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VIOLÊNCIA EMOÇÃO Revolta, ansiedade, angústia, raiva e estresse. (5) Um estudante que está passando por problemas pessoais não consegue prestar atenção na aula e leva bronca do professor. Estudantes deixam de ser amigos após debaterem um tema polêmico, pois divergiram de opinião. (3) Um estudante sofre bullying porque não soube responder algo ao professor. Preconceito e discriminação. Um professor abandona as aulas por motivo não justificado e não informa à escola sobre sua situação empregatícia. O dinheiro da merenda escolar é desviado por um político. (2) Um estudante empurra a carteira para mostrar-se aos colegas. (4) Um estudante, mais reservado, não quer fazer trabalho em grupo. Estudantes deixam de ser amigos após um debate de um tema polêmico, pois discordaram de opinião e se ofenderam. (3) Note que: (1) Não é porque há uma divergência de opiniões que existe um conflito, mas, quando essa divergência acar- reta problemas ou ameaça aspectos da vida dos envolvidos, pode gerar um conflito. (2) Existem vários tipos de violência além da física e da verbal. Por exemplo, o direito à educação é um direito constitucional que, quando violado, caracteriza uma violência praticada contra os estudantes. (3) Quando um conflito aumenta de proporção, os envolvidos podem responder com violência por não conse- guirem controlar suas emoções. Essa progressão é chamada de “escalada do conflito”. (4) Nem sempre um ato de violência é gerado por um conflito. Inclusive, é difícil determinar se um ato de vio- lência é fruto de um conflito emocional individual, uma revolta interna, uma dificuldade de aceitação ou autoestima baixa. (5) Existem emoções típicas de conflitos e violências. É possível que conflitos e violências se iniciem por causa do descontrole dessas emoções, ou que ambos alimentem tais emoções. 8989 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 89PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 89 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM Para entender como cada um de nós pode contribuir para diminuir ou resolver conflitos na escola e em casa, transformando-os em uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e coletivo, é preciso considerar que, as- sim como os conflitos se manifestam cotidianamente na sociedade, as emoções se manifestam nas pessoas e têm relação direta com os conflitos. Para compreender os conflitos que acontecem na escola e ao nosso redor, é preciso ter sensibilidade para identificar e entender as emoções envolvidas. Isso não é uma tarefa simples; afinal, sentimos muitas coisas que não conseguimos descrever. O fato é que raiva, ansiedade, revolta, ódio, estresse, mau humor, entre muitas outras emoções, surgem espontane- amente, e é difícil colocá-las de lado – em uma caixinha trancada no cérebro – enquanto você debate política ou outro tema polêmico. Da mesma maneira, não po- dem ser totalmente contidas se você presencia alguém sendo agredido ou é vítima de uma agressão. É preciso partir do pressuposto de que o ser humano é um todo, não pedaços de emoções que aparecem só quando é conveniente. São as emoções que movem as pes- soas, que fazem você acordar todos os dias e ir para a aula (ou ficar mal-humorado por ter de acordar cedo). A própria origem da palavra explica: emo- ção vem de emovere, do latim, que sig- nifica e (fora) + movere (movimento) – algo como mover para fora. Mas será que existe alguma emo- ção que seja negativa, que não deve ser sentida ou manifesta- da? O medo, por exemplo, pode ser uma emoção ligada à reação. Dependendo de como ela é cana- lizada, pode ajudá-lo a evitar ou a sair de uma situação de risco. Sentir medo é essencial para que você não chegue perto de um animal bravo, por exemplo, o que garante sua integridade física. Podemos pensar a respeito das emoções sob a lógica evolutiva também. Apesar de existirem emoções que nos geram desconforto, como a raiva, o medo e a angústia, não há emoção dispensável, que ninguém nunca deva manifestar, ou que seja sempre negativa para o indivíduo. O xis da questão é como cada um reage e o que faz com as emoções. Portanto, em uma situação de conflito é importante identificar as emoções que surgem antes de agir instintivamente. E é nessa hora que entra também o autoconhecimento. Conhecer-se é um processo que ajuda as pessoas a se relacionar melhor com os outros. EMOÇÕES EM CONFLITO a rre b atamento admiração m e d o d o r e m p át ica e s tra n h a m e n to desejo calma júbilo h o rr o r excitação confusão tédio nostalgia ansiedade raiva tristeza espa nto interesse inveja surpresa romanc es a tis fa ç ã o aprecia ção estética horror nojo anseio adoração alívio Mas muita calma! Isso não significa que a raiva ou o ódio devam prevalecer ao respeito, ao bom senso e à empatia. B a n c o d e im a g e n s / A rq u iv o d a e d it o ra Todas as pessoas possuem diversos tipos de sentimento; cabe a elas saber lidar com todos eles. Mas pode ser mais fácil quando se tem ajuda de alguém. 9090 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 90PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 90 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM Por exemplo, sentir rancor de um professor que lhe deu uma nota ruim não legitima uma ofensa ou ameaça de sua parte. Faça uma leitura de suas emoções e de seu estado de humor antes de qualquer revolta. E faça uma boa leitura do contexto e da situação para compreender o que gerou esse conflito. Da mesma forma, nada justifica uma pessoa juntar-se a outras e ofender alguém. Por isso, é essencial reconhecer as próprias emoções! Dessa maneira, você saberá como se portar nos momen- tos em que elas afloram. Um estudo de pesquisadores do Laboratório de Interação Social da Universidade de Berkeley analisou 853 pes- soas assistindo 2 185 GIFs disponíveis na internet. A partir das reações das pessoas as- sistindo aos GIFs, eles mapearam as emoções e construíram um mapa interativo. Eles se basearam em GIFs das mais variadas emoções, como medo, raiva, nojo, deses- pero, angústia e felicidade. O interessante é que eles identificaram 27 estados principais das emoções, sendo que os participantes responderam de maneira idêntica ou muito parecida aos GIFs, suge- rindo que há um padrão de reação entre diferentes pessoas. ANWAR, Y. Emoji fans take heart: scientists pinpoint 27 states of emotion. Traduzido pelos autores. Disponível em: https://news.berkeley. edu/2017/09/06/ 27-emotions/. Acesso em: 20 dez. 2019. MAPA DAS EMOÇÕES D u k e /A c e rv o d o c a rt u n is ta S h u tt e rs to c k / V e c to rM in e As pessoas têm utilizado a internet para disseminar ódio e provocar cyberbullying. São os chamados trolls ou haters da internet. Acervo DUKE. 9191 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 91PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 91 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM https://news.berkeley.edu/2017/09/06/27-emotions/ Depois de compreender um pouco mais os conflitos, as emoções envolvidas e a mediação de conflitos, você pode imaginar como a escola e o ambiente a seu redor poderiam se beneficiar com uma atitude mediadora. Relembrando o que vimos até o momento, a cultura da paz na escola e em casa não depende somente dos adultos, mas também de você. RECONHEÇA O DESAFIO Meme Portanto, pensando no que você e os colegas debateram sobre conflitos, violências, emoções e sobre como cada um de vocês poderia ajudar a diminuir e resolver os conflitos na escola, propomos o seguinte desafio: Promover um ciclo de oficinas sobre mediação de conflitos para a comunidade escolar. As oficinas que você e os colegas realizarem vão funcionar como um programa de prevenção de conflitos e promoção da cultura de paz. Você vai estudar mais sobre mediação de conflitos, comunicação não violenta e práticas restaurati- vas. A ideia é que você e eles se tornemrefe- rência na escola para promover um ambiente saudável para todos. A organização de uma oficina é uma oportunidade de vocês e seus colegas desenvolverem diversas habilidades e competências . R e p ro d u ç ã o /A rq u iv o d a e d it o ra ilu is tr a to r/ S h u tt e rs to ck 9292 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 92PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 92 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM Agora é o momento de compreender como a mediação de conflitos funciona na prática e quais técnicas ela envolve para que você possa pensar em soluções concretas para serem aplicadas na escola. 