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Prévia do material em texto

Anatomia e fisiologia neonatal e
pediátrica
Autora 
Gláucia Fernandes Castro 
Apresentação
Caros(as) alunos(as),
Este material é uma ferramenta de suporte à realização de atividades relacionadas à Anatomia e
Fisiologia Neonatal e Pediátrica. O objetivo é abordar aspectos do desenvolvimento dos sistemas
respiratório, cardíaco, nervoso e osteomioarticular do período neonatal e pediátrico, descrevendo
desde a embriologia até as particularidades anatômicas dessa população.
É importante reconhecer as peculiaridades que esse grupo apresenta, considerando que sua
faixa etária compreende desde recém-nascidos prematuros até adolescentes. Por isso, tendo em
vista a complexidade do assunto, a primeira unidade será dedicada a apresentar definições
importantes e a comparar a anatomia do adulto e da criança. Já na segunda unidade,
discutiremos o desenvolvimento do sistema nervoso. Na terceira, serão apresentados tópicos
relacionados ao sistema respiratório e à circulação fetal. E, finalmente, na quarta unidade iremos
discutir as particularidades na avaliação dessa população.
Esperamos que você leia as orientações ao longo deste material, bem como o conteúdo
suplementar indicado nos artigos e vídeos, conseguindo sanar as eventuais dúvidas. É
importante não se limitar ao material aqui apresentado, mas adicionar a leitura de outros artigos,
livros e textos relacionados à temática.
Nossa expectativa é que os conhecimentos aqui adquiridos possam transformar positivamente
sua vida e as vidas das pessoas com quem irá trabalhar.
Professora Gláucia Fernandes Castro.
Anatomia e fisiologia da criança e do adulto1
A sobrevida de prematuros cada vez menores e mais imaturos tem levado a questionamentos
quanto à qualidade de vida futura dessas crianças, estimulando estudos e pesquisas que
mostram a necessidade de alteração de algumas práticas e cuidados para a promoção do
desenvolvimento do recém-nascido (RN).
As complicações de saúde relacionadas ao nascimento prematuro são a principal causa de
morte e incapacidade em menores de cinco anos. A prematuridade pode acarretar
consequências clínicas e anatômicas que resultam de lesões e perda tecidual. Dados mostram
que, dentro dos 90% dos RN abaixo de 1.500 g que sobrevivem ao período neonatal, entre 25% e
50% poderão desenvolver dificuldades cognitivas, de socialização, desatenção ou
comportamental, e entre 5% e 10% terão encefalopatia crônica não evolutiva. Aos nascidos
abaixo de 1.000 g, chega a 50% os que desenvolvem algum grau de comprometimento (VOLPE,
2018).
Ao se falar em crianças, é muito comum nos depararmos com a seguinte sentença: “criança não
é um adulto em miniatura”, e isso se confirma nas particularidades anatomofisiológicas dessa
população e suas diferenças quando comparadas aos adultos. Até os dois anos de idade, muitas
modificações já aconteceram, sendo a partir dessa fase que observamos maior semelhança ao
adulto.
Para falarmos da embriologia, da anatomia, da fisiologia, do desenvolvimento e fazermos
comparações entre a criança e o indivíduo adulto, precisamos antes definir alguns conceitos que
facilitarão o entendimento de tais temas. Primeiro, vamos falar da divisão em faixas etárias. É
sabido que entre as diversas literaturas não há consenso, podendo ser encontradas diferenças
entre os critérios adotados. Levando em consideração períodos que vão da concepção ao
nascimento, ilustrados na Figura 1, podemos utilizar a seguinte divisão:
Definições importantes1.1
Período pré-natal: da concepção ao nascimento:
Germinal: 0 a 2 semanas.
Embrionário: 3 a 8 semanas.
Fetal: 9 semanas a 38-40 (nascimento).
Período neonatal: do nascimento até 28 dias:
Período neonatal precoce: do nascimento até 7 dias.
Período neonatal tardio: do 7º dia até 28 dias.
Figura 1 – Período pré-natal
Apresentação do período pré-natal e suas divisões em período embrionário e período fetal. 
Fonte: Marieb, Wilhelm e Mallat (2014, p. 49).
É preciso também entender a classificação de acordo com a idade gestacional (IG), definida
como a duração da gestação, que deve ser expressa em dias e/ou semanas completas, sendo
mensurada do primeiro dia do último período normal de menstruação, também conhecido como
data da última menstruação (DUM), até o nascimento, e recebendo a seguinte classificação:
Recém-nascido pré-termo (RNPT): menor do que 37 semanas completas:
Imaturo: 22 a 27 semanas e 6 dias.
Prematuro extremo: 28 a 31 semanas e 6 dias.
Prematuro moderado: 32 a 33 semanas e 6 dias.
Prematuro tardio ou leve: 34 semanas a 36 semanas e 6 dias.
Termo: 37 a 42 semanas.
Pós-termo: maior que 42 semanas.
Ainda em relação à IG, outras considerações são igualmente importantes:
Idade cronológica: idade contabilizada do nascimento até a data presente, sendo a idade real após o
nascimento.
Idade gestacional pós-concepcional (IGpc): do nascimento até atingir o tempo de 40 semanas, quando
passamos a usar o termo de idade gestacional corrigida.
Idade gestacional corrigida (IGC): deve ser utilizada para corrigir a idade de um prematuro após
atingir 40 semanas de idade pós-natal. Para determinar a IGC, usamos a idade pós-natal menos o
número de semanas que faltaram para completar 40 semanas, sendo esse cálculo muito importante
para avaliação do crescimento e desenvolvimento do recém-nascido prematuro (RNPT). Usamos a
idade corrigida até dois anos de idade, e, em RNPT extremos, recomenda-se corrigir a idade até os
três anos de idade.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/01.png
Na Figura 2 podemos observar um exemplo de como realizar o cálculo:
Outro dado importante para compreendermos e classificarmos os RN é o peso do nascimento,
entendido como o primeiro peso do RN após o nascimento. Porém, segundo as atuais
recomendações relativas à humanização dos cuidados aos RN de risco, quando for possível
realizar o contato pele a pele na primeira hora do nascimento, a pesagem deve ser postergada.
Acompanhe as classificações do peso do RN, e, na Figura 3, as classificações do RN de acordo
com a IG e com o peso:
Baixo peso (BP): peso inferior a 2.500 gramas.
Muito baixo peso (MBP): peso inferior a 1.500 gramas.
Extremo baixo peso (MMBP): peso inferior a 1.000 gramas.
Macrossômico: peso superior a 4.000 gramas.
Figura 2 – Cálculo da idade gestacional corrigida
Fonte: Elaborado pela autora.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/02.png
Ainda é preciso avaliar a qualidade do crescimento fetal, importante para estabelecer o risco de
problemas perinatais. É determinado pela relação do peso de nascimento com a idade
gestacional, existindo curvas de crescimento para recém-nascido a termo (RNT) e recém-
nascido pré-termo (RNPT), classificados de acordo com o percentil. É necessária uma correta
avaliação da idade gestacional para determinar se o peso ao nascimento está:
Adequado à idade gestacional (AIG): entre o 10º e 90º percentil.
Pequeno para idade gestacional (PIG): abaixo do 10º percentil.
Grande para idade gestacional (GIG): acima do 90º percentil.
Ampliando as classificações além do período neonatal, podemos determinar os períodos da
infância desde o nascimento, de acordo com o grupo etário, lembrando que as classificações
divergem conforme diferentes autores:
Primeira infância: do nascimento até os dois anos de idade?
Neonatal: 0 a 28 dias.
Lactente: 29 dias a 12 meses.
1 a 2 anos.
Segunda infância: 2 a 6 anos.
Terceira infância: 6 aos 10-12 anos.
Pré-puberdade: 10-12 anos aos 14-16 anos.
Adolescência: 14-16 anos aos 18-20 anos.
Figura 3 – Classificação do RN
Os limites de viabilidade na prematuridade e a sobrevivência com mínimo de
sequela são temas de grande importância. Os recém-nascidos com idade
gestacional menor que 23 semanas e peso ao nascer menor que 500 g são
extremamente imaturos. A sobrevida e os resultados são ainda muito incertos. Os
dados disponíveis indicam que é altamente improvável a sobrevivência de recém-
nascidos com menos de 23 semanas de gestação, sendo os nascimentos com IGmenor que 22 semanas considerados abortos. 
Fonte: Elaborado pela autora.
Diferenças anatômicas e fisiológicas entre a criança e o adulto1.2
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/03.png
Ao compararmos as crianças aos adultos, devemos levar em consideração que elas apresentam
desvantagens anatômicas e fisiológicas que aumentam o risco de insuficiência respiratória,
sendo as mais relevantes as diferenças anatômicas das vias aéreas, da fisiologia e da mecânica
respiratória, existindo, porém, outros fatores relacionados.
A cabeça do recém-nascido é proporcionalmente maior que a do adulto, representando
aproximadamente 1/4 do comprimento total do corpo, em comparação a apenas 1/12 no
segundo grupo. Além da diferença de proporção, observa-se também o occipital mais
proeminente, o pescoço mais curto e a língua maior. A Figura 4 apresenta as desproporções em
diferentes idades.
Ainda é preciso salientar outras diferenças entre adultos e crianças, e neonatos e crianças
maiores, principalmente as relativas às vias aéreas, que justificam a predisposição do neonato a
obstruções, bem como dificultam quando a intubação orotraqueal se faz necessária. O Quadro 1
e as Figuras 5 e 6 resumem essas diferenças.
Quadro 1 – Comparação das vias aéreas na criança e no adulto
Anatomia Criança Adulto
Língua Ampla Normal
Forma da epiglote Flácida, em forma de U Firme, forma mais plana
Altura da epiglote C3-C4 C5-C6
Traqueia Mais estreita e menor Mais larga e maior
Figura 4 – Proporções corporais
Comparação da proporção corporal em diferentes idades, representando todos no mesmo tamanho. 
Fonte: bvsms.saude.gov.br [https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf]
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/04.png
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf
Anatomia Criança Adulto
Forma da laringe Afunilada Cilíndrica
Posição da laringe Ângulo posterior à glote Mais longa e reta
Estreitamento Região subglótica Nível das cordas vocais
Diferença entre as estruturas, o posicionamento e a forma das vias aéreas entre crianças e adultos. 
Fonte: Elaborado pela autora.
