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OSTENSIVO EMN-014
APOSTILA DA DISCIPLINA DE 
ARMAMENTO
MARINHA DO BRASIL
ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEIROS DE SANTA CATARINA
2022
OSTENSIVO EMN-014
ARMAMENTO
MARINHA DO BRASIL
ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEIROS DE SANTA CATARINA
2022
OSTENSIVO - I -
OSTENSIVO EMN-014
FINALIDADE: DIDÁTICA
ATO DE APROVAÇÃO
Aprovo, para emprego nas Escolas de Aprendizes-Marinheiros, a publicação EMN-014 –
ARMAMENTO para o Curso de Formação de Marinheiros.
 Florianópolis, SC.
Em 19 de outubro de 2022.
ANDRÉ LUIZ VILELA DE ASSIS
Capitão de Fragata
Comandante
ASSINADO DIGITALMENTE
Esta publicação foi elaborada cumprindo as normas do EMA-411 (Manual de Publicações da Marinha).
OSTENSIVO - II -
OSTENSIVO EMN-014
FOLHA DE REGISTRO DE ALTERAÇÕES
NÚMERO DA
MODIFICAÇÃO
EXPEDIENTE QUE A
DETERMINOU E
RESPECTIVA DATA
PÁGINA (S)
ALTERADA (S)
DATA DA
INTRODUÇÃO
RUBRICA DO
OFICIAL QUE A
INSERIU
OSTENSIVO - III -
OSTENSIVO EMN-014
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto ………………………………………………………………………………………………………………………………….. I
Ato de Aprovação …………………………………………………………………………………………………………………………….. II
Folha de Registro de Alterações ……………………………………………………………………………………………………….. III
Índice …………………………….…………………………………………………………………………………………………………………. IV
Introdução ……………………...………………………………………………………………….……………………………………………. VII
CAPÍTULO 1 - IDENTIFICAR OS TIPOS DE ARMAMENTOS PORTÁTEIS UTILIZADOS NA MB 
1.1 Armamentos portáteis na MB e suas finalidades ......................…………………………………………. 1-1
1.2 Tipos de armamento portátil utilizados na MB ………………………………………………………………….. 1-4
1.3 Conceito de armas não portáteis …………………………..………………………………………………………….. 1-7
CAPÍTULO 2 – EXECUTAR OS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO MANUSEIO DO ARMAMENTO
PORTÁTIL: FUZIL E PISTOLA
2.1 Procedimentos de segurança e manuseio …………………………………………………………..…………….. 2-1
2.2 Procedimentos de segurança no manuseio do Fuzil 7,62mm FAL..…………………………………….. 2-1
2.3 Procedimentos de segurança no manuseio da Pistola 9mm ……….…………………………………….. 2-1
2.4 Desmontagem e montagem de 1º escalão do armamento portátil ….……………………………….. 2-2
CAPÍTULO 3 - IDENTIFICAR OS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRANSPORTE E NA ARMAZENAGEM
DE MUNIÇÃO 
3.1 Procedimentos de segurança para o transporte de munição a bordo ……………………………….. 3-1
3.2 Procedimentos para a armazenagem da munição a bordo ……………………..………………………... 3-7
3.3 Tipos de munição ……………………………………………………………………………………………………………... 3-10
OSTENSIVO - IV -
OSTENSIVO EMN-014
CAPÍTULO 4 – TIRO REAL COM O ARMAMENTO PORTÁTIL
4.1 Exercícios de manejo com armamento portátil …………………………………………………………………. 4-1
4.2 Municiar o carregador ………………………………………………………………………………………………………. 4-2
4.3 Alimentar o armamento portátil ……………………………………………………………………………………….. 4-2
4.4 Carregar o armamento portátil …………………………………………………………………………………………. 4-2
4.5 Instruções preparatórias para o tiro (IPT) ………………………………………………………………………….. 4-2
4.6 Execução do tiro real em STAND de tiro ……………………………………………..…………………………….. 4-3
CAPÍTULO 5 – NORMAS DE SEGURANÇA ORGÂNICA
5.1 Norma interna de segurança orgânica ………………………..…….………………………………………………. 5-1
5.2 Aplicabilidade dos procedimentos de segurança orgânica relativas à OM ...………………………. 5-7
CAPÍTULO 6 – PROCEDIMENTOS DE ENTRADA E SAÍDA DE PESSOAL, MATERIAL E VIATURA
6.1 Regras de entrada e saída de veículos ……………………………………………….………………………………. 6-1
6.2 Procedimentos adotados nas OM, contidos na segurança orgânica ……………………….…………. 6-4
6.3 Procedimentos de segurança orgânica para a entrada e saída de pessoal, material e
viatura ……………………………………………………………………………………………………………………………….
6-4
CAPÍTULO 7 – CONTROLAR CLAVICULÁRIOS
7.1 Procedimentos de controle de claviculários ………………………………………………………………………. 7-1
7.2 Distinção entre o controle de chaves especiais e chaves comuns …………………………………….. 7-1
ANEXO – Referências Bibliográficas.
OSTENSIVO - V -
OSTENSIVO EMN-014
INTRODUÇÃO
1 – PROPÓSITO
Esta apostila tem o propósito de apresentar os conteúdos da disciplina de Armamento do Curso de
Formação de Marinheiros.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em sete capítulos, assim distribuídos:
No capítulo 1 – Tipos de armamentos portáteis utilizados na MB;
No capítulo 2 – Procedimentos de segurança no manuseio do armamento portátil: Fuzil e Pistola; 
No capítulo 3 – Procedimentos de segurança no transporte e armazenamento de munição;
No capítulo 4 – Tiro real com armamento portátil: Fuzil e Pistola;
No capítulo 5 – Normas de Segurança Orgânica;
No capítulo 6 – Executar procedimentos de entrada e saída de pessoal, material e viatura; e
No capítulo 7 – Controlar claviculários.
3 - EDIÇÃO
Esta publicação foi revisada em 15/03/2022 pelo SO-AM UBIRAJARA SILVA MARINS JUNIOR,
coordenador da disciplina na EAMSC. A revisão Pedagógica foi realizada pelo CT (T) MAIKEL OLIVEIRA DA
SILVA e pela 1ºTen (RM2-T) RENATA THAIS SEGALA DOLZAN, pedagogos da EAMSC.
Esta publicação foi editada na ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEIROS DE SANTA CATARINA.
4 - DIREITOS DE EDIÇÃO
Reservados para as ESCOLAS DE APRENDIZES-MARINHEIROS. Proibida a reprodução total ou parcial,
sob qualquer forma ou meio.
5 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 (Manual de Publicações da Marinha) em:
Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, didática e manual. 
OSTENSIVO - VI -
OSTENSIVO EMN-014
CAPÍTULO 1
TIPOS DE ARMAMENTOS PORTÁTEIS UTILIZADOS NA MB
1.1 - ARMAMENTOS PORTÁTEIS NA MB E SUAS FINALIDADES
1.1.1 - FUZIL (FAL) 7,62 mm M 964:
Esta arma funciona por ação da força expansiva dos gases resultantes da queima da carga de
projeção. Para o aproveitamento de tal força, existe uma tomada de gases em um ponto do terço
médio do cano. Possui um anel regulador de escape de gases que se destina a fazer aumentar ou
diminuir a saída dos gases e assim pode controlar a pressão destes sobre o êmbolo. O ferrolho, no
fim da recuperação, fecha e tranca a arma. O destrancamento e a abertura só se dão após o
projétil ter ultrapassado a boca da arma.
Como o ferrolho se acha necessariamente em sua posição de trancamento no instante do
disparo, a precisão não é perturbada pelo deslocamento de qualquer massa mais ou menos
importante, como ocorre em algumas armas automáticas. Graças à colocação do cilindro de gases
acima do cano e aos estudos feitos acerca da linha geral da arma, logra-se colocar o centro de
gravidade da arma sobre o eixo longitudinal do cano, evitando-se, com isso, que a arma se levante,
concorrendo assim para que ela tenha estabilidade por ocasiãodo disparo. Seu funcionamento se
dá como arma automática ou semiautomática. É alimentada por um carregador para vinte
cartuchos, que se encaixam no receptor do carregador na parte inferior da caixa da culatra. A cada
recuperação é carregado um cartucho e, no recuo, é extraído e ejetado o estojo. As operações de
carregamento e de extração produzem-se enquanto existirem cartuchos no carregador. O FAL
possui um registro de tiro e segurança que pode ficar em três posições: “A”, “R” ou “S”. Quando
está em “S”, a arma está travada, o que torna impossível o tiro. As demais posições permitem o tiro
automático (posição “A”) e tiro semiautomático (posição “R”), desde que o obturador do cilindro
de gases esteja na posição de tiro automático (letra “A” para cima).
Características:
I) Quanto ao tipo: portátil;
II) Quanto ao emprego: individual;
III) Quanto ao funcionamento: automático, semiautomático e de repetição;
IV) Quanto ao princípio de funcionamento: ação dos gases sobre o êmbolo;
OSTENSIVO 1 - 1 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
V) Tipo de cadência de tiro: contínuo, intermitente e, para lançamento de granada, tiro de
repetição;
VI) Quanto à refrigeração: a ar;
VII) Quanto à alimentação: carregador metálico tipo cofre, com capacidade para vinte cartuchos,
no sentido de baixo para cima;
VIII) Quanto ao número de raias: quatro no sentido destrógiro (da esquerda para a direita);
IX) Quanto ao aparelho de pontaria: alça de mira tipo lâmina graduada, com cursor (graduada de
100 em 100 metros no alcance de 200 a 600m) e massa de mira tipo ponto, com protetores
laterais;
X) Dados numéricos:
Calibre: 7,62mm (.30”);
Comprimento: 1,10 m;
Peso sem carregador: 4,200 Kg;
Peso do carregador vazio: 0,250 Kg;
Peso do carregador cheio: 0,730 Kg;
Velocidade inicial: 840 m/s;
Cadência prática de tiro: Automático - 120 TPM;
Semiautomático 60 TPM; e
Repetição +/- 18 TPM;
Alcance máximo: 3.800 m;
Alcance útil sem luneta: 600 m; e
Alcance útil com luneta: 800 m.
 Fuzil (FAL) 7,62 mm
OSTENSIVO 1 - 2 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
1.1.2 - PISTOLA TAURUS 9mm: O estudo do funcionamento da pistola será realizado por meio do
processo por ação simples, considerando-se que já ocorreu o primeiro tiro.
a) Processo por ação simples:
I) Destrancamento: Os gases, agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o ferrolho
recue, trazendo consigo o cano. Com o recuo do ferrolho, o mergulhador do bloco de trancamento
se choca no batente da armação e a parte anterior do mergulhador age no bloco de trancamento,
abaixando-o. Em consequência, os ressaltos de trancamento são retirados de seus alojamentos no
ferrolho. Nesse momento, estão desengrazados o cano e o ferrolho e os ressaltos de trancamento
estarão em seus alojamentos na armação havendo, portanto, o destrancamento.
II) Abertura: Ao desengrazar-se o ferrolho, o cano completou o movimento chamado de curto
recuo. O ferrolho, entretanto, continua recuando e se afastando do cano, ocorrendo a abertura.
III) Extração: No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o
cano, retira da câmara o estojo por intermédio do extrator que o está prendendo com sua guarra.
IV) Ejeção: Continuando o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo-se o estojo
ainda preso pelo extrator faz com que o culote deste venha a se chocar com o ejetor que se
encontra montado à retaguarda e à esquerda da amarração. A violência desse choque vence a
ação da garra do extrator e o estojo é projetado, através da janela de ejeção, para fora da arma.
b) Características:
I - Quanto ao tipo: de porte;
II - Quanto ao emprego: individual;
III - Quanto ao funcionamento: semiautomática;
IV - Indicativo militar: Pst 9 PT 92 BERETTA TAURUS;
V - Quanto ao princípio de funcionamento: curto recuo do cano;
VI - Quanto à refrigeração: a ar;
VII - Alimentação: carregador metálico, tipo cofre com capacidade para quinze cartuchos no
sentido de baixo para cima;
VIII - Número de raias: seis, no sentido destrógiro da esquerda para a direita;
IX - Aparelho de pontaria: alça de mira tipo entalhe retangular e massa de mira seção
retangular; e
OSTENSIVO 1 - 3 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
X - Dados numéricos:
Calibre: 9 mm
Peso com carregador vazio: 0,950 Kg;
Peso com carregador cheio: 1,137 Kg;
Peso do carregador vazio: 0,094 Kg;
Peso do carregador cheio: 0,282 Kg;
Comprimento da arma: 21,7 cm;
Velocidade inicial: 401 m/s;
Cadência prática de tiro: Variável;
Alcance máximo: 1.800 m; e
Alcance útil ou eficaz: 50 m.
