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Atenção a homens e mulheres em situação de violência por parceiro íntimo (2024)

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Questões resolvidas

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1 Conte-nos como está organizado o processo de trabalho de sua equipe na unidade de saúde em que atua, levando em consideração a forma como são aplicados os princípios e diretrizes do SUS no cuidado das pessoas. Os aspectos a seguir podem servir como guia para esse relato. Você poderá considerar, também, outros aspectos: 
a. Existe acolhimento do usuário? Se sim, quem realiza e de que forma? O acolhimento ao usuário é realizado na chegada a ubs, onde há recepcionista faz o cadastro de cada usuário através do cartão sus e encaminha a técnica de enfermagem onde é realizado juntamente com a enfermeira a classificação dos riscos. 
b. A equipe realiza classificação de risco e vulnerabilidade para organização dos atendimentos dos usuários? Se sim, de que forma e por quem isso é realizado?
É realizado através da técnica de enfermagem e a enfermeira, através da ausculta inicial onde é aferido a pressão, temperatura, saturação, peso e queixa do paciente. Classificada pela vulnerabilidade da idade e condições socioeconômica e mental.
c. Há rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida?
Infelizmente não existe. 
d. A carta de serviços é visível para todos? Pessoas com limitação da acuidade visual conseguem identificar os serviços realizados na sua unidade de saúde, por exemplo?
Isso é realizado através da comunicação verbal e do cartaz exposto na parede sobre os atendimentos em gerais.
e. A equipe utiliza algum instrumento para avaliação da vulnerabilidade social? Qual? A identificação do cartão da família e o agente de saúde.
f. Em relação ao agendamento de consultas programadas, como é realizado, qual o tempo médio para conseguir uma consulta? 
É realizado diariamente, tendo um prazo de no máximo 1 semana (quando se é necessário esperar o resultado dos exames que ainda não chegaram , sendo a pedido do paciente), ou se agenda o atendimento para o dia seguinte.
g. Como são registrados os atendimentos? Prontuário físico ou eletrônico? Caso seja eletrônico, as informações são compartilhadas em todos os pontos da rede?
Através do prontuário eletrônico, sendo compartilhada por toda a rede.
h. Como se dá a comunicação entre os diferentes pontos da rede de assistência à saúde? 
Poderia ser melhor, mas existe uma falha muito grande com a contra-referência dos especialista ou hospital com o posto de Saúde. 
2. A partir do seu relato, identifique, pelo menos, cinco (05) discordâncias entre os princípios e diretrizes do SUS e o que é necessário para a atenção à saúde das pessoas no cotidiano de trabalho da sua unidade/equipe.  
- Fluxos de encaminhamento: necessitaria de um fluxos claros de referência e contrarreferência entre os serviços, permitindo maior resolutividade para o paciente, porém na prática isso não é visto.
- Acessibilidade: Unidades Básicas de Saúde (UBS) distribuídas estrategicamente visam facilitar o acesso da população aos serviços, considerando a equidade na forma de uma rede capilarizada. Porém na prática não é presenciada esse acesso pela falta de carro para realização de visitas nas localidades do interior. 
- Capacitação dos profissionais: Formação continuada em temas como diversidade cultural e social, contribuindo para que a equidade seja respeitada nas práticas de saúde. Não sendo visto a capacitação dos profissionais e muito menos orientação para com a população, pois não temos espaço físico adequado para que seja realizado
- Universalidade: Este princípio garante que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde, sem discriminação ou pré-requisitos. A ideia é promover a saúde como um direito inalienável, assegurando que a assistência seja prestada a quem precisa, quando precisa. Na prática existe uma diferença pela questão politica. Pacientes que são oposição a atual gestão não conseguem realizar seus exames pela Secretária de Saúde, vão inúmeras vezes e nunca existe vaga para os exames e especialistas, até que o paciente desisti. Quando existe uma grande demanda de usuários para uma única equipe, sobrecarregando a equipe e tendo que ser realizado agendamentos das consultas para o dia seguinte. 
- Equidade: Indo além da igualdade formal, a equidade busca justiça social ao reconhecer que diferentes pessoas têm diferentes necessidades. Ela implica em um esforço contínuo para equalizar o acesso e a qualidade da saúde, considerando as desigualdades sociais e regionais. Não temos rampas de acesso, não temos salas para reunir a população para palestras. 
3. Agora, a partir das discordâncias identificadas, você deverá propor soluções. Pense de que forma essas discordâncias podem ser superadas (ou, pelo menos, minimizadas), para que os princípios e diretrizes do SUS possam ser contemplados. Sugerimos que para cada discordância identificada você possa pensar em, ao menos, uma solução.
- no fluxos de encaminhamentos deveria se ter reuniões entre a UBS e os outros setores de referência para que possa unificar o sistema e com isso, paciente que fosse atendido pelos especialistas ou hospital ou caps, o médico da atenção básica teria acesso;
- acessibilidade: poderia ser mediante a uma escala mensal com o carro a disposição para que conseguíssemos a cada 15 dias ou 1 vez no mês que esses pacientes viessem a UBS ou a equipe pudesse ir até essa população;
- capacitação: os profissionais poderiam ser liberados para as capacitações trimestrais para que a qualificação da equipe pudesse permitir a percepção da doença e uma intervenção mais rápida. Poderia também ter lugares reservados para reuniões para orientação sobre os médios de prevenção das doença entre equipe e população. 
- acessos a exames e especialistas é de direito do usuário, cada posto deveria ter uma cota mensal de exames e vagas com especialistas, permitindo assim que todos pudessem ser beneficiados;
- equidade: rampas de acesso para cadeirantes, reforma dos postos para proporcionar conforto e comodidade para o paciente e equipe. Qualificar a equipe no atendimento para surdos e mudos. 
4. Conclua essa atividade, explicando como o processo de reflexão sobre o desenvolvimento e as estruturas de sistemas de saúde no mundo ajudaram você a propor, de maneira criativa, cada uma das soluções da etapa anterior. 
A maior reflexão é vendo as necessidades dos pacientes no contexto diário do posto, e são através dessas vivencias que podemos elencar soluções e cobrar da gestão publica melhorias. 
Longitudinalidade
Outro atributo da APS, a longitudinalidade, é definido, inicialmente, como lidar com o crescimento e as mudanças de indivíduos ou grupos no decorrer de um período de anos (STARFIELD, 2002). Em termos práticos, as unidades de saúde como aquela em que você atua são responsáveis pela oferta regular de cuidados, ao longo do tempo, estabelecendo um vínculo de confiança entre a população assistida e a equipe de saúde. Dessa forma, a longitudinalidade abarca o acompanhamento tanto dos indivíduos, em suas necessidades integrais – assistência à doença e manutenção da saúde –, quanto das necessidades da população ao longo do tempo, conforme as mudanças nos perfis epidemiológico, demográfico e social daquela população.
Esse atributo se manifesta, primeiramente, no vínculo que se estabelece entre uma pessoa e o seu médico ou a sua equipe de saúde. Todavia, mais do que isso, a longitudinalidade significa que os cuidados de saúde para uma pessoa devem ser ofertados ao longo do tempo, de forma longitudinal, independentemente de a pessoa estar doente ou não. Tal atributo requer um serviço ou profissionais que se sintam, e sejam de fato, responsáveis por uma população – e pelo registro dessa população, assim como por uma relação usuário/profissional de saúde que seja focada na pessoa, e não na doença, com base em confiança mútua.
A criação desse vínculo pode ser trabalhada e desenvolvida por todos os membros da equipe de saúde – como enfermeiros ou agentes comunitários de saúde (ACS). Nesse sentido, é fundamental compreender que, ao longo do tempo, os profissionais de saúde devem continuar responsáveis por seus pacientes ou usuários, mesmoque, temporariamente, eles estejam sendo acompanhados/assistidos em outros níveis do sistema de saúde.
