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1 América II 11 Aula Geografia 6B América Latina Mapa político da América Central América Central A América Central corresponde à faixa de terras que se estende desde a Guatemala e Belize, ao Norte, até o Pa- namá, ao Sul; e também às ilhas do mar do Caribe (ou das Caraíbas). A “faixa de terras”, parte continental, que tem o oceano Pacífico a Oeste e o oceano Atlântico a Leste (representado pelo golfo do México e pelo mar do Caribe), é a parte ístmica; sendo as ilhas a parte insular da América Central. De acordo com o Atlas de Desenvolvimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, a porção centro-americana é subdivida em América Central e Caribe, considerando apenas os países situados na porção continental como integrantes da América Central e os insulares integrantes do arquipélago das Antilhas e das Bahamas. Economia É baseada na agricultura de produtos tropicais como cana-de-açúcar, café, banana, cacau e abacaxi, realizada no sistema de plantation, que exige grandes recursos financeiros para a armazenagem e comercialização mundial do produto. Nesses países, a pobreza e o subdesenvolvimento têm estimulado instabilidades político-sociais, que também são alimentadas por interesses externos. Durante muitos anos, multinacionais, na defesa de seus interesses, mantiveram nos governos centro-americanos ditadores que pouco ou nada fizeram para combater a pobreza e o subdesenvolvimento. M ar ilu d e So uz a 2 Semiextensivo A zona do canal do Panamá Situada no istmo do Panamá, é uma faixa de 32 km de largura que liga os oceanos Atlântico (mar do Caribe) ao Pacífico, dentro da república do Panamá. Essa zona foi criada em 8 de novembro de 1903 com a assinatura do Tra- tado Hay-Bunau-Varilla transferindo sua posse aos Estados Unidos. No meio dela foi construído o canal do Panamá pelos estadunidenses, que detiveram o poder sobre essa área até o final de 1999. Porém, em caso de guerra, os Estados Unidos podem assumir o controle do canal. Tem 82 km de extensão, 152,4 m de largura, 26 m de profundidade e três eclusas duplas. A travessia leva de 16 a 20 horas e o pedágio é caro – 28 mil dólares –, porém compensa, uma vez que evita o contorno da América do Sul. Foi construído com eclusas em função de o relevo acidentado não permitir a ligação entre os dois oceanos em nível. É uma ideia errônea imaginar que as eclusas foram construídas por causa do desnível dos oceanos. Na realidade tal desnível é de apenas poucos centíme- tros (26 a 30), em função das marés. Navios atravessando o canal do Panamá Em 2016, após 102 anos, a República do Panamá concluiu a ampliação e a modernização do canal para a passagem de embarcações de grande calado como os superpetroleiros e porta-aviões (classe over Panamax). Nicarágua Na Nicarágua, desde 2014 está sendo construído um canal interoceânico pela empresa chinesa HKND Group, que terá direitos de exploração por 100 anos. Com uma extensão de 278 quilômetros, atravessará a Nicarágua do Pacífico ao Caribe (oceano Atlântico). Sua largura oscila entre 230 e 520 metros, com uma profundidade de 30 metros. Cuba Em 1959, Fidel Castro derrubou o ditador Fulgêncio Batista e posteriormente implantou uma “república presidencialista de modelo socialista”, rompendo com os EUA, em janeiro de 1961. A partir do bloqueio econômico imposto pelos EUA, Cuba se aproximou da URSS, que durante todo o período da Guerra Fria foi o maior parceiro comercial. A independência de Cuba da Espanha se deu pela interferência dos Estados Unidos. Em função disso, Cuba cedeu aos Estados Unidos em caráter perpétuo uma área litorânea (Guantánamo), situada no sudeste do país, onde foi instalada uma base naval até hoje uti- lizada pelos estadunidenses e que, durante o governo Bush, foi utilizada como campo de concentração para terroristas capturados pelas forças estadunidenses. Na administração Obama, esse espaço está sendo gradualmente desativado, retornando à função de base naval. Apesar de o Congresso Estadunidense ainda não ter suspendido o bloqueio econômico, o governo Obama passou a desenvolver uma política de aproximação com Cuba. Por intermédio de algumas “brechas”, foram reatadas as relações comerciais entre os dois países, culminando com a ida de Barack Obama à ilha, em 2016 (março), o que significou, após 88 anos, a primeira visita de um presidente estadunidense. Nas relações Cuba/Brasil, destaca-se o financiamento pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econô- mico e Social) para a construção do porto de Mariel, no oeste da ilha, com a finalidade de servir de entreposto de navios porta-contêineres que movimentam suas cargas via canal do Panamá. Também foi assinado um convênio entre os dois paí- ses criando o programa Mais Médicos, que traz médicos cubanos para o Brasil. Esse programa tem sido bastante discutido pela sua eficácia e pela forma como é adminis- trado, com a exploração da mão de obra dos médicos cubanos, que têm parte de seus salários confiscada pelo governo cubano. Haiti Primeira república de maioria negra a ser instalada no mundo a partir de uma rebelião de escravos contra © G lo w im ag es /A la m y/ Ce nt ra l A m ér ic a Aula 11 3Geografia 6B senhores franceses. Por ser um dos países mais pobres do mundo, o Haiti verifica saída em massa de muitos de seus habitantes para a República Dominicana, para tra- balhar na cultura canavieira, e para os Estados Unidos, por meio de toscas balsas feitas de câmaras de pneus de caminhões, razão por que são conhecidos como balseros. Com a eleição do Presidente Jean-Bertrand Aristide, aumentaram os conflitos armados entre gangues e milícias armadas, o que culminou com a interferência da Organização das Nações Unidas – ONU – em 2004, que, após a renúncia forçada do presidente, enviou tropas constituídas de militares de vários países, inclusive do Brasil, que até hoje permanecem no país em missão de paz (missão de paz da ONU – MINUSTAH, sigla do frânces, missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti). Um abalo sísmico de grande intensidade ocorreu no país em janeiro de 2010, deixou 200 mil mortos, um número semelhante de feridos e 640 mil desabrigados. Apesar da ajuda proposta por 111 países e organiza- ções internacionais, até hoje o país não foi reconstruído, permanecendo quantidades enormes de escombros es- palhados pelas cidades e acampamentos improvisados abrigando milhares de pessoas em condições precárias. Desde 2012, refugiados haitianos têm chegado ao Brasil por intermédio do Acre. Entre eles se verificam analfabetos, mas também universitários e até mesmo portadores de diplomas de pós-graduação. Segundo a Polícia Federal, até 2015 já tinham chega- do ao Brasil cerca de 65 mil haitianos. Porto Príncipe – Haiti, após o terremoto de 2010. © Sh ut te rs to ck /E di to ria l A rin da m ba ne rje e América do Sul Respeitando influência físicas e históricas, a América do Sul pode ser dividida em quatro grandes porções de países: os andinos, os platinos, os guianos e o Brasil. Mapa Político da América do Sul Divisão Regional M ar ilu d e So uz a Países Andinos Apesar de manterem identidade fisiográfica por meio da cordilheira dos Andes, não têm configuração geográfica semelhante. No território venezuelano, a cordilheira se estende pelo extremo oeste, chegando bem próxima ao litoral. A Colômbia, o Equador e o Peru são atravessados no sentido geral norte-sul no meio de seus territórios. A Bolívia tem a cordilheira se estenden- do por uma larga faixa na porção ocidental, e o Chile é atravessado por ela no extremo leste. Os três principais sistemas fluviais que drenam os países andinos são a bacia do rio Orinoco, que banha a Venezuela e deságua no oceano Atlântico, a bacia Ama- zônica, que drena com sua gigantesca rede de afluentes e subafluentes todos os países andinos, com exceção do Chile, além do Brasil e das Guianas, e a bacia do rioParaguai, que nasce no estado de Mato Grosso e banha Mato Grosso do Sul (Brasil), Bolívia, Paraguai e Argentina. 4 Semiextensivo População A população dos países andinos é complexa, com etnias indígenas, negras, brancas e descendentes de imi- grantes japoneses. Essa complexidade pode ser observada na estratificação social, em que os brancos descendentes de espanhóis constituem as classes mais altas e lideram as atividades econômicas. No Chile, apesar do predomínio de descendentes de espanhóis, é considerável a presença de descendentes de migrantes alemães, italianos, suíços, franceses, etc. É expressiva a presença da população ameríndia influenciando fortemente a formação sociocultural de to- dos esses países. Podem-se observar dois grandes grupos de etnias indígenas: • Nas regiões do planalto das Guianas na Venezuela e em porções da Amazônia nos territórios da Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, aparecem nações indígenas nômades, condicionadas ao sistema amazônico – cli- mas quentes e úmidos, floresta densa e riqueza fluvial. Suas atividades se concentram no extrativismo animal – caça e pesca – e em pequenas roças. • Na Amazônia Colombiana, vivem muitas etnias ame- ríndias que têm sido cooptadas pelos narcotraficantes para o cultivo da coca, principalmente por abandono socioeconômico dos governos e falta de uma reforma agrária mais eficiente que estimule a agricultura familiar. No altiplano andino, no Equador, no Peru, na Bolívia e, em menor efetivo, no extremo norte do Chile, a po- pulação ameríndia apresenta características de seden- tarismo condicionadas ao sistema do altiplano – climas com elevadas amplitudes térmicas, semiaridez e solo pedregoso. As atividades se relacionam com o cultivo de batatas, pequenos rebanhos de lhamas, alpacas e vicunhas, além de artesanato em lã. As nações indígenas do altiplano preservam até hoje seus usos e costumes, falando seus próprios dialetos, usando roupas típicas e determinando um sincretismo religioso, já que seus ritos e crenças são assimilados pelo catolicismo romano. O cultivo da coca é uma prática muito antiga entre esses povos, que a utilizam como planta medicinal que diminui o mal-estar causado pela altitude, o que dificul- ta a erradicação desse cultivo. Na Bolívia, a população indígena tem participado cada vez mais da política, tendo como presidente Evo Moralez, de etnia indígena. Ocorreu migração japonesa para o Peru e, devido à escravatura de etnias africanas, a presença de afro- descendentes é numerosa nos litorais do Equador, da Colômbia e da Venezuela. Os países andinos, excetuando-se o Chile, situam-se na primeira fase da transição demográfica, apresentam altas taxas de natalidade e redução das taxas de mor- talidade, ocasionando crescimento vegetativo elevado. A urbanização tem sido intensa devido ao êxodo ru- ral ocasionado pela mecanização da agricultura e, na Co- lômbia, devido à insegurança ocasionada pela presença de narcotraficantes das FARC (Forças Armadas Revolu- cionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional). Esses grupos, além de cobrarem “taxas de se- gurança”, confiscam bens e safras de produtores rurais e habitantes de pequenas aldeias e promovem sequestros para conseguirem dinheiro através do pagamento de resgate. Devido a esses fatores, associados a outros de ordem econômica e política, os problemas sociais como analfabetismo, fome e subnutrição aparecem em todos os países, excetuando-se o Chile. As etnias indígenas do altiplano apresentam características de sedentarismo, com rica cultura envolvendo arte, folclore, vesti- mentas e religião. Na foto, nativos em Puno–Peru. Ao contrário do almejado, na América Latina se pode afirmar que ocorreu uma “contrarreforma agrária”, que foi agregando áreas e riquezas cada vez maiores nas mãos de poucos, o que determinou a desagregação social, a deses- perança e a total exclusão social de enormes contingentes de pequenos produtores rurais, sem quaisquer possibili- dades de integração produtiva na economia formal. Em consequência, verificou-se a aglutinação desses mesmos contingentes – que se tornaram exilados em seus próprios países –, em torno das oportunidades oferecidas pelo narcotráfico. Economia A economia da América Andina é baseada na exporta- ção de commodities, o que a torna subordinada ao capi- talismo internacional. Os países que apresentam maiores dificuldades econômicas são o Equador e a Bolívia. © Sh ut te rs to ck /A m a D eu tx Aula 11 5Geografia 6B Extrativismo A atividade pesqueira é muito importante para o Peru, Chile e Equador. A extração e exportação de minerais é fundamental para a economia dos países andinos, como: petróleo (Ve- nezuela e Equador), estanho e gás natural (Bolívia), cobre (Chile) e nitratos (Chile e Peru). Exploração de cobre na mina de Chuquicamata, em Antofagasta – Chile. © Sh ut te rs to ck /C ic lo co Vários problemas atingem esse setor, como falta de capitais, rede de transporte deficiente, domínio da ativi- dade por multinacionais que influenciam e pressionam os governos, e políticas nacionalistas precipitadas, como no caso da Bolívia, que nacionalizou todas as atividades relacionadas à extração e exportação de gás natural. Agropecuária A agricultura andina não se modernizou, permane- cendo arcaica, excetuando-se algumas áreas do Chile, da Bolívia e da Venezuela, onde a mecanização é utili- zada para o cultivo de alguns produtos voltados para o mercado externo. A agricultura de subsistência é intensamente pratica- da para a produção de milho, batata e quinoa, principal- mente nos altiplanos. A agricultura comercial de exportação é realizada através de plantation, utilizando os solos mais férteis situados nas planícies litorâneas. As principais culturas tropicais são: café, cacau, algodão, banana e coca. Criação de lhamas e alpacas em Arequipa – Peru. O Chile apresenta condições climáticas que permi- tem culturas de clima temperado, como a vinha, o trigo, a beterraba e a fruticultura. A porção central do Chile é a mais populosa e a que apresenta a maior variedade de atividades econômicas. A Colômbia é grande exportadora de café e seu cultivo é feito nas vertentes da cordilheira dos Andes e no vale do rio Madalena. Na Bolívia, as principais áreas agrícolas são as yungas e os valles. Porém, nas últimas décadas, a cultura meca- nizada de soja tem se expandido no departamento de Santa Cruz. A pecuária apresenta bovinos na Venezuela, Colôm- bia e Bolívia; ovinos no Peru e Chile, e lhamas e alpacas no Equador, Bolívia e Peru. Indústria A atividade industrial é recente e se verifica geral- mente junto aos grandes centros urbanos. Como em todos os países subdesenvolvidos, é constituída predo- minantemente de indústrias extrativas relacionadas com o beneficiamento dos minérios e de bens de consumo, voltadas para a produção de alimentos. Os três países que apresentam a maior concentração industrial são o Chile, o Peru e a Venezuela, nos setores onde possuem abundantes matérias-primas minerais como siderurgia, química, petroquímica, ou naqueles que utilizam mão de obra barata e não qualificada, como o têxtil, a indústria pesqueira e o alimentício. © Sh ut te rs to ck /K se ni a Ra go zi na 6 Semiextensivo Venezuela Com a posse de Hugo Chávez como presidente desse país, em 1999, ocorreram mudanças radicais na economia e na sociedade venezuelana, como o maior controle estatal sobre as atividades petrolíferas. Com um discurso nacionalista baseado nos princípios de Simón Bolívar, Hugo Chávez afirmava que seu objetivo era unir toda a América do Sul em um único país. Com esse objetivo, desencadeou uma feroz oposição à presen- ça estadunidense no continente sul-americano, apesar de a Venezuela ter 70% de seu petróleo exportado para os Estados Unidos. Em sua política externa, foi