Pistola Taurus 9 mm
1.2 - TIPOS DE ARMAMENTO PORTÁTIL UTILIZADOS NA MB
1.2.1 - CONCEITOS:
a) Armamento: é o conjunto de armas de uma unidade de combate;
b) Artilharia: é o conjunto de conhecimentos e procedimentos que envolvem o desenvolvimento,
o projeto, a produção, a conservação e o emprego adequado de armamento e munição;
c) Arma: é o equipamento destinado ao ataque e à defesa; e
d) Armamento leve: é todo aquele de calibre inferior a 0.60” (15,24 mm), com exceção dos lança-
rojões 2,36¨ (59,9 mm) e 3,5¨ (88,9 mm) além dos lança-granadas de 40 mm.
1.2.2 - CLASSIFICAÇÃO:
Apesar de as armas poderem ser empregadas em diversos tipos de situações, elas se classificam 
em:
a) Ofensivas: São armas projetadas para o ataque. Exemplo: canhões, mísseis e torpedos; e 
b) Defensivas: São armas utilizadas para a defesa da unidade ou do grupo de unidades. 
Exemplo: mísseis de defesa de ponto; torpedos e canhões antiaéreos (AA).
OSTENSIVO 1 - 4 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
1.2.3 - DIVISÃO DAS ARMAS OFENSIVAS:
As armas ofensivas dividem-se em três grupos:
a) Brancas: São utilizadas para o combate corpo a corpo. Exemplo: sabre, espada, faca, punhal;
b) Especiais: São armas utilizadas em operações especiais de ataque a submarinos, aeronaves ou 
comandos anfíbios; e
c) Armas de Fogo: Lançam projéteis por meio da expansão dos gases da carga de projeção. 
Exemplo: canhão, fuzil, pistola 9 mm.
1.2.4 - DIVISÃO DAS ARMAS DE FOGO:
 
As armas de fogo dividem-se em dois grupos:
a) Armas Portáteis: São aquelas que podem ser transportadas e manuseadas por um só homem. 
Exemplos: pistola, submetralhadora, fuzil; e
b) Armas Não Portáteis: São aquelas que exigem, para seu transporte e manuseio, o emprego de 
mais de um homem. Exemplo: canhões, torpedos e metralhadoras.
1.2.5 – CLASSIFICAÇÃO DO ARMAMENTO LEVE:
a) Quanto ao calibre; 
I - 7 mm;
II - 7,62 mm ou 0.30”;
III - 9 mm;
IV - 11,43 mm ou 0.45”; e 
V - 12,7 mm ou 0.50”.
Obs: Calibre é a medida interna do diâmetro entre dois cheios (filetes) opostos.
b) Quanto ao tipo:
I - De Porte: Pelo pouco peso e pelas dimensões reduzidas, pode ser conduzido no coldre;
II - Portátil: Apesar do peso relativamente grande, pode ser usado e conduzido por um só
homem, sendo dotado de uma bandoleira; e
III - Não-Portátil: Devido ao volume e peso, é conduzido por uma viatura ou dividido em fardos 
por vários homens.
OSTENSIVO 1 - 5 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
c) Quanto ao Emprego:
I – Individual: É empregado para proteção daquele que o conduz, não exigindo para sua perfeita
utilização mais que um indivíduo. Exemplo: pistola, revólver e fuzil; e
II - Coletivo: Destina-se à proteção de um grupo de homens ou fração de tropa, sendo necessário
mais que um homem para sua perfeita utilização. 
Exemplo: metralhadoras .50” e .30”.
d) Quanto à Refrigeração:
I - À água: O cano é envolvido por uma camisa d`água. 
Exemplo: Metralhadora .030”. M917 1 BROWNING pesada; e
II - A ar: É o próprio ar ambiente que produz o resfriamento. 
Exemplo: FAL, pistola Taurus.
e) Quanto ao Raiamento:I - Armas com Alma Raiada: Com o sentido da esquerda para a direita (DESTRÓGIRO) e com o
sentido da direita para a esquerda (SINISTRÓGIRO); e
II - Armas com Alma Lisa: Sem sulcos internos. Exemplos: morteiros, lança-rojões.
f) Quanto ao Funcionamento:
I - De Repetição: São aqueles que se utilizam da força muscular do atirador para execução das
diferentes fases de funcionamento (CARREGAMENTO, TRANCAMENTO, EJEÇÃO, etc.), decorrendo
daí a necessidade de se repetir a ação para cada disparo. Exemplo: fuzil “FO” 7,62 mm;
II - Semiautomático: São aqueles que realizam automaticamente todas as fases, com exceção do
disparo. Exemplo: pistola Taurus 9 mm; e
III - Automático: São aqueles que realizam automaticamente todas as fases do funcionamento,
enquanto houver munição e o gatilho permanecer ativado. Exemplo: FAL 7,62 mm.
g) Quanto à alimentação:
I - Com Carregador. Exemplo: metálico tipo lâmina, metálico tipo cofre, de pano tipo fita, de elos
tipo fita e tipo tambor.
OSTENSIVO 1 - 6 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
h) Quanto ao Carregamento:
I - Anticarga; e
II - Retrocarga.
1.2.6 - TIPOS DE ALCANCE:
I - Alcance máximo: É a maior distância alcançada por um projétil, ou seja, o maior alcance que se
pode obter com a arma; e
II - Alcance útil/eficaz: É o alcance em que a arma consegue atingir o alvo com precisão
imprimindo-lhe o efeito desejado.
1.3 - CONCEITO DE ARMAS NÃO PORTÁTEIS
1.3.1 – CANHÕES:
São as armas de calibre superior a 29 mm, geralmente transportadas ao local de combate por
qualquer meio de transporte: aéreo, marítimo ou terrestre. Os canhões, quanto ao calibre, podem
ser:
I - Pequenos – 38 a 100 mm;
II - Médios – 101 a 200 mm; e
III- Grossos – 201 mm em diante.
a) TIPOS DE CANHÕES EXISTENTES NA MB:
I - Canhão de 40 mm L/70 (Reparo Aberto): antiaéreos, também empregados em alvos de
superfície de forma secundária, instalados nas Fragatas Classe Greenhalgh, Corvetas Classe
Inhaúma, NE BRASIL, nos Navios-Varredores, Navios-Patrulha (NPa) e Navios-Patrulha Fluvial
(NaPaFlu), em reparos singelos;
II - Canhão de 40 mm MK-3 Trinity: antiaéreos, instalados nas Fragatas Classe Niterói e Corveta
Classe Barroso, em reparos singelos .
III - Canhão de 40 mm L/70 Mod. C-3: antiaéreos, também empregados em alvos de superfície de
forma secundária, instalados nas Corvetas Classe Júlio de Noronha, nos Navios-Patrulha Classes:
Grajaú, Macaé e Bracuí, em reparos singelos; 
IV - Canhão de 76,2 mm: de duplo emprego, funcionamento manual ou automático e de pequeno
calibre, instalado nos navios, nas Corvetas Classe Imperial Marinheiro (reparos de funcionamento
manual); e 
OSTENSIVO 1 - 7 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
V - Canhão de 4,5” MK-8: de duplo emprego, funcionamento automático, instalado nas Fragatas
Classe Niterói e nas Corvetas Classes: Inhaúma e Barroso.
 Trinity de 40 mm Canhão 4.5” MK-8
1.3.2 - MÍSSIL:
É uma arma autopropelida, com movimentos acima da superfície terrestre, podendo modificar sua
trajetória.
a) TIPOS DE MÍSSEIS UTILIZADOS NA MB
I - SEAWOLF: instalados nas Fragatas Classe Greenhalgh, usados contra alvos aéreos;
II - MÍSSIL EXOCET: instalados nas Fragatas Classe Niterói e Greenhalgh e nas Corvetas Classes:
Inhaúma e Barroso, usados contra alvos de superfície; e 
III - MÍSSIL ASPIDE: instalados nas Fragatas Classe Niterói, usados contra alvos aéreos e de
superfície.
1.3.3 - FOGUETE:
É uma arma que alcança velocidade por meio de foguetes propulsores (motores), seguindo uma
trajetória de voo livre. 
OSTENSIVO 1 - 8 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
1.3.4 - TORPEDO:
São armas submarinas com propulsão e governo próprios, transportando uma carga destinada a
explodir por choque ou por aproximação do alvo, pondo-o a pique ou danificando suas obras vivas.
a) TIPOS DE TORPEDOS
I - Torpedo MK-46 Mod. 5: instalados nas Fragatas Classes Niterói e Greenhalgh e nas Corvetas
Classes Inhaúma e Barroso, usados contra submarino submerso; esse tipo de Torpedo pode ser
lançado por navios de superfícies ou por meios aéreos;
II - Torpedo MK-24 Mod. 1 (Tiger Fish): instalados nos submarinos classe Tupi, usados contra
submarinos submersos e navios de superfície; e
III - Torpedo MK-48; instalados nos submarinos classe Tupi, usados contra submarinos submersos 
e navios de superfície.
1.3.5 - BOMBA DE PROFUNDIDADE:
É uma arma destinada a funcionar a determinada profundidade, a fim de atingir submarinos
submersos.
a) TIPO DE BOMBA DE PROFUNDIDADE: Atualmente, na MB, a bomba de profundidade em uso é
a MK-9 Mod. 4; quanto ao lançamento, a bomba de profundidade é lançada por aeronave ou por
navio de superfície.
 Fig.1.11- BOMBA DE PROFUNDIDADE MK-9 Mod. 4
OSTENSIVO 1 - 9 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
1.3.6 - MINAS SUBMARINAS:
São engenhos destinados a explodir debaixo d’água ou na superfície, com a finalidade de danificar
navios nas obras vivas, quando o navio com eles se chocar ou deles se aproximar, conforme o tipo
da mina. As minas podem ser empregadas não só no mar, como também nos rios e lagos, quer
sejam ofensivas ou defensivas, contra submarinos ou navios de superfície.
a) TIPOS DE MINAS
I - Mina Sautter-Harlé (SH-60): tipo de mina lançada por navio de superfície;
II - Mina MFC 01/100: tipo de mina lançada por navio de superfície; e
III - Mina MCC-23C: tipo de mina lançada por submarinos, pelos tubos de torpedos de vante.
 Mina Sautter-Harlé (SH-60) Mina MFC 01/100
Mina MCC-23C
OSTENSIVO 1 - 10 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
CAPÍTULO 2 
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO MANUSEIO DO ARMAMENTO PORTÁTIL 
2.1 - PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA E MANUSEIO
 O armamento portátil, seja ele o Fuzil (FAL) ou a Pistola Taurus (9 mm), possui
particularidades em relação aos seus procedimentos de segurança e ao seu manuseio as quais
devem ser observadas antes da execução e do manejo. Falta de atenção ou desconhecimento das
normas de segurança existentes no manuseio de armamentos portáteis pode resultar em
acidentes/incidentes, como os disparos precipitados. Se os procedimentos não forem executados
corretamente, podem causar problemas até mesmo durante as passagens de serviço.
Quando se trata de procedimentos em relação ao manuseio de armamento portátil (leve),
devemos seguir uma determinada sequência de segurança a fim de zelar pela segurança. A falta
de atenção em tais procedimentos pode custar a vida de pessoas. Por esse motivo, deve-se
executar com precisão o correto manuseio das armas.
2.2 - PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO MANUSEIO DO FUZIL 7,62mm FAL
Medidas de Segurança: 
I - Retirar o carregador;
II - Agir na alavanca de manejo, trazendo o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho à retaguarda.
Pressionar para cima o retém do ferrolho. Liberar a alavanca de manejo que permanecerá à
retaguarda junto com o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho, permitindo que a câmara seja
inspecionada diretamente pelo atirador; e
III - Travar a arma, atuando no registro de tiro e segurança, colocando-o na posição “S”.
2.3 - PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO MANUSEIO DA PISTOLA 9mm TAURUS
Medidas de Segurança: 
I - Retirar o carregador;
II - Recuar o ferrolho e prendê-lo à retaguarda através de seu retém; e 
III - Verificar o interior do cano.