É importante você considerar que os profissionais da APS são os responsáveis diretos pelo estabelecimento do vínculo de confiança. Embora muitas vezes a rotatividade dos profissionais que prestam o cuidado nas UBSs prejudique a criação do vínculo com a equipe como um todo, é necessário tentar sempre fortalecê-lo, pois quanto mais longitudinal o cuidado, maior a chance de se desenvolver uma relação bilateral com o usuário, com eventuais reflexos positivos na produção de cuidado e promoção de saúde.
Com base nesses três atributos essenciais: atenção ao primeiro contato, integralidade e longitudinalidade na APS propomos que você reflita:
REFLEXÃO
Com base nesses três atributos essenciais: atenção ao primeiro contato, integralidade e longitudinalidade na APS propomos que você reflita:
Observe a forma como você e sua equipe atendem a seus usuários.
Ao atendê-los, você acredita que assumem uma postura acolhedora e resolutiva? Vocês atendem ao usuário como se a UBS fosse um balcão do sim?
Pensando na integralidade, você e sua equipe reconhecem o processo saúde-doença e os determinantes sociais de adoecimento a que o indivíduo e sua família estão submetidos. Você acredita ter essa visão ampliada e sistêmica do processo saúde-doença do usuário ou foca na queixa principal de uma consulta pontual?
Refletindo criticamente sobre os processos de trabalho da equipe de saúde na UBS em que atua, é possível identificar a preocupação e o compromisso com a longitudinalidade na construção de vínculos com os usuários?
A atenção ao primeiro contato é um importante orientador da sua postura e da sua conduta no atendimento ao usuário. Independentemente das condições e do contexto em que você trabalha, lembre-se de que você e sua equipe podem fazer a diferença na porta de entrada do sistema para aquele usuário.
É igualmente importante que vocês fortaleçam a visão ampliada e orientada pelo atributo da integralidade, reconhecendo também que é um atributo que não se obtém sozinho, mas em equipe, tal como todos os atributos da APS. Portanto, cabe não apenas ao médico, mas a toda equipe de saúde buscar meios, cooperando, se articulando e somando esforços, para que o usuário obtenha o cuidado de que necessita, da melhor maneira possível, em qualquer fase do seu processo saúde-doença.
Lembre-se de sempre conversar com sua equipe e refletirem juntos sobre a importância do atributo da longitudinalidade e a construção de vínculo para a atenção primária de qualidade.
Coordenação do cuidado
O atributo coordenação do cuidado, como você pode deduzir, relaciona-se diretamente com os princípios anteriores. Para que haja acesso integral e longitudinal, é necessária certa sincronia na ação da equipe de saúde e no reconhecimento das necessidades da população, de modo a garantir o adequado gerenciamento da obtenção de recursos.
A articulação da equipe de saúde com a família, com o território e com outros pontos das redes de saúde e intersetorial demanda esforço e gasto de energia por parte dos profissionais. Quando esse esforço não existe, o conjunto de ações ocorre de forma fragmentada, acarretando desperdícios, ineficiências e perdas de oportunidades terapêuticas, o que, como você pode deduzir, leva a desfechos piores.
A coordenação do cuidado está, desse modo, ligada à responsabilidade sanitária sobre a comunidade e seus membros, sendo inerente às melhores práticas de APS. Envolve uma responsabilização contínua dos profissionais sobre os pacientes, incluindo seu acompanhamento, quando referenciados para outros níveis de atenção.
REFLEXÃO
Com base no atributo coordenação de cuidado da APS, propomos que você reflita:
A assistência habitual da rede de serviços de saúde é feita, geralmente, com ofertas pontuais de cuidado. Há um desafio nas transições de cuidado entre os diferentes serviços, muito difícil de ser vencido unicamente por serviços da rede municipal devido aos desafios de escala e de cultura assistencial relacionados ao uso desses serviços.