um dos poucos países que apoiaram os projetos nucleares do Irã e auxiliaram de maneiraintensa, com a remessa de petróleo a custos abaixo do preço de mercado a países com dificuldades em suas balanças de pagamentos, como a Nicarágua e principalmente Cuba. Após o falecimento de Hugo Chávez em março de 2013, assumiu Nicolás Maduro, num cenário econômico bem adverso, com o preço do petróleo despencando. Des- sa maneira, a economia venezuelana passou a apresentar os clássicos problemas de países autoritários: escassez de produtos básicos, inflação e aumento da corrupção e da criminalidade. Colômbia Único país da América do Sul banhado pelos dois oceanos, apresenta uma configuração geográfica variada, com as planícies litorâneas na porção ocidental e seten- trional, planície Amazônica e a cordilheira dos Andes. Na América Latina, a partir dos anos 60 do século XX, vários movimentos revolucionários de esquerda surgiram e tomaram vulto com apoio de Cuba, da ex-URSS e da República Popular da China. Entre eles, na Colômbia, surgiram as FARC e o ELN, que tinha por objetivo tomar o poder e implantar uma república socialista. Paralelamente a esses grupos, o narcotráfico dominou grande parte do território da Colômbia. Formaram-se cartéis de controle da produção e do processamento da coca. Entre eles se destacava o cartel de Medellín, que foi durante muito tempo dominado pelo traficante Pablo Escobar. Com a sua morte, seu cartel perdeu força, mas surgiram outros como o atual cartel de Cali. Com a derrocada dos regimes socialistas, vários gru- pos de esquerda enfraqueceram, como as FARC e o ELN. Seu enfraquecimento também se deve à repressão por parte do governo colombiano, financiado pelos Estados Unidos. Ações conjuntas de vários países como os Estados Unidos, Reino Unido, etc., por meio de apoio logístico e financeiro ao governo colombiano, culminaram com a prisão de vários narcotraficantes. O enfraquecimento mútuo dos grupos paramilitares de ideologia socialista e do narcotráfico ocasionou a aproximação deles em ações conjuntas, com a finalidade de levantar fundos para a compra de armas, financiamento de ações paramilitares e industrialização e exportação da coca. Em consequência, várias cidades colombianas, como até a capital, Bogotá, passaram a ser cidades com altos níveis de criminalidade. A partir de 2016, após anos de várias tentativas de negociação entre o governo e as FARC, foi firmado um acordo de paz. As ações do narcotráfico e das FARC correspondem a uma preocupação constante do Brasil, uma vez que a Colômbia tem uma extensa fronteira com o estado do Amazonas, constituída de floresta densa, de difícil acesso, que pode facilitar a penetração de guerrilheiros e narco- traficantes no território nacional. Bolívia Após a eleição, em 2006, o presidente Evo Moralez, apoiado pelos “cocaleros” e pela população mais pobre da cordilheira dos Andes, com forte presença indígena, passou a adotar uma política populista nacionalista, desapropriando as instalações de multinacionais que ex- traíam e exportavam gás natural – inclusive a Petrobras –, ampliando a crise econômica e o desemprego no país. A estratégia do governo boliviano é estabelecer novos con- tratos de exploração pelas empresas estrangeiras dentro de critérios que atendam melhor aos interesses do país. Assim como ocorre em outros países, boa parte das atuais crises políticas bolivianas tem como causa o total desprezo das elites desse país pelas aspirações das classes econômicas menos abastadas, a falta de políticas sociais e a subordinação aos interesses econômicos estadunidenses. Bolívia Mar Há cerca de 130 anos, os bolivianos sonham em recuperar o seu litoral no oceano Pacífico. Enquanto isso, o país tem Marinha, que treina de maneira in- tensa no lago de Titicaca. Ao longo de sua existência, por meio de conflitos bélicos e tratados internacionais, teve seu território retalhado e mutilado, perdendo quase metade de seu território original para o Chile, a Argentina, o Peru e o Brasil. Porém nada mais traumatiza mais os bolivianos do que a perda do litoral. Em 2010, o presidente Evo Moralez e o ex-presi- dente peruano Alan Garcia assinaram um tratado de arrendamento, em que o Peru cede à Bolívia por 99 anos uma estreita faixa no litoral sul, isolada e desértica, de pouco menos de quatro quilômetros quadrados. Foi denominada de Bolívia Mar. Aula 11 7Geografia 6B Chile Apesar da tirania exercida pelo ex-ditador Augusto Pinochet, com milhares de assassinatos, sequestros e desaparecimento de cidadãos chilenos nos anos 70 e 80 do século XX, durante seu governo, foram implantadas reformas econômicas que resultaram num país moderno, com estabilidade econômica e desenvolvimento. As atividades econômicas do país se baseiam na extração e exportação de cobre, atividades pesqueiras, fruticultura, ovinocultura, vinicultura e serviços. A ilha de Páscoa, que geograficamente pertence à Oceania, é território chileno e se destaca pelas atividades turísticas. Denominadas moais, de origem controvertida, estátuas em pedra, na ilha de Páscoa América Platina É constituída por três países situados em grande parte na planície Platina e drenados pela bacia Platina, constituída pelos rios Uruguai, Paraguai e Paraná, que têm suas nascentes no Brasil. Grande parte do Centro-Sul do Brasil também é dre- nada pela bacia Platina. Porém, o Brasil não é considera- do um país platino, mas sim uma unidade independente da América do Sul. Argentina É o mais desenvolvido dos países platinos, com predomínio de população branca, descendente de espanhóis, italianos, alemães, suíços e eslavos. © Sh ut te rs to ck /A m y N ic ho le H ar ris Mapa político da América Platina. Ta lit a Ka th y Bo ra Seus indicadores sociais estão acima da média dos países sul-americanos. Apesar disso, apresenta condi- ções econômicas semelhantes às dos demais países sul-americanos, como dependência de capital estran- geiro, desemprego estrutural, falta de tecnologia, endividamento externo, indústria com máquinas e equipamentos ultrapassados e má distribuição de terras. A política externa argentina apresenta duas ques- tões polêmicas que até agora não foram solucionadas definitivamente, que são a posse das ilhas Falklands e o canal de Beagle. Ilhas Falklands Durante a ditadura militar argentina, seus dirigentes decidiram ocupar as ilhas Falklands, em 02 de abril de 1982, consideradas como território pertencente ao Reino Unido. Após algumas semanas de ocupação, as forças armadas argentinas foram expulsas das ilhas. Essa aventura resultou em mortes de jovens argentinos recrutados e precipitou o fim da ditadura argentina. Além disso, intensificou a crise econômica. Esse episódio passou para a história como a Guerra das Malvinas e, apesar do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, barcos e navios argen- tinos não podem se aproximar do arquipélago devido à imposição de uma área de exclusão imposta pelo Reino Unido, que mantém permanentemente barcos patru- lhas na área. 8 Semiextensivo Crise político-econômica Durante os mandatos da presidente Cristina Kirch- ner foi implantado um novo modelo macroeconômico, como a “renacionalização” e “reestatização” da empresa petrolífera YPF, que estava sob o controle da espanhola REPSOL, além de políticas sociais populistas que muito prejudicaram a economia argentina. Em 2015, foi eleito Mauricio Macri, que passou a reformular a política econômica argentina. Negociou com credores externos a dívida argentina, demitiu milhares de funcionários públicos comissionados e procurou estimular as exportações. A Argentina é uma das principais compradoras de produtos brasileiros, superior até mesmo aos Estados Unidos, e, com essas medidas, os exportadores brasi- leiros estão enfrentando dificuldades para manter suas vendas para esse país. Uruguai Assim como a Argentina, sua população é