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CLOUD COMPUTING
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A
04
57
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1.
0
2
Fernanda Rosa da Silva
Londrina 
Editora e Distribuidora Educacional S.A. 
2020
CLOUD COMPUTING
1ª edição
3
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Presidente
Rodrigo Galindo
Vice-Presidente de Pós-Graduação e Educação Continuada
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Henrique Salustiano Silva
Revisor
Luis Vinicius Antunes Palma
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)__________________________________________________________________________________________ 
Silva, Fernanda Rosa da
S586c Cloud computing/ Fernanda Rosa da Silva, – Londrina: 
 Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2020.
 44 p.
 ISBN 978-65-87806-87-7
1.Arquitetura 2. Governança 3. Nuvem I. Título.
 
CDD 003 
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/278
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
4
SUMÁRIO
Arquitetura e Infraestrutura de Cloud Computing ___________________ 05
Cloud Computing e os processos de Governança de TI _____________ 23
Serviços de nuvem e suas características ___________________________ 41
Aplicações em nuvem e o futuro da tecnologia _____________________ 57
CLOUD COMPUTING
5
Arquitetura e Infraestrutura de 
Cloud Computing
Autoria: Fernanda Rosa da Silva
Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma
Objetivos
• Definir a arquitetura em camadas e a anatomia de 
Cloud Computing (CC), assim como sua estrutura 
conceitual.
• Identificar as características essências de CC.
• Entender os modelos de nuvem e para quais 
objetivos cada um pode ser aplicado.
6
1. Arquitetura da computação em nuvem
Atualmente, grande parte das organizações e setores dependem do uso 
da tecnologia e recursos computacionais, que ofereçam disponibilidade 
e mobilidade, são essenciais para atender as expectativas e 
necessidades que envolvem os negócios. Com o uso da computação 
em nuvem, isso se tornou possível devido à estrutura utilizada como 
abordagem para o uso de aplicações e recursos, permitindo que a 
tecnologia esteja ao nosso alcance a partir de qualquer local e com 
o uso de qualquer dispositivo tecnológico, resumindo sua função 
à hospedagem de serviços, aplicações, sistemas e outros recursos 
computacionais. Além disso, a nuvem é capaz de provisionar recursos de 
forma automática e em tempo real, sempre que necessário, sem tornar 
os recursos permanentes, se moldando a qualquer mudança realizada 
no ambiente por ter como característica a elasticidade.
Nesta Leitura Digital, você poderá entender como a arquitetura da 
nuvem está organizada, envolvendo seus componentes básicos e 
sua anatomia. Além disso, você analisará os modelos oferecidos com 
objetivos específicos para tornar qualquer experiência completa, 
permitindo que qualquer aplicação funcione nesse ambiente da forma 
correta. Considerada uma inovação no segmento da computação, a 
nuvem é descrita por Chandrasekaran (2015) em quatro camadas, como 
segue abaixo:
1.1 Camada 1 (camada usuário/ cliente)
Esta é a camada mais simples da arquitetura, que engloba todos os 
usuários, que realizam acesso à nuvem, além de todos os dispositivos 
utilizados para garantir a conexão com a nuvem (móveis, computadores, 
notebooks, entre outros dispositivos que suportem as funcionalidades 
de aplicativos web) por meio da Internet.
7
Para entender melhor, considere um serviço on-line, onde o usuário 
possa realizar acesso às suas mensagens na caixa de e-mail a qualquer 
momento, sem realizar download dessas informações, podendo, a partir 
de qualquer dispositivo, realizar o acesso ao serviço com seu usuário 
e senha a qualquer momento. Na realidade, esse acesso está sendo 
direcionado a um serviço hospedado na nuvem, que permite seu uso 
por meio da Internet.
1.2. Camada 2 (camada de rede)
A camada de rede representa a conectividade necessária para conexão 
com a nuvem, sendo um recurso indispensável para permitir acesso 
a soluções quando estão sendo oferecidas pelo provedor de nuvem. 
Vale salientar que, em alguns casos, a nuvem é hospedada dentro da 
organização e, neste caso, a conexão que se torna dependência da 
nuvem é a rede local (LAN), que garante acesso aos recursos internos 
configurados no ambiente enquanto, em outros casos, a nuvem pode 
estar hospedada em data center terceirizado ou ser um data center 
mantido pelo provedor da nuvem.
Nesta camada, alguns fatores devem ser considerados para garantir 
o funcionamento correto e um deles é a largura de banda mínima, 
definida pelo provedor de nuvem, muitas vezes, para garantir que não 
haja problemas relacionados à conectividade da nuvem.
1.3. Camada 3 (camada de gerenciamento de nuvem)
A camada três consiste em ferramentas que possam ser utilizadas 
no gerenciamento da nuvem, permitindo que os usuários tenham 
acesso a nuvem por meio de uma interface gráfica, sem estar exposto 
a complexidade da infraestrutura física da nuvem e mantendo uma 
experiência simples. Isso permite que o usuário gerencie todos os 
componentes da nuvem, sendo capaz de otimizar e controlar todos os 
8
serviços contratados, movimentar sua carga de trabalho na plataforma 
e controlar o processamento, armazenamento e uso de recursos. Além 
disso, esta camada ainda define os acordos de níveis de serviço (Service 
Level Agreement–SLAs) responsáveis por garantir a operação adequada 
e a disponibilidade adequada, além da prestação de suportes quando 
necessário.
Na prática, considere que você contratou um serviço na Microsoft 
Azure, para hospedar seus servidores web. A plataforma permite que 
você gerencie o uso do disco e memória deste servidor, o custo que 
está gerando e até mesmo realizar aberturas de tickets de atendimento 
quando o suporte for necessário.
1.4. Camada 4 (camada de recursos de hardware)
A camada de hardware compreende recursos físicos que sustentam a 
nuvem. Esses recursos são hospedados em um data center, da forma 
que ocorre em qualquer infraestrutura e, a partir desse ambiente, 
os serviços são disponibilizados na nuvem. Isso inclui não somente 
servidores físicos, mas também virtuais, dispositivos de armazenamento 
e mecanismos que garantem segurança e confiabilidade do ambiente.
Nesta camada, dispositivos funcionam interconectados, provisionando 
os meios necessários para reproduzir um sistema de alta 
disponibilidade. Vale ressaltar que, na maioria dos casos, um mesmo 
data center pode ser responsável por prover acesso a várias nuvens e 
organizações distintas, de forma simultânea. Ainda dentro do contexto 
das camadas, Chandrasekaran (2015) ilustra a arquitetura conforme 
imagem abaixo:
9
Figura 1 – Arquitetura da computação em nuvem
Fonte: Chandrasekaran (2015, p. 29).
A imagem demonstra as quatro camadas da arquitetura de nuvem, 
definidas por Chandrasekaran (2015), como: camada usuário, camada 
de rede, camada de gerenciamento de nuvem e camada de recursos de 
hardware.
Portanto, essa é a arquiteturacompleta de uma nuvem e, para fixar 
os conceitos, imagine o data center, que hospeda máquinas virtuais 
em seus servidores, montado pelo provedor para otimizar os recursos 
físicos (camada 4).
A organização, então, decide implementar uma nuvem e contrata um 
serviço do provedor, sendo capaz de gerencia-los, acessando a nuvem 
10
com o uso de um navegador, que permite que todas as configurações 
sejam visualizas (camada 3.
Na camada 2, podemos simplesmente citar a conexão de Internet que 
permite essa comunicação. Além da Local Area Network (LAN), rede local 
e da Internet, uma VPN (rede privada virtual) também pode ser utilizada 
como ponte de acesso.
Conclui-se que após serem provisionados pela camada de hardware, 
controlados pelo software gerenciador e disponibilizados pela camada 
de rede, a arquitetura da nuvem permite gerenciamento e acesso rápido 
pelos usuários, trazendo todos os benefícios da nuvem.
2. Anatomia da computação em nuvem
A anatomia da computação em nuvem define a estrutura e as 
tecnologias utilizadas pela nuvem, sendo parte de sua arquitetura e 
base para seu funcionamento. Podemos considerar que a arquitetura 
representa a nuvem de forma lógica, enquanto a anatomia a representa 
conceituando seus recursos físicos.
Apesar de abordagens diferentes serem utilizadas por diversos autores 
(alguns descrevem três camadas: aplicações, plataforma e infraestrutura, 
que compreende a virtualização e o data center em conjunto), o padrão 
mais utilizado para definir a anatomia expõe cinco componentes, 
conforme Chandrasekaran (2015) ilustrados na Figura 2:
11
Figura 2 – Anatomia da computação em nuvem
Fonte: elaborada pela autora.
Agora, preste atenção à descrição de cada um dos componentes, ainda 
conforme Chandrasekaran (2015):
12
2.1 Aplicações
Essa é a camada mais utilizada pelos usuários finais, apropriando as 
aplicações ao uso e hospedando aplicativos, provendo serviços básicos. 
Idealize que você precisa armazenar documentos, neste caso, você cria 
uma conta em serviço de hospedagem na nuvem, paga ou gratuita, 
como, por exemplo, uma conta no Google Drive, que dispõe de um 
espaço particular para este fim.
2.2. Plataforma
Essa camada é mais utilizada por desenvolvedores, pois especifica 
serviços como middleware (software que se encontra entre o sistema 
operacional e os aplicativos, possibilitando o gerenciamento dos 
dados pelos aplicativos utilizados pelo usuário), encarregado por 
integrar as aplicações suportando uma plataforma completa. Assim, 
permite a criação de soluções diretamente no ambiente da nuvem com 
ferramentas completas, sem necessidade de instalar diversos programas 
em um computador.
Segundo Teleco (2020), essa camada é mais complexa que a camada de 
aplicação, garantindo ir além do acesso, avançando não somente para o 
desenvolvimento, mas para homologação de aplicações.
2.3 Infraestrutura
Essa é a camada estrutural da nuvem responsável por controlar não 
somente os recursos físicos, mas também os virtualizados, que, em 
alguns casos, podem ser controlados pelos próprios usuários das 
organizações. De acordo com Chandrasekaran (2015), aqui estão 
definidos todos os servidores, rede, armazenamento, equipamentos de 
refrigeração, que possibilitam armazenar, tratar e transmitir os dados 
13
e outras ações fundamentais para provisionar os recursos de forma 
rápida em um único local.
2.4 Virtualização
A virtualização surgiu e teve um crescimento exacerbado nos últimos 
anos, tomando grande proporção e tendo ênfase no ambiente 
corporativo de Tecnologia da Informação (TI). Pode existir virtualização 
sem a computação em nuvem, mas ao contrário, existe uma grande 
dependência para atingir recursos necessários, como escalabilidade, 
facilitando também a transferência de máquinas virtuais para outros 
hardwares em caso de falha, não ficando atrelado ao ambiente, 
possibilitando recuperação de dados sempre que necessário.
A virtualização tem ligação direta com a infraestrutura, sendo 
fundamental para a computação em nuvem, tendo sido um fator 
essencial que deu fim à limitação que existia em relação aos servidores 
físicos, permitindo a expansão das possibilidades de forma lógica e 
adicionalmente o gerenciamento centralizado de inúmeros servidores 
virtuais como se fossem um único.
É possível aumentar o desempenho da nuvem infinitamente com o uso 
da virtualização, minimizando os custos e reduzindo drasticamente a 
necessidade de adquirir equipamentos físicos, evitando a subutilização 
dos recursos que, muitas vezes, eram desperdiçados na infraestrutura 
física tradicional.
2.5 Data center
Todos os dispositivos, desde os ativos de rede até os sistemas, o negócio 
oferecido nas camadas anteriores, têm origem no ambiente do data 
center. De acordo com Veras (2015), é onde estão alocados todos os 
serviços e aplicações necessárias para garantir segurança, conectividade 
14
e processamento e tratamento dos dados, objetivo principal de um data 
center. Veja algumas de suas funcionalidades principais:
• Armazenar: utiliza unidades de Storage, tornando as informações 
disponíveis em tempo integral para serem utilizadas pelas 
aplicações.
• Disponibilizar: tornar os serviços redundantes, aplicando 
contingência e estabelecendo a interconectividade entre os 
dispositivos de rede. Alguns recursos de redundância incluem 
ferramentas de backup, restauração e replicação de dados, como 
um cluster ou balanceador de carga.
• Monitorar a operação do data center como um todo, estando 
preparado para detectar, prevenir e garantir a integridade de 
todos os serviços, garantindo a capacidade de corrigir falhas de 
forma proativa.
• Assegurar: o uso de certificados digitais, entre outros, são 
amplamente utilizados para garantir a segurança dos dados.
• Conectar: dispositivos apropriados para garantir a conectividade 
da rede, como Switches, roteadores e links de Internet, assim 
como sua configuração para estabelecer a comunicação entre as 
aplicações, também é responsabilidade do data center.
3. Tipos de nuvem
A infraestrutura da nuvem é entregue considerando três tipos distintos, 
sendo: nuvem pública, privada, comunitária e híbrida. De acordo com 
Marinescu (2018), cada um deles representa uma estrutura da nuvem 
para que os serviços possam ser oferecidos pela Internet de forma 
elástica, o que caracteriza sua capacidade de adquirir dinamicamente 
recursos de computação para suportar a carga de trabalho.
15
3.1 Nuvem pública
A nuvem pública é a mais utilizada, principalmente por sua relação 
custo e benefício, e sua característica principal é o compartilhamento 
de recursos. Além disso, a tendência é que esse tipo de nuvem tenha 
uma grande dimensão, apesar de depender do número de usuários 
envolvidos, Marinescu (2018) a define como um modelo aberto para o 
público em geral.
Em alguns casos, provedores até fornecem serviços gratuitamente, 
o que fez possível a inserção de diversas empresas que atuam nesse 
mercado, apesar de algumas limitações. Em contrapartida, não é 
necessário que a organização tenha qualquer infraestrutura disponível 
para adotar esse modelo.
A nuvem pública pode ser definida como uma coleção de recursos e 
serviços computacionais oferecidos por diversos fornecedores por meio 
da Internet. Nas palavras de Chandrasekaran (2015), o provedor aceita 
todas as solicitações e os serviços são comercializados e disponibilizados 
a qualquer pessoa ou empresa que deseje fazer uso de acordo com a 
necessidade do negócio, podendo estar em qualquer lugar do mundo.
Adicionalmente, a nuvem pública garante alinhamento de orçamentos 
e demandas, estando altamente disponível para qualquer pessoa, 
considerando as permissões adequadas atribuídas e definidas pela 
própria organização, sem que possam existir restrições geográficas 
ou qualquer restrição de acesso. Veja na Figura 3, a nuvem pública 
ilustrada:
16
Figura 3 – Nuvem pública
Fonte: elaborada pela autora.
A nuvem pública apresenta baixo custo quando comparadaa outras. 
Alguns dos exemplos bem conhecidos de provedores da nuvem pública 
são Amazon AWS, Google e Microsoft Azure.
3.2 Nuvem privada
Nuvem privada especifica um tipo de nuvem que hospeda os serviços 
internamente, mantendo maior privacidade das informações da 
organização, que se encarrega de hospedar e gerenciar a nuvem como 
um todo. Nesse caso, todos os recursos computacionais se mantem 
dedicados aos usuários dessa corporação.
Sendo assim, Chandrasekaran(2015), descreve que a nuvem é 
gerenciada internamente, atendendo integralmente todas as 
necessidades que envolvem a demanda da organização, estando em 
17
conformidade com o que a organização espera em relação à segurança 
e proteção dos dados.
Considere que uma empresa privada já possua um data center e tem 
interesse de migrar para nuvem, reaproveitando seus equipamentos e, 
ao mesmo tempo, busca a segurança que a nuvem pública não oferece. 
Nesse caso, a empresa cria sua própria nuvem de forma customizada e 
única, virtualizando seus servidores físicos e utilizando sob demanda.
Ao aplicar virtualização ao seu ambiente, seguido da implantação da 
nuvem, a organização tem, como resultado, uma série de vantagens, 
sendo, uma delas, a flexibilidade. Alguns dos exemplos bem conhecidos 
de ferramentas para criação de uma nuvem privada são: CloudStack, 
Eucalyptus, OpenNebula, Openstack. Veja, na Figura 4, a nuvem privada 
ilustrada:
Figura 4 – Nuvem privada
Fonte: elaborada pela autora.
18
Finalmente, a nuvem privada pode ser implantada de duas formas: 
gerenciada, hospedada na própria infraestrutura da empresa e 
gerenciada internamente; hospedada, infraestrutura hospedada, 
utilizando infraestrutura terceirizada, isentando a organização de 
custos com infraestrutura física e, mesmo assim, permitindo que a 
nuvem mantenha a mesma segurança oferecida pela nuvem privada 
gerenciada.
3.3 Nuvem híbrida
A nuvem híbrida é uma estratégia de nuvem que surgiu com o propósito 
de resolver impasses das organizações em relação à escolha da nuvem 
ideal. Dessa forma, é possível ampliar as possibilidades de aplicação 
da nuvem, combinando as características e benefícios de duas ou mais 
nuvens (privada ou pública), desfrutando de todas as vantagens.
De acordo com Marinescu (2018), a nuvem hibrida é uma associação 
entre as nuvens privada e pública, e proporciona simplificação de 
infraestruturas de TI complexas, sendo, assim, possível migrar para 
nuvem sem maiores inconvenientes, já que balancear os dois modelos 
permite maiores adaptações das funcionalidades da nuvem.
19
Figura 5 – Nuvem híbrida
Fonte: elaborada pela autora.
Agora, tome como exemplo uma organização que, em determinado 
momento, teve um aumento na carga de trabalho hospedada na nuvem 
privada, porém, para não ser necessário adquirir mais hardware, 
pode mover alguns serviços menos críticos para nuvem pública 
temporariamente, dando vazão a demanda sem maiores esforços.
Assim, a nuvem híbrida é capaz de conectar diversas nuvens, 
estabelecendo serviços de TI e provisionando recursos com agilidade. 
O gerenciamento é realizado de forma unificada entre as duas nuvens, 
utilizando ferramentas de gerenciamento (camada 3).
Veja o exemplo que assume Red Hat (2020):
20
1. Pressuponha que uma nuvem privada pode ser criada por conta 
própria ou utilizando ferramentas de infraestrutura de nuvem, 
como as citadas anteriormente.
2. A organização, então, contrata uma nuvem pública com o 
provedor de sua escolha, para uso de aplicações mais simples, 
como armazenamento de dados poucos críticos, gerenciamento 
de documentos, acesso a e-mails, entre outros. Apesar de estarem 
isolados em relação a nuvem privada, as duas são conectadas, 
formando a nuvem hibrida.
3. Por último, a organização, então, vincula a nuvem pública a sua 
nuvem privada, utilizando conexões de rede como uma API 
(conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso a um 
aplicativo de software ou plataforma baseado na web) ou uma 
VPN, por exemplo, mantendo a Rede Local conectada à Internet 
(nuvem).
A nuvem híbrida faz com que algumas organizações se adaptem 
melhor a migração a nuvem, pois podem manter dados sensíveis na 
nuvem privada e combina-la com uma nuvem pública para serviço 
comuns, tendo como benefícios: menor custo; adaptação, conforme 
a confiabilidade dos dados; movimentação de carga, sempre que 
necessário.
3.4 Nuvem comunitária
Nuvem comunitária é uma infraestrutura ainda pouco utilizada 
em comparação às outras e, geralmente, é compartilhada entre 
múltiplas organizações. Da mesma forma que a nuvem pública herda 
a característica do compartilhamento, mas considerando todas as 
organizações envolvidas, acaba por se tornar mais extensa que uma 
nuvem privada, tendo sua dimensão diretamente ligada ao número de 
usuários que a utilizam.
21
De acordo com o NIST (2011), a nuvem da comunidade (ou comunitária) 
é a infraestrutura ideal para organizações que compartilham 
preocupações em comum (por exemplo: missão, requisitos de 
segurança, política e considerações de conformidade), a exclusividade 
de sua estrutura se assemelha a nuvem privada, unindo interesses de 
negócio e estando hospedada no ambiente de uma dessas empresas 
envolvidas ou, ainda, estando terceirizada como na nuvem privada.
Assim como já ocorre no gerenciamento de uma nuvem privada, a 
nuvem comunitária é gerenciada pelos proprietários dela, mas, nesse 
caso, várias organizações se responsabilizam pelas ações executadas 
nesse ambiente. Isso proporciona um baixo custo, pois até mesmo este 
fator é compartilhado entre a comunidade.
Apesar do padrão de arquitetura e anatomia da nuvem, as 
possibilidades em termos de infraestrutura que consideram os 
equipamentos de hardware, uso das aplicações e comunicação entre 
todos os componentes e elementos, podem variar de acordo com os 
serviços disponíveis na nuvem.
Construir a nuvem não é uma tarefa fácil quando se tem necessidades 
específicas, mas também pode se tornar mais simples do que manter 
uma infraestrutura própria quando os serviços utilizados são de 
menor complexidade. A migração para nuvem está tornando as 
possibilidades cada vez maiores para as organizações, porém, conhecer 
seu funcionamento é essencial para que a operação obtenha o sucesso 
esperado.
Referências Bibliográficas
CHANDRASEKARAN, K. Essentials of cloud computing. 1 ed., Chapman and Hall/
CRC, 2015.
22
MARINESCU, D. Cloud computing: theory and practice. 2 ed., Morgan Kaufmann, 
2018.
NIST. The NIST definition of cloud computing. National Institute of Standards and 
Thecnology (NIST), U. S. Department of Commerce, 2011. Disponível em: https://
nvlpubs.nist.gov/nistpubs/Legacy/SP/nistspecialpublication800-145.pdf. Acesso em: 
28 set. 2020.
RED HAT. O que é uma nuvem híbrida. Red Hat, 2020. Disponível em: https://www.
redhat.com/pt-br/topics/cloud-computing/what-is-hybrid-cloud. Acesso em: 28 set. 
2020.
TELECO. Serviço em nuvem I: computação em nuvem. Teleco – Inteligência em 
Telecomunicações, 2020. Disponível em: https://www.teleco.com.br/tutoriais/
tutorialservnuvopers1/pagina_2.asp. Acesso em: 28 set. 2020.
VERAS, M. Computação em nuvem. Rio de Janeiro: Brasport, 2015.
https://nvlpubs.nist.gov/nistpubs/Legacy/SP/nistspecialpublication800-145.pdf
https://nvlpubs.nist.gov/nistpubs/Legacy/SP/nistspecialpublication800-145.pdf
https://www.redhat.com/pt-br/topics/cloud-computing/what-is-hybrid-cloud
https://www.redhat.com/pt-br/topics/cloud-computing/what-is-hybrid-cloud
https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialservnuvopers1/pagina_2.asp
https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialservnuvopers1/pagina_2.asp
23
Cloud Computing e os processos 
de Governança de TI
Autoria: Fernanda Rosa da Silva
Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma
Objetivos
• Definir governança de TI, apresentar seus 
componentes, seu objetivo e modelos de melhores 
práticas de governança.
• Definir governança de TI em cloud computing, 
riscos da aplicação de computação em nuvem e os 
processosde governança.
• Definir etapas para executar e manter a governança 
em nuvem.
24
1. Governança de TI
A transformação digital fez com que a maioria das empresas 
procurassem migrar seus serviços para a nuvem. No entanto, usufruir 
dos benefícios que este ambiente proporciona pode implicar em manter 
a governança corporativa de Tecnologia da Informação (TI), visto que 
este serviço está fora na empresa, enquanto a governança segue no 
ambiente interno. Ambientes que não possuem uma governança de TI, 
podem ficar ainda mais inseguros e desorganizados nesse contexto. 
Algumas empresas possuem, normalmente, uma visão de que os dados 
armazenados em nuvem estão completamente inseguros e passíveis 
de vazamentos; já outras, acreditam que estão seguros e não precisam 
se preocupar com nada. Qualquer uma das duas visões são perigosas, 
pois a primeira pode congelar a empresa para evoluir em busca de 
tecnologia em nuvem e a outra, esquece da necessidade de segurança e 
governança desse ambiente.
Sendo assim, a empresa não pode ficar presa em inseguranças sem 
conhecimento de tecnologia e ambiente e, ao mesmo tempo, deve 
ter uma atenção adicional no processo de governança de nuvem. O 
planejamento de implementação para o ambiente em nuvem deve 
ser desenhado considerando o modelo de governança, atribuindo 
as boas práticas de governança e frameworks utilizados no mercado, 
em busca de maior segurança nesse ambiente e maior organização e 
gerenciamento.
A governança de TI é parte integrante da governança corporativa, 
que se refere à aplicação de políticas relacionadas ao uso de serviços. 
É a definição de regras de organização que determinam como uma 
organização deve se comportar. Fernandes e Abreu (2014) citam a 
definição de governança de TI segundo o IT Governance Institute:
25
A governança de TI é de responsabilidade da alta administração (incluindo 
diretores e executivos), na liderança, nas estruturas organizacionais e 
nos processos que garantem que a TI da empresa sustente e estenda as 
estratégias e os objetivos da organização. (FERNANDES; ABREU, 2014, p. 
13)
São ferramentas, processos e metodologias que têm como objetivo 
garantir a entrega de resultados de negócios, tratando das decisões de 
TI que têm impacto no valor comercial. Isso significa que a governança 
de TI monitora e controla as principais decisões de tecnologia da 
informação que podem ter impacto positivo ou negativo nos negócios, 
permitindo que a organização alinhe a estratégia e os objetivos 
de negócios aos serviços, infraestrutura ou ambiente de TI, com o 
intuito de gerar confiança a todas as partes interessadas, incluindo 
clientes, fornecedores e funcionários, bem comoproporcionar que as 
organizações alcancem suas metas e objetivos.
Figura 1 – Componentes principais da governança de TI
Fonte: vaeenma/ iStock.com. 
26
As preocupações da governança de TI (IT Governance) são a entrega de 
valor para o negócio e a mitigação de riscos de TI. As duas questões 
necessitam ser medidas adequadamente e, para isso, Software One 
(2017) explica os cinco componentes que devem ser levados em 
consideração, demonstrados na figura 1:
• Alinhamento Estratégico (Strategic Alignment): a estratégia de 
negócios deve impulsionar a estratégia de TI. A governança de TI 
garante que as duas áreas trabalhem conjuntamente, para que as 
operações para alcançar objetivos sejam eficazes.
• Gestão de Riscos (Risk Management): integra a governança 
das empresas, constituindo em identificação, avaliação, 
mitigação, comunicação e o monitoramento de riscos de 
negócios relacionadas à TI. É importante que seja realizado 
o desenvolvimento de um quadro de riscos, de modo que a 
governança de TI permita que a empresa visualize abrangente 
eventuais riscos e, assim, apresente meios para minimizá-los.
• Entrega de Valor (Value Delivery): é um benefício importante da 
governança, que articula os direitos de decisão com relação aos 
investimentos em TI, a fim de garantir que entreguem o melhor 
valor comercial, a um nível de risco admissível.
• Gestão de Recursos (Resource Management): a TI necessita de 
recursos suficientes, sendo assim, a governança deve garantir 
que a gestão de recursos (humanos e tecnológicos) seja o mais 
otimizada possível, para ser capaz de atender às demandas dos 
negócios.
• Mensuração de Desempenho (Performance Measurement): a 
governança de TI deve assegurar uma medição e avaliação 
precisa de todos os níveis de recursos que sejam relevantes para 
a eficiência dos negócios. Busca direcionar as ações de TI na 
27
organização de forma controlada, por meio de indicadores de 
desempenho.
O principal objetivo da governança, de acordo com Fernandes e Abreu 
(2014), é fazer o alinhamento entre TI e requisitos de negócios, levando 
em consideração soluções de suporte ao negócio, bem como a garantia 
da continuidade dos serviços e minimizar a exposição da organização 
aos riscos de TI.
A implantação da governança de TI não é implementar um simples 
controle, por meio dela, é possível garantir a segurança das informações 
que circulam na empresa e, ao antecipar problemas e riscos, torna 
possível maior precisão nas tomadas de decisões, também proporciona 
a durabilidade e eficiência de recursos de TI. Enfim, a governança é a 
peça-chave para assegurar a melhoria dos negócios.
Para atingir esses objetivos, a governança de TI deve utilizar frameworks, 
que são uma estrutura de instruções utilizadas para auxiliar na 
implantação, suporte, controle, gerenciamento e manutenção de 
serviços, por meio de ferramentas, técnicas e sistemas para garantir a 
qualidade na prestação e entrega desses serviços.
O uso de frameworks, na governança de TI, leva a padronização de 
processos, diminuindo o índice de falhas, tornando o ambiente das 
empresas integrado e, consequentemente, mais eficaz. COBIT e ITIL são 
exemplos de frameworks.
Existem modelos de melhores práticas que são utilizados pela 
governança de TI. De acordo com Carstensen et al. (2012), os principais 
modelos encontram-se no Quadro 1, a seguir:
28
Quadro 1 – Modelos de melhores práticas
Modelos de melhores 
práticas:
Definição:
Information 
Technology 
Infrastructure Library 
(ITIL).
Conjunto de boas práticas detalhadas para 
gerenciamento de serviços de TI, concentrado 
no alinhamento de serviços de TI com 
necessidades dos negócios.
SOA Governance–
Service-Oriented 
Architecture.
Refere-se aos processos usados para 
supervisionar a adoção e implementação 
da Arquitetura Orientada a Serviços, 
seguindo práticas, princípios e regulamentos 
governamentais reconhecidos, fornecendo 
qualidade, consistência, previsibilidade e 
desempenho aos serviços.
Enterprise 
Architecture (EA).
A Arquitetura Corporativa é o processo que leva 
as organizações à padronização e organização 
da infraestrutura de TI para se alinhar às metas 
de negócios.
Control Objectives 
for Information and 
Related Technologies 
(COBIT).
Os objetivos de Controle de Informação e 
Tecnologia Relacionada representam um 
modelo de controle que garante a integridade 
do sistema de informação, garantindo 
qualidade, controle e confiabilidade dos 
sistemas na organização.
Fonte: elaborado pela autora.
Todos esses modelos de frameworks podem ser aplicados à governança 
de TI e, em alguns casos, é preciso utilizar uma combinação deles para 
garantir aderência aos regulamentos e padrões.
29
2. Governança de TI em cloud computing
A computação em nuvem é umas das áreas que mais cresce, 
atualmente, pelos benefícios que apresenta para as organizações, como 
redução de custos, escalabilidade, acessibilidade, entre outras.
A governança da computação em nuvem é uma visão da governança de 
TI focada na responsabilidade, que define direitos de decisão, equilibra 
benefício ou valor, riscos e recursos em um ambiente que utiliza a 
computação em nuvem. Por meio da governança da nuvem, são criadas 
políticas e princípios orientadas aos negócios, que estabelecem um grau 
apropriado de investimentose controle, em torno do processo do ciclo 
de vida dos serviços de computação em nuvem.
A computação em nuvem acrescenta positivamente às organizações. 
É possível ter maior controle sobre os ativos tecnológicos, pois, com a 
adoção da nuvem, são simplificados, já que na maioria dos casos, como 
em nuvens públicas e em partes nas nuvens híbridas, a infraestrutura 
física se encontra nos fornecedores. Entretanto, também existem 
riscos importantes que devem ser analisados, como: ameaças internas, 
cumprimento de auditoria, métricas de desempenho, segurança, 
prestação de contas e responsabilidade.
A governança é a responsável por lidar com esses riscos. As ameaças 
internas, padrões, interfaces, controles e requisitos de integração devem 
ser tratados com políticas e procedimentos. A auditoria oferece uma 
visão geral das unidades de negócios e realiza a unificação dos fluxos e 
informações, que auxiliam as empresas a encontrarem vulnerabilidades 
na organização. O desempenho deve ser medido interna e 
externamente para oferecer insights sobre as áreas identificadas 
para alinhamento entre negócios e TI, podendo servir como um aviso 
prévio ao sistema de riscos e segurança que são importantes para lidar 
com os SLAs, que são acordos entre os fornecedores de nuvem e os 
30
clientes. Para as organizações, é importante ter certeza que o controle 
de segurança está presente no provedor contratado, o que pode ser 
comprovado por meio de certificações de segurança por parte do 
provedor e transparência nos contratos e acordos de SLA na prestação 
de serviços, segundo Reijnders (2017).
Os clientes que contratam as nuvens devem ser os responsáveis pelos 
mecanismos de governança da nuvem dentro de sua organização. 
Devem ser implementados mecanismos de auditoria, rastreamento e 
relatórios e monitoramento de contratos e SLAs.
A falta de controle de governança, por parte das corporações em 
relação aos seus clientes, pode acarretar alguns riscos referentes a 
proteção dos ativos e informações da empresa. Um estudo, apresentado 
por Fernandes e Abreu (2014), aponta os principais riscos do uso da 
computação em nuvem:
• Aplicações proprietárias: alterações e aplicações de dados podem 
não ser permitida para outros formatos, como estrutura de banco 
de dados, ou linguagem de programação, por exemplo.
• Perda de governança: a perda de governança é um risco 
apresentado pelo uso da computação em nuvem, pois todos os 
processos de negócio estão sob gestão do provedor de nuvem 
contratado e não podem ser alterados pela gerência da empresa.
• Desafios de conformidade: caso o provedor de serviço viole leis 
ou requisitos de conformidade, o cliente acaba também sendo 
responsabilizado pelo ocorrido.
• Perda de reputação da empresa: caso outro cliente do provedor 
utilize seus serviços de maneira indevida, no caso das nuvens 
públicas, todos os demais que utilizam o mesmo serviço podem 
ser prejudicados.
31
• Término ou encerramento do serviço: se o provedor resolver não 
prestar mais esse tipo de serviço, o cliente, automaticamente, será 
prejudicado.
• Aquisição do provedor de serviço por um concorrente: a alteração 
de propriedade do provedor pode acarretar problemas no 
fornecimento ou na qualidade dos serviços para o cliente.
• Falha na cadeia de valor dos serviços: esse tipo de falha pode 
acarretar uma interrupção nos serviços da nuvem para as 
empresas.
• Falha de configuração dos serviços: uma configuração mal feita 
pode resultar em vulnerabilidade, facilitando a invasão por hackers 
e o comprometimento de dados e informações.
• Intrusão maliciosa ou papéis com alto privilégio de acessos: 
intrusão de dentro do provedor de serviço, por exemplo, um 
usuário mal intencionado.
• Gerenciamento da interface compromissada: alguns itens podem 
afetar a segurança dos serviços e aplicações usadas pelo cliente, 
desde uma simples vulnerabilidade dos browsers, até mesmo 
acessos remotos.
