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Operações com mercadorias
Unidade 1
Mercadorias, vendas de mercadorias, apuração do custo 
das mercadorias vendidas e controle físico dos estoques.
Web Aula 1
Dentro das operações com mercadorias, do ponto de vista do comprador, normalmente 
abrangerão as compras, os fretes sobre compras, as devoluções de compras, entre outros. 
Portanto, as compras representam a aquisição de matéria-prima, materiais auxiliares ou 
mercadorias para revenda. O custo unitário da compra de determinado tipo de estoque é 
obtido pelo valor total das mercadorias compradas, líquidas de impostos, inclusive seguros e 
fretes, dividido pela quantidade adquirida. Além disso, caso a operação esteja sujeita ao 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), à medida que ele seja 
recuperável, não se devem integrar os estoques. As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro 
real estão sujeitas ao PIS (1,65%) e COFINS (7,6%) não cumulativo, que gera créditos sobre 
as compras de mercadorias, matérias-primas, entre outros.
1. MERCADORIAS
Fonte: Clip-art do office online
Nessa hipótese, supondo que a empresa seja tributada pelo lucro real, e realizou a compra a 
prazo de mercadorias, no valor de R$ 1.000,00, com ICMS de R$ 170,00, destacado na nota 
fiscal. Os registros contábeis ficariam apresentados da seguinte forma:
Registro da compra a prazo de mercadorias com ICMS, PIS e COFINS não cumulativo.
Caso a compra fosse realizada por empresa tributada à vista em dinheiro, a conta a ser 
creditada seria “CAIXA”.
1. MERCADORIAS
D ESTOQUE (AC) 737,50 
D ICMS A RECUPERAR (AC) 170,00 
D PIS A RECUPERAR (AC) 16,50 
D COFINS A RECUPERAR (AC) 76,00 
C FORNECEDORES (PC) 1.000,00 
Se estes tributos estão regidos pelo regime não cumulativo, significa dizer que eles podem 
ser compensados com os valores que serão devidos quando da venda das mercadorias. 
Pessoal, não se esqueçam que a empresa será sujeito passivo desses tributos quando da 
ocorrência do fato gerador, que será o FATURAMENTO (no caso do PIS e da COFINS) ou a 
CIRCULAÇÃO DA MERCADORIA (no caso do ICMS).
Muito bem, até agora falamos das operações com mercadorias, envolvendo compras à vista 
e a prazo, impostos incidentes e fretes sem compras. Convenhamos, toda pessoa jurídica 
pode um dia necessitar devolver determinada compra de mercadoria, correto? Então, agora 
iremos estudar como realizar o registro contábil da devolução de compras.
A devolução de compras, em si, é autoexplicativo. A questão é de que maneira contabilizar? 
O lançamento contábil de devolução de compras pode ser feito em conta retificadora 
daquela que registra as aquisições, quando a empresa adotar o chamado Inventário 
Permanente. Normalmente, utiliza-se a conta conhecida como DEVOLUÇÕES DE COMPRAS.
1. MERCADORIAS
Acompanhe os lançamentos de Devolução de Compras a prazo no valor R$ 200,00 de uma 
empresa tributada pelo lucro real, estando então sujeita ao PIS e COFINS não cumulativo.
Compreenderam sobre DEVOLUÇÕES DE COMPRA? Para fixar, me acompanhe.
1. MERCADORIAS
D FORNECEDORES (PC) 200,00 
C ICMS A RECUPERAR (AC) 34,00 
C PIS A RECUPERAR (AC) 3,30 
C COFINS A RECUPERAR (AC) 15,20 
C ESTOQUE (AC) 147,50 
Atividade de Aprendizagem
1- A Empresa comercial UNP adquiriu 100 computadores o pagamento será no prazo de 
35 dias no valor $ 1000.000, seu ICMS 12%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%. Após o 
recebimento, constatou-se que 10 computadores estavam danificados. Por essa razão, 
os devolveu. Faça os lançamentos contábeis da devolução destes computadores.
As vendas de mercadorias constituem a principal fonte de receita das empresas comerciais. 
