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e Resoluções
2o POLIEDRO ENEM
2o DIA | 2023
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 91 a 135
QUESTÃO 91
_ 23_ENEM_BIO_GS_L2_Q04
SARUBO, S. C. et al. “Monitoramento dos ecótonos entre manguezal e marisma e entre manguezal e vegetação de restinga”. In: TURRA, A.; DENADAI, MR. (Org.).
Protocolos para o monitoramento de hábitats bentônicos costeiros – Rede de Monitoramento de Hábitat Bentônicos Costeiros – ReBentos.
São Paulo: Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, 2015. (Adaptado)
A área de convergência entre os ecossistemas manguezal e restinga, representada por A na imagem, é denominada
ecótone. Essa área corresponde ao(a)
A uma única espécie que vive no ecossistema.
B modo de vida de um ser vivo dentro do ecossistema.
C uma área de transição entre dois ecossistemas vizinhos.
D conjunto de todos os ecossistemas do planeta.
E conjunto de fatores abióticos de uma região.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C8H28
Ecótone é uma área de transição entre dois ecossistemas. O ecótone apresenta uma transformação gradual das
características presentes nos extremos que o rodeiam.
Alternativa A: incorreta. Essa é a definição de população.
Alternativa B: incorreta. Essa é a definição de nicho ecológico.
Alternativa D: incorreta. Essa é a definição de biosfera.
Alternativa E: incorreta. Essa é a definição de biótopo.
QUESTÃO 92
_ 23_ENEM_FIS_ALC_L1_Q02
Em uma aula de Física, a professora utilizou seis esferas idênticas com diferentes cargas iniciais. A esfera A foi
colocada em contato com cada esfera restante separadamente. Em todos os contatos, a carga inicial da esfera A era a
mesma: +5 µC.
Contato Carga da outra esfera
I –4 µC
II –5 µC
III –6 µC
IV –7 µC
V –8 µC
Após alcançar o equilíbrio estático, a esfera A terá carga positiva somente após o contato
A I.
B II.
C III.
D IV.
E V.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C2H7
Após o processo de eletrização por contato, como as esferas são idênticas, a carga final de cada uma será igual à metade
da carga total do sistema. Portanto, para que a carga final de A seja positiva, o módulo de sua carga inicial deve ser maior
que o módulo da carga inicial da outra esfera. Isso ocorre somente para o contato I.
Considerando que a carga inicial de A é +5 µC, a carga final das esferas após o contato é:
Contato Carga da outra esfera Carga total do sistema Carga final
I –4 µC –4 + 5 = +1 µC +0,5 µC
II –5 µC –5 + 5 = 0 µC 0 µC
III –6 µC –6 + 5 = –1 µC –0,5 µC
IV –7 µC –7 + 5 = –2 µC –1,0 µC
V –8 µC –8 + 5 = –3 µC –1,5 µC
Alternativa B: incorreta. Após o contato II, a carga da esfera A é nula.
Alternativa C: incorreta. Após o contato III, a carga da esfera A é negativa (–0,5 µC).
Alternativa D: incorreta. Após o contato IV, a carga da esfera A é negativa (–1,0 µC).
Alternativa E: incorreta. Após o contato V, a carga da esfera A é negativa (–1,5 µC).
QUESTÃO 93
_ 23_ENEM_QUI_LS_L2_Q02
O vidro é uma forma amorfa do dióxido de silício (SiO2),
enquanto a sílica fundida é o dióxido de silício amorfo sem
impurezas. Na prática, impurezas, como o sódio (Na), são
adicionadas ao vidro para diminuir a sua temperatura de
fusão e a sua viscosidade, tornando o vidro mais fácil de
manusear em temperaturas menores.
“Why is glass transparent?”. Disponível em: <https://www.e-education.psu.edu>.
Acesso em: 10 out. 2022. (Adaptado)
Na sílica, há presença de
A ligações covalentes entre o oxigênio e o silício.
B ligações iônicas entre o oxigênio e o silício.
C ligações metálicas entre a sílica e os íons sódio.
D interações de dispersão entre os íons sódio e o silício.
E interações íon-dipolo entre o sódio e o silício.
GabariTO: a
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C7H26
Sílica é outro nome dado ao óxido de silício. O silício faz
parte da família 14 e tem propriedades muito similares ao
carbono. Por ser ametal, o silício realiza ligações covalentes
com o oxigênio, que também é ametal. No óxido de silício
(SiO2), o átomo de silício realiza uma ligação dupla com
cada átomo de oxigênio.
Alternativa B: incorreta. O dióxido de silício é formado por
ligações covalentes. A ligação iônica é formada entre um
metal e um ametal.
Alternativa C: incorreta. A sílica não se liga aos íons sódio.
Quando os íons sódio são adicionados à sílica, esses íons,
que têm muita afinidade com o oxigênio, unem-se a ele.
Alternativa D: incorreta. O que estabiliza os íons sódio na
estrutura são as ligações iônicas formadas entre os íons
Na+ e O2–.
Alternativa E: incorreta. As ligações que existem na sílica
são interatômicas, e não entre moléculas; logo, o termo
“dipolo” não faz sentido.
QUESTÃO 94
_ 23_ENEM_QUI_AQ_L2_Q01
Para explicar as propriedades e apresentar a
constituição dos átomos, físicos e teóricos desenvolveram
métodos capazes de observar a fundo as partículas,
aproveitando-se de um conhecimento adquirido e de
tecnologias de aprofundamento. Dessa forma, o campo
científico em questão obteve grandes avanços a partir
do século XIX, impulsionando cientistas a projetar novas
ideias e projetar conceitos sobre o que realmente acontece
no interior da estrutura atômica. Em 1808, um cientista
oficializou o conceito de átomo que seria levado à frente nos
estudos mais importantes do departamento. Segundo ele,
essas pequenas partículas seriam totalmente indivisíveis e
constituiriam as principais propriedades da matéria.
CUSTODIO, André Luis Dias. “Modelos atômicos: como a matéria é construída e organizada?”.
Disponível em: <https://www.megacurioso.com.br>.
Acesso em: 6 out. 2022. (Adaptado)
O cientista que, em 1808, postulou os princípios descritos
no texto foi
A Niels Bohr.
B John Dalton.
C Albert Einstein.
D Ernest Rutherford.
E Joseph John Thomson.
GabariTO: b
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C1H3
Em 1808, John Dalton propôs a primeira teoria atômica para
explicar a composição da matéria. Para ele, toda matéria
era constituída de átomos, partículas maciças e indivisíveis,
semelhantes a uma bola de bilhar. Os átomos de um mesmo
elemento teriam a mesma propriedade, enquanto átomos
de elementos diferentes teriam propriedades diferentes.
Alternativa A: incorreta. Depois de Rutherford, Bohr propôs
um modelo atômico de acordo com o qual os elétrons de
um átomo estão distribuídos em camadas ao redor de seu
núcleo. Os elétrons movem-se em sentidos circulares,
cujas órbitas têm energias definidas.
Alternativa C: incorreta. Albert Einstein não tem relação
com os modelos atômicos. Ele foi um físico que desenvolveu
a teoria da relatividade geral.
Alternativa D: incorreta. Depois de Thomson, Rutherford
propôs um modelo atômico de acordo com o qual os átomos
eram formados por um núcleo muito pequeno carregado
positivamente (no centro do átomo) e muito denso, rodeado
por uma região comparativamente grande onde estariam
os elétrons, semelhante a um sistema planetário.
Alternativa E: incorreta. Depois de Dalton, Thomson
propôs um modelo atômico de acordo com o qual o átomo
seria uma esfera de massa homogênea de carga positiva
com elétrons (partículas negativas) incrustados nela,
semelhante a um pudim de passas.
QUESTÃO 95
_ 23_ENEM_BIO_GS_L2_Q02
Disponível em: <https://www.instagram.com/quadrinhorama>. Acesso em: 12 set. 2022.
Adenina, guanina e timina constituem uma biomolécula que
desempenha diversas funções na célula. Essa biomolécula
A exerce a leitura de uma sequência de RNA mensageiro.
B participa da replicação de uma cadeia de aminoácidos.
C atua na síntese direta de novos aminoácidos.
D realiza a tradução de uma sequência de DNA.
E serve como molde para a transcrição de uma fita de
RNA.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C4H14
A tirinha faz uma sátira com as bases nitrogenadas que
constituem a molécula de DNA (adenina, guanina e
timina). O DNA desempenha diversas funções, entre elas
a transcrição, processo no qual a sequência de DNA serve
como molde para gerar uma fita de RNA mensageiro
(RNAm), que posteriormenteorienta a síntese de proteínas.
Alternativa A: incorreta. A leitura do RNAm é feita pelo
ribossomo ou pelo RNA ribossomal.
Alternativa B: incorreta. A replicação é a formação de
novas fitas de DNA. Aminoácidos formam as proteínas pela
tradução da molécula de RNAm.
Alternativa C: incorreta. O DNA não está envolvido
diretamente na síntese de aminoácidos.
Alternativa D: incorreta. A tradução é a síntese de
proteínas, que ocorre pela leitura da sequência de RNAm.
A síntese de DNA é chamada de replicação.
QUESTÃO 96
_ 23_ENEM_BIO_JU_L2_Q01
Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br>. Acesso em: 5 out. 2022.
Na imagem, à esquerda, há um dente fossilizado de um
tubarão megalodonte (Otodus megalodon) descoberto
em 1875 e, à direita, há um dente de um tubarão-branco
moderno. A comparação entre fósseis e estruturas
pertencentes a animais atuais
A atém-se somente à conservação de restos de
organismos.
B possibilita a construção de relações evolutivas ao longo
do tempo.
C permite a identificação de parentesco pela embriologia
comparada.
D limita-se ao estudo de estruturas vestigiais ao longo da
escala evolutiva.
E necessita do estudo de grandes porções do fóssil para
análises comparativas.
GabariTO: b
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C4H16
A comparação entre fósseis possibilita a construção de
relações evolutivas cada vez mais confiáveis e próximas
da realidade que existiu e da que permanece atualmente.
É com base neles e em outras evidências evolutivas, como
o estudo de semelhanças bioquímicas, que as relações
entre organismos atuais e extintos podem ser traçadas com
maior eficiência.
Alternativa A: incorreta. Os fósseis podem ser vestígios
e restos de seres vivos. Os vestígios correspondem às
pegadas, fezes, marcas de mordidas, entre outros; os
restos de seres vivos compõem-se de partes moles (como
músculos) e partes duras (como ossos).
Alternativa C: incorreta. É possível traçar relações de
parentesco entre os organismos por meio da comparação
de embriões. A embriologia comparada pode levar em
conta organismos atuais e não necessita de fósseis.
Alternativa D: incorreta. Nem todo fóssil encontrado indica
a presença de estruturas vestigiais.
Alternativa E: incorreta. Raramente, encontra-se um fóssil
inteiro. Na realidade, na maioria das vezes, organismos
inteiros são “reproduzidos” com base em pequenas partes
dos organismos encontrados.
QUESTÃO 97
_ 21_ENEM_BIO_GS_L2_Q06
A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico mais
recente do IBGE mostra que a cobertura no Brasil do
esgotamento sanitário por rede coletora passou de 55,2%
em 2008 para 60,3% em 2017. No entanto, em 39,7%
dos municípios, não havia oferta do serviço. Havia, em
2017, 35,3 milhões de economias residenciais ativas com
esgotamento (domicílio onde houve pagamento de conta
e/ou coleta de esgoto) no país, um crescimento de 39,2%
em relação a 2008 (25,4 milhões). Mesmo assim, o país
ainda tinha 34,1 milhões de domicílios sem esgotamento
por rede em 2017.
“PNSB 2017: Abastecimento de água atinge 99,6% dos municípios, mas esgoto chega a
apenas 60,3%”. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br>.
Acesso em: 18 out. 2022. (Adaptado)
O aumento da cobertura do esgotamento sanitário pode
diminuir a taxa de transmissão de diversas parasitoses,
como a
A amebíase e a giardíase.
B malária e a leishmaniose.
C malária e a toxoplasmose.
D leishmaniose e a giardíase.
E tricomoníase e a doença de Chagas.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C8H30
A amebíase e a giardíase são protozooses cuja via de
transmissão consiste na ingestão de água e de alimentos
contaminados com os cistos do protozoário, os quais são
eliminados nas fezes de pessoas infectadas. Assim, o
aumento na porcentagem da cobertura do esgotamento
sanitário – ou seja, o saneamento básico – é uma medida
profilática dessas duas doenças.
Alternativas B e D: incorretas. A malária é transmitida
pela picada da fêmea do mosquito Anopheles sp., e
a leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito
Lutzomyia sp.
Alternativa C: incorreta. A malária é transmitida pela
picada da fêmea do mosquito Anopheles sp. contaminada
com o protozoário do gênero Plasmodium. A toxoplasmose
pode ser transmitida pela ingestão de água ou de alimentos
contaminados com os oocistos esporulados, presentes nas
fezes de gatos e de outros felídeos, ou de carnes cruas ou
malpassadas que abrigam os cistos do protozoário.
Alternativa E: incorreta. A tricomoníase é transmitida
por vias sexuais. A doença de Chagas é transmitida
principalmente pela deposição de fezes no local da picada
do barbeiro contaminado com o protozoário.
QUESTÃO 98
_ 23_ENEM_QUI_MS_L2_Q01
Em seu esforço para chegar a uma classificação,
Mendeleev trabalhou durante anos na sistematização do
conhecimento sobre os elementos químicos disponível
em sua época, e seus esforços foram precedidos pelos
de diversos outros estudiosos. É preciso também levar
em consideração que a classificação periódica requer
uma concepção de elemento químico que a torne possível
[…]. É possível ilustrar, assim, como o conhecimento
científico não surge pronto e acabado como grandes feitos
dos “gênios”, mas está sujeito continuamente a críticas,
elaborações e reformulações. Não resulta, portanto, de
revelações em sonhos ou adivinhações inspiradas, mas
do trabalho cotidiano, diligente e criativo de milhares de
cientistas no mundo inteiro.
PORTO, Paulo Alves; QUEIROZ, Salete Linhares. “Sesquicentenário da tabela periódica de
Mendeleev”. Química Nova na Escola, v. 41, n. 2, 2019.
Em 2019, comemoraram-se os 150 anos de elaboração
da tabela periódica de Mendeleev, considerada a base da
classificação periódica moderna. O desenvolvimento dessa
importante ferramenta permite analisar o(a)
A importância do senso comum como mediador das
descobertas científicas, sobretudo na tabela periódica.
B papel preponderante da genialidade e do acaso na
realização de grandes descobertas de cunho científico.
C caráter democrático da Ciência, uma vez que todos
podem impor seus pontos de vista às observações
experimentais.
D influência exercida por grandes autoridades da área
acadêmica, cujas concepções validam ou refutam os
dados científicos.
E construção histórica e não linear da Ciência, realizada
pelo trabalho sistemático de diversos cientistas
envolvidos nas pesquisas.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C1H3
A tabela periódica é o resultado da evolução, nem sempre
linear, de conceitos resultantes de descobertas e de
análises experimentais, das quais participaram diversos
cientistas.
Alternativa A: incorreta. O senso comum não pode servir
de mediador para as descobertas científicas, já que ele não
se fundamenta em parâmetros técnicos ou metodológicos
inerentes à Ciência.
Alternativa B: incorreta. A genialidade e o acaso são
exceções, e não regras, no trabalho científico.
Alternativa C: incorreta. A Ciência é democrática, pois
todos podem participar de sua construção. No entanto, não
existe imposição de pontos de vista.
Alternativa D: incorreta. O papel da autoridade não é
considerado na Ciência. Cientistas famosos ou anônimos
precisam, da mesma maneira, validar seus argumentos
com base nas ferramentas do método científico.
QUESTÃO 99
_ 23_ENEM_QUI_EW_L2_Q02
Os compostos orgânicos voláteis (COV) são compostos
que têm alta pressão de vapor e que, por isso, são altamente
voláteis, espalhando-se na forma gasosa e deixando
seu odor característico pelo ambiente. O quadro a seguir
apresenta alguns COV e as suas respectivas temperaturas
de fusão e de ebulição a 1 atm. Os compostos mais voláteis
têm, via de regra, menores temperaturas de ebulição para
as mesmas condições de pressão.
Substância Temperatura
de fusão (°C)
Temperatura de
ebulição (°C)
Benzeno 5,5 80,1
Naftaleno 80,0 218,0
Pentan-1-ol –78,0 138,0
Dicloroetano –36,0 83,5
Triclorometano –64,0 61,2
Entre os COV apresentados no quadro, o que deixa menos
odorpelo ambiente é o
A benzeno.
B naftaleno.
C pentan-1-ol.
D dicloroetano.
E triclorometano.
GabariTO: b
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H17
Os compostos orgânicos voláteis com maiores temperaturas
de ebulição tendem a ser menos voláteis. Com isso, passam
menos para a fase de vapor, o que minimiza o odor no
ambiente. O naftaleno (temperatura de ebulição = 218 °C)
é o composto menos volátil entre os COV apresentados.
Alternativa A: incorreta. O benzeno não tem a maior
temperatura de ebulição e, portanto, não é o menos volátil
entre os COV apresentados.
Alternativa C: incorreta. O pentan-1-ol não tem a maior
temperatura de ebulição e, portanto, não é o menos volátil
entre os COV apresentados.
Alternativa D: incorreta. O dicloroetano não tem a maior
temperatura de ebulição e, portanto, não é o menos volátil
entre os COV apresentados.
Alternativa E: incorreta. O triclorometano tem a menor
temperatura de ebulição e é, portanto, o mais volátil e o
que deixa mais odor no ambiente.
QUESTÃO 100
_ 23_ENEM_QUI_EW_L2_Q06
A CoronaVac, vacina utilizada no Brasil para o combate
ao vírus da covid-19, é uma vacina de vírus inativado que
contém hidróxido de alumínio (Al(OH)3). Tanto o hidróxido
de alumínio como outros sais de alumínio são usados em
vacinas há mais de 50 anos. Os componentes à base
de alumínio são usados como adjuvantes para ajudar os
antígenos das vacinas inativadas a despertar uma resposta
mais robusta de proteção do sistema imunológico. O
hidróxido de alumínio é um dos adjuvantes mais usados e
liberados para o uso em seres humanos em todo o mundo,
é seguro e, segundo inúmeros estudos científicos, não
causa problemas de saúde nas pequenas quantidades
utilizadas nas vacinas.
Disponível em: <https://www.unicamp.br>. Acesso em: 10 out. 2022. (Adaptado)
Cada dose de CoronaVac contém cerca de 225 µg
de hidróxido de alumínio. Considere que 1 µg equivale a
1 ⋅ 10–6 g, que a massa molar do hidróxido de alumínio e
a do alumínio são respectivamente iguais a 78 g ⋅ mol–1
e 27 g ⋅ mol–1 e que a constante de Avogadro é igual a
6,0 ⋅ 1023 mol–1.
Qual é o número aproximado de íons alumínio (Al3+) injetado
em uma pessoa que toma uma dose da CoronaVac?
A 1,73 ⋅ 1018
B 2,25 ⋅ 1017
C 5,00 ⋅ 1018
D 6,08 ⋅ 1017
E 7,79 ⋅ 1017
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H19
Em 1 mol de hidróxido de alumínio, que corresponde a 78 g,
há 1 mol de íons alumínio, que corresponde a 27 g. Em
uma dose da CoronaVac, que contém 225 µg = 225 ⋅ 10–6 g
de Al(OH)3, a massa de íons alumínio presente é:
1
78
225 10
1
27
3
3
6
3
3mol de A OH
g de A OH
g de A OH
mol de A
g de
� �
� �
� � ��
�
AA
m
m g de A g de A
3
6
6 3 3225 10 27
78
77 9 10 77 9
�
�
� � ��
� �
� � �, , �
A quantidade de íons Al3+ presente nessa massa é:
1
27
77 9 10
6 10
6 10
3
3
6 3
23 3
23
mol de A
g de A
g de A
íons A
íon
�
�
� �
�
�
�
�
,
ss A
N
N íons A
3
6 23
17 18 377 9 10 6 10
27
17 3 10 173 10
�
�
��
� � �
� � � �
, , ,
Alternativa B: incorreta. Desconsiderando a notação
científica, essa é a massa de hidróxido de alumínio presente
em cada dose da vacina.
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o número de íons alumínio presente em cada dose
da vacina seria dado pela multiplicação entre a massa
de hidróxido de alumínio de cada dose e o número de
Avogadro e, posteriormente, dividiu-se o resultado desse
produto pela massa molar do alumínio.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o número de íons alumínio presente em cada dose
da vacina seria dado pela multiplicação entre a massa de
hidróxido de alumínio de cada dose e a massa molar do
alumínio.
Alternativa E: incorreta. Desconsiderando a notação
científica, essa é a massa de íons alumínio presente em
cada dose da vacina.
QUESTÃO 101
_ FIS201808080213
Durante uma aula laboratorial de Física, um aluno
realizou um experimento com cinco materiais (A, B, C,
D e E) para identificar a tendência de cada um deles em
adquirir carga negativa ou positiva durante o processo
de eletrização por atrito. No quadro, estão descritos os
processos realizados e os resultados observados. Entre
cada processo, os materiais foram neutralizados. O aluno
sabia previamente que o material A sempre perde elétrons.
Processos Resultado
observado
1) Atrito entre A e B e atrito entre C e D.
Aproximação dos materiais B e D.
Repulsão entre
B e D
2) Atrito entre A e C e atrito entre B e D.
Aproximação dos materiais B e C.
Repulsão entre
B e C
3) Atrito entre A e E e atrito entre B e C.
Aproximação dos materiais A e B.
Atração entre
A e B
4) Atrito entre B e E e atrito entre A e D.
Aproximação dos materiais D e E.
Atração entre
D e E
O material com maior tendência a adquirir carga negativa
é o
A A.
B B.
C C.
D D.
E E.
GabariTO: b
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C2H7
Como o material A sempre perde elétrons, ele tende a
sempre ficar positivo. No processo de eletrização por atrito,
os materiais ficam com cargas opostas. Considerando
essa informação, tem-se:
Processo Cargas Resultado
observado
1 A: positivo; B: negativo;
C: positivo; D: negativo.
Repulsão entre
B e D
2 A: positivo; B: negativo;
C: negativo; D: positivo.
Repulsão entre
B e C
3 A: positivo; B: negativo;
C: positivo; E: negativo.
Atração entre
A e B
4 A: positivo; B: negativo;
D: negativo; E: positivo.
Atração entre
D e E
Considerando o processo 1, a tendência a ficar com carga
negativa é A < C < B < D ou A < C < D < B. Considerando
o processo 2, a tendência a ficar com carga negativa é
A < D < C < B ou A < D < B < C. Considerando o processo
3, a tendência a ficar com carga negativa é A < C < E < B
ou A < C < B < E. Considerando o processo 4, a tendência
a ficar com carga negativa é A < E < B < D ou A < E < D < B.
Considerando todos os processos, a tendência a ficar com
carga negativa é A < C < D < E < B. Em todos os processos,
o material B é o que sempre fica negativo; portanto, esse
material é o que tem a maior tendência a ganhar elétrons e
a adquirir carga negativa.
Alternativa A: incorreta. Como o material A sempre perde
elétrons, ele é o material com a maior tendência a adquirir
carga positiva.
Alternativa C: incorreta. O material C tem a tendência a
adquirir carga positiva, como nos processos 1 e 3.
Alternativa D: incorreta. O material D tem a tendência a
adquirir carga positiva, como no processo 2.
Alternativa E: incorreta. O material E tem a tendência a
adquirir carga positiva, como no processo 4.
QUESTÃO 102
_ 23_ENEM_QUI_EW_L2_Q04
Os combustíveis fósseis são não renováveis, pois
não conseguem ser recuperados em um curto espaço de
tempo, ao contrário dos combustíveis renováveis, que são
gerados, consumidos e recuperados no meio ambiente.
Os compostos orgânicos presentes em reservas fósseis
não participam diretamente do ciclo do carbono. Quando
queimados no meio ambiente, os combustíveis fósseis
passam a acrescentar uma massa de carbono que não
estava inicialmente presente no ciclo biogeoquímico
correspondente, o que causa o aumento da concentração
de gás carbônico atmosférico.
Nas reservas fósseis, considerando que elas são um
sistema fechado, o fato de os compostos orgânicos não
participarem do ciclo do carbono é comprovado pela lei de
A Proust, uma vez que as reações de combustão seguem
proporções fixas.
B Charles, uma vez que as reações de combustão
ocorrem à pressão constante.
C Gay–Lussac, uma vez que os volumes gasosos de
reagentes e de produtos seguem proporções fixas.
D Dalton, uma vez que podem ser formados diferentes
produtos mediante a variação da quantidade de um
reagente.
E Lavoisier, uma vez que, em um sistema fechado,
a massa dos produtos das reações deve ser igual à
massa dos reagentes.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C3H10
Em reservas fósseis, os combustíveis não estão integrados
ao ciclo do carbono no meio ambiente, poisestão
armazenados em sistemas fechados. Isso indica que não
há reações acontecendo com esses combustíveis que
impactam o ciclo do carbono no meio ambiente. Portanto,
a lei de Lavoisier é a única que explica esse conceito
de combustível não renovável, uma vez que eles estão
armazenados em sistemas fechados e não impactam o
meio ambiente enquanto lá estiverem.
Alternativa A: incorreta. Embora o conceito da lei de
Proust esteja correto, a lei em si não explica a distinção
entre combustíveis renováveis e não renováveis.
Alternativa B: incorreta. Embora o conceito da lei de
Charles esteja correto, a lei em si não explica a distinção
entre combustíveis renováveis e não renováveis.
Alternativa C: incorreta. Embora o conceito da lei de Gay–
Lussac esteja correto, a lei em si não explica a distinção
entre combustíveis renováveis e não renováveis.
Alternativa D: incorreta. Embora o conceito da lei de
Dalton esteja parcialmente correto, a lei em si não explica a
distinção entre combustíveis renováveis e não renováveis.
QUESTÃO 103
_ 23_ENEM_QUI_LS_L2_Q05
O óxido de magnésio (MgO) é uma substância muito
utilizada na indústria alimentícia e no agronegócio. Ele é
obtido por meio da calcinação do carbonato de magnésio
(MgCO3), que é um processo endotérmico e que envolve a
reação de decomposição térmica do carbonato de magnésio
em óxido de magnésio e dióxido de carbono (CO2):
MgCO3(s) + Calor → MgO(s) + CO2(g)
No quadro a seguir, estão indicados os dados obtidos
em três experimentos que consistiram na calcinação de três
amostras de carbonato de magnésio com um rendimento de
100%. Os dados das massas de dióxido de carbono e óxido
de magnésio dos experimentos II e III, respectivamente,
não foram determinados.