Figura 5 – Vias aéreas na criança e no adulto
Diferença entre as estruturas, o posicionamento e a forma das vias aéreas entre
crianças e adultos. 
Fonte: adaptado de: sciencedirect.com
[https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969717322301#f003
0]
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/05.png
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969717322301#f0030
Figura 6 – Comparação de vias aéreas na criança e no adulto
Diferença entre as estruturas, o posicionamento e a forma das vias aéreas entre crianças e adultos. 
Fonte: adaptado de Higuet, Hachimi-Idrissi e Watelet (2016, p. 140).
Por muito tempo, a laringe pediátrica foi descrita como sendo de formato cônico, com um
estreitamento na cartilagem cricoide. Talvez, a ocorrência dessa percepção possa ser atribuída
ao método de modelagem com gesso em laringes de cadáveres de crianças. Atualmente, as
dimensões das vias aéreas pediátricas são avaliadas por meio de imagens de ressonância
magnética, tomografia computadorizada e videobroncoscopia, que acabaram por questionar a
premissa de via aérea cônica na criança.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/06.png
A intubação orotraqueal é um procedimento de larga utilização na neonatologia e pediatria, nos
ambientes de emergência, nos centros cirúrgicos e nos cuidados intensivos. Acreditava-se que
em crianças menores de 8 anos, não deveriam ser utilizadas cânulas com balonete (cuff), hoje em
dia, porém, essas cânulas vêm se mostrando mais seguras. Com a pandemia da covid-19 em
2020 e a contraindicação de uso de tubo sem balonetes, ficou bem evidente as vantagens em
usar tubos com cuff, como o ajuste adequado de vedação da traqueia, controle da pressão do
cuff, menor escape de ar com menor necessidade de troca de cânula, além de uma monitorização
mais fidedigna da ventilação mecânica, com possibilidade de fluxos menores e redução do
trauma de vias aéreas. Vários estudos têm sido realizados para a proposição e avaliação de
novos modelos de cânulas com cuff, fixados na traqueia e não na carina. A utilização de tubos
sem balonete está diretamente associada a maior incidência de pneumonia associada a
ventilação mecânica (PAV). Ainda existem limitações ao uso de cânulas com balonete no público
neonatal, e, quando usado na pediatria, a monitoração da pressão do balonete é essencial para
evitar a hiperinsuflação. Leia mais em:
portalped.com.br [https://www.portalped.com.br/outras-especialidades/otorrinolaringologia/o-
formato-da-via-aerea-pediatrica-e-a-relacao-com-o-uso-de-tubo-traqueal-com-cuff/]
pebmed.com.br [https://pebmed.com.br/como-escolher-o-tubo-endotraqueal-em-pediatria/]
https://www.portalped.com.br/outras-especialidades/otorrinolaringologia/o-formato-da-via-aerea-pediatrica-e-a-relacao-com-o-uso-de-tubo-traqueal-com-cuff/
https://pebmed.com.br/como-escolher-o-tubo-endotraqueal-em-pediatria/
Videoaula - Uso de canula orotraqueal com balonete em pediatria e
neonatologia
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/481256586] .
Existem muitas diferenças em relação ao sistema ósseo e muscular na população pediátrica,
gerando a necessidade de apontamento das principais distinções. Iniciando pelo crânio do RN,
ao nascimento, os ossos são separados por uma membrana de tecido conjuntivo, as suturas. No
ponto de encontro dos ossos do crânio, as suturas são mais largas e chamadas de fontanelas,
sendo a fontanela anterior mais proeminente, entre os ossos parietais e frontais. A Figura 7
mostra as fontanelas, com nomenclatura e localização.
Vale lembrar que essa composição do crânio permite a sobreposição dos ossos para passagem
pelo canal vaginal durante o parto, retornando à sua posição após o nascimento. As suturas
permanecem membranosas por tempo considerável, permitindo o contínuo desenvolvimento
para acomodação do crescimento pós-natal do cérebro. Entre cinco e sete anos, a criança já
possui praticamente o mesmo tamanho da cabeça que terá na fase adulta.
Sistema musculoesquelético1.3
https://player.vimeo.com/video/481256586
Nos primeiros meses após o nascimento, a cabeça cresce mais rapidamente, desacelerando
após o segundo ano. Além das suturas permitirem o contínuo crescimento do crânio, a palpação,
principalmente da fontanela anterior, permite a avaliação tanto da ossificação quanto da pressão
intracraniana. A fontanela posterior se fecha entre o primeiro e o segundo mês de vida, e a
anterior geralmente se fecha até os 18 meses.
A cabeça do RN representa cerca de 1/4 do tamanho de todo o crânio. Ao redor de dois anos, a
proporção já aumenta para 1/6; aos cinco anos, é possível encontrar a face em 1/4 do volume
craniano, proporção próxima a do adulto. As órbitas do RN são grandes e desproporcionais, já a
cavidade nasal é pequena e curta, posicionando-se quase completamente entre as órbitas. Os
seios paranasais, cavidades aeradas em alguns ossos da face, desenvolvem-se entre o primeiro
e segundo ano de vida. No geral, o seio frontal e o seio maxilar estão visíveis a partir do sétimo
ano de vida. Os seios paranasais se desenvolvem durante a infância, chegando à puberdade em
seu volume quase total.
Figura 7 – Fontanelas
Crânio de um RN apresentando as fontanelas anterior e posterior e as suturas. 
Fonte: Sadler (2013, p.117).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/07.png
As deformidades cranianas em crianças podem ser bastante frequentes e reconhecidas nos
primeiros meses de vida. A causa pode ser uma craniossinostose ou por conta do
posicionamento, então, é importante o diagnóstico diferencial bem como o acompanhamento
adequado. O correto posicionamento do RN pode contribuir para minimizar a aquisição dessas
deformidades.
Leia mais em:rihuc.huc.min-saude.pt [http://rihuc.huc.min-
saude.pt/bitstream/10400.4/1417/1/Plagiocefalia.pdf]
Os RNs e as crianças apresentam formatos, volumes, tamanhos e proporções dos órgãos e
estruturas relacionados às suas necessidades adaptativas. Se observamos seus membros
superiores e inferiores, veremos que, até por volta do segundo ano de vida, eles são
proporcionalmente iguais em comprimento, quando começam então a se diferenciar. Os ossos
dos membros inferiores começam a se alongar, e, na vida adulta, chegam a ser 1/6 mais longos
que os superiores.
Ao nascimento, as curvaturas da coluna ainda não estão presentes, sendo estabelecidas de
acordo com o desenvolvimento, conforme apresentado na Figura 8. As duas curvaturas primárias
são a torácica e a sacral, mas conforme a criança adquire o controle do pescoço, surgem a
curvatura cervical e, posteriormente, a curvatura lombar, quando a criança adquire o
ortostatismo e a deambulação, sendo as duas últimas classificadas como curvaturas
secundárias.
http://rihuc.huc.min-saude.pt/bitstream/10400.4/1417/1/Plagiocefalia.pdf
Não é apenas a coluna que se modifica com o desenvolvimento. Ao nascimento, todos os ossos
são mais macios com grandes áreas de cartilagem, epífises ósseas. Conforme a criança cresce,
as áreas cartilaginosas vão sendo ossificadas e, com a ativação dos músculos, os ossos acabam
por desenvolver marcas e projeções. O esqueleto continua a crescer até por volta de 18 a 21
anos, sendo que, na infância, a formação óssea é maior que a absorção, processo que se
equilibra no adulto jovem e começa a se inverter após os 40 anos.
Figura 8 – Desenvolvimento das curvaturas da coluna vertebral
Fonte: adaptado de cazulim.com.br
[https://cazulim.com.br/carregadores/agrupamento-do-bebe/] e vickyfisio.com
[https://vickyfisio.com/postura-e-hipercifose-toracica/]
A idade óssea é determinada a partir de um exame radiográfico da mão e do punho não
dominante, sendo usada para avaliar o grau de amadurecimento dos ossos, o que permite a
avaliação do tempo que ainda resta para uma criança crescer. Nem sempre a idade óssea será
coincidente com a idade cronológica. O exame geralmente é parte da avaliação do crescimento e
desenvolvimento sexual.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/08.png
https://cazulim.com.br/carregadores/agrupamento-do-bebe/
https://vickyfisio.com/postura-e-hipercifose-toracica/
Videoaula - Perímetro craniano e mensuração
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/481261876] .
https://player.vimeo.com/video/481261876
Exercícios de fixação
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RN com idade gestacional (IG) entre 30 e 31 semanas e 6 dias é classificado como imaturo.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RNs são classificados como muito baixo peso quando têm o peso entre 1.000 e 1.499 g.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RNs são classificados como PIG quando estão abaixo do percentil 10.
Verdadeiro Falso
Em relação às particularidades anatômicas e fisiológicas do sistema respiratório do neonato,
todas as afirmações são corretas, exceto:
Por causa do reduzido calibre das vias aéreas, a respiração do neonato é predominantemente
oral.
Para manutenção do volume minuto adequado, a FR é aumentada.
A eficiência da expansibilidade torácica é menor por conta do menor movimento do
diafragma.
A tendência à apneia pode ser justificada pela imaturidade do sistema nervoso.
A instabilidade alveolar e a alta complacência pulmonar favorecem o aparecimento de
atelectasia.
Recapitulando
O período neonatal e pediátrico é cheio de particularidades, sendo marcado por intensas e
constantes transformações físicas, funcionais e de comportamento. Existe uma tendência
frequente em aplicarmos os mesmos princípios de estudo aos adultos nessa população, o que
inevitavelmente implicaria em erros.
As diferenças anatômicas, principalmente em relação às vias aéreas, não afetam apenas a forma
ou tamanho, mas acabam por proporcionar importantes alterações na fisiologia, impondo maior
probabilidade dessa população desenvolver falência respiratória.
Anatomofisiologia do sistema nervoso2
O sistema nervoso central (SNC) aparece no início da terceira semana, quando surge a placa
neural. Ao longo do desenvolvimento, as pregas neurais vão se elevando e se aproximando uma
da outra, ocorrendo das extremidades cefálica e caudal ao centro, até se fundirem e formarem o
tubo neural. Por volta do 25º dia, o tubo neural completa o seu fechamento, representado na
Figura 9.
Após cinco semanas de desenvolvimento, as vesículas cerebrais primárias diferenciaram-se em
cinco vesículas secundárias, dando origem ao encéfalo e à medula espinhal. As células neurais
vão se desenvolvendo, e o erro em qualquer uma das fases do desenvolvimento pode representar
um importante defeito, muitas vezes incompatíveis com a vida, como apresentado no Quadro 2.
Quadro 2 – Fases do desenvolvimento neurológico e respectivas desordens
Estágio IG Características Desordens na fase
Embriologia do sistema nervoso2.1
Figura 9 – Formação do tubo neural
Fonte: researchgate.net
[https://www.researchgate.net/figure/Figur
a-1-Desenvolvimento-das-celulas-da-
crista-neural-cranial-A-Apos-a-inducao-
e_fig1_278645710]
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/09.png
https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Desenvolvimento-das-celulas-da-crista-neural-cranial-A-Apos-a-inducao-e_fig1_278645710
Estágio IG Características Desordens na fase
Neurulação
primária
Neurulação
secundária
3 a 4
semanas de
gestação
28 a 32 dias
de gestação
Formação de: tubo neural, raízes dorsais,
gânglios sensitivos dos nervos
cranianos, gânglios autonômicos, células
de Schwann, células da glia e a
aracnoide, melanócitos, e células da
medula adrenal.
Formação da porção distal do tubo
neural.
Craniorraquisquisis
total.
Anencefalia.
Encefalocele.
Mielosquise.
Mielomeningocele
sacral.
Disrafismos
medulares
ocultos/simples.
Desenvolvimento
prosencefálico
5 a 6
semanas
Formação e clivagem do
prosencéfalo.
Formação de estruturas ópticas e
olfatórias.
Formação dos hemisférios
cerebrais, tálamo, hipotálamo,
corpo caloso, septo pelúcido e
quiasma óptico.
Aprosencefalia.
Agenesia do corpo
caloso.
Holoprosencefalia.
Proliferação
neuronal
2 a 4 meses
de gestação
Proliferação neuronal e radial da
glia e da pia.
Formação vascular (artéria e
posteriormente venosa).
Microcefalia
primária.
Macroencefalia.
Migração
neuronal
3 a 5 meses
de gestação
Neurônios partem da região de
origem para região definitiva,
formando o córtex e núcleos
profundos.
Formação das células de Purkinje
e núcleos denteados no cerebelo.
*Entre 20 e 24 semanas, número de
neurônios estará completo
Crises convulsivas.
Padrões de
esquizencefalia,
lisencefalia,
paquigiria,
polimicrogiria,
heterotopias
neuronais;
displasias
corticais.
Estágio IG Características Desordens na fase
Organização
neuronal
5 meses de
gestação
até anos
pós-natal
Eventos complexos com
diferenciação dos neurônios,
alinhamento e disposição em
camadas do córtex.
Ramificação dendríticas e
axonais.
Estabelecimento de sinapses.
Morte celular e eliminação
seletiva de neurônios e sinapses.
Proliferação e diferenciação da
glia.
Mielinização Nascimento
até anos
pós-natal
Aquisição de mielina ao redor dos
axônios.
Acontece de proximal para distal.
Inicia-se nos sensitivos antes dos
motores; e no occipital antes do
frontal.
Os distúrbios de
mielinização podem
ocorrer com a
prematuridade, erros
inatos do metabolismo,
desnutrição e
hipotireoidismo.
Fonte: Elaborado pela autora.
O desenvolvimento neuronal inicia-se na quinta semana pós-conceptual, logo após o
fechamento do tubo neural, sendo a maioria dos neurônios formados entre 5 e 25 a 28 semanas
de IG, nas camadas germinais mais próximas aos ventrículos, migrando para a placa cortical
mais superficial.Próximo ao termo, a migração é menos evidente, porém, estudos sugerem que
essa migração, principalmente de interneurônios do córtex frontal, pode continuar durante o
primeiro ano.
O cérebro é o órgão responsável pela interação do indivíduo com o meio ambiente, objetos e
outros seres, sendo capaz de se adaptar e seguindo em constante mudança. Possuímos cerca de
85 bilhões de neurônios, com trilhões de conexões que são responsáveis por essas tarefas.
Durante a migração, os neurônios começam a se diferenciar, processo complexo no qual
acontece a produção de axônios, dendritos, sinapses com neurotransmissores e mecanismo
intracelular das membranas neuronais. Ao longo do desenvolvimento, mais sinapses e conexões
vão se formando, conforme apresentado na Figura 10.
Desenvolvimento do sistema nervoso2.2
No século passado, acreditava-se que o cérebro era um órgão reativo e organizado em cadeias
de reflexos, mas, atualmente, essa teoria vem sendo substituída pela ideia de que a atividade
espontânea e intrínseca é a principal função do cérebro. A maioria dos neurônios são formados
no período gestacional e passam pelos processos de diferenciação e migração. As sinapses são
mais evidentes no 3º trimestre e muito fortes até os 18 meses, continuando durante toda a vida.
O cérebro muda o tempo todo, formado por “tentativa/erro”, sendo que os comportamentos
motor e cognitivo são idade-dependentes, estando bem representados na Figura 11.
Figura 10 – Sinapses
Neurônios com um axônio e vários dendritos decorrentes do corpo celular
neuronal. O neurônio esquerdo representa o desenvolvimento no córtex sensorial
em aproximadamente 24 a 28 semanas, o neurônio direito, em 32 a 40 semanas. 
Fonte: adaptado de Linderkamp et al. (2009, p. 11).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/10.png
No período pré-natal até os dois anos de vida pós-natal acontecem as primeiras fases do
desenvolvimento, porém, o cérebro muda continuamente ao longo da vida, com processos de
desenvolvimento até os 40 anos e declínio da integridade durante o envelhecimento. O pico de
desenvolvimento do cérebro é atingido entre a metade da gestação e os três primeiros meses
após o nascimento no RN termo, e essas alterações são mais significativas na placa subcutânea
e no cerebelo. A Figura 12 representa o desenvolvimento do cerebelo no período pré-natal.
Figura 11 – Desenvolvimento do encéfalo humano
Cronograma dos eventos de desenvolvimento do encéfalo humano durante a vida
fetal e pós-natal. As áreas sombreadas em preto indicam atividades de pico; as
áreas alinhadas abertas indicam atividade baixa ou média. 
Fonte: Adaptado de Linderkamp et al. (2009, p. 5).
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No adulto humano, o peso cerebral representa cerca de 2% do peso corporal e utiliza cerca de
20% do consumo de energia para a atividade neuronal. O cérebro é muito complexo e, durante o
desenvolvimento, o aumento dessa complexidade pode gerar distúrbios. À medida que a placa
cortical se expande, o córtex aumenta de tamanho e os giros começam a se formar. O volume
cortical aumenta cerca de 20 vezes durante a segunda metade da gestação.
O desenvolvimento do cérebro também envolve a criação de células gliais e ocorre em particular
na segunda metade da gestação. Durante os primeiros três meses após o termo, o volume
cerebral se expande rapidamente de 33% para 55% do volume adulto; já aos nove meses de
gestação, o peso do cérebro corresponde a 27% do peso do cérebro adulto, chegando a 82%
desse peso aos 12 meses de idade. A Figura 13 representa o aumento da superfície cortical de
acordo com o desenvolvimento.
Figura 12 – Desenvolvimento do Cerebelo
Desenvolvimento do córtex cerebelar humano. O painel inferior mostra os
processos migratórios e a formação das várias camadas. As setas apontando para
cima indicam a migração radial das células de Purkinje da zona ventricular (VZ)
para a camada de células de Purkinje; a seta apontando para a direita indica a
migração tangencial das células precursoras de grânulos; e as setas apontando
para baixo refletem a migração radialmente para dentro das células granulares da
camada granular externa (EGL) para a camada granular interna (IGL). O EGL é uma
estrutura transitória, com maior destaque entre 28 semanas de AMP e 1 a 2 meses
após o termo. O painel superior mostra os processos de folheação. 
Fonte: Hadders-Algra (2018a, p. 282).
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A subplaca cortical é temporária, estando presente entre a 24ª e a 28ª semanas e no início do 3º
trimestre, quando é gradualmente assumida pela placa cortical por meio da renovação dos
neurônios. A subplaca tem um importante papel no desenvolvimento do cérebro humano e
possui interações com a atividade funcional. Interrupções no desenvolvimento da subplaca
podem determinar distúrbios de desenvolvimento.
Apesar de numerosos estudos, a subplaca ainda é considerada uma zona enigmática, situada
entre a placa cortical e a zona intermediária, isto é, a substância branca futura. É uma estrutura
transitória que contém uma variedade de neurônios que, entre a 9ª e a 10ª semanas de IG, já
desenvolvem atividade sináptica, muito provavelmente sendo moduladores do comportamento
motor precoce.
As camadas corticais se formam em sequência inversa, iniciando das mais profundas seguidas
das mais superficiais. No terceiro trimestre de gestação, o córtex humano é caracterizado pela
coexistência de dois circuitos corticais separados, mas interconectados: os circuitos fetais
transitórios, centralizados na subplaca, e o imaturo, desenvolvendo progressivamente circuitos
permanentes centralizados na placa cortical. A Figura 14 representa a subplaca.
Figura 13 – Desenvolvimento cortical
Superfícies corticais em neonatos com 28,
36 e 44 semanas. 
Fonte: Makropoulos et al. (2016, p. 462).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/13.png
Figura 14 – Representação da subplaca
Corte através do córtex com aproximadamente 24 semanas de gestação. Observe
que a zona germinativa se une ao ventrículo na borda interna do córtex.
Neurônios recém-formados migram ao longo da glia radial através da subplaca e
camadas neuronais formadas anteriormente para a camada superior da placa
cortical. 
Fonte: Linderkamp et al. (2009, p. 7).
O desenvolvimento do cérebro humano se estende por muitos anos e seus processos são o
resultado de uma interação contínua entre genes e ambiente, atividade e experiência. A Figura 15
mostra em forma de gráfico o desenvolvimento do encéfalo e suas fases.
Figura 15 – Desenvolvimento do
encéfalo e das funções cognitivas
Fonte: Pires (2010, p. 19).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/14.png
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/15.png
O cérebro possui uma enorme variedade de tipos diferentes de células que se agrupam em
circuitos funcionais. O córtex cerebral é composto por uma enorme variedade de tipos celulares
distintos, que incluem neurônios, glia e componentes do tecido não epitelial (vasculatura).
Células da glia funcionam como “cola”, promovendo sustentação e nutrição dos neurônios.
Temos aproximadamente o mesmo número de células neuronais e células da glia. A Figura 16
representa a estrutura de algumas células da glia.
Figura 16 – Células da glia
Diferentes células da glia, também chamadas de neuroglia. 
Fonte: anatpat.unicamp.br [http://anatpat.unicamp.br/taneutecnervnl.html]
O período de mielinização é longo, inicia-se no segundo trimestre e estende-se até a vida adulta,
caracterizando-se pela aquisição da membrana de mielina em volta do axônio. A mielina é uma
bainha isolante que aumenta a velocidade de propagação do impulso nervoso.
A mielinização inicia-se por volta do 4º mês intrauterino, porém, os tratos do sistema nervoso se
tornam mielinizados quando próximos ao momento em que começam a funcionar. No sistema
nervoso periférico (SNP), a bainha de mielinaé formada pelas células de Schwann e cada célula
mieliniza um único axônio. Já no sistema nervoso central (SNC), os oligodendrócitos são
responsáveis pela mielinização, podendo revestir até 50 axônios.
Pela natureza do neurônio, ele quer ser ativo, e por não haver condição biológica para manter
todos os neurônios, são selecionados os neurônios mais adequados por meio do mecanismo de
feedback, ocorrendo a morte neuronal programada, também chamada de apoptose.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/16.png
http://anatpat.unicamp.br/taneutecnervnl.html
Essa eliminação seletiva dos processos neuronais promove um ajuste do tamanho dos
neurônios, a remoção seletiva de ramificações axonais terminais e suas sinapses, constituindo
um importante componente da plasticidade cerebral estando associada à neurogênese. A
apoptose é também importante para o desenvolvimento da estabilidade autônoma, maturidade
motora, organização do estado de atenção, interação e autorregulação.
Apesar do aumento da taxa da sobrevida, ainda observamos problemas no
neurodesenvolvimento em prematuros. A grande atividade de desenvolvimento cerebral na
segunda metade da gestação confirma a alta vulnerabilidade de prematuros a desenvolverem
paralisia cerebral, comprometimento cognitivo e distúrbios psiquiátricos, com o risco sendo
inversamente proporcional à idade gestacional.
Eventos precoces da vida, como parto prematuro e baixo peso ao nascer por conta do mau
ambiente fetal, são importantes moduladores do desenvolvimento cerebral, com consequências
neurológicas e neuropsiquiátricas na infância e na vida adulta. Entre 7% a 12% de todos os
nascimentos no mundo ocorrem prematuramente; 1% de todos os bebês nascem muito
prematuros; e 35% deles desenvolvem deficiências no desenvolvimento neurológico.
As lesões importantes do cérebro, como a leucomalácia ou hemorragias intraventriculares, são
menos frequentes que os danos difusos leves, que ocorrem em grande proporção nos
prematuros, e a conectividade alterada pode permanecer mesmo em indivíduos com função
típica na vida diária, na adolescência e vida adulta.
No primeiro ano após o nascimento, o volume e a superfície da substância cinzenta quase
dobram; já no segundo ano, apesar da expansão continuar, ela é mais lenta e com foco diferente,
passando das áreas sensoriais primárias para as áreas de associação nos lobos parietal, frontal
e temporal. O desenvolvimento do cérebro continua em um ritmo mais lento após os dois anos.
As áreas de associação se expandem especialmente quando obtêm seus circuitos permanentes
após a dissolução da placa. A substância branca também se desenvolve nesse mesmo período,
sendo possível distinguir o padrão de mielinização das vias proximais antes das distais e das
fibras sensoriais antes das motoras. O desaparecimento da subplaca nas áreas sensoriais e
motoras primárias coincide com a transição no comportamento motor, quando os movimentos
gerais espontâneos vão sendo substituídos por movimentos direcionados a objetivos.
Exames de ultrassonografia mostram que os primeiros movimentos podem ser observados com
sete semanas e dois dias pós-menstrual. São movimentos simples, lentos e pequenos para o
lado, da cabeça e/ou tronco, evoluindo para movimentos nos quais há a participação de um ou
dois braços ou pernas. O surgimento dos primeiros movimentos corresponde ao
desenvolvimento de sinapses na medula espinhal, um processo que começa na semana 6 e
acelera na semana 7 de IG, antes do aparecimento dos reflexos espinhais na 10-11 semana, o
que reforça a geração espontânea da atividade motora. Os movimentos gerais (GMs) aparecem
por volta de 9-10 semana e são caracterizados por movimentos nos quais todas as partes do
corpo participam, e a direção, amplitude e velocidade do movimento variam.
Os GMs continuam presentes durante a gravidez e nos primeiros meses após a idade do termo, e
é o tipo mais prevalente de comportamento motor do feto e do bebê jovem. Após o trabalho
pioneiro de Heinz Prechtl nas décadas de 1980 e 1990, tornou-se cada vez mais claro que a
qualidade dos movimentos gerais pode ajudar no diagnóstico precoce de distúrbios do
desenvolvimento, como paralisia cerebral.
A general movement assessment (GMA) é uma ferramenta poderosa para prever paralisia cerebral
(PC). No entanto, o GMA exige treinamento substancial, desafiando sua ampla implementação na
rotina clínica.
Leia mais em: scielo.br [https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-
75572016000400064&script=sci_arttext&tlng=pt] e scielo.br [https://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S0103-05822020000100509&script=sci_arttext&tlng=pt]
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-75572016000400064&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822020000100509&script=sci_arttext&tlng=pt
Videoaula - General movements assments
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Temos duas vias motoras principais, as subcorticoespinhais e as corticoespinhais. A primeira
desenvolve-se entre a 24ª e a 34ª semana, em direção ascendente a partir da medula espinhal,
sendo formada pelo tronco cerebral e sistema motor inferior. É responsável pelo controle dos
reflexos primitivos, reações de endireitamento contra a gravidade e o tônus flexor dos membros,
desempenhando papel essencial na manutenção da postura contra a gravidade.
A segunda se desenvolve a partir da 32ª semana de idade gestacional, com rápida progressão
até os 2 anos de idade e mais lentamente até aproximadamente os 12 anos. Progride em direção
descendente até a medula espinhal, sendo formada pelos hemisférios cerebrais, sistema motor
superior, gânglios da base, tendo como maior componente o trato piramidal. Controla a postura
ereta, o relaxamento do tônus flexor nos membros, permite habilidades motoras finas e faz a
integração dos reflexos. Desempenha papel essencial no controle da postura ereta e o dos
movimentos de extremidades. A Figura 17 exemplifica o desenvolvimento do sistema motor.
Sistema motor2.3
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Figura 17 – Desenvolvimento do sistema motor subcortical e corticoespinhal
Fonte: adaptado de Gosselin (2009, p. 21).
A integridade das vias motoras é essencial para a maturação neurológica. O ambiente
intrauterino promove variedade de estímulos táteis, vestibulares, auditivos e químicos de forma
multimodal no feto.
Os sistemas sensoriais desenvolvem-se em uma sequência específica no período fetal, de modo
que durante o rápido período de maturação de cada sistema sensorial, outros estímulos
sensoriais não avançam, evitando a competição com o sistema emergente naquele momento. Se
um sistema é estimulado fora da sequência típica, haverá interferência de um sobre o outro,
podendo afetar ambos. A Tabela 1 mostra a sequência de desenvolvimento dos sistemas
sensoriais.
Tabela 1 – Ontogenia dos sistemas sensoriais
Sistema Desenvolvimento completo Resposta
Tátil 20ª semana 15ª semana – sucção do dedo.
Sistema sensorial2.4
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Sistema Desenvolvimento completo Resposta
Dor 26ª semana 16ª semana – estímulos não inibidos.
Vestibular 14ª semana 25ª semana – início da estimulação.
Auditivo 14ª semana 25ª a 28ª semana – susto.
32ª a 34ª semana – atenção e alerta.
Visual Após o nascimento 26ª a 30ª semana – evocações visuais.
Ontogenia do sistema sensorial com ordem de aparecimento. Respeitar a sequência de estimulação é
importante para não acontecer a sobreposição de estímulos. 
Fonte: Elaborado pela autora.
O estímulo sensorial introduzido antes que a sequência esteja pronta para ser ativada pode
interferir no desenvolvimento da percepção e do comportamento, pois os vários sistemas não
têm a mesma maturação ao nascimento, possuindo histórias de desenvolvimento distintas. Os
sistemas desenvolvidos mais precocemente têm mais experiência sensorial.
Os movimentosfetais mantêm uma autoestimulação cíclica e organizada temporalmente,
gerando feedback proprioceptivo. A mãe também gera estímulos externamente por intermédio de
conversas e exercícios, promovendo correlações táteis e vestibulares. Ao final da gestação, o feto
tem ampla possibilidade de se familiarizar e detectar estimulação redundante dos vários
sentidos.
O sistema tátil é o primeiro a se desenvolver. Na 15ª semana, há a sucção do dedo e, na 20ª, esse
sistema já está presente em todo o corpo, permitindo a exploração ativa da face, tronco e pés. Na
12ª semana, o feto promove o contato mão-face e na 26ª já podem ser obtidos os reflexos táteis
primitivos.
De acordo com a teoria síncrono-ativa, os comportamentos do bebê são analisados a partir da
interação entre cinco subsistemas corporais: autônomo, motor, estados comportamentais e de
atenção e interação, que se relacionam entre si e com o meio, dando suporte e reforçando um ao
outro em busca de homeostase.
Videoaula - Teoria sincrono ativa
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Exercícios de fixação
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
O cérebro em desenvolvimento é vulnerável a lesões destrutivas associadas à anormalidade do
desenvolvimento cerebral.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
Principais lesões que causam alterações do desenvolvimento são: paralisia cerebral e alterações
no desempenho motor.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
Altas taxas de mortalidade e morbidade causadas por lesões cerebrais são relatadas em criança
com IG e peso de nascimento extremamente baixos.
Verdadeiro Falso
Sobre o SNC e o desenvolvimento neuropsicomotor, assinale a alternativa incorreta:
A maturação do SNC é a principal responsável pelas mudanças motoras observadas ao longo
da vida.
O sistema sensorial e motor devem ser estimulados em conjunto e de maneira integrada.
RNPTs devem ser encaminhados a ambulatórios multiprofissionais para supervisão do
desenvolvimento.
A maturação do sistemas piramidal é ascendente e acontece até a 34 semana de IG.
A hipotonia presente nos RNPTs é causada apenas pela imaturidade do seu SNC.
O cérebro se desenvolve ao longo do período fetal desde muito precocemente, e tem seu pico do
5º mês de gestação até muitos anos após o nascimento, passando por diversas fases. As
principais características do desenvolvimento incluem o estabelecimento e diferenciação dos
neurônios da subplaca, a obtenção de alinhamento, orientação e camadas dos neurônios
corticais, o desenvolvimento dos giros, a elaboração de ramificações dendríticas e axonais, os
contatos sinápticos, a apoptose neuronal, a proliferação e diferenciação da glia. São esses
eventos que estabelecem o elaborado circuito próprio do cérebro humano e o preparam para o
desenvolvimento.
Sistemas respiratório e cardíaco3
O surgimento de um sistema respiratório de forma normal e funcional só é possível com o
desenvolvimento simultâneo das vias aéreas e do sistema vascular. O pulmões se desenvolvem
a partir da quarta semana pós-conceptual e, mesmo com o início do desenvolvimento pulmonar
acontecendo nos primórdios da gestação, a sua formação só será completa por volta dos oito
anos de idade, passando por várias fases ou estágios, expostos no Quadro 3.
Os vários estágios se sobrepõem, não ocorrendo de forma isolada. Na fase intrauterina, os
pulmões são desnecessários como órgãos respiratórios, ainda assim, precisam se desenvolver
para funcionarem imediatamente após o nascimento, sendo essa uma explicação bastante
lógica para o desenvolvimento desse órgão se estender desde o período embrionário, passar pelo
período fetal, e continuar mesmo após o nascimento. O processo de desenvolvimento do pulmão
se divide em duas fases: o desenvolvimento estrutural, responsável pelo crescimento pulmonar, e
o desenvolvimento funcional, responsável pela maturidade pulmonar.
Quadro 3 – Fases do desenvolvimento pulmonar
Estágio IG Características
Embrionário 4 a 7
semanas
- Desenvolvimento primordial dos pulmões: formação do broto pulmonar,
brônquios fontes direito e esquerdo, lobares, segmentares e
subsegmentares.
Pseudoglandular 7 a 16
semanas
- Desenvolvimento completo da árvore brônquica e surgimento dos
bronquíolos terminais.
- Desenvolvimento das células ciliadas e das glândulas mucosas.
- Formação linfática e cartilaginosa.
- Formação das células musculares lisas.
Canalicular 16 a 27
semanas
- Diferenciação dos pneumócitos tipo II.
- Início da produção do surfactante (imaturo).
- Início do desenvolvimento da circulação pulmonar.
- Desenvolvimento dos bronquíolos respiratórios e sáculos finos
(primórdio dos alvéolos).
- Começa a viabilidade de troca gasosa pulmonar.
Anatomofisiologia do sistema respiratório3.1
Estágio IG Características
Sacular 27 a 36
semanas
- Crescimento das vias aéreas pré-acinares.
- Desenvolvimento dos bronquíolos e formação dos ácinos.
- Maturação do surfactante.
- Aparecem fibras de colágeno e elastina.
- Expansão da zona de trocas gasosas.
Alveolar 36
semanas
a 8 anos
- Transformação dos ductos transitórios em ductos alveolares e dos
sáculos em alvéolos.
- Aumento da superfície e do volume pulmonar.
* Até os dois anos de vida o desenvolvimento alveolar ocorre de forma
mais acelerada, e prossegue tendo na vida adulta o dobro do diâmetro e
triplicando o volume.
Fonte: Elaborado pela autora.
Basicamente, o sistema respiratório será subdividido em: vias aéreas superiores/zona condutora:
nariz, fossas nasais, nasofaringe e orofaringe, laringe, porção superior da traqueia, que servem
para conduzir, limpar, aquecer e umedecer o ar; e vias aéreas inferiores/zona respiratória: porção
inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos e estruturas alveolares (ductos alveolares, sacos
alveolares e alvéolos). A Figura 18 representa as divisões e o desenvolvimento do sistema
respiratório.
Não há um padrão homogêneo, linear, rígido ou simétrico na formação e no crescimento do
sistema respiratório, antes ou após o nascimento, existindo diferenças entre os indivíduos, que
são ainda mais marcantes entre gêneros diferentes.
Como apontado anteriormente, até por volta dos seis meses, as crianças respiram
exclusivamente pelo nariz, já que a língua maior, sendo desproporcional à cavidade oral, e a
forma da epiglote dificultam a respiração oral. Associado às narinas, que são pequenas e
aumentam a resistência ao fluxo aéreo, à posição da laringe em neonatos, assim como ao seu
comprimento e diâmetro, é comum o surgimento de quadros obstrutivos.
Figura 18 – Fases do desenvolvimento pulmonar
Estrutura básica do pulmão. A estrutura ramificada das vias aéreas é mostrada a
partir da traqueia, através das vias aéreas condutoras (brônquios e bronquíolos) à
zona respiratória (bronquíolos respiratórios e alvéolos), com a geração
aproximada de ramos indicada. Mostram-se ainda as fases do desenvolvimento
pulmonar. 
Fonte: adaptado de West (2013, p. 19); embryology.ch
[http://www.embryology.ch/anglais/rrespiratory/phasen07.html] ,
sciencedirect.com
[https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0925443917303137]
As vias aéreas de menor calibre, para os lactentes e as crianças pequenas (até cerca de seis
anos de idade), determinam 50% da resistência total da via aérea, e alterações como muco e
edema podem acarretar aumento da resistência ao fluxo. A lei de Poiseuille, apresentada na
Figura 19, explica o aumento da resistência em relação ao raio da via aérea.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/18.png
http://www.embryology.ch/anglais/rrespiratory/phasen07.html
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0925443917303137
Figura 19 – Lei de Poiseuille
Lei de Poiseuille – durante o fluxo laminar, a resistência é inversamente
proporcional à quarta potência do raio, ou seja, se o raio forreduzido pela
metade, a resistência aumentará em 16 vezes. 
Fonte: Elaborado pela autora.
O formato da caixa torácica é cilíndrico e elíptico ao nascimento, com costelas quase que
horizontalizadas, proporcionando um diâmetro torácico muito similar ao abdominal, que perdura
até por volta dos dois anos de idade, quando o torácico vai se tornando maior. O posicionamento
das costelas associado ao formato cilíndrico e elíptico não permite muitas alterações durante a
inspiração, causando sobrecarga no diafragma, e, como adjuvante, temos vísceras abdominais
proporcionalmente maiores. Além disso, a zona de aposição diafragmática é menor na criança,
reduzindo também a eficiência do diafragma, como mostrado na Figura 20.
Após o nascimento, os alvéolos se multiplicam significativamente até os dois anos de idade e
continuam crescendo de forma desacelerada até os oito anos, partindo inicialmente de 20
milhões de sacos alveolares para 330 milhões por volta dessa idade. Além do aumento no
número, acontece também o aumento do tamanho, o que reduz com o tempo a maior
predisposição ao colapso alveolar.
Figura 20 – Formato da caixa torácica
Formato da caixa torácica do RN, com posição horizontaliza das costelas e
menor zona de aposição diafragmática. 
Fonte: fortius.com.br [https://fortius.com.br/resumo-do-curso-dns-clinico-a-
parte-1/]
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/19.png
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/20.png
https://fortius.com.br/resumo-do-curso-dns-clinico-a-parte-1/
Ainda em relação à caixa torácica, as áreas de condução têm menor quantidade de fibras
elásticas. A caixa torácica do lactente possui menor ossificação, aumentando a sua
complacência, porém, com fraqueza do suporte cartilaginoso e menor desenvolvimento da
musculatura respiratória, pode predispor à compressão dinâmica da traqueia durante a
inspiração e a expiração. Essa facilidade em distender a caixa torácica predispõe o aparecimento
de movimentos paradoxais e a consequente deformação da caixa torácica durante a inspiração.
A orientação das costelas e o diafragma horizontalizado diminuem a capacidade de mobilização
diafragmática, reduzindo o volume que pode ser mobilizado durante a inspiração. A imaturidade
alveolar leva à redução da complacência do interstício pulmonar em razão de menos elastina e
presença ou não de surfactante. Além disso, a capacidade residual funcional (CRF) fica próxima
do volume de fechamento pulmonar, com alvéolos com menor capacidade de recolhimento
elástico que favorecem a tendência ao colapso. Assim, a ventilação colateral é reduzida por
conta da ausência dos poros de Kohn, dos canais de Lambert e dos canais de Martin, que como,
visto na Figura 21, começam a ser formados ao final do primeiro ano de vida, contribuindo ainda
mais para a ocorrência de microatelectasias.
Ao final dos bronquíolos respiratórios, surgem ramos terminais, que possuem uma rede de
capilares circundando os sacos terminais que posteriormente darão origem aos alvéolos. As
células alveolares do tipo I e do tipo II revestem os sacos terminais, sendo as primeiras
(pneumócitos do tipo I) as células da superfície de troca gasosa, enquanto os pneumócitos do
tipo II são as responsáveis por sintetizar, armazenar e liberar o surfactante pulmonar, além de
serem também progenitoras dos dois tipos de pneumócitos.
O surfactante pode estar ausente ou imaturo, e como é a principal substância responsável pela
estabilidade alveolar, contribui tanto para redução da complacência pulmonar quanto para áreas
de colapso.
O consumo de oxigênio em neonatos é quase o dobro que nos adultos, fazendo com que os
recém-nascidos consumam rapidamente a sua reserva de O2, o que causa cianose em curtos
períodos de apneia. O alto consumo de O2 leva a maior produção de CO2, havendo a necessidade
de uma maior frequência respiratória para aumentar a ventilação e remover esse CO2 produzido.
A Tabela 2 apresenta algumas diferenças metabólicas e anatômicas em relação ao sistema
respiratório do neonato e do adulto.
Tabela 2 – Diferenças metabólicas e anatômicas do sistema respiratório de crianças e adultos
METABÓLICAS RN Adulto
Consumo de oxigênio (mL.kg.min) 6-8 4
Ventilação alveolar (mL.kg.min) 100-150 70
Frequência respiratória (FR) 40-60 rpm 12-20 rpm
Relação VA/CRF 5/1 1,5/1
FÍSICAS
Cpul (mL.cmH2O) 2,5 100
R via aérea (cmH2O.L.s) 25-30 1,6
Volume Corrente (mL) 15-20 500-700
Volume minuto (L) 1 6
Figura 21 – Distribuição e aparecimento da ventilação colateral
Fonte: adaptado de Lizama-Perez et al. (2019, p. 954).
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METABÓLICAS RN Adulto
Capacidade pulmonar total (mL.kg) 63 82
Fonte: Elaborado pela autora.
É preciso somar ainda a todos esses fatores a imaturidade do controle da respiração pelo
sistema nervoso respiratório, que contribui para o aparecimento de apneias, e a composição da
musculatura diafragmática, favorecendo a fadiga muscular. No prematuro, as fibras do tipo I,
resistentes à fadiga, representam algo em torno de 10%; no termo, 25%; e no adulto, esse número
é cerca de 55%.
A ventilação pulmonar ocorre por meio do fluxo de ar que se movimenta entre o ambiente e o
pulmão, por diferença do gradiente de pressão entre o ar atmosférico e o alvéolo, sendo
garantida pela ação dos músculos respiratórios e regulada pelo SNC. O movimento da caixa
torácica durante a inspiração e a expiração pode ser observado na Figura 22.
Enquanto a ventilação é um processo automático e rítmico que depende da contração e do
relaxamento dos músculos respiratórios, a troca gasosa é feita por meio da difusão e depende da
Figura 22 – Componentes do controle da respiração e movimentos do tórax
Fonte: adaptado de Cabó (2018, p.117, 120).
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concentração dos gases nos alvéolos e nos capilares sanguíneos. O diafragma é o principal
músculo da inspiração, sendo responsável por até 70% do volume corrente.
Os pneumócitos tipo II aparecem por volta da 24ª semana de gestação e se tornam mais
numerosos por volta das 30-32 semanas. O nascimento prematuro pode implicar no
aparecimento de patologias respiratórias que são caracterizadas pela redução da complacência
pulmonar, por sua inativação, ou ausência, e a maioria das doenças respiratórias neonatais se
manifestarão nas primeiras horas de vida de forma inespecífica, sendo necessária uma análise da
história clínica materna, do parto e dos sintomas juntamente com os exames de imagem. A
síndrome do desconforto respiratório é uma das patologias mais frequentes na prematuridade, e
está inversamente relacionada à IG. Leia mais sobre o assunto.
sbp.com.br [https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/SDR.pdf]
scielo.br [https://www.scielo.br/pdf/rbti/v31n3/0103-507X-rbti-31-03-0312.pdf]
jped.com.br [http://www.jped.com.br/conteudo/02-78-05-403/port.asp]
Videoaula - Apneia da prematuridade
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui
[https://player.vimeo.com/video/481274509] .
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/SDR.pdf
https://www.scielo.br/pdf/rbti/v31n3/0103-507X-rbti-31-03-0312.pdf
http://www.jped.com.br/conteudo/02-78-05-403/port.asp
https://player.vimeo.com/video/481274509
As necessidades nutricionais do embrião inicialmente são satisfeitas por intermédio da difusão,
mas, com o aumento dessas necessidades por causa da rápida divisão celular, o sistema
vascular aparece por volta da metade da terceira semana de IG. Já o coração inicia o seu
desenvolvimento no décimo nono dia gestacional. O tubo cardíaco primitivo começa a bater no
vigésimo segundo dia e a bombear sangue no vigésimo quarto dia.
A circulação durante o período fetal também diverge da circulação no nascimento, sendo
estruturada para garantir as necessidades de um organismo com rápido crescimento em um
ambiente de hipóxia relativa. Como os pulmões no período fetal sãocheios de líquido e com alta
resistência ao fluxo sanguíneo, apenas 7% do débito cardíaco passa através da circulação
pulmonar, porém, a placenta tem uma baixa resistência. O sangue oxigenado que vem da
placenta segue para o feto através da veia umbilical, e a maior parte passa pelo ducto venoso no
fígado, misturando-se ao sangue não oxigenado da circulação portal. Através da veia cava
inferior, o sangue que chega ao átrio direito (AD), cerca de 50%, atravessa o forame oval (FO); já o
restante se mistura ao sangue não oxigenado da veia cava superior em direção ao ventrículo
direito (VD).
Nas artérias umbilicais, que levam o sangue não oxigenado de volta à placenta, a saturação de
oxigênio é de aproximadamente 58%. Ao nascimento, em virtude da cessação do fluxo sanguíneo
placentário e do início da respiração, acontecem alterações do sistema vascular e os shunts se
fecham em razão das alterações funcionais. As artérias umbilicais também são fechadas alguns
minutos após o nascimento, e algumas dessas estruturas darão origem a vários ligamentos. A
Figura 23 apresenta a circulação fetal e a circulação neonatal.
Sistema cardíaco e circulação fetal3.2
Figura 23 – Circulação fetal e neonatal
Representação esquemática da circulação fetal e alterações durante a transição.
AD: átrio direito; VD: ventrículo direito; AE: átrio esquerdo; VE: ventrículo
esquerdo; FO: forame oval. 
Fonte: Adaptado de Bischoff, 2017, p. 6-7.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/23a.png
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/23b.png
As cardiopatias congênitas ocorrem por malformações na estrutura do coração ainda na fase
embrionária. Há vários tipos de cardiopatias, que, em geral, são alterações que interferem no fluxo
correto de sangue no coração ou nos vasos que chegam ou saem dele.
Estudos afirmam que 1% dos nascimentos a cada ano apresentam algum tipo de cardiopatia
congênita, sendo a mais comum a comunicação interventricular. A identificação da alteração
pode acontecer na fase intrauterina, ao nascimento e até mesmo na fase adulta (SALIBA, 2020).
Sinais de cansaço ou dificuldade ao mamar e presença de cianose podem indicar cardiopatia
congênita.
Leia sobre as classificações das cardiopatias congênitas:
scielo.br [https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-
782X2009001300008&script=sci_arttext&tlng=pt]
repositorio.bc.ufg.br
[https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7329/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-
%20Marilia%20Cordeiro%20de%20Sousa%20-%202017.pdf]
scielo.br [https://www.scielo.br/pdf/cadsc/v24n2/1414-462X-cadsc-1414-
462X201600020258.pdf]
scielo.br [https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572020000300279&lng=pt&nrm=1&tlng=pt]
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2009001300008&script=sci_arttext&tlng=pt
https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7329/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Marilia%20Cordeiro%20de%20Sousa%20-%202017.pdf
https://www.scielo.br/pdf/cadsc/v24n2/1414-462X-cadsc-1414-462X201600020258.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572020000300279&lng=pt&nrm=1&tlng=pt
Videoaula - Cardiopatias congênitas
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[https://player.vimeo.com/video/481277068] .
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Exercícios de fixação
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RNs prematuros têm, mesmo sem doenças do sistema respiratório, redução de fluxo e volume
pulmonar.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
A prematuridade não influi na formação pulmonar, pois o sistema respiratório está completo ao
nascimento.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
A prematuridade e o tratamento oferecido durante a internação podem interferir no crescimento
pulmonar.
Verdadeiro Falso
O neonato possui diversas caraterísticas anatômicas e fisiológicas que favorecem a fadiga
respiratória, sendo o diafragma o principal músculo inspiratório o mais atingido. Sobre o
diafragma marque a alternativa correta.
A área de justaposição no neonato é maior que no adulto, porém o tamanho
proporcionalmente maior das vísceras abdominais favorece sua livre movimentação.
O número de fibras tipo I chegam a 55% no prematuro, o que predispõe o RN à fadiga.
As costelas são cartilaginosas, oferecendo um bom apoio para o adequado funcionamento do
diafragma.
A forma do tórax, as costelas horizontalizadas, a baixa quantidade de fibras resistentes à
fadiga e menos área de justaposição estão entre os fatores que contribuem para a menor
movimentação do diafragma e maior propensão à fadiga.
O único motivo de predisposição à fadiga do prematuro é a menor área de justaposição do
diafragma.
As crianças apresentam diversas diferenças em relação ao adulto, tanto na anatomia e fisiologia
do sistema respiratório quanto nos volumes e capacidades pulmonares. Logo após o
nascimento, o pulmão do RN deverá passar de um órgão cheio de líquido, com alta resistência
vascular pulmonar e pouco fluxo sanguíneo, para um órgão cheio de ar e com muito fluxo
sanguíneo.
As diferenças anatômicas perpassam o formato da caixa torácica, com aspecto circular no RN,
esternos e costelas cartilaginosos, além da horizontalização das costelas, que interferem no bom
funcionamento dos músculos intercostais, fazendo que a respiração do neonato seja
prioritariamente diafragmática. O diafragma ao nascimento possui cerca de 25% de fibras
resistentes à fadiga no RN termo, sendo ainda menor no prematuro, por volta de 10%, enquanto
no adulto as fibras tipo I representam aproximadamente 55%.
Conforme o crescimento e o desenvolvimento da criança, ao apresentar uma postura mais ereta,
as costelas vão assumindo uma posição mais oblíqua, e o tórax sofre alterações em seus
diâmetros e na sua forma, o que melhora a sua eficiência biomecânica e facilita a inspiração ao
aumentar a zona de aposição diafragmática. A ventilação colateral pouco desenvolvida, a alta
resistência ao fluxo aéreo e a imaturidade do SNC são adicionais que favorecem o surgimento de
dificuldade respiratória.
A adaptação da respiração à vida extrauterina depende de uma função cardiopulmonar
adequada. A troca gasosa passa a ser transferida da placenta para o pulmão.
Avaliação geral4
Antes mesmo do nascimento, é iniciada a primeira etapa da avaliação, quando são coletadas
informações importantes durante a anamnese detalhada dos dados maternos e da gestação.
Devem ser observados dados como a idade da mãe, se houve gestação anterior e a quantidade,
se já teve algum aborto, se já foi submetida a algum tipo de parto e o tipo, se há
consanguinidade, se fez pré-natal e quando iniciou, se faz uso de medicação, drogas ilícitas,
fumo ou álcool, assim como exames realizados. Esses dados alertam para situações de risco
que podem ajudar na recepção e assistência do RN.
A primeira avaliação do RN, realizada ainda na sala de parto, tem o objetivo de determinar a
vitalidade, fatores de risco, fazer uma detecção precoce de malformações congênitas, traumas
obstétricos e distúrbios cardiorrespiratórios. A vitalidade é avaliada por meio da classificação de
Apgar, ao final do 1º e 5º minutos de vida. Se necessário, deve-se repetir ao 10º minuto também.
A classificação de Apgar pode relacionar as condições da transição do RN para vida extrauterina
e é também um marcador de sofrimento fetal. A Figura 24 apresenta a classificação.
Avaliação nas primeiras horas4.1
A pontuação do teste de Apgar, por estar relacionada à vitalidade e à transição para a vida
extrauterina, é um dos marcadores da presença de anóxia neonatal, sendo um dos determinantes
da indicação de hipotermia terapêutica.
Caso a cianose seja persistente, pode estar relacionada à presença de cardiopatia congênita ou
depressão do SNC.
São observados também, nesse primeiro momento, a presença de deformidades grosseiras ou
outras anormalidades. Se houver condições clínicas, a criança deveráser colocada em contato
pele a pele com a mãe, postergando outros cuidados.
Após o contato pele a pele, são realizadas as medidas antropométricas que serão comparadas
às curvas de dados, sendo determinadas ainda a idade gestacional e a classificação do RN.
O nascimento exige uma adaptação do RN, que estava em um ambiente aquático onde suas
necessidades eram atendidas adequadamente, para um ambiente onde precisará de
independência fisiológica. Após 12-24 horas de vida, término do período de transição, é realizado
um exame mais abrangente. No caso do RN termo, o período de transição se completa em
poucas horas, porém, para o RNPT, pode ser um período mais longo, muitas vezes, demandando
ajuda especializada.
Figura 24 – Classificação de Apgar
Classificação de Apgar, com pontuação a cada item e sua correlação com a
vitalidade. 
Fonte: adaptado de enfermeriacreativa.com
[https://enfermeriacreativa.com/2016/10/27/test-de-apgar/]
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/24.png
https://enfermeriacreativa.com/2016/10/27/test-de-apgar/
A estimativa da idade gestacional permite a classificação do RN e auxilia a estabelecer o risco de
comprometimento. Pode ser realizada pelo ultrassom precoce, DUM, e os métodos de avaliação
clínica mais utilizados são o de Capurro (de fácil e rápida execução), o de Dubowitz (mais
complexo e demorado) e o New Ballard, o mais usado para RN prematuros. Geralmente, é
realizada após 12 horas de vida.
O peso e o comprimento são mensurados na primeira hora de vida, ainda na sala de parto, mas
devem ser medidos novamente de acordo com o protocolo da instituição, para acompanhar o
crescimento e desenvolvimento do RN. As medidas não devem ser realizadas imediatamente
após o nascimento, por se tratar de procedimentos que podem gerar irritação, deve-se sempre
que possível deixar para realizar as medidas ao final da primeira hora, evitando alterações dos
sinais vitais por causa do estresse imposto. A Tabela 3 apresenta os valores dos sinais vitais de
acordo com a idade.
Tabela 3 – Sinais vitais
Grupo de idade FC (bpm) FR (irpm)
RNTP 120-140 40-60
RN a termo 100-140 30-40
1-4 anos 80-120 25-30
Adolescentes 60-80 15-20
Valores normais de frequência cardíaca (FC) e de frequência respiratória (FR) de acordo com a idade. 
Fonte: Elaborado pela autora.
O controle de temperatura para RNPT pode ser bem difícil de ser alcançado, e as variações são
muito frequentes e prejudiciais, podendo acarretar instabilidade clínica e propiciar piora do
quadro geral. A temperatura alvo do RN é entre 36,5 °C e 37,5 °C. O Quadro 4 apresenta as
repercussões relacionadas à presença de hipotermia e hipertermia.
Quadro 4 – Repercussões da hipotermia e da hipertermia
Repercussões da hipotermia e da hipertermia
Sinais vitais4.2
Hipertermia Aumento do consumo calórico e de oxigênio
(O2).
Aumento de perdas insensíveis.
Aumento da resistência vascular pulmonar.
Aumento da produção e gás carbônico (CO2) e
de ácidos orgânicos.
Taquicardia, taquipneia e vasodilatação
periférica.
Hipotermia Diminuição do débito cardíaco por bradicardia
sinusal.
Diminuição da resposta imunológica.
Apneia.
Alteração do surfactante.
Repercussões clínicas da hipotermia no recém-nascido
Alterações fisiológicas Diminuição da produção de surfactante.
Aumento no consumo de oxigênio.
Acidose metabólica.
Hipoglicemia.
Diminuição do débito cardíaco.
Aumento na resistência vascular periférica.
Alterações se hipotermia for mantida por
períodos prolongados
Dificuldade na adaptação à vida extrauterina.
Hipóxia.
Desconforto respiratório.
Distúrbio na coagulação.
Dificuldade em ganhar peso.
Insuficiência renal.
Hemorragia periventricular.
Repercussões da hipotermia e hipertermia no RN e consequências da manutenção prolongada da hipotermia. 
Fonte: Portal de boas práticas [https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-ao-recem-nascido/]
O estado geral da criança, o sono/estado de alerta, o comportamento, a atividade espontânea e a
dor devem ser constantemente avaliados, podendo-se lançar mão de escalas específicas para
esse fim.
O esforço respiratório também deve ser avaliado, e pode-se utilizar o boletim de Silverman-
Andersen (BSA), que classifica a dificuldade respiratória e auxilia no direcionamento da
terapêutica, apresentado na Figura 25.
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-ao-recem-nascido/
A avaliação do RN deve ser ampla e completa, abrangendo a pele e anexos, formato do crânio e
mensuração, desenvolvimento motor, tônus, postura, movimentos gerais (GMs), face, tórax,
ausculta pulmonar.
Consideramos como desenvolvimento motor o conjunto de mudanças que acontecem no
comportamento motor relacionadas à idade, ocorrendo por toda a vida. É caracterizado por
modificações progressivas e sequências detalhadas ao longo do tempo, que explicam as
mudanças no comportamento motor e que, em crianças com alterações do desenvolvimento,
acontecem de forma diferente.
Figura 25 – Boletim de Silverman-Andersen
Pontuação do BSA com as respectivas pontuações relacionadas à presença ou
ausência de dificuldade respiratória. 
Fonte: redeblh.fiocruz.br [http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v3.pdf]
No primeiro ano de vida, ocorrem as mais profundas mudanças no desenvolvimento motor, como
mostra a Figura 26, sendo um período de grandes explorações que sofre influência direta do
ambiente, não podendo ser dissociado dos contextos ambientais e socioculturais. Conforme
novas habilidades surgem, proporcionam outras oportunidades para o aprendizado e para a
ação.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/25.png
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v3.pdf
Figura 26 – Desenvolvimento motor no primeiro ano de vida
Desenvolvimento motor no primeiro ano de vida. Ocorre de acordo com o
potencial genético, em etapas previsíveis e predeterminadas, no sentido
cefalocaudal e do centro para a periferia. 
Fonte: bvsms.saude.gov.br
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf]
A idade para aquisição das habilidades motoras é muito variável, diferindo de uma criança para
outra. Apesar de haver uma ordem sequencial diretamente relacionada à idade, essas
habilidades podem ser adquiridas em ordens diferentes, pulando-se etapas e, às vezes,
retornando ao estágio anterior, sem ser necessariamente um atraso do desenvolvimento.
O desenvolvimento motor é dinâmico e multidimensional, consistindo em construção, aquisição
e interação de novas habilidades, o que envolve o domínio sensório-motor, cognição-linguagem
e social-emocional, e direciona a prescrição de atividade física baseada na competência
específica da faixa etária e da condição de saúde do indivíduo. O desenvolvimento apresenta
uma sequência previsível, porém, o ritmo das aquisições depende de uma diversidade de fatores,
desde os individuais do organismo até influências ambientais.
Por muito se acreditou que os prematuros não sentiam dor, porém, atualmente já não existem
dúvidas em relação a capacidade nociceptiva dessa população, sabendo-se que as vias
nociceptivas principais estão presentes e funcionais na 24ª semana de gestação e que os RN,
mesmo prematuros, podem perceber a dor com mais intensidade que os adultos. O sistema
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/26.png
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf
nociceptivo desenvolve-se normalmente até o nascimento, mas o sistema inibidor é ainda
indiferenciado aos três meses de vida.
A avaliação da dor, hoje considerada como 5º sinal vital, é realizada pela análise em conjunto dos
sinais fisiológicos e comportamentais. Existem várias escalas que podem ser utilizadas para a
avaliação comportamental, nas quais são observados o choro, a insônia, a agitação, a
irritabilidade, a mímica facial e a atividade motora. Os sinais fisiológicos mais frequentemente
analisados são a frequência cardíaca, a frequência respiratória e a saturação periférica, mas
também podemser feitas análises de dosagens hormonais. A Tabela 4 apresenta a escala
neonatal infant pain scale (NIPS).
Tabela 4 – Avaliação da dor no período neonatal conforme a escala de NIPS
Expressão facial
Relaxada 0
Braços
Relaxados ou imobilizados 0
Contraída 1 Fletidos ou estendido 1
Choro
Ausente 0
Pernas
Relaxadas ou imobilizadas 0
Fraco (resmungos) 1 Fletidas ou estendida 1
Vigoroso 2
Consciência
Dormindo ou acordando calmo 0
Respiração
Normal 0
Desconfortável 1
Alterada, irregular 1
Avaliação da dor por intermédio da escala comportamental. Deve-se considerar presença de dor quando a
pontuação for maior ou igual a 4. 
Fonte: saudeemacao.saude.sp.gov.br [http://saudeemacao.saude.sp.gov.br/crianca-2/cuidados-paliativos-na-
uti-neonatal/]
A avaliação clínica do tônus muscular deve levar em consideração a idade corrigida, observando-
se a simetria. Ele é avaliado pela movimentação e balanço passivo dos membros e extremidades,
pela palpação dos músculos e pela observação dos movimentos ativos, principalmente em
relação à simetria. Durante a maturação neurológica, o tônus varia de flexor para hipotônico,
entre os seis e oito meses, até atingir valores normais no fim do primeiro ano de vida.
http://saudeemacao.saude.sp.gov.br/crianca-2/cuidados-paliativos-na-uti-neonatal/
Figura 27 – Avaliação do tônus de acordo com o desenvolvimento motor
Fonte: Portal de boas práticas [http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2018/09/Avalia%C3%A7%C3%A3o-cl%C3%ADnica-e-
preven%C3%A7%C3%A3o-de-altera%C3%A7%C3%B5es-do-desenvolvimento-
neuropsicomotor-no-primeiro-ano-de-vida.pdf]
Enfim, a avaliação deve ser feita sem compartimentalização, avaliando-se o RN em todo o seu
contexto. A Figura 28 é o organograma da página da Fiocruz em seu portal de boas práticas, que
vale a pena ser consultado, pois abrange os cuidados multiprofissionais de forma ampla.
Figura 28 – Cuidados neonatais ao RN de risco
Fonte: redeblh.fiocruz.br [http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v3.pdf]
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/27.png
http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/09/Avalia%C3%A7%C3%A3o-cl%C3%ADnica-e-preven%C3%A7%C3%A3o-de-altera%C3%A7%C3%B5es-do-desenvolvimento-neuropsicomotor-no-primeiro-ano-de-vida.pdf
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/28.png
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v3.pdf
Práticas profissionais - Momento HG - Banho de ofurô para recém-
nascidos da UTI Neonatal
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Práticas profissionais - Nossa rotina na UTI Pediátrica, Fisioterapia
com amor
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https://player.vimeo.com/video/481279295
https://player.vimeo.com/video/481280966
Exercícios de fixação
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
No BSA, são atribuídas notas de 0 a 3 para cada parâmetro, com o grau máximo de dispneia
representado pela nota 8.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
No BSA, podemos classificar como grau de dificuldade respiratória leve valores até 3.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
O BSA pode avaliar o grau de sofrimento fetal, podendo ser relacionado ao risco de apneia.
Verdadeiro Falso
Os neonatos não possuem capacidade de adequada regulação da temperatura corporal,
principalmente em se tratando de prematuros. Neonatos são muito suscetíveis a variações de
temperatura com riscos de alterações fisiológicas causadas por essas mudanças. Então,
podemos afirmar que:
A presença de hipertermia não gera alterações metabólicas no RN e é pouco frequente.
Se a hipertermia for mantida por longos períodos, eleva-se o risco de evolução para uma
parada respiratória.
Alterações metabólicas, vasoconstrição periférica, distúrbios hemodinâmicos e outros sinais
e sintomas associados à infecção podem estar associados a variações na temperatura
corporal.
Alterações da temperatura não podem ser associados a maior risco de apneia.
As alterações de temperatura só estão presentes quando o neonato é exposto a baixas
temperaturas por períodos prolongados, pois seu controle térmico é eficiente.
A avaliação neonatal e pediátrica deve ser feita com atenção, pois exige consciência e
direcionamento do que se pretende buscar. Devem ser anotados em prontuário todos os dados e
achados durante a avaliação, que deve ser sistematizada e direta.
Por se tratar de um período de intensa transformação física e ganhos no desenvolvimento, até os
2 anos de idade deve-se ficar atento aos principais marcos do desenvolvimento, lembrando que
o nascimento prematuro pode acarretar uma série de alterações motoras, neurológicas e de
comportamento, sendo imprescindível, portanto, o acompanhamento a longo prazo nos
ambulatórios de segmento multiprofissional para essa população.
Considerações finais
O estudo da anatomia humana tem como proposta avaliar a constituição do corpo humano com
descrições e correlações estruturais, porém, grande parte do material publicado direciona esse
estudo para os adultos. Assim, sabendo que existem muitas diferenças tanto na anatomia
quanto na fisiologia da população neonatal e pediátrica, se faz necessário um estudo mais
abrangente e específico para que se possa compreender como os sistemas são constituídos
desde a sua embriologia, como e quando se desenvolvem, e quais as consequências clínicas
relacionadas ao nascimento prematuro ou malformação de algum órgão.
Ainda é preciso levar em consideração as diferentes classificações, pois estão associadas a
expectativas clínicas e facilitam o direcionamento da avaliação e da proposta de tratamento, de
acordo com o grupo etário a que pertence.
Por se encontrar em um período de intenso desenvolvimento físico e funcional, a anatomia dessa
população é dinâmica, sofrendo adaptações às demandas ambientais de acordo com o
desenvolvimento neuropsicomotor, nos levando à confirmação da máxima: “A criança não é um
adulto em miniatura!”
Exercícios de fixação - respostas
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RN com idade gestacional (IG) entre 30 e 31 semanas e 6 dias é classificado como imaturo.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RNs são classificados como muito baixo peso quando têm o peso entre 1.000 e 1.499 g.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RNs são classificados como PIG quando estão abaixo do percentil 10.
Verdadeiro Falso
Em relação às particularidades anatômicas e fisiológicas do sistema respiratório do neonato,
todas as afirmações são corretas, exceto:
Por causa do reduzido calibre das vias aéreas, a respiração do neonato é predominantemente
oral.
Para manutenção do volume minuto adequado, a FR é aumentada.
A eficiência da expansibilidade torácica é menor por conta do menor movimento do
diafragma.
A tendência à apneia pode ser justificada pela imaturidade do sistema nervoso.
A instabilidade alveolar e a alta complacência pulmonar favorecem o aparecimento de
atelectasia.
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
O cérebro em desenvolvimento é vulnerável a lesões destrutivas associadas à anormalidade do
desenvolvimento cerebral.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
Principais lesões que causam alterações do desenvolvimento são: paralisia cerebral e alterações
no desempenho motor.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
Altas taxas de mortalidade e morbidade causadas por lesões cerebrais são relatadas em criança
com IG e peso de nascimento extremamente baixos.
Verdadeiro Falso
Sobre o SNC e o desenvolvimento neuropsicomotor, assinale a alternativa incorreta:
A maturação do SNC é a principal responsável pelas mudanças motoras observadas ao longo
da vida.
O sistema sensorial e motor devem ser estimulados em conjunto e de maneira integrada.RNPTs devem ser encaminhados a ambulatórios multiprofissionais para supervisão do
desenvolvimento.
A maturação do sistemas piramidal é ascendente e acontece até a 34 semana de IG.
A hipotonia presente nos RNPTs é causada apenas pela imaturidade do seu SNC.
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
RNs prematuros têm, mesmo sem doenças do sistema respiratório, redução de fluxo e volume
pulmonar.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
A prematuridade não influi na formação pulmonar, pois o sistema respiratório está completo ao
nascimento.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
A prematuridade e o tratamento oferecido durante a internação podem interferir no crescimento
pulmonar.
Verdadeiro Falso
O neonato possui diversas caraterísticas anatômicas e fisiológicas que favorecem a fadiga
respiratória, sendo o diafragma o principal músculo inspiratório o mais atingido. Sobre o
diafragma marque a alternativa correta.
A área de justaposição no neonato é maior que no adulto, porém o tamanho
proporcionalmente maior das vísceras abdominais favorece sua livre movimentação.
O número de fibras tipo I chegam a 55% no prematuro, o que predispõe o RN à fadiga.
As costelas são cartilaginosas, oferecendo um bom apoio para o adequado funcionamento do
diafragma.
A forma do tórax, as costelas horizontalizadas, a baixa quantidade de fibras resistentes à
fadiga e menos área de justaposição estão entre os fatores que contribuem para a menor
movimentação do diafragma e maior propensão à fadiga.
O único motivo de predisposição à fadiga do prematuro é a menor área de justaposição do
diafragma.
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
No BSA, são atribuídas notas de 0 a 3 para cada parâmetro, com o grau máximo de dispneia
representado pela nota 8.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
No BSA, podemos classificar como grau de dificuldade respiratória leve valores até 3.
Verdadeiro Falso
Marque verdadeiro ou falso na afirmação:
O BSA pode avaliar o grau de sofrimento fetal, podendo ser relacionado ao risco de apneia.
Verdadeiro Falso
Os neonatos não possuem capacidade de adequada regulação da temperatura corporal,
principalmente em se tratando de prematuros. Neonatos são muito suscetíveis a variações de
temperatura com riscos de alterações fisiológicas causadas por essas mudanças. Então,
podemos afirmar que:
A presença de hipertermia não gera alterações metabólicas no RN e é pouco frequente.
Se a hipertermia for mantida por longos períodos, eleva-se o risco de evolução para uma
parada respiratória.
Alterações metabólicas, vasoconstrição periférica, distúrbios hemodinâmicos e outros sinais
e sintomas associados à infecção podem estar associados a variações na temperatura
corporal.
Alterações da temperatura não podem ser associados a maior risco de apneia.
As alterações de temperatura só estão presentes quando o neonato é exposto a baixas
temperaturas por períodos prolongados, pois seu controle térmico é eficiente.
Autoria
Autora
Graduação em Fisioterapia pela UEG, 2003. Pós-graduação em Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Pneumofuncional pela UCB – Universidade Castelo Branco, 2004; pós-graduação em Fisioterapia
Neurofuncional pela UCB em 2005; pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar pela CDCS em
2007. Mestrado Profissional em Terapia Intensiva pela SOBRATI, 2011; e título de Especialista em
Fisioterapia em UTI Neonatal e Pediátrica pela ASSOBRAFIR/COFFITO, em 2016.
Gláucia Fernandes Castro
Glossário
Morte neuronal programada.
Transformação quantitativa no que diz respeito ao aspecto biológico, cronológico (anos) e
antropométricos (altura, peso etc). Ou seja, o crescimento é o aumento na estrutura física
realizada pela multiplicação de células.
Marco para contagem do tempo de gestação.
Aprimoramento de alguns componentes, sendo físico, mental, emocional, social, motor, ou seja,
aprimorando o que era simples para um estágio mais evoluído.
Período que determina a idade do feto até o nascimento, sendo de extrema importância para
classificação do recém-nascido.
Transformações que capacitam o organismo a alçar novos níveis de funcionamento. Com a
maturação, cada dia que passa estamos mais preparados para executar novas tarefas.
Processo de envolvimento dos axônios do sistema nervoso central e do periférico por uma
bainha isolante que facilita a propagação dos impulsos elétricos.
Fazem parte do repertório motor espontâneo precoce e estão presentes a partir de nove semanas
de idade gestacional.
É o processo de formação de novos neurônios no cérebro, provenientes de células-tronco neurais
e progenitores neurais.
Apoptose
Crescimento
Data da última menstruação (DUM)
Desenvolvimento
Idade gestacional
Maturação
Mielinização
Movimentos gerais (GMs)
Neurogênese
Local onde os primeiros neurônios gerados se estabelecem.
Subplaca cortical
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