• Interceptação de dados, perda de dados: quando os dados 
são distribuídos entre várias nuvens ou servidores separados 
geograficamente, pode ocorrer a interceptação desses dados, 
caso não haja criptografia ou algum método de gerenciamento 
adequado.
• Perda de chaves criptográficas: acesso de partes maliciosas às 
chaves ou senhas secretas, pode implicar em roubo ou perda de 
dados.
32
• Gerenciador de serviços compromissados: um gerenciador de 
serviços mal configurado pode possuir vulnerabilidades e sofrer 
ataques ou falhas inexplicadas.
• Intimação: caso o provedor seja intimado, para fornecer 
informações que estejam em seu ambiente, os dados 
armazenados em discos compartilhados podem ser expostos por 
força da lei e o usuário pode não conseguir preservar ou proteger 
uma evidência, quando requerido pelas autoridades.
• Risco de mudança de jurisdição: os dados podem estar distribuídos 
em vários locais com requisitos legais diferentes.
• Queda da rede de comunicação: caso a rede no provedor sofra 
uma falha, afetará todos os clientes do provedor.
• Logs operacionais e de segurança: a perda por parte do provedor 
desses logs implica em perda dos registros de sistemas e 
alterações, que poderiam ser utilizados como vestígios em casos 
de abuso de acessos ou exploração de vulnerabilidades.
• Perda de backups: por parte do provedor.
• Acesso não autorizado às instalações: pode comprometer a 
operação do provedor e automaticamente dos clientes.
• Desastres naturais: interrupção no fornecimento dos serviços pelo 
provedor devido a inundações, terremotos, entre outros, caso 
o provedor de nuvem não preste um serviço de excelência, pois 
um bom provedor possui mecanismo de redundância em uma 
localidade diferente, garantindo a continuidade dos serviços se vier 
a ocorrer um desastre.
Qualquer um desses itens, sob o controle do provedor de serviços, 
resulta em uma falta de controle de governança por parte do cliente, 
33
não sendo possível este realizar um plano de ação para evitar esses 
riscos.
Tomando como base os processos do COBIT 5, que define as atividades 
de TI em um modelo de processos genéricos com cinco domínios, e 
considerando os aspectos da computação em nuvem, é importante 
destacar como os processos de governança devem se comportar na 
nuvem, de acordo com Fernandes e Abreu (2014):
• EDM – Evaluate, Direct, Monitor (avaliar, dirigir, monitorar):
1. Assegurar o estabelecimento e a manutenção do framework de 
governança: as questões de direito decisórias e definição de 
responsabilidades são mantidas em qualquer cenário.
2. Assegurar a entrega de benefícios: investimentos que tenham a TI 
como seu elemento principal devem ser avaliados quanto ao seu 
retorno e, depois, verificado se o retorno foi obtido.
3. Assegurar a otimização dos riscos: a mudança para a computação 
em nuvem apresenta vários riscos para a empresa, portanto, a 
tolerância aos riscos deve ser determinada junto aos executivos 
de negócios e as ações de mitigação e contingência devem ser 
estabelecidas e implantadas.
4. Assegurar a otimização dos recursos: empresa que estabelece as 
especificações dos serviços e abordagens de nuvem. A alocação 
e o uso dos recursos devem ser monitorados e avaliados 
periodicamente.
5. Assegurar a transparência para as partes interessadas: o negócio 
deve possuir informações sobre o desempenho da TI e de seu 
valor e impacto para a organização.
34
• APO – Align, Plan, Organise (alinhar, planejar, organizar):
1. Gerenciar o framework de gestão de TI: definição e manutenção da 
estrutura de TI, políticas, papéis e responsabilidades do pessoal de 
TI.
2. Gerenciar a estratégia: a definição de objetivos estratégicos de TI, 
seu alinhamento com o negócio e o desdobramento em metas e 
iniciativas se mantém com ou sem a nuvem.
3. Gerenciar a arquitetura corporativa: planejamento, 
desenvolvimento e implantação da arquitetura de serviços, são 
decisões da empresa.
4. Gerenciar a inovação: é de responsabilidade da empresa definir 
o direcionamento tecnológico da TI para a competitividadedo 
negócio.
5. Gerenciar o portfólio: é o que faz a ligação entre a estratégia 
e a execução, além de apoiar processos de governança, como 
o de assegurar a entrega de benefícios. A empresa realiza seu 
gerenciamento.
6. Gerenciar orçamentos e custos: é de responsabilidade da empresa 
e tem a ver com o processo de otimização de recursos.
7. Gerenciar recursos humanos: processo corporativo onde a TI está 
inserida, que deve ser alinhado com os objetivos estratégicos da 
empresa.
8. Gerenciar relacionamentos: relacionamento entre TI e as áreas de 
negócio.
9. Gerenciar acordos de serviço: os acordos de níveis de serviço 
(SLAs) da TI para o negócio definem os requisitos de serviços para 
a nuvem.
10. Gerenciar fornecedores: deve ser muito reforçado na computação 
em nuvem, pois inclui o gerenciamento de serviços relacionados 
a TI prestados por todos os tipos de fornecedores para atender 
às necessidades organizacionais, incluindo a seleção de 
fornecedores.
35
11. Gerenciar a qualidade: a qualidade dos serviços e produtos deve 
ser medida tanto na empresa quanto no provedor da nuvem. 
Definindo e comunicando os requisitos de qualidade em todos os 
processos, procedimentos e resultados das organizações.
12. Gerenciar riscos: com a nuvem sendo provida pelo fornecedor, 
esse processo deve ser contínuo.
13. Gerenciar a segurança: elemento muito importante em um 
cenário da computação em nuvem, pois define, opera e monitora 
um sistema para a gestão de segurança da informação.
• BAI – Build, Acquire, Implement (construir, adquirir, implementar):
1. Gerenciar programas e projetos: processo que concretiza a 
estratégia de TI e de negócio.
2. Gerenciar definição de requisitos: empresa contratante decide se 
aceita ou não os requisitos e recomendações.
3. Gerenciar identificação e construção de soluções: execução pode 
ser terceirizada, porém, a empresa tem a palavra final.
4. Gerenciar disponibilidade e capacidade: processo que pode ser 
executado integralmente pelo fornecedor de serviços na nuvem.
5. Gerenciar a habilitação da mudança organizacional: qualquer 
mudança que venha a ocorrer, o gerenciamento é de 
responsabilidade da empresa.
6. Gerenciar mudanças: gerencia todas as mudanças de maneira 
controlada, o que inclui mudanças de padrão e de manutenção de 
emergência, relacionadas com processos de negócio, aplicações e 
infraestrutura.
7. Gerenciar aceite e transição de mudanças: processo 
compartilhado entre fornecedor e empresa, podendo ser 
estabelecidos padrões de qualidade estabelecidos em contrato.
8. Gerenciar conhecimento: processo que pode ocorrer na empresa 
e no fornecedor.
9. Gerenciar ativos: gerencia os ativos de TI, por meio do seu ciclo 
de vida para assegurar que seu uso agregue valor a um custo 
36
ideal. O gerenciamento, quando todos os ativos se encontram no 
fornecedor da nuvem, são de sua responsabilidade.
10. Gerenciar configuração: se todos serviços, infraestrutura e 
aplicações forem do fornecedor, é dele a responsabilidade total.
• DSS – Deliver, Service, Support (entregar, reparar, suportar):
1. Gerenciar operações: responsabilidade do fornecedor, de acordo 
com o que estiver no contrato de fornecimento de serviços.
2. Gerenciar requisições de serviços e incidentes: responsabilidade 
do fornecedor, de acordo com o que estiver no contrato de 
fornecimento de serviços.
3. Gerenciar problemas: responsabilidade do fornecedor, de acordo 
com o que estiver no contrato de fornecimento de serviços.
4. Garantir a continuidade: o fornecedor deve ter um plano de 
continuidade e recuperação de desastre, definido na SLA, e ser 
aprovado e monitorado pela empresa.
5. Gerenciar serviços de segurança: responsabilidade do fornecedor, 
de acordo com o que estiver no contrato de fornecimento de 
serviços. Deve proteger as informações da organização que 
contratou o serviço, a fim de manter o risco aceitável para a 
segurança da informação da contratante.
6. Gerenciar controles de processos de negócios: trabalho conjunto 
entre empresa e fornecedor. Pode haver restrições de controle 
em ambientes SaaS, pois a empresa pode ter limitações na 
configuração dos aplicativos e nos controles e privilégios de 
acesso.
• MEA – Monitor, Evaluate, Assess (monitorar, avaliar, medir):
1. Monitorar, avaliar e medir o desempenho e a conformidade: 
Responsabilidade integral da empresa contratante, que deve 
coletar, validar e avaliar os objetivos e métricas do processo 
de negócio de TI. Esses requisitos devem estar nos SLAs e ser 
37
monitorados para verificar se estão sendo realizados conforme 
metas e métricas de desempenho e conformidade acordadas.
2. Monitorar, avaliar e medir o sistema de controles internos: 
responsabilidade integral da empresa contratante, que deve 
monitorar e avaliar continuamente o ambiente de controle, 
incluindo auto-avaliações e análises de avaliações independentes. 
Isso permite a identificação de deficiências e ineficiências de 
controle e realizar ações de melhoria.
3. Monitorar, avaliar e medir a conformidade com requisitos 
externos: responsabilidade integral da empresa contratante, 
que deve avaliar se os processos de TI e processos de negócios 
suportados pela TI estão em conformidade com as leis, 
regulamentos e exigências contratuais. Esses requisitos devem 
estar presentes nos SLAs e ser monitorados periodicamente, por 
meio de auditorias próprias ou contratadas para este fim.
3. Etapas para governança em nuvem
Introduzir a computação em nuvem em uma organização afeta funções, 
responsbilidades, processos e métricas. Sem a governança da nuvem 
em vigor, responsável por fornecer diretrizes para navegar pelos riscos e 
adquirir e operar com eficiência os serviços da nuvem, uma organização 
pode encontrar problemas comuns, como desalinhamento com os 
objetivos da empresa, revisões frequentes de exceções de política, 
projetos paralisados, conformidade, multas ou falhas regulatórias, 
excesso de orçamento e avaliações de risco incompletas (OMG, 2019).
Para garantir que seja implementada e mantida uma boa governança na 
nuvem, a OMG (2019) apresenta sete etapas evolutivas que podem ser 
utilizadas para acompanhar as inovações em tecnologia e modelos de 
negócios, conforme Figura 3.
38
Figura 3 – Etapas evolutivas para governança na nuvem
Fonte: elaborada pela autora.
Compreender (understand): a primeira etapa se refere a compreensão 
do que é a governança na nuvem. Em resumo, a governança pode ser 
definida como um conjunto de políticas e padrões acordados com base 
em uma avaliação de riscos e a inclusão de procedimentos de auditoria, 
medição e elaboração de relatórios.
Referência (benchmark): nesta etapa, é avaliado o modelo de 
maturidade de governança da organização. Esses modelos são úteis 
para avaliar lacunas no processo e padrões que possam interferir no 
estabelecimento e manutenção de TI e governança corporativa. Alcançar 
ótimos resultados de negócios depende de um escopo adequado de 
governança, pois avalia consistentemente o progresso e o valor dos 
negócios para a organização, que deve ser incluida tanto no processo 
de implementação da governança na nuvem, quanto no monitoramento 
contínuo.
Estrutura (framework): uma estrutura de governança em nuvem 
precisará operar em harmonia com outras práticas corporativas e de 
governança de TI. Para isso, selecione os frameworks que serão utilizados 
para a governança da nuvem e implemente-os conforme sua escolha e 
necessidade.
A governança de cloud é derivada da governança de negócios. Quando 
uma empresa possui um processo estabelecido e possui o serviço em 
nuvem, deve considerar que a governança da nuvem é baseada em 
execução de processos, controle, governança de TI e de arquitetura 
corporativa (EA) e negócios de governança. Alguns exemplos de 
39
frameworks são: ITIL, COBIT e TOGAF. Já na nuvem, um framework, 
denominado cloud governance, se baseia nestes e aplica modificações 
especificas para o controle da computação em nuvem.
Alinhar (allign):o alinhamento da governça de TI avalia onde o tópico 
da nuvem se encaixará no modelo já existente. Esse alinhamento deve 
levar em consideração a conformidade, obrigações contratuais e outras 
áreas de risco. O desalinhamento entre as necessidades do serviço do 
cliente e o serviço de nuvem, bem como expectativas do cliente e o que 
o provedor de serviços em nuvem realmente oferece, pode criar riscos 
ao projeto.
Programa (program): é necessário que a organização defina o escopo 
do projeto, os fluxos de trabalho e um cronograma. Definir medidas 
e métricas relacionadas a governança em nuvem, bem como definir e 
revisar o plano de comunicação e que o plano de riscos, segurança e 
conformidade estejam de acordo com os orgãos governamentais.
Medir (measure): não existe uma única forma de medida ou métrica 
que defina o quanto a governança está funcionando para todas as 
organizações. Então, comece a coletar dados como parte do ciclo de 
comunicação e revisão.
Sustentar (sustain): a computação em nuvem é dinâmica e, para 
acompanhar essas mudanças, existem atividades e métricas mínimas 
que devem fazer parte de seu estatuto inicial de programa e 
procedimentos desde o início. Dessa forma, evoluindo os processos de 
governança, juntamente com os resultados e métricas do negócio.
Um plano de migração para nuvem bem construído, levando em 
consideração a governança, fará toda a diferença no ambiente da 
empresa, buscando maior segurança e organização. O cloud é uma 
realidade e se torna quase impossível visualizar o mundo sem os 
serviços hospedados em nuvem, devido sua eficiência, disponibilidade 
40
e escalabilidade. Então, regras e boas práticas tornam-se fundamentais 
para um ambiente seguro, confiável e com processos bem definidos.
Referências Bibliográficas
CARSTENSEN, J. et al. Cloud computing: assessing the risks. United Kingdom: ITGP, 
2012.
FERNANDES, A. A; ABREU, V. F. Implantando a governança de TI: da estratégia à 
gestão dos processos e serviços. 4. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2014.
OMG. Practical guide to cloud governance. Object Management Group (OMG), v. 
1, 2019. Disponível em: https://www.omg.org/cloud/deliverables/practical-guide-to-
cloud-governance.pdf. Acesso em: 28 set. 2020.
REIJNDERS, B. A comparison of governance models for cloud computing: with 
a case study on cloud IT controls for a telecom service provider. Master Thesis 
Information Management, 2017.
SOFTWARE ONE. Conheça as 5 áreas de foco de uma boa governança de TI. 
Software One, sete de abril de dois mil e dezessete. Disponível em: https://blog-
br.softwareone.com/conheca-as-5-areas-de-foco-de-uma-boa-governanca-de-ti. 
Acesso em: 28 set. 2020.
41
Serviços de nuvem e suas 
características
Autoria: Fernanda Rosa da Silva
Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma
Objetivos
• Categorizar os tipos de serviços de nuvem, 
considerando as camadas que os representam.
• Conceituar SaaS (Software as a Service) e reconhecer 
suas funcionalidades.
• Definir PaaS (Platform as a Service) e especificar suas 
funcionalidades.
• Caracterizar IaaS (Infrastructure as a Service) e 
declarar suas funcionalidades.
42
1. Modalidades de serviços em cloud computing
A cloud computing (computação em nuvem) trouxe transformações 
evidentes para o mundo tecnológico, se destacando e crescendo cada 
vez mais no mundo corporativo, apesar da complexidade do que a 
envolve, por oferecer uma gama de recursos que abrange diversas 
modalidades, serviços e aplicações que a compõe. Portanto, ao falar 
em cloud computing, é inevitável se deparar com as siglas IaaS, PaaS e 
SaaS,mas organizações, muitas vezes, ainda sustentam dúvidas sobre a 
escolha propícia para seu ambiente.
Antes de surgir a possibilidade de migrar os serviços para nuvem, as 
organizações desenvolveram uma visão além do que diz respeito a 
manter uma infraestrutura completa dentro da organização, dando um 
passo para fora desse contexto e optando por serviços terceirizados 
denominados hosting e colocation, que permitiram a independência por 
parte da infraestrutura de TI.
Entretanto, os recursos da computação em nuvem passaram a ser 
disponibilizados de diferentes formas, moldados a cada um desses 
serviços, sendo entregues por meio dos modelos de computação em 
nuvem: público, privado, híbrido, comunitário e refinando, ainda mais a 
tecnologia em relação ao tratamento dos serviços.
Analise a ilustração da pilha abaixo (Figura 1):
43
Figura 1 – Pilha de serviços em nuvem
Fonte: bakhtiar_zein/ iStock.com. 
A ilustração acima permite identificar os papéis desempenhados pela 
arquitetura baseada em nuvem, onde a camada inferior sempre suporta 
a superior. Sendo assim, IaaS suporta os serviços previstos em PaaS, 
que, consequentemente, suporta os serviços prestados pela camada 
SaaS. Ainda, é correto afirmar que SaaS e PaaS são camadas marcadas 
pelo consumo de serviços, e IaaS pelo fornecimento de recursos para as 
demais camadas, segundo Veras (2012).
Com essa disposição em camadas, é possível que o provedor 
disponibilize os recursos necessários, tornando-se responsável por 
isso, além de definir, por meio dessa pilha, diferentes interesses, 
categorizando o que deve oferecer para cada organização ou usuário, 
considerando seus interesses e fornecendo suporte a todos os modelos 
de serviço. 
https://www.istockphoto.com/br/portfolio/bakhtiar_zein?mediatype=illustration
44
A partir de agora, vamos conhecer os conceitos, funções, vantagens e 
desvantagens para os serviços ofertados na nuvem, acompanhando em 
que casos devem ser aplicados e entendendo sua estrutura básica.
2. Conceitos básicos de SaaS e suas 
funcionalidades
Software como serviço (Software as a Service–SaaS) é considerada a 
camada mais alta da pilha de serviços, utilizada por um grande número 
de usuários finais e amplamente implantada na nuvem pública como 
alternativa de hospedar aplicativos próprios para armazenar e processar 
dados, sendo uma alternativa de baixo custo. Nesa modalidade, os 
aplicativos são oferecidos como serviço, mantidos por provedores e 
acessados pelos usuários por meio de aplicações alcançadas com o uso 
de um simples browser (navegador). Todo o controle abaixo dessas 
aplicações, incluindo recursos computacionais, como gerenciamento de 
rede, sistemas operacionais, servidores, sejam físicos e virtualizados, 
dispositivos de armazenamento e energia, é realizado pelo provedor 
de serviço. Google Apps é um dos maiores exemplos de SaaS, que 
disponibiliza os recursos publicamente para qualquer um que vier a 
contratar.
Em SaaS, o usuário fica isento de adquirir qualquer licença e até 
mesmo de instalar este aplicativo em seu computador, utilizando 
unicamente neste equipamento. Tome como exemplo o pacote Office, 
oferecido pela Microsoft, que antes comercializava somente por meio 
de licenciamento, sendo necessária a compra e instalação do programa, 
seguido da inserção de chave de ativação, restringindo o uso dos 
recursos localmente. Na nuvem, adquirindo software como serviço, 
pode-se optar pela contração do Office 365, onde qualquer documento 
é editado on-line, por meio de qualquer dispositivo que suporte acesso 
via navegador, estando os artigos, planilhas e documentos armazenados 
45
na biblioteca, disponíveis a qualquer momento para edição, download e 
compartilhamento.
Assim, essa aquisição é realizada por meio de uma assinatura, 
pagamento mensal conforme o número de contas que utilizam o 
serviço, podendo ser de uso individual ou conjunto em caso de planos 
empresariais, permitindo também configuração de e-mail na nuvem, 
acesso à caixa de e-mail e até mesmo, em alguns casos, fornecendo o 
download do aplicativo local para usuários que ainda não se adaptaram 
totalmente, mas que podem fazer o uso simultâneo dos dois modos, 
nuvem e local, adequando à sua necessidade.
Outro fator importante é a cobrança dos serviços, onde Veras (2012) 
menciona que pode ocorrer de acordo com o fornecedor, sendo 
baseada em uma taxa fixa para o uso ilimitadodos recursos ou sendo 
aplicada de forma variável baseada no uso, considerando o período de 
tempo estabelecido.
Ainda, quando um software é comprado em forma de licença e uma 
atualização ou correção é lançada pelo fabricante, fica a cargo do 
usuário, aceitar, realizando download e aplicação da mesma ao seu 
software. Já em SaaS, qualquer patch (atualização ou correção de 
software) lançado é aplicado automaticamente e, muitas vezes, nem 
é visível, importando, assim, somente o funcionamento correto dos 
recursos.
2.1 Vantagens no uso de SaaS
Utilizar o sistema de software na nuvem traz um leque de vantagens e 
benefícios à organização, sendo, o primeiro deles, o poder de migrar 
softwares menos críticos, que até então dependiam de profissionais 
habilitados para gerenciá-los, mesmo sendo de estrutura simples. A 
implementação desses serviços geravam um grande custo, que, hoje, 
com a aquisição na nuvem, diminuem drasticamente.
46
Licenciamento, infraestrutura e integração com outros sistemas, 
acabavam exigindo tempo e orçamento que, e, de acordo com Veras 
(2012), poderiam vir a representar riscos a empresas de todos os portes, 
muitas vezes, ficando de fora do alcance de empresas menores sem 
condições de manter tudo isso localmente.
A nuvem, nesse ponto de vista, veio como uma solução simplificada, 
onde empresas de pequeno porte podem até abandonar parte de suas 
instalações, quando mantidas somente para o fim de utilizar softwares 
simples como ferramentas de escritório, por exemplo. Chandrasekaran 
(2015) ainda adiciona que estarão essas organizações livres de 
manutenção, sendo responsáveis apenas por executar os serviços no 
topo da nuvem, gerenciados pelo provedor.
Com a migração para este serviço, tarefas como monitoramento, 
assegurar recursos de alta disponibilidade, atualizações, correções, se 
tornam dispensáveis, podendo o administrador da rede e dos negócios 
transferir essa responsabilidade ao provedor, se concentrando em 
atividades que agreguem valor ao negócio, alinhando suas metas mais 
voltadas às operações estratégicas.
2.2 Desvantagens no uso de SaaS
Quando o assunto é confiança, ainda existem dúvidas por parte das 
organizações, além de uma preocupação ao externar seus dados, 
independente da criticidade das informações ser baixa ou não.
Os dados são bens importantes para qualquer negócio e, no novo modelo, 
estarão fora da organização, o que para muitas empresas é um problema. 
(Veras, 2012, p. 227)
Apesar dos benefícios de gerenciamento centralizado e baixo custo 
estabelecidos ao utilizar um software na nuvem, é necessário, no 
entanto, adaptar seus dados ao nível de privacidade e segurança 
47
oferecidos na nuvem, além de depositar confiabilidade no provedor 
responsável pelo controle dos dados e suas soluções.
Veja a comparação do modelo citado com a infraestrutura local:
Figura 2 – Comparação de SaaS com a infraestrutura tradicional
Fonte: elaborada pela autora.
48
Podemos concluir que utilizando SaaS, o gerenciamento completo se 
torna responsabilidade do provedor, o usuário somente os consome, 
gerenciando suas informações e dados.
3. A plataforma em nuvem e suas 
funcionalidades
Plataforma como serviço (Platform as a Service–SaaS) é uma das 
principais formas como os serviços são disponibilizados na nuvem, 
camada intermediária da pilha que oferece todos os recursos 
necessários para publicação de um aplicativo ou site e consiste no 
fornecimento de ferramentas que dão liberdade aos desenvolvedores 
para codificar no ambiente de nuvem, sendo, de acordo com 
Chandrasekaran (2015), responsáveis por gerenciar e implementar 
aplicativos e configurar o ambiente de desenvolvimento. Ainda, aponta 
que alguns dos recursos oferecidos são CLI (interface de linha de 
comando) web, interface do usuário (User Interface–UI) e ambientes de 
desenvolvimento integrados (Integrated Developmet Environment -IDE). 
Exemplos de provedores populares são Red Hat OpenShift e Salesforce.
com.
De qualquer forma, não somente as aplicações criadas pelo 
desenvolvedor podem ser instaladas na nuvem, como qualquer 
aplicação adquirida de terceiros podem ser mantidas, utilizando 
ferramentas e bibliotecas oferecidas pelo provedor de nuvem, 
tornando o uso das aplicações mais flexíveis. Portanto, considere que 
uma aplicação seja desenvolvida para ser utilizada na plataforma Red 
Hat OpenShift, utilizando uma linguagem padrão de programação, 
como Python, que rodaria normalmente na plataforma utilizada pelo 
desenvolvedor, mas, ao migrar para nuvem, deve ser adaptada para que 
possa ser suportada corretamente.
49
3.1 Benefícios para o uso de PaaS
Optando por migrar para essa modalidade, a necessidade de gerenciar 
os recursos computacionais, como software e hardware, é eliminada, 
permitindo o desenvolvimento de aplicações e instalação de recursos 
apropriados para as aplicações hospedadas. Veja na Figura 3:
Figura 3 – Comparação de PaaS com a infraestrutura tradicional
Fonte: elaborada pela autora.
50
Com essa estrutura, é possível acelerar o tempo que as equipes 
levam para desenvolver suas aplicações, ao invés de perder tempo 
analisando questões de hardware, rede e segurança, necessitando 
estudar a compatibilidade entre todos esses recursos antes de começar, 
verificando requisitos mínimos, adaptando a infraestrutura e gerando, 
assim, custos para tornar a operação possível.
Fica fácil para qualquer organização se adaptar às necessidades do 
negócio, visto que quaisquer recursos podem ser disponibilizados 
imediatamente, assim como também pode abrir mão quando não for 
mais útil. Além disso, realizar testes aplicando configurações diversas, 
considerando localidades distintas e utilizando recursos que forneçam 
o desempenho necessário, se torna mais rápido e corta custos que 
envolvam o data center e que seriam necessários em uma infraestrutura 
tradicional, também com um número menor de pessoas envolvidas nos 
processos de TI.
A mobilidade de desenvolvedores é cada vez mais evidente e o fato 
do ambiente estar acessível via Internet, conforme relata Opus (2015), 
abre muitas opções quanto a localização, como trabalho remoto, times 
dispersos geograficamente e facilidade na colaboração em projetos.
Por fim, erros envolvendo o ambiente de desenvolvimento passam a 
ser menos recorrentes, abonando os desenvolvedores com mais tempo 
para que possam se envolver em outras tarefas.
3.2 Obstáculos ao adotar PaaS
Ainda não existe uma padronização determinada entre os provedores, 
conforme Opus (2015), ainda existem fatores que não estão definidos 
da melhor maneira, o que faz com que fique mais complicado comparar 
soluções de fornecedores, a fim de escolher uma plataforma adequada 
para migração para o novo modelo, por isso, PaaS ainda é o modelo 
51
menos maduro no mercado, comparado aos serviços oferecidos pela 
nuvem, além de ser o menos procurado atualmente.
A segurança também é considerada pelas organizações, ainda mais 
considerando que seus ambientes de desenvolvimento e homologação 
estariam fora da organização, podendo ser corrompidos ou vazados 
antes mesmo de se tornarem aplicações produtivas.
PaaS ainda exige certo esforço por parte da organização. Isso faz com 
que SaaS seja preferência por oferecer aplicações prontas ou IaaS ser a 
melhor escolha por oferecer melhor liberdade, por isso, veja no próximo 
item como esse serviço é oferecido na nuvem.
4. Características e funcionalidades do modelo 
IaaS
Infraestrutura como serviço (Infrastructure as a Service–IaaS) é a forma 
mais completa que os serviços em nuvem são oferecidos e muda 
totalmente as formas como os recursos são fornecidos e consumidos, 
pois a infraestrutura, apesar de invisível, pode ser gerenciada pela 
organização apenas com algumas limitações. Agora, migrando para essa 
infraestrutura, dispositivos de armazenamento, rede e recursos ainda 
estão no data center do provedor, mas a organização e os usuários são 
capazes de gerenciar alguns recursos de virtualização, definiro que 
será utilizado para cada servidor: adicionar discos, memória, escolher 
a localização (considerando opções disponíveis), desligar e ligar as 
máquinas virtuais, atribuir nome ao host e credenciais administrativas ao 
recurso.
Em termos de sistema operacional, é possível escolher e instalar 
o sistema operacional, adquirir licenciamento para ativação do 
sistema ou até mesmo utilizar uma existente, configurar serviços, 
52
instalar programas, entre outras ações. Todos os recursos podem ser 
adicionados ou removidos a qualquer momento, definindo o custo que 
pode ser mensurado sempre que necessário.
Considerando tarefas mais avançadas, é possível adicionar interfaces 
de redes redundantes, configurar balanceamento de carga, adicionar 
unidades de processamento (CPUs) de forma específica, considerando 
até mesmo quantos núcleos de processamento serão necessários, 
eliminando, de acordo com Chandrasekaran (2015), a complexidade de 
manter a infraestrutura física, porém, mantendo todos os benefícios 
da nuvem em relação à um ambiente de infraestrutura local, como 
elasticidade, serviço sob demanda e maior disponibilidade dos serviços. 
Lembrando que cada recurso adicionado ao hardware gera custos 
de acordo com sua especificação e capacidade técnica, este sistema, 
geralmente, é denominado pay and use.
53
Figura 3 – Comparação de IaaS com a infraestrutura tradicional
Fonte: elaborada pela autora.
54
4.1 Privilégios no uso de IaaS
O maior privilégio de utilizar esse modelo é que mesmo com os recursos 
distribuídos, muitas vezes, por políticas e padrões estabelecidos pelo 
próprio provedor, o gerenciamento aos olhos do administrador é 
centralizado, realizado por meio do navegador, dando a visão facilitada 
de todos os recursos criados e implementados na nuvem. Veja abaixo, 
como isso funciona no Microsoft Azure.
Figura 4 – Painel Microsoft Azure
Fonte: print de tela do portal Azure, da Microsoft.
Os usuários têm total liberdade para configurar a VM do zero. O 
uso de IaaS permite que múltiplos usuários acessem os recursos, 
simultaneamente, com login próprio e as contas podem ser 
personalizadas como ocorre em qualquer sistema operacional.
IaaS é a escolha ideal para organizações que enfrentam picos de uso 
imprevisíveis, assim, para demandas que não podem ser previstas, 
55
a elasticidade do ambiente permite ajustar imediatamente qualquer 
recurso. Tanto para empresas pequenas que não possuem hardware, 
como para empresas que necessitam de muitos recursos e seria 
necessário um grande investimento em infraestrutura, IaaS é um bom 
investimento.
4.2 Dificuldades ao considerar o no uso de IaaS
Todas as máquinas virtuais (VM) mantidas no formato de infraestrutura 
na nuvem podem estar propícias a riscos, pois a virtualização tem um 
papel importante na disponibilização desses serviços e, de acordo com 
Chandrasekaran (2015), ataques podem comprometer esses recursos e 
os dados armazenados por eles. No entanto, atualmente, a maioria dos 
provedores é capaz de proteger as Vms de forma eficiente.
Migrar de um provedor para o outro, considerando uma infraestrutura 
completa na nuvem acaba sendo um processo mais complexo, quando 
comparado aos serviços oferecidos como plataforma e software, 
pois nem sempre será compatível com todos os provedores e 
estruturas. Portanto, Chandrasekaran (2015) ainda aponta que por estar 
em outra rede, o acesso às máquinas virtuais podem apresentar maior 
latência, trazendo problemas com seu desempenho.
Tendo em vista os três modelos principais de serviços, conclui-se que 
IaaS é capaz de fornecer recursos computacionais, seja hardware 
ou software, já em relação à PaaS, recursos, como tecnologias e 
ferramentas para desenvolvimento, são providos, utilizando os recursos 
da camada inferior, permitindo a execução dos serviços implementados 
e que são disponibilizados como SaaS.
Mesmo assim, isso não significa que todos os modelos devem ser 
disponibilizados como uma estrutura única, onde, muitas vezes, o 
provedor pode apenas oferecer SaaS, PaaS ou IaaS (onde apenas sub 
recursos podem ser utilizados (Nework as a Service–NaaS; Banco de 
56
dados as a Service–DBaaS; Storage as a Service–STaaS), assim como a 
organização também pode optar pela escolha somente de um modelo, 
migrando somente o que for conveniente para sua organização e 
adaptando ao seu modelo de negócio.
Referências Bibliográficas
CHANDRASEKARAN, K. Essentials of cloud computing. 1ed., Chapman and Hall/
CRC, 2015.
OPUS. O que é PaaS? como começar a usar? A Opus Software, vinte e oito de julho 
de dois mil e quinze. Disponível em: https://www.opus-software.com.br/o-que-e-
paas-como-comecar-a-usar/. Acesso em: 28 set. 2020.
VERAS, M. Computação em nuvem. Rio de Janeiro: Brasport, 2015.
57
Aplicações em nuvem e o futuro 
da tecnologia
Autoria: Fernanda Rosa da Silva
Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma
Objetivos
• Descrever características das aplicações na nuvem 
e fatores importantes sobre sua migração e 
desenvolvimento.
• Explorar o uso de aplicações e suas funcionalidades 
na infraestrutura de cloud computing.
• Entender como cloud computing está caminhando 
com a evolução dos seus recursos e o futuro que 
podemos esperar para a tecnologia.
58
1. Características das aplicações na nuvem
Em um curto período de tempo, a maioria das organizações terá 
migrado pelo menos um de seus serviços para nuvem, aderindo ao uso 
de aplicações por meio desse modelo, avaliando antes sua criticidade e 
mediante planejamento adequado. Isso porque as opções e modelos de 
nuvem proporcionam diferentes intervenções que permitem flexibilizar 
a migração para o novo modelo. Nuvens privadas e híbridas oferecem 
grande confiabilidade e grande capacidade de manter as aplicações 
seguras. As principais aplicações e seu uso da nuvem vêm expandindo 
cada vez mais, aumentando o escopo de serviços compatíveis com 
a plataforma e facilitando a forma como as organizações passam a 
gerenciar seus serviços.
Simplificadamente, a computação em nuvem se refere ao modelo como 
a ideia de utilizar, em qualquer lugar, as aplicações por meio da Internet, 
sem depender de nenhuma plataforma e isentando o processo da etapa 
de instalação em computadores locais, segundo Alecrim (2015).
De acordo com Veras (2012), uma aplicação pode ser definida como 
qualquer software que possa ser acessado pelo usuário, principalmente 
pela Internet, como é o caso de aplicações disponíveis na nuvem, 
gerenciada por um servidor e não pela máquina local do usuário.
Outro ponto importante a ser considerado é que a virtualização é um 
recurso indispensável para que as aplicações sejam entregues por meio 
da nuvem.
De acordo com Hausmann, Cook e Sampaio (2013), uma aplicação 
independentemente de estar ou não armazenada na nuvem, é 
59
representada por três camadas: camada de apresentação, camada de 
negócio e camada de dados, conforme ilustrado na Figura 1:
Figura 1 – Modelo lógico de três camadas de uma aplicação
Fonte: elaborada pelo autor.
Anteriormente à existência da nuvem, aplicações eram mantidas 
localmente sem depender de qualquer recurso extra, como conexão 
com a Internet, interação com outros usuários, serviços de rede e 
nenhuma permissão de acesso específica, tornando mais simples tarefas 
do cotidiano, como uso de um editor de texto, se limitando ao uso do 
disco local para armazenar as informações geradas e proporcionando 
recursos do aplicativo, sempre que necessário, por meio de acesso ao 
dispositivo hospedeiro. Entretanto, essa forma de uso de aplicações 
acabou se tornando limitada até que a tendência de manter as 
aplicações na nuvem surgiu.
60
Na nuvem, as aplicações são mantidas de forma centralizada 
logicamente, apesar de que podem estar distribuídas em relação ao 
hardware. Por isso, trazem maiores possibilidades de compartilhamento 
e colaboração entre os usuários, contribuindo para maior visibilidade 
aos negócios, incluindo serviços de qualquer setor. Atualmente, 
nãoexiste a preocupação de manter um negócio geograficamente 
subdividido por questão de acessibilidade em relação aos dados, pois, 
na nuvem, as informações podem ser acessadas em qualquer local, 
facilitando a comunicação sem oferecer qualquer obstáculo, de acordo 
com Hausmann, Cook e Sampaio (2013).
1.1 Migração
Quando uma aplicação já faz parte da rotina de uma organização e 
uma migração para a nuvem é planejada, essa aplicação, geralmente, 
tende a ser reaproveitada e, para isso, é necessário rever os padrões 
desse aplicativo e adaptá-los para que estejam em conformidade com 
a nuvem. Sendo assim, a organização está suscetível a enfrentar alguns 
desafios que envolvem a adaptação ao modelo de nuvem em relação ao 
ambiente tradicional que hospedava as aplicações até então.
Por isso, avaliar a migração de aplicações de forma minuciosa é um 
fator decisivo, pois existe uma percepção errônea sobre o processo de 
migração ser uma solução simples, que traz como principal benefício 
a redução de custos. No entanto, isso só se torna uma realidade se, de 
fato, as aplicações forem elegíveis para serem adaptadas à plataforma 
da nuvem. Softwares legados, por exemplo, não são bons candidatos, 
assim como aplicações proprietárias, desenvolvidas pela proporia 
organização, com requisitos específicos para atender ao seu ambiente 
local, pois, em alguns casos, podem não ser compatíveis com o novo 
modelo proposto. Softwares criados há muito tempo podem ser 
dependentes de hardware especifico e, possivelmente, falhar quando 
sua operação for alterada para nuvem.
61
Após a identificação das aplicações contidas no ambiente da 
organização, é necessário tomar uma decisão sobre quais delas podem 
ou não ser migradas para nuvem. De acordo com Hausmann, Cook e 
Sampaio (2013) alguns aplicativos, como aqueles categorizados pela 
modalidade SaaS, podem ser facilmente substituídos por outros. Já 
os serviços mais complexos, podem ter como opção utilizar serviços 
oferecidos como infraestrutura ou tirar proveito de ofertas disponíveis 
em PaaS.
As seguintes opções são sugeridas por Hausmann, Cook e Sampaio 
(2013) para que as aplicações sejam alocadas na nuvem de maneira 
correta:
Quadro 1–Prós e contras de manter as aplicações na nuvem
Migrar para: Prós: Contras:
SaaS. Baixo custo ao substituir 
uma aplicação local por 
SaaS.
Baixa flexibilidade para 
customização.
PaaS. Não necessita realizar 
manutenção no sistema 
operacional e oferece 
ferramentas necessárias a 
baixo custo.
Limita o desenvolvimento 
da aplicação ao ambiente do 
provedor.
IaaS. Maior probabilidade 
de ser compatível 
com plataforma de 
outros provedores, 
uso de tecnologias de 
desenvolvimento que mais 
se adaptem a familiaridade 
do desenvolvedor com 
elas.
Requer controle e 
manutenção de recursos 
que compõem a 
infraestrutura da nuvem, 
desde o sistema operacional 
até as configurações 
necessárias para manter a 
funcionalidade do ambiente.
Fonte: adaptada de Hausmann, Cook e Sampaio (2013, p.134).
62
Com as demandas que surgem, referentes à migração de aplicações dos 
atuais ecossistemas de software alocados dentro das organizações para 
a nuvem, visando aderir a forma como as aplicações são mantidas pelo 
novo modelo, se torna necessário o suporte à implantação e execução 
de soluções que permitam a integração entre os ambientes, permitindo 
o alcance às aplicações absorvidas pela nuvem. Por isso, os provedores 
ainda devem oferecer serviços de orquestração (OaaS). Nas palavras de 
Frantz etal. (2014), a orquestração como um serviço está diretamente 
relacionada ao modelo de negócio e define a forma como os recursos 
em ambientes distintos passam a ser combinados e equilibrados 
entre si. Assim, em casos onde a migração parcial de aplicações de um 
conjunto de recursos da organização é realizada, é possível comunicar 
os dois ambientes, tornando a nuvem uma extensão da rede local e 
tornando esta invisível aos olhos dos usuários, que terão a percepção de 
que a rede é uma só.
Aplicações que hospedam dados mais críticos ou são obsoletas, talvez 
não devam ser migradas para nuvem por questão de segurança e 
suporte adequado, respectivamente. Para as aplicações elegíveis, 
é recomendado que alguns passos sejam considerados, como 
questionamentos que deixem mais claro se a migração deve ser 
realizada, definição de processos, escolha de provedores e planejamento 
adequado antes da migração.
1.2 Desenvolvimento
Apesar das facilidades que a nuvem oferece, nem todas as aplicações 
são elegíveis para serem migradas como solução para a preservação 
de suas características e funcionalidades. Portanto, em alguns casos, 
a migração é o caminho mais adequado, já em outros, desenvolver 
uma aplicação para substituir a atual, é a melhor escolha a ser 
feita, ainda mais considerando que, de acordo com Arruda (2011), o 
desenvolvimento das aplicações diretamente na nuvem flexibiliza e 
63
maximiza os recursos computacionais disponíveis e ainda permite 
aplicar a personalização necessária para cada aplicativo que seja criado 
a partir de sua estrutura.
Para que novas aplicações sejam desenvolvidas e projetadas para 
estarem prontas para nuvem, diversos sistemas de desenvolvimento 
podem ser utilizados, uma variedade de ferramentas está disponível, 
atendendo necessidades diversas que incluem desde a intenção de 
oferecer aplicativos pessoais e ferramentas de produtividade até o 
objetivo de implementar a função de back-end envolvida pela nuvem e o 
suporte adequado dado à organização. Assim como qualquer aplicação 
local, as aplicações em nuvem também são segmentadas em diversas 
camadas, cada qual com sua função específica, desde a que faz interface 
com o usuário até a camada mais baixa que comunica toda a estrutura 
lógica do sistema com a nuvem.
O design no sistema é um dos desafios que podem influenciar 
diretamente quando se considera o desenvolvimento de uma aplicação 
na nuvem. Existem fatores, de acordo com Hausmann, Cook e Sampaio 
(2013), que devem ser levados em consideração pelos desenvolvedores 
sempre que uma nova aplicação precisar ser criada:
• Aplicações sem estado ou aplicações com estado.
Respectivamente, as aplicações sem estado não acumulam nenhuma 
informação sobre o cliente, atendendo solicitação e descartando 
qualquer dado após seu processamento, armazenando as informações 
somente no cliente e não no servidor. Por outro lado, as aplicações com 
estado exigem que as informações sobre os dispositivos sejam mantidas 
entre cada chamada ao servidor, porém, pelo fato da infraestrutura 
da nuvem ser distribuída, não há garantia de que o mesmo servidor 
receberá a todas as solicitações, por isso, esse padrão deve ser evitado 
na nuvem.
64
• Escolha entre IaaS e PaaS.
Apesar de uma oferta de PaaS oferecer uma estrutura melhor 
preparada para desenvolvimento de aplicações, este modelo ainda 
apresenta algumas limitações, quando a questão é a compatibilidade 
entre as plataformas dos provedores ou quando se pensa em migrar, 
posteriormente, de um provedor para o outro, pois nem sempre APIs 
(conjunto de rotinas e padrões específicos para programas e acessar um 
software baseado na web) utilizadas como base são as mesmas, o que 
pode se tornar um problema de compatibilidade em casos específicos, 
tornando sua aplicação aprisionada em uma tecnologia específica.
Ao optar pelo uso de IaaS, o desenvolvedor se torna livre para escolher 
as ferramentas que utilizará e recursos necessários para disponibilizar 
sua aplicação, porém, é necessário estar atento aos custos, planos e a 
combinação entre eles, avaliando as vantagens e custo benefício que 
será agregado ao seu negócio.
As principais características das aplicações na nuvem são: alta 
disponibilidade e escalabilidade, mantidas por sistemas específicos, 
como aplicação de clusters de failover (tolerância a falhas), que são 
capazes de manter altas cargas de trabalho recebida pelos servidores 
e compartilhar, entre si, dados que são manipulados pelas aplicaçõese 
expostos a rede por meio de um único ponto (a nuvem).
• Acordo de nível de serviço e estrutura de data center.
Hausmann, Cook e Sampaio (2013) destacam que os provedores de 
nuvem, geralmente, garantem um nível de disponibilidade que esteja 
entre 99,99% e 100%, garantindo financeiramente qualquer prejuízo 
relacionado ao tempo de indisponibilidade (considerando o valor 
pago pelo serviço), caso o Acordo de nível de serviço (Service Level 
Agreement–SLA) não seja atendido. Essa situação deve ser avaliada e 
monitorada sempre, para que os indicadores não venham a impactar 
65
no desenvolvimento e disponibilidade das aplicações. Outro fator 
importante é a distribuição de dados, alguns provedores como Amazon e 
Rackspace mantém centros espelhados por todo mundo.
• Monitoramento, instâncias e custos.
Em alguns (poucos) casos, o provedor não provê nenhum tipo de 
monitoramento, sendo necessário terceirizar ferramentas e serviços 
para este fim. Outros (a maioria), fornecem ferramentas integradas sem 
custo adicional.
Alguns provedores, ainda, definem o número de servidores que podem 
ser utilizados, então, é necessário avaliar se isso não prejudicará 
o desenvolvimento de duas aplicações, pois, nesse caso, recursos 
como CPU, memória e sistema operacional, são preestabelecidos 
(principalmente em PaaS).
2. Aplicações na nuvem e suas funcionalidades
Aplicações em nuvem bem projetadas são capazes de proporcionar uma 
experiência ao usuário da mesma forma como se tivesse um programa 
instalado completamente em uma máquina local, em uma rede de 
computadores privada, porém, sem a necessidade de utilizar recursos 
e realizar atualizações, sendo possível acessar suas funcionalidades em 
qualquer dispositivo.
Por padrão, as organizações costumam manter as aplicações de 
forma distribuída, funcionando em diversos equipamentos de forma 
simultânea, para uso de diversos usuários. De fato, nesse caso, podem 
surgir alguns problemas, como incompatibilidade com alguns sistemas 
operacionais, por exemplo. Já na nuvem, as aplicações podem ser 
oferecidas de várias formas, estando centralizadas nas plataformas, 
porém, podendo ser acessadas independente de qualquer sistema 
66
operacional e hardware. Entre as aplicações, estão inclusos aplicativos 
e ferramentas de uso pessoal, aplicações utilizadas para fins de 
produtividade e desenvolvimento de softwares, incluindo rotinas de 
testes. A Figura 2 ilustra como isso funciona:
Figura 2 – Visão geral de uma aplicação na nuvem
Fonte: adaptada de Hausmann, Cook e Sampaio (2013, p.124).
Com as aplicações na nuvem, o uso de servidores físicos diminui e utiliza 
como característica a escalabilidade, de forma automática. As principais 
formas de uso de aplicações na nuvem, de acordo com Hausmann, Cook 
e Sampaio (2013) são as seguintes:
• Nuvens de armazenamento.
Sempre quando uma organização aloca espaço de armazenamento para 
seus servidores locais, à medida que estes dispositivos são utilizados, 
os recursos vão se esgotando, o que leva a uma nova necessidade 
67
em pouco tempo, altos custos e imprevistos que surgem até que um 
recipiente temporário seja encontrado, ainda mais quando se tem 
urgência para realização de um projeto especifico. Atualmente, quando 
isso acontece, as organizações recorrem ao armazenamento na nuvem. 
• Ferramentas de videoconferência.
Aplicativos de videoconferência baseada na web permitem colaboração 
entre organizações que atuam de forma distribuída, compartilhando 
aplicações na web e utilizando o recurso apenas com a instalação 
de plug-ins, que permitem conectar e estender a funcionalidade do 
navegador para o hardware utilizado, integrando recursos como 
microfone e webcam.
• Websites e plataformas de desenvolvimento.
Mesmo com o uso da virtualização, recursos são subutilizados, por isso, 
considerar a migração de aplicações em desenvolvimento ou em fase 
de testes, uma vez que, quando em testes, os dados tratados por uma 
aplicação são menores do que em fase de produção.
Nessa modalidade, um site é hospedado de forma transparente em 
diversas máquinas físicas que simulam uma única máquina virtual, 
trabalhando, assim, de forma integrada por trás da nuvem, distribuindo 
a carga de processamento, armazenamento de dados que trabalham 
integradas, distribuindo as cargas de processamento, armazenamento 
de dados e memória. Alguns recursos aplicados para essa finalidade 
são Grid (vários computadores em uma rede local que constroem uma 
grande máquina virtual), redes do tipo CDN, rede de fornecimento, 
entrega e distribuição de conteúdo (armazena o conteúdo do site em 
múltiplos servidores, dispersos geograficamente que garantem acesso 
por meio do servidor disponível que se encontra mais próximo do ponto 
de acesso) e recursos escaláveis.
68
• Customer Relationship Management (CRM).
Esse sistema é indispensável para empresas de todos os portes, 
sendo utilizado para armazenar informações importantes de clientes, 
dando um salto em relação ao processo de aquisição de licenças e 
infraestrutura física, agregando a plataforma, colaboração e acesso 
às informações de forma remota, aumentando a produtividade no 
ambiente de negócios. Um exemplo é a SalesForce que oferece a 
capacidade de hospedar aplicativos personalizados para atendimento ao 
cliente.
• E-mails corporativos e proteção. 
E-mails corporativos já são aplicações muito conhecidas na nuvem, 
porém, tratar spans, neste serviço, se tornou mais simples com a 
migração para nuvem, combinando uma infinidade de serviços que 
possibilitam o tratamento dessas ameaças como o uso de lista negra, 
filtro de spans, tecnologias antifraude e outros malwares baseados em 
e-mails.
Outras utilizações atreladas às aplicações em nuvem são:
• Administração de banco de dados, permitindo que a base de 
informações da organização esteja disponível em 100% do tempo e 
possa ser acessada, alterada e analisada sempre que necessário.
• Serviços de segurança e conectividade: o uso de VPN (rede virtual 
privada, utilizada para criar uma rede de comunicação entre 
computadores utilizando um túnel criptografado, permitindo 
a troca de informações), por exemplo. É possível, por meio da 
nuvem, para estabelecer uma conexão direta com a rede local 
a partir de configurações específicas que interligam as duas 
estruturas.
69
3. O futuro da computação em nuvem
Há muito tempo, a computação se tornou uma necessidade básica 
para qualquer organização e, atualmente, a computação em nuvem 
é considerada sinônimo de alta produtividade e baixo custo. Isso se 
dá pela forma como a tecnologia já revolucionou a forma com que os 
serviços podem ser consumidos pelas organizações, buscando sempre 
otimizar os resultados que oferecem e a possibilidade que a computação 
em nuvem trouxe para dentro das organizações vai além disso.
A evolução da computação em nuvem e o futuro da tecnologia 
estão diretamente ligados a um ambiente adaptado que envolve os 
serviços e recursos computacionais, que incluem dispositivos de rede, 
armazenamento e outros equipamentos, os quais o data center envolve 
e estão sendo criados para receber a nuvem.
O uso de máquinas virtuais e os modelos que a compõe, necessitam 
de alocação de hardware, como servidores, discos e capacidade de 
processamento adequada. Além disso, recursos de automatização 
e outros dispositivos fazem parte dessa evolução. O futuro da 
nuvem sofre constantes previsões, porém, é possível traçar algumas 
perspectivas sobre a evolução desse modelo. Veja algumas delas de 
acordo com Hausmann, Cook e Sampaio (2013).
• Evolução para Serverless: Serverless (sem servidor) computing é 
uma evolução da computação em nuvem, que está cada vez mais 
aparente no mercado, onde a camada operacional de servidores 
é eliminada, oferecendo ainda mais economia para as aplicações 
na nuvem. Com o uso de Serverless, os servidores físicos ainda 
existirão, porém, não será mais necessário se preocupar com o 
gerenciamento, provisionamento e manutenção dosrecursos 
necessários para os servidores da nuvem. Com isso, será possível 
aperfeiçoar o uso da elasticidade na nuvem, tornando este 
recurso ainda mais efetivo, permitindo que a máquinas virtuais 
70
sejam automaticamente alocadas quando o número de usuários 
conectados ou a carga de trabalho aumentar, por exemplo, ou 
diminuir estes recursos à medida que esses mesmos usuários 
venham a declinar ou a demanda diminua não necessitando mais 
dos recursos. Tornar o hardware escalável, assim como hoje são 
os serviços, seria o caminho para alcançar esse objetivo e alguns 
fornecedores já trabalham em projetos para tornar a nuvem 
privada escalável, utilizando esse modelo de aplicação.
• Containers: o uso de containers robustos para substituir os recursos 
de redundância atuais que se baseiam em hardwares específicos, 
criando um sistema de tolerância a falhas baseado em automação 
que contenha maior quantidade de servidores. A implantação de 
containers completos que utilizam servidores de forma redundante, 
mantendo cópias de dados e máquinas virtuais que podem ser 
transferidas de forma eficaz, poderá suportar falha de qualquer 
hardware, sendo, assim, o conjunto de servidores simplesmente 
desconectado transferindo sua carga para outro container até que 
o recipiente seja reparado.
A própria Microsoft já iniciou com alguns projetos desse tipo, onde 
containers abrigam centenas de servidores conectados diretamente, que 
compartilham recursos de energia e de rede. Esses recursos tornam 
as soluções de armazenamento altamente redundantes e substituíveis 
de forma rápida, sendo a ação de substituição do container realizada 
antes mesmo que a interrupção se torne um problema para a operação, 
porém, o custo para este recurso é consideravelmente alto.
• Internet das Coisas: criação de cidades inteligentes que envolvam 
dispositivos sem fio, redes conectadas por meio de sensores, 
envolvendo a conectividade da computação em nuvem e a 
Internet das Coisas, revolucionando a forma como vivemos em 
sociedade e potencializando controle de informações em diversos 
segmentos. Esse recurso crescerá e se tornará comum para 
beneficiar a população, aumentando a forma como as informações 
71
são coletadas, criando plataformas de vigilâncias, identificação de 
placas de carros, faces, entre outros serviços de monitoramento 
inteligentes que incluem rastreamento e monitoramento de frotas, 
coleta de lixos e outros serviços com o uso de GPS, armazenando 
as informações na nuvem em tempo real, podendo ser acessadas 
mais facilmente.
• Big Data: o conceito de Big Data anda junto com a computação em 
nuvem e já vem apresentando grande evolução para a tecnologia, 
o que crescerá futuramente, por conta do seu potencial elevado 
para processar informações e armazenar dados, Big Data terá 
ainda mais poder quando aliado com a computação em nuvem, 
sendo, assim, possível tratar um grande volume de dados, 
monitoramento de operações e identificar melhoras estratégias 
para análise de dados.
• Nuvem móvel: Rittinghouse e Ransome (2010) também apontam 
uma previsão para o futuro da nuvem, pela qual os recursos 
da nuvem são oferecidos por meio de ambientes móveis, 
transferindo a capacidade da nuvem de forma simples para o uso 
em smartphones. Dessa forma, sendo um ambiente que fornece 
sistema de armazenamento em rede permitindo disponibilidade 
onipresente, será cada vez mais possível que a nuvem seja 
acessada remotamente por meio da Internet, com o uso de 
dispositivos móveis, oferecendo recursos completos e utilizando 
o sistema operacional móvel como uma extensão para a nuvem. 
Atualmente, apesar de toda a evolução pela qual passou, os 
dispositivos móveis não são suficientemente bons para executar 
softwares, como Adobe e pacote office, de forma nativa, apesar de 
versões móveis estarem disponíveis com recursos limitados, mas 
com o uso da computação em nuvem, provavelmente, o modelo 
de computação em nuvem móvel fará parte do futuro.
Com a crescente evolução tecnológica da computação em nuvem, a 
adoção da plataforma vem crescendo cada vez mais e as aplicações 
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locais estão dando lugar à migração e implantação na nuvem, seja 
em modelo SaaS, PaaS ou IaaS. Com isso, a ocorrência de falhas 
técnicas, indisponibilidade e instabilidade são quase nulas, mantendo a 
continuidade do negócio sem maiores percalços.
A tendência é que o uso da nuvem cresça, se adaptando ao propósito de 
atender a todos os aspectos do negócio, ampliando a oferta de recursos, 
tornando a tecnologia cada vez mais pertinente para atender as escalas 
que se tornam cada vez maiores nas organizações, consequentemente, 
tornando as demandas cada vez mais complexas, vistas pelo lado 
dos usuários, em um cenário ainda mais competitivo que o atual. 
Consequentemente, os custos para adotar a computação em nuvem se 
tornarão menores na medida em que os componentes de TI também se 
tornarem mais acessíveis.
Referências Bibliográficas
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https://b-ok.lat/book/2224948/24f9ce
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Bons estudos!
	Sumário
	Arquitetura e Infraestrutura de Cloud Computing
	Objetivos
	1. Arquitetura da computação em nuvem
	2. Anatomia da computação em nuvem
	3. Tipos de nuvem
	Referências Bibliográficas
	Cloud Computing e os processos de Governança de TI
	Objetivos
	1. Governança de TI
	2. Governança de TI em cloud computing
	3. Etapas para governança em nuvem
	Referências Bibliográficas
	Serviços de nuvem e suas características
	Objetivos
	1. Modalidades de serviços em cloud computing
	2. Conceitos básicos de SaaS e suas funcionalidades
	3. A plataforma em nuvem e suas funcionalidades
	4. Características e funcionalidades do modelo IaaS
	Referências Bibliográficas
	Aplicações em nuvem e o futuro da tecnologia
	Objetivos
	1. Características das aplicações na nuvem
	2. Aplicações na nuvem e suas funcionalidades
	3. O futuro da computaçãoem nuvem
	Referências Bibliográficas

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