Experimento MgCO3 MgO CO2
I 8,4 g 4,0 g 4,4 g
II 21,0 g 10,0 g X
III 37,8 g Y 19,8 g
A massa total de óxido de magnésio obtida nos três
experimentos é, em grama, igual a
A 10,0.
B 18,0.
C 32,0.
D 35,2.
E 67,2.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C3H8
Sabendo que o rendimento das reações é de 100%, elas
vão obedecer às leis de Lavoisier e de Proust. Em todos
os experimentos, a razão entre as massas das substâncias
será sempre a mesma, independentemente da massa que
vai reagir, e a massa do reagente será igual à soma das
massas dos produtos. A razão em massa do MgCO3 entre
o experimento II e I é de 2,5 21
8 4
2 5
,
,��
�
�
�
�
�. Portanto, a massa
de MgO no experimento II será 4 ⋅ 2,5 = 10 g e a de CO2 será
4,4 ⋅ 2,5 = 11 g. Com relação ao experimento III, a razão em
massa entre os experimentos III e I é de 4,5 37 8
8 4
4 5,
,
,��
�
�
�
�
�.
Dessa forma, a massa de MgO obtida no experimento III é
4 ⋅ 4,5 = 18 g e a de CO2 é 4,4 ⋅ 4,5 = 19,8 g.
Aplicando a lei de Lavoisier, para o experimento I,
8,4 g = 4 g + 4,4 g; para o experimento II, 21 g = 10 g + 11 g;
para o experimento III, 37,8 g = 18 g + 19,8 g.
Experimento MgCO3 MgO CO2
I 8,4 g 4,0 g 4,4 g
II 21,0 g 10,0 g 11,0 g
III 37,8 g 18,0 g 19,8 g
Logo, a massa total de MgO obtida em todos os
experimentos é 4,0 + 10,0 + 18,0 = 32,0 g.
Alternativa A: incorreta. Essa é a massa de óxido de
magnésio obtida no experimento II.
Alternativa B: incorreta. Essa é a massa de óxido de
magnésio obtida no experimento III.
Alternativa D: incorreta. Essa é a massa total de dióxido
de carbono obtida em todos os experimentos.
Alternativa E: incorreta. Essa é a massa total de produtos
obtida em todos os experimentos.
QUESTÃO 104
_ 23_ENEM_FIS_TD_L2_Q04
O microscópio de força atômica (AFM) tem como
objetivo gerar imagens morfológicas das amostras com
base na detecção de forças de atração ou de repulsão entre
a ponta do equipamento e o material a ser estudado. Uma
sonda extremamente fina, de poucos nanômetros, interage
com a amostra e faz uma varredura por uma área e com os
parâmetros pré-ajustados, como o modo de operação com o
qual será utilizado, a frequência de varredura e a resolução
de imagem. Com isso, a área varrida pela sonda é enviada
para um computador, em que um sistema complexo gera
uma imagem topográfica da amostra.
PEDROSO, Glauber. Microscópio de força atômica: uma ferramenta útil no universo
manométrico. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Física) –
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. (Adaptado)
O microscópio de força atômica funciona com base em
uma força
A de repulsão entre o núcleo atômico da amostra e uma
ponta do equipamento, carregados com carga de
mesmo sinal.
B de atração entre o núcleo atômico da amostra e a ponta
do equipamento, carregados com carga de mesmo
sinal.
C que é diretamente proporcional à distância entre o
núcleo atômico da amostra e a ponta do equipamento.
D que depende somente da carga do núcleo atômico da
amostra.
E que depende somente da carga da ponta do
equipamento.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C1H2
O microscópio de força atômica funciona com base na
força de atração ou de repulsão entre o núcleo atômico da
amostra e a ponta do equipamento. Cargas de mesmo sinal
sofrem força de repulsão, e cargas de sinais contrários
sofrem força de atração. A intensidade dessa força é dada
pela lei de Coulomb:
F
K Q Q
d
�
� �1 2
2
Logo, a intensidade da força depende da carga do núcleo
atômico da amostra e da carga da ponta e é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre eles.
Alternativa B: incorreta. A força de atração ocorre entre
cargas de sinais diferentes.
Alternativa C: incorreta. A intensidade da força elétrica é
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre
o núcleo atômico da amostra e a ponta do equipamento.
Alternativas D e E: incorretas. A intensidade da força
elétrica depende da carga do núcleo atômico da amostra e
da carga da ponta do equipamento.
QUESTÃO 105
_ 23_ENEM_QUI_AQ_L2_Q03
Uma cisterna é um depósito ou reservatório que serve
para captar, armazenar e conservar a água semelhante
a uma caixa-d’água, podendo ser água potável, água
da chuva ou água de reúso. No caso da água da chuva,
por ter origem pluvial, a água coletada pela cisterna não
é considerada potável, ou seja, não é adequada para
consumo humano, mas pode ser destinada para muitas
atividades domésticas. […] No caso de uma cisterna
menor, ela pode ser acoplada diretamente nas calhas
para a captação da água. A água da chuva é levada pelas
calhas a um filtro, em que as impurezas, como folhas
ou pedaços de galhos, são eliminadas mecanicamente.
[…] É bom procurar também por uma cisterna com uma
torneira em sua parte inferior para facilitar a utilização e
limpeza posterior.
“Cisterna: o que é, como funciona e benefícios”.
Disponível em: <https://www.ecycle.com.br>. Acesso em: 6 out. 2022. (Adaptado)
A remoção do material sólido da água da chuva em uma
cisterna menor é feita pelo processo de
A extração.
B destilação.
C decantação.
D evaporação.
E filtração.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C1H4
O material sólido separado da água da chuva são as
impurezas, como folhas ou pedaços de galhos. A remoção
do material ocorre com o uso de um filtro, em um método de
separação de misturas chamado filtração. Os sólidos ficam
retidos no filtro, enquanto o líquido (no caso da cisterna, a
água) é obtido separadamente.
Alternativa A: incorreta. O processo de extração é utilizado
para separar diferentes compostos por suas polaridades ou
por suas propriedades químicas.
Alternativa B: incorreta. O processo de destilação separa
misturas homogêneas devido à diferença da temperatura
de ebulição dos componentes da mistura.
Alternativa C: incorreta. O processo de decantação separa
misturas heterogêneas sólido-líquido devido à diferença de
densidade dos componentes da mistura.
Alternativa D: incorreta. O processo de evaporação separa
misturas sólido-líquido ao evaporar o líquido, de forma que
somente o sólido é mantido no recipiente. Nesse processo,
o líquido não é recolhido, o que não faria sentido para uma
cisterna, cujo objetivoé armazenar água.
QUESTÃO 106
_ 23_ENEM_FIS_TD_L2_Q01
O quadro mostra os tempos, as velocidades e as acelerações parciais a cada 10 metros percorridos pelo corredor
Maurice Greene, campeão da prova final dos 100 metros rasos, no Mundial de Atletismo de 1997, em Atenas. O atleta
levou 0,13 s para sair do bloco de largada e entrar em movimento e 9,73 s para correr os 100 m; seu tempo total na prova
foi de 9,86 s. Maurice Greene estabeleceu um novo recorde para o campeonato, que foi superado posteriormente por
Asafa Powell (9,74 s) e Usain Bolt (9,58 s).
Parcial Distância
(m)
∆x (m)
xi – xi – 1
Tempo (s) ∆t (s)
ti – ti – 1
Velocidade
(m ⋅ s–1)
∆v (m/s)
vi – vi – 1
Aceleração
(m ⋅ s–2)
0 0 0 0 0 0 0
1 10 10 1,71 1,71 5,85 5,85 3,42
2 20 10 2,75 1,04 9,62 3,77 3,16
3 30 10 3,67 0,92 10,87 1,25 1,36
4 40 10 4,55 0,88 11,36 0,49 0,56
5 50 10 5,42 0,87 11,49 0,13 0,15
6 60 10 6,27 0,85 11,76 0,27 0,32
7 70 10 7,12 0,85 11,76 0,00 0,00
8 80 10 7,98 0,86 11,63 –0,13 –0,16
9 90 10 8,85 0,87 11,49 –0,14 –0,15
10 100 10 9,73 0,88 11,36 –0,13 –0,15
DUARTE, Marcos; OKUNO, Emico. Física do futebol: mecânica. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. (Adaptado)
Pelos dados apresentados no quadro, conclui-se que o atleta
A atingiu o pico de velocidade no último segundo da prova.
B aumentou sua velocidade nas três últimas parciais da prova.
C apresentou velocidade constante a partir da metade da prova.
D apresentou aceleração constante a partir da metade da prova.
E atingiu o pico de aceleração até os dois primeiros segundos de prova.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H17
Pelos dados do quadro, observa-se que o atleta atingiu o pico da aceleração por volta dos 2 s (parcial 1) e que depois foi
diminuindo a sua aceleração, chegando inclusive a ter aceleração negativa (movimento retardado) a partir dos 7 s (parciais
8, 9 e 10).
Alternativa A: incorreta. O atleta atingiu o pico de velocidade (11,76 m ⋅ s–1) entre 6 e 7 s de prova, e não no último
segundo de prova (a partir de 9 s).
Alternativa B: incorreta. Nas três últimas parciais da prova, a velocidade diminuiu com o tempo. A aceleração negativa
indica um movimento retardado.
Alternativa C: incorreta. Houve variação de velocidade, ainda que pequena, a partir da metade da prova; portanto, o
movimento não é uniforme.
Alternativa D: incorreta. A aceleração do movimento não é constante em nenhum momento da prova.
QUESTÃO 107
_ 23_ENEM_BIO_GS_L2_Q01
Os hormônios esteroides são importantes mantenedores da homeostase corporal humana, além de terem papéis
importantes no desenvolvimento e na maturação dos órgãos do feto e controlarem os ciclos reprodutivos masculinos e
femininos. Um precursor comum, o colesterol, é utilizado no metabolismo celular para a síntese dos esteroides humanos
em células endócrinas especializadas, como os testículos, os ovários e as glândulas adrenais.
DAMIÃO, B.; OLIVEIRA, C. M.; RODRIGUES, M. R. “Ações genômicas e não genômicas dos hormônios esteroides”. Revista Farmácia Generalista, v. 1, n. 2, 2019. (Adaptado)
O precursor comum dos hormônios esteroides é uma biomolécula presente no(a)
A parede de células vegetais.
B membrana de células animais.
C mitocôndria de todos os eucariotos.
D citoplasma de células animais e vegetais.
E interior de vacúolos de células especializadas.
GabariTO: b
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C4H14
O colesterol é utilizado na síntese dos hormônios esteroides. O colesterol, além de ser o precursor da testosterona e da
progesterona, é um componente estrutural da membrana plasmática de células animais.
Alternativa A: incorreta. As células vegetais não apresentam colesterol.
Alternativa C: incorreta. O colesterol tem função estrutural na membrana e está presente somente em células eucariontes
animais.
Alternativa D: incorreta. As células vegetais, que são eucariontes, não apresentam colesterol. Além disso, nas células
animais, o colesterol faz parte da membrana celular.
Alternativa E: incorreta. Vacúolos armazenam substâncias de reservas; o colesterol é um componente estrutural.
QUESTÃO 108
_ 23_ENEM_BIO_HJ_L2_Q03
A seleção natural, fenômeno identificado por Charles
Darwin e Alfred Russel Wallace, é um dos mecanismos mais
conhecidos da evolução biológica. Em poucas palavras,
evolução significa “herança com modificação”, ou seja,
os organismos apresentam variação entre si (oriunda, em
última instância, de mutações genéticas), e estas variações
são herdadas pelas gerações descendentes.
LAHR, D. J. G. “Baratas, girafas e a ciência da evolução”.
Disponível em: <https://www.revistaquestaodeciencia.com.br>. Acesso em: 4 out. 2022.
Do ponto de vista evolutivo, as variações entre os
organismos
A são selecionadas pelo ambiente e podem permanecer
na população se oferecerem alguma vantagem
adaptativa.
B são selecionadas pelo ambiente e perduram ao longo
das gerações somente se passarem por reprodução
sexuada.
C são selecionadas pelo ambiente e perduram ao longo
das gerações somente se não interferirem no processo
adaptativo.
D acontecem aleatoriamente e são selecionadas pelo
ambiente somente se a espécie em questão realizar
reprodução sexuada.
E acontecem de forma direcional para que caraterísticas
adaptadas ao ambiente possam ser selecionadas.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C4H16
As variações entre os indivíduos de uma população
acontecem aleatoriamente e podem permanecer ao longo
das gerações se fornecerem vantagens adaptativas ao
ambiente em que os indivíduos se encontram.
Alternativas B e D: incorretas. Espécies que não realizam
reprodução sexuada também passam pelo processo
evolutivo e por seleção natural.
Alternativa C: incorreta. Pode-se dizer que a variação
genética sofreu seleção natural se ela ofereceu
vantagem ou desvantagem adaptativa ao indivíduo de
uma população. Se ela tiver sido vantajosa, a variação
permanece e pode se manter ao longo das gerações. Se for
negativa à adaptabilidade do indivíduo, ela é eliminada da
população. Se for neutra, ela pode, ao acaso, permanecer
ou não na população.
Alternativa E: incorreta. As variações entre os organismos
ocorrem ao acaso, ou seja, não são direcionais.
QUESTÃO 109
_ 23_ENEM_FIS_TH_L1_Q01
Uma empresa de pequeno porte em logística de bebidas
oferece transporte para clientes na região metropolitana de
Minas Gerais. Devido ao aumento no preço do diesel de
R$ 1,90 (em agosto de 2020) para R$ 5,40 (em agosto de
2022) na região, como medida de gestão orçamentária, a
empresa decidiu trocar a sua frota de veículos de vans para
carros a partir de agosto de 2022. A van e o carro utilizam,
respectivamente, diesel e gasolina como combustível.
Em agosto de 2022, para transportar os produtos
da empresa, o carro percorreu um trajeto completo,
cujas características estão descritas no quadro. Quando
a empresa utilizava a van, o automóvel percorria esse
mesmo trajeto completo. Considere que a distância média
percorrida pela van e pelo carro por litro de combustível
consumido é, respectivamente, 8,50 km e 12,5 km e que
o preço da gasolina em agosto de 2022 foi de R$ 5,74.
Trajeto completo Velocidade
média (km ⋅ h–1) Tempo (min)
Trecho 1 40 15
Trecho 2 60 40
Trecho 3 42 50
Em agosto de 2022, o ganho financeiro da empresa em
relação aos gastos de transporte utilizando o carro em vez
da van no trajeto descrito foi de, aproximadamente,
A R$ 3,20.
B R$ 5,71.
C R$ 14,97.
D R$ 20,03.
E R$ 35,00.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C6H20
Para calcular o ganho financeiro da empresa ao utilizar
o carro em vez da van em agosto de 2022, é necessário
descobrir quanto combustível cada veículo gasta para
percorrer o trajeto. Pelo quadro, é possível determinar a
distância total percorrida pelo automóvel.
O trecho 1 é percorrido com velocidade média
v1 = 40 km ⋅ h–1 durante o intervalo de tempo t1 = 15 min =
= 15
60
1
4
= h. Assim, o comprimento desse trecho é:
v s
t
d v t
d km
�
� �
� � �
�
�
1 1 1
140 1
4
10
O trecho 2 é percorrido com velocidade média
v2 = 60 km ⋅ h–1 durante o intervalo de tempo t2 = 40 min =
= 40
60
2
3
= h. Assim, o comprimento desse trecho é:
d v t
d km
2 2 2
2 60 2
3
40
� �
� � �
O trecho 3 é percorrido com velocidade média
v3 = 42 km ⋅ h–1 durante o intervalo de tempo t3 = 50 min =
= 50
60
5
6
= h. Assim, o comprimento desse trecho é:
d v t
d km
3 3 3
3 42 5
6
35
� �
� � �
Portanto, o trajeto completo tem distância total de
d = d1 + d2 + d3 = 10 + 40 + 35 = 85 km.
Considerando a distância média percorrida pela van e pelo
carro por litro de combustível consumido, o volume total de
combustível consumido por cada automóvel é:
Carro:
12 5
85
1
85 1
12 5
6 8
,
,
,
km
km
L de gasolina
V
V L de gasolina
carro
carro �
�
�
Van:
8 5
85
1
85 1
8 5
10
,
,
km
km
L de
V
V L de
diesel
diesel
van
van �
�
�
Considerando que, em agosto de 2022, o preço do litro
do diesel era R$ 5,40 e o preço do litro da gasolina era
R$ 5,74, o consumo de cada automóvel é:
Ccarro = 6,8 ⋅ 5,74 ≅ R$ 39,03
Cvan = 10 ⋅ 5,40 = R$ 54,00
Assim, o ganho financeiro da empresa devido à troca de
automóvel é de R$ 54,00 – R$ 39,03 ≅ R$ 14,97.
Alternativa A: incorreta. Essa é a diferença, em litro, entre
o volume de combustível gasto por cada automóvel.
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que cada automóvel gastou 16,8 L de combustível (10 L de
diesel + 6,8 L de gasolina = 16,8 L de combustível).
Alternativa D: incorreta. Essa é a diferença de gasto entre
a van e o carro considerando o preço do diesel em agosto
de 2020 para o consumo da van.
Alternativa E: incorreta. Essa é a diferença de gasto da
van considerando o preço do diesel em agosto de 2020 e
em agosto de 2022.
QUESTÃO 110
_ 23_ENEM_QUI_AQ_L2_Q02
O excesso de nutrientes nos ambientes aquáticos
contribui para o processo de eutrofização dos corpos
hídricos, é tóxico para as algas e peixes e pode destruir
totalmente o ambiente. Uma das maiores fontes de
contaminação são as águas residuárias, por terem grande
carga de nutriente em sua composição. A eutrofização
acontece devido ao enriquecimento de nutrientes,
principalmente fósforo 15
31P� � e nitrogênio 7
14N� �, que
entram como solutos e se transformam em partículas
orgânicas e inorgânicas. A adição desses nutrientes
favorece o desenvolvimento de uma superpopulação de
decompositores que consomem rapidamente o oxigênio
da água, matando, por asfixia, os organismos aeróbicos.
FUJIOKA, A. M. A. et al. “Avaliação da eficiência da remoção de nitrogênio e fósforo em
lagoas de estabilização no tratamento de lixiviado e esgoto sanitário”.
Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 3, 2020. (Adaptado)
Os elementos químicos que são os principais nutrientes
causadores da eutrofização apresentam o mesmo número
A atômico.
B de massa.
C de nêutrons.
D de camadas eletrônicas.
E de elétrons na camada de valência.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C3H10
Os elementos químicos que são os principais nutrientes
causadores da eutrofização são o nitrogênio e o fósforo.
Ambos pertencem à família 15 do quadro periódica e,
portanto, apresentam o mesmo número de elétrons na
camada de valência (5 elétrons):
7N: 1s2 2s2 2p3
15P: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3
Alternativa A: incorreta. O nitrogênio e o fósforo são
elementos químicos diferentes que, portanto, apresentam
diferentes números atômicos. Para o nitrogênio, Z = 7; para
o fósforo, Z = 15.
Alternativa B: incorreta. O nitrogênio e o fósforo não são
isóbaros e, portanto, não apresentam o mesmo número de
massa. Para o nitrogênio, A = 14; para o fósforo, A = 31.
Alternativa C: incorreta. O nitrogênio e o fósforo não são
isótonos e, portanto, não apresentam o mesmo número de
nêutrons. Para o nitrogênio, n = A – Z = 7; para o fósforo,
n = A – Z = 16.
Alternativa D: incorreta. O nitrogênio e o fósforo pertencem
à mesma família do quadro periódica e, portanto, não
apresentam o mesmo número de camadas eletrônicas.
O nitrogênio tem duas camadas eletrônicas, enquanto o
fósforo tem três camadas eletrônicas.
QUESTÃO 111
_ 23_ENEM_FIS_JA_L2_Q01
A prefeitura de Balneário Camboriú, em Santa
Catarina, encaminhou a aprovação, em abril de 2022,
da construção de um edifício de 140 andares e cerca de
500 metros de altura. Considerando quando o projeto foi
aprovado, se concluído, o Triumph Tower seria o segundo
maior arranha-céu do mundo em número de pavimentos,
além ser o mais alto da América Latina.
“SC deve ganhar prédio de 140 andares, o mais alto da América Latina”. Disponível em:
<https://economia.uol.com.br>. Acesso em: 26 set. 2022. (Adaptado)
Em obras de edifícios como o citado no texto, o uso de
capacetes é obrigatório, pois o risco de queda de algum
material, a partir do repouso, é alto. Considere que a
aceleração da gravidade local vale 10 m ⋅ s–2 e desconsidere
a resistência do ar.
Se, durante a construção do Triumph Tower, um objeto cair
do topo do prédio, sua velocidade ao atingir o solo seria
igual a
A 10 m ⋅ s–1.
B 30 m ⋅ s–1.
C 70 m ⋅ s–1.
D 100 m ⋅ s–1.
E 500 m ⋅ s–1.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H18
Nesse caso, o objeto cairia em queda livre a partir do
repouso (v0 = 0). Aplicando a equação de Torricelli, se o
objeto caísse do topo do Triumph Tower (h = 500 m), sua
velocidade ao atingir o chão seria:
v v g s
v
v
v m s
2
0
2
2
2
1
2
0 2 10 500
10000
100
� �
� � � �
�
� � �
�
Alternativa A: incorreta. Esse seria o tempo de queda, em
segundo, do objeto.
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a equação de Torricelli é v v s2
0
2 2� � � .
Alternativa C: incorreta. Essa seria a velocidade do objeto
ao atingir o chão se fosse abandonado da metade do prédio
(∆s = 250 m).
Alternativa E: incorreta. Essa é a altura do prédio que será
construído, em metro.
QUESTÃO 112
_ 23_ENEM_BIO_HJ_L2_Q01
As terapias de RNA atuam no nível do RNA e não
causam mudanças permanentes no DNA e, portanto, são
consideradas mais seguras. “Enquanto no DNA estão
todas as instruções genéticas da célula, os RNAs são
cópias de cada uma dessas instruções”, explica Rubén
Artero, professor de Genética da Universidade de Valência,
na Espanha.
MARTINS, Alejandra. “As terapias de RNA que estão revolucionando o tratamento de
doenças raras”. Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 4 out. 2022. (Adaptado)
A afirmação do professor Rubén Artero introduz a ideia de
que o(a)
A DNA e o RNA desempenham funções semelhantes na
coordenação das atividades celulares.
B DNA e o RNA apresentam os mesmos tipos de bases
nitrogenadas em sua composição.
C RNA fita dupla serve como molde para a transcrição de
uma molécula de DNA.
D expressão da informação genética dá-se pela divisão
do DNA em diferentes moléculas de RNA.
E expressão de genes contidos no DNA inicia-se com a
produção de uma molécula de RNA na transcrição.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C4H13
O DNA é formado por uma sequência de bases nitrogenadas
que compõem os genes, com instruções para a produção de
proteínas. A partir desses genes, são sintetizadas durante o
processo de transcrição as moléculas de RNA mensageiro
(RNAm), uma cópia complementar do trecho da molécula
de DNA. Com base no código fornecido pelo RNAm, ocorre
a síntese de proteína com o auxílio do ribossomo durante o
processo de tradução.
Alternativa A: incorreta. O DNA é responsável pelo
metabolismo do ser vivo e apresenta as instruções para
a síntese de RNA, enquanto o RNA viabiliza a expressão
gênica.
Alternativa B: incorreta. Há diferença entre as bases
pirimídicas das moléculas de DNA e RNA. Enquanto o DNA
carrega a base timina, o RNA apresenta uracila em sua
composição.
Alternativa C: incorreta. A expressão das informações
genéticas ocorre inicialmente pela síntese de molécula de
RNAm durante o processo de transcrição do DNA.
Alternativa D: incorreta. A síntese de RNA ocorre pela
transcrição do DNA, e não pelasua divisão.
QUESTÃO 113
_ 23_ENEM_FIS_JA_L2_Q02
Uma fábrica de brinquedos lançou uma mesa de
esferas metálicas que se mexem “sozinhas”. Nesse
brinquedo, há três esferas idênticas, das quais duas são
fixas, distantes 40 cm uma da outra, e a terceira se move
ao ser aproximada das outras esferas. O funcionamento
da mesa é simples: as esferas fixas têm cargas elétricas
predefinidas pelos reguladores, e a esfera móvel é
carregada com carga –6 µC antes de ser lançada; assim,
ao ser aproximada das esferas fixas, a esfera móvel é
atraída ou repelida por elas, o que dá a impressão de que
ela está se movendo sozinha.
A força elétrica entre duas partículas eletrizadas é dada
por F
K Q q
d
�
� �
2
, em que K é a constante eletrostática do
meio, que vale 9 ∙ 109 N ⋅ m2 ⋅ C–2, Q e q são as cargas das
partículas e d é a distância entre elas. No brinquedo, as
esferas fixas estão posicionadas em uma mesma linha reta
e uma delas está carregada com carga +2 µC, enquanto a
outra está carregada com carga –5 µC.
Ao passar na metade da distância entre as esferas fixas,
a esfera móvel estará sob a ação de uma força de módulo
A 4,05 N em direção à esfera fixa de carga positiva.
B 4,05 N em direção à esfera fixa de carga negativa.
C 6,75 N em direção à esfera fixa de carga positiva.
D 9,45 N em direção à esfera fixa de carga positiva.
E 9,45 N em direção à esfera fixa de carga negativa.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H17
A esfera móvel, de carga Q1 = –6 µC = –6 ⋅ 10–6 C, ao
passar pela esfera fixa de carga Q2 = +2 µC = +2 ⋅ 10–6 C, a
d12 = 20 cm = 20 ⋅ 10–2 m uma da outra, sofre uma força de
atração de módulo F12 dada por:
F
K Q Q
d
F
F
12
1 2
12
2
12
9 6 6
2 2
12
9 10 6 10 2 10
20 10
108 10
�
� �
�
� � � � �
�� �
�
�
� �
�
��
��
�
3
4400 10
2 7, N
Ao passar pela esfera fixa de carga Q3 = –5 µC = –5 ⋅ 10–6 C,
a d13 = 20 cm = 20 ⋅ 10–2 m uma da outra, a esfera móvel
sofre uma força de repulsão de módulo F13 dada por:
F
K Q Q
d
F
F
13
1 3
12
2
13
9 6 6
2 2
13
9 10 6 10 5 10
20 10
270 10
�
� �
�
� � � � �
�� �
�
�
� �
�
��
��
�
3
4400 10
6 75, N
Considerando que ambas as esferas fixas estão em uma
mesma linha reta, quando a esfera móvel está a 20 cm de
distância de cada uma das esferas fixas, as forças podem
ser representadas por:
Q2 = +2 µC
d12 = 20 cm
F13 = 6,75 N
Q1 = –6 µC Q3 = –5 µC
d13 = 20 cm
F12 = 2,7 N
A esfera móvel sofre uma força resultante em direção à
esfera fixa de carga positiva de módulo FR = F12 + F13 =
= 2,7 + 6,75 = 9,45 N.