OSTENSIVO 2 - 1EMN-014
OSTENSIVO EMN-014
A pistola Taurus possui três seguranças:
I - A primeira, chamada de principal, é o registro de segurança, comum aos dois lados da arma.
Esta segurança garante o travamento da arma durante a execução do tiro, estando ou não
engatilhada;
II - A segunda, internamente na arma, é o entalhe de descanso do cão, que fica situado na parte
anterior e inferior do cão, e imobiliza a armadilha na compressão acidental do gatilho, desde que
não ocorra o engatilhamento da arma; e
III - A terceira, também internamente na arma, é a trava da agulha percutora, a qual só permite
que a agulha percutora avance se a tecla do gatilho estiver calcada.
2.4 - DESMONTAGEM E MONTAGEM DE PRIMEIRO ESCALÃO DO ARMAMENTO PORTÁTIL
O armamento portátil possui seus escalões de desmontagem e montagem. Durante o Curso de
Formação de Marinheiros para a Ativa, os alunos aprendem a desmontagem/montagem de 1º
escalão do Fuzil FAL e da Pistola Taurus 9 mm e são ensinadas, de maneira clara, sucinta e
sequencial, a retirada e colocação das peças durante a montagem e desmontagem, conhecendo as
peças e suas finalidades durante o funcionamento da arma. Em determinado momento durante as
aulas práticas, será realizada a desmontagem e montagem com a supervisão do docente da
disciplina.
2.4.1 - FUZIL (FAL) 7,62 mm:
a) Para efetuar a desmontagem, siga a sequência abaixo:
I - Gire o conjunto “Armação-Coronha” para baixo, agindo sobre a chaveta do trinco da armação
para cima. (Fig. 2-2);
II - Puxe para trás a haste do impulsor do ferrolho e retire o conjunto ferrolho- impulsor do
ferrolho. Coloque para baixo a parte anterior do ferrolho ao mesmo tempo em que se exerce
pressão na parte posterior do percussor.
III - Para retirar a tampa da caixa de culatra, puxe-a para trás.
IV - Para retirar o “obturador do cilindro de gases”, faça pressão sobre o retém do obturador e
depois gire-o ¼ de volta no sentido dos ponteiros do relógio. O obturador sairá de seu alojamento,
impulsionado pela mola do êmbolo.
OSTENSIVO 2 - 2 EMN-014
OSTENSIVO EMN-014
V - Para retirar o “êmbolo do cilindro de gases e a sua mola”, puxe-o para a frente e, em seguida, 
separe o êmbolo de sua mola.
VI - Para desmontar o percussor, faça pressão na sua parte posterior, tirando o pino deste.
Removido o pino, o percussor sairá de seu alojamento sob a ação de sua mola. Finalmente, separe
o percussor de sua mola.
b) Para efetuar a montagem, siga a sequência abaixo:
- Seguir a sequência inversa à da desmontagem:
I - Somente foi ensinada a desmontagem de campanha, realizada pelo militar que recebe esta
arma como o seu armamento individual; e
II - Após a montagem, verificar o funcionamento da arma.
Atua-se na Alavanca de
desmontagem...
Retira-se o conjunto-impulsor
do ferrolho
Separando o ferrolho do impulsor
do ferrolho
Girando com a ponta do
projétil
Retirando o Êmbolo do seu
alojamento - I
Retirando o Êmbolo do seu
alojamento - II
OSTENSIVO 2 - 3 EMN-014
OSTENSIVO EMN-014
Retirando o Êmbolo do seu
alojamento - III
Retirando o Êmbolo do seu
alojamento - IV
Êmbolo Retirada da agulha percutora
 
Retirada da agulha percutora
do interior do ferrolho
2.4.2 - Pistola Taurus 9 mm:
a) Para efetuar a desmontagem, siga a sequência abaixo:
I - Separar o ferrolho da armação:
Com a arma apontada para cima, calque o retém da alavanca de desmontagem, gire a alavanca de
desmontagem 90º para a direita, puxe o ferrolho para vante, separando-o da armação.
II- Retirar o guia e a mola recuperadora do ferrolho:
Calque o guia da mola recuperadora e suspenda sua parte posterior, retirando o conjunto guia e
mola de seu alojamento.
OSTENSIVO 2 - 4 EMN-014
OSTENSIVO EMN-014
III- Separar o ferrolho do cano:
Empurre o bloco de trancamento até que suas abas de trancamento sejam desalojadas dos seus
rebaixos existentes no ferrolho. Levante a parte posterior do cano até extraí-lo do ferrolho.
IV - Separar o bloco de trancamento do cano:
Calque o mergulhador e levante o bloco de trancamento aproximadamente 45º e desloque-o
lateralmente.
Fig. 5 – Desmontagem da Pistola Taurus 9 mm
OSTENSIVO 2 - 5 EMN-014
OSTENSIVO EMN-14
CAPÍTULO 3
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRANSPORTE E NA ARMAZENAGEM DE MUNIÇÃO
3.1 - PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA O TRANSPORTE DE MUNIÇÃO A BORDO
3.1.1 - INTRODUÇÃO:
O transporte de munição pode ser feito por via terrestre, aérea ou marítima/fluvial. O
transporte de material explosivo é regulado por legislações federais, estaduais e municipais, que
devem ser cumpridas quando a situação requerer. Serão mencionadas a seguir regras básicas de
segurança que, em conjunto com o preconizado na legislação em vigor, têm a finalidade de minimizar
os riscos de acidentes.
3.1.2 - REGRAS GERAIS:
As seguintes regras básicas gerais devem ser observadas sempre que se estiver fazendo
transporte de material explosivo:
I) o material deve estar em bom estado de conservação e acondicionado em embalagem
regulamentar;
II) os serviços de embarque e desembarque devem ser presenciados por um oficial habilitado para
essa atividade, a fim de orientar a faina e verificar se ela está transcorrendo dentro das normas de
segurança;
III) o material deve ser disposto e fixado no transporte de forma a facilitar a sua inspeção e atender
aos requisitos de segurança;
IV) os componentes dos tipos espoleta, detonador, cordel detonante, estopim hidráulico, etc., devem,
a princípio, ser transportados separadamente de explosivos a granel;
V) deve-se, sempre que necessário, proteger o material contra umidade excessiva e incidência direta
dos raios solares, cobrindo-o, por exemplo, com uma lona;
VI) antes de descarregar o material, deve-se inspecionar o local previsto para armazená-lo, quanto à
limpeza, capacidade e adequabilidade das condições de armazenamento;
VII) é proibido remeter por via postal (serviço regular de correio) qualquer tipo de munição e/ou
explosivos;
OSTENSIVO 3 - 1 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
VIII) salvo em casos especiais e em condições que não comprometam a segurança da faina de
munição, os serviços de carga e descarga devem ser efetuados durante o dia e com tempo bom;
IX) os serviços de carga e descarga só devem ser feitos por meio de equipamentos e ferramentas
adequadas; e
X) o local onde está ocorrendo a faina de munição deve ser protegidopor sistema de para-raios e ter
estrutura adequada de prevenção, proteção e combate a incêndios.
3.1.3 - TRANSPORTE TERRESTRE:
Além das regras básicas gerais, as seguintes regras básicas específicas devem ser observadas
sempre que se estiver fazendo transporte terrestre de material explosivo:
I) as viaturas da Marinha do Brasil (MB) envolvidas no transporte de material explosivo devem
observar, além das regras desta publicação, o preceituado nas legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis ao caso;
II) a viatura, antes de ser carregada, deve ser inspecionada para verificação do seu estado geral e
integridade de seus equipamentos/componentes (circuitos elétricos, freios, tanques de combustíveis,
motor, pneus, carroceria, extintores de incêndio, etc.). Deve-se, também, verificar a existência de
quebra-chama no cano de descarga (se necessário), bem como a ligação metálica da carroceria com a
terra. O resultado desta inspeção deve ser formalizado por meio de uma papeleta de inspeção que
deve ser guardada até que a viatura termine a missão;
III) os motoristas envolvidos no transporte de material explosivo devem ser instruídos, por escrito,
quanto aos cuidados a serem dispensados à carga, aos perigos a ela inerentes e quais providências
devem ser implementadas nos casos de emergência;
IV) o material de limpeza a ser levado na viatura deve ser apenas o indispensável e o que for usado
deve ser destruído;
V) o material deve ser fixado firmemente à viatura e coberto com um encerado impermeável. A altura
da carga não deve ultrapassar a da carroceria;
VI) é proibida a presença de estranhos nas viaturas que transportam material explosivo;
VII) durante a carga e descarga, a viatura deve estar freada, calçada e com o seu motor desligado;
OSTENSIVO 3 - 2 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
VIII) quando em comboios, as viaturas carregadas com material explosivo devem manter entre si uma
distância de 60 metros, a não ser que, em função da natureza da carga, seja preconizada outra
distância;
IX) a velocidade máxima de uma viatura carregada com material explosivo deve ser, a princípio, de 60 
km/h;
X) nas paradas previstas, a carga e a viatura devem ser inspecionadas para verificar se não houve
degradação das respectivas condições de segurança;
XI) em viagens longas, as viaturas devem ter dois motoristas, para que haja possibilidade de
revezamento na direção;
XII) no caso de enguiço de uma viatura carregada com material explosivo, esta só poderá ser
rebocada depois que sua carga for transferida para outra viatura. Durante esta operação, deve-se
colocar sinalizações na estrada e isolar a área;
XIII) durante o abastecimento de combustível, o circuito elétrico de ignição da viatura deve estar
desligado;
XIV) ao transportar material explosivo, deve-se afixar em locais visíveis, nos lados e atrás da viatura,
tabuletas com a inscrição: <CUIDADO - EXPLOSIVOS>. Devem-se instalar, também, bandeiras
vermelhas em locais visíveis;
XV) quando transportados fora de cofres, projéteis/granadas devem estar firmemente calçados e ter
protegidos os anéis de forçamento e as espoletas (se existirem);
XVI) as viaturas carregadas com material explosivo não podem estacionar em garagens, postos de
serviço, depósitos ou locais onde haja probabilidade de propagação de chama;
XVII) as viaturas, depois de carregadas, não devem ficar na área ou nas proximidades dos paióis de
munição;
XVIII) em caso de acidente, no qual se tenha certeza absoluta de que a carga não foi atingida, a
primeira providência, se possível, será a retirada da carga da viatura, colocando-a a uma distância de,
no mínimo, 60 metros do veículo e das habitações;
XIX) as viaturas, que transportam produtos tóxicos voláteis, assim como recipientes vazios não
descontaminados, devem ter disponíveis luvas, botas e máscaras contra gás, para proteção do
pessoal da viatura em caso de emergência.
OSTENSIVO 3 - 3 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
Devem possuir, ainda, uma quantidade suficiente de neutralizante para o caso de derramamento do
produto, além de cavaletes e cartazes para isolar o local e avisar do risco;
XX) explosivos e munições não devem ser descarregados ou empilhados próximos ao cano de
descarga da viatura;
XXI) não devem ser carregados explosivos em veículo que esteja transportando qualquer outro tipo
de carga ou material;
XXII) é proibido fumar em veículos transportando explosivos; e
XXIII) o transporte terrestre de munição e explosivos destinados ou pertencentes à MB sempre deve
ser protegido por escolta militar armada, mesmo que esse transporte seja realizado por empresa
privada, de acordo com instrução específica.
