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2 
 
INTRODUÇÃO 
Prezado aluno, o assunto que vamos estudar nesta matéria é de suma 
importância, pois tratam da pessoa, obra e mover do Espírito Santo em nossos 
dias. Mover este, que começou em Génesis 1.2; seu trabalho era especial: 
preparar a terra sem forma e vazia, para a obra restauradora do Pai no nível 
do tempo. Era um grande desafio missionario. Por isso é essencial que os 
crentes reconheçam a importância do estudo do Espírito Santo no plano divino 
de redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria 
criação, universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; SI 104.30). 
Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (II Pe 1.21; I co 2.10) e nenhum 
poder para triunfar sobre as hostes do mal e proclamar o evangelho (At 1.8). 
Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade, 
nem igreja e nenhum cristão neste mundo. 
O termo Paracletologia, é a união de duas palavras gregas: "paracleto e 
Logia" as quais significam "Consolo e Estudo". Portanto, Paracletologia 
significa: "Estudo do Consolador ou do Espírito Santo". 
Este estudo, também é conhecido, como Pneumatologia, que vem do 
vocábulo grego pneuma: "Espírito", e logia "Estudo". Ambos os termos 
quando aplicados juntos denotam o infinito Espírito Santo de Deus. O Autor. 
1 - A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO. 
Considerando o que a Bíblia expõe quanto à personalidade do Espírito Santo, 
certificamo-nos, de que, Ele não é simplesmente uma influência, como 
alguns erroneamente pensam. O Espírito Santo é uma pessoa divina, porque 
para ser uma pessoa, não se faz necessário possuir uma forma corpórea (um 
corpo). Entretanto, se faz necessário possuir três atributos básicos que 
caracterizam a personalidade que são: Intelecto, sentimento e vontade. 
1.1 Intelecto: capacidade de raciocinar e formular idéias (raciocinar é tirar 
conclusões, é pensar). O Espírito Santo é o espírito do conhecimento; 
onisciente, Ele conhece todas as coisas, Jesus disse acerca do Espírito Santo: 
"Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, 
esses vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos 
tenho dito" (Jo 14.26) 
1.2 Sensibilidade: Capacidade para sentir, como evidência de sua 
sensibilidade, Ele ama, geme, chora e intercede. 
"Ê não entristeçais o Espírito de Deus no qual estais selados para o dia da 
redenção" (Ef 4.30). 
3 
 
1.3 Vontade: capacidade de tomar decisões, de querer, ou ter desejo. O 
Espírito Santo orienta, impede, contende. 
 
 Ele é o Espírito do Deus Pai, o executor da vontade divina em nossa vida: 
"E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: apartai-me 
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2). Para ser 
uma pessoa tem que existir esses atributos, chegamos à conclusão que o 
Espírito Santo é uma pessoa. 
 
a) Vejamos mais 14 argumentos favoráveis à caracterização de sua 
Personalidade. 
 
l. Ele ensina (Jo 14.26) 
2. Ele clama (Gl 4.6) 
3. Ele dirige (Gl 5.18; At 
13.2) 
4. Ele convence (Jo 16.8) 
5. Ele chama (At 13.2) 
6. Ele advoga (Jo 14.16) 
7. Ele contende Gn 6.3 
8. Ele fala (Gl 4.6) 
9. Ele regenera (Jo 3.6) 
IO.Ele intercede (Rm 8.26) 
I I.Ele testifica (Jo 15.28) 
12.Elejulga (At 15.28) 
13.Ele impede (At 16.6-7) 
14.Ele convida A 22.17 
 
b) O Espírito Santo exerce atividades em nossa vida. 
l . Ele revela: "... homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito 
Santo."(ll Pe 1.21) 
 
2. Ele dá testemunho que somos filhos de Deus: "...enviou Deus ao nosso 
coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!" (Gl 4.6) 
 
3. Ele fala: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas:" (ap 2.7) 
 
 
4.Ele comanda: " ...Impedidos • pelo Espírito Santo de pregar a palavra na 
Asia..." 
(At16.6,7) 
 
4 
 
5.Ele testifica de Jesus: "...o Espírito da verdade, ...dará testemunho de mim;" 
(Jo 
15.26) 
c) O Espírito é suscetível de trato pessoal. 
 
Alguém pode mentir ao Espírito Santo (At 5.3) 
Alguém pode também blasfemar contra Ele (Mt 12.31 ,32) 
Alguém pode entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30) 
d) Pronomes e apelativos são largamente usados para descrever sua 
personalidade. 
 
EU — "E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três 
homens te buscam. Levanta-te, pois, desce, e vai com eles, não duvidando; 
porque eu os enviei" (At 10.19,20). 
Ele - "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" 
(Jo 
16.8) 
Aquele — "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu 
nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos 
tenho dito" (Jo 14.26) 
Outro — "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique 
convosco para sempre" (Jo 14.16) 
Esse — "..O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos 
ensinará todas as coisas..."(Jo 14.26). 
11 - A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO. 
As Escrituras nos apresentam também o Espírito Santo como um ser Divino. 
Ele se identifica com o Pai, com o Filho na divindade, como você pode 
observar no gráfico abaixo. A divindade é composta de três pessoas, iguais 
em aspecto, poder e glória (embora com manifestações diferentes), que 
formam um só Deus, onipresente, onisciente, onipotente e eterno. 
O Espírito Santo entra com o vínculo de ligação entre o Pai e o 
Filho. (Ef 4.3-5; 1 co 2.10,11) 
OBS: Os nomes de Deus pertencem às três pessoas da divindade, inclusive ao 
Espírito Santo. (Ex 3.14; Jo 8.58; 11 co 3.18). 
5 
 
1. Os atributos divinos atribuídos ao Espírito Santo. 
ONIPRESENÇA: "Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da 
tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no Sheol a minha cama, eis que 
tu ali estás também. Se tomar às asas da alva, se habitar nas extremidades do 
mar, até ali a tua mão me guiará e tua destra me susterá" (SI 139.1-5). A 
palavra onipresença deriva-se de dois vocábulos latinos "omnis", que 
significa "tudo" e "praesum" que significa "estar próximo ou presente". Ele 
pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo sem se dividir, e 
nem ocupar espaço; porém, sua presença tanto pode ser passiva como ativa: 
* Presença passiva: E o poder de estar em todos os lugares, contemplando 
todas as coisas sem se manifestar, ou se fazer presente (PV 15.3). 
* Presença ativa: E quando sua presença se manifesta e se torna visível, e isso 
só acontece onde Deus é invocado em espírito e em verdade (Jo 4.23; Is 57.14, 
15; Ap 4.1-10; I Ci 3.16). 
ONISCIÉNCIA: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e 
não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que 
o amam. Porém Deus no-las revelou pelo seu Espírito porque o Espirito 
penetra todas as coisas, ainda às profundezas de Deus. Porque, qual dos 
homens sabe as coisas do homem, seoào o espírito do homem, que nele 
está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de 
Deus" (l co 2.9-11). A palavra onisciente deriva-se também de dois 
vocábulos latinos: "omnis" que signitica "tudo" e "scientia" que significa 
"conhecimento". Deus sendo Espírito perfeito, tem conhecimento perfeito, 
total pleno de tudo, passado, presente e futuro. Deus tem conhecimento de 
todas as coisas, de eternidade em eternidade. Esse conhecimento abrange os 
mínimos detalhes (SI 139.7-10; At 15.18; Rm 1 1.36; 1 co 2.10). 
l . Deus entende tudo (SI 147.5) 
2. Deus esquadrinha tudo (Ap 2.23) 
3. Deus conhece tudo (IS 46.9-13) 
4. Deus sabe tudo (Jó 37.16). 
ONlPOTÊNCIA: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do 
Altíssimo te envolverá com a sua sombra" (LC 1.35). Os vocábulos 
"omnis" e "potentia" juntos significam "todo o poder", ambos foram 
transliterados para "onipotência" que, como atributo da divindade, é o 
6 
 
poder ilimitado para fazer tudo o que quiser. Só Deus pode dizer como 
disse a Abraão: "Eu sou o Deus todo Poderoso..." (Gn 17.1). Ver também 
a)Onipotência moral: Deus é tão poderoso que não pode praticar o mal 
e sim só a justiça. 
b) Onipotência física: Deus e seu poder criador criou os céus e a terra. (Gn 
1.1; Jr 32.17) Deus sustenta todas as coisas criadas (Hb 1 .3; SI 135.5,6) 
c) Onipotência espiritual: Deus como ser auto-existente, subsiste por si só, e 
possui todo poder espiritual, para fazer o que bem lhe aprouver, no mundo 
espiritual, inclusive punir e julgar as hostes do mal (Ap 20.1-3; 20.10). 
.ETERNIDADE: "Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito 
eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus..." (Hb 9.14). Note 
nesta passagem, que o Espírito Santo é chamado de "o Espírito Eterno", 
e eternidade é um atributo de Deus. 
2. Vejamos algumas passagens bíblicas no Antigo Testamento que se 
referem á Jeová (Senhor), e são usadas com referência ao Espírito Santo no 
Novo Testamento. 
a) Antigo Testamento. 
(IS 6.8-10) "Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, 
e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, 
disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, 
mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os 
ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a 
ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja 
salvo." 
b) No Novo Testamento 
(At 28.25,27) "E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo 
Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por 
intermédio do profeta Isaías, quando disse: Porquanto o coração deste povo 
se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os 
olhos, para que 
 
 
jamais vejam, netn ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o 
coração, e se convertam, e por mim sejam curados." Isaías diz que foi a 
voz do Senhor, contudo Paulo afirma que foi o Espírito Santo. 
7 
 
3. A Deidade do Espírito Santo também é revelada através das suas 
ações e obras realizadas. 
 O Espírito Santo é Deus: "Disse então Pedro: Ananias, por que encheu 
Satanás o teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo... ? Não 
mentiste aos homens, mas a Deus" (At 5.3-4). O que você observou neste 
texto? No versículo 3. Pedro, falando a Ananias, acusou-o de haver 
mentido "ao Espírito Santo ", e no versículo 4, diz que mentiu "a Deus". 
Logo o Espírito Santo é Deus. 
 O Espírito Santo é o co-autor da Criação: "Quando envias o teu 
Espírito, são criados, e renova a face da terra" (SI 104.30). Ver 
também (SI 33.6). 
 O Espírito Santo participou na criação do homem: "O Espírito de 
Deus me fez e a inspiração do Todo Poderoso me deu vida". (Jó 33.4) 
cf. (Gn 1.26). 
111 - OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO. 
 Nomes do Espírito Santo que o identifica com o Deus trino. 
 
Usamos o termo Deus trino, para designar o monoteísmo composto de Deus, que se 
manifesta em três pessoas em um só Deus. (Jo 1.1; At 5.4-5; Ef4.4-6; I Jo 5.20). 
I.Espírito de Deus: Isto significa que o Espírito Santo tem íntima relação 
com o Pai, no que concerne ao nosso bem estar espiritual e a nossa segurança. 
"Não sabeis que o Espírito de Deus habita em vós?" (I co 3.16). Encontramos 
este nome também no início da Bíblia, associado diretamente à criação, onde 
nos é dito: "0 Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2). Em 
outras passagens das Escrituras, aparece também este nome, ligado 
diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração humana: (Gn 6.3; 
Jó 33.4; SI 104.30; Rm 8.2; etc). O Espírito Santo, como Espírito de Deus, 
representa a onipotência de Deus, que tudo criou e tudo pode fazer. 
2.0 Espírito de Cristo: Este nome está relacionado com a obra redentora de 
Cristo na cruz do calvário por amor a nós. Desde os tempos mais remotos, o 
Espírito Santo vinha "testificando os sofrimentos que a Cristo havia de vir e a 
glória que se lhe havia de seguir" (II Pe 1.11). Esta é uma das razões por que 
Ele é chamado O ESPÍRITO DE CRISTO. Ele acompanhou todos os passos, 
atos e palavras de Cristo em sua missão divina a favor dos homens. 
3.Espírito Santo : Em algumas partes da Bíblia, o Espírito é chamado de 
"o Espírito" (I Jo 3.24; I C02. IO). Entretanto, ao abrirmos o Novo 
Testamento encontramos o Espírito Santo imediatamente com este nome, 
e daí por diante em cada seção tópica ou temática, o nome que lhe é dado 
8 
 
com freqüência é "Espírito Santo". A ênfase, aqui, recai sobre a 
santidade. O nome indica a sua natureza "Vós sereis batizados com 
Espírito Santo...." (At 1.5). Até a evidência central da ressurreição de 
Cristo aconteceu "segundo o Espírito de santificação" (Rm 1.4). Esta é, 
portanto, a natureza do seu Ser e a extensão de sua obra santificadora. 
 
b. Outros nomes e títulos do Espírito Santo. 
l. Espirito de Vida: "Porque a lei do Espirito da vida... te livrou da lei do 
pecado e da morte A vida que Jesus prometeu aos seus servos vem através 
do Espírito Santo. 
Não somente isto: pela virtude do Espírito Santo também recebemos cura das 
Enfermidades. Além disso, virá o dia quando. assim como o Espírito de Vida 
levantou da morte o Senhor Jesus, também trará a vida os nossos corpos mortais. 
2. O Espirito da Verdade: “O Espirito de verdade, que o mundo não pode 
receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita 
convosco, e estará em vós " (Jo 14.17). Ele possui a verdade, revela a verdade, 
guia-nos à verdade, testifica da verdade e a defende-a opondo-se assim ao 
espírito do erro. 
2. O Espírito de amor: "Porque Deus não nos deu o Espírito de temor, mas 
de fortaleza, e de amor e de moderação (II Tm l. 7). Assim como Deus 
Pai é amor, o Espírito Santo também o é (Rm 15.30). ele transmite o amor 
de Deus aos nossos corações (Rm 5.5). 
3. Espírito de poder: "Mas recebereis a virtude do Espirito Santo, que há de vir 
sobre vós; (At 1.8"). O poder pertence a Deus (SI 62.1 1), por meio de Cristo 
(I co 1.24), através do Espírito Santo (At 1.8). 
S. Espírito de sabedoria e revelação: "Para que o Deus de nosso Senhor 
Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de 
sabedoria e de revelação " (Ef 1.17). O Espírito Santo nos une a Cristo, em 
quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 
2.2,3), e pelo Espírito Santo nos é revelado. 
5.O Espírito de Jesus Cristo: "Porque sei que disto me resultará a salvação, 
pela vossa oração e pelo socorro do Espirito de Jesus Cristo, segundo a 
minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; 
antes, com toda a confiança O Espírito Santo, nesta passagem é apresentado 
como o Espírito de Jesus, o que tem levantado alguns estudiosos a pensar 
que o Espírito Santo funcionava com espírito humano em Cristo aqui na 
terra. 
6.Espírito de Adoção: A semelhança o que fazem muitos cristãos, com justa razão 
você também se regozija no fato de ser herdeiro de Deus e co-herdeiro com 
9 
 