Alternativas A e B: incorretas. Considerou-se
incorretamente que as forças sofridas pela esfera móvel
têm sentidos opostos, calculando-se a força resultante pela
diferença entre os módulos de F13 e F12.
Alternativa C: incorreta. Esses são o módulo e a direção
da força que a esfera móvel sofre devido à esfera fixa de
carga negativa.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que cargas opostas se repelem e cargas iguais se atraem.
QUESTÃO 114
_ 23_ENEM_FIS_ALC_L1_Q03
A tensão de ruptura de um material é a força máxima
que ele suporta por área antes de quebrar. Para uma barra
linear, durante o processo de contração térmica, a variação
de comprimento da barra (∆L1) é dada por �L L
F
A
Y1 0� � ,
em que L0 é o comprimento inicial da barra, a razão F
A
é a
tensão de ruptura do material da barra e Y é o módulo de
Young, que mede a rigidez do material da barra. Durante o
processo de dilatação térmica, a variação de comprimento
da barra (∆L2) é dada por ∆L2 = L0 ⋅ α ⋅ ∆T, em que α é o
coeficiente de dilatação linear do material e ∆T é a variação
de temperatura da barra.
Para testar a tensão de ruptura de uma barra linear
de cobre, cujo coeficiente de dilatação linear é igual a
1,7 ⋅ 10–5 K–1, um mecânico mediu seu comprimento inicial
(L0). Para garantir que a barra não pudesse se expandir
ou se contrair, ele prendeu o objeto em dois pontos fixos.
Depois, o mecânico aqueceu a barra até rompê-la. Para
o cobre, a tensão de ruptura é igual a 2,3 ⋅ 108 N ⋅ m–2
e o módulo de Young é 1,1 ⋅ 1011 N ⋅ m–2. Como a barra
ficou presa em dois pontos fixos, o módulo da variação de
comprimento do material no processo de contração térmica
(∆L1) é igual ao módulo da variação de comprimento do
material no processo de dilatação térmica (∆L2).
Durante o teste feito pelo mecânico, a variação aproximada
de temperatura sofrida pela barra de cobre até se romper
foi igual a
A 396 °C.
B 355 °C.
C 123 °C.
D 82 °C.
E –150 °C.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H18
Considerando que a variação de comprimento do material
no processo de contração térmica é igual à variação de
comprimento do material no processo de dilatação térmica,
tem-se ∆L1 = ∆L2.
Para o cobre, tem-se F
A
= 2,3 ⋅ 108 N ⋅ m–2, Y = 1,1 ⋅ 1011 N ⋅ m–2
e α = 1,7 ⋅ 10–5 K–1. Considerando que o comprimento inicial
da barra é L0, a variação de temperatura da barra de cobre
durante o processo foi:
� �
�
�
�
L L
L
F
A
Y
L T
T
F
A
Y
T
1 2
0 0
8
11 5
2 3 10
110 10 17 10
�
� � � �
�
�
�
�
� � �
��
�
�
,
, ,
11 23 10 1232, � � K
A variação de temperatura na escala absoluta e na escala
Celsius é igual. Portanto, ∆T ≅ 123 °C.
Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente
que, após determinar a variação de temperatura na escala
absoluta, esse resultado deveria ser somado a 273 para
converter o valor para a escala Celsius.
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a variação do comprimento de um material durante o
processo de dilatação térmica de um material é dada por
�
�L L T
�
�0
�
.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a variação do comprimento de um material durante o
processo de dilatação térmica de um material é dada por
�
�L L T
�
�0
�
e que deveria subtrair-se 273 da variação de
temperatura na escala absoluta para converter o valor para
a escala Celsius.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que, após determinar a variação de temperatura na escala
absoluta, deveria subtrair-se 273 desse resultado para
converter o valor para a escala Celsius.
QUESTÃO 115
_ 23_ENEM_BIO_HJ_L2_Q05
Ao mesmo tempo que o desmatamento e a degradação das áreas remanescentes da Amazônia precisam ser
urgentemente interrompidos, a floresta oferece janelas de resiliência que podem ser utilizadas com inteligência para
promover a regeneração. Algumas áreas de regeneração estão em beiras de corpos de água, conhecidas como zonas
ripárias. A importância de haver florestas nessas zonas se deve ao fato de os ecossistemas de riachos serem estreitos
[…]. Assim, os recursos alimentares que sustentam a base da cadeia alimentar nesses cursos de água provêm de folhas,
frutos e insetos que caem no meio líquido e são decompostos e utilizados por microrganismos, mais tarde consumidos por
invertebrados aquáticos, que posteriormente servirão de alimentos para os peixes.
ARANTES, José Tadeu. “Resiliência da Floresta Amazônica cria janelas de oportunidades para regeneração passiva”. Disponível em: <https://agencia.fapesp.br>.
Acesso em: 5 out. 2022. (Adaptado)
As cadeias alimentares de riachos sombreados
A têm a base com menor disponibilidade de energia do que níveis tróficos seguintes.
B apresentam o mesmo sentido de fluxo energético de cadeias em riachos não sombreados.
C apresentam fluxo de energia bidirecional, já que sua base é de fonte externa.
D são inviáveis de serem mantidas do ponto de vista energético.
E inviabilizam a existência e a permanência de predadores.
GabariTO: b
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C3H10
O fluxo de energia nos ecossistemas é sempre unidirecional, e os níveis tróficos inferiores sempre apresentam maior
energia que os níveis tróficos superiores. Assim, entre os níveis tróficos, há perda de energia para o ambiente devido à
manutenção das atividades metabólicas, ou seja, nem toda energia consumida é convertida em biomassa.
Alternativa A:incorreta. A base das cadeias alimentares e os níveis tróficos inferiores apresentam maior energia que os
níveis tróficos superiores em qualquer circunstância.
Alternativa C: incorreta. O fluxo de energia em uma cadeia alimentar é sempre unidirecional.
Alternativa D: incorreta. As cadeias alimentares se mantêm do ponto de vista energético, já que suas bases são sempre
mais energéticas do que os níveis tróficos superiores.
Alternativa E: incorreta. Todos os níveis superiores à base da cadeia alimentar são ocupados por seres que podem ser
considerados predadores.
QUESTÃO 116
_ 23_ENEM_FIS_TH_L1_Q03
Uma empresa precisa adquirir novos termômetros para aperfeiçoar seus processos. A empresa deve escolher o
equipamento que tenha a melhor precisão (equipamento com maior resolução) e que apresente a menor variação de
temperatura, se comparado aos outros termômetros, entre a fusão e a ebulição da água. As opções disponíveis, todas
ofertadas pelo mesmo preço, estão indicadas no quadro, com as suas informações técnicas relevantes.
Termômetros Temperatura de fusão
da água (a 1 atm)
Temperatura de ebulição
da água (a 1 atm)
Resolução do
equipamento
Tipo 1 (Escala Celsius) 0 100 1,5
Tipo 2 (Escala Kelvin) 273 373 1,0
Tipo 3 (Escala Fahrenheit) 32 212 1,6
Tipo 4 (Escala Celsius) 0 100 0,5
Tipo 5 (Escala Kelvin) 273 373 0,2
O termômetro que deve ser escolhido pela empresa é o do tipo
A 1.
B 2.
C 3.
D 4.
E 5.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C2H7
O termômetro mais preciso é aquele que tem a menor divisão, ou seja, é aquele que indica no visor a menor variação na
temperatura. Com os valores das temperaturas de fusão e de ebulição de cada escala, deve-se comparar diretamente a
diferença numérica (variação de temperatura) de cada escala.
Termômetros ∆T
Resolução
do
equipamento
Tipo 1 (Escala Celsius) 100 – 0 = 100 1,5
Tipo 2 (Escala Kelvin) 373 – 273 = 100 1,0
Tipo 3 (Escala Fahrenheit) 212 – 32 = 180 1,6
Tipo 4 (Escala Celsius) 100 – 0 = 100 0,5
Tipo 5 (Escala Kelvin) 373 – 273 = 100 0,4
Portanto, considerando as variações de cada escala, as que têm a menor variação são a escala Celsius (tipos 1 e 4) e a
escala Kelvin (tipos 2 e 5). Além disso, deve-se considerar a maior resolução.
Portanto, o termômetro que apresenta a melhor precisão e a menor variação de temperatura é o tipo 1.
Alternativas B e D: incorretas. Embora esses termômetros apresentem a menor variação de temperatura, eles não
apresentam a maior resolução.
Alternativa C: incorreta. Embora esse termômetro apresente a maior resolução, ele não apresenta a menor variação de
temperatura.
Alternativa E: incorreta. Embora esse termômetro apresente a menor variação de temperatura, ele apresenta a menor
resolução.
QUESTÃO 117
_ 23_ENEM_FIS_TD_L2_Q05
Disponível em: <https://www.humorcomciencia.com>. Acesso em: 29 set. 2022.
Na tirinha, é citado um fenômeno físico. Por causa dele, os móveis
A sofrem dilatação, o que independe do material do qual são feitos.
B variam somente seu comprimento devido à redução da temperatura.
C geram ruídos somente quando a variação de temperatura é pequena.
D mantêm constantes seu comprimento, sua área e seu volume ao esfriarem.
E estalam ao esfriar devido à diminuição de comprimento, de área e de volume.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C1H3
A temperatura é a medida do grau de agitação das moléculas. Se essa agitação é alterada, o material sofre o fenômeno
da dilatação térmica. No caso dos móveis, durante o dia, as partículas se agitam e ocupam mais espaço. Dessa maneira,
eles dilatam por conta das temperaturas mais altas. Durante a noite, ao sofrerem resfriamento, as partículas dos móveis
passam a ficar menos agitadas e se contraem, gerando os estalos.
Alternativa A: incorreta. O fenômeno da dilatação térmica depende do coeficiente de dilatação, que é único para cada
material.
Alternativa B: incorreta. A variação da temperatura causa dilatação linear (do comprimento), superficial (da área) e
volumétrica (do volume).
Alternativa C: incorreta. O fenômeno da dilatação térmica é diretamente proporcional à variação de temperatura do
material. Portanto, independentemente da variação da temperatura, ocorre a dilatação. Quanto maior a variação da
temperatura, maior a dilatação do material, o que provocaria ruídos mais intensos.
Alternativa D: incorreta. Quando há diminuição de temperatura, ocorre diminuição do comprimento, da área e do volume.
Isso ocorre pois a agitação das partículas diminui e elas se aproximam.
QUESTÃO 118
_ 23_ENEM_QUI_DP_L2_Q02
No refino de petróleo, o óleo cru passa por um
tratamento para retirar impurezas antes de entrar em uma
coluna de metal, sendo aquecido em uma caldeira até uma
temperatura em que vaporiza e sobe por meio da coluna.
Ao resfriar, seus derivados são retirados em um processo
chamado de destilação fracionada. Nesse processo, a
separação dos derivados ocorre em estágios, conforme
observado na figura. Os hidrocarbonetos vaporizados do
petróleo voltam ao estado líquido conforme se resfriam
em diferentes níveis dentro da torre de destilação. Em
cada nível, há um recipiente que coleta um determinado
subproduto do petróleo.
“Como funciona a destilação do petróleo?”.
Disponível em: <https://cbie.com.br>. Acesso em: 7 out. 2022.
No refino do petróleo, os derivados do petróleo são retirados
da coluna em função da diferença entre as suas
A massas.
B densidades.
C solubilidades.
D temperaturas de fusão.
E temperaturas de ebulição.
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C7H26
A destilação fracionada é um método de separação
de misturas homogêneas com base nas diferentes
temperaturas de ebulição de cada componente da mistura.
No caso do petróleo, os componentes com temperatura de
ebulição mais baixa são obtidos nos níveis superiores da
torre de destilação.
Alternativa A: incorreta. A massa dos componentes da
mistura não interfere em sua separação por destilação
fracionada.
Alternativa B: incorreta. A densidade dos componentes da
mistura é importante para o processo de decantação.
Alternativa C: incorreta. A solubilidade dos componentes
da mistura é importante para o processo de dissolução
fracionada.
Alternativa D: incorreta. Fusão fracionada é o processo
de separação de misturas que se baseia na diferença da
temperatura de fusão dos componentes.
QUESTÃO 119
_ 23_ENEM_FIS_RF_L2_Q02
Não há meios capazes de modificar os fenômenos
climáticos a ponto de evitar a ocorrência de descargas
atmosféricas. Quando elas atingem as edificações,
diretamente ou em suas proximidades, há perigo para as
próprias estruturas e para as pessoas. Assim, é preciso
providenciar meios adequados de proteção. Em alguns
casos, é indicado o uso de para-raios. O para-raios é
constituído por uma haste metálica, instalada no ponto
mais alto de uma edificação, conectada à terra por meio
de cabos especiais. Sua finalidade é proteger a estrutura
contra as altas descargas de energia que ocorrem durante
a queda dos raios.
“Como funcionam e para que servem os para-raios?”.
Disponível em: <https://www.margirius.com.br>. Acesso em: 21 set. 2022. (Adaptado)
O princípio de funcionamento do para-raios é baseado
no poder das pontas. Quando uma nuvem eletrizada
passa próximo a esse aparato, há uma interação entre
eles e o para-raios fica eletrizado, de forma que as cargas
elétricas se localizam, em sua grande maioria, na ponta,
o que faz gerar um campo elétrico mais intenso nessa
região. Em razão desse campo elétrico, surgem forças de
repulsão entre as cargas elétricas, fazendo com que elas
se empurrem até que algumas sejam lançadas fora do
condutor pelo aterramento.
A nuvem carrega eletricamente o para-raios por meio de
um processo de eletrização por
A atrito.
B contato.
C indução.
D ressonância.
E permissividade.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H18
A nuvem carrega eletricamente o para-raios por meio de
um processo de eletrização por indução. A nuvem induzcarga elétrica de sinal oposto no solo e, consequentemente,
no para-raios, em cujas pontas as cargas se acumulam,
permitindo o seu funcionamento.
Alternativa A: incorreta. Durante o processo de eletrização
por atrito, os materiais são atritados entre si e adquirem
cargas de sinais opostos. A nuvem e o para-raios não
entram em contato entre si.
Alternativa B: incorreta. Durante o processo de eletrização
por contato, os materiais devem ser tocados entre si, o que
não ocorre entre a nuvem e o para-raios.
Alternativa D: incorreta. Ressonância é um fenômeno
ondulatório no qual um corpo, ao receber ondas vindas de
uma fonte que oscila a uma dada frequência, passa a oscilar
em determinadas frequências com maior intensidade.
Alternativa E: incorreta. Permissividade é uma grandeza
característica de um meio que é utilizada para determinar a
sua constante eletrostática.
QUESTÃO 120
_ 23_ENEM_BIO_HJ_L2_Q04
As queimadas no Pantanal devem gerar impactos
diretos e indiretos no bioma, incluindo alterações climáticas
locais, falta de alimentos, desequilíbrio ambiental e risco de
extinção de animais. […] a tendência [com o aumento da
frequência do fogo e a abrangência de área queimada] é de
que o Pantanal sofra uma alteração na estrutura trófica […]
com a tendência de colonização por espécies invasoras. Se
um animal perde sua base alimentar, ele vai procurar em
outro local. Por exemplo a onça, que se alimenta de cotias.
As cotias precisam fugir para buscar uma nova alimentação
e onde haja tocas para se esconderem de predadores. A
onça, sem alimento, vai precisar sair desse ambiente
natural também, deixando o que era antes habitado por
ela para espécies invasoras. As mudanças de como as
espécies se relacionam também é um efeito direto do fogo.
GODOY, João Pedro. “Falta de alimentos, desequilíbrio, risco de extinção: como as
queimadas afetam os animais do Pantanal”. Disponível em: <https://g1.globo.com>.
Acesso em: 5 out. 2022. (Adaptado)
O intenso fogo no Pantanal, assim como em outras áreas
naturais, pode
A alterar os fatores abióticos do local em um período
restrito, mas não a estrutura biológica a longo prazo.
B afetar a estrutura biológica da região a curto prazo, mas
não os fatores abióticos que regem o microclima local.
C alterar o hábitat, mas não o nicho ecológico das
espécies animais e vegetais que vivem na região
afetada a longo prazo.
D influenciar os fatores que determinam o microclima,
bem como o estabelecimento de hábitats para espécies
vegetais e animais da região.
E influenciar o estabelecimento de cadeias alimentares
alternativas, bem como a mudança da forma de nutrição
do animal de herbívoro para carnívoro.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C3H12
Os incêndios frequentes em área de vegetação natural
afetam toda a estrutura abiótica e biótica do local, a curto
e a longo prazos, dependendo da intensidade e da área
afetada. A perda de vegetação altera a disponibilidade de
alimentos para consumidores primários (herbívoros), o
que afeta toda a cadeia alimentar da região. Além disso,
a perda de vegetação também altera a intensidade de
calor, a luminosidade que chega ao solo, a umidade local, a
intensidade de vento na região etc. Todas essas alterações
mudam as condições para que as espécies vegetais e
animais se estabeleçam em novos hábitats.
Alternativa A: incorreta. Os fatores abióticos que
prevalecem em uma determinada região, após intensos
incêndios, são alterados, bem como a estrutura biológica,
a curto e a longo prazos, a depender do estabelecimento
de hábitat adequado e da ocupação dos nichos ecológicos
disponíveis para diferentes espécies.
Alternativa B: incorreta. Tanto os fatores bióticos como os
abióticos são afetados pelos incêndios frequentes em uma
região.
Alternativa C: incorreta. Com o fogo, são alterados todo
o hábitat e, consequentemente, toda a estrutura de nichos
ecológicos estabelecidos no local.
Alternativa E: incorreta. A forma de nutrição dos animais
não será alterada. Um animal carnívoro será sempre
predominantemente carnívoro, assim como um herbívoro
não mudará seu hábito alimentar após a queimada.
QUESTÃO 121
_ 23_ENEM_BIO_RB_L2_Q03
No início de 2022, com apenas dois dias de diferença,
um grupo de pesquisadores publicou a descrição de
duas novas espécies de jararaca. Uma delas, com nome
científico Bothrops jabrensis, só é encontrada em uma área
muito pequena no interior da Paraíba. A outra, chamada
Bothrops germanoi, existe apenas em uma ilha, menor
ainda, do litoral de São Paulo. […] Há uma reduzida
diferença genética entre a B. germanoi e as populações do
continente devido ao curto tempo de separação entre elas.
Os pesquisadores calculam que as serpentes dessa ilha
foram isoladas das populações de terra firme há apenas 7
mil anos, em um dos últimos episódios de elevação do nível
do mar. A subida do oceano teria coberto as florestas que
conectavam essas ilhas ao continente.
ZORZETTO, Ricardo. “Biólogos descrevem duas novas espécies de jararaca”.
Disponível em: <https://revistapesquisa.fapesp.br>. Acesso em: 17 out. 2022. (Adaptado)
No caso da espécie de jararaca B. germanoi, nas ilhas,
ocorreu um processo de
A mimetismo.
B camuflagem.
C irradiação adaptativa.
D especiação alopátrica.
E convergência adaptativa.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C4H16
O processo de formação de espécies que é resultado do
isolamento geográfico é chamado especiação alopátrica.
Nesse processo, ocorre inicialmente um isolamento
geográfico, como a elevação do nível do oceano, no caso
das jararacas, que cobriu as florestas que conectavam
a ilha ao continente, impedindo a troca gênica entre as
populações isoladas. Ao longo do tempo, as diferenças se
acumularam, devido a diferentes pressões ambientais e à
atuação da seleção natural. Assim, ocorreu a especiação.
Alternativa A: incorreta. Mimetismo ocorre quando uma
espécie se torna semelhante a outra. O texto descreve um
caso de especiação.
Alternativa B: incorreta. Camuflagem ocorre quando uma
espécie se torna semelhante ao ambiente em que vive. O
texto descreve um caso de especiação.
Alternativa C: incorreta. A irradiação adaptativa está
relacionada a características semelhantes internas de
espécies que apresentam um ancestral comum.
Alternativa E: incorreta. A convergência adaptativa
trata de semelhanças externas entre espécies distintas
relacionadas a adaptações ao mesmo ambiente.
QUESTÃO 122
_ 23_ENEM_QUI_EW_L2_Q01
A espectroscopia de raios-X é fundamental para o
avanço da Ciência e das suas aplicações na vida cotidiana,
uma vez que permite a identificação dos elementos
presentes em uma determinada amostra. Foi exatamente
essa técnica que permitiu que Henry Moseley, em 1913,
associasse o número de prótons presentes no núcleo
atômico à identidade do elemento.
A associação feita por Moseley e a aplicação da
espectroscopia de raios-X atualmente foram possíveis
graças ao experimento de
A Niels Bohr.
B John Dalton.
C Ernest Rutherford.
D Arnold Sommerfeld.
E Joseph John Thomson.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H19
O experimento de Rutherford (de folha de ouro
bombardeada com partículas alfa) permitiu a descoberta
do núcleo atômico positivo e, consequentemente, dos
prótons, partículas que determinam a identidade atômica.
Graças a essa descoberta, é possível empregar a técnica
de espectroscopia de raios-X para os fins de análise
elementar. O experimento de Rutherford deu suporte à
contabilização dos prótons por Moseley.
Alternativa A: incorreta. Bohr não realizou experimentos
para desenvolver a sua teoria atômica; a sua contribuição
foi matemática, visando à elucidação da estrutura eletrônica
do átomo.
Alternativa B: incorreta. Os experimentos efetuados
por Dalton foram estequiométricos e não resultaram na
descoberta de partículas subatômicas.
Alternativa D: incorreta. Sommerfeld contribuiu com a
elucidação das subcamadas eletrônicas.
AlternativaE: incorreta. Os experimentos de Thomson
visaram ao entendimento da parte eletrônica do átomo e
não se voltaram para o núcleo atômico.
QUESTÃO 123
_ 23_ENEM_QUI_MS_L2_Q02
Responsável por neutralizar gases poluentes gerados
pela combustão no motor dos veículos, o catalisador
é um importante componente que integra o conjunto
mecânico de um automóvel. Seu papel é fundamental
para o bom funcionamento do veículo com papel ainda
mais importante para o meio ambiente. O catalisador é
um equipamento responsável por neutralizar os gases
poluentes e transformá-los em compostos seguros para
serem liberados na atmosfera durante o uso do carro.
“Catalisador é precioso e alvo de ladrões: o que é e para que serve a peça”.
Disponível em: <https://www.uol.com.br>. Acesso em: 11 out. 2022.
Durante a fabricação de um catalisador automotivo,
foram feitos diversos testes, os quais mostraram que o
veículo produziu 182 g de monóxido de carbono, sob
pressão de 1 atm. Esse gás sofreu conversão catalítica
total e produziu 286 g de dióxido de carbono (CO2,
M = 44 g ⋅ mol–1). Ao fim da catálise, toda a massa de CO2
foi recolhida na temperatura típica de exaustão (770 K).
Considere que não ocorreu variação de temperatura ou de
pressão durante os testes. A constante universal dos gases
vale 0,08 atm ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1.
Ao fim da catálise, o volume de CO2 recolhido é
aproximadamente igual a
A 400 L.
B 290 L.
C 230 L.
D 180 L.
E 60 L.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C6H21
Durante a catálise, houve a formação de 286 g de CO2.
Considerando a massa molar, o número de mols de CO2
formado é:
n mol= =
286
44
6 5,
Portanto, após a catálise, foram formados 6,5 mols de
gás. Aplicando a equação de Clapeyron, o volume de gás
recolhido após a catálise é:
PV nRT
V nRT
P
L
�
� �
� �
� �
6 5 0 08 770
1
400 4 400, , ,
Alternativa B: incorreta. Essa é a massa aproximada, em
g, de CO2 formado.
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a massa de CO2 formada é igual à massa de CO que
reagiu.
Alternativa D: incorreta. Essa é a massa, em g, aproximada
de CO que reagiu.
Alternativa E: incorreta. Esse é o volume aproximado de
CO2 se fosse recolhido somente 1 mol de gás.
QUESTÃO 124
_ 21_ENEM_FIS_TH_L3_Q08
Um engenheiro precisa determinar a temperatura
ideal para o funcionamento de certo equipamento em uma
indústria. Para isso, ele utiliza um bloco de ferro de 1 000 kg
e de calor específico igual a 0,11 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1. O bloco
foi colocado dentro de um reservatório termicamente
isolado para ser preaquecido até atingir a temperatura
ideal de funcionamento do equipamento. Tratando o
reservatório como um calorímetro ideal, o engenheiro
adicionou 2 500 kg de água (de calor específico igual a
1,00 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1), inicialmente a 60 °C, no reservatório
com o ferro aquecido na temperatura de funcionamento
do equipamento. O sistema atingiu o equilíbrio térmico a
100 °C, sem ebulição da água.
A temperatura ideal de funcionamento do equipamento é
aproximadamente igual a
A 910 °C.
B 1 010 °C.
C 1 465 °C.
D 2 275 °C.
E 2 375 °C.
GabariTO: b
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H18
A temperatura de equilíbrio é Teq = 100 °C. No processo, o
bloco de ferro cede uma quantidade de calor para a água.
Considerando que o sistema água + bloco de ferro está
isolado (reservatório termicamente isolado), ele obedece
à relação Q Qcedido recebido� ��� 0. Como não ocorre
a ebulição da água, o calor é somente sensível, tal que
Q = m ⋅ c ⋅ ∆T.
Considerando que mferro = 1 000 kg = 1 ⋅ 106 g, cferro =
= 0,11 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1, mágua = 2 500 kg = 2,5 ⋅ 106 g e cágua =
= 1,00 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1, a temperatura T de funcionamento
ideal do equipamento é:
Q Q
m c T m c T
cedido recebido
ferro ferro ferro água água á
� �
� � � � �
�� 0
� � ggua
T
�
� � � � � � � � � �
� � �
0
1 10 0 11 100 2 5 10 1 100 60 0
0 11 10 11
6 6
8
, ( ) , ( )
, , 110 10 10 0
111 10
11 10
1010
5 8
8
5
T
T C
� � �
�
�
�
�
,
,
,
°
Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a diferença de temperatura do bloco de ferro seria igual
à temperatura ideal de funcionamento do equipamento.
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a diferença de temperatura da água seria igual à sua
temperatura inicial (60 °C).
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a diferença de temperatura do bloco de ferro seria igual
à temperatura ideal de funcionamento do equipamento e
que a diferença de temperatura da água seria igual à
temperatura de equilíbrio (100 °C).