3.1.4 - TRANSPORTE MARÍTIMO OU FLUVIAL:
Além das regras básicas gerais, as seguintes regras básicas específicas devem ser observadas
sempre que se estiver fazendo transporte marítimo ou fluvial de material explosivo:
I) as embarcações que transportam material explosivo, durante o dia, devem manter içada uma
bandeira vermelha em local visível;
II) em caso de circulação à noite, as embarcações deverão manter acesas as luzes indicativas previstas
para a situação, preconizadas pelos regulamentos em vigor;
III) as embarcações que transportam material explosivo devem fazê-lo em marcha reduzida, não
sofrer choques, arrancadas ou paradas bruscas e, sempre que possível, navegar afastadas da costa, da
margem dos rios e/ou de outras embarcações;
IV) se a embarcação for descoberta, a carga deve ser protegida das intempéries por meio de 
uma cobertura impermeável;
V) antes do embarque, os corredores e locais onde transitará a munição e/ou os batelões que vão
receber a carga devem ser limpos. Após o desembarque, o mesmo procedimento deve ser feito nos
corredores e locais por onde a munição transitou e de onde ela foi retirada;
VI) caso o batelão tenha que fundear à noite, deve fazê-lo a uma distância mínima de 100 metros de
qualquer outra embarcação. Neste caso, deve ser estabelecido um serviço para que o batelão não
fique desguarnecido;
VII) em caso de nevoeiro, estando o batelão fundeado, um rebocador deve se posicionar nas suas
proximidades e fazer os sinais previstos para a situação, preconizados pelos regulamentos em vigor;
OSTENSIVO 3 - 4 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
VIII) os porões das embarcações destinadas ao transporte de material explosivo devem ter o fundo
forrado com tábuas com, no mínimo, 2,5 cm de espessura, com os parafusos embutidos. Pode-se,
também, utilizar estrados de madeira, tendo resistência compatível com a carga a ser transportada;
IX) o material explosivo transportado deve ficar separado do costado da embarcação. Quando
existirem itens de munição fora das respectivas embalagens, estes deverão ser arrumados de modo a
se assegurar de que não se choquem entre si nem com os outros itens transportados;
X) quando a reboque, a embarcação carregada com material explosivo deve ser rebocada a uma
distância mínima de 50 metros e a barlavento do rebocador, pela alheta. As chaminés dosrebocadores devem ser protegidas com telas metálicas contra fagulhas. Quando a área de manobra
for reduzida, é aceitável que o reboque seja feito a contrabordo;
XI) a carga e descarga do material a ser transportado deve ser devidamente guarnecida por pessoal
destacado para a faina, que só deve ser dispensado no final dela;
XII) para içar ou arriar a munição de bordo ou do cais, devem-se usar equipamentos e meios
apropriados; e
XIII) todo transporte, marítimo ou fluvial, de munição e explosivos, que seja feito em batelão
(propulsado ou não), deve ser protegido por escolta armada.
3.1.5 - TRANSPORTE AÉREO:
Além das regras básicas gerais, as seguintes regras básicas específicas devem ser observadas
sempre que se estiver fazendo transporte aéreo de material explosivo:
I) não é permitido fumar no interior dos compartimentos carregados com explosivos;
II) sinalizadores, sistemas iluminativos e outros itens necessários à segurança e operação da aeronave,
inclusive pequenas quantidades de munições de armas portáteis para uso da tripulação, devem,
quando possível, ser colocados em compartimentos inacessíveis aos passageiros;
III) aeronaves transportando material explosivo devem ser estacionadas em locais sinalizados ou
áreas de embarque e desembarque de carga;
IV) é proibida a permanência de aeronaves carregadas com material explosivo próximo a
edificações;
V) um especialista em munição deve acompanhar o embarque, o transporte e o desembarque
da carga;
OSTENSIVO 3 - 5 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
VI) não é necessário desembarcar munição e explosivos de uma aeronave que tenha feito uma
aterrissagem de emergência para pequenos reparos; devem, entretanto, ser respeitados os requisitos
de quantidade-distância. Para reparos mais demorados, a aeronave deve ser descarregada e a carga
estocada a uma distância segura e em local adequado;
VII) uma aeronave transportando material explosivo deve realizar o mínimo possível de escalas;
VIII) nas operações de reabastecimento da aeronave, devem ser respeitados os requisitos de
quantidade-distância;
IX) antes da decolagem ou aterrissagem de uma aeronave transportando material explosivo, o piloto
deve notificar à torre do aeroporto a natureza da carga. Tais operações devem ser realizadas com os
bombeiros em posição de alerta. A aeronave deve requerer, ainda, taxiamento e estacionamento em
separado;
X) a aeronave que estiver transportando itens perigosos e venenosos deve ser equipada com
oxigênio, máscaras, luvas e vestimentas para proteção da tripulação em caso de emergência, além de
neutralizante;
XI) antes de uma embalagem ser liberada para o transporte aéreo, um representante autorizado da
unidade remetente deve inspecioná-la para assegurar o cumprimento dos requisitos relacionados ao
transporte aéreo de material explosivo;
XII) cabe à tripulação da aeronave transportadora a responsabilidade pelas inspeções de pré-
carregamento e carregamento da aeronave;
XIII) durante o embarque e o desembarque de material explosivo, deve-se certificar de que a
aeronave está eletricamente aterrada;
XIV) antes do embarque da carga, a aeronave deve ser inspecionada pelo piloto ou membro
designado da tripulação, para assegurar o cumprimento das normas de segurança pertinentes;
XV) durante o embarque e o desembarque de material explosivo, todos os circuitos elétricos que não
alimentem equipamentos utilizados na faina devem estar desligados e as rodas da aeronave calçadas;
XVI) durante as operações de embarque e desembarque da carga, deve-se assegurar que estejam
sendo empregados equipamentos aprovados para manuseio de material explosivo e que estejam
sendo seguidos os procedimentos de segurança cabíveis;
XVII) na inspeção de aeronaves carregadas, deve-se verificar, na origem, se a carga está bem peiada,
devidamente posicionada e se atende a todos os requisitos de segurança específicos do transporte
aéreo de material explosivo;
OSTENSIVO 3 - 6 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
XVIII) uma aeronave carregada não pode, na origem, ser liberada para voo até que seu comandante
tenha recebido toda a documentação de transporte necessária, inspecionado a carga e assinado o
relatório de inspeção; e
XIX) verificar, no destino, se na aeronave não restou nenhum material explosivo ou resíduo deste,
antes de liberá-la.
3.2 - PROCEDIMENTOS PARA A ARMAZENAGEM DA MUNIÇÃO A BORDO
3.2.1 - ARMAZENAGEM:
Por ocasião da armazenagem de munição/explosivos, as seguintes precauções básicas de
segurança devem ser observadas, além das de caráter geral:
I) não deixar que a munição fique, desnecessariamente, exposta aos raios solares;
II) óleos, gasolina, querosene e solventes orgânicos não devem ser armazenados em paiol de munição
e em compartimento contíguo a este;
III) não armazenar qualquer material, que não seja munição e itens relacionados a ela, no interior de
um paiol de munição;
IV) somente receber, para armazenagem, cofres e embalagens de munição que estejam
perfeitamente fechados e em bom estado de conservação; e
V) no caso particular dos paióis de terra, não deixar que haja acúmulo de folhas, capim seco, gravetos
ou qualquer substância suscetível à combustão espontânea, a uma distância menor do que 10 metros
de um paiol de munição. Também deve ser anulada a possibilidade da existência, na vegetação
circunvizinha ao paiol, de garrafa, caco de vidro e materiais semelhantes, capazes de concentrar a
energia dos raios solares e, consequentemente, iniciar um incêndio na vegetação.
3.2.2 - MANUSEIO:
Durante o manuseio de munição/explosivos, além das de caráter geral, as seguintes
precauções básicas de segurança devem ser observadas:
I) evitar, na medida do possível, a abertura de cofres, cunhetes e caixas contendo munição/explosivos
no interior do paiol. Sempre que possível esta abertura deve ser feita ao ar livre, em local destinado
para esse fim. Quando a abertura no paiol for compulsória, deverá ser cercada dos cuidados a ela
inerentes;
OSTENSIVO 3 - 7 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
II) não manusear munição/explosivos durante a aproximação de tempestades, a não ser em local
perfeitamente protegido por para-raios;
III) durante as fainas de munição, ter à disposição, nas proximidades e prontos para emprego
imediato, equipamentos para combate a incêndio;
IV) em fainas noturnas de munição, somente utilizar iluminação adequada e aprovada para este tipo
de trabalho;
V) durante as fainas de munição, evitar que o material estivado entre em contato com areia, cascalho
ou quaisquer substâncias capazes de produzir centelha;
VI) sempre que uma munição cair de uma altura igual ou superior a 1,5m deverá ser lançada pela
borda em concordância com os regulamentos para fundeio de munição no mar, exceto quando for
possível, imediatamente, devolvê-la a um depósito de munição. Essa munição deverá ser manuseada
com extremo cuidado;
VII) evitar que cofres ou embalagens, contendo munição ou explosivos, sejam atirados, rolados,arrastados ou derrubados. Eles devem ser movimentados, cuidadosamente, a mão e/ou por
equipamentos de estiva adequados;
VIII) os tipos de munição que têm a parede delgada são especialmente suscetíveis a apresentar suas
paredes amassadas, o que já foi causa de detonações totais ou parciais. Ao manusear este tipo de
munição, recomenda-se cautela redobrada;
IX) nenhuma munição pode ser desmontada, modificada, recondicionada ou recuperada dentro de
paióis de munição. Estas operações só devem ser realizadas em locais adequados e por pessoas
habilitadas; e
X) a munição e os explosivos não devem ser expostos à umidade e temperatura excessivas, além do
tempo estritamente necessário durante o qual precisem ser manuseadas fora dos paióis de munição.
Neste intervalo de tempo, caso seja necessário, devem ser tomadas providências no sentido de
minimizar os efeitos da umidade e das temperaturas excessivas sobre a munição e os explosivos.
3.2.3 - PESSOAL ENVOLVIDO:
O responsável pelo pessoal envolvido no manuseio, na armazenagem e nas fainas de munição
deve observar as seguintes precauções básicas de segurança, além das de caráter geral:
I) não permitir que pessoas não habilitadas manuseiem munição/explosivos. Pessoas sem condições
físicas ou psicológicas normais também não devem ser autorizadas a participar de fainas de munição;
OSTENSIVO 3 - 8 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
II) proibir, terminantemente, que pessoas penetrem, na área de paióis ou próximo de uma faina de
munição, portando telefones celulares, isqueiros, fósforos, cigarros ou quaisquer outros objetos
suscetíveis de produzir fogo ou centelha;
III) verificar se o pessoal que entra nos paióis de munição ou está participando de faina de munição,
onde haja possibilidade de existência de detritos de explosivos no solo, está usando sapatos com
propriedades de anticentelhamento;
IV) jamais avaliar o rendimento do pessoal que participa de uma faina de munição em bases
competitivas, que visem a minimizar o tempo da faina com prejuízo das condições de segurança;
V) convocar para a faina de munição somente o pessoal estritamente necessário para que ela
transcorra de forma segura e eficiente, garantindo um fluxo contínuo, sem pontos de concentração
desnecessários, da munição que está sendo estivada. Não permitir que pessoas não envolvidas na
faina permaneçam, desnecessariamente, nas proximidades;
VI) só permitir que a munição seja manuseada por pessoal que esteja sob supervisão direta de uma
pessoa habilitada, que entenda completamente dos riscos e perigos envolvidos. Uma prática
recomendável é a demonstração periódica dos efeitos de uma explosão, bem como alertar as pessoas
que trabalham com munição sobre os riscos a que estão sujeitas pelo excesso de confiança adquirida
com a rotina de trabalho ou pela inobservância das regras de segurança; e
VII) só dar por encerrada uma faina de munição após toda a munição estar devidamente armazenada
em local apropriado e a ela destinado.
3.2.4 - EQUIPAMENTOS:
No que se refere aos equipamentos utilizados em fainas envolvendo munição/explosivos, as
seguintes precauções básicas de segurança devem ser observadas:
I) os equipamentos utilizados nas fainas de munição devem receber manutenção adequada e ser
frequentemente inspecionados para garantir suas perfeitas condições de funcionamento e segurança.
As inspeções, antes e durante as fainas de munição, são de extrema importância;
II) os equipamentos que apresentem sinais de enfraquecimento ou desgaste indevido não deverão
ser utilizados em fainas de munição;
III) os cabos de içamento usados nas fainas de munição devem ser de manilha ou de arame, nunca
uma combinação dos dois;
OSTENSIVO 3 - 9 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
IV) na falta da iluminação própria no paiol e em caso de urgência, será permitido o uso de lanternas
de segurança, sendo, entretanto, absolutamente proibido acender ou apagar as lanternas dentro do
paiol;
V) todas as pranchas e rampas utilizadas nas fainas de munição devem ter protetores nas bordas e ter
resistência suficiente para suportar a carga a ser imposta; e
VI) as viaturas utilizadas nas fainas de munição devem ser somente as adequadas para este tipo de
serviço.
3.2.5 – FERRAMENTAS:
No que concerne às ferramentas utilizadas nas fainas envolvendo munição/explosivos, as
seguintes precauções básicas de segurança devem ser observadas:
I) as ferramentas e os utensílios destinados aos serviços nos paióis devem ser de madeira, cobre ou
latão. Em hipótese alguma, devem ser usadas ferramentas de ferro ou aço; e
II) as ferramentas utilizadas devem ser as estritamente projetadas para o serviço em que vão ser
utilizadas. O improviso de ferramentas é terminantemente proibido.
