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SUMÁRIO: 1. PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO ................................................................ 3 1.1 Conceito de Orçamento ............................................................................... 3 1.2. Objetivos do Orçamento ............................................................................ 3 1.3. Tipos de Orçamento ................................................................................... 4 1.4. Processo de Elaboração ............................................................................ 5 1.4.1 Metodologia de Processo Orçamentário .................................................. 6 1.4.2 Ferramentas de Apoio ............................................................................. 7 1.4.2.1 Cronograma ............................................................................. 7 1.4.2.2. Definição do Sistema de Informação e Comunicação Interna 8 1.4.2.3 Simulação de Cenários e Definição de Premissas .................. 9 1.5. Estrutura Orçamentária ............................................................................ 10 2. ORÇAMENTO OPERACIONAL ....................................................................... 11 2.1. Orçamento de Vendas ............................................................................. 12 2.2. Orçamento de Produção .......................................................................... 13 2.3. Orçamento de Matérias-Primas ............................................................... 15 2.4. Orçamento de Mão de Obra Direta .......................................................... 16 2.5. Orçamento de Custos Indiretos de Produção ........................................ 17 3. ORÇAMENTOS DE INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS ........................ 19 3.1. Orçamento de Investimentos ................................................................... 20 3.2. Orçamentos de Financiamentos .............................................................. 24 4. PROJEÇÃO DE DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS .................................... 25 5. CONTROLE ORÇAMENTÁRIO ........................................................................ 29 5.1. Análise das Variações Orçamentárias .................................................... 31 5.2. Relatórios Controle Orçamento - Manifestação pública da AMBEV ..... 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 39 3 1. PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO 1.1 Conceito de Orçamento O orçamento empresarial pode ser conceituado como o planejamento detalhado das receitas e dos gastos de uma empresa para determinado período de curto prazo, ou seja, para o próximo exercício. Existem empresas que têm por preferência a elaboração do planejamento orçamentário para períodos superiores a um ano, mas para Padoveze (2013): ...não há muita utilidade gerencial em elaborar planos orçamentários além do próximo exercício futuro, apesar de isto ser possível a um custo razoável, considerando os novos recursos de tecnologia de informação à disposição das empresas. 1.2. Objetivos do Orçamento No orçamento da empresa é necessário considerar os objetivos empresariais que envolvem o planejamento e o controle dos resultados esperados. Sendo assim, é indispensável estabelecer objetivos que considerem uma gestão participativa envolvendo todos os setores da empresa, mitigando possíveis conflitos, e que possibilitem decisões financeiras baseadas em dados quantitativos estruturados. Dessa forma e segundo Padoveze (2013) é possível listar alguns princípios gerais para a estruturação do orçamento: ▪ Orientação para objetivos: O orçamento deve ser direcionado para que os objetivos da empresa e dos setores específicos sejam atingidos de forma eficiente e eficaz. ▪ Envolvimento dos gestores: Para se obter o comprometimento de todos os gestores responsáveis por algum tipo de orçamento, os mesmos devem participar de forma ativa do processo de planejamento e controle. ▪ Comunicação integral: Compatibilidade entre o sistema de informações, o processo da tomada de decisões e a estrutura organizacional. Mobile User Mobile User Eficiente e eficaz efeito real. Mobile User 4 ▪ Expectativas realísticas: Para que o sistema seja motivador, deve apresentar objetivos desafiadores e dentro da melhor expectativa da empresa, mas com possibilidade de serem cumpridos. ▪ Aplicação flexível: O sistema orçamentário deve permitir correções, ajustes, revisões de valores e planos. ▪ Reconhecimento dos esforços individuais e de grupos: O orçamento é um dos principais instrumentos de avaliação de desempenho. 1.3. Tipos de Orçamento São adotados basicamente dois tipos de orçamentos: ➢ Estático: No orçamento estático as peças orçamentárias são elaboradas a partir da fixação de determinado volume de produção ou venda, sendo esse volume a base para determinar o volume das demais atividades setoriais da empresa. Nesse tipo de orçamento não é permitida alteração alguma nas peças orçamentárias. Tabela 1: Orçamento Fixo Níveis de Atividades Dados por Unidades (R$) 12.000 Vendas R$ 150,00 R$ 1.800.000,00 Matéria-prima R$ 32,00 R$ 384.000,00 Outros custos/despesas variáveis R$ 14,00 R$ 168.000,00 Total de custos e despesas variáveis R$ 46,00 R$ 552.000,00 Margem de Contribuição R$ 104,00 R$ 1.248.000,00 Gastos mensais Custos fixos de produção R$ 387.000,00 Despesas administrativas e comerciais R$ 189.000,00 Total Custos e despesas fixas R$ 576.000,00 Resultado Operacional R$ 672.000,00 ➢ Flexível: No orçamento flexível as peças orçamentárias são elaboradas a partir da admissão de uma faixa de nível de atividade onde se encontram os volumes de produção e venda, ou seja, não há fixação exata. Esse tipo de orçamento é, basicamente, “é um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados a qualquer nível de atividades.” (HORNGREN, 1985, P.137) Mobile User 5 Tabela 2: Orçamento Flexível Níveis de Atividades Dados por Unidades (R$) 12.000 14.000 16.000 Vendas R$ 150,00 R$ 1.800.000,00 R$ 2.100.000,00 R$ 2.400.000,00 Matéria-prima R$ 32,00 R$ 384.000,00 R$ 448.000,00 R$ 512.000,00 Outros custos/despesas variáveis R$ 14,00 R$ 168.000,00 R$ 196.000,00 R$ 224.000,00 Total de custos e despesas variáveis R$ 46,00 R$ 552.000,00 R$ 644.000,00 R$ 736.000,00 Margem de Contribuição R$ 104,00 R$ 1.248.000,00 R$ 1.456.000,00 R$ 1.664.000,00 Gastos mensais Custos fixos de produção R$ 387.000,00 R$ 387.000,00 R$ 387.000,00 Despesas administrativas e comerciais R$ 189.000,00 R$ 189.000,00 R$ 189.000,00 Total Custos e despesas fixas R$ 576.000,00 R$ 576.000,00 R$ 576.000,00 Resultado Operacional R$ 672.000,00 R$ 880.000,00 R$ 1.088.000,00 1.4. Processo de Elaboração O processo de elaboração do orçamento divide-se em três fases: ➢ Previsão: Nessa fase concentram-se os cálculos contidos nos quadros orçamentários, devendo ser iniciada, em média, seis meses antes da finalização da elaboração do orçamento. É nessa fase que se deve estudar: as estimativas de inflação, as condições econômicas do mercado, as políticas de controle de preço, os cenários considerados possíveis, a dimensão do mercado e do PIB (Produto Interno Bruto), a participação da empresa no mercado, a concorrência, entre outros. ➢ Reprojeção: Nessa fase as informações levantadas devem ser submetidas aos setores responsáveis envolvidos, para que as peças orçamentárias sejam analisadas e devolvidas com os devidos apontamentos para que então a fase de previsão seja revisada. Essa fase deve ser finalizada de um a dois meses antes da finalização da elaboração do orçamento, para que que os envolvidos possamse programar para o próximo exercício. ➢ Controle: Essa é a última fase e na qual utiliza-se a análise das variações para verificar se os objetivos definidos anteriormente foram atingidos. Nessa fase são analisados o desempenho dos setores envolvidos e identificadas as possíveis correções necessárias. 6 1.4.1 Metodologia de Processo Orçamentário A adoção da metodologia de trabalho para as fases do desenvolvimento do processo orçamentário deve ser definida antecipadamente, podendo ser genérica ou participativa. Na metodologia genérica considera-se ideal que o setor de controladoria seja o responsável pela elaboração da primeira versão das peças orçamentárias, pois parte-se do ponto de que na controladoria da empresa existem todas as informações necessárias para a composição do orçamento. As informações aqui utilizadas são fundamentadas nos objetivos baseados em premissas definidas pelo Comitê Orçamentário. Quadro 1: Metodologia Genérica de Processo Orçamentário (com Participação parcial de Gestores) Etapas Responsável 1 - Levantamento das peças orçamentárias Controladoria 2 - Aprovação preliminar das peças orçamentárias Comitê Orçamentário 3 - Distribuição das peças orçamentárias entre os responsáveis pelos setores Controladoria 4 - Recebimento e consolidação das peças orçamentárias com as sugestões dos Setores Responsáveis Setores responsáveis pelas peças orçamentárias 5 - Revisão das peças orçamentárias Controladoria e Comitê Orçamentário 6 - Ajustes baseados na revisão das peças orçamentárias Controladoria e Setores Responsáveis 7 - Conclusão das peças orçamentárias Controladoria 8 - Elaboração do orçamento e Projeção dos Demonstrativos Contábeis Controladoria 9 - Controle orçamentário Controladoria Na participativa os gestores de cada setor elaboram seus orçamentos específicos, uma vez que possuem somente as informações do setor, e não as informações gerais da empresa. As informações aqui utilizadas são fundamentadas em objetivos de cada setor e poderão ser ou não validadas pela empresa. Quadro 2: Metodologia Participativa de Processo Orçamentário Etapas Responsável 1 - Levantamento das peças orçamentárias Gestores de todos os setores responsáveis 2 – Consolidação e revisão das peças orçamentárias recebidas dos Gestores de todo as os Setores envolvidos Controladoria 3 - Discussão entre Gestores dos Setores envolvidos e Controladoria Controladoria e Gestores de Setor 4 - Análise das definições oriundas da discussão entre Controladoria e Gestores dos Setores Controladoria e Comitê Orçamentário 7 5 - Retorno das peças orçamentárias com as considerações do Comitê Orçamentário Controladoria 6 - Ajustes com base nas sugestões e determinações do Comitê Orçamentário Controladoria e Gestores de Setor 7 - Análise para aprovação Controladoria e Comitê Orçamentário 8 - Conclusão das peças orçamentárias Controladoria 9 - Elaboração do orçamento e Projeção dos Demonstrativos Contábeis Controladoria 10 - Controle Orçamentário Controladoria É importante ressaltar que ambas metodologias trazem pontos positivos e negativos, considerando que a genérica pode ser considerada ditatorial por não ter participação de todos os gestores e a participativa por correr o risco de demandar mais tempo em razão da possibilidade de incompatibilidade dos objetivos dos gestores com os da empresa. Há também a possibilidade da metodologia genérica com a participação dos gestores em determinados momentos do planejamento orçamentário, o que traria um equilíbrio entre as metodologias. “É imprescindível que o sistema orçamentário seja vivo, motivador, útil para a empresa e tenha o comprometimento contínuo de todos.” (PADOVEZE, 2012, p. 206) 1.4.2 Ferramentas de Apoio 1.4.2.1 Cronograma A definição de datas e o respeito aos prazos são indispensáveis para um processo orçamentário de sucesso. Todas as etapas previstas no orçamento, desde o início das atividades até a data de execução dos lançamentos orçamentários no sistema contábil, devem ser traduzidas em datas e projetadas em um cronograma. Tabela 3: Cronograma do Processo Orçamentário Empresarial Etapas Responsável Mês Plano de Ação Jul Ago Set Out Nov Dez 1 - Definir missão e objetivos Presidência 2 - Analisar ambiente Diretoria/ Controladoria 3 - Simular cenários Comitê Orçamentário/ Controladoria 8 4 - Estabelecer limitações do processo (volume, mercado, etc.) Diretoria 5 - Definição de premissas gerais Diretoria/ Controladoria 6 - Definição de premissas específicas Controladoria 7 - Definição das peças orçamentárias Controladoria 8 - Aprovação preliminar das peças Comitê Orçamentário 9 - Revisão 1 Gestores 10 - Revisão 2 Controladoria 11- Aprovação do planejamento orçamentário Comitê Orçamentário 12 - Conclusão das peças orçamentárias Controladoria 13 - Projeção dos demonstrativos contábeis Controladoria 14 - Validação final Presidência/Di retoria 15 - Remessa das peças aos devidos responsáveis Controladoria 16 - Controle orçamentário Gestores/ Controladoria 17 - Registro das variações do orçamento Gestores/ Controladoria 1.4.2.2. Definição do Sistema de Informação e Comunicação Interna O processo orçamentário envolve informações complexas que exigem a utilização de um sistema de informação que permita a alimentação de todos os dados do orçamento, bem como a geração de relatórios que forneçam as informações necessárias ao acompanhamento e controle do orçamento. Uma comunicação interna de qualidade é uma forte aliada ao processo empresarial em qualquer situação, mas, caso não seja bem definida e/ou desenvolvida, pode causar prejuízos administrativos, desgaste emocional e até perdas financeiras irrecuperáveis. Daí a importância de definir uma metodologia de comunicação eticamente correta e colocá-la em prática de forma efetiva. 9 1.4.2.3 Simulação de Cenários e Definição de Premissas A simulação de cenários e a definição de premissas são ações do comitê orçamentário da empresa em conjunto com o setor de controladoria. ➢ Simulação de cenários: Tem por objetivo fundamentar a definição das premissas orçamentárias e deve considerar as variáveis oriundas do macroambiente1. Os dados utilizados na simulação podem ser extraídos das mídias de comunicação, de publicações especializadas, das entidades governamentais, entre outros, e transformados em informações que possibilitem a indicação dos caminhos possíveis para a empresa seguir. Dentre as técnicas existentes a mais utilizada é a tradução das variáveis macroeconômicas em dois ou três cenários dos mais prováveis e que são fundamentadas na análise do ambiente econômico atual. ➢ Definição de Premissas: As premissas do orçamento são informações que podem afetar, direta ou indiretamente, toda a empresa e que uma vez assumidas como regras devem ser rigorosamente respeitadas. A definição dessas regras fundamenta o início do processo de elaboração das peças 1 Tudo aquilo que é externo à empresa, ou seja, que acontece em uma zona que está fora de seu controle, é o que pode ser chamado de macroambiente empresarial. São forças relacionadas ao seu ambiente externo, mas que precisam ser acompanhadas e monitoradas constantemente, como eu disse anteriormente, pois são altamente mutáveis e influenciam diretamente a tomada de decisão dentro da organização, e, consequentemente, seusresultados. (MARCUS MARQUES, 2017, online) Fonte da imagem: montagem sobre imagens do site https://pixabay.com/ 10 orçamentárias e surge da simulação do cenário escolhido. Elas devem refletir quantitativamente as informações de comportamento das vendas, da produção, das oportunidades de negócio, possibilidades de investimento e necessidade de financiamento e das políticas administrativas da empresa. Quadro 3: Exemplo de Premissas Orçamentárias Premissas Dados Previsão de vendas (Unidades por Ano) 1.800.600 Programa de produção (Unidades por Ano) 1.900.000 Política de estocagem (% da produção) 7% Número de colaboradores 67 Previsão de Encargos Sociais (média) 62% Horas extras (máxima) 5% Reajustes salariais - data base 6% Previsão de Inflação 6% a.a. Taxa de juros de Aplicações Financeiras 9,7% a.a. Investimentos necessários R$ 967.000 Política de contas a receber 45 dias Política de estocagem 60 dias Política de compras 30 dias Uma vez concluídas e inseridas as peças orçamentárias no sistema de informação, a empresa poderá gerar relatórios que permitirão o acompanhamento e o controle do orçamento. 1.5. Estrutura Orçamentária De acordo com Padoveze (2012, p 211) a estrutura orçamentária é composta por três segmentos: orçamento operacional, orçamento de investimentos e financiamentos e projeção de demonstrativos contábeis (também denominado orçamento de caixa). 11 2. ORÇAMENTO OPERACIONAL No orçamento operacional estão contidos todos os orçamentos específicos, gerando a concentração da maior parte das peças orçamentárias. É importante esclarecer que nesse orçamento encontram-se as informações que evidenciam o lucro operacional na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). As peças orçamentárias do orçamento operacional são os orçamentos de: • Vendas; 12 • Produção; • Matérias-Primas; • Mão de Obra Direta; • Custos Indiretos de Produção. 