Quando não se coordena o cuidado, gera-se repetição de exames desnecessários, atrasos assistenciais, mal-entendidos entre os profissionais, entre tantas outras situações.
É importante garantir esforços para a coordenação do cuidado a fim de que as ações sejam articuladas e sistêmicas, de modo a evitar desperdícios e ineficiências que possam comprometer o processo assistencial.
Como evitar esses problemas? O que as equipes fazem para reverter essa situação?
Atributos derivados
Orientação familiar
O atributo da orientação familiar da APS considera que o usuário está sempre inserido em um contexto familiar. Sendo assim, o foco de sua atenção, como médico de família e comunidade não deve ser direcionado exclusivamente à pessoa.
Compreender a família, e não apenas o indivíduo, como unidade da atenção possibilita que você reconheça as dinâmicas que constituem a pessoa, assim como suas escolhas e, consequentemente, os determinantes do seu adoecimento. Além disso, compreender o contexto familiar da pessoa permite a você e sua equipe traçarem planos terapêuticos coerentes com a realidade dos usuários e com existência ou não de uma rede de proteção no contexto territorial, socioeconômico e cultural daqueles a quem atende.
Foto por Vinícius Marinho | Acervo Fundação Oswaldo Cruz
Orientação comunitária
Tal como o anterior, o atributo orientação comunitária da APS destaca a necessidade de você compreender que as famílias estão inseridas em contextos de comunidade. A exposição maior ou menor às vulnerabilidades locais, costumes, hábitos, crenças e a tantas outras características locais influencia diretamente a dinâmica das famílias, por isso, essas variáveis fazem parte do contexto de determinação social do adoecimento.
De acordo com o atributo orientação comunitária, é importante que sua equipe faça uma análise das necessidades de saúde da comunidade, utilizando ferramentas básicas da epidemiologia e estabelecendo um bom diálogo com as pessoas, todavia respeitando, acima de tudo, as suas tradições, crenças e costumes.
Competência cultural
O atributo competência cultural da APS consiste no reconhecimento e respeito às particularidades culturais e às preferências das pessoas, das famílias e da comunidade na qual elas se inserem. Procure entender esse conceito de forma ampliada, como um processo dinâmico, crítico e reflexivo relacionado à forma como a cultura daqueles indivíduos pode afetar comportamentos relacionados à sua saúde, na perspectiva descrita como humildade cultural. Descrito por Murray-Garcia (apud GOUVEIA; SILVA; PESSOA, 2019), o conceito de humildade cultural se mostra de extrema relevância:
Lembre-se!
Humildade cultural é um compromisso vitalício de autoavaliação e autocrítica, para os desequilíbrios de poder existentes na relação médico-paciente; desenvolver parcerias clínicas de benefícios mútuos; e advocacia não paternalista com as comunidades, em nome de indivíduos e populações.
Seja de forma tradicional, seja de forma ampliada e não autocentrada, a competência cultural pode ser destacada por sua importância na identificação de possíveis problemas de saúde e prováveis soluções, uma vez que considera o contexto cultural, histórico e social no qual aquela população se insere.
Atente para o fato de que o conceito de competência cultural inclui, comumente, uma série de características próprias, como conhecimento cultural, habilidade cultural, comunicação cultural e consciência cultural. Inclui-se, ainda dentro desse conceito, um caráter pessoal, como características individuais. Entre essas características, apontam-se comumente: a empatia, o respeito, a confiança, o vínculo, a flexibilidade, a franqueza, a humildade e a compaixão (SANTOS;GRYSCHEK;COELHO, 2020).