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a diferença de temperatura da água seria igual à
temperatura de equilíbrio (100 °C).
QUESTÃO 125
_ 22_ENEM_QUI_EW_L5_Q01
A dureza de um material está relacionada diretamente à
sua resistência a sofrer deformação plástica. Dependendo
de sua resistência, um material tende a se romper ou
a fraturar, em vez de se deformar plasticamente. A
dureza depende do tipo de ligação química existente na
constituição do material. A alta dureza de um material é
resultante da força da ligação (quanto mais forte a ligação,
maior a dureza) e da possível atração entre as partículas
de cargas opostas e da repulsão entre partículas de cargas
iguais quando há incidência de uma força externa.
Considerando esse princípio, qual material a seguir deve
apresentar a maior dureza em condições ambientes?
A I2
B Al
C H2O
D Al2O3
E C12H22O11
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C7H24
Considerando as informações do texto, o único material
formado por uma ligação forte e que apresenta em sua
composição cargas opostas que podem se atrair e cargas
iguais que podem se repelir é aquele que apresenta ligação
iônica, ou seja, o óxido de alumínio (Al2O3).
Alternativas A e E: incorretas. O I2 e a sacarose (C12H22O11)
são sólidos covalentes em condições ambientes e,
portanto, apresentam ligações fracas (se comparadas à
ligação iônica), além de não apresentarem partículas de
cargas opostas.
Alternativa B: incorreta. O alumínio metálico (Al) é sólido
em condições ambientes e, portanto, bastante maleável.
Embora um material formado por ligação metálica possa
apresentar dureza moderada, a inexistência de partículas
de cargas opostas faz com que a dureza não seja alta se
comparada a materiais formados por ligação iônica.
Alternativa C: incorreta. A água é líquida em condições
ambientes, uma vez que a sua ligação é fraca se comparada
à ligação iônica.
QUESTÃO 126
_ 22_ENEM_QUI_LS_L3_Q04
O cheiro de esgoto, o aspecto sujo e a falta de vida
aquática tornam evidente que o Rio Tietê, em São
Paulo, está morto no trecho em que passa pela região
metropolitana. Recentemente, um projeto usou a técnica
de flotação para tirar a sujeira que já estava na água, mas
isso não funcionou. Limpar um rio é basicamente parar
de despejar poluentes nele, e, aos poucos, o rio se “limpa
sozinho”. Atualmente, há três principais contaminantes
no rio: esgoto doméstico, resíduos industriais despejados
clandestinamente e sujeira carregada da rua. O tratamento
é feito por sedimentação dos resíduos sólidos e decomposição
da matéria orgânica com o uso de bactérias. Entretanto, a
remoção de certos contaminantes, como fósforo, nitrogênio
e fármacos, precisa ser feita por uma tecnologia mais cara
que utiliza sistemas de filtração com o uso de membranas.
MORI, Leticia. “Por que São Paulo ainda não conseguiu despoluir o Rio Tietê?”.
Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 22 ago. 2022. (Adaptado)
Tipicamente, um rio poluído tem diversas substâncias
dissolvidas e materiais insolúveis em suspensão. Logo,
considera-se que a água do Rio Tietê é uma mistura
A homogênea polifásica.
B heterogênea monofásica.
C homogênea de substâncias compostas.
D heterogênea de diversos contaminantes.
E homogênea de várias substâncias puras.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C7H27
A água do Rio Tietê é poluída pordiversos tipos de
contaminantes, alguns dos quais são solubilizados em
água e outros não. Os contaminantes não solubilizados,
como resíduos sólidos e lixo, e os solubilizados, como os
fármacos, fazem com que essa água seja uma mistura
heterogênea complexa de diversos contaminantes, o que
torna bastante difícil o tratamento e a recuperação total do
rio.
Alternativas A e B: incorretas. Uma mistura monofásica
é homogênea, pois apresenta apenas uma fase. A água
do Rio Tietê é uma mistura heterogênea polifásica, pois
apresenta substâncias sólidas na coluna de água líquida.
Alternativa C: incorreta. Embora a água do rio tenha
muitas substâncias compostas em sua composição, ela
não é homogênea, pois existem particulados, lodos e lixo
na água do rio.
Alternativa E: incorreta. Mesmo apresentando substâncias
puras em sua composição, a água do Rio Tietê não pode
ser classificada como uma mistura homogênea.
QUESTÃO 127
_ FIS201808080902
A lei de Dulong–Petit enuncia que o produto do calor
específico c de uma substância por sua massa molar M é
constante e igual a 3R, em que R é a constante dos gases
ideais, cujo valor teórico é 8,31 J ⋅ mol–1 ⋅ K–1. Essa lei,
escrita por c ⋅ M = 3R, pode ser aplicada por joalheiros na
avaliação da pureza de peças, uma vez que, se a amostra
não apresenta o valor teórico do calor específico do
metal nobre (determinado pela lei) igual ao valor medido
experimentalmente (ou uma variação mínima em relação
ao valor teórico), ela não é pura. O valor experimental
pode conter um erro de até 2 J ⋅ kg–1 ⋅ K–1 em relação ao
valor teórico.
Um joalheiro recebeu 5 kg de uma amostra de
ouro (M = 197 g ⋅ mol–1) de um fornecedor. Sabendo do
costume de misturar cobre (M = 63,5 g ⋅ mol–1) ao ouro,
o joalheiro realizou alguns experimentos e usou a lei
de Dulong–Petit para determinar se a amostra é pura.
Durante os experimentos, variou-se a temperatura da
peça em 30 °C, cedendo ao sistema 19,2 ⋅ 103 J, sem
haver perda de energia.
Com relação ao valor teórico fornecido pela lei de
Dulong–Petit, o joalheiro concluiu que a amostra é
A praticamente pura e constituída somente de ouro, pois
a diferença entre o valor experimental e o teórico é
menor que 2 J ⋅ kg–1 ⋅ K–1.
B praticamente pura e constituída somente de cobre,
pois o valor obtido pela lei coincidiu exatamente com
o experimental.
C praticamente pura e constituída somente de cobre, pois
o valor experimental é cerca de 1 000 vezes maior que
o teórico.
D impura e contém cobre, pois a diferença entre o
valor experimental e o valor obtido pela lei foi de
aproximadamente 1%.
E impura e contém cobre, pois o valor experimental foi
cerca de 31% do valor obtido pela lei.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H18
Deseja-se descobrir se a amostra de ouro (metal nobre)
é pura. Supondo que a amostra contém somente ouro,
de massa molar igual a 197 g ⋅ mol–1 = 0,197 kg ⋅ mol–1, e
sabendo que R = 8,31 J ⋅ mol–1 ⋅ K–1, o valor teórico do calor
específico fornecido pela lei de Dulong–Petit é:
c M R
c R
M
J kg K
� �
� �
�
� � �� �
3
3 3 8 31
0 197
126 6 1 1,
,
,
No experimento, considerando que foram fornecidos ao
sistema Q = 19,2 ⋅ 103 J de energia e que a variação de
temperatura foi ∆T = 30 °C = 30 K, a capacidade térmica C
do material da amostra é:
C Q
T
J K� �
�
� � �
�
19 2 10
30
640
3
1,
Considerando que a massa da amostra é m = 5 kg, o calor
específico é:
c C
m
J kg K� � � � �� �640
5
128 1 1
Comparando o valor obtido experimentalmente e o valor
teórico obtido pela lei de Dulong–Petit, a diferença de valor
foi ∆c ≅ 128 – 126,6 ≅ 1,4 J ⋅ kg–1 ⋅ K–1. Como esse erro
é menor que 2 J ⋅ kg–1 ⋅ K–1, conclui-se que a amostra é
praticamente pura e constituída de somente ouro.
Alternativa B: incorreta. Supondo que a amostra é
constituída somente de cobre (metal que não é nobre), o
valor teórico obtido pela lei de Dulong–Petit utilizando o
valor da massa molar desse metal (M = 0,0635 kg ⋅ mol–1)
seria c = 39,3 J ⋅ kg–1 ⋅ K–1. Nessa situação, como
∆c > 2 J ⋅ kg–1 ⋅ K–1, concluiu-se que a amostra não é
praticamente pura e constituída somente de cobre.
Alternativa C: incorreta. Ao aplicar a lei de Dulong–Petit,
utilizou-se a unidade da massa molar como g ⋅ mol–1,
em vez de kg ⋅ mol–1. Assim, o valor teórico seria
c = 0,127 J ⋅ g–1 ⋅ K–1, que é cerca de 1 000 vezes menor
que o valor experimental.
Alternativa D: incorreta. O enunciado diz que o
experimento pode ter 2 J ⋅ kg–1 ⋅ K–1 de erro, o que
equivale a aproximadamente 1,6% em relação ao valor
experimental. Logo, como o erro obtido foi cerca de 1,1%,
o que é esperado para a comparação entre os valores
teórico e experimental, concluiu-se que a amostra é pura e
constituída somente de ouro.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que se deseja determinar se a amostra de cobre é pura,
aplicando a lei de Dulong–Petit com o valor da massa molar
do cobre. Nessa situação, como ∆c ≅ 31% em relação ao
valor teórico, concluiu-se que a amostra é impura.
QUESTÃO 128
_ 23_ENEM_BIO_HJ_L2_Q06
A Europa enfrentou em 2022 um verão seco e de altas
temperaturas, com efeitos múltiplos em incêndios florestais,
cadeias logísticas, produção industrial e na agricultura.
Em toda a Europa, a seca está reduzindo rios antes
caudalosos […]. Impulsionados pelo colapso do clima,
um inverno e uma primavera excepcionalmente secos,
seguidos por temperaturas recordes de verão e ondas de
calor repetidas deixaram as hidrovias essenciais da Europa
subabastecidas e, cada vez mais, superaquecidas. Sem
chuvas significativas registradas por quase dois meses
[…], os meteorologistas dizem que a seca pode se tornar a
pior do continente em mais de 500 anos.
“Rios da Europa secam e cientistas falam em pior seca dos últimos 500 anos”.
Disponível em: <https://saneamentobasico.com.br>. Acesso em: 5 out. 2022. (Adaptado)
Qual etapa do ciclo hidrológico teve sua taxa reduzida e
possibilitou o cenário descrito no texto?
A Decomposição
B Combustão
C Fixação
D Respiração
E Precipitação
GabariTO: E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C3H9
A intensificação de atividades humanas, industriais e
agrícolas afeta o regime hidrológico em escala global, o
que altera a periodicidade e a distribuição de chuvas ao
redor do planeta. A menor taxa de precipitação interfere
diretamente na quantidade de água em rios.
Alternativa A: incorreta. Decomposição é uma etapa dos
ciclos do carbono e do nitrogênio.
Alternativa B: incorreta. Combustão é uma etapa do ciclo
do carbono.
Alternativa C: incorreta. Fixação é uma etapa do ciclo do
nitrogênio.
Alternativa D: incorreta. Respiração é uma etapa do ciclo
do carbono.
QUESTÃO 129
_ 23_ENEM_BIO_GS_L2_Q07
Em uma decisão histórica, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) veio a público, em outubro de 2021,
recomendar a adoção de uma vacina contra a malária para
crianças em regiões com alta ocorrência da doença, como
a África Subsaariana. O anúncio é resultado de mais de 50
anos de estudos em busca de uma forma de imunização
contra a enfermidade que mata, anualmente, 410 mil
pessoas […]. A vacina recomendada age contra o parasita
Plasmodium falciparum, que causa a forma mais letal da
malária e é o mais prevalente no continente africano.
“Vacina contra a malária recomendada pela OMS para crianças da África é a primeira que
protege humanos de um parasita”. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br>.
Acesso em: 4 out. 2022.
As diferentes formas de vida dos parasitas causadores da
malária é um fator de complicação para o desenvolvimento
de uma vacina eficaz contra esse protozoário. O parasita
causador da malária é transmitido principalmente
A por relações sexuais.
B pelo contato com fezes felinas contaminadas.
C pela picada da fêmea do mosquito do gênero
Anopheles.
D pela ingestão de cistos, que contaminam água e
alimentos.
E pelo contato com fluidos corporais humanos, como a
saliva.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C8H30
Amalária é transmitida principalmente pela forma vetorial
por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles sp. A
contaminação se dá quando a fêmea do mosquito infectada
pica o ser humano e injeta os esporozoítos, que seguem
em direção às células hepáticas. A malária também pode
ser transmitida por meio de transfusões sanguíneas e da
mãe para o feto durante a gestação.
Alternativa A: incorreta. A malária não é uma infecção
sexualmente transmissível (IST); a tricomoníase é uma
protozoose cuja transmissão ocorre sexualmente.
Alternativa B: incorreta. A malária não é transmitida pelo
contato com fezes felinas contaminadas; a toxoplasmose é
uma protozoose cuja transmissão ocorre pelo contato com
oocistos presentes nas fezes de felinos contaminados.
Alternativa D: incorreta. A malária não é transmitida por
meio de água ou alimento contaminados; a giardíase e a
amebíase são protozooses cuja transmissão ocorre pela
ingestão de cistos presentes em água ou alimentos.
Alternativa E: incorreta. A malária não é transmitida pelo
contato com fluidos corporais humanos, como saliva.
Algumas viroses e bacterioses são transmitidas dessa
forma, como a tuberculose e o sarampo, respectivamente.
QUESTÃO 130
_ 23_ENEM_FIS_RF_L2_Q01
Cientistas testaram com sucesso um painel solar do
tamanho de uma caixa de pizza no espaço, projetado como
um protótipo de um futuro sistema para enviar eletricidade
do espaço para qualquer ponto da Terra. O painel, conhecido
como Módulo de Antena Fotovoltaica de Radiofrequência
(PRAM, em inglês), foi lançado para aproveitar a luz solar e
convertê-la em eletricidade.
TORO, Mariana. “Cientistas testam painel solar para enviar energia do espaço para a Terra”.
Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br>. Acesso em: 20 set. 2022. (Adaptado)
No PRAM, a energia elétrica é gerada em painéis
solares. Um painel solar é um sistema composto de células
fotovoltaicas capazes de emitir elétrons por meio da
excitação provocada pela incidência da luz. Essa emissão
de elétrons é capaz de produzir uma diferença de potencial,
que pode ser determinada utilizando o aparato experimental
indicado na imagem. A distância entre as placas emissora e
coletora é de 5,0 ⋅ 10–4 m. Considere que a placa coletora é
neutra e que a placa emissora é uma carga puntiforme de
módulo 1,0 ⋅ 10–13 C e admita que a constante eletrostática
no meio vale 9 ⋅ 109 N ⋅ m2 ⋅ C–2. O módulo do campo elétrico
gerado por uma carga Q em um ponto a uma distância d da
carga é dado por E K Q
d
�
�
2 .
Feixe de luz
incidente
Placa coletora Placa emissora
Vácuo
Elétrons que atingem
a placa coletora
Amperímetro
Bateria
A
Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br>. Acesso em: 20 set. 2022. (Adaptado)
Nessas condições, o módulo do campo elétrico gerado pela
placa emissora na placa coletora, em N ⋅ C–1, é
A 1,8 ⋅ 10–13.
B 1,8 ⋅ 100.
C 3,6 ⋅ 10–5.
D 3,6 ⋅ 103.
E 4,5 ⋅ 10–7.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C6H23
O campo elétrico gerado por uma carga é dado por
E
K Q
d
�
�
2
, em que K é a constante eletrostática do
meio, Q é a carga da placa emissora e d é a distância
entre as placas. Assim, como K = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2 ⋅ C–2,
Q = 1,0 ⋅ 10–13 C e d = 5,0 ⋅ 10–4 m, o módulo do campo
elétrico gerado entre as placas é:
E
K Q
d
E
E
�
�
�
� � �
�� �
�
�
�
� � �
�
�
�
�
2
9 13
4 2
4
8
4
9 10 1 10
5 10
9 10
25 10
0 36 10 3, ,66 103 1� � �N C
Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o campo elétrico é dado por E
K Q
d
�
�
2
.
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o campo elétrico é dado por E
K Q
d
�
� .
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a distância entre as placas é de 5,0 m.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o campo elétrico é dado por E = K ⋅ |Q| ⋅ d.
QUESTÃO 131
_ 23_ENEM_BIO_RB_L2_Q01
O tratamento do câncer ósseo atualmente se baseia
na remoção cirúrgica do tumor seguida por terapias
complementares, como quimioterapia e radioterapia, para
eliminar as células cancerígenas que restaram na área
operada. Essa estratégia, contudo, envolve efeitos colaterais
que afetam fortemente a qualidade de vida do paciente. Por
essa razão, cientistas têm buscado desenvolver terapias
mais efetivas e menos agressivas. Uma das possibilidades
estudadas é a hipertermia magnética, que consiste em
aquecer as células tumorais até aproximadamente 43 °C.
Isso afeta proteínas importantes da célula tumoral, que
é menos resistente ao calor do que a célula saudável,
levando-a à morte.
“Grupo cria material que poderá ser usado no tratamento do câncer ósseo”.
Disponível em: <https://agencia.fapesp.br>. Acesso em: 17 out. 2022. (Adaptado)
O tratamento relatado leva à morte das células tumorais
devido
A à desnaturação proteica.
B a queimaduras de terceiro grau.
C à formação de pontes dissulfeto.
D a mutações no material genético.
E ao aumento do metabolismo celular.
GabariTO: a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C4H15
O aumento de temperatura interfere na estrutura das
proteínas, modificando a sua forma e prejudicando a
sua função. Esse processo é denominado desnaturação
proteica e afeta funções essenciais das células
comandadas por importantes proteínas, podendo levar
à morte celular. Assim, o tratamento relatado provoca
desnaturação proteica das células tumorais para combater
o câncer.
Alternativa B: incorreta. A temperatura relatada não
provoca queimaduras de terceiro grau.
Alternativa C: incorreta. As pontes dissulfeto podem
ocorrer naturalmente na estrutura de algumas proteínas e
não são provocadas pelo calor.
Alternativa D: incorreta. A temperatura não causa
mutações genéticas.
Alternativa E: incorreta. A temperatura não aumenta o
metabolismo da célula.
QUESTÃO 132
_ 23_ENEM_FIS_TD_L2_Q06
O umidificador de ar é um aparelho eletrônico com a
função de umedecer o ambiente. Portanto, ele ameniza
problemas respiratórios e incômodos causados por climas
secos. […] Os vaporizadores de ar aquecem a água no
interior, até que ela entre em ponto de ebulição e libere o
vapor quente. Por isso, o aparelho pode aquecer bastante e
causar queimaduras e acidentes. Já o umidificador tem uma
tecnologia mais avançada que permite que as moléculas
de água se transformem em vapor, sem o aquecimento do
aparelho.
“Como funciona um umidificador de ar?”.
Disponível em: <https://www.leroymerlin.com>. Acesso em: 30 set. 2022. (Adaptado)
Em uma casa, há um vaporizador elétrico automático de
capacidade 2,5 L. Considere que a água tem temperatura
de ebulição igual a 100 °C, densidade igual a 1 kg ⋅ L–1,
calor específico sensível igual a 1 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1 e calor
latente de vaporização igual a 540 cal ⋅ g–1.
Se uma pessoa adicionar água a 25 °C até preencher
completamente a capacidade desse vaporizador, a energia
necessária para vaporizar toda a água é, em caloria,
aproximadamente igual a
A 1,88 ⋅ 105.
B 2,50 ⋅ 105.
C 1,35 ⋅ 106.
D 1,54 ⋅ 106.
E 1,60 ⋅ 106.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C6H23
Como foi adicionado um volume de água suficiente
para preencher completamente a capacidade desse
vaporizador, o volume de água é V = 2,5 L. Considerando
que a densidade da água é 1 kg ⋅ L–1, a massa de água
adicionada é m = d ⋅ V = 1 ⋅ 2,5 = 2,5 kg = 2,5 ⋅ 103 g.
Inicialmente, a água líquida é aquecida até atingir a sua
temperatura de ebulição. Nessa etapa, a água recebe calor
sensível (Qs = m ⋅ c ⋅ ∆T). Depois, é necessário fornecer calor
à água para que ela vaporize. Nessa etapa, a água recebe
calor latente de vaporização (Qv = m ⋅ L). Considerando que
o calor específico da água é c = 1 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1, seu calor
latente é L = 540 cal ⋅ g–1 e a variação de temperatura da
água líquida é ∆T = 100 – 25 = 75 °C, a energia necessária
para vaporizar toda a água é:
Qtotal = Qs + Qv
Qtotal = m ⋅ c ⋅ ∆T + m ⋅ L
Qtotal = m ⋅ (c ⋅ ∆T + L)
Qtotal = 2,5 ⋅ 103 ⋅ (1 ⋅ 75 + 540)
Qtotal = 2,5 ⋅ 103 ⋅ 615
Qtotal = 1,5375 ⋅ 106 cal ≅ 1,54 ⋅106 cal
Alternativa A: incorreta. Esse é o calor sensível necessário
para aquecer a água até atingir a sua temperatura de
ebulição.
Alternativa B: incorreta. Esse é o calor sensível necessário
para aquecer a água, considerando que a variação de
temperatura é igual a 100 °C.
Alternativa C: incorreta. Esse é o calor latente necessário
para vaporizar a água.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a variação de temperatura da água foi de 100 °C.
QUESTÃO 133
_ 23_ENEM_QUI_LS_L2_Q01
O isótopo de carbono-12, que existe em
aproximadamente 99% das moléculas orgânicas, não
apresenta propriedades magnéticas nucleares e, por isso, é
inativo na técnica de ressonância magnética nuclear (RMN).
O isótopo de carbono-13, que existe no 1% restante de
moléculas, apresenta momento dipolo magnético, tornando
possível a sua análise por meio de RMN. Isso faz com que
a técnica de RMN-13C seja bastante útil na elucidação de
moléculas que têm estruturas grandes e complexas.
SODERBERG, Tim. “13C-NMR Spectroscopy”. Disponível em: <https://chem.libretexts.org>.
Acesso em: 10 out. 2022. (Adaptado)
Comparado a um átomo neutro do isótopo de carbono
inativo em RMN, o isótopo neutro de carbono que apresenta
atividade magnética tem
A um elétron a mais.
B um nêutron a mais.
C um próton a menos.
D dois nêutrons a menos.
E duas unidades de massa a mais.
GabariTO: b
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H18
Os átomos de carbono-13, que são ativos magneticamente,
têm 6 prótons, 6 elétrons, 7 nêutrons e 13 unidades de
massa atômica. Os átomos inativos, que são de carbono-12,
têm 6 prótons, 6 elétrons, 6 nêutrons e 12 unidades de
massa atômica. Dessa forma, comparando um átomo de
carbono-12 com outro de carbono-13, os átomos de 13C
têm um nêutron e uma unidade de massa atômica a mais
do que os átomos de 12C.
Alternativa A: incorreta. Ambos os isótopos de carbono
têm o mesmo número de elétrons no estado neutro.
Alternativa C: incorreta. Por serem isótopos, esses átomos
têm o mesmo número de prótons.
Alternativa D: incorreta. Como a massa atômica dos dois
isótopos só varia em uma unidade, os átomos de 13C têm
apenas um nêutron a mais.
Alternativa E: incorreta. Os átomos de carbono-13 têm
somente uma unidade de massa atômica a mais, e não
duas.
QUESTÃO 134
_ 23_ENEM_QUI_EW_L2_Q03
Em um artigo publicado em 2022 no The Journal
of Physical Chemistry Letters, cientistas conseguiram
estabelecer uma espécie de “tabela periódica” dos
hidrocarbonetos, compostos orgânicos formados
exclusivamente por carbono e hidrogênio. Por meio de
estudos teóricos, os cientistas explicaram, do ponto de
vista energético, por que alguns hidrocarbonetos são
naturalmente formados em maior quantidade. O gráfico
mostra o “mapa” de estabilidade dos hidrocarbonetos em
função do número de carbonos (n – eixo vertical) e do
número de hidrogênios (m – eixo horizontal).
LEPESHKIN, S, V. et al. “‘Magic’ molecules and a new look at chemical diversity of
hydrocarbons”. The Journal of Physical Chemistry Letters, v. 13, n. 32, 2022.
As regiões circuladas no gráfico correspondem a
moléculas que apresentam determinada estabilidade, o
que indica a sua maior frequência de formação na natureza.
É possível notar uma região retilínea formada por vários
pontos que cortam o gráfico na diagonal de baixo para cima
e da esquerda para a direita.
Para os hidrocarbonetos representados nessa região,
existe uma quantidade “mágica” de átomos de hidrogênio
em função do número de átomos de carbono na molécula.
Essa quantidade é
A m = 2n.
B n = 2m.
C n = 2m + 4.
D m = 2n + 2.
E m = (n + 1)n.
GabariTO: D
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C5H17
Analisando o gráfico, nota-se que a região retilínea diagonal
apresenta uma série de moléculas com maior estabilidade.
Nessa região, as fórmulas moleculares dos hidrocarbonetos
são CH4, C2H6, C3H8, e assim sucessivamente, até chegar ao
C19H40. A única relação possível entre o número de átomos
de hidrogênio (m) e o número de átomos de carbono (n) é
m = 2n + 2.
Alternativa A: incorreta. Essa seria a relação entre o
número de átomos de hidrogênio e de carbono se as
fórmulas dos hidrocarbonetos fossem de C2H4 a C19H38.
Alternativa B: incorreta. Essa seria a relação entre o
número de átomos de hidrogênio e de carbono se as
fórmulas dos hidrocarbonetos fossem de C4H2 a C38H19.
Alternativa C: incorreta. Essa seria a relação entre o
número de átomos de hidrogênio e de carbono se as
fórmulas dos hidrocarbonetos fossem de C8H2 a C42H19.
Alternativa E: incorreta. Essa seria a relação entre o
número de átomos de hidrogênio e de carbono se as
fórmulas dos hidrocarbonetos fossem de C2H6 a C19H380.
QUESTÃO 135
_ 23_ENEM_BIO_GS_L2_Q03
Em um cenário de crescimento da demanda e de
aumento dos preços internacionais do trigo, pesquisadores
da Embrapa se preparam para colher as primeiras plantas
de cereal geneticamente modificado. O plantio do grão com
o gene HB4, desenvolvido para ser mais tolerante ao déficit
hídrico, foi feito em uma área controlada da Embrapa de
70,8 metros quadrados em Brasília […]. O gene é originário
do girassol (Helianthus annuus), e pesquisas apontam que
ele gera mais tolerância a condições extremas e também
intermediárias de déficit hídrico.
SILVA, Eliane. “Embrapa vai colher em agosto o primeiro trigo transgênico no Brasil”.
Disponível em: <https://globorural.globo.com>. Acesso em: 4 out. 2022. (Adaptado)
Os efeitos da modificação genética presente no trigo serão
observados no(a)
A replicação, induzindo a erros nas fitas de DNA.
