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Governabilidade, Governança e Accountability: · Os Conselhos de Fiscalização Profissional (CREA, COREN, CRO, Etc.) são classificados juridicamente como autarquias federais. Por serem autarquias federais, os Conselhos profissionais têm o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da União. Com a exceção da OAB, pois o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria, que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e suas seccionais e nos Estados e no Distrito Federal não são obrigadas a prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU) nem a qualquer outra entidade externa. · Governança É a capacidade de implementar políticas públicas. Governabilidade É a legitimidade para governar. Accountability É a prestação de contas/transparência. Compilance Atuar conforme as normas e regras fixadas. Organização e Estrutura do estado: · O controle da execução orçamentária compreenderá: I. A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações. II. A fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos. III. O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos da realização de obras e prestação de serviços. Art.76 O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere os incisos anteriores, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. · Cargo em Comissão: atribuições de direção, chefia e assessoramento, de livre nomeação e exoneração. Função de Confiança: também atribuídos à função de direção, chefia e assessoramento, mas somente a servidor público efetivo. · Sobre as Autarquias: · Faz parte da administração indireta (junto com Empresas públicas, Fundações Públicas, Sociedade de Economia Mista). · Personalidade Jurídica de Direito Público. · Leis específica CRIA. · Não há controle hierárquico · Tem autonomia gerencial, orçamentária e patrimonial. · NÃO exerce atividade econômica. · Sobre as Empresas Públicas: · Lei específica AUTORIZA a criação. · Personalidade Jurídica de Direito Privado. · Capital 100% público. · Regime pessoal Celetista. · Controle da Administração Direta e do Tribunal de Contas. · Não apresenta estabilidade funcional aos seus empregados. · As organizações públicas, assim como as privadas, vêm enfrentando, nas últimas décadas, grandes desafios de adaptação e busca de excelência na atuação e satisfação das expectativas dos consumidores e dos cidadãos. Nesse contexto, emergem convergências e, também, importantes divergências entre a gestão pública e privada, eis que a Administração Pública pode melhorar suas práticas utilizando metodologias desenvolvidas pelo setor privado com foco no cidadão-cliente. · Empregados Públicos celetistas, contratados com base em regime trabalhista e ocupantes de emprego público, são obrigados a seguir as normas constitucionais referentes à administração pública. · Não há hierarquia entre os princípios fundamentais (LIMPE). Desse modo, não se deve priorizar um princípio em detrimento do outro. Governo Eletrônico e Transparência: · Subordinam-se à Lei de Acesso à Informação: I. Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público. II. As Autarquias, as Fundações Públicas, as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito federal e Municípios. Modelos Teóricos de Administração Pública: · Embora a burocracia seja frequentemente associada à administração pública ela também está presente em diversos tipos de organizações, incluindo empresas privadas. Na verdade, a burocracia surgiu no setor privado, com o desenvolvimento das grandes empresas no século. Processo Organizacional na Administração Pública: · No gerenciamento de serviços públicos, a supervisão garante que as ações beneficiem a sociedade, o controle visa garantir o atingimento dos objetivos estabelecidos (prazos, orçamento e qualidade). Gestão por Resultados: · Na avaliação por resultados, o enfoque de análise não é o indivíduo, mas sim na equipe (área, departamento, setor, entre outros). Ao passo que na avaliação de desempenho o enfoque é no indivíduo e, nesse sentido, um dos métodos mais utilizados para se obter um resultado completo e satisfatório para a administração, pública ou privada, é a avaliação 360°. Eficiência, eficácia e efetividade no serviço público: · A mensuração da satisfação do cidadão é um dos principais indicadores para se obter a eficácia (resultado da política pública) e a efetividade (impacto da ação pública na realidade social). Qualidade no setor público: · Excelência em serviços públicos corresponde ao grau máximo – dos serviços prestados