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LÍNGUA PORTUGUESA
Prof.: THIAGO CUNHA
INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO TEXTUAL
As frases produzem significados diferentes de acordo com o
contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim,
necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes
que compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações
apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele
remete. Esse procedimento justifica-se por um texto ser
sempre produto de uma postura ideológica do autor diante
de uma temática qualquer.
Como ler e entender bem um texto?
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a
informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A
primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o
primeiro contato com o novo texto. Dessa leitura, extraem-se
informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o
próximo nível de leitura. Durante a interpretação
propriamente dita, cabe destacar palavras-chave,
passagens importantes, bem como usar uma palavra para
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de
procedimento aguça a memória visual, favorecendo o
entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação
seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a
captação da essência do texto, a fim de responder às
interpretações que a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação
daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e
manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se
não houver esta visão global dos momentos literários e dos
escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
não se podem dispensar as dicas que aparecem na
referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e
opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de
palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc.
que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes,
em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
adequado", isto é, o que responde melhor ao
questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode
estar certa para responder à pergunta, mas não ser a
adotada como gabarito pela banca examinadora por haver
uma outra alternativa mais completa.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um
fragmento do texto transcrito para ser a base de análise.
Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que
aparentemente pareça ser perda de tempo. A
descontextualizarão de palavras ou frases, certas vezes,
são também um recurso para instaurar a dúvida no
candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia
do sentido global proposto pelo autor, dessa maneira a
resposta será mais consciente e segura.
Exercícios de interpretação textual
Texto CB2A1
O mundo vegetal não é um silêncio absoluto, só quebrado
pela ação do vento nas folhas ou de abelhas zumbindo
próximas. Plantas com “sede” ou “feridas” podem murchar e
empalidecer, mas agora sabemos que elas também emitem
sons quando passam por situações de estresse.
Nessas ocasiões, elas podem produzir muitos estalos em
staccato (notas muito curtas), aos quais as criaturas
próximas podem responder. É o que aponta um novo
estudo. “Quando essas plantas estão em boa forma, elas
emitem menos de um som por hora, mas quando
estressadas emitem muito mais, às vezes de 30 a 50 por
hora”, afirma o professor Lilach Hadany, biólogo
evolucionista da Universidade de Tel Aviv.
De 40 a 80 kHz, esses sons são muito agudos para o ouvido
humano, que atua numa faixa de cerca de 20 kHz. Mas
insetos como mariposas e pequenos mamíferos, incluindo-
se ratos, podem detectar essas frequências, o que levanta a
possibilidade de que os ruídos possam influenciar seu
comportamento, ou seja, os sons ultrassônicos emitidos
pelas plantas podem ajudar a moldar seus ecossistemas.
“Eles [os sons] são potencialmente importantes porque
outros organismos talvez tenham evoluído para ouvir esses
sons e interpretá-los”, acrescenta Hadany. Essas emissões
sonoras podem, por exemplo, ser úteis para criaturas
próximas, talvez chamando a atenção de animais para
plantas que lhes sirvam de alimento ou para locais onde
insetos devam depositar seus ovos.
Não está claro o que cria os sons, mas suspeita-se de um
processo chamado cavitação, em que as colunas de água
em caules de plantas desidratadas se quebram, gerando
bolhas de ar. Alexandre Carvalho. Internet: (com
adaptações).
EXERCÍCIOS 01
01. De acordo com as ideias do texto CB2A1, o mundo
vegetal não é um silêncio absoluto porque
A) plantas com ‘sede’ ou ‘feridas’ podem murchar e
empalidecer.
B) as plantas também emitem sons quando passam por
situações de estresse.
C) insetos como mariposas e pequenos mamíferos,
incluindo-se ratos, podem detectar ruídos.
D) emissões sonoras podem ser úteis para criaturas
próximas a plantas.
E) os sons ultrassônicos emitidos pelas plantas podem
ajudar a moldar seus ecossistemas.
Texto CB1A1-I
Mais da metade da população mundial (55%) reside em
áreas urbanas, e essa proporção pode se aproximar de 70%
até 2050. Na América Latina, uma das regiões mais
urbanizadas do mundo, estima-se que mais de 500 milhões
de pessoas, ou 80% da população da região, viva em
cidades.
No Brasil, os deslocamentos populacionais caracterizados
pela migração do campo para a cidade foram significativos
entre 1960 e 1980, delineando um processo de
intensificação da urbanização. Segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2004,
82,7% da população brasileira já vivia em centros urbanos e
em 2014 o percentual era de 85,1%. Segundo pesquisa do
IBGE, em 2016, as menores taxas de urbanização foram
observadas no Maranhão, no Piauí, no Pará e em Sergipe
(variando de 59,2% a 71,7%), e as maiores, no Rio de
Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em Goiás,
unidades federativas que concentraram quase a totalidade
de sua população em áreas urbanas (variando de 91,6 a
97,4%).
Em sua diversidade, o Brasil, com suas megacidades e um
enorme contingente de cidades pequenas e médias, de
crescimento rápido e heterogêneas no que tange aos
ambientes físicos, econômicos e sociais, é profundamente
marcado por iniquidades sociais, de saúde e de ameaça ao
meio ambiente. Internet: (com adaptações).
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02. Segundo as informações do texto CB1A1-I, a América
Latina
A) é composta exclusivamente de populações urbanas.
B) tem população equivalente a 500 milhões de pessoas.
C) é uma das regiões mais urbanizadas do mundo.
D) concentra mais da metade da população mundial.
E) apresenta metade da população urbana.
Texto 2A1-I
As cidades são como os seres humanos: têm um corpo e
têm uma alma. Talvez muitas almas, porque o corpo é um
albergue onde moram muitas almas, todas diferentes em
ideias e sentimentos, todas com a mesma cara. O corpo das
cidades são as ruas, as praças, os carros, as lojas, os
bancos, os escritórios, as fábricas, as coisas materiais. A
alma, ao contrário, são os pensamentos e os sentimentos
dos que nela moram. Há corpos perfeitos com almas feias e
são como um violino Stradivarius em mãos de quem não
gosta de música e não sabe tocar. Mas pode acontecer o
contrário: um corpo tosco com alma bonita. Aí é como
acontecia com as rabecas do querido Gramanni.
Rabecas são violinos rústicos fabricados por artesãos
desconhecidos. Mas o Gramanni era capaz de tocar Bach
nas suas rabecas... O mesmo vale para as cidades: cidades
bonitas por fora e com almas feias, cidades rústicas por fora
com almas bonitas. Onde se podem encontrar as almas das
cidades? Eu as encontro bonitas nas feiras, nas bancas de
legumes e frutas, no mercadão, no sacolão. Esses são
lugares onde acontecem reencontros felizes. Também na
feira de artesanato, nos jardins onde hácrianças, nos
concertos... Mas elas aparecem assustadoras nas torcidas
de futebol e no tráfego... Ah, o tráfego! É nele que a alma da
cidade aparece mais nua.
Pensei nisso na semana que passei em Portugal. Lembrei-
me que há lugares onde os motoristas sabem que o
pedestre tem sempre a preferência. Eles param para que o
pedestre passe. Um amigo me contou de sua experiência
em Munique: desceu da calçada, pôs os pés no asfalto e,
para seu espanto, viu que todos os carros pararam para que
ele atravessasse a rua. Sempre que paro meu carro para
que o pedestre passe, percebo a surpresa no seu rosto. Não
acredita. É preciso que eu faça um gesto com a mão para
que ele se atreva. Não é incomum ver um motorista acelerar
o carro ao ver um pedestre atravessando a rua. Disseram-
me que existe mesmo um video game cuja sensação está
em atropelar os pedestres. As cidades voltarão a ser bonitas
quando os motoristas compreenderem que o natural é andar
a pé. Os pedestres devem ter sempre a preferência.
Rubem Alves. Cidades. In: Ostra feliz não faz pérola. São
Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008 (com adaptações).
03. Assinale a opção correta de acordo com as ideias do
texto 2A1-I.
A) O corpo da cidade constitui-se dos pensamentos e dos
sentimentos das pessoas que nela vivem.
B) A alma da cidade constitui-se das ruas, das casas e do
tráfego de carros e de pedestres.
C) Muitos motoristas aceleram o carro ao verem um
pedestre atravessar a rua.
D) As cidades ficarão mais bonitas quando os pedestres
perceberem que é preciso respeitar os motoristas.
E) As urbaniações não apresentam metáforas com outros
aspecto
Texto CG1A2-I
Em épocas remotas, as mulheres se sentavam na proa das
canoas e os homens, na popa. As mulheres caçavam e
pescavam. Elas saíam das aldeias e voltavam quando
podiam ou queriam. Os homens montavam as choças,
preparavam a comida, mantinham acesas as fogueiras
contra o frio, cuidavam dos filhos e curtiam as peles de
abrigo. Assim era a vida entre os índios onas e os yaganes,
na Terra do Fogo, até que um dia os homens mataram todas
as mulheres e puseram as máscaras que as mulheres
tinham inventado para aterrorizá-los. Somente as meninas
recém-nascidas se salvaram do extermínio. Enquanto elas
cresciam, os assassinos lhes diziam e repetiam que servir
aos homens era seu destino. Elas acreditaram. Também
acreditaram suas filhas e as filhas de suas filhas. Eduardo
Galeano. A autoridade. In: Mulheres. Internet: (com
adaptações).
