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1
América II
11
Aula Geografia
6B
 América Latina
Mapa político da América Central
 América Central
A América Central corresponde à faixa de terras que se estende desde a Guatemala e Belize, ao Norte, até o Pa-
namá, ao Sul; e também às ilhas do mar do Caribe (ou das Caraíbas). A “faixa de terras”, parte continental, que tem 
o oceano Pacífico a Oeste e o oceano Atlântico a Leste (representado pelo golfo do México e pelo mar do Caribe), é a 
parte ístmica; sendo as ilhas a parte insular da América Central.
De acordo com o Atlas de Desenvolvimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, 
a porção centro-americana é subdivida em América Central e Caribe, considerando apenas os países situados na 
porção continental como integrantes da América Central e os insulares integrantes do arquipélago das Antilhas e das 
Bahamas. 
 Economia
É baseada na agricultura de produtos tropicais como cana-de-açúcar, café, banana, cacau e abacaxi, realizada no 
sistema de plantation, que exige grandes recursos financeiros para a armazenagem e comercialização mundial do 
produto. 
Nesses países, a pobreza e o subdesenvolvimento têm estimulado instabilidades político-sociais, que também são 
alimentadas por interesses externos. Durante muitos anos, multinacionais, na defesa de seus interesses, mantiveram nos 
governos centro-americanos ditadores que pouco ou nada fizeram para combater a pobreza e o subdesenvolvimento.
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2 Semiextensivo
 A zona do canal do Panamá 
Situada no istmo do Panamá, é uma faixa de 32 km 
de largura que liga os oceanos Atlântico (mar do Caribe) 
ao Pacífico, dentro da república do Panamá. Essa zona foi 
criada em 8 de novembro de 1903 com a assinatura do Tra-
tado Hay-Bunau-Varilla transferindo sua posse aos Estados 
Unidos. No meio dela foi construído o canal do Panamá 
pelos estadunidenses, que detiveram o poder sobre essa 
área até o final de 1999. Porém, em caso de guerra, os 
Estados Unidos podem assumir o controle do canal.
Tem 82 km de extensão, 152,4 m de largura, 26 m 
de profundidade e três eclusas duplas. A travessia leva 
de 16 a 20 horas e o pedágio é caro – 28 mil dólares –, 
porém compensa, uma vez que evita o contorno da 
América do Sul. 
Foi construído com eclusas em função de o relevo 
acidentado não permitir a ligação entre os dois oceanos 
em nível. É uma ideia errônea imaginar que as eclusas 
foram construídas por causa do desnível dos oceanos. 
Na realidade tal desnível é de apenas poucos centíme-
tros (26 a 30), em função das marés.
 Navios atravessando o canal do Panamá
Em 2016, após 102 anos, a República do Panamá 
concluiu a ampliação e a modernização do canal para a 
passagem de embarcações de grande calado como os 
superpetroleiros e porta-aviões (classe over Panamax).
Nicarágua
Na Nicarágua, desde 2014 está sendo construído um 
canal interoceânico pela empresa chinesa HKND Group, 
que terá direitos de exploração por 100 anos. Com uma 
extensão de 278 quilômetros, atravessará a Nicarágua 
do Pacífico ao Caribe (oceano Atlântico). Sua largura 
oscila entre 230 e 520 metros, com uma profundidade 
de 30 metros.
Cuba
Em 1959, Fidel Castro derrubou o ditador Fulgêncio 
Batista e posteriormente implantou uma “república 
presidencialista de modelo socialista”, rompendo com os 
EUA, em janeiro de 1961. A partir do bloqueio econômico 
imposto pelos EUA, Cuba se aproximou da URSS, que 
durante todo o período da Guerra Fria foi o maior parceiro 
comercial.
A independência de Cuba da Espanha se deu pela 
interferência dos Estados Unidos. Em função disso, 
Cuba cedeu aos Estados Unidos em caráter perpétuo 
uma área litorânea (Guantánamo), situada no sudeste 
do país, onde foi instalada uma base naval até hoje uti-
lizada pelos estadunidenses e que, durante o governo 
Bush, foi utilizada como campo de concentração para 
terroristas capturados pelas forças estadunidenses. 
Na administração Obama, esse espaço está sendo 
gradualmente desativado, retornando à função de 
base naval. 
Apesar de o Congresso Estadunidense ainda não ter 
suspendido o bloqueio econômico, o governo Obama 
passou a desenvolver uma política de aproximação 
com Cuba. Por intermédio de algumas “brechas”, foram 
reatadas as relações comerciais entre os dois países, 
culminando com a ida de Barack Obama à ilha, em 2016 
(março), o que significou, após 88 anos, a primeira visita 
de um presidente estadunidense.
Nas relações Cuba/Brasil, destaca-se o financiamento 
pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-
mico e Social) para a construção do porto de Mariel, no 
oeste da ilha, com a finalidade de servir de entreposto de 
navios porta-contêineres que movimentam suas cargas 
via canal do Panamá.
Também foi assinado um convênio entre os dois paí-
ses criando o programa Mais Médicos, que traz médicos 
cubanos para o Brasil. Esse programa tem sido bastante 
discutido pela sua eficácia e pela forma como é adminis-
trado, com a exploração da mão de obra dos médicos 
cubanos, que têm parte de seus salários confiscada pelo 
governo cubano.
Haiti
Primeira república de maioria negra a ser instalada 
no mundo a partir de uma rebelião de escravos contra 
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Aula 11
3Geografia 6B
senhores franceses. Por ser um dos países mais pobres 
do mundo, o Haiti verifica saída em massa de muitos de 
seus habitantes para a República Dominicana, para tra-
balhar na cultura canavieira, e para os Estados Unidos, 
por meio de toscas balsas feitas de câmaras de pneus 
de caminhões, razão por que são conhecidos como 
balseros.
Com a eleição do Presidente Jean-Bertrand Aristide, 
aumentaram os conflitos armados entre gangues e 
milícias armadas, o que culminou com a interferência da 
Organização das Nações Unidas – ONU – em 2004, que, 
após a renúncia forçada do presidente, enviou tropas 
constituídas de militares de vários países, inclusive do 
Brasil, que até hoje permanecem no país em missão 
de paz (missão de paz da ONU – MINUSTAH, sigla do 
frânces, missão das Nações Unidas para estabilização do 
Haiti).
Um abalo sísmico de grande intensidade ocorreu 
no país em janeiro de 2010, deixou 200 mil mortos, um 
número semelhante de feridos e 640 mil desabrigados. 
Apesar da ajuda proposta por 111 países e organiza-
ções internacionais, até hoje o país não foi reconstruído, 
permanecendo quantidades enormes de escombros es-
palhados pelas cidades e acampamentos improvisados 
abrigando milhares de pessoas em condições precárias. 
Desde 2012, refugiados haitianos têm chegado ao 
Brasil por intermédio do Acre. Entre eles se verificam 
analfabetos, mas também universitários e até mesmo 
portadores de diplomas de pós-graduação. 
Segundo a Polícia Federal, até 2015 já tinham chega-
do ao Brasil cerca de 65 mil haitianos.
 Porto Príncipe – Haiti, após o terremoto de 2010.
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 América do Sul
Respeitando influência físicas e históricas, a América 
do Sul pode ser dividida em quatro grandes porções de 
países: os andinos, os platinos, os guianos e o Brasil.
Mapa Político da América do Sul 
Divisão Regional
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 Países Andinos
Apesar de manterem identidade fisiográfica por 
meio da cordilheira dos Andes, não têm configuração 
geográfica semelhante. No território venezuelano, a 
cordilheira se estende pelo extremo oeste, chegando 
bem próxima ao litoral. A Colômbia, o Equador e o Peru 
são atravessados no sentido geral norte-sul no meio de 
seus territórios. A Bolívia tem a cordilheira se estenden-
do por uma larga faixa na porção ocidental, e o Chile é 
atravessado por ela no extremo leste. 
Os três principais sistemas fluviais que drenam os 
países andinos são a bacia do rio Orinoco, que banha a 
Venezuela e deságua no oceano Atlântico, a bacia Ama-
zônica, que drena com sua gigantesca rede de afluentes 
e subafluentes todos os países andinos, com exceção 
do Chile, além do Brasil e das Guianas, e a bacia do rioParaguai, que nasce no estado de Mato Grosso e banha 
Mato Grosso do Sul (Brasil), Bolívia, Paraguai e Argentina.
4 Semiextensivo
População
A população dos países andinos é complexa, com 
etnias indígenas, negras, brancas e descendentes de imi-
grantes japoneses. Essa complexidade pode ser observada 
na estratificação social, em que os brancos descendentes 
de espanhóis constituem as classes mais altas e lideram 
as atividades econômicas. No Chile, apesar do predomínio 
de descendentes de espanhóis, é considerável a presença 
de descendentes de migrantes alemães, italianos, suíços, 
franceses, etc.
É expressiva a presença da população ameríndia 
influenciando fortemente a formação sociocultural de to-
dos esses países. Podem-se observar dois grandes grupos 
de etnias indígenas:
 • Nas regiões do planalto das Guianas na Venezuela e 
em porções da Amazônia nos territórios da Colômbia, 
Equador, Peru e Bolívia, aparecem nações indígenas 
nômades, condicionadas ao sistema amazônico – cli-
mas quentes e úmidos, floresta densa e riqueza fluvial. 
Suas atividades se concentram no extrativismo animal 
– caça e pesca – e em pequenas roças. 
 • Na Amazônia Colombiana, vivem muitas etnias ame-
ríndias que têm sido cooptadas pelos narcotraficantes 
para o cultivo da coca, principalmente por abandono 
socioeconômico dos governos e falta de uma reforma 
agrária mais eficiente que estimule a agricultura 
familiar.
No altiplano andino, no Equador, no Peru, na Bolívia 
e, em menor efetivo, no extremo norte do Chile, a po-
pulação ameríndia apresenta características de seden-
tarismo condicionadas ao sistema do altiplano – climas 
com elevadas amplitudes térmicas, semiaridez e solo 
pedregoso. As atividades se relacionam com o cultivo 
de batatas, pequenos rebanhos de lhamas, alpacas e 
vicunhas, além de artesanato em lã. 
As nações indígenas do altiplano preservam até hoje 
seus usos e costumes, falando seus próprios dialetos, 
usando roupas típicas e determinando um sincretismo 
religioso, já que seus ritos e crenças são assimilados pelo 
catolicismo romano.
O cultivo da coca é uma prática muito antiga entre 
esses povos, que a utilizam como planta medicinal que 
diminui o mal-estar causado pela altitude, o que dificul-
ta a erradicação desse cultivo. 
Na Bolívia, a população indígena tem participado 
cada vez mais da política, tendo como presidente Evo 
Moralez, de etnia indígena. 
Ocorreu migração japonesa para o Peru e, devido 
à escravatura de etnias africanas, a presença de afro-
descendentes é numerosa nos litorais do Equador, da 
Colômbia e da Venezuela. 
Os países andinos, excetuando-se o Chile, situam-se 
na primeira fase da transição demográfica, apresentam 
altas taxas de natalidade e redução das taxas de mor-
talidade, ocasionando crescimento vegetativo elevado. 
A urbanização tem sido intensa devido ao êxodo ru-
ral ocasionado pela mecanização da agricultura e, na Co-
lômbia, devido à insegurança ocasionada pela presença 
de narcotraficantes das FARC (Forças Armadas Revolu-
cionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação 
Nacional). Esses grupos, além de cobrarem “taxas de se-
gurança”, confiscam bens e safras de produtores rurais e 
habitantes de pequenas aldeias e promovem sequestros 
para conseguirem dinheiro através do pagamento de 
resgate. Devido a esses fatores, associados a outros de 
ordem econômica e política, os problemas sociais como 
analfabetismo, fome e subnutrição aparecem em todos 
os países, excetuando-se o Chile.
 As etnias indígenas do altiplano apresentam características de 
sedentarismo, com rica cultura envolvendo arte, folclore, vesti-
mentas e religião. Na foto, nativos em Puno–Peru.
Ao contrário do almejado, na América Latina se pode 
afirmar que ocorreu uma “contrarreforma agrária”, que foi 
agregando áreas e riquezas cada vez maiores nas mãos de 
poucos, o que determinou a desagregação social, a deses-
perança e a total exclusão social de enormes contingentes 
de pequenos produtores rurais, sem quaisquer possibili-
dades de integração produtiva na economia formal. Em 
consequência, verificou-se a aglutinação desses mesmos 
contingentes – que se tornaram exilados em seus próprios 
países –, em torno das oportunidades oferecidas pelo 
narcotráfico. 
 Economia
A economia da América Andina é baseada na exporta-
ção de commodities, o que a torna subordinada ao capi-
talismo internacional. Os países que apresentam maiores 
dificuldades econômicas são o Equador e a Bolívia.
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Aula 11
5Geografia 6B
Extrativismo
A atividade pesqueira é muito importante para o Peru, 
Chile e Equador.
A extração e exportação de minerais é fundamental 
para a economia dos países andinos, como: petróleo (Ve-
nezuela e Equador), estanho e gás natural (Bolívia), cobre 
(Chile) e nitratos (Chile e Peru).
 Exploração de cobre na mina de Chuquicamata, 
em Antofagasta – Chile.
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Vários problemas atingem esse setor, como falta de 
capitais, rede de transporte deficiente, domínio da ativi-
dade por multinacionais que influenciam e pressionam 
os governos, e políticas nacionalistas precipitadas, como 
no caso da Bolívia, que nacionalizou todas as atividades 
relacionadas à extração e exportação de gás natural.
Agropecuária
A agricultura andina não se modernizou, permane-
cendo arcaica, excetuando-se algumas áreas do Chile, 
da Bolívia e da Venezuela, onde a mecanização é utili-
zada para o cultivo de alguns produtos voltados para o 
mercado externo. 
A agricultura de subsistência é intensamente pratica-
da para a produção de milho, batata e quinoa, principal-
mente nos altiplanos.
A agricultura comercial de exportação é realizada 
através de plantation, utilizando os solos mais férteis 
situados nas planícies litorâneas. As principais culturas 
tropicais são: café, cacau, algodão, banana e coca. 
 Criação de lhamas e alpacas em Arequipa – Peru.
O Chile apresenta condições climáticas que permi-
tem culturas de clima temperado, como a vinha, o trigo, 
a beterraba e a fruticultura. 
A porção central do Chile é a mais populosa e a que 
apresenta a maior variedade de atividades econômicas.
A Colômbia é grande exportadora de café e seu 
cultivo é feito nas vertentes da cordilheira dos Andes e 
no vale do rio Madalena.
Na Bolívia, as principais áreas agrícolas são as yungas 
e os valles. Porém, nas últimas décadas, a cultura meca-
nizada de soja tem se expandido no departamento de 
Santa Cruz. 
A pecuária apresenta bovinos na Venezuela, Colôm-
bia e Bolívia; ovinos no Peru e Chile, e lhamas e alpacas 
no Equador, Bolívia e Peru.
Indústria
A atividade industrial é recente e se verifica geral-
mente junto aos grandes centros urbanos. Como em 
todos os países subdesenvolvidos, é constituída predo-
minantemente de indústrias extrativas relacionadas com 
o beneficiamento dos minérios e de bens de consumo, 
voltadas para a produção de alimentos. 
Os três países que apresentam a maior concentração 
industrial são o Chile, o Peru e a Venezuela, nos setores 
onde possuem abundantes matérias-primas minerais 
como siderurgia, química, petroquímica, ou naqueles que 
utilizam mão de obra barata e não qualificada, como o 
têxtil, a indústria pesqueira e o alimentício.
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6 Semiextensivo
 Venezuela
Com a posse de Hugo Chávez como presidente desse 
país, em 1999, ocorreram mudanças radicais na economia 
e na sociedade venezuelana, como o maior controle 
estatal sobre as atividades petrolíferas.
Com um discurso nacionalista baseado nos princípios 
de Simón Bolívar, Hugo Chávez afirmava que seu objetivo 
era unir toda a América do Sul em um único país. Com 
esse objetivo, desencadeou uma feroz oposição à presen-
ça estadunidense no continente sul-americano, apesar de 
a Venezuela ter 70% de seu petróleo exportado para os 
Estados Unidos. 
Em sua política externa, foi um dos poucos países 
que apoiaram os projetos nucleares do Irã e auxiliaram 
de maneiraintensa, com a remessa de petróleo a custos 
abaixo do preço de mercado a países com dificuldades 
em suas balanças de pagamentos, como a Nicarágua e 
principalmente Cuba.
Após o falecimento de Hugo Chávez em março de 
2013, assumiu Nicolás Maduro, num cenário econômico 
bem adverso, com o preço do petróleo despencando. Des-
sa maneira, a economia venezuelana passou a apresentar 
os clássicos problemas de países autoritários: escassez de 
produtos básicos, inflação e aumento da corrupção e da 
criminalidade.
 Colômbia
Único país da América do Sul banhado pelos dois 
oceanos, apresenta uma configuração geográfica variada, 
com as planícies litorâneas na porção ocidental e seten-
trional, planície Amazônica e a cordilheira dos Andes.
Na América Latina, a partir dos anos 60 do século XX, 
vários movimentos revolucionários de esquerda surgiram 
e tomaram vulto com apoio de Cuba, da ex-URSS e da 
República Popular da China. Entre eles, na Colômbia, 
surgiram as FARC e o ELN, que tinha por objetivo tomar o 
poder e implantar uma república socialista.
Paralelamente a esses grupos, o narcotráfico dominou 
grande parte do território da Colômbia. Formaram-se 
cartéis de controle da produção e do processamento da 
coca. Entre eles se destacava o cartel de Medellín, que foi 
durante muito tempo dominado pelo traficante Pablo 
Escobar. Com a sua morte, seu cartel perdeu força, mas 
surgiram outros como o atual cartel de Cali.
Com a derrocada dos regimes socialistas, vários gru-
pos de esquerda enfraqueceram, como as FARC e o ELN. 
Seu enfraquecimento também se deve à repressão por 
parte do governo colombiano, financiado pelos Estados 
Unidos. Ações conjuntas de vários países como os Estados 
Unidos, Reino Unido, etc., por meio de apoio logístico e 
financeiro ao governo colombiano, culminaram com a 
prisão de vários narcotraficantes. O enfraquecimento 
mútuo dos grupos paramilitares de ideologia socialista e 
do narcotráfico ocasionou a aproximação deles em ações 
conjuntas, com a finalidade de levantar fundos para a 
compra de armas, financiamento de ações paramilitares 
e industrialização e exportação da coca.
Em consequência, várias cidades colombianas, como 
até a capital, Bogotá, passaram a ser cidades com altos 
níveis de criminalidade.
A partir de 2016, após anos de várias tentativas de 
negociação entre o governo e as FARC, foi firmado um 
acordo de paz. 
As ações do narcotráfico e das FARC correspondem 
a uma preocupação constante do Brasil, uma vez que a 
Colômbia tem uma extensa fronteira com o estado do 
Amazonas, constituída de floresta densa, de difícil acesso, 
que pode facilitar a penetração de guerrilheiros e narco-
traficantes no território nacional.
 Bolívia
Após a eleição, em 2006, o presidente Evo Moralez, 
apoiado pelos “cocaleros” e pela população mais pobre 
da cordilheira dos Andes, com forte presença indígena, 
passou a adotar uma política populista nacionalista, 
desapropriando as instalações de multinacionais que ex-
traíam e exportavam gás natural – inclusive a Petrobras –, 
ampliando a crise econômica e o desemprego no país. A 
estratégia do governo boliviano é estabelecer novos con-
tratos de exploração pelas empresas estrangeiras dentro 
de critérios que atendam melhor aos interesses do país.
Assim como ocorre em outros países, boa parte das 
atuais crises políticas bolivianas tem como causa o total 
desprezo das elites desse país pelas aspirações das classes 
econômicas menos abastadas, a falta de políticas sociais e a 
subordinação aos interesses econômicos estadunidenses.
Bolívia Mar
Há cerca de 130 anos, os bolivianos sonham em 
recuperar o seu litoral no oceano Pacífico. Enquanto 
isso, o país tem Marinha, que treina de maneira in-
tensa no lago de Titicaca.
Ao longo de sua existência, por meio de conflitos 
bélicos e tratados internacionais, teve seu território 
retalhado e mutilado, perdendo quase metade de 
seu território original para o Chile, a Argentina, o 
Peru e o Brasil. Porém nada mais traumatiza mais os 
bolivianos do que a perda do litoral.
Em 2010, o presidente Evo Moralez e o ex-presi-
dente peruano Alan Garcia assinaram um tratado 
de arrendamento, em que o Peru cede à Bolívia por 
99 anos uma estreita faixa no litoral sul, isolada e 
desértica, de pouco menos de quatro quilômetros 
quadrados. Foi denominada de Bolívia Mar.
Aula 11
7Geografia 6B
 Chile
Apesar da tirania exercida pelo ex-ditador Augusto 
Pinochet, com milhares de assassinatos, sequestros 
e desaparecimento de cidadãos chilenos nos anos 
70 e 80 do século XX, durante seu governo, foram 
implantadas reformas econômicas que resultaram 
num país moderno, com estabilidade econômica e 
desenvolvimento.
As atividades econômicas do país se baseiam na 
extração e exportação de cobre, atividades pesqueiras, 
fruticultura, ovinocultura, vinicultura e serviços. A ilha 
de Páscoa, que geograficamente pertence à Oceania, é 
território chileno e se destaca pelas atividades turísticas.
 Denominadas moais, de origem controvertida, estátuas em 
pedra, na ilha de Páscoa
 América Platina
É constituída por três países situados em grande 
parte na planície Platina e drenados pela bacia Platina, 
constituída pelos rios Uruguai, Paraguai e Paraná, que 
têm suas nascentes no Brasil.
Grande parte do Centro-Sul do Brasil também é dre-
nada pela bacia Platina. Porém, o Brasil não é considera-
do um país platino, mas sim uma unidade independente 
da América do Sul. 
Argentina
É o mais desenvolvido dos países platinos, com 
predomínio de população branca, descendente de 
espanhóis, italianos, alemães, suíços e eslavos.
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Mapa político da América Platina.
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Seus indicadores sociais estão acima da média dos 
países sul-americanos. Apesar disso, apresenta condi-
ções econômicas semelhantes às dos demais países 
sul-americanos, como dependência de capital estran-
geiro, desemprego estrutural, falta de tecnologia, 
endividamento externo, indústria com máquinas e 
equipamentos ultrapassados e má distribuição de 
terras.
A política externa argentina apresenta duas ques-
tões polêmicas que até agora não foram solucionadas 
definitivamente, que são a posse das ilhas Falklands e o 
canal de Beagle.
Ilhas Falklands
Durante a ditadura militar argentina, seus dirigentes 
decidiram ocupar as ilhas Falklands, em 02 de abril de 
1982, consideradas como território pertencente ao 
Reino Unido. Após algumas semanas de ocupação, as 
forças armadas argentinas foram expulsas das ilhas. 
Essa aventura resultou em mortes de jovens argentinos 
recrutados e precipitou o fim da ditadura argentina. 
Além disso, intensificou a crise econômica.
Esse episódio passou para a história como a Guerra 
das Malvinas e, apesar do restabelecimento das relações 
diplomáticas entre os dois países, barcos e navios argen-
tinos não podem se aproximar do arquipélago devido à 
imposição de uma área de exclusão imposta pelo Reino 
Unido, que mantém permanentemente barcos patru-
lhas na área.
8 Semiextensivo
Crise político-econômica 
Durante os mandatos da presidente Cristina Kirch-
ner foi implantado um novo modelo macroeconômico, 
como a “renacionalização” e “reestatização” da empresa 
petrolífera YPF, que estava sob o controle da espanhola 
REPSOL, além de políticas sociais populistas que muito 
prejudicaram a economia argentina. 
Em 2015, foi eleito Mauricio Macri, que passou a 
reformular a política econômica argentina. Negociou 
com credores externos a dívida argentina, demitiu 
milhares de funcionários públicos comissionados e 
procurou estimular as exportações.
A Argentina é uma das principais compradoras de 
produtos brasileiros, superior até mesmo aos Estados 
Unidos, e, com essas medidas, os exportadores brasi-
leiros estão enfrentando dificuldades para manter suas 
vendas para esse país. 
Uruguai
Assim como a Argentina, sua população é predomi-
nantemente branca, descendente de europeus.
Já foi considerado a “Suíça latino-americana”nos anos 50, devido a sua excelente situação socio-
econômica. Porém, a partir da década de 60, com o 
considerável aumento da expectativa de vida, e com 
o consequente aumento do número de aposentados, 
deflagrou-se uma crise em sua economia e grupos 
revolucionários de ideologia de esquerda trouxeram 
muita instabilidade ao país. Na época, surgiu um grupo 
revolucionário armado, denominado Tupamaros, que 
serviu de modelo para outros grupos na América Lati-
na. Após um golpe militar apoiado pela CIA, os militares 
uruguaios tomaram o poder, reprimindo de maneira 
violenta os grupos de esquerda. Assim como no Brasil, 
na Argentina, no Chile e no Paraguai, nos anos 60 e 70, 
ocorreram endividamento externo, desemprego, cen-
sura prévia, desaparecimento de pessoas e desmanche 
da economia. Somente a partir dos anos 80 a economia 
uruguaia voltou a crescer. 
Os indicadores sociais estão acima da média dos 
países sul-americanos e a sua economia é atrelada à 
economia argentina e à brasileira, além de apoiada nas 
exportações de carne, lã, couro e trigo. Também se cul-
tivam uva e arroz, sendo que boa parte da rizicultura é 
desenvolvida por empresários brasileiros.
As indústrias mais importantes são as alimentícias 
e as têxteis, situadas na cidade de Montevidéu. O 
turismo também é muito importante para a economia 
uruguaia, com destaque para a cidade de Punta del 
Este, considerado o balneário mais importante da 
América Latina.
Paraguai
Mapa político do Paraguai
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Apesar de ser país platino, é bem contrastante 
com os dois outros: não tem litoral, sua população é 
composta em sua maioria por indígenas e mestiços, 
com crescimento vegetativo de 3,06%, predomínio de 
população rural e analfabetismo em torno de 18%. 
Juntamente com a Bolívia, constituem os únicos 
países que não têm litoral, o que dificulta suas impor-
tações e exportações. O acesso paraguaio ao Atlântico 
é realizado por meio de um tratado com o Brasil, que 
permite a esse país utilizar um terminal marítimo no 
porto de Paranaguá (PR), e por intermédio do rio Para-
guai – afluente do rio Paraná, que deságua no Atlântico 
pelo estuário do Prata.
O rio Paraguai atravessa o meio do país no sentido 
norte-sul, dividindo-o em duas regiões: a região orien-
tal – situada entre os rios Paraná e Paraguai, e a região 
ocidental. 
A região oriental nada mais é do que a extensão 
do planalto Arenito Basáltico. É a mais populosa, com 
as cidades de Assunção, Concepción e Ciudad del Este, 
na fronteira com o Brasil, a mais importante economi-
camente, com solo de terra-roxa e clima chuvoso, que 
propiciam o cultivo de soja, algodão e menta, além da 
criação extensiva de gado bovino.
A região ocidental compreende o Chaco, onde as 
atividades econômicas mais importantes são a extração 
de madeira, de quebracho e criação de gado.
Aula 11
9Geografia 6B
 O Paraguai também tem como fonte de economia 
a exportação de energia elétrica para o Brasil e para a 
Argentina, através das hidrelétricas de Itaipu (Paraguai/
Brasil) e Corpus (Paraguai/Argentina).
 Vertedouro da hidrelétrica de Itaipu situada no rio Paraná 
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A construção de Itaipu foi totalmente bancada pelo 
Brasil, sendo a geração dividida em 50% para cada um. 
Porém, por intermédio do acordo entre os dois países, 
o Paraguai se compromete a vender ao nosso país o 
excedente da energia não utilizada.
Durante a ditadura do general Alfredo Stroessner, 
foi instituído um programa de incentivo à aquisição de 
terras paraguaias por brasileiros. Como consequência, a 
maior parte da produção agropecuária do país é realiza-
da por brasileiros. 
Energia de Itaipu
Assinado em 1973, o Tratado de Itaipu estabelece 
que cada país – Brasil e Paraguai – tem direito à metade 
da energia gerada pela usina. Como usa apenas 5% da 
quantidade a que teria direito, o Paraguai vende grande 
parte para o Brasil. 
Após alguns movimentos que procuravam sensibili-
zar a população e políticos paraguaios a rever o contrato 
de venda da energia ao Brasil e elevar o seu preço, num 
encontro em julho de 2009, dos presidentes Fernando 
Lugo e Luiz Inácio Lula da Silva, foi revisto o acordo. Após 
a aprovação pelo Congresso Nacional Brasileiro, o Brasil 
passou a pagar três vezes mais pela energia, passando 
de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares 
anuais. 
Questão agrária
Durante o governo do ditador Alfredo Stroessner, 
foram criados incentivos fiscais para os empresários 
brasileiros investirem em atividades agropecuárias no 
Paraguai. Com isso, muitos empresários adquiriram 
terras no país vizinho e passaram a criar gado e cultivar 
soja, milho, trigo, menta, etc. 
Como consequência, ocorreram muitos assenta-
mentos de brasileiros (brasiguaios) que foram trabalhar 
em fazendas de brasileiros.
Porém, com a redemocratização, surgiram alguns 
movimentos sociais de trabalhadores rurais paraguaios 
que passaram a desenvolver ações de invasões de 
propriedades de brasileiros com o objetivo de forçar 
o governo a desapropriar essas terras e promover a 
reforma agrária. 
Ainda ocorrem essas ações, porém com menor 
intensidade, após a deposição do presidente Fernando 
Lugo.
 MERCOSUL
Por meio do Tratado de Assunção, assinado em 
1991, surgiu o Mercado Comum do Cone Sul – MERCO-
SUL, inicialmente formado pelo Brasil, pela Argentina, 
pelo Uruguai e pelo Paraguai. Posteriormente, como 
membros associados, ingressaram o Chile, o Peru e a 
Bolívia e, como membro efetivo, a Venezuela ingressou 
em julho de 2012. O México foi convidado, mas até o 
momento não ingressou.
Após a II Guerra Mundial, surgiram duas associações 
econômicas: inicialmente a Associação Latino America-
na de Livre Comércio – ALALC – que visava à constituição 
de uma zona de livre comércio, e mais tarde a Associação 
Latino Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio 
– ALADI –, que, com objetivos mais modestos, visava 
à criação progressiva de uma área de preferências 
comerciais. Essas duas organizações, que abrangiam 
praticamente todos os países latino-americanos, não 
conseguiram atingir seus objetivos iniciais, devido ao 
grande número de integrantes e pelas enormes diferen-
ças socioeconômicas de seus integrantes.
O MERCOSUL apresenta diferenças sensíveis em 
relação à ALALC e à ALADI. A atual concepção de inte-
gração, vigente no MERCOSUL, abrange:
 • a criação de acordos voltados para a complementa-
ção entre os países membros, de modo a produzir, 
inclusive, um aumento de sua competitividade em 
nível mundial, através de alianças;
 • quedas de barreiras alfandegárias, com a abolição 
gradativa das tarifas alfandegárias nas relações 
comerciais dentro do bloco, formando uma união 
aduaneira;
 • aplicação de uma tarifa externa comum (TEC) ao 
comércio externo do bloco;
 • livre circulação de mercadorias e capitais.
10 Semiextensivo
Para evitar a competitividade desigual entre os 
componentes do MERCOSUL, a abertura de mercado 
deve ter salvaguardas, com a implementação de polí-
ticas internas que assegurem o pleno funcionamento 
das relações econômicas. Por exemplo: a agricultura 
brasileira, no caso, trigo, cevada e frutas, corre o risco 
de ser prejudicada na competição com os mesmos pro-
dutos cultivados no Uruguai e na Argentina, com custos 
mais baixos devido aos subsídios dados pelos governos 
desses países. Com a pecuária brasileira (carne, leite e 
derivados), pode ocorrer a mesma situação.
O MERCOSUL contraria os interesses econômicos 
estadunidenses na América Latina. Por isso, sempre que 
possível, os EUA procuram boicotar o crescimento deste 
megabloco acenando sempre com acordos bilaterais. 
Ou seja, estimulam acordos econômicos entre Estados 
Unidos e Uruguai, Estados Unidos e Argentina, para en-
fraquecer as trocas dentro do MERCOSUL, considerando 
que o mercado estadunidense é maior que o represen-
tado pelos integrantes do bloco.
A tentativa de instalar, conforme a configuraçãoesta-
dunidense, a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), 
foi a maior prova do boicote ao MERCOSUL, pois reforçaria 
os laços de dependência econômica e tecnológica com os 
Estados Unidos, além de trazer mais desemprego aos in-
tegrantes do MERCOSUL, uma vez que poucos setores da 
economia dos países dele integrantes teriam condições 
de competitividade com os produtos estadunidenses ou 
canadenses. Essa foi a razão pela qual o Brasil foi contrário 
à criação deste megabloco. Com a formação da ALCA 
(Área de Livre Comércio das Américas), não haveria razão 
para a existência do MERCOSUL.
Testes
Assimilação
11.01. (PUCRS) – Responda à questão com base na leitura 
do mapa.
O país destacado no mapa é o mais pobre do continente, 
tendo aproximadamente 80% da sua população vivendo 
abaixo da linha de pobreza. Seu nome é: 
a) Cuba.
c) Nicarágua. 
e) Haiti.
b) Guatemala.
d) Jamaica. 
11.02. (FMTM – MG) – Leia as afirmações: 
I. Foi o primeiro país da América a abolir a escravidão, em 
1794.
II. De 1957 a 1971, apresentou um dos regimes ditatoriais 
mais truculentos da história, baseado no terror da guarda 
pessoal do ditador.
III. No início de 2004, teve início uma insurreição armada 
no norte do país, promovida por grupos rebeldes, que 
questionam a legitimidade da eleição do presidente.
IV. Uma força de paz da ONU – a MINUSTAH – Missão de 
Estabilização da ONU – cujo atual comando é feito pelo 
Brasil, foi enviada para controlar a crise.
V. Em 2004, o país obteve a pior colocação em IDH na 
América e está entre os últimos do mundo. 
As afirmações referem-se ao seguinte país: 
a) Cuba. 
b) Haiti. 
c) Bolívia. 
d) Venezuela. 
e) Guatemala.
11.03. (UDESC) – A extração de minérios pesa na economia 
de vários países da América do Sul. Assinale a alternativa 
que apresenta os maiores produtores de ferro da América 
Latina. 
a) Bolívia e Argentina.
b) Colômbia e Equador. 
c) Brasil e Venezuela.
d) Argentina e Peru. 
e) Brasil e Uruguai.
11.04. (UFMS) – A FARC – autodenominada Forças Armadas 
Revolucionárias – é, para alguns, um grupo revolucionário 
que luta pela mudança do poder e, para outros, um grupo de 
terroristas e sequestradores. Esse movimento ocorre em que 
país vizinho do Brasil e com qual estado membro brasileiro 
ele faz fronteira? 
a) Venezuela, fronteira com o Amazonas; 
b) Guiana, fronteira com Roraima; 
c) Colômbia, fronteira com o Pará; 
d) Colômbia, fronteira com Roraima; 
e) Colômbia, fronteira com o Amazonas.
Aula 11
11Geografia 6B
11.05. (ESPM – SP) – O canal do Panamá, que liga o oceano Atlân tico (através do 
mar do Caribe) ao oceano Pacífico, completou, em 2014, cem anos. 
Em 1878, o francês Ferdinand de Lesseps, construtor do canal de Suez, obteve 
da Co lômbia, a quem a região pertencia naquela época, permissão para realizar 
a obra. Os trabalhos foram iniciados em 1880 e foram interrompidos quatro anos 
depois pela fa lência da empresa construtora. 
O presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, demonstrou interesse, em 1903, em termi-
nar o projeto. Como o Senado colombiano se opunha ao projeto, os norte-americanos 
instigaram o movimento de independência do Panamá contra a Colômbia. 
Com a independência do Panamá, o gover no panamenho concedeu aos EUA o 
direito de completar a obra e controlar a zona do canal e os lucros gerados. 
O canal do Panamá atualmente funciona sob o controle: 
a) dos EUA. 
b) do Panamá. 
c) da Colômbia. 
d) de parceria EUA – Panamá. 
e) de parceria EUA – Panamá – Colômbia. 
11.06. (UEPG – PR) – Sobre a divisão política da América do Sul e algumas de suas 
características gerais, assinale o que for correto. 
01) O continente tem doze países independentes e vários territórios insulares. A 
Guiana Francesa é um departamento ultramarino francês. 
02) A Ilha da Páscoa, no oceano Pacífico, faz parte do Chile, as Ilhas Galápagos 
pertencem ao Equador, e as Ilhas Malvinas são uma colônia britânica reivindi-
cada pela Argentina. 
04) As cidades da América do Sul concentram-se ao longo do litoral, e a Ama-
zônia, o sul do continente e as altas montanhas são regiões relativamente 
desabitadas. Dentre as maiores cidades, destacam-se São Paulo, Buenos Aires, 
Lima, Bogotá, Rio de Janeiro e Santiago. 
08) Os países sul-americanos estão entre os mais urbanizados do mundo, e apro-
ximadamente 75% das pessoas vivem em áreas urbanas. 
Aperfeiçoamento
11.07. (PUCMG) – O canal do Panamá, obra monumental da engenharia por 
onde passam 5% do comércio marítimo mundial, completou 100 anos no dia 
15 de agosto de 2014. No mesmo dia do mês de agosto de 1914, um barco cruzava 
pela primeira vez a rota de 80 km na parte mais estreita da América, realizando o 
velho sonho de unir os oceanos Pacífico e Atlântico. A imagem retrata a construção 
das eclusas do canal do Panamá, no ano de 1912.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/08/canal-do-panama-completa-100-anos-em-
expansao-veja-imagens-historicas.html
Sobre o canal do Panamá, todas as afir-
mativas abaixo são corretas, EXCETO:
a) A obra de construção do canal foi 
iniciada pelos franceses em 1881. A 
obra fracassou por problemas finan-
ceiros e pela ocorrência de doenças 
tropicais, que mataram mais de 
20 mil trabalhadores. 
b) Percebendo a importância estratégi-
ca da obra de construção do canal, 
os Estados Unidos incentivaram a 
separação do Panamá, que integrava 
a nação colombiana. Desta forma, 
receberam o aval do novo governo 
para assumir as obras do canal. 
c) O canal do Panamá, concluído pelos 
Estados Unidos em 1914, tornou-se 
uma área estratégica para a hege-
monia americana na região, tanto 
do ponto de vista militar quanto 
estratégico. Em virtude disso, a ad-
ministração do canal foi assumida 
pelos norte-americanos. 
d) Em razão de sua importância estraté-
gica, tanto econômica como militar, 
o canal do Panamá continua, até a 
atualidade, sob a administração dos 
Estados Unidos, apesar das pressões 
exercidas pelo governo panamenho.
11.08. (UNESP – SP) – Observe o 
mapa, que destaca seis países localiza-
dos na porção ocidental do continente 
sul-americano.
Esses países possuem, como caracte-
rísticas comuns, a presença de: 
a) cordilheira dos Andes; população 
com baixo a médio padrão de 
vida e crescimento vegetativo em 
declínio; predomínio de mestiços 
e indígenas; 
12 Semiextensivo
b) grandes planícies litorâneas; população com alto padrão 
de vida e baixo crescimento vegetativo; predomínio de 
negros e mulatos; 
c) elevados planaltos centrais; população com baixo padrão 
de vida e baixo crescimento vegetativo; predomínio de 
brancos de origem europeia; 
d) cordilheira dos Andes; população com alto padrão de 
vida e alto crescimento vegetativo; predomínio de índios 
e brancos; 
e) cordilheira dos Andes; população com alto padrão de 
vida e elevado crescimento vegetativo; predomínio de 
brancos e negros.
11.09. (MACK – SP) –
A charge faz referência 
a) à manutenção do embargo econômico imposto pelos 
EUA a Cuba desde 1961. 
b) ao controle militar que os EUA exercem sobre todo o 
território cubano desde 1961. 
c) ao fracasso das mudanças em Cuba, que resultaram na 
ampla abertura econômica e na volta da democracia, com 
a eleição direta de Raúl Castro. 
d) à aliança entre os EUA e Cuba, agora sob o comando de 
Raúl Castro, para o combate à pobreza na ilha. 
e) ao isolamento que a Organização dos Estados America-
nos, OEA, impôs a Cuba, recentemente, para pressionar 
a volta da democracia. 
11.10. (IFSC) – Analise as afirmações sobre a situação política 
e econômica atual dos países latino-americanos e marque a 
soma da(s) proposição(ões) correta(s). 
01) Com a deposição do presidente Nicolás Maduro, após 
uma sucessão de revoltas estudantis, a Venezuela ele-
geu Federico Franco como novo presidente, em dezem-
bro de 2014. 
02) A Cúpula das Américas, realizada no Panamá, contou pela 
primeira vez com a presença do presidente Raúl Castro 
e marcou simbolicamente a reaproximação e retomada 
das relações bilaterais entreCuba e os Estados Unidos. 
04) A queda no preço internacional do petróleo, no início 
de 2015, apresentou-se como cenário econômico des-
favorável a países como a Venezuela, onde esse recurso 
natural corresponde a importante fatia das receitas de 
exportação. 
08) Após mais de um século sob o domínio inglês, a Ilha 
das Malvinas foi devolvida à Argentina depois de um 
plebiscito que confirmou a vontade da população local 
de se tornar independente em relação à Inglaterra. 
16) A negociação para o fim dos conflitos com as Forças Ar-
madas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foi um dos 
assuntos tratados na Cúpula das Américas.
11.11. (UECE) – Tratando-se da América Latina, a geo-
grafia brasileira tem se correlacionado, nos últimos anos, 
muito de perto com um dos países vizinhos, através dos 
seguintes fatos: 
I. Assentamento de brasileiros em seu território. 
II. Tratado de Itaipu. 
III. Fluxo migratório de pequenos comerciantes. 
Esses fatos dizem respeito às relações do Brasil com o (a): 
a) Argentina b) Equador c) Uruguai d) Paraguai
11.12. (UERJ) – 
A capa da revista ilustra mudanças políticas na tradicional 
relação entre os Estados latino-americanos, antes aliados na 
busca de maior autonomia.
Uma dessas mudanças pode ser exemplificada por:
a) estatização dos recursos naturais da Bolívia.
b) implementação da política livre-cambista da Argentina.
c) ampliação do movimento de privatizações na economia 
da Venezuela.
d) incorporação do socialismo cubano ao projeto naciona-
lista da Colômbia.
Aprofundamento
11.13. (FDV – ES) – “O aniversário de 30 anos da Guerra 
das Malvinas reacendeu a memória de um conflito que di-
vide até hoje argentinos e britânicos. Em fevereiro (2012), 
Aula 11
13Geografia 6B
o governo argentino pediu a reabertura de negociações 
sobre a soberania das ilhas e acusou o Reino Unido de 
militarizar a área após o envio de um navio britânico”. 
Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticias/2012/04/ 
entenda-guerra-das-malvinas.html. Acesso em: 5 jul. 2012.
Disponível em: http://contextoshistóricos.blogspot.com.
br/2012/04/pio-penna-filho-comenta-os-30-anos. 
Acesso em: 5 jul. 2012
Sobre o assunto em destaque, assinale a afirmativa correta. 
a) A possibilidade de existência de petróleo está tornando 
as Malvinas alvo de interesses econômicos. 
b) As Malvinas estão localizadas dentro das águas territoriais 
argentinas. 
c) O governo argentino deseja garantir a exploração de 
petróleo nas ilhas, sem interesses políticos. 
d) O governo britânico visa resgatar o seu poder geopolítico 
no hemisfério Sul, invadindo territórios como os das ilhas. 
e) Os moradores das Malvinas já afirmaram, várias vezes, o 
desejo de se tornarem cidadãos argentinos.
11.14. (IFBA) –
MERCOSUL debaterá espionagem e 
segurança da internet 
No momento em que novas denúncias de espio-
nagem foram trazidas a público (...), dessa vez envol-
vendo quebra de sigilo das comunicações de e-mail, 
SMS, chamadas telefônicas e até mesmo navegação na 
Internet da Presidente Dilma Rousseff e seus assessores 
diretos, os ministros do Interior – o equivalente à Casa 
Civil no Brasil – e da Justiça dos países que compõem o 
MERCOSUL e outros associados ao bloco se preparam 
para discutir as denúncias de espionagem e a segurança 
da Internet.
Os ministros dos países membros e associados se 
reunirão no dia 8 de novembro, nas Ilhas Margarita, 
na Venezuela, e debaterão também outras questões, 
como fluxos migratórios, jogos de futebol, delitos ci-
bernéticos e integração de dados entre os países do 
bloco.
Disponível em http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/ 
MERCOSULdebatera-espionagem-e-seguranca-da-internet. (adaptado). 
Acesso em: 09 de setembro de 2013.
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o 
MERCOSUL, analise as sentenças abaixo:
I. Atualmente, o MERCOSUL é formado por quatro países 
membros: Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela. Em 
2012, o Paraguai foi expulso devido ao processo de 
impeachment do presidente Fernando Lugo.
II. As reuniões do MERCOSUL, além de tratarem de questões 
comerciais, também são voltadas para temas das esferas 
política, cultural e esportiva, o que demonstra o objetivo 
de integração entre os países membros.
III. Atualmente, o bloco se classifica como um mercado 
comum, depois de ter passado pelos estágios de união 
aduaneira e de área de livre comércio. Esse atual estágio 
é caracterizado pela livre circulação de pessoas, bens, 
serviços e capitais.
IV. Esse bloco econômico foi criado com a assinatura do 
Tratado de Assunção, em 1991, por Argentina, Brasil, Pa-
raguai e Uruguai. Com isso, objetivavam a integração dos 
quatro Estados membros por meio do estabelecimento 
de uma Tarifa Externa Comum (TEC).
Estão corretas apenas as alternativas
a) I e II.
d) I, II e IV.
b) I e IV. 
e) II, III e IV.
c) II e IV.
11.15. (UNIFENAS – MG) – Analise a charge a seguir:
 Disponível em: www.operamundi.uol.com.br/charge/carloslatuff. Acesso em 
26.jun.2016 
A ideia contida na representação do conteúdo da charge do 
cartunista e ativista Carlos Latuff está relacionada
a) ao acordo de paz entre as forças revolucionárias do Estado 
Islâmico e as forças leais ao governo de Bashar al Assad. 
b) ao fim do conflito armado na Turquia entre as forças curdas 
e o presidente Recep Tayyip Erdoğan 
c) ao acordo de cessar-fogo definitivo entre as Forças Ar-
madas Revolucionárias da Colômbia (FARCs) e o governo 
colombiano, Juan Manuel Santos, assinado em junho, 
após mais de 50 anos de combates no país. 
d) ao Tratado de Paz Perpétua entre sunitas, xiitas e curdos 
no Iraque com o governo de Fuad Masum. 
e) ao fim das hostilidades entre o exército grego e os refu-
giados sírios e afegãos que entram ilegalmente no país, 
fugindo da onda de violência generalizada contras os 
cristãos que residem na Síria e no Afeganistão.
14 Semiextensivo
11.16. (FGV – SP) – A Venezuela tem enfrentado momen-
tos de tensão desde o início de fevereiro, com protestos 
de estudantes e opositores contra o governo. A situação 
se agravou em 12 de fevereiro, quando uma manifesta-
ção contra o presidente Nicolás Maduro terminou com 
três mortos e mais de 20 feridos.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/02/entenda- 
os-protestos-na-venezuela.html, acesso em 24/03/2014.
Sobre a tensão na Venezuela, é correto afirmar: 
a) O presidente Maduro não foi eleito pelo voto popular, 
tendo assumido interinamente o poder após a morte 
de Hugo Chávez e se mantendo no cargo de forma 
autoritária. 
b) A crise venezuelana, fonte das tensões mencionadas, tem 
sua origem no esgotamento das reservas de petróleo que 
sustentaram a economia venezuelana durante décadas. 
c) Entre as principais motivações dos manifestantes que 
participaram dos protestos, figuram a insegurança social, 
as altas taxas de inflação e a escassez de produtos básicos. 
d) Apesar dos protestos, o presidente Maduro recusou a 
oferta da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) no 
sentido de mediar o diálogo com diferentes setores da 
sociedade nacional. 
e) Desde o início dos protestos, o governo do presidente 
Maduro proibiu a circulação de todos os jornais impressos 
controlados pela oposição, numa clara violação à Carta 
Democrática Interamericana. 
11.17. (FPP – PR) – “Sempre quisemos ir para Cuba, e 
antes de o McDonald’s chegar por lá”, disse antes de 
embarcar Joe Dillard, aposentado, que fez a viagem com 
sua mulher, Doral. O casal expressou uma preocupação 
recorrente entre outros turistas americanos: que a ilha 
poderá em breve perder sua “autenticidade” conforme 
as relações com os EUA melhorarem.
Fonte: Adaptado de: Pela primeira vez desde 1959, cruzeiro faz rota entre EUA 
e Cuba. Folha de São Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
mundo/2016/05/1766737-pela-primeira-vez-desde-1959-cruzeiro-faz-rota-entre-
eua-e-cuba.shtml>. Acesso em: 11 mai. 2016. 
O trecho da reportagem e as mudanças em trânsito na ilha 
latino-americana refletem 
a) a preocupaçãodos turistas com a elevação dos preços 
provocada pelo turismo de massa e a transição do regime 
cubano para a iniciativa privada e liberdade política. 
b) a abertura política, a gradual participação popular nos 
assuntos governamentais e a liberdade de expressão 
constatada pelos turistas no território cubano. 
c) que Cuba se transforma em uma nova China, onde a 
população vive sob a tutela do regime socialista e a eco-
nomia é regulada pelo mercado internacional, o chamado 
“socialismo chinês”. 
d) as recentes transformações no projeto socialista cubano, 
as quais sinalizam para uma maior liberalização da eco-
nomia, sem abrir mão do planejamento e do controle 
estatal, e o receio da possível padronização cultural de 
um mundo globalizado. 
e) a “atualização do socialismo” proposta pelo governo 
cubano por meio da internacionalização do mercado, 
legalização da propriedade privada e adoção de medidas 
que garantem democratização partidária. 
11.18. (UNESP – SP) – Observe o gráfico sobre a participa-
ção do açúcar e do turismo na economia cubana e assinale 
a alternativa que justifica as causas da evolução dos dois 
produtos representados.
20001999199819971996199519941993199219911990
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
4 000
4 500
4 313,8
1 333,1
1 948,2
976,3
327,4
452,6
Turismo
PARTICIPAÇÃO DO AÇÚCAR E DO TURISMO NA ECONOMIA DE CUBA
(EM US$ MILHÕES)
Açúcar
(Escritório Nacional de Estatística de Cuba, 2001.)
a) Grave crise econômica após a extinção da URSS; parceria 
com grandes redes hoteleiras europeias; riqueza em 
recursos paisagísticos.
b) Substituição da cana-de-açúcar por outros produtos 
agrícolas; parceria com redes hoteleiras asiáticas; riqueza 
em recursos minerais.
c) Desenvolvimento da pecuária de corte; parceria com 
redes hoteleiras japonesas; riqueza em recursos marinhos.
d) Grave crise econômica após a extinção da CEI; parceria 
com redes hoteleiras tailandesas; riqueza em recursos 
pedológicos. 
e) Grave crise econômica após a extinção da Rússia; parceria 
com redes hoteleiras mexicanas; riqueza em recursos 
pesqueiros. 
Aula 11
15Geografia 6B
Discursivos
11.19. (FUVEST – SP) – Leia este texto e responda ao que se pede.
Em operação militar aeronaval, que se estendeu pela madrugada de quinta-feira e pela manhã de ontem, 
fuzileiros navais e soldados do Exército argentino ocuparam as Ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses), 
a Geórgia e Sandwich do Sul, pondo fim, de forma abrupta, a negociações diplomáticas que vinham sendo 
mantidas nos últimos dias entre os dois países. O presidente argentino, general Leopoldo Galtieri, justifi-
cou a invasão afirmando que o Reino Unido se havia apossado desses territórios “por meios predatórios”. E 
acrescentou que “a Argentina não se curvará diante de um desenvolvimento intimidador das Forças Armadas 
britânicas, que estão ameaçando com um uso indiscriminado da força”. Em meio ao clima de euforia que 
tomou conta do país, após o sucesso da operação de ocupação das Malvinas, Galtieri anunciou uma medida 
excepcional: foram postas em liberdade todas as 107 pessoas detidas durante um recente ato de protesto da 
Confederação Geral do Trabalho.
O Estado de S. Paulo, 03/04/1982. Adaptado.
a) Caracterize o regime político vigente na Argentina à época em que ocorreu o conflito com o Reino Unido (meses de abril 
a junho de 1982).
b) Indique duas mudanças – uma de natureza política e uma de natureza econômica – provocadas pela derrota da Argentina 
nessa guerra.
c) Levando em conta que, além de outras motivações, a guerra a que se refere o texto implicou também aspectos geopolíticos, 
discorra sobre a importância estratégica das ilhas envolvidas nesse conflito.
 
16 Semiextensivo
11.20. (UFRRJ) – Leia o texto e responda.
A divisão do mundo em Estados Nacionais, com fronteiras, moedas e alfândegas, cria barreiras para a livre cir-
culação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas. Embora não seja recente, a tendência de regionalização do 
mundo em blocos econômicos acentuou-se no início da década de 1990, coincidindo com o fim da Guerra Fria 
e a emergência da globalização.
Adap. MOREIRA, J. C. e SENE, E. “Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002. p. 360.
Tendo em vista que o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um dos blocos econômicos regionais, cite:
a) Três países que fazem parte desse bloco.
b) Duas características que o diferenciam dos demais blocos econômicos. 
 
Gabarito
11.01. e
11.02. b
11.03. c
11.04. e
11.05. b
11.06. 15 (01, 02, 04, 08)
11.07. d
11.08. a
11.09. a
11.10. 22 (02, 04, 16)
11.11. d
11.12. a
11.13. a
11.14. c
11.15. c
11.16. c
11.17. d
11.18. a
11.19. a) O regime vigente na Argentina à 
época em que ocorreu o conflito 
com o Reino Unido (meses de abril 
a junho de 1982) era ditadura mili-
tar, com forte repressão e milhares 
de presos políticos, dos quais muitos 
desapareceram.
b) Com a derrota da Argentina, o regi-
me militar saiu do poder dando lugar 
a um processo de redemocratização 
e foi pedida a moratória da dívida do 
país. Também foram feitas mudanças 
na economia, como a substituição do 
peso pelo austral, que mais tarde foi 
deixado de lado e o peso voltou a ser 
a moeda oficial.
c) As ilhas Falklands são estratégicas 
porque estão situadas nas proximi-
dades do extremo sul da América do 
Sul, por onde o trânsito de navios é 
intenso.
11.20. a) Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai 
(países associados: Bolívia e Chile).
b) Zona de livre comércio (grande par-
cela das mercadorias produzidas nos 
4 países pode ser comercializada in-
ternamente sem a cobrança de tari-
fas de importação).
União aduaneira (padronização das 
tarifas externas para inúmeras mer-
cadorias). 
17Geografia 6B
Geografia
6BAula 12
Ásia I
 Aspecto da cidade velha de Jerusalém. O edifício com a cúpula dourada é o Domo da Rocha, 
obra do Século VII, considerado sítio sagrado pelos islâmicos e patrimônio da humanidade 
pela ONU (UNESCO)
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Alcorão ou Corão: livro sagrado dos islâmicos. 
Caaba: construção cúbica de 15,24 metros de altura, cercada por muros de 10,67 metros e 12,19 metros de 
altura. Nela se acha fixada a “Pedra Negra”, que se constitui numa das relíquias mais sagradas dos muçulmanos 
(seguidores da doutrina islâmica). 
Crescente Fértil: faixa de terras férteis no meio de desertos, irrigadas pelos rios Tigre, Eufrates, Jordão e Nilo, 
ocupadas desde os primórdios da civilização. Estende-se em forma de arco crescente. O arco superior vai da foz 
do Chat-el-Arab (Tigre e Eufrates) até a foz do rio Nilo. O arco inferior vai da foz do Chat-el-Arab, tangenciando o 
extremo sul da península do Sinai e se estendendo até o curso médio do rio Nilo. Abrange parte da planície da 
Mesopotâmia (Iraque), Arábia Saudita, Jordânia, Israel e Egito.
Fatah: é o Movimento de Libertação Nacional da Palestina. Também denominado de Al-Fatah, é uma organização 
política e militar, fundada em 1959 pelo engenheiro Yasser Arafat (1929-2004) e por Khalil al-Wazir (Abu Jihad) 
(1935-1988), entre outros. É essencialmente nacionalista, com um passado de atos terroristas. Porém, abandonou 
o terrorismo e atualmente é menos radical que o Hamas e prega a reconciliação entre palestinos e israelenses. 
Essa é uma das principais razões de sua aceitação internacional.
Hamas: é o Movimento de Resistência Islâmica e foi criado em 1987 com o consentimento de Israel, que via no 
Hamas um movimento de assistência social capaz de enfraquecer a liderança de Yasser Arafat. O Hamas governa 
a Faixa de Gaza desde 2006, após a retirada unilateral de Israel de Gaza, em 2005. É um movimento que luta pela 
formação do Estado Independente da Palestina e se opõe à existência do Estado de Israel.
Hezbollah (Partido de Deus): financiado pelo Irã desde os anos 80 do século XX, é uma organização libanesa que 
abrange atividades políticas e militares. Defende a criação de um estado islâmico no Líbano. Já promoveu vários 
atentados em diversospaíses.
Mesopotâmia: região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, no Iraque.
Conceitos básicos
18 Semiextensivo
Palestina: denominação dada à Terra de Israel pelo Império Romano. Situa-se entre o mar Mediterrâneo o mar 
Morto e o rio Jordão. É uma área que abriga o Sul do Líbano, Israel, Jordânia e os territórios da Faixa de Gaza e da 
Cisjordânia. 
Primavera Árabe: protestos populares organizados e disseminados com o auxílio das redes sociais, em vários 
países árabes situados no Oriente Médio e no norte da África. Essas manifestações criaram focos de resistência 
que conseguiram depor dirigentes opressivos que se mantinham no poder há muitos anos. Entre os ditadores 
depostos se destacam Hosni Mubarak, do Egito, Muamar Gadafi, da Líbia, e Ben Ali, da Tunísia. Outros dirigentes 
como Bashar al-Assad, da Síria, estão no poder, mas enfrentando movimentos de revolta.
Ramadã: nono mês do calendário muçulmano, quando os fiéis jejuam durante o dia. Em 2017, o Ramadã ocorreu 
entre 26 de maio e 24 de junho.
Salah: orações e meditações que os muçulmanos devem realizar cinco vezes por dia.
Sharia: código de leis do islamismo que, em vários países islâmicos, é a base fundamental para a elaboração das 
leis. 
Sunitas: juntamente com os xiitas, integram os dois principais grupos do Islã. Os sunitas se consideram o ramo 
ortodoxo do Islã. Formam o grupo majoritário: entre 85% e 90% dos muçulmanos do mundo são sunitas. Eles 
veneram todos os profetas mencionados no Corão, mas Maomé é sempre a figura central. Acatam a autoridade 
do estado. 
Surata: subdivisão do Alcorão que corresponde a capítulos.
União dos Emirados Árabes: também denominada de Emirados Árabes Unidos, constitui-se numa confederação 
de sete emirados: Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah.
Xiitas: apesar de serem interpretados como fundamentalistas radicais, em muitos aspectos são mais liberais 
que os sunitas. Com um forte elemento messiânico, seus clérigos praticam uma interpretação independente e 
mutável dos textos islâmicos. Os xiitas somam cerca de 170 milhões de seguidores e são maioria no Irã, Iraque, 
Bahrein e Iêmen. Têm grandes comunidades também no Afeganistão, Índia, Paquistão, Azerbaijão, Índia, Kuwait, 
Líbano, Catar, Síria, Turquia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
 Ásia Ocidental
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Ásia Ocidental – político
Aula 12
19Geografia 6B
Introdução
O continente asiático pode ser subdividido ba-
seando-se em seus aspectos naturais ou geográficos, 
além de conceitos de geopolítica, como a presença das 
potências ocidentais, como a do Império Britânico, até 
meados do século XX.
O continente asiático é o mais populoso e o maior 
em superfície, com 44 milhões de km². Não só sua 
paisagem fisiográfica é complexa como seu espaço geo-
gráfico, ou seja, o espaço produzido pelo ser humano. 
Pode-se afirmar que a Ásia é o berço das religiões como 
o judaísmo, o islamismo, o cristianismo, o zoroastrismo, 
o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, o confucionismo e 
o zen-budismo. Sua história é marcada por guerras de 
conquistas, subjugação de etnias com a imposição de 
preceitos religiosos e cobranças de tributos. Com esse 
cenário tão adverso, é fácil compreender os conflitos 
até hoje existentes, que motivam guerras, atentados 
terroristas e movimentos separatistas.
A importância da Ásia Ocidental vem desde a An-
tiguidade, principalmente pelo contato entre a Ásia, a 
Europa e a África. Os estreitos de Bósforo e Dardanelos, 
que ligam os mares Mediterrâneo e o Negro, através do 
mar de Mármara, o canal de Suez, que liga o Mediterrâ-
neo ao mar Vermelho, e o estreito de Ormuz, que liga 
o golfo Pérsico ao oceano Índico, estão entre as áreas 
mais estratégicas do mundo, o que explica as grandes 
tensões políticas e militares sobre elas. 
Historicamente, a Ásia Ocidental recebeu várias 
denominações e subdivisões. A expressão Oriente 
era usada para designar os territórios sob dominação 
otomana, no século XIX. Porém, com o avanço da civi-
lização europeia na China, no final do século XIX, surgiu 
o conceito de Extremo Oriente, para designar a China, o 
Japão e a Coreia, e o então Oriente passou a ser deno-
minado de Oriente Próximo. No início do século XX, com 
a expansão do Império Britânico, os ingleses passaram 
a designar Oriente Médio toda a região asiática situada 
entre o mar Vermelho e o Vice-Reinado das Índias. Após a 
Primeira Guerra Mundial e a queda do império otomano, 
estendeu-se esse conceito de Oriente Médio ao conjun-
to dos países árabes, esvaziando, assim, o termo Oriente 
Próximo. Até mesmo publicações da Organização das 
Nações Unidas – ONU – e de suas agências trazem como 
“Oriente Médio todos os países árabes formando um 
vasto território regional que se estende do Marrocos 
(África Setentrional) ao Paquistão.”
Nessa região, o acesso à água é complexo, criando 
fortes tensões sociopolíticas. Devido às condições cli-
máticas, a posse de nascentes de rios e seus cursos são 
fundamentais e considerados estratégicos. 
Ao longo de todo o século XX, para não se estender 
mais para o passado, o mundo islâmico tem vivido 
conflitos de origem política, religiosa e econômica, 
com governantes ditatoriais que, para se manterem no 
poder, aliam-se a grupos religiosos islâmicos sunitas ou 
xiitas que têm como objetivo criar países totalmente 
governados pelos princípios do Alcorão. 
A negação da separação entre o Estado e a religião se 
traduz no estabelecimento de um rígido controle moral 
sobre o conjunto da população, que vive um dilema, ao 
ter conhecimento, através da Internet e da televisão, da 
liberdade que impera nos países cristãos. 
Atualmente, com o auxílio das redes sociais, os 
protestos populares se organizaram e criaram focos de 
resistência que conseguiram depor dirigentes opres-
sivos que se mantinham no poder há muitos anos. É 
o caso da Tunísia, no norte da África, e do Egito, que 
se situa em sua maior parte no continente africano. 
Também no Iêmen, na Turquia e na Jordânia, os movi-
mentos populares lutam para depor seus respectivos 
dirigentes.
Turquia e Chipre – político
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A Turquia é um país que se situa parte na Ásia, parte 
na Europa e tem aspirações de integrar a União Europeia. 
Porém sofre restrições decorrentes da presença dos 
curdos e por ser um país de maioria islâmica, enquanto 
a União Europeia é predominantemente cristã.
A ilha de Chipre é dividida por meio da Linha 
Verde e patrulhada pelas tropas das Nações Unidas. A 
República do Chipre compreende a porção meridional 
e integra a União Europeia. A porção norte se constitui 
na República Turca do Norte de Chipre, e não é reco-
nhecida pela ONU. 
20 Semiextensivo
 Oriente Próximo
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Oriente Próximo – político
Síria
Com 185.180 km2, o território sírio possui litoral 
com o mar Mediterrâneo, clima predominantemente 
desértico e é rico em petróleo – principal fonte de ren-
da (sendo ainda importantes a agricultura e o turismo). 
A história da Síria é complexa, registrando momen-
tos sob influência turco-otomana, inglesa, francesa e da 
URSS. Em 1970 o general Hafiz al-Assad, através de um 
golpe militar, assumiu o poder. Hafiz faleceu em 2000, 
sendo sucedido pelo filho Bashar. 
No sudoeste da Síria, estão as Colinas de Golã, área 
de terras férteis e das nascentes da bacia do rio Jordão. 
A região de Golã está sob domínio do estado israelense 
desde 1967 (Guerra dos Seis Dias). 
A guerra opõe muçulmanos alauitas (que apoiam 
o regime do ditador Bashar al-Assad) e sunitas 
(ligados ao Exército Livre da Síria – ELS e ao Estado 
Islâmico). 
Bashar al-Assad intimida a população com res-
trições político-econômicas, o uso de força militar 
convencional e até de armas químicas. Recebe ajuda 
do Irã, da Rússia e da China (os dois últimos vetam a 
condenação de Bashar al-Assad no Conselho de Segu-
rança da ONU). 
A Turquia declarou que atacará a Síria se o conflito 
adentrar seu território,temendo o fortalecimento dos 
curdos, e não aceita mais refugiados. Israel (que controla 
parte do território sírio – as Colinas de Golã) atacou a 
Síria para destruir armamentos doados pelo Irã (incluin-
do uma estrutura nuclear).
Após o ataque químico de agosto de 2013, em que 
morreram 1 400 pessoas (mais da metade crianças), 
os EUA (com apoio do Presidente Barack Obama e do 
Congresso Federal) manifestaram o desejo de pro-
mover um ataque aéreo à Síria. Mas, diante da falta 
de apoio dos aliados europeus, o plano foi adiado. 
A Rússia então negociou com o regime de Assad, 
que prometeu suspender o uso de armas químicas, 
entregar uma relação do arsenal e destruí-lo. Em 
abril de 2017, outro ataque químico matou mais de 
80 pessoas. 
O uso de armas químicas foi duramente condenado 
pela ONU. Bashar al-Assad alega que o ataque partiu dos 
rebeldes contrários ao seu governo. Novamente a China 
e a Rússia vetaram sanções à Síria e, numa ação unilate-
ral, o presidente Donald Trump ordenou que a base área 
síria de Shayrat fosse atacada com mísseis Tomahawk 
estadunidenses.
A proibição do uso de armas químicas foi deter-
minada pelo Protocolo de Genebra, de 1925. 
Na Síria, o principal gás usado nos ataques foi 
o sarin, que afeta o sistema nervoso e respiratório. 
O gás sarin é considerado pela ONU uma arma de 
destruição em massa.
Curdos
Os curdos correspondem à maior nação do mundo 
sem território próprio. Vivem em seis países, porém a 
maioria deles está na Turquia, onde, em geral, sofrem 
discriminação, não usufruem direitos políticos e têm 
provocado tensões. São até mesmo um dos motivos 
da restrição à inclusão turca na União Europeia.
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Região Curda
Os curdos possuem um exército que luta pela in-
dependência do “curdistão“, a força Peshmerga.
Aula 12
21Geografia 6B
de Jerusalém (considerada capital do Estado judeu por 
Israel e cidade internacional pela ONU). Com a retirada 
de Israel da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, foi criada a 
Autoridade Nacional Palestina – ANP, responsável pelo 
governo palestino nessas áreas.
Após a morte de Yasser Arafat, a ANP sofreu uma 
cisão entre os membros da Fatah e do Hamas, que é 
radical, e passou a afirmar abertamente que almeja 
a destruição de Israel e não aceita nenhum tipo de 
diálogo.
Em 2006, o Hamas ganhou as eleições parlamentares 
em Gaza. Alguns meses após, houve uma guerra civil en-
tre as duas dissidências. As duas facções não conseguem 
coordenar suas ações, o que fragiliza suas posições em 
negociações com Israel. Na prática, a Fatah domina a 
Cisjordânia; o Hamas, a Faixa de Gaza.
 Região Arábica
Região arábica – político
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Abrange a Arábia Saudita, que é um dos maiores 
aliados dos Estados Unidos na região, Iêmen, Omã, 
União dos Emirados Árabes, Qatar, Bahrein e Kuwait.
Na Arábia Saudita, situa-se a cidade de Meca, com 
a mesquita de Al Masjid Al-Haram, considerada pelos 
muçulmanos como o lugar mais sagrado do mundo, que 
tem ao centro a Caaba. 
O Iêmen é acusado de ser um país que abriga mem-
bros da Al Qaeda e de ter centros de treinamento dessa 
organização.
 Israel e a questão palestina
Ao longo de todo o século XX, os conflitos entre pa-
lestinos e israelenses foram ganhando mais importância 
na opinião pública mundial, à medida que os palestinos 
passaram a ser vistos como refugiados dentro de sua 
própria pátria.
Em 1947, a ONU, através da resolução 181, optou por 
fazer uma partilha da Palestina, dividindo-a em um esta-
do judeu e um estado palestino. Porém os países árabes 
não aceitaram a criação do Estado de Israel e tampouco 
os palestinos aceitaram a criação do Estado Palestino, 
que foi repartido entre Israel, Egito e Jordânia.
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Palestina – político
Apesar do apoio dos países árabes à causa palestina, 
justificado pelo islamismo, nenhum dos países árabes 
viu os palestinos como uma nação distinta, merecedora 
de um Estado Soberano.
Desde a partilha da Palestina, várias guerras foram 
travadas entre os israelenses e os países árabes da região 
e todas foram vencidas por Israel, que aproveitou suas 
vitórias para expandir seu território, ocupando áreas da 
Jordânia, como Jerusalém, do Egito, como a península 
do Sinai, e da Síria.
Algumas áreas conquistadas por Israel, como a penín-
sula do Sinai, foram devolvidas ao Egito. Após pressões 
internacionais, Israel cedeu alguns direitos aos palestinos, 
que se concentram na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. 
Em setembro de 1993, em Oslo (Noruega), com a 
mediação do presidente estadunidense Bill Clinton, 
Israel e a Organização para a Libertação da Palestina 
– OLP – assinaram um acordo que preconizava o fim 
dos conflitos entre as duas partes, a abertura das nego-
ciações sobre os territórios conquistados por Israel em 
1967, a retirada de Israel do sul do Líbano e a situação 
22 Semiextensivo
Emirados Árabes Unidos
A União dos Emirados Árabes ou Emirados Árabes Unidos se constitui no 
sexto maior exportador de petróleo do mundo. Porém, muitos deles, preocu-
pados com o provável esgotamento de suas reservas petrolíferas, investem 
na atualidade na infraestrutura urbana, para se constituírem em destinos 
de turismo de alto luxo, com a construção de cassinos, hotéis, condomínios 
horizontais, sistema viário, shoppings, etc.
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são uma junção de monarquias islâmicas, 
nas quais o poder é exercido de forma rígida por um líder religioso islâmico. 
Contudo, visto que aproximadamente 80% da população é imigrante de países 
com referências islâmicas, as práticas religiosas são bastante tolerantes. 
São os emirados (emir é um título equivalente ao de um príncipe) que for-
mam os EAU: Abu Dhabi, Ajman, Dubai, Fujairah, Ras al-Khaimah, Sharjah e 
Umm al-Quwain. A base econômica é dada pelo petróleo, tendo Dubai nos 
últimos anos se destacado pela modernidade urbana e pelas atividades 
financeiras e turísticas. 
 Aspecto de Dubai nos Emirados Árabes Unidos
 Iraque
Em 2003, sob a alegação de que Hussein estava desenvolvendo armas 
químicas, biológicas e até mesmo nucleares, novamente, estadunidenses e 
ingleses atacaram o Iraque sem a aprovação da ONU. O regime de Saddam 
Hussein caiu e, após 13 meses de julgamento, Saddam Hussein foi enforcado. 
A partir de dezembro de 2011, os Estados Unidos retiraram suas forças 
armadas desse país. Porém a violência permanece constante, em razão de 
atentados terroristas contra a população xiita.
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 Irã
O seu projeto de energia nuclear 
causou muita tensão entre países da 
União Europeia (UE), Estados Unidos, 
Japão e Israel. A maior restrição que 
os países opositores alegavam é que 
se voltava para a produção de armas 
nucleares. A principal razão para 
essa acusação era o impedimento 
que o governo iraniano impunha 
à fiscalização de suas instalações 
nucleares por inspetores da Agência 
Internacional de Energia Atômica.
Em 2015, finalmente, foi assinado 
um tratado em que o Irã abriu suas 
instalações para a Agência Interna-
cional de Energia Atômica. Com isso, 
foram liberados depósitos iranianos 
em contas bancárias nos Estados 
Unidos e o Irã voltou a exportar 
petróleo para a União Europeia.
É um dos países que mais abriga 
refugiados do mundo. Geralmente 
são islâmicos xiitas oriundos do 
Iraque e do Afeganistão, devido às 
perseguições por parte dos islâmi-
cos sunitas (maioria) nesses países.
 Afeganistão
Com os ataques terroristas de se-
tembro de 2001 às torres gêmeas do 
World Trade Center em Nova Iorque, 
por militantes da Al Qaeda, os Esta-
dos Unidos invadiram o Afeganistão, 
que apoiava totalmente Bin Laden e 
a Al Qaeda. Desta maneira o Talibã 
foi deposto e até hoje o Afeganistão 
está ocupado por forças militares 
estadunidenses.
Testes
Assimilação
12.01. (IFSUL – MG) – Constitui-se na cidade sagrada para 
judeus, muçulmanos e cristãos; está no centro do conflito 
entre Israel e os palestinos; abriga diversos templos degrande 
importância religiosa; no ponto ocidental, encontra-se o 
Muro das Lamentações (lugar sagrado para os judeus).
O texto faz referência a que importante cidade do Oriente 
Médio? 
a) Gaza. 
b) Nazaré. 
c) Hebron.
d) Jerusalém. 
Aula 12
23Geografia 6B
12.02. (IFAL) – “O conflito naquele país continua cau-
sando sofrimento humano e destruição imensuráveis. 
Dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações 
Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam 
que 100 mil pessoas foram mortas desde março de 
2011, quando começou o levante contra o presidente 
Bashar al-Assad.
A estimativa é de que 6,8 milhões de pessoas neces-
sitem de assistência humanitária urgente – incluindo 
3,1 milhões de crianças. Desse total, 4,25 milhões são 
deslocados internos. Até 9 de setembro, já havia mais 
de 2 milhões de refugiados nos países vizinhos e Norte 
da África.
Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atin-
gidas de acordo com a Comissão Econômica e Social 
para a Ásia Ocidental (ESCWA). Cerca de 400 mil delas 
foram completamente destruídas, 300 mil parcialmente 
destruídas e 500 mil sofreram danos de infraestrutura.”
Texto adaptado de www.onu.org.br.
O país citado na matéria é o (a) 
a) Turquia. b) Azerbaijão. c) Tunísia.
d) Síria. e) Iraque.
12.03. (UCS – RS) – “O atentado que teve como alvo a 
redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, em 
7 de janeiro de 2015, trouxe novamente para a Europa 
o horror e a incerteza provocados pelo terrorismo. A 
motivação dos dois homens para o assassinato de doze 
pessoas teriam sido as charges e artigos publicados no 
Semanário, que ridicularizavam a figura do profeta 
Maomé e zombavam de fundamentalistas islâmicos.”
Fonte: Guia do Estudante Atualidades, 1o. semestre 2015. p. 27. (Adaptado.)
Além dessa ação terrorista, o mundo tem assistido, estarre-
cido, às ações brutais do autodenominado Estado Islâmico 
(EI), grupo que instalou um califado em territórios 
a) do Irã e da Jordânia. 
c) da Síria e do Afeganistão.
e) da Tunísia e do Marrocos. 
 b) da Síria e do Iraque. 
 d) do Iraque e do Egito. 
12.04. (IFMG) – Observe o mapa abaixo com a localização 
da fronteira de segurança do Líbano.
http://n.i.uol.com.br/ultnot/1008/3israel.gif. Acesso em: 02 abr 2015.
No contexto geopolítico do Oriente Médio, a configuração 
dessa fronteira pode ser definida como uma 
a) faixa de localização e atuação do grupo terrorista Boko Haram. 
b) área de conflito e instabilidade envolvendo Israel. 
c) esfera de posse e disputa de petróleo pela Síria. 
d) zona de disputa e controle do Estado Islâmico. 
e) região de separatismo e guerra civil no Líbano. 
12.05. (UPE – PE) – “O Exército luta para retomar a ci-
dade de Tikrit no norte do país, realizando combates 
contra os insurgentes. A cidade foi tomada pelos jiha-
distas em 11 de junho, depois de uma rápida e violenta 
investida. (...). Os insurgentes sunitas proclamaram, 
nesta segunda-feira, a criação de um Estado islâmico 
nos territórios sob seu controle no país.” 
(Notícias publicadas no site da revista VEJA, no dia 30/06/2014 e adaptadas)
Observe o mapa a seguir e assinale a alternativa que indica o 
numeral referente ao país a que se reporta a revista.
 
a) 1 b) 2 c) 3 d) 5 e) 6 
Aperfeiçoamento
12.06. (FUVEST – SP) – A chamada Ásia Ocidental constitui 
importante área de encontro de três continentes: a Ásia, a 
África e a Europa. É marcada, principalmente, pela instabili-
dade dos limites políticos, diversidade étnica da população 
e multiplicidade das crenças religiosas. Três grandes religiões 
têm sua “Cidade Santa” na Ásia Ocidental. São elas: 
a) Fetichismo, Islamismo e Judaísmo 
b) Budismo, Hinduísmo e Maometismo 
c) Judaísmo, Cristianismo e Islamismo 
d) Cristianismo, Bramanismo e Islamismo 
e) Budismo, Judaísmo e Islamismo 
12.07. (IFAL) – Desde o início da guerra civil na Síria, 
em março de 2011, o conflito escalou a ponto de se 
transformar em uma complexa situação em que to-
dos parecem lutar entre si. Forças leais ao presidente 
Bashar al-Assad, rebeldes, extremistas muçulmanos 
e potências estrangeiras são peças de um intrincado 
jogo que ficou ainda mais complicado com o início 
dos bombardeios por aviões russos.
Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151002_siria_xadrez_fd. 
Acesso em 06/11/2015
24 Semiextensivo
Sobre o conflito mencionado no texto anterior, assinale a 
alternativa verdadeira. 
a) Arábia Saudita apoia Assad e combate os rebeldes sunitas. 
b) O Irã combate Assad e apoia o grupo radical “Estado 
Islâmico”. 
c) Os Estados Unidos são aliados de Assad e ajudam a 
combater os grupos rebeldes moderados. 
d) A Rússia opõe-se a Assad e apoia os grupos rebeldes 
moderados. 
e) O grupo radical “Estado Islâmico” é combatido tanto 
pelo governo Assad, como pelos Estados Unidos, Irã 
e Rússia. 
12.08. (ETEC – SP) – A região representada no mapa, 
com o desenho que se assemelha a uma lua crescente, é 
conhecida como Crescente Fértil. Nessa área, formaram-se 
as primeiras sociedades humanas que deixaram registros 
escritos de suas atividades, há milhares de anos. Esse nome 
foi atribuído à região, por estudiosos da História e da Ar-
queologia, somente muitos séculos depois.
<http://tinyurf.com/qa8ag29>. Acesso em: 24 out 2015.
Assinale a alternativa que explica corretamente por que esse 
nome foi atribuído à região demarcada. 
a) A fertilidade do solo da região demarcada cresceu e atin-
giu outras regiões, favorecendo a amizade nas relações 
entre as populações. 
b) Símbolo do Islã, a lua crescente representa a importância 
dessa religião na formação das civilizações assíria, persa, 
egípcia e mesopotâmica. 
c) Abrangendo partes dos continentes europeu e africano, 
a região recebeu esse nome em razão das altas taxas de 
fertilidade das populações locais. 
d) A lua crescente faz referência ao culto monoteísta desse 
astro, religião predominante entre os povos daquela 
região na Antiguidade, com exceção dos hebreus. 
e) O solo da região era bastante fértil por conta dos grandes 
rios, o que favoreceu o desenvolvimento da agricultura, 
importante para as sociedades humanas. 
12.09. (ETEC – SP) – O Aeroporto Internacional de 
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, encerrou 2014 
como o principal aeroporto internacional do mundo, 
superando o antigo domínio do Aeroporto Internacional 
de Londres.
A principal razão da liderança está nos investimentos 
feitos pela companhia aérea local, que possui a maior 
frota de aviões de grande capacidade de passageiros e 
é líder mundial em termos de tráfego internacional.
Além disso, Dubai aproveitou a localização da cidade 
em uma encruzilhada geográfica entre Europa, Ásia, 
África e Oriente Médio para se estabelecer como base 
para os voos internacionais com conexões.
<http://tinyurl.com/mth5s36> Acesso em: 28.03.2015. Adaptado.
Assinale a alternativa que corresponde corretamente às 
informações e ao país citados no texto. 
a) Os Emirados Árabes, grandes exportadores de petróleo, 
têm o principal aeroporto internacional do mundo. 
b) Dubai é um país da Liga Árabe que está procurando se 
impor religiosamente aos demais da sua região. 
c) Os Emirados Árabes têm o segundo maior aeroporto 
internacional do mundo, depois da Inglaterra. 
d) Os Emirados Árabes, aliados de Irã e Iraque, estão sob 
intervenção militar dos Estados Unidos. 
e) Dubai é uma cidade da Arábia Saudita, foco de graves 
conflitos religiosos e econômicos. 
12.10. (UNIOESTE – PR) – Desde março de 2011, estima-
-se que o conflito na Síria tenha causado a morte de 
100 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações 
Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Estima-se que 
6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humani-
tária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos 
países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de 
famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).
Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativacorreta.
a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar 
al-Assad, que disputam o controle e a influência sobre o 
território vizinho do Líbano.
b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar 
al-Assad é um governante curdo que vem sendo pres-
sionado a deixar o poder pela maioria árabe.
c) Os curdos, entre os quais está Bashar al-Assad, correspon-
dem a 70% da população síria, portanto, garantem amplo 
apoio ao seu governo democrático.
d) Os principais aliados do governo de Bashar al-Assad são 
os governos dos Estados Unidos e da Rússia, que juntos 
conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de 
adversários como o Hezbollah dominem o território sírio.
e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da 
Primavera Árabe, na Tunísia e no Egito. A reação violenta 
do governo, aos protestos populares, resultou em aumen-
to das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos 
sunitas, sofrem forte repressão de Bashar al-Assad, que 
pertence à minoria alauita.
Aula 12
25Geografia 6B
12.11. (UFU – MG) – Provavelmente, no século XXI, as 
guerras que acontecerem no Oriente Médio estarão 
mais relacionadas à água do que ao petróleo. Essa 
advertência, que soaria descabida na década de 1970, 
parece cada vez mais concreta. 
OLIC, Nelson B. Conflitos no mundo. São Paulo: Moderna, 2000, p. 42. 
Sobre a questão tratada no texto, é INCORRETO afirmar: 
a) O elevado crescimento demográfico na região do Oriente 
Médio tem gerado demandas crescentes por água. 
b) Do ponto de vista natural, a água no Oriente Médio é 
escassa devido à sua localização em região de climas 
desérticos. 
c) No que diz respeito à utilização dos recursos hídricos 
comuns, os desacordos entre países constituem um grave 
problema que pode gerar conflitos. 
d) O problema de água na região é consequência da con-
taminação dos recursos hídricos por produtos químicos 
utilizados na agricultura. 
12.12. (UFRGS) – A chamada Ásia Ocidental é uma im-
portante área de encontro de culturas asiáticas, europeias 
e africanas, marcada por graves conflitos geopolíticos e 
rivalidades étnicas, culturais e religiosas.
Assinale a alternativa que indica corretamente as grandes 
religiões monoteístas possuidoras de contingentes de segui-
dores na área citada e as “cidades santas” correspondentes 
a essas regiões. 
a) O islamismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Meca uma 
cidade santa para o islamismo, Istambul, para o judaísmo, 
e Jerusalém, para o cristianismo. 
b) O islamismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Meca 
uma cidade santa para as três, e Jerusalém, apenas para 
o judaísmo. 
c) O budismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Meca uma 
cidade santa para as três. 
d) O islamismo, o budismo e o cristianismo, sendo Jerusa-
lém uma cidade santa para o cristianismo, Meca, para o 
budismo, e Istambul, para o islamismo. 
e) O islamismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Jerusalém 
uma cidade santa para as três. 
Aprofundamento
12.13. (ESPM – SP) – Em Kirkuk, o último front contra 
os extremistas do Estado Islâmico no norte do Iraque 
são os peshmerga.
A luta é desigual, pois os cerca de 30 mil extremistas 
do EI dispõem de modernos armamentos americanos 
tomados do exército iraquiano.
Já os cerca de 150 mil peshmerga têm que se virar com 
armas ultrapassadas e insuficientes. As autoridades dos 
EUA temem que armar os peshmerga possa oferecer 
combustível para uma futura guerra de secessão.
(Folha de S. Paulo, 12/02/2015)
Assinale a alternativa que traga a resposta, respectivamente, 
sobre quem são os peshmerga e a região que poderia viver 
uma futura guerra de secessão: 
a) Pashtuns – Afeganistão. 
b) Tadjiques – Tadjiquistão. 
c) Hazarás – Afeganistão. 
d) Yazidis – Curdistão. 
e) Curdos – Curdistão. 
12.14. (MACK – SP) – Observe a sequência de mapas para 
responder à questão.
 
Fonte: Kinder, H; Hilgemann, W. Atlas histórico mundial.
26 Semiextensivo
De acordo com os mapas e a evolução histórica da chamada 
“Questão Árabe-Israelense”, é correto afirmar que
a) o acordo de Paz de 1994 foi plenamente cumprido. As 
eventuais divergências entre palestinos e israelenses 
partem de grupos minoritários dos dois lados que não 
representam maiores consequências para a segurança 
da região.
b) o território governado pela Autoridade Nacional Palestina 
que abriga a Cisjordânia goza de plena autonomia. Trata-
-se de um Estado soberano recentemente reconhecido 
pela ONU e pelo Estado de Israel.
c) o Hamas é um grupo extremista israelense que, ao desferir 
ataques a partir da Faixa de Gaza, contribui para dificultar 
um diálogo de paz entre os dois lados em conflito.
d) a manutenção das colônias israelenses na Cisjordânia e o 
controle dos recursos hídricos do rio Jordão estão entre 
os pontos de divergência dos lados em conflito.
e) os conflitos entre israelenses e palestinos derivam do 
fanatismo religioso islâmico e não têm qualquer relação 
com interesses territoriais.
12.15. (UEM – PR) – Conflitos entre tropas de Israel e grupos 
radicais palestinos têm, ultimamente, provocado destruições 
e muitas mortes. Sobre a Faixa de Gaza, Israel e a Palestina, 
assinale o que estiver correto. 
01) A Faixa de Gaza é disputada por judeus e palestinos em 
função de dois motivos principais: é a maior produtora 
de petróleo do Oriente Médio e tem os solos mais ricos 
da região. 
02) Trata-se de uma estreita faixa de terra localizada na 
costa oriental do mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, 
que faz fronteira com Israel e com o Egito. 
04) A Faixa constitui, atualmente, um dos territórios mais 
densamente povoados do mundo, apesar de ser pou-
co industrializado, de sofrer escassez de água e de ter 
solos pouco apropriados para a agricultura. 
08) Na Guerra dos “Seis Dias”, em 1967, a faixa de Gaza foi 
invadida e ocupada por Israel. Posteriormente Israel se 
retirou e atualmente Gaza é administrada pelos pales-
tinos. 
16) Durante o período da Guerra Fria, tropas soviéticas as-
sumiram o controle da Faixa de Gaza e expulsaram os 
povos palestino e judeu que lá habitavam. O interesse 
dos soviéticos era estratégico: a Faixa constitui impor-
tante ponto de passagem entre Europa, Ásia e África, 
através do mar Mediterrâneo. 
12.16. (UFPR) – As mulheres curdas ganharam desta-
que internacional no último ano em função de seu 
protagonismo no enfrentamento armado contra o 
Estado Islâmico, principalmente no Iraque e na Síria. 
A guerra tornou visível para o mundo o protagonismo 
dessas mulheres, que não se limita à luta armada. 
As curdas estão na linha de frente da luta de seu 
povo por democracia, liberdade para as mulheres e 
construção de um modelo de economia alternativa, 
comunal e cooperativada. Essa luta tem cerca de 
40 anos, quando mulheres curdas foram viver nas 
montanhas, pegaram em armas e começaram a ques-
tionar frontalmente o modelo patriarcal e repressivo 
sob o qual viviam até então. 
(Weissheimer, Marco. Disponível em: <http://www.sul21.com.br/jornal/mulheres-
curdas-lutam-por-democracia-confederada-e-nova-econo mia/>. Acessado em: 
16/08/2016). 
Com base nas informações do texto e nos conhecimentos 
sobre geopolítica e conflitos territoriais mundiais, considere 
as seguintes afirmativas: 
1. O texto retrata um dos principais conflitos e impasses 
étnico-territoriais na região do Oriente Médio, que envolve 
um grupo étnico considerado a maior nação sem pátria 
do mundo. 
2. Grande parte do povo curdo habita uma região monta-
nhosa localizada dentro dos territórios da Turquia, Síria, 
Iraque e Irã, mostrando que fronteiras étnicas e culturais 
entre Estados nem sempre são convergentes. 
3. Apesar do conflito com o Estado Islâmico, o território curdo 
é reconhecido pelos Estados do Irã, Iraque e Turquia, onde 
a língua curda é tida como oficial. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. 
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. 
d) Somente as afirmativas1 e 2 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
12.17. (UNESP – SP) – Há grande diversidade entre 
aqueles que procuram inspiração em sua fé no Islã. 
A monarquia vaabita da Arábia Saudita e os líderes 
religiosos xiitas do Irã têm profundas discordâncias 
políticas e divergem igualmente em questões socioe-
conômicas. Em termos mais amplos, ocorre nos mo-
vimentos islamitas um debate sobre se a meta correta 
é mesmo chegar ao poder estatal, assim como sobre a 
democracia, a diversidade social, o papel das mulheres 
e da educação e sobre a maneira de interpretar o Corão. 
E, embora a maioria dos islamitas aceite a realidade da 
existência dos atuais Estados e suas fronteiras, uma 
minoria mais radical procura destruir todo o sistema 
e estabelecer um califado que abarque a região inteira 
[do Oriente Médio].
(Dan Smith. O atlas do Oriente Médio, 2008.)
O argumento principal do texto pode ser ilustrado por meio 
da comparação entre 
a) o respeito a todas as orientações sexuais nos países que 
vivem sob regime islâmico e a perseguição a homosse-
xuais no Paquistão e na Índia. 
b) o apoio unânime dos grupos islâmicos ao atentado ao 
World Trade Center, em Nova Iorque, e a invasão militar 
norte-americana no Iraque. 
Aula 12
27Geografia 6B
c) a situação e os direitos das mulheres nos países do Oci-
dente e nas áreas em que prevalecem regimes políticos 
islâmicos. 
d) a invasão norte-americana no Afeganistão e o apoio 
soviético ao regime liderado pelo Talibã naquele país. 
e) os islâmicos que protestaram contra o atentado à redação 
do jornal Charlie Hebdo, em Paris, e a ação militar do 
Estado Islâmico. 
12.18. (UNICHRISTUS – CE) –
FBI ALERTA PARA ‘DIÁSPORA TERRORISTA’ 
APÓS DERROTA DO ESTADO ISLÂMICO
O diretor do FBI (a Polícia Federal Americana), James 
Comey, alertou sobre a possibilidade de uma “diás-
pora terrorista”, depois da derrota do grupo Estado 
Islâmico no Iraque e na Síria, prevendo um aumento 
nos ataques extremistas. “Todos sabemos que haverá 
uma diáspora terrorista (...) quando as forças militares 
tiverem esmagado o ‘califado’ proclamado pelo gru-
po Estado Islâmico no Iraque e na Síria”, afirmou o 
diretor do FBI, falando diante da Comissão sobre Se-
gurança Doméstica da Câmara de Representantes do 
Congresso Americano. 
Disponível em: <http://istoe.com.br/fbi-alerta-para-diasporaterrorista-apos-
derrota-do-estado-islamico/>. Acesso em: 30 de setembro de 2016. 
A partir da notícia, pode-se concluir que 
a) a dispersão dos terroristas é um fato positivo haja vista a 
desarticulação do grupo terrorista Estado Islâmico. 
b) a “diluição” dos terroristas em várias áreas do Planeta é 
um fato que gera pânico em função das dificuldades de 
ações preventivas. 
c) a divisão de núcleos do Estado Islâmico em várias regiões 
do Planeta é um fato preocupante e cria uma situação de 
pânico em relação aos atos terroristas. 
d) a dispersão dos terroristas é uma estratégia que está 
dificultando a ação das potências mundiais, em face das 
incertezas ligadas à ocorrência de ataques. 
e) a “diluição” dos atos terroristas está dificultando a arti-
culação de forças contra os ataques, já que estes estão 
ocorrendo em todos os continentes.
Discursivos
12.19. (FUVEST – SP) – Considere este mapa, que representa uma região com histórico de migrações e disputas territoriais 
e que já abrigou, desde antes da Era Cristã, várias civilizações.
Folha de S. Paulo, 15/11/2015. Adaptado.
a) Mencione duas características da bacia hidrográfica dos 
rios Tigre/Eufrates, relacionando-as com sua ocupação na 
Antiguidade. Justifique.
b) Identifique um importante conflito que, atualmente, ocorre na área indicada no mapa e apresente uma motivação político-
-religiosa para esse conflito.
28 Semiextensivo
12.20. (UFJF – MG) – 
THAVES, Bob. Frank e Emest. São Paulo: Devir, 2009.
(...) a Guerra Fria foi muito mais do que apenas uma disputa armamentista ou geopolítica. Ela teve uma im-
portante dimensão cultural, que colocou em movimento um jogo simbólico do Bem contra o Mal. Ela mexeu 
com a imaginação das pessoas, criou e reforçou preconceitos, ódios e ansiedades. Nesse sentido mais amplo, dois 
marcos parecem ser mais adequados quando se trata de dar à Guerra Fria o seu conteúdo simbólico mais abran-
gente: o seu início foi a conquista de um novo poder, a bomba atômica, e o seu fim foi a Guerra do Golfo (...).
Disponível em: <http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra1/descricaopanoramica2.htm>. Acesso em: 8 nov. 2015.
a) Os Estados Unidos, ao término da Guerra Fria, escolheram outros símbolos do Mal para ocupar o lugar que antes pertencia 
ao comunismo. Cite esses dois símbolos.
b) Como os países centrais do capitalismo tentam bloquear o desenvolvimento dos países dependentes, valendo-se da 
bandeira ambiental?
Gabarito
12.01. d
12.02. d
12.03. b
12.04. b
12.05. b
12.06. c
12.07. e
12.08. e
12.09. a
12.10. e
12.11. d
12.12. e
12.13. e
12.14. d
12.15. 14 (02, 04, 08)
12.16. d
12.17. e
12.18. c
12.19. a) A bacia hidrográfica dos rios Tigre/
Eufrates se caracteriza por apresentar 
irregularidade no fluxo hídrico, com 
regime de cheia/vazante e, embora 
sua nascente se localize no planalto 
da Anatólia, na Turquia, é de planí-
cie na maior parte de seu curso. Em 
razão de se situar em uma região de 
forte aridez, foi área de origem de 
diversas civilizações antigas, como a 
dos babilônios e sumérios.
b) Um importante conflito que ocor-
re atualmente na área indicada no 
mapa é a criação do Estado Islâmico 
do Iraque e do Levante, onde o grupo 
extremista Estado Islâmico tem rei-
vindicado para si a posse do território 
originalmente pertencente à Síria e ao 
Iraque.
12.20. a) Com o fim da Guerra Fria, os novos 
símbolos do Mal para os Estados Uni-
dos, ou seja, seus opositores, passaram 
a ser o terrorismo, o narcotráfico e a 
capacidade bélica da Coreia do Norte.
b) Os países desenvolvidos difundem 
políticas de conscientização e práti-
cas de sustentabilidade que, embora 
não tenham sido adotadas por eles, 
são impostas aos países periféricos, 
transferindo a estes a responsabilida-
de pela destruição do planeta.

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