Em um país como o nosso, com tantas culturas e etnias, conhecido, inclusive, por ser um local com braços abertos para refugiados, é fundamental que você e sua equipe possam ter esse atributo como um norteador depráticas. Os profissionais responsáveis pela APS devem ser capazes de reconhecer as peculiaridades culturais de pessoas ou famílias, sem homogeneizações e estereótipos, para produzirem um lugar comum que contemple tanto o conhecimento técnico quanto as tradições e manifestações culturais daquelas pessoas, famílias ou comunidade, o que é essencial para estabelecimento de vínculos e para oferta de cuidado equitativo. Tenha em mente que, qualquer intervenção produzida, só será efetiva se for culturalmente aceitável.
REFLEXÃO
Com base nos atributos derivados orientação familiar, orientação comunitária e competência cultural da APS, propomos que você reflita:
Muito se fala sobre um cuidado cujo centro é o paciente e suas necessidades. Os atributos da APS, nesse sentido, devem balizar a relação entre a equipe de saúde e a pessoa e sua família. No entanto, todo esse cuidado está inserido em um contexto de trabalho real, feito por pessoas e para pessoas, em um certo local, numa certa sociedade e num certo tempo. Esse encontro de saberes técnicos com os saberes culturais, crenças, entendimentos e compreensões pode levar a choques de percepção com potencial geração de conflitos.
Considerando os atributos derivados da APS, você acha que o fazer cotidiano de sua unidade os contempla? Você acredita que a pessoa e sua família são de fato respeitados quanto às suas autonomias, crenças, culturas e decisões? Refletindo sobre tudo isso, você acha que pode olhar para a população que você assiste em seu cotidiano na APS de forma diferente?
1.  Descrever o elo entre você e seus pacientes.
Conte-nos sobre essa relação, em que você é responsável por seus pacientes, respondendo perguntas como:
a) Os usuários que atendo são sempre atendidos por mim? Podem, de fato, ser chamados de Meus pacientes? 
- Os paciente que atendo são atendidos por mim e minha enfermeira, mas na maioria das vezes preferem passar por mim, principalmente nos casos de duvidas ou insegurança a cerca da doença ou conduta.
b) Meus pacientes compreendem que sou o principal responsável pela saúde deles? 
- Quando inicie meus atendimentos na UBS, existia uma cultura de tudo ter que passar pelo especialista, era como se o médico da UBS fosse apenas um preenchedor de guia para o especialista. Tive que ao longo do tempo reeducar a população mostrando a eles que tinha competência e segurança para conduzir sua saúde de forma holística. Hoje me tornei sim a principal responsável pela saúde deles e adquirir a confiança e o respeito, sendo permitido por eles o atendimento dele e dos seus, em sua necessidades integrais, dando assistência á doença ou na manutenção da saúde. 
c) Meus pacientes retornam para mim, após uma consulta com um especialista? 
- Meus pacientes sempre retornar após a consulta com um especialista, sempre em busca da minha opinião se deve de fato tomar a medicação que foi prescrita ou realizar o tratamento que foi indicado. Hoje percebo o elo de confiança que eles tem comigo e o nível de confiança. Chegam a dizer “doutora eu não tomei a medicação, pois preciso saber se devo tomar, o que a senhora acha?” ou dizem “doutora passei pelo especialista e ele me disse exatamente o que a senhora me disse” entre outros.
d)  Quando meus pacientes possuem demandas agudas, sou uma referência para eles? Eles buscam a unidade para avaliação minha e de minha equipe
- Sim, eles esperam o dia de atendimento, mas evitam muito a ir ao hospital ou outro médico. 
e) Meus pacientes pedem orientação e discutem comigo sobre as recomendações de especialistas? 
- Isso se tornou um hábito, pois tento explicar de forma clara o porque daquela orientação do especialista, adequando a linguagem para uma forma clara.
f)  Quando meus pacientes, por qualquer razão, passam por outros profissionais da unidade, eu realmente sei o que foi trabalhado e decidido nessa consulta? 