04. Segundo o texto CG1A2-I, nas citadas comunidades
indígenas, as mulheres
A) rejeitavam os homens. B) exploravam os homens.
C) coagiam os homens. D) assustavam os homens.
E) Respeitavam os homens
Texto CB1A7
Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo,
quando deu os primeiros passos agarrado ao armário
branco da casa de seus pais. Começou a andar direito e
assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas
sempre que alguma coisa correu menos bem (uma bolacha
que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um
grito que ouviu a meio do dia, um beijo que lhe foi deixado
em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje,
varado de saudade da ex-mulher, caminha sozinho e coxo
pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um
pouco com a chuva que o encharca da cabeça aos pés,
nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem
tenta trazê-la à razão.
E pela primeira vez em quarenta anos repara: a dor não vem
do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo
medial. É o nervo ciático que lhe dói. Atravessa-lhe a perna
inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual
todos aqueles que lhe fizeram promessas colocaram a mão,
mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu
caminho pela aldeia, agarrado aos muros brancos, sem
grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia,
porque quando está triste ele coxeia.
Matilde Campilho. In: Flecha. São Paulo: Editora 34, 2022.
05. Por suas características, o texto CB1A7 se enquadra no
gênero
A) diário pessoal. B) reportagem. C) conto.
D) biografia. E) charge.
Texto CG2A1-I 1
A tecnologia, especialmente a Internet, exerce grande
influência em vários segmentos do nosso dia a dia. Você já
reparou que hoje assistimos a filmes e ouvimos músicas via
computador e celulares com sistema operacional? Esses
exemplos são só alguns que sofrem influência das novas
tecnologias de informação e comunicação e que refletem no
modo como consumimos entretenimento. A praticidade que
as lojas virtuais oferecem para quem quer adquirir um
produto é outro exemplo. Graças ao comércio eletrônico,
bastam alguns cliques no mouse para você efetuar a sua
compra.
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O trânsito também é influenciado diariamente pelas novas
tecnologias. O modo como trabalham as oficinas, como
ensinam os centros de instrução de condutores e até como
atua a legislação na fiscalização das infrações tem relação
com os recursos proporcionados pelas ferramentas
tecnológicas.
Graças a programas de computador avançados, a educação
no trânsito passou por alguns avanços, como, por exemplo,
a criação de um sistema de escola online, que traz controle
de frequência, grade de conteúdo e disponibilidade de
atividades e tarefas para alunos. Há, também, simuladores
que atuam para aperfeiçoar a prática dos alunos na direção
de um veículo.
Quem reside nas grandes cidades brasileiras sabe que é
possível perder horas preciosas do dia em engarrafamentos
intermináveis. O fato é que, quanto maior a cidade, melhor
deve ser o planejamento urbano. Assim, algumas
ferramentas da tecnologia podem dar uma mãozinha:
controle de semáforos por meio de sensores que percebem
a presença de veículos e regulam o funcionamento do
semáforo conforme o fluxo de tráfego, de forma a evitar o
acúmulo de carros; monitoramento remoto por câmeras de
alta resolução com capacidade de captar infrações às leis
de trânsito, tais como não utilização de cinto de segurança,
estacionamento em local indevido e excesso de velocidade;
análises de tráfego (por exemplo, ruas onde passam mais
veículos de carga, horários em que determinada via
apresenta maior fluxo de veículos etc.).
Seja para a educação de pedestres e motoristas, seja para
quem quer iniciar um investimento no ramo automotivo, as
ferramentas tecnológicas atuais estão aí para trazer mais
facilidade. Portanto, se você é (ou pretende se tornar) um
profissional que atua nesse segmento, deve, sempre, estar
atualizado com as novidades tecnológicas criadas para essa
área.
06. O tema central do texto CG2A1-I é
A) a criação de um novo segmento profissional.
B) a possibilidade de educar pedestres e motoristas para o
trânsito.
C)a influência das ferramentas tecnológicas em várias
atividades humanas, inclusive no tráfego.
D) a substituição dos meios de comunicação tradicionais
pelas tecnologias da informação e comunicação.
E) a forma como se deve lidar com o trânsito nas grandes
cidades brasileiras.
07. De acordo com o texto CG2A1-I, o urbanismo
A) atenua a necessidade de aparatos tecnológicos.
B) corrobora para uma melhor organização dos horários das
pessoas.
C) acentua a necessidade da inovação tecnológica.
D) se iguala ao processo das zonas rurais em busca da
tecnologia.
E) reduz o impacto da tecnologia em razão da proporção
habitacional.
08. No texto CG2A1-I, a expressão “dar uma mãozinha”
(R.27) é
A) popular e significa ajudar.
B) literal e significa oferecer ajuda.
C) popular e significa avaliar as próprias ações.
D) figurada e significa passar de uma pessoa a outra.
E) figurada e significa adquirir uma habilidade específica.
O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia
o lazer e a vida social, dando a impressão de que o tempopassa cada vez mais rápido
O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as
obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais
curto? Por que não se tem mais tempo para nada?
O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar
compromissos profissionais com relações sociais dão uma
nítida impressão de que o tempo voa.
Dentre os principais motivos para que isso aconteça está o
aumento de tarefas e obrigações que as pessoas se
envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação
pessoal de que há cada vez menos tempo para si. Florival
Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela
Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: “Há
realmente essa impressão de que o tempo se acelerou. Na
realidade, é uma percepção que as pessoas têm que não
cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que
fazer”.
O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de
vida que temos hoje. Uma mãe de família sai às 7 horas da
manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15,
ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas.
Parece que não temos mais intervalos”. Maria Helena Oliva
Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo do tempo
se acelerasse. Na verdade, a percepção temporal muda por
conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no
cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo
de maneira mais tranquila”. Sobre o assunto, Luiz Silveira
MennaBarreto, professor especializado em cronobiologia da
Escola de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na
sociedade contemporânea, as cobranças são cada vez mais
intensas e frequentes, o que produz uma sensação crônica
de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas
tenham inúmeras habilidades e qualificações acadêmicas,
tomando boa parte do tempo que poderia ser destinado ao
lazer. Scheroki completa: “Por que hoje é assim e antes não
era? Hoje temos várias tarefas que não tínhamos. Temos
que saber inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As
pessoas tentam alocar dentro do tempo mais ações do que
cabem nele”. [...]
A professora Maria Helena destaca: “A percepção de
aceleração do tempo é uma coisa angustiante. É possível se
dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas,
depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem
o tempo passando rapidamente e, por isso, tem pressa de
viver intensamente. Isso acaba criando situações de tensão
muito grandes”.[...]
O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida
atarefada é sentido nas relações com amigos ou familiares.
Na hora de escolher entre uma obrigação profissional ou
uma interação social, as pessoas acabam priorizando o
trabalho: “Nós somos nossas relações sociais, nós
acontecemos a partir delas. Se elas acabam sendo
comprometidas, comprometem toda a nossa vida. A vida é
composta pelas nossas ações no tempo e cada vez menos
a gente tem autonomia sobre ela”.
Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar
alternativas de trabalho ou estudo em horários mais
compatíveis com uma vida saudável. “Exercício físico,
relações sociais e familiares ricas e alimentação saudável
também ajudam, mas a raiz do problema reside no trabalho
excessivo”, completa.[...]
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09. Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 1.
(A) Trata-se de um texto narrativo, que busca contar, em
ordem cronológica, fatos e acontecimentos cotidianos.
(B) O tema central do texto é o prejuízo causado pelo
trabalho na vida das pessoas.
(C) De acordo com o texto, o tempo tem passado cada vez
mais rápido. Por isso, atualmente, os dias são mais curtos.
(D) Segundo Florival Scheroki, as relações interpessoais
são as mais afetadas pelos inúmeros compromissos da vida
moderna.
EXIGÊNCIAS DA VIDA MODERNA
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por
causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma
laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a
diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos
(que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões,
ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco
estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que,
mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao
mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves
diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes
cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do
dia… E não esqueça de escovar os dentes depois de
comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã,
da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver
dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a
língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para
colocar um equipamento de som, porque entre a água, a
fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito
por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram
três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV
por dia. Menos você, porque todos os dias você vai
caminhar ao menos meia hora (por experiência própria,
após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a
meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma
planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar
em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três
jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se
cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a
sedução. Isso leva tempo – e nem estou falando de sexo
tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar
roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de
estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia. A única solução que
me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!
Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim
você toma água e escova os dentes.
Chame os amigos junto com os seus pais.
Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua
mulher… na sua cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um
Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite
de magnésio.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã,
tenho que ir ao banheiro. E já que vou, levo um jornal…
Tchau!
Viva a vida com bom humor!!!
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida moderna.