A receita de vendas de mercadorias ou serviços compreende o produto da alienação dos 
bens que constam dos estoques da empresa e o preço dos serviços por ela prestados. Nesse 
valor, inclui-se inclusive o ICMS destacado na nota fiscal, ou seja, refere-se ao valor total das 
notas fiscais de venda emitidas em determinado espaço de tempo, normalmente, um mês. 
Como ocorre com as compras, podem ser efetuadas à vista ou a prazo. A contabilizações 
das operações de vendas de mercadorias são efetuadas normalmente a DÉBITO de uma 
conta que represente recursos disponíveis (Caixa, Bancos c/ Movimento), quando são 
realizadas à vista ou de uma conta representativa de um direito de crédito (Clientes, Títulos 
a Receber, Duplicatas a Receber ou outra conta que represente um direito), quando 
realizadas a prazo. Como contrapartida deve-se efetuar um lançamento a CRÉDITO de uma 
conta de RECEITA (Receita Bruta de Vendas, Vendas, Vendas de Mercadorias, normalmente).
2. VENDAS DE MERCADORIAS
Fonte: Clip-art do office online
Quando uma empresa realiza uma venda, devemos saber que uma boa parte do valor 
cobrado dos clientes se refere a impostos e contribuições que são devidos em função das 
diversas legislações tributárias (federal, estaduais e/ou municipais), que estabelecem como 
Fato Gerador a Circulação das Mercadorias, o Faturamento, entre outros. Em tese, esses 
valores só são cobrados dos clientes porque a empresa foi onerada por estes tributos que 
deverão ser recolhidos aos cofres públicos nos prazos determinados. Entre os impostos que 
incidem sobre as vendas destaco o ICMS, PIS s/ Faturamento e COFINS. Para um correto 
entendimento da contabilização das vendas de mercadorias e dos tributos incidentes sobre 
estas operações, diversos lançamentos serão efetuados, com incidência de ICMS, PIS e 
COFINS. As alíquotas do PIS e da COFINS no regime não cumulativo são 1,65% e 7,6% 
respectivamente.
2. VENDAS DE MERCADORIAS
Primeiro quero que você acompanhe o registro contábil de uma venda a prazo.
Suponha, por exemplo, que uma empresa venda mercadorias a prazo no montante de R$ 
10.000,00, sendo o ICMS destacado na nota fiscal de R$ 1.700,00, e o CMV (Custo das 
Mercadorias Vendidas), R$ 4.000,00 considerando que ela é tributada pelo lucro real, e 
portanto, estará sujeita ao PIS e COFINS não cumulativo. Nesse caso o registro contábil será 
o seguinte:
2. VENDAS DE MERCADORIAS
D DUPLICATAS A RECEBER (AC) 10.000,00 
C VENDAS DE MERCADORIAS (CR) 10.000,00 
D ICMS S/ VENDAS (CR) 1.700,00 
C ICMS A RECOLHER (P) 1.700,00 
D PIS S/ VENDAS (CR) 165,00 
C PIS A RECOLHER (P) 165,00 
D COFINS S/ VENDAS (CR) 760,00 
C COFINS A RECOLHER (P) 760,00 
D CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CR) 4.000,00 
C ESTOQUES DE MERCADORIAS (AC) 4.000,00 
Registro da venda a prazo no inventário permanente com ICMS, PIS e COFINS não 
cumulativo.
Já a operação de venda à vista em dinheiro de mercadorias, haverá a alteração apenas no 
primeiro lançamento onde a conta a ser debitada será “CAIXA”, e os demais lançamentos 
não sofreram alterações.
Muito bem! Agora que vimos as operações envolvendo as vendas de mercadorias e os 
impostos, vou fazer um breve comentário quanto ao frete sobre vendas.
Quando o valor do frete for devido ou pago pela empresa vendedora, objetivando utilizá-lo 
como diferencial mercadológico, ele será considerado uma despesa para vender as 
mercadorias da empresa. Por exemplo, se a empresa vendedora tenha pago fretes à vista 
em dinheiro no valor R$ 35,00 à Transportadora Brasilon Ltda., para entregar aos seus 
clientes as mercadorias vendidas. O registro contábil dessa operação será o seguinte, 
acompanhe:
2. VENDAS DE MERCADORIAS
D DESPESAS COM FRETES (CR) 35,00 
C CAIXA (AC) 35,00 
Podemos deparar com a situação em que o adquirente da mercadorias devolve parte ou 
toda a compra efetuada, obviamente este fato irá gerar uma diminuição no resultado da 
empresa vendedora. A empresa deve receber em devolução mercadorias anteriormente 
vendidas por várias razões: problemas de qualidade, especificações técnicas, demora na 
entrega, divergência no pedido etc.
O registro da devolução de uma venda será efetuado tomando como base os valores da 
venda anteriormente efetuada, e o retorno ao estoque deve ser feito pelo próprio valor 
atribuído como custo a essas mercadorias, quando de sua baixa por ocasião da venda.
Considerandoos dados da venda acima mencionados, vamos contabilizar a devolução de 
50% das mercadorias, acompanhe:
No exemplo, colocamos que uma empresa venda mercadorias a prazo no montante de R$ 
10.000,00, sendo o ICMS destacado na nota fiscal de R$ 1.700,00, e o CMV (Custo das 
Mercadorias Vendidas), R$ 4.000,00 considerando que ela é tributada pelo lucro real, e 
portanto, estará sujeita ao PIS e COFINS não cumulativo.
2. VENDAS DE MERCADORIAS
No caso da devolução de 50% da venda o registro contábil será o seguinte:
2. VENDAS DE MERCADORIAS
D DEVOLUÇÃO DE VENDAS (CR) 5.000,00 
C DUPLICATAS A RECEBER (AC) 5.000,00 
D ICMS A RECUPERAR (AC) 850,00 
C ICMS S/ VENDAS (CR) 850,00 
D PIS A RECUPERAR (AC) 82,50 
C PIS S/ FATURAMENTO (CR) 82,50 
D COFINS A RECUPERAR (AC) 380,00 
C COFINS (CR) 380,00 
D ESTOQUE DE MERCADORIAS (AC) 2.000,00 
C CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CR) 2.000,00 
Registro da venda a prazo no inventário permanente com ICMS, PIS e COFINS não 
cumulativo.
Até aqui tivemos o entendimento sobre as principais operações em uma empresa comercial. 
Neste momento, você está apto a registrar as movimentações de entrada, saída e 
devoluções das mercadorias, apenas para enfatizar este aprendizado, resolva o exercício a 
seguir:
2. VENDAS DE MERCADORIAS
Atividade de Aprendizagem
Realize o lançamento contábil de cada operação apresentada.
1) A empresa J C & CIA. LTDA. é uma distribuidora de cadernos da marca máximos. Ela 
adquiriu a prazo no mês de março deste ano, 15.000 mil cadernos para revender à rede 
de papelaria CONTEX. O valor unitário é de $ 6,00, com o ICMS (12%), o PIS (1,65%), o 
COFINS (7,6%), a empresa custeou seu frete no valor de $ 2.500,00.
2) A empresa acima citada revendeu no mês abril para a rede de papelaria CONTEX 
15.000 cadernos da marca máximos, no valor de $ 12,00 cada o pagamento foi realizado 
à vista. Considere: ICMS 18%, PIS 1,65% e COFINS 7,6% e o custo de mercadoria vendida 
no valor $ 90.000,00.
Caros Alunos!
No tópico anterior fornecemos o CMV. Você deve se perguntar. De que forma ele foi 
apurado? De que maneira se pode calcular o valor dos custos das mercadorias que 
vendemos?
Pois bem, o CMV representa o valor atribuído às mercadorias negociadas pelo comerciante 
com seus clientes. O CMV, como o nome indica, é um valor de custo para o comerciante, 
valor que será confrontado com o valor de venda (receita) para a obtenção do Resultado 
com Mercadorias (RCM).
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Fonte: Clip-art do office online
Monetariamente, o valor do CMV é obtido pela equação:
Onde:
CMV = EI + C - EF
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final
O custo das mercadorias adquiridas para revenda é composto pelo valor pago ao fornecedor 
(líquido de impostos recuperáveis) mais os gastos com frete e seguro necessários para a 
colocação das mercadorias no estabelecimento da empresa adquirente.
Os impostos recuperáveis, pagos na aquisição de mercadorias são aqueles 
cujo valor a empresa adquirente pode creditar, nos livros fiscais próprios, 
para ser deduzido do valor do imposto da mesma espécie devido sobre a 
revenda de mercadorias (TRAUB, 2007, p. 1).
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Para se calcular o valor do CMV é necessário considerar todo tipo de gasto que a empresa 
teve para poder estar com a mercadoria (fretes, seguros...) bem como a dedução dos 
impostos recuperáveis (ICMS, PIS, COFINS...), assim sendo, a Compra – C, será utilizada no 
seu valor líquido.
Compras Líquidas
é igual a:
Valor total das Compras ( + ) Fretes ( + ) Seguros ( - ) Impostos Recuperáveis.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Exemplo de Cálculo do CMV
Calcular o CMV – Custo das Mercadorias Vendidas de 1º de janeiro a 31 de dezembro na 
empresa que apurou os seguinte dados:
Para tal cálculo, é necessário saber que:
CMV = EI + C – EF
CMV = 80.000 + 110.000 + 2.100 – 18.700 – 1.815 – 8.360 – 59.600
CMV = 103.625,00
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Estoque Inicial (1º de janeiro) 80.000,00
Compras de Mercadorias 110.000,00
ICMS a Recuperar 18.700,00
PIS a Recuperar 1.815,00
COFINS a Recuperar 8.360,00
Fretes s/ Compras 2.100,00
Estoque Final (31 de dezembro) 59.600,00
Fonte: elaborado pelo autor.
Como apresentado, é fundamental a toda empresa comercial a obtenção do custo 
da mercadoria a ser vendida (CMV), e para isto torna-se essencial o conhecimento 
do Estoque Inicial (igual o Estoque Final do período anterior) e o Estoque Final do 
período em questão. Se uma empresa nunca vendesse suas mercadorias, o 
Estoque Final seria, a qualquer momento, igual à soma do Estoque Inicial com as 
Compras Líquidas até então efetuadas. Na prática, tal fato não ocorre, havendo 
uma sucessão interminável de compras e vendas intercaladas.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
A obtenção do valor do Estoque Final é feita por uma das formas de controle dos 
estoques, conhecidas por “Inventário Periódico” e “Inventário Permanente”, 
(“ambos denominados de Regimes de Inventários”). Basicamente, o primeiro é um 
sistema mais simplificado, no qual realizamos contagem física do estoque e 
atribuímos um valor a este (estoque final – EF) no encerramento de cada período-
base, que pode ser mensal, semestral ou anual. É adotado quando a empresa não 
deseja ou não tem condições de manter controle sistemático e contínuo do 
estoque de mercadorias, sendo mais comum nas pequenas e médias empresas. O 
valor final do estoque (EF) será, portanto, conhecido extra contabilmente. 
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
O inventário periódico pode ser aplicado pelo método da CONTA MISTA ou pelo 
método da CONTA DESDOBRADA. Já o Inventário Permanente, que é largamente 
usado pelas médias e grandes empresas, pois, para utilizar este método, a empresa 
necessita de um esforço administrativo muito maior, possibilitando, por sua vez, 
um controle gerencial mais efetivo. É o sistema em que os lançamentos são 
efetuados de forma sistemática, isto é, de forma contínua ou permanente. 
Normalmente, os registros são feitos em fichas de controle de estoque (uma para 
cada tipo de produto ou mercadoria), fazendo-se o lançamento na conta de 
estoques a débito, na aquisição de mercadorias, e lançamento a crédito, pela saída 
de mercadorias do estoque.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Atividade de Aprendizagem
1) Quando a empresa adota o controle de estoques periódico, para o cálculo do Custo 
das Mercadorias Vendidas (CMV), deverá ser adotada a fórmula:
a) CMV= Estoque Inicial (+) Estoque Final – Compras.
b) CMV= Estoque Inicial (+) Compras (-) Mercadorias Disponíveis para venda.
c) CMV = Mercadorias Disponíveis para venda (-) Estoque Final.
d) CMV= Estoque Inicial (+) Compras (-) Estoque Final.
e) CMV= Estoque Final (+) Estoque Final (+) Compras.
Inventário... Você deve se perguntar o motivo deste nome, 
será que significa que posso inventar um estoque? Para 
orientá-lo melhor, inventário vem do latim e significa 
relação de bens. Ao avaliar um estoque eu o considero um 
bem? Por quê?
Critérios de Avaliação dos Estoques
Para determinarmos o custo das mercadorias, faremos o uso dos custos das compras, isto é 
o valor pago pela aquisição de tais mercadorias.
“Tendo em vista que a empresa poderá adquirir um mesmo tipo de mercadoria em datas 
diferentes, pagando por ela preços variados, para determinarmos o custo das mercadorias 
estocadas, há a necessidade de adotarmos algum critério” (COSTA, 2014, p. 1).
Os critérios mais conhecidos são o PEPS; UEPS e Custo Médio Ponderado. Vamos ver agora a 
diferença entre estes critérios.
3. APURAÇÃODO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
O PEPS significa primeiro que entra, primeiro que sai e é também conhecido por FIFO, 
iniciais da frase inglesa first in, first out. Adotando este critério para valorização dos 
estoques, a empresa atribuirá às mercadorias estocadas os custos mais recentes.
No estudo dos três critérios (PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado) utilizaremos o mesmo 
exemplo, mas antes preste atenção ao recado:
Nota – Para efeito didático, apresentaremos números inteiros e levaremos em conta que os 
impostos (ICMS, PIS e COFINS não cumulativos) já foram excluídos dos referidos valores. Na 
venda, a baixa é feita pelo custo, logo, também sem os impostos.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Vamos a um exemplo, acompanhe:
A empresa Solução Com. Móveis Ltda., tinha em estoque inicial em 01/01/204, composto de 
30 unidades de mesas (iguais), adquiridas por R$ 400,00 cada um, num total de R$ 
12.000,00 e no mês ocorreram as seguintes movimentações:
02/01/2014 – compra de 10 unidades por R$ 420,00 cada uma.
03/01/2014 – venda de 3 unidades por R$ 500,00 cada uma.
04/01/2014 – venda de 28 unidades por R$ 450,00 cada uma.
05/01/2014 – Compra de 5 unidades por R$ 410,00 cada uma.
06/01/2014 – Venda de 10 unidades por R$ 480,00 cada uma.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Fonte: elaborado pelo autor.
O CMV total do período será portando, de R$ 16.610,00 e o valor do estoque final R$ 
1.640,00. Com base neste critério, teremos, sempre, um valor de estoque baseado nas 
compras mais recentes e o do CMV nas mais antigas.
Se ocorrerem devoluções terá a seguinte situação, as devoluções de compras efetuadas ao 
fornecedor são escrituradas negativamente entre parênteses na coluna das entradas. Por 
outro lado, as devoluções de vendas recebidas de clientes são escrituradas negativamente 
entre parênteses na coluna das saídas. Assim, a soma da coluna das entradas corresponderá 
efetivamente ao valor das compras líquidas, e a soma da coluna das saídas corresponderá 
efetivamente ao custo das mercadorias vendidas, ou seja, ao valor das saídas líquidas.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Observando que as devoluções de compras deverão ser registradas na ficha de controle de 
estoque pelo valor pago ao fornecedor. Já as devoluções de vendas deverão ser lançadas 
pelos mesmos valores das respectivas saídas.
Agora iremos estudar o UEPS, a sigla significa último que entra, primeiro que sai e é também 
conhecida por LIFO, iniciais da frase inglesa last in, first out. Adotando este critério para 
valoração dos seus estoques, a empresa sempre atribuirá às suas mercadorias em estoque 
os custos mais antigos, guardadas as devidas proporções com as mercadorias que entraram 
e saíram do estabelecimento.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Fonte: elaborado pelo autor.