Cristo. E interessante sabermos que isto acontece pela ação do Espírito chamado 
"o Espírito de adoção" (Rm 8.15) É mediante o testemunho do Espírito em nossos 
corações que nos sentimos realmente habilitados como filhos de Deus, com 
direito à sua herança. "C) próprio Espírito testifica com o nosso espírito que 
somos filhos de Deus " (Rm 8. ló). 
8.Paracleto: • 'E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador... " (Jo 
14.16). O próprio Jesus, durante sua vida terrena era o Paracleto 
(Consolador) dos seus discípulos, e os consolou quando estava preste a 
deixá-los, prometendo-lhes "outro Consolador ou Paracleto", (alguém 
chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar), o que é uma referência 
ao Espírito Santo. Tudo o que Jesus fora para os discípulos, o outro 
Consolador haveria de ser também. Portanto, o Espírito Santo seria uma 
Pessoa substituindo outra, pois o termo grego para "outro" empregado por 
João aqui é "allon", que significa outro da mesma espécie, e não "heteron",que significa outro de espécie diferente. Portanto, o Espírito Santo é outro 
ajudador; separado e distinto de Cristo, embora da mesma espécie. Ele é a 
continuidade do Senhor Jesus em nós, igual em poder e glória, embora sob 
manifestação diferente. 
Nos capítulos 14 a 16 do evangelho segundo João é apresentado um grupo de 
declarações concernentes ao prometido Paracleto. Quatro destas declarações 
incluem a palavra grega paracleto, a saber, (Jo 14.15-17; 15.26,27; 16.5-1 1). 
 
c. O vocábulo grego "paracleto" tem sido traduzido e interpretado como: 
1. Consolador: Isso faz parte do sentido da palavra, mas certamente não a esgota. 
O Espírito Santo veio a fim de consolar, mas também veio para muito mais do 
que isso. 2. Conselheiro: Alguns intérpretes, seguidos por algumas traduções, 
preferem conselheiro como tradução. Isto também faz parte do significado dessa 
palavra (paracleto). Porquanto o Espírito Santo veio da parte de Deus Pai a fim 
de instruir, ensinar e aconselhar aos crentes. 
3. Advogado: A tradução inglesa diz advogado, que significa intercessor ou 
defensor, e isso também é possível, pois, na realidade, é o sentido mais primitivo 
do vocábulo grego, que se encontram também nos escritos de Josefo e de outros 
autores antigos. No trecho de (I Jo 2.1), o termo é usado para indicar a pessoa de 
Cristo, onde a melhor tradução parece ser "advogado" posto ser Jesus Cristo 
nosso justo intercessor. Por semelhante modo, em (Rm 8.26,27), está implícito 
que o Espírito Santo, é apresentado como nosso advogado quando diz que: "Ele 
intercede por nós com gemidos inexprimíveis Portanto, temos neste caso uma 
interpretação legítima quanto ao ministério do Espírito Santo. 
10 
 
5. Amigo fiel: A palavra paracleto pode ser interpretada também por amigo fiel, 
e é o que o Espírito Santo é para conosco, em todos os momentos de nossa vida, 
ainda quando nos sentimos sós, podemos contar com o auxílio daquele que, Jesus 
falou: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique 
convosco para sempre" (Jo 14.16). 
d. O nome do Espírito Santo é acoplado com o do Pai e do Filho. 
• "Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há 
diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há 
diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em 
todos" (I co 4.6). 
a) Diversidade de dons: dons do Espírito (I co 12.8-1 1) 
b) Diversidade de ministérios: Ministérios de Cristo (Ef4.l l) 
c) Diversidades de operações: São as formas que Deus opera os milagres. Tem 
haver com o som, com o tato, a imposição de mãos, unção com óleo, etc. 
 "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do 
Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19). 
 "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito 
Santo seja com todos vós. Amém" (II co 13.14). 
IV- SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO. 
Santo " (Jo 2.2). Jesus falou do vento como símbolo do Espírito Santo. O vento é 
invisível, porém é real. Não o podemos tocar, nem o compreender, mas o sentimos 
(Jo 3.8). A ação do vento simboliza benefícios proporcionados a nós pelo Espírito 
Santo. 
1 .Alimentação: Sabemos que três quartos da alimentação dos homens e dos animais 
vem do ar — oxigénio. Também a vegetação depende da alimentação que provêm do 
ar. Podemos viver alguns dias sem outros tipos de alimentos, mas sem o ar, apenas 
por alguns minutos. SEM O ESPÍRITO SANTO NÃO HÁ VIDA ESPIRITUAL. 
2.Transmissão: Todo som é transmitido pelas ondas do ar. Sem atmosfera, seria 
impossível ouvir-se alguma coisa (Ap 1.10). Pelo Espírito Santo, o homem fala a 
Deus, e Este, fala ao homem. Através do Espírito Santo, nossas orações são 
transmitidas a Deus (Rm 8.26). Por intermédio do Espírito Santo, a mensagem de 
Deus é transmitida aos pecadores (LC 4.18). 
3.Poder: Como um vento forte e impetuoso, o Espírito Santo, manifestou-se no 
cenáculo, onde os crentes primitivos estavam reunidos no Dia de Pentecostes. O 
Espírito os encheu de uma forte onda de poder sobrenatural. O medo deu lugar à 
intrepidez e a multidão foi dominada pelo poder do Espírito, rendendo-se a Cristo, o 
Salvador (At 2.2; 37-41). 
11 
 
4.Refrigério: O vento movimenta e refresca os homens, amenizando o calor do sol. 
O Espírito Santo opera de idêntica maneira, movendo os crentes, tanto coletiva como 
individualmente, trazendo o refrigerado senso da presença de Deus. O vento também 
alimenta o fogo, o que simboliza uma ação simultânea do Espírito Santo. O vento é a 
atmosfera em movimento e tem caráter permanente, o que ensina que o Pentecostes 
deve continuar como um movimento até o dia do arrebatamento (At 2.1-4). Esta é a 
vontade de Deus. 
 
3. Água (Jo 7.37-39). 
• Cristo, a fonte (Jo 7.37-39) Cristo, a rocha fendida (Êx 17.6). Paulo comentando 
este texto, diz: "... E a pedra era Cristo. "(I co 10.4).(Ez 47.1-2) O rio procede do 
altar. A abundância do Espírito depende da adoração e da comunhão com Deus. 
(Is 55.10) A chuva vem do céu. O Espírito Santo foi enviado do céu (At 2.33). 
• Proporção: A água é abundante. Dois terços do globo são constituídos de água. a 
) (Jo 7.37) Agua de um odre, insuficiente: Representa a acomodação a uma vida 
espiritual raquítica. 
b) Agua de um poço, limitada (Jo 4.6,13): Embora as portas do céu estejam abertas, a 
proporção que recebemos depende da nossa disposição de buscar. 
Agua a jorrar (Jo 4.14), ilimitada. "...fonte a jorrar para a vida eterna". Escolha sua parte. 
 Utilidade: 
a) A água refresca, tira a sede (SI 42.2; 23.2). Estas ações são atribuídas propriamente 
ao Espírito Santo neste texto. 
b) A água faz brotar as árvores e a erva (Jó 14.9; Is 44.4). O Espírito renova e produz 
fruto em nossa vida (Gl 5.22; SI 104.30). 
c) A água limpa (Hb 10.22). O Espírito Santo limpa ou lava (Tt 3.5). 
9 
E importante estarmos familiarizados com a linguagem gramatical das Escrituras, 
tendo em vista a significação correta das palavras, a forma das frases e as 
particularidades idiomáticas da língua empregada. 
De igual modo, devemos entender o significado literal, figurado e alegórico das 
palavras contidas nas Escrituras, interpretando-as dentro do seu contexto, 
principalmente aquelas ligadas ao Es de Deus. Por isso, precisamos primeiro saber o 
que é um símbolo, para depois interpretá-lo em relação ao Espírito Santo. 
• Significado da palavra símbolo: (Do grego symbolo, do latim simbolum). Figura, 
emblema, imagem e sinal. Representação abreviada de um elemento, pessoa ou 
objeto, apontando para algo ou alguma coisa. Por exemplo, a bandeira do Brasil 
12 
 
representa o Brasil, porém não é o Brasil. (o verde = as matas; o amarelo o ouro; o 
azul= o céu; o branco= a paz). 
1. O fogo. (LC 3.16). 
O fogo, como símbolo do Espírito Santo, fala da Sua grande força em relação às 
diversas maneiras de sua operação, para corrigir os defeitos da nossa natureza carnal 
e conduzir-nos a termos o caráter de Cristo o filho de Deus. 
1.0 fogo queima: é, portanto um símbolo da presença de Deus (Hb 12.29). Deus é 
chamado de um "fogo consumidor". Temos aqui uma referência à manifestação da 
ardente santidade de Deus. (Is 4.5; Êx 3.2; Ez I .26). 
2.0 fogo consome: Consome o que é combustível — "madeira, feno e palha"(l co 3.12-
15). O Espírito Santo é contra tudo o que é falso. A tudo o que não é feito por amor e 
não tem por objetivo glorificar a Deus. 
3.0 fogo limpa: Somente o fogo pode tirar a sujeira de diferentes materiais. O fogo é, 
portanto, símbolo de poder purificador Espírito Santo. Aquilo que não pode ser 
refinado e eliminado pela santidade do Espírito é destruído pelo fogo. (Is 6.6, 7) 4.0 
fogo amolece: Há materiais que se derretem em contato com o fogo, como a cera e 
outros. O fogo do Espírito derrete os corações endurecidos. No dia de Pentecostes, isto 
acontece: "compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais 
apóstolos: Quefaremos irmãos? " (At 2.37).5.0 fogo endurece: Praticamente, o mesmo fogo que amolece a cera endurece o barro. 
O ferreiro leva o aço ao fogo para amolecer e para torná-lo mais duro. O Espírito Santo 
que torna o crente mais brando torna-o também mais forte, mais resistente. 
6.0 fogo esquenta: O Espírito, qual fogo, torna a alma abrasada por uma ardente paixão 
e zelo por Deus e Seu serviço. 
7.0 fogo ilumina: Israel era guiado à noite por um "clarão de fogo"(Sl 78.14). O 
Espírito nos guia não de modo figurado, mas real. "mas, se sois guiados pelo Espírito, 
não estais sob a ler' (Gl 5.18). 
2. Vento (At 2.2). 
A mesma palavra "pneuma", que é usada em referência ao Espírito Santo, é também 
traduzida por "vento", "ar", ou "fôlego". Deus soprou em Adão o fôlego da vida e ele 
tornou-se alma vivente. Cristo soprou os seus discípulos e disse: "Recebei o Espírito”, 
as bênçãos do Espírito Santo, que temos experimentado e podem ser experimentada 
por quantos as busquem com fé. 
• Valor: A água não é comerciável; é gratuita em todo o universo (Is 55.1). Neste 
caso o preço e valor são opostos entre si. A água é indispensável à vida. Fontes, 
rio e chuva representam, portanto, o poder renovador, restaurador e refrigerador 
da presença de Deus, através do Espírito Santo. Nada vive sem água. Sem o 
Espírito Santo não há vida espiritual, em nenhuma hipótese. 
4. óleo (Ze 4.2-6). 
13 
 
Na Palavra de Deus, o óleo aparece como um símbolo do Espírito Santo. Era usado nas 
solenidades de unção e consagração de profetas, sacerdotes e reis (Ex 30.30; LV 8.12; I 
Sm 10.1; 16.13; I RS 1.39) Era usado no ritualismo do Antigo Testamento, 
correspondendo à operação real do Espírito Santo na vida do crente na atual 
dispensação. 
a)Aplicação simbólica do azeite: (LV 14.17)" do restante do azeite que está na mão, o 
sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o 
polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito, em cima do sangue da 
oferta pela culpa; 
I .Na orelha habilitação para ouvir a voz de Deus. "Quem tem ouvidos, ouça o que o 
Espirito diz às igrejas... "(Ap 2.17) 
2)Na mão, habilitação para o trabalho de Deus "..não por força nem por poder, mas pelo 
meu Espírito, diz o Senhor..."(Zc 4.6) 
3)No pé, habilitação para andar nos caminhos do Senhor. ..andai no Espírito... "(Gl 
5.16). 
4)No rosto, brilho da alegria espiritual (SI 104.15) "...com o rosto desvendado...somos 
transformados, de glória em glória...pelo Senhor, o Espírito " (II co 3.18). 5)Azeite em 
outras vasilhas ( II RS 4.4-6). Bênção para outras pessoas (Rm 5.5). Nas feridas (LC 
10.34) símbolo de restauração pelo Espírito Santo (LC 4.18). 
b)Composicão e uso especial do óleo: Era proibido fabricar outro óleo com a 
mesma composição (Ex 30.32,33). Ninguém pode imitar o Espírito Santo. 
Era proibido usar o óleo sagrado para fins particulares. O Espírito Santo não pode ser 
usado. Ele usa os servos de Deus (Ex 30.31,32) 
c)A unção com óleo representa a finalidade da unção do Espírito: Algumas 
finalidades da unção com óleo. 
Consagração de sacerdotes para ministrar as coisas sagradas (LV 8.10-12). A nossa 
oferta, como sacerdote que somos, é aceitável a Deus, sendo santificada pelo 
Espírito Santo (Rm 15.16; 1 Pe 2.9). 
d)Para servir eficientemente, "...Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo 
e com poder..."(At 10.38) "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito 
Santo... "(At I .8). Jesus foi ungido para realizar completa e eterna salvação. O crente é 
ungido para pregar a salvação eterna com todos os seus benefícios 
e) Para enxergar perfeitamente. "Aconselho-te que de mim compres... colírio para 
ungires os olhos, afim de que vejas"(Ap 3.18). 
f)Para comunicar conhecimento espiritual "vós possuís unção que vem do Santo, e 
todos tendes conhecimento " (I Jo 2.20) 
14 
 
g)Para confirmar em Cristo "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e 
nos ungiu é Deus " (II co 1.21) 
O óleo era usado para alimentar, iluminar, lubrificar, curar as enfermidades, 
suavizar a pelo, para lavar, etc. Da mesma maneira o Espírito Santo alimenta, 
ilumina, lubrifica, cura suaviza a alma, lava os nossos corações. Glória te damos 
Senhor pelo dom do Seu Espírito Santo. 
5. Selo (Ef 1.13). 
1. O selo fala de propriedade: Especialmente em épocas passadas, a impressão 
de um selo indicava a resolução do proprietário do selo como sinal de que alguma 
coisa lhe pertencia. Os cristãos são propriedade de Deus, e a habitação do Espírito 
Santo neles é a prova desta possessão ((Rm 8.9). 
Em Efeso, nos dias do apóstolo Paulo, este costume era comum. Um comerciante 
ia a um arvoredo selecionar certas madeiras para seu uso, imprimindo nelas o seu 
selo, um conhecido sinal de propriedade. Mais tarde, mandava o seu servo com o 
sinete correspondente, para ser impresso nas madeiras onde o selo era visto. 
Ao falar do Es como selo, baseado este costume dos Efésios, o apóstolo 
Paulo, nos ensina que é o Es em nós a prova autêntica de que somos 
possessão e propriedade de Deus. 
2. O selo fala de segurança e preservação: alguns, como conservantes de 
frutas e vegetais são lacrados (selados) como meio de evitar a penetração do 
ar, para preservá10s de deterioração por todo tempo em que o selo for 
conservado intacto. Assim, também as nossas vidas são seladas pelo Espírito 
Santo e, desta maneira, preservadas das más influências deste mundo com o 
pecado. 
6. A pomba (Mt 3.16). 
I. A natureza da pomba: a pomba é uma ave limpa. Era usada para sacrificios (LC 
2.24). Geralmente se admite que este símbolo (a pomba) fala da gentileza, ternura, 
amabilidade, inocência, bondade, paz, pureza e paciência. Não há dúvidas de que 
estas virtudes são próprias do Espírito Santo e determina a maneira como Ele age 
no crente para produzir estas qualidades que refletem o caráter de Cristo. 
7. Penhor (11 co 1.21-22) 
 Primeiro: Penhor significa, garantia segurança, por exemplo, o fiador 
torna-se responsável pelo pagamento da divida de alguém que ele 
garante. 
 Segundo: Quando adquiritnos algo à prestação, ou quando assinamos um 
contrato de compra de casa ou terreno, nós damos o pagamento de 
15 
 
entrada, como garantia de que o negocio esta feito e será pago o restante 
da dívida. Qual é o paralelo espiritual? O Espírito Santo é a nossa 
garantia, de que Jesus, cumprirá sua promessa de um dia vir nos buscar 
e nos levar ao céu de glória. 
V- O ESPiRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO. 
A Biblia nos apresenta quase imediatamente o Espírito de Deus, quando arz: 
princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e 
havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face 
das águas" (Gn 1.1-2). A conclusão clara, mencionada aqui, é que, antes que a 
Terra existisse o Espírito Santo já existia, este foi o primeiro instante que vemos 
nas Escrituras a existência do Espírito Santo. 
O Deus trino e uno é constituído, como já estudamos de três pessoas: Pai, Filho 
e Espírito Santo. Cada um cumpriu uma parte na Criação. O Pai planejou, o 
Filho executou e o Espírito Santo deu vida a tudo. 
1) O trabalho do Espírito Santo antes do dilúvio: 
"Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não contenderá para sempre como o 
homem, pois este é carnal• (Gn 6.3). A paciência de Deus vai além do 
entendimento do homem mortal, porém, não é inesgotável. "E provável, 
portanto que, o Espírito Santo por longos anos persistiu na luta de levar os 
contemporâneos de Noé ao arrependimento (II Pe 2.5), no entanto, os homens 
antidiluvianos, se tornaram tão maus, a ponto da Bíblia dizer que: "..A maldade 
do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação os pensamentos 
de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de 
haver feito o homem sobre a terá e pesou-lhe em seu coração. Porém Noé foi 
alcançado pela misericórdia de Deus, visto que ele era justo e andava com 
Deus"(Gn 6.9). 
Pelo estudo do texto, você pode certificar-se da presença do Espírito Santo, no 
mundo antidiluviano, na tentativa de salvá-los, todavia só Noé e sua família 
atenderam a Sua voz, entrando na arca, e sendo salvos. Daqui para frente o 
Espírito se retida da terra, e passa a habitar nas rodas, segundo a revelação de 
(Ez cap. I e IO) "Cada qual andava para a sua frente; para onde o espírito havia 
de ir, iam; não se viravam quando iam. 
Vi os seres viventes (Querubins; e eis que havia uma roda na terra, ao lado 
de cada um deles. O aspecto das rodas e a sua estrutura eram brilhantes 
como o berilo; tinham as quatro a mesma aparência, cujo aspecto e estrutura 
eram como se estivera uma roda dentro da outra. Andando elas, podiam ir 
16 
 
em quatro direções; e não se viravam quando iam. As suas cambotas eram 
altas, e metiam medo; e, nas quatro rodas, as mesmas eram cheias de olhos 
ao redor. Andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; 
elevando-se eles, também elas se elevavam. Para onde o espírito queria ir, 
iam, pois o espírito os impelia; e as rodas se elevavam juntamente com eles, 
porque nelas havia o espírito dos seres viventes. 
Ez 1.20 " Para onde o Espírito queria ir , iam ; as rodas se elevavam defronte 
deles, porque o Espírito do ser vivente estava nas rodas". Depois de (Gn cap. 6) 
o Espírito Santo, volta ao céu para habitar nas rodas de onde ele vinha 
esporadicamente para se manifestar sobre os obreiros do Senhor, para fins 
específicos, como por exemplo: José foi cheio do Espírito para governar, Moisés 
para liderar, Josué para conquistar, Elias e Samuel para proclamarem as 
verdades de Jeová ao povo, etc. Notemos que no entanto, estes foram casos 
isolados e para fins especíticos. Não temos nenhuma informação no entanto que 
nos leve a crer que o ministério do Espírito Santo era tão extensivo como 
é hoje. Porque, somente a partir do dia de Pentecostes o Espírito Santo, que estava 
no trono habitando nas rodas, passa a habitar na igreja que passa a ser o lugar da 
habitação do mover e agir do Espírito Santo, como se fosse uma roda dentro de 
outra roda, que significa união e comunhão entre o povo de Deus, como lugar de 
adoração a Ele em espírito e em verdade. 
b)O Espírito Santo nos líderes do Antigo Testamento : 
O estudo deste texto mostra-nos que o Espirito Santo, no passado, veio sobre os 
homens com poder e unção fora do comum. Veja as manifestações do Espírito 
Santo sobre várias pessoas, em épocas diversas, habilitando-as para diferentes 
funções. Consideremos: 
1. Em José no Egito. 
Quando o Espírito Santo tem liberdade de açào em cima de um servo de Deus, pode 
habilitá-lo para os maiores empreendimentos. 
-Capacidade para revelar mistérios: Sonhos com profundos significados 
deixaram Faraó, rei do Egito, " ..de espírito perturbado...mas ninguém havia 
que lhos interpretasse " (Gn 41.8). Os temores de Faraó foram confirmados 
quando José, pelo Espirito de Deus, interpretou-lhe os sonhos, revelando que 
a poderosa nação egípcia esta à margem de uma crise sem paralelo. 
-Sabedoria para administrar: Q quem Faraó iria encontrar capaz de tão 
importante tarefa? A pergunta do rei foi: " . acharíamos, porventura, homem 
como este, em quem há o Espirito de Deus? " (Gn 41.38). 
2.Em Moisés. 
17 
 
-Autoridade para liderar: Não há setor algum das atividades da igreja em que 
não seja importante a orientação e ajuda do Espírito Santo. Através dos 5 
primeiros livros da Bíblia encontramos várias vezes Moisés envolvido pela 
glória de Deus. Liderou a libertação do povo hebreu cativo no Egito. Após a 
libertação do povo hebreu, Moisés os liderou por cerca de 40 anos no deserto. 
-Sabedoria de Moisés: Moisés nunca foi esquecido pelo povo israelita. Este foi 
o resultado da sabedoria com que foi dotado pelo Espírito de Deus para 
comunicar as leis e mandamentos do Altíssimo. 
 
3.Em Bezaleel. 
-Sabedoria e inteligência e de ciência: Deus capacitou através de Seu Espírito, 
Bezaleel para inventar coisas, trabalhar em ouro, prata, e em cobre. Lavramento 
de pedras preciosas, madeira, e acima de tudo a capacidade de ensinar. O 
egoísmo não provém do Espírito de Deus, nem mesmo quanto ao saber. O 
Espírito Santo ensina a uns e os usa para ensinarem a outros. 
4.Nos 70 anciãos. 
Em (Nu 11.16, 17) "Disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos 
anciãos...Entâo, descerei e ali falarei contigo; tirarei do Espírito que está sobre ti e 
porei sobre eles: e contigo levarão a carga do povo..." Qual era a carga do povo que 
Moisés carregava? Era ser como juiz em suas causas. Orientar o povo na maneira 
de agir, como cumprir os estatutos e mandamentos que Deus havia dado para o 
povo hebreu. Seria como Moisés sendo Presidente da República e os 70 anciãos 
como governadores. 
5. Em Josué. 
-Comandante de um exército: ele veio a substituir a Moisés para a conquista da 
Terra Prometida, usando estratégias dada pelo Espírito Santo. 
-Liderança do povo hebreu, que após a morte de Moisés recai sobre Josué, 
lembre-se que ele foi um dos 12 espias mandados para ver como era a Terra 
Prometida e somente Josué e Calebe, que não murmuraram. 
6.Sobre os juízes. 
Vários foram os juízes do Antigo Testamento, falaremos de alguns: 
Gideào: "Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão... (Jz 6.34). Resultado 
maravilhoso livramento do poder dos midianitas. 
18 
 
Jefté: "Então, o Espírito do Senhor veio sobre Jefté... " (Jz 1 1.29). Resultado 
venceu os amonitas e libertou Israel. 
Otoniel: ' 'Veio sobre ele o Espírito do Senhor, e ele julgou a Israel... a terra 
ficou em paz durante 40 anos... ' . 
Sansão: "Então o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele...."(Jz 14.6, 
19; 15.14). 
7.Sobre Reis. 
a)Saul: Em (I Sm 10.6) " O Espírito do Senhor se apossará de ti, e profetizarás.... " 
Saul foi inspirado pelo Espírito a incitar Israel e Judá contra os amonitas. O 
resultado foi uma grande vitória sobre os inimigos de Deus. 
b)Davi: Davi foi indicado como sucessor de Saul, para reinar sobre Israel. 
"...e daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi... "(I Sm 
16.13). Guiou o povo de Israel para o caminho de sucesso, triunfando contra 
todos os seus inimigos. Embora jovem na idade, tinha idéias amadurecidas e 
atitudes elevadas. Davi sempre teve a certeza de que era o Espírito de Deus 
que o guiava, e quando Davi pecou implorou a Deus que não retirasse dele o 
Espírito Santo. 
1. Trabalharam e agiram no poder do Espírito Santo: A semelhança de 
outros profetas, Elias e Eliseu ministraram em épocas de crise espiritual e 
nacional. Só o Espírito de Deus lhes poderia proporcionar vitória contra os 
poderes malignos que uavam especialmente nas vidas dos reis ímpios de seus 
dias. 
2. Na pregação da palavra de Deus falada: Os profetas sob a unção do 
Espírito Santo, falaram a mensagem de Deus ao povo. Por isso, as suas 
pregações eram assinaladas pela autoridade com que falavam, mesmo quando 
se referiam as mensagens escatológicas. 
3. Na palavra escrita deixada para o futuro: A palavra escrita foi produzida 
pela inspiração do Espírito Santo. O apóstolo Pedro disse que os profetas: 
...falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (II Pe 1.21 ). 
9. O Espírito Santo e a inspiração da Bíblia: E, (II Tm 3.16). 
Descobrimos que a Bíblia é um livro inspirado. A palavra "inspirada" é 
tradução da palavra grega theopneustic. Significa "sopro divino". Em (II Pe 
1.21) aprendemos que os homens de Deus eram movidos pelo Espírito assim 
como o vento move um barco. Mesmo que as porções variadas da Palavra de 
Deus viessem por ditado (Ex 21.1), visão (Ap 1.11), ou direçào intima (LC 1.1-
3), fica claro que tudo deve ser visto como A Palavra de Deus (Hb 4.12). 
19 
 
A inspiração nunca deve ser entendida como uma mera capacidade da 
inteligência humana. A inspiração assegura-nos que cada palavra na Bíblia 
representa os pensamentos doEspírito. Isto é provado pelas declarações feitas 
na Bíblia em (II Sm 23.2,3; Jr 1.9), e também pelo fato de os próprios profetas 
terem estudado seus próprios escritos, para saberem o que relatavam (I Pe l . 
10-12). A palavra "inpiração" enfatiza que as Escrituras vieram de Deus. 
111 -O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO. 
l.Antes do Nascimento de Jesus Cristo. 
a) João Batista: A João Batista estava destinada a missão de vir preparar o caminho 
do Messias. O Espírito Santo manifestou nele de maneira especial. 
Antes de ele nascer já foi influenciado pelo Espírito Santo. O anjo ao anunciar 
a Isabel que ela ficaria grávida disse: será cheio do Espírito Santo, já no ventre 
materno". (LC 1.15). 
João Batista exortava o povo a preparar o caminho do Senhor (LC 3.2-4). 
Anunciava a salvação de Deus, a manifestar-se em Jesus Cristo (LC 3.5,6). 
Denunciava o pecado do seu povo, clamando por arrependimento, para 
escaparem do juízo prestes a manifestar-se, qual machado já posto na raiz da 
árvore (LC 3.7-9). Ensinava o caminho para Deus (LC 3.10-14). 
b) A obra do Espírito Santo em relação a Cristo. 
A Simeão, um homem temente a Deus, foi dada a revelação sobre o menino 
Jesus. "Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver 
o Cristo do Senhor" (LC 2.26). Depois que Jesus foi apresentado no templo, há 
silêncio quanto às atividades do Espírito Santo em Jesus, mas no começo do 
Seu ministério público, o Espírito Santo voltou a desenvolver Suas atividades. 
l. A necessidade de Cristo ser Ungido. 
A pergunta, o porquê o Filho de Deus necessitava ser ungido pelo Espírito? E parte 
do grande mistério da encarnação. Jesus deliberadamente, fez-se dependente de 
Deus, através do ministério do Espírito Santo. Limitou-se a exercer seu ministério 
sem lançar mão dos seus atributos da divindade. Ainda que possuindo duas 
naturezas, humana e divina, na encarnação ele esvasiou-se a si mesmo dos seus 
atributos divinos (FP 2.5-10), e assim atuar e vencer como homem no poder do 
Espírito Santo, para servir de exemplo para nós hoje (Ap 3.21). Embora a 
encarnação do verbo seja um mistério (l Tm 3.16), devemos considerar exatamente 
o que atualmente diz as Escrituras, para não ficarmos embaraçados em vãs 
especulações. 
a) O Senhor sendo ungido igualou-se aos Seus irmãos. 
20 
 
A aliança da graça requer de Cristo a representação do Seu povo, tornando-
se um servo e, tomando sobre si a natureza deles (FI 2.5-11). Dessa maneira, 
Cristo tornouse o último Adão. Como os filhos de Deus são dependentes do 
Espírito para servir, Cristo também serviu a Deus pelo poder do Espírito (At 
10.38; Is 61.1-3). Marcos, que mostra Cristo como um servo, diz que Ele foi 
dirigido pelo Espírito (Mc 1.12). 
b) Cristo tinha duas naturezas 
Como homem, Cristo foi capaz de crescer e assim foi instruído pelo Espírito de 
Deus (LC 2.40; Is 11.1-4). Como homem Cristo foi levado pelo Espírito (LC 4.1). 
Até mesmo as obras de Cristo foram atribuídas ao Espírito Santo (Mt 12.28). Em 
tudo isso, Cristo nunca deixou de ser Deus (Jo 1.1), mesmo tendo suas reais 
características humanas sendo verdadeiramente manifestadas (Jo I .4). 
OS ESTAGIOS DA ATIVIDADE DO ESPÍRITO SANTO EM RELAÇÃO A CRISTO. 
1. A concepção de Cristo. 
O Espírito de Deus preparou o corpo humano do Salvador no ventre de Maria (Mt 
1.18-20). 
2. O batismo de Cristo nas águas e no Espírito Santo. 
Embora o Senhor Jesus fosse o filho de Deus sem pecado e era forte no 
espírito, cheio de sabedoria e a graça de Deus Pai estavam sobre Ele (LC 2.40), 
foi somente depois que Ele foi batizado com Espírito Santo no Seu batismo 
(Mt 3.13-17),e assim a profecia de Isaías foi cumprida: "O Espírito do Senhor 
Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos 
mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade 
aos cativos e a abertura de prisão aos presos". (Cf Is 61.1 com LC 4.18). Foi 
somente depois que o Espírito veio "sobre" Jesus, que Ele começou a executar 
o seu ministério no poder do Espírito Santo. 
Obs: A necessidade de Cristo falar em línguas, não se aplicava a Ele, porque 
Deus lhe deu o espírito "sem medida" (Jo 3.34). Nele habita corporalmente 
toda plenitude da divindade (Cl 1.19; 2.9). Por isso não há nenhuma 
referência a ele no que tange aos dons de locução, porém todos os demais 
dons se manifestaram no seu ministério. 
Independentemente de quão grande seja o ministério de um homem de Deus, ele 
jamais terá o Espírito sem medida como Cristo teve. 
3.Qual era o propósito do Espírito no ministério de Cristo? 
21 
 
I . Dar um sinal da completa satisfação do Pai através do Filho (Mt 3.17; SI 
45.7) 2. Dar um sinal para as pessoas (Jo 1.32-34; 6.27) João reconheceu que 
Cristo tinha o poder do Espírito Santo (Jo 3.34) 
3. Equipar a Cristo com poder para o serviço (Is 61.1-4) 
• Poder sobre os demónios: Os demónios que desde milénios dominavam 
e afligiam a humanidade eram dominados e afugentados pelo poder de 
Jesus. 
• Poder sobre enfermidades: Leprosos eram purificados ao toque da mão 
de 
Jesus. Cegueiras sumiam surdos passavam a ouvir. 
• Poder sobre a natureza: A natureza se submetia à autoridade de Jesus. 
• Poder sobre circunstâncias: Quando os discípulos, diante de milhares de 
pessoas perguntaram "..onde compraremos pães para lhes dar de comer?" 
(Jo 6.5) Poder sobre a morte: Quando Jesus disse "...Lázaro vem para 
fora..." Talita levante-se..." Em todas as fases da vida do Senhor Jesus, 
até a morte, o Espírito Santo o acompanhou na execução da Sua obra 
redentora. 
4. A tentação de Cristo 
Foi o Espírito Santo quem conduziu Jesus a ser tentado (Mt 4.1; Mc 1.2). 
5.0 serviço de Cristo. 
As palavras e as obras maravilhosas de Cristo foram produzidas pelo poder do 
Espírito (At 10.38; Lc 4.16-21; Mt 12.38). 
6. A morte e ressurreição de Cristo. 
"Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si 
mesmo. Imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, 
para servirdes ao Deus vivo?" (Hb 9.14). A ressurreição de Cristo (Rm 1.4; 
8.1 1; 1 Pe 3.18) Nota: Essa obra, como as outras, também são atribuídas ao 
Pai e Filho. 
7. A glorificação de Cristo. 
"Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no princípio; mas, quando 
Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que 
isto lhe fizeram". A ressurreição de Cristo foi coroada com a sua glorificação, 
com a glória que Ele possuía antes que o mundo existisse. 
22 
 
VI - A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO CRENTE. 
O Espírito Santo sendo um ser divino habita no crente, que por sua vez é o 
templo do 
Espírito Santo (I co 3.16). Nesta lição você vai estudar o ministério do Espírito 
no 
crente, em caráter individual. Não iremos abordar o batismo com o Espírito Santo 
neste tópico, pois o mesmo será tratado a parte na próxima lição. 
l. A procedência do Espírito Santo: A doutrina do Espírito Santo no Novo 
Testamento apresenta-o como procedendo do Pai. Jesus, referindo-se Ele disse: 
"Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito 
da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;" (Jo 15.26). 2. A 
regeneração no crente: "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo 
sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do 
Espírito Santo, " (Tt 3.5). A palavra "regeneração" nesta passagem é 
"paligenésia", e significa "nascer de novo". Ela descreve a comunicação de uma 
nova vida, e foi exatamente o que Jesus disse a Nicodemos: "...Em verdade, em 
verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de 
Deus..... quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus." 
(Jo 3.3-5b). Portanto é de suma importância que se pregue à palavra ( a água que 
purifica), se quisermos que o Espírito possa produzir no coração do pecador o 
milagre do novonascimento. 
3. A habitação do Espírito Santo no crente: "o Espírito da verdade, que o mundo 
não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele 
habita convosco e estará em vós." (Jo 14.17). 
O apóstolo Paulo, em (I co 6.19) diz o seguinte: "Acaso, não sabeis que o vosso 
corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de 
Deus, e que não sois de vós mesmos?" Habitar significa residir, morar, 
permanecer, como uma família mora numa casa. Alguns querem ensinar que a 
presença pessoal do Espírito Santo não mora realmente, dentro do crente, mais 
que ele está presente num sentido místico na igreja. Esta é certamente, uma 
negação de um ensinamento do momento em que a pessoa nasce de novo, o 
Espírito Santo passa a residir no seu espírito, que passa a ser o santíssimo lugar, 
para Deus habitar. 
4. Ele liberta o crente do poder do pecado e da morte. 
Essa é a dimensão exata do poder do Espírito Santo o qual opera, na prática 
em nossas vidas. "Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que 
sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior;" 
(Ef 3.16). Ver também (Ef 1.9; Rm 8.1-2). Não podemos dizer que somos 
apenas humanos naturais, porque agora possuímos a dinâmica do Espírito em 
nossas vidas. Deus quebrou a nossa servidão, a escravidão do pecado. 
23 
 
Estamos agora em um outro reino: "Ele nos libertou do império das trevas e 
nos transportou para o reino do Filho do seu amor," (Cl 1.13). Aleluia! 
5. Ele, o Espírito Santo, nos dá certeza que somos salvos: "O próprio Espírito 
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16). Ver 
também (Ef 1 . 1 3, 1 4•, Jo 5.24). 
6. Santifica o crente: A palavra santificação do grego (kadok) significa 
separação, dedicação. O Espírito Santo é o agente realizador da santificação 
(II Ts 5.23; I Pe 1.14,15•, Rm 1.4). 
7. O Espírito reveste o crente de poder: Esta última frase da obra do Espírito 
Santo é apresentada por Cristo, quando diz: "Mas recebereis a virtude do 
Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em 
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". (At 
1.8). 
8. Guia o crente a toda a verdade: Jesus disse que o Espírito Santo nos ensinaria 
todas as coisas (Jo 14.26), então o Es é o maior professor. Jesus estando no 
mundo foi considerado o "Grande professor" e o Espírito Santo ocupou o seu 
lugar, ensinando milhões de discípulos. 
9. O Espírito torna possíveis todas às formas de comunhão com Deus. 
a) Na oração: "Vós, porém amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, 
orando no Espírito Santo " (Jd 20. Ver também (Rm 8.26). 
b) Na adoração: "Porque a circuncisão somos nós, que adoramos a Deus 
no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne". (FI 
3.3). 
c) Nos cânticos espirituais: "E não vos embriagueis com vinho, em que há 
contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e 
cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração" (Ef 
5.18-20). Ver também (Cl 3.16; I co 14.15). 
10. A diversidade de operações do Espírito Santo no crente: 
A palavra de Deus nos diz em (I co 12.6) "E há diversidade de operações, mas 
é o mesmo Deus que opera tudo em todos". O que é diversidade de operação? 
Diversidade de operação, é a múltipla criatividade do Espírito Santo em nossa 
mente, para estabelecer um ponto de fé, ou de partida para a operação de um 
milagre. As diversidades de operações são milagres operados segundo o mover 
do Espírito Santo, mas a tentativa de padronizar uma operação do Espírito 
estará fadada ao fanatismo, e ao fracasso. Podemos encontrar vários exemplos 
desta diversidade de operação em toda a Bíblia, tanto no Antigo Testamento 
24 
 
como no Novo Testamento. Note a diversidade de operações no ministério de 
Eliseu registrado em (II RS 4.34-35). O próprio Senhor Jesus com a diversidade 
de operação no seu ministério, usando o dom da sua palavra, da saliva, tocando 
com as suas mãos, através de suas vestes etc. Paulo, através dos dons 
espirituais, curava de forma que até lenços e aventais de uso pessoal dele eram 
levados e colocados sobre os enfermos, e estes eram curados (At 19.12). A 
Bíblia nos mostra que a diversidade de operação, pode se manifestar através 
das mãos, da palavra, da unção com óleo, etc... Quando um obreiro do Senhor 
se torna flexível a voz do Espírito Santo suas orientações no momento de se 
realizar uma obra, esta manifestação será dada a ele para a glória de Deus. 
VII -O BATISMO COM O ESPIRlTO SANTO 
No dia de Pentecostes ocorreu um dos maiores eventos da Igreja Cristã, ou seja, 
o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-4). Embora o batismo com o Espírito 
Santo seja algo glorioso para a vida cristã, precisamos entender que não é o alvo 
final: é uma porta para admissão a uma vida mais profunda com Deus. No que 
se refere à vida espiritual, não é um fim; é um princípio, e quanto ao serviço de 
Deus, é um meio. E um meio de prosperar, e produzir abundantemente frutos 
para a glória de Deus. Ninguém que tenha sido batizado pelo Espírito Santo se 
dê por satisfeito, como quem diz: "Já recebi..." E simplesmente lastimável que 
alguns, consciente ou inconsciente, sintam-se semelhante a um atleta que já 
conquistou o prêmio por ter chegado no fim da carreira. Quem pensa assim está 
totalmente equivocado. Você já sabe que houve grande mudança nas atitudes ou 
mesmo na personalidade dos apóstolos, após o batismo com o Espírito Santo. 
As qualidades negativas deram lugar a dedicação ao próximo, à abnegação e à 
incontida intrepidez. Uma das grandes tragédias em nosso meio é o fato de que 
muitos crentes têm considerado o batismo no Espírito Santo, o fim de uma 
jornada. Julgam haver atingido o clímax. Consideram o batismo um evento 
capaz de solucionar todos os seus problemas, quase que automaticamente. 
Mostram-se contentes, e se sentem no rol das pessoas privilegiadas. Deixam de 
buscar a Deus, e gradualmente, vão perdendo o vigor espiritual, e ficando 
privadas da comunhão com o Espírito Santo em suas vidas. Tornam-se 
semelhantes à Igreja em Sardes: "têm o nome de quem vive, mas estão mortos" 
(Ap 3.1). Como é trágico quando o batismo com o Espírito Santo não significa 
para alguém mais do que isto. 
I.A promessa do derramamento do Espírito Santo no Antigo Testamento. 
O derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, descrito em (At 2) 
foi o cumprimento das promessas que estavam registradas no At, em várias 
25 
 
passagens bíblicas, profetizadas pelos profetas, que assinalavam um dia em 
que Deus poria o Seu Espírito sobre e dentro de todo o seu povo. Em outras 
palavras, aquilo que tinha sido a experiência excepcional de poucos 
isoladamente, transformar-se-ia numa experiência para todo o povo de Deus, 
que almejasse e desejasse. Vejamos algumas promessas: (Is 32.15) "até que se 
derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, 
e o pomar será tido por bosque;" 
(IS 44.3) "Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra 
seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, 
sobre os teus descendentes;" 
(PV I .23) "Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente 
para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras." 
(JI 2.28-29) "E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a 
carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e 
vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o 
meu Espírito naqueles dias." 
2. A promessa do derramamento do Espírito Santo no Novo Testamento. 
Vejamos: 
a. João Batista: precursor do ministério do Senhor Jesus, disse que batizava em 
águas para arrependimento, mas viria um maior que ele, que batizaria .com o 
Espírito Santo e com fogo" (Mt3.1 1). 
OBS: Quero deixar ciente aos alunos que, existem várias interpretações 
teológicas sobre a expressão "fogo", usada por João nesta passagem: 
 Alguns acham que aqui temos dois batismos, um do Espírito outro do 
fogo, e que este último está relacionado ao fogo do inferno, para os não 
arrependidos. Assim interpretavam Orígenes, Neander, Meyer e Wette, 
Lage, e outros teólogos modernos. 
 Outros acham que o fogo, neste caso, signifique o fogo que destruirá o 
mundo no último dia, ou no dia do juízo final. 
 Já a igreja católica, relaciona este fogo com o fogo do purgatório. 
 E por fim, há aqueles que relacionam este fogo com o ministério 
purificador do Espírito Santo na vida do cristão. Assim, interpretam 
Estevão Angelo de Souza, em seu livro "Nos domínios do Espírito" pg. 
77. Também David (Paul) Cho, em seu livro "O Espírito Santo, meu 
companheiro", pg. 41. Também no comentário da Bíblia, Novo 
testamento vers por vers de Champion pg 287, esta escrito que .o fogo 
do vrs I l, indica o caráter do batismo do Espírito". 
26 
 
A interpretação mais aceita, é de que o fogo do vrs. I I indique a obra 
purificadora do Espírito Santo na vida dos arrependidos. Já o fogo do vrs. 12 
simbolizam o fogo do juízo sobre a classe dos não arrependidos, visto que João 
pregando sua mensagem a duas classes de pessoas, os arrependidos e os não 
arrependidos. "Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província 
adjacente ao Jordão; eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus 
pecados, E, vendo ele muitos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu 
batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? 
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mt 3.8-9). 
b.O Senhor Jesus: Jesus não somente predisse, mas também prometeu que 
enviaria o Espírito Santo de modo especial. "Lu rogarei ao Pai e ele vos dará 
outro Consolador...o Espírito de verdade" (Jo 14.16-17). Cristo depois de 
ressuscitar disse aos seus discípulos: "Permanecei em Jerusalém até que do alto 
sejais revestidos de poder" (LC 24.49). E mais: " .vós sereis balizados com o 
Espírito Santo não muito depois destes dias" (At 1.5). A mesina promessa fi)i 
ratificada pelo Salvador, momento antes de sua ascensão para o céu: "Receberei 
poder ao descer sobre vós o Espírito Santo" (At 1.8). 
3. O CUMPRIMENTO DA PROMESSA. 
I. No dia de Pentecostes. 
"De repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a 
casa onde estavam assentados. E apareceram distribuídas entre eles, línguas 
como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do 
Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes 
concedia que falassem" (At 2.1-4). Não apenas os discípulos de Jesus estavam 
ali. Homens e mulheres, até mesmo Maria, mãe de Jesus receberam a plenitude 
do Espírito naquele momento (At 1.14-15). O impacto que sofreu os discípulos 
com a morte de Jesus, o domínio da versão de que os discípulos O tinham 
roubado do túmulo, seriam o suficiente para levá-los a abandonarem a tarefa de 
continuar pregando o evangelho. Mesmo crendo que Jesus ressuscitou de fato, 
fariam como muitos em nossos dias, que "tudo sabe" e nada fazem. Foi o Espírito, 
a provisão divina, para os discípulos desanimados, cumprirem o ide de Jesus. 
A transformação de vidas de tantos homens, nos numerosos milagres que 
distinguiram a Igreja primitiva, o poder com que pregavam o evangelho, e a 
rapidez com que o difundiam através do mundo, eram o resultado da provisão 
sobrenatural do Espírito Santo. 
O Espírito Santo proveu os crentes do primeiro século do Cristianismo, de tudo 
quanto necessitavam para o desempenho da obra evangelizadora do mundo. Os 
milagres pelos primitivos cristãos, à vista das multidões, constituíram as 
27 
 
credenciais divinas para o ministério de fazer cristo conhecido como, Aquele que 
morreu e ressuscitou para salvação de todo que O aceitar pela fé. 
2. Na casa de Cornélio (At 10.44-46). 
"E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto 
falaram em línguas como profetizavam, eram ao todo uns doze homens" (At 
19.1-7). Aqui mais de um dom foi concedido no ato do batismo. 
4. Os crentes samaritanos (At 8.15-18). 
"Então lhes impuseram (Pedro e João) as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo. 
Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem as mãos, era concedido o 
Espírito Santo, ofereceu-lhe dinheiro" (At 8.15-18). Por inferência, o que Simão, 
o mágico viu foi o FALAR EM LÍNGUAS. Que outro sinal teria visto? Alegria? 
Não, pois já haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus, e viviam alegres 
com o novo nascimento. Teriam desmaiado? Não, não há relato bíblico de reações 
emotivas, tais como queda, choro, etc. 
 Além desse sinal fisico — o falar noutras línguas, o genuíno batismo no 
Espírito Santo proporciona o aumento da capacidade de ama, exaltar e 
glorificar a Deus; fará aumentar o desprezo pelos prazeres mundanos; dar 
mais convicção da presença do Espírito Santo em nossas vidas, aumentará o 
apego às Escrituras elevará o interesse em salvar as almas perdidas e em 
pregar o Evangelho; proporcionará revestimento de poder para anunciar as 
Boas Novas com ousadia, 
coragem intrepidez e amo, na direção do Espírito: "Ficai, porém, na 
cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder".(Lc 
24.49; At 1.4; 2.14) 
5. Há diferenças entre regeneração, batismo no Espírito Santo? 
Sim. O batismo no Espírito Santo é diferente de "novo nascimento", regeneração, 
e o batismo nas águas. O exemplo mais claro dessa distinção está em (At 8). 
Vejamos: "Ouvindo os apóstolos que estavam em Jerusalém que Samaria recebera 
a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João". 
 Quando chegaram, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. 
 "Porque sobre eles nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram 
batizados em nome do Senhor Jesus". 
 "Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo". 
6. Esse batismo se repetiu em outras oportunidades? 
28 
 
Sim. Vinte e cinco anos após aquela ocorrência (At 2.4), doze crentes foram 
batizados em Efeso (At 19.4-7). Essa dádiva é para todos nós: "A promessa diz 
respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus 
nosso Senhor chamar" (At 2.39). Milhões de crentes no mundo inteiro têm sido 
batizados no Espírito Santo. Poderíamos mencionar desde Irineu um dos pais da 
igreja do II século, até homens dos tempos modernos, os quais escreveram sobre 
as manifestações espirituais, fontes confiáveis mostram que Martinho Lutero, o 
grande reformador na Alemanha falava línguas, Até mesmo mais tarde, em 1876, 
notamos que jovens falaram em línguas e profetizaram sob o ministério de D. L. 
Moody. 
7. Qual é a evidência bíblica do batismo com o Espírito Santo? 
a) No dia de Pentecostes: Cada crente no cenáculo ficou cheio do Espírito 
Santo no dia de Pentecostes, cada um falou em "outras línguas" pelo poder 
sobrenatural do Espírito; 
b) Na casa de Cornélio: (At 10.44-46). Pedro estava pregando a palavra 
repetidamente ouviu-se alguma coisa for do comum. Os gentios da casa de 
Cornélio o centurião romano estavam falando "em línguas" e glorificando a Deus. 
c) Em Efeso (At 19.1-6). Uma vez mais "línguas" são ligadas com o 
recebimento do batismo com o Espírito Santo, devemos, portanto concluir, que 
línguas é a evidência de que alguém foi batizado com o Espírito Santo. 
8. Qualquer pessoa pode receber esse batismo? 
Não. Trata-se de um privilégio dos crentes, ou seja, dos que se arrependem de 
seus pecados e consagram suas vidas a Jesus, aceitando-O como Senhor e 
Salvador. E, (At 8.16) está bem clara a diferença. Multidões em Samaria 
aceitaram a Palavra, creram na mensagem dos apóstolos e se converteram ao 
Senhor Jesus. Depois com a imposição das mãos, RECEBERAM O ESPÍRITO 
SANTO. 
9. E possível aprender a falar em línguaspela leitura de livros? 
Sim. Se for falsa, e não se for verdadeira. O falar em línguas é um dom, uma 
concessão uma bênção dada pelo Espírito Santo (I co 12.4-10). Essas línguas não 
são aprendidas em seminários ou nas escolas. Não podem ser decoradas, As 
línguas assim aprendidas e faladas são FALSAS. As verdadeiras são aquelas que 
saem espontaneamente, que fluem do nosso interior como "rios de água viva". 
Dom não se aprende, recebe-se. O dom de variedades de línguas é uma 
manifestação sobrenatural do Espírito capacitando o crente a falar em idiomas 
desconhecidos. Na resposta sobre a evidência do batismo no Espírito Santo, 
29 
 
vimos que todos os que falaram em línguas, falaram imediatamente após o 
batismo, não havendo tempo para aprendizado. E muito perigoso usar línguas 
falsas. O diabo também faz uso de linguajar estranho e é capaz de imitar qualquer 
língua. As línguas faladas pelos batizados são "uma expressão vocal inspirada 
pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua que nunca aprendeu". 
Estas línguas podem ser humanas, isto é, atualmente faladas (At 2.6), ou 
desconhecidas na terra (I co 13.1). Não se deve buscar o falar noutras línguas, 
mas buscar o batismo no Espírito. As línguas vêm em decorrência desse batismo. 
10. O batismo com Espírito Santo depende de algum método? 
Não. Tem mais importância o desejo ardente, a ânsia constante por receber este 
dom de Deus, do que método, postura, lugar ou horário. O que vale mesmo para 
Deus, é o ardor do coração em almejar o seu Espírito: "Se alguém tem sede, 
venha a mim e beba" Jo 7.37 . 
11. Por que o crente batizado com Espírito Santo deve orar em línguas? 
a) A Palavra de Deus nos ensina que quando estamos cheios do Espírito Santo, 
falamos em outras línguas, conforme o Espírito concede que falemos (At 2.4). 
b) É um meio de edificarmos a nós mesmos (I co 14.4). 
c) Ajuda a edificar a nossa fé (Jd 20). 
d) O Espírito Santo nos ajuda a orar em favor de coisas que não sabemos pedir como 
convém (Rm 8.26). 
e) Ajuda-nos a ter consciência da sua presença que em nós habita (I co 3.16). 
12. O Espírito Santo pode ser tirado do crente? 
O Espírito Santo jamais se afasta do crente fiel (Rm 8.9; I co 3.16; 6.19). Todavia, 
o Espírito se retira quando a fé é abandonada; quando a voz do Espírito não é 
mais ouvida, quando os corações ficam endurecidos a tal ponto que não há mais 
possibilidades de arrependimento (Rm 8.7-19). O Espírito Santo não se retira por 
qualquer pecado. Ele está em nós justamente para nos convencer do pecado, da 
justiça e do juízo, e nos levar ao arrependimento. Mas, se continuarmos na 
rebeldia, sem sincero propósito de deixarmos o pecado, já não seremos membros 
do corpo de Cristo; "Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos 
recebido o 
 
conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma 
certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os 
adversários". (Hb 10.26,27; Jz 16.20). O rei Davi, após cometer o terrível 
pecado de adultério, e tendo sido co-autor de um homicídio, clamou a Deus: 
"Não me lances fora d tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo" 
(SI 51.11). Perder o Espírito significa perder a salvação. Para não perdermos a 
30 
 
salvação devemos continuar ligados à videira verdadeira. Leiam (Jo 15.6; Cl 
1.23; I co 15.2; Hb 2.3; 3.14; 10.38; 
1 Jo 1 .7 . 
13. Quais são os propósitos do batismo no Espírito Santo. 
a) poder para testemunhar (at 1.8) 
b) poder para ganhar almas (At 3.6) 
c) poder para curar enfermos (At 2.41) 
d) poder para sofrer por Cristo (At 7.55) 
e) poder para triunfar sobre as hostes malignas (Ef 6.12) 
f) poder para orar mais eficazmente (Ef 6.18) 
g) poder que conduz aos dons espirituais (I co 12.4). 
14. Quais as atitudes que devem ser tomadas para receber o batismo com o 
Espírito Santo 
I . arrependendo-se (at 2.38) 
2. Crendo (Gl 3.2); a fé é a convicção pela qual o homem recebe quando de Deus 
(Hb 
1 1.6; Tg 1.6-8). 
3. Pedindo (LC 11.13) 
4. Orando (LC 18.1) 
5. Tendo sede (SI 143.6) 
6. Obedecendo At 5.32). 
7. Mantendo um coração limpo e sensível ao Espírito Santo (Jo 13.10). 
8. Por imposição de mãos (At 8.14-17). 
9. Tendo atitude de louvor e adoração a Deus em Espírito e em verdade (Jo 4.23; 
16.14). 
VI - DONS ESPIRITUAIS. 
Um dos assuntos mais importantes no Novo Testamento são as 
manitz•stações dos dons espirituais, como ferramenta de trabalho, para o 
desempenho do ministério da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo. 
O apóstolo Paulo, em (I co 1 2), descreve a igreja como o corpo de Cristo e 
afirma que os crentes são membros desse corpo. Com diferentes dons, 
providos de Deus, pelo Espírito Santo, do mesmo modo com os membros do 
corpo humano têm diferentes funções para diversos propósitos. 
1. São os dons espirituais para a igreja atualmente? 
Cremos que a igreja, da época atual é a igreja dos últimos dias e a noiva do 
cordeiro, que se encontrará com o seu noivo, totalmente ataviada (adornada) 
31 
 
para a celebração das bodas do cordeiro. A luz do Novo "l estamento, os 
últimos dias da igreja de Cristo na terra, será assinalada de um lado, com o 
indiferentismo de muitos, porém para aqueles que serão arrebatados, suas vidas 
serão marcadas pelo maior avivamento espiritual de todos os tempos. 
"Acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei o meu Espírito 
sobre toda a carne..." (At 2.17). A manifestação dos dons espirituais sempre 
dependeu das suas condições espirituais, Em períodos esporádicos, num lugar 
e outro, os dons têm desaparecido, não porque Deus os retirasse da igreja, e, 
sim, por falta de interesse e condições espirituais apropriadas para a operação 
divina. E no âmbito da pureza, santidade, temor reverente a Deus, humildade e 
obediência à sà doutrina, que o Espírito Santo realiza a sua obra de distribuição 
dos dons espirituais. 
2. Cessaram os dons espirituais hoje? 
Vamos examinar (I co 13.8-13) "O amor jamais acaba; mas, havendo 
profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; 
porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier 
o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era 
menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; 
quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, 
agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. 
Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. 
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior 
destes é o amor." Os tradicionais afirmam que o perfeito aqui, mencionado 
ainda não tinha vindo para o escritor, quando ele escreveu a carta, mas já veio 
para nós hoje, e desse modo, certos dons, que eram conhecidos em parte pelo 
escritor, hoje foram aniquilados. 
3. Exegese de (1 co 13.8-13) 
I. Perfeito: Esta palavra, usada no vrs. IO (no grego telos) contêm a idéia do 
fim do objeto consumado. Portanto quando se chegar à consumação, tudo que 
é parcial será aniquilado. E o cânon parcial, isto é, Antigo Testamento, quando 
foi completado (telos) pelo Novo Testamento, não foi aniquilado. Portanto o 
perfeito não é o cânon no Novo Testamento. 
2. Quando: O quando do vrs. IO (no grego hotan = no tempo que, naquele tempo), 
não tem o mesmo significado do quando do vrs. I I . 
3.Quando: o quando do vrs I l . (no grego hóte — enquanto) refere-se há um tempo 
indefinido. Este versículo é parentético. Introduz uma idéia suplementar. 
4. Agora: A palavra agora aparece duas vezes no vrs. 12 (no grego arti), 
refere-se a um agora que já passou? Ou, o agora da epístola ainda é para nós 
hoje, ou era apenas para a época do escritor? O perfeito ainda não tinha chegado 
32 
 
para o escritor naquele momento (agora), mas já chegou para nós hoje? A 
resposta é não, pois o agora deste versículo não é o mesmodo vrs. 14. O agora 
do vrs. 13 (no grego nune) não é temporal. O agora, do vrs. 12, para o escritor 
ainda é agora para nós. Ainda hoje (agora no presente) vemos, como em 
espelho, pois o perfeito ainda não havia chegado para o escritor. e nem chegou 
para nós hoje. 
5. Então: esta palavra usada duas vezes no vrs.12 (no grego tóte), esta em 
conexão com o quando o vrs. I O. Portanto se refere ao mesmo instante daquele. 
Quando. "Então (tóte) veremos... e então (tóte) conhecermos... quando (hótan) 
vier o que é perfeito. 
6.Conhecer: Este verbo aparece três vezes no vrs. 12. A primeira ocorrência 
..agora conheço em parte..." é tradução do verbo gnóskô, que significa conhecer. 
As duas ocorrências seguintes utilizam o prefixo epi antes do verbo "...então 
conhecerei...(epi gnóskó) como também (epi gnóskô).." portanto temos a seguinte 
tradução "...então conhecerei plenamente como sou plenamente conhecido.. Se o 
perfeito já tivesse chegado então deveríamos hoje conhecer plenamente os 
mistérios de Deus, mas ninguém ousaria dizer que hoje (agora) conhece 
plenamente a Deus e seus mistérios, como é plenamente conhecido por Deus (Gl 
4.9). Podemos ter pleno conhecimento da verdade (II Tm 2.25), mas não o pleno 
conhecimento da pessoa de Jesus Cristo. O pleno conhecimento da verdade indica 
o conhecimento de "toda" a verdade e não "todo" o conhecimento da verdade. E 
um conhecimento numérico e não proporcional. Em outras palavras, podemos 
conhecer um pouco sobre todas as verdades (conhecimento numérico), mas não 
conhecemos tudo (conhecimento proporcional) sobre todas as verdades, ainda 
que todas elas sejam uma só. O conhecimento pleno da Pessoa de Jesus Cristo é 
um processo contínuo na vida do cristão, que só terá fim quando vier o que é 
perfeito (Jo 17.3-26; FP 3.10; Os 6.3). Mas o que é perfeito? É a ressurreição 
quando por ocasião do arrebatamento veremos Jesus face a face e quando seremos 
perfeitos como Ele é (I Jo 3.2; FP 3.1 1-16; I Pe 1.8,9). 
Em todo o Novo Testamento não há nenhum texto que afirme, de forma clara ou 
obscura, que os dons cessaram. A manifestação dos dons espirituais deve ser 
pura e exata, desassociada de adivinhações, prognósticos, agouros e feitiçarias 
(Dt 18.9-14), e deve ocorrer exatamente como foi prevista (Dt 18.21). O fato de 
um sinal ocorrer não indica que a fonte seja realmente divina, por isso é também 
necessário que o sujeito (o profeta ou sonhador) que anunciar algum sinal, seja 
uma pessoa idónea, espiritual, cuja mensagem seja autêntica e de acordo com a 
palavra de Deus (Ex 13. l3,4). 
VIII DONS DO ESPÍRITO SANTO. 
As Escrituras ensinam, que embora os dons sejam a manifestação do Espírito 
Santo, Deus coopera através de uma pessoa numa ação cooperativa, o homem 
33 
 
não se torna um boneco, nem age inconscientemente, nem entra num transe. Pelo 
contrário, ele precisa cooperar com o Senhor para expressar o que Deus quer 
falar sem aumentar nem diminuir. 
 