Disponível em http://pensador.uol.com.br/frase/MzI3NDUz/
Acesso em: 01/11/2015. Adaptado.)
10.No texto, o cronista trata de um tema contemporâneo que
diz respeito, sobretudo, à(ao)
A) preocupação com dietas impossíveis de serem seguidas.
B) desperdício de tempo com complexos hábitos de higiene.
C) excesso de tarefas que a vida moderna impõe às pessoa
s.
D) falta de tempo para execução das habituais tarefas domé
sticas.
E) esclarecimento acerca dos problemas políticos, humanos
e sociais.
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Uma pesquisa encomendada pela entidade Parceria Contra
as Drogas entrevistou 700 pessoas, entre 13 e 21 anos, de
cinco cidades há três anos e obteve os seguintes
resultados:
11. De acordo com os dados representadosno gráfico,
pode-se dizer que:
A) a descoberta do novo sempre atraiu o homem a
aventuras cujas consequências, muitas vezes, são
desconsideradas em virtude do prazer do desconhecido,
sendo esse o motivo para que de noventa a cem jovens
recorram às drogas;
B) como todo ser em formação, a maior parte dos jovens
procura uma maneira de se afirmar em seu grupo,
recorrendo, para isso, ao uso de psicotrópicos;
C) não é verdadeira a argumentação de que o maior
contingente de jovens, rebeldes por natureza, procura nas
drogas formas de transgredir normas sociais;
D) a orientação familiar não seria uma das primeiras
providências no combate ao vício, uma vez que não está na
família a causa principal de o jovem se envolver com
drogas;
E) são de toda ordem as causas que levam o jovem ao
consumo de drogas; com exceção dos problemas com a
família, essa diversidade, somada, representa mais de 3/4
do total de entrevistados.
Texto
“Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de
[aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
Ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os
[negócios,
Garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às
[cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma
[insegura.
[…]
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”
Carlos Drummond de Andrade
12. O texto sugere que:
A) as plantas não devem ser cultivadas nos centros
urbanos.
B) a flor nasce sem as marcas da urbanidade.
C) a capacidade de resistência possibilita o inusitado
surgimento da flor.
D) nada pode interferir no fluxo da vida urbana.
E) o fluxo da urbanização é intenso.
Da corrupção à crise
A corrupção domina o Mundo. Esta é a conclusão amarga
que resulta da análise dos indicadores de percepção da
corrupção divulgados ontem pela Transparência
Internacional.Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota
negativa, numa escala que vai de zero (os mais corruptos) a
dez (os países mais “limpos”). A propagação da corrupção
não tem limites e ultrapassa todas as fronteiras. De Angola,
que apresenta um score de 1,9, à Venezuela, de Chávez,
que obtém a pior classificação do continente americano
(2,0), passando pela Rússia (2,1) ou até pela Grécia (3,5).
Em termos globais, é evidente a relação direta entre a
pobreza e a corrupção, o que torna esta epidemia ainda
mais grave. Este fenômeno será até o fator que gera maior
pobreza, já que é através dos seus mecanismos que se
canalizam os recursos de todos para os bolsos de alguns.
Talvez o verdadeiro combate à fome tenha sucesso quando
as Nações Unidas trocarem os programas de apoio
alimentar por estratégias efetivas de combate à fraude.
E em Portugal? Por cá, o panorama é desolador. Só na
última década, desceu dez posições no “ranking”. Em
termos do espaço europeu ocidental, Portugal ocupa a 19.ª
posição, em 30, apenas à frente de Itália, Grécia, Malta e
países do antigo bloco do Leste.Esta posição é afinal o
corolário lógico dum sistema que parece querer proteger a
corrupção. E que tem como primeiro responsável um
Parlamento que produz legislação confusa, cheia de regras,
repleta de exceções e que permite, a quem as aplica, um
enorme poder discricionário, fonte de todo o compadrio.
Este cenário só poderia piorar com um sistema de justiça
que se revela absolutamente incapaz no combate a este
flagelo.
Também em Portugal a corrupção gera pobreza, através da
transferência dos bens coletivos para os mais poderosos,
permitindo que os ricos sejam cada vez mais ricos e os
pobres cada vez mais desgraçados. Talvez por cá, como no
Mundo, a melhor
forma de combater a crise seja começar por travar um
combate, sem tréguas, à corrupção.
(Texto de Paulo Morais,
Jornal de Notícias
[Portugal], 27.10.2010,
com adaptações. Obtido pelo site
http://jn.sapo.pt/Opiniao.)
13. De acordo com o autor, a corrupção
A) atinge, na grande maioria, países mais novos e, por conta
disso, de vida mais precária.
B) é um mal que assola o mundo e, em Portugal, tem
espaço nas práticas parlamentares.
C) tem um cenário melhor em Portugal, devido às ações
prudentes do Parlamento.
D) está sob controle na Europa ocidental, mas assola os
países do leste europeu e a América.
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E) é aravada em países da América e sofre forte queda na
Europa.
14. Lendo a charge , conclui-se:
A) O selvagem da charge não é o índio, mas sim a
respeitável autoridade brasileira que não favorece a
igualdade e o respeito
B) Os índios continuavam lutando entre si.
C) O índio da charge é mais autêntico porque não usa tênis
Nike e veste calça comprida.
D) O objetivo é registrar a política favorável do Congresso
Nacional às causas indígenas.
E) O processo de colonização perdeu seu teor de
exploração.
15. Com referência a aspectos linguísticos do texto acima,
assinale a alternativa correta.
A) A flexão dos verbos no segundo período do texto indica
uma característica marcante dos textos publicitários, que é a
interpelação direta do interlocutor por meio do emprego do
modo imperativo.
B) A flexão dos verbos no segundo período do texto indica
uma característica marcante dos textos publicitários, que é a
interpelação indireta do interlocutor por meio do emprego do
modo imperativo.
C) Todo texto apresenta suas particularidades, entretanto a
principal fonte é a informação.
D) O afastamento e o distanciamento do texto com seu leitor
corroboram a marca e a afirmação dos textos publicitários.
Ingrid Luiza
Já faz um tempo que as dietas com baixo teor de
carboidratos, as chamadas dietas low carb, estão na moda.
Elas consistem em, basicamente, uma ingestão cada vez
menor de alimentos ricos em carboidratos (como arroz, pão
e macarrão). Para compensar, deve-se aumentar as
proteínas (carne, ovo) e as gorduras “boas” (castanha,
azeite, salmão, sardinha etc.) no cardápio. Sob a promessa
de resultados rápidos — questão de semanas — muitas
celebridades, como Adriana Lima e Jennifer Lopez, são
adeptas da dieta. Mas reduzir o carboidrato assim pode
trazer consequências graves no futuro.
Segundo um novo estudo liderado pelo National Institute of
Health (NIH), dos EUA, taxas de carboidrato tanto altas
quanto baixas foram associadas ao aumento da
mortalidade. Além disso, quem substitui o carboidrato por
proteína animal tem longevidade menor do que quem faz a
troca por proteína vegetal.
Essas conclusões são baseadas em uma pesquisa nos
EUA que durou 25 anos e usou os dados de mais de 15 mil
participantes. Todos eles preencheram questionários sobre
os alimentos e bebidas que consumiam todo dia,
enumerando quantidade e tamanho das porções. A partir
disso, os pesquisadores estimaram a proporção de calorias
provenientes de carboidratos, gorduras e proteínas.
Os resultados mostraram que uma ingestão moderada de
carboidrato representou um risco menor de morte quando
comparado com ingestões baixas e altas. Em números,
pessoas com 50 anos que apresentavam consumo
moderado de carboidrato devem viver em média 33 anos a
mais. Já os cinquentões que têm consumo baixo de carbo
vivem mais 29 anos. Os cientistas compararam suas
conclusões com estudos anteriores gigantes, que incluíram
mais de 20 países e 400 mil pessoas, e os resultados
encontrados foram os mesmos.
Essa nova pesquisa examinou a relação da taxa de
mortalidade com o consumo de carboidratos, o que é algo
novo.“Estas descobertas reúnem várias vertentes que têm
sido controversas. Muito ou pouco carboidrato pode ser
prejudicial, mas o que mais conta é o tipo de gordura,
proteína e carboidrato consumido”, diz Walter Willett, co-
autor do estudo.
Os pesquisadores constataram que proteínas e gorduras
vegetais são melhores que equivalentesanimais no quesito
longevidade. Comer mais carnes (bovina, de porco, de
frango e de cordeiro) e queijo estava relacionado a um risco
maior de morte, quando comparado a opções como legumes
e nozes. Ou seja, selecionar apenas o nutriente (carbo,
proteína, gordura) não é o suficiente, é preciso se preocupar
com sua origem.
“Nossos dados sugerem que dietas de baixo carboidrato
com produtos animais, que são predominantes na América
do Norte e na Europa, podem estar associadas a um menor
tempo de vida e devem ser desencorajadas”, diz Sara
Seidelmann, autora do estudo. “Se, em vez disso, alguém
escolhe seguir uma dieta com poucos carboidratos, trocá-los
por mais gorduras e proteínas vegetais pode realmente
promover um envelhecimento saudável a longo prazo”.
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16. Segundo o texto, deve-se
A) consumir mais carboidrato.
B) substituir a proteína pelo carboidrato.
C) abolir a gordura animal.
D) privilegiar a proteína vegetal.
E) resgatar o carboitrado.
REVISÃO
17. Na tira de Ziraldo, os personagens mudam de atitude do
primeiro quadrinho para o segundo. Pelo terceiro quadrinho,
pode-se deduzir o que não está escrito: um pensamento
teria provocado a mudança. Esse pensamento poderá ser
traduzido como:
“E se os caras dentro do espelho...
A) ...estivessem rindo deles?”
B) ...fossem reais e eles o reflexo?”
C) ... pudessem trocar de lugar com eles?”
D) ... duvidassem da realidade do mundo?”
E) ... “ tivessem certeza de onde stão?”
Coordenação e subordinação
Nas orações coordenadas, por exemplo, não há relação
sintática entre elas e, por isso, são orações independentes.
Já as orações subordinadas recebem esse nome pois uma
está subordinada à outra. Desse modo, elas dependem
umas das outras para ter sentido completo e, portanto,
possuem uma relação sintática.
Confira abaixo, as explicações sobre cada uma delas, as
classificações das orações e muitos exemplos de orações
coordenadas e subordinadas.
O que são orações coordenadas?
As orações coordenadas são orações independentes que
já possuem sozinhas um significado completo. Dessa forma,
não existe uma relação sintática entre elas.
Tipos de orações coordenadas
Esse tipo de oração é classificada de duas maneiras: as
orações coordenadas sindéticas e assindéticas.
Oração coordenada sindética
Nas orações coordenadas sindéticas, há uma conjunção
coordenativa que conecta as palavras ou termos das frases
e, dependendo da conjunção utilizada, elas pode ser
de cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas.
1. Oração coordenada sindética aditiva
As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas em
que o uso das conjunções (ou locuções conjuntivas)
transmite a ideia de adição. As conjunções aditivas são: e,
nem, não só, mas também, mas ainda, como, assim, etc.
Exemplos:
Fomos para a escola e fizemos o exame final.
• Oração 1: Fomos para a escola
• Oração 2: fizemos o exame final
Joelma adora pescar, mas também gosta muito de navegar.
• Oração 1: Joelma adora pescar
• Oração 2: gosta muito de navegar
Com os exemplos, podemos perceber que esse tipo de
conjunção adiciona informações ao que foi dito
anteriormente. Além disso, é importante perceber que as
orações acima, quando separadas, são independentes, uma
vez que possuem um sentido completo.
2. Oração coordenada sindética adversativa
As orações coordenadas sindéticas adversativas são
aquelas que transmitem, por meio das conjunções
utilizadas, uma ideia de oposição ou de contraste. As
conjunções adversativas são: mas, contudo, todavia,
entretanto, porém, no entanto, etc.
Exemplos:
Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no
vestibular.
• Oração 1: Pedro Henrique estuda muito
• Oração 2: não passa no vestibular
Daiana combinou com os amigos de ir à festa, no entanto,
estava chovendo muito naquela noite.
• Oração 1: Daiana combinou com os amigos de ir à
festa
• Oração 2: estava chovendo muito naquela noite
Note que as conjunções utilizadas nas orações acima
transmitem a ideia de oposição ao que foi dito
anteriormente. Além disso, as frases são independentes,
uma vez que, se separadas, possuem um sentido completo.
3. Oração coordenada sindética alternativa
Nas orações coordenadas sindéticas alternativas, as
conjunções enfatizam uma escolha dentre as opções
existentes. As conjunções alternativas utilizadas são: ou,
ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja, etc.
Exemplos:
Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer comer pizza.
• Oração 1: Manuela ora quer comer hambúrguer
• Oração 2: ora quer comer pizza
Faça o que sua mãe manda ou ficará de castigo o resto do
dia.
• Oração 1: Faça o que sua mãe manda
• Oração 2: ficará de castigo o resto do dia
Em ambos os exemplos, as orações são independentes, e
as conjunções utilizadas indicam opções e, por isso, são
chamadas de alternativas.
4. Oração coordenada sindética conclusiva
As orações coordenadas sindéticas conclusivas
expressam conclusões e, por isso, fazem uso das
conjunções (ou locuções) conclusivas: logo, assim, portanto,
por fim, por conseguinte, pois, então, consequentemente,
etc.
Exemplos:
Não gostamos do restaurante, portanto não iremos mais lá.
• Oração 1: Não gostamos do restaurante
• Oração 2: não iremos mais lá
Alice não realizou a prova, assim fará a substitutiva no final
do ano.
• Oração 1: Alice não realizou a prova
• Oração 2: fará a substitutiva no final do ano
Nos exemplos, as palavras em destaque são conjunções
conclusivas que transmitem a ideia de conclusão sobre algo
que foi mencionado na oração principal.
5. Oração coordenada sindética explicativa
Nas orações coordenadas sindéticas explicativas, as
conjunções ou locuções que ligam as orações expressam
uma explicação. São elas: isto é, ou seja, a saber, na
verdade, porque, que, pois, etc.
Exemplos:
Marina não queria falar, ou seja, ela estava de mau humor.
• Oração 1: Marina não queria falar
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• Oração 2: ela estava de mau humor
Pedro não foi ao jogo de futebol porque estava cansado.
• Oração 1: Pedro não foi ao jogo de futebol
• Oração 2: estava cansado
Os exemplos mostram que com o uso das conjunções
explicativas, as orações independentes se unem com o
intuito de explicar sobre o que foi dito anteriormente.
.
Orações Subordinadas Adverbiais
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que
exercem a função de advérbio funcionando como adjunto
adverbial.
As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou
locução subordinativa, as quais têm a função de conectar as
orações (principal e subordinada).
Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas
em nove tipos: causais, comparativas, concessivas,
condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais,
proporcionais.
1. Oração subordinada adverbial causal
As orações subordinadas adverbiais causais exprimem
a causa ou motivo que a oração principal faz referência. As
conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas
são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma
vez que, já que, desde que, etc.
Exemplos:
Não fomos à praia já que estava chovendo muito.
• Oração principal: Não fomos à praia
• Oração subordinada: já que estava chovendo muito
Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça.
• Oração principal: Não vou estudar hoje
• Oração subordinada: porque estou com dor de
cabeça
As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o
motivo que a oração principal faz referência. As conjunções
integrantes que expressam isso são: "já que" e "porque".
2. Oração subordinada adverbial comparativa
As orações subordinadas adverbiais comparativas
expressam comparação entre as orações principal e
subordinada.As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas
são: como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto,
como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais), etc.
Exemplos:
Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.
• Oração principal: Minha mãe está muito nervosa
• Oração subordinada: como eu estava antes
Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria.
• Oração principal: Ela não estudou para a prova
• Oração subordinada: o tanto quanto deveria
Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma
comparação utilizando as conjunções integrantes: "como" e
"tanto quanto".
3. Oração subordinada adverbial concessiva
As orações subordinadas adverbiais concessivas
expressam concessão ou permissão em relação à oração
principal. Dessa forma, elas apresentam uma ideia contrária
ou oposta.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas
nessas orações são: embora, conquanto, por mais que,
posto que, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo
que, em que pese, etc.
Exemplos:
Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.
• Oração principal: vou lhe fazer o jantar
• Oração subordinada: Embora não queira
Mesmo que goste da sandália, não vou comprar.
• Oração principal: não vou comprar
• Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália
Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução
concessiva "mesmo que" presentes nas orações
subordinadas expressam uma ideia oposta em relação às
orações principais.
4. Oração subordinada adverbial condicional
As orações subordinadas adverbiais condicionais
expressam condição. As conjunções ou locuções
integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto
que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem
que, etc.
Exemplos:
Se estiver chovendo, não iremos ao evento.
• Oração principal: não iremos ao evento
• Oração subordinada: Se estiver chovendo
Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo.
• Oração principal: irei visitá-lo
• Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola
As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem
uma condição por meio do uso das conjunções integrantes
utilizadas: "se" e "caso".
5. Oração subordinada adverbial conformativa
As orações subordinadas adverbiais conformativas
expressam conformidade em relação ao que foi expresso
na oração principal. As conjunções integrantes adverbiais
utilizadas são: conforme, segundo, como, consoante, de
acordo, etc.
Exemplos:
Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena
deverá ser respeitada.
• Oração principal: a quarentena deverá ser
respeitada
• Oração subordinada: Segundo as regras impostas
pelo governo
Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da
minha mãe.
• Oração principal: Farei a receita de pão
• Oração subordinada: consoante os ensinamentos
da minha mãe
Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas
expressam conformidade sobre a oração principal
enfatizada pelas conjunções utilizadas: "segundo" e
"consoante".
6. Oração subordinada adverbial consecutiva
As orações subordinadas adverbiais consecutivas
expressam consequência. As locuções conjuntivas
integrantes adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte
que, sem que, de forma que, de jeito que, etc.
Exemplos:
A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada.
• Oração principal: A palestra foi ruim
• Oração subordinada: de forma que não
entendemos nada
Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou
concretizando-os.
• Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos
• Oração subordinada: de sorte que acabou
concretizando-os
Em ambos os exemplos, as orações subordinadas
exprimem as consequências expressas na orações
principais. Para isso, as locuções conjuntivas utilizadas
foram: "de modo que", "de sorte que".
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7. Oração subordinada adverbial final
As orações subordinadas adverbiais finais
expressam finalidade. As conjunções e locuções
integrantes adverbiais utilizadas nesse caso são: a fim de
que, para que, que, porque, etc.
Exemplos:
Nós estamos na faculdade para que possamos aprender
mais.
• Oração principal: Nós estamos na faculdade
• Oração subordinada: para que possamos aprender
mais
O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor
pontuação na prova final.
• Oração principal: O atleta treinou dias
• Oração subordinada: a fim de que atingisse a
melhor pontuação na prova final
As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções
conjuntivas ("para que" e "a fim de que") com o intuito de
indicar a finalidade de algo que foi mencionado na oração
principal.
8. Oração subordinada adverbial temporal
As orações subordinadas adverbiais temporais expressam
circunstância de tempo. As conjunções e locuções
integrantes adverbiais utilizadas são: enquanto, quando,
desde que, sempre que, assim que, agora que, antes que,
depois que, logo que, etc.
Exemplos:
Você ficará famoso quando publicar seu livro.
• Oração principal: Você ficará famoso
• Oração subordinada: quando publicar seu livro
Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do
exame.
• Oração principal: Eu ficarei mais feliz
• Oração subordinada: assim que souber a nota final
do exame
Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva
"assim que", as orações subordinadas dos exemplos
indicam circunstâncias temporais.
9. Oração subordinada adverbial proporcional
As orações subordinadas adverbiais proporcionais
expressam proporcionalidade. As locuções conjuntivas
integrantes adverbiais utilizadas são: à proporção que, à
medida que, ao passo que, tanto mais, tanto menos, quanto
mais, quanto menos, etc.
Exemplos:
A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais
perto.
• Oração principal: A chuva piorava
• Oração subordinada: à medida que o furacão
chegava mais perto
Quanto mais se esforçava no treino, mais feliz ficava.
• Oração principal: mais feliz ficava
• Oração subordinada: Quanto mais se esforçava no
treino
As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à
medida que" e "quanto mais") enfatizam a proporção
expressa na oração principal.
GABARITO HERTZ – EXERCÍCIOS 01
01.B 02.C 03.C 04.D 05.C 06.C
07.C 08.A 09.D 10.C 11.C 12.C
13.B 14.A 15.A 16.D
Coordenação e subordinação (exercícios)
Texto CG2A1AAA
Ao longo das últimas décadas, o Brasil consolidou uma
consciência social do direito à educação na infância, mas
ainda não construiu uma cultura do direito à educação ao
longo de toda a vida. Assim, é comum que pais com baixa
escolaridade lutem para que os filhos tenham acesso a um
ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o
direito que lhes foi violado. Entretanto, não é raro que
pessoas com escolaridade elevada permaneçam alheias ao
fato de que estão cercadas por adultos que a pobreza e o
trabalho precoce afastaram da escola, ou que têm precário
manejo da leitura, da escrita e do cálculo matemático.
EXERCÍCIOS 02
1. A coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam
mantidos se a conjunção “mas” fosse substituída por
A) embora. B) logo. C) porque. D) todavia. E) portanto.
Texto CG1A1-I
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de
seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o
próprio Deus Nosso Senhor, pois que afinal, repetindo um
gesto sucedido há exatamente um século (o último diz a
tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra
todas as experiências, ultrapassando os otimismos mais
alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a
primeira quinzena de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação
do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos mesesde desesperança, os
compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas.
O fato é que, durante a viagem de ida, enquanto o
“Constellation” da Panair voava por cima do colchão
compacto de nuvens carregadas de água, me dava uma
vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde
tanta falta faziam, levá-las como rebanho de golfinhos
prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do
Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram
nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já
se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o
gado salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez
feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão
aguenta, provavelmente. Nada mais. Rachel de Queiroz.
Choveu! (com adaptações).
2. Entende-se do penúltimo parágrafo do texto CG1A1-I que
o segundo período expressa, em relação ao primeiro, uma
ideia de
A) finalidade. B) causa. C) consequência.
D) conclusão. E) explicação.
3. No trecho “Também na feira de artesanato, nos jardins
onde há crianças, nos concertos... Mas elas aparecem
assustadoras nas torcidas de futebol e no tráfego”, do texto
2A1-I, as palavras “Também” e “Mas” introduzem,
respectivamente, ideia de
A) explicação e consequência.
B) inclusão e adversidade.
C) proporção e conclusão.
D) consequência e finalidade.
E) tempo e causa
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4 No que se refere à equivalência e à transformação de
estruturas do texto, assinale a alternativa que reescreve o
período “Se oficializado pela medicina, o órgão pode ser
considerado o maior do corpo humano (título que hoje é da
pele).” (linhas de 9 a 11), mantendo a coerência e a coesão
da informação.
A) Conforme oficializado pela medicina, o órgão é
considerado o maior do corpo humano (título que hoje é da
pele).
B) Embora oficializado pela medicina, o órgão será
considerado o maior do corpo humano (título que hoje é da
pele).
C) Contanto que seja oficializado pela medicina, o órgão
poderá ser considerado o maior do corpo humano (título que
hoje é da pele).
D) Mesmo que seja oficializado pela medicina, considera-se
que ele é o maior órgão do corpo humano (título que hoje é
da pele).
E) Ainda que seja oficializado pela medicina, considera-se
que ele é o maior órgão do corpo humano (título que hoje é
da pele).
5. Como conjunção subordinativa, a palavra “quando” pode
ter diferentes classificações, de acordo com o sentido
atribuído no período em que foi empregada. Em “Quando
completou três anos de idade, em 1922, Rosa Helena
Schorling, conhecida como Rosita, ganhou de presente um
velocípede de madeira construído pelo pai.” (1º§) a
conjunção “quando” indica o mesmo sentido reconhecido
em:
A) Os planos serão reformulados antes que tudo esteja
perdido.
B) Os problemas atuais eram previstos; logo, não haverá
pânico.
C) Se houvesse clareza em suas ideias, muitos problemas
seriam evitados.
D) Coloquemos em prática o plano emergencial porque a
situação assim
E) O plano é emergencial, portanto deve ser prioridade.
6 Considerando-se as relações semântico-discursivas nos
trechos em negrito, indique a alternativa em que a relação
expressa nos parênteses está correta:
(A) “Eles podiam não saber, mas já estavam se
resguardando da melhor forma contra sífilis, gonorreia e
afins, ainda que usando materiais nada higiênicos.”
(relação de concessão)
(B) “Apesar de tantos pontos a favor – e tanta informação
correndo solta por aí -, o preservativo vem sendo deixado de
lado em território nacional.” (relação de causalidade)
(C) “Já que os adolescentes não parecem dar a devida
importância ao preservativo, chegando inclusive a pensar
que as DSTs são facilmente remediáveis (...)” (relação de
temporalidade)
(D) “Isso explicaria por que aqueles que não foram
bombardeados com essas informações na sua juventude
não lhe dão tanto valor hoje em dia.” (relação de finalidade)
(E) “Quando não havia acesso a esses medicamentos,
os homens tinham menos relações ou faziam sexo sem
penetração, diminuindo o risco de contrair doenças” (relação
de conclusão).
7. O trecho destacado em “Wolton justifica-se dizendo que a
internet é incrível para a comunicação entre pessoas e
grupos que tenham os mesmos interesses, mas está longe
de ser uma ferramenta de comunicação de coesão entre
pessoas e grupos diferentes.” é uma oração:
A) coordenada sindética aditiva.
B) coordenada sindética adversativa.
C) coordenada sindética conclusiva.
D) coordenada assindética.
E) coordenada sindética explicativa.
8. Assinale a alternativa correta em relação às expressões
ou aos termos destacados.
A) Em “[...] apesar de terem nascido no mesmo ano [...]”, a
expressão em destaque inicia uma oração coordenada
adversativa.
B) Em “[...] afirmam que a idade biológica é como a
psicológica [...]”, o termo em destaque inicia uma oração
subordinada temporal
C) Em “[...] Para saber tudo isso, só é necessária uma
amostra de sangue.”, o termo em destaque inicia uma
oração subordinada proporcional
D) Em “[...] tal qual Alzheimer e câncer.”, o termo em
destaque inicia uma oração subordinada adverbial
comparativa.
E) Em “[...] Quando se revelou o dado da pesquisa .”, o
termo em destaque inicia uma oração subordinada adverbial
comparativa.
9. Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do
texto CG2A1-I se o termo “Portanto” fosse substituído por
A) Conquanto. B) Contanto. C) Logo.
D) No entanto. E) Outrossim.
10. A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino
de qualidade” (R. expressa circunstância de
A) finalidade. B) causa. C) modo.
D) proporção. E) concessão
11. As pessoas, que nos maltratam, devem ser ignoradas,
mesmo que essa atitude seja difícil.
Para que a oração grifada conserve seu sentido original, ela
poderia ser redigida da seguinte forma:
A) ... desde que essa atitude seja difícil.
B) ... porque essa atitude é difícil.
C) ... a menos que essa atitude seja difícil.
D) ... ainda que essa atitude seja difícil
E) ... contanto que essa atitude seja difícil.
12. O “se” (grifado), no enunciado “se tivéssemos ficado no
campo, com os camponeses de Millet.” , apresenta
semelhante função e sentido em
A) “Somos, portanto, especialmente sensíveis ao fim do dia,
cujo espetáculo acarreta consigo a lembrança dolorosa do
fim de nossa jornada, que se aproxima.”
B) “A modernidade se define pela viagem,...”.
C) “...e também a hora que fere de amor o novo viajante, se
ele ouve de longe um sino que parece chorar o dia em que
está morrendo.”
D) “Pelo gênio de Dante, o desejo dos navegantes não é,
como se esperaria, o anseio de novas terras no horizonte de
sua viagem.”
E) “Sobre que perdas se funda a subjetividade moderna...”.
13. O “se” (grifado), no enunciado “se tivéssemos ficado no
campo, com os camponeses de Millet.” , apresenta
semelhante função e sentido em
A) “Somos, portanto, especialmente sensíveis ao fim do dia,
cujo espetáculo acarreta consigo a lembrança dolorosa do
fim de nossa jornada, que se aproxima.”
B) “A modernidade se define pela viagem,...”.
C) “...e também a hora que fere de amor o novo viajante, se
ele ouve de longe um sino que parece chorar o dia em que
está morrendo.”
D) “Pelo gênio de Dante, o desejo dos navegantes não é,
como se esperaria, o anseio de novas terras no horizonte de
sua viagem.”
E) “Sobre que perdas se funda a subjetividade moderna...”.
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14 No trecho “Apesar de séculos de relatos
impressionantes, como os de Marcelo, a paranormalidade
ainda é um mistériocientífico.” , a locução conjuntiva apesar
de expressa a ideia de
A) concessão. B) causa. C) tempo.
D) condição. E) finalidade.
15 No enunciado “Mas não, o julgamento não é político,
embora envolva políticos.” , a relação concessiva entre os
argumentos refuta o caráter político do julgamento do
mensalão. Considerando-se a organização sintático-
semântica do enunciado, uma outra construção equivalente
a essa seria:
A) Mas não, o julgamento não é político, mas envolve
políticos.
B) Mas não, o julgamento não é político, todavia envolve
políticos.
C) Mas não, o julgamento não é político, contudo envolve
políticos.
D) Mas não, o julgamento não é político, entretanto envolve
políticos.
E) Mas não, o julgamento não é político, apesar de envolver
políticos.
A não-aceitação
Desde que começou a envelhecer realmente começou a
querer ficar em casa. Parece-me que achava feio passear
quando não se era mais jovem: o ar tão limpo, o corpo sujo
de gordura e rugas. Sobretudo a claridade do mar como
desnuda. Não era para os outros que era feio ela passear,
todos admitem que os outros sejam velhos.
Mas para si mesma. Que ânsia, que cuidado com o corpo
perdido, o espírito aflito nos olhos, ah, mas as pupilas essas
límpidas. Outra coisa: antigamente no seu rosto não se via
o que ela pensava, era só aquela face destacada, em oferta.
Agora, quando se vê sem querer ao espelho, quase grita
horrorizada: mas eu não estava pensando nisso! Embora
fosse impossível e inútil dizer em que rosto parecia pensar,
e também impossível e inútil dizer no que ela mesma
pensava. Ao redor as coisas frescas, uma história para a
frente, e o vento, o vento... Enquanto seu ventre crescia e
as pernas engrossavam, e os cabelos se haviam
acomodado num penteado natural e modesto que se
formara sozinho.
(Lispector, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1984. p. 291)
16. O termo “embora” em “Embora fosse impossível” pode
ser substituído sem prejuízo de sentido por:
A) Contanto que. B) Desde que. C) Conforme.
D) Ainda que. E) Se.
GABARITO HERTZ – EXERCÍCIOS 02
01.D 02.C 03.B 04.C 05.A 06.A
07.B 08.D 09.C 10.A 11.D 12.C
13.C 14.A 15.E 16. D
PONTUAÇÃO
Para que servem os sinais de pontuação? No geral, para
representar pausas na fala, nos casos do ponto, vírgula e
ponto e vírgula; ou entonações, nos casos do ponto de
exclamação e de interrogação, por exemplo.
Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de
pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções,
intenções e anseios.
Vejamos aqui alguns empregos:
1. Vírgula (,)
É usada para:
a) separar termos que possuem mesma função sintática na
oração: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim,
dormiu.
Nessa oração, a vírgula separa os verbos.
b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que
se dizer!
c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio
assistir à reunião.
d) isolar termos antecipados, como complemento ou
adjunto:
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti
quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de
complemento verbal)
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos
sair! (antecipação de adjunto adverbial)
e) separar expressões explicativas, conjunções e
conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois,
porém, mas, no entanto, assim, etc.
f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de
janeiro de 2009.
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você
indicou para mim, é muito mais do que esperava.
2. Pontos
2.1 - Ponto-final (.)
É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:
a) Não quero dizer nada.
b) Eu amo minha família.
E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.
2.2 - Ponto de Interrogação (?)
O ponto de interrogação é usado para:
a) Formular perguntas diretas:
Você quer ir conosco ao cinema?
Desejam participar da festa de confraternização?
b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de
expectativa diante de uma determinada situação:
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de
indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que
mereço tudo isso? (surpresa)
Qual será a minha colocação no resultado do concurso?
Será a mesma que imagino? (expectativa)
2. 3 – Ponto de Exclamação (!)
Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes
circunstâncias:
a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos,
tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, horror,
espanto:
Iremos viajar! (entusiasmo)
Foi ele o vencedor! (surpresa)
Por favor, não me deixe aqui! (súplica)
Que horror! Não esperava tal atitude. (espanto)
Seja rápido! (ordem)
b) Depois de vocativos e algumas interjeições:
Ui! que susto você me deu. (interjeição)
Foi você mesmo, garoto! (vocativo)
c) Nas frases que exprimem desejo:
Oh, Deus, ajude-me!
Observações dignas de nota:
* Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo
tempo, questionamento e admiração, o uso dos pontos de
interrogação e exclamação é permitido. Observe:
Que que eu posso fazer agora?!
* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou
qualquer outro sentimento, não há problema algum em
repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo.
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3. Ponto e vírgula (;)
É usado para:
a) separar itens enumerados:
A Matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido por
vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou
por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
4. Dois-pontos (:)
É usado quando:
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:
Ele respondeu: não, muito obrigado!
b) se quer indicar uma enumeração:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas
estranhas, não brigue com seus colegas e não responda à
professora.
5. Aspas (“”)
São usadas para indicar:
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de
Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25
anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do
Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)
b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode
com a propaganda de “outdoor”.
6. Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho,
interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava
falando:
(...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa? (...)
b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...
7. Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito
ou para fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece
repetido e, por isso, há o predomínio de vírgulas).
8. Travessão (–)
O travessão é indicado para:
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
- Quais ideias você tem para revelar?
- Não sei se serão bem-vindas.
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo
para a elaboração deste projeto.
b) Separar orações intercaladas, desempenhando as
funções da vírgula e dos parênteses:
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante –
que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser
arriscado.
c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou
palavra:
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma
pessoa bastante esforçada.
Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando–
meu melhor amigo.
Quando surgiu a preocupação ética no homem? Em que
momento da sua história sentiu o ser humano a
necessidade de estabelecer regras definindo o certo e o
errado? O que o levou a reconhecer a importância e
indispensabilidade da fixação de normas e padrões
valorativos a serem seguidos por todos? Estas indagações,
possivelmente existentes desde que o homem começou a
pensar, têm ocupado o tempo e o esforço de elaboração
dos filósofos ao longo dos séculos. O fato é que, desde os
seus primórdios, as coletividades humanas não apenas
pactuaram normas de convivência social, mas também
foram corporificando um conjunto de conceitos e princípios
orientadores da conduta no que tange ao campo ético-
moral.
Ivan de Araújo Moura Fé. Desafios éticos. Brasília: Conselho
Federal de Medicina, 1993, p. 9 (com adaptações)
EXERCÍCIOS 03
1. Quanto aos usos dos sinais de pontuação no texto,
mantêm-se a correção gramatical e a coerência textual,
A) substituindo-se os dois primeiros sinais de interrogação
por sinais de exclamação.
B) inserindo-se vírgula logo após “sentiu”.
C) inserindo-se vírgula logo após “regras”.
D) retirando-se a vírgula logo após “indagações”.
(E) substituindo-se a vírgula logo após “que” pelo sinal de
dois-pontos.