- Nem sempre, o que prejudica a continuidade do cuidado, sinto falta da contrarreferência do nutricionista e psicólogo que atende no posto, pois não usam o sistema para seus atendimentos. As vezes fico sabendo de forma superficial pela boca do paciente.
2.  Analisar atitudes encontradas nos pacientes que demonstrem vínculo estabelecido com você. Relate como o elo ou vínculo médico-pessoa se apresenta na sua prática: Meus pacientes me contam suas experiências com outros profissionais e outros especialistas na sua unidade ou em outros níveis do sistema de saúde? Discorra brevemente como isso acontece ou como não acontece, se possível dando, sucintamente, exemplos. (2,0 pontos)
- Tenho vários pacientes que ao irem em outro profissional chega a minha unidade básica para perdi minha opinião, principalmente a cerca de medicações ou cirurgias. Na maioria das vezes meus paciente não entendem o motivo de ter sido solicitado algum exame a pedido do colega e vão a consulta para esclarecer. As vezes ficam receosos em iniciar uma medicação com medo das reações, buscando em mim a confirmação de que se faz necessário o uso da medicação, elucidando suas dúvidas. Tenho pacientes que se estiverem doentes “com sintomas respiratórios ou dores suportáveis “ durante o final de semana, aguardam a segunda feira para se consultar, mas não vai em outro colega seja no hospital ou na UPA, dizem: “doutora só vou ao hospital se estiver morrendo, ao contrário espero o dia do seu atendimento”. 
3.  Propor ações de melhorias baseadas nas observações que você descreveu nos itens 1 e 2:
a) Como posso melhorar a regularidade de retorno dos meus pacientes comigo e com minha equipe? 
- busco fazer agendamentos no ato da consulta seja comigo ou com a enfermeira. Busco intercalar meus retornos com a enfermeira para que na minha ausência minha enfermeira conheça a doença do nosso paciente. Repito exames alterados a cada 3 ou 6 meses, ficando o paciente orientado a retornar no ato da consulta. Peço aos meus ACS a busca ativa dos pacientes e as visitas constantes em busca de informações acerca da minha população tanto ao atendimento no posto ou domiciliar.
b) Como posso melhorar a percepção de acesso dos meus pacientes quanto aos meus cuidados e os de minha equipe? 
- Através da triagem nos atendimentos pela escala de risco ou compartilhando os atendimentos com a enfermagem. Buscando através dos ACS trazer o paciente ao posto ou agendando uma visita em seu domicílio com a equipe. Compartilhando conhecimento em busca da prevenção ou rápido diagnostico. 
c) Como intensificar o elo para melhorar a percepção de meus pacientes em relação às minhas responsabilidades para com eles?  
- Através de palestras, contato diário com a população, adaptação da linguagem de acordo com o nível de entendimento/escolaridade, mostrando que não estamos para julgar e sim acolher e cuidar. 
d) Como aprimoro a relação com os demais profissionais da unidade para que eu, realmente, saiba o que está acontecendo com os meus pacientes? 
- Através das reuniões mensais, onde expondo os problemas e sugiro soluções. Onde podemos compartilhar as dificuldades diária a cerca da falta da integralidade dos atendimentos. 
- através de ligações para compartilhar a problemática do paciente, buscando orientar o motivo ao qual direcionei para os demais profissionais e solicitando um feedback após seu atendimento. 
O seu tutor terá acesso a esse texto e o acompanhará ao longo desse processo. Esse é um processo de construção textual que pode ser fruto do diálogo entre você e seu tutor sem prejuízo à sua avaliação.
Ao final do módulo, quando o texto estiver pronto, você poderá enviá-lo definitivamente através da ferramenta de envio, disponível a seguir.
Bom trabalho!
Após a leitura dos conteúdos da Unidade 2:
1. Cite pelo menos um exemplo de como a intersetorialidade pode ajudar a equipe de saúde no cuidado com as pessoas do território.