3.3 - TIPOS DE MUNIÇÃO
3.3.1 - COMPONENTE DE MUNIÇÃO:
É uma unidade completa e independente que é parte integrante da munição. Pode ser um
componente inerte ou ativo.
I) componentes inertes: estojo, projétil, ogiva inerte, descobreante, etc.; e
II) componentes ativos: espoleta, estopilha, traçador, pólvora, etc.
3.3.2 - CÁPSULA INICIADORA:
É o componente ativo utilizado para iniciar a queima da carga de projeção da munição de
arma portátil.
3.3.3 - ESTOPILHA:
É o componente ativo utilizado para iniciar a queima da carga de projeção da munição de
canhão, obus, etc.
OSTENSIVO 3 - 10 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
3.3.4 - TRAÇADOR:
É o componente ativo constituído basicamente por uma pastilha prensada de um misto
pirotécnico iluminativo, que fica alojado na base de uma granada ou projétil e tem por finalidade
queimar, com uma coloração e tempo definidos, durante parte da sua trajetória.
3.3.5 - ESPOLETA:
É o componente ativo utilizado para iniciar, após ter sido sensibilizado, a carga de
arrebentamento ou sinalizadora da munição.
3.3.6 - MUNIÇÃO DE EXERCÍCIO:
É a munição não dotada de carga de arrebentamento e, normalmente, lastrada com uma
carga inerte. Esta munição é usualmente utilizada em adestramento e, dependendo do tipo, pode ser
montada com um traçador e/ou um misto de sinalização.
3.3.7 - MUNIÇÃO DE COMBATE:
É a munição dotada de carga de arrebentamento. O projétil carregado com alto-explosivo é,
comumente, chamado de granada.
3.3.8 - PROJÉTIL/GRANADA:
É o componente da munição impulsionado pelo efeito da carga de projeção da munição.
3.3.9 - MUNIÇÃO DE MANEJO:
É a munição, normalmente com as mesmas dimensões e o mesmo peso da munição de
combate, montada sem qualquer componente ativo; usada para treinamento ou instrução.
3.3.10 - MUNIÇÃO DE SALVA:
É a munição sem projétil, constituída, basicamente, por estojo, estopilha e carga de pólvora.
É usada para simulação de tiro ou salva em canhões ou obuseiros. Quando empregada em
arma portátil, recebe a denominação de Munição de Festim.
OSTENSIVO 3 - 11 REV.2
OSTENSIVOEMN-14
3.3.11 - MUNIÇÃO ENGASTADA (OU FIXA):
É a munição de artilharia na qual todos os componentes estão montados em uma única
peça, sendo a unidade completa municiada, no canhão ou obuseiro, em uma só operação. A munição
engastada é usualmente chamada de "cartucho".
3.3.12 - MUNIÇÃO SEMIFIXA:
É a munição de artilharia cuja carga de projeção está contida em saquitéis de tecido,
acondicionados no interior do estojo. Como o estojo e a granada, apesar de unidos, não estão
engastados (grimpados), a carga de projeção pode, em função do alcance desejável, ser dosada antes
do tiro. Tal qual a munição engastada, a semifixa é municiada, no canhão ou obuseiro, em uma só
operação.
3.3.13 - MUNIÇÃO COM CARGA SEPARADA E SEM ESTOJO (OU DESENCARTUCHADA):
É a munição de artilharia cuja carga de projeção está organizada em sacos de pano, que são
carregados diretamente na câmara do canhão ou obuseiro. A carga de projeção pode, em função do
alcance desejável, ser dosada antes do tiro.
3.3.14 - MUNIÇÃO DESENGASTADA:
É a munição de artilharia na qual o projétil/granada não está unido(a) ao estojo, sendo
estes dois componentes municiados separados no canhão. Embora desengastada, esta munição não
permite que sua carga de projeção seja dosada antes do tiro.
3.3.15 - MUNIÇÃO TIPO BOMBA:
É caracterizada, em virtude das paredes de sua carcaça serem delgadas, por ter uma alta
quantidade de carga de alto-explosivo em relação ao peso total da munição. As bombas de aviação e
bombas de profundidade estão enquadradas nesta categoria.
3.3.16 - MUNIÇÃO QUÍMICA:
É a munição cujos efeitos dependem, primordialmente, da ação dos agentes químicos
(gases letais, gases tóxicos, substâncias irritantes, etc.) nela contidos.
OSTENSIVO 3 - 12 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
3.3.16 - MUNIÇÃO PIROTÉCNICA:
É a munição projetada para produzir, primordialmente, efeito iluminativo e/ou fumígeno. É,
normalmente, usada com a finalidade de sinalização, marcação e produção de fumaça. Pode ser
enquadrada, também, como munição química.
3.3.18 - CABEÇA DE COMBATE:
É componente de um míssil, torpedo ou foguete, no qual está contida a carga explosiva ou o
agente químico destinado a infligir danos ao alvo.
3.3.19 - FOGUETE:
É uma munição autopropulsada que se desloca, completa, numa trajetória balística, isto é,
não controlada durante o voo.
3.3.20 - MÍSSIL:
É uma munição autopropulsada que se desloca, completa, em uma trajetória controlada
por um sistema de guiagem a ela integrado.
3.3.21 - TORPEDO:
É a munição submarina autopropulsada, dotada de sistemas para controle de profundidade
e direção, projetada para transportar uma carga explosiva (a cabeça de combate) e detoná-la no alvo
ou em suas proximidades.
3.3.22 - CARGA DE PROJEÇÃO INTEIRA:
É a carga de projeção destinada a dar ao projétil/granada a velocidade inicial máxima
preconizada na tabela de tiro da arma, permitindo que o projétil/granada atinja o seu máximo
alcance.
3.3.23 - CARGA DE LIMPEZA:
É a carga de projeção destinada a retirar um projétil que, por se encontrar retido no tubo do
canhão, impede o carregamento de uma carga de projeção inteira.
OSTENSIVO 3 - 13 REV.2
OSTENSIVO EMN-14
3.3.24 - CARGA REDUZIDA:
É a carga de projeção que, por ter menor quantidade de pólvora, impulsiona o projétil a uma
distância menor do que a carga da projeção inteira. A carga reduzida causa menor desgaste no tubo
do canhão do que a carga de projeção inteira.
3.3.25 - CARGA DE DEMOLIÇÃO:
São artefatos, de formas e tamanhos variados, carregados com alto-explosivo e utilizados para
remover obstáculos, destruir equipamentos, entre outros.
3.3.26 - GRANADA DE MÃO:
 É um artefato bélico, de dimensões reduzidas, lançado com a mão, em cuja câmara interna
existe, dependendo do emprego que lhe será dado, uma carga: de alto-explosivo, fumígena,
lacrimogênea ou incendiária. 
OSTENSIVO 3 - 14 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
CAPÍTULO 4
TIRO REAL COM O ARMAMENTO PORTÁTIL
4.1 - EXERCÍCIOS DE MANEJO COM ARMAMENTO PORTÁTIL
Manejo é o conjunto de operações necessárias ao emprego da arma dentro de suas
melhores condições de funcionamento e sua perfeita segurança. Cada tipo de armamento portátil
possui o seu manejo específico.
4.1.1 - FUZIL (FAL) 7,62 mm
a) Municiar o Carregador: Introduzir os cartuchos no carregador.
b) Alimentar a Arma: Introduzir um carregador municiado na arma. Verificar se o carregador está 
firmemente preso no seu retém.
c) Carregar a Arma: Segurando o punho com a mão direita, puxar com a outra mão a alavanca de
manejo bem à retaguarda e soltá-la; em seu deslocamento para frente, o ferrolho retira um
cartucho do carregador e o introduz na câmara; o trancamento das peças móveis se realiza
automaticamente, deixando a arma pronta para o disparo. 
Importante - A arma deve ser travada para a operação de alimentar.
d) Disparar: Acionar a tecla do gatilho.
e) Procedimentos após a utilização de um Carregador: Disparado o último cartucho de um
carregador, o ferrolho ficará retido à retaguarda, por ação de seu retém. Para reiniciar o tiro, é
necessário: 
I - retirar o carregador vazio pressionando o seu retém;
II - alimentar a arma com novo carregador; e
III - carregar a arma (neste caso, será necessário apenas pressionar para baixo o retém do ferrolho,
com isso ele será liberado e voltará à frente).
4.1.2 - PISTOLA TAURUS 9mm
Antes do início do manejo de uma arma, o atirador deve retirar o carregador e trazer o
ferrolho à retaguarda, verificando a câmara para constatar se a arma está descarregada.
a) Municiar o carregador: consiste na colocação dos cartuchos no carregador;
b) Alimentar a arma: consiste em colocar o carregador municiado na arma;
c) Engatilhar a arma e o carregador: trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo;
d) Travar: levantar o registro de segurança;
OSTENSIVO 4 - 1 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
e) Destravar: abaixar o registro de segurança; e
f) Disparar: comprimir a tecla do gatilho.
4.2 - MUNICIAR O CARREGADOR
O municiamento de um carregador é um dos pontos importantes para a execução de um
tiro real. Existem procedimentos corretos para executar tal faina, tais como:
a) Maneira correta de seguramos o carregador;
b) A colocação de forma alinhada do cartucho no interior do carregador; e
c) A verificação de quando este carregador estiver completamente municiado.
4.3 - ALIMENTAR O ARMAMENTO PORTÁTIL
A alimentação do armamento portátil consiste na colocação do carregador municiado em
uma arma. Tal procedimento deve ser realizado com atenção, após colocarmos o carregador em
seu alojamento, devemos verificar se ele se encontra preso pelo seu retém. Caso contrário, ao
avançarmos o ferrolho, este não conduzirá o cartucho para a câmara, não ocorrendo assim o
carregamento da arma.
4.4- CARREGAR O ARMAMENTO PORTÁTIL
Após alimentarmos a arma (colocação de um carregador municiado na arma) devemos
proceder com o carregamento da arma, que consiste na colocação de um cartucho na câmara da
arma através do avanço do ferrolho após este ser liberado por meio do seu retém.
Com a introdução completa do cartucho na câmara, por intermédio do ferrolho, ocorrerão
dois fatores importantes: o fechamento e o trancamento da culatra; concluindo-se, assim, o ciclo
de carregamento em que o armamento estará pronto e apto para o tiro propriamente dito.
4.5 - INSTRUÇÕES PREPARATÓRIAS PARA O TIRO (IPT)
São instruções transmitidas ao Corpo de Alunos, durante as aulas práticas, com armamento
portátil, acompanhadas de exercícios de manejos, nos quais também são demonstrados, de
maneira clara e sucinta, os corretos procedimentos e posições que devem ser executados , durante
o exercício no stand de tiro, com munição real.
No decorrer das instruções de IPT, será abordada a execução segura do carregamento da
arma, bem como a empunhadura correta da arma e a linha de visada (linha imaginária entre o
OSTENSIVO 4 - 2 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
olho do atirador passando pela alça e massa de mira até chegar finalmente ao alvo em que
estamos enquadrando). Outros aspectos a serem mencionados serão o controle da respiração
durante a execução do tiro e o momento correto de acionar a tecla do gatilho para a execução do
tiro propriamente dito. Também identificaremos os EPI utilizados para a realização do tiro, tais
como: coletes, óculos e abafadores.
4.6 - EXECUÇÃO DO TIRO REAL EM STAND DE TIRO
Na execução do tiro real é realizada uma instrução prévia ao Corpo de Alunos revisando a
execução dos procedimentos de segurança no manuseio do Fuzil FAL e da Pistola Taurus 9 mm.
Nessa ocasião, também se menciona a execução segura no manuseio do armamento portátil, tanto
o Fuzil quanto a Pistola e os demais procedimentos até a realização do tiro propriamente dito.
Comportamento que deve ser obedecido no STAND de tiro:
I - obedecer atentamente a todas as ordens do instrutor do stand de tiro;
II - estando fora da bandeira, manter a arma sempre de culatra aberta e travada, com o cano
sempre voltado para o alto.
III - após cada seção de tiro, manter a arma apontada para o alvo, travada, culatra aberta e retirar 
o carregador;
IV - em caso de incidente de tiro, o homem deve adotar os seguintes procedimentos:
1. manter a arma apontada para o alvo;
2. levantar o braço, com a mão acima da cabeça; e
3. aguardar orientações do instrutor.