B transcrição, pela inserção do RNA do girassol.
C tradução, com a síntese da proteína exógena.
D processamento proteico, mantendo os íntrons.
E código genético, que passa a ser degenerado.
GabariTO: C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
C3H11
O trigo descrito é transgênico porque carrega em seu
genoma um gene proveniente de outro organismo (no
caso, o girassol). Um gene é um fragmento de DNA
capaz de codificar uma proteína. Se o trigo tem em seu
genoma um gene do girassol, esse gene será transcrito e
posteriormente traduzido, gerando uma proteína exógena.
É essa proteína exógena que vai efetivamente atuar no
metabolismo do trigo, conferindo a ele maior tolerância ao
déficit hídrico.
Alternativa A: incorreta. A transgenia insere genes
exógenos no genoma do hospedeiro, que serão replicados,
transcritos e traduzidos normalmente.
Alternativa B: incorreta. Não há inserção de RNA do
girassol, e sim inserção do DNA do girassol (gene).
Alternativa D: incorreta. Não há nenhuma interferência da
transgenia no processamento proteico.
Alternativa E: incorreta. O código genético é universal
e degenerado, ou seja, igual para todos os seres vivos
(universal) e com códons diferentes capazes de codificar
um mesmo aminoácido (degenerado).
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 136 a 180
QUESTÃO 136
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q13
A Amazônia intacta é considerada um dos maiores reservatórios de carbono do mundo, armazenando um volume
comparável aos dos estoques de carbono dos pergelissolos congelados (permafrost) do Ártico. A floresta armazena CO2
equivalente às emissões de um século de atividades econômicas dos EUA, o maior emissor do ranking mundial.
Queimar a floresta significa liberar muito CO2 na atmosfera, mas o que uma pesquisa recente concluiu pode causar um
choque maior. O grande pico da emissão líquida na Amazônia não acontece no momento da queima, e sim quatro anos
depois. E, pior, a floresta pode demorar quase um século para conseguir recompor a sua capacidade de estocar o mesmo
carbono que emitiu ao longo desse período. Além disso, essa recuperação só ocorre se a região não for perturbada por
novas queimadas.
Disponível em: <https://ecoo.com.br>. Acesso em: 21 nov. 2022. (Adaptado)
O gráfico a seguir mostra a evolução do valor líquido, em miligrama por hectare, de CO2 emitido por decomposição das
árvores que morrem após a queimada.
4 anos após
a queimada
5 anos
–20
2
4
6
8
10 anos 15 anos 20 anos 25 anos 30 anos
30 anos após
a queimada
Emissão
máxima
Emissão
mínima
Emissão
líquida por
decomposição
10 (Mg CO2/ha)
10 anos após
a queimada
A observação do gráfico permite notar que, após a queimada, a emissão liquida de CO2 segue como uma função que
cresce e decresce alternadamente, em dois períodos contínuos diferentes.
O primeiro período em que essa função é decrescente dura
A 5 anos.
B 6 anos.
C 10 anos.
D 15 anos.
E 26 anos.
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C6H26
O texto afirma que o pico das emissões de CO2 ocorre quatro anos após a queimada, e o gráfico mostra que, após o pico,
a função segue decrescente até o marco de 10 anos, quando as emissões voltam a subir novamente.
Portanto, o primeiro período decrescente da função dura 10 – 4 = 6 anos.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-se a informação contida no texto e, pela observação do gráfico,
considerou-se que o pico das emissões de CO2 se daria cinco anos após a queimada.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinou-se a duração total do primeiro dos dois períodos de crescimento
e decrescimento da função.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se a duração do segundo período de decrescimento da função.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, ignorou-se o fato de a função voltar a ser crescente no período de 10 a 15
anos após a queimada.
QUESTÃO 137
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q01
O administrador de uma rede social dedicada a técnicas de sobrevivência na mata e de utilização sustentável dos
recursos naturais decidiu organizar uma live com especialistas na área para debater diferentes assuntos desse universo.
Para definir o horário de início da live, o administrador realizou uma pesquisa com todos os membros da rede social, em
que eles indicaram o(s) período(s) do dia – na data escolhida para a live – de maior disponibilidade para participar do
evento. O quadro a seguir apresenta as informações obtidas com a pesquisa.
Período(s)
do dia Manhã Tarde Noite Manhã e
tarde
Manhã e
noite
Tarde e
noite
Manhã,
tarde e
noite
Nenhum
dos três
períodos
Número de
membros 480 520 352 95 110 122 75 100
Qual é o número de membros dessa rede social que responderam à pesquisa?
A 1 025
B 1 098
C 1 100
D 1 200
E 1 854
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C1H2
Seja N o número de participantes da pesquisa. De acordo com as informações do quadro, pode-se montar o seguinte
diagrama de Euler–Venn:
N
Manhã Tarde
Noite
Nenhum dos três
períodos
100352 – 157 = 195
122 – 75 = 47
480 – 130 = 350
95 – 75 = 20
520 – 142 = 378
75
110 – 75 = 35
Portanto, o número de participantes da pesquisa é dado por:
N = 350 + 195 + 378 + 35 + 47 + 20 + 75 + 100 = 1 200
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, desconsideraram-se os participantes da pesquisa que têm disponibilidade
no dia inteiro (manhã, tarde e noite) e que não têm disponibilidade em nenhum dos três períodos do dia.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, desconsideraram-se os participantes da pesquisa que têm disponibilidade
em exatamente dois dos três períodos do dia.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, desconsideraram-se os participantes da pesquisa que não têm
disponibilidade em nenhum dos três períodos do dia.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se a soma de todos os valores apresentados no quadro.
QUESTÃO 138
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q01
Reserva subterrânea da Amazônia pode abastecer o planeta por 250 anos
A região da Amazônia é enorme: ela ocupa mais de 60% de todo o território brasileiro. Mas o que pouquíssima gente
sabe é que abaixo dela existe uma quantidade gigantesca de água doce. Trata-se de um verdadeiro oceano subterrâneo,
com volume total de 162 mil quilômetros cúbicos, e que é chamado pelos cientistas de Sistema Aquífero Grande Amazônia
(Saga).
Para se ter uma ideia do tamanho do Saga, os pesquisadores afirmam que ele, sozinho, seria capaz de abastecer o
planeta inteiro durante 250 anos. Com uma área total de um milhão e duzentos mil quilômetros quadrados, o aquífero tem
75% de sua extensão em território brasileiro.
Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 17 out. 2022.
Utilizando notação científica, qual é a representação, em metro cúbico, do volume do Saga?
A 1,62 ⋅ 1010
B 1,62 ⋅ 1011
C 1,62 ⋅ 1012
D 1,62 ⋅ 1013
E 1,62 ⋅ 1014
GabariTO: E
Matemática e suas Tecnologias
C1H1
O volume total da reserva é igual a 162 000 km3. Como 1 km = 1 000 m, ao elevar os dois lados da igualdade ao cubo,
tem-se:
1 1 000 1 10 1 103 3 3 3 3 3 9 3 km m km m km m� � � � � � � � � � � � �
Assim, o volume total da reserva vale 162 000 ⋅ 109 m3. Para representar esse valor em notação científica, é necessário que
o fator que multiplica a potência de 10, conhecido como mantissa, esteja compreendido no intervalo [1, 10).
Portanto, em notação científica, o volume do Saga deve ser representado por 1,62 ⋅ 105 ⋅ 109 = 1,62 ⋅ 1014 m3.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, após concluir que o volume da reserva é 162 000 ⋅ 109 m3, considerou-se que
a vírgula da mantissa viria da esquerda para a direita no número 162 000 e que, desse modo, pelo fato de a vírgula ser
deslocada apenas uma casa para gerar o fator 1,62, o expoente da base 10 teria apenas uma unidade a mais.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se 10 103 3 6 3 m m� � � .
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, ao representar 162 000 em notação científica, considerou-se que o expoente
da base 10 seria numericamente igual à quantidade de algarismos zero existente nesse número.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se que, na obtenção da mantissa, a vírgula teria percorrido quatro
casas decimais.
QUESTÃO 139
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q14
O técnico de atletismo de um clube esportivo preparou um treino de precisão para a sua equipe de arremesso de peso.
Para isso, ele restringiu tanto o alcance horizontal do lançamento, que poderia variar de 10 m a 15 m, como a sua altura
máxima, que deveria ser, necessariamente, maior do que 4 m e menor do que 6 m.
Com base nas restrições apresentadas, sejam A e B, respectivamente, o conjunto dos possíveis alcances horizontais
e o conjunto das possíveis alturas máximas de um arremesso realizado nesse treino.
Qual é o gráfico que melhor representa o produto cartesiano dos conjuntos A e B, nessa ordem?
A
y
6
4
10 15 x
B
y
6
4
10 x15
C
y
6
4
10 15 x
D
y
6
4
10 15 x
E
y
6
4
10 15 x
GabariTO: a
Matemática e suas Tecnologias
C1H2
O produto cartesiano de dois conjuntos A e B, nessa ordem, corresponde ao conjunto formado por todos os pares
ordenados (x, y), tal que x ∈ A e y ∈ B. De acordo com o enunciado, os elementos x de A são tais que 10 ≤ x ≤ 15, pois
o alcance do arremesso está restringido de 10 m até 15 m, ou seja, os valores das extremidades desse intervalo real
devem ser considerados. Por sua vez, os elementos y de B são tais que 4 < y < 6, pois a altura máxima do arremesso está
restringida a valores maiores do que 4 m e menores do que 6 m, ou seja, as extremidades desse intervalo real devem ser
desconsideradas.
Assim, o produto cartesiano pode ser expresso por um retângulo que, horizontalmente, vai de 10 até 15 e, verticalmente,
vai de 4 até 6. Porém, as linhas horizontais para y = 4 e y = 6 devem ser tracejadas, e, por fazerem parte dessas linhas,
os vértices do retângulo devem ser abertos, pois o conjunto relativo ao produto cartesiano de A por B não contém pares
ordenados do tipo (x, 4) e (x, 6) – uma vez que os elementos 4 e 6 não pertencem ao conjunto B.
Portanto, o gráfico que melhor representa o produto cartesiano dos conjunto A e B, nessa ordem, é dado por:
y
6
4
10 15 x
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se que o alcance horizontal do arremesso estaria restringido entre
10 m e 15 m e que a altura máxima do arremesso estaria restringida de 4 m a 6 m.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente,considerou-se que o alcance horizontal do arremesso estaria restringido entre
10 m e 15 m.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-se que, para alcances entre 10 m e 15 m, a altura máxima não
poderia ser igual a 4 m ou a 6 m.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se que a altura máxima do arremesso estaria restringida de 4 m
a 6 m.
QUESTÃO 140
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q15
Na teoria da música ocidental, uma forma de se calcular
a frequência de uma nota que é consonante ao ser tocada
junto de outras duas notas diferentes, de frequências X e
Y, consiste em extrair a média geométrica dos valores de X
e de Y, o que pode ser feito por meio da expressão X Y⋅ .
Nessas condições, a expressão fornecida permite concluir
que a frequência, em hertz (Hz), da nota consonante
tocada junto de duas notas de frequências X = 750 Hz e
Y = 1 080 Hz é igual a
A 330.
B 600.
C 750.
D 900.
E 915.
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Ao decompor os valores das frequências X e Y em fatores
primos, têm-se:
X = 750 = 2 ⋅ 3 ⋅ 53
Y = 1 080 = 23 ⋅ 33 ⋅ 5
Assim, X ⋅ Y = 24 ⋅ 34 ⋅ 54. Ao substituir o valor fatorado de
X ⋅ Y na expressão fornecida, tem-se:
X Y� � � � � � � � � � �2 3 5 2 3 5 4 9 25 9004 4 4 2 2 2
Portanto, a frequência da nota consonante tocada junto das
notas de frequências X e Y vale 900 Hz.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, calculou-se a
diferença Y – X.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
X ⋅ Y = 26 ⋅ 32 ⋅ 54.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
X ⋅ Y = 22 ⋅ 32 ⋅ 56.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, calculou-se a
média aritmética entre X e Y.
QUESTÃO 141
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q04
A estampa de um papel de parede apresenta o padrão
geométrico mostrado a seguir, formado por pentágonos
congruentes que, apesar de não serem equiângulos,
encaixam-se perfeitamente uns nos outros, o que faz
aparecer, nesse padrão, hexágonos irregulares com lados
opostos paralelos.
Sabe-se que, quando uma figura apresenta um ou
mais eixos de simetria, ela é invariante por rotações de um
ângulo θ em torno de seu centro, de modo que � �
�
2
n
, em
que n corresponde à quantidade de eixos de simetria dessa
figura.
Nessas condições, o padrão geométrico desse papel de
parede é invariante por rotações de qual medida angular
expressa em radiano?
A π
B
π
2
C
2
5
π
D
π
3
E
π
4
GabariTO: a
Matemática e suas Tecnologias
C2H7
Para resolver a questão, pode-se utilizar qualquer figura
da estampa que se repita da mesma forma por toda a
extensão do padrão geométrico e que seja dotada de eixos
de simetria. Isso é válido, pois, se a figura escolhida for
invariante por rotações de θ radianos, todo o restante da
imagem também deverá ser, uma vez que uma é formada
pela repetição de unidades da outra. Nesse sentido, é
possível escolher, por exemplo, o hexágono a seguir, cuja
repetição nessa mesma disposição é capaz de formar,
sem necessidade de sobreposição e sem deixar lacunas,
o padrão geométrico do papel de parede. Além disso, nota-
se que esse hexágono apresenta dois eixos de simetria,
conforme indicado na figura.
Assim, ao aplicar a fórmula � �
�
2
n
, tem-se:
�
� �
�� � �
2 2
2n
rad
Portanto, o hexágono e, por consequência, o próprio padrão
geométrico são invariantes por rotações, em torno de seus
respectivos centros, de um ângulo igual a π radianos.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o padrão geométrico teria quatro eixos de simetria.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o padrão geométrico teria cinco eixos de simetria.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o padrão geométrico teria seis eixos de simetria.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o padrão geométrico teria oito eixos de simetria.
QUESTÃO 142
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q12
Um aplicativo de transporte de passageiros cobra, para
cada viagem, um valor fixo somado a um valor que depende
linearmente da quantidade de quilômetros percorridos.
Uma pessoa utilizou esse aplicativo três vezes, porém sem
saber o valor fixo e o valor por quilômetro percorrido que
foram cobrados em cada viagem. Assim, sobre as ocasiões
em que essa pessoa utilizou o aplicativo, têm-se apenas
as informações reunidas no quadro a seguir, em que P
corresponde ao valor total pago pela primeira viagem.
Viagem Quilômetros
percorridos
Preço total da
viagem (R$)
1a 12 P
2a 28 2P
3a 32 54
Com base nas informações do quadro, se essa pessoa
fizer uma viagem de 16 km pelo aplicativo de transporte,
qual será o valor total, em real, pago por ela?
A 24,00
B 27,00
C 30,00
D 32,00
E 36,00
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C5H21
Sejam f(x) a função correspondente ao valor pago, em
real, por uma viagem de x quilômetros nesse aplicativo, A
o valor pago a cada quilômetro percorrido e B o valor fixo
pago por viagem, todos em real. Assim, de acordo com as
informações do quadro para as duas primeiras viagens,
têm-se:
P = f(12) = 12A + B
2P = f(28) = 28A + B
Como o preço total da segunda viagem (2P) foi duas vezes
maior do que o preço total da primeira viagem (P), tem-se:
28A + B = 2 ⋅ (12A + B) ⇒ 28A + B = 24A + 2B ⇒ 4A = B
De acordo com as informações do quadro para terceira
viagem, tem-se:
54 = f(32) = 32A + B
Como 4A = B, têm-se:
54 = 32A + 4A ⇒ A = =
54
36
150,
B = 4 ⋅ A = 4 ⋅ 1,5 = 6
Desse modo, a cada viagem feita por meio desse aplicativo,
são cobrados A = R$ 1,50 por quilômetro percorrido e
B = R$ 6,00 como valor fixo.
Portanto, se essa pessoa fizer uma viagem de 16 km, o
valor total pago por ela será dado por:
f(16) = 1,5 ⋅ 16 + 6 = R$ 30,00
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o valor de P.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, ao verificar
pelo quadro que uma viagem de 32 km teve custo total de
R$ 54,00, considerou-se que uma viagem de 32
2
16 km km=
teria um custo total de R R$ , $ , 54 00
2
27 00= .
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, ao determinar
o valor de P e perceber que uma viagem de 12 km teve
custo total de 2 ⋅ 12 = R$ 24,00, considerou-se que uma
viagem de 16 km teria um custo total de 2 ⋅ 16 = R$ 32,00.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, ao determinar
o valor de 2P e perceber que uma viagem de 28 km teve
custo total de 20 + 28 = R$ 48,00, considerou-se que uma
viagem de 16 km teria um custo total de 20 + 16 = R$ 36,00.
QUESTÃO 143
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q14
Um arquiteto projetou a cozinha de uma casa de
modo que duas paredes opostas desse ambiente tenham
a mesma altura e a mesma largura. Com relação ao
revestimento dessas superfícies, uma parede será
totalmente preenchida com azulejos quadrados do tipo A,
que têm 125 mm de lado, e a outra parede será totalmente
preenchida com azulejos quadrados do tipo B, que têm
300 mm de lado. Sabe-se que, nesse processo, nenhum
azulejo precisará ser cortado. Além disso, de acordo com o
projeto do arquiteto, as paredes deverão ter a maior altura
possível que seja menor do que 4 m e a menor largura
possível que seja maior do que 4 m.
Com base nessas informações, o número mínimo de
azulejos que devem ser utilizados para revestir as duas
paredes dessa cozinha é igual a
A 1 014.
B 1 193.
C 1 296.
D 1 521.
E 1 728.
GabariTO: a
Matemática e suas Tecnologias
C1H5
Como os azulejos instalados nas duas paredes não serão
cortados, a altura e a largura dessas superfícies – que têm
as mesmas dimensões – devem ser, simultaneamente,
múltiplas de 125 mm (lado de um azulejo do tipo A) e de
300 mm (lado de um azulejo do tipo B).
Ao calcular o mínimo múltiplo comum entre 125 = 53 e
300 = 22 ⋅ 3 ⋅ 52, obtém-se mmc(125, 300) = 22 ⋅ 3 ⋅ 53 =
= 1 500 mm. Desse modo, a altura e a largura das paredes
devem ter medidas múltiplas de 1 500 mm.
De acordo com o enunciado, cada parede deve ter:
• a maior altura possível que seja menor do que 4 m;
• a menor largura possível que seja maior do que 4 m.
Como 3 000 mm = 3 m e4 500 mm = 4,5 m correspondem
às duas medidas múltiplas de 1 500 mm que são
imediatamente e respectivamente menor e maior do que
4 m, a altura e a largura das duas paredes devem ser iguais
a 3 m e 4,5 m, respectivamente.
Assim, o número mínimo de azulejos do tipo A necessário
é dado por:
Altura:
Largura:
Tot
3000
125
24
4500
125
36
�
�
azulejos
azulejos
aal Tipo A � � �24 36 864 azulejos
Já o número mínimo de azulejos do tipo B necessário é
dado por:
Altura:
Largura:
Tot
3000
300
10
4500
300
15
�
�
azulejos
azulejos
aal Tipo B � � �10 15 150 azulejos
Portanto, o número mínimo de azulejos que devem ser
utilizados é igual a 864 + 150 = 1 014.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que tanto a altura como a largura das paredes seriam
iguais a 4 000 mm = 4 m. Assim, obteve-se 4000
125
32= e
4000
300
13≅ .
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que tanto a altura como a largura das paredes seriam
iguais a 4 500 mm = 4,5 m. Além disso, determinou-se
apenas o número mínimo de azulejos do tipo A necessário
para revestir uma parede.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que tanto a altura como a largura das paredes seriam
iguais a 4 500 mm = 4,5 m.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que ambas as paredes seriam revestidas com azulejos do
tipo A.
QUESTÃO 144
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q18
A imagem a seguir mostra um quadro de bicicleta, que
é uma das principais estruturas desse meio de transporte,
pois reúne os pontos de fixação da maioria dos demais
componentes. Essa peça recebe esse nome por apresentar
o formato de um quadrilátero ABCD.
Com base na imagem, suponha que as barras BD e BC
são perpendiculares entre si e que os ângulos internos do
quadrilátero com vértices A, B e C medem, respectivamente,
43°, 154° e 34°.
Nessas condições, as medidas α e β dos ângulos indicados
na imagem são respectivamente iguais a
A 56° e 73°.
B 60° e 56°.
C 66° e 73°.
D 73° e 56°.
E 73° e 66°.
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C2H7
Na figura a seguir, o quadrilátero ABCD representa o
quadro da bicicleta com as medidas angulares informadas
no enunciado.
A D
43°
34°
B
C
154°
α
β
Dado que, de acordo com o teorema angular de Tales, a
soma dos ângulos internos de um triângulo vale 180°, no
triângulo BCD, tem-se:
90° + 34° + β = 180° ⇒ β = 180° – 124° = 56°
Seja x a medida do ângulo ABD . Como esse ângulo é
adjacente ao ângulo reto CBD e med ABC� � � 154°, tem-se:
154° = x + 90° ⇒ x = 154° – 90° = 64°
Assim, no triângulo ABD, tem-se:
43° + x + α = 180° ⇒ α = 180° – 43° – 64° = 73°
Portanto, α = 73° e β = 56°.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, inverteram-se
as medidas α e β.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, ao aplicar o
teorema angular de Tales no triângulo ABD para obter α,
utilizou-se a medida β no lugar dos 43°.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se
180° – 124° = 66°. Além disso, inverteram-se as medidas
α e β.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se
180° – 124° = 66°.
QUESTÃO 145
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q08
Ao desenvolver um projeto de programação, um aluno
do Ensino Médio criou um dispositivo eletrônico inteligente
composto de 120 lâmpadas ligadas por um fio conectado a
um computador, como mostra a figura a seguir.
Ao digitar um número natural qualquer nesse
computador, cada lâmpada de posição nésima, tal que n é um
divisor positivo do número digitado, é acesa. Porém, se n
não for divisor positivo do número digitado, a lâmpada da
respectiva posição permanece apagada.
Considere que, ao fazer dois testes com o dispositivo,
o aluno digitou 100 e, depois, 120. Considere ainda que
ambos os testes foram bem-sucedidos.
Nessas condições, o número de lâmpadas distintas que
foram acesas durante os dois testes é igual a
A 31.
B 25.
C 19.
D 16.
E 9.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Dado que a inserção de um número natural no computador
faz com que apenas as lâmpadas de posição nésima fiquem
acesas, tal que n é um divisor positivo do número inserido,
conclui-se que, no primeiro teste realizado, foram acesas
as lâmpadas das posições relativas aos divisores positivos
de 100 e, no segundo teste realizado, foram acesas as
lâmpadas das posições relativas aos divisores positivos
de 120.
Ao apresentar esses dois valores em suas formas fatoradas,
têm-se:
100 2
50 2
25 5
5 5
1 22 ⋅ 52
120 2
60 2
30 2
15 3
5 5
1 23 ⋅ 3 ⋅ 5
Como o número de divisores positivos de um número
inteiro positivo é dado, a partir de sua forma fatorada, pelo
produto entre os sucessores dos expoentes dos fatores
primos, têm-se:
(2 + 1) ⋅ (2 + 1) = 3 ⋅ 3 = 9 ⇒ número de divisores positivos
de 100
(3 + 1) ⋅ (1 + 1) ⋅ (1 + 1) = 4 ⋅ 2 ⋅ 2 = 16 ⇒ número de
divisores positivos de 120
Assim, conclui-se que, no primeiro teste (100), nove
lâmpadas foram acesas e, no segundo teste (120),
dezesseis lâmpadas foram acesas.
Porém, como a questão pergunta o número de lâmpadas
distintas que foram acesas nos dois testes, deve-se verificar
se há lâmpadas que foram acesas em ambos os testes,
por ocuparem posições relativas a números que são, ao
mesmo tempo, divisores de 100 e de 120.
Como o máximo divisor comum (mdc) de dois ou mais
números é dado pelos fatores primos que suas respectivas
formas fatoradas têm em comum elevados ao menor
expoente que ocorre para cada fator, tem-se:
mdc(100, 120) = 22 ⋅ 5 = 20
Desse modo, é necessário verificar, de 1 até 20, quais são
os números que dividem, ao mesmo tempo, 100 e 120. São
eles: 1, 2, 4, 5, 10 e 20; logo, há seis divisores positivos em
comum entre 100 e 120.
Seja T1 o conjunto dos valores correspondentes às posições
das lâmpadas acesas no primeiro teste. Assim, n(T1) = 9.
Seja T2 o conjunto dos valores correspondentes às posições
das lâmpadas acesas no segundo teste. Assim, n(T2) = 16.
O número de lâmpadas distintas acesas nos dois testes
corresponde a n(T1 ∪ T2). Logo:
n(T1 ∪ T2) = n(T1) + n(T2) – n(T1 ∩ T2) = 9 + 16 – 6 = 19
Portanto, durante os dois testes, 19 lâmpadas distintas
foram acesas.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) + n(A ∩ B).
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
n(A ∪ B) = n(A) + n(B).
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o número de lâmpadas acesas no segundo teste.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o número de lâmpadas acesas no primeiro teste.
QUESTÃO 146
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q18
Uma empresa de comércio eletrônico faz a
intermediação entre vendedores, que podem ser locais ou
estrangeiros, e pessoas que querem comprar produtos de
diversos segmentos. Um funcionário dessa empresa ficou
responsável por mapear o número de pedidos, de acordo
com a localização do vendedor, para os primeiros cinco
meses do ano anterior. O quadro a seguir apresenta os
dados que ele levantou para fazer esse trabalho.
Mês
Pedidos de
vendedores
locais
Pedidos de
vendedores
estrangeiros
Janeiro 312 040 108 490
Fevereiro 180 210 145 080
Março 126 040 207 000
Abril 123 200 131 000
Maio 250 570 97 250
Em qual mês o número total de pedidos (vendedores
locais + estrangeiros) tem algarismo 4 na ordem das
dezenas de milhar?
A Janeiro
B Fevereiro
C Março
D Abril
E Maio
GabariTO: E
Matemática e suas Tecnologias
C1H1
Para calcular o número total de pedidos de cada mês, deve-
-se fazer a soma dos números de pedidos de vendedores
locais e estrangeiros. Logo:
• Janeiro: 312 040 + 108 490 = 420 530
• Fevereiro: 180 210 + 145 080 = 325 290
• Março: 126 040 + 207 000 = 333 040
• Abril: 123 200 + 131 000 = 254 200
• Maio: 250 570 + 97 250 = 347 820
Em um número da forma abcdef, o algarismo b está na
ordem das dezenas de milhar.