2.1. Orçamento de Vendas O orçamento de vendas é o ponto inicial do orçamento de operacional, em razão da percepção da demanda para o período orçado e que acaba se tornando um fator limitante do processo orçamentário. Seu objetivo é fornecer informações para uma projeção dos fluxos de caixa de receitas oriundas da atividade principal da empresa durante o período orçamentário. É importante lembrar que as receitas operacionais são originadas exclusivamente da atividade principal da empresa, e não sofrem impacto algum de outras receitas diversas da principal, portanto, essas outras receitas não devem ser consideradas no planejamento orçamentário. O orçamento de vendas (receitas) deve ser entendido como a meta com a qual os demais orçamentos devem ser projetados. Outro entendimento a ser esclarecido é o fato de que se a receita estabelecida não for atingida, os resultados esperados serão impactados e provavelmente não alcançados da forma esperada. Isso acarretará a necessidade de revisão do orçamento e alteração de ajuste de volume, caso esteja fora dos níveis estabelecidos e considerando o tipo de orçamento adotado (fixo ou flexível). Quanto ao setor responsável pela elaboração do orçamento, em conjunto com a Controladoria e Comitê Orçamentário, deverá ser o que gerencia as receitas com vendas na empresa. 13 Para garantir o andamento do processo, o profissional do setor responsável e que atuará na coordenação do processo, deverá ter conhecimento sobre os padrões históricos de receitas, dados demográficos, perspectivas econômicas, etc. Outra importante ação da empresa no preparo do orçamento é a pesquisa de mercado que coleta dados junto à concorrência, aos clientes e/ou potenciais clientes, pois permite compreender os fatores que influenciam a demanda e suas relações comerciais. Também é importante registrar que ao final do orçamento de vendas as estimativas podem ser apresentadas em formato uma planilha e com periodicidade que respeite a premissas definidas. Considerando que está utilizando um orçamento de fluxos de caixa, é indispensável que a planilha seja preenchida pelo regime contábil de caixa2, e não por competência3. Isso é necessário em razão da possibilidade de uso efetivo da receita ocorrer apenas após o recebimento do pagamento. 2.2. Orçamento de Produção O orçamento de produção tem como objetivo a estimativa de valores gastos para se produzir os volumes esperados pela demanda de vendas, seja venda de produto e/ou de serviços. Para isso devem ser apurados os custos das matérias-primas e de transformação, o que inclui os recursos humanos e tecnológicos envolvidos. Esse tipo de orçamento é melhor explorado por empresas do setor industrial, nas quais ele pode ser dividido em matérias-primas, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação, e que representam, de modo geral, todos os gastos operacionais com custos. 2 No regime de caixa os recebimentos e pagamentos somente são reconhecidos na contabilidade quando a empresa recebe ou paga, ou seja, mediante realização financeira que pode ser em dinheiro ou equivalente. 3 No regime de competência, as receitas e as despesas são reconhecidas nos períodos em que ocorrem, independentemente de ter recebido ou pago. www.everestseladoras.com.bra-esteira-transportadora-como-vantagem-na-logistica.jpg 14 Vale lembrar que quanto maior a estimativa de receita operacional, maior deverá ser o esforço do setor de produção para atender à demanda, pois maior será o custo produtivo, portanto o desembolso. Para suportar a demanda o planejamento de produção deve evidenciar a condução das etapas de produção, podendo ser trabalhada de forma constante, cíclica e proporcional à demanda. Na produção constante é prevista prevê uma quantidade fixa produzida periodicamente, sendo adequada a uma demanda que seja relativamente constante durante o período orçamentário ou em caso de não possibilidade de flexibilidade na alteração das quantidades produzidas. Nesse caso, nos meses em que as vendas ficarem abaixo da produção a diferença excedente será estocada, e quando as vendas superarem a produção, o excedente de estoque será consumido. A produção cíclica ocorre apenas sazonalmente, ou seja, em certas épocas de todo o período orçamentário. Ela ocorre em alguns casos, como por exemplo quando há restrições de escala, quando são necessários grandes pedidos para se ter acesso a preços razoáveis de aquisição. Nesse caso geralmente existe formação de estoque elevado e que é consumido durante as demais épocas do ano de orçamento. Já na produção proporcional à demanda o objetivo é manter um nível de produção diretamente relacionado à busca dos clientes pelos produtos. Nesse caso o planejamento da produção é baseado periodicamente nas expectativas da demanda, bem como, ajustado por elas. Sabe-se que em algumas empresas as demandas são muito voláteis durante o período do orçamento, o que deve considerado seriamente, pois se optarem por uma produção constante, poderão incorrer em custos excessivos de compra e estocagem em períodos de demanda baixa. Já em períodos de demanda alta a empresa poderá enfrentar um problema com a falta de produto, impedindo o pleno atendimento da demanda e enfrenando a insatisfação dos clientes. Se analisado financeiramente pode-se dizer que de forma geral o tipo, a abordagem de produção que permite melhor a utilização dos recursos financeiros é a que mantém o nível de produção próximo à demanda, ou seja, a produção proporcional à demanda. Com isso estoques excessivos de matérias-primas, insumos e produtos acabados podem ser evitados. 15 No que diz respeito à classificação dos custos totais eles podem ser classificados quanto à forma de apropriaçãoaos produtos vendidos, como diretos e indiretos. Os custos diretos são aqueles que estão diretamente relacionados aos produtos produzidos, sem a necessidade de rateio para a apropriação. Já os custos indiretos, estão relacionados aos produtos sem que exista uso ou consumo direto na elaboração, daí a necessidade de rateio para sua apropriação ao produto. Em resumo pode-se dizer que os custos diretos são próprios dos bens produzidos e os indiretos são próprios da empresa, mas ligados à produção. Levanto em conta as características dos custos diretos e indiretos os critérios de tratamento de cada um deles no planejamento orçamentário serão diferentes. Considerando que os custos diretos, decorrem de cada unidade produzida, os mesmos podem ser estimados com base nas quantidades previstas de produção. Em relação aos custos indiretos serão estimados com base na estrutura elaborada para permitir o processo produtivo dentro da demanda orçada. 2.3. Orçamento de Matérias-Primas O processo produtivo exige o comprometimento de recursos financeiros relacionados aos custos e parte disso é direcionado à aquisição de matérias-primas e insumos que são consumidos no decorrer do processo produtivo. Sendo assim, no orçamento de matérias-primas o objetivo é estimar os valores desembolsados com a compra de materiais e insumos necessários para compor os produtos. Basicamente e desconsiderando eventuais ocorrências, as etapas para sua elaboração são: • Estipular as quantidades de matérias-primas necessárias para a produção estipulada; • Definir normas para estocagem das matérias-primas; • Programar as compras de matérias-primas; • Definir os custos de aquisição das matérias-primas; • Elaborar a projeção dos fluxos de caixa relacionados às matérias- primas. 16 A partir da demanda de produção que se origina do orçamento de vendas, a empresa deve estimar as quantidades de matéria-prima e insumos que garantam a produção. Uma forma de fazer essa estimativa é estabelecer uma quantidade padrão de matérias-primas e insumos necessários por unidade produzida. Esse método também é importante para controlar a produção evitando desperdícios. Em relação aos estoques é importante estabelecer uma política que determine os níveis desejados e leve em conta a logística de distribuição da empresa. Do ponto de vista financeiro é importante lembrar que quanto menor o estoque, menor o gasto de manutenção, desde que não implique na queda de capacidade de atendimento da demanda. Para isso é preciso levar em conta as peculiaridades de cada categoria de material, formas de aquisição, necessidade de armazenagem e tempo de entrega dos fornecedores. 2.4. Orçamento de Mão de Obra Direta A mão de obra direta atua diretamente na elaboração do produto, por isso nem todos os colaboradores da empresa serão considerados na apropriação do custo direto. No orçamento de mão de obra direta estão incluídos os salários pagos aos colaboradores que fazem parte da produção, os encargos sociais e os benefícios. As etapas do orçamento de mão de obra direta são: • Levantar a quantidade de mão de obra direta estimada necessária à produção; • Prever a taxa por hora da mão de obra; • Calcular o custo total da mão de obra direta, considerando encargos e benefícios; • Projetar os fluxos de caixa que envolvem a mão de obra direta. Inicialmente deve ser estimada a quantidade de pessoal que será necessário ao produtivo durante no período orçamentário, listando as atribuições e atividades que serão desenvolvidas, bem como o custo desse pessoal. Na sequência deverá ser dimensionada a quantidade de horas de mão de obra direta que serão necessárias para a produção. Um bom método levantar essa 17 informação é o registro de tempo padrão por atividade, onde são realizadas medições de tempos necessários nas etapas do processo produtivo e por tipo de mão de obra, sendo essa medição definida como padrão e parâmetro para custeio. Também pode ser utilizada como estimativa para esse orçamento, as estimativas técnicas ou gerenciais. São ideais para empresas que trabalham com produtos não padronizados, ou seja, em que a cada pedido necessita formatação específicas e sem condições de realizar estimativas individuais. Há ainda a possibilidade de estimar baseando-se em análises de dados históricos, considerando a análise da relação entre o volume produzido e as horas necessárias de pessoal. Quanto ao cálculo do custo total da mão de obra direta pode-se estimar considerando as remunerações com base em cargos e categoria de função de mão de obra direta. Esse cálculo é composto basicamente pelo desembolso mensal por função e dividido pela quantidade de horas no mês. Essas informações que devem ser fornecidas pelo setor de recursos humanos. Finalmente deve ser projetado o fluxo de caixa contendo o resultado das taxas por hora multiplicadas pelos custos por hora de cada categoria da mão de obra direta. 2.5. Orçamento de Custos Indiretos de Produção O orçamento dos custos indiretos de produção envolve os custos necessários à produção, exceto matérias-primas e mão de obra direta. Por não serem diretamente atribuídos aos produtos, acabam sendo comparados ao desembolso de natureza fixa, em razão da sua independência do nível de atividade da empresa. A estimativa desses custos deve ocorrer com base nas atividades às quais eles estão relacionados e seguindo as seguintes etapas: • Identificar o nível desejado de produção; • Levantar os dados históricos; • Definir as premissas para a projeção; • Elaborar a projeção dos fluxos de caixa. Inicia-se com a identificação do nível de produção, já determinada pelo orçamento de produção do período, para então identificar a expectativa desses custos indiretos de produção. 18 Após a identificação do nível de produção, deve-se coletar os dados históricos dos custos indiretos relacionados ao período anterior, utilizando os relatórios gerenciais de desembolsos ocorridos, mesmo que os gastos não venham a se repetir, é importante conhecer o comportamento desses custos. A definição de premissas para o orçamento, já abordada em capítulo anterior, deve tratar dos procedimentos de desembolso de cada conta orçamentária classificada como custo indireto. Após as etapas anteriores a elaboração das projeções dos fluxos de caixa podem ser geradas e planilhadas. Com a elaboração dos orçamentos dos custos diretos e indiretos, o ideal é consolidar tais orçamentos em um único denominado de custo produtivo, para então se ter apenas um fluxo de caixa projetado a ser agregado ao orçamento geral. Tabela 4: Modelo de Orçamento (Fonte: https://www.empreendedorcurioso.com) BUDGET JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO Saldo Inicial - 3.316,50 5.531,03 6.664,33 6.736,65 5.767,73 3.776,80 Entradas 133.220,00 132.033,46 130.881,89 129.764,60 128.680,95 127.630,27 126.611,95 1.01 - Receita de vendas 104.000,00 102.885,56 101.801,08 100.745,95 99.719,58 98.721,41 97.750,87 1.02 - Receita com serviços 29.000,00 28.925,70 28.856,39 28.791,99 28.732,43 28.677,64 28.627,55 1.03 - Receitas financeiras 220,00 222,20 224,42 226,67 228,93 231,22 233,53 1.04 - Outras entradas - -- - - - - Saídas 129.903,50 129.818,94 129.748,58 129.692,28 129.649,87 129.621,21 129.606,14 2.01 - Despesa com produtos 25.000,00 25.146,62 25.295,80 25.447,55 25.601,86 25.758,75 25.918,20 2.02 - Despesa com serviços 1.500,00 1.493,00 1.486,29 1.479,88 1.473,74 1.467,89 1.462,32 2.03 - Despesa com pessoal 39.180,00 39.197,64 39.216,20 39.235,70 39.256,14 39.277,53 39.299,87 2.04 - Despesas comerciais 12.240,00 12.131,63 12.025,95 11.922,90 11.822,44 11.724,50 11.629,04 2.05 - Despesas administrativas 17.500,00 17.502,71 17.507,77 17.515,15 17.524,84 17.536,81 17.551,03 2.06 - Despesas financeiras 450,00 451,50 453,02 454,56 456,13 457,71 459,32 2.07 – Impostos 17.533,50 17.357,84 17.186,88 17.020,53 16.858,70 16.701,31 16.548,27 2.08 - Investimentos 12.500,00 12.498,00 12.496,27 12.494,80 12.493,60 12.492,67 12.492,02 2.09 - Retirada de sócios 4.000,00 4.040,00 4.080,40 4.121,20 4.162,42 4.204,04 4.246,08 2.10 - Outras saídas - - - - - - - Movimentação Total 3.316,50 2.214,53 1.133,30 72,32 - 968,92 - 1.990,93 - 2.994,18 Saldo final disponível 3.316,50 5.531,03 6.664,33 6.736,65 5.767,73 3.776,80 782,61 BUDGET AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TT Saldo Inicial 782,61 - 3.196,54 - 8.142,84 - 14.038,94 - 33.635,76 - Entradas 125.625,37 124.669,92 123.745,02 122.850,10 121.984,58 1.527.698,11 1.01 - Receita de vendas 96.807,41 95.890,49 94.999,60 94.134,22 93.293,84 1.180.750,00 19 1.02 - Receita com serviços 28.582,09 28.541,20 28.504,81 28.472,86 28.445,29 344.157,96 1.03 - Receitas financeiras 235,87 238,23 240,61 243,02 245,45 2.790,15 1.04 - Outras entradas - - - - - - Saídas 129.604,52 129.616,23 129.641,11 142.446,92 143.247,80 1.582.597,09 2.01 - Despesa com produtos 26.080,23 26.244,85 26.412,05 26.581,84 26.754,23 310.241,98 2.02 - Despesa com serviços 1.457,01 1.451,97 1.447,19 1.442,68 1.438,41 17.600,38 2.03 - Despesa com pessoal 39.323,17 39.347,45 39.372,71 52.166,82 52.194,07 497.067,31 2.04 - Despesas comerciais 11.536,00 11.445,35 11.357,04 11.271,01 11.187,22 140.293,08 2.05 - Despesas administrativas 17.567,49 17.586,16 17.607,02 17.630,06 18.405,26 211.434,28 2.06 - Despesas financeiras 460,95 462,60 464,27 465,97 467,69 5.503,72 2.07 – Impostos 16.399,49 16.254,89 16.114,39 15.977,92 15.845,39 199.799,11 2.08 - Investimentos 12.491,64 12.491,53 12.491,70 12.492,14 12.492,87 149.927,23 2.09 - Retirada de sócios 4.288,54 4.331,43 4.374,74 4.418,49 4.462,67 50.730,01 2.10 - Outras saídas - - - - - - Movimentação Total - 3.979,15 - 4.946,30 - 5.896,09 - 19.596,83 - 21.263,22 - 54.898,98 Saldo final disponível - 3.196,54 - 8.142,84 - 4.038,94 - 33.635,76 - 54.898,98 - 54.898,98 3. ORÇAMENTOS DE INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS 20 Os orçamentos de investimentos e financiamentos é um segmento que, normalmente, fica restrito a algumas pessoas, como por exemplo à direção e ao controller. Suas peças orçamentárias são os orçamentos de: • Investimentos; • Financiamentos e amortizações. 3.1. Orçamento de Investimentos O conceito de investimento está relacionado ao desembolso de recursos financeiros em caixa, com o intuito de incorporar bens de capital e ativos fixos com o objetivo de manter a empresa em funcionamento. Isso não pode ocorrer de forma irresponsável, ou seja, sem considerar todos os aspectos das consequências que ocorrerão no orçamento, sejam elas positivas ou negativas. Sabendo disso é possível concluir que o objetivo desse orçamento é projetar os fluxos de caixa oriundos das atividades e decisões de investimento no decorrer de determinado período orçamentário. Por esse motivo, a empresa deve analisar as necessidades reais da aquisição de ativos no sentido da manutenção da empresa. Vale salientar, que apesar das atividades de investimentos e seus fluxos de caixa serem, normalmente, compostos de desembolsos de capital, ou seja, fluxos de caixa negativos,é possível apurar fluxos de caixa positivos oriundos da realização ou da desimobilização de ativos que serão vendidos. Esses fluxos positivos podem ser aproveitados como reforço de caixa para novos investimentos, sejam eles de aumento da capacidade de produção ou ampliação do faturamento da empresa. No que diz respeito às etapas que, normalmente, são requeridas no momento da elaboração do referido orçamento, sugerem-se as seguintes: • Identificar as propostas de investimentos; • Definir os critérios para análise das propostas; 21 • Projetar os fluxos de caixa das propostas de investimento; • Analisar as propostas de investimentos de acordo com os critérios definidos; • Estruturar as propostas de investimento de forma hierárquica. Segundo PADOVEZE (2012, p. 264) algumas das peças orçamentárias que podem compor o orçamento de investimento são: • Orçamento de aquisição de investimento em outras empresas; • Orçamento de venda de investimentos em outras empresas; • Orçamento de aquisição de imobilizados; • Orçamento de depreciações, exaustões e amortizações das novas aquisições e baixas. Tabela 5: Orçamento de Investimento (parcial) (Fonte: http://transparencia.petrobras.com.br) INVESTIMENTOS - PETROBRAS CONTROLADORA 2018 0807 - Programa de Gestão e Manutenção de Infraestrutura de Empresas Estatais e Federais AÇÃO DESCRIÇÃO PROGRAMAÇÃO ANUAL REALIZAÇÃO ATÉ SETEMBRO 4101 Manutenção e Adequação de Bens Imóveis - Nacional 63.664.000 11.977.552 4102 Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, Máquinas e Equipamentos - Nacional 48.982.000 15.206.576 4103 Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação e Teleprocessamento - Nacional 515.989.000 188.595.466 6595 Manutenção da Infraestrutura Operacional das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados - Na Região Nordeste 18.742.000 3.632.519 9597 Manut. dos Sist. Contr. Ambiental, de Seg. Ind. e de Saúde Ocupac. nas Fáb. de Fertiliz. Nitrogen. - Região Nordeste 7.119.000 197.250 SUBTOTAL: 0807 654.496.000 219.609.363 Programa temático - 2022 - Combustíveis 22 AÇÃO DESCRIÇÃO PROGRAMAÇÃO ANUAL REALIZAÇÃO ATÉ SETEMBRO 125M Implantação da Refinaria Potiguar Clara Camarão (RN) - No Estado do Rio Grande do Norte 3.294.000 474.762 12O9 Implantação de Refinaria no Complexo Petroquímico de RJ, com capacidade nominal de 150mil bpd - no Estado do Rio de Janeiro 220.000.000 122.174.124 15LZ Adequações no Terminal Aquaviário em Barra do Riacho (TABR) para Expansão da Capacidade de Escoamento de GLP e C5+, até 18,0 MM m³/dia 25.535.000 2.880.390 15M0 Adequações nos Terminais Aquaviários da Ilha Redonda (TAIR) e da Ilha Comprida (TAIC) para Expansão da Capacidade de Escoamento de GLP, até 1,6 MM m³/dia - No Estado do rio de Janeiro 32.740.000 3.785.985 15M1 Implantação e adequação de infraestrutura de tratamento e escoamento da produção de óleo e gás associado do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos pela Rota 3 – (PTER3) - No Estado do rio de Janeiro 1.184.000 849.250 15M4 Adequações no Terminal de Cabiúnas-RJ (TECAB) para Expansão da Capacidade de Processamento de Gás Natural, até 22,8 m³/dia - No Estado do rio de Janeiro 818.000 22.676 15OL Modernização e Adequação dos Sistemas de Produção do Parque de Refino na Petrobras - No Estado do Amazonas 1.114.000 0 15OL Modernização e Adequação dos Sistemas de Produção do Parque de Refino na Petrobras - No Estado da Bahia 9.893.000 3.004.015 15OL Modernização e Adequação dos Sistemas de Produção do Parque de Refino na Petrobras - No Estado de Minas Gerais 56.094.000 9.107.319 15OL Modernização e Adequação dos Sistemas de Produção do Parque de Refino na Petrobras - No Estado do Rio de Janeiro 125.081.000 50.984.589 15OL Modernização e Adequação dos Sistemas de Produção do Parque de Refino na Petrobras - No Estado de São Paulo 68.552.000 24.547.281 15OL Modernização e Adequação dos Sistemas de Produção do Parque de Refino na Petrobras - No Estado do Paraná 1.293.000 334.307 15OL Modernização e Adequação dos Sistemas de Produção do Parque de Refino na Petrobras - No Estado do Rio Grande do Sul 20.807.000 2.992.023 23 AÇÃO DESCRIÇÃO PROGRAMAÇÃO ANUAL REALIZAÇÃO ATÉ SETEMBRO 1P65 Implantação da Refinaria Abreu e Lima - Recife - no Estado de Pernambuco 452.393.000 286.056.732 2767 Manutenção dos Sistemas de Controle Ambiental, de Segurança Industrial e de Saúde Ocupacional nas Atividades de Refino - Nacional 171.736.000 69.225.871 4108 Manutenção da Infraestrutura Operacional do Parque de Refino - Nacional 1.542.901.000 740.199.756 11SW Implantação de Sistema de Escoamento de Álccol (Ribeirão Preto-SP/REPLAN/Ilha D’água-RJ) - Na Região Sudeste 791.000 0 11UN Implantação de Melhorias no Terminal de São Sebastião e nos Oleodutos OSVAT e OSBAT (SP) - no Estado de São Paulo 7.833.000 1.963.836 152G Implantação de Infraestrutura logística dutoviária para atendimento ao COMPERJ - no Estado do Rio de Janeiro 146.986.000 70.929.680 152H Implantação de dutos de escoamento de GLP e C5+, com aproximadamente 70 km de extensão, da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba para a REVAP - no Estado de São Paulo 18.425.000 926.355 1C22 Ampliação da capacidade do Sistema de Escoamento de Petróleo e Derivados da refinaria Paulínia - REPLAN para 63.000 m3/dia, em Paulínia (SP) - no Estado de São Paulo 715.000 360.030 1C59 Reformulação da Malha Dutoviária da Grande São Paulo - no Estado de São Paulo 468.466.000 193.980.516 1I92 Contrução de Pier em São Sebastião, para Navios de até 150 mil TPB, e de Duto Associado, com aproximadamente 130 km, até Guararema (OSVAT 2 - Petróleo) - no Estado de São Paulo 10.773.000 790.315 4107 Manutenção da Infraestrutura de Transporte Dutoviário de Petróleo e Derivados - Nacional 232.505.000 21.761.629 4451 Manutenção dos Sistemas de Contr. Ambiental, de Seg. Industrial e de Saúde Ocupacional nas Atividades de Transporte Dutoviário - Nacional 57.330.000 2.137.246 Subtotal - 2022 3.677.259.000 1.609.488.687 24 3.2. Orçamentos de Financiamentos O orçamento de financiamento tem como objetivo estimar a necessidade de obtenção de fundos financeiros, bem como os gastos de manutenção dos mesmos e todos os pagamentos previstos para o período orçamentário. Tem-se a ideia de que, normalmente, a necessidade de obtenção de fundos da empresa ocorre em função do investimento de ativo, mas pode ocorrer em razão da necessidade de aumento de capital de giro, reorganização de dívidas, estratégias de marketing, etc. Podem ser consideradas como peças orçamentárias do orçamento de financiamento (PADOVEZE, 2012, p. 265) • Orçamento dos novos financiamentos ou fontes de fundos, suas despesas financeiras e desembolsos; • Orçamento das despesas financeiras e desembolsos dos financiamentos já existentes; • Orçamentos de outras receitas e outras despesas financeiras. 25 4. PROJEÇÃO DE DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS A projeção consolida todos os orçamentos e também fica restrito à determinadas pessoas (alta administração e controller). Suas peças orçamentárias são: • Projeção de outras receitas operacionais e não-operacionais e despesas não-operacionais. • Projeção de receitas financeiras; • Projeção da demonstração dos resultados do período orçamentário; • Projeção do balanço patrimonial ao fim do período orçamentário; • Projeção de fluxo de caixa; • Projeção das origens de e aplicações dos recursos; • Análise financeira dos demonstrativos. Pode-se afirmar que essa projeção de demonstrativos financeiros é a conclusão do conjunto de todas as peças orçamentárias no formato de Demonstração de Resultados do Exercício (DRE), Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). De acordo comos fundamentos já apresentados nesse material, a Demonstração de Resultados do Exercício projetada com base no orçamento operacional (vendas, produção, matérias-primas, mão de obra direta, custos indiretos de produção). Em relação ao Balanço Patrimonial também serão transferidos os valores do orçamento das peças orçamentárias, bem como os devidos valores oriundos da Demonstração de Resultados do Exercício projetada. O ideal é apresentar o BP projetado de forma comparativa com os últimos dois anos e de forma que atenda aos objetivos da empresa. É importante analisar os resultados e caso as expectativas e objetivos não tenham sido atingidos, é necessário revisar as projeções e possíveis divergências até que os resultados se mostrem satisfatórios. No que diz respeito ao fluxo de caixa, as projeções devem considerar as entradas e saídas de recursos financeiros e necessidades de financiamentos, para assim mensurar as necessidades ou excesso de caixa. 26 Por fim, após o encerramento da elaboração do orçamento aprovado pela alta administração da empresa, inicia-se Após a etapa da elaboração do orçamento estar cumprida e aprovada pela direção e administradores da empresa, este está pronto para entrar em prática, ou seja, a partir do início do período orçado a empresa deverá levantar relatórios e demonstrativos para a verificação da sua realização através do controle orçamentário. Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício Projetado Demonstração do Resultado 2020 (Orçado) 2019 (Atual) 2018 (Realizado) 2017 (Realizado) Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 12.035,4 M 9.165,9 M 10.248,8 M 10.759,4 M Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -10.390,7 M -8.229,1 M -9.165,5 M -9.578,0 M Resultado Bruto 1.644,7 M 936,7 M 1.083,3 M 1.181,4 M Despesas/Receitas Operacionais -464,5 M -456,6 M -654,4 M -623,5 M Despesas com Vendas -157,6 M -133,3 M -175,6 M -184,9 M Despesas Gerais e Administrativas -273,4 M -287,1 M -402,0 M -452,2 M Outras Receitas Operacionais 40,8 M 71,0 M 54,8 M 43,5 M Outras Despesas Operacionais -98,2 M -104,7 M -131,6 M -37,2 M Resultado de Equivalência Patrimonial 23,8 M -2,4 M -0,1 M 7,3 M Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 1.180,2 M 480,1 M 428,9 M 558,0 M Resultado Financeiro -713,7 M -505,0 M -22,7 M -206,9 M Receitas Financeiras 61,8 M 45,2 M 478,2 M 188,9 M Despesas Financeiras -775,5 M -550,2 M -500,9 M -395,8 M Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 466,5 M -24,9 M 406,2 M 351,1 M Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 231,8 M 101,4 M -327,0 M -86,6 M Resultado Líquido das Operações Continuadas 698,3 M 76,5 M 79,2 M 264,5 M Resultado Líquido de Operações Descontinuadas 0,0 M 0,0 M 0,0 M 0,0 M Lucro/Prejuízo do Período 698,3 M 76,5 M 79,2 M 264,5 M Modelo de Balanço Patrimonial Projetado Ativo 2020 (Orçado) 2019 (Atual) 2018 (Realizado) 2017 (Realizado) Ativo Total 54.463,1 M 54.175,1 M 58.233,7 M 68.778,4 M Ativo Circulante 20.653,8 M 17.896,0 M 17.297,2 M 21.896,6 M Caixa e Equivalentes de Caixa 2.637,7 M 4.305,4 M 3.809,4 M 3.790,5 M Aplicações Financeiras 303,7 M 1.124,8 M 1.067,5 M 1.899,1 M Contas a Receber 4.100,9 M 4.594,8 M 4.535,1 M 5.488,0 M Estoques 8.479,9 M 6.995,2 M 6.763,7 M 9.532,2 M 27 Tributos a Recuperar 860,2 M 875,8 M 1.121,4 M 1.132,2 M Outros Ativos Circulantes 4.271,5 M 0,0 M 0,0 M 54,6 M Ativo Não Circulante 33.809,3 M 36.279,1 M 40.936,5 M 46.881,9 M Ativo Realizável a Longo Prazo 6.249,3 M 5.673,0 M 6.046,2 M 5.832,9 M Investimentos 1.454,9 M 1.343,0 M 1.108,0 M 1.561,5 M Imobilizado 16.036,9 M 18.502,1 M 20.164,8 M 23.443,8 M Intangível 10.068,3 M 10.761,0 M 13.617,6 M 16.043,8 M Passivo e Patrimônio Líquido 2020 (Orçado) 2019 (Atual) 2018 (Realizado) 2017 (Realizado) Passivo Total 54.463,1 M 54.175,1 M 58.233,7 M 68.778,4 M Passivo Circulante 8.740,8 M 8.608,2 M 6.079,7 M 8.119,7 M Passivo Não Circulante 20.044,1 M 20.221,2 M 24.393,1 M 25.196,8 M Patrimônio Líquido 25.678,2 M 25.345,8 M 27.761,0 M 35.461,9 M Modelo de Fluxo de Caixa (Método Indireto) Projetado Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto 2020 (Orçado) 2019 (Atual) 2018 (Realizado) 2017 (Realizado) Caixa Líquido Atividades Operacionais 249,0 M 16,8 M 1.472,8 M 2.225,8 M Caixa Gerado nas Operações 2.980,6 M 1.951,5 M 2.167,3 M 2.620,0 M Lucro líquido do período 1.146,7 M 900,1 M 93,4 M 531,8 M Depreciação e amortização 910,1 M 1.054,2 M 1.298,5 M 1.229,6 M Equivalência patrimonial -41,5 M 3,2 M 7,7 M -13,8 M Variação cambial, líquida 395,3 M 21,4 M -942,6 M 556,9 M (Ganhos) Perdas com instrumentos financeiros, líquido -27,1 M 8,6 M 38,2 M -13,7 M Benefícios pós-emprego 93,1 M 103,7 M 111,6 M 122,1 M Planos de incentivos de longo prazo 21,0 M 17,8 M 20,8 M 28,4 M Imposto de renda e contribuição social -59,2 M 335,6 M 552,4 M -594,1 M Ganho na alienação de imobilizado -40,5 M -61,5 M -2,1 M -3,1 M Ganhos e perdas em ativos mantidos para venda e vendas de participações em controladas 51,3 M 7,7 M 51,7 M 39,0 M Provisão para risco de crédito 20,2 M 141,5 M 147,5 M 162,9 M (Reversão) Provisão de passivos tributários, cíveis e trabalhistas, líquido -40,7 M -44,6 M -40,6 M -95,5 M Reversão de passivos contingentes, líquido 0,0 M 703,8 M 771,6 M 689,6 M Receita de juros de aplicações financeiras -20,7 M 0,0 M 2,5 M -1,8 M Despesa de juros sobre dividas financeiras 570,2 M -12,9 M -48,4 M -18,4 M Reversão de atualização de passivos contingentes, líquido 0,0 M -929,7 M 105,0 M 0,0 M Juros sobre mútuos com empresas ligadas -0,1 M -369,8 M 0,0 M 0,0 M Provisão (Reversão) de ajuste ao valor líquido realizável de estoque, líquido 2,4 M 72,5 M 0,0 M 0,0 M Variações nos Ativos e Passivos -2.008,0 M -1.150,1 M -1,8 M 437,5 M Aumento de contas a receber -1.040,3 M -332,4 M -384,7 M -37,6 M Aumento de estoques -1.462,7 M -768,7 M 398,8 M 38,5 M Aumento de contas a pagar 632,3 M 314,6 M 176,4 M -57,4 M Aumento de outros ativos -30,2 M -212,1 M -93,1 M -383,3 M Redução de outros passivos -432,9 M -124,4 M -226,9 M -230,6 M Recebimento de dividendos/juros sobre o capital próprio 11,6 M 21,0 M 36,8 M 30,7 M 28 Aplicações financeiras de títulos para negociação -482,7 M -490,1 M -367,6 M -580,4 M Resgate de aplicações financeiras de títulos para negociação 796,8 M 442,0 M 458,4 M 1.657,6 M Outros -723,5 M -784,7 M -692,6 M -831,7 M Caixa Líquido Atividades de Investimento 397,3 M -211,6 M -850,3 M -1.348,6 M Adições de imobilizado -515,8 M -431,8 M -811,5 M -1.260,5 M Recebimento pela venda de imobilizado, investimento e intangíveis 927,1 M 415,5 M 3,0 M 6,9 M Adições de outros ativos intangíveis -14,0 M -16,6 M -41,7 M -33,5 M Aumento de capital em empresa com controle compartilhado 0,0 M -178,7 M 0,0 M -40,5 M Pagamento na aquisição de controle de empresa 0,0 M 0,0 M 0,0 M -20,9 M Caixa Líquido Atividades de Financiamento -763,3 M -567,0 M -1.759,2 M -296,2 M Compras de ações em tesouraria -149,7 M 349,6 M 0,0 M -189,1 M Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos -171,7 M -917,8 M 0,0 M 0,0 M Empréstimos e financiamentos obtidos 893,5 M 3,5 M 0,0 M -208,8 M Pagamento de empréstimos e financiamentos -1.345,9 M -2,3 M 1.033,0 M 1.324,9 M Financiamentos com empresas ligadas, líquido 10,5 M 0,0 M -2.798,4 M -1.243,7 M Financiamentos com empresas ligadas, líquido 0,0 M 0,0 M 6,3 M 20,5 M Pagamento pela aquisição de participação adicional em empresa controladas 0,0 M 0,0 M 0,0 M 0,0 M Pagamento de opções de ações 0,0 M 0,0 M 0,0 M 0,0 M Pagamento de opções de ações 0,0 M 0,0 M 0,0 M 0,0 M Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes 199,3 M 3,9 M -702,0 M 159,5 M Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes 82,4 M -757,9 M -1.838,7 M 740,5 M Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 2.555,3 M 5.063,4 M 5.648,1 M 3.050,0 M 295. CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Uma vez finalizada a elaboração do orçamento, inicia-se sua execução e surge a necessidade de acompanhamento continuo para identificar as variações positivas e negativas, as falhas apresentadas e as necessidades de ajustes do processo. O controle é uma ferramenta de gestão e serve para acompanhar os movimentos do planejamento orçamentário e suas variações. Para ter condições de controlar a empresa precisa gerar relatórios que contenham todas as peças orçamentárias e seus respectivos registros de lançamentos de movimentação operacional e financeira. VANTAGENS DE ELABORAR UM CONTROLE ORÇAMENTÁRIO 1. FAZER OS ADMINISTRADORES “PENSAREM À FRENTE” O controle orçamentário é uma ferramenta de gestão que pode ser definida como um planejamento que reúne as previsões de receitas e gastos de um determinado período. Este controle induz o habito de fazer cuidadosos exames prévios no momento da tomada de decisões importantes para a empresa. Em outras palavras, significa dizer que ele faz com que os administradores e gestores de uma empresa analisem as decisões que deverão ser tomadas com base nas metas, objetivos e impactos que elas poderão causar no longo prazo. 30 Quando uma empresa possui um sistema de controle orçamentário eficaz, todas as finanças dela são minunciosamente previstas e detalhadas. Para que a ferramenta não perca a eficiência é importante que os gestores, ao tomarem suas decisões, estejam sempre analisando o orçamento estabelecido, algo que os “força” a pensar no futuro do negócio. 2. OFERECER EXPECTATIVAS BEM DEFINIDAS O controle orçamentário trabalha com previsões, ou seja, a gestão elabora um detalhamento de todas as despesas, custos e receitas previstas em um determinado período e, com base nessas informações, são extraídas expectativas orçamentárias bem definidas. Isto pode soar estranho para algumas pessoas que não conhecem essa ferramenta, no entanto, as estimativas são realizadas com base em critérios muito bem estabelecidos pela gestão, podendo ser extremamente confiáveis. Afinal, se não fosse assim, as previsões poderiam traduzir um cenário surreal e causar sérios danos à instituição. 3. AJUDAR ADMINISTRADORES A COORDENAR SEUS ESFORÇOS Outra vantagem interessante da adoção de um sistema orçamentário está ligada à administração direta do seu negócio. Como no orçamento estão estabelecidas as previsões de gastos e receitas de um determinado período, os gestores e administradores da empresa podem aplicar seus esforços em outras áreas do negócio, como na redução de custos e despesas ou na gestão de pessoas. É muito comum encontrarmos gestores verificando suas contas bancárias a cada hora para saber quais https://blog.wappa.com.br/gestao-de-pessoas-como-melhorar-a-relacao-entre-chefe-e-funcionario/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost https://blog.wappa.com.br/gestao-de-pessoas-como-melhorar-a-relacao-entre-chefe-e-funcionario/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost 31 gastos foram descontados, quais valores foram recebidos ou acompanhar com grande aflição o fluxo de caixa do negócio. Essa prática é muito comum em empresas que não possuem um controle orçamentário eficaz. Porém, o administrador que possui esse processo bem-definido pode deixar os gastos e receitas ocorrerem naturalmente, pois estão dentro da previsão, e periodicamente analisar a concretização dos valores que foram calculados no orçamento. (Fonte: https://blog.wappa.com.br/3-vantagens-da-elaboracao- de-um-controle-orcamentario-e-como-faze-lo/. Acesso em 13/01/2019) 5.1. Análise das Variações Orçamentárias “...a análise de variância é o conjunto de procedimentos usados por gerentes para ajudá-los a entender as origens das diferenças (variâncias) entre os custos reais e os estimados”. (ATKINSON, 2000, p. 265) A variância é a diferença entre o custo real do seu custo estimado e podem resultar em variáveis favoráveis (F) se o custo real for menor que o estimado, ou desfavoráveis. (D) se custar mais do que o orçado. Tais variações demostram as causas das diferenças encontradas denominadas de variações orçamentárias https://blog.wappa.com.br/saiba-como-otimizar-o-fluxo-de-caixa-da-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost https://blog.wappa.com.br/saiba-como-otimizar-o-fluxo-de-caixa-da-sua-empresa/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost 32 Em se tratando de receita a análise do desempenho pode ser realizada avaliando o total de suas variações de pelo: preço, volume, sortimento, participação de mercado e demanda. • Análise da variação total da receita: (quantidade real x preço real) - (quantidade orçada x preço orçado) Esse cálculo da variação total da receita tem sua importância, mas é pouco informativo, uma vez que não permite identificar quais foram as causas da variação ocorrida, ou seja, se foi o preço, volume vendido de cada produto, o sortimento de vendas, a demanda ou ainda a participação de mercado. Já a variação de preço: indica quanto da variação total da receita é ocorre pela diferença entre o preço orçado e preço de fato praticado Exemplo: preço = (preço real - preço orçado) x quantidade real • Análise das variações de matéria-prima: deve ser calculada para cada produto e para cada matéria-prima consumida na fabricação desse produto. – quantidade = (quantidade padrão – quantidade real) x preço padrão – preço = (preço padrão – preço real) x quantidade padrão – mista = (quantidade padrão – quantidade real) x (preço padrão – preço real) – preço = (preço padrão – preço real) x quantidade real • Análise das variações da mão-de-obra direta (MOD) também deve ser calculada para cada produto e para cada matéria-prima consumida na fabricação desse produto. – eficiência = (horas padrão – horas real) x taxa padrão – taxa = (taxa padrão – taxa real) x horas padrão – mista = (horas padrão – horas real) x (taxa padrão – taxa real) – taxa = (taxa padrão – taxa real) x horas real 33 5.2. Relatórios Controle Orçamento - Manifestação pública da AMBEV (http://www.econoinfo.com.br/financas-e-mercados/projecoes-relatorios-endividamento?codigoCVM=23264) Acompanhamento das Projeções e Premissas Relatório 1 a) Informar quais estão sendo substituídas por nova s projeções incluídas no Formulário e quais delas estão sendo repetidas no Formulário O CPV por hectolitro (excluindo depreciação e amortização) no Brasil não foi objeto de projeção da Companhia para 2016. Os crescimentos da receita líquida, dos custos de produtos vendidos (excluindo depreciação e amortização), das despesas de vendas, gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) e dos investimentos no Brasil que foram objetos de projeção da Companhia para 2015 foram também objetos de projeção da Companhia para 2016, na divulgação anual de resultados referente ao exercício de 2015, realizada em 25 de fevereiro de 2016. Em 28 de outubro de 2016, quando da divulgação das informações trimestrais (ITR) do 3º trimestre de 2016, a Companhia alterou o critério de apresentação de suas projeções para o ano de 2016, de maneira que a divulgação da projeção sobre receita líquida no Brasil para 2016 foi descontinuada. Os crescimentos da receita líquida e dos investimentos no Brasil que foram objetos de projeção da Companhia para 2014 foram também objetos de projeção da Companhia para 2015. 34 Já os crescimentos do volume da indústria de cervejas, dos custos de produtos vendidos por hectolitro e das despesas de vendas, gerais e administrativas no Brasil foram objetos de projeção da Companhia em2014 e não foram para 2015. Os crescimentos dos custos de produtos vendidos (excluindo depreciação e amortização) e das despesas de vendas, gerais e administrativas (excluindo depr eciação e amortização) no Brasil não foram objetos de projeção da Companhia em 2014, mas foram incluídos pela Companhia em 2015. b) quanto às projeções relativas a períodos já transcorridos, comparar os dados projetados com o efetivo desempenho dos indicadores, indicando com clareza as razões que levaram a desvios nas projeções 2016 O custo dos produtos vendidos (excluindo depreciação e amortização) no Brasil em 2016 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 25 de fevereiro de 2016, quando se estimou crescimento em 2016 entre 13% e 17%, a qual foi mantida na divulgação de resultados de 04 de maio de 2016. Na divulgação dos resultados do 2º trimestre de 2016, em 29 de julho de 2016, a Companhia atualizou as projeções de custo dos produtos vendidos (excluindo depreciação e amortização) no Brasil para 2016 com a expectativa de crescimento entre um dígito médio e um dígito alto no ano, a qual foi mantida na divulgação de resultados de 28 de outubro de 2016. Findo 2016, o custo dos produtos vendidos (excluindo depreciação e amortização) no Brasil cresceu 7,9%, em linha com a nossa projeção de crescimento. O crescimento das despesas de vendas, gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) no Brasil em 2016 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 25 de fevereiro de 2016, quando se estimou crescimento em 2016 de um dígito baixo no ano, a qual foi mantida nas divulgações de resultados de 4 de maio, 29 de julho e 28 de outubro. Ao final de 2016, as despesas de vendas, gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) no Brasil cresceram 3,5%, no limite superior de nossa projeção. O CAPEX no Brasil em 2016 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia em 25 de fevereiro de 2016 quando se estimou níveis inferior es aos de 2015, a qual foi mantida nas divulgações de resultados de 4 de maio, 29 de julho 35 e 28 de outubro. Findo 2016, o CAPEX total no Brasil foi de R$2,0 bilhões, o que representa uma redução de 35% destes investimentos no Brasil em relação ao ano anterior, em linha com a nossa projeção. 2015 O crescimento da receita líquida no Brasil em 2015 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 26 de fevereiro de 2015, quando se est imou crescimento entre um dígito médio e um dígito alto para o ano de 2015. Nas divulgações de resultados de 6 de maio, 30 de julho e 30 de outubro de 2015, a Companhia reafirmou esta projeção. Ao final de 2015, a receita líquida no Brasil cresceu 8,0%, no limite superior de nossa expectativa original divulgada em 26 de fevereiro de 2015. O custo dos produtos vendidos (excluindo depreciação e amortização) no Brasil em 2015 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 26 de fevereiro de 2015, quando se estimou crescimento entre um dígito médio e um dígito alto para o ano de 2015. Nas divulgações de resultados de 6 de maio e 30 de julho esta projeção foi mantida. Em 30 de outubro, quando da divulgação do resultado do terceiro trimestre, atualizamos a projeção com a expectativa de crescer no limite inferior da nossa estimativa original, ou um dígito médio. Findo 2015, o custo dos produtos vendidos (excluindo depreciação e amortização) no Brasil cresceu 4,0% no ano, em linha com nossa projeção de crescimento. O crescimento das despesas de vendas, gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) no Brasil em 2015 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 26 de fevereiro de 2015, quando se estimou crescimento abaixo da inflação, o qual foi mantido nas divulgações de resultados de 6 de maio, 30 de julho e 30 de outubro de 2015. Ao final de 2015, as despesas de vendas, gerais e administrativas (excluindo depreciação e a mortização) no Brasil cresceram 8,3%, em linha com nossa projeção, tendo em vista a inflação geral acumulada de 10,67% no Brasil no ano. O investimento no Brasil em 2015 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia em 26 de fevereiro de 2015 quando se estimou níveis si 36 milares ou inferiores aos R$ 3,1 bilhões que tivemos em 2015 no país. Findo 2015, investimos um total de R$ 3,1 bilhões no Brasil, no limite superior de nossa projeção. 2014 O crescimento de volume da indústria de cerveja no Brasil em 2014 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 26 de fevereiro de 2014, quando se projetou retomada de crescimento da indústria. Nas divulgações de resultados de 30 de abril, 31 de julho e 31 de outubro de 2014, a Companhia reafirmou esta projeção. Ao final de 2014, a indústria de cervejas retomou crescimento de volume (+4,3% de acordo com nossas estimativas), em linha com a expectativa originalmente divulgada pela Companhia em 26 de fevereiro de 2014 e mantida ao longo do ano. O crescimento da receita líquida no Brasil em 2014 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 26 de fevereiro de 2014, quando se estimou crescimento entre um dígito alto e dois dígitos baixos para o ano de 2014. Posteriormente, na divulgação de resultados de 30 de abril, essa projeção foi mantida. Em 31 de julho, quando da divulgação do resultado do segundo trimestre, atualizamos a projeção com expectativa de crescer no limite superior da nossa estimativa original, ou dois dígitos baixos. Essa projeção foi mantida em 31 de outubro de 2014. Findo 2014, a receita líquida no Brasil cresceu 10,6%, no limite superior de nossa expectativa original divulgada em 26 de Fevereiro de 2014. O custo dos produtos vendidos por hectolitro no Brasil em 2014 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 26 de fevereiro de 2014, quando se estimou crescimento de um dígito médio no ano, a um mix de produto constante. Posteriormente, nas divulgações de resultados de 30 de abril, 31 de julho e 31 de outubro de 2014 estas foram mantidas. Ao final de 2014, o custo dos produtos vendidos por hectolitro no Brasil cresceu 9,1% no ano. Quando excluído o impacto do mix de embalagens da Copa do Mundo da FIFA 2014 no 2T14 e 3T14, nosso custo dos produtos vendidos por hectolitro cresceu um dígito médio, em linha com nossa projeção. O crescimento das despesas de vendas, gerais e administrativas no Brasil em2014 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia de 26 de fevereiro de 2014, quando se estimou crescimento entre um dígito alto e dois 37 dígitos baixos no ano, o qual foi mantido nas divulgações de resultados de 30 de abril, 31 de julho e 31 de outubro de 2014. Findo 2014, as despesas de vendas, gerais e administrativas no Brasil cresceram 13,7%, levemente acima da nossa expectativa, em função de uma maior depreciação que cresceu 23% no ano. O investimento no Brasil em 2014 foi objeto de projeção na divulgação de resultados da Companhia em 26 de fevereiro de 2014 quando se estimou investimentos em torno de R$2,8 bilhões no país. Posteriormente, na divulgação dos resultados de 30 de abril de 2014, a Companhia alterou esta projeçãopara investimentos menores que os R$2,8 bilhões do ano anterior, como resultado do impacto negativo esperado para o volume após o anúncio de aumento dos impostos, a qual foi mantida nas divulgações de 31 de julho e 31 de outubrode 2014 pela Companhia. Ao final de 2014, investimos um total de R$ 3,1 bilhões no Brasil, acima de nossa estimativa, em função de uma aceleração dos investimentos em distribuição direta, antecipação da planta de Ponta Grossa e alguns investimentos comerciais, como coolers e iniciativas em vendas e marketing. c) quanto às projeções relativas a períodos ainda em curso, informar se as projeções permanecem válidas na data de entrega do Formulário e, quando for o caso, explicar por que elas foram abandonadas ou substituídas. As projeções relativas a 2017 permanecem válidas conforme descrito nos itens acima. Relatório 2 a) objeto da projeção 38 Na divulgação anual de resultados referente ao exercício de 2016, realizada em 02 de março de 2017, a Companhia divulgou que a expectativa para 2017 é de que o CPV (custo dos produtos vendidos) por hectolitro, excluindo depreciação e amortização, no Brasil evolua positivamente ao longo de 2017, crescendo (i) dois dígitos na primeira metade do ano, e (ii) entre um dígito baixo e estável na segunda metade, explicado, principalmente, pelo impacto da desvalorização do Real durante o primeiro semestre de 2016 (nossa taxa média de hedge de moeda para 20 17 é de 3,59 BRL/USD, comparada a 3,24 BRL/USD em 2016). Esclarecemos que as projeções são dados hipotéticos que não constituem promessa de desempenho. b) período projetado e o prazo de validade da projeção O período projetado para o CPV por hectolitro (excluindo depreciação e amortização) no Brasil é o ano de 2017 e a validade é o dia 31 de dezembro de 2017. c) premissas da projeção, com a indicação de quais podem ser influenciadas pela administração do emissor e quais escapam ao seu controle A projeção com relação ao CPV por hectolitro (excluindo depreciação e amortização) no Brasil tem como premissa a capacidade da Companhia de manter sua eficiência no controle de custos, aumento do volume das garrafas de vidro retornáveis, e o conhecimento com antecedência do impacto da variação cambial no custo dos produtos vendidos em virtude da nossa política de hedge (nossa taxa média de hedge de moeda para 2017 é de 3,59 BRL/USD, comparada a 3,24 BRL/USD em 2016). Entretanto, a Companhia não consegue fazer o hedge de todas as commodities a que está exposta. Além disso, fatores externos como preços internacionais de commodities não podem ser controlados, podendo tornar-se fator es adversos à projeção em questão. A administração da Companhia pode influenciar os fatores internos como eficiência das linhas e a gestão do negócio. Já os fatores externos acima mencionados, escapam ao controle da Companhia. d) valores dos indicadores que são objeto da previsão 39 O CPV por hectolitro (excluindo depreciação e amortização) em 2016, no Brasil, foi de R$ 71,3, apresentando um aumento de 15,4% em relação ao ano anterior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Básicas IMPORTANTE LEMBRAR: Diversos livros e artigos que tratam do assunto orçamento empresarial apresentam definições que o caracterizam como uma ferramenta de alocação de gastos. Esta é uma característica que realmente pode ser atribuída ao orçamento empresarial, no entanto, o seu papel nas organizações é maior. Nem todas as empresas têm o mesmo modelo de gestão e estão no mesmo nível de maturidade, fazendo com que o uso do orçamento também possa ser diferente em cada uma. Existem empresas que alcançaram tamanho grau de desenvolvimento organizacional que contam com complexas estruturas organizacionais que vão desde centros de custo até conselhos de gestão, programas de planejamento de longo prazo e processos de planejamento de controle formais. Por outro lado, diversas outras estão em fase inicial de organização de estrutura de planejamento e controle, buscando a melhor forma de visualização de seus resultados, os métodos mais adequados de controlar os desempenhos das áreas e uma forma adequada de planejar para melhorar a sua gestão financeira de curto e médio prazo. São situações completamente diferentes e, consequentemente, fazem com que a utilização do orçamento seja também bastante distinta. https://orcamentoempresarial.com 40 ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo, Atlas, 2000. _______. Management accounting. 3. ed. Upper Saddle River, Prentice-Hall, 2001. CORREIA Neto, Jocildo Figueiredo. Planejamento e controle orçamentário: manual de orçamento empresarial. São Paulo: Elsevier, 2011. HORNGREN, Charles T. Introdução à Contabilidade Gerencial, 5ª ed., RJ: Prentice/Hall, 1985. OLIVEIRA, Luís Martins; PEREZ Jr., José Hernandez; SILVA, Carlos Alberto dos Santos. Controladoria Estratégica. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São Paulo, Cengarge Learning, 2012. Complementares https://conceito.de/orcamento-de-producao http://marcusmarques.com.br/pequenas-e-medias-empresas/descubra- significado-macroambiente-no-ambiente-empresarial/. Acesso em 03/01/2019. Endereço: https://br.depositphotos.com/ Endereço: https://www.shutterstock.com/pt/ https://blog.wappa.com.br/3-vantagens-da-elaboracao-de-um-controle- orcamentario-e-como-faze-lo/. Acesso em 13/01/2019) http://www.econoinfo.com.br/financas-e-mercados/projecoes-relatorios- endividamento?codigoCVM=23264. Acesso em 10/01/219 Vídeos Sugeridos: https://youtu.be/ymdC8YeuvQ0 https://youtu.be/_esoJXx2UvA https://youtu.be/hy-FSHrNObY https://youtu.be/RITpK-fbnG4