OSTENSIVO 4 - 3 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
CAPÍTULO 5
NORMAS DE SEGURANÇA ORGÂNICA
5.1 - NORMA INTERNA DE SEGURANÇA ORGÂNICA
Todas as Organizações Militares da MB possuem suas normas internas que regem a
segurança orgânica e estabelecem procedimentos e medidas de segurança no que diz respeito ao
pessoal, à documentação, ao material, às comunicações, às informações digitais, bem como às
áreas e instalações.
5.1.1 - RECURSOS HUMANOS:
Por mais sofisticado e bem dimensionado que seja qualquer sistema de segurança, o
elemento humano sempre será primordial para a manutenção do preparo, da conduta e
conscientização da segurança.
O pessoal designado para as atividades de segurança deve primar por uma conduta social
irrepreensível que evidencie o esmero, a boa aparência, a postura militar, o rigor e a dedicação no
trato de tudo aquilo que lhe diz respeito, mesmo em condições adversas. É imprescindível que
todo o pessoal demonstre correções de atitudes, evite demonstrações de condescendência ou
valer-se de privilégios especiais.
Os aspectos mencionados, por associação de ideias, contribuem para formar a opinião
daqueles que observam o militar de segurança. O comprometimento com que o pessoal se
apresenta é refletido na execução de suas tarefas, tornando-se um fator dissuasor.
5.1.2 - ATRIBUIÇÕES ESSENCIAIS DO PESSOAL ENVOLVIDO NAS ATIVIDADES DE SEGURANÇA:
A seleção do pessoal a ser designado para missões de segurança de maior importância
deve observar algumas características essenciais, que somadas ao treinamento específico, fazem
toda a diferença na equipe de segurança, eximindo falhas e despreparo. Serão listados, a seguir,
alguns atributos imprescindíveis ao pessoal de segurança.
ATRIBUTOS PESSOAIS ATRIBUTOS PROFISSIONAIS
1 Resistência à fadiga 4 Coragem 1 Manuseio de armas
2 Honestidade 5 Estabilidade emocional 2 Noções de defesa pessoal
3 Discrição 6 Nível intelectual, cultural e de educação
 
OSTENSIVO 5 - 1 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
5.1.3 - NORMAS E CONDUTA PARA O SERVIÇO:
Devem ser observados pelos militares que integram serviços de segurança de área e
instalações os seguintes procedimentos:
a) Durante a execução do serviço, o militar não deve comer, beber, conversar ou fumar. As
refeições e o fumo deverão ser feitos em horários e locais adequados e quando a situação permitir.
É proibida a presença de celulares, rádios, equipamentos de som, revistas ou livros;
b) O militar de serviço deve ter conhecimento sobre as condições de emprego de seu armamento
– se está alimentado e travado – e as senhas e contrassenhas em vigor;
c) Usar uniformes ou trajes adequados ao local e tipo de missão, devendo ser o mais discreto
possível, e nunca se descuidar da apresentação pessoal (cabelo, barba, asseio corporal e apuro no
traje). Os militares do sexo feminino deverão, quando de efetivo serviço voltado à segurança de
área e instalações, trajar calças compridas;
d) Ser pontual;
e) Nunca ter dúvida, por menor que seja, do que deverá ser feito e da missão como um todo. A
mínima dúvida pode gerar grande prejuízo ao Serviço de Segurança, comprometendo, inclusive, a
incolumidade da autoridade;
f) Uma das formas de os integrantes da segurança cumprirem suas missões é desestimulando
quaisquer elementos adversos de realizar qualquer ato ofensivo contra a instalação ou as pessoas
que devem ser protegidas. Esta dissuasão tem início com a credibilidade que os militares
responsáveis pela segurança e a estrutura inspiram. Portanto, por meio dos gestos, das atitudes e
posturas dos militares de serviço já surge a primeira oportunidade para se construir a imagem de
seriedade, eficácia, respeito e profissionalismo; e
g) Estar familiarizado com as normas contidas no Plano de Segurança Orgânica (PSO) e nas Ordens
Internas. Nunca é demais lembrar que a Divisão de Serviço é a encarregada de operacionalizar as
medidas de segurança orgânica e, portanto, configura-se como o mais importante elo do PSO e
dela dependerá o sucesso ou fracasso na contenção de ações adversas. Os demais componentes
do Sistema de Segurança Orgânica dependerão da Divisão de Serviço para o seu adequado
funcionamento, por isso não se deve economizar no quantitativo necessário de pessoal para
manter a confiabilidade do Sistema.
5.1.4 - MENTALIDADE DA SEGURANÇA:
Um dos grandes desafios na condução das atividades de segurança reside, justamente, na
conscientização de que todos os integrantes de um determinado órgão ou tripulação deuma OM
OSTENSIVO 5 - 2 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
contribuam para que o nível de segurança esteja em maior ou menor grau. O primeiro equívoco a
ser combatido é a ideia de que a segurança é responsabilidade exclusiva do pessoal da segurança.
Para que esta conscientização possa ser alcançada, é indispensável que o Comando ou a
Direção da OM prestigie as iniciativas para aperfeiçoamento da Segurança, determinando a
realização de instruções e adestramentos frequentes, visando ao perfeito entendimento de todos
sobre as ameaças existentes, os bens a proteger, os riscos e de que forma as pessoas podem ser
afetadas no caso de concretização de uma determinada ameaça, além, evidentemente, das
atribuições que cada um tem em proveito da segurança.
A assimilação desta mentalidade não ocorre de forma instantânea e demanda trabalho
contínuo. Sua incorporação deve ser objeto de ensino nos cursos de formação e de carreira, além
do adestramento contínuo nas OM, como forma de doutrinamento constante.
O entendimento dos efeitos desejados dessa mentalidade se estende a medidas
preventivas afetas ao comportamento individual, quais sejam:
Autodisciplina Proteção da identidade Compartimentação
5.1.5 - AUTODISCIPLINA:
É desenvolvida tanto na atividade profissional como na vida particular, procurando-se
observar os seguintes procedimentos:
a) Evitar falar de sua atividade profissional com quem quer que seja, inclusive com familiares;
b) Manter o procedimento característico de sua vida, mesmo quando desenvolvendo atividades
que envolvam risco;
c) Jamais mencionar assuntos sigilosos por telefone;
d) Não revelar, nem deixar que familiares ou empregados revelem hábitos, períodos de ausências,
itinerário de deslocamentos, horários de saídas e outras particularidades a pessoas estranhas;
e) Conhecer números de telefones que possam ser chamados em situação de emergências;
f) Instruir os familiares, principalmente crianças e empregados, sobre as precauções de segurança,
como a entrada de desconhecidos em vias públicas e outras: e
g) Evitar os mesmos itinerários nos deslocamentos para o local de trabalho e retorno à residência, 
variando, inclusive, os horários de saída e chegada.
OSTENSIVO 5 - 3 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
5.1.6 - PROTEÇÃO DA IDENTIDADE:
É o sigilo com que o elemento deve manter suas funções e seu local de trabalho, não
revelando ou deixando transparecer o tipo de atividade que desenvolve ou prestando informações
relativas à sua rotina na OM.
5.1.7 - COMPARTIMENTAÇÃO:
A compartimentação tem como foco a proteção das instalações ou dos bens a proteger.
Constitui-se em:
- Necessidade individual para o trato com matérias sigilosas na qual não se deve revelar a alguém
(que não tenha necessidade de conhecer) os assuntos e as atividades com que trabalha;
- Evitar inteirar-se de assuntos que não estejam sob sua responsabilidade.
Os militares envolvidos nas atividades de segurança não devem tratar de forma reservada
apenas suas questões pessoais. Esta postura de discrição deve dizer respeito também a todas as
informações relativas ao cotidiano das pessoas a que devem proteger, das atividades da sua OM e
da própria tripulação da OM onde servem, rotina, atividades habituais e períodos de viagens. A
partir de conversas aparentemente descompromissadas, informações valiosas para realização de
assaltos, sequestros ou atentados podem chegar a elementos mal intencionados.
Ao recomendar a observância destas informações, não há a pretensão de se afirmar que
todas as possibilidades de ações adversas foram afastadas, mas sim restringir o acesso a tais
informações.
Desta forma, estão relacionadas algumas medidas destinadas ao desenvolvimento da
mentalidade de segurança:
a) Intensificar a realização de palestras e adestramentos de Segurança Orgânica para os militares e
funcionários;
b) Incrementar os exercícios de Segurança Orgânica na OM;
c) Incrementar os exercícios de apoio mútuo – com outras OM – nos diversos níveis;
d) Fazer cumprir e avaliar continuamente os requisitos de segurança das OM ou instalações a
serem protegidas;
e) Estimular a participação em cursos na área de segurança;
f) Implantar sistemas de identificação por meio de identidades, crachás ou outros meios de
identificação mais sofisticados;
g) Sinalizar as áreas sigilosas e sensíveis dentro da OM, somente permitindo o acesso aos militares
ou funcionários civis que trabalham no setor correspondente;
h) Realizar inspeções inopinadas em armários e veículos de toda a tripulação da OM;
OSTENSIVO 5 - 4 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
i) Realizar inspeções inopinadas por ocasião do regresso e do licenciamento;
j) Controlar a entrada e saída de militares e funcionários que trabalhem em paióis ou quaisquer
setores controlados; e
k) Efetuar um rodízio a cada dois anos nas funções sensíveis da OM, como: paióis de material
bélico e munição, fiel de mantimentos, fiel de pagamento e comprador.
5.1.8 – FATOR HUMANO:
Conforme já foi apresentado anteriormente, a dependência do elemento humano é
indiscutível. A colaboração de qualquer militar ou funcionário pode frustrar uma ação hostil ou
até mesmo poupar a vida de pessoas.
De um modo geral, as pessoas são importantes fontes de dados, não sendo recomendado
descartar, de imediato, dados que possam afetar a atividade de segurança ainda que a hipótese de
uma ameaça se concretizar possa parecer remota. De qualquer forma, tudo é verossímil, uma vez
que o elemento adverso tem a vantagem de escolher seu objetivo, selecionando: o tipo, o local, os
meios dos quais disporá e o momento que melhor que lhe convier. O tempo e a experiência vão
ajudar a selecionar o que é relevante e o que pode ser descartado.
É igualmente desejável que o militar envolvido na atividade de segurança possua o
discernimento para depreender os reflexos dos fatos de que tomou conhecimento e de que forma
podem afetar sua atividade.
5.1.9 - TREINAMENTO:
Para poder se contrapor à vantagem que os elementos das forças adversas possuem em
relação à iniciativa das ações, ou seja, a exploração do fator surpresa, as forças de segurança
devem valer-se do melhor conhecimento do ambiente e do conhecimento que adquirem ao
realizar repetidos treinamentos de acionamento do PSO.
O treinamento deve ser orientado para combater as principais falhas de procedimento do
pessoal que contribuem para a facilidade das ações empreendidas por parte dos elementos das
forças adversas:
a) Desconhecimento das Regras e Engajamento;
b) Permissão de outros militares ou pessoas estranhas ao Posto de Serviço;
c) Relaxamento durante o Serviço;
d) Falta de reação coordenada das Guardas;
e) Desconhecimento das técnicas de abordagem de pessoal e veículos;
f) Desatenção; e
g) Presunção de que nenhuma ação adversa ocorrerá.
OSTENSIVO 5 - 5 REV.2
OSTENSIVO EMN-014Dentre as medidas de Segurança Orgânica, estão a fiscalização, dissuasão e a medição. Faz-
se necessário que essas medidas sejam cuidadosamente bem orientadas, pois, se mal executadas,
correm o risco de serem consideradas formas de coação. A fiscalização da obediência às medidas
de segurança pode ser interpretada, por certas pessoas, como perda de tempo e ameaças à sua
individualidade e dignidade, gerando desacato à autoridade constituída e desagradáveis
transtornos jurídico-administrativos.
5.1.10 - MEDIDAS PARA SEGURANÇA DAS ÁREAS E INSTALAÇÕES:
Serão abordadas, no presente capítulo, várias medidas afetas à Segurança das Áreas e
Instalações - um dos cinco grupos de atividades da Segurança Orgânica adotadas pela MB.
Diversas providências serão expostas cuja oportunidade de aplicação variará de acordo
com as necessidades e circunstâncias da OM ou qualquer área a ser protegida.