Portanto, maio é o mês em que o número total de pedidos
tem algarismo 4 na ordem das dezenas de milhar.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
o número total de pedidos com algarismo4 na ordem das
centenas de milhar.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
o mês com número de pedidos de vendedores estrangeiros
com algarismo 4 na ordem das dezenas de milhar.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
o número total de pedidos com algarismo 4 na ordem das
dezenas.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
o número total de pedidos com algarismo 4 na ordem das
unidades de milhar.
QUESTÃO 147
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q14
O dono de uma ótica especializada em óculos
customizados recebeu a encomenda de uma armação
de metal cujos aros devem ter o formato de um polígono
regular de n lados. Como ele já tinha em seu estoque
uma armação com características semelhantes às da
encomenda, porém feita para lentes poligonais com n – 2
lados, ele decidiu reformar os aros da armação do estoque
e, para isso, teve que aumentar o ângulo interno do vértice
de cada aro em 9°.
Com base nessas informações, o valor absoluto da
diferença dos algarismos de n + n – 2 é igual a
A 3.
B 4.
C 5.
D 6.
E 7.
GabariTO: E
Matemática e suas Tecnologias
C2H8
Como a soma dos ângulos internos de um polígono convexo
de n lados é dada por n �� � �2 180°, infere-se que cada
ângulo interno de um polígono convexo regular de n lados
mede n
n
�� � �2 180°. Assim, dado que, na conversão de um
aro poligonal regular de n – 2 lados para um aro poligonal
regular de n lados, cada ângulo interno do primeiro polígono
foi ampliado em 9°, tem-se:
n
n
n
n
n
n
n
�� � �
�
� �� � �
�
� �
�
�� � �
�
�� � � � �
2 180 2 2 180
2
9
2 180 4 180 9
° °
°
° ° ° nn
n
n n n n
n
�� �
�
�
� �� � � � � � � �� � �
� �
2
2
2 180 180 720 9 18
180 720
2
2
° ° ° ° °
° °nn n n
n n n n
� � � �
� � � � � � � �
720 189 738
9 18 720 0 2 80 0
2
2 2
° ° °
° ° ° ° °
Ao resolver a equação do 2o grau, tem-se:
� � �� � � � � � � �� � � � �
�
� �� � �
� � �
�
�
�
�
2 4 1 80 4 320 324
2 324
2 1
2 18
2
2 1
2
n
n
↗
↘
88
2
10
2 18
2
8
�
�
�
� �
ou
n
Como n se refere ao número de lados de um polígono,
n > 0; logo, n = 10.
Assim, n + n – 2 = 10 + 10 – 2 = 18.
Portanto, o valor absoluto da diferença dos algarismos de
n + n – 2 é igual a 1 8 7� � .
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
n = 8.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
n = 14.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
n = 9.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
n = 15.
QUESTÃO 148
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q16
Uma empresa de transporte por aplicativo faz a
cobrança de seus clientes por meio do tempo de corrida.
Porém, em busca de uma lucratividade maior para o
negócio, realizou-se um estudo sobre a implementação
de uma nova forma de cobrança que, em vez do tempo,
utilizasse a distância total percorrida. Assim, criou-se um
modelo em que o custo da corrida é composto de um
valor fixo de R$ 15,00 acrescido de uma taxa constante
de R$ 3,00 por quilômetro percorrido (cobrada de maneira
proporcional para um número não inteiro de quilômetros).
No entanto, antes de mudar definitivamente a forma de
cobrança dos clientes, a direção da empresa decidiu testar
o novo modelo de precificação tendo como base o tempo
de corrida, em vez da distância. Nesse sentido, analisou-
-se uma amostra representativa de corridas para fazer o
levantamento da distância em função do tempo, conforme
o gráfico a seguir, que mostra uma variação linear da
distância, em quilômetro, em função do tempo, em minuto.
t (min)8
d (km)
4
Assim, com base nas informações coletadas, foi
possível definir uma forma de cobrança que, apesar
de manter a indicação do custo em função do tempo,
considera, também, a distância percorrida.
Após a implementação das mudanças, qual é a expressão
C(t) obtida para o custo C, em real, de uma corrida, em
função do seu tempo t, em minuto, de duração?
A C(t) = 15 + 6t
B C(t) = 15 + 3t
C C(t) = 15 + 2t
D C(t) = 15 + 1,5t
E C(t) = 15 + 0,5t
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C5H19
De acordo com o contexto apresentado, deve-se calcular
C(t) por meio do uso indireto da distância. Para tanto,
recorre-se à função d(t) que modela o gráfico fornecido,
pois, uma vez definida a função C(d), pode-se fazer a
composição de funções C(d(t)) = C(t).
Do gráfico, sabe-se que d(t) é uma função do primeiro
grau da forma d(t) = a ⋅ t. Como o ponto (8, 4) pertence ao
gráfico, infere-se que 4 = a ⋅ 8 ⇒ a = 0,5. Assim, d(t) = 0,5t.
Do texto, sabe-se que C(d) é uma função do primeiro grau
da forma C(d) = a ⋅ d + b. Como a taxa fixa é R$ 15,00 e
a taxa variável com a distância é R$ 3,00, infere-se que
C(d) = 15 + 3d.
Como C(d(t)) = C(t), ao fazer a composição de funções,
tem-se:
C(t) = C(d(t)) = 15 + 3 ⋅ d(t) ⇒ C(t) = 15 + 3 ⋅ 0,5t ⇒
⇒ C(t) = 15 + 1,5t
Portanto, C(t) = 15 + 1,5t.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
d(t) = 2t.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, após obter a
expressão de C(d), efetuou-se apenas a substituição da
variável d pela variável t.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, ao definir C(d),
considerou-se que a taxa variável com a distância seria
R$ 4,00.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, ao definir C(d),
considerou-se que a taxa variável com a distância seria
R$ 1,00.
QUESTÃO 149
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q04
Na liquidação de um supermercado, um cliente
aproveitou uma promoção para comprar diversas unidades
de um mesmo produto.
Sabe-se que o número de unidades compradas por
essa pessoa é composto de dois algarismos não nulos
cuja soma é igual a 3. Além disso, o preço, em real, de
cada unidade na promoção corresponde ao número
obtido com a troca de posição dos algarismos do número
de unidades compradas.
Nessas condições, o valor, em real, pago pelo cliente na
compra das unidades desse produto é igual a
A 90,00.
B 144,00.
C 252,00.
D 403,00.
E 441,00.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C1H1
Seja XY o número de unidades compradas, em que X é
o algarismo das dezenas e Y o algarismo das unidades.
Assim, de acordo com o enunciado, X + Y = 3.
Como X e Y são algarismos não nulos, os únicos valores
possíveis para ambos são X = 1 e Y = 2 ou X = 2 e Y = 1.
Assim, tem-se XY = 12 ou XY = 21, de modo que o cliente
pode ter comprado 12 unidades por R$ 21,00 cada ou
pode ter comprado 21 unidades por R$ 12,00 cada. Porém,
devido à propriedade comutativa da multiplicação, 12 ⋅ 21 =
= 21 ⋅ 12 = 252.
Portanto, o valor pago pelo cliente na compra das unidades
desse produto é igual a R$ 252,00.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
X = 3 e Y = 0 ou X = 0 e Y = 3.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que tanto o número de unidades como o valor, em real,
pago por unidade seriam iguais a 12.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que o número de unidades compradas pelo cliente teria
dois algarismos não nulos e distintos cuja soma é igual a
4, bem como que a troca de posição dos algarismos desse
número resultaria no número correspondente ao preço, em
real, de cada unidade do produto.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que tanto o número de unidades como o valor, em real,
pago por unidade seriam iguais a 21.
QUESTÃO 150
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q08
Na figura a seguir, fora de escala, os pontos A, B e
C representam os “marcos zero” de três cidades de um
determinado estado brasileiro.
C
A
B
θ
Sabe-se que a distância entre os marcos de A e de B
é 1,2 vez maior do que a distância entre os marcos de A e
de C.
Nessas condições, o ângulo de medida θ no interior do
triângulo ABC tem seno igual a:
A
5
6
B
6
5
C
5 61
61
D
6 61
61
E
61
6
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C2H8
Com base nas informações do enunciado, pode-se obter
a figura a seguir, em que o menor cateto do triângulo
retângulo ABC mede x e a hipotenusa mede a.
C
A
a
B
1,2x
x
θ
Ao aplicar o teorema de Pitágoras no triângulo ABC, tem-se:
BC AC AB a x x a x
a xa
� � � � � � � � � � � � � � � �
� �
�
�
2 2 2 2 2 2 2 2
2
2
2
1 2 2 44
244
100
, ,
��
� �
� �
� �
�
� �
� �
� � � �
4 61
100
2 61
100
2 61
10
0 2 61
2 2 2x a x
a x a x,
Ao calcular o valor de sen(θ), tem-se:
sen AB
BC
sen x
a
sen
x
x
� � �� � � � � � � � � � �
�
� �
� � �
12
12
0 2 61
61
61
5
5
6 61
6
,
,
, 11
Portanto, sen �� � � 6 61
61
.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
tg ABC� �.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
tg �� �.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
cos �� �.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
sen BC
AB
�� � � .
QUESTÃO 151
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q15
Duas famílias, A e B, partiram simultaneamente, com
seus respectivos carros, de um mesmo ponto para uma
cidade que dista 440 km do ponto de partida. Com 1,2 h
de viagem, após ter percorrido 120 km com velocidade
constante, o carro da família B teve um problema mecânico
e precisou ficar parado durante 2 h. A família A, por sua vez,
viajou em seu carro com velocidade constante também,
porém sem contratempos, de modo que passaram pelo
carro parado da família B 1,5 h depois do início da viagem.
Com a finalização do conserto do carro da família B, eles
seguiram viagem com a mesma velocidade constante de
antes e chegaram ao destino após a família A. A situação
descrita é ilustrada pelos gráficos inseridos no plano
cartesiano a seguir.
d (km)
t (h)
Considere a estrada retilínea e que os trechos de
velocidade constante estão associados a funções do
primeiro grau.
No momento em que a família A terminou a viagem, a
quantos quilômetros de distância a família B estava do
ponto de chegada?
A 40
B 88
C 90
D 110
E 120
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C6H25
Da observação do plano cartesiano, que relaciona
a distância percorrida (em km) em função do tempo
(em h), infere-se que o gráfico relativo à família B é o que
apresenta um trecho retilíneo paralelo ao eixo horizontal,
o qual corresponde ao intervalo de tempo no qual o carro
da família ficou parado por conta do problema mecânico.
Já o gráfico relativo à família A corresponde à reta que se
estende sempre com a mesma inclinação desde a origem
do plano cartesiano até o patamar da ordenada que,
por ser o mesmo em que termina o gráfico da família B,
corresponde ao ponto de chegada de ambas as famílias,
ou seja, a cidade distante 440 km do ponto de partida. Além
disso, sabe-se que:
• o carro da família B parou após percorrer 120 km
durante 1,2 h;
• o tempo de parada para o conserto do carro durou
2 h; logo, a família B retornou para a estrada
1,2 + 2 = 3,2 h depois do início da viagem;
• a família A ultrapassou a família B na estrada 1,5 h
após o início da viagem.
Com base em todas essas informações, as seguintes
marcações de referência podem ser inseridas nos eixos do
plano cartesiano.
d (km)
440
120
1,2 1,5 3,2 t (h)
A B
Com relação à viagem da família A e ao primeiro trecho
em movimento da família B (antes da quebra do carro),
percebe-se, respectivamente, que dA(t) = a ⋅ t e dB(t) = b ⋅ t.
Ao tomar o ponto (1,2; 120) do gráfico da família B, tem-se
120 = b ⋅ 1,2 ⇒ b = 100; logo, dB(t) = 100t para 0 ≤ t ≤ 1,2.
Ao tomar o ponto (1,5; 120) do gráfico da família A, tem-se
120 = a ⋅ 1,5 ⇒ a = 80; logo, dA(t) = 80t para todo o intervalo
de duração da viagem dessa família.
Como a distância total é igual a 440 km, para a família A,
tem-se 440 = 80t ⇒ t = 5,5 h, de modo que a família A
concluiu a viagem em 5,5 h. A posição da família B, por sua
vez, pode ser representada como y para t = 5,5 h, como
mostrado a seguir, de modo que, nesse instante, a família B
encontra-se a uma distância d do ponto de chegada.
d (km)
440
y
120
1,2 1,5 3,2 5,5 t (h)
d
Com relação ao segundo trecho em movimento da família
B (após o conserto do carro), como a velocidade é a
mesma do primeiro trecho, o coeficiente angular da reta a
partir de t = 3,2 h se mantém igual a b = 100, porém com
um novo coeficiente linear c, por conta do deslocamento
provocado pelo tempo em que o carro permaneceu parado.
Logo, dB(t) = 100t + c. Ao tomar o ponto (3,2; 120) do
gráfico da família B, tem-se 120 = 100 ⋅ 3,2 + c ⇒ c = –200;
logo, dB(t) = 100t – 200 para t ≥ 3,2. Assim, para t = 5,5 h,
y = 100 ⋅ 5,5 – 200 ⇒ y = 350 km.
Portanto, d = 440 – 350 = 90 km, o que significa que,
quando a família A terminou a viagem, a família B estava a
90 km do ponto de chegada.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o carro da família B ficou 1,5 h parado a partir de 1,2 h
de viagem. Assim, obteve-se c = –150.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que os dois carros se deslocaram ininterruptamente, um a
100 km/h e o outro a 80 km/h, de modo que o carro mais
lento estava a 88 km do ponto de chegada quando o carro
mais rápido terminou a viagem.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
dB(t) = 100t para t ≥ 3,2.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o carro da família B ficou 2 h parado a partir de 1,5 h
de viagem. Assim, obteve-se c = –230.
QUESTÃO 152
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q15
Seja MCDU a senha bancária de quatro dígitos usada
por uma pessoa. Sabe-se que o algarismo:
• M é o algarismo das unidades na soma do dia e do
mês de seu nascimento;
• C é o algarismo das dezenas na soma dos algarismos
do ano de seu nascimento;
• U é o algarismo das unidades na soma dos algarismos
do ano de seu nascimento.
Sabe-se ainda que o número representado por MCDU
é divisível por 13 e que essa pessoa nasceu no dia 6 de
agosto de 1992.
Com base nessas informações, a senha MCDU é
A 1251.
B 1261.
C 4121.
D 4221.
E 4251.
GabariTO: E
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Como a data de nascimento dessa pessoa é 6/8/1992, de
acordo com as informações do enunciado, têm-se:
6 8 1 4
1 9 9 2 2 1
1 9 9 2 2 1
� �
� � � �
� � � �
M
C
U
Assim, a senha é da forma 42D1, o que elimina as
alternativas A, B e C.
Como o número representado por MCDU é divisível por 13,
4 201 + 10 ⋅ D é divisível por 13.
Como a divisão de 4 201 por 13 deixa resto 2
(4 201 = 323 ⋅ 13 + 2), infere-se que 10 ⋅ D + 2 é divisível
por 13.
Dado que os múltiplos de 13 com dois algarismos são 13,
26, 39, 52, 65, 78 e 91, como 52 é o único desses valores
numéricos que tem o 2 como algarismo das unidades,
conclui-se que D = 5.
Portanto, a senha MCDU é 4251.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
6 8 1 4� �
M
. Além disso, considerou-se que D seria igual ao
resto da divisão de 1 201 por 13.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
6 8 1 4� �
M
.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que tanto C como U seriam representados pelo algarismo
das unidades na soma dos algarismos de 1992.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que D seria igual ao resto da divisão de 4 201 por 13.
QUESTÃO 153
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q21
A parte interna de um cabo de fibra óptica com seção
transversal circular de centro O contém um material
com seção transversal no formato do eneágono regular
ABCDEFGHI, por onde as informações são transmitidas.
Para reforçar a proteção contra impactos, o cabo foi inserido
dentro de um conduíte, cuja seção transversal quadrilátera
tangencia a seção transversal do cabo em quatro pontos,
dentre os quais estão os vértices B e I do eneágono, como
mostra a figura a seguir.
O
E
D
C
B
A
F
G
H
P
I
Considere que o eneágono regular está inscrito na
circunferência de centro O.
Nessas condições, a medida do ângulo BPI vale
A 80°.
B 90°.
C 100°.
D 108°.
E 120°.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C2H8
De acordo com o enunciado, o quadrilátero correspondente
à seção transversal do conduíte é tangente à circunferência
da seção transversal do cabo nos pontos B e I; logo,
infere-se que OBP e OIP são ângulos retos. Assim, ao
fazer med BOI� � � � e med BPI� � � �, obtém-se oesquema
a seguir.
O
E
D
C
B
A
F
G
H
P
α
β
I
Como a soma dos ângulos internos do quadrilátero BOIP é
igual a 360°, tem-se:
α + β = 360° – 90° – 90° = 180°
Assim, infere-se que BPI é um ângulo circunscrito.
Dado que BOI é um ângulo central da circunferência e
como o eneágono tem nove lados, dos quais dois lados
estão entre os vértices B e I, tem-se:
med BOI� � � � � ��
2
9
360 80° °
Portanto, a medida do ângulo BPI é dada por:
med BPI� � = β = 180° – α = 180° – 80° = 100°
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a medida do ângulo BOI .
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a seção transversal do conduíte seria um quadrado.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o número de lados do eneágono seria igual a 10.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o número de lados do eneágono seria igual a 12.
QUESTÃO 154
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q12
O conjunto define uma coleção de objetos relacionados
entre si. A linguagem de programação Pascal segue as
mesmas definições de conjuntos da Matemática. Os
conjuntos podem, por exemplo, ser:
• dias da semana;
• vogais do alfabeto;
• sequência de letras do alfabeto;
• tipos de fruta.
A palavra reservada set define um conjunto na
linguagem Pascal.
Disponível em: <http://marmsx.msxall.com>. Acesso em: 10 nov. 2022. (Adaptado)
Um software programado em linguagem Pascal tem
quatro tipos de set que são subconjuntos do conjunto dos
números naturais. São eles:
• A = números pares;
• B = números ímpares;
• C = números quadrados perfeitos;
• D = números primos.
Considere que, durante a programação desse software,
as dúvidas a seguir foram levantadas pelo programador.
I. A interseção de A e B é vazia?
II. A interseção de A e D é vazia?
III. A interseção de C e D é vazia?
Após uma breve pesquisa, o programador concluiu
corretamente que as respostas para as perguntas I, II e III
são, respectivamente,
A sim, sim e sim.
B sim, não e sim.
C sim, não e não.
D não, não e sim.
E não, sim e não.
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Como A = {0, 2, 4, 6, 8, ...}, B = {1, 3, 5, 7, 9, ...},
C = {1, 4, 9, 16, ...} e D = {2, 3, 5, 7, 11, ...}, as respostas
corretas para as três perguntas são:
I. sim, pois nenhum número natural é par e ímpar ao
mesmo tempo;
II. não, pois A ∩ D = {2};
III. sim, pois o número 1 não é primo e os demais
quadrados perfeitos do conjunto C têm, pelo menos,
três divisores cada, de modo que não podem ser
números primos.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-
-se que o 2 é o único número primo que também é número
par.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o 1 seria um número primo.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o zero seria um número par e ímpar ao mesmo tempo.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que o 1 seria um número primo e que o zero seria
um número par e ímpar ao mesmo tempo. Além disso,
desconsiderou-se que o 2 é o único número primo que
também é número par.
QUESTÃO 155
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q09
Um portal de notícias especializado em música realizou
uma pesquisa para saber dos internautas se comprariam
ingressos para dois grandes festivais de música que
ocorrerão no Brasil em 2023. As possíveis respostas para
a pesquisa eram:
• sim, para ambos os festivais;
• sim, mas apenas para o festival A;
• sim, mas apenas para o festival B;
• não compraria para nenhum festival.
Sabe-se que cada participante da pesquisa marcou
apenas uma das opções de resposta. Assim, após
o encerramento da pesquisa, verificou-se que, dos
respondentes, 40% comprariam ingressos apenas para
o festival A e 35% comprariam ingressos apenas para o
festival B. Além disso, a diferença entre o percentual de
participantes que não comprariam ingressos para nenhum
festival e o percentual de participantes que comprariam
ingressos para ambos os festivais, nessa ordem, é igual
a 5%.
Com base nessas informações, qual é o percentual de
participantes que compraria ingressos para o festival B?
A 35%
B 40%
C 45%
D 50%
E 55%
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C1H5
Seja P o conjunto formado por todos os participantes da
pesquisa. De acordo com as informações do enunciado,
pode-se montar o diagrama de Euler–Venn a seguir.
P
40% x 35%
x + 5%
Festival A
Nenhum festival
Festival B
Assim, como P = 100%, tem-se:
40% + x + 35% + x + 5% = 100% ⇒ 2x = 100% – 80% ⇒
⇒ x = 20
2
% = 10%
Portanto, 10% + 35% = 45% dos participantes da pesquisa
comprariam ingressos para o festival B.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se o percentual de participantes que comprariam
ingressos apenas para o festival B.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, adicionou-se
ao percentual de 35% o percentual de 5% relativo à
diferença entre o percentual de pesquisados que não
comprariam ingressos para nenhum festival e o percentual
de participantes que comprariam ingressos para ambos
os festivais.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que a diferença entre o percentual de participantes
que não comprariam ingressos para nenhum festival e o
percentual dos que comprariam ingressos para ambos os
festivais, nessa ordem, seria igual a –5%.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que a diferença entre o percentual de participantes
que não comprariam ingressos para nenhum festival e o
percentual dos que comprariam ingressos para ambos
os festivais, nessa ordem, seria igual a –5%. Além
disso, determinou-se o percentual de pesquisados que
comprariam ingressos para o festival A.
QUESTÃO 156
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q14
Uma fábrica de materiais plásticos produz enfeites de
Natal com formato de polígonos estrelados regulares com
cinco e oito pontas, como mostram as figuras a seguir.
Para gerar as pontas de cada tipo de estrela, diversos
pedaços de plástico colorido são cortados em formatos
poligonais pontiagudos, de modo que a ponta mais aguda
dos pedaços utilizados na produção de uma estrela têm a
mesma medida angular α, dada em graus. Esses pedaços
são colados lado a lado para formar cada ponta da estrela,
cujo ângulo interno é resultado da soma dos ângulos α dos
pedaços de plástico formadores dessa ponta.
Sabe-se que a medida α deve ser múltipla de 3°
e divisora das medidas, em grau, do ângulo interno nas
pontas dos dois tipos de estrelas.
Nessas condições, as únicas opções para a medida α são
A 1°, 2°, 3°, 4°, 6°, 9°, 12°, 18° e 36°.
B 3°, 6°, 9°, 12°, 15° e 18°.
C 1°, 2°, 3°, 6°, 9° e 18°.
D 3°, 6°, 9° e 18°.
E 6°, 9° e 18°.
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C1H4
A circunferência que circunscreve o pentágono regular
estrelado fica dividida pelas pontas desse polígono
em cinco arcos de 360
5
72° °= cada. Como os ângulos
internos dessas pontas estão inscritos na circunferência e
“enxergam” um arco de 72°, conclui-se que a medida do
ângulo interno nas pontas do pentágono regular estrelado
vale 72
2
36° °= , como mostra a figura a seguir.
72°
36°
Por sua vez, o octógono regular estrelado é formado pela
sobreposição de dois quadrados. Logo, a medida do ângulo
interno nas pontas desse polígono vale 90°, como mostra
a figura a seguir.
Dado que mdc(36°, 90°) = 18°, conclui-se que a medida α
da ponta mais aguda dos pedaços de plástico utilizados na
montagem das estrelas é divisora de 18°. Além disso, como
α também deve ser múltiplo de 3°, as únicas opções para a
medida α são 3°, 6°, 9° e 18°. A tabela a seguir apresenta,
de acordo com a medida α, o número de pedaços de
plástico necessários para formar cada ponta dos dois tipos
de estrelas.
Número de pedaços de plástico
colados em uma ponta da estrela
α Pentágono regular
estrelado
Octógono regular
estrelado
3° 12 30
6° 6 15
9° 4 10
18° 2 5
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
mdc(36°, 90°) = 36° e concluiu-se que o valor de α poderia
ser qualquer divisor de36°.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o valor de α poderia ser qualquer múltiplo de 3° menor
ou igual a mdc(36°, 90°) = 18°.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-
-se que o valor de α deveria ser múltiplo de 3°.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-
-se o fato de que todo número natural é múltiplo de si
mesmo.
QUESTÃO 157
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q17
Durante a visita a uma obra, um engenheiro civil
precisou calcular a tangente de um ângulo de 41°24', a fim
de determinar a altura final de uma coluna de concreto em
processo de construção. Porém, quando ele foi pegar o
celular para utilizar a calculadora, o aparelho caiu no chão
e parte da tela foi danificada, de modo que os comandos
seno e tangente da calculadora não puderam ser acionados.
Apesar disso, o engenheiro ainda conseguiu acionar o
comando cosseno, por meio do qual ele obteve, com
aproximação de três casas decimais, cos(41°24') ≅ 0,750.
Com base no valor obtido e em seus conhecimentos
trigonométricos, o engenheiro pôde concluir corretamente
que a tangente de 41°24' está mais próxima de:
A
7
3
B
7
4
C
7
12
D
1
3
E
3 7
7
GabariTO: a
Matemática e suas Tecnologias
C2H9
Seja x = 41°24’. Como 0 750 3
4
, = , ao aplicar a relação
fundamental da trigonometria, tem-se:
sen x x sen x
sen x sen
2 2 2
2
2 2
1 3
4
1
1 9
16
( ) cos ( ) ( )
( ) (
� � � � �
�
�
�
�
� � �
� � � � xx
sen x
)
( )
�
�
�
� � �
16 9
16
7
16
Porém, como 0 < x < 90°, sen(x) > 0; logo, sen x( ) = =
7
16
7
4
.
Portanto, como tg x
sen x
x
� � � � �
� �cos
, tem-se:
tg( ')41 24
7
4
3
4
7
3
° = =
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
sen(41°24’).
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
sen(41°24’) = 7
16
.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a relação fundamental da trigonometria seria dada por
sen(x) + cos(x) = 1.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
tg x
x
sen x
� � � � �
� �
cos .
QUESTÃO 158
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q10
Em um curso de desenvolvimento de jogos, uma aluna
realizou um projeto inspirado no clássico jogo Donkey
Kong, da década de 1980. A figura a seguir mostra a tela
inicial do jogo desenvolvido pela aluna.