O CMV será agora R$ 16.650,00 e o valor do estoque final R$ 1.600,00. O CMV estará 
baseado nas compras mais recentes, e o estoque final nas mais antigas.
Vamos agora conhecer o Custo Médio Ponderado, para evitar o controle de preços por lotes, 
como nos métodos anteriores e para fugir aos extremos, existe a possibilidade de se dar 
como custo o valor médio das compras. Este valor médio é bastante lato em sentido, pois 
pode ser a média das compras do período, ou só do último mês etc. O mais utilizado, 
entretanto, e mais lógico também, é o valor médio do custo do estoque existente. Chama-se 
Ponderado Móvel, pois o valor médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de 
outras unidades por um preço diferente. Assim, ele será calculado dividindo-se o custo total 
do estoque pela unidade existente.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Fonte: elaborado pelo autor.
O CMV apurado agora, foi de $ 16.625,00 e o estoque final, $ 1.628,00. Note-se que, se 
utilizássemos um preço médio que não o móvel, poderia ter:
12.000 + 6.250 / 45 unidades = Custo médio fixo de $ 405,5555
Logo teríamos: CMV = 41 x $ 405,5555 = $16.627
e EF = 4 x $ 405,5555 = $ 1.622
Portanto, é lógico que, com o uso da média ponderada em todas as variantes, teremos, 
normalmente, valores que se encontrarão entre os apurados pelo PEPS e pelo UEPS.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Link
Para que nosso conteúdo se torne ainda mais interessante vamos ao link: Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=5IcICQ1twVs>. Acesso em: 21 set. 2018.
No vídeo empresários falam de controle de estoque em entrevista à jornalista Inácia 
Soares.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
Atividade de Aprendizagem
1 - A empresa J C & Cia. Ltda., tinha em estoque inicial em 01/03/2014, composto de 40 
unidades de cadernos do mesmo padrão, adquiridas por R$ 4,00 cada um, num total de 
R$ 160,00. Ocorreram as seguintes movimentações: Apure pelo método PEPS:
04/03/X14 – compra de 10 unidades por R$ 6,00 cada uma.
06/03/X14 – venda de 30 unidades por R$ 8,00 cada uma.
08/03/X14 – venda de 15 unidades por R$ 9,50 cada uma.
10/03/X14 – compra de 10 unidades por R$ 8,00 cada uma.
16/03/X14 – venda de 10 unidades por R$ 480 cada uma.
Destacamos empresas nas quais pelo fato de não dar importância à contabilidade encerram 
suas atividades, o controle contábil não é tudo, é preciso conhecer o empreendimento e 
fazer uma boa gestão. A gestão de um empreendimento é completa quando une experiência 
à compreensão das operações contábeis. Caro Aluno! Quanto mais buscar informações 
sobre gestão, mais verá em destaque o uso das Demonstrações Contábeis. Nosso 
aprendizado não encerra aqui, vamos à próxima web.
3. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES
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COSTA, Jonas. Contabilidade e controladoria. [s.l]: Universidade São Judas Tadeu, [20--]. 
Disponível em:
<http://files.usjtrh.webnode.com/200000012-
5bd9b5cd40/Contabilidade%20e%20Controladoria%20-%20Recursos%20Humanos%20-
%20Conte%C3%BAdo%203.doc>. Acesso em: mar. 2014.
TRAUB, Laura. Operações com mercadorias: compra e venda de mercadorias. Porto Alegre: 
FAPA, 2007. Disponível em:
<http://amigonerd.net/humanas/contabilidade/operacoes-com-mercadorias-compra-e-
venda-de-mercadorias>. Acesso em: mar. 2014.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral. São Paulo: Saraiva, 2011.
PADOVEZE, Clovis Luis. Manual de contabilidade básica. São Paulo: Atlas, 2000.
SOUZA, Acilon Batista. Contabilidade de empresas comerciais. São Paulo: Atlas, 2002.
Referências

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