- Através das rodas de conversas colocamos a comunidade para ser agente ativo do seu auto cuidado, participando das decisões através dos representantes da população frente aos diferentes setores do governo. Um exemplo claro é a Conferencia Municipal da Saúde, eventoque conta com os diversos representantes dos governo, profissionais de saúde das diversas classes e representantes da população. 
2. Cite um exemplo de como o trabalho em equipe pode ajudar no processo de cuidado da unidade.
- através do planejamento multiprofissional visando a melhora do paciente, ou redução da dor ou até mesmo amparo ao luto. Preciso entender que para evolução do controle de um paciente hipertenso é necessário a estratégia da mudança do estilo de vida, da mudança na alimentação, na pratica da atividade física constate e das medicações necessárias, se fazendo imprescindível a enfermeira, o médico, a nutricionista, o educador físico e a psicóloga. 
Orientação:
Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
 Considere o conjunto de atos a seguir:
evitar que veja amigos; restringir o contato com a família de origem; insistir em saber onde a pessoa está em todos os momentos; ignorar ou tratar de forma indiferente; ficar bravo quando a pessoa fala com outro (a) homem/mulher; suspeitar frequentemente de traição.
Tais atos são considerados atitudes de:
Escolha uma opção:
a. Isolamento social.
b. Violência sexual.
c. Violência física.
d. Assédio sexual.
e. Comportamento controlador. 
 São essas as atitudes atribuídas ao comportamento controlador.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
No âmbito do Brasil, o Ministério da Saúde ressalta que violência física ocorre quando uma pessoa está em relação de poder com a outra, podendo causar ou tentar causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma que possa provocar ou não lesões externas, internas ou ambas. (BRASIL, 2002).
A informação apresentada, sobre a visão do MS a respeito de violência física, está:
Escolha uma opção:
a. Completa, embora o MS não associe violência e relações de poder.
b. ncompleta, pois o MS considera, também, a intenção de ato agressivo. 
O MS considera, também, a intenção de realizar tais agressões, como ameaçar de jogar algo ou de dar um soco.
c. Completa, embora o MS considere apenas lesões externas.
d. Incompleta, pois o MS considere, também, agressões verbais.
e. Completa, pois contém todos os aspectos considerados pelo MS.
Questão 3
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
A violência intrafamiliar se enquadra na categoria de violência interpessoal. Pode ser definida como toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física e a psicológica, ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família.
O termo violência intrafamiliar passou a ser adotado porque:
Escolha uma opção:
a. Independe das possíveis relações de poder entre os sujeitos.
b. Diz respeito, especificamente, a atos cometidos dentro de casa. 
Ao contrário, o termo não restringe o espaço ou ambiente em que os atos ou omissões são praticados.
c. Engloba tanto ações quanto omissões em relação a diferentes familiares.
d. Refere-se, unicamente a atos praticados contra pessoas de laços consanguíneos.
e. É mais restrito e específico do que o termo violência doméstica.
Questão 4
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
Violência de gênero, violência no casal e violência entre parceiros íntimos são diferentes nomenclaturas encontradas nos estudos sobre violência.
Sobre esses termos e sua utilização, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. São usados indiferentemente na legislação brasileira.
b. Cada um remete a um tipo diferente de violência praticada em relações afetivas. 
Todos os três termos remetem a ocorrências em relações afetivas independente do tipo violência praticada.
c. Atualmente, por consenso, o termo mais utilizado é violência no casal.
d. Predomina, no contexto internacional, o termo violência de gênero.
e. Violência no casal abarca danos físicos e sexuais sem considerar, contudo, danos morais.
Questão 5
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
A respeito da violência psicológica entre parceiros íntimos, considere as seguintes afirmações:
I - É considerada violência psicológica: impedir de trabalhar fora, de ter sua liberdade financeira e de sair, deixar o cuidado e a responsabilidade do cuidado e da educação dos filhos só para a mulher.
II – A violência psicológica acontece, provavelmente, em proporção maior que a violência física.
III - Para o Brasil (2002), violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa que a sofre. Estão corretas e completas as afirmações:
Escolha uma opção:
a. I, apenas.
b. I e II, apenas.
c. I, II e III. 
 A informação está incompleta.
d. II, apenas.
e. II e III, apenas.
Questão 6
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
À tipologia da violência apresentada pela OMS, Minayo acrescenta mais uma categoria: a violência estrutural.
 Essa categoria de violência se caracteriza por:
Escolha uma opção:
a. Ser uma consequência dos demais tipos de violência arrolados pela OMS.
b. Combater diferentes formas de dominação social. 
Ao contrário, a violência estrutural é a responsável por gerar processos de dominação nas diversas esferas.
c. Ocorrer com a consciência explícita dos sujeitos envolvidos.
d. Restringir-se a processos familiares de violência.
e. Oferecer marco à caracterização do comportamento violento.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
Nas discussões sobre violência é importante estabelecer, com clareza, a diferença entre agressão e conflito, palavras que, no discurso da cultura, assumem significados diversos.
Tal distinção é relevante porque agressão:
Escolha uma opção:
a. É comportamento intencional e causa danos. 
Agressão é caracterizada, exatamente, pela intencionalidade e pela geração de danos.
b. Ocorre, especificamente, quando há danos físicos.
c. Pode, ao contrário do conflito, não trazer danos.
d. Estádesvinculadado conceito de maus tratos.
e. É a consequência inevitável do conflito.
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
A violência pode ser estudada e classificada conforme os sujeitos ou grupos contra quem é praticada.
Dessa perspectiva, decorrem, por exemplo, as diferenças entre violência:
Escolha uma opção:
a. Por ação ou por omissão.
b. Com ou sem causas sociais.
c. Intencional e não intencional.
d. Sexual e psicológica.
e. Doméstica e no casal. 
Esses são tipos de violência conforme o tipo de indivíduo ou grupo contra quem é praticada, que incluem: violência coletiva, autoinflingida e interpessoal, sendo violência doméstica e no casal desse último tipo.
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
 O reconhecimento da violência sexual entre parceiros íntimos é difícil.
A razão dessa dificuldade de reconhecimento é que:
Escolha uma opção:
a. Essa é uma forma de violência desvinculada de relações assimétricas de poder.
b. Tal tipo de violência acarreta menos problemas de saúde.
c. Esse tipo de violência está circunscrito a uma determinada camada social.
d. Nesses casos, verifica-se uma invisibilidade decorrente do constrangimento em denunciar a prática. 
 As mulheres em geral sentem-se constrangidas em denunciar abusos dessa natureza ocorridos dentro de relacionamentos íntimos.
e. Em diversas culturas, a prática sexual não consensual é considerada dever da esposa.
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
 Embora existam muitas e diferentes delimitações para a violência sexual, a Organização Mundial da Saúde a define como:
 
tentativas ou investidas sexuais indesejados, com uso de coação e praticados por qualquer pessoa, independentemente de sua relação com a vítima e em qualquer contexto, seja doméstico ou não. Inclui atos como estupros (penetração forçada) dentro do casamento ou namoro, por estranhos ou mesmo em situações de conflitos armados.
 
A definição da OMS, conforme apresentada, está:
Escolha uma opção:
a. Incompleta, pois não inclui as situações de assédio mencionadas pelaorganização. 
A definição da OMS inclui assédios sexuais: atos e investidas, na forma de coerções e de pagamento ou favorecimento sexual nas relações hierárquicas (de trabalho ou escolares).
b. Completa, porque elenca os diversos tipos de situações possíveis.
c. Correta, pois abrange todas as situações previstas pela OMS.
d. Incorreta, pois a OMS não menciona outros contextos, além do doméstico.
e. Incorreta, porque a forma original não inclui situações de conflito a
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