2. No trecho No Natal e nos dias seguintes, as pessoas
queridas se tornam mais próximas. (...)”, o emprego da
vírgula justifica-se por
A) Separar elementos de mesma função sintática ligados
pelo conectivo E.
B) Separar termos que se relacionam diretamente na frase.
C) Destacar as formas de chamamento.
D) Separar oração subordinada adverbial anteposta à
oração principal.
E) Separar adjunto adverbial antecipado.
3. No período “Ó mulheres ciumentas, quando vão fazer as
pazes com a sua autoestima?”, a vírgula foi empregada para
separar
A) termos coordenados. B) expressão explicativa.
C) o sujeito do predicado. D) o vocativo.
E) o aposto.
4. No enunciado: “há transformações já em curso que serão
cada vez mais interessantes de acompanhar: os livros
infantis para tablets têm um longo e lindo caminho a
percorrer” (§ 5), o sinal de dois-pontos anuncia:
A) síntese provisória.
B) exemplificação esclarecedora. C) retificação importante.
D) conclusão parcial; E) discurso citado.
"A participação da renda pessoal na distribuição da renda
nacional deve ser aumentada, e a participação da
remuneração do trabalho na distribuição primária também
deve ser elevada", diz o comunicado de ontem.
5. Em relação à vírgula antes da palavra E no período
acima, é correto afirmar que está
(A) incorreta, pois não pode haver vírgula se houver a
palavra E.
(B) correta, pois há mudança de sujeito nas orações.
(C) incorreta, pois só estaria correta se houvesse uma
vírgula após a palavra primária.
(D) correta, por se tratar de caso de polissíndeto.
(E) correta pois isola o vocativo.
6 Em Na Argentina a proporção de imigrantes no conjunto
da população alcança 6% e nos Estados Unidos, 14%.
(linhas 34 e 35), a vírgula foi empregada para
A) indicar a ocorrência de aposto.
B) separar o vocativo do restante do enunciado.
C) indicar a ocorrência de elipse.
D) separar adjunto adverbial deslocado
E) separar local de data.
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7. A respeito do uso da vírgula no trecho “Gastrite, torcicolo,
enxaqueca, aftas, espinhas monstruosas.”, assinale a
alternativa correta.
A) A vírgula foi utilizada para isolar aposto explicativo.
B) A vírgula foi utilizada para separar a oração subordinada
adverbial.
C) Nas duas primeiras ocorrências, a vírgula separa termos
que têm a mesma função sintática; já nas demais
ocorrências, separa aposto explicativo e vovativo.
D) A vírgula foi utilizada para separar termos que têm a
mesma função.
E) A vírgula foi utilizada de forma opcional.
8. Do período: “E a orelha crescia, era cortada e crescia, e
os açougueiros trabalhavam.”, pode-se afirmar corretamente
que:
A) há inadequações no uso da vírgula.
B) a mudança do sujeito justifica a segunda vírgula.
C) a primeira vírgula marca antecipação de termo.
D) a segunda vírgula está inadequada.
E) o aposto justifica o uso das vírgulas.
9. Em “Se passasse para 21,a taxa cairia 12%”, a vírgula foi
empregada para separar
A) aposto.
B) orações coordenadas.
C) oração adverbial antecipada ao sujeito e oração
principal.
D) termos de mesmo valor sintático.
E) data.
GABARITO HERTZ – EXERCÍCIOS 03
01.C 02.E 03.D 04.B 05.B 06.C
07.D 08.B 09.C
Saiba tudo sobre concordância verbal e nominal e não tenha
mais problemas!
De acordo com Mattoso Câmara “dá-se em gramática o
nome de concordância à circunstância de um adjetivo variar
em gênero e número de acordo com o substantivo a que se
refere (concordância nominal) e à de um verbo variar em
número e pessoa de acordo com o seu sujeito
(concordância verbal). Há, não obstante, casos especiais
que se prestam a dúvidas”.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com
seu sujeito.
a) Sujeito Simples
Regra Geral
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em
número e pessoa. Veja os exemplos:
A orquestra tocou uma valsa longa.
3ª p. Singular 3ª p. Singular
Os pares que rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural 3ª p. Plural
Casos Particulares
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de
formas que fazem o falante hesitar no momento de
estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a
concordância puramente gramatical é contaminada pelo
significado de expressões que nos transmitem noção de
plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por
isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a
concordância se faz no plural:
Exemplos:
Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
Pais e filhos devem conversar com frequência.
Sujeito
2) No caso do sujeito composto posposto ao verbo,
passa a existir uma nova possibilidade de concordância:
em vez de concordar no plural com a totalidade do
sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o
núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que
isso é uma opção, e não uma obrigação.
Por Exemplo:
Faltaram coragem e competência.
Faltou coragem e competência.
3) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural
ou no singular.
Por Exemplo:
Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.
4) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva
(parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria
de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um
substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no
singular ou no plural.
Por Exemplo:
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram
nenhuma proposta interessante.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos
coletivos, quando especificados:
Por Exemplo:
Um bando de vândalos destruiu / destruíram o
monumento.
Exemplos:
Os Estados Unidos determinam o fluxo da atividade
econômica do mundo.
Alagoas impressiona pela beleza das praias e pela pobreza
da população.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve
concordar com o substantivo.
Exemplos:
25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguidade substantivo, o verbo deve concordar com o número.
Veja:
25% querem a mudança.
1% conhece o assunto.
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6) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São
verbos impessoais:
Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.
Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um
substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as
palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,
adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e
particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre
nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como
núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto
adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se
refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a
concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão
nos seguintes casos:
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda em gênero e número com o
substantivo mais próximo.
Por Exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de
parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
Por Exemplo:
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou
com todos eles (assumindo forma masculino plural se
houver substantivo feminino e masculino).
Exemplos:
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
3) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função
adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se
refere.
Por Exemplo:
Cristina saiu só.
Cristina e Débora saíram sós.
4)Casos Particulares
É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É
permitido
a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
Exemplos:
É proibido entrada de crianças.
Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado
por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o
adjetivo concordam com ele.
Exemplos:
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima.
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
c)Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número
com o substantivo ou pronome a que se referem. Observe:
Seguem anexas as documentações requeridas.
A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Seguem inclusos os papéis solicitados.
Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.
Bastante - Caro - Barato - Longe
d)Essas palavras são invariáveis quando funcionam como
advérbios. Concordam com o nome a que se referem
quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou
numerais.
Exemplos:
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho.
(pronome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco.(advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
"Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas."
(Cecília Meireles) (advérbio)
"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!"
(Cecília Meireles). (adjetivo)
Meio - Meia
e) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo,
concorda normalmente com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.
f) Quando empregada como advérbio (modificando um
adjetivo) permanece invariável.
Por Exemplo:
A noiva está meio nervosa.
Alerta – Menos
g)Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
sempre invariáveis.
Por Exemplo:
Os escoteiros estão sempre alerta.
Carolina tem menos bonecas que sua amiga.
EXERCÍCIOS 04 DE CONCORDÂNCIA NOMINAL
A renda gerada pelo país apresenta bastante opções na
linha de produção, mas não é forte sem a manifestação do
modelo fianceiro que precisa valorizar o trabalhador, pois
economia e trabalho dignos são obrigações.
1. Em relação ao trecho:, assinale a alternativa
correta.
a) O trecho apresenta dois desvios gramaticais que se
encontram nas palavras BASTANTE e DIGNOS.
b) Não há desvio de concordância no trecho.
c) O termo DIGNOS está de acordo com as regras de
concordância nominal estabelecidas pela norma culta.
d) O termo DIGNOS não segue os padrões
gramaticais.
e) A concordância foi mantida de acordo com as
regras gramticais da língua.
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2. O termo BASTANTE
a) Exerce função adjetiva, concordando com o nome a
que se refere.
b) Por ser invariável está de acordo com a norma
culta.
c) Exerce função adjetiva, concorda com o nome a
que se refere, porém é um advérbio no trecho apresentado.
d) Trata-se de um pronome adjetivo que deveria ser
flexionado no trecho.
e) Está de acordo com as regras de concordância
estabelecidas pela norma culta.
3. Elas _____ providenciaram os atestados, que enviaram
_____ às procurações, como instrumentos _____ para os
fins colimados.
A) mesmas, anexos, bastantes
B) mesmo, anexo, bastante
C) mesmas, anexo, bastante
D) mesmo, anexos, bastante
E) mesmas, anexos, bastante
4. Observe a concordância:
1) Entrada proibida.
2) É proibido entrada.
3) A entrada é proibida.
4) Entrada é proibido.
5) Para quem a entrada é proibido?
A) A número 5 está errada. B) A 4 e a 5 estão erradas.
C) A 2 está errada. D) Todas estão certas.
E) A 2 e a 5 estão erradas.
5. Assinale a alternativa que preenche de forma adequada e
correta as lacunas nas frases abaixo, respectivamente.
I - Seguem _____ às cartas minhas poesias para você.
II - Polvo e lula _____ serão servidos no jantar.
III - Para a matrícula, é _____ a documentação pedida.
A) anexa - frescos - necessária
B) anexas - fresca - necessária
C) anexos - frescos - necessários
D) anexas - frescas - necessária
E) anexas - fresco - necessária
6.Assinale a alternativa que obedece às regras de
concordância nominal estabelecidas pela norma culta.
A) Era meio-dia e meio quando o prefeito chegou para
inaugurar a ciclovia.
B) Calvin voltou para casa com as mãos e o rosto sujas,
pois caiu várias vezes da bicicleta.
C) Em grandes cidades é proibido a circulação de bicicletas
por vias expressas.
D) A ciclista está meio temerosa de andar de bicicleta pelas
ruas de São Paulo.
E) O ciclismo não pode ser considerado bastante vezes
como banal.
7.Assinale a sequência que completa estes períodos:
I. Ela _________ disse que não iria.
II. Vão ________ os livros.
III. A moça estava _________ aborrecida.
IV. É _________ muita atenção para atravessar a rua.
A) mesmo - anexos - meia - necessário.
B) mesma - anexos - meio - necessária.
C) mesmo - anexo - meio – necessário.
D) mesma - anexos - meio – necessário.
E) mesma - anexos - meia - necessário.
8.Assinale a alternativa que obedece às regras de
concordância nominal estabelecidas pelanorma culta.
8. Na ordem, preenchem corretamente as lacunas:
1. Justiça entre os homens é ...
2. É ... a entrada de pessoas estranhas.
3. A água gelada sempre é ...
A) necessário, proibida, gostosa.
B) necessária, proibida, gostoso.
C) necessário, proibida, gostoso.
D) necessária, proibido, gostoso.
E) necessário, proibido, gostosa.
9. Ainda ______ furiosa, mas com _________ violência,
proferia injúrias ____________ para escandalizar os mais
arrojados.
A) meia, menas, bastantes B) meia, menos, bastante
C) meio, menos, bastante D) meio, menos, bastantes
E) meio, menas, bastantes
10. Assinale a alternativa em que, pluralizando-se a frase,
as palavras destacadas permanecem invariáveis:
A) Este é o meio mais exato para você resolver o problema:
estude só.
B) Meia palavra, meio tom – índice de sua sensatez.
C) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em
sua meia promessa.
D) Só estudei o elementar, o que me
deixa meio apreensivo.
E) Passei muito inverno só.
GABARITO HERTZ – EXERCÍCIOS 04
01.C 02.D 03.A 04.A 05.B 06.D
07.B 08.A 09.D 10.D
EXERCÍCIOS 05 DE CONCORDÂNCIA VERBAL
Texto CG1A1
O sítio Arara Vermelha, também conhecido como Pedra do
Sol, é um abrigo sob rocha com um conjunto diversificado
de gravuras rupestres (marcas realizadas por pessoas nas
superfícies das rochas com ferramentas feitas de pedra
retirada de matéria rochosa), em que predominam temáticas
abstrato-geométricas, sendo as zoomorfas (formas de
animais) e as antropomorfas (formas humanas) encontradas
em menor quantidade. O sítio é uma importante fonte de
estudo para a arqueologia amazônica por ser um dos
poucos locais conhecidos na região onde há gravuras em
abrigo, associadas a um depósito sedimentar com alto
potencial arqueológico e bem preservado. Internet: (com
adaptações)
1. A correção gramatical e o sentido do texto CG1A1-I
seriam mantidos caso a forma verbal “há”, em “há gravuras
em abrigo”, fosse substituída por
A) podem haver. B) tinham. C) existiu.
D) existem. E) existiram.
Texto CG1A1-II
Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n.º
13.709/2018), dados pessoais são informações que podem
identificar alguém. Dentro desse conceito, foi criada uma
categoria chamada de “dado sensível”, que diz respeito a
informações sobre origem racial ou étnica, convicções
religiosas, opiniões políticas, saúde ou vida sexual.
Registros como esses, a partir da vigência da lei, passam a
ter nível maior de proteção, para evitar formas de
discriminação. Todas as atividades realizadas no país e
todas as pessoas que estão no Brasil estão sujeitas à lei. A
norma vale para coletas operadas em outro país, desde que
estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a
brasileiros. Mas há exceções, como a obtenção de
informações pelo Estado para a segurança pública.
Ao coletar um dado, as empresas deverão informar a
finalidade da coleta. Se o usuário aceitar repassar suas
informações, o que pode acontecer, por exemplo, quando
ele concorda com termos e condições de um aplicativo, as
companhias passam a ter o direito de tratar os dados
(respeitada a finalidade específica), desde que em
conformidade com a legislação. A lei prevê uma série de
obrigações, como a garantia da segurança das informações
e a notificação do titular em caso de um incidente de
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segurança. A norma permite a reutilização dos dados por
empresas ou órgãos públicos, em caso de “legítimo
interesse”.
Por outro lado, o titular ganhou uma série de direitos. Ele
pode, por exemplo, solicitar à empresa os dados que ela
tem sobre ele, a quem foram repassados (em situações
como a de reutilização por “legítimo interesse”) e para qual
finalidade. Caso os registros estejam incorretos, ele poderá
cobrar a correção. Em determinados casos, o titular terá o
direito de se opor a um tratamento. A lei também prevê a
revisão de decisões automatizadas tomadas com base no
tratamento de dados, como as notas de crédito ou os perfis
de consumo.
2. Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original
do texto CG1A1-II, a forma verbal “há” poderia ser
substituída por
A) existem.
B) existe.
C) ocorre.
D) têm.
E) tem
3. Assinale a alternativa cujos verbos substituem, correta,
respectivamente e sem prejuízo para o sentido do texto, os
termos em destaque:
Há vários modelos de e-bikes disponíveis no mercado e há
meses que algumas metrópoles já vêm se adaptando a esse
novo meio de transporte.
(A) Tem ... fazem (B) Existem ... fazem
(C) Existem ... faz (D) Existe ... faz
(E) Existe... fazem
4. Ao substituir 92% por 1% em "(...) 92% conseguiram
alguma redução na dor (...)", a re-escrita do excerto ficaria
correta estrutural e semanticamente em.
A) 1% conseguiram alguma redução na dor.
B) 1% conseguiu alguma redução na dor.
C) 1% conseguiu redução alguma na dor.
D) 1 % conseguiram redução alguma na dor.
5 De acordo com a norma culta, existe outra possibilidade
de concordância verbal em
A) O governo federal já deixou bem claro que a prioridade
da educação será o ensino básico (linha 1).
B) De acordo com o artigo 206 da Constituição, as u
niversidades públicas são gratuitas, não podem cobrar
mensalidades (linhas 5 e 6).
C) “A maioria dos estudantes dessas universidades vem de
escolas pa rticulares, pod eriam paga r a mensalidade”,
avalia Marcelo Becerra, especialista líder em Educação do
Banco Mundial (linhas 16 e 17).
D) Em diferentes países, universidades cobram
mensalidades de estudantes que podem pagar e oferecem
bolsas de estudos ou políticas de financiamento para
aqueles que não têm condições (linhas 23 e 24).
E) Há excelentes defensores de ideias em cada lado da
polêmica (linha 37).
6. O verbo entre parênteses no final de cada frase deverá
ser corretamente flexionado no singular para preencher a
lacuna da frase:
A) Artistas italianos, já desde o final do século XIX, ...... à
fabricação de vitrais em São Paulo. (dedicar-se)
B) Os magníficos vitrais do Mercado Municipal ...... a força
do trabalho e o progresso de São Paulo. (atestar)
C) A história dos vitrais em São Paulo se ...... grandemente
com o desenvolvimento econômico da cidade. (relacionar)
D) Grande parte dos profissionais ...... para embelezar a
cidade. (trabalhar)
E) O material e o acervo do século XX em São Paulo se ......
em grande parte devido à onda de demolições. (perder)
7. No que respeita às regras de concordância, está correta a
seguinte frase:
A) O casal, Sr. Luís e D. Ana, dedicou dez anos ao serviço
voluntário.
B) Espero que as crianças sejam tratada da melhor maneira.
C) Fazem oito meses que frequentamos o curso para
voluntários.
D) Fui eu que organizou a palestra sobre segurança
hospitalar.
E) Haviam reuniões e palestras sobre refinanciemento.
Observe os verbos destacados nos fragmentos a seguir.
1. “entretanto no íntimo do seu caráter se HAVIAM
insensivelmente enraizado certos hábitos de orgulho”
2. “Em localidade pequena, de simples boticário a médico
não HÁ mais que um passo.”
8. Com base nas regras de concordância da norma padrão,
sobre os verbos destacados, é possível afirmar,
corretamente que:
A) no fragmento 2, o verbo concorda com o sujeito ao qual
se refere.
B) mesmo que o fragmento 2 fosse flexionado no plural,
verbo o permaneceria no singular.
C) a concordância, no fragmento 1, foi realizada à vista do
objeto direto.
D) em ambos fragmentos, os verbos destacados, por serem
auxiliares, deveriam permanecer no singular.
D) Há verbos impessoais em todos os fragmentos.
GABARITO HERTZ – EXERCÍCIOS 05
01.D 02.A 03.C 04.B 05.C 06.C
07.A 08.B