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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA ALUNA - GISELI RIBEIRO CODONHO DESAFIO Andreia é professora de uma turma de 4º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública. Recentemente, recebeu em sua turma um aluno com paralisia cerebral. No entanto, ela não possui formação na área de educação especial e se sentiu bastante insegura com a possibilidade de atender a um aluno com necessidades educacionais especiais. Então, relatou a situação à direção, que chamou os pais do aluno para uma reunião. Na reunião, a diretora sugeriu que o aluno fosse transferido para uma escola especial, pois com esta medida, ele teria um rendimento superior ao que estava alcançando na escola regular. 1) A atitude da escola em relação ao aluno com necessidades educacionais especiais está de acordo com a Declaração de Salamanca? Por quê? A atitude da escola não está de acordo com a proposta da Declaração de Salamanca, pois esta defende que os alunos com necessidades educacionais especiais sejam inseridos em classes na escola regular e que o seu atendimento se dê nos mesmos espaços que os demais alunos, propondo uma educação inclusiva. 2) Quais seriam as práticas mais adequadas para incluir o aluno? Pensando em uma verdadeira inclusão, é necessário que se modifique a mentalidade dos envolvidos neste processo e as práticas de sala de aula. Em primeiro lugar, é importante que os envolvidos no processo de inclusão estejam dispostos e receptivos a receber os alunos com deficiência, pensando no seu bem-estar e desenvolvimento, assim como na sua aprendizagem, estando abertos a mudanças nas suas práticas pedagógicas e adaptações na metodologia para que estas sejam capazes de atender a todos os alunos. É importante lembrar que compete às autoridades a oferta de cursos de aperfeiçoamento e formação continuada aos professores da rede pública de ensino, o que é muito importante para que o professor se sinta capacitado para trabalhar com a pluralidade e diversidade de modalidades de aprendizagem. No caso da situação exposta, o ideal seria a prática em conjunto, unindo os docentes, os setores de orientação e supervisão pedagógicas e a equipe diretiva no sentido de adaptar as atividades e as práticas direcionadas ao aluno com deficiência com o intuito de melhorar o seu desempenho, ao invés de sugerir que fosse transferido para uma escola especial. A Declaração de Salamanca tem com o objetivo de fornecer diretrizes básicas para a formulação e reforma de políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento de inclusão social. A Declaração de Salamanca é um documento considerado inovador porque proporcionou uma oportunidade única de colocação da educação especial dentro da estrutura de ‘educação para todos’, firmada em 1990, em Jomtien. Promoveu, dessa forma, uma plataforma que afirmou o princípio e a discussão da prática de garantia da inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais, bem como a conquista de seus direitos numa sociedade de aprendizagem. REFERÊNCIAS BRASIL, Constituição Federal de 1988. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1996. <Disponível em>http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/lei-de- diretrizes-ebases-da-educacao-nacional-ldben. Acessado em 21 de maio de 2024. -------------, Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1996. <Disponível em>http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/lei-de- diretrizes-ebases-da-educacao-nacional-ldben. Acessado em 21 de maio de 2024. -------------,. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, dezembro 1996. -------------, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2. MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996. MENEZES, E. T.; SANTOS, T. H. Declaração de Salamanca. In: AGÊNCIA EDUCA BRASIL. Dicionário Interativo da Educação Brasileira São Paulo: Midiamix, 2002. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=109>. Acesso em: 14 maio 2010. Acessado em 21 de maio de 2024. MITTLER, P. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument