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Sujeito subentendido (ou desinencial)
Releia este trecho do texto O bobo do rei:
Agora somos donas de tudo, / mandamos na terra e no mar.
 verbos na 1ª pessoa
 do plural – nós
Observe que os verbos estão na 1ª pessoa do plural, nós. Tendo lido o texto O bobo do rei, logo identifi-
camos a quem eles se referem: às duas filhas mais velhas do rei, Goneril e Regane.
Nesse caso, o sujeito não está presente, não está explícito nas orações, mas podemos identificá-lo com 
base na leitura do texto e por meio das formas verbais somos e mandamos. Dizemos que o sujeito está 
subentendido.
Sujeito subentendido: não está expresso na oração, mas pode ser determinado por meio do 
verbo e do contexto.
Leia como ficaria a frase se o sujeito, nós, estivesse presente nas duas orações:
Agora nós somos donas de tudo, / nós mandamos na terra e no mar.
Observe que, ao retirar o pronome nós, evitou-se uma repetição.
O sujeito subentendido pode ser uma forma de evitar repetições desnecessárias. Sabemos a quem os 
verbos se referem pela sua terminação e pelo contexto, que nos mostra que já houve referência ao sujeito 
anteriormente.
Reveja outro trecho do texto teatral em que a terminação do verbo identifica o sujeito:
Agora só tenho voc•s duas.
A forma verbal tenho indica que o sujeito dessa oração é eu. O sujeito está subentendido, não é neces-
sário explicitá-lo, pois a forma verbal o revela.
 ⓿ Leia a tira humorística a seguir.
VERISSIMO, Luís Fernando. Família Brasil. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 5 set. 2010. Caderno 2, p. D14.
 a) Quem, provavelmente, é Boca?
 b) O que torna essa tirinha engraçada?
 c) Quais foram os recursos que o autor da tira empregou para não repetir o nome Boca?
Possibilidade: O namorado da garota que aparece na tirinha; 
um amigo ou conhecido.
O fato de Boca querer desfrutar dos mesmos privilégios da família, 
como receber uma mesada.
Usou o pronome ele e deixou o sujeito subentendido nas duas ocorrências da forma verbal tem.
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Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
Comentar que, se a intenção do texto 
fosse ressaltar o sujeito, a menção do 
pronome favoreceria o alcance desse 
objetivo, como é possível observar no 
exemplo: “Nós estamos ricas, nós so-
mos donas de tudo”.
Não foi usada, neste momento, a 
nomenclatura sujeito desinencial, 
mesmo fazendo referência à termi-
nação da forma verbal como uma 
maneira de identificar o sujeito su-
bentendido. No entanto, se julgar 
conveniente utilizá-la, será necessá-
rio explicar o que significa desinên-
cia verbal (terminação do verbo).
Atividade sobre a tira humorística
a) Esclarecer que, na série de tiras Fa-
mília Brasil, o personagem Boca é o 
namorado da filha dessa família.
Se achar conveniente e os estudantes 
não conhecerem os personagens dessa 
tira, seguem algumas informações.
Família Brasil
O autor das tiras da Família Brasil é 
Luis Fernando Verissimo. Tendo como 
personagens um pai (de profissão 
desconhecida), um filho adolescente, 
uma filha e seu namorado (o Boca) e 
um neto, a série de tiras retratava si-
tuações cotidianas de uma família de 
classe média.
Essas tiras foram publicadas pe-
riodicamente por muitos anos no 
jornal O Estado de S. Paulo.
Sujeito subentendido (ou desinencial)
Não empregaremos a nomenclatura sujeito oculto, e 
sim sujeito subentendido (ou desinencial), que aponta 
para um sujeito que pode ser determinado por meio da 
identificação da pessoa do discurso que a terminação 
possibilita, além de o estudante poder relacionar a iden-
tificação do sujeito a partir do contexto em que está in-
serido, pois pode haver referências ao sujeito em outra 
parte do texto.
Esse tipo de sujeito deve ser reconhecido também co-
mo um recurso de coesão textual, a fim de evitar repeti-
ções desnecessárias no texto. Na próxima unidade, o su-
jeito subentendido será retomado dentre os outros recur-
sos de coesão textual.
A reflexão proposta nos exemplos com e sem a presen-
ça do sujeito favorece a identificação da necessidade de 
coesão em uma produção textual (EF07LP12).
a) Comentar com os estudantes que, nas falas de Gone-
ril e Regane, foi possível deixar o sujeito subentendido 
porque o texto já anunciara que eram elas que canta-
vam juntas esses versos. 
b) Espera-se que os estudantes percebam que a men-
ção do pronome é desnecessária, uma vez que o con-
texto da peça informa ao leitor/espectador a quem as 
formas verbais se referem. A intenção não é ressaltar o 
sujeito, mas, sim, suas ações, que revelam o comporta-
mento das personagens Goneril e Regane em relação 
ao resultado da disputa do reino. 
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Sujeito indeterminado
Você estudou que o sujeito subentendido não está explícito na oração, mas pode ser identificado pela 
observação do contexto e, principalmente, por meio da forma verbal. 
Há casos, porém, em que a intenção é justamente não deixar claro para o leitor quem é precisamente o 
sujeito da oração.
Leia a tira a seguir.
LINIERS. Macanudo. Folha de S.Paulo, São Paulo, 6 set. 2011. Ilustrada, p. E9.
Observe esta frase do primeiro quadrinho:
E se colocam algo depois dos créditos?
 verbo
 3ª pessoa do plural
Observe que, mesmo lendo toda a tira, não é possível indicar a quem o personagem se refere nessa frase 
nem indicar com certeza se o verbo faz referência a uma ou mais pessoas.
Como não é possível determinar o sujeito a que esse verbo se refere, dizemos que essa oração foi orga-
nizada com sujeito indeterminado.
 ⓿ Copie no caderno as outras orações da tira em que o sujeito também é indeterminado.
Na oração com sujeito indeterminado, geralmente o verbo é usado na 3ª pessoa do plural.
O sujeito indeterminado é empregado, em geral, para atender a uma conveniência do falante que ou 
não quer explicitar a quem se refere a informação, ou realmente desconhece a quem ou a que a informação 
se refere. 
Leia outros exemplos.
Estão alertando nos meios de comunicação que haverá fortes chuvas pelo país.
Roubaram meu celular. Dizem que há uma quadrilha especializada nesse tipo de roubo.
Sujeito indeterminado é aquele que não está presente na oração e não pode ser identificado ou 
determinado pelo contexto ou pela forma verbal.
“Às vezes colocam algo depois dos créditos”; “Não colocaram nada”.
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Leia o esquema da página seguinte substituindo as setas por palavras ou expressões que façam a 
ligação entre as partes. Veja o início e depois dê continuidade: “Sujeito é o termo...”
Aguarde o professor chamar para ler em voz alta.
Hora de organizar o que estudamos
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Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
Sujeito indeterminado
Nesta etapa do ensino em que os 
estudantes se encontram, será apre-
sentado apenas o sujeito indetermina-
do construído com o verbo na 3a pes-
soa do plural. A indeterminação do su-
jeito com o uso da partícula se e do 
verbo na 3a pessoa do singular será 
estudada no 8o ano. É importante que 
eles percebam que a indeterminação 
com a 3a pessoa só será efetiva se o 
contexto não apontar a referência para 
o verbo. Muitas vezes o verbo foi usa-
do desse modo para evitar uma repeti-
ção do sujeito. Nesse caso, o sujeito se-
rá subentendido. É o caso, por exemplo, 
da frase "Carlos e Marcelo chegaram 
cedo. Não quiseram jantar.”, em que a 
forma verbal quiseram se refere a um 
sujeito subentendido e não a um sujei-
to indeterminado. 
É importante que os estudantes per-
cebam o efeito de sentido criado pe-
la seleção lexical (sujeito indetermina-
do construído com verbo na 3a pessoa 
do plural). Considerando o contexto de 
uso da linguagem, ajude-os a examinar 
o que levaria o falante a empregar o su-
jeito indeterminado. 
Sobre a tira
Se consideraroportuno, explorar a ti-
ra perguntando aos estudantes o que 
sugerem os quatro quadrinhos meno-
res repetidos no terceiro quadro da ti-
ra. Se necessário, explicar a eles que se 
trata de um recurso para indicar que al-
gum tempo se passou sem que nada 
acontecesse.
Hora de organizar o que 
estudamos
Sugere-se a leitura compartilhada 
do esquema, orientando os estudantes 
nas alterações a serem feitas no mo-
mento da leitura para que o esquema 
possa ser lido como um texto contínuo. 
Assim, deve-se orientá-los para o que 
poderá, na leitura, substituir as setas – 
elementos de ligação entre as partes. 
Trata-se de um exercício importante de 
retextualização, especialmente pelo fa-
to de o estudante, ao realizar a leitura 
de modo contínuo, ter de fazer as rela-
ções entre as partes do esquema por 
meio de palavras ou expressões que 
possam interligá-las de forma coeren-
te. A atividade favorece o desenvolvi-
mento da habilidade EF69LP33. As re-
lações se concretizam visualmente na 
construção de um diagrama com blo-
cos, setas, palavras ou ideias-chave so-
bre o conteúdo estudado, o que exerci-
ta o pensamento computacional.
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