Tais informações têm o propósito de permitir o desempenho da atividade de segurança de
áreas e instalações na MB.
As medidas de contrainteligência expostas a seguir enfocam um segmento da Segurança
Orgânica – conjunto de medidas destinadas a prevenir e obstruir ameaças, de qualquer natureza,
dirigidas a pessoas, dados, conhecimentos, materiais, áreas e instalações, e não à Segurança Ativa
– voltada para o acompanhamento das possíveis origens das ações, de forma a detectá-las e
neutralizá-las oportunamente.
A Segurança das Instalações refere-se às medidas de proteção do entorno, das áreas
comuns, do pessoal e do material existente na Organização, com o propósito de evitar a entrada
de pessoas não autorizadas e acidentes, dentre outras ocorrências. A Segurança de Áreas refere-se
às medidas de proteção de áreas específicas da Organização. Para tal, faz-se necessária a avaliação
das medidas de segurança de cada setor que constitui a Organização, em função do material
existente ou da atividade desenvolvida. 
É fundamental o perfeito entendimento de dois conceitos que nortearão a prioridade dos
esforços de proteção para as áreas sigilosas que são áreas da Organização que, além de serem
sensíveis, guardam material sigiloso em seu interior e para as áreas sensíveis que são
fundamentais por possuírem equipamentos ou pessoas importantes para o funcionamento da
Organização ou devido às atividades ali desenvolvidas.
Naturalmente, alguns locais receberão as duas classificações.
OSTENSIVO 5 - 6 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
5.1.11 - MEDIDAS DE SEGURANÇA DAS ÁREAS E INSTALAÇÕES:
As Medidas de Segurança das Áreas e Instalações estão organizadas em 5 grandes grupos.
Neste item, serão abordadas apenas as seguintes medidas:
a) DEMARCAÇÃO DAS ÁREAS: são definidas as áreas sigilosas e sensíveis por meio de convenções,
em claro ou por códigos, informando às pessoas os diferentes graus de sensibilidade delas, sendo
um primeiro elemento dissuasor.
b) IMPLANTAÇÃO DE BARREIRAS: são empregados cercas, muros, vigias, sistemas de identificação,
sistemas eletrônicos de travamento de portas ou cancelas (codificados ou magnéticos).
c) CONTROLE DE ACESSO: Implementado por meio da utilização de crachás, cartões magnéticos e
senhas de acesso que facilmente identifiquem, positivamente, o pessoal que possui acesso à
determinada área de segurança.
5.2 - APLICABILIDADE DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA ORGÂNICA RELATIVAS À
ORGANIZAÇÃO MILITAR (OM):
A aplicabilidade dos procedimentos de Segurança Orgânica ficará a cargo do Oficial
responsável pelo setor referente à segurança. Para isso, existem níveis de exercícios padronizados
de Segurança Orgânica.
5.2.1 - NÍVEIS DOS EXERCÍCIOS PADRONIZADOS DE SEGURANÇA ORGÂNICA:
Os exercícios a serem planejados devem corresponder aos Níveis de Emergência das
ocorrências ou dos sinistros:
NÍVEL 1: relativo aos eventos que podem ser contornados pelos próprios meios da OM;
NÍVEL 2: relativo aos eventos que necessitam de apoio de outras OM, Complexos Navais ou bases
militares próximas; e
NÍVEL 3 - relativo aos eventos que necessitem de apoio do Distrito Naval, como incêndios e
alagamentos de grandes proporções, e ações adversas que impliquem acionamento de planos de
retomada de instalações, resgate de pessoal ou ações que interfiram na rotina da população local.
Em todos os níveis, deve ser produzido um relatório que contemple os principais aspectos
positivos e negativos a serem explorados em reuniões de avaliação ou pelo setor encarregado da
Segurança Orgânica.
a) EXERCÍCIOS NÍVEL 1: cada OM ou instalação deverá planejar exercícios com os meios que
possui, visando testar todos os procedimentos diante de situações adversas.
OSTENSIVO 5 - 7 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
b) EXERCÍCIOS NÍVEL 2: estes exercícios deverão ser planejados pelos setores de Segurança
Orgânica do Complexo Naval, visando testar o Apoio Mútuo prestado pelos meios postos à
disposição.
c) EXERCÍCIOS NÍVEL 3: estes exercícios serão planejados pelo Distrito Naval, visando testar os
procedimentos das OM e dos Complexos Navais, frente a ocorrências de grandes proporções que
necessitem da sua coordenação e do acionamento dos Planos de Retomada e Resgate da MB.
5.2.2 - PLANEJAMENTO DOS EXERCÍCIOS:
a) Situação: ao se planejar um exercício, o planejador deve se colocar na posição de um elemento
adverso e, diante dos riscos que a OM ou o Complexo Naval poderá estar sujeito, criar uma
situação possível de concretização do risco.
b) Propósito: o propósito do exercício deve ser explicitado e estará voltado para as
vulnerabilidades existentes.
c) Coordenação e Controle: como citado anteriormente, a segurança do pessoal e do material a
ser empregado na realização de um exercício deve ser um dos principais fatores a serem
considerados; para isso, ao se planejar um exercício, serão necessárias a adoção de todas as
medidas possíveis para evitar acidentes. Portanto, a composição de elementos de coordenação e
de controle deve considerar: a situação adversa criada, o propósito, se o exercício será inopinado
ou não, se o pessoal de serviço estará armado e com munição real, e o nível do exercício e sua
abrangência. A coordenação e o controle devem se valer de uma rede rádio que permita ao
coordenador do exercício interferir, de modo eficaz, para dar sequência aos eventos planejados e
maior segurança.
d) Lista de Verificação: uma Lista de Verificação (LV) deve ser elaborada considerando-se a
situação e o propósito do exercício.
Cada militar participante do controle deve possuir sua LV, podendo conter a totalidade ou
parte dos aspectos a serem verificados. Os principais itens a serem verificados são a correta
transmissão de ordens aos Grupos ou à Força de Reação, o tempo de prontificação, as redes rádios
empregadas, o envolvimento dos setores da OM, os procedimentos frente a uma contingência
(considerar os procedimentos constantes no PSO da OM, instalação ou do Complexo Naval onde
ocorrerá o exercício).
e) Medidas de segurança: para que se possam ter exercícios com segurança, é de vital importância
que todos os envolvidos no seu controle conheçam exatamente suas tarefas. Para tal, há
necessidade de haver uma reunião preliminar, onde serão informados para todos os controladores
os detalhes de cada ação planejada, bem como o seu propósito. No caso daparticipação no
OSTENSIVO 5 - 8 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
exercício de militares armados com munição real, cada um desses militares deve ser acompanhado
de um elemento de controle, com autonomia suficiente para interferir quando da iminência de um
acidente.
f) Relatórios de aviação: os relatórios de avaliação dependerão da situação, do propósito e do
nível atribuído ao exercício e, normalmente, serão desenvolvidos a partir das listas de verificação
elaboradas.
5.2.3 - EXERCÍCIOS PADRONIZADOS:
A lista a seguir apresenta os principais exercícios padronizados que devem ser realizados
pelas OM, pelos Complexos Navais e Distritos Navais, visando a uma constante verificação e
prontificação das condições de Segurança Orgânica. Cada exercício listado representa um tipo de
ação adversa possível de ocorrer e todos eles admitem uma série de variantes de acordo com as
peculiaridades de cada OM ou Complexo Naval. Da mesma forma, vários deles podem ser
combinados e executados em um único exercício ou de forma sequencial, aumentando-se ou não
a gravidade ou o Nível de Emergência e podendo, inclusive, ser prestado o apoio mútuo.
a) Artefato explosivo (bomba, carta-bomba, ameaça, localização ou explosão);
b) Ingresso clandestino (ataque ou infiltração – terrestre ou marítimo);
c) Atentado;
d) Assalto a agências bancárias;
e) Retomada de instalações;
f) Resgate de reféns;
g) Sabotagem;
h) Furto ou roubo (armamento, munições, materiais sigilosos, etc.);
i) Calamidades (incêndio, alagamento, explosão, etc.).
OSTENSIVO 5 - 9 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
CAPÍTULO 6
PROCEDIMENTOS DE ENTRADA E SAÍDA DE PESSOAL, MATERIAL E VIATURA
PROCEDIMENTOS GERAIS
No intuito de orientar, padronizar e incrementar a segurança de áreas e instalações, serão
apresentados a seguir diversos procedimentos gerais de abordagem, inspeção e revista que
devem ser adotados pelas OM. Procedimentos especiais devem ser observados, especialmente
quando envolver categorias da sociedade com legislações específicas (ex.: crianças). Em quaisquer
procedimentos, os seguintes princípios devem ser seguidos:
I - as inspeções não são realizadas com o propósito de humilhar ou constranger
pessoas que estejam sendo inspecionadas;
II - o propósito da inspeção deve ser claramente difundido nas ordens aos indivíduos a
serem inspecionados;
6.1 - REGRAS DE ENTRADA E SAÍDA DE VEÍCULOS
a) CONTROLE DE ACESSO DE VEÍCULOS
I - O controle do acesso de veículos é realizado por um Identificador, preferencialmente
desarmado, apoiado por um militar armado, responsável por prover a segurança aproximada.
II - Os acessos à OM deverão ter barreiras físicas que impeçam o livre trânsito e facilite a
identificação, tais como: baias ou “eclusas”, cancelas e fura pneus. Esses acessos deverão também
ser monitorados por Circuito Fechado de TV (CFTV).
III - Para os veículos particulares de militares da OM, deverão ser utilizados cartões de
identificação nos quais existem dados do veículo e do proprietário.
IV - Para os veículos prestadores de serviços, deverá existir, nos acessos às Unidades, um cadastro
atualizado de fornecedores visando a facilitar a identificação deles, fato este que não eximirá a
realização de revistas dos veículos.
V - Para os demais veículos, a identificação deverá ser feita por meio de um controle de
identificação de viaturas, no qual deverá ser registrado o nome do motorista, o número da
carteira de identidade e da carteira de habilitação, o modelo do veículo, a placa, cor e o horário de
entrada e saída.
OSTENSIVO 6 - 1 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
VI -Todos os veículos deverão permanecer com os vidros abertos quando entrarem ou saírem de
qualquer área sob administração militar.
VII - Ao cruzar pórticos e salas de estado, sob condições de visibilidade restrita, os veículos
deverão permanecer apenas com as lanternas e luzes internas acesas.
VIII - Os veículos que não seguirem as recomendações citadas acima poderão ser considerados
como veículos suspeitos.
b) CONTROLE DE ACESSO DE PESSOAL
I - O controle de acesso de civis e militares a uma OM normalmente é feito por meio da
conferência da identificação pessoal por parte do pessoal de serviço.
II - Constituirão prova de identidade de militares (ativa, reserva e reformados) e funcionários civis
da MB os cartões de identidade fornecidos pelo Serviço de Identificação da Marinha (SIM) ou os
cartões provisórios fornecidos por suas OM. Para as demais pessoas, constituirão prova de
identidade o cartão de identidade fornecido pelos respectivos comandos das forças singulares,
pelos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, carteira de habilitação de condutor de
veículo (com fotografia), carteira de identidade de estrangeiro (fornecida pela Polícia Federal),
passaporte, carteira profissional e carteira de trabalho;
III - O controle de acesso de servidores aos setores das OM deverá ser realizado por meio do uso
de crachás, devidamente regulados em seus Programas de Segurança de Áreas e Instalações
(PSAI). Ressalta-se a importância da necessidade da utilização de crachás padronizados para as
OM integrantes de Complexos Navais que, preferencialmente, serão confeccionados por uma OM
centralizadora. Para o controle de acesso de militares, deverá ser observado o seguinte:
- Os dados completos dos visitantes, em qualquer situação, deverão constar do Controle de
Visitantes da OM;
- Somente o responsável ou mais antigo dos integrantes de comitivas de militares da reserva ou
reformados será identificado. No controle de visitantes da OM, deverá constar a composição da
comitiva;
- Para as comitivas de militares fardados visitantes, deverá ser exigida a apresentação do cartão
de identidade somente do mais antigo, que será registrado no Controle de Visitantes da OM; e
- Deverão ser inspecionadas, de forma aleatória, bolsas, sacolas e material que estiverem sendo
transportados por militares e civis, tanto no ingresso quanto na saída da OM, de forma discreta,
evitando-se constrangimentos. Qualquer irregularidade deverá ser comunicada ao Oficial de
Serviço.