predomi- nantemente branca, descendente de europeus. Já foi considerado a “Suíça latino-americana”nos anos 50, devido a sua excelente situação socio- econômica. Porém, a partir da década de 60, com o considerável aumento da expectativa de vida, e com o consequente aumento do número de aposentados, deflagrou-se uma crise em sua economia e grupos revolucionários de ideologia de esquerda trouxeram muita instabilidade ao país. Na época, surgiu um grupo revolucionário armado, denominado Tupamaros, que serviu de modelo para outros grupos na América Lati- na. Após um golpe militar apoiado pela CIA, os militares uruguaios tomaram o poder, reprimindo de maneira violenta os grupos de esquerda. Assim como no Brasil, na Argentina, no Chile e no Paraguai, nos anos 60 e 70, ocorreram endividamento externo, desemprego, cen- sura prévia, desaparecimento de pessoas e desmanche da economia. Somente a partir dos anos 80 a economia uruguaia voltou a crescer. Os indicadores sociais estão acima da média dos países sul-americanos e a sua economia é atrelada à economia argentina e à brasileira, além de apoiada nas exportações de carne, lã, couro e trigo. Também se cul- tivam uva e arroz, sendo que boa parte da rizicultura é desenvolvida por empresários brasileiros. As indústrias mais importantes são as alimentícias e as têxteis, situadas na cidade de Montevidéu. O turismo também é muito importante para a economia uruguaia, com destaque para a cidade de Punta del Este, considerado o balneário mais importante da América Latina. Paraguai Mapa político do Paraguai Ta lit a Ka th y Bo ra Apesar de ser país platino, é bem contrastante com os dois outros: não tem litoral, sua população é composta em sua maioria por indígenas e mestiços, com crescimento vegetativo de 3,06%, predomínio de população rural e analfabetismo em torno de 18%. Juntamente com a Bolívia, constituem os únicos países que não têm litoral, o que dificulta suas impor- tações e exportações. O acesso paraguaio ao Atlântico é realizado por meio de um tratado com o Brasil, que permite a esse país utilizar um terminal marítimo no porto de Paranaguá (PR), e por intermédio do rio Para- guai – afluente do rio Paraná, que deságua no Atlântico pelo estuário do Prata. O rio Paraguai atravessa o meio do país no sentido norte-sul, dividindo-o em duas regiões: a região orien- tal – situada entre os rios Paraná e Paraguai, e a região ocidental. A região oriental nada mais é do que a extensão do planalto Arenito Basáltico. É a mais populosa, com as cidades de Assunção, Concepción e Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, a mais importante economi- camente, com solo de terra-roxa e clima chuvoso, que propiciam o cultivo de soja, algodão e menta, além da criação extensiva de gado bovino. A região ocidental compreende o Chaco, onde as atividades econômicas mais importantes são a extração de madeira, de quebracho e criação de gado. Aula 11 9Geografia 6B O Paraguai também tem como fonte de economia a exportação de energia elétrica para o Brasil e para a Argentina, através das hidrelétricas de Itaipu (Paraguai/ Brasil) e Corpus (Paraguai/Argentina). Vertedouro da hidrelétrica de Itaipu situada no rio Paraná Fo to s P úb lic as /It ai pu B in ac io na l/? Al ex an dr e M ar ch et ti A construção de Itaipu foi totalmente bancada pelo Brasil, sendo a geração dividida em 50% para cada um. Porém, por intermédio do acordo entre os dois países, o Paraguai se compromete a vender ao nosso país o excedente da energia não utilizada. Durante a ditadura do general Alfredo Stroessner, foi instituído um programa de incentivo à aquisição de terras paraguaias por brasileiros. Como consequência, a maior parte da produção agropecuária do país é realiza- da por brasileiros. Energia de Itaipu Assinado em 1973, o Tratado de Itaipu estabelece que cada país – Brasil e Paraguai – tem direito à metade da energia gerada pela usina. Como usa apenas 