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ONCOLOGIA CUTÂNEA
(CÂNCER DE PELE)
P R O F . B R U N O S O U Z A
Estratégia
MED
DERMATOLOGIA 2Prof. Bruno Souza | Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
 Bem-vindo a mais uma discussão dermatológica. Agora, 
vamos entrar em um assunto que cai com muita frequência 
nas provas de Residência Médica, câncer de pele. Depois da 
hanseníase, esse é o tema mais abordado nas questões, portanto 
cada detalhe deste livro digital é importante! Observe a frequência 
de distribuição das questões de dermatologia e perceba a grande 
quantidade de questões sobre esse assunto.
PROF. BRUNO 
SOUZA
APRESENTAÇÃO:
@estrategiamed
/estrategiamed Estratégia Med
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Olá, caro aluno!
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Estratégia
MED
DERMATOLOGIA 3Prof. Bruno Souza | Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
 A cada ano que passa, as questões estão mais aprofundadas. Portanto, é preciso estar atento. Há várias questões sobre 
estadiamento bem como sobre tratamento clínico e cirúrgico do melanoma. Construímos um passo a passo para você responder as 
questões. Vamos em frente!
Dermatoses infecciosas
Dermatoses eczematosas
Miscelânea
Dermatoses vesicobolhosas
Anatomia e fisiologia da pele
Lesões elementares
Dermatoses papuloescamosas
Farmacodermias
Oncologia cutânea
17,3%
0,3%
11,3%
45,1%
2,9%
1,8%
4%
1,5%
15,8%
Estratégia
MED
4
DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Prof. Bruno Souza | Curso Extensivo | Dezembro 2021 4
SUMÁRIO
1.0 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 6
1.1 INTRODUÇÃO 6
1.2 QUEIMADURA SOLAR E BRONZEAMENTO 6
1.3 FOTOENVELHECIMENTO 7
1.4 FOTOCARCINOGÊNESE 7
1.5 FOTOPROTEÇÃO 10
 1.5.1 FILTROS SOLARES 10
2.0 CÂNCER DE PELE 11
2.1 INTRODUÇÃO 11
2.2 FATORES DE RISCO PARA CPNM 13
2.2.1. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 13
2.2.2. FENÓTIPO 13
2.2.3 TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS 14
2.3 CARCINOMA BASOCELULAR 14
2.3.1 APRESENTAÇÃO CLÍNICA 15
2.3.2 DIAGNÓSTICO 17
2.3.3 TRATAMENTO – CBC 17
3.0 CARCINOMA ESPINOCELULAR E LESÕES PRÉ-MALIGNAS 20
3.1 CARCINOMA ESPINOCELULAR E LESÕES PRÉ-MALIGNAS 20
3.1.1 INTRODUÇÃO 20
3.1.2 RISCO DE METÁSTASE 20
3.1.3 FATORES DE RISCO ADICIONAIS 21
3.1.4 LESÕES PRÉ-MALIGNAS 22
3.1.4.1 CERATOSE ACTÍNICA 22
3.1.4.2 CORNO CUTÂNEO 23
3.1.4.3 TRATAMENTO CERATOSE ACTÍNICA E QUEILITE ACTÍNICA 23
3.1.4.4 ÚLCERAS CRÔNICAS E CICATRIZES 23
Estratégia
MED
DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Prof. Bruno Souza | Curso Extensivo | Dezembro 2021 5
3.2 CARCINOMA ESPINOCELULAR 23
3.2.1 DOENÇA DE BOWEN 24
3.2.2 PAPULOSE BOWENOIDE 25
3.2.3 ERITROPLASIA DE QUEYRAT 25
3.2.4 CARCINOMA ESPINOCELULAR INVASIVO 25
3.2.5 QUERATOACANTOMA 27
3.2.6 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 27
3.3 MELANOMA 29
3.3.1 FATORES DE RISCO 29
3.3.2 CLÍNICA E TIPOS HISTOLÓGICOS 32
3.3.3 DIAGNÓSTICO, ESTADIAMENTO E FATORES PROGNÓSTICOS 34
3.3.4 TRATAMENTO E CONDUTA 42
4.0 LISTA DE QUESTÕES 49
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS 50
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 50
Estratégia
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Prof. Bruno Souza | Curso Extensivo | Dezembro 2021 6
DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
CAPÍTULO
1.0 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 
1.1 INTRODUÇÃO
Um dos principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento 
de câncer de pele é a radiação ultravioleta. Por isso, não poderíamos 
começar de forma diferente nossa discussão. Algumas questões 
abordam esse assunto e também o uso de filtro solar. Portanto, 
faremos uma breve discussão a esse respeito. Vamos juntos!
A radiação ultravioleta (UV) é emitida pelo sol e faz parte 
do espectro eletromagnético. É subdividida de acordo com o 
comprimento de onda em:
• UVA: (400 – 315 nm).
• UVB: (315 – 290 nm).
• UVC: (290 – 200 nm).
Praticamente todo o UVC é absorvido pelo oxigênio e pela 
camada de ozônio presentes na atmosfera da Terra e, portanto, não 
entram em contato com os seres humanos. Por isso, iremos discutir 
sobre a UVA e UVB e suas implicações nos indivíduos.
A pele é uma estrutura que tem como uma de suas funções 
a proteção contra os danos induzidos pela UV. A penetração e 
profundidade que a UV atinge na pele depende de seu comprimento 
de onda. Quanto maior o comprimento de onda, maior a 
penetração da radiação ultravioleta. Assim, a UVA consegue atingir 
até a derme profunda, enquanto a UVB é absorvida na epiderme 
e apenas uma pequena porção atinge a derme superior.
Ilustração mostrando que, enquanto a UVA atinge as camadas mais 
profundas da derme, a UVB atinge, no máximo, a derme superficial.
1.2 QUEIMADURA SOLAR E BRONZEAMENTO
Um dos efeitos mais conhecidos da UV é a indução de queimadura solar. A UV em altas doses leva a uma série de alterações deletérias, 
como a produção de proteínas de estresse, de citocinas e a indução de apoptose celular. Tudo isso se reflete clinicamente como as queimaduras 
solares, que vão desde eritemas leves até a formação de bolhas grandes.
A capacidade de induzir queimaduras solares é inversamente proporcional ao comprimento de onda. Dessa forma, a UVB é muito mais 
capaz de gerar queimadura solar do que a UVA. Tanto a UVA quanto a UVB são capazes de produzir bronzeamento. A diferença é que a UVA 
causa um tipo de bronzeamento mais precoce e de curta duração, enquanto a UVB produz um bronzeamento mais tardio e duradouro. 
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MED
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Apesar da UV em altas doses produzir uma resposta inflamatória de forma aguda e em doses 
controladas, a radiação ultravioleta cronicamente possui propriedades anti-inflamatórias. 
Por isso, utilizamos a fototerapia para tratar diversas condições dermatológicas. A fototerapia 
nada mais é do que a exposição do paciente a doses controladas de UVA ou UVB a fim de 
reduzir a inflamação cutânea e produzir uma imunossupressão local. Um inconveniente da 
fototerapia é que os pacientes que necessitam de muitas sessões acabam tendo maior risco 
de desenvolver câncer de pele.
1.3 FOTOENVELHECIMENTO 
A radiação ultravioleta possui uma grande capacidade 
de promover o envelhecimento cutâneo. Clinicamente, esse 
envelhecimento é visto na formação das famosas rugas. Elas 
acontecem principalmente devido à perda de fibras de colágeno 
na derme. Acredita-se que a exposição crônica à UV leve a uma 
inflamação com produção de proteases, que degradam a matriz 
extracelular e diminuem a síntese de novas fibras de colágeno. 
Como a radiação UVA é a que consegue atingir as camadas mais 
profundas da derme e, consequentemente, uma maior quantidade 
de colágeno, acreditamos que o fotoenvelhecimento esteja mais 
relacionado a esse tipo de radiação.
Fotografia da região do colo de uma paciente. Observe que a pele é envelhecida, 
com a superfície sulcada (muitas rugas). Essas alterações são decorrentes da 
exposição solar crônica.
1.4 FOTOCARCINOGÊNESE
O principal fator carcinogênico para o surgimento de tumores cutâneos (sejam eles melanoma ou não melanoma) é a radiação 
ultravioleta. Por isso, esses tumores, na grande maioria das vezes, surgem em áreas expostas cronicamente ao sol. Acredita-se que a UVB seja 
a principal responsável pelo dano ao DNA e, consequentemente, pelo surgimento de tumores cutâneos. 
O processo de formação desses cânceres relacionados à UV obedece às seguintes etapas:
• Exposição UV 
• Dano ao DNA
• Formação de mutações após a ocorrência de dano ao DNA
• Transformação maligna e surgimento de tumores
Fonte: Shutterstock
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Prof. Bruno Souza | Curso Extensivo | Dezembro 2021 8
DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
A UVA e a UVB chegam em intensidades diferentes ao 
longo do dia. A UVA está presente na mesma intensidade durante 
todo o dia (enquanto há sol, obviamente). Por outro lado, a UVB 
está presente predominantemente entre as 10h eas 16h, com 
intensidade máxima ao meio-dia. Observe o esquema para melhor 
compreensão.
Ilustração mostrando que a UVA possui a mesma intensidade das 6h da manhã 
às 19h (quando o sol se põe). Por outro lado, a UVB possui grande intensidade 
apenas entre as 10h e as 16h. Como a UVB é a mais carcinogênica, você 
consegue entender agora o porquê de os dermatologistas não recomendarem 
a exposição ao sol entre as 10h e as 16h!
Xeroderma pigmentoso é uma 
genodermatose (doença genética 
cutânea) em que há um defeito 
na via de reparação às mutações 
do DNA sofridas pela exposição à 
radiação ultravioleta. Esses pacientes 
desenvolvem múltiplos tumores cutâneos 
(melanoma, carcinoma basocelular e carcinoma 
espinocelular) muito precocemente (quando ainda 
são crianças). O quadro é dramático e a sobrevida 
desses pacientes não é boa.
CAI NA PROVA
(HSJC – SP – 2014) - No Brasil em decorrência de fatores climáticos é comum a exposição excessiva à radiação solar com consequente 
aumento no risco de desenvolvimento do câncer de pele, tornando–se esse um problema de saúde pública no Brasil. Em relação à exposição 
solar e ao câncer de pele podemos afirmar:
A) O câncer de pele é a segunda forma mais comum de câncer, correspondendo a mais de 30% do total destes.
B) A Radiação UVA causa bronzeamento na pele, mas raramente produz eritema tendopoder de penetração superficial.
C) A Radiação Ultravioleta B é responsável por queimaduras solares e pigmentação da pele. Tem penetração menor que o UVA, atingindo 
uma porção logo acima da derme. 
D) A pele é também considerada o maior órgão imunológico que protege o hospedeiro contra a invasão de microrganismos. Quando 
submetida à radiação tem aumento da função das células apresentadoras de antígenos.
COMENTÁRIO 
Incorreta a alternativa “A”. O câncer de pele não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular) é o tipo de neoplasia 
maligna mais comum no Brasil e no mundo!
Incorreta a alternativa “B”. Como vimos anteriormente, a UVA consegue penetrar em camadas profundas da pele.
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Correta a alternativa “C” Essa alternativa está perfeita! Discutimos todos esses pontos anteriormente.
Incorreta a alternativa “D”. A pele, de fato, é um órgão imunológico, que protege o hospedeiro de infecções e de patógenos. Porém, a 
radiação ultravioleta leva a uma redução da função das células apresentadoras de antígeno e a uma imunossupressão cutânea.
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
 1.5.1 FILTROS SOLARES
Os filtros solares são preparações tópicas que atenuam 
a radiação UV antes que ela penetre na pele. Eles protegem não 
somente contra as queimaduras agudas, mas também previnem 
o fotoenvelhecimento, a imunossupressão causada pela UV e, 
principalmente, o câncer de pele.
Idealmente, um filtro solar deve proteger tanto contra UVA 
quanto UVB, ser esteticamente agradável e fotoestável. Dividimos 
os filtros solares em dois grandes grupos: os orgânicos e os 
inorgânicos.
• Filtros solares orgânicos: também chamados de agentes 
químicos, esses filtros possuem substâncias químicas 
capazes de absorver a radiação UV antes que ela entre Ilustração com resumo das consequências da UVA e da UVB.
com esse tipo de filtro solar. A principal substância utilizada é a oxibenzona.
• Filtros solares inorgânicos: esses filtros são compostos por partículas opacas de materiais inorgânicos e são referidos como agentes 
físicos. Possuem a capacidade de refletir a radiação ultravioleta. Os dois mais importantes filtros inorgânicos são o dióxido de 
titânio e o óxido de zinco.
A medida da eficácia de um filtro solar é dada pelo fator de proteção solar (FPS). Um FPS 
de 10, por exemplo, permite 10 vezes mais tempo de exposição solar para a produção do 
mesmo eritema em um indivíduo sem o produto. O FPS de um filtro solar deve ser no mínimo 
30, tanto para crianças quanto para adultos.
Os filtros solares não devem ser utilizados em crianças com menos de seis meses de idade. Crianças a partir dos seis meses podem 
utilizar filtros solares inorgânicos. Somente após os dois anos de idade, está liberado o uso de filtros solares orgânicos, principalmente pelo risco 
de alergia quando utilizado mais precocemente. As gestantes podem e devem utilizar filtros solares, já que não são produtos teratogênicos.
em contato com a pele. Por serem formados a partir de substâncias químicas, há um maior risco de desenvolvimento de alergias 
1.5 FOTOPROTEÇÃO
Para prevenir o desenvolvimento de câncer de pele, é importante que orientemos nossos pacientes a tomarem medidas de fotoproteção. 
Quando falamos em fotoproteção, pensamos imediatamente em filtros solares, porém a fotoproteção envolve outras medidas como:
• Evitar o sol (principalmente entre as 10h e 16h).
• Ficar na sombra.
• Uso de roupas com proteção ultravioleta, além de óculos de sol.
• Uso de bonés e chapéus, principalmente em homens calvos.
Estratégia
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
CAI NA PROVA
(Hospital Universitário Onofre Lopes – RN – 2016) - A radiação solar é responsável não só pela indução a cânceres de pele, fotoenvelhecimento 
e doenças conhecidas como fotodermatoses, mas também pelo eventual agravamento dessas doenças. Algumas medidas podem evitar ou 
diminuir a incidência dessas dermatoses. Em relação à prevenção do aparecimento de câncer de pele, é correto afirmar:
A) Medidas de proteção física, como uso de roupas, chapéus, óculos escuros, película nos vidros do carro e sombra de árvores, não são 
consideradas como recursos de fotoproteção efetiva.
B) Os protetores solares são recomendados para o uso após os 6 meses de idade. Antes dos 6 meses, não é indicada a exposição solar.
C) A utilização de produtos para fotoproteção deve ser evitada em gestante, devido ao risco teratogênico dos fotoprotetores.
D) Indivíduos de pele étnica apresentam, reconhecidamente, mínimo risco de desenvolver câncer de pele e fotoenvelhecimento, de modo 
que a fotoproteção, nesses grupos, faz-se desnecessária.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa “A”. Vimos que a fotoproteção envolve diversas condutas.
Correta a alternativa “B” É justamente essa a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria quanto ao uso de filtros solares.
Incorreta a alternativa “C”. As gestantes também devem fazer uso de filtros solares. Não há riscos teratogênicos com o uso de fotoprotetores.
Incorreta a alternativa “D”. Indivíduos negros, por apresentarem uma quantidade maior de melanina, possuem um risco menor de câncer 
de pele. Porém, é necessário que as pessoas de fototipo mais alto também utilizem filtros solares e tomem as mesmas precauções, para 
evitar o câncer de pele e o fotoenvelhecimento.
CAPÍTULO
2.0 CÂNCER DE PELE
2.1 INTRODUÇÃO
A pele é o órgão responsável pelo maior número de cânceres no mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os 
cânceres de pele são responsáveis por cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Esse número pode chegar a 70% 
quando analisamos apenas pessoas caucasianas.
Câncer de pele é um termo genérico para referir-se a neoplasias malignas cujo sítio primário é a pele. Dessa forma, qualquer célula 
normalmente presente na pele pode ser a responsável pelo surgimento da doença oncológica. Podemos ter neoplasias malignas derivadas 
de queratinócitos, de melanócitos, da unidade pilossebácea, de glândulas sudoríparas écrinas ou apócrinas e de células de Merkel. Por isso, 
é fundamental uma pequena noção da histologia normal da pele para sua compreensão.
Estratégia
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Por uma questão de importância, costuma-se dividir os cânceres de pele em melanoma (aquelesderivados dos melanócitos) e câncer de 
pele não melanoma (CPNM). Quando nos referimos aos CPNM, estamos falando especificamente do carcinoma basocelular e do carcinoma 
espinocelular. Enquanto o melanoma é um tumor com alta letalidade, os CPNM são menos agressivos. Porém, possuem alta morbidade, já 
que os pacientes são submetidos a diversos procedimentos cirúrgicos, e alto custo financeiro para o Sistema Único de Saúde. Vamos iniciar 
nossa discussão com o CPNM e, posteriormente, discutiremos o melanoma.
Observe a histologia da epiderme e as várias células que aí residem. Diversos tipos de câncer de pele podem originar-se de cada um desses tipos celulares.
CAI NA PROVA
(HOSPITAL SANTA TERESA – RJ- 2016) A neoplasia maligna mais incidente no mundo é o câncer de:
A) Mama.
B) Pele não melanoma.
C) Pulmão.
D) Colorretal.
E) Próstata.
COMENTÁRIO
Essa questão cai com bastante frequência em provas de concurso médico, muitas vezes, na prova de Medicina Preventiva. Vamos 
analisá-la.
Incorreta a alternativa “A”. O câncer de mama é a segunda neoplasia maligna mais frequente em mulheres (atrás do câncer de pele não 
melanoma) e responsável pelo maior número de óbitos no sexo feminino.
Estratégia
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Incorreta a alternativa “C”. O câncer de pulmão é a neoplasia maligna responsável pelo maior número de óbitos em homens.
Incorreta a alternativa “D”. Câncer colorretal é a 4ª neoplasia maligna mais prevalente em homens e a 3ª em mulheres.
Incorreta a alternativa “E”. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens, depois dos cânceres de pele não 
melanoma.
2.2 FATORES DE RISCO PARA CPNM
Como alguns fatores de risco para o surgimento de carcinoma basocelular (CBC) e do carcinoma espinocelular (CEC) são semelhantes, 
vamos discuti-los conjuntamente. Mais adiante, discutiremos fatores de risco associados unicamente ao desenvolvimento do CEC.
2.2.1. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
Sem dúvidas, a exposição à radiação ultravioleta (UV) é o 
principal fator de risco para o desenvolvimento dos CPNM. Porém, 
há uma diferença na forma de exposição a essa radiação. Enquanto 
exposições intensas e intermitentes estão mais relacionadas ao 
desenvolvimento de carcinoma basocelular, exposições crônicas, 
a longo prazo, estão mais associadas ao desenvolvimento dos 
CECs . Podemos perceber isso em nossa prática clínica. Não é 
incomum diagnosticarmos CBCs em pacientes sem muitos sinais de 
fotodano, ao passo que, em quase todos os casos de CEC, a pele ao 
redor é altamente danificada pelo efeito cumulativo da radiação 
ultravioleta.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu bronzeamento em câmaras artificiais 
no Brasil para fins estéticos desde 2009 devido ao risco de desenvolvimento de câncer de pele.
2.2.2. FENÓTIPO
Divide-se os indivíduos de acordo com a tonalidade da pele e a predisposição à queimadura ou bronzeamento quando expostos ao sol. 
Observe a tabela:
Correta a alternativa “B” Como vimos, os cânceres de pele não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular) são 
os tumores malignos mais frequentes no Brasil e no mundo.
FENÓTIPOS
Fototipo Característica Sensibilidade ao sol
I – Branca Queima com facilidade, nunca bronzeia. Muito sensível.
II – Branca Queima com facilidade, bronzeia pouco. Sensível.
III – Morena clara Queima e bronzeia moderadamente. Normal.
IV – Morena Queima pouco, bronzeia moderadamente. Normal.
V – Morena escuro Queima raramente, bronzeia bastante. Pouco sensível.
VI – Negra Nunca queima, totalmente pigmentada. Insensível.
Estratégia
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Pacientes com os fototipos mais baixos, que sempre se queimam e não se bronzeiam, estão sob maior risco de desenvolvimento de 
câncer de pele, sobretudo pacientes com efélides (sardas) e ruivos. Condições genéticas, como o albinismo, em que o paciente não possui 
melanina, são um alto fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pele.
2.2.3 TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
Pacientes que são submetidos à transplante de órgãos sólidos necessitam ficar sob uso de 
drogas imunossupressoras por longo período de tempo, o que lhes confere um risco aumentado 
de câncer de pele. Aqui há um dado importante que pode ser cobrado em provas. Na população 
geral, o carcinoma basocelular é mais frequente do que o carcinoma espinocelular, porém, em 
pacientes transplantados, essa proporção inverte-se e os CECs passam a ser mais comuns que os 
CBCs.
Paciente Transplantado renal com carcinoma 
espinocelular sobre fístula arteriovenosa.
Fonte: Acervo pessoal do professor
FATORES GENÉTICOS também apresentam importante papel na 
gênese do CPNM. Em relação ao CBC, tem-se estudado cada vez mais 
a importância da via de sinalização Hedgehog em sua patogênese, 
de forma que mutações envolvendo componentes dessa via 
têm implicado no desenvolvimento da doença. Exemplo disso é 
a mutação do gene PTCH, o mais frequentemente alterado em 
paciente com CBC, estando presente em 30% a 90% dos casos de CBC 
esporádicos. Também a mutação no gene p53 (supressor tumoral) 
tem sido responsabilizada pelo surgimento de CBCs. Em relação ao 
CEC, a alteração genética mais comumente encontrada é a mutação 
do gene p53.
2.3 CARCINOMA BASOCELULAR
O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum. Geralmente, surge em área fotoexposta. Acredita-se que o CBC 
seja derivado dos ceratinócitos da camada basal dos folículos pilosos. Isso é importante, pois, em áreas que não há folículos pilosos, como 
a mucosa, o desenvolvimento de um CBC é virtualmente impossível. E, por derivarem das células da camada basal, recebem esse nome 
“basocelular”. Raramente levam a metástases e existem poucos relatos de CBC metastático. A grande preocupação desse tumor é seu 
potencial de destruição e invasão local, por vezes, até com acometimento ósseo. É divido em quatro subtipos clinicopatológicos principais: 
nodular, superficial, morfeiforme e fibroepitelial. Todos esses tipos podem ser pigmentados ou não.
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
2.3.1 APRESENTAÇÃO CLÍNICA
• Carcinoma basocelular nodular: o subtipo nodular é o mais comum (50% dos casos) e o mais cobrado em provas de Residência 
Médica. A descrição clínica é muito peculiar, portanto preste bastante atenção. A lesão é uma pápula ou nódulo PEROLADO 
(brilhante) com TELANGIECTASIAS ARBORIFORMES. Com o crescimento do tumor, pode haver ulceração.
Nódulo eritematoso, perláceo (brilhante), bem delimitado, com finas 
telangiectasias e pequena exulceração. Esse quadro é muito típico de um 
carcinoma basocelular nodular.
Detalhe de um carcinoma basocelular nodular. Observe a pápula eritematosa, 
o brilho e as finas telangiectasias (vasos arboriformes) na parte superior.
Fonte: Shutterstock Fonte: Shutterstock
• Carcinoma basocelular superficial: é a forma mais 
insidiosa de CBC, apresentando-se como uma lesão 
eritematoescamosa que cresce superficialmente, 
sendo mais comum no tronco. Apresenta excelente 
prognóstico e é passível de tratamentos não cirúrgicos 
com boa chance de cura.
Placa eritematosa, com algumas crostas e pequenas exulcerações. Esse é 
um carcinoma basocelular superficial.
Fonte: Shutterstock
• Carcinoma basocelular esclerodermiforme: considerado 
um subtipo mais agressivo, apresenta-se como uma 
lesão infiltrada e mal definida, além do característico 
brilho perláceo.
Placa eritematosa, infiltrativa, endurecida, ulcerada e com alto poder 
destrutivo local. Esse é um carcinoma basocelular esclerodermiforme, 
tumor difícil de ser tratado.
Fonte: Shutterstock
• Fibroepitelioma de Pinkus: esse subtipo é raro e nunca foi cobrado em provas de Residência Médica. Apresenta-se como uma 
pápula normocrômica amolecida, localizadaprincipalmente no dorso.
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Os carcinomas basocelulares podem ser pigmentados. Nesses casos, ao invés de apresentarem-
se como uma pápula eritematosa, surgem como pápulas ou placas enegrecidas. O diagnóstico 
é mais difícil e pode ser confundido com melanoma.
CAI NA PROVA
(UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – SP - 2016) - Mulher de 60 anos refere lesão eritematosa em dorso nasal há aproximadamente um 
ano. Relata que a lesão cresceu progressivamente, apresentando ulceração central nas últimas semanas. Ao exame dermatológico, apresenta 
nódulo com bordas eritematosas e translúcidas, mostrando formações perláceas e finas telangiectasias, com centro ulcerado e recoberto por 
crosta, apresentando sangramento com a retirada da mesma. O provável diagnóstico para esse caso é:
A) Carcinoma espinocelular.
B) Carcinoma basocelular.
C) Melanoma amelanótico.
D) Granuloma piogênico.
E) Ceratose actínica.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa “A”. O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum de câncer de pele. Está relacionado à exposição 
crônica ao sol e os pacientes que o desenvolvem possuem a pele muita danificada pela radiação ultravioleta. Outros fatores para seu 
surgimento são úlceras crônicas ou cicatrizes. Geralmente, nas questões de carcinoma espinocelular, o examinador frisará algum desses 
fatores de risco. Em geral, evoluem das queratoses actínicas, lesões pré-malignas. São pápulas e placas queratósicas, em que, à palpação, 
percebe-se infiltração.
Correta a alternativa “B” O carcinoma basocelular (CBC) é o câncer mais comum no mundo. Pode apresentar-se de várias formas 
clínicas, porém essa descrita é a mais característica. Uma pápula perláceca (ou perolada), com telangiectasias arboriformes e ulcerações. 
O brilho perolado e as telangiectasias arboriformes são as principais características para identificar esse tumor.
Incorreta a alternativa “C”. Vamos conversar sobre melanoma mais adiante. Devemos pensar nessa possibilidade quando não conseguimos 
encaixar a lesão em outro diagnóstico. Porém, como a descrição é muito típica de CBC, excluímos outras possibilidades.
Incorreta a alternativa “D”. O granuloma piogênico é um tumor vascularizado que surge após um trauma. É uma pápula ou nódulo vinhoso 
extremamente friável.
Incorreta a alternativa “E”. Como descrito na alternativa A, a ceratose actínica é uma lesão pré-maligna decorrente do intenso fotodano 
secundário à exposição ultravioleta.
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2.3.2 DIAGNÓSTICO
Apesar de o carcinoma basocelular apresentar características clínicas bem definidas que possibilitam ao médico especialista diagnosticá-
lo com relativa precisão, sempre que estamos diante de uma lesão tumoral suspeita para câncer de pele, a BIÓPSIA DE PELE deverá ser 
realizada para confirmação diagnóstica, definição de subtipo, nível de invasão tumoral, etc. 
Em se tratando de uma lesão suspeita para carcinoma basocelular, geralmente procede-se com BIÓPSIA INCISIONAL, em que uma 
parte da lesão é retirada e enviada para exame anatomopatológico. O instrumento mais utilizado para a realização desse procedimento é 
chamado de PUNCH, embora também possa ser realizado com o próprio bisturi.
Biópsia incisional - retirada de parte da lesão para exame anatomopatológico. Utilizada 
principalmente na suspeita de CPNM.
Biópsia excisional - retirada de toda a lesão para exame anatomopatológico. Você verá, mais adiante, 
que é o tipo preferencial de biópsia quando a suspeita clínica for melanoma.
2.3.3 TRATAMENTO – CBC
Alguns CBCs apresentam maior risco de recidiva e precisamos saber identificar os de alto risco para escolher o melhor tratamento. Há 
características clínicas e histológicas que definem qual carcinoma basocelular é de baixo ou alto risco. A presença de um fator de alto risco é 
suficiente para enquadrar o CBC como tal. Vamos observar a tabela.
Lista de fatores de risco de recorrência
Critérios clínicos Baixo risco Alto risco
Localização
Área L < 20 mm
Área M < 10 mm
Área L ≥ 20 mm
Área M ≥ 10 mm
Área H = qualquer tamanho
Primário x Recorrência Primário Recorrência
Imunossupressão Imunocompetente Imunossuprimido
Critérios histológicos Baixo risco Alto risco
Subtipo histológico Superficial, nodular Esclerodermiforme, micronodular
Área H = parte central da face, pálpebras, sobrancelhas, periorbital, nariz, lábios, mento, mandíbula, pré-auricular, orelhas, genitália, mãos e pés.
Área M = bochechas, fronte, couro cabeludo, pescoço e pré-tibial.
Área L = tronco e extremidades (excluindo mãos, unhas, região pré-tibial, tornozelos e pés).
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Observe, na figura abaixo, as áreas da face de alto risco de recidiva para o CBC, a fim de melhorar sua memorização.
O tratamento de eleição para as neoplasias malignas da pele 
é a EXÉRESE CIRÚRGICA COM MARGENS de segurança, estando esse 
tratamento associado a maiores chances de cura. Os carcinomas 
basocelulares de baixo risco podem ser operados com margem 
de quatro milímetros. Os carcinomas basocelulares de alto risco 
precisam ser excisados com margens maiores que 4 mm (nunca 
menores) ou, ainda, podemos utilizar a cirurgia micrográfica de 
Mohs.
No entanto, outras modalidades de tratamento são descritas 
e podem ser consideradas em situações específicas, a saber:
CURETAGEM E ELETROCOAGULAÇÃO – consistem na remoção do tumor até nível dérmico utilizando-se uma cureta com posterior 
eletrocoagulação da base do tumor. Essa modalidade terapêutica não deve ser aplicada a lesões de alto risco (considerar subtipo e localização), 
sendo aceitável em pacientes mais idosos, com múltiplas lesões, que não desejam ser submetidos a procedimento cirúrgico. 
CRIOCIRURGIA – consiste na destruição tumoral por meio de seu congelamento com nitrogênio líquido. As aplicações e contraindicações são 
as mesmas da curetagem e da eletrocoagulação. 
TERAPIA FOTODINÂMICA – indicado para CBCs de menor risco, como os superficiais ou nodulares pequenos, JAMAIS para CBC 
esclerodermiforme. Consiste na aplicação de uma substância chamada ácido aminolevulínico (MAL) e posterior exposição do paciente à luz 
solar ou a uma máquina que irradia luz de coloração vermelha e comprimento de onda específico. A reação da substância com a luz promove 
surgimento de uma espécie reativa de oxigênio, que promove a destruição das células malignas. 
5-FLUOURACIL – é uma medicação que dificulta a proliferação celular e, por isso, é um quimioterápico tópico. Também indicado para CBC 
superficial de pequenas dimensões. Nesse tratamento, é utilizado um creme de fluorouracil 5%, cuja aplicação tópica, por 8 a12 semanas, tem 
a propriedade de destruir as células tumorais. 
IMIQUIMOD – essa medicação também é aplicada de forma tópica. Sua função é estimular o sistema imunológico e levar linfócitos à área do 
tumor. Esses linfócitos destroem o tumor. Também é indicado para tumores de baixo risco.
RADIOTERAPIA – para tumores grandes em pacientes sem condições cirúrgicas. 
CIRURGIA MICROGRÁFICA DE MOHS – TÉCNICA CIRÚRGICA PADRÃO-OURO PARA TUMORES MAIS AGRESSIVOS. A cirurgia micrográfica de 
Mohs é uma modalidade cirúrgica em que o cirurgião, durante o ato operatório, observa ao microscópio se as margens cirúrgicas estão livres 
ou comprometidas. Dessa forma, consegue ter um maior controle de todas as margens cirúrgicas e o êxito terapêutico é maior.
CAI NA PROVA
(Hospital das Clínicas de Porto Alegre – RS - 202) Agricultor de 57 anos veio ao Ambulatório encaminhado pela dermatologista devido à lesão 
ulcerada no dorso nasal, com 0,5 cm em seu maior diâmetro, e biópsia incisional prévia indicando carcinoma basocelular superficial. Qual a 
conduta mais adequada?
A) Ressecção com margemcirúrgica mínima de 4 mm, por tratar-se de uma região com alto risco de recidiva.
B) Ressecção com margem cirúrgica máxima de 3 mm, por tratar-se de uma lesão com baixo risco de recidiva, determinado pelo tipo 
histológico e pela dimensão (menos de 1 cm).
C) Crioterapia, pela dificuldade de localização e boa resposta do carcinoma basocelular ao tratamento não cirúrgico.
D) Tratamento radioterápico devido à localização da lesão, que comprometeria a estética com tratamento cirúrgico.
E) Terapia sistêmica, por tratar-se de uma lesão de alto risco de recidiva.
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COMENTÁRIO
Perceba como o nível das questões está subindo! Esse paciente apresenta um carcinoma basocelular Correta a alternativa “A”
superficial. Se você olhar a tabela que discutimos anteriormente, esse subtipo é de baixo risco de recidiva. Porém, a lesão está localizada 
no dorso nasal, que é uma zona de alto risco! Observe novamente a foto da área A da face. Com isso, nosso paciente apresenta um 
carcinoma basocelular de alto risco. O tratamento deve ser cirúrgico, com margem mínima de 4 mm.
Incorreta a alternativa “B”. O subtipo histológico, de fato, é de baixo risco (superficial). Porém, como a lesão está localizada no nariz, já é 
de alto risco.
Incorreta a alternativa “C”. Como estamos diante de um carcinoma basocelular de alto risco, o tratamento não deve ser realizado com 
crioterapia. A crioterapia pode ser utilizada em alguns casos de carcinoma basocelular de baixo risco.
Incorreta a alternativa “D”. A radioterapia pode ser utilizada em casos em que não é possível realizar ressecção cirúrgica. Não é o que 
ocorre nessa lesão, que apresenta diâmetro de apenas 0,5 cm
Incorreta a alternativa “E”. Terapia sistêmica é utilizada apenas em raros casos de carcinoma basocelular metastático ou inoperáveis.
Há uma medicação pouco disponível no Brasil, porém já em uso em alguns pacientes, que pode 
ser utilizada para tratamentos de carcinoma basocelulares metastáticos ou inoperáveis. Chama-se 
Vismodegib e inibe a via Sonic Hedgehog, responsável pelo desenvolvimento do CBC.
PONTOS-CHAVE
• Carcinoma basocelular é o tipo de câncer mais comum.
• São derivados dos ceratinócitos da camada basal da epiderme.
• Não deriva de lesões pré-malignas e não acomete as mucosas.
• Existem três tipos principais: nodular, superficial e esclerodermiforme. O fibroepitelial é raro.
• O nodular é o mais comum e, tipicamente, é uma pápula ou nódulo eritematoso, perláceo, com 
vasos arboriformes.
• Diagnóstico histológico é realizado por meio de biópsia incisional.
• CBCs de alto risco são aqueles localizados na área H da face e de subtipo esclerodermiforme.
• Tratamento cirúrgico é geralmente a escolha com margens de 4mm
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3.0 CARCINOMA ESPINOCELULAR E LESÕES PRÉ-
MALIGNAS
3.1 CARCINOMA ESPINOCELULAR E LESÕES PRÉ-MALIGNAS
3.1.1 INTRODUÇÃO
O carcinoma espinocelular é o segundo tipo de câncer de pele mais comum na população em geral, e o câncer de pele mais comum em 
pacientes pós-transplante de órgãos sólidos. Deriva dos ceratinócitos da camada espinhosa e, por isso, recebe esse nome “espinocelular”. É 
mais comum em pessoas idosas com fotodano crônico. Na grande maioria das vezes, é diagnosticado em formas iniciais, o que não traz riscos 
de vida ao paciente.
3.1.2 RISCO DE METÁSTASE
O risco de desenvolvimento de metástase por carcinoma espinocelular em 5 anos é de cerca de 5%. Porém, há características clínicas 
e do tumor que podem aumentar essa probabilidade. Vamos ver, na tabela abaixo, esses principais fatores de risco. O principal sítio de 
metástase são os linfonodos regionais.
CARACTERÍSTICAS DE UM CARCINOMA ESPINOCELULAR QUE CONFEREM MAIOR RISCO DE METÁSTASE
Característica clínica Característica do tumor
Localização: área central da face, lábios, orelhas. CEC indiferenciado.
Imunossupressão. Invasão além do subcutâneo ou > 6 mm.
Local de radiação, cicatriz ou úlcera previa.
CAPÍTULO
Dessas características de pior prognóstico, a que costuma mais ser cobrada em prova é o 
desenvolvimento de carcinoma espinocelular sobre úlcera ou cicatriz prévia!
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3.1.3 FATORES DE RISCO ADICIONAIS
Comentamos anteriormente os fatores de risco comuns para o desenvolvimento dos CPNM (CBC e CEC). Porém, há alguns fatores que 
predispõem, especificamente, o desenvolvimento de CEC e precisam ser apresentados.
LISTA DE FATORES DE RISCO
Fator Comentário
Agentes químicos Exposição crônica ao arsênico.
Drogas
Azatioprina, ciclosporina,
drogas fotossensibilizantes.
Infecção viral Infecção por HPV.
Lesão cutânea crônica
Úlceras crônicas, cicatrizes de queimadura, área de radiação prévia, 
doenças inflamatórias crônicas (lúpus discoide).
CAI NA PROVA
(ARMGS - 2018) Paciente masculino, 60 anos, previamente hígido, apresenta-se à consulta com uma lesão cutânea de 5 cm de diâmetro 
localizada na face anterior da perna esquerda, com bordos mal definidos, uma ulceração central, hiperemiada e indolor à palpação. Refere 
sangramento esporádico e que, há muitos anos, teve uma queimadura, no mesmo local, por queda em um reservatório de soda cáustica. O 
diagnóstico mais provável nesse caso é:
A) Carcinoma basocelular.
B) Carcinoma espinocelular.
C) Ceratose senil.
D) Úlcera varicosa.
E) Leishmaniose tegumentar
COMENTÁRIO
Estamos diante de um paciente com uma lesão tumoral ulcerada de 5 cm de diâmetro e bordos mal definidos. O examinador dá uma 
dica importante referindo que, há muitos anos, o paciente teve queimadura no local. Ora, o tumor maligno cutâneo mais comum que ocorre 
sobre cicatrizes prévias é o carcinoma espinocelular.
Incorreta a alternativa “A”. A descrição clínica poderia corresponder ao de um carcinoma basocelular de alto risco, porém a história de 
queimadura prévia torna essa hipótese menos provável. Lembre-se de que o carcinoma basocelular não decorre de lesão pré-maligna.
Correta a alternativa “B” O carcinoma espinocelular é o câncer de pele que decorre de lesões pré-malignas (queratoses actínicas), 
cicatrizes ou úlceras prévias. A história de queimadura foi a dica do examinador para marcarmos essa alternativa.
Incorreta a alternativa “C”. Ceratose senil é outro nome para a ceratose actínica. É considerada uma lesão pré-maligna e precursora de 
carcinoma espinocelular devido ao fotodano crônico. Vamos falar sobre ela mais adiante.
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Incorreta a alternativa “D”. Em que pese a possibilidade de lesões ulceradas em pacientes com insuficiência venosa, o examinador não 
descreve a presença de veias varicosas no paciente da questão. Logo, a alternativa está incorreta. Lembre-se também de que úlcera 
varicosa é um fator de risco para o desenvolvimento de carcinoma espinocelular
3.1.4 LESÕES PRÉ-MALIGNAS
Antes de adentrarmos ao estudo do carcinoma espinocelular propriamente dito, é importante saber que existem lesões que podem 
preceder a ocorrência de um CEC invasivo, sendo consideradas lesões precursoras e, portanto, devendo ser compreendidas por serem 
referidas em questões de prova com relativa frequência. 
3.1.4.1 CERATOSE ACTÍNICA
As ceratoses actínicas (ceratose solar ou ceratose senil) são lesões cutâneas em que há proliferação de queratinócitos atípicos. Elas têm 
o potencial de evoluir para um carcinoma espinocelular e são as lesões precursoras mais comuns de CEC. Uma observação importante é que 
os CEC que se desenvolvem a partir de ceratoses actínicas possuem bom prognóstico.
Geralmente, ocorrem em pacientes de fototipo mais baixos, idosos e em áreas fotoexpostas. São pápulas e placas eritematosas, ásperas 
e que descamam.No início, são mais palpáveis do que visíveis. Na grande maioria das vezes, existem várias lesões próximas umas das outras, 
o que chamamos de “sinal da vizinhança”. Isso indica que aquela área tem grande potencial para que surjam carcinomas espinocelulares, por 
isso recebe o nome de campo de cancerização.
Foto de couro cabeludo com múltiplas queratoses actínicas. É muito 
comum o surgimento de múltiplas ceratoses actínicas no couro cabeludo 
de homens calvos, pois a incidência de radiação UV nesse local é muito 
grande. Há grande risco de surgimento de um CEC nesse local.
Fonte: Acervo pessoal do professor Fonte: Acervo pessoal do professor
Múltiplas ceratoses actínicas na fronte de uma paciente idosa. Muitas 
vezes, as ceratoses actínicas são mais palpáveis do que visíveis. Você deve 
tocar a pele do paciente e sentirá várias áreas ceratósicas.
A queratose actínica localizada nos lábios recebe o nome 
de queilite actínica. Geralmente, o lábio inferior é o acometido, já 
que é mais exposto ao sol. Sua importância reside no fato de que, 
como já vimos anteriormente, o CEC de lábio apresenta alto risco 
de metástase.
Placa eritematoqueratósicas mal delimitadas no lábio inferior de um 
paciente com queilite actínica. Note que não há lesões no lábio superior.
Fonte: Shutterstock
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CORNO CUTÂNEO
Causas
Ceratose actínica
Carcinoma espinocelular
Verruga Vulgar
Triquilemoma
Ceratoacantoma
3.1.4.3 TRATAMENTO CERATOSE ACTÍNICA E QUEILITE ACTÍNICA
A minoria das ceratoses actínicas e das queilites actínicas vão evoluir para um carcinoma espinocelular. Porém, é necessário que 
sejam tratadas para diminuir esse risco. O tratamento depende de haver poucas ou múltiplas lesões (campo de cancerização). Quando vamos 
tratar lesões isoladas, podemos utilizar métodos destrutivos como crioterapia e ácido tricloroacético. Porém, quando vamos tratar o campo 
de cancerização, utilizamos 5-fluoracil, imiquimod, terapia fotodinâmica, mebutato de ingenol.
3.1.4.4 ÚLCERAS CRÔNICAS E CICATRIZES
Tanto as úlceras crônicas quanto cicatrizes de queimadura são locais em que há intensa proliferação celular, por isso há maior risco de 
desenvolvimento de neoplasias. Existe um nome específico para o carcinoma espinocelular que se desenvolve sobre feridas crônicas: úlcera 
de Marjolin. Esse carcinoma espinocelular tem pior prognóstico e maior risco de metástase.
3.2 CARCINOMA ESPINOCELULAR
Agora que vimos as lesões precursoras do carcinoma espinocelular, podemos discuti-lo com maior propriedade. O carcinoma 
espinocelular pode ser in situ, quando os queratinócitos estão localizados apenas na epiderme, ou invasivo quando ultrapassam a 
membrana basal e atingem a derme. Como os vasos da pele ficam na derme, quando os carcinomas espinocelulares a invadem, já há risco 
de metástase, embora, como falamos anteriormente, esse risco seja pequeno. Existem alguns tipos especiais de carcinoma espinocelular in 
situ que discutiremos brevemente.
3.1.4.2 CORNO CUTÂNEO
Corno cutâneo refere-se a uma lesão em que há uma 
queratinização exacerbada, de tal forma que essa lesão assemelha-
se a um chifre.
Não é um diagnóstico em si, já que na base do corno podemos 
encontrar diversas alterações. Aproximadamente 21% de todos os 
cornos cutâneos são decorrentes de ceratoses actínicas.
Fonte: Shutterstock
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Veja a história natural do carcinoma espinocelular: inicia como uma ceratose actínica, com ceratinócitos atípicos no terço inferior da epiderme. A ceratose actínica 
prolifera-se e atinge toda a espessura da epiderme, sendo, nesse momento, chamada de carcinoma espinocelular in situ. A partir daí, pode invadir a derme, tornando-
se um carcinoma espinocelular invasivo
3.2.1 DOENÇA DE BOWEN
A doença de Bowen é um tipo de carcinoma espinocelular in 
situ que se apresenta como uma placa eritematosa, bem delimitada, 
com áreas queratósicas. Ela pode surgir sobre a pele sã ou vir de 
uma queratose actínica. As localizações mais comuns são a cabeça 
e o pescoço, seguidos pelo tronco e pelas extremidades. Muitas 
vezes, é difícil a distinção clínica com um carcinoma basocelular 
superficial, psoríase ou eczema numular.
Doença de Bowen – note a semelhança clínica com o carcinoma basocelular 
superficial que ilustramos anteriormente.
Fonte: Shutterstock
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3.2.2 PAPULOSE BOWENOIDE
Esse termo refere-se a um carcinoma espinocelular in situ, apresenta-se como múltiplas pápulas hipercrômicas localizadas na região 
genital, períneo e/ou perianal (mas principalmente no corpo do pênis). Geralmente, afeta adultos jovens. É causada por infecção pelo HPV 
de alto risco (16 e 18). Curiosamente, essas lesões raramente tornam-se invasivas. Por esse motivo, existe um debate sobre se essa entidade 
representa um verdadeiro CEC in situ.
3.2.3 ERITROPLASIA DE QUEYRAT
A eritroplasia de Queyrat indica um carcinoma espinocelular in situ que se apresenta como uma placa eritematosa, por vezes com 
erosões, com bordas bem demarcadas, no pênis ou vulva. Acomete pacientes mais velhos quando comparados com a papulose bowenoide.
3.2.4 CARCINOMA ESPINOCELULAR INVASIVO
O carcinoma espinocelular invasivo geralmente surge em áreas fotolesadas, como face, couro cabeludo, antebraços e mãos. Apresenta-
se como placas eritematoqueratósicas, nódulos ou tumores infiltrados, que podem ter crescimento lento ou rápido. Geralmente, são 
assintomáticos e, frequentemente, são referidos pelos pacientes como uma “ferida que não cicatriza”. Quando o paciente queixa-se de dor e 
formigamento, pode ser sinal de que há acometimento neural. O carcinoma espinocelular de língua está relacionado ao tabagismo e hábito 
de mascar fumo e possui alto risco de metástase. O local de metástase mais comum dos CECs são os linfonodos, por isso, sempre que 
estamos diante de um CEC invasivo, devemos palpar linfonodos regionais à procura de sinais de acometimento nodal. Se, durante o exame, 
palparmos linfonodos aumentados de tamanho e endurecidos, estes devem ser biopsiados. 
Tumor queratósico na fronte à direita. Note 
que o CEC é muito mais queratósico que o 
CBC e não há brilho perláceo. Note, ainda, as 
rugas de fotoenvelhecimento da paciente.
Tumor ceratósico e eritematoso no antebraço 
de um paciente idoso com CEC. Se você 
palpar essa lesão, perceberá que a base dela é 
infiltrada.
Tumor ulcerovegentante no lábio inferior – 
CEC invasivo com alto risco de metástase.
Fonte: ShutterstockFonte: Acervo pessoal do professorFonte: Acervo pessoal do professor
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Note que o CEC é muito mais queratósico que o CBC e não há brilho perláceo. Note, ainda, as rugas 
de fotoenvelhecimento dos pacientes.
CAI NA PROVA
Um senhor de 62 anos de idade, agricultor, natural e procedente de Juazeiro (Bahia), etilista de 2 doses de aguardente por dia e tabagista 
de fumo de corda (não sabe informar a quantidade, mas tem o costume de mascar o fumo quando não está fumando), queixa-se de afta 
na língua há 3 meses. Trata-se de ferida de, aproximadamente, 1 cm, à esquerda, que não melhorou com o uso de pomada receitada pelo 
farmacêutico. Há 1 mês, notou íngua abaixo da mandíbula, também à esquerda, dolorosa e endurecida de, aproximadamente, 2 cm. Principal 
hipótese diagnóstica:
A) reação alérgica ao fumo de corda.
B) carcinoma basocelular de língua, com linfonodomegalia por infecção local.
C) lesão aftoide infectada, com linfadenite reacional.
D) carcinoma epidermoide de língua, com metástase cervical.
E) blastomicose.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa “A”. O enunciado descreve uma lesãoaftoide localizada na língua há 3 meses. Reações alérgicas na mucosa oral, 
geralmente, apresentam-se como dermatites liquenoides, e não como uma lesão localizada na língua, muito menos com comprometimento 
linfonodal.
Incorreta a alternativa “B”. Essa questão é importante para revisarmos um conceito fundamental. Não há carcinoma basocelular originário 
em mucosas. Acredita-se que o carcinoma basocelular seja uma neoplasia derivada do folículo piloso, logo, não há carcinoma basocelular 
em mucosas. Pode ocorrer acometimento da mucosa secundário, por contiguidade.
Incorreta a alternativa “C”. Poderia ser uma lesão aftoide infectada, porém o linfonodo é endurecido, o que nos leva a crer que a lesão é 
uma neoplasia maligna com acometimento secundário do linfonodo.
Correta a alternativa “D” O carcinoma epidermoide de língua é agressivo, com alto índice de metástase. A característica clínica do 
linfonodo endurecido aumenta nossa suspeita. O tabagismo é o principal fator de risco para o surgimento dessa neoplasia.
Incorreta a alternativa “E”. Blastomicose sul-americana é o nome antigo da paracoccidioidomicose. Essa infecção, na forma crônica 
ou do adulto, frequentemente acomete a mucosa oral, porém mais comumente a região gengival. Na cavidade oral, evidencia-se uma 
estomatite, com pontilhado hemorrágico fino, conhecida como “estomatite moriforme de Aguiar-Pupo”. O acometimento linfonodal não 
tem essa característica endurecida e o paciente quase sempre tem acometimento pulmonar com sintomas respiratórios.
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3.2.5 QUERATOACANTOMA 
Existe uma controvérsia na literatura se o queratoacantoma é uma 
variante do carcinoma espinocelular ou se é um tumor benigno. Clínica e 
histopatologicamente, assemelha-se muito a um carcinoma espinocelular, 
porém pode ter regressão espontânea.
Tipicamente, apresenta-se como uma pápula que cresce rapidamente, 
evoluindo para um nódulo que apresenta um núcleo crateriforme. Em 
seguida, como comentado, pode iniciar um processo de regressão e sumir 
espontaneamente. A maioria das lesões desenvolve-se em locais fotoexpostos 
em pacientes idosos.
Queratoacantoma – nódulo eritematoso bem circunscrito, de 
crescimento rápido, com centro crateriforme. A história de 
crescimento rápido é o que diferencia o ceratoacantoma do 
carcinoma espinocelular comum.
3.2.6 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
Diante da suspeita de um carcinoma espinocelular, idealmente 
é realizada uma biópsia incisional para confirmar o diagnóstico. Os 
carcinomas espinocelulares in situ podem ser tratados com criocirurgia, 
imiquimod, curetagem, eletrocoagulação ou terapia fotodinâmica. Os CECs 
invasivos devem ser tratados cirurgicamente com margem de segurança. 
Nos de alto risco, pode ser realizada a cirurgia com controles de margem, 
a cirurgia micrográfica de Mohs. Para lesões demasiadamente grandes, 
a RADIOTERAPIA pode ser utilizada com a finalidade de redução da massa 
tumoral (neoadjuvante) ou como tratamento isolado (adjuvância) para 
paciente sem condições clínicas de serem submetidos à cirurgia.
PONTOS-CHAVE
• Carcinoma espinocelular é o segundo tipo de câncer mais comum. Em pacientes transplantados, é 
o mais comum.
• Deriva dos ceratinócitos da camada espinhosa da epiderme.
• Quase sempre deriva de lesões pré-malignas e pode ter início nas mucosas.
• Pápula ou nódulo eritematoso, hiperceratótico, que sangra com facilidade e pode ulcerar (“ferida 
que não cicatriza”).
• Lesão ulcerada e infiltrada que surge sobre cicatriz de queimadura → úlcera de Marjolin (pior 
prognóstico).
• Diagnóstico histológico realizado por meio de biópsia incisional.
• Tratamento cirúrgico com margens de segurança é quase sempre a melhor escolha.
• Tratamento cirúrgico é geralmente a escolha, com margens de 4 mm.
Fonte: Acervo pessoal do professor
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Agora que estudamos carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, observe a tabela com as principais diferenças.
DIFERENÇAS ENTRE CARCINOMAS
Característica Carcinoma basocelular Carcinoma espinocelular
Epidemiologia Tumor maligno mais comum.
2º tumor maligno mais comum. É o mais comum 
em transplantados.
Clínica Brilho perolado e telangiectasias. Tumor mais queratósico e infiltrado.
Tipo de exposição solar Exposição solar intermitente.
Exposição solar crônica (pele com intenso 
fotodano).
Lesão precursora
Não se origina de lesão 
percursora.
Ceratose actínica, úlceras, queimaduras, cicatrizes.
Risco de metástase Muito raro.
Raro (cerca de 5%) – maior em lábios e cicatrizes/
úlcera.
Vamos analisar como isso é cobrado em prova.
CAI NA PROVA
(UFF – RJ - 2013) Em relação aos tumores de pele mais comuns, leia o que se segue: I - O carcinoma basocelular não apresenta lesões 
precursoras. II - O carcinoma basocelular > 3 cm costuma cursar com metástase regional linfonodal. III - Apesar de o carcinoma basocelular ser 
o mais comum tumor de pele, o carcinoma espinocelular de pele tem uma taxa de mortalidade maior. Está correto o que se declara apenas 
em:
A) I e II
B) I e III
C) II e III
D) II
E) III
COMENTÁRIO
Afirmação I – Correta. Como estudamos, o carcinoma basocelular não apresenta lesões precursoras. O carcinoma espinocelular geralmente 
deriva de uma lesão precursora (ceratose actínica, queimadura, úlceras, radiação etc.).
Afirmação II – Incorreta. É raríssimo qualquer tipo de metástase de carcinoma basocelular.
Afirmação III – Correta. De fato, o carcinoma basocelular é o tumor mais comum, porém o carcinoma espinocelular possui maior 
mortalidade,pelo maior risco de metástase. 
Correta a alternativa “B”
Logo, o gabarito é a alternativa B.
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3.3 MELANOMA
O melanoma é a neoplasia maligna derivada dos 
melanócitos. Mais comumente, origina-se na pele, porém pode 
ocorrer na superfície mucosa (oral, conjuntival, vaginal), nos olhos 
e nas leptomeninges. Embora o melanoma corresponda a apenas 
3% das neoplasias malignas de pele, foi responsável por 74% dos 
óbitos relacionados a neoplasias de pele em 2016 nos Estados 
Unidos. É uma neoplasia com alto poder metastático e invasivo, 
apresentando alta taxa de letalidade.
Acomete mais indivíduos jovens entre 20 e 50 anos. Possui 
3.3.1 FATORES DE RISCO
Os fatores de risco para o desenvolvimento de melanoma 
podem ser genéticos ou ambientais. Vamos comentar alguns deles. 
EXPOSIÇÃO SOLAR EXCESSIVA: a exposição excessiva à radiação 
UV, sobretudo em indivíduos de pele clara, é o principal fator de 
risco ambiental para desenvolvimento do melanoma. Ao contrário 
do que é visto na patogênese do CEC, o tipo de exposição solar mais 
associado ao melanoma é aquela que ocorre de maneira intensa e 
intermitente. Isso significa que aquele indivíduo de pele clara que 
vai à praia eventualmente e se queima tem um maior fator de risco 
para o desenvolvimento do melanoma do que aquele indivíduo 
que se expõe crônica e diariamente ao sol.
QUEIMADURA SOLAR: aquele indivíduo que apresenta histórico de 
queimadura solar com formação de bolhas tem um maior risco de 
desenvolver melanoma.
HISTÓRIA PESSOAL OU FAMILIAR DE MELANOMA: indivíduos que 
já apresentam um melanoma anterior, possuem maior risco de 
desenvolver um segundo tumor. Em 10% dos casos de melanoma, 
há relato dessa doença na família. Mutações no gene CDKN2A 
estão associadas à ocorrência de melanoma familiar. Essa mutação 
também confere maior risco de câncer de pâncreas.
FOTOTIPO BAIXO: indivíduos de fototipos I-II, cabelos ruivos, que 
não se bronzeiam e sempre se queimam têm um risco maior de 
desenvolver melanoma. 
DEFEITOS GENÉTICOS: algumas doenças genéticas estão associadas 
incidência semelhante entre homens e mulheres até os 45anos. 
A partir daí, há predominância no sexo masculino, de tal forma 
que, após os 75 anos, a incidência nestes é quase três vezes maior, 
levantando a tese de que, talvez, fatores hormonais estejam 
implicados em sua patogênese.
Há uma diferença no local mais frequente de acometimento 
entre os sexos. No sexo masculino, o melanoma predomina no 
tronco, enquanto nas mulheres os membros inferiores são o sítio 
de predileção.
ao desenvolvimento de melanoma, como é o caso do XERODERMA 
PIGMENTOSO, comentado anteriormente.
MÚLTIPLOS NEVOS: pacientes com múltiplos nevos comuns (mais 
do que 100) ou com mais de cinco nevos atípicos (síndrome do nevo 
atípico) também possuem fator de risco para o desenvolvimento 
dessa neoplasia. É válido discutirmos um pouco sobre o que são 
nevos melanocíticos, pois há algumas questões sobre esse assunto.
Os nevos são neoplasias benignas derivadas dos melanócitos, 
consequência de sua multiplicação. São, popularmente, chamados 
de “pintas”. Dependendo de onde estejam esses melanócitos, 
dividimos os nevos em juncionais, compostos ou intradérmicos. 
• Nevos juncionais: os melanócitos estão localizados 
apenas na epiderme, mais especificamente na camada 
basal.
Nevo juncional no pescoço de uma paciente jovem. É uma máculas 
acastanhada ou enegrecida, bem delimitada, de bordas regulares.
Fonte: Shutterstock
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
• Nevos intradérmicos: os melanócitos estão localizados 
apenas na derme.
Múltiplos nevos intradérmicos na face. Perceba que esses nevos podem 
ser normocrômicos (cor da pele) ou levemente acastanhados. Geralmente, 
são mais elevados e amolecidos com a superfície papilomatosa.
Ilustração para que você possa visualizar melhor o que acabamos de comentar sobre os três tipos de nevos melanocíticos.
• Nevos compostos: há melanócitos na epiderme, porém 
há alguns melanócitos na derme e por isso recebem o 
nome: “composto”.
Nevo composto apresentando-se como uma pápula enegrecida, bem 
delimitada, de bordas regulares e apenas uma cor. É difícil sua distinção com 
o nevo junctional, mas, geralmente, o composto é mais elevado.
Fonte: ShutterstockFonte: Acervo pessoal do professor
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Antigamente, acreditava-se que quase todos os melanomas evoluíam de um nevo 
melanocítico prévio. Porém, hoje sabemos que mais de 70% dos melanomas surgem de 
pele sã e apenas 30% surgem sobre um nevo. Ou seja, múltiplos nevos são um marcador de 
risco para o desenvolvimento de melanoma, mas, geralmente, não são a origem do tumor 
maligno.
CAI NA PROVA
(Hospital do Açúcar – RJ – 2014) Paciente jovem, sexo masculino, estudante, 23 anos. Veio para avaliação de lesão névica na face, pequena, 
medindo cerca de 2 mm de diâmetro, papilomatosa, de cor acastanhada com distribuição uniforme, margens regulares e bordos bem 
definidos. A lesão surgiu na puberdade, com crescimento lento, muito semelhante a outras na região dorsal e nos membros superiores. 
Queixa-se dessa lesão por motivos estéticos, e gostaria muito de retirar a lesão. Qual a melhor proposta?
A) Orientar o paciente para não mexer na lesão, pelo risco de complicações cirúrgicas, e observação periódica;
B) Encaminhar à dermatologia para avaliar se há ou não displasia;
C) Propor excisão por shaving na própria unidade básica;
D) Propor biópsia para descartar lesão maligna na unidade básica;
E) Propor tratamento com despigmentante para amenizar o efeito estético.
COMENTÁRIO
Discutiremos mais adiante a regra do “ABCDE” para que você saiba como diferenciar uma lesão benigna de uma lesão suspeita de 
melanoma. Mas, veja que esse paciente apresenta uma lesão com distribuição uniforme, com margens regulares e bordas bem definidas. 
Além disso, apresenta outras lesões semelhantes. Essa lesão não possui nenhuma característica de malignidade e, portanto, é um nevo 
melanocítico.
Incorreta a alternativa “A”. As possíveis complicações de uma retirada de um nevo intradérmico são mínimas. Se o paciente tem desejo 
de retirar a lesão, o procedimento pode ser realizado.
Incorreta a alternativa “B”. Um médico generalista, através da regra do ABCDE, pode suspeitar de uma lesão maligna. Como analisamos, 
essa lesão é benigna e não precisa ser encaminhada a um especialista.
Correta a alternativa “C” O shaving é uma técnica simples que consiste na retirada da lesão com uma incisão feita paralelamente 
à pele, de forma semelhante ao ato de barbear. Lembre-se de que toda lesão melanocítica deve ser enviada para estudo histopatológico.
Incorreta a alternativa “D”. Clinicamente, já sabemos não se tratar de um melanoma.
Incorreta a alternativa “E”. Não se faz tratamento despigmentante para lesões melanocíticas.
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3.3.2 CLÍNICA E TIPOS HISTOLÓGICOS
A maioria dos melanomas são pigmentados, ou seja, 
clinicamente apresentam-se como placas ou nódulos pretos ou 
amarronzados. São lesões, via de regra, assintomáticas, porém, 
quando uma lesão melanocítica apresenta prurido ou sangramento, 
a chance de ser um melanoma aumenta.
A regra do ABCDE é utilizada pelos clínicos para suspeitar 
se uma lesão melanocítica pode ser um melanoma. Se algum dos 
seguintes critérios estiver presente, a lesão é considerada suspeita.
Assimetria – dividimos a lesão em quadrantes e comparamos 
se há correspondência entre eles.
Bordas.
Cor – múltiplas cores em uma lesão é sinal de malignidade.
Diâmetro – lesões maiores que 6 mm são suspeitas.
Evolução – o crescimento da lesão, percebido pelo médico 
ou paciente, é considerado sinal de malignidade.
Vamos observar a seguinte lesão para praticar:
A – Sem dúvidas, essa lesão é assimétrica. Perceba, por 
exemplo, que a parte superior é diferente da parte inferior.
B – A maior parte da lesão até possui bordas regulares.
C – Podemos visualizar múltiplas cores. Áreas pretas, marrom 
claro, marrom escuro e até uma área branca na parte superior.
D – Não há medição, então não podemos precisar o tamanho 
da lesão.
E – Também não sabemos a história.
Como essa lesão apresenta assimetria e múltiplas cores, é 
considerada suspeita e deve ser biopsiada.
Existem quatro principais subtipos clinicopatológicos de melanoma: extensivo superficial, nodular, lentigo maligno e lentiginoso acral. 
O mais comum na população em geral é o extensivo superficial. Porém, em negros e asiáticos, o tipo mais comum é o lentiginoso acral! 
Fonte: Acervo pessoal do professor
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Melanoma extensivo superficial – esse é o tipo 
de melanoma mais comum. Apresenta-se com 
uma placa enegrecida, assimétrica, com bordas 
irregulares e múltiplas cores.
Melanoma nodular – é o segundo tipo mais comum 
de melanoma. Clinicamente, é um nódulo preto de 
crescimento rápido.
Lentigo maligno – esse tipo de melanoma é 
exclusivo de áreas fotoexpostas! Acomete 
indivíduos mais velhos e está, na maioria das 
vezes, localizado na face.
Lentiginoso acral – esse subtipo de melanoma é mais comum em negros e asiáticos! Acomete as plantas 
dos pés e a região subungueal. Na unha, apresenta-se como melanoníquia estriada (pigmento linear da 
unha). O sinal de Hutchinson é quando ocorre pigmentação além da unha, como está demonstrado na 
fotografia da direita.
Fonte: Acervo pessoal do professor Fonte: Acervo pessoal do professor Fonte: Acervo pessoal do professor
Fonte: Acervo pessoal do professor Fonte: Acervo pessoal do professor
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MELANOMAS
Tipo Clínica Comentário
Extensivo superficial Placa enegrecida e assimétrica. Tipo mais comum.Nodular
Nódulo preto, simétrico, com crescimento 
rápido. Fase precoce de crescimento vertical.
2º tipo mais frequente.
Lentigo maligno
Placa acastanhada irregular em área 
fotoexposta. Fase prolongada de crescimento 
radial.
Mais comum em idosos; mais 
frequente na cabeça.
Lentiginoso acral
Placa escurecido na planta ou palma; 
melanoníquia estriada e sinal de Hutchinson.
Mais frequente em negros e 
asiáticos.
A grande maioria dos melanomas apresenta-se como uma lesão pigmentada e enegrecida, 
pois é uma neoplasia derivada dos melanócitos que produzem melanina. Porém, em alguns 
casos, os melanomas podem ser amelanóticos, isto é, não possuem melanina. Nesses casos, 
surgem como nódulo ou placas eritematosas incaracterísticas. O diagnóstico é muito difícil. 
Devemos pensar nessa possibilidade quando estamos diante de uma lesão nodular ou 
eritematosa em área fotoexposta e que não conseguimos encaixar nenhuma outra hipótese 
diagnóstica.
3.3.3 DIAGNÓSTICO, ESTADIAMENTO E FATORES PROGNÓSTICOS
Sempre que estiver diante de uma lesão suspeita para MELANOMA, seja na PROVA ou na VIDA, a conduta IDEAL é realizar uma BIÓPSIA 
EXCISIONAL COM MARGEM LATERAL DE 1 a 3 mm E PROFUNDIDADE ATÉ TECIDO SUBCUTÂNEO. Por meio dessa biópsia, a lesão é retirada 
em sua totalidade com margens mínimas ou tangenciais. Dessa maneira, o patologista analisará o tumor de uma maneira mais completa, 
podendo fornecer as informações histopatológicas de forma precisa e necessária para o adequado estadiamento e tratamento da lesão. 
Todavia, nos casos em que a lesão é muito extensa e a BIÓPSIA EXCISIONAL é de difícil execução, pode-se realizar uma biópsia incisional. 
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CAI NA PROVA 
(SUS – SP – 2017) Um paciente de 35 anos de idade tem um nevus de 1 cm de diâmetro em braço. É feita a suspeita de melanoma, sendo 
indicada biópsia. A margem cirúrgica na biópsia deve ser:
A) incisional
B) marginal
C) de 1 cm
D) de 1,5 cm
E) de 2 cm
COMENTÁRIO
Diante da suspeita clínica de melanoma, deve-se, sempre que possível, realizar biópsia excisional do tumor, com margem marginal 
(de 1 a 3 mm, geralmente 2 mm). Em algumas poucas ocasiões, quando a biópsia excisional não é factível, pode-se fazer biópsia incisional, 
porém isso é exceção. A margem deve ser marginal, pois, caso seja feita exérese com margens amplas logo no diagnóstico, a identificação do 
linfonodo sentinela, caso necessária, fica prejudicada. Portanto, a alternativa B é a correta
Correta a alternativa “B”
(Hospital Israelita Albert Einstein – SP - 2013) Uma senhora de 47 anos de idade procura atendimento médico por lesão em face anteomedial 
de antebraço esquerdo. Diz que tem “uma pinta há muitos anos” (sic), mas que há cerca de três meses ela vem crescendo e tendo sangramento 
fácil. Diz ainda que a pinta coça um pouco e acha que está mais escura. Fez uso de cremes por conta própria, sem melhora. O exame físico 
revela lesão de 2,0cm em seu maior diâmetro. Nesse caso, a melhor conduta é biópsia:
A) Excisional, com incisão no sentido da drenagem linfática
B) Excisional, com congelação das margens no intraoperatório
C) Das bordas da lesão
D) Incisional, para diagnóstico e confirmação da suspeita de melanoma
E) Excisional, com margens amplas, com incisão seguindo as linhas de força da pele
COMENTÁRIO
Vamos aproveitar essa questão para aprender um conceito importante de cirurgia de melanoma. Já discutimos que, diante da suspeita 
de melanoma, o ideal é que seja realizada uma biópsia excisional com margem de 1 a 3 mm. Veremos mais adiante que, dependendo do 
índice de Breslow do tumor, poderemos necessitar realizar um exame chamado pesquisa de linfonodo sentinela. Para a realização desse 
exame, é necessário que a rede linfática peritumoral esteja intacta. Para isso, no momento da biópsia excisional, é necessário realizar a incisão 
no sentido da drenagem linfática, a fim de não seccionar os vasos linfáticos, nem comprometer o exame.
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Observe a figura para melhor entendimento.
No braço, a drenagem linfáti-Correta a alternativa “A”
ca tem sentido vertical. Então, devemos fazer a incisão também 
nesse sentido, apesar de esteticamente não ser o ideal. Por isso, a 
alternativa A está correta.
Incorreta a alternativa “B”. Não é necessário cirurgia com controle 
de margens no intraoperatório. Se houver confirmação de que se 
trata de um melanoma, as margens serão ampliadas.
Incorreta as alternativas “C” e “D”. A biópsia deve ser excisional.
Incorreta a alternativa “E”. Evitamos, já na primeira abordagem 
do melanoma, fazer margens amplas, para não comprometer a 
drenagem linfática. Por isso, quase sempre, o melanoma é operado 
em dois tempos. Na excisão de tumores benignos, seguimos as 
linhas de força da pele para obter um melhor resultado estético. 
Essa não é nossa maior preocupação quando estamos tratando 
um melanoma.
A confirmação diagnóstica é feita pelo patologista. Além do diagnóstico, o patologista deve informar se o melanoma é in situ ou 
invasivo. Quando o melanoma é invasivo, é necessário medir sua invasão. Isso é dado pelos índices de Clark e de Breslow. O índice de Breslow 
mede a espessura da camada granulosa até a última célula invasiva do melanoma. Vamos entendê-lo esquematicamente:
Nesse esquema, as células escuras representam as células do melanoma. Como já estão na derme, esse é um melanoma invasivo. O índice de Breslow, então, é 
medido desde a camada granulosa até a última célula invasiva e é dado em milímetros, sendo o principal fator prognóstico nos melanomas não metastáticos! 
Quanto maior o índice de Breslow, pior o prognóstico.
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 Agora, observe a tabela de classificação do índice de Clark.
ÍNDICE DE CLARK
Nível Profundidade
I Intraepidérmico – in situ.
II Derme papilar.
III Transição entre derme papilar e derme reticular.
IV Derme reticular.
V Subcutâneo.
Em caso de melanoma in situ, não há índice de Breslow, pois tal índice só se aplica a melanomas 
invasivos. Porém, os melanomas in situ são Clark I (intraepidérmico).
O estadiamento do melanoma é feito através do sistema TNM. T é a medida da espessura tumoral (índice de Breslow), N é o 
acometimento linfonodal e M significa metástase à distância. O estadiamento é importante para definirmos nossa conduta. Logo, apesar de 
não ser cobrado diretamente o estadiamento do melanoma, para sabermos a conduta adequada, precisamos ter uma noção.
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TUMOR PRIMÁRIO
Categoria T Espessura
Tx: Espessura tumoral não pode ser 
avaliada (ex. curetagem)
Não se aplica.
T0: Não há evidência de tumor 
primário
Não se aplica.
Tis (melanoma in situ) Não se aplica.
T1
≤ 1mm.
T1a: < 0,8 mm sem ulceração.
T1b: < 0,8 mm com ulceração ou 0,8 a 1 mm com ou sem ulceração.
T2
> 1 mm e ≤ 2 mm.
T2a sem ulceração.
T2b com ulceração.
T3
> 2 mm e ≤ 4 mm.
T3a sem ulceração.
T3b com ulceração.
T4
> 4 mm.
T4a com ulceração.
T4b sem ulceração.
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AVALIAÇÃO DE LINFONODO REGIONAL
Categoria N Avaliação linfonodal
Nx: Linfonodos regionais não podem 
ser avaliados (ex. ressecados por outro 
motivo)
Não se aplica.
N0 Metástases linfonodais não detectadas.
N1
N1a: um linfonodo clinicamente oculto (detectado por linfonodo sentinela). 
Ausência de SAT, MSAT e MIT.
N1b: um linfonodo clinicamente detectado. Ausência de SAT, MSAT e MIT.
N1c: ausência de doença linfonodal. Presença de SAT, MSAT e/ou MIT.
N2
N2a: dois ou três linfonodos clinicamente ocultos. Ausência de SAT,MSAT e/
ou MIT.
N2b: dois ou três linfonodos clinicamente detectados. Ausência de SAT, 
MSAT e/ou MIT.
N2c: um linfonodo acometido (clinicamente ou oculto). Presença de SAT, 
MSAT e/ou MIT.
N3
N3a: ≥ 4 linfonodos clinicamente ocultos. Ausência de SAT, MSAT e/ou MIT.
N3b: ≥ 4 linfonodos clinicamente detectados. Ausência de SAT, MSAT e/ou 
MIT.
N3c: ≥ 2 linfonodo acometido (clinicamente ou oculto) ou conglomerado 
linfonodal. Presença de SAT, MSAT e/ou MIT.
*SAT: satelitose; MSAT: microssatelitose; MIT: metástase em trânsito.
Satelitose - presença de disseminação tumoral até 2 cm do tumor primário.
Microssatelitose - metástases microscópicas identificadas na histologia, descontinuadas do tumor primário. 
Metástase em trânsito - metástase clinicamente visível a partir de 2 cm do tumor inicial, em direção, ou não, à primeira cadeia de 
drenagem linfática.
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METÁSTASE À DISTÂNCIA
Categoria N Avaliação linfonodal
M0 Metástase à distância não detectada.
M1a Metástase para pele, tecidos moles (incluindo músculo) e/ou linfonodos não regionais.
M1b Metástase pulmonar, com ou sem envolvimento M1a.
M1c Metástase à distância para vísceras (excluindo SNC), com ou sem envolvimento M1a ou M1b.
M1d Metástase à distância para SNC, com ou sem envolvimento M1a ou M1b.
Obs: casos de metástase (além de M0) em que os níveis de lactato desidrogenase (DHL) são conhecidos recebem o sufixo 
(0), para níveis normais de DHL; ou (1), para níveis elevados de LDH.
ESTADIAMENTO COMPLETO
Estágio T N M
0 Tis N0 M0
Ia T1a N0 M0
Ib
T1b N0 M0
T2a N0 M0
IIa
T2b N0 M0
T3a N0 M0
IIb
T3b N0 M0
T4a N0 M0
IIc T4b N0 M0
III Qualquer T N1, N2 ou N3 M0
IV Qualquer T Qualquer N M1
Comentamos que o índice de Breslow é o principal fator 
prognóstico no caso de melanomas não metastáticos. Você 
pôde perceber, ainda, que os melanomas ulcerados mudam de 
estadiamento, portanto a ulceração também é um importante fator 
de mau prognóstico nesses pacientes. Porém, precisamos conhecer 
outros fatores que estão relacionados a um pior prognóstico em 
pacientes com melanoma. Observe a seguinte tabela.
Principais fatores prognósticos no melanoma
Espessura tumoral (índice de Breslow e Clark)
Ulceração
Índice mitótico
Envolvimento linfonodal e metástase à distância
Sexo masculino
Idade (mais idosos)
Localização na cabeça e pescoço
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CAI NA PROVA
(Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa – RJ – 2018) Paciente submetido a biópsia excisional de lesão de pele. O diagnóstico histopatológico 
foi de melanoma com margens livres. Qual a análise do fator que melhor prediz o prognóstico?
A) Nível de Clark
B) Tipo histológico
C) Localização de lesão
D) Espessura de Breslow
E) Frequência mitótica
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa “A”. Vimos que o Clark está relacionado à espessura tumoral e, quanto maior o Clark, pior o prognóstico. Porém, é 
um índice mais subjetivo e, atualmente, pouco utilizado.
Incorreta a alternativa “B”. Muita atenção a essa alternativa. Perceba que, na tabela que mostramos anteriormente, o tipo histológico 
não está relacionado com o fator de pior prognóstico. Algumas questões irão dizer que o melanoma nodular apresenta pior prognóstico, 
porém isso não está correto. O tipo histológico do melanoma não tem implicação prognóstica. Se compararmos dois melanomas de tipos 
histológicos diferentes com o mesmo índice de Breslow, o prognóstico é semelhante.
Incorreta a alternativa “C”. Alguns estudos mostram que os melanomas localizados na cabeça e no pescoço possuem pior prognóstico, 
porém isso é discutível.
Correta a alternativa “D” O índice de Breslow mede a espessura em milímetros da camada granulosa até a última célula invasiva 
do melanoma. É, sem dúvidas, o principal indicador prognóstico no melanoma.
Incorreta a alternativa “E”. O índice mitótico tem implicação prognóstica. Mitoses no melanoma é um indicativo de pior prognóstico. 
Porém, o melhor preditor é o índice de Breslow.
O índice mitótico é uma análise que o patologista faz quando olha um histopatológico de 
melanoma. Ele procura quantas mitoses há em um campo de aumento de 400x. A presença de 
mitoses confere maior risco de metástase ao paciente. Antigamente, esse índice fazia parte 
do estadiamento, porém foi retirado recentemente, apesar de ainda ser um marcador de pior 
prognóstico.
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3.3.4 TRATAMENTO E CONDUTA
A condução de um paciente com melanoma é bastante 
complexa e muito cobrada em provas de Residência. O nível 
das questões está subindo muito, portanto você precisa 
dominar vários conceitos. Vamos seguir um fluxograma de 
raciocínio para que você não erre nenhuma questão!
O primeiro passo é suspeitar de melanoma pela regra 
do “ABCDE”, que você já aprendeu. Você também já sabe que, 
após suspeitar de um melanoma, a melhor conduta é realizar 
uma biópsia excisional, com margens de 1 a 3 mm. O que 
iremos discutir agora são os próximos passos!
O passo seguinte é tratar a área primária. Isso significa 
que, após feito o diagnóstico do melanoma (através da biópsia 
excisional), é necessário ampliar a área da cicatriz de acordo 
com o índice de Breslow. 
Fique ligado: a abordagem cirúrgica do melanoma quase sempre é feita em dois tempos. Primeiro, diante da suspeita clínica, é 
realizada biópsia excisional, com margens de 1 a 3 mm. Quando confirmado histologicamente, e dado o índice de Breslow, é realizada 
uma nova cirurgia para ampliar a cicatriz!
MARGEM INDICADA DE AMPLIAÇÃO DA CICATRIZ DO MELANOMA
Espessura Margem indicada
In situ 0,5 cm
< ou igual 1mm 1 cm
Entre 1 mm e 2 mm 1 a 2 cm
> 2 mm 2 cm
Suspeitar de melanoma (ABCDE)
Biópsia excisional (1 a 3mm)
Ampliar margens
Avaliação linfonodal
Exames de imagens
Depois de ampliadas as margens, precisaremos avaliar se abordaremos, ou não, o linfonodo daquele paciente. Durante o exame físico, 
é necessário palpar o linfonodo. Caso ele seja palpável, está indicada biópsia para avaliar se há metástase. Caso não haja alteração ao exame 
físico, dependeremos do histopatológico. Vimos que, quanto maior o índice de Breslow, maior o risco de acometimento linfonodal. Então, 
é a partir dele que nos guiaremos para indicar, ou não, a pesquisa do linfonodo sentinela. Esse é um exame em que é possível identificar o 
primeiro linfonodo daquela região. Logo, se o primeiro linfonodo regional estiver livre, o risco de metástase desse paciente é baixo.
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INDICAÇÕES DE PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA
Índice Comentário
Índice de Breslow > ou igual a 1mm. Pesquisa indicada.
Índice de Breslow ≥ 0,8 mm com ulceração ou mitose. Pesquisa indicada.
Índice de Breslow < 0,8 mm com ulceração ou mitose.
OBS: nesses casos, a conduta é compartilhada com o 
paciente. Não é obrigatória a realização do exame.
A ilustração mostra como é realizado o exame de linfonodo sentinela. Injeta-se um marcador no local do tumor primário. Esse marcador é transportado pelos 
vasos linfáticos até o primeiro linfonodo da cadeia. Detectamos, com um probe, qual é esse primeiro linfonodo e o retiramos, a fim de enviá-lo para estudo 
anatomopatológico. Se os primeiros linfonodos não tiverem metástase, consideramos que: nenhum outro linfonodo possui metástase e a chance de metástase à 
distância é pequena.
Em caso de haver comprometimento linfonodal, o passo seguinte é realizar exames de imagem à procura de metástase à distância. 
Realizamos tomografia de crânio (um grande número de metástases de melanoma é cerebral), tomografia de tórax e de abdome. Nos 
serviços em que haja disponibilidade, o PET-CT pode seruma opção.
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CAI NA PROVA
(Universidade Federal do Tocantins – TO – 2019) Maria, 24 anos, procurou o dermatologista após notar uma lesão pigmentada em seu braço 
esquerdo há 3 meses. Foi realizada biópsia excisional desta lesão. O resultado do exame anatomopatológico confirmou Melanoma Maligno, 
Clark nível II, índice de Breslow de 0,8mm, sem ulceração, margens negativas, mas próximas da lesão (distância < 1mm) e apresentando taxa 
mitótica de 2 mitoses/mm2. Os achados do exame físico da paciente neste momento são de uma cicatriz de aspecto adequado em braço 
esquerdo (local da biópsia) e ausência de linfoadenomegalias palpáveis em todos os segmentos corporais. Assinale a alternativa que contém 
a conduta mais adequada para esta paciente.
A) Expectante. 
B) Ressecção do tecido cicatricial (pele e subcutâneo até fascia muscular) com margem mínima de 1cm a partir da borda da cicatriz. 
C) Ressecção do tecido cicatricial (pele e subcutâneo até fascia muscular) com margem mínima de 2cm a partir da borda da cicatriz. 
D) Ressecção do tecido cicatricial (pele e subcutâneo até fascia muscular) com margem mínima de 1cm a partir da borda da cicatriz, além de 
pesquisa e biópsia de linfonodo sentinela. 
E) Ressecção do tecido cicatricial (pele e subcutâneo até fascia muscular) com margem mínima de 2 cm a partir da borda da cicatriz, além 
de pesquisa e biópsia de linfonodo sentinela.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa “A”. Como discutimos, a abordagem do melanoma é quase sempre em dois tempos. Depois de feita a biópsia 
excisional e confirmado o diagnóstico de melanoma, devemos ampliar as margens cirúrgicas de acordo com o índice de Breslow. Não 
devemos ter conduta expectante pelo risco de recorrência local.
Alternativa “B”. Como estamos diante de um melanoma invasivo com índice de Breslow de 0,8 cm, a conduta é ampliar a margem cirúrgica 
em 1 cm. Uma observação importante é que a margem profunda deve ir até a fascia muscular. Essa alternativa está correta, porém 
incompleta, pois há indicação de pesquisa de linfonodo sentinela.
Incorreta a alternativa “C”. Quando estamos diante de um melanoma invasivo com espessura menor do que 1 mm, devemos ampliar a 
cirurgia com margem de 1 cm, e não de 2 cm.
Correta a alternativa “D” Observe que essa alternativa também advoga a ampliação de margem de 1 cm, portanto está correta. Ela 
vai além, afirma que, nesse caso, há indicação de pesquisa de linfonodo sentinela. Vamos relembrar as indicações de pesquisa de linfono-
do sentinela?
INDICAÇÕES DE PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA
Índice Comentário
Índice de Breslow ≥ 1 mm. Pesquisa indicada.
Índice de Breslow ≥ 0,8 mm com ulceração ou mitose. Pesquisa indicada.
Índice de Breslow < 0,8 mm com ulceração ou mitose.
OBS: nesses casos, a conduta é compartilhada com o paci-
ente. Não é obrigatória a realização do exame.
Perceba, então, que o paciente entra na segunda indicação (Breslow ≥ 0,8 mm com mitoses) e, realmente, está indicada pesquisa de 
linfonodo sentinela. Alternativa correta e completa.
Incorreta a alternativa “E”. pelo mesmo motivo da alternativa C.
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Se houver lesão suspeita de implante metastático, é preferível confirmar com biópsia. Vamos analisar o que diz o NCCN 2019 sobre 
a conduta a ser adotada diante de imagem suspeita de metástase de melanoma: “Pacientes em estádio IV (metástase à distância) ou com 
recorrência clínica devem ser confirmados com biópsia sempre que possível ou se clinicamente indicado”.
Pacientes com melanoma metastático apresentam um prognóstico ruim. As quimioterapias convencionais com carboplatina e paclitaxel 
ou dacarbazina possuem resultados desapontadores. Felizmente, nos últimos anos têm surgido muitas opções terapêuticas para o tratamento 
de melanoma metastático e isso vem sendo muito discutido nos congressos médicos. 
Muitos melanomas apresentam uma mutação no gene BRAF e foram desenvolvidas drogas que atuam nesses melanomas BRAF 
positivos (vemurafenib e dabrafenib). Naqueles pacientes que não apresentam essa mutação, utiliza-se medicações que estimulam o sistema 
imunológico através da inibição do PD-1 (nivolumab e pembrolizumab) ou do CTLA 4 (ipilimumab).
As drogas inibidoras do BRAF possuem a dica no nome - vemuRAFenibe e daBRAFenib. Essas 
medicações, geralmente, não são cobradas em provas de acesso direto, porém estão na moda e 
podem ser perguntadas.
CAI NA PROVA
(SUS – SP – 2015) Um paciente de 24 anos de idade apresenta nevo de 2 cm de diâmetro no dorso. Realizada biópsia excisional marginal, 
que veio compatível com melanoma, com Breslow de 3 mm. No estadiamento com tomografia de abdome, tórax e crânio, foi achado nódulo 
pulmonar compatível com metástase. Próximo passo:
A) linfonodo sentinela.
B) ampliação de margens para 2 cm.
C) biópsia do nódulo pulmonar.
D) ampliação de margens para 3 cm.
E) ampliação de margens e linfonodo sentinela
COMENTÁRIO
Os guidelines sobre melanoma mudam constantemente e devemos estar atentos a essas mudanças. Por esse motivo, as questões 
sobre o tema rapidamente ficam desatualizadas. O índice de Breslow é o fator prognóstico mais importante nos melanomas invasivos e é o 
que irá guiar nossa conduta diante de um melanoma invasivo. A mais recente recomendação sobre melanoma indica que devemos realizar 
pesquisa de linfonodo sentinela nos melanomas com índice de Breslow maiores ou iguais a 1 mm ou naqueles menores que 1 mm, porém 
com outros fatores de risco (ulceração, por exemplo). Se há acometimento linfonodal, então está indicado prosseguir a investigação com 
exames de imagem, como tomografias. Caso a busca de linfonodo sentinela seja negativa, nossa investigação para por aí e seguiremos o 
paciente clinicamente. Vamos analisar as alternativas.
Incorreta a alternativa “A”. Observe que a conduta diante de um melanoma de índice de Breslow de 3 mm deveria ser a pesquisa de 
linfonodo sentinela. Porém, por algum motivo, essa etapa foi pulada e já foram realizados exames de imagem que mostraram imagem 
compatível com metástase pulmonar. Não faz sentido procurar linfonodo sentinela nesse momento, uma vez que já possuímos evidência 
de doença metastática à distância.
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Correta a alternativa “B” A abordagem do melanoma é sempre realizada em duas etapas. Primeiro, diante da suspeita de melano-
ma, fazemos biópsia excisional do tumor. Com a confirmação histológica, devemos proceder à ampliação de margens de acordo com o 
índice de Breslow. Observe a tabela de recomendação de ampliação de margens de acordo com o Breslow.
ÍNDICE DE BRESLOW MARGEM
Melanoma in situ 5mm
<1mm 1cm 
1-2mm 1-2cm
2-4mm 1-2cm
X 2cm
Como nosso paciente tem um Breslow de 3 mm, devemos ampliar a margem cirúrgica em 1 a 2 cm, o que torna a alternativa B uma 
opção possível.
A imagem pulmonar é descrita como “compatível com metástase”. Vamos analisar o que diz o NCCN Correta a alternativa “C”
2019 sobre qual é a conduta a se adotar diante de imagem suspeita de metástase de melanoma: “Pacientes em estádio IV (metástase a 
distância) ou com recorrência clínica devem ser confirmados com biópsia sempre que possível ou se clinicamente indicado”. Perceba que é 
importantíssima essa confirmação histopatológica, pois uma metástase à distância modifica completamente nossa conduta e prognóstico 
do paciente. 
Incorreta a alternativa “D”. A maior margem que devemos ampliar os melanomas é 2 cm, conforme demonstrado na tabela mostrada 
anteriormente.
Incorreta a alternativa “E”. Essa alternativa está incorreta pelo mesmo motivo da alternativa A.
Logo, a questão deveria ser anulada, pois apresenta mais de uma alternativa correta.
Para finalizar, vamos resolver umaquestão recente e de um nível elevadíssimo sobre melanoma, a fim de revisar alguns conceitos e 
apresentar outros.
CAI NA PROVA
(USP RIBEIRÃO PRETO – SP – 2020) Mulher, 43 anos, com diagnóstico de melanoma nodular em antebraço esquerdo, Breslow de 2,1 mm. Foi 
submetida à cirurgia de ampliação de margens seguida de pesquisa do linfonodo sentinela em axila esquerda, cujo resultado histopatológico 
foi positivo para presença de melanoma. Foi então indicado cirurgia para linfadenectomia axilar esquerda, que demonstrou acometimento de 
2 linfonodos dos 9 encontrados. Como deverá prosseguir o tratamento dessa paciente?
A) Seguimento clínico com exames de imagem.
B) Linfadenectomia axilar direita.
C) Radioterapia em axila esquerda.
D) Quimioterapia com dacarbazina.
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COMENTÁRIO
Questão extremamente difícil! Vamos seguir o passo a passo que acabamos de aprender para respondê-la . Diante de uma lesão 
suspeita de melanoma, devemos realizar uma biópsia excisional (retirada de toda a lesão), com margens exíguas (1 a 3 mm). Com o diagnóstico 
confirmado e sabendo a profundidade da lesão (índice de Breslow), devemos proceder à ampliação de margens e avaliar se há indicação de 
pesquisa de linfonodo sentinela. Como essa paciente apresentava um melanoma com índice de Breslow de 2,1 mm, foi indicada a pesquisa 
de linfonodo sentinela. A pesquisa identificou que o linfonodo estava comprometido por células neoplásicas.
Diante disso, qual é conduta adequada? Realizar linfadenectomia radical ou não? Aqui entra uma grande divergência. Os maiores 
estudos não demonstraram ganho de sobrevida com a realização da linfadenectomia radical. Portanto, há uma tendência crescente em não 
realizá-la nesses casos, principalmente quando temos disponíveis drogas novas chamadas de terapia-alvo (anti-PD1 e anti-CTLA4).
No Brasil, essas drogas praticamente não estão disponíveis e, portanto, alguns cirurgiões ainda advogam a realização de linfadenectomia 
radical, como no caso dessa paciente. Foi realizado linfadenectomia radical que mostrou comprometimento de mais 2 linfonodos.
Qual é a conduta adequada nessa paciente? Ela apresenta alto risco de metástase à distância e, portanto, devemos realizar exames de 
imagem (tomografia cervical, tórax, abdome e pelve) e considerar ressonância nuclear magnética de crânio. 
Correta a alternativa “A” Como essa paciente apresenta alto risco de metástase à distância, é necessário realizar exames de ima-
gem à procura de metástases.
Incorreta a alternativa “B”. Não faz sentido realizar linfadenectomia radical à direita, pois a drenagem do melanoma era para a axila esquerda.
Incorreta a alternativa “C”. Alguns oncologistas podem indicar radioterapia quando há um volume de doença linfonodal muito grande. Essa 
paciente apresentava apenas 2 linfonodos acometidos, não tendo indicação de radioterapia.
Incorreta a alternativa “D”. A dacarbazina é um quimioterápico antigo utilizado para casos de melanoma com metástase à distância. Ela só 
será utilizada nessa paciente se os exames de imagem demonstrarem metástase à distância. Se essa paciente tivesse acesso aos inibidores 
do PD-1 (nivolumab e pembrolizumab) ou do CTLA 4 (ipilimumab), poderíamos administrar como adjuvância, porém essa não é, ainda, a 
realidade de nossos pacientes.
Ufa, chegamos ao final! Esse é, sem dúvidas, um dos assuntos mais difíceis da dermatologia. Pensando nisso, elaborei este mapa 
mental para que você consiga fixar as principais informações desse conteúdo. Consulte-o frequentemente para que consiga memorizá-lo!
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
Idoso
Cabeça e pescoço
Índice mitótico
Índice de Breslow - principal
Ulceração
Envolvimento linfonodal
Metástase
Sexo masculino
MELANOMA Fatores
prognósticos
Nevos displásicos
Queimadura solar
Fototipo baixo
Múltiplos nevos
História prévia de melanoma
Fatores
de riscoEspidemiologia
Indivíduos entre 20 e 50 anos
Mulheres = Pernas
Homens = Tronco
Tipos 
histológicos
Lentigo
maligno
Idosos em área fotoexposta
O tipo mais comum Extensivo
superficial
Nodular2º tipo mais comum
Lentiginoso
acral
Mais comum em negros
Conduta
Biópsia excisional
1 a 3mm de margens
2º ampliar margens
de acordo com o 
Breslow
3º Linfonodo
Palpável?
Sim Não
Biópsia
linfonodal
4º Exames de 
imagem se linfonodo
comprometido
QT, terapia alvo ou
imunoterapia
se Metástase
Avaliar indicação
de linf. 
sentinela
4º Exames de 
imagem se linfonodo
comprometido
QT, terapia alvo ou
imunoterapia
se Metástase
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele) Estratégia
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS
CAPÍTULO
Nesse livro digital, abordamos um dos temas mais importantes e mais frequentemente cobrado nas questões de Dermatologia. Sei que 
o livro foi denso, com muitas informações e conceitos novos, porém precisamos dominar esse tema para não errar as questões. Fique ligado 
nesse assunto!
Pratique bastante com as questões até que os fluxogramas tornem-se medulares! Somente com a prática em resolvê-las você se 
habituará a todos esses conceitos. Vamos com muita calma e dedicação, assim, alcançaremos o melhor resultado.
Em caso de dúvidas, não hesite em contatar-nos!
Contatos:
Fórum de dúvidas
Até a próxima!!
CAPÍTULO
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Dermatologia na prática Médica / José Alexandre de Souza Sittar, Mario Cezar Pires. – São Paulo: Roca, 2007. ISBN 978-85-7241-695-5
2. Tratado de dermatologia / editores Walter Belda Junior, Nilton di Chiacchio, Paulo Ricardo Criado. – 2. Ed. – São Paulo: Editora Atheuneu 
2014
3. Dermatologia / Jean L. Bolognia, joseph L. Jorizzo, Julie V. Schaffer ; organização Célia Luiza Petersen Vitello Kalil ; tradução Adriana de 
Carvalho Corrêa ..e. [et al.]. – 3. Ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.
4. Wolff, K., Goldsmith, L., Katz, S., Gilchrest, B., Paller, AS., & Leffell, D. (2011). Fitzpatrick’s Dermatology in General Medicine, 8th Edition. 
New York: McGraw-Hill.
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DERMATOLOGIA Oncologia Cutânea (Câncer de pele)
https://med.estrategiaeducacional.com.br/
https://med.estrategiaeducacional.com.br/
	1.0 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 
	1.1 INTRODUÇÃO
	1.2 QUEIMADURA SOLAR E BRONZEAMENTO
	1.3 FOTOENVELHECIMENTO 
	1.4 FOTOCARCINOGÊNESE
	1.5 FOTOPROTEÇÃO
	 1.5.1 FILTROS SOLARES
	2.0 CÂNCER DE PELE
	2.1 INTRODUÇÃO
	2.2 FATORES DE RISCO PARA CPNM
	2.2.1. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
	2.2.2. FENÓTIPO
	2.2.3 TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
	2.3 CARCINOMA BASOCELULAR
	2.3.1 APRESENTAÇÃO CLÍNICA
	2.3.2 DIAGNÓSTICO
	2.3.3 TRATAMENTO – CBC
	3.0 CARCINOMA ESPINOCELULAR E LESÕES PRÉ-MALIGNAS
	3.1 CARCINOMA ESPINOCELULAR E LESÕES PRÉ-MALIGNAS
	3.1.1 INTRODUÇÃO
	3.1.2 RISCO DE METÁSTASE
	3.1.3 FATORES DE RISCO ADICIONAIS
	3.1.4 LESÕES PRÉ-MALIGNAS
	3.1.4.1 CERATOSE ACTÍNICA
	3.1.4.2 CORNO CUTÂNEO
	3.1.4.3 TRATAMENTO CERATOSE ACTÍNICA E QUEILITE ACTÍNICA
	3.1.4.4 ÚLCERAS CRÔNICAS E CICATRIZES
	3.2 CARCINOMA ESPINOCELULAR
	3.2.1 DOENÇA DE BOWEN
	3.2.2PAPULOSE BOWENOIDE
	3.2.3 ERITROPLASIA DE QUEYRAT
	3.2.4 CARCINOMA ESPINOCELULAR INVASIVO
	3.2.5 QUERATOACANTOMA 
	3.2.6 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
	3.3 MELANOMA
	3.3.1 FATORES DE RISCO
	3.3.2 CLÍNICA E TIPOS HISTOLÓGICOS
	3.3.3 DIAGNÓSTICO, ESTADIAMENTO E FATORES PROGNÓSTICOS
	3.3.4 TRATAMENTO E CONDUTA
	4.0 LISTA DE QUESTÕES
	6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS
	5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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