fila comprida de pessoas avançando lentamente 
- muitos carros estacionados na rua 
 - dois gatos em cima de um muro 
 
CLassificador de Elemento: 
CL-E 
Esses classificadores retratam movimentos de “elementos” ou coisas que 
não são sólidas, isto è, ar, fumaça, água/liquido, chuva, fogo, luz. 
Exemplos: 
- água gotejando da torneira 
 - luz piscando no sinal de advertência 
- o movimento de um liquido no corpo ou dentro do corpo 
 - o vapor subindo de uma xícara de chá quente. 
Classificar de Nome e Número: 
CL-Nº CL-NOME 
Esses classificadores utilizam as configurações das mãos do alfabeto 
manual ou os números, mas são parte de uma descrição. 
45 
 
Exemplos: 
- números e nome na camisa de futebol 
- um titulo de um livro 
- insígnia em um boné 
- uma sigla escrita na porta de um banco 
 
 
Acerca do uso dos verbos na gramática da Língua Brasileira de Sinais, relacione os 
tipos de verbos na primeira coluna aos verbos na segunda coluna. 
46 
 
 
A sequência correta é 
 a) 3 ‒ 1 ‒ 1 ‒ 2 ‒ 3. 
 b) 1 ‒ 2 ‒ 2 ‒ 3 ‒ 2. 
 c) 3 ‒ 2 ‒ 1 ‒ 3 ‒ 2. 
 d) 1 ‒ 3 ‒ 2 ‒ 1 ‒ 3. 
e) 2 ‒ 1 ‒ 1 ‒ 3 ‒ 2. 
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48 
 
 
Atividades: 
 
Dadas as afirmativas sobre identidades surdas, 
I. Na identidade flutuante, o surdo se espelha na demonstração 
hegemônica do ouvinte, na tentativa de se adequar ao mundo do 
ouvinte. 
II. II. Na identidade inconformada, o surdo não consegue 
compreender a representação da identidade ouvinte, hegemônica, 
e se sente numa identidade subordinada. 
III. III. Na identidade híbrida, os surdos que nasceram ouvintes e 
ficaram surdos têm duas línguas numa dependência dos sinais e do 
pensamento na língua oral. 
IV. IV. Na identidade surda, ser surdo é estar no mundo visual e 
adquirir a língua de sinais, assumindo uma identidade tal como se 
apresenta. 
 
 verifica-se que está(ão) correta(s) 
 
 A) II, apenas. 
B) I e II, apenas. 
 C) I e III, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
 E) I, II, III e IV. 
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50 
 
 
Os efeitos de modalidade que envolvem a língua oral e a língua de 
sinais no processo de interpretação requerem 
A) o abandono dos recursos gestuais. 
 B) a inclusão de uma pedagogia visual. 
 C) a indiferença entre os interlocutores. 
D) o distanciamento de formas híbridas de linguagem. 
 E) a inclusão secundária de uma perspectiva visual-espacial. 
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Quanto aos conceitos de tradução e interpretação, em suas 
diferentes modalidades, é correto afirmar: 
A) tradutores e intérpretes devem dominar não apenas as línguas 
envolvidas, mas também as expressões orais/corporais presentes 
em ambos os idiomas, sem necessariamente dominar o assunto 
alvo em seu trabalho. 
B) a prática da tradução e da interpretação exige o conhecimento 
das línguas, bem como o seu repertório linguístico que permita 
transitar de uma língua a outra, sem necessidade de se utilizar 
conhecimentos da cultura. 
 C) os conceitos de tradução e interpretação, em suas diferentes 
modalidades, não são complementares, ainda que as condições de 
trabalho dos sujeitos envolvidos sejam as mesmas. 
D) conceitualmente, o termo tradução pode englobar as 
modalidades de interpretação e ser considerada distinta em relação 
a ela. 
 E) simultânea, consecutiva e sussurrada são consideradas 
modalidades de interpretação e de tradução. 
 
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Os efeitos de modalidade que envolvem a língua oral e a língua de 
sinais no processo de interpretação requerem 
 A) o abandono dos recursos gestuais. 
B) a inclusão de uma pedagogia visual. 
C) a indiferença entre os interlocutores. 
 D) o distanciamento de formas híbridas de linguagem. 
 E) a inclusão secundária de uma perspectiva visual-espacial. 
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53 
 
 
 
Existe a formação de palavras por derivação e por composição, veremos 
alguns exemplos de palavras por derivação: cadeira é derivado de sentar 
por meio do movimento repetido do primeiro; bonitinho é derivado de 
bonito por intermédio da adjunção da expressão facial ~~ , marca de grau 
aumentativo; bonitão é derivado de bonito por meio da adjunção do afixo 
expressão facial Ô, marca de grau diminutivo; falar-sem-parar é derivado 
de falar por meio da adjunção da mão esquerda e do alongamento dos 
movimentos, marca de aspecto continuativo; pegar-bola é derivado de 
pegar por meio da adjunção do afixo Cl:5, classificador para objetos 
redondos grandes; pegar-agulha é derivado de pegar por meio da afixação 
do morfema gramatical Cl:F, classificador para objetos pequenos e 
pequenos; não poder é derivado de poder por meio do afixo negativo, 
movimentos da cabeça para os lados; impossível é derivado de possível 
por meio da inversão do movimento de para baixo para os lados, afixo 
também negativo; não saber é derivado de saber por meio da afixação de 
um movimento da mão para fora, morfema negativo também. 
 
Por meio desses exemplos, observa-se que as primeiras palavras são 
formadas a partir de seus radicais aos quais se juntam afixos ou morfemas 
gramaticais, pelo processo de derivação. As palavras ou sinais em LIBRAS 
também podem ser formados pelo processo de composição, isto é, pela 
adjunção de dois sinais simples em formas compostas. Por exemplo: Casa 
+ Cruz = Igreja; mulher + pequeno = menina; homem + pequeno = 
menino.Alguns sinais como sentar e cadeira são distintos quanto à forma 
para as categorias verbo e nome, porém, a maioria deles não se distingue 
quanto às categorias verbo, nome, adjetivo e advérbio. O que vai defini-las 
como tal é sua função na sentença. Podemos, entretanto, ilustrar alguns 
casos de palavras que poderiam ser derivadas de outras como é o caso de 
construir e construção, em português. Por exemplo, nas sentenças abaixo, 
identificamos um mesmo item lexical como nome ou verbo, dependendo 
da sentença em que aparecem: ele não limpar-chão-Cl:Y (com escova) = 
(Ele não limpou com escova o chão); ele limpar-chão-Cl:Y (com escova) 
NÃO-Y = (Ele não fez a limpeza do chão com a escova). 
 
No primeiro exemplo, o item lexical limpar-chão-Cl:Y tem uma função 
verbal. Entretanto, na segunda sentença, limpar-chão-Cl:Y tem uma 
função nominal, ou seja, é um substantivo porque vem acompanhado de 
um verbo leve, não-Y, que devido à sua natureza de verbo sem valência 
54 
 
não pode ser considerado um nome. Nesse caso, como os verbos 
chamados leves sempre vêm acompanhados de um nome e como o único 
item capaz de preencher esta função nominal é o sinal limpar-chão-Cl:Y, 
diremos que ele pode pertencer a ambas categorias: limpar-chão-Cl:Y 
(verbo) e limpar-chão-Cl:Y (nome). O mesmo ocorre com as demais 
categorias: adjetivo, advérbio. 
( portal da Educação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
Atividades: 
 
 
Quanto aos conceitos de tradução e interpretação, em suas 
diferentes modalidades, é correto afirmar: 
 
 A) tradutores e intérpretes devem dominar não apenas as línguas 
envolvidas, mas também as expressões orais/corporais presentes 
em ambos os idiomas, sem necessariamente dominar o assunto 
alvo em seu trabalho. 
 B) a prática da tradução e da interpretação exige o conhecimento 
das línguas, bem como o seu repertório linguístico que permita 
transitar de uma língua a outra, sem necessidade de se utilizar 
conhecimentos da cultura. 
C) os conceitos de tradução e interpretação, em suas diferentes 
modalidades, não são complementares, ainda que as condições de 
trabalho dos sujeitos envolvidos sejam as mesmas. 
 D) conceitualmente, o termo tradução pode englobar as 
modalidades de interpretação e ser considerada distinta em relação 
a ela. 
 E) simultânea, consecutiva e sussurrada são consideradas 
modalidades de interpretação e de tradução. 
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56 
 
Classificadores verbais 
 
Propriedades dos classificadores verbais 
 
 
Os classificadores verbais aparecem no verbo categorizando o 
referente dos seus argumentos em termos de forma, consistência, 
tamanho, estrutura, posição e animacidade. Eles sempre se 
referem ao argumento de um predicado e podem co-ocorrer com 
ele. A escolha de um classificador é geralmente uma escolha 
semântica, sendo que cada substantivo de um língua não 
necessariamente precisa de um classificador verbal. Alguns 
substantivos podem ser associados a mais de um classificador. A 
escolha de um classificador é baseada muito mais em uma seleção 
lexical do que em relação à concordância gramatical, ficando 
muitas vezes limitada a grupos semânticos de verbos. 
 
 
 
 
Sistema de flexãoverbal na libras: os 
classificadores enquanto marcadores de flexão de 
gênero1 
 
 
1. OS CLASSIFICADORES NAS LÍNGUAS ORAIS-AUDITIVAS 
O ser humano, em seu processo de apreensão do mundo, 
percebe as entidades a partir de características essenciais ou 
contextuais e as coloca em classes ou paradigmas. As culturas e 
suas línguas concretizam esta significância através de sistemas 
semióticos. Assim, as línguas refletem esta cognição através da 
categorização: o universo é representado através de palavras 
que estão em classes que se combinam para expressar 
entidades, que são mostradas como coisas, eventos, qualidades 
em um contexto. Há línguas com sistemas mais complexos para 
57 
 
mostrar, fono-morfo-sintático-semântico-pragmaticamente, 
estas entidades e, por isso, fazem outras sub-classificações 
separando as coisas em animadas (pessoas, animais) e 
inanimadas (não-pessoas, coisa, veículos); estas coisas podem 
ser ainda re-classificadas quanto ao gênero (masculino, 
feminino, neutro), quanto ao número (singular, dual, trial, 
plural; unidade, grupo); quanto à visibilidade ou proximidade em 
relação ao emissor (perto, mais ou menos distante, distante / 
visível, não-visível / aqui, aí, lá), quanto ao formato, à 
consistência, ao tamanho, quanto ao caso (nominativo, 
acusativo, genitivo, etc), quanto ao papel temático (agente, 
paciente, etc); os eventos são re-classificados em ações, 
processos e estados, podendo ser mostrados também em 
relação ao modo, tempo, aspecto, e seu sistema de flexão para a 
concordância com seu(s) argumento(s). 
As línguas que fazem estas classificações e subclassificações, mencionadas 
acima, através das categorias gramaticais estão sendo denominadas 
de línguas de classes nominais ou não-classificadoras e as que, além 
destas classes gramaticais (nomes, verbos, adjetivos, advérbios, 
pronomes, etc), fazem uso de um sistema de morfemas obrigatórios, que 
especificam nestas classes gramaticais algumas ou várias das 
subclassificações também mencionadas acima, estão sendo denominadas 
de línguas classificadoras 
Como as gramáticas tradicionais, baseadas em uma tradição greco-latina 
que descreveram as línguas indo-européias a partir do modelo proposto 
para a língua latina, incluíram os processos morfológicos da declinação 
(desinências para gênero, número, pessoa, caso para os nomes, adjetivos 
e pronomes) e conjugação (desinências para número, pessoa, tempo, 
modo e aspecto para os verbos), as línguas que possuem estes tipos de 
flexões não vêm sendo nomeadas de línguas classificadoras. Mas se 
percebermos com mais profundidade, comparando com as línguas que 
estão sendo chamadas de classificadoras, estas línguas que têm sistemas 
de morfemas para representarem morfo-sintático-semanticamente estas 
58 
 
características das coisas e eventos em contextos também deveriam estar 
no grupo daquelas línguas classificadoras. 
O fato é que esta terminologia começou a ser utilizada por lingüistas, que 
pesquisando línguas de famílias indígenas, africanas, australianas e 
asiáticas, descobriram que muitas possuíam sistemas de morfemas 
obrigatórios para classificar outras propriedades não mencionadas pelas 
gramáticas tradicionais e passaram a ser chamadas de línguas 
classificadoras. E interessante observar que os pesquisadores destas 
línguas, que começaram a estabelecer esta distinção, são falantes de 
língua inglesa e nesta língua não há flexão de gênero para os nomes, 
adjetivos e artigos, e as flexões verbais são em pequeno número 
comparadas com as línguas neolatinas, a alemã, o polonês, entre outras. 
Analisando estas pesquisas, pode-se perceber que todas têm mostrado 
também que os classificadores, enquanto categoria semântica, podem ser 
realizados, na estrutura de superfície, ou como item lexical ou como 
morfema, mas somente estão sendo denominadas línguas classificadoras 
as que têm um sistema de morfemas obrigatórios, ou seja, um sistema de 
gramemas formantes presos ou dependentes. 
Hjelmslev (1956), em seu trabalho Animado e Inanimado, Pessoal e Não 
Pessoal, fez um estudo da categoria gramatical gênero e estabeleceu uma 
diferença entre as línguas que possuem um sistema de gênero - como as 
várias línguas indo-européias, americanas, do nordeste do Cáucaso, 
semítico, Bantu, Tâmul e Santali - e as que possuem um sistema 
numerativo, como o chinês, japonês, siamês e malaio. Embora não tenha 
estabelecido, explicitamente, os termos “classificador” e “língua 
classificadora”, estudando a evolução da categoria de gênero nas línguas 
eslavas, fez uma distinção entre línguas com classificador numérico e 
línguas com classificador para gênero animado / inanimado, pessoal / não-
pessoal, masculino / feminino / neutro. Neste estudo comparativo-
histórico, Hjelmslev foi buscar questões teóricas e dados nos estudos dos 
primeiros pesquisadores que abordaram esta questão3. 
Atualmente, o termo “classificador” vem sendo utilizado, às vezes, 
destacado somente o seu aspecto morfológico, mas não especificando 
59 
 
precisamente o que ele representa semântico-sintaticamente, ou seja, 
qual sua significação-função em um dado contexto e o que esta estrutura 
representa em relação ao sistema de uma determinada língua. Esta é a 
perspectiva de Dubois et all (1993:112) que o definem: 
“Chama-se classificador um afixo utilizado, em particular nas línguas 
negro-africanas, para indicar a que classe nominal pertence uma palavra 
(Sin.: índice de classe).” 
Esta conceituação, além de não especificar que tipo de afixo pode ser um 
classificador, menciona somente uma família de língua como exemplo. 
Lyons (1977), agrupando os classificadores com as categorias 
determinantes e quantificadores, analisa-os enquanto modificadores. 
Mostra que em línguas como Tzeltal, Mandarin chinês e Vietnamita, os 
classificadores são obrigatórios em frases contendo numeral, em relação à 
primeira língua, e com demonstrativos, no caso das duas últimas. Divide 
os classificadores em: de espécie (sortal classifier), que individualizam o 
que eles referem em termos de tipo de entidade; e os classificadores de 
medida (mensural classifier), que individualizam em termos de 
quantidade. 
Os classificadores de espécie, segundo Lyons (1977:464), na sua maioria, 
utilizadas pelas línguas classificadoras, são nomes, embora de um subtipo 
particular e, como ressalva, é este o fato, mais do que outro, que motiva a 
distinção entre línguas classificadoras e línguas de classe de nome (noun-
class language). Outra característica dos classificadores de espécie é que, 
na maioria das línguas classificadoras, eles podem ser usados também 
com função pronominal ou quase-pronominal em referência dêitica e 
anafórica. Assim, esse tipo de classificador pode ser núcleo ou 
modificador, o que faz considerá-lo como uma espécie de determinante já 
que este também, a despeito do tratamento convencional como 
modificadores de nomes com os quais ocorrem, podem ser considerados, 
sob um ponto de vista sintático, como núcleos mais do que modificadores. 
Devido ao modo como são utilizados, pode-se perceber uma conexão 
sintática e semântica tanto entre os classificadores de espécie e os 
determinantes de um lado quanto entre os classificadores de medida e os 
quantificadores por outro lado, por isso para se ter um ponto de vista que 
pretenda diferenciar estas três categorias deve-se partir não apenas da 
estrutura de superfície, mas encontrar na estrutura profunda a diferença. 
60 
 
Allan (1977) definiu os classificadores a partir de dois critérios: 
1. 
eles se realizam como morfemas na estrutura de superfície sob 
condições específicas; 
2. 
eles têm significado, já que os classificadores denotam alguma 
característica saliente ou imputada a uma entidade que é referida 
por um nome. 
 
Tendo pesquisado mais de cinqüenta línguas classificadoras, Allan 
concluiu que os sistemas de classificadores encontrados constituemum 
conjunto completo e universal em línguas que foram agrupadas em quatro 
tipos: 
 
1. 
línguas de classificador numeral: são línguas em que um 
classificador é obrigatório em muitas expressões de quantidade e 
em expressões anafóricas e déiticas como, por exemplo, a língua 
Thai; 
2. 
línguas de classificador concordante: são línguas em que os 
classificadores são afixados (geralmente prefixos) aos nomes e seus 
modificadores, predicados e pró-formas como, por exemplo, em 
muitas línguas africanas (Bantu e Semi-Bantu) e australianas; 
3. 
línguas de classificador predicativo: são línguas que possuem 
verbos classificadores, que variam seu radical de acordo com as 
características das entidades que participam enquanto argumentos 
do verbo como, por exemplo, os verbos de movimento/localização 
em Navajo, Hoijer (1945), e verbos classificadores em outras línguas 
Athapaskan; 
4. 
línguas de classificador intra-locativo: são línguas nas quais 
classificadores nominais são embutidos em expressões locativas 
que obrigatoriamente acompanham nomes em muitos contextos. 
Existem apenas três línguas: Toba, uma língua sul-americana, 
Eskimo e Dyirbal, uma língua do noroeste da Austrália. 
61 
 
 
O número de classificadores nas línguas pode variar, mas sete categorias 
de classificação podem ser encontradas: (i) material; (ii) formato; (iii) 
consistência; (iv) tamanho; (v) localização; (vi) arranjo e (vii) quanta. Os 
classificadores podem combinar duas ou mais destas categorias e elas 
podem ser também subdivididas. 
A categoria material pode ser sub-classificada em animado: línguas 
Thapaskan, Nootka, Ojibway e Yucatec) e inanimado. Segundo Allan, 
provavelmente todas as línguas que possuem a categoria material fazem 
esta distinção. Há línguas que sub-classificam ainda mais a categoria 
material animado, dividindo-a em animais (línguas orientais, africanas e 
algumas ameríndias, como Tzeltal e Yurok) e pessoas (línguas orientais, da 
Oceania). Estas ainda podem ser re-classificadas em mulher, homem e 
criança. A categoria inanimado quase sempre é representada por vários 
morfemas diferentes, mas o mais comum é o usado para árvores, objetos 
de madeira, geralmente barco. Estes morfemas podem ser sincretizados, 
ou seja, conectados com outros tipos como, por exemplo, com formato. 
A categoria formato é geralmente subdividida em objetos longos, planos e 
arredondados, mas tem-se preferido a denominação em objetos de uma, 
duas ou três dimensões que geralmente podem ser associados com outras 
categorias, como consistência, textura, etc. As línguas ameríndias têm sido 
classificadas como as que mais possuem este tipo de classificador e a 
Taracan só possui este tipo. 
Associado a estas três dimensão dos objetos, há três subcategorização: 
 
 
1. 
em relação à proeminência de curva exterior, ou seja, objetos de 
determinada dimensão que são amontoados, ou são montes, estão 
empilhados, etc. Por exemplo:Yucatec, Navajo, Proto-Banto, etc; 
1. 
em relação a um classificador quanta, ou seja, mais do que a forma, 
o objeto está também associado a quantidade. Ex Taih; 
62 
 
1. 
em relação a ser oco ou vazio, ou seja, classificadores que 
representam conteiners, objetos com o interior vazio. Como 
exemplo, pode-se pensar em classificadores para objetos como 
barco, potes, bambu, etc. 
 
A categoria consistência possui três subdivisões: flexível, rígido e não-
definido. esta categoria geralmente está associada às de material e forma. 
A categoria tamanho está subdividida em grande e pequena/o e também 
está quase sempre associada a de forma. 
A categoria localização especifica um lugar que pode estar associado com 
o tipo de objeto. Como nas línguas Yucatec, Kiriwina, Burmese, Núngetc, 
que têm classificador para pontos na terra e, também, muitas línguas 
orientais que têm classificadores específicos para país, jardim, campos, 
cidades, etc. 
A categoria arranjo especifica objetos colocados de uma maneira 
específica. Esta classificação pode estar incorporada semanticamente ao 
verbo, como na LIBRAS e em português: enrolar, empilhar, enfileirar, 
amontoar, etc 
A categoria quanta especifica uma quantidade e pode ser subdividida em 
classificadores para coleção, volume, peso e tempo. 
As categorias arranjo e quanta, por não classificarem propriedades 
inerentes de objetos, não estão limitadas somente às línguas 
classificadoras e podem estar associadas uma com a outra; assim, nas 
línguas de classificadores de predicado e coordenantes podem aparecer as 
subclassificações para número e gênero como, por exemplo, na LIBRAS 
que pode acrescentar à raiz principal um classificador com um quanta 
simultaneamente: pessoaPASSAR; 2 pessoasPASSAR; 
 
 
3 pessoasPASSAR. 
Destas divisões e subdivisões de classificadores pode-se perceber que elas 
se baseiam, também, na perspectiva do falante em relação ao contexto, 
63 
 
portanto o nível pragmático da língua deve ser, também, avaliado porque 
não se trata somente de morfemas específicos para objetos específicos 
mas, em alguns casos, de morfemas associados a objetos a partir de um 
determinado contexto, o que implica, a utilização da língua, enquanto 
sistema: relações sintagmáticas e correlações paradigmática em todos os 
níveis: fono-morfo-sitático-semântico-pragmático, que possui um 
conjunto de morfemas obrigatórios. 
Kiyomi (1992), a partir das definições de classificadores e das 
classificações de línguas classificadoras propostas por Adams e Conklin 
(1973), Denny (1980), Allan (1977) e Shachter (1985), mostra que os 
classificadores da língua Jacaltec, que são morfemas livres, não poderiam 
ser assim considerados devido ao fato da definição de Allan contemplar 
somente morfemas que são formas presas, e propõe, por isso, uma 
divisão dos classificadores em: 
1. 
morfemas livres, que incluiriam os classificadores de número e os 
classificadores não-numerais; 
2. 
morfemas presos, que incluiriam os classificadores coordenantes, os 
de predicado (nos verbos classificadores) e os intra-locativos. 
 
Analisando, mais profundamente, os classificadores de predicado, Kiyomi, 
a partir das pesquisas de Hoijer (1945), Carter (1966), e Haas (1967), 
afirma que eles estão limitados às línguas Athapaskan (Navaho, 
Chipewyan e Hupa) e que as categorias animado e forma estão entre as 
categorias semânticas encontradas nos classificadores destas línguas e 
conclui que os classificadores para as categorias animado e forma são 
categorias semânticas fundamentais e independentes e que, embora não 
haja universal implicacional em relação ao seus usos, elas estão sempre 
presentes em todos os sistema de classificador e, realmente, isso pode ser 
comprovado em relação as línguas de sinais, tomando como exemplo a 
LIBRAS e a ASL. 
Hoijer (1945:15) descobriu que os verbos classificadores em Navaho estão 
distribuídos em doze raízes: objetos redondos longos, seres vivos, 
conjunto de objetos, conteiner rígido com conteúdos, objeto de 
64 
 
fabricação, objeto volumoso, conjunto de objetos em paralelo, massa, 
massa de madeira, objeto como corda, objeto como lama. Por esta 
classificação pode-se perceber que a categoria inanimado está associada à 
subcategoria de forma: longo, arredondado e como corda. Estes 
classificadores são prefixos de raízes de verbos classificadores, pois estes 
variam de acordo com a classe do(s) seu(s) argumento(s), ou seja, se o 
verbo for intransitivo, o prefixo varia com relação à classe do sujeito, se 
for transitivo, varia com relação ao objeto. Na LIBRAS, os predicados 
classificadores também concordam desta maneira. 
Carter (1966), pesquisando a língua Chipewayan, também como Hoijer, 
diferenciou raízes verbais em função do tipo de classificador mas, embora 
algumas raízes coincidam com as de Hoijer, os dez padrão encontrados 
são, na maioria diferentes: seres acordados (rã, aranha, urso sentado, 
pessoa sentada, etc), seres dormindo (pessoa, bebê, urso, garota, etc), 
seres mortos(pessoa, carcaça de urso, cachorro, peixe, etc), objetos 
sólidos inanimados (lagoa, faca, pedra, laranja, etc), líquidos (lama, 
sangue, leite, água fervendo, café, etc), massas granulares (monte de 
areia, de açúcar, ovos, peixe, etc), objetos como corda, objetos em 
conjuntos ou plural de objetos ( corda, livro, jogando cartas, óculos, etc), 
objetos como varas ou containers vazios (avião, caixa vazia, canoa, 
cadeira, etc), conteiners com conteúdo (caixa com algo dentro, lata de 
cerveja, pacote de cigarros, etc) e objetos de fabricação (calendário, luvas, 
folha de papel, etc). 
Haas (1967:360) fez um estudo comparativo dos classificadores de 
número em Yurok com os classificadores de predicado em Hupa e concluiu 
que, embora eles estejam agrupados em classes sintáticas diferentes, eles 
têm categorias semânticas similares e mostrou o que eles possuíam em 
comum: 
 
 
 
 
 
65 
 
 
Classificadores Numerais em Yurok 
 
Classificadores de predicado em 
Hupa 
 
Seres humanos, Animais 
 
Seres Vivos (humanos e animais) 
 
Objetos finos ou como vara 
 
Objetos longos ou como vara 
 
Objetos como corda 
 
Objetos como corda (ou muitos 
objetos) 
 
Objetos arredondados 
 
Objetos arredondados 
 
 
Friedrich (1970), em seu estudo sobre a língua Tarascan, uma língua 
ameríndia, fala sobre verbos classificadores também e, através de vários 
exemplos, mostra o que ele chamou de verbos classificadores encobertos 
(covertly classificatory verbs). Este tipo de verbo traz semanticamente, e 
não sintaticamente, uma classificação e por isso podem conter na sua 
significação o caso instrumento, paciente ou tema. Pode-se comparar 
estes verbos com verbos em Português como perfurar, parafusar, cavar, 
pentear, escovar, etc, que está implícito em seu significado o tipo de 
instrumento usado na ação. Mas este tipo de verbo não poderia ser 
considerado verbo classificador no sentido que está sendo utilizado pelos 
pesquisadores acima porque aqui a classificação do referente está 
somente em um nível semântico, no plano de conteúdo, não havendo um 
sistema de morfemas a nível morfológico, enquanto paradigma desta 
língua para uma subclasse de verbos que concordam com seu sujeito ou 
objeto em relação às categorias material, forma, etc. O mesmo acontece 
em relação a verbos que trazem semanticamente incorporada a categoria 
66 
 
arranjo, como nos verbos mencionados acima: empoleirar, amontoar, 
enfileirar, etc. Como será visto no capítulo 3, estes verbos incorporam o 
caso modal. Na LIBRAS esta incorporação, no nível semântico, se dá com 
verbos que possuem um processo mimético na sua formação enquanto 
item lexical Felipe (1998). 
Pode-se concluir, a partir de todas estas pesquisas apresentadas, que 
existe uma certa regularidade em relação à utilização dos classificadores 
associados aos tipos de língua classificadora e, embora as pesquisas 
tenham apontado diferentes tipos de classificadores, eles estão 
associados a uma função morfo-sintática, já que o processo de classificar, 
através deles, se dá ou como acréscimo a um radical nominal ou verbal, ou 
como uma derivação interna de raiz, ou mesmos em todos os elementos 
da frase, como nas línguas classificadoras coordenantes. Nesta perspectiva 
morfo-sintática, estes morfemas classificadores podem ser vistos como 
marca de concordância de gênero, ou de número ou de caso, ou de lugar. 
Levando-se em conta as tipologias para classificadores das línguas orais-
auditivas, alguns lingüistas que estão pesquisando línguas de sinais, 
perceberam que existiam também classificadores nas línguas de sinais. 
 
2. OS CLASSIFICADORES NAS LÍNGUAS GESTUAIS-VISUAIS 
Vários lingüistas, que têm pesquisado línguas de sinais, têm demonstrado 
que estas línguas possuem vários tipos de classificadores e, como os 
lingüistas que têm pesquisando sobre classificadores nas línguas orais-
auditivas, aqueles também estão tendo posicionamentos diferenciados ao 
fazerem tipologias dos classificadores ou especificar as funções que eles 
exercem. O ponto em comum está na definição de classificador como 
sendo certas configurações de mãos que funcionam como morfemas que 
marcam certas características de um objeto nas línguas de sinais. 
Frishberg (1975), Kegl e Wilbur (1976) e Supalla (1978/79). 
As divergências estão nos enfoques em relação a estes morfemas 
classificadores: 
 
 
67 
 
1. 
Klima & Bellugi et all (1979) apresentaram um sistema de 
configurações de mãos que seriam classificadores na ASL, ou seja, 
as configurações de mãos especificariam uma característica do 
objeto ou do modo como se seguraria um objeto; 
1. 
Kegl (1985) apresentou estas configurações como sendo clíticos 
formantes das raízes verbais, existindo o clítico de proeminência e o 
de fundo; 
1. 
Padden (1990) apresentou verbos classificadores, que possuem 
configurações de mãos que concordam com o sujeito ou objeto na 
frase, mas não especificou qual seria este tipo de concordância; 
1. 
Pedersen & Pedersen (1983) preferem o termo pró-forma ao em 
vez de classificador como Edmondson (1990), que analisando o 
fenômeno na língua de sinais dinamarquesa, concluiu que as 
configurações nos verbos de movimento e localização seriam 
morfemas que caracterizariam os referentes, de modo icônico, em 
situações estáticas ou dinâmicas, já que a iconicidade4 estaria mais 
em relação às categorias animado/inanimado, dimensionalidade, 
orientação, entre outras, do que em relação à forma. 
 
Todas estas pesquisas apresentaram ou aspectos fonológicos ou 
morfológicos ou sintáticos dos classificadores enquanto afixos ou itens 
lexicais. 
Na tipologia e morfologia dos Classificadores da ASL de Supalla (1986), 
pesquisa que sistematiza seus trabalhos anteriores e que tem sido ponto 
de referência para vários pesquisadores, os classificadores foram divididos 
em: 
 
 
1. 
Especificadores de tamanho e forma: são configurações de mãos 
68 
 
que representam vários aspectos do referente. Estes classificadores 
foram subdivididos em especificadores de tamanho e forma 
estáticos (SASSes): objetos longo, redondos, etc; e especificadores 
de tamanho e forma em traço: a mão, movendo-se no espaço, traça 
as linhas do referente em duas ou três dimensões; 
2. 
Classificador semântico: são configurações de mãos que 
representam os referentes enquanto categorias semânticas: 
classificadores de objetos com pernas (pessoa, cachorro, aranha, 
etc); classificadores de objetos horizontais, verticais, etc; 
3. 
Classificador corpo: todo o corpo do emissor pode ser usado para 
representar seres animados, sendo esta classe uma marca de 
concordância nominal; 
4. 
Classificador parte do corpo: a mão ou alguma outra parte do corpo 
do emissor é usada para representar uma parte do corpo de 
referente. A parte do corpo é uma localização. Este tipo de 
classificador foi dividido em: especificadores de tamanho e forma 
de parte do corpo (dentes na boca, listras de um tigre) e 
classificadores dos membros (mãos e antebraço; pernas e pé); 
5. 
Classificador instrumento: uma representação mimética ou visual-
geométrica do instrumento mostra o objeto sendo manipulado, mas 
este não é diretamente referido. Este tipo foi subdividido em: 
classificador mão como instrumento - usados para contrastar os 
vários meios que a mão interage com objetos sólidos de tamanho e 
formato diferentes; classificadores ferramenta - usados para operar 
ferramentas manualmente; 
6. 
Morfemas para outras propriedades de classes de nomes: usados 
para mostrar consistência e textura (líquido, gasoso, macio, etc); 
integridade física (quebrado, espedaçado, etc); quantidade 
(coleção, muitas pessoas, etc); posição relativa (uma pessoa acima 
de outra, status, etc) 
 
Relacionando estes classificadores com verbos de movimento e de 
localização, Supalla apresenta a raiz destes verbos como sendo formada 
por: um pequeno número de movimento possíveis (existência, localização 
69 
 
oumovimento); um pequeno número de paths (linear, arco e círculo); 
um morfema classificador (mão ou outra parte do corpo, configurando 
uma forma particular e localizada em um lugar particular e orientada ao 
longo de um path) e relações locativas entre o nome central (objeto que 
move - tema) e o secundário (o objeto fundo). A forma da mão nestes 
verbos referem-se à classe do objeto que está envolvido no evento. Os 
morfemas internos destes verbos seriam o morfema classificador, o 
movimento e os pontos básicos e os externos seriam a flexão de número e 
aspecto. 
 
2.1. Revendo a tipologia de SUPALLA 
Embora o estudo de Supalla (1988) tenha sido muito detalhado, resumido 
acima, tenha contribuído para as pesquisas sobre classificadores e tenha 
servido de base para outros trabalhos, já mencionados acima, alguns 
pontos precisam ser revistos: 
2.1.1. Classificadores semânticos 
Primeiramente, como também observou Edmondson (1990), a divisão dos 
classificadores em semânticos é redundante, já que classificador é uma 
categoria semântica que se concretiza em itens lexicais ou em tipos de 
morfemas específicos para cada língua, portanto todo classificador é 
semântico e, conseqüentemente, o que deve ser pesquisado é em que 
nível da língua (morfológico ou sintático) se realiza esta representação 
semântica e como ela se dá. 
Relacionando as sete categorias de classificação, encontradas nas 
cinqüenta línguas pesquisadas por Allan (1977), com a proposta de 
gêneros de Hjelmslev - animado/inanimado: pessoal/não-pessoal, seria 
mais universal especificar, como nas línguas orais-auditivas, o que Supalla 
denominou de classificador semântico, como sendo o que Allan 
denominou de categoria material (animado/inanimado). 
A categoria material, portanto, nas línguas de sinais, tomando como 
exemplo a LIBRAS e a ASL, está subdividida em animado: pessoal e não-
pessoal (animal), e o inanimado: veículo e coisa (formato: objetos planos, 
longos, arredondados, etc; tamanho: grande, médio, pequeno). Esta 
última subcategoria da categoria material (coisa), em verbos de raiz 
mimética5, sempre vem sincretizada com uma ou mais das outras quatro 
70 
 
categorias de classificação encontradas por Allan (1977), ou seja: 
consistência: flexível, rígido, não-definido,etc; localização; arranjo: 
enrolado, em círculo, empilhado, enfileirado, etc; e quanta: coleção, 
volume, peso, etc. O classificador quanta também pode ser sincretizado 
na categoria material animado, por isso um verbo classificador pode 
flexionar para concordar com o número: dual, trial, quatrial, plural. 
A partir desse estudo comparativo sobre classificadores tanto em línguas 
orais-auditivas tanto em línguas de sinais, podemos verificar que o sistema 
de classificador nas línguas gestuais-visuais está relacionado ao gênero 
que, em uma sub-classe de verbos, é marcado através de morfemas 
obrigatórios que devem ser utilizados morfo-sintaticamente, presos às 
raízes verbais, para concordar com o argumento do verbo. 
Na LIBRAS pode ser, assim, esquematizar em relação `as configurações de 
mão: 
pessoal (configurações: G; 1; V ) 6 
 
pessoal + quanta (configurações: V; W; 4) 
 
animado 
não-pessoal: animais (configurações 5; 5; B1) 
 
coisas (configurações: G; 1; B; B; B; B; C; O; L, 
A, S 
 
inanimado 
veículos (configurações 3; B; B; 
Como em línguas orais-auditivas, nas línguas de sinais também ocorre o 
sincretismo das categorias de classificação, concorrem, assim, com estes 
morfemas do sistema de gênero acima (configurações de mãos), outras 
que estão que podem estar iconicamente representadas na raiz 
Movimento ou na orientação ou no ponto de localização (onde um 
caminho (path) começa e finda ou onde a coisa é localizada). Como se 
verá mais à frente, todos estes componentes fazem parte do sistema de 
flexão verbal da LIBRAS. Estes morfemas sempre estão presos a uma raiz 
71 
 
verbal, que é o movimento (+ /-) e anaforicamente concordam com o 
referente que precede o verbo enquanto argumento: sujeito e/ou objeto. 
A nível sintático, os morfemas classificadores ocupam o lugar específico 
para a concordância (I), onde também ficam os clíticos: 
IP 
/ \ 
 
/ \ 
NP I’ 
 
/ \ 
/ \ 
 
I VP 
 / \ 
 
 / \ 
 V NP 
 
marca de gênero 
Portanto estes morfemas classificadores de gênero não têm uma função 
sintática, eles se realizam como desinências que vêm sempre afixadas a 
raízes verbais e, anaforicamente, estabelecem concordância de gênero 
com o referente que é argumento do verbo. Em verbos intransitivos, eles 
concordam com o sujeito - caso nominativo, em verbos transitivos, eles 
concordam com o objeto - caso acusativo. Por isso a mesma configuração 
de mão como, por exemplo, “G”/”D” ou “1” (quantidade), pode 
arbitrariamente representar entidade animado pessoal e inanimado não-
pessoal porque o tipo de verbo e o contexto impedem a ambigüidade. 
72 
 
Quando uma destas configurações está representando entidade animado 
pessoal, ela anaforicamente concorda com o referente animado (pessoa) 
que, nos verbos intransitivos, será o sujeito: caso ergativo e, nos verbos 
transitivos, o referente animado pode ter o sujeito: caso nominativo ou o 
objeto: caso acusativo, com as regras temáticas agente ou objetivo; mas 
quando esta configuração está representando um referente inanimado 
(coisa), ela só pode estar no caso acusativo, associado às regras temáticas 
objetivo ou Locativo7. 
 
2.1.2. Especificadores de tamanho e forma traçados 
Em relação ao sistema proposto por Supalla (1986), outra questão que 
precisa ser revista são os especificadores de tamanho e forma traçados 
porque estes, também, não podem ser considerados classificadores, no 
sentido que se vem trabalhando este termo para línguas orais-auditivas, 
porque eles não formam um sistema fechado e obrigatório que deve ser 
sempre especificado, através de gramemas, para serem afixados a 
lexemas. Estes traços feitos no espaço neutro são os próprios lexemas nas 
línguas de sinais, são itens lexicais que podem ter a função de adjetivos ou 
expressões adjetivas como, em português: em listras, listrado, forma de 
estrela, quadrado, triangular, etc. Eles funcionam, enquanto morfemas 
livres, como modificadores que qualificam o nome sendo, portanto, um 
sintagma adjetival deste nome, enquanto sintagma nominal. Ao se traçar 
um formato com um tamanho no espaço neutro, este traço tem 
autonomia morfologia não podendo ser classificado como afixo e muito 
menos obrigatório. Seria como se dissesse, em português: camisa listrada, 
planície ondulada, cerca, etc. Esses adjetivos ou nomes, como certos 
verbos, já mencionados, acima, também possuem uma raiz mimética, ou 
sejam, sua configuração se dá através da imitação do próprio objeto ou 
um atributo a um determinado objeto. 
2.1.3. Classificadores “corpo e parte do corpo” 
Outra questão ainda que precisa também ser revista é o que Supalla 
chamou de classificadores “corpo e parte do corpo” que também não são 
classificadores, mas itens lexicais que são as próprias partes corpo. 
Quando se fala de mão, mostra-se a mão, quando se fala de cabeça, olho, 
orelha, etc, mostra-se estes órgãos, as partes internas podem ter sinais ou 
73 
 
usada a datilologia. Por exemplo, quando se quer dizer que se deu um 
soco no olho / barriga / face de alguém, basta mimeticamente fazer um 
gesto com a mão com o ponho fechado indo em direção ao olho, barriga 
ou cabeça. Estas partes do corpo, contextualizadas em frases, são itens 
lexicais que funcionam como argumentos para o verbo que possui 
concordância de lugar, não há, portanto, um classificador na configuração 
de mão deste verbo e a configuração “ponho cerrado” é uma raiz verbal 
de derivação zero: suco -> esbofetear. 
As línguas de sinais mostram o próprio corpo ao em vez de criar um sinal 
arbitrário, esta parte do corpo funciona como um ponto de referência da 
Raiz Movimento. Porexemplo, se se quer dizer, em LIBRAS, que alguém 
deu um soco no olho esquerdo de outra pessoa, a frase terá a estrutura : 
SOV, trazendo a raiz verbal toda a informação mimeticamente 
representada por um movimento da mão com ponho fechado simulando 
um soco no olho esquerdo do emissor da frase. Como já foi mostrado, 
Felipe(1998), este processo mimético de formação de palavras é muito 
produtivo e não pode ser confundido com um sistema de classificadores. 
 
2.1.4. Classificadores para instrumento 
A mesma confusão, no sistema de Supalla, ocorreu ainda em relação ao 
que ele chamou de classificadores para instrumento porque não se trata, 
também, de classificadores, enquanto morfemas presos que 
anaforicamente concordam com um referente que é um argumento do 
verbo classificador. Ocorrem, na verdade, dois processos diferentes na 
formação de verbos que possuem configurações de mãos que 
representam mimética ou iconicamente o objeto, enquanto instrumento, 
ou a forma de se pegar um objeto: 
 
1. 
neste primeiro caso, as configurações de mãos que representam 
instrumentos são, juntamente com os outros parâmetros, itens 
lexicais nominais mas, em determinado contexto, através do 
processo de derivação zero, esses item lexicais nominais exercem a 
função de verbo, trazendo implícito semanticamente o caso 
instrumental; a incorporação é, portanto, semântica e não morfo-
74 
 
sintática. Quando se diz ‘tomar café’, em LIBRAS, a frase 
apresentada é CAFÉ BEBER-COM-XÍCARA. O item lexical XÍCARA, 
neste contexto, tornasse verbo; quando se diz cortar em LIBRAS, há 
sempre, semanticamente, a incorporação do instrumento porque é 
a coisa cortante que se torna o próprio verbo: LÂMINA > CORTAR-
COM-LÂMINA; FACA > CORTAR-COM-FACA; TESOURA > CORTAR-
COM-TESOURA. Pode-se comparar este caso instrumento implícito 
que aparece em certos tipos de verbos, na LIBRAS, com verbos, em 
português, que trazem, também, semanticamente, o instrumento 
incorporado, como por exemplo: pentear, que quer dizer “passar 
pente”; escovar “passar a escova”; marretar “bater com marreta”;. 
Este processo de derivação zero na LIBRAS pode ser enquadrado no 
que Friedrish (1970) chamou de verbos classificadores encobertos, 
comentado anteriormente; 
1. 
no segundo caso, a forma de segurar/pegar um objeto, que é o 
instrumento, a configuração das mãos é um dos semas do 
significado do verbo, está portanto a nível semântico, também, e 
não morfo-sintático, não se tratando aqui também de um sistema 
de classificadores. É como se dissesse, em português: ensacar 
“colocar no saco”; parafusar “colocar parafuso” unhar “arranhar 
com as unhas”; ciscar, bicar, beijar, abraçar, pinçar, agarrar, segurar, 
maquiar, tricotar, etc. Como as línguas de sinais possuem uma 
iconicidade visual, seus sinais para representar estas ações e outras 
que trazem a idéia de ‘manipulação de uma determinada maneira’, 
são mais transparentes, motivados, e as configurações de mão 
mostram icônica ou mimeticamente esta manipulação. Este caso 
também deve ser analisado como sendo verbos classificadores 
encobertos, ou seja, é no nível semântico e não no morfo-sintático 
que se realiza a classificação. 
 
Após estas reflexões, retirando o que impropriamente foi considerado 
classificador, ficam somente algumas configurações de mãos que, sendo 
morfemas, serão consideradas nesta pesquisa como sendo desinências de 
gênero. Assim, nas línguas de sinais, tomando como exemplo a LIBRAS, há 
um sistema complexo de desinências que estabelece as flexões verbais. 
3. A FLEXÃO VERBAL NA LIBRAS 
Cada língua, a partir de uma Gramática Universal, possui a sua gramática 
75 
 
particular. As estruturas fono-morfo-sintáticas são portanto idiossincrasias 
lingüísticas específicas a cada língua, assim cada língua tem seu sistema de 
flexão formado por morfemas presos ou livres que são relevantes para a 
sua sintaxe e suas regras transformacionais.8 
A partir do exposto anteriormente, pode-se sistematizar um sistema de 
flexão específico para a LIBRAS. 
Em trabalhos anteriores, Felipe (1988, 91a, 93a) apresentou alguns verbos 
da LIBRAS que possuem concordância, e eles foram denominados 
direcionais, seguindo uma nomenclatura americana: Friedman, Fischer, 
Padden, Suppala entre outros. Aqui, nesta pesquisa, eles serão agrupados 
de maneira diferente. 
1. 
Flexão número-pessoal 
No sistema de flexão verbal da LIBRAS há o parâmetro direcionalidade que 
é um marcador de flexão de pessoa do discurso. Por exemplo, quando de 
diz “eu pergunto para você” a direção do movimento é do emissor para o 
receptor, primeira e segunda pessoas respectivamente; se a frase é “você 
pergunta a mim” a direção é a oposta, e se a frase for “eu pergunta a ele”, 
a direção será para um ponto convencionado para a terceira pessoa do 
discurso (Felipe, 1988). Este sistema é o mesmo para todos os verbos que 
possuem este tipo de flexão. 
Nesta flexão para pessoa do discurso, pode-se dizer que a desinência que 
concorda com o sujeito e o objeto é simultânea à raiz-M verbal porque 
este tipo de flexão é expresso pela direcionalidade (caminho “path”) da 
Raiz- Movimento, mas há também uma sequencialidade já que sempre o 
ponto inicial concorda com o sujeito-agente e o final com o objeto-
objetivo.Exemplos: 
(1) 
1sPERGUNTAR2s “eu pergunto a você”, 
(2) 
2sPERGUNTAR1s “você me pergunta”, 
(3) 
3sPERGUNTAR1s “ela me pergunta”, 
76 
 
 
 
 
2. 
Flexão para locativo 
 
 
 
 
1. 
Além do parâmetro direcionalidade, o ponto de articulação também 
é um tipo de flexão verbal porque pode concordar com a localização 
nos verbos que possuem uma valência com locativo intrínseco. Para 
se compreender esta flexão verbal precisa-se fazer uma distinção 
em relação a este parâmetro porque há dois tipos de ponto de 
articulação a ser considerado: o ponto que faz parte da 
configuração sígnica do verbo, que é somente traço distintivo, 
estando somente em um plano fonológico da língua, e um morfema 
que tem uma função e um significado morfo-sintático-semântico. 
Neste segundo caso, o ponto de realização sígnica é um local real ou 
convencionalizado onde o movimento termina e este Locativo é 
marca de concordância com um argumento do verbo, ou seja, é um 
sintagma de preposição obrigatório. . São verbos que começam ou 
terminam em um determinado lugar que se refere ao lugar de uma 
pessoa, coisa, animal ou veículo, que está sendo colocado, 
carregado, etc. Portanto o ponto de articulação marca a localização. 
Alguns desses verbos podem ter também classificadores. Exemplos: 
(4) MESAk COPO coisa-arredondadaCOLOCARk “colocar copo na mesa”. 
(5) CABEÇAk ATIRARk. ëu atiro na minha cabeça” 
(6) MESAi COPO objeto-arredondadoCOLOCARi “eu coloco o copo na mesa”(9) 
 
 
 
77 
 
3. 
Flexão para gênero 
 
Assim, na LIBRAS, os classificadores são formas que, substituindo o nome 
que as precedem, pode vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o 
objeto que está ligado à ação do verbo. Portanto os classificadores na 
LIBRAS são marcadores de concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL, 
COISA. 
Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é 
marcado ao se representar duas pessoas ou animais simultaneamente 
com as duas mãos ou fazendo um movimento repetido em relação ao 
número. 
Os classificadores para COISA representam, através da concordância, uma 
característica desta coisa que está sendo o objeto da ação verbal, 
exemplos: 
(7 ) pessoaCAIR, veículo CAIR, coisa-redondaCAIR, coisa-planaCAIR, 
(8 ) coisa-fina-e-longaCAIR; (10); 
(9 ) pessoaANDAR, veículoANDAR/MOVER, animalANDAR ; 
(10) COPO MESAk objeto arredondadoCOLOCARk; 
 
 
(11) 2 CARRO veículoANDAR-UM-ATRÁS-DO-OUTRO (md) 
 
veículoANDAR (me) 
(12) M-A-R-I-A A-L-E-X pessoaPASSAR-UM-PELO-OUTRO (md) 
 
 
pessoaPASSAR (me) 
A configuração de mão, como foi visto acima, também em relação a outras 
línguas de sinais, quando associada a verbos classificadores, é uma flexão 
de gênero,que pode ser sincretizada a um quanta. 
78 
 
Concluindo, pode-se esquematizar o sistema de concordância verbal, na 
LIBRAS, da seguinte maneira: 
 
 
1. 
concordância número-pessoal => parâmetro orientação 
2. 
concordância de gênero e número => parâmetro configuração de 
mão 
3. 
concordância de lugar => parâmetro ponto de articulação 
( Texto de : Tanya A. Felipe ) 
 
 
 
 
“-Para se entender Libras é necessário que o intérprete saiba usar os 
classificadores!” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
79 
 
Um pequeno percurso na fonologia da Libras 
 
Como reflexo do quadro internacional, os autores, ao se 
referirem à Libras, também apresentam o mesmo quadro 
fonológico que as demais línguas de sinais. Por essa razão, 
apresentaremos dois estudos que são referência em fonologia da 
Libras. 
O primeiro estudo linguístico da Libras é o de Ferreira-Brito 
(1995). De acordo com ela, embora haja outras classificações 
fonológicas para a ASL e as demais línguas de sinais, para a Libras 
tem-se “como parâmetros primários a Configuração da(s) 
Mão(s), o Ponto de Articulação e o Movimento, e como 
parâmetros secundários a Região de contato, a Orientação da(s) 
Mão(s) e Disposição das Mãos” (FERREIRA-BRITO, 1995, p.36) 
A configuração da(s) mão(s) corresponde às diversas formas que 
a(s) mão(s) assume(m) na realização do sinal, no caso da Libras 
são 46 configurações (Figura 5). O ponto de articulação é a 
região onde é realizado o sinal; e o movimento, como o próprio 
nome diz, é a movimentação do pulso, dedos ou da mão na 
produção do sinal. Segundo a autora, o movimento é um dos 
parâmetros mais complexos, esse pode ser classificado como: (i) 
movimento interno, quando os dedos se movem ocasionando a 
mudança na configuração da mão;, (ii) o movimento da(s) 
mão(s), produzido no espaço ou no corpo em linha reta, curvas e 
círculos e (iii) os movimentos direcionais que traçam direções no 
espaço da sinalização. Com relação aos parâmetros região de 
contato, orientação da(s) mão(s) e a disposição das mãos, as 
noções são as mesmas que as de Klima e Bellugi (1979). 
80 
 
 
(Língua Brasileira de Sinais) 
ufsj.edu.br 
Figura 5: As 46 Configurações de Mãos da Libras (FERREIRA-BRITO, 1995, p. 220) 
Ao lado desses parâmetros, a autora ainda destaca a importância dos 
Componentes Não-manuais: 
São elementos muito importantes, ao lado dos parâmetros primários e 
secundários. Existe mesmo a possibilidade de que a expressão facial ou o 
movimento do corpo sejam outros parâmetros, dada a sua importância 
para diferenciar significados. […] É importante notar que tanto os 
parâmetros primários, como os secundários e os componentes não-
manuais podem estar presentes simultaneamente na organização do sinal. 
(FERREIRA-BRITO, 1995, p.41) 
Nota-se, com isso, que Ferreira-Brito mantém a mesma proposta de 
análise de Klima e Bellugi para os parâmetros na Libras; embora, em um 
primeiro momento, a autora coloque como parâmetro secundário a 
orientação da(s) mão(s), que será considerado como parâmetro primário 
por Quadros e Karnopp (2007) 
Já os estudos de Quadros e Karnopp (2007) não apresentam a distinção 
entre os parâmetros primários e secundários. Elas consideram que os 
constituintes da língua de sinais brasileira são: a configuração de mãos, 
movimento, localização ou ponto de articulação, orientação da mão e 
81 
 
expressões não-manuais ou componentes não-manuais. Sendo que os três 
primeiros são os principais. 
 
Figura 6: Pares mínimos na língua de sinais brasileira (QUADROS & KARNOPP, 2007, p. 52) 
 
De acordo com Quadros e Karnopp (2007), as línguas de sinais, embora 
sejam de modalidade distinta, não deixam de ter as mesmas 
características que uma língua de modalidade oral: 
O fato de as línguas de sinais mostrarem estrutura dual (isto é, unidades 
com significado (morfemas) e unidades sem significado (fonemas)), apesar 
de o conjunto de articuladores ser completamente diferente daquele das 
línguas orais, atesta a abstração e a universalidade da estrutura fonológica 
nas línguas humanas. (QUADROS e KARNOPP, 2007, p.53) 
 
82 
 
Para elas, as línguas de sinais, assim como as línguas orais, apresentam os 
três principais aspectos que podem ser investigados: “os princípios e 
universais lingüísticos compartilhados entre línguas de sinais e línguas 
orais; as especificidades de cada língua; e as restrições devidas à 
modalidade de percepção” (QUADROS e KARNOPP 2007, p.62). Em 
decorrência disso, segundo elas, autores já vêm propondo – para a 
fonologia – o estudo dos traços distintivos em que os sinais são um feixe 
de elementos para formar a configuração de mão, o movimento e a 
localização; e esses resultaram na constituição dos itens lexicais. Essa 
análise tem tentado saber quantos traços existem nas línguas de sinais em 
contraste com as línguas orais. 
Outro modelo usado nas descrições fonológicas, segundo Quadros e 
Karnopp (2007), é a fonologia da dependência que consiste em analisar a 
assimetria binária entre o elemento regente, núcleo, e o dependente. Essa 
relação núcleo-dependente busca generalizações neutras que respeitem a 
modalidade de percepção e produção (QUADROS e KARNOPP, 2007, p. 
65). Outra proposição desse modelo é a discussão sobre a importância do 
movimento na formação dos sinais e a sequencialidade dos elementos, a 
fim de explanar como eles são ordenados e distribuídos de forma linear. 
Mais recentemente, o modelo autossegmental de Liddell (1984) e Liddell 
& Johson (2000[1989]) foi utilizado por Xavier (2006) para analisar a Libras 
com a seguinte prerrogativa: 
 
Aqui cabe ressaltar uma das mais significativas diferenças entre o modelo 
de Stokoe e seus seguidores, e o modelo de Liddell & Johnson. Para os 
primeiros, configuração de mão, localização, orientação da palma e 
movimento equivalem, em função, aos fonemas das línguas orais, 
diferenciando-se destes por serem estruturados e realizados 
simultaneamente. Para Liddell & Johnson, os três primeiros aspectos 
equivalem aos traços articulatórios que constituem conjunta e 
simultaneamente cada um dos fonemas das línguas sinalizadas (que 
podem ser do tipo movimento ou suspensão), enquanto que o último 
83 
 
deles representa um dos dois tipos de segmentos existentes nessas 
línguas (XAVIER, 2006, p. 24-25) 
 
Para Xavier, o modelo de Liddell e Johnson faz conexão entre os aspectos 
concretos e os abstratos da estrutura fonológica das línguas de sinais. 
Nele os sinais são constituídos de um único segmento de suspensão ou 
movimento, ou uma sequência desses dois tipos. 
Enfim, aqui buscamos abordar de modo bem introdutório os modelos 
fonológicos que estão sendo utilizados para descrever a Libras e também 
as línguas de sinais. As pesquisas nessa área ainda precisam se expandir e 
sanar algumas questões fonológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84 
 
Atividade 
 
 
Faça uma pesquisa nas histórias infantis, fábulas, narrativas, etc, sobre a 
importância dos classificadores neste contexto. 
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85 
 
 
 
Atividade 
 
 
Pesquise e escolha de um a dois exemplos de classificadores no You Tube 
(nacional ou estrangeiro). Identifique os seguintes classificadores abaixo : 
 
 
Classificadores descritivos 
Classificadores especificadores 
Classificadores de plural 
Classificadores instrumentais 
Classificadores de corpo 
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86 
 
Para Felipe (2006, p. 202) dentre os processos de flexão de pessoa, aspecto verbal e a de 
gênero, esta última ocorre por meio de uma configuração específica de mão que funciona 
como um classificador. O mesmo acontece com a incorporação do intensificador MUITO ou 
casos modais, eles alteram a RaizM pela frequência do movimento, incorporando um advérbio 
ou intensificador. 
Ainda segundo Felipe (2006), por ser uma língua gestual-visual, outro 
processo de formação de palavra produtivo na Libras é o mimético, já que 
faz uso de expressões faciais e corporais na complementação de itens 
lexicais; e, embora sejam icônicos, eles respeitam as regras fono-morfo-
sintáticas e estão no plano da expressão. A partir dele podem-se derivar 
outros verbos quando acrescentamos à RaizM expressões faciais e 
corporais, como é o caso dos verbos SALTITAR, DESFILAR, CAMBALEAR 
derivados de ANDAR. 
E por fim, Felipe apresenta três tipos de composição por justaposição19: o 
de justaposição de dois itens lexicais, como nos exemplos de 
CAVALO^LISTRA-PELOCORPO (CAVALO + LISTRA-PELO-CORPO = “zebra”); 
MULHER^BEIJO-NA-MÃO (MULHER + BEIJO-NA MÃO = “mãe”); 
CASA^ESTUDAR (CASA + ESTUDAR “escola”). ASSINAR^SEPARAR (ASSINAR 
+ SEPARAR = “divórcio”); COMER^MEIODIA (COMER + MEIO-DIA = 
“almoço”)20, justaposição de um classificador e item lexical, em que o 
classificador é um clítico, por exemplo nos sinais, coisa-
pequena^PERFURAR “alfinete”; coisa-pequena^APLICAR-NO-BRAÇO 
“agulha”; DORMIR^pessoa + “alojamento”21, e justaposição da datilologia 
da palavra, como em COSTURAR-COMAGULHA^ A-G-U-L-H-A “agulha” 
 
 
 
 
 
 
87 
 
Panorama dos estudos sobre classificadores nas 
línguas de sinais 
Dentre as primeiras pesquisas realizadas acerca de uma língua de sinais, 
talvez um dos primeiros relatos sobre classificadores tenha sido 
apresentado por Klima e Bellugi, em 1979; embora os autores não os 
tenham descrito com detalhes, pois na época as análises linguísticas 
estavam mais voltadas para estudos fonológicos e sintáticos das línguas de 
sinais. Mesmo assim os autores já falavam da existência de tal fenômeno 
na ASL e que ele desempenhava um papel importante na língua; contudo, 
eles apresentam o fenômeno, mas não a definição. A princípio eles dizem 
que: 
 
Os classificadores, em particular, são usados para especificar localização 
espacial e arranjos, e maneiras, direções, e as cadências de movimento. 
Os classificadores podem demostrar, por exemplo, o caminho e o modo 
pelo qual uma pessoa, animal ou objeto se movimentam de um lugar para 
outro - saltando, galopando, se arrastando, tropeçando, tecendo dentro e 
para fora, enrolando, movendo para cima, para baixo, ou do outro lado. 
22 (KLIMA e BELLUGI, 1979, p.13-15) (Tradução nossa) 
Outro estudo que analisou os classificadores em ASL foi o de Liddell 
(1980), no livro American Sign Language Syntax. Nessa obra, o autor 
descreve a ordem sintática da ASL que, segundo ele, é SVO; embora o 
objeto possa ser topicalizado e formar a sequência OVS. O autor ainda 
aponta outra sequência possível em que o classificador está presente e 
que altera a ordem SVO. De acordo com ele, essas construções são do tipo 
OBJETO-SUJEITO-VERBO e não há marcação de tópico; sendo, portanto, 
denominadas de estruturas complexas ou verbos complexos em que se 
têm uma sentença encaixada dentro de si. Além disso, os classificadores, 
para esse autor, estabelecem uma relação espacial de localização entre os 
elementos da cena. 
Especificadores de Tamanho e Forma (Size and Shape Specifiers – SASS); 
as mãos ou parte delas são morfemas dos verbos de movimento ou de 
88 
 
localização que classificam diferentes aspectos ou dimensões da estrutura 
visual-geométrica dos nomes a que se referem, como: longo, fino, 
redondo, etc. De acordo com Supalla, esses classificadores são 
subdivididos em (i) especificadores de forma e tamanho do primeiro nível 
estático; (ii) especificadores de forma e tamanho do segundo nível 
estático; (iii) especificadores de forma e tamanho do terceiro nível 
estático e (iv) especificadores de forma e tamanho traçado. Cada uma 
dessas subdivisões representará as características dimensionais dos 
objetos, para isso é necessário que seja adicionado fonologicamente à 
mão mais um dedo. Exemplo disso é que, ao sinalizar com o dedo 
indicador, temos o sinal para ponto ou algo com aspecto de linha reta; 
mas, ao acrescentarmos o dedo polegar, o sentido expresso por esse novo 
classificador é de que o objeto é redondo. Suppalla (1986, p. 187) ressalta 
que: 
As demais configurações de mão em SASS são derivadas dos próximos dois 
níveis morfofonológicos. Os classificadores de níveis superiores são tanto 
semântica e fonologicamente mais complexos do que as anteriores que 
são formas derivadas. O conjunto de características semânticas 
incorporados nos primeiro e segundo níveis derivacionais indica que a 
hierarquia semântica dos níveis anteriores só pode representar objectos 
de no máximo duas dimensões. 
 
Os classificadores semânticos, são mais abstratos que os de forma e 
tamanho (SASS), por representarem um único morfema com a mão 
inteira, além de serem de movimento. Eles estão subdivididos em: (i) 
classificadores de objetos com perna ou patas, os quais representam amaneira que um objeto, animal ou homem se locomove em uma 
trajetória; (ii) classificadores de objetos manobráveis, os quais requerem 
diferentes morfemas para representar o curso da trajetória do objeto que 
pode ser na horizontal ou na vertical e (iii) classificadores de objetos de 
coluna, em que o antebraço é combinado com a mão e os dedos para se 
referir a uma árvore. 
89 
 
Os classificadores de corpo, diferentemente dos outros, são morfemas 
articulados independentes para marcarem o argumento nominal que se 
refere a uma pessoa. Eles podem ser: (i) classificadores de parte do corpo, 
em que a mão marca a parte do corpo, enquanto o componente de 
localização é o próprio corpo para marcar a orientação espacial, por 
exemplo, dar um soco no olho (Figura 12 HIT-IN-THE-EYE); (ii) SASS de 
parte do corpo é a união de SASS com localização no corpo, por exemplo, 
o sinal de zebra ou onça; e (iii) classificadores de membro que se referem 
a algum membro do corpo de um ser animado, representando a sua 
postura ou atitude, como o sinal para coelho ou urso, Figura 12 “CLAWS e 
PAWS” 
Classificadores de instrumento: dizem respeito à forma como o objeto é 
manipulado, sendo divididos em (i) classificador instrumental de mão em 
que a configuração de mão representa vários sólidos de diferentes formas 
e tamanhos – esse classificador demonstra a interação do agente com a 
ação de manipular o objeto – e (ii) classificador de ferramenta, que 
incorpora características miméticas de como se manipular um 
instrumento; nesse caso, o classificador demonstra a interação entre a 
“mão do agente” e o objeto, por exemplo chave de fenda, tesoura e faca 
Classificadores de textura, consistência e textura tátil (ou morfema 
classificador de textura): são classificadores de forma e tamanho (SASS) 
que descrevem propriedades de solidez e rigidez 
 
 
Os classificadores de X-tipo de objeto: Segundo Ferreira-Brito (1995, p. 
109), “são usados para descrever a forma e o tamanho dos objetos ou 
seres referentes e também a maneira como a ação se dá”. Ainda segundo 
ela, esse tipo de classificador incorpora-se ao verbo, descrevendo e 
substituindo o nome; e também localiza os referentes. Um exemplo é o 
classificador com a configuração de mãos em “Y”, 
representado na Figura16, que indica: 
 
90 
 
pessoas gordas, objetos altos e largos de forma irregular (bomba de 
gasolina, lata de óleo, gancho de telefone, bule de café ou chá, sapato de 
salto alto, jarra, veículo aéreo, submarino, ferro de passar roupa, chifre de 
touro ou vaca), roupas, comidas e outros objetos da casa variados, bonitos 
e bons. 
 
91 
 
 
Figura 16: Configuração de mão em forma de ‘Y’ 
 
92 
 
Felipe (2002) conclui que, na Libras, há algumas configurações de mãos 
que, sendo morfemas, podem ser consideradas classificadores. Essas, 
segundo ela, serão consideradas como desinências de gênero, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
93 
 
Atividade : 
 
 
Descreva cinco exemplos quanto ao papel dos 
classificadores nos seguintes itens: 
 
 
A) Semântica 
B) Sintaxe 
C) Morfologia 
2. _______________________________________________________
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94 
 
 
Atividade 
 
 
 
 
Pense na prática pedagógica do ensino de Língua de Sinais em que você 
seriaprofessor. 
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95 
 
Situe o percurso histórico dessa prática de ensino no que se refere aos tipos 
e papéis de classificadores em língua de sinais. 
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96 
 
Explicite as dificuldades e as facilidades no ensino dos classificadores em 
sala de aula. 
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97 
 
As CMs determinam os referentes principais a serem classificados. 
Entretanto, elas, por si só, não constituem o CLASSIFICADOR. O 
componente semântico completo só é interpretado a partir do momento 
em que a CM se articula como UL. Elas são lingüisticamente definidas e 
estão intimamente relacionadas à entidade que descrevem por meio de 
relações icônicas e/ ou metafóricas, cognitivamente determinadas pelos 
falantes da LSB. 
A modalidade vísuo-espacial da LSB favorece a incorporação de várias 
funções ao CLASSIFICADOR, pois os CLs, de acordo com a forma e a 
posição que assumem no discurso, preenchem estruturas sintáticas com 
associações que vão de SUJEITO- VERBO a SUJEITO-VERBO-OBJETO-
INTRUMENTO-MODO-ASPECTOLOCATIVO. (FARIA-NASCIMENTO, 2009, p. 
118) 
 
Classificadores nominais são subdivididos em: Classificadores nominais 
descritivos e Classificadores nominais especificadores. Os descritivos 
(Quadro 2), como o próprio nome diz, descrevem entidades, ou partes 
delas, que sejam indivíduos36 animados ou inanimados, superfícies, 
paisagens, sentimentos e lugares. Caso o classificador seja de pessoa, e 
essa se encontra no plural, ele se modifica a depender da quantidade de 
pessoas no discurso. Caso ele represente qualquer outra das categorias já 
mencionadas, a forma de plural terá a noção de coletivo/ coleção, volume, 
peso e tempo. 
 
CLASSIFICADORES NOMINAIS DESCRITIVOS ATRIBUTOS PASSÍVEIS DE 
DESCRIÇÃO 
-forma: estrutura (unidimensional, bidimensional e tridimensional), plana, 
silhueta, perfil, reta, curva, ondulada, “esburacado”, espiralada, helicoidal, 
ziguezagueada, geométrica (quadrada, redonda, arredondada, triangular, 
oval) etc. 
98 
 
-tamanho: comprimento (comprido e curto), largura (largo e estreito), 
altura (alto e baixo), todas as dimensões (grande, pequeno, microscópio) 
etc. 
-textura: macia, áspera, etc 
-consistência: líquida, pastosa, cremosa, compacta (maciça), espumante, 
flexível (mole), rígida (dura), espessa etc. 
-espessura: grossa, fina, oco/ vazia 
-tonalidade: clara, escura, desbotada, viva 
-odor: perfumado, fétido 
-paladar: doce, salgado. Amargo, azedo/ ácido 
 
Quadro 2: Classificadores Nominais Descritivos (tipos de atributos) (FARIA-
NASCIMENTO, 2009, p.119) 
Os classificadores nominais especificadores (Quadro 3), diferentemente 
dos descritivos, não descrevem atributos dos referentes, mas suas funções 
são de: 
a localização de elementos 'de' ou 'em' um referente (números, símbolos 
etc); ou (ii) o modo como os referentes “arranjam-se”, dispõem-se, 
distribuem-se ou espalhamse no espaço; o modo como os referentes 
estão dispostos em dado lugar ou contexto, por exemplo: enrolados, em 
círculos, empilhados, enfileirados, espalhados etc. (cf. ALLAN, 1977) 
(FARIA-NASCIMENTO, 2009, 121). 
 
ESPECIFICADORES DE LOCALIZAÇÃO 
NÚMERO- 
 
-EM-CAMISA-DE-FUTEBOL 
99 
 
-EM-RESIDÊNCIA 
-EM-TELEFONE 
 -DE-CANAL-DE-TV 
 -DE-CELULAR 
 
ESPECIFICADORES DE MODO 
 
FUMAÇA- 
-DE-CIGARRO-ESPALHANDO 
-DE-CHURRASCO-SUBINDO 
-DE-CHAMINÁ-ESPALHANDO 
 
LIVROS 
- EMPILHAD@ 
ENFILEIRAD@ 
 ESPALHAD@ 
 
CADEIRAS- 
 -EM-CÍRCULO 
-ENFILEIRAD@ 
 
POTE(S-LADO-A-LADO 
QUADRO(S) 
-ESPALHAD@ (EM ORDEM) 
100 
 
 -ESPAHAD@ (SEM ORDEM) 
 
PRATO(S)-ENCAIXAD@-NO-ESCORREDOR 
 
TALHERE(S-POSTOS-NA-MESA 
Classificadores Nominais Especificadores (FARIA-NASCIMENTO, 2009, 
p.121) 
 
 
Classificadores verbais, ou verbos manuais, constituem os predicados 
complexos, podendo ocorrer sozinhos ou com um classificador nominal; 
ao serem realizados nesse último caso, eles são sintagmas nominais que 
incorporam sintagmas verbais ou vice-versa. A incorporação se realiza 
quando o sintagma verbal é seguido de um argumento externo em função 
de sujeito. 
Classificadores homônimos são aqueles que têm a mesma forma, mas têm 
significado diferente; e é por meio do contexto que se determina o 
significado. Como no quadro apresentado por Faria-Nascimento (2009, 
p.127): 
 
CLASSIFICADORES HOMÔNIMOS 
 
PESSOA-DEITADA x PESSOA-DORMINDO-MAL x PESSOA-SE MEXENDO-NA 
CAMA PESSOA-FAZENDO-EXERCÍCIO (com as pernas) x PESSO-
DEITADAPERNAS-PARA-CIMA x PESSOA-OLHANDO-PARA-CIMA 
MODELODESFILANDO x PESSOA-PASSANDO-POR-CIMA-DA-PONTE 
Classificadores Homônimos (FARIA-NASCIMENTO, 2009, p.127) As 
considerações sobre classificadores feitas por Faria-Nascimento não 
101 
 
divergem muito das dos demais autores, a não ser pela nomenclatura e 
que incorporação em Libras está relacionada à simultaneidade ou 
sobreposição de informações sintático-semânticas; porém a literatura tem 
apresentado que a simultaneidade em línguas de sinais é aquela em que 
os fonemas são realizados ao mesmo tempo, enquanto nas línguas orais a 
pronúncia dos fonemas é linear. A respeito desse assunto, nesta pesquisa, 
consideramos que a Libras é predominantemente simultânea e este diz 
respeito à sinalização (pronúncia) dos fonemas na língua, ao invés de uma 
sobreposição sintático-semântica. 
Nota-se, assim, que contrastar duas línguas de modalidades distintas não 
significa encontrar nas línguas visuais as mesmas fórmulas já existentes 
nas línguas orais; mas compreender como funcionam, respeitando suas 
diversidades e analisando de que forma os fenômenos linguísticos 
ocorrem nas línguas. Ao contrastarmos a Libras com as línguas orais 
queremos analisar as suas semelhanças com as línguas orais, bem como 
sua diversidade no que diz respeito aos aspectos morfológicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
102 
 
Intensificadores em Libras 
 
Segundo os autores, a intensificação de adjetivos é geralmente expressa 
por meio de modificações que tornam sua forma visivelmente diferente 
de sua realização basal. As modificações identificadaspor Wilbur, 
Malaia e Shay, listadas no quadro (1), se referem a modificações 
referentes à tensão e movimentação de partes do corpo. 
Aumento na tensão das mãos e da face; Aumento na tensão das mãos e 
da face; 
Modificações no movimento: 
Acréscimo ou aumento da trajetória do 
movimento; 
 
- Demora na soltura do início do movimento; 
 
Modificações nas expressões não-manuais 
(ENMs) (face, cabeça, corpo): 
Modificações nas expressões não-manuais 
(ENMs) (face, cabeça, corpo): 
Franzimento da face; 
Inclinação da cabeça. 
 
Modificações na forma de adjetivos para expressar intensidade (traduzido de 
WILBUR; MALAIA; SHAY, 2012: 95) 
 
 
A expressão de intensidade na libras é um tema ainda pouco 
investigado. Uma das primeiras menções a esse processo na referida 
língua 
provém do trabalho de XAVIER (2006). Dentre os 2274 sinais do dicionário 
de 
CAPOVILLA e RAPHAEL (2001) que analisou, o autor identificou, assim 
como 
103 
 
que têm intensidade e ou advérbio de modo em um sinal. JOHNSTON e 
SCHEMBRI (1999) na língua de sinais australiana, alguns sinais 
monomanuais cuja intensificação parece implicar sua realização com 
duas 
mãos 
 
Há possibilidade de utilizar a classificador e o verbo dentro do 
intensificador e advérbio de modo em libras com contextualizar das 
expressões faciais e corporais nas frases. 
Exemplo: ESTA PESSOA COMER (devagar) EU ESPERAR (muito) NÃO 
PODER ATRASAR TRABALHAR. 
E devem utilizar cinco parâmetros em juntar as palavras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
104 
 
ATIVIDADE 
 
Escolha uma palavra que tem dentro da intensificador e ou advérbio de 
modo e juntar uma frase para fazer em libras, e fale se é intensificador ou 
advérbio de modo. 
ELA PÃO COMER (???) 
HOMEM LIVRO LER (???) 
MULHER ESCOVAR DENTE (???) 
ELA PENTEAR CABELO (???) 
MENINO PAPEL RASGAR (???) 
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105 
 
Intensificador e Advérbio de modo 
 
a. Configuração de mão 
b. Movimento 
c. Ponto de Articulação 
d. Orientação da mão 
e. expressão corporal e/ou facial 
 
ATIVIDADE: 
 
Criar três frases que relaciona Intensificador e adverbio 
de modo e faça um vídeo. 
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106 
 
 
 
 
Intensificador e advérbios de modo 
 
Como já foi informado anteriormente, na Libras, há substantivo e verbo 
que são representados pelo mesmo sinal. Isso também acontece com 
alguns adjetivos. 
 
Sintaticamente, a diferença entre eles está também na possibilidade dos 
adjetivos e verbos poderem incorporar um intensificador (muito) e dos 
verbos poderem incorporar advérbios de modo, que são expressos através 
da modificação do movimento. 
 
O intensificador \u201cmuito\u201d e alguns advérbios de modo podem 
ser expressos também através das expressões facial e corporal. 
 
Há uma diferença entre \u201cmuito\u201d (intensificador) e 
\u201crápido\u201d (advérbio de modo). Para intensificar uma ação, há 
uma repetição do sinal correspondente a esta ação e uma incorporação de 
um movimento lento. Já para estabelecer um modo RÁPIDO de se realizar 
a ação, há uma repetição do sinal da ação e a incorporação de um 
movimento acelerado. 
 
Há, ainda, a incorporação do intensificador \u201cmuito\u201d ou de 
advérbios de modo, que alteram, também, o movimento, através de um 
alongamento do movimento, como por exemplo, em: BONIT@-muito, 
CANSAD@- muito; ou de uma mudança do movimento, como por 
exemplo: ANDAR- cambaleando, ANDAR- saltitando, ANDAR- 
apressadamente; ANDAR. 
107 
 
 
108 
 
 
 
 
 
109 
 
 
 
 
Sistema de Transcrição para a Libras 
 
As línguas de sina is têm características próprias e por isso vem sendo 
utilizado 
mais o vídeo para sua reprodução à distância. Existem sistemas de 
convenções 
para escrevê-las, mas como geralmente eles exigem um período de 
estudo para Este sis tema, que vem sendo adotado por pesquisadores 
de línguas de sinais 
em outros países e aqui no Brasil, tem este nome porque as 
palavras de uma 
língua oral-auditiva são utilizadas para representar aproximadamente os 
sinais. 
 
 
110 
 
 
Exemplos: 
 
 
SAUDAÇÕES 
 
 Em todas as línguas há o ritual da saudação. Dependendo do 
contexto, esse 
cumprimento será mais formal ou informal e geralmente é 
complementado por 
gestos. A Libras tem também sinais específicos para cada uma dessas 
situações. 
Assim podem-se utilizar os seguintes sinais: BOM DIA, BOA TARDE, 
BOA NOITE, 
OI, TCHAU, acompanhados ou não de gestos para cumprimentos: 
111 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
112 
 
Expressões interrogativas e advérbio de 
frequência 
 
 
Estas expressões geralmente são utilizadas nesse contexto de ano 
sideral e, por isso, ébom conhecê-las: 
 
*QUANTA-VEZ? 
*1-VEZ/2-VEZ/3-VEZ/4-VEZ 
*MUITAS-VEZ 
*1-VEZ 
 
Diferente de: 
 
*PRIMEIRA-VEZ 
*PRIMEIRO 
*PRIMEIRAMENTE 
113 
 
 
 
 
 
 
114 
 
Comparativo de igualdade, superioridade e 
inferioridade 
 
Em Libras, também, pode ser comparada uma 
qualidade ou uma ação a partir de três situações: 
igualdade, inferioridade e superioridade. Para 
expressões comparativas de superioridade e 
inferioridade, usa-se os sinais MAIS e MENOS antes 
do adjetivo comparado, seguido da conjunção 
comparativa DO-QUE, ou seja 
 
comparativo de superioridade: X MAIS ----ADJ--
--DO-QUE Y; 
*comparativo de inferioridade: X MENOS ----ADJ-
---DO-QUE Y; 
 Essa expressão comparativa “do que” tem flexão 
para as pessoas do discurso 
e, por isso, a orientação para aonde o sinal aponta 
indicará a segunda 
pessoa/objeto/animal comparados. 
Para o comparativo de igualdade, podem ser usados dois sinais: 
IGUAL (dedos 
indicadores e médios das duas mãos roçando um no outro) e IGUAL 
(duas mãos 
em B, viradas para frente encostadas lado a lado), geralmente no final da 
frase. 
115 
 
 
116 
 
 
117 
 
 
 
 Pronomes indefinidos e quantificadores 
 
 
 
 
 
 
118 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
119 
 
 
Advérbios de tempo (freqüência) 
 
Na Libras, há expressões específicas para representar freqüência de uma 
ação e algumas são expressões idiomáticas: 
*NUNCA, N-U-N-C-A, NUNCA-M-A-I-S, NUNCA-VI, NUNCA-V-I 
*FREQUÊNTE E FREQUENTEMENTE possuem a mesma configuração de 
mão, mas para a segunda idéia que tem o aspecto contínuo, o sinal é feito 
repetidamente; 
*SEMPRE (CONTINUAR) e MESM@ possuem a mesma configuração 
de mão, mas para o primeiro há um movimento para frente do 
enunciador, enquanto o segundo fica no mesmo ponto de articulação 
inicial; 
*MESM@-IGUAL é um sinal composto formado pelo sinal MESM@ 
mais o sinal igual, com o sentido de “sempre”, “mesma coisa”. 
 
 
 
 
120 
 
Os classificadores e os adjetivos descritivos na libras 
 
 
 
 *uma partícula que se coloca antes ou depois da raiz; 
 *uma desinência que se coloca no verbo para estabelecer 
concordância. 
 Ao se atribuir uma qualidade a uma coisa como, por exemplo: 
arredondada, quadrado, cheio de bolas, de listras, entre outras, isso 
representa um tipo de classificação porque é uma adjetivação 
descritiva, mas isso não quer dizer que seja, necessariamente, um 
classificador como se vem trabalhando este conceito nos estudos 
lingüísticos. 
 Para os estudiosos deste assunto, um classificador é uma fo rma que 
existe em número restrito em uma língua e estabelece um tipo de 
concordância. 
 Na Libras, os classificadores, como foi visto acima, são 
configurações de mãos que, relacionadas à coisa, pessoa, animal e 
veículo, funcionam como marcadores de concordância. 
 Assim, na Libras, os classificadores são formas que, substituindo o 
nome que as precedem, podem ser presa à raiz verbal para 
classificar o sujeito ou o objeto que está ligado à ação do verbo. 
Portanto, os classificadores na Libras são marcadores de concordância 
de gênero: PESSOA, ANIMAL, COISA, VEÍCULO. 
 Os classif icadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é 
marcado ao se representar duas pessoas ou animais simultaneamente 
co m as duas mãos ou fazendo um movimento repetido em relação ao 
número. 
 Os classificadores para COISA representam, através da 
concordância, uma característica desta coisa que está sendo o objeto da 
ação verbal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
121 
 
Atividades 
 
 
 
Observe as quatro gravuras e faça as descrições utilizando classificadores 
para cada categoria na LIBRAS (utilize o quadro de configurações de mão): 
 
A - Descrição de superfície 
B - Descrição do corpo associado ao olhar 
 
 
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122 
 
 
 
 
 
Descreva cinco exemplos quanto ao papel dos classificadores nos 
seguintes itens: 
 
 
A) Semântica 
B) Sintaxe 
C) Morfologia 
 
 
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123 
 
 
Escolha no youtube algumas cenas dos Surdos que apresentam 
classificações e tente traduzir. Explicite as dificuldades e as facilidades na 
tradução dos classificadores. 
 
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124 
 
Bibliografia 
http://www.libras.ufsc.br 
colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica 
fatecc.com.br 
O processo de formação de palavra na Libras. ETD-Educação temática 
digital. Campinas, v. 7, no. 2, p 200-217, jun-2006. Disponível em : 
http://www.slideshare.net/asustecnologia/formao-depalavras-em-libras. 
Acesso em: 15 jun. 2011. FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramática de língua 
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__________. LANGEVIN, R. Sistema Ferreira-Brito-Langevin de 
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 QUADROS, R.M. KARNOPP, L.B. Língua de sinais brasileira: estudos 
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 Tese (Doutorado) – Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal da 
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STROBEL, K. L.; FERNANDES, S. Aspectos linguísticos da Libras. 
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Texto base da disciplina de Escrita de Sinais da UFSC. Florianópolis: UFSC, 
2008 
. ______. Aprendizagem da escrita de língua de sinais pelo sistema 
SingWriting: línguas de sinais no papel e no computador. Tese de 
doutorado. Porto Alegre: UFRGS, CINTED, PGIE, 2005. 
VELOSO, B. S. Construções classificadoras e verbos de deslocamento, 
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(Doutorado) - Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual 
de Campinas, Campinas, 2008. 
 
 
 
125

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