ao cidadão e atribui-se aos programas de qualidade a missão de atingir esse patamar. · É importante para a administração pública o desenvolvimento de ações e práticas que envolvam a participação dos cidadãos na formulação e implementação de políticas públicas. Essa participação refere-se a: coprodução de serviços. · O programa de Qualidade no Serviço Público surge em 1999 e o foco era no usuário-cidadão, gestão por resultados, inovação dos instrumentos gerenciais, criação dos serviços de atendimento aos cidadãos. Gestão Pública x Gestão Privada: · O principal objetivo das empresas privadas é o LUCRO/RENDIMENTOS. Enquanto na Administração Pública é a satisfação das demandas da população. · A administração Pública busca gerar valor para a sociedade e busca formas de garantir o desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma eficiente. As organizações privadas, por sua vez, buscam o lucro financeiro e formas de garantir a sustentabilidade do negócio. · Embora existam diferenças significativas entre a gestão pública e a privada, alguns princípios e práticas da gestão privada são aplicáveis à gestão pública. Por exemplo, eficiência, transparência, e prestação de contas são princípios que podem ser igualmente importantes em ambas as esferas, embora possam ser aplicados de maneira distintas devido às suas diferentes naturezas e objetivos. Administração Patrimonialista: · Características da Administração Patrimonialista: · Confusão Público x Privado · Corrupção e Nepotismo (ausência de profissionalismo/carreiras administrativas) · Confusão Pessoas x Cargos (são considerados bens pessoais e conferem status de elite/nobreza) · Governante tem o Estado como sua propriedade/extensão de poder · Clientelismo (troca de favores x apoio político) Administração Gerencial x Burocrática: · Os controles aplicados pelo Modelo de Gestão Gerencial pautam-se pelo foco nos resultados (realizados posteriormente no processo “a posteriori”). O modelo Gerencial não veio substituir o burocrático (pari passu = controle rígido), mas sim diminuir, inclusive aplica até alguns de seus princípios. · O modelo adotado por Vargas, com a criação do DASP (1930), foi o modelo burocrático, que substituiu o patrimonialista. O modelo burocrático foi idealizado por Max Weber, e possui como características, dentre outras: corte de gastos, racionalização administrativa, definição de regras para a ocupação de cargos público, impessoalidade. · Os governos que adotaram o modelo gerencial buscaram um reposicionamento da atuação do Estado. Ao invés de executar os serviços de forma direta, buscaram descentralizar a prestação de serviços, envolvendo a iniciativa privada por meio das concessões e privatizações e também do terceiro setor, pelo que se chamou de publicização. · Disfunções da Burocracia: · Internalização das normas e exagerado apego aos regulamentos · Excesso de formalismo e papelório · Resistência à mudanças · Despersonalização do relacionamento · Categorização do processo decisório · Superconformidade às rotinas e procedimentos · Exibição de sinais de autoridade · Dificuldade com clientes · A administração burocrática,que começou a ganhar força no Brasil com o governo Vargas, surgiu em consonância à Revolução Industrial e teve o seu estopim com o advento do Estado Liberal, buscando, assim, romper com o modelo anterior patrimonialista absoluto. Era preciso rever o papel arbitrário do soberano, em defesa de uma sociedade mais livre no que concerne às liberdades individuais. · A reforma administrativa ocorrida em 1967 pretendia o rompimento com a rigidez burocrática, e, para isso, as atividades da administração foram descentralizadas e algumas instituições de administração indireta ganharam autonomia. Gestão Pública Empreendedora: · Por estar focada nos resultados que melhor respondam às demandas dos cidadãos como clientes, a gestão pública empreendedora é baseada em avaliações contínuas da sociedade para ajustar suas estratégias, planos e metas, bem como sua ação implementadora. · O governo empreendedor visa atender ao cidadão como cliente e, nesse atendimento, além de servi-lo, dá-lhe responsabilidades. Gestão por Processos: · Estrutura Organizacional: · Verticais – Intrafuncionais: a) Ocorrem de baixo para cima ou de cima para baixo b) São inteiramente realizados dentro de uma única unidade funcional c) Único departamento · Horizontais – Interfuncionais transversais: a) Processos que ocorrem lateralmente b) Desenhados de acordo com o fluxo do trabalho c) Atravessam as fronteiras das áreas funcionais