5% da quantidade a que teria direito, o Paraguai vende grande parte para o Brasil. Após alguns movimentos que procuravam sensibili- zar a população e políticos paraguaios a rever o contrato de venda da energia ao Brasil e elevar o seu preço, num encontro em julho de 2009, dos presidentes Fernando Lugo e Luiz Inácio Lula da Silva, foi revisto o acordo. Após a aprovação pelo Congresso Nacional Brasileiro, o Brasil passou a pagar três vezes mais pela energia, passando de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares anuais. Questão agrária Durante o governo do ditador Alfredo Stroessner, foram criados incentivos fiscais para os empresários brasileiros investirem em atividades agropecuárias no Paraguai. Com isso, muitos empresários adquiriram terras no país vizinho e passaram a criar gado e cultivar soja, milho, trigo, menta, etc. Como consequência, ocorreram muitos assenta- mentos de brasileiros (brasiguaios) que foram trabalhar em fazendas de brasileiros. Porém, com a redemocratização, surgiram alguns movimentos sociais de trabalhadores rurais paraguaios que passaram a desenvolver ações de invasões de propriedades de brasileiros com o objetivo de forçar o governo a desapropriar essas terras e promover a reforma agrária. Ainda ocorrem essas ações, porém com menor intensidade, após a deposição do presidente Fernando Lugo. MERCOSUL Por meio do Tratado de Assunção, assinado em 1991, surgiu o Mercado Comum do Cone Sul – MERCO- SUL, inicialmente formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai e pelo Paraguai. Posteriormente, como membros associados, ingressaram o Chile, o Peru e a Bolívia e, como membro efetivo, a Venezuela ingressou em julho de 2012. O México foi convidado, mas até o momento não ingressou. Após a II Guerra Mundial, surgiram duas associações econômicas: inicialmente a Associação Latino America- na de Livre Comércio – ALALC – que visava à constituição de uma zona de livre comércio, e mais tarde a Associação Latino Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio – ALADI –, que, com objetivos mais modestos, visava à criação progressiva de uma área de preferências comerciais. Essas duas organizações, que abrangiam praticamente todos os países latino-americanos, não conseguiram atingir seus objetivos iniciais, devido ao grande número de integrantes e pelas enormes diferen- ças socioeconômicas de seus integrantes. O MERCOSUL apresenta diferenças sensíveis em relação à ALALC e à ALADI. A atual concepção de inte- gração, vigente no MERCOSUL, abrange: • a criação de acordos voltados para a complementa- ção entre os países membros, de modo a produzir, inclusive, um aumento de sua competitividade em nível mundial, através de alianças; • quedas de barreiras alfandegárias, com a abolição gradativa das tarifas alfandegárias nas relações comerciais dentro do bloco, formando uma união aduaneira; • aplicação de uma tarifa externa comum (TEC) ao comércio externo do bloco; • livre circulação de mercadorias e capitais. 10 Semiextensivo Para evitar a competitividade desigual entre os componentes do MERCOSUL, a abertura de mercado deve ter salvaguardas, com a implementação de polí- ticas internas que assegurem o pleno funcionamento das relações econômicas. Por exemplo: a agricultura brasileira, no caso, trigo, cevada e frutas, corre o risco de ser prejudicada na competição com os mesmos pro- dutos cultivados no Uruguai e na Argentina, com custos mais baixos devido aos subsídios dados pelos governos desses países. Com a pecuária brasileira (carne, leite e derivados), pode ocorrer a mesma situação. O MERCOSUL contraria os interesses econômicos estadunidenses na América Latina. Por isso, sempre que possível, os EUA procuram boicotar o crescimento deste megabloco acenando sempre com acordos bilaterais. Ou seja, estimulam acordos econômicos entre Estados Unidos e Uruguai, Estados Unidos e Argentina, para en- fraquecer as trocas dentro do MERCