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1 
 
 
 
PEDAGOGIA SOCIOEDUCATIVA 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................... 2 
2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
3. O SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO E A .............. 5 
1. SOCIOEDUCAÇÃO .............................................................................................. 5 
3.1. As Medidas Socioeducativas e sua Execução ............................................. 10 
4. O PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO ...................................................... 13 
5. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .............. 15 
2. SOCIOEDUCATIVA ............................................................................................ 15 
6. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PEDAGÓGICO ........................................... 17 
7. O ECA COMO CÓDIGO PENAL JUVENIL ......................................................... 20 
8. A INEFICÁCIA DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS NO COMBATE AS ......... 22 
3. REINCIDÊNCIAS DE ATOS INFRACIONAIS ..................................................... 22 
9. REFEREÊNCIA BIBLIOGRÁFIA ........................................................................ 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
1. NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultu-ra, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma 
base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecno-lógica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cur-sos de qualidade. 
 
 
3 
 
 
 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
A noção de socioeducação surgiu no Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) quando da implementação das medidas socioeducativas, representando 
importante conquista na atenção e intervenção com adolescentes autores de atos 
infracionais. As medidas socioeducativas estão previstas na lei nº 12.594/2012 que 
institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), sendo o 
conjunto ordenado de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico, político e 
pedagógico, que envolve desde o processo de apuração do ato infracional até a sua 
execução. Assim sendo, a socioeducação é entendida como o processo de formação 
humana integral, constituindo-se como um espaço de oportunidades para o exercício 
da cidadania plena. O presente estudo apresenta e discute elementos conceituais e 
teóricos relativos à socioeducação e a importância das ações e práticas pedagógicas 
do adolescente em conflito com a lei almejando uma maior clareza e intencionalidade 
às práticas profissionais daqueles que trabalham diariamente com adolescentes em 
medida socioeducativa. 
De acordo com a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre o 
Estatuto da Criança e do Adolescente, daqui por diante Estatuto, as medidas 
socioeducativas devem garantir ao adolescente autor de ato infracional ou de conduta 
descrita em lei como crime ou contravenção penal, o acesso às situações que possam 
contribuir na superação de sua condição de excluído e, sobretudo, na constituição das 
condições para a participação na vida social. Na sua realização, os programas 
socioeducativos devem, obrigatoriamente, prever a frequência à escola, a inserção em 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
programas de capacitação para o trabalho e o envolvimento das famílias e da 
comunidade. 
Em sua aplicação as medidas socioeducativas consideram as características 
do ato infracional, o contexto de vida do adolescente e a disponibilidade de programas 
de atendimento. Embora possam conter aspectos coercitivos, as medidas 
socioeducativas estão fundadas em objetivos educativos, na proteção integral e no 
acesso à formação, em diferentes modalidades, podendo ser realizadas tanto em meio 
aberto como em regime de privação de liberdade. 
A responsabilidade pela concretização dos direitos básicos e sociais é da pasta 
responsável pela política setorial, conforme a distribuição de competências e 
atribuições de cada um dos entes federados e de seus órgãos. Entretanto, é 
indispensável a articulação das várias áreas para maior efetividade das ações, 
inclusive com a participação da sociedade civil. 
O ato infracional na realidade histórica brasileira não começa e não se encerra 
no adolescente autor da conduta contrária à lei. Possui raízes, na verdade, no contexto 
econômico e social, bem como nas políticas sociais que são desenvolvidas pelo 
Estado sob a lógica da inclusão e da exclusão de indivíduos da própria sociedade. 
Dessa forma, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) – tanto 
nos seus pressupostos, quanto o texto da referida legislação, enfatiza o tema da 
inserção laboral dos adolescentes em conflito com a lei por meio do desenvolvimento 
de ações concretas e planejadas, considerando o aspecto formativo do trabalho. 
Atualmente, percebe-se que a adolescência enquanto fase da vida com grande 
oportunidade para a aprendizagem, a socialização e o desenvolvimento. Os atos 
infracionais cometidos por adolescentes devem ser entendidos como resultado de 
circunstâncias que podem ser transformadas, de problemas passíveis de serem 
superados, para uma inserção social saudável e de reais oportunidades. 
O nosso estudo surge da necessidade de exploração dos conceitos e as bases 
teóricas que fundamentam a socioeducação, a fim de contribuir para a elaboração de 
práticas socioeducativas que, levando em consideração a dimensão educativa das 
medidas, sejam virtualmente causadoras de saltos qualitativos no desenvolvimento 
dos adolescentes. 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
3. O SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO E A 
1. SOCIOEDUCAÇÃO 
 
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) foi apresentado 
como proposta de sistema em um documento normativo formalizado pela Resolução 
nº 119/2006 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente 
(CONANDA). O texto aponta marcos para as políticas públicas do atendimento 
socioeducativo e foi construído para preencher lacunas do Estatuto sobre as medidas 
referentes à socioeducação, sobretudo no que diz respeito à sua execução, definidas 
anteriormente de forma muito genérica, sem considerar as especificidades e desafios 
de todo o processo de ressocialização do adolescente. Isso contribuía interpretações 
equivocadas do Estatuto, que acabavam privilegiando ações punitivas, contradizendo, 
assim, a Doutrina de Proteção Integral, preconizada pelo marco normativo nacional e 
internacional. 
As principais inovações apresentadas com o SINASE além de definir 
competência da união, estados, distrito federal e municípios com a relação à 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
formulação de políticas de atendimento socioeducativo, inclusive quanto ao 
financiamento de recursos, estabelecia também atribuições aos Municípios e aos 
Estados que deveriamcriar e manter programas de atendimento para a execução das 
medidas socioeducativas em meio aberto, semiliberdade e internação. No ano de 2012 
a Lei nº 12.594 entrou em vigor e instituiu o SINASE como um sistema. Dessa forma, 
determinou que a partir da vigência da lei, cada município possuía como 
responsabilidade preparar o seu Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em 
conforme com o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo e com o Plano 
Nacional de Atendimento Socioeducativo, este último sob a competência do 
CONANDA. 
Cabe frisar, que o a Resolução 119 do SINASE descreve as atividades que 
devem ser desenvolvidas nas unidades executoras de medidas socioeducativas, 
tendo como objetivo desenvolver uma ação socioeducativa sustentada nos princípios 
dos direitos humanos, alinhado em estratégias operacionais, com bases éticas e 
pedagógicas. 
Resolução CONANDA nº 119 de 11/12/2006 
(...) 
Art. 1º Aprovar o Sistema de Atendimento Sócio Educativo - SINASE. Art. 2º 
O SINASE constitui-se de uma política pública destinada à inclusão do 
adolescente em conflito com a lei que se correlaciona e demanda iniciativas 
dos diferentes campos das políticas públicas e sociais. 
Art. 3º O SINASE é um conjunto ordenado de princípios, regras e critérios, 
de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo, que 
envolve desde o processo de apuração de ato infracional até a execução de 
medidas socioeducativas. 
Art. 4º O SINASE inclui os sistemas nacional, estaduais, distrital e municipais, 
bem como todas as políticas, planos e programas específicos de atenção ao 
adolescente em conflito com a lei. 
Art. 5º O SINASE encontra-se protocolado na Secretaria Especial dos Direitos 
Humanos da Presidência da República / Subsecretaria de Promoção dos 
Direitos da Criança e do Adolescente - Processo nº 0000.001308/2.00636, 
folhas 1 a 122, e a sua versão completa está disponível no site 
www.planalto.gov.br/sedh/conanda. 
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo constitui-se de uma política 
pública destinada à inclusão do adolescente em conflito com a lei que se correlaciona 
e demanda iniciativas dos diferentes campos das políticas públicas e sociais. Essa 
política tem interfaces com diferentes sistemas e políticas e exige atuação diferenciada 
que coadune responsabilização (com a necessária limitação de direitos determinada 
por lei e aplicada por sentença judicial) e satisfação de direitos, sendo que os órgãos 
7 
 
 
deliberativos e gestores do SINASE são articuladores da atuação de diferentes áreas 
da política social. Neste papel de articulador, a incompletude institucional é um 
princípio fundamental norteador de todo o direito da adolescência que deve permear 
a prática dos programas socioeducativos e da rede de serviços. Demanda a efetiva 
participação dos sistemas e políticas de educação, saúde, trabalho, previdência social, 
assistência social, cultura, esporte, lazer, segurança pública, entre outras, para a 
efetivação da proteção integral de que são destinatários todos adolescentes em geral; 
e os autores de ato infracional em particular. 
A Lei 12.594 do SINASE sustenta-se no artigo 227 da Constituição Federal de 
1988 que embasou a promulgação de leis suplementares como o Estatuto da Criança 
e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990; Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS); e, 
a Lei nº 8.742/1993 que dispunha sobre a Organização da Assistência Social, com 
atenção ao atendimento de adolescentes autores de atos infracionais e sua família, 
pelo serviço de assistência social nos equipamentos sociais. 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, 
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
A política educacional, regida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN) - Lei nº 9.394/1996, não específica o direito à educação de 
adolescentes privados de liberdade, no entanto, impõe ao Estado, o dever de oferecer, 
“(...) educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade” (BRASIL, 1996, art. 4º). 
 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado 
mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, organizada da seguinte forma: 
(...) 
 
Por outro lado, o Estatuto (ECA), prevê que a “(...) prática de ato infracional” 
pode, eventualmente, acarretar “(...) a internação em estabelecimento educacional” 
(BRASIL, 1990, art. 112, inciso VI). 
8 
 
 
A unidade socioeducativa oferece a base física necessária para a organização 
e o funcionamento do programa de atendimento, devendo estar estruturada em 
dimensões básicas: 
 Respeito aos direitos fundamentais do adolescente: garantia da sua 
integridade física, psicológica e moral; 
 Ação socioeducativa: educação para o convívio social e para o 
desenvolvimento pessoal e social do adolescente; 
 Segurança cidadã: medidas de contenção e segurança. 
Os programas de atendimento compreendem a organização e o funcionamento, 
por unidade, das condições necessárias para o cumprimento das medidas 
socioeducativas. 
Para a inscrição do programa de atendimento são necessários requisitos 
obrigatórios como: 
 Exposição geral dos métodos e técnicas pedagógicas, especificando as 
atividades de natureza coletiva; 
 Indicação da estrutura material, recursos humanos e estratégias de 
segurança; 
 Regimento interno para regular o funcionamento da unidade; 
 Equipe técnica interdisciplinar nas áreas de saúde, educação, 
assistência social e jurídica, podendo acrescentar outros profissionais para 
atender necessidades específicas com atribuições discriminadas no regimento 
interno. 
Entende-se, assim, que o processo de formação ou de desenvolvimento da 
pessoa não é uma questão apenas individual ou de foro íntimo, mas é um processo 
social. As formas de pensar, sentir e agir dos adolescentes e jovens formam-se na 
interação e na troca com o meio social no qual vivem. É essa concepção de ser 
humano como um ser em relação e em permanente construção por meio das relações 
que estabelece que traz, inevitavelmente, a indiscutível necessidade da educação, de 
uma ação intencionada para a constituição de si e do outro. Essa compreensão, por 
sua vez, tem importantes desdobramentos para a socioeducação e para as medidas 
socioeducativas, as quais estão fortemente orientadas para o desenvolvimento do 
potencial dos adolescentes. 
9 
 
 
A socioeducação, entendida como o processo de formação humana integral, 
atua sobre os meios para a reprodução da vida, sendo sua dimensão mais visível e 
prática, bem como coopera para estender a aptidão do homem para olhar, perceber e 
compreender as coisas, para se reconhecer na percepção do outro, constituir sua 
própria identidade, distinguir as semelhanças e diferenças entre si e o mundo das 
coisas, entre si e outros sujeitos 
A noção de socioeducação surgiu no Estatuto quando da implementação das 
medidas socioeducativas, representando importante conquista na atenção e 
intervenção com adolescentes autores de atos infracionais. Entretanto, apesar de 
representar um avanço, o estatuto pouco esclareceu sobre a concepção de 
socioeducação que pudesse subsidiar intervenções efetivamente promotoras do 
desenvolvimento dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. 
A socioeducação se orienta por valores de justiça, igualdade, fraternidade, entre 
outros, tendo como objetivo principal o desenvolvimentode variadas competências 
que possibilitem que as pessoas rompam e superem as condições de violência, de 
pobreza e de marginalidade que caracterizam sua exclusão social. 
 
A prática da socioeducação não deve ser vista como uma exclusividade para 
os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. Ela deve 
abranger e fazer parte do processo de formação de qualquer criança e 
adolescente devendo estar ao lado da educação formal e da educação 
profissional, não pode ser vista como menos importante do que estas (PINTO; 
SILVA, 2014, p. 147). 
 
Na qualidade de política pública, a socioeducação volta-se essencialmente para 
os adolescentes e jovens que tiveram seus direitos violados ou que violaram direitos 
pelo cometimento de infrações, configurando-se atualmente como um sistema 
nacional articulado e com características específicas. 
Dessa forma, a socioeducação é um conjunto articulado de programas, serviços 
e ações desenvolvidos a partir da articulação entre práticas educativas, demandas 
sociais e direitos humanos com o objetivo de mobilizar nos jovens novos 
posicionamentos sem, contudo, romper com as regras éticas e sociais vigentes. 
Desdobra-se desse entendimento que, além do processo judicial, a medida 
socioeducativa contempla ações articuladas e em rede que por meio de ações 
pedagógicas e intencionais têm o potencial de oportunizar a ressignificação das 
trajetórias infratoras e a construção de novos projetos de vida. 
10 
 
 
 
3.1. As Medidas Socioeducativas e sua Execução 
 
As medidas socioeducativas são aplicadas pelo (a) Juiz (a) com finalidade 
pedagógica em indivíduos infanto-juvenis que incidirem na prática de atos infracionais 
(crime ou contravenção penal). Medidas de natureza jurídica repreensiva e 
pedagógica para inibir a reincidência dos mesmos e prover a ressocialização. A 
medida socioeducativa é uma sanção que deve ser imposta ao adolescente de forma 
distinta daquela reservada ao adulto. 
Cada medida é aplicada ao 
adolescente, sendo analisadas com métodos 
pedagógicos, sociais e psicológicos levando-se 
em conta a capacidade de cumprimento, as 
circunstâncias do ocorrido, e a gravidade da 
infração. O Estatuto da Criança e do 
adolescente dispõe no artigo 112 as 
 chamadas medidas socioeducativas, 
que verificam a prática do ato infracional do 
adolescente infrator. 
Cabe destacar que o Estatuto é fulgente 
ao recomendar que a aplicação da medida não 
prejudique a socialização dos adolescentes e 
que sejam observadas as necessidades pedagógicas, que visem ao fortalecimento 
dos vínculos familiares e comunitários. A importância do assunto tem uma melhor 
observação no que diz respeito a sua aplicabilidade em diversos casos e de como 
ocorre o procedimento de cada uma das medidas socioeducativas, no qual o 
adolescente infrator recebe a sanção conforme o ato ilícito praticado, não sendo isento 
de suas responsabilidades, mas claro, observando sua condição de adolescente em 
situação peculiar de desenvolvimento. 
A execução das medidas socioeducativas será cumprida: 
 Em estabelecimento fechado, como as unidades de moradia da semiliberdade 
ou de internação; 
 Ou em programa governamental ou não-governamental, em regime aberto. 
11 
 
 
Sendo assim, a execução das medidas tem os seguintes princípios: 
 Legalidade, não podendo o adolescente receber tratamento mais gravoso do 
que o conferido ao adulto; 
 Excepcionalidade da intervenção judicial e da imposição de medidas, 
favorecendo-se meios de autocomposição de conflitos; 
 Prioridade de práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que 
possível, atendam às necessidades das vítimas; 
 Proporcionalidade em relação à ofensa cometida; 
 Brevidade da medida em resposta ao ato cometido, em especial o respeito ao 
que dispõe o artigo 122 do Estatuto; 
 Individualização, considerando-se a idade, capacidades e circunstâncias 
pessoais do adolescente; 
 Mínima intervenção, restrita ao necessário para a realização dos objetivos da 
medida; 
 Não discriminação do adolescente, notadamente em razão de etnia, gênero, 
nacionalidade, classe social, orientação religiosa, política ou sexual, ou associação ou 
pertencimento a qualquer minoria ou status; 
 Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários no processo 
socioeducativo. 
Segundo Sposato (2006), 
 
Há dois aspectos de maior relevância referente à execução das medidas, são 
elas: a progressividade e a fungibilidade. Primeiramente, a progressividade 
demonstra de forma concreta na indeterminação de prazos, que são 
indicados pelo Estatuto como máximos e mínimos legais. Exemplo disso, 
temos a medida de internação que não apresenta prazo determinado, porém 
não pode exceder de três anos a privação de liberdade. Já a medida de 
liberdade assistida somente pode ser fixada pelo prazo mínimo de seis 
meses. Por conseguinte, a fungibilidade é a possibilidade de substituição da 
medida socioeducativa a qualquer tempo, com o objetivo de ajustar a 
resposta estatal ao dinamismo que o processo socioeducativo possui, como 
também o desenvolvimento do adolescente no decorrer do cumprimento da 
medida. 
 
O objetivo de ambos os aspectos é reforçar que cada medida tenha durações 
próprias em face da peculiaridade de cada adolescente no decorrer do processo 
socioeducativo imposto. A permanência, prorrogação e extinção da medida dependerá 
do desenvolvimento de cada adolescente e os efeitos que a medida estará surtindo. 
12 
 
 
A avaliação de cada adolescente no cumprimento da medida será realizada 
pelos orientados ou técnicos, que conduzem os relatórios de acompanhamento ao juiz 
da vara de infância de execução. A reavaliação, conforme define o Estatuto, será 
realizada no máximo a cada seis meses, mediante decisão fundamentada, realizada 
pelo juiz, que deve basear sua decisão pela manutenção, substituição ou extinção das 
medidas, conforme as informações repassadas pelos técnicos que acompanham o 
adolescente. A gravidade do ato infracional, os antecedentes e o tempo de duração 
da medida, não são fatores que, por si só, justifiquem a não substituição da medida 
por outra menos grave. 
A finalidade das medidas socioeducativas é socializar o adolescente, por meio 
de ações que reeduquem e incentivam o afastamento deles do mundo do crime, e 
assim colaborando ao combate da criminalidade juvenil. Nesse sentido, é 
imprescindível fazer uma avaliação da eficácia das medidas impostas pela Lei, 
notando, assim, se o objetivo desejado está sendo alcançado em cada uma das 
medidas socioeducativas. 
Esbarramos com duas dimensões cruciais da medida socioeducativa: a 
dimensão do não, do limite imposto pela lei e pelas regras, e a dimensão do sim, da 
garantia de direitos e da oferta de oportunidades. É no encontro dessas duas 
dimensões que a medida visa, junto com o adolescente, à construção de novas 
possibilidades, isto é, a medida almeja ofertar novos ideais nos limites do estado 
democrático de direito, sem a pretensão da tirania de um único ideal para todos os 
adolescentes. 
 
É preciso levar em questão também a situação específica da adolescência 
com suas angústias, impasses, afetos e busca de reconhecimento, pois é um 
tempo em que se busca construir uma maneira de ultrapassar a proteção 
exigida na infância para a emancipação de um adulto. É nesse misto de 
insegurança e embate que o adolescente busca conquistar seu lugar, 
propondo-se desafios para mostrar que ele dá conta e que é capaz (SALUM, 
2012, p. 171). 
 
As medidas socioeducativas são de extrema importância para a ressocialização 
do adolescente em conflito com a lei, porém existem meios que impossibilita a sua 
aplicabilidade e faz com que não atinja sua eficácia como se espera. Além disso, para 
alcançar a eficácia das medidas, não depende somente das unidades, mas também 
13 
 
 
do auxílio dafamília, da sociedade e incentivos do governo com melhor educação e 
projetos que envolvem esses adolescentes em conflito com a lei. 
 
 
 
 
4. O PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO 
 
O Plano Individual de Atendimento (PIA) deve ser elaborado por estados e 
municípios durante a execução da medida socioeducativa organizando ações 
articuladas nas áreas: educação, saúde, assistência social, esporte, capacitação para 
o trabalho e cultura. O PIA deve ser elaborado em 45 (quarenta e cinco) dias da data 
do ingresso do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa. Nas medidas 
em meio aberto de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) e Liberdade Assistida 
(LA) o PIA deverá ser elaborado em até quinze dias do ingresso do adolescente na 
medida. 
A exigência do PIA é essencial, pois por meio deste plano serão estabelecidas 
as metas e as atividades que o adolescente estará submetido no cumprimento da 
medida aplica pelo Poder Judiciário. As articulações do PIA são monitoradas pelo Juiz 
da Infância e Juventude, com a efetiva fiscalização do Ministério Público e do Defensor 
do representado. Deverá constar no Plano Individual de Atendimento: resultados da 
avaliação interdisciplinar, objetivos declarados pelo adolescente, previsão de suas 
atividades de integração social e/ou capacitação profissional, atividades de integração 
e apoio à família, formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano 
e as medidas específicas de atenção à saúde. 
O PIA é elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica, com a 
participação efetiva do adolescente e sua família, representado por seus pais ou 
responsáveis e da equipe de segurança. Inclui também os pontos relevantes que 
surgem nos atendimentos com a família e na articulação com os parceiros da rede 
externa. 
14 
 
 
O Plano Individual de 
Atendimento (PIA) é um 
instrumento que norteia as ações 
a serem realizadas para viabilizar 
a proteção integral, a reinserção 
familiar e comunitária e a autonomia de crianças, adolescentes afastados dos 
cuidados parentais e sob proteção de serviços de acolhimento. É uma estratégia de 
planejamento que, a partir do estudo aprofundado de cada caso, compreende a 
singularidade dos sujeitos e organiza as ações e atividades a serem desenvolvidas 
com a criança/adolescente e sua família durante o período de acolhimento. 
Ao contextualizar e considerar a história de vida da criança ou adolescente 
acolhido o PIA examina as razões pelas quais a medida de proteção de acolhimento 
foi indicada para aquele caso e como ela poderá ser efetiva para resgatar os direitos 
violados, proporcionar superação e desenvolvimento integral e preparar a reinserção 
familiar e comunitária. 
No processo de cumprimento da medida do adolescente, o PIA se apresenta 
como um instrumento norteador da medida socioeducativa. 
 
(...) em sua constituição, a partir da lei do SINASE, inaugura a importância de 
se pensar em um plano de atendimento individualizado que considere as 
especificidades de cada adolescente, principalmente no que diz respeito a 
sua condição peculiar de desenvolvimento. Pode-se considerar duas funções 
primordiais para ele: assegurar o acesso aos direitos fundamentais 
preconizados no ECA e também promover para cada adolescente a 
individualização da medida. Como individualizador da medida socioeducativa, 
o PIA abre espaço para o adolescente se posicionar frente a sua própria 
história, traçando conjuntamente suas perspectivas para o futuro (MOREIRA 
et al; 2015, p. 344). 
 
Nesse sentido, o PIA tem como função possibilitar ao adolescente participar do 
seu cumprimento de medida, estabelecendo para si objetivos e propostas que estão 
relacionados com sua história de vida e com os seus desejos. Ressalte-se ainda sua 
importância como aquele instrumento que direcionará as intervenções das equipes de 
atendimento ao adolescente e deverá, portanto, seguir como linha condutora do 
trabalho o que o adolescente aponta como possibilidade de estabelecimento de novos 
laços sociais. 
 
15 
 
 
 
 
 
 
5. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 
2. SOCIOEDUCATIVA 
 
A equipe multidisciplinar é a equipe técnica responsável pelo atendimento ao 
adolescente e deve garantir a efetividade e qualidade do atendimento prestado ao 
adolescente. O profissional no exercício da socioeducação deve reconhecer os 
direitos humanos como fundamento das relações sociais, compreendendo a educação 
em direitos humanos como estruturante na socioeducação e não apenas como 
fundamento jurídico. O profissional precisa compreender as atitudes do adolescente 
como síntese de um processo histórico e social, e que a violência e o cometimento de 
atos infracionais têm diversas origens, inclusive a vulnerabilidade proporcionada pela 
sociedade. Além disso, o profissional precisa se fundamentar na diversidade de 
abordagens pedagógicas e em práticas mediadoras das situações de conflito, 
apreendendo a partir de seu campo de saber, concepções teóricas acerca da 
adolescência e da sociedade, para fundamentar a distinção entre a socioeducação e 
as práticas repressivas. 
No atendimento socioeducativo, o atendimento inicial é feito preferencialmente 
por um psicólogo ou assistente social até o primeiro dia útil após a sua admissão, 
sendo escutadas as questões trazidas pelo adolescente, levantando as demandas 
ligadas à saúde e apresentando o cotidiano, disponibilizando a rotina institucional e o 
regimento único e será feito o contato com a família informando sobre a medida 
socioeducativa e sobre os procedimentos de visitas e contatos telefônicos. 
É preciso que a equipe multidisciplinar tenha uma atuação ativa junto aos 
adolescentes, para superar a lógica de exclusão, transportando-o para a educação 
comprometida com a cidadania e que possibilitem utilizar os saberes aprendidos em 
ambientes que a vida transcorre, se constituindo como sujeitos de direitos 
responsáveis por suas escolhas. Assim, os profissionais precisam ser grandes 
mediadores nesse processo de formação no contexto socioeducativo, possibilitando o 
envolvimento do adolescente em todas as etapas do enfretamento e na solução de 
16 
 
 
um problema real, articulando entre profissionais e familiares do referido adolescentes 
neste processo de ensino aprendizagem e principalmente do mercado de trabalho e 
buscar superação do trabalho fragmentado fora da unidade e que este seja realizado 
dentro da estrutura institucional. 
A articulação da rede social compreende um trabalho ativo do serviço na busca 
de parcerias para realizar os encaminhamentos necessários a cada adolescente em 
cumprimento de medida socioeducativa. O profissional que articula a rede social dos 
adolescentes deve ter ética profissional, respeitando a história do adolescente/família 
e acreditar na possibilidade de novas construções. 
Meneses (2008) reforça que a medida somente será socioeducativa quando 
leva o adolescente a compreender seu lugar na totalidade, partindo de paradigma 
novo proposto pela educação. A educação se estende pela vida quando sustentada 
pelos pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e 
aprender a ser. 
Destaca-se também a importância de acompanhar o adolescente e sua família 
após a conclusão da medida socioeducativa que, segundo Ramidoff (2012), objetiva 
manter as conquistas pessoais, familiares e comunitárias, melhorando a qualidade de 
vida individual e coletiva. De acordo com o autor, esse acompanhamento independe 
de o adolescente ter alcançado a maioridade penal ou não, pois o objetivo é oferecer 
o apoio institucional como forma de garantir o acesso à plenitude da cidadania. 
A família do adolescente deve ser parte ativa no processo socioeducativo, 
independente da distância e da configuração familiar, os familiares precisam ser 
identificados, conhecidos e convocados a contribuircom o processo educativo. É um 
trabalho delicado, mas fundamental para o sucesso da ação educativa e efetividade 
da medida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
6. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PEDAGÓGICO 
 
A escola tem a função de socializar os conhecimentos produzidos pela 
humanidade. Para isso, o trabalho pedagógico deve criar condições para que o aluno 
se aproprie dos conhecimentos, o que faz com que a escola seja responsável pelo 
processo de humanização dos indivíduos. Segundo Saraiva (2006), a escola surge 
como um espaço estratégico para o desenvolvimento de uma política cultural voltada 
ao exercício da cidadania, do resgate e afirmação dos valores morais e éticos e, 
essencialmente, da prática da inclusão. 
Entretanto, se a escola, em algum momento, for excludente na vida destes 
adolescentes, enquanto em liberdade, durante o cumprimento da medida 
socioeducativa, o ambiente educacional precisa ser mais que especiais, não para um 
mero estigma, mas para considerar todas as peculiaridades que esta passagem pelo 
sistema impõe. Sendo assim, a escola pode ser considerada um fator de proteção aos 
adolescentes, podendo reduzir o envolvimento em atos infracionais e a severidade 
das infrações, desde que tenha um olhar de inclusão social. 
Por isso, o atendimento aos adolescentes que cometeram atos infracionais 
deve-se pautar não apenas em sanções, punições ou ações de natureza coercitiva, 
mas, antes de tudo, em aspectos educativos, com a garantia de proteção integral e 
atendimento aos direitos, através de um conjunto de ações que possam lhe 
proporcionar uma “(...) educação formal, profissionalização, saúde, lazer e demais 
direitos assegurados legalmente” (VOLPI, 2001). 
Compreende-se que a Educação assume um papel necessário na vida desses 
sujeitos, pois possibilita reconstrução de uma humanização roubada e de uma 
cidadania não vivenciada. 
Um fator preocupante entre pesquisadores e profissionais da educação é a 
defasagem escolar, uma vez que o assunto abordado é a realidade dos adolescentes 
que cumprem medidas socioeducativas de internação, pois a falta de vínculo com a 
escola, evidenciada por constantes repetências, que levam à grande defasagem e à 
evasão, tem sido apontada por inúmeras pesquisas como um fator de risco para o 
envolvimento em atos infracionais e para sua continuidade. 
18 
 
 
O grande desafio das unidades socioeducativas é buscar uma maneira de 
contribuir para reverter a situação de vulnerabilidade dos adolescentes que se 
encontram nas unidades socioeducativas, proporcionando atividades pedagógicas e 
de profissionalização que permitam ter uma experiência dos processos de 
socialização e aprendizagem, fazendo com que estes adolescentes consigam 
perceber como uma fonte de transformação para sua realidade. 
 
O principal aspecto do projeto socioeducativo é a construção de uma 
educação que dê conta do dia-a-dia de todo o desenvolvimento individual e 
coletivo dos processos de socialização e educação do adolescente com base 
na integração dos aspectos afetivo, intelectual e coletivo (GONZALEZ, 2006, 
p. 44). 
A escola tem um papel essencial, não apenas na prevenção de reincidência, 
mas também na prevenção de atos infracionais, já que a profissionalização é um fator 
preocupante dentro das unidades socioeducativas, pois este fator torna vulnerável 
uma população de adolescentes que percebe a inserção profissionalizante como algo 
distante de sua realidade. A profissionalização, portanto, como parte da medida 
socioeducativa deverá ser vista pelo adolescente como uma oportunidade que está 
em cumprimento de medida socioeducativa e não como um direito que o mesmo tem 
e deve fazer, uma vez que o adolescente realizará o curso como uma formação básica 
para a sua vida e não como uma fase momentânea. 
As ações voltadas à profissionalização devem possibilitar ao adolescente o 
desenvolvimento de habilidades e competências articuladas às demandas efetivas do 
mundo do trabalho. Vale destacar que a temática da capacitação e inserção laboral, 
com foco nos adolescentes em conflito com a lei, integra um dos eixos que precisam 
ser cumpridos para que o desligamento do adolescente possa ser analisado e 
futuramente dar prosseguimento, caso a equipe multidisciplinar julgue procedente 
encaminhará para a equipe judiciária analisar. 
As articulações entre as medidas socioeducativas e as demandas da 
escolarização e o mundo do trabalho têm forte respaldo nas disposições legais. Assim, 
a formação técnico-profissional deve estar articulada à garantia do acesso e a 
frequência obrigatória do adolescente ao ensino regular, respeitando a condição 
peculiar do adolescente enquanto pessoa em desenvolvimento. 
A inserção no mercado de trabalho deve ser percebida pelos adolescentes 
como uma grande possibilidade de mudança, sendo uma ligação com uma nova vida, 
19 
 
 
distante da criminalidade, mas para isso é preciso que seja feito um trabalho de 
conscientização educacional, para que assim se torne a porta de entrada para o 
mundo do trabalho e um caminho de construção de uma nova realidade. Frisa-se que 
o trabalho socioeducativo na medida em que assume um caráter inovador e de 
conhecimento, possui também um sentido profissionalizante e de aprendizado, isto 
porque a aquisição de um ofício ou profissão figura-se como um fator decisivo de 
reincorporação social. 
O propósito de toda medida socioeducativa deve ser proporcionar um projeto 
de vida responsável, para isso, faz-se necessário um processo de conscientização do 
próprio jovem acerca de suas capacidades e potencialidades, isto é, sua educação. 
Dessa forma, a medida socioeducativa deve pautar, fundamentalmente, na própria 
reorganização da vida desses jovens, um processo pedagógico que lhe proporcione 
uma intersubjetividade relacional digna, mediante a compreensão adequada das 
regras que presidem as relações sociais. 
Neste sentido, diante do cometimento do ato infracional e da execução da 
medida socioeducativa, cabe ao Estado, através de seus agentes e instituições 
públicas responsáveis pela política de atendimento, constituir programas 
emancipatórios que ensejem a capacitação educacional e principalmente profissional 
dos adolescentes em conflito com a lei. Vivenciar um processo educativo, como o que 
aqui se apresenta, não é suficiente para que grande parte dos adolescentes sejam 
resgatados para uma vida de realização pessoal em consequência da gravidade da 
situação social que os produziu como destinatários das medidas socioeducativas. No 
entanto, o desenvolvimento de programas profissionalizantes poderá ajuda-los a 
enfrentar essa situação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
7. O ECA COMO CÓDIGO PENAL JUVENIL 
 
Para Volpi (1997), a natureza das medidas socioeducativas apresenta 
características da natureza coercitiva, uma vez que envolve o caráter punitivo aos 
infratores juvenis, e também possui características educativas em forma de proteção 
integral, oportunização, acesso a formação e informação de acordo com a gravidade 
do ato praticado pelo infrator. Desta forma, as medidas socioeducativas acabam sendo 
divididas por seus defensores em dois lados distintos: um de caráter pedagógico, e 
outro de natureza penal. Sendo esta última a que mais se destaca a seguir. 
A natureza penal das medidas socioeducativas parte do destaque feito pela 
súmula nº. 338 do Supremo Tribunal de Justiça, que diz que “a prescrição penal é 
aplicável nas medidas socioeducativas”, sendo assim, atribui ao ECA um caráter penal 
as medidas socioeducativas, o que suma, fez surgir o posicionamento doutrinário da 
existência de um “Direito Penal Juvenil”. 
Ainda sobre o caráter da medida socioeducativa pelo viés da súmula nº. 338, 
também é colocado: 
 
“Tendo caráter também retributivo e repressivo, não há porque aviventar a 
resposta do Estado que ficoudefasada no tempo. Tem-se, pois, que o 
instituto da prescrição penal é perfeitamente aplicável aos atos infracionais 
praticados por menores. [REsp n. 171.080-MS, relato do Ministro Hamilton 
Carvalhido, in DJ 15.4.2002].” (STJ, 2002). 
 
Tal posicionamento é preocupante, visto que, as medidas aplicadas com um 
aspecto punitivo, sem adequar a medida socioeducativa com a realidade vivida pelo 
adolescente, e sem observar sua vida em sociedade, família, educação, e as chances 
que a eles foram oportunizadas, é as vezes, mais taxativa e estereotipada do que justa 
para com o adolescente. 
As medidas punitivas de um “Direito Penal Juvenil” esquecem que a estrutura 
do ECA é de garantias. Garantir à criança e ao adolescente proteção, garantir as suas 
necessidades básicas como educação, garantir proteção para aquelas que estão em 
situação de risco pessoal ou social, garantir a preservação de seus direitos e garantir 
as medidas protetivas e socioeducativas, conforme prescrito no artigo 112 do Estatuto 
da Criança e do Adolescente. 
21 
 
 
As medidas socioeducativas visam minimizar os atos praticados por 
adolescentes. Elas têm o objetivo de ressocialização, porém, se de fato tais medidas 
fossem aplicadas da maneira não coercitiva, trariam o adolescente de volta ao 
convívio no seio da sociedade. 
Por tanto, o que se dialoga nesse momento é que o grande número de jovens 
em conflito com a lei e que voltaram a cometer atos infracionais, são os mesmos que 
foram submetidos às medidas socioeducativas. O ECA na prática tem sido uma 
espécie de “código penal juvenil” que não ressocializar, e está mais preocupado em 
punir que reintegrar o adolescente à sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
8. A INEFICÁCIA DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS NO COMBATE AS 
3. REINCIDÊNCIAS DE ATOS INFRACIONAIS 
 
Para entender-se a ineficácia das medidas socioeducativas, é preciso 
compreender o que de fato é o ato infracional para a lei. Saber que ato infracional tem 
uma estrutura semelhante à do delito, que é um fato típico e antijurídico. E o 
adolescente só pode responder pelo seu ato se comprovada o seguimento dessa 
estrutura, seguido de culpabilidade. 
Conforme estudos apontados por Rossato et. al. (2016), a respeito do Estatuto 
da Criança e do Adolescente, no art. 103, o ato infracional é a conduta prevista na lei 
penal como crime ou contravenção penal, respeitando o princípio da reserva legal e 
representando conjectura do Sistema de Justiça da Infância e da Juventude. O 
problema do caráter punitivo das medidas socioeducativas ainda é até este ponto 
bastante questionável. Ao lembrar-se da questão penal, Rossato et. al (2016) destaca 
que propostas em torno da emenda constitucional, no art. 228 da Constituição Federal, 
com o intuito de reduzir a maioridade idade penal são inconstitucionais, porque 
atingem o “direito fundamental de adolescente (…) que apesar de não se constituir em 
um direito individual formal (grifo do autor) (…), goza da proteção de cláusula pétrea” 
(ROSSATO et. al., 2016, p. 366). 
Para o Estatuto, em disposições gerais do art. 112, verificada a ação infracional do 
adolescente, ser-lhe-á aplicado, respectivamente: advertência; obrigação de reparar 
o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime 
de semiliberdade; internação em estabelecimento educacional; e disposições 
previstas no art. 101, I a IV mais considerações. A respeito das medidas 
socioeducativas mencionadas, para Rossato et. al. (2016), cada uma delas possui 
uma abrangência pedagógica, que se caracteriza pelo uso de vários recursos distintos 
a suprir o déficit apurado, alcançando-se o cumprimento do objetivo esperado. 
Ao analisar o caráter pedagógico das medidas socioeducativas, Rossato et. al. 
(2016) afirma que a medida de maior abarcamento é a internação, na qual a 
intervenção do Estado chega ao seu limite, tornando restrita a liberdade do 
adolescente com ênfase na sua “ressocialização”. O que se compreende no presente 
estudo como uma medida de último recurso em casos de reincidência, e cuja a 
23 
 
 
aplicabilidade na prática, como já viu-se ao longo do trabalho, não tem poder 
ressocializador em certos ambientes de muitos locais que recebem os adolescentes 
reincidentes, tornando por vezes, o estado de alguns juvenis pior do que antes de 
entrarem na internação. Com base no estudo apurado por Rossato et. al. (2016), tal 
medida deve ser considerada apenas para casos de exceção e a medida de retirar o 
juvenil de seu âmbito familiar deve ser última atitude a ser usada pelo Estado. 
Da advertência compreende-se ser a mais branda entre as medidas para os 
Tribunais, pois é uma repreensão verbal do adolescente, onde para sua aplicação 
acontecer, conforme Rossato et. al. (2016), é preciso alguns requisitos importantes. 
Os primeiros requisitos são a prova da materialidade e de indícios suficientes da 
autoria do ato infracional, onde será apurada a autoria e a comprovação do ato 
praticado pelo infrator. Em seguida, o autor aponta para a “desnecessidade do 
acompanhamento posterior do adolescente”, ou seja, aplicada a advertência, não será 
tomada nenhuma outra medida além do registro do ato mediante lavratura do termo, 
o que para o autor faz com que a medida se esgote em si mesma. E se porém o 
adolescente necessitar de acompanhamento é porque a medida não foi cabível em 
sua concretude. 
No terceiro ponto, Rossato et. al. (2016), aponta para “admoestação verbal 
conduzida pelo Juiz da Infância e da Juventude”, onde o papel do Juiz como expositor 
da gravidade do ato praticado pelo adolescente ao mesmo, é negativo tanto para o 
jovem como para a sociedade, fazendo-o entender que sua reiteração do ato poderá 
futuramente lhe causar medida mais severa, como a internação. E por último, como 
requisito, a “redução a termo da advertência”, uma “formalidade importante para o 
registro do ato judicial praticado, do qual emanarão consequências posteriores” 
(ROSSATO et. al., 2016, p. 395). 
Voltando-se agora para a aplicabilidade das medidas, Rossato et. al(2016) 
afirma que o magistrado, que aplicam as medidas, devem observar dentro de alguns 
critérios o roteiro a ser seguido para tal função: 
 A apuração da autoria e da materialidade da infração; 
 Apurada a autoria e a materialidade, a verificação das circunstâncias em que 
ocorrida a infração, a sua gravidade e a capacidade do cumprimento da medida; 
24 
 
 
 A aplicação da medida de internação, quando verificado que nenhuma medida 
que não a de internação seja suficiente para a ressocialização, observando-se o 
princípio da excepcionalidade, verificando os incisos I ou II do art. 122 do Estatuto. 
Deixar de lado esses parâmetros, ou usá-los sem a correta abrangência de 
conhecimento das condições do adolescente e dos lugares (instituições) envolvidas 
na sanção, tornarão a medida ineficaz. 
Em relação à obrigação de reparar o dano, o adolescente teria que recompor 
aquilo que danificou, essa medida é aplicada apenas nos casos em que o infrator 
cometer um ato infracional que o seu fim vier a ser a restituição da coisa, por um dano 
causado com reflexos patrimoniais. Ao aplicar a medida, o juiz levará em conta a 
capacidade do juvenil cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração. Portanto, 
a inimputabilidade não exclui o dever de reparar o dano. 
No que se refere à medida de prestação de serviços à comunidade, nota-se que essa 
medida apresenta aplicação mais efetiva no que se refere ao preenchimento do tempo 
ocioso do adolescente. É importante frisar que a prestação de serviços como forma 
de compensação dos prejuízos causados à vítima, só terá validade se o adolescente 
concordar. A aplicação dessa medida é considerada relevante, pois insere o 
adolescente na sociedade, fazendo com que ele,quando submetido a esse 
tratamento, adquira consciência dos valores e compromissos sociais. 
Na medida da liberdade assistida as equipes multidisciplinares auxiliam, 
orientam e acompanham o adolescente por certo período, com prazo mínimo de 06 
meses, podendo ser prorrogada, sempre que observada alguma necessidade de o 
adolescente receber acompanhamento, auxílio e orientação, por parte de pessoa 
competente através da autoridade judicial e apta para o atendimento. Essa medida é 
utilizada nos casos em que a aplicação de uma medida mais leve ser ineficaz, porém, 
o infrator não apresenta perigo à sociedade, não justificando uma medida privativa de 
liberdade. 
Dentre as medidas socioeducativas, a liberdade assistida constitui a medida 
mais eficaz, pois leva o juvenil de volta à sociedade, tendo nela a oportunidade de 
reconstruir o seu percurso, sem ter que ficar sem a sua liberdade. É de suma 
importância seu acompanhamento pelo orientador que irá direcioná-lo a caminhos 
diferentes daqueles que o levaram a cometer o ato. No regime de semiliberdade pode 
ser determinada desde o início ou como forma de transição para o meio aberto, 
25 
 
 
podendo o adolescente, entretanto, realizar atividades externas, independente de 
autorização judicial. São obrigatórias à escolarização e a profissionalização, a medida 
é restritiva de liberdade, assim como a internação, porém menos severa. A internação 
é uma medida socioeducativa aplicada aos adolescentes que cometem ato infracional 
mediante grave ameaça ou violência à pessoa, quando houver reiteração no 
cometimento de outras infrações graves, e quando descumprir medida socioeducativa 
anteriormente imposta. 
Conforme aponta Bandeira (2006): 
 
“É de se ver que, mesmo em casos de prática de atos infracionais graves, 
praticados com violência ou grave ameaça, nem sempre o juiz da Vara da 
Infância e Juventude deverá aplicar a medida extrema do internamento, pois 
o caráter excepcional da medida insculpido no § 2º do Art. 122 do ECA exige 
que “em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida 
adequada”, o que equivale a dizer que o juiz deverá valer-se de estudo técnico 
realizado por equipe interdisciplinar, o qual deverá lhe fornecer subsídios para 
encontrar a medida socioeducativa mais adequada para aquele caso concreto 
que lhe foi submetido” (p. 184). 
 
A medida de internação consiste em afastar, temporariamente, o adolescente 
do convívio familiar e da sociedade, colocando-o sob responsabilidade do Estado. Ao 
aplicar tal medida é necessário verificar a natureza da infração e os tipos de condições 
psicológicas do adolescente, visto que privar a liberdade do adolescente, tem como 
fim, ressocializá-lo em um ambiente diferente daquele que deu origem a seus atos 
infracionais. 
A medida de internação é na prática, muitas vezes precária e ineficaz, diante 
do descaso do Estado no investimento em estabelecimento de qualidade, que de fato 
contribua para a ressocialização do adolescente infrator. Muitos destes lugares se 
encontram sem funcionamento de atividades pedagógicas sem qualquer estrutura 
adequada. 
Portanto, a falta de efetividade das medidas socioeducativas trará sérios 
problemas ao Estado, a família e a sociedade. Se não se busca cuidar dos 
adolescentes no sistema de medidas socioeducativas, estes cuidarão deles no futuro 
em penitenciárias. A punição por si só não é eficaz, e mais que processos 
pedagógicos, é necessário a intervenção de meios que levem o adolescente infrator a 
buscar uma nova visão do caminho a seguir. 
26 
 
 
A socioeducação propicia o crescimento individual, ao mesmo tempo em que 
harmoniza a individualidade desenvolvida com a unidade orgânica do grupo social ao 
qual o indivíduo pertence, permitindo a sua inclusão como adolescente-cidadão 
protagonista de sua realidade e comprometido com a modificação do mundo que o 
cerca. 
Os programas de execução de medidas socioeducativas devem possibilitar que 
todos os adolescentes se apropriem de certos instrumentais capazes de constituí-los 
como cidadãos. Ao definir os atributos do ato socioeducativo como o de preparar os 
indivíduos para a vida social, se faz necessário um parâmetro universal sobre os fins 
da socioeducação que tem como objetivo principal o de formar os adolescentes para 
o exercício da cidadania. 
De fato, para que tenha eficácia das medidas, não depende só das unidades, 
mas também deve ter assistência da família, da sociedade e incentivos do governo 
proporcionando educação e projetos envolvendo esses adolescentes em situação de 
risco. As boas práticas em programas de execução de medidas socioeducativas 
precisam ter um foco muito claro na vivência do adolescente enquanto cumpre a 
medida, como processo pedagógico formador de sujeitos de direitos. 
A função pedagógica da socioeducação visa garantir e aprimorar a qualidade 
da educação, acompanhando o processo educativo de cada adolescente, auxiliandoo 
em sua inclusão na sociedade. Porém, todos aqueles que atuam na socioeducação, 
educadores, orientadores, técnicos e pais devem conhecer os princípios básicos deste 
trabalho, apropriando-se de suas premissas e contribuindo na formação de uma rede 
de trabalho coletivo, de objetivo comum: evitar a reincidência dos adolescentes no ato 
infracional, propiciando o crescimento individual e sua inclusão como cidadão, 
protagonista e comprometido com a modificação da sociedade. 
Aos gestores e profissionais responsáveis pela execução do atendimento 
socioeducativo compete problematizar os significados cristalizados e reducionistas, de 
maneira a considerar o cometimento de atos infracionais como fenômeno complexo e 
multideterminado sobre o quais ações socioeducativas de cunho crítico e 
emancipatório podem gerar rupturas transformadoras. É preciso que haja uma 
vinculação entre a socioeducação e a necessidade da implementação de uma 
proposta pedagógica capaz de constituir-se em ação formadora dos adolescentes que 
se encontram submetidos ao cumprimento de medida socioeducativa. 
27 
 
 
Conclui-se que o objetivo geral da socioeducação é propiciar o crescimento 
individual, ao mesmo tempo em que harmoniza a individualidade desenvolvida com a 
unidade orgânica do grupo social ao qual o indivíduo pertence, permitindo a sua 
inclusão como adolescente-cidadão protagonista de sua realidade e comprometido 
com a modificação do mundo que o cerca. Ou seja, o cumprimento das leis e dos 
regulamentos é imprescindível para a formação e processo educativo do adolescente, 
porém, é preciso ir além, uma vez que a presença educativa é o caminho para mover 
o adolescente da indiferença e envolvê-lo como processo socioeducativo. Para que as 
medidas socioeducativas venham a ser bem sucedidas, ainda é preciso que o Estado 
avalie uma forma de receber o adolescente em ambiente acolhedor; que a família na 
sua responsabilidade, não abandone a criança e o adolescente, mas cumpra seu 
papel de direito; e que a sociedade, conscientize-se que o infrator juvenil não é um 
problema somente do Estado a ser solucionado com medidas coercitivas, mas é 
também problema de uma sociedade que ignora os desprovidos das necessidades 
mais básicas, como educação, saúde e proteção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
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