A seguir, é apresentado um trecho da Carta a El Rei D. Manuel, escrita em 1500, por Pero Vaz de Caminha
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E portanto se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!”
A partir da leitura do trecho da carta de Caminha, é possível identificar que
· 1 há uma aceitação das diferenças culturais indígenas, sendo elas valorizadas pela sua visão edílica de mundo.
· 2 há uma restrição sobre a possibilidade cristianização das populações indígenas, tendo em vista a dificuldade linguística.
· 3 há uma defesa da inocência indígena, restringindo o uso da mão de obra e afirmando a necessidade de catequização.
· 4 há uma crítica à suposta inocência, vista como inferioridade cultural, o que levaria a uma conquista exitosa e rápida.
· 5 há uma desconsideração da existência de crenças indígenas e a ideia de que logo poderia haver a conversão ao Cristianismo.
Ed
há 2 meses
Vamos analisar as alternativas com base no trecho da Carta a El Rei D. Manuel, escrita por Pero Vaz de Caminha. 1. Há uma aceitação das diferenças culturais indígenas, sendo elas valorizadas pela sua visão edílica de mundo. - O texto não valoriza as diferenças culturais, mas sim sugere que os indígenas são inocentes e facilmente convertíveis ao cristianismo. 2. Há uma restrição sobre a possibilidade de cristianização das populações indígenas, tendo em vista a dificuldade linguística. - O trecho não menciona restrições, mas sim a possibilidade de conversão, desde que haja aprendizado da língua. 3. Há uma defesa da inocência indígena, restringindo o uso da mão de obra e afirmando a necessidade de catequização. - O texto defende a inocência dos indígenas, mas não menciona restrições ao uso da mão de obra. 4. Há uma crítica à suposta inocência, vista como inferioridade cultural, o que levaria a uma conquista exitosa e rápida. - O texto não critica a inocência, mas a considera uma característica que facilita a conversão. 5. Há uma desconsideração da existência de crenças indígenas e a ideia de que logo poderia haver a conversão ao Cristianismo. - O trecho sugere que os indígenas não têm crença e que, portanto, poderiam ser facilmente convertidos, o que se alinha com a ideia de desconsideração. A alternativa que melhor se encaixa na análise do trecho é a 5, pois reflete a ideia de que Caminha desconsidera as crenças indígenas e acredita que a conversão ao Cristianismo seria rápida e fácil.