OSTENSIVO 6 - 2 REV.2
OSTENSIVO EMN-014
IV - O controle do acesso de prestadores de serviços e fornecedores a uma OM varia de acordo
com cada OM. De uma maneira geral, os prestadores de serviços e fornecedores são previamente
identificados nas OM. Normalmente, recebem crachás e os dados são registrados na Seção de
Inteligência e encaminhados à Sala de Estado para facilitar o controle do pessoal. Para o caso de
fornecedores de rotina, tipo entregadores de jornal, carteiros, lixeiros, etc., a OM interessada
deverá cadastrá-los e, para tanto, enviar relação com os dados da pessoa, da empresa, fotografia
dos fornecedores e horários da rotina de entrega, que passaráaos pórticos a lista destas pessoas,
a fim de evitar a necessidade de consultar a OM para receber a autorização. Entretanto, caso os
procedimentos de pré-identificação dos prestadores de serviços e fornecedores não sejam
adotados na OM, o pessoal de serviço deverá proceder da seguinte maneira:
- As Guardas dos Pórticos dos Complexos Navais deverão obter junto à(s) OM de destino
autorização para a entrada de prestadores de serviços e fornecedores;
- As OM, antes de autorizarem o ingresso do fornecedor ou prestador de serviço, deverão
verificar internamente se eles estão sendo esperados; e
- As OM deverão envidar esforços para evitar ao máximo possível a vinda de fornecedores e
prestadores de serviços à OM, fora do horário de expediente ou nos dias de Rotina de Domingo.
V - Para o controle de acesso de visitantes civis, deverá ser observado o seguinte:
- O visitante civil que desejar se comunicar pessoalmente com militares, ou funcionários de
firmas que estão prestando serviços deverão se dirigir a um militar Identificador na entrada. Este
deverá entrar em contato com a pessoa procurada para obter a autorização de ingresso. Por
ocasião da identificação dos visitantes, deverá existir um segundo militar provendo cobertura ao
Identificador;
- O ingresso de representantes comerciais deverá, preferencialmente, ter a autorização do
Comandante da OM visitada;
- Sendo autorizado o ingresso, a Guarda deverá identificar o visitante mediante a apresentação
do documento de identidade, fornecer-lhe um crachá específico, preencher uma autorização de
ingresso na OM, orientá-lo sobre os procedimentos em área sob administração militar e
acompanhá-lo até a Sala de Estado da OM. O visitado será o responsável pelo retorno do
visitante à Sala de Estado, devendo acompanhá-lo ou providenciar um militar para fazê-lo;
- O visitante deverá portar o crachá da OM, durante todo o período de permanência nas
instalações da OM, deixar a autorização com o militar ou o funcionário civil visitado para rubricá-
la e, ao término da visita, restituí-la;
- Ao deixar as instalações, o visitante restituirá o crachá e a autorização para o Identificador, que
deverá verificar se a pessoa visitada preencheu corretamente com os locais visitados e as rubricas
dos respectivos responsáveis;
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- É recomendada a adoção de meios eletrônicos de detecção de metais, a fim de evitar a
entrada de armas a bordo; e
- No caso de visitantes, não deve ser autorizado o ingresso de pessoas armadas. As armas
devem ser recolhidas durante a visita.
c) CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DE MATERIAL
I - Quando da entrada de material adquirido pela Organização Militar no mercado externo por
meio de fornecedores, o pessoal de efetivo serviço de posse da cópia da Nota Fiscal do material
em questão fornecida pela empresa fornecedora procederá a conferência dos materiais
adquiridos pela OM, registrando em livro específico.
II - Quando se trata de entrada de material particular, o interessado deverá solicitar ao pessoal de
efetivo serviço na Sala de Estado nas Organizações Militares de terra e no Portaló dos Navios, que
seja efetuado o registro no livro de controle de entrada e saída de material. Ao sair da OM, deverá
requerer a baixa do registro.
III - Todo o material que necessite sair da OM, após inspeção realizada pelos militares de efetivo
serviço na Sala de Estado nas Organizações Militares de terra e no Portaló dos Navios, deverá
estar acompanhado da papeleta de autorização de saída de material, assinada pelo Oficial
responsável.
IV - Sabe-se que todos os procedimentos em relação ao controle de entrada e saída de material
serão aplicados de acordo com o contido em cada Plano de Segurança Orgânica (PSO), que faz
parte da Segurança Orgânica de cada OM.
6.2 - PROCEDIMENTOS ADOTADOS NAS OM, CONTIDOS NA SEGURANÇA ORGÂNICA
Cada OM possui o seu Plano de Segurança Orgânica (PSO) no qual leva-se em consideração
os procedimentos para orientação da guarnição quanto à localização e pontos sensíveis, as regras
relativas à entrada/saída de pessoal, material e viatura, inclusive durante a execução do serviço de
Guarda, Sala de Estado nas Organizações Militares de terra e no Portaló dos Navios.
6.3 - PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA ORGÂNICA PARA ENTRADA E SAÍDA DE PESSOAL,
MATERIAL E VIATURA
Os procedimentos relativos às regras de entrada e saída de pessoal, material e viatura
estão contidas na Segurança Orgânica de cada Organização Militar e ficam ao critério de cada OM.
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O cumprimento mais ou menos rigoroso das regras é relativizado em decorrência de alguns
fatores, tais como: localização, tamanho físico da OM, pontos sensíveis, etc.
De acordo com a legislação em vigor, estabelece-se que:
Art. 51. o acesso de visitas a áreas e instalações sigilosas será disciplinado por meio de
instruções especiais dos órgãos, entidades ou instituições interessados. Parágrafo único.
Para efeito deste artigo, não é considerado visita o agente público ou o particular que
oficialmente execute atividade pública diretamente vinculada à elaboração de estudo ou
trabalho considerado sigiloso no interesse da segurança da sociedade e do Estado. De
acordo com o Decreto nº 4.553, de 27DEZ2002, revogado pelo Decreto nº 7.845, de
14NOV2012. Capítulo VI.
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CAPÍTULO 7
CONTROLAR CLAVICULÁRIOS
PROPÓSITO:
Estabelecer procedimentos visando ao controle das chaves dos compartimentos das
Organizações Militares (OM), permitindo restringir o acesso somente ao pessoal autorizado.
7.1 – PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE CLAVICULÁRIOS
Os procedimentos de identificação de controle dos claviculários cabem ao pessoal de
efetivo serviço no horário, responsável pelo controle de saída e entrada das chaves dos
compartimentos.
7.2 – DISTINÇÃO ENTRE O CONTROLE DE CHAVES ESPECIAIS E CHAVES COMUNS
Há diferença no controle de chaves especiais das comuns, como descrito a seguir.
I - Claviculário reservado: cabe ao Oficial de Serviço (OSE) exercer, auxiliado pelo Ajudante do
Oficial de Serviço, o controle do claviculário reservado, cujas chaves especiais, ao serem
restituídas, deverão ser mantidas sob a responsabilidade do OSE.
Os setores deverão manter atualizado, junto à Divisão de Segurança da OM, o cadastro dos
militares e Servidores Civis autorizados a ter acesso às chaves do claviculário reservado, onde
ficam guardadas as chaves especiais, tais como: Câmara do Sr. Comandante, SECOM, Escoteria,
Paiol de Munição, Frigorífica, Paiol de Mantimentos.
II - Claviculário Geral: compete ao Contramestre de Serviço e/ou Cabo Auxiliar, exercer o controle
e a guarda das chaves comuns do Claviculário Geral.
As retiradas e entregas dessas chaves devem ser registradas no Livro de Controle de
Chaves da Sala de Estado ou Portaló, cujo controle e supervisão ficarão a cargo dos Contramestres
de serviço e/ou do Cabo Auxiliar de serviço do horário.III - Claviculário Reserva: a guarda da chave do Claviculário Reserva é de responsabilidade do OSE.
Nesse claviculário, devem constar as chaves duplicatas existentes nos demais claviculários –
Reservado e Geral – com o propósito de atender às necessidades emergenciais relacionadas ao
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Controle de Avarias e à destruição em emergência prevista no Plano de Segurança Orgânica da
OM.
Nas demais situações, esse claviculário só poderá ser aberto em casos especiais com
urgência comprovada. As solicitações e devoluções de chaves desse claviculário serão lançadas no
Livro de Controle de Chaves e no Livro de Passagem de Serviço do OSE, fazendo constar a data e
hora, bem como o motivo.
IV - Numeração de chaves: a numeração das chaves dos compartimentos deverá ser feita,
separadamente, por Departamento/Setor, de acordo com o seguinte procedimento:
a) Os dois primeiros números identificam o Departamento/Setor;
b) Os dois últimos números da chave correspondem ao compartimento; e
c) A letra identifica o claviculário.
Exemplo: 1208-B: Sala de Projeção – Setor EAMSC-1-2, Compartimento 08, Claviculário Geral. 
V – Responsabilidades:
a) O militar ou servidor civil, devidamente autorizado a retirar a chave do claviculário, será,
durante todo o período em que a chave ficou ausente, responsável pela sua guarda e devolução.
b) Cabe ao Contramestre de serviço exercer o efetivo controle das chaves do Claviculário Geral e
participar, imediatamente, ao Oficial de Serviço, as irregularidades surgidas, registrando-as no
próprio Livro de Controle de Chaves, para as providências cabíveis.
c) Diariamente, às 21h15min, deverá ser anunciado pelo fonoclama: “Chaves ao Claviculário”. O
Contramestre assim como o Oficial de Serviço deverão realizar uma rigorosa verificação e o
levantamento das chaves não devolvidas, pertencentes aos claviculários Geral e Reservado,
respectivamente. Nenhum membro da tripulação está autorizado a permanecer com chaves de
compartimentos em seu poder, assim como tirar cópia (para seu uso de mão).
d) A Divisão de Segurança é responsável por fiscalizar o cumprimento dos procedimentos previstos
nas Ordens Internas, bem como por providenciar a manutenção/substituição dos Claviculários
existentes. Os diversos setores da OM são corresponsáveis pelo controle, cuidando para que sejam
cumpridos os seguintes procedimentos:
- Monitoramento da retirada de chaves e do acesso aos seus respectivos compartimentos;
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- Manutenção das chaves, entendida como o cuidado no manuseio, evitando danos às chaves e
plaquetas de identificação, devendo providenciar a confecção de cópia quando necessário, assim
como a aquisição/substituição das plaquetas de identificação danificadas;
- Manutenção do material, entendido como o cuidado no manuseio, evitando danos às maçanetas,
fechaduras e aos cadeados, devendo providenciar o reparo/substituição desses materiais nos casos
de desgaste ou dano; e
- Sempre que for realizada substituição de chaves, por motivo de troca de fechadura ou cadeado, o
setor envolvido deverá informar a ocorrência à Divisão de Segurança e providenciar a atualização
dos claviculários respectivos, em especial, o claviculário reserva, que deverá receber uma cópia da
nova chave.
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ANEXO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Ensino da Marinha: Apostila de Armamento Leve. Rio de Janeiro,
2014.
________. Marinha do Brasil. Diretoria Geral do Material da Marinha: DGMM-8000.
________. Marinha do Brasil. Comando do Grupamento do Corpo de Fuzileiros Navais: Manual de
Segurança de Área e Instalações de Interesse da Marinha do Brasil. Volume II – Técnicas e Procedimentos.
________. Marinha do Brasil. Centro de Instrução Almirante Alexandrino: Apostila de Operação,
Armazenagem e Transporte de Munição Naval. 1ª Revisão, Rio de Janeiro, 2012.
________. Marinha do Brasil. Centro de Instrução Almirante Alexandrino: Apostila de Munição Naval. 2ª
Revisão, Rio de Janeiro, 2012.
________. Marinha do Brasil. Gabinete do Comandante da Marinha. Decreto-lei nº 1001, de 21 de outubro
de 1969. Código Penal Militar. Brasília, 1969.
________. Presidência da República. Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002. Dispõe sobre a
salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da sociedade e do
estado, no âmbito da Administração Pública Federal e dá outras providências. Brasília, 2002.
________. Marinha do Brasil. Serviço de Documentação da Marinha. Vade Mecum Naval. Rio de Janeiro,
2004.
OSTENSIVO 
	Esta publicação foi elaborada cumprindo as normas do EMA-411 (Manual de Publicações da Marinha).

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