l. Os dons do Espírito devem ser sujeitos à Palavra de Deus escrita: ''Se 
alguém se considera profeta, ou espiritual, reconheça ser mandamento do 
Senhor o que vos escrevo" (1 co 14.37). 
"Não acrescentará à Palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para 
que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando 
" (Dt 4.2). "Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda 
e sejas achado mentiroso (P v 30.6)". Ainda que seja verdade que o 
Espírito Santo ainda fala, Ele nunca acrescentará a este livro, no sentido 
de contradizê-lo ou de mudar a sua verdade. 
2. Os dons do Espirito devem ser sujeitos aos ministérios de supervisão da igreja: 
A Bíblia nos ensina claramente que Deus considera os líderes responsáveis pela 
saúde e bem estar espiritual do rebanho. Alguém tem que ser responsável por tudo 
o que é dito ou feito na igreja. A negligência de se observar isso é um dos maiores 
erros de muitos grupos de crentes onde os dons funcionam, porém sem supervisão. 
"Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles, porque velam por vossas almas, 
como aqueles que hão de dar conta delas, para que o façam com alegria e não 
gemendo, porque isso não vos seria útil". (Hb 13.17). ver também (PV 27.23, Jo 
10.11, 11 co 7.12, Jr 23.4). O princípio de liderança está ilustrado no Antigo 
Testamento, em (I Cr 25.1-7). Aqui vemos a Asafe profetizando sob a direçào de 
Davi e os filhos de Asafe, Jedutum e Hemà, profetizando, louvando e cantando 
sob a direção de seus pais. O fato de algo ser espiritual não significa que não possa 
ser ordenado, dirigido e julgado. Deus sabe, que onde há o ser humano, a falha 
está sempre potencialmente presente. 
3. Os dons devem ser governados pelo amor. 
Esta é toda a mensagem de (I co 13). Não é por acidente, que dentro do propósito 
das Escrituras, Deus satura o assunto dos dons enfatizando o amor. Devemos andar 
no espírito como também exercer os dons espirituais. Se andarmos na carne e 
ocasionalmente exercermos um dom, ele não será carregado com vitalidade 
espiritual (Jn 1.1-10) é o que Paulo declara explicitamente aos Corintos em (I co 
13), que diz: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse 
amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o 
dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que 
tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, 
nada seria". Ver também (Gl 5.6). 
4. Pode uma pessoa possuir os nove dons espirituais. 
34 
 
A resposta bíblica, é que, ninguém é completo em si mesmo, absolutamente 
necessitamos uns dos outros. Um indivíduo é somente um membro ou órgão do 
corpo de Cristo, independentemente de quão "dotado" ele seja. Coletivamente 
formamos o Corpo de Cristo como uma igreja local (I co 12.27) "Ora, vós sois o 
corpo de Cristo, e seus membros em particular". No entanto, Deus pode escolher 
o manifestar-se através de um único indivíduo esporadicamente, com os nove 
dons espalhados por todo o Novo Testamento. Isto, contudo, não significa que 
acontecerá em toda igreja que aquela pessoa ministrar. Daremos uma lista de 
referências onde descrevem Paulo sendo usado através dos nove dons: 
 Dom da palavra de sabedoria (II Pe 3.15) 
 Dom da palavra de conhecimento (At 13.1 1) Dom de discernimento de 
espíritos (At 16.6-18) 
 Dom de fé (Rm 15.18) 
 Dom de curar (At 14.8-10) 
 Dom de milagres (At 20.9-12) 
 Dom de profecia (I co 14.6) 
 Dom de línguas (I co 14.8) 
 Dom de interpretação de línguas (I co 14.13) 
Compreendemos que poderíamos citar mais algumas referências, é que algumas 
citadas estão elaboradas no que poderíamos chamar de "conclusões obvias". 
Como poderia Paulo, por exemplo, escrever todas as instruções inspiradas e 
infalíveis quanto ao uso e função de todos os dons, se ele não tivesse uma 
experiência de primeira mão. Temos que nos lembrar, que Paulo era apóstolo de 
fundação, cuja incumbência era a de escrever mais do Novo Testamento que 
qualquer outro. 
5.0s dons espirituais e as suas manifestações nos cinco dons do ministério. 
Toda pessoa chamada por Deus para exercer um dos cinco dons do ministério, 
que está registrado em (Ef 4.11) terá em sua vida as ferramentas espirituais para 
permanecer neste cargo ou função ministerial. Vejamos agora os dons espirituais 
que poderão manifestar mais freqüentemente em cada um dom do ministério. 
 Apóstolo — profecia, palavra da sabedoria — palavra do conhecimento, 
discernimento de espírito, fé, curar, e operações de milagres. 
 Profeta: profecia, palavra de sabedoria, palavra do conhecimento, 
discernimento de espírito, fé curas e milagres. 
 Evangelistas: línguas, interpretação de línguas, curar, operações de milagres. 
 Pastor: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento, discernimento de 
espírito. 
 Doutor ou Mestre: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento, 
discernimento de espírito. 
5. A classificação dosdons Espirituais (I co 12.1-11) 
35 
 
Dons de Revelação Dons de Poder Dons Verbais 
Palavra da sabedoria 
Palavra do conhecimento 
Discernimento de Espírito 
Tem a ver com o 
conhecer 
sobrenaturalmente 
Dons de cura 
Fé 
Operação de milagres 
Tem a ver com o realizar 
sobrenaturalmente 
Profecias 
Variedades de línguas 
Interpretação de línguas 
Tem a ver com o falar 
sobrenaturalmente. 
Estes dons poderiam ser chamados de "os sentidos da Igreja". Assim como o 
homem tem cinco sentidos através dos quais ele entra em contato com o mundo 
ao seu redor, de igual modo à igreja recebeu estes nove sentidos para entrar em 
contato com o mundo espiritual. Os dons espirituais são tão essenciais para o 
crescimento e proteção do corpo de Cristo como os cinco sentidos o são para o 
corpo humano. 
l.Palavra da sabedoria (l co 12.8) 
E bom que tenhamos uma definição do termo, quando discutimos esses 
assuntos espirituais,. Não raro ouvimos de alguém a frase: "O dom da 
sabedoria". Não é desta maneira que a Bíblia se refere a essa dádiva. O que 
lemos é: "Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria" (I 
co 12.8). 
Consideremos agora os três tipos de sabedoria. 
l. Sabedoria humana, que se limita aos interesses desta vida. 
2. Sabedoria satânica, que é sempre usada com propósitos 
definitivamente malignos. 
3. Sabedoria divina, que é empregada objetivando os melhores 
meios para o engrandecimento do Reino de Deus. 
O don da palavra da sabedoria baseia no fato de que Deus, na Sua presciência, 
tem perante Si fatos e ocorrências da terra e do céu, do presente e do futuro, do 
tempo e da eternidade. 
Deus é consciente tanto das coisas que acontecem no presente como das que 
acontecerão num futuro muito distante. Esse conhecimento, inclusive do 
infinito, é realmente a expressão da sabedoria de Deus, que por sua vez é 
comunicada pelo Espírito Santo a certos servos de Deus, através do dom da 
Palavra da Sabedoria. O homem pode obter a sabedoria divina através de 
estudo cuidadoso das Escrituras, ouvindo mensagens inspiradas ou lendo obras 
escritas por homens de Deus, mas a Palavra da Sabedoria é dada 
sobrenaturalmente. 
36 
 
No Novo Testamento este dom de Deus se manifesta de maneira ampla, 
notadamente no ministério. Ele causou admiração nas pessoas por: l)Sua 
sabedoria. 2) Suas obras poderosas (Mt 13.54). Porém também podemos ver 
manifestações desse dom no Antigo Testamento, como por exemplo: 
 Na vida de José (Gn 41.28-40) 
 Na vida de Salomão (I RS 3.16-28) 
 Em Daniel (Dn 2.28-30) 
A palavra de sabedoria no ministério de Cristo. 
l . quando foi tentado pelo adversário: "disse-lhe o diabo: Se tu és Filho de 
Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. E Jesus lhe respondeu, 
dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra 
de Deus" (LC 4.3-4). Satanás usou conhecimento para apanhá-lo numa 
armadilha, mas Cristo foi um passo adiante e usou sabedoria divina que se 
aplicava especialmente aquela ocasião. 
2. Quando os discípulos de João Batista vieram interrogá-lo 
"Respondendo, então, Jesus lhes disse: Ide, e anunciai a João o que tendes visto 
e ouvido: que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os 
surdos ouvem os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho" (LC 
7.22). Sua resposta aos mensageiros de João foi à causa magistral que ele 
poderia ter dito. Ele não deu nenhuma explicação doutrinária. Ele com aquela 
resposta estava querendo dizer a João que ele deveria observar o seu ministério 
e ver ser trazia as marcas do Messias. 
3. Sua resposta a mulher samaritana: "Nossos pais adoraram neste monte, 
e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar" (Jo 4.20) Ele não 
se envolve em disputa "a doutrina favorita dela". Ele não tomou partido dos 
samaritanos, nem dos judeus, pois isto teria causado decisão e preconceito 
religioso. Pelo contrário, Ele a dirigiu a uma verdade maior. “A hora vem, e 
agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai, em espírito e em 
verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem", e então revelou sua 
identidade verdadeira a ela. 
4. Sua resposta aos fariseus: "Dize-nos, pois, que te parece: E lícito pagar 
o tributo a César, ou não...De quem é esta esfinge e esta inscrição: Dizem-lhes 
eles: De César. Então ele lhes disse: Daí pois a César o que é de César, e a Deus 
o que é de Deus" (Mt 22.17-22)Os fariseus lhe fizeram uma pergunta astuciosa 
para que Ele caísse numa ofensa, que poderia fazê-lo vulnerável a acusações, e 
a punição legal. Por outro lado se Ele apoiasse o tributo à multidão se revoltaria 
conte Ele, pois estavam debaixo do jugl romano, naquela época. Sua resposta 
foi uma "obra prima" uma verdadeira palavra de sabedoria. Ver também (Mt 
22.23-33). 
37 
 
Jesus também prometeu aos seus seguidores: "porque eu vos darei boca e 
sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer... "(LC 21.15) A razão , 
disse o Mestre: "Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as 
cousas que deveis dizer" (LC 12.12). 
Palavra da Sabedoria é, portanto, a participação da infinita sabedoria de Deus, dada 
a conhecer através da instrumentalidade de um crente, para a solução de problemas. 
3.Como é manifestada a palavra da sabedoria. 
Este dom funciona em diferentes formas para os propósitos diferentes. Deus é 
um Deus de grande variedade. Ele disse que há variedades de dons e que eles 
funcionam de diversas maneiras (I co 12.3-5). 
A palavra de sabedoria pode vir das seguintes maneiras: 
• Pelo Espírito falando no nosso interior, ou poderíamos dizer, por intuição 
espiritual: com os ouvidos espirituais, ouvir a voz do Espírito. 
• Através de sonhos, visões ou arrebatamento de sentidos: Em (At 18.9-10). 
O Senhor falou com Paulo numa visão de noite, assegurando-lhe que 
nenhum mal lhe sobreviria, e que havia muitas pessoas devotas em Corinto. 
Em (At 16.9, IO) O chamado à Macedônia veio numa visão de noite. , O 
próprio Jesus apareceu a Paulo e o instruiu quanto ao que ele deveria fazer 
(At 22.17-21). Em (At 
10.10-17), Pedro teve um arrebatamento de sentidos e foi instruído por Deus. 
 A palavra de sabedoria pode vir unanimidade entre os líderes espirituais. 
E, (At 6.1-6) Quando os líderes da igreja se confrontaram com um problema 
importante, a cerca das viúvas, o qual requereria uma decisão importante. Deus 
deu uma palavra de sabedoria aos doze apóstolos, a qual lhes deu a direçào a 
seguir, não somente para a situação deles, mas também para a igreja que os 
seguia por toda a história, isto é, mais tarde, confirmado por Paulo em (I Tm 3.8-
13). 
4. O poder e o lugar da palavra da sabedoria. 
E o primeiro dom mencionado, ele é necessário na operação de todos os dons. A 
sabedoria é relacionada com um profundo e íntimo relacionamento com Deus, 
precisamos de sabedoria espiritual ao governar os afazeres de nossa vida diária, 
e ao ganharmos almas, como também para a direção pessoal de nossas 
vidas..Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece; 
E pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e 
agradáveis. O homem sábio éforte, e o homem de conhecimento consolida a 
força. Com conselhos prudentes tufarás a guerra: e ha vitória na multidão dos 
conselheiros" (Pv 24.3-6) 
2.Palavra do conhecimento (I co 12.8). 
38 
 
A definição de "Palavra do Conhecimento" envolve uma implicação sobrenatural 
de fatos que, no momento, nenhum indivíduo poderia aprender por qualquer 
meio natural. Quando Paulo diz: "Ainda que eu tenha o dom de profetizar e 
conheça todos os mistérios e toda ciência... "(I co 13.2), obviamente referiu-se 
àquelas palavras que nem ele nem outro homem entendiam por meio natural. 
O dom da palavra do conhecimento é a revelação de ações e fatos que se baseiam 
no perfeito conhecimento de Deus. Ela não é o conhecimento que vem através 
dahabilidade natural, observação, estudo, educação ou experiência. E o 
conhecimento que ultrapassa os sentidos do homem. Ela vai além do 
conhecimento que é obtido através de qualquer meio natural. Esta é a natureza 
de todos os "dons do Espírito". Eles não são expressões da habilidade do homem, 
mas são chamados "manifestações do Espírito". 
• Exemplos bíblicos no Antigo Testamento. 
I .Na vida de José : 
(Gn 40.5-19) com revelação de sonhos do copeiro e do padeiro. 
(Gn 41 .1-36) com relação ao sonho de Faraó e a fome durante sete anos (Observe "a 
"palavra de conhecimento" e a palavra de sabedoria" funcionando juntas). 
2- Na vida de Samuel: 
(I Sm 3.1 1-14) com relação ao julgamento iminente do sacerdócio de Eli e de seus 
Filhos. 
(I Sm 6 a 18) com relação à conduta do rei vindouro.(l Sm 13.14) com relação à 
remoção da dinastia de Saul. 
3. Na vida de Elizeu: 
(II RS 8.7-12) com relação à morte de bem-Hadade e o futuro reinado de Hazael. 
4. Na vida de Daniel: 
(Dn 2.19-45) com relação ao sonho de Nabucodonosor. (Ver novamente a relação a 
"palavra de sabedoria e de conhecimento sobrenatural"). 
(Dn 5) com relação ao julgamento de Baltazar. 
• Exemplos bíblicos no Novo 
Testamento I .Na vida de Pedro: 
(At 5.1-11) com relação ao logro de Ananias e Safira 
2. Na vida de Paulo: 
(At 20.29-31) com relação com falsos profetas na igreja de Éfeso 
(At 27.23-24) com relação a segurança de sua viagem 
(At 18.9, IO) com relação a Corinto e ao seu ministério lá. 
• Exemplos bíblicos da "Palavra do Conhecimento" 
1. Na vida de Jesus: 
(Jo 1 1.1 1-14) com relação à morte de Lázaro 
(Jo 4.17-18) revelando a vida da mulher samaritana 
(Jo 13.38) mostrando que: Pedro negaria Jesus três vezes. 
39 
 
(Jo 6.61 ) com relação à murmuração dos discípulos por causa do seu ensinamento 
(LC 
6.8; 5.22; 7.36-50; 13.16) 
As faculdades intelectuais do homem são úteis ao trabalho, mas a "Palavra do 
Conhecimento" vem por concessão por intermédio do Espírito Santo. 
3. Discernimento de Espíritos (I co 12.10) 
Muitos falham na concepção real de discernimento dos espíritos. Pensam 
erradamente que este dom relaciona-se com o julgamento das relações humanas. 
Para facilitar a sua definição, veja o que o dom de discernimento de espírito "não 
é". 
discernimento de espírito não é habilidade para descobrir faltas alheias. 
discernimento de espírito não é capacidade para ler os pensamentos das 
pessoas discernimento de espírito nada tem a ver com os fenómenos 
espirituais discernimento de espírito não se relaciona com psicologia. 
O dom de discernir espíritos é uma dotação especial dada pelo Espírito Santo, 
para saber qual é o espírito que está operando, pois o vocábulo discernir significa: 
"ver o oculto", com o propósito de proteger, guardar, guiar o rebanho do Senhor.O 
apóstolo João nos dá um bom conselho: "Amados, não creiais a todo o espírito, 
mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm 
levantado no mundo" (I Jo 4.1). Os espíritos podem ser testados pelos seus frutos 
(IVIt 7.16-20). É vital que os servos de Deus saibam discernir quais são os 
espíritos que estão sendo expressos, e se uma mensagem provém do Espírito 
Santo ou não. Segundo o apóstolo Paulo, toda profecia deve ser avaliada quanto 
ao seu conteúdo. Isso demonstra que a profecia nos tempos do Novo Testamento 
não eram infalíveis sendo passíveis de correção (I Jo 4. I ). 
Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação de falsos 
mestres e profetas aí presentes. O profetizar o falar em línguas estranhas ou a 
manifestação de algum dom sobrenatural não é a garantia de que alguém é um 
genuíno profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser falsificados por 
Satanás. (Mt 24.24) "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão 
grandes sinais e prodígios que, se possívelfora enganariam até os escolhidos " 
Se a igreja não julgar com decência e com ordem as profecias, ela deixará de 
seguir as diretrizes bíblicas. O sentido etimológico da palavra é literalmente, 
"julgar perfeitamente". Em relação às açóes puramente naturais dos homens, isto 
significaria simplesmente habilidade natural, mas para julgar os espíritos 
precisamos ser ajudados por Deus. 
 Sua função: A igreja é assediada pelo poder das trevas. O seu inimigo é o 
...espírito que agora atua nos filhos da desobediência..." (Ef 2.2). ele tambénn 
domina a mente e o corpo das pessoas incrédulas, suscetíveis às influências de 
40 
 
espíritos maus e demónios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar os 
obreiros desprovidos de discernimento espiritual. Pedro anunciou a Simão, o 
mágico, descobrindo a condição do seu coração imperfeito. Simão lograra 
enganar os crentes com sua aparente piedade, mas fi)i desmascarado diante da 
manifestação do dom de discernir. Paulo discerniu que Elimas era "filho do 
Diabo" e, com palavra de autoridade lhe impôs o julgamento de Deus (At 
13.612). Outra vez, em Filipos, a moça possessa de um espírito de adivinhação 
seguia Paulo e Silas, gritando "...estes homens são servos do Deus Altíssimo..." 
mas Paulo desmascarou o demónio, um inimigo disfarçado, e expulsou-o (At 
16.16-18). Podemos ver também este dom no ministério do Senhor Jesus, Ele 
conhecia os pensamentos dos judeus (Mc 9.4; Mt 12.25; LC 6.8; etc). Discerniu 
que havia um espírito "imundo" no homem; que havia na verdade, uma legião 
inteira (LC 9.42), isto aconteceu muitas vezes no ministério do Senhor Jesus (MC 
5.5-13; Lc 4.18-37). 
Muitos cristãos, atualmente estão visivelmente desapercebidos quanto a 
fatos do reino espiritual. Esse dom pode revelar a uma congregação do 
povo de Deus, cheia do Espírito Santo a origem de qualquer manifestação 
sobrenatural. Somos avisados pela palavra do Senhor de que estes tempos 
são caracterizados por uma tremenda influência sobrenatural, satânica. 
Predominarão as falsas doutrinas propagadas pela sedução de espíritos 
demoníacos (I Tm 4. l). Também os dias de tribulação serão marcados por 
milagres de Satanás ( II Ts 2.9; Ap 13.14).Além disto as Escrituras nos advertem 
que, antes do arrebatamento, muitos poderão ficar impressionados com 
operações satânicas sobrenaturais, que enganarão se possível até os escolhidos 
(Mt 13.22). 
É claro que, em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode 
agir, O Espírito Santo o espírito humano ou o espírito do mal. O dom de 
discernimento de espíritos nos habilitará a conhecer o espírito que opera. 
Toda profecia deve ser avaliada quanto ao seu conteúdo. Isso demonstra que a 
profecia nos tempos do Novo Testamento não era infalível sendo passível de 
correção. Um exemplo que a profecia e o falar em línguas não procedem de Deus 
(I Jô 4.1) " Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são 
de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. 
Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação através de 
falsos mestres e profetas aí presentes. O profetizar o falar em línguas estranhas 
ou a possessão de algum dom sobrenatural não é garantia de que alguém é um 
genuíno profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser falsificados por 
Satanás. (Mt 
24.24) " Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes 
sinais e prodígios que, se possível fora enganariam até os escolhidos. 
41 
 
(II Ts 2.9-12) "A esse cuja segunda vinda é segundo a eficácia de Satanás, 
com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo engano da 
injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade 'para 
se salvarem. E por isso 
Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam 
julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade. 
Se a igreja não julgar com decência e com ordem as profecias, ela deixou de 
seguir as diretrizes bíblicas. 
O sentido etimológico da palavra é, literalmente, "julgarperfeitamente". Em 
relação às ações puramente naturais dos homens, isto significaria simplesmente 
habilidade natural, mas para julgar os espíritos precisamos ser ajudados por 
Deus. 
Discernimento é atributo de Deus pelo qual Ele conhece absolutamente todas as 
coisas e tem autoridade para julgar. Por esse poder e conhecimento, Deus pode 
julgar todas as coisas com retidão e justiça. 
Sua função: a igreja é assediada pelo poder das trevas. O seu inimigo é o 
"...espírito que agora atua nos filhos da desobediência... " (Ef 2.2). Ele também 
domina a mente e o corpo das pessoas incrédulas, susceptíveis às influências de 
espíritos maus e demónios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar os 
obreiros desprovidos de discernimento espiritual. 
(At 8.23) Pedro anunciou a Simão, o mágico, descobrindo a condição do seu 
coração imperfeito. Simão lograra enganar os crentes com sua aparente piedade, 
mas foi desmascarado diante da manifestação do dom de discernir. 
Paulo discerniu que Elimas era "filho do Diabo"e, com palavra de autoridade lhe 
impôs o julgamento de Deus (At 13.6-12). Outra vez, em Filipos, a moça 
possessa de um espírito de adivinhação seguia Paulo e Silas, gritando: -estes 
homens são servos do Deus Altíssimo... mas Paulo desmascarou o demônio, um 
inimigo disfarçado, e expulsou-o (At 16.16-18). 
Muitos cristãos, atualmente, estão visivelmente despercebidos quanto a fatos do 
reino espiritual. Esse dom pode revelar a uma congregação do povo de Deus, 
cheia do Espírito Santo, a origem de qualquer manifestação sobrenatural. Somos 
avisados pela palavra do Senhor, de que estes tempos são caracterizados por uma 
tremenda influência sobrenatural, satânica. Predominarão as falsas doutrinas 
propagadas pela sedução de espíritos demoníacos ( I Tm 4.1). Também os dias 
de tribulação serão marcados por milagres de Satanás (II Ts 2.9; Ap 13.14). Além 
disto, as Escrituras nos advertem que, antes do arrebatamento, muitos poderão 
ficar impressionados com operações satânicas sobrenaturais, que enganarão se 
possível, até os escolhidos (Mc 13.22). 
E claro que, em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode agir. O 
Espírito Santo, o espírito humano ou o espírito do mau. O dom de discernimento 
de espíritos nos habilitará a conhecer o espírito que opera. 
42 
 
Algumas edições da Bíblia é designada como parte do fruto do Espírito que é 
precisamente a crença que nos constrange à fidelidade a Deus (Gl 5.22,23). E 
evidenciada praticamente pela submissão a Deus e pela prática das boas obras 
ou pela obediência a Deus (LC 17.5-10; Tg 2.14-26). 
c) Fé dom do Espírito Santo. 
Além da fé natural e fé comum, há também a fé como dom do Espírito. E este assunto 
que você vai estudar em seguida. 
Em certo sentido, toda fé é dom de Deus, mas há a fé sobrenatural. Pode partir do nível 
natural, exceder os limites do comum a todos os homens, tornar-se mais e mais 
poderosa mediante as bênçãos recebidas como resposta às orações e chegar ao ponto 
alto da definição bíblica "...fé é a certeza de cousas que se esperam..." (Hb I . I A fé 
tem dimensões indefinidas. A Bíblia fala de: 
- fé pequena (Mt 14.31) 
-fé crescente (II Ts 1.3) 
- fé como grão de mostarda (LC 17.6) 
- Fé grande (Mt 15.28) 
O dom da fé habilita o crente a aceitar como realidade todas as promessas de Deus, a 
agir na certeza plena de que Deus vai cumprir a Sua Palavra. Desse tipo de fé poderosa 
e dinâmica, necessitamos tremendamente em nossos dias: fé que domina o poder do 
inimigo e liberta todos os prisioneiros do diabo. Fé que vence o poder das doenças e 
enfermidades, fé que assegura o triunfo contra todo o pode do mal; fé que dá a certeza 
de que Deus tudo supre, na hora da necessidade, que abre as portas das prisões, que 
acalma o mar tempestuoso e dá ao cristão a certeza de uma vitória contínua em toda a 
sua vida. Isto é o trabalho sobrenatural do Espírito Santo. 
Uma porção desta fé divina, que de fato é um dom do Espírito Santo derramado sobre 
a alma do homem, pode fazer até mesmo o que é aparentemente impossível (I co 13.2) 
"...e ainda que tivesse toda a fé, de tal maneira que transportasse os montes....". Eis o 
dom da fé. Não o confundamos, pois com a fé comum, que se manifesta para a 
salvação, logo que ouvimos a Palavra de Cristo (Rm 10.17). 
5. Dons de curar ( I co 12.9). 
O poder para curar é muito desejado, em virtude de ser um sinal eloqüente e ostensivo 
na confirmação da mensagem do evangelho, como também em razão da verdadeira 
simpatia cristã para com os sofredores e do desejo de proporcionar-lhe alívio, etc. A 
semelhança de todos os outros, este dom está na dependência da soberania de Deus. 
A cura pode ser operada gradualmente. 
(Mc 8.23-25) "E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspido 
lhe nos olhos, e impondo-lhe as muitos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E. 
levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que 
andam; depois tornou a pôr lhe as mãos nos olhos, e ele, olhando firmemente 
ficou restabelecido e já via ao longe e distintamente a todos. 
43 
 
4.Dom da Fé (1 co 12.9). 
 
Há três tipos de fé: a fé natural, a fé comum, que opera para a salvação e a fé como dom, 
que é propriamente o objeto deste estudo. 
 
a) Fé natural: 
O homem é obra do Criador, tendo sido criado com responsabilidades naturais de 
relacionar-se com Deus. Mesmo ao homem perdido Deus tem dado sabedoria natural. 
De igual modo, tem dado fé ou capacidade para acreditar na sua existência e nas coisas 
invisíveis. Com esse tipo de fé, o homem pode crer acertada ou erradamente nas coisas 
espirituais. Pode crer, mesmo sem obedecer ou seguir a Deus. A detiniçào primária de 
fé natural é a capacidade que todo homem tem de crer em um Ser Supremo. Isto pode 
ter fundamento nas palavras de Paulo em (Rm l . 19,20). 
b) Fé comum. 
Aqui temos propriamente uma expressão bíblica. Paulo escreve: ' 'Tito, verdadeiro filho, 
segundo a fé comum... "(Tt I .4). Esta é a fé que opera para a salvação (Jd 3) vem pela 
pregação da Palavra de Deus e traz à pessoa a graça salvadora (Rm 10.17; Ef2.8). 
 mediante a oração no Espírito Santo, toma o caráter de "fé santíssima” e torna-se a 
firmeza do crente (Jd 20). Não é especificamente a fé que opera milagres. Em 38 
se bem que há muitos casos de cura instantânea, há também muitos outros que não o 
são. Ou, noutras palavras, a causa da ferida é eliminada pelo poder de Deus, mas não 
é sarada imediatamente. 
No exemplo dos dez leprosos. (LC 17.1 1-19) Jesus os curou, porém mandou que fosse 
apresentar-se aos sacerdotes. Certamente não havia evidências de que já estavam 
curados. Obedeceram à ordem de Jesus e seguiram. Ao certo, não desapareceram logo 
os sinais da lepra, luas, as certas distâncias, viram que já estavam curados. Estavam 
limpos. Sua fé aceitou a palavra do Senhor Jesus, e, consequentemente, a libertação da 
enfermidade, antes que visses qualquer mudança em seus corpos ou em seus membros 
deformados. 
Em tais casos de cura o Senhor Jesus ensina importante lição. Ele quer que a nossa fé 
seja fundamentada em Sua Palavra e não apenas em sinais e maravilhas que podemos 
ver com os nossos olhos físicos. Duas ocorrências do ministério de Jesus podem 
elucidar bem este ensino. "...Se, porventura não virdes sinais e prodígios, de modo 
nenhum crereis ". (Jô 4.48). Em contraste com este exemplo de incredulidade, lemos 
as palavras do centurião de Cafarnaum: "...porém manda com uma palavra, e o meu 
rapaz será curado"(Lc 7.7). 
O texto não registra os dons de curar como significado que um homem possa possuí-
o e assim esteja habilitado a curar os casos de enfermidades sem acepção. Antes, Deus 
tem feito residir em Sua Igreja, a potencialidade para acura de enfermidades. 
44 
 
O propósito dos "dons de curar" é naturalmente libertar das enfermidades os sofredores. 
Além deste, em ainda um propósito mais elevado — a glóriade Deus. Os dons de curar 
chamam a atenção para a majestade do poder de Deus pela confirmação de sua palavra. 
Contribuem para abrir os corações de tal maneira que muitos aceitam o evangelho da 
salvação. 
6. O dom de operação de milagres (I co 12.10) 
Operação de milagres é outro dom de poder. E ao estupendo que se torna inconcebível 
à mente finita do homem. Entretanto, ele faz parte do ministério sobrenatural do 
Espírito Santo, através da vida de crentes cheios do Espírito Divino. 
A Bíblia é o Livro dos Milagres, de fato, ela é talvez o maior milagre. No Egito Deus 
operou muitos milagres para a libertação dos israelitas. A separação das águas do Mar 
Vermelho, o maná que enviou ao povo no deserto, a água provinda da rocha em 
Refidim, foram milagres realizados por Deus, por intermédio daqueles a quem Ele 
encheu do Seu Espírito (Ex 14.17). 
A paralisação do sol, por intermédio de Josué (JS 10.12); o machado que emergiu do 
fundo das águas, pela palavra de Elizeu (II RS 6.6); a sombra do sol que retrocedeu, 
atendendo à oração de Ezequias (II RS 20.9-1 1), todos estes foram milagres 
testemunhados por muitos e estão registrados na Bíblia). 
Jesus acalmando a tempestade, multiplicando os pães e peixe; fazendo cegos de 
nascença enxergar, ressuscitando mortos. Todos são autênticas demonstração do poder 
sobrenatural de Deus. 
• A necessidade de milagres na Igreja. 
45 
 
O aumento das atividades de Satanás nestes dias. Requer da parte da Igreja, o crescimento 
na fé e mais poder para que possa ser vitoriosa contra as forças do inferno. Permita Deus, 
nunca tenhamos que confessar como Seus servos no passado, "Já não vemos os nossos 
sinais.... "(SI 74.9) 
7.Dom de profecia ( I co 12.10) 
"Profecia é a voz através da qual falam a sabedoria e a fé. E a voz do Espírito Santo" 
(Ralph Riggs, THE SPIRIT HIMSELF) 
Uma pregação inspirada pode ter um elemento profético, contudo a profecia é 
inteiramente diferente da pregação ordinária. 
A profecia quanto a manifestação do Espírito Santo trata-se de um dom que capacita ao 
crente transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do 
Espírito Santo (l co 14.24,25,29-31) 
Não se trata de sermão previamente preparado. Tanto no Antigo como no Novo 
Testamento, profetizar não é primeiramente predizer o futuro, mas proclamar a vontade 
de Deus e exortar (aconselhar trazendo para dentro — do corpo de Cristo)e levar o seu 
povo a retidão, à fidelidade e à paciência. 
A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (I co 
14.25) 'C. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se 
sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós. 
Como já foi dito muitos falsos profetas podem estar dentro da igreja, por isso a profecia 
deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo. 
De que forma podemos julgar a profecia? Conferindo-a com a Bíblia Sagrada, pois o 
Espírito Santo jamais vai contra a Palavra do Pai. Mas para isto você tem que estar em 
constante estudo da Palavra de Deus. 
Observe alguns pontos interessantes a respeito da profecia e seus propósitos, como segue: 
I .A profecia nem sempre é predição 
Muitos ministros pentecostais podem testificar de ocasiões quando no meio de um 
sermão, subitamente o Espírito veio sobre eles de maneira fora do comum, e, por um bom 
período de tempo, foram tomados por este poder, proferindo verdades em que não 
pensaram, nem entenderam antes. Deve ter sido alguma instância de predição, mas nem 
sempre a profecia no Novo Testamento é predição. Não obstante, a profecia em muitos 
casos tem função preditiva. 
2.Não tem a finalidade de estabelecer normas. 
E interessante observarmos que não há coisa alguma no Novo Testamento que indique ser 
função dos profetas na Igreja, a de servirem como guias, como os profetas dirigiam Israel 
na antiguidade, por um regime de "consultar ao Senhor". Há, de fato, exemplos tais como 
a profecia de Agapo, acerca da fome que viria (At 1 1.28), e quanto ao que aconteceria a 
Paulo em Jerusalém, quando o profeta predisse claramente o que iria acontecer (At 21.1 
1). Mas é significativo que ele não proferiu palavra de direção; o modo de proceder ficou 
46 
 
a critério da Igreja. Os discípulos é que resolveram quanto as providências a serem 
adotadas. 
A profecia tem função preditiva, e não diretiva. O profeta limitou-se a predizer as 
tribulações que sobreviriam ao apóstolo em Jerusalém. Quanto aos conselhos para que 
Paulo "não subisse a Jerusalém ", Lucas deixa bem claro que precediam dele e dos demais 
amigos de Paulo. Não duvidamos que o próprio Agapo, na qualidade de amigo de Paulo, 
concordasse em aconselhá-lo a evitar a ida a Jerusalém. No entanto, prevaleceu a decisão 
de Paulo e por fim concordaram com ele dizendo: "...faça-se a vontade do Senhor". (At 
21.14). Certamente, Agapo não ficou ressentido, atribuindo ao apóstolo uma atitude 
rebelde. Como profeta que realmente era sabida que a missão que lhe fora dada pelo 
Espírito Santo era apenas predizer o que aconteceria a Paulo, não para que este fugisse à 
determinação de Deus a seu respeito, mas para que Paulo se preparasse para aquela fase 
perigosa do seu ministério. 
3.Nào é infalível o dom de profecia 
Atente bem para este assunto, pois muitos não o admitem facilmente. O dom de profecia 
envolve uma função do humano e o divino, o finito e o infinito, i imperfeito e o perfeito. 
Há, em algumas pessoas, a concepção falha de que, na manifestação do dom de profecia, 
é somente Deus quem fala. Em alguns casos isto pode ser verdade, mas cabe aqui uma 
explicação: se o dom de profecia fosse inteiramente uma operação de Deus, sem 
participação alguma do homem, não seria necessária qualquer instrução quanto ao 
exercício do mesmo. Deus não necessita de instrução. A inspiração divina não exclui a 
participação do espírito humano. O Espírito de Deus é infalível, mas o do homem não o 
é. Como prova disto, em sua instrução Paulo afirma: "Os espíritos dos profetas estão 
sujeitos aos próprios profetas (I co 14.32). É claro que o Espírito de Deus não está sujeito 
aos profetas. Há, portanto, a participação do imperfeito espírito humano na profecia. Se 
não houvesse, não haveria perigo de falhas, nem necessidade de ser submetido a 
julgamento (I co 14.29-33). 
8. Dom de línguas (I co 12.10) 
Quanto à forma, o falar em línguas como um dom, em sua essência, é algo idêntico ao 
falar em outras línguas, na experiência inicial do batismo, descrita no livro de Atos, sendo, 
no entanto diferente quanto ao seu propósito e operação. 
Essas línguas podem ser humanas e vivas, ou uma língua desconhecida na terra, "língua 
dos anjos”. A língua falada através desse dom não é aprendida, e quase sempre não é 
entendida, tanto por quem fala, como pelos ouvintes. 
O falar em outras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, 
que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus. , 
expressando-se através do espírito mais do que através da mente, e orando por si mesmo 
ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente. 
47 
 
Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo 
Espírito Santo para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem. 
Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja. 
Dado como "mensagem" à congregação, um dos propósitos do dom de línguas e confirmar 
a palavra ensinada. Neste caso. E indispensável a interpretação. Deste modo, toda a igreja 
pode ser edificada, sendo este o propósito do dom. 
9.Dom de interpretação de línguas (I co 12.10). 
O dom de interpretar línguas é algo semelhante à interpretação de uma língua estrangeira 
por um hábil intérprete que explica o mesmo sentido numa língua que conhecemos. 
Há, contudo algo muito mais importante que vocêvai estudar em seguida. 
1.Como é feita a interpretação. 
Não obstante a semelhança acima mencionada, a interpretação das línguas estranhas é 
feita sobrenaturalmente. Esta diferença provém do fato de que as línguas estranhas são 
dom de Deus e só podem ser interpretadas mediante outro dom igualmente sobrenatural. 
Assim, deve ser enfatizado que isto não é feito como quem traduz as palavras. O trabalho 
é realizado por intermédio do espírito humano, que opera através do ministério do 
Espírito Santo. 
A interpretação é dada não mediante a atenção prestada às palavras do que fala em 
línguas, e, sim por meio de concentração em espírito com o Senhor, que dá a 
interpretação, mediante o aludido dom. 
2.A interpretação é elocução inspirada. 
Na interpretação, as palavras são dadas por revelação e seguem as regras da profecia e 
toda elocução inspirada, vindo tanto por visão, como por outro meio escolhido por Deus, 
de acordo com a sua infinita sabedoria. 
Quando o dom de interpretação opera em consonância com o "dom de línguas, os dois 
juntos são equivalentes ao dom de profecia". 
3.Não há necessidade de intérprete oficial na Igreja. 
Algumas vezes, a manifestação do dom pode sobrevir como uma mensagem a descrentes 
em uma língua que ele entende (I co 14.22-25). Neste sentido, as línguas podem ser um 
sinal. Em outras ocasiões, pode haver nas línguas uma mensagem de edificação ou 
exortação para toda a Igreja. Em tais oportunidades, entretanto deve haver interpretação 
da mensagem. Sem a complementação desse dom, a mensagem em línguas não terá 
utilidade, não trará proveito à congregação. Seria uma violação da regra estabelecida por 
Deus mediante Paulo. 
IX - O VIVIER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. 
(Ef 5.8-20) "Porque noutro tempo éreis trevas mas agora sois IIE no Senhor; andai como 
filhos da luz, ( porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); 
aprovado o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das 
48 
 
trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas 
todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas, pela luz, porque a luz tudo manifesta. 
Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. 
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios; remindo 
o tempo; porquanto os dias são maus. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja 
a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-
vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos e cânticos espirituais; cantando e 
salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Senhor 
Jesus Cristo; 
(Gl 5.22-26) "Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, 
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os 
que seio de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscência. Se 
vivermos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de 
vanglorias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros. 
Estes dois textos servem de base para este assunto que representa necessidade tão grande 
para o crente quanto o próprio batismo com o Espírito Santo. 
Depois do homem coxo na porta Formosa ter sido curado, Pedro e João foram criticados 
perante as autoridades. Pedro, " .cheio do Espírito Santo... "(At 4.8), fez a sua defesa 
perante a corte dos sacerdotes. Então os apóstolos foram juntar-se aos seus companheiros 
de fé. Haviam sido proibidos de pregar em nome de Jesus. Obedecer tal ordem seria 
impraticável em face do "ide"de Jesus, mas, para tanto, não bastava sua própria 
disposição. Precisavam adicionar a ela a força do Espírito, como ajuda indispensável 
para vencerem o teste a que foram submetidos. 
Reuniram-se em oração. "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; 
todos ficaram cheios do Espírito Santo. " (At 4.31). Haviam sidos cheios no Dia de 
Pentecostes, mas agora foram cheios outra vez. 
Diante deste exemplo é justo admitirmos que, embora tenhamos sido cheios do Espírito 
quando fomos batizados nEle, precisamos de constante reenchimento para mantermos o 
poder e a unção, necessários para todos os dias de nossa peregrinação nesta vida. Em 
(Ef 5.18) diz: " ,enchei-vos do Espírito ".. No original, literalmente diz: "Esteja de 
contínuo sendo cheio do Espírito." 
I. O fruto do Espírito Santo. 
Caridade: O interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca. 
Gozo: A sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e 
na presença de Deus, bênção estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo. Paz : A 
quietude no coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente 
e seu Pai celestial. 
Longanimidade: Perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero. 
49 
 
Benignidade: Não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dos. 
Bondade: ação pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal, pode ser expressa em atos de 
bondade, ou na repreensão e na correção do mal. 
Fé: Lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, 
compromisso, fidedignidade e honestidade. 
Mansidão: Moderação, associada à torça à coragem, descreve alguém que pode irar se 
com equidade quando necessário. e também humildemente submeter-se quando for 
preciso. 
Temperança: O controle do domínio próprio sobre nossos próprios desejos e paixões, 
inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza. 
O ensino de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao 
modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — práticas essas virtudes 
continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui 
descritos. 
X -- A BLASFÉMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO. 
"Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a 
blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens. E, se qualquer 
disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém 
falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no 
futuro" Mt 12.32-33. Atente para o que vai ser apreciado aqui: nem todo pecado contra 
o Espírito Santo é blasfêmia, mas toda blasfémia contra o Espírito Santo é pecado. 
Uma das definições de blasfêmia é proferir palavras abusivas contra a divindade, de modo 
consciente e malicioso. Jesus tinha acabado de expulsar um demónio de um homem cego 
e mudo. O povo ficou maravilhado e estava pronto a aceitar a Cristo como o Messias 
prometido. Os fariseus, entretanto, disseram que Cristo expelia os demónios pelo poder 
satânicos (Mc 3.22; Mt 12.24). Mesmo do ponto de vista racional, seriam capazes de 
admitir o ensino de Jesus, de que Satanás não iria lutar contra si mesmo, derrotando os 
seus agentes. As palavras dos fariseus foram discernidas por Jesus como ofensa consciente 
à divindade do Espírito Santo, pois Jesus foi ungido pelo Espírito Santo para libertar " a 
todos os oprimidos do Diabo" Leia (At 10.38; IS 61.1,2). 
I. A gravidade do pecado de blasfêmia. 
O pecado de blasfêmia se torna particularmente horrendo quando praticado contra o 
Espírito Santo, pois resulta no afastamento e separação do único que pode conduzir o 
pecador a Deus. A blasfêmia é o pecado imperdoável, não porque Deus não seja 
misericordioso, mas porque o que assim procede, se afasta conscientemente do plano 
redentor de Deus, e revela por si mesmo ter um coração insensível. Sem tal sentimento, é 
impossível o arrependimento que conduz ao perdão e à reconciliação com Deus. 
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2. Discernindo o pecado imperdoável. 
2.1 Entristecer o Espírito: Se isto for contínuo, levará à resistência ao Espírito (Ef 
4.30). 
2.2 Resistir ao Espírito: Essa atitude leva ao endurecimento do coração (l Ts 5.19)2.3 
Apagar o Espírito:Essa atitude leva ao endurecimento do coração (Hb 3.8-13) 2.4 
Endurecimento do coração: Leva a uma mente réproba e depravada a ponto de 
chamar o bem de mal e o mal de bem (Rm 1.28; Is 5.20). Como aconteceu com os 
fariseus que conscientemente atribuíram os milagres de Cristo a obra de demónios. 
Quando isso acontece o endurecimento do coração atinge certa intensidade que o 
Espírito já não contenderá mais para levar aquela pessoa ao arrependimento (Gn 6.3; 
Dt 29.18-21; PV 29. I ). Quando aqueles que se preocupam pensando que já 
cometeram o pecado imperdoável, a sua disposição de se arrependerem e quererem 
o perdão, é evidência de que não cometeram o tal pecado imperdoável. Esse pecado 
consiste na rejeição, consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção do 
testemunho do Espírito Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Cristo 
Jesus. "Esse pecado é imperdoável não porque sua gravidade supere os méritos da 
obra que Cristo efetuou na cruz do Calvário, ou porque o pecado foge dos limites do 
poder restaurador do Espírito Santo, mas porque os domínios do pecado, a pessoa 
rapidamente manifesta um desafiante ódio de Deus, a ponto de não ter no coração 
lugar de arrependimento". A respeito disso, disse certo pastor: "Pecando o homem 
contra Deus, veio Jesus para conduzi-lo de volta a Deus, havendo pecado contra 
Cristo, veio o Espírito Santos para reconciliá-lo; mas pecando o homem contra o 
Espírito Santo, quem o há de salvar".

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