O jogador controla o personagem que aparece na parte
de baixo da tela inicial, e o objetivo do jogo é conduzi-lo por
uma sequência de plataformas sobrepostas e conectadas
por escadas até a última plataforma, na qual uma princesa
é mantida refém por um macaco gigante. Com exceção
da primeira, da penúltima e da última plataforma, que
são horizontais, as demais plataformas estão igualmente
desniveladas e pendem, alternadamente, para a direita e
para a esquerda. Além disso, algumas das escadas que
conectam as plataformas têm degraus a menos, de modo
que o personagem não consegue utilizá-las para subir ou
descer.
Considere que o jogador pode movimentar o personagem,
sobre as plataformas, apenas para a direita e para a
esquerda, sem fazê-lo saltar, e, sobre as escadas, apenas
para cima e para baixo. Considere ainda que os movimentos
realizados nessas direções são retilíneos, uniformes e com
velocidade, em módulo, constante. Desse modo, ao se
deslocar pelo cenário de jogo, a altura h do personagem em
relação à primeira plataforma varia linearmente em função
do tempo t, com uma razão ∆
∆
h
t
que depende apenas do
sentido do movimento e da parte do cenário em que ele
ocorre: plataforma horizontal, inclinada ou escada.
Com base na tela inicial apresentada, suponha que o
jogador conduza o personagem pelo caminho mais curto
até a plataforma em que a princesa se encontra e no menor
tempo possível.
Nessas condições, o gráfico que melhor relaciona a variação
da altura h da posição do personagem em relação à primeira
plataforma, em função do tempo t transcorrido desde o início
do jogo, é expresso por:
A
h
t
B
h
t
C
h
t
D
h
t
E
h
t
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C6H24
Na tela inicial apresentada no enunciado, o menor caminho
que o personagem pode fazer para chegar à plataforma em
que a princesa se encontra é dado por:
Primeiramente, deve-se notar que, como o trajeto do
personagem de A até M é inteiramente realizado com
movimentos retilíneos e uniformes, o gráfico h t× será
composto de segmentos de reta conectados. A análise
detalhada do deslocamento revela que os quatro
movimentos sobre plataformas inclinadas são ascendentes,
ou seja, a variação da altura do personagem é positiva
quando ele passa pelas plataformas. Já no deslocamento
feito sobre a primeira e a penúltima plataforma, que são
horizontais, não há variação da altura h em função do
tempo t. Por fim, em todos os seis deslocamentos feitos
sobre escadas, a variação da altura do personagem é
positiva e maior do que a variação experimentada em
qualquer um dos deslocamentos feitos sobre plataformas
inclinadas. Assim, pelo fato de o módulo da velocidade
do personagem ser constante em todas as direções em
que ele se movimenta, subentende-se que o coeficiente
angular do gráfico nos trechos correspondentes à
passagem do personagem por escadas será maior do
que o coeficiente angular nos trechos correspondentes
à passagem do personagem por plataformas inclinadas.
Além disso, o módulo da velocidade constante também
faz com que a diferença entre os tamanhos de cada trecho
do gráfico respeite a diferença entre os tamanhos dos
segmentos AB, BC, CD, DE, EF, FG, GH, HI, IJ, JK, KL e
LM na figura anterior.
Com base nessas informações, ao analisar cada parte do
deslocamento do personagem da primeira até a última
plataforma, têm-se:
A → B (plataforma horizontal): trecho paralelo ao eixo t;
B → C (escada): curto trecho com grande inclinação;
C → D (plataforma inclinada): trecho com pequena
inclinação e menor do que o trecho de AB;
D → E (escada): curto trecho com grande inclinação;
E → F (plataforma inclinada): trecho com pequena
inclinação e menor do que o trecho de CD;
F → G (escada): curto trecho com grande inclinação;
G → H (plataforma inclinada): trecho com pequena
inclinação e maior do que o trecho de CD;
H → I (escada): curto trecho com grande inclinação;
I → J (plataforma inclinada): trecho com pequena inclinação
e maior do que o trecho de GH;
J → K (escada): curto trecho com grande inclinação;
K → L (plataforma horizontal): trecho paralelo ao eixo t e
menor do que o trecho de AB;
L → M (escada): curto trecho com grande inclinação;
Portanto, o único gráfico h × t que reúne todas essas
caraterísticas é o da alternativa B:
h
tA B
C
D
E F
G
H
I
J
K
L
M
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que os trechos do gráfico correspondentes à passagem
do personagem por escadas seriam representados por
segmentos verticais.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que os trechos do gráfico correspondentes à passagem
do personagem por escadas seriam representados por
segmentos verticais. Além disso, considerou-se que
os trechos do gráfico correspondentes à passagem
do personagem por plataformas inclinadas seriam
decrescentes, no caso de plataformas pendidas para a
direita, e crescentes, no caso de plataformas pendidas para
a esquerda.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que os trechos do gráfico correspondentes à passagem
do personagem por plataformas inclinadas seriam
decrescentes, no caso de plataformas pendidas para a
direita, e crescentes, no caso de plataformas pendidas para
a esquerda.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que apenas as escadas seriam responsáveis por elevar o
personagem até a altura da plataforma em que a princesa
se encontra. Além disso, considerou-se que os trechos do
gráfico correspondentes à passagem do personagem por
escadas seriam representados por segmentos verticais.
QUESTÃO 159
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q06
O funcionário de uma marcenaria precisou cortar placas
de madeira no formato dedois triângulos congruentes. As
figuras a seguir mostram o formato final das placas que ele
obteve após os cortes.
A
B
C
D
F
E
Sabe-se que BC < AB < AC e que DF < EF < DE.
Despreze a espessura das placas.
Para que as placas triangulares cortadas pelo marceneiro
sejam congruentes, é necessário e suficiente que
A med ABC med DFE � � � � � e med BAC med DEF� �� � � � �.
B
AC
DE
BC
DF
AB
EF
k k� � � � �
�,
.
C AB = EF e BC = DF.
D AC = DE, AB = EF e med ABC med DFE � � � � �.
E AC = DE, BC = DF e med ACB med EDF � � � � �.
GabariTO: E
Matemática e suas Tecnologias
C2H7
Como não é possível assegurar que as duas placas têm
formato de triângulos retângulos, elas serão congruentes
apenas se obedecerem a um dos quatro casos de
congruência de triângulos: LAL, ALA, LLL ou LAAO.
Portanto, na alternativa E, nota-se que AC = DE, BC = DF
e med ACB med EDF � � � � � garante a congruência das duas
peças pelo caso LAL (lado – ângulo – lado), pois verifica-
-se que, em um dos triângulos, dois lados e o ângulo
determinado por esses lados são congruentes; no outro
triângulo, a dois lados e ao ângulo determinado por esses
lados.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se
o critério de congruência entre triângulos com o critério de
semelhança entre triângulos.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-
-se que, para haver congruência, seria estritamente
necessário ter k = 1.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a congruência entre dois pares de lados seria suficiente
para garantir que o terceiro lado tivesse a mesma medida
nos dois triângulos.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
a existência do caso de congruência LLAO.
QUESTÃO 160
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q16
Um investidor do setor hoteleiro decidiu criar sua
própria rede de hotéis. Além disso, para expandir o seu
negócio em nível mundial, ele pretende inaugurar um hotel
por ano até 2081, de modo que inaugurações sucessivas
sejam sempre feitas em continentes distintos. Para tanto,
estabeleceu-se que a escolha do continente para a próxima
inauguração deve sempre respeitar a seguinte ordem:
África, América, Ásia, Europa, Oceania, América, Ásia e
Europa. Após o último continente da ordem estabelecida, o
ciclo de inaugurações se repete continuamente até o último
hotel da rede ser inaugurado. Considere que o primeiro
hotel da nova rede vai ser inaugurado em 2024.
Nessas condições, o último hotel dessa rede será
inaugurado na
A África.
B América.
C Ásia.
D Europa.
E Oceania.
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C1H2
Primeiramente, deve-se observar que, como o primeiro e
o último hotel vão ser inaugurados em 2024 e em 2081,
respectivamente, o número total de hotéis que vão compor
essa rede é igual a 2 081 – 2 024 + 1 = 58. Além disso,
de acordo com a ordem de continentes estabelecida, o
ciclo de inaugurações se repete a cada oito anos, pois a
sequência é formada por África, América, Ásia, Europa,
Oceania, América, Ásia e Europa (oito continentes) e as
inaugurações devem acontecer uma vez por ano.
Ao dividir 58 por 8, obtêm-se a parte inteira do quociente
igual a 7 e o resto igual a 2 (58 = 8 ⋅ 7 + 2). Assim, conclui-
-se que, de 2024 a 2081, haverá sete ciclos completos
de oito inaugurações e mais um ciclo incompleto formado
por duas inaugurações nos dois primeiros continentes da
sequência (África e América, nessa ordem).
Portanto, o último hotel dessa rede será inaugurado na
América.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, ao calcular a
diferença 2 081 – 2 024, considerou-se que o número total
de hotéis que vão formar essa rede seria igual a 57.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que um ciclo de inaugurações completo teria cinco
elementos (em vez de oito).
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o último hotel a ser inaugurado deveria corresponder
ao último continente que aparece no ciclo completo de
inaugurações.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que um ciclo de inaugurações completo teria cinco
elementos (em vez de oito), em que a Oceania seria o
último continente da sequência e, como tal, receberia a
inauguração do último hotel da rede.
QUESTÃO 161
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q11
O projeto arquitetônico de um parque prevê a
construção de dois grandes jardins retangulares, α e β,
que se intersetam parcialmente e, com isso, provocam um
interessante efeito de sobreposição, como mostra a figura
a seguir.
α
β
Na versão digital da planta-baixa desse parque, o
posicionamento de ambos os jardins foi computado por
meio de sistemas de inequações, que têm como referência
o mesmo plano cartesiano com eixos cotados em metro. Os
sistemas representativos dos dois jardins são expressos
por � :
� � �
� � �
�
�
�
6 10
4 8
x
y e � :
� � �
� � �
�
�
�
2 18
8 2
x
y
, de modo que A e
B correspondem, respectivamente, aos conjuntos dos
pontos do plano cartesiano que satisfazem os sistemas
computados para α e β.
Nessas condições, a região dos jardins representada pelo
conjunto (B – A) tem área, em m2, igual a
A 8.
B 72.
C 80.
D 120.
E 128.
GabariTO: E
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
De acordo com os intervalos numéricos indicados nos
sistemas de inequações, tem-se:
α
10 m
y = 2
y = 8
x = –6 16 m
y
x = 10
12 m
x = –2 20 m x = 18
–10
–5
5
–10 –5 0 5 10 20 x15
10
y = –8
y = –4
β
Assim, as áreas dos jardins α e β são dadas por:
Aα = 12 ⋅ 16 = 192 m2
Aβ = 10 ⋅ 20 = 200 m2
Além disso, como a região de interseção dos jardins α e β
tem dimensões iguais a 10 – (–2) = 12 m e 2 – (–4) = 6 m,
sua área é dada por:
A m� �� � � �12 6 72 2
Como A representa o conjunto dos pontos do plano
cartesiano que formam o jardim α e, por sua vez, B
representa o conjunto dos pontos do mesmo plano que
formam o jardim β, as regiões do plano representadas
pelos conjuntos A e B têm áreas iguais a, respectivamente,
192 m2 e 200 m2. Analogamente, a região representada por
A ∩ B tem área igual a 72 m2.
Portanto, dado que B – A = B – (A ∩ B), conclui-se que
a região do plano representada pelo conjunto (B – A) tem
área igual a 200 – 72 = 128 m2.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, subtraiu-
-se da área correspondente ao conjunto B toda a área
correspondente ao conjunto A, em vez de subtrair apenas a
área correspondente à interseção dos dois conjuntos.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se a área da região do plano correspondente ao conjunto
A ∩ B.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, ao calcular a
área das regiões do plano correspondentes a B e a A ∩ B,
efetuou-se (18 – 2) ⋅ (2 – 8) = 96 e (10 – 2) ⋅ (2 – 4) = 16,
respectivamente.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a área do plano correspondente ao conjunto (A – B).
QUESTÃO 162
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q12
Um estudo sobre velocidade de transmissão de
dados do Brasil para outras partes do mundo averiguou
que determinada informação transmitida de Brasília
leva, em média, 120 milissegundos para chegar até
Washington, 150 milissegundos para chegar até Paris
e 500 milissegundos para chegar até Pequim, em que
1 milissegundo = 10–3 segundo.
Suponha que, após a obtenção desses dados,
realizou-se um teste em que, inicialmente, a informação
utilizada na pesquisa foi transmitida de Brasília para as três
capitais no exterior ao mesmo tempo. Após essa primeira
transmissão simultânea, a mesma informação passou
a ser repetidamente transmitida para as três cidades em
intervalos de tempo constantes e distintos, correspondentes
aos respectivos tempos médios averiguados pelo estudo.
Suponha ainda que esse teste teve duração de nove
segundos.
Nessas condições, após a primeira transmissão simultânea
e até o encerramento do teste, quantas vezes a informação
foi novamente transmitida de Brasília para as três capitais
no exterior ao mesmo tempo?
A 1
B 3
C 30
D 300
E 3 000
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C1H3De acordo com o enunciado, após a primeira transmissão
simultânea da informação para as três capitais, uma nova
transmissão passou a ser transmitida para:
• Washington a cada 120 milissegundos;
• Paris a cada 150 milissegundos;
• Pequim a cada 500 milissegundos.
Assim, para determinar o instante em que a transmissão
da informação voltou a ser feita simultaneamente para as
três capitais, deve-se calcular o mmc(120, 150, 500). Logo:
120 2 3 5
150 2 3 5
500 2 5
120 150 500 2 3 5
3
2
2 3
3 3
� � �
� � �
� �
�
�
�
�
�
� � � � �mmc , , �� 3000
Desse modo, após o início do teste, a transmissão da
informação é feita ao mesmo tempo para as três capitais
a cada 3 000 milissegundos. Como 1 milissegundo = 10–3
segundo, 3 000 milissegundos = 3 segundos.
Portanto, dado que o teste teve duração de 9 segundos,
conclui-se que a transmissão simultânea voltou a ocorrer
3 s, 6 s e 9 s após o início do teste, ou seja, três vezes.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
mdc(120, 150, 500) = 10 e concluiu-se que esse valor
corresponderia ao tempo, em segundo, até a próxima vez
em que uma transmissão simultânea para as três capitais
ocorreria. Com isso, considerou-se apenas a transmissão
simultânea que deu início ao teste.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
3 000 milissegundos = 0,3 segundo.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
3 000 milissegundos = 0,03 segundo.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
3 000 milissegundos = 0,003 segundo.
QUESTÃO 163
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q19
Em uma reunião entre amigos, todas as pessoas
chegaram sozinhas e cumprimentaram umas às outras com
apenas um abraço, sem exceção. Sabe-se que, no total,
120 cumprimentos na forma de abraço foram dados nessa
reunião. Ao se dar conta disso, um professor de Matemática
presente no encontro mostrou que, curiosamente, havia um
polígono convexo capaz de ilustrar todos os cumprimentos
que aconteceram na reunião, em que cada amigo seria
representado por um vértice desse polígono e cada abraço
seria representado por um de seus lados ou por uma de
suas diagonais.
Nessas condições, o número de pessoas que participaram
da reunião é igual a
A 17.
B 16.
C 15.
D 12.
E 10.
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C2H8
Seja n a quantidade de pessoas que participaram da
reunião. Como todas elas se cumprimentaram, sem
exceção, com um abraço, pode-se fazer a analogia dessa
situação com um polígono convexo em que cada pessoa
representa um vértice e cada abraço representa um lado ou
uma diagonal do polígono.
Por exemplo, em uma reunião com seis participantes (A, B,
C, D, E e F), cada pessoa precisa cumprimentar 6 – 1 = 5
pessoas. Assim, ao posicioná-las como os vértices de um
hexágono e traçar cinco linhas ligando cada pessoa aos
demais indivíduos, observa-se que essas linhas acabam
por formar os lados e as diagonais desse hexágono, como
mostra a figura a seguir.
B
A
F
E C
D
Desse modo, dado que um polígono com n vértices tem
n lados, como o número de diagonais de um polígono
convexo com n lados é dado por n n� �� �3
2
, na reunião em
que houve 120 abraços, tem-se:
n
n n
n n n n n�
� �� �
� � � � � � � � �
3
2
120 2 3 240 240 02 2
Ao resolver a equação do 2o grau, tem-se:
� � �� � � � � � � �� � � � �
�
� �� � �
� � �
�
�
�
1 4 1 240 1 960 961
1 961
2 1
1 31
2
32
2
n
n
↗
↘
22
16
30
2
15
�
�
�
� �
ou
n
Como n se refere ao número de pessoas, n > 0; logo, n = 16.
Portanto, 16 pessoas participaram da reunião.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se o número de lados do polígono cuja quantidade de
diagonais mais se aproxima de 120.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, ao aplicar a
fórmula de Bhaskara, considerou-se n b
a
�
�
�
�
� ��
2
1 31
2
.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o número de diagonais de um polígono convexo seria
dado por n ⋅ (n – 3).
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o número de diagonais de um polígono convexo seria
dado por n ⋅ (n – 3). Além disso, ao aplicar a fórmula de
Bhaskara, considerou-se n b
a
�
�
�
�
� ��
2
2 22
2
.
QUESTÃO 164
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q13
Um grupo de cientistas estudou o resfriamento de uma
determinada substância e descobriu que sua temperatura T,
em graus Celsius, em função do tempo de resfriamento t, em
minuto, poderia ser modelada pela função T(t) = A + B ⋅ Ct,
em que A, B e C são números reais. Após realizar alguns
testes, o grupo decidiu representar o gráfico da função T
em um programa de computador. Porém, por causa de um
erro na digitação dos dados dessa função, os cientistas
obtiveram o gráfico de sua função inversa, como mostra a
figura a seguir.
2
t
T
1
0 32 48 80
Com base nessas informações, qual era a temperatura da
substância cinco minutos após o início do resfriamento?
A 16 °C
B 17 °C
C 18 °C
D 20 °C
E 24 °C
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C5H20
Como o gráfico apresentado corresponde ao gráfico da
função inversa de T, para cada ponto de coordenada (x, y),
tem-se T(y) = x. Logo, dado que, no gráfico, T(0) = 80 °C,
T(1) = 48 °C e T(2) = 32 °C, têm-se:
80 = A + B ⋅ C0
48 = A + B ⋅ C1
32 = A + B ⋅ C2
Ao subtrair a segunda equação da primeira, tem-se:
80 – 48 = A – A + B – B ⋅ C ⇒ 32 = B ⋅ (1 – C)
Ao subtrair a terceira equação da segunda, tem-se:
48 – 32 = A – A + B ⋅ C1 – B ⋅ C2 ⇒ 16 = B ⋅ (C – C2) ⇒
⇒ 16 = B ⋅ (1 – C) ⋅ C
Ao fazer a substituição B ⋅ (1 – C) = 32 na equação anterior,
tem-se:
16 1 16 32 16
32
0 5� � �� � � � � � � � �B C C C C ,
Ao utilizar C = 0,5 para obter B, tem-se:
B C B B� �� � � � � �� � � � � �1 32 1 0 5 32 32
0 5
64,
,
Por fim, como 80 = A + B, A = 80 – 64 = 16.
Assim, como T(t) = 16 + 64 ⋅ (0,5)t, a temperatura da
substância cinco minutos após o início do resfriamento é
dada por:
T(5) = 16 + 64 ⋅ (0,5)5 ⇒ T(5) = 16 + 64 ⋅ 1
32
⇒ T(5) = 16 +
+ 2 = 18 °C.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a temperatura solicitada corresponderia à diferença
T(1) – T(2). Assim, obteve-se 48 – 32 = 16.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
T(6).
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
T(4).
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a temperatura solicitada corresponderia ao resultado
de
T T T T0 1 1 2
2
� � � � ��� �� � � � � � ��� �� . Assim, obteve-se
32 16
2
24�
� .
QUESTÃO 165
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q17
Na era dos picômetros
Utilizando novos métodos de microscopia eletrônica de
ultra-alta resolução, cientistas alemães conseguiram medir
com precisão espaços atômicos da dimensão de alguns
picômetros.
Um picômetro equivale à bilionésima parte do milímetro
– uma distância aproximadamente 100 vezes menor do que
o diâmetro de um átomo. O trabalho foi publicado na edição
de 25 de julho da revista Science.
Disponível em: <https://agencia.fapesp.br>. Acesso em: 22 set. 2022. (Adaptado)
De acordo com o texto apresentado, qual é o diâmetro, em
metro, de um átomo?
A 10–7
B 10–10
C 10–12
D 10–13
E 10–14
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Sabe-se que 1 m = 1 000 mm; logo, 1 mm = 10–3 m.
De acordo com o enunciado, 1 pm (um picômetro)
é a bilionésima parte do milímetro. Como um bilhão
corresponde a 109, 1 10
10
10
3
9
12pm m m� �
�
� . Além disso,
dado que 1 pm é 100 vezes menor do que o diâmetro de
um átomo, infere-se que o diâmetro de um átomo é 100
vezes maior do que 1 pm.
Portanto, conclui-se que o diâmetro de um átomo é
100 ⋅ 10–12 = 102 ⋅ 10–12 = 10–10 m.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
1 bilhão como 106 em vez de 109.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se a
conversão de 1 picômetro para metro.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
1 bilhão como 1012 em vez de 109.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
1 picômetro 100 vezes maior do que o diâmetro de um
átomo.
QUESTÃO 166
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q13Em uma cidade litorânea, há uma ponte levadiça do
tipo basculante que permite a circulação de embarcações
em uma baía existente na costa desse município, como
mostra a figura a seguir. Assim, quando um barco precisa
passar pelo local, o tráfego de veículos é interrompido por
um momento, e a pista AD da ponte, que é dividida ao meio,
tem suas duas metades suspensas por cabos que elevam
as extremidades B e C – as quais se conectam quando
a ponte é baixada –, ao passo que as extremidades A e
D – situadas nos limites da pista – permanecem em suas
respectivas posições.
30°A D
B C
30°
Sabe-se que, quando a ponte não está suspensa, a
sua pista plana e horizontal fica 25 m acima do nível da
água. Quando a ponte é suspensa, as extremidades B e C
se elevam a uma altura de 45 m acima do nível da água,
e o menor ângulo que cada metade da pista forma com a
horizontal vale 30° nessa situação.
Nessas condições, o comprimento, em metro, da pista AD
é igual a
A 65.
B 70.
C 80.
D 85.
E 90.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C2H8
Seja x o comprimento de uma das metades da pista; logo,
AD = 2x. Seja y a medida correspondente à variação
da altura da extremidade B quando a ponte é suspensa
ou abaixada. Por fim, seja E a projeção ortogonal da
extremidade B sobre a pista AD. Assim, ao considerar
as outras medidas informadas no enunciado, obtém-se a
figura a seguir.
25 m
30°A
x
D
B
E
C
30°
45 m
y
Pela figura, nota-se que y = 45 – 25 = 20 m. Além disso, no
triângulo retângulo ABE, tem-se:
sen y
x x
x m30 1
2
1
2
20 40° � � � � � � � �
Portanto, o comprimento da ponte vale AD = 2x = 2 ⋅ 40 =
= 80 m.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, após obter
AB = 40 m, efetuou-se a soma desse resultado com a altura
da pista horizontal (não suspensa) em relação ao nível da
água.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se a
soma da altura da pista horizontal (não suspensa) com a
altura do ponto mais alto da pista suspensa, ambas em
relação ao nível da água.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, após obter
AB = 40 m, efetuou-se a soma desse resultado com a altura
do ponto mais alto da pista suspensa em relação ao nível
da água.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o valor aproximado de AB + BC + CD.
QUESTÃO 167
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q08
Na Contabilidade, o ponto de equilíbrio é definido como
o valor em que as vendas de uma empresa não geram
nem lucro, nem prejuízo. Em inglês, esse ponto se chama
breakeven point.
Esse ponto é atingido quando as receitas com produtos
ou serviços se igualam aos custos e às despesas que a
empresa assume para oferecê-los ao público. O valor serve
como medida de referência para o patamar mínimo que o
negócio deve atingir para obter lucro.
Valor(R$)
Valor de
equilíbrio
Quantidade
de equilíbrio
Quantidade
Custo fixo
Custo total
(fixo + variável)
Receita
Lucro
Ponto de equilíbrio
Prejuízo
De maneira simples, ao considerar como exemplo
um negócio que compra e revende mercadorias, sem
apresentar outros gastos, o ponto de equilíbrio seria aquele
no qual a diferença entre o preço de venda e o de compra
das mercadorias é igual a zero.
Disponível em : <https://www.dicionariofinanceiro.com>.
Acesso em: 27 out. 2022. (Adaptado)
No gráfico anterior, considere que as retas
representativas da receita e do custo total sejam
modeladas palas funções R x x( ) =
37
50
e C x x( ) � �
13
25
88,
respectivamente.
Nessas condições, o valor, em real, no ponto de equilíbrio
indicado no gráfico é igual a
A 135,42.
B 183,16.
C 296,00.
D 325,60.
E 400,00.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C5H19
Como a interseção entre os gráficos das funções R(x) e
C(x) ocorre nos pontos dessas retas que têm a mesma
abscissa e a mesma ordenada, ao igualar as duas funções,
tem-se:
R x C x x x x
x x
� � � � � � � � �
��
�
�
�
�
� � �
� � � �
37
50
13
25
88 37 26
50
88
11
50
88 40
8
00
Ao calcular R(400), tem-se:
R( )400 37
50
400 296
8
� � �
Portanto, o valor no ponto de equilíbrio é igual a R$ 296,00.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, ao igualar
as funções, efetuou-se 37 13
50
88 183��
�
�
�
�
� � � �x x . Em
seguida, calculou-se R(183).
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, ao igualar
as funções, efetuou-se 37 13
50
88 183��
�
�
�
�
� � � �x x . Em
seguida, calculou-se C(183).
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
37 – 26 = 10. Assim, obteve-se x = 440 e, em seguida,
calculou-se R(440).
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a quantidade de equilíbrio, em vez do valor de equilíbrio.
QUESTÃO 168
_ 23_ENEM_MAT_RR_L2_Q16
A senha do cadeado do armário da professora Júlia é
um número que pode ser dividido tanto pelo dia como pelo
mês da data do aniversário de sua filha Isabel, que não
nasceu em janeiro nem no primeiro dia de qualquer mês do
ano. Além disso, o dia e o mês de nascimento de Isabel são
números distintos entre si.
Certa vez, Júlia não estava na escola em que leciona,
e o coordenador pedagógico precisava saber as notas de
algumas provas corrigidas que estavam dentro do armário
dela. Como a professora não podia ir até a escola naquele
momento, ela ligou para um colega que estava no local
para pedir que ele pegasse as provas em seu armário e
as entregasse na coordenação. Para tanto, Júlia contou ao
colega que a senha do cadeado do armário era 9361.
Nessas condições, é correto concluir que a diferença
absoluta entre o dia e o mês da data do aniversário de
Isabel vale
A 10.
B 12.
C 14.
D 22.
E 23.
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Ao decompor o número 9 361 em fatores primos, tem-se:
9 361 = 11 ⋅ 23 ⋅ 37
Como 23 ⋅ 37 > 11 ⋅ 37 > 11 ⋅ 23 > 37, os divisores de
9 361 pertencentes ao conjunto {2; 3; 4; ...; 29; 30; 31} são
apenas os números 11 e 23 – vale lembrar que o número
1 é desconsiderado, pois Isabel não nasceu no dia 1 nem
em janeiro.
Desse modo, conclui-se que a data do aniversário de Isabel
é 23 de novembro.
Portanto, a diferença absoluta solicitada vale |11 – 23| = 12.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o dia 1 e o mês de janeiro seriam opções viáveis para
a data do aniversário de Isabel. Além disso, encontrou-se
apenas o número 11 como o outro divisor de 9 361 menor
do que 31.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, ao não
encontrar o número 11 como divisor de 9 361 menor do que
31, efetuou-se 37 – 23 = 14.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o mês de janeiro seria uma opção viável para a data do
aniversário de Isabel. Além disso, encontrou-se apenas o
número 23 como o outro divisor de 9 361 menor do que 31.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
apenas o dia do mês em que Isabel faz aniversário.
QUESTÃO 169
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q03
O dono de um abrigo para cães comprou uma caixa de
suplemento vitamínico na forma de petisco mastigável. O
gráfico a seguir indica a quantidade semanal de petiscos
recomendada de acordo com a massa, em quilograma, do
animal.
2
4
6
8
10
12
14
16
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número de
petiscos
Massa do
animal (kg)
Sabe-se que no abrigo há 8 cães de 5 kg ou menos,
1 cão de 7 kg, 2 cães de 15 kg, 1 cão de 21 kg, 1 cão de
25 kg, 2 cães de 29 kg e 1 cão com mais de 35 kg.
Nessas condições, se o dono do abrigo fizer a
suplementação dos cães citados de acordo com as
recomendações do gráfico, o número de petiscos
distribuídos semanalmente deve ser igual a
A 80.
B 86.
C 92.
D 94.
E 96.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C6H24
De acordo com o número de animais por faixa de
peso existente no abrigo e com o número de petiscos
recomendados pelo gráfico, têm-se:
m kg cães
cão
kg m kg cã
� � �
� �
5 8 2 16
5 10 1
petiscos petiscos
:
: oo
cão
kg m kg cães
� �
� � �
4 4
10 15 2 6
petiscos petiscos
petisco: ss petiscos
petiscos p
cão
kg m kg cães
cão
�
� � � �
12
20 25 2 10 20: eetiscospetiscos petiscos25 30 2 12 24kg m kg cães
cão
m
� � � �
�
:
335 1 16 16 petiscos petiscoskg cão
cão
: � �
Portanto, o dono do abrigo deve distribuir 16 + 4 + 12 +
+ 20 + 24 + 16 = 92 petiscos semanalmente.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
apenas um cão de 29 kg, em vez de dois.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
apenas um cão de 15 kg, em vez de dois.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o cão de 25 kg deveria receber 12 petiscos semanais.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que os dois cães de 15 kg deveriam receber 8 petiscos
semanais cada.
QUESTÃO 170
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q20
Em uma refinaria de petróleo, existem diversas
tubulações, as quais podem fazer o transporte de
substâncias puras, o transporte de misturas de substâncias
ou ambos os tipos de transporte por trechos distintos
da mesma tubulação. A figura a seguir apresenta três
tubulações, representadas pelas retas a, b e c, em que a e
b são paralelas. Além disso, as setas posicionadas ao lado
dessas retas indicam, além do sentido do escoamento,
o tipo de substância transportada em cada trecho da
respectiva tubulação.
B
A
a
b
c
A + C
B + C
C
C
C
Sabe-se que o maior ângulo formado pelas retas a e c
é cinco vezes maior do que o menor ângulo formado pelas
retas b e c.
Nessas condições, a diferença entre as medidas do maior e
do menor ângulo formados pelas retas a e c vale
A 80°.
B 90°.
C 108°.
D 120°.
E 150°.
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C2H7
Seja x a medida, em grau, do menor ângulo formado pelas
retas b e c. Como a medida do maior ângulo formado pelas
retas a e c é cinco vezes maior do que x, dado que os
menores ângulos formados à direita da reta c no cruzamento
com as retas a e b são correspondentes, tem-se:
a
b
c
x
x
5x
Como ângulos suplementares somam 180°, tem-se:
5 180 180
6
30x x x� � � � �° ° °
Portanto, a diferença entre as medidas do maior e do menor
ângulo formados pelas retas a e c é dada por:
5 5 30 30 150 30 120x x� � � � � � � � �° ° ° ° °
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
x = 20°.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o maior ângulo formado pelas retas a e c seria três
vezes maior do que o menor ângulo formado pelas retas
b e c.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o maior ângulo formado pelas retas a e c seria quatro
vezes maior do que o menor ângulo formado pelas retas b
e c.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a medida do maior ângulo formado pelas retas a e c.
QUESTÃO 171
_ 23_ENEM_MAT_GV_L2_Q11
Durante um treinamento de automobilismo, o funcionário
de uma escuderia se encarregou de cronometrar as dez
voltas do piloto na pista. No início, o registro dos tempos foi
feito normalmente; porém, a cinco voltas do fim do treino,
o cronômetro digital apresentou um defeito, de modo que
o dígito correspondente à marcação dos milésimos de
segundo deixou de aparecer no mostrador do aparelho.
Felizmente, outro cronômetro foi providenciado a tempo de
marcar corretamente os tempos das cinco últimas voltas,
os quais são indicados no quadro a seguir.
Volta Tempo (s)
6 65,033
7 63,405
8 62,009
9 62,112
10 64,680
Nessas condições, a volta cujo registro do tempo pelo
cronômetro defeituoso apresentou a maior defasagem em
relação ao tempo mensurado corretamente é a de número
A 6.
B 7.
C 8.
D 9.
E 10.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C1H1
Dado que, no mostrador do cronômetro defeituoso, o dígito
relativo à marcação dos milésimos de segundo deixou
de aparecer, infere-se que os registros feitos com esse
aparelho correspondem, até a casa dos centésimos de
segundo, aos mesmos registros feitos com o cronômetro
sem defeito, porém com um zero na terceira casa decimal
após a vírgula. Assim, ao acrescentar no quadro do
enunciado uma coluna com os tempos mensurados pelo
cronômetro defeituoso e outra coluna com a diferença entre
os tempos marcados pelos dois aparelhos, tem-se:
Volta
Cronômetro
sem defeito
Tempo (s)
Cronômetro
com defeito
Tempo (s)
Diferença (s)
6 65,033 65,030 0,003
7 63,405 63,400 0,005
8 62,009 62,000 0,009
9 62,112 62,110 0,002
10 64,680 64,680 0,000
Portanto, a volta que apresentou a maior defasagem entre
os tempos cronometrados pelos dois aparelhos foi a de
número 8.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a volta com a defasagem intermediária entre os tempos
cronometrados.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a volta com a segunda maior defasagem entre os tempos
cronometrados.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a volta com a segunda menor defasagem entre os tempos
cronometrados.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se a volta com menor defasagem entre os tempos
cronometrados.
QUESTÃO 172
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q17
Na construção de um viaduto que servirá para conectar
a parte mais alta à parte mais baixa de uma cidade,
pretende-se ligar os pontos A e B em linha reta, como
mostra a figura a seguir, em que o ponto O representa o pé
da altura AO do viaduto.
BO
A
Sabe-se que o comprimento de BO tem 5 m a mais do
que o quíntuplo da altura do viaduto e 1 m a menos do que
o comprimento do viaduto.
Nessas condições, quando a obra for concluída, o
comprimento, em metro, do viaduto será igual a
A 11.
B 22.
C 55.
D 60.
E 61.
GabariTO: E
Matemática e suas Tecnologias
C2H8
Seja x a altura do viaduto. Como o comprimento de BO tem
5 m a mais do que o quíntuplo da altura do viaduto, tem-se,
em metro:
BO x� �5 5
Além disso, como o comprimento de BO tem 1 m a menos
do que o comprimento do viaduto, tem-se (em metro):
BO AB AB BO
AB x AB x
� � � � � �
� � �� � � � � �
1 1
5 5 1 5 6
Assim, como o triângulo ABO é retângulo em O, ao se
aplicar o teorema de Pitágoras, tem-se:
AB AO BO x x x
x x x x
� � � � � � � � � �� � � � � � �� � �
� � � � �
2 2 2 2 2 2
2 2
5 6 5 5
25 60 36 25 22
2
50 25
10 11 0
� � �
� � � �
x
x x
Ao resolver a equação do 2o grau, tem-se:
� � �� � � � � � � �� � � � �
�
� �� � �
� � �
�
�
10 4 1 11 100 44 144
10 144
2 1
10 12
2
2
x
x
↗
↘
��
�
�
�
�
� �
10 12
2
11
10 12
2
1
ou
x
Como x corresponde à altura do viaduto, x > 0; logo,
x = 11 m.
Portanto, o comprimento do viaduto é dado por:
AB m� � � � � � � �5 11 6 55 6 61
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a altura do viaduto.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, obteve-se
AB = 5 + x + 6.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, calculou-se o
quíntuplo da altura do viaduto.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o comprimento de BO.
QUESTÃO 173
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q13
No mês em que um restaurante completou um ano de
funcionamento, todas as pessoas que frequentaram o local
puderam participar do sorteio de brindes alusivos à data
comemorativa.
O sistema que realiza os sorteios é cíclico e, para cada
cliente que inaugura um novo ciclo de sorteios, há um total
de seis brindes distintos disponíveis, de modo que ele pode
ganhar todos os brindes (6), um número intermediário de
brindes (de 1 a 5) ou nenhum brinde (0). Na sequência,
o próximo cliente participa do sorteio com os brindes que
não foram sorteados para o cliente anterior, de modo que
o segundo cliente também pode ganhar todos os brindes
restantes, um número intermediário deles ou nenhum
brinde. Essa lógica é mantida até que todos os seis brindes
disponibilizados inicialmente tenham sido sorteados.
Quando isso acontece, os mesmos seis brindes distintos
são repostos para o início de um novo ciclo de sorteios.
Considere um casal de clientes desse restaurante que
participou de dois sorteios consecutivos. A esposa, que
inaugurou um novo ciclo de sorteios, ganhou dois brindes.
Em seguida, realizou-se o sorteio com o esposo.
Qual é a diferença entre o número de possibilidades de
recebimento de brindesque a esposa e o esposo tinham
ao fazerem seus respectivos sorteios?
A 16
B 24
C 32
D 48
E 64
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Seja A o conjunto dos brindes disponíveis. No caso da
esposa, n(A) = 6. No caso do esposo, n(A) = 6 – 2 = 4.
Para a esposa, as possibilidades de recebimento de
brindes são: não ganhar brinde, ganhar um número
intermediário de brindes (1, 2, 3, 4 ou 5) ou ganhar os
seis brindes. Assim, como os brindes são distintos entre
si, pode-se utilizar o conceito de conjunto das partes para
calcular o total de possibilidades de recebimento por parte
dela e dele. De acordo com esse conceito, um conjunto
de n elementos tem 2n subconjuntos, os quais podem
conter desde zero até o número máximo de n elementos,
de todas as maneiras possíveis. Desse modo, no momento
de seu sorteio, a esposa tinha 26 = 64 possibilidades de
recebimento de brindes. Analogamente, o esposo tinha
24 = 16 possibilidades de recebimento de brindes no
momento de sua participação.
Portanto, a diferença entre o número de possibilidades de
recebimento de brindes que a esposa e o esposo tinham ao
fazerem seus respectivos sorteios é igual a 64 – 16 = 48.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o número de possibilidades do esposo.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que um conjunto de n elementos tem 2n – 1 subconjuntos.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a esposa ganhou apenas um brinde.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o número de possibilidades da esposa.
QUESTÃO 174
_ 23_ENEM_MAT_RN_L2_Q19
Um grupo de estudantes universitários se juntou para
arrecadar brinquedos doados em prol de uma comunidade
carente. No total, foram arrecadados 2 000 brinquedos,
os quais serão distribuídos pelo grupo de acordo com as
regras descritas a seguir:
I. pelo menos uma criança deve receber brinquedos;
II. todas as crianças que receberem as doações devem
ganhar o mesmo número de brinquedos;
III. todos os brinquedos arrecadados devem ser
distribuídos.
Qual é o número de maneiras distintas com as quais o grupo
poderá fazer a distribuição dos brinquedos arrecadados?
A 12
B 20
C 24
D 25
E 40
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Seja n o número de crianças que receberão brinquedos. De
acordo com as regras, é necessário ter n ≥ 1 e que 2000
n
seja um número inteiro, pois os 2 000 brinquedos serão
igualmente distribuídos entre todas as n crianças, sem
haver sobras (brinquedos não distribuídos). Assim, infere-
-se que n é divisor de 2 000, de modo que, para calcular o
número de maneiras distintas de fazer a distribuição dos
brinquedos, basta calcular o número de divisores positivos
de 2 000.
Ao decompor 2 000 em fatores primos, tem-se:
2000 2 1000 4 500 8 250 16 125 2 54 3� � � � � � � � � �
Como a quantidade de divisores positivos de um número
inteiro corresponde ao produto dos sucessores dos
expoentes existentes em sua forma fatorada, conclui-se
que a quantidade de divisores positivos de 2 000 é dada
por:
4 1 3 1 5 4 20�� � � �� � � � �
Portanto, o número de maneiras distintas com as quais o
grupo poderá fazer a distribuição dos brinquedos é igual a
20.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se
4 ⋅ 3 para calcular o número de divisores.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, ao fazer a
decomposição em fatores primos, obteve-se 2000 2 55 3� � .
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, ao fazer a
decomposição em fatores primos, obteve-se 2000 2 54 4� � .
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, consideraram-
se tanto os divisores positivos como os divisores negativos
de 2 000.
QUESTÃO 175
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q18
Ao elaborar o projeto urbanístico da nova região central de uma cidade, um arquiteto representou a área a ser revitalizada
em um plano cartesiano, cuja origem corresponde ao marco-zero da cidade e cujos eixos x e y variam positivamente nos
sentidos Leste e Norte, respectivamente. A primeira estrutura inserida nesse sistema de coordenadas foi a nova sede da
prefeitura, cujo formato futurista é representado pelo quadrilátero ABCD na figura a seguir.
A
C
BD
y
x
Porém, ao verificar o projeto elaborado pelo arquiteto, o prefeito da cidade sugeriu a realocação da planta da prefeitura
no plano cartesiano, de modo que a seguinte sequência de transformações isométricas fosse aplicada ao quadrilátero
ABCD:
I. Rotação de 90° no sentido anti-horário em torno do ponto A;
II. Reflexão em torno do eixo y;
III. Reflexão em torno do eixo x.
Com base nessas informações, a nova posição da prefeitura de acordo com a sugestão do prefeito está corretamente
representada por:
A
y
x
B
y
x
C
y
x
D
y
x
E
y
x
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C2H6
As figuras a seguir mostram a sequência de transformações sofridas pela planta da prefeitura no plano cartesiano, em
que os quadriláteros brancos e cinza representam, respectivamente, a posição da construção antes e depois de cada
transformação.
Rotação de 90° no sentido anti-horário em torno do ponto A:
A
y
x
Reflexão em torno do eixo y:
y
x
Reflexão em torno do eixo x:
y
x
Portanto, o plano cartesiano da alternativa D representa corretamente a posição da prefeitura após a sequência de
transformações isométricas.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se apenas a primeira transformação isométrica.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-se a primeira transformação isométrica.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, realizou-se a primeira transformação isométrica no sentido horário.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, realizou-se, no sentido anti-horário, uma rotação de 180° em torno do ponto
B seguida de uma rotação de 90° em torno do vértice sobre o eixo y com maior ordenada.
QUESTÃO 176
_ 23_ENEM_MAT_VM_L2_Q11
Durante uma pesquisa sobre operadoras de telefonia, uma pessoa percebeu que as operadoras A, B e C têm as
melhores coberturas na região na qual reside. Assim, para representar o valor, em real, que cada operadora cobra por t
minutos de chamada telefônica, ela construiu os gráficos das funções A(t), B(t) e C(t) mostrados a seguir.
Valor (R$)
50
0 10 20 30
Operadora A
40 50 60 t (minutos)
50
0 10 20 30
Operadora B
40 50 60 t (minutos)
Valor (R$)
50
25
0 10 20 30
Operadora C
40 50 60 t (minutos)
Valor (R$)
A (t) B (t)
C (t)
Ao adotar o domínio [0, 60] e o contradomínio [0, 50], as funções A(t), B(t) e C(t) são classificadas, respectivamente, como
A injetora, bijetora e sobrejetora.
B injetora, sobrejetora e sobrejetora.
C sobrejetora, bijetora e bijetora.
D sobrejetora, bijetora e injetora.
E sobrejetora, sobrejetora e injetora.
GabariTO: D
Matemática e suas Tecnologias
C6H24
Pode-se observar que a função A(t) é constante para valores de t maiores do que, aproximadamente, 30 minutos. Assim,
como elementos diferentes dessa parte do domínio têm a mesma imagem, A(t) não é uma função injetora. Além disso,
como a imagem dessa função é igual ao seu contradomínio, [0, 50], A(t) é sobrejetora.
Pode-se observar que B(t) é uma função afim não constante, de modo que elementos diferentes do seu domínio têm
imagens diferentes; logo, a função B(t) é injetora. Além disso, como a imagem dessa função é igual ao seu contradomínio,
[0, 50], B(t) é sobrejetora. Portanto, como a função B(t) é injetora e sobrejetora, ela deve ser classificada como bijetora.
Pode-se observar que C(t) é uma função afim não constante, de modo que elementos diferentes do seu domínio têm
imagens diferentes; logo, a função C(t) é injetora. Além disso, como a imagem dessa função, [0, 25], é diferente do seu
contradomínio, [0, 50], C(t) não é sobrejetora (nem bijetora).
Portanto, ao adotar o domínio [0, 60] e o contradomínio [0, 50], as funções A(t), B(t) e C(t) são classificadas, respectivamente,
como sobrejetora, bijetora e injetora.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, inverteram-se os conceitos de funçãoinjetora e função sobrejetora.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, realizou-se a classificação das funções na ordem C(t), B(t) e A(t). Além disso,
considerou-se que a função B(t) não seria injetora.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se que a função C(t), além de injetora, seria sobrejetora.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se que a função B(t) não seria injetora.
QUESTÃO 177
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q05
Como parte de uma exposição cultural sobre arte urbana, um grafi teiro foi convidado para pintar um painel em uma
das paredes do espaço que receberá o evento. Nesse sentido, o artista decidiu ampliar um desenho que já estava pronto
e cujas dimensões são proporcionais às da parede destinada ao painel, que tem 7,56 m de largura por 7,20 m de altura.
Para fazer a ampliação, o grafi teiro escolheu a técnica do grid, que consiste na utilização de duas malhas quadriculadas
com o mesmo número de linhas e de colunas: uma traçada sobre o desenho a ser ampliado e a outra traçada sobre a tela
em que a ampliação será feita. A fi gura a seguir mostra o resultado de uma ampliação feita com auxílio do grid.
A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B
C
D
E
F
G
A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B
C
D
E
F
G
Para facilitar o processo de transferência do desenho da malha menor para a malha maior, o artista optou por traçá-las
com o menor número possível de linhas e colunas. Considere que a interseção de uma linha com uma coluna na malha
quadriculada corresponde a um quadrado.
Nessas condições, o produto dos algarismos que representam o perímetro, em centímetro, de um quadriculado da malha
traçada sobre a parede do painel vale
A 16.
B 20.
C 21.
D 108.
E 180.
GabariTO: a
Matemática e suas Tecnologias
C1H3
Para que a malha quadriculada traçada sobre a parede tenha o menor número possível de linhas e colunas, a medida
dos lados de cada quadrado que representa uma unidade da malha deve ser a maior possível. Assim, deve-se calcular o
máximo divisor comum (mdc) entre as dimensões da parede, que são iguais a 7,56 m = 756 cm e 7,20 m = 720 cm.
Como 720 = 24 ⋅ 32 ⋅ 5 e 756 = 22 ⋅ 33 ⋅ 7, mdc(720, 756) = 22 ⋅ 32 = 36. Assim, a medida dos lados de cada quadriculado
da parede deve ser igual 36 cm. Consequentemente, o perímetro de um quadriculado deve ser igual a 4 ⋅ 36 = 144 cm.
Portanto, o produto dos algarismos que representam o valor desse perímetro vale 1 ⋅ 4 ⋅ 4 = 16.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se o número de quadrados em cada coluna da malha quadriculada.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinou-se o número de quadrados em cada linha da malha quadriculada.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se o produto dos algarismos que representam a área, em cm2, de
um quadriculado da malha traçada sobre a parede.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se o produto dos algarismos que representam o perímetro, em
centímetro, da parede destinada ao painel.
QUESTÃO 178
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q14
Uma das utilidades da função consiste na modelagem
algébrica de diferentes fenômenos. Na cinemática, por
exemplo, a velocidade de uma partícula que se desloca
com trajetória retilínea pode ser descrita por uma função
polinomial do 1o grau v, em função do tempo t, quando essa
partícula realiza um movimento uniformemente variado
(MUV). Nesse caso, a função horária da velocidade no MUV
é expressa por v(t) = v0 + at, em que v é a velocidade para
um instante qualquer t, v0 é a velocidade para o instante
t = 0 e a é a aceleração escalar instantânea e diferente de
zero, de modo que v0 e a são constantes.
Considere o experimento com uma partícula em MUV,
cuja velocidade, em função do tempo de duração do
experimento, foi plotada e apresentada em um gráfico v × t.
Nessas condições, um possível gráfico da velocidade da
partícula, obtido por meio desse experimento, é dado por:
A
v
t
B
v
t
C
v
t
D
v
t
E
v
t
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C5H20
A função polinomial do 1o grau tem forma geral dada por
f(x) = ax + b, em que a∈* é o coeficiente angular e b ∈
é o coeficiente linear (termo independente). Assim, nota-se
a correspondência dessa lei de formação com a da função
horária da velocidade no MUV, v(t) = v0 + at, em que v0
e a são, respectivamente, os coeficientes linear e angular
dessa função.
Como o gráfico de uma função do 1o grau é uma reta
que cruza tanto o eixo das abscissas como o eixo das
ordenadas, a única alternativa que contém um gráfico
capaz de modelar a variação da velocidade da partícula
durante o intervalo de tempo em que se dá o experimento
é o da alternativa B, mostrado a seguir, que representa a
partícula desacelerando no sentido positivo da trajetória
(trecho do gráfico com ordenadas positivas), interrompendo
o movimento por um instante (ponto do gráfico em que
v = 0) e acelerando no sentido negativo da trajetória (trecho
do gráfico com ordenadas negativas).
v
t
v > 0 (desacelerando)
v = 0 (parado)
v < 0 (acelerando)
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se
o gráfico da função do 1o grau com o de uma função
constante, em que a velocidade não varia em função do
tempo (movimento uniforme).
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se
o gráfico da função do 1o grau com o de uma função do
2o grau, o qual pode ser observado, por exemplo, ao
relacionar as grandezas espaço e tempo no movimento
uniformemente variado.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se
o gráfico da função do 1o grau com o de uma função
logarítmica.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se
o gráfico da função do 1o grau com o da função f x
x
� � � 1.
QUESTÃO 179
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q07
Durante o teste de um carro de corrida em um
autódromo plano e circular, o piloto percorre o trajeto
entre os pontos de referência A e B da pista, de modo que,
no centro da circunferência delimitada pelo circuito, um
engenheiro que analisa a volta observa o carro em teste
descrever o arco AB de medida igual a 183°. Ao longo
desse percurso, o piloto, chamado de P, olha algumas
vezes para a direção do interior do autódromo e consegue
enxergar os dois pontos de referência citados.
Nessas condições, o ângulo de visão APB do piloto ao
avistar, do interior do veículo em movimento, os pontos A
e B da pista vale
A 59,0°.
B 61,0°.
C 88,5°.
D 91,5°.
E 177,0°.
GabariTO: C
Matemática e suas Tecnologias
C2H7
A situação descrita está esquematizada na figura a seguir,
em que O é o centro da circunferência que contém o arco
AB , P é uma das posições ocupadas pelo piloto ao longo
do percurso, α é o replemento do ângulo correspondente à
medida de AB e β é a medida, em grau, do ângulo inscrito
APB .
183°
O
α
β
B
P
A
Com base nessas informações, tem-se:
� �� � � � � � � �360 360 183 177° ° ° °med AB
Como APB é um ângulo inscrito na circunferência e
“enxerga” um arco de 177°, tem-se:
med APB� � � �
177
2
88 5° °,
Portanto, o ângulo de visão APB do piloto vale 88,5°.
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a medida do ângulo APB corresponderia a um terço
da medida, em grau, do menor arco AB na circunferência.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a medida do ângulo APB corresponderia a um terço da
medida, em grau, do maior arco AB na circunferência.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que, entre os pontos de referência A e B do trajeto, o piloto
descreveria um arco de 177°.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
apenas a medida do menor arco AB na circunferência.
QUESTÃO 180
_ 23_ENEM_MAT_CF_L2_Q02
Durante certo período, o deslocamento de um objeto
móvel dotado de velocímetro gerou o gráfico de sua
velocidade, em m/s, em função do tempo, em segundo,
como mostra a figura a seguir.
10
1
2
3
4
5
6
7
8
v (m/s)
v (t)
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 t (s)
No período analisado pelográfico, o conjunto-imagem da
função v(t) corresponde ao intervalo
A [0, 3].
B [0, 5].
C [1, 5].
D [0, 9].
E [0, 11].
GabariTO: b
Matemática e suas Tecnologias
C6H24
A projeção do gráfico de v(t) no eixo das ordenadas
representa o conjunto-imagem da função. Logo:
10
1
2
3
4
5
6
7
8
v (m/s)
Im
ag
em
v (t)
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 t (s)
Portanto, o conjunto-imagem da função v(t) corresponde ao
intervalo [0, 5].
Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que a imagem da função corresponderia ao intervalo
definido pela velocidade do objeto móvel em t = 0 e t = 11 s.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o cruzamento dos eixos cartesianos se dá no ponto
(1, 1).
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, para definir
o fim do intervalo, efetuou-se a soma, em módulo, das
variações da velocidade do objeto móvel ao longo dos
11 segundos.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o intervalo correspondente ao domínio da função.