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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL UNIDADE IV INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Elaboração Leila Barreto Corsi Atualização Susiane Gusi Boin e Oliveira Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE IV INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR .................................................................5 CAPÍTULO 1 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES .................................................................................... 5 CAPÍTULO 2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS ........................................................................................................................ 20 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE GESTANTES .................................................................................................................... 28 CAPÍTULO 4 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS IDOSOS ........................................................................................................................ 34 PARA (NÃO) FINALIZAR ...............................................................................................................................40 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................41 ANEXOS .........................................................................................................................................................49 4 5 UNIDADE IV INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR CAPÍTULO 1 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES A avaliação de crianças e adolescentes é realizada de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS). Para as crianças, as medidas corporais mais comumente utilizadas são peso e estatura e, para as crianças menores (até dois anos de idade), são incluídas também as circunferências cefálica e torácica. Nas crianças, os índices e indicadores antropométricos utilizados são peso por idade, estatura por idade, peso por estatura e IMC por idade. Já os adolescentes são avaliados por IMC por idade e estatura por idade. Existem outras medidas na avaliação antropométrica para essa população, como dobras cutâneas e circunferências corporais, mas são menos utilizados na prática clínica, embora forneçam dados adicionais importantes para a avaliação do estado nutricional atual das crianças e dos adolescentes. Quando possível, elas devem ser realizadas por avaliador treinado. Avaliação antropométrica A seguir serão abordadas algumas medidas e técnicas antropométricas usadas para a avaliação da criança e do adolescente. Peso O peso é a medida mais tradicional utilizada para avaliação de crianças. Para a aferição de crianças de zero a dois anos, utiliza-se balança pediátrica, com a criança completamente despida e na presença dos pais ou responsável. Deve-se retirar, inclusive, a fralda, que, quando molhada, pode representar até 20% do peso da criança. 6 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Para pessoas maiores de dois anos, utiliza-se a balança antropométrica (tipo plataforma) ou digital e mede-se utilizando a técnica descrita no Capítulo 1 da Unidade II. Comprimento e estatura Para a medida do comprimento, deve-se utilizar o antropômetro ou régua antropométrica em crianças de zero a dois anos de idade. A criança deve estar completamente despida, sem adereços e na presença de pais ou responsáveis. Colocar o aparelho apoiado em uma superfície plana, firme e lisa. Deitar a criança no centro do antropômetro, com as pernas relaxadas, com os olhos na direção vertical e as nádegas apoiadas na superfície horizontal, com as costas retas. Realizar a tomada da medida movendo a parte móvel do antropômetro contra a planta dos pés de modo a tocar simultaneamente os calcanhares. Anotar o comprimento antes de a criança ser retirada da posição. Para crianças de dois a 10 anos de idade, realiza-se a medida da estatura e, para isso, utiliza-se o estadiômetro ou antropômetro vertical. Nesse caso, a criança deve estar descalça e sem adereços na cabeça, sempre na presença de pais ou responsáveis. Essa técnica também está descrita no Capítulo 1 da Unidade II, com figura explicativa (Figura 9). Medidas segmentares e estimativa de estatura Stevenson (1995) publicou um trabalho validando fórmulas com o uso de medidas segmentares para estimar a estatura de crianças com paralisia cerebral, de dois a 12 anos de idade. Devido a trabalhos escassos na literatura, na prática clínica, utilizam-se essas fórmulas para estimar a estatura de pacientes infantis por medida segmentar, na impossibilidade de mensuração por outra técnica. Tabela 22. Estimativa de estatura para crianças e adolescentes (dois a 12 anos) com paralisia cerebral. Medida do segmento Estatura estimada (cm) Desvio-padrão (cm) Comprimento do joelho (CJ) E= (2,69 X CJ) + 24,2 ± 1,1 Comprimento de tíbia (CT) E= (3,26 X CT) + 30,8 ± 1,4 Comprimento superior do braço (CSB) E= (4,35 X CSB) + 24,2 ± 1,7 Fonte: Stevenson, 1995. Altura do Joelho A altura do joelho (AJ), ou comprimento do joelho (CJ) é realizada conforme técnica descrita anteriormente, de preferência do lado direito do corpo, com a perna flexionada em um ângulo de 90°. 7 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV Abaixo segue a figura exemplificando a tomada da medida. Figura 37. Mensuração da altura do joelho. Fonte: Bell et al., 2012. Comprimento da tíbia O comprimento da tíbia (CT) é uma medida pouco utilizada em adultos. Para a sua realização, é necessário usar fita métrica anelástica ou um antropômetro com as hastes pequenas. Toma-se a medida estendendo a fita da borda superomedial da tíbia (na região do joelho) até a borda medial maleolar inferior (parte interna do tornozelo). Abaixo, seguem as Figuras 38 e 39, para a exemplificação. Figura 38. Mensuração do comprimento de tíbia. Fonte: Bell et al., 2012. 8 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Figura 39. Mensuração do comprimento de tíbia. Fonte: Bell et al., 2012. Comprimento superior do braço O comprimento superior do braço (CSB) é a medida da distância entre o acrômio e a cabeça do rádio. De preferência, essa medida deve ser realizada com a criança em pé ou sentada, com o braço flexionado num ângulo de 90°. Figura 40. Mensuração do comprimento de braço. Fonte: Bell et al., 2012. 9 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV Dobra Cutânea Tricipital (DCT) Para a mensuração da DCT, demarca-se o ponto médio entre o acrômio e o olecrano, com auxílio de fita métrica milimetrada. O braço deve estar ao longo do corpo, relaxado. Destaca-se a dobra do tecido muscular e faz-se a medição. Deve-se atentar para pinçar apenas a dobra referente ao músculo tricipital. O valor pode ser interpretado de acordo com as curvas de percentis de Frisancho (1990), sendo considerado, segundo o percentil: desnutrição < p5th, eutrofia, entre p5-95th e excesso de peso >p95th (conforme Tabela 31 no Capítulo 2 desta Unidade). Circunferência do Braço (CB) A CB deve ser medida com fita métrica milimetrada, após encontrar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano. Seu valor pode ser interpretado de acordo com as curvas de percentis de Frisancho (1990), sendo considerado, segundo o percentil: desnutrição < p5th, eutrofia, entre p5-95th e excesso de peso >p95th (conforme Tabela 30 no Capítulo 2 desta Unidade). Circunferência Muscular do Braço (CMB) Derivou-se o valor da CMB por meio do cálculo dos valores da CB e da DCT, utilizando a seguinte equação: CMB = CB - (0,314 x DCT). Para sua interpretação, utilizam-se as curvas de percentis de Frisancho (1981), sendo considerado, segundo o percentil: desnutrição < p5th, eutrofia, entre p5-95th e excesso de peso >p95th (conformeTabela 32 no Capítulo 2 desta Unidade). Perímetro Cefálico O perímetro cefálico é medido passando-se a fita métrica pela glabela e pela parte mais saliente do occipital. O perímetro deve ser realizado de forma prioritária nos três primeiros anos de vida da criança, pois essa medida reflete o desenvolvimento cerebral e é a última medida a ser comprometida no estado de carência. Os valores esperados são: » Recém-nascido: 34 a 35 cm. » Seis meses: 42 a 44 cm. » Um ano: 45 a 47 cm. 10 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Sendo o crescimento esperado: » 1° trimestre: 2 cm/mês. » 2° trimestre: 1 cm/mês. » 3° trimestre: 0,5 cm/mês. » Um a três anos de idade: 0,25 cm/mês. » Até seis anos de idade: 1 cm/ano. Indices e indicadores antropométricos Peso ao nascer O peso ao nascimento é um indicador do estado nutricional do recém-nascido e é utilizado como fator prognóstico para o crescimento e desenvolvimento infantil e social. Ele vem sendo relacionado também ao desenvolvimento de doenças crônicas na idade adulta. O baixo peso ao nascimento, assim como o muito baixo peso ao nascimento, está associado a maior risco de desnutrição, infecções, atraso do crescimento e do desenvolvimento intelectual adequado para a idade. Segundo publicação da Organização Mundial da Saúde (1995), classifica-se o peso ao nascer da seguinte forma: » Muito Baixo Peso ao Nascimento (MBPN): recém-nascido com peso inferior a 1.500g. » Baixo Peso ao Nascimento (BPN): recém-nascido com peso inferior a 2.500g. » Peso Insuficiente ao Nascimento (PIN): recém-nascido com peso entre 2.500g e 3.000g. » Peso Adequado ao Nascimento (PAN): recém-nascido com peso entre 3.000g e 4.000g. » Excesso Peso ao Nascimento (EPN): recém-nascido com peso superior a 4.000g. Peso/Idade (P/I) O índice peso/idade é o mais tradicional e largamente utilizado indicador do estado nutricional e é constituído a partir da relação do peso observado ou o peso de referência por idade e sexo. Esse índice reflete a distribuição do peso corporal em relação à idade cronológica da criança, e, em sua avaliação, não se diferencia a natureza do problema. O P/I é mais utilizado para avaliar déficits ou mudanças ponderais recentes. Esse índice apresenta algumas limitações, por exemplo: às vezes a idade é desconhecida e, pelo fato de o índice não relacionar altura, não reflete o verdadeiro crescimento 11 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV (crescimento linear), não possibilitando diagnóstico da natureza da desnutrição. Mais comumente utilizado em crianças de até dois anos de idade. Cálculo do escore z: Escore z = peso observado (paciente) - peso esperado (mediana) para idade (escore z = 0) desvio padrão * Peso/Estatura (P/E) Esse índice expressa a proporcionalidade ou harmonia das dimensões do corpo ou harmonia do processo de crescimento, ou seja, reflete a distribuição do peso corporal em relação à altura. O ganho de peso insuficiente em relação à altura ou à perda de peso resultam de um processo recente e severo, associado de forma aguda e/ou doença grave. É utilizado para a classificação do estado nutricional por antropometria em crianças de até cinco anos de idade. Cálculo do escore z: Escore z = peso observado (paciente) - peso esperado (mediana) para estatura/comprimento desvio padrão * Estatura/Idade ou Comprimento/Idade (E/I) Esse índice reflete o crescimento linear. O ganho insuficiente de altura em relação à idade é resultado de condições de saúde e/ou nutricionais inadequadas por um período de tempo prolongado ou associado a um processo contínuo, que vem ocorrendo há algum tempo. Para realização desse índice, é necessário saber a idade correta da criança, informação que, muitas vezes, é desconhecida. O índice comprimento/idade deve ser realizado até a criança completar dois anos de idade. A partir dessa idade, utiliza-se o índice estatura/idade. Cálculo do escore: Escore z = estatura/comprimento observado (paciente) - estatura/comp. esperado (mediana) para idade desvio padrão * Índice de Massa Corporal (IMC/I) Esse índice também expressa a proporcionalidade ou harmonia das dimensões do corpo ou harmonia do processo de crescimento, ou seja, reflete a distribuição do peso 12 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR corporal em relação à altura e à idade. Ele pode ser utilizado em pacientes de todas as faixas etárias, sendo mais recomendando para os maiores de cinco anos de idade. A utilização do IMC em todas as faixas etárias é importante, uma vez que é possível acompanhar o crescimento do indivíduo ao longo do tempo sem modificar o método (índice) de avaliação. Cálculo do escore z: Escore z = IMC calculado (paciente) - IMC esperado (mediana)/idade desvio padrão * * Desvio padrão O cálculo do desvio padrão é feito a partir da diferença dos valores observados de mais ou menos 1 dp para a mediana 0 dp. Observar se o dado coletado está acima ou abaixo da mediana. Se abaixo do valor da mediana, calcular: (valor da mediana) - (valor de -1 desvio padrão). Se acima do valor da mediana, calcular: (valor de +1 desvio padrão) - (valor da mediana) Construção das curvas de crescimento A OMS lançou, em 2006, as novas Curvas para Avaliação do Crescimento da Criança de 0 a 5 anos. Essas curvas foram construídas a partir de um estudo mundial, com a participação de países das principais regiões geográficas do mundo, entre eles o Brasil (PELOTAS, RS). As novas curvas de crescimento constituem um importante instrumento técnico para medir, monitorar e avaliar o crescimento de todas as crianças de 0 a 5 anos, independentemente da origem étnica, situação socioeconômica ou tipo de alimentação. Desnutrição, sobrepeso, obesidade e condições associadas ao crescimento e à nutrição podem ser detectadas e encaminhadas precocemente na criança. Com a utilização dessas novas curvas, pais, profissionais de saúde e gestores de políticas públicas tomarão conhecimento dos padrões do que constitui uma boa nutrição, saúde e desenvolvimento infantil (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Acesso em: 1º ago. 2020). Para utilização dessas curvas, é necessário realizar a tomada de peso, da estatura, o cálculo do IMC, além da idade da criança. 13 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV A avaliação das curvas de crescimento é feita a partir do traçado da linha gerada após a marcação das medidas obtidas nas consultas. » Curva ascendente: apresenta crescimento satisfatório. Entretanto, não deve estar acima do recomendado, quando a criança apresentará excesso de peso. » Horizontal: parada no crescimento da criança. É um sinal de alerta que deve ser investigado a fim de que se busquem suas causas. » Descendente: perda de peso ou parada no ganho de peso. Avaliar os fatores de risco que estão gerando essa situação, buscando a melhor intervenção para a recuperação de um crescimento adequado. As curvas para avaliação antropométrica de crianças e adolescentes da Organização Mundial de Saúde encontram-se disponíveis no site da Sociedade Brasileira de Pediatria: https://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/endocrinologia/ graficos-de-crescimento/. Nessa página, também é possível encontrar as curvas de crescimento para nascidos prematuros, para crianças com Síndrome de Down e com Síndrome de Turner. Classificação do Estado Nutricional Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 2006, 2007 Tabela 23. Indicadores para a classificação de indivíduos de 0 até 18 anos, 11 meses e 29 dias. Indicadores Idade de acompanhamento Peso/idade 0 a 10 anos de idade Peso/estatura 0 a 5 anos de idade IMC/idade 0 a 19 anos de idade Altura/idade 0 a 19 anos de idade Fonte: WHO 2006, 2007. Tabela 24. Classificação do estado nutricional para crianças de 0 a 5 anos de idade segundo a OMS. Estatura para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional< percentil 0,1 < escore z -3 Muito baixa estatura para idade ≥ percentil 0,1 e < percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Baixa estatura para idade ≥ percentil 3 ≥ escore z -2 Estatura adequada para idade Peso para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Muito baixo peso para idade 14 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR ≥ percentil 0,1 e ≤ percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Baixo peso para idade ≥ percentil 3 e ≤ percentil 97 ≥ escore z -2 e ≤ escore z +2 Peso adequado para idade > percentil 97 > escore z +2 Peso elevado para idade Peso para estatura Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Magreza acentuada ≥ percentil 0,1 e ≤ percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Magreza ≥ percentil 3 e ≤ percentil 85 ≥ escore z -2 e ≤ escore z +1 Eutrofia > percentil 85 ≤ percentil 97 > escore z +1 ≤ escore z +2 Risco de sobrepeso > percentil 97 ≤ percentil 99 > escore z +2 ≤ escore z +3 Sobrepeso > percentil 99 > escore z +3 Obesidade IMC para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Magreza acentuada ≥ percentil 0,1 e ≤ percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Magreza ≥ percentil 3 e ≤ percentil 85 ≥ escore z -2 e ≤ escore z +1 Eutrofia > percentil 85 ≤ percentil 97 > escore z +1 ≤ escore z +2 Risco de sobrepeso > percentil 97 ≤ percentil 99,9 > escore z +2 ≤ escore z +3 Sobrepeso > percentil 99,9 > escore z +3 Obesidade Fonte: Brasil, 2008; WHO, 2006. Para crianças de zero a cinco anos de idade, estão disponíveis, nas curvas da OMS (2006), os dados de alguns indicadores antropométricos além do P/I, P/E, E/I e IMC/I. É possível classificar a CB, a DCT, a DCSE e o perímetro cefálico por percentil e escore z. Neste link: https://www.who.int/childgrowth/standards/en/ estão disponíveis todas as curvas para baixar. Tabela 25. Classificação do estado nutricional para crianças de 5 a 10 anos de idade segundo a OMS. Estatura para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Muito baixa estatura para idade ≥ percentil 0,1 e < percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Baixa estatura para idade ≥ percentil 3 ≥ escore z -2 Estatura adequada para idade Peso para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Muito baixo peso para idade ≥ percentil 0,1 e ≤ percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Baixo peso para idade ≥ percentil 3 e ≤ percentil 97 ≥ escore z -2 e ≤ escore z +2 Peso adequado para idade 15 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV > percentil 97 > escore z +2 Peso elevado para idade IMC para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Magreza acentuada ≥ percentil 0,1 e ≤ percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Magreza ≥ percentil 3 e ≤ percentil 85 ≥ escore z -2 e ≤ escore z +1 Eutrofia > percentil 85 ≤ percentil 97 > escore z +1 ≤ escore z +2 Sobrepeso > percentil 97 ≤ percentil 99,9 > escore z +2 ≤ escore z +3 Obesidade > percentil 99,9 > escore z +3 Obesidade grave Fonte: Brasil, 2008; WHO, 2007. Tabela 26. Classificação do estado nutricional para crianças de 10 a 19 anos de idade segundo a OMS. Estatura para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Muito baixa estatura para idade ≥ percentil 0,1 e < percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Baixa estatura para idade ≥ percentil 3 ≥ escore z -2 Estatura adequada para idade IMC para idade Valores Críticos Diagnóstico nutricional < percentil 0,1 < escore z -3 Magreza acentuada ≥ percentil 0,1 e ≤ percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Magreza ≥ percentil 3 e ≤ percentil 85 ≥ escore z -2 e ≤ escore z +1 Eutrofia > percentil 85 ≤ percentil 97 > escore z +1 ≤ escore z +2 Sobrepeso > percentil 97 ≤ percentil 99,9 > escore z +2 ≤ escore z +3 Obesidade > percentil 99,9 > escore z +3 Obesidade grave Fonte: Brasil, 2008; WHO 2007. Para facilitar o cálculo dos dados nas curvas de crescimento, é possível os baixar os programas WHO Anthro (para crianças de zero a cinco anos de idade) e WHO Anthro Plus (para crianças e adolescentes de cinco a 19 anos de idade) direto do site da Organização Mundial de Saúde. A URL de acesso para baixar o WHO Anthro é https://www.who.int/childgrowth/software/en/ e a URL de acesso para baixar o WHO Anthro Plus é https://www.who.int/growthref/tools/en/ . Avaliação da maturação sexual Para a avaliação correta do estado nutricional do adolescente, é necessário realizar a avaliação da maturação sexual por meio de exame clínico ou autoavaliação por comparação com figuras ou imagens proposta por Tanner. 16 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Na avaliação proposta por Tanner (1962), a caracterização dos estágios púberes (estágios de maturação sexual) é realizada por meio do desenvolvimento das mamas (M) e crescimento de pelos pubianos (P) no sexo feminino, e do desenvolvimento da genitália (G) e o crescimento de pelos pubianos (P) no sexo masculino. A necessidade dessa avaliação existe devido à relação entre os estágios de maturação sexual com as alterações orgânicas importantes para a avaliação do estado nutricional, como o estirão de crescimento, a menarca e o desenvolvimento de massa muscular. As etapas de maturação sexual são: » Estágio 1: pré-puberal. » Estágio 2: em torno de 11 anos de idade (variando de 9 a 13 anos). » Estágio 3: em torno de 12 anos de idade (variando de 10 a 14 anos). » Estágio 4: em torno de 13 anos de idade (variando de 10 a 15 anos). » Estágio 5: adulto. Tabela 27. Estágios de maturação sexual propostos por Tanner. Meninas Mamas M1 Fase pré-adolescência. Mama infantil com elevação da papila. M2 Mama em fase de botão, broto mamário. Aumento inicial da glândula mamária com elevação da aréola e da papila, formando um pequeno montículo saliente. Aumento do diâmetro da aréola com modificação da textura. M3 Maior aumento da mama, sem separação dos contornos. M4 Projeção da aréola e das papilas para formar montículo secundário por cima da mama. M5 Mamas com aspecto adulto. O contorno areolar é novamente incorporado ao contorno da mama. Pelos pubianos P1 Fase pré-adolescência. Ausência de pelos pubianos. Pode haver uma leve penugem semelhante à observada na parede abdominal. P2 Presença de pelos longos, macios, ligeiramente pigmentados, ao longo dos grandes lábios. P3 Pelos mais escuros, encaracolados e grossos, espalhando-se esparsamente pela sínfise púbica. P4 Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda sem atingir a face interna das coxas. P5 Pelos do tipo adulto, cobrindo todo o púbis e a virilha. Meninos Genitália G1 Fase pré-adolescência. Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis. G2 Aumento inicial do volume testicular (> 4 mL). A pele escrotal muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento mínimo ou ausente do pênis. 17 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV G3 Aumento do pênis em comprimento. Maior crescimento dos testículos e do escroto. G4 Aumento do diâmetro do pênis e da glândula de crescimento dos testículos e do escroto. A pele do escroto escurece. G5 Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e forma de adulto. Pelos pubianos P1 Fase pré-adolescência. Ausência de pelos pubianos. Pode haver uma leve penugem semelhante à observada na parede abdominal. P2 Presença de pelos longos, macios e ligeiramente pigmentados na base do pênis. P3 Pelos mais escuros, encaracolados e grossos, espalhando-se esparsamente pela sínfise púbica. P4 Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda sem atingir a face interna das coxas. P5 Pelos do tipo adulto, estendendo-se até a face interna das coxas. Fonte: adaptada de Tanner, 1966. Avaliação bioquímica Os exames bioquímicos solicitados às crianças e aos adolescentessão os mesmos utilizados para a avaliação de adultos, com a diferença apenas nos valores de referência. Os exames mais comumente solicitados são: hemograma, colesterol total e frações, triglicérides, hemoglobina glicosilada e glicemia. Em crianças com desnutrição, é importante avaliar as proteínas séricas, especialmente a albumina e a pré-albumina, assim como os biomarcadores de deficiência de vitaminas A e D (importantes para a visão, formação do sistema nervoso central, calcificação e crescimento) e investigação da anemia – exames que avaliam ferro, estoque de ferro e vitaminas B9 e B12. Caso se detecte alguma alteração, o nutricionista deve fazer a intervenção nutricional necessária e encaminhar o cliente ao profissional mais adequado para o acompanhamento conjunto do caso. Avaliação Nutricional Subjetiva Global em Crianças e Adolescentes Para a realização da avaliação nutricional subjetiva global (ANSG) em crianças e em adolescentes, deve-se atentar à utilização de instrumentos específicos para essas faixas etárias, já que condições fisiológicas e parâmetros de exames físicos, laboratoriais e antropométricos são diferentes dos adultos e idosos. Alguns instrumentos já são validados para essa população e é necessário tomar alguns cuidados ao escolher qual será utilizado. Dentre as ferramentas mais conhecidas e aplicadas, têm-se a STRONGkids, a PYMS e a STAMP(c). É importante ressaltar que, quando o indivíduo possui alguma patologia 18 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR específica, antes de aplicar uma ANSG mais generalista, é necessário realizar a busca da existência do instrumento para aquela doença, como é o caso de crianças com câncer e o uso da ferramenta SCAN. A STRONGkids consiste em quatro itens, sendo eles: 1. avaliação clínica subjetiva; 2. alto risco da doença; 3. ingestão alimentar; e 4. perda de peso, e segue com pontuação e classificação com escala do risco nutricional. A PYMS (Paediatric Yorkhill Malnutrition Score) é uma ferramenta de triagem pediátrica, validada para uso da enfermagem, com o objetivo de determinar o grau de risco de desnutrição dos pacientes. Para isso, avaliam-se critérios de avaliação dietética e consumo alimentar, parâmetros antropométricos e medidas da composição corporal. As crianças são classificadas com alto, intermediário ou baixo risco de desnutrição. A sensibilidade dessa ferramenta é semelhante à da STAMP(c), outra ferramenta de ANSG que será comentada a seguir. A STAMP(c) (Screening Tool for the Assessment of Malnutrition in Paediatrics) é uma ferramenta de triagem de risco nutricional específica para crianças que pode ser usada por profissionais de saúde. Nessa ferramenta, são triados dados sobre a doença, a ingestão alimentar e os dados antropométricos e as suas classificações antropométricas. As crianças são classificadas com alto, médio ou baixo risco de desnutrição. Avaliação do Consumo Alimentar A avaliação do consumo alimentar de crianças e adolescentes é feita com os mesmos instrumentos utilizados para avaliação de adultos. Até os sete anos de idade, as informações referentes à ingestão alimentar da criança são colhidas dos pais ou responsáveis. A partir dessa idade, a criança pode responder aos questionamentos, sendo necessário recorrer aos adultos apenas em caso de dúvida ou se houver lacuna no preenchimento. Os acompanhantes da criança devem ser orientados a não interferir nas respostas, exceto se questionados diretamente. Outro fator importante é o questionamento aos responsáveis sobre a ingestão da criança, e não sobre o que foi oferecido. Muitas vezes, os responsáveis listam os alimentos e as porções que foram oferecidos à criança, mas que não necessariamente foram consumidos. Questionar a ingestão hídrica e o consumo de balas, salgados e doces é extremamente importante, uma vez que esses dados são frequentemente esquecidos. 19 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV As crianças a partir de sete anos costumam responder melhor aos recordatórios de 24 horas ou dia habitual porque esses métodos não são tão extensos quanto o questionário de frequência de consumo alimentar e por serem identificados dentro da rotina (ex.: que horas acordou, qual foi o café da manhã e assim por diante). A avaliação da ingestão pode ser realizada, inclusive, com bebês, quando em alimentação complementar. A mãe ou o responsável devem referir o horário das refeições, o tipo de alimentação oferecida (papa de frutas, leite, papa salgada etc.) e a porção caseira do alimento. 20 CAPÍTULO 2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS Avaliação antropométrica no adulto A avaliação nutricional de um indivíduo adulto segue as orientações dadas na Unidade I do Capítulo 1. As principais medidas e indicadores antropométricos utilizados são peso, estatura, circunferência abdominal e dobras cutâneas corporais. Índice de Massa Corporal (IMC) O IMC de adultos deve ser classificado de acordo com os pontos de corte estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Tabela 28. Classificação do estado nutricional pelo IMC. IMC (kg/m²) Classificação < 16,0 Magreza Grau III 16,0 − 16,9 Magreza Grau II 17,0 − 18,4 Magreza Grau I 18,5 − 24,9 Eutrofia 25,0 − 29,9 Sobrepeso 30,0 − 34,9 Obesidade Grau I 35,0 − 39,9 Obesidade Grau II ≥ 40,0 Obesidade Grau III Fonte: WHO, 1995, 2000. Um estudo realizado pela American Cancer Society com 750.000 homens e mulheres avaliou a relação do IMC com todas as causas de mortalidade, evidenciando o grande risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis com o aumento do IMC. Outra maneira de realizar a avaliação nutricional de adultos é avaliar o IMC conjuntamente com a circunferência da cintura, como mostra o quadro a seguir: Tabela 29. Avaliação da circunferência da cintura conjuntamente com o IMC. Fonte: Organização Mundial de Saúde – WHO, 1995 e 2000 IMC – kg/m² Risco de doenças crônicas não transmissíveis – circunferência da cintura Homem < 102 cm Mulher < 88 cm Homem > 102 cm Mulher > 88 cm Desnutrido < 18,5 ----- ----- Eutrófico 18,5 − 24,9 ----- ----- 21 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV Fonte: Organização Mundial de Saúde – WHO, 1995 e 2000 IMC – kg/m² Risco de doenças crônicas não transmissíveis – circunferência da cintura Homem < 102 cm Mulher < 88 cm Homem > 102 cm Mulher > 88 cm Sobrepeso 25,0 − 29,9 Aumentado Alto Obesidade I 30,0 − 34,9 Alto Muito alto Obesidade II 35,0 − 39,9 Muito Alto Muito alto Obesidade III > 40,0 Extremamente alto Extremamente alto Fonte: NHBLBI Obesity Education Initiative, 2000. Essa avaliação conjunta mostra a importância da utilização de diferentes dados antropométricos para avaliação de um indivíduo. Circunferência do braço A adequação da circunferência do braço em adultos pode ser avaliada localizando-se a medida encontrada na tabela de percentis de Frisancho (1990). Para interpretação, utilizam-se as curvas de percentis de Frisancho, e considera-se: desnutrição < p5th, eutrofia, entre p5-95th e excesso de peso >p95th Tabela 30. Referência dos valores de CB (cm) propostas por Frisancho (1990). Percentis Femininos Percentis Masculinos Idade (anos) 5th 25th 50 th 75 th 95 th 5th 25th 50 th 75 th 95 th 1,0 − 1,9 13,6 14,8 15,7 16,4 17,8 14,2 15,2 16,0 16,9 18,2 2,0 − 2,9 14,2 15,4 16,1 17,0 18,5 14,3 15,5 16,3 17,1 18,6 3,0 − 3,9 14,4 15,7 16,6 17,4 19,0 15,0 16,0 16,8 17,6 19,0 4,0 − 4,9 14,8 16,1 17,0 18,0 19,5 15,1 16,2 17,1 18,0 19,3 5,0 − 5,9 15,2 16,5 17,5 18,5 21,0 15,5 16,6 17,5 18,5 20,5 6,0 − 6,9 15,7 17,0 17,8 19,0 22,0 15,8 17,0 18,0 19,1 22,8 7,0 − 7,9 16,4 17,5 18,6 20,1 23,3 16,1 17,6 18,7 20,0 22,9 8,0 − 8,9 16,7 18,2 19,5 21,2 25,1 16,5 18,1 19,2 20,5 24,0 9,0− 9,9 17,6 19,1 20,6 22,2 26,7 17,5 19,0 20,1 21,8 26,0 10,0 − 10,9 17,8 19,5 21,2 23,4 27,3 18,1 19,7 21,1 23,1 27,9 11,0 − 11,9 18,8 20,6 22,2 25,1 30,0 18,5 20,6 22,1 24,529,4 12,0 − 12,9 19,2 21,5 23,7 25,8 30,2 19,3 21,5 23,1 25,4 30,3 13,0 − 13,9 20,1 22,5 24,3 26,7 32,7 20,0 22,5 24,5 26,6 30,8 14,0 − 14,9 21,2 23,5 25,1 27,4 32,9 21,6 23,8 25,7 28,1 32,3 15,0 − 15,9 21,6 23,5 25,2 27,7 32,2 22,5 25,1 27,2 29,0 32,7 22 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Percentis Femininos Percentis Masculinos 16,0 − 16,9 22,3 24,4 26,1 28,5 33,5 24,1 26,7 28,3 30,6 34,7 17,0 − 17,9 22,0 24,5 26,6 29,0 35,4 24,3 26,8 28,6 30,8 34,7 18,0 − 24,9 22,4 24,8 26,8 29,02 35,2 26,0 28,7 30,7 33,0 37,2 25,0 − 29,9 23,1 25,5 27,6 30,6 37,1 27,0 29,8 31,8 34,2 38,3 30,0 − 34,9 23,8 26,4 28,6 32,0 38,5 27,7 30,5 32,5 34,9 38,2 35,0 − 39,9 24,1 26,8 29,4 32,6 39,0 27,4 30,7 32,9 35,1 38,2 40,0 − 44,9 24,3 27,2 29,7 33,2 38,8 27,8 31,0 32,8 34,9 38,1 45,0 − 49,9 24,2 27,4 30,1 33,5 40,0 27,2 30,6 32,6 34,9 38,2 50,0 − 54,9 24,8 28,0 30,6 33,8 39,3 27,1 30,2 32,3 34,5 38,3 55,0 − 59,9 24,8 28,2 30,9 34,3 40,0 26,8 30,4 32,3 34,3 37,8 60,0 − 64,9 25,0 28,4 30,8 34,0 39,6 26,6 29,7 32,0 34,0 37,5 65,0 − 69,9 24,3 28,0 30,5 33,4 38,5 25,4 29,0 31,1 33,2 36,6 70,0 − 74,9 23,8 27,6 30,3 33,1 37,5 25,1 28,5 30,7 32,6 36,0 Fonte: adaptada de Frisancho, 1990. Dobras cutâneas Tabela 31. Referência dos valores de DCT (mm) propostas por Frisancho (1990). Percentis Femininos Percentis Masculinos Idade (anos) 5th 25th 50 th 75 th 95 th 5th 25th 50 th 75 th 95 th 1,0 − 1,9 6,0 8,0 10,0 12,0 16,0 6,5 8,0 10,0 12,0 15,5 2,0 − 2,9 6,0 8,5 10,0 12,0 16,0 6,0 8,0 10,0 12,0 15,0 3,0 − 3,9 6,0 8,5 10,0 12,0 16,0 6,0 8,0 9,5 11,5 15,0 4,0 − 4,9 6,0 8,0 10,0 12,0 15,5 5,5 7,5 9,0 11,0 14,0 5,0 − 5,9 5,5 8,0 10,0 12,0 17,0 5,0 7,0 8,0 10,0 14,5 6,0 − 6,9 6,0 8,0 10,0 12,0 17,0 5,0 6,5 8,0 10,0 16,0 7,0 − 7,9 6,0 8,0 10,5 12,5 19,0 4,5 6,0 8,0 10,5 16,0 8,0 − 8,9 6,0 8,5 11,0 14,5 22,5 5,0 7,0 8,5 11,0 19,0 9,0 − 9,9 6,5 9,0 12,0 16,0 25,0 5,0 6,5 9,0 12,5 20,0 10,0 − 10,9 7,0 9,0 12,5 17,5 27,0 5,0 7,5 10,0 14,0 24,0 11,0 − 11,9 7,0 10,0 13,0 18,0 29,0 5,0 7,5 10,0 16,0 27,0 12,0 − 12,9 7,0 11,0 14,0 18,5 27,5 4,5 7,5 10,5 14,5 27,5 13,0 − 13,9 7,0 11,0 15,0 20,0 30,0 4,5 7,0 9,0 13,0 25,0 14,0 − 14,9 8,0 11,5 16,0 21,0 32,0 4,0 6,0 8,5 12,5 23,5 23 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV Percentis Femininos Percentis Masculinos 15,0 − 15,9 8,0 12,0 16,5 20,5 32,5 5,0 6,0 7,5 11,0 23,5 16,0 − 16,9 10,5 14,0 18,0 23,0 32,5 4,0 6,0 8,0 12,0 23,0 17,0 − 17,9 9,0 13,0 18,0 24,0 34,5 4,0 6,0 7,0 11,0 19,5 18,0 − 24,9 9,0 14,0 18,5 24,5 36,0 4,0 6,5 10,0 14,5 23,5 25,0 − 29,9 10,0 15,0 20,0 26,5 38,0 4,0 7,0 11,0 15,5 25,0 30,0 − 34,9 10,5 17,0 22,5 29,5 41,5 4,5 8,0 12,0 16,5 25,0 35,0 − 39,9 11,0 18,0 23,5 30,0 41,0 4,5 8,5 12,0 16,0 24,5 40,0 − 44,9 12,0 19,0 24,5 30,5 41,0 5,0 8,0 12,0 16,0 26,0 45,0 − 49,9 12,0 19,5 25,5 32,0 42,5 5,0 8,0 12,0 16,0 25,0 50,0 − 54,9 12,0 20,5 25,5 32,0 42,0 5,0 8,0 11,5 15,0 25,0 55,0 − 59,9 12,0 20,5 26,0 32,0 42,5 5,0 8,0 11,5 15,0 25,0 60,0 − 64,9 12,5 20,5 26,0 32,0 42,5 5,0 8,0 11,5 15,5 24,0 65,0 − 69,9 12,0 19,0 25,5 30,0 40,0 4,5 8,0 11,0 15,0 23,5 70,0 − 74,9 11,0 18,0 24,0 29,5 38,5 4,5 8,0 11,0 15,0 23,0 Fonte: adaptada de Frisancho, 1990. As medidas de dobras cutâneas mais utilizadas em adultos são as do tríceps (DCT), do bíceps, subescapular (DCSE) e suprailíaca (consultar Capítulo 1 da Unidade I). Deve-se observar sempre os pontos de corte. A DCT e a DCSE possuem boa relação com a gordura corporal total, então, mesmo na impossibilidade de realizar as outras dobras, estas já retratam como o paciente pode estar. Para avaliação das dobras cutâneas, sugerem-se as curvas de percentis de Frisancho, e considera-se: desnutrição < p5th, eutrofia, entre p5-95th e excesso de peso > p95th. Circunferência muscular do braço Para os adultos, a circunferência muscular do braço (CMB) é uma medida importante, pois avalia, de forma indireta, a taxa de variação da massa muscular esquelética. Seus valores devem ser interpretados segundo as curvas de percentis de Frisancho, e considera- se: desnutrição < p5th, eutrofia, entre p5-95th e excesso de peso > p95th. Tabela 32. Referência dos valores de CMB (cm) propostas por Frisancho (1981). Percentis Femininos Percentis Masculinos Idade (anos) 5th 25th 50 th 75 th 95 th 5th 25th 50 th 75 th 95 th 1 – 1,9 10,5 11,7 12,4 13,9 14,3 11,0 11,9 12,7 13,5 14,7 2 – 2,9 11,1 11,9 12,6 13,3 14,7 11,1 12,2 13,0 14,0 15,0 24 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Percentis Femininos Percentis Masculinos 3 – 3,9 11,3 12,4 13,2 14,0 15,2 11,7 13,1 13,7 14,3 15,3 4 – 4,9 11,5 12,8 13,8 14,4 15,7 12,3 13,3 14,1 14,8 15,9 5 – 5,9 12,5 13,4 14,2 15,1 16,5 12,8 14,0 14,7 15,4 16,9 6 – 6,9 13,0 13,8 14,5 15,4 17,1 13,1 14,2 15,1 16,1 17,7 7 – 7,9 12,9 14,2 15,1 16,0 17,6 13,7 15,1 16,0 16,8 19,0 8 – 8,9 13,8 15,1 16,0 17,1 19,4 14,0 15,4 16,2 17,0 18,7 9 – 9,9 14,7 15,8 16,7 18,0 19,8 15,1 16,1 17,0 18,3 20,2 10 – 10,9 14,8 15,9 17,0 18,0 19,7 15,6 16,6 18,0 19,1 22,1 11 – 11,9 15,0 17,1 18,1 19,6 22,3 15,9 17,3 18,3 19,5 23,0 12 – 12,9 16,2 18,0 19,1 20,1 22,0 16,7 18,2 19,35 21,0 24,1 13 – 13,9 16,9 18,3 19,8 21,1 24,0 17,2 19,6 21,1 22,6 24,5 14 – 14,9 17,4 19,0 20,1 21,6 24,7 18,9 21,2 22,3 24,0 26,4 15 – 15,9 17,5 18,9 20,2 21,5 24,4 19,9 21,8 23,7 25,4 27,2 16 – 16,9 17,0 19,0 20,2 21,6 24,9 21,3 23,4 24,9 26,9 29,6 17 – 17,9 17,5 19,4 20,5 22,1 25,7 22,4 24,5 25,8 27,3 31,2 18 – 18,9 17,4 19,1 20,2 21,5 24,5 22,6 25,2 26,4 28,3 32,4 19 – 24,9 17,9 19,5 20,7 22,1 24,9 23,8 25,7 27,3 28,9 32,1 25 – 34,9 18,3 19,9 21,2 22,8 26,4 24,3 26,4 27,9 29,8 32,6 35 – 44,9 18,6 20,5 21,8 23,6 27,2 24,7 26,9 28,6 30,2 32,7 45 – 54,9 18,7 20,6 22,0 23,8 27,4 23,9 26,5 28,1 30,0 32,6 55 – 64,9 18,7 20,9 22,5 24,4 28,0 23,6 26,0 27,8 29,5 32,0 65 – 74,9 18,5 20,8 22,5 24,4 27,9 22,3 25,1 26,8 28,4 30,6 Fonte: adaptada de Frisancho, 1981. Área de Gordura do Braço (AGB) A área de gordura do braço (AGB) também pode ser chamada de área gordurosa do braço. Sua classificação está disponível para indivíduos em diversas faixas etárias, entretanto sua utilização é mais comum em adultos e, em alguns casos, em idosos também. Essa medida é um pouco mais difícil de ser realizada. Ela é derivada do cálculo da área do braço (AB) e da área muscular do braço (AMB). É primordial lembrar que a unidade de medida da CB e da CMB é o centímetro (cm), a da DCT é o milímetro (mm), a da AB, da AMB e da AMBc é o milímtero ao quadrado (mm2) e a da AGB será o milímtero ao quadrado (mm2). Para calcular a AGB, basta seguir os passos descritos a seguir. 25 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV 1º passo: colocar a CB em mm CB em cm X 10 = CB em mm 2º passo: determinar a área do braço AB (mm2) = (π x CB 2) ÷ (4 x π2); sendo π = 3,14 e CB em mm. 3º passo: determinar a AMB AMB (mm2) = [CB – (π x DCT)]2 ÷ 4π 4º passo: calcular a AGB AGB (mm2) = AB (mm2) - AMB (mm2) Para a interpretação do resultado obtido, considera-se: abaixo do adequado (desnutrição) < p5th, adequado (eutrofia) entre p5-95th e acima do adequado (excesso de peso) > p95th. Tabela 33. Referência dos valores de AGB (mm2) propostas por Frisancho (1981). Percentis Femininos Percentis Masculinos Idade (anos) 5th 25th 50 th 75 th 95 th 5th 25th 50 th 75 th 95 th 1 – 1,9 401 578 706 847 1.140 452 590 741 895 1.176 2 – 2,9 469 642 747 894 1.173 434 578 737 871 1.148 3 – 3,9 473 659 822 967 1.158 464 590 736 868 1.151 4 – 4,9 490 654 766 907 1.236 428 598 722 859 1.085 5 – 5,9 470 647 812 991 1.536 446 582 713 914 1.299 6 – 6,9 464 638 827 1.009 1.436 371 539 678 896 1.519 7 – 7,9 491 706 920 1.135 1.644 423 574 758 1.011 1.511 8 – 8,9 527 769 1042 1.383 2.482 410 588 725 1.003 1.558 9 – 9,9 642 933 1219 1.584 2.524 485 635 859 1.252 2.081 10 – 10,9 616 842 1.141 1.608 3.005 523 738 982 1.376 2.609 11 – 11,9 707 1.015 1.301 1.942 3.690 536 754 1.148 1.710 2.574 12 –12,9 782 1.090 1.511 2.056 3.369 554 874 1.172 1.558 3.580 13 – 13,9 726 1.219 1.625 2.374 4.150 475 812 1.096 1.702 3.322 14 – 14,9 981 1.423 1.818 2.403 3.765 453 786 1.082 1.608 3.508 15 – 15,9 839 1.396 1.886 2.544 4.195 521 690 931 1.423 3.100 16 – 16,9 1.126 1.663 2.006 2.598 4.236 542 844 1.078 1.746 3.041 17 – 17,9 1.042 1.463 2.104 2.977 5.159 598 827 1.096 1.636 2.888 18 – 18,9 1.003 1.616 2.104 2.617 3.733 560 860 1.264 1.947 3.928 26 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Percentis Femininos Percentis Masculinos 19 – 24,9 1.046 1.596 2.166 2.959 4.896 594 963 1.406 2.231 3.652 25 – 34,9 1.173 1.841 2.548 3.512 5.560 675 1.174 1.752 2.459 3.786 35 – 44,9 1.336 2.158 2.898 3.932 5.847 703 1.310 1.792 2.463 3.624 45 – 54,9 1.459 2.447 3.244 4.229 6.140 749 1.254 1.741 2.359 3.928 55 – 64,9 1.345 2.520 3.369 4.360 6.152 658 1.166 1.645 2.236 3.466 65 – 74,9 1.363 2.266 3.063 3.943 5.530 573 1.122 1.621 2.199 3.327 Fonte: adaptada de Frisancho, 1981. Circunferência abdominal Essa circunferência está relacionada ao maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de síndrome metabólica, portanto sua monitorização deve ser constante. Tabela 34. Classificação da medida de circunferência abdominal. Elevado Muito Elevado Homem ≥ 94cm ≥ 102cm Mulher ≥ 80 cm ≥88cm Fonte: Organização Mundial da Saúde – WHO, 2000, 2008. Relação cintura-quadril A relação cintura-quadril (RCQ) é a razão entre essas duas medidas, a qual demonstra, quando aumentada, um risco maior para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. RCQ = Circunferência da cintura (cm) Circunferência do quadril (cm) Tabela 35. Classificação do risco de morbidades para adultos segundo a RCQ. Sexo Elevado Homem ≥ 0,90cm Mulher ≥ 0,85 cm Fonte: Organização Mundial da Saúde – WHO, 2000, 2008. » Velhos e Novos Males da Saúde no Brasil, de Carlos Augusto Monteiro. Embora não seja um livro sobre avaliação nutricional, sua leitura nos dá entendimento sobre a situação nutricional e alimentar do país, ampliando o olhar do profissional que se reflete no atendimento individual. 27 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV » Waist Circumference and Waist–Hip Ratio. Permite a discussão e um entendimento melhor a respeito das evidências sobre circunferência da cintura e doenças crônicas. Disponível em: https://www.who.int/nutrition/publications/obesity/ WHO_report_waistcircumference_and_waisthip_ratio/en/. 28 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE GESTANTES A avaliação nutricional da gestante transcende a simples análise do seu peso no dia do atendimento. Deve-se atentar às medidas antropométricas e sua evolução, sinais clínicos, consumo alimentar e parâmetros bioquímicos (quando possível de acesso). Considerações sobre a avaliação antropométrica, bioquímica e consumo alimentar A avaliação antropométrica da gestante é de grande importância para o acompanhamento do ganho de peso na gestação, além de ser um indicador de baixo peso ou obesidade gestacional. A detecção precoce do baixo peso possibilita a recuperação do estado nutricional da gestante e reduz, assim, o risco de recém-nascidos de baixo peso. Já o diagnóstico de obesidade permite que o ganho de peso durante a gestação seja adequado, reduzindo o risco de diabetes gestacional e de hipertensão arterial. Os parâmetros mais utilizados são peso atual e pré-gestacional e estatura, servindo de base para o cálculo do IMC. Caso a gestante não saiba seu peso pré-gestacional para a determinação do estado nutricional inicial da gestação, pode-se utilizar o peso do primeiro trimestre (até a 13ª semana) para essa finalidade. Atualmente, a avaliação das gestantes é feita por meio de uma curva de IMC específica para essa situação (Anexo 1), proposta por Atalah et al. (1997) e preconizada pelo Ministério da Saúde. Essa curva específica tem como indicadores a idade gestacional e o IMC. Avaliação: 1. Calcular a Idade Gestacional (IG) por meio da data da última menstruação (DUM), contando os dias a partir do primeiro dia. Caso não se conheça a DUM, utilizar o dia 5 para DUM no início do mês, dia 15 para DUM no meio do mês e dia 25 para DUM no final do mês. 2. Calcular o IMC pré-gestacional e atual. Para gestantes que desconhecem o peso pré-gestacional, utiliza-se o peso até a 13ª semana de gestação. 3. Após calcular o IMC, marcar essa informação na curva (Anexo 1), classificando seu estado nutricional gestacional, sendo: › BP: baixo peso. › A: adequado. 29 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV › S: sobrepeso. › O: obesidade. 4. Repetir a avaliação do IMC a cada consulta. › A curva deve sempre ser ascendente. Curvas nulas (horizontal) ou descendentes indicam déficit, sendo necessária a avaliação das condutas adotadas e a adesão da gestante às orientações. Tabela 36. Classificação do estado nutricional da gestante segundo IMC e idade gestacional. Semana Gestacional Baixo Peso (IMC kg/m2) Adequado (IMC kg/m2) Sobrepeso (IMC kg/m2) Obesidade (IMC kg/m2) 6 < 20,0 20,0 – 24,9 25,0 – 30,0 > 30,0 7 < 20,1 20,1 – 24,9 25,0 – 30,0 > 30,0 8 < 20,2 20,2 – 25,0 25,1 – 30,1 > 30,1 9 < 20,2 20,2 – 25,1 25,2 – 30,2 > 30,2 10 < 20,3 20,3 – 25,2 25,3 – 30,2 > 30,2 11 < 20,4 20,4 – 25,3 25,4 – 30,3 > 30,3 12 < 20,5 20,5 – 25,4 25,5 – 30,3 > 30,3 13 < 20,7 20,7 – 25,6 25,7 – 30,4 > 30,4 14 < 20,8 20,8 – 25,7 25,8 – 30,5 > 30,5 15 < 20,9 20,9 – 25,8 25,9 – 30,6 > 30,6 16 < 21,1 21,1 – 25,9 26,0 – 30,7 > 30,7 17 < 21,2 21,2 – 26,0 26,1 – 30,8 > 30,8 18 < 21,3 21,3 – 26,1 26,2 – 30,9 > 30,9 19 < 21,5 21,5 – 26,2 26,3 – 30,9 > 30,9 20 < 21,6 21,6 – 26,3 26,4 – 31,0 > 31,0 21 < 21,8 21,8 – 26,4 26,5 – 31,1 > 31,1 22 < 21,9 21,9 – 26,6 26,7 – 31,2 > 31,2 23 < 22,1 22,1 – 26,7 26,8 – 31,3 > 31,3 24 < 22,3 22,3 – 26,9 27,0 – 31,5 > 31,5 25 < 22,5 22,5 – 27,0 27,1 – 31,6 > 31,6 26 < 22,7 22,7 – 27,2 27,2 – 31,7 > 31,7 27 < 22,8 22,8 – 27,3 27,4 – 31,8 > 31,8 28 < 23,0 23,0 – 27,5 27,6 – 31,9 > 31,9 29 < 23,2 23,2 – 27,6 27,7 – 32,0 > 32,0 30 < 23,4 23,4 – 27,8 27,9 – 32,1 > 32,1 30 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Semana Gestacional Baixo Peso (IMC kg/m2) Adequado (IMC kg/m2) Sobrepeso (IMC kg/m2) Obesidade (IMC kg/m2) 31 < 23,5 23,5 – 27,9 28,0 – 32,2 > 32,2 32 < 23,7 23,7 – 28,0 28,1 – 32,3 > 32,3 33 < 23,9 23,9 – 28,1 28,2 – 32,4 > 32,4 34 < 24,0 24,0 – 28,3 28,4 – 32,5 > 32,5 35 < 24,2 24,2 – 28,4 28,5 – 32,6 > 32,6 36 < 24,3 24,3 – 28,5 28,6 – 32,7 > 32,7 37 < 24,5 24,5 – 28,7 28,8 – 32,8 > 32,8 38 < 24,6 24,6 – 28,8 28,9 – 32,9 > 32,9 39 < 24,8 24,8 – 28,9 29,0 – 33,0 > 33,0 40 < 25,0 25,0 – 29,1 29,2 – 33,1 > 33,1 41 < 25,1 25,1 – 29,2 29,3 – 33,2 > 33,2 42 < 25,1 25,1 – 29,2 29,3 – 33,2 > 33,2 Fonte: adaptada de Atalah et al., 1997. Estima-se que a média do ganho de peso durante a gestação seja em torno de 12,0 kg, dos quais 3,5 kg representariam o peso do feto a termo, 3,0 kg seriam referentes ao aumento uterino e das glândulas mamárias, do líquido amniótico e da placenta, 0,5 a 1,0 kg seriam referentes à retenção de líquido e 4,0 kg referentes ao depósito de tecido adiposo materno. Para a avaliação da composição corporal, é necessário que o método escolhido não ofereça risco à saúde da gestante ou do bebê, nem traga algum desconforto durante a sua realização. Pela antropometria, as avaliações de dobras cutâneas e de circunferências corporais estão desqualificadas (exceto as dos membros), já que existe a modificação da composição e da estrutura do corpo durante a gestação. As circunferências e dobras dos membros podem e devem ser utilizadas: CB, CMB, AGB, DCT e circunferência de panturrilha. As medidas do braço, como a CB, a CMB e a DCT, possuem uma boa correlação com o percentual de massa magra corporal total e com a gordura corporal, sendo bons indicadores para o acompanhamento da gestante.Nesse caso, as técnicas de mensuração são as mesmas descritas no Capítulo 1 da Unidade II. Os valores de referência são os propostos por Frisancho, e considera-se: desnutrição < p5th, eutrofia, entre p5-95th e excesso de peso > p95th. Para consultar os dados propostos por Frisancho, olhar as Tabelas 30, 31, 32 e 33 do Capítulo 2 desta Unidade. Atalah et al. (1997), para a construção das curvas de IMC, avaliam, durante toda a gestação dos participantes do estudo, os parâmetros de CB, CMB, AMB, AGB e estimam 31 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV a massa muscular e gordurosa com o objetivo de acompanhar a evolução do estado nutricional por outras medidas diferentes do peso. A Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995) incentiva a avaliação e o acompanhamento da CB durante a gestação e discute que medidas inferiores a 21-23 cm de CB possuem associação com o nascimento de bebês de baixo peso. O ganho de peso corporal por semana não tem sido tão utilizado na prática clínica, sendo o gráfico de IMC mais utilizado para o acompanhamento da evolução do estado nutricional, já que ele reflete a relação do peso e estatura. Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995), o ganho de peso para gestantes eutróficas durante a gestação deve ser em torno de 400g/semana; para gestantes em excesso de peso, em torno de 300g/semana, e para as desnutridas, em torno de 500g/semana. Existe, também, a recomendação proposta pelo Ministério da Saúde, que utiliza as recomendações da WHO (1995) para a sua elaboração. Tabela 37. Ganho de peso recomendando (kg) durante a gestação, de acordo com o estado nutricional inicial da gestante. Estado nutricional inicial (IMC) Ganho de peso (kg) total no 1° trimestre Ganho de peso (kg) semanal médio no 2° e 3° trimestres Ganho de peso (kg) total na gestação Baixo Peso (BP) 2,3 0,5 12,5 – 18,0 Adequado (A) 1,6 0,4 11,5 – 16,0 Sobrepeso (S) 0,9 0,3 7,0 – 11,5 Obesidade (O) --- 0,3 7,0 Fonte: Fagundes et al., 2004. Durante a avaliação da composição corporal da gestante, é muito importante avaliar a presença de edema. Se existe o edema, algumas questões devem ser respondidas: 1. Em qual parte/segmento do corpo ele se localiza? 2. É restrito aos membros inferiores ou está mais generalizado? 3. A presença causa dor ou é impeditiva de realizar funções normais diárias? Avaliando essas situações, é possível avaliar o agravo e o risco que o edema traz à saúde da gestante. Para a avaliação dos exames bioquímicos da gestante, deve-se atentar aos valores de referência, uma vez que eles se modificam em relação à população adulta devido às alterações hormonais, estruturais e metabólicas apresentadas pelas mulheres grávidas. Deve-se ter maior atenção aos micronutrientes essenciais, cuja carência pode causar 32 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR dano ao feto, como o caso de ferro, vitamina B9, vitamina B12, iodo, vitamina A, cálcio, fósforo, cobre, zinco, entre outros. O acompanhamento deve ser feito de perto, e a suplementação pode ser uma alternativa nos casos de baixa ingestão. Abaixo seguem os parâmetros bioquímicos mais comumente solicitados e seus valores de referência: Tabela 38. Parâmetros bioquímicos de normalidade no período gestacional Medida Valor de referênca na gestação Albumina 2,5g/dL Ácido Úrico 2 a 5 mg/dL B12 sérica <100 pg/ml (deficiente) ≥100 pg/ml (aceitável) LDL < 160 mg/dL HDL > 40 mg/dL Colesterol total ≤ 200 mg/dL Triglicérides ≤ 150 mg/dL Cálcio 9 a 11 mg/dL Creatinina 0,5 a 1,0 mg/dL Ferritina sérica 12 μg/L Ferro sérico < 40 μg/dL (deficiente) ≥ 40 μg/dL (aceitável) Folato sérico ≤ 2 mg/ml (deficiente) 2,1 a 5,9 mg/ml (limítrofe) >6 mg/ml (aceitável) Avaliação de diabetes mellitus (DM) gestacional 1° consultado pré natal com < de 20 semanas de gestação DM pré gestacional (antes da gestação - Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL OU Hemoglobina glicada ≥ 6,5% DM gestacional - Glicemia jejum entre 92 e 125 mg/dL Sem alteração - Glicemia de jejum < 92mg/dL Reavaliar no próximo trimestre gestacional Teste oral tolerância a glicose (75g sobrecarga com medida de glicemia em jejum, 1h e 2h após sobrecarga (24° e 28° semana) DM gestacional - Ao menos apresentou um valor abaixo: Jejum: 92 a 125 mg/dL 1° hora: > 180 mg/dL 2° hora: 153 a 199 mg/dL 33 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV Medida Valor de referênca na gestação DM - Ao menos apresentou um valor de: Jejum: ≥ 126 mg/dL 2° hora: ≥ 200 mg/dL Hemoglobina 110 g/L (ausência de anemia) 100 – 109 g/L (anemia leve) 70 – 99 g/L (anemia moderada) < 79 g/L (anemia grave) Hematócrito 1 a 12° semana 13° a 28° semana 29° a 40° semana ≥ 33% ≥31,5 % ≥ 33% Hemácias 3,6 a 4,4 milhões/mm3 CHCM 32 a 55 HCM 23 a 31 VCM 70 a 90 Plaquetas 75 a 320 mil/mm Potássio 3,5 a 5,5 mEq/ ml Proteínas Totais 6 a 7 g/dL Ureia 10 a 20 mg/dL TGO ou AST 4 a 18 TGP ou ALT Até 22 Fonte: adaptada de Maximino, 2019; Sociedade Brasileira de Diabetes, 2019. Em relação ao consumo alimentar, deve-se escolher o inquérito alimentar que melhor atenderá o objetivo da avaliação alimentar, sempre respeitando o tempo de execução do método, treinamento do avaliador, possibilidade de entendimento e condição socioeconômica do entrevistado, custo e local da realização. Dentre os mais utilizados na prática clínica está o Recordatório de 24 horas e o Registro Alimentar de Três Dias. O Registro Alimentar de Três Dias é muito utilizado, pois a alimentação da gestante sofre grandes influências de situações como náuseas, vômitos, sonolência, desejos e apetite repentino. 34 CAPÍTULO 4 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS IDOSOS A avaliação nutricional de idosos envolve muitos desafios decorrentes do próprio processo de envelhecimento. Essas alterações típicas do envelhecimento englobam questões físicas (como mudança da composição corporal) e mentais (como diminuição da memória). Para o nutricionista, podemos destacar: » hábitos alimentares arraigados, que dificultam a reeducação alimentar; » alterações de paladar (que resulta em diminuição da ingestão); » uso de inúmeras medicações, que podem causar falta de apetite, afetar a absorção de nutrientes, causar sonolência, diarreia etc.; » diminuição da memória e da cognição; » perda da dentição; » diminuição da produção salivar; » baixa interação familiar nas refeições. Por isso, a avaliação do idoso deve abordar todas as modificações características, além dos hábitos culturais e relacionados à renda. Avaliação Nutricional Subjetiva Global Para a avaliação nutricional subjetiva de idosos, existe um inquérito específico desenvolvido especialmente para a triagem do risco nutricional e diagnóstico da desnutrição já instalada. A Mini Avaliação Nutricional (MNA) foi desenvolvida para indivíduos com idade igual (ou maior) a 65 anos, com duas partes, sendo a primeira uma triagem nutricional, e a segunda, uma avaliação para os indivíduos que pontuaram risco nutricional alto na triagem. A segunda parte é subdividida em quatro partes: 1. avaliação antropométrica (IMC, circunferência do braço, circunferência da panturrilha e perda de peso); 2. avaliação global (perguntas relacionadas ao modo de vida, à medicação, à mobilidade e a problemas psicológicos); 3. avaliação dietética (perguntas relativas ao número de refeições, ingestão de alimentos e líquidos e autonomia na alimentação); e 4. autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição nutricional). 35 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV Embora exista a MNA, que é mais específica para idosos, é possível realizar a ANSG proposta por outros autores nessa população, seja na ausência da possibilidade de aplicação da MNA ou com o objetivo de uniformizar/padronizar a ANSG em um serviço de nutrição. O exemplo de formulário da MNA está no Anexo 2 (disponível também em formato PDF no link: https://www.mna-elderly.com/forms/MNA_portuguese.pdf).Avaliação Antropométrica A avaliação antropométrica deve ser feita levando-se em consideração as explicações realizadas no Capítulo 1 da Unidade II. As principais medidas utilizadas na avaliação do idoso são peso, estatura, IMC, circunferência de braço e da panturrilha e a dobra cutânea tricipital. Outras medidas de dobras, como a suprailíaca, subescapular e bíceps, são usadas para cálculo de estimativa de peso, conforme fórmulas já estudadas na apostila (Tabela 3) Índice de Massa Corporal (IMC) O Índice de Massa Corporal possui uma classificação diferente para os idosos: Tabela 39. Classificação do IMC para idosos. Classificação IMC (kg/m²) Desnutrição < 22,0 Eutrofia 22,0 – 27,0 Sobrepeso > 27,0 Fonte: Lipschitz, 1994; Brasil, 2014. Circunferência de Braço, Circunferência Muscular do Braço e Prega Cutânea Tricipital As técnicas de realização da circunferência de braço e da prega cutânea tricipital são as mesmas descritas no início da apostila, no Capítulo 1 da Unidade I. A adequação da circunferência do braço, circunferência muscular do braço e prega cutânea tricipital em idosos pode ser avaliada localizando-se a medida encontrada na tabela de percentis de NHANES III (1994). Para a interpretação dos dados, consideram-se como valores dentro da normalidade os valores entre os percentis 10th e 90th. Abaixo do percentil 10th, evidencia-se carência (desnutrição ou risco nutricional), e acima do percentil 90th, excesso (sobrepeso ou obesidade). 36 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR Tabela 40. Distribuição percentilar do IMC, CB, PCT para idosos do sexo MASCULINO − Third National Health and Nutrition Examination Survey −NHANES III (1988–1994). Variáveis e grupo de idade Percentis 10 15 25 50 75 85 90 IMC (kg/m2) 60 – 69 anos 21,9 23,1 24,4 27,1 30,0 31,7 32,8 70 – 79 anos 21,5 22,3 23,8 26,1 29,3 30,7 31,7 ≥ 80 anos 19,8 21,1 22,4 25,0 27,1 28,7 29,5 CB (cm) 60 – 69 anos 28,4 29,2 30,6 32,7 35,3 36,2 37,0 70 – 79 anos 27,5 28,2 29,3 31,3 33,4 35,1 36,1 ≥ 80 anos 25,5 26,2 27,3 29,5 31,5 32,6 33,3 PCT (mm) 60 – 69 anos 7,7 8,5 10,1 12,7 17,1 20,2 23,1 70 – 79 anos 7,3 7,9 9,0 12,4 16,0 18,8 20,6 ≥ 80 anos 6,6 7,6 8,7 11,2 13,8 16,2 18,0 CMB (cm) 60 – 69 anos 24,9 25,6 26,7 28,4 30,0 30,9 31,4 70 – 79 anos 24.4 24,8 25,6 27,2 28,9 30,0 30,5 ≥ 80 anos 23,2 23,2 24,0 25,7 27,5 28,2 28,8 Fonte: adaptado de Kuczmarski, Kuczarisk, Najjar, 2000 apud Sampaio, 2004. Tabela 41. Distribuição percentilar do IMC, CB, PCT para idosos do sexo FEMININO − Third National Health and Nutrition Examination Survey −NHANES III (1988–1994). Variáveis e grupo de idade Percentis 10 15 25 50 75 85 90 IMC (kg/m2) 60 – 69 anos 20,9 21,8 23,5 26,6 30,8 33,6 35,7 70 – 79 anos 20,7 21,4 22,6 25,9 29,9 32,0 34,5 ≥ 80 anos 19,3 20,3 21,7 25,0 28,4 30,0 31,4 CB (cm) 60 – 69 anos 26,2 26,9 28,3 31,2 34,3 36,5 38,3 70 – 79 anos 25,4 26,1 27,4 30,1 33,1 35,1 36,7 ≥ 80 anos 23,0 23,8 25,5 28,4 31,5 33,2 34,0 PCT (mm) 60 – 69 anos 14,5 15,9 18,2 24,1 29,7 32,9 34,9 37 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV 70 – 79 anos 12,5 14,0 16,4 21,8 27,7 30,6 32,1 ≥ 80 anos 9,3 11,1 13,1 18,1 23,2 26,4 28,9 CMB (cm) 60 – 69 anos 20,6 21,1 21,9 23,5 25,4 26,6 27,4 70 – 79 anos 20,3 20,8 21,6 23,0 24,8 26,3 27,0 ≥ 80 anos 19,3 20,0 20,9 22,6 24,5 25,4 26,0 Fonte: adaptado de Kuczmarski, Kuczarisk, Najjar, 2000 apud Sampaio, 2004. Circunferência da panturrilha Figura 41. Gráfico para o acompanhamento anual da circunferência da panturrilha de idosos. > 35 CM: ACOMPANHAMENTO DE ROTINA 31-34 CM: ATENÇÃO < 31 CM: AÇÃO Fonte: Brasil, 2014. 38 UNIDADE IV | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR A circunferência da panturrilha é um indicador sensível de massa muscular em idosos. Sua medida deve ser feita na maior circunferência da panturrilha, com o indivíduo sentado ou em pé (esse caso, o joelho deve estar flexionado em 90º, apoiado no solo ou com apoio). Essa medida não deve ser usada em casos de edema em membros inferiores. Valores abaixo de 31 cm são indicativos de redução da massa muscular (sarcopenia) e estão associadas a maior risco de quedas, diminuição da força muscular, dependência funcional e desnutrição. O gráfico apresentado na Figura 41 é utilizado pelo Ministério da Saúde para o acompanhamento da circunferência da panturrilha anualmente. Para a marcação no gráfico, basta marcar o tamanho da panturrilha e verificar a cor, que corresponde à atenção que deve ser dada ao acompanhamento nutricional do idoso. Na cor verde, mantém-se o acompanhamento de rotina; na cor amarela, têm-se atenção ao estado nutricional do idoso, pois pode haver risco de desnutrição, e na cor vermelha, deve existir ação de intervenção. Espessura do músculo adutor do polegar O músculo adutor do polegar mantém-se preservado mesmo em indivíduos acamados e, nessa região, não existe depósito de tecido adiposo. Dessa forma, não existem grandes interferências para a mensuração direta de sua espessura e determinação de sua depleção. Essa medida tem sido muito utilizada para a avaliação de indivíduos acamados, hospitalizados, institucionalizados, principalmente idosos, pela sua facilidade de mensuração e interpretação dos resultados. A depleção do músculo adutor do polegar pode ocorrer devido à diminuição da massa muscular da região induzida pela redução da atividade laborativa, que ocorre com o menor uso das mãos, e devido à apatia que a própria desnutrição causa. Para medir o músculo adutor do polegar, colocar o indivíduo sentado (quando possível) com a mão dominante repousada sobre o joelho (ou abdômen quando acamado) com o cotovelo em um ângulo de 90°. Pinçar, com adipômetro ou paquímetro, o músculo adutor no vértice de um triângulo imaginário formado pela extensão do polegar e indicador. Realizar três medidas e obter a média entre elas. Considera-se como valor médio para a população do sexo feminino, 10,5 mm (± 2,3) e, para o sexo masculino, 12,5 mm (± 2,8). 39 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR | UNIDADE IV Avaliação bioquímica Ao analisar os resultados de exames bioquímicos de idosos, deve-se levar em consideração alterações possivelmente causadas por medicamentos, além de se atentar às referências utilizadas, uma vez que a fase de vida que eles se encontram se difere da fase adulta, e, portanto, alguns exames possuem seus valores e interpretações modificados. Nessa avaliação, ao analisar os exames, como, por exemplo, o colesterol total, o profissional deve estar atento não apenas aos valores elevados, que representam fatores de risco para doenças crônicas como as cardiovasculares, diabetes e síndrome metabólica, mas também a valores diminuídos (hipocolesterolemia), que indicam desnutrição. Exames que indicam alterações do estado nutricional são importantes nessa fase da vida e devem ser olhados com atenção. Entre os principais biomarcadores sanguíneos para desnutrição em idosos, têm-se a albumina, a hemoglobina, o colesterol total, a contagem total de linfócitos, a pré-albumina, a proteína-C-reativa, as proteínas totais, a transferrina, a creatinina, os triglicérides, o hematócrito e o ferro sérico. Consumo alimentar A avaliação do consumo alimentar dessa população pode ser feita diretamente com o cliente, quando este tiver condições cognitivas para responder. Caso contrário, as respostas poderão ser dadas pelos familiares ou cuidadores profissionais. Conhecer a história pregressa de ingestão alimentar do indivíduo nos dá informações importantes sobre seu estado de saúde atual, incluindo carências e excessos, que podem estar repercutindo em seu estado de saúde. A aplicação dos inquéritos alimentares pode ser somada ao uso da Avaliação Nutricional Subjetiva Global, que auxiliará nas informações sobre risco nutricional. 40 PARA (NÃO) FINALIZAR Chegamos ao final da nossa jornada, porém este cadernode estudos não encerra nosso estudo sobre avaliação nutricional, pois esse assunto é muito extenso. Existem muitas outras formas de avaliação nutricional, embora menos comuns, mas não menos importantes, e há, ainda, uma gama enorme de possibilidades a serem estudadas. O Brasil, embora tenha avançado muito em suas pesquisas, ainda utiliza, como base da avaliação nutricional, estudos, materiais e referências de outros países, o que não reflete nossa realidade. O treino e o estudo constante trarão a você não apenas o conhecimento profundo do que já há, mas também as deficiências que ainda existem nessa área, abrindo novas possibilidades de trabalho e de estudo. Lembre-se: a avaliação nutricional feita de maneira comprometida garante dados fidedignos e colabora para bons resultados no tratamento do indivíduo. 41 REFERÊNCIAS AJZEN, H.; SCHOR, N. Guia de medicina ambulatorial e hospitalar de nefrologia. 2.ed. Barueri: Manole, 2005. ALLEN, L. H. Biomarkers of nutrition for development (BOND): vitamin B12-review. The Journal of Nutrition, v. 146, n. 4, 1995S-2027S; 2018. ANDHRESSA, A. F. et al. SISVAN: Vigilância alimentar e nutricional. Orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. p. 53, 57, 58. Disponível em: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/ orientacoes_basicas_sisvan.pdf. Acesso em: 23 jun. 2020. ATALAH, E; CASTILLO, C. L.; CASTRO, R. S.; AMPARO ALDEA, P. Propuesta de un nuevo estándar de evaluación nutritional de embarazadas. Revista Médica de Chile, v. 125, pp. 1429-1436, 1997. AVALIAÇÃO e diagnóstico nutricional na DRC. 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