2 APROFUNDE-SE NA QUESTÃO CONFLITOS NA ESCOLA Você e seus colegas costumam entrar muito em conflito? Faça um levantamento dos conflitos que vocês reco- nhecem dentro da escola ou da sala de aula. Listem na lousa os principais conflitos que tiveram nos últimos meses, enquanto turma. Neste primeiro momento é apenas uma lista mesmo. Não entrem em conflito por causa de pendências mal resolvidas! Procurem fazer uma lista sem julgamento de quem está certo ou errado, OK? R e p ro d u ç ã o /A rq u iv o d a e d it o ra Nem sempre é fácil determinar quem está certo ou errado em uma situação de conflito. Ouvimos muito sobre como falar bem em público, mas muito pouco sobre como aprender a arte igualmente importante de ouvir adequadamente os outros. Assista ao vídeo a seguir para pensar sobre como se tornar um bom ouvinte. O vídeo está em inglês, mas basta ativar a legenda em português. Escuta ativa: você sabe o que é? – Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=- BdbiZcNBXg. Acesso em: 2 jan. 2020. SE LIGA NO LINK Meme Q u in o /F o to a re n a QUINO. Toda Mafalda, São Paulo: Martins Fontes, 2009. Competências gerais Competências específicas 107 9 2 3 EM13CNT305EM13CNT207 8 9393 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 93PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 93 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM https://www.youtube.com/watch?v=-BdbiZcNBXg Em seguida, faça uma enquete com todos da turma. Vocês podem optar por elaborá-la em um formulário on-line, concentrar as respostas de todos na lousa ou em um documento compartilhado. O importante é con- seguir observar o panorama. Sugerimos algumas perguntas que podem nortear a enquete: Você acha que sua turma é pacífica ou conflituosa? Você acredita que existe espaço e clima para resolver os conflitos pacificamente em sua sala? Quais são os três principais tipos de conflito que apare- cem em sua turma? Em uma escala de 1 a 10, qual seria sua avaliação sobre a convivência entre as pessoas da sua turma? Eita, muita treta 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10... tá tranquilo, tá favorável Com o resultado da enquete e em conjunto com seus colegas, reúnam-se em um círculo que favoreça a parti- cipação de todos na conversa e reflitam sobre as seguintes questões: Por que vocês acham que os resultados obtidos foram esses, e não outros? Quais poderiam ser as causas dos principais conflitos que a turma listou? Como esses conflitos poderiam ser minimizados? Fique atento para que você e seus colegas não entrem em novos conflitos no decorrer da conversa. Uma técnica possível é tentar se abster de julgar ou tomar partido. É necessário lembrar que este trabalho é um exercício de autoconhecimento e reflexão de como os conflitos rodeiam a turma. É importante ressaltar que o objetivo da roda de conversa e da atividade é reconhecer os conflitos e compre- ender como você e seus colegas lidam com eles. Por isso, não se trata de identificar culpados, mas, sim, causas, questões relacionadas ao ambiente, questões emocionais e outros elementos que possam estar gerando os conflitos que vocês levantaram. Além disso, a prática de não julgar os outros e identificar as causas dos conflitos é um ótimo exercício para agir como um mediador de conflitos. E já coloque em prática também o respeito aos turnos de fala e busque sempre comunicar-se de forma não agressiva e realizar escuta ativa. R e p ro d u ç ã o /A rq u iv o d a e d it o ra Lembre-se do seguinte: conflito não é sinônimo de briga nem de violência. Você não precisa discutir ou brigar com alguém para ter um conflito. Lembre-se do mapa do conflito e pense em como os conflitos são de diversas naturezas. Meme 9494 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 94PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 94 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM Você já ouviu falar no “efeito espectador”? Em inglês, ele é chamado de bystander effect. É aquela situação que ocorre quando alguém é agredido fisicamente, sofre bullying ou qualquer outro tipo de agressão ou as- sédio, ou ainda quando alguém precisa de algum tipo de socorro, e as pessoas ao redor não intervêm, não ajudam nem oferecem socorro. O bystander é uma pessoa que presencia essas situações e, em vez de ajudar, escolhe ser apenas um espectador. Novas formas de agressão, novas formas de ser um bystander. © A n d re D a h m e r/ A c e rv o d o c a rt u n is ta O bullying é um problema intimidador e deplorável, seja na hora do intervalo da aula, seja nas redes sociais. Mas quando você não é a parte intimidada, pode ser difícil saber exatamente como lidar com isso – razão pela qual as pessoas geralmente não intervêm. Outra razão? Quando você vê alguém sendo vitimado, tende a pensar que alguém vai intervir. Os psicólogos chamam isso de "efeito de espectador", e isso acontece quando seu cérebro cria uma lógica em torno do motivo para que você não se posicione. Mas a verdade é que você não pode contar com mais ninguém para assumir a situação: às vezes tem que ser você! E como sabemos que isso nem sempre é a coisa mais fácil de fazer, em uma conversa com Julie Hertzog, diretora do Centro Nacional de Prevenção de Bullying [...], foi possível obter dicas sobre o que fazer durante uma situação de assédio ou bullying e como intervir sem ser pego no fogo cruzado. Primeiro: reconheça que sim, é seu problema. Não adianta se esquivar, quando o bullying acontece na sua escola, o problema é de todos. Esse tipo de comportamento inerte foi uma cultura tolerada por adolescentes e crianças por um longo tempo: “Mas agora estamos percebendo que existem realmente sérias consequências, não apenas de curto prazo, mas também efeitos de longo prazo em nossa sociedade”, diz Hertzog. Como afeta a todos, também é responsabilidade EFEITO ESPECTADOR: POR QUE VOCÊ NÃO SE LEVANTA QUANDO DEVERIA EFEITO ESPECTADOR Acervo André Dahmer. 9595 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 95PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 95 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM de cada indivíduo agir e intervir. Considere o seguinte: você realmente deseja que sua escola – um lugar onde você passa quase metade do seu dia – seja um lugar inseguro ou hostil? Achamos que não. Procure maneiras sutis de alcançar as vítimas de bullying. Claro, parece meio superficial, mas os es- pectadores geralmente têm medo de falar em nome de alguém que está sendo intimi- dado, pois isso poderia afetar negativamen- te seu status social ao parecer um “dedo- -duro”. Mas mesmo que você não diga nada no momento, você ainda pode ajudar de maneiras sutis – como chegar diretamente à vítima e apoiá-la. É rápido e fácil enviar uma mensagem para alguém que acabou de ser intimidado na sua escola. Faça com que a vítima saiba que você está do lado dela. Per- mita que alguém que está sendo abusado conte com seu apoio e fique solidário para que eles possam criar a confiança necessá- ria para interromper o ciclo de abuso. Aja quando as coisas esfriarem um pouco. É preciso coragem para enfrentar um valentão quando ele estiver assediando ativamente outra pessoa, principal- mente porque situações como essa podem gerar violência de uma hora para a outra. Mas você não precisa pularno meio de uma situação explosiva para ajudar, explica Hertzog. Ela diz que você pode ser eficaz enquanto permanece mais disfarçado em seus esforços para ajudar – sem precisar se colocar em perigo. Em situações não tão seguras, o melhor a fazer é alertar uma figura de autoridade e esperar até que as coisas se acalmem antes de se envolver. [...] Não há motivo para ser um espectador de bullying quando você pode fazer parte da solução. LINDSTRAND, C. The Bystander Effect: Why You Don´t Stand Up When You Should. Traduzido pelos autores. Disponível em: https://www.huffpost.com/entry/the-bystander-effect-why-_b_6277886. Acesso em: 23 dez. 2019. Você já presenciou algum conflito e ficou inerte, sem intervir? Já foi bystander alguma vez? Se sim, por que acha que agiu dessa maneira? Chata! Boba! Qualquer forma de bullying é grave e pode afetar a qualidade de vida das vítimas. M ic ro s to ck e r. P ro /S h u tt e rs to ck Ik o n I m a g e s /G e tt y I m a g e s 9696 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 96PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 96 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM • Relate imediatamente: Se você souber que alguém está sofrendo alguma forma de bullying, con- verse com um professor ou outro responsável que pode ajudar. Se alguém estiver sendo fisicamente ferido, informe imediatamente um adulto. Se você identificar o bullying on-line, denuncie aos pres- tadores de serviços. [...] • Seja amigo: faça um esforço especial para ser amigo da pessoa que está sendo intimidada. Peça-lhe que se junte ao seu grupo, sente-se com ela na hora do intervalo e a inclua em atividades tanto em classe quanto socialmente. • Pare os rumores: não ajude a espalhar rumores sobre outra pessoa. Se alguém lhe der uma fofoca, faça-a terminar em você. • Não seja um troll da internet: se houver rumores, comentários e fotos ofensivas espalhados nas mídias sociais ou em um site da Internet, não adicione ou compartilhe as postagens, pois isso fará de você um cyberbully. • Apoie e capacite o alvo: fale com a pessoa que está sendo intimidada. Tente oferecer apoio e incenti- ve-a a relatar o que está acontecendo para a escola ou para alguém capaz de ajudá-la. NÃO SEJA ESPECTADOR – DIGA NÃO AO BULLYING D ir k E rc k e n /S h u tt e rs to c k E se o agressor for meu amigo? É difícil enfrentar as pessoas quando elas estão erradas, principalmente se essa pessoa é sua amiga. [...] Se esse for o caso, além de apoiar a vítima, converse com o seu amigo e ajude-o a entender o que está se pas- sando. Ele também está precisando da sua ajuda para entender o que é certo ou errado. Elaborado com base em: KIDSCAPE. Don´t be a bystander. Traduzido pelos autores. Disponível em: https://www.kidscape.org.uk/advice/ advice-for-young-people/dealing-with-bullying/dont-be-a-bystander/. Acesso em: 8 jan. 2020. Diga não ao bullying. 9797 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 97PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 97 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM https://www.kidscape.org.uk/advice/advice-for-young-people/dealing-with-bullying/dont-be-a-bystander/ O cyberbullying é uma forma de intimidar e hostilizar uma pessoa por meio do espaço virtual. Esse novo tipo de bullying é cada vez mais frequente nas plataformas on-line de comunicação. Muitas pessoas acham que o que ocorre no mundo virtual não é real. Mas todos precisam saber de uma re- gra de convivência simples, mas importantíssima: devemos interagir nas redes sociais como interagimos no mundo real. Ninguém costuma sair na rua ofendendo gratuitamente as pessoas. Não é comum as pessoas entrarem em ro- das de conversa com pessoas desconhecidas ou que pensam diferente apenas com o intuito de intimidá-las. Então, nas redes sociais, as pessoas também não devem fazer isso. Isso não quer dizer que você não deve interagir com pessoas que têm ideias diferentes das suas nem deixar de aproveitar o potencial que as redes sociais oferecem de colocá-lo em contato com diversos mundos. Muito pelo contrário! Mas busque sempre ser respeitoso, empático, responsável, ético e positivo. Fique atento para não espalhar informações pessoais dos colegas na internet e evitar praticar ou apoiar o cyberbullying. NOVOS TEMPOS, NOVAS FORMAS DE BULLYING O bullying não deve ser considerado uma atitude normal. V is u a l G e n e ra ti o n /S h u tt e rs to c k © A rm a n d in h o , d e A le x a n d re B e c k /A c e rv o d o c a rt u n is ta Acervo Alexandre Beck. 9898 PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 98PI_CIE_Gustavo_g21Sc_Projeto4_080a111_LA.indd 98 2/10/20 1:08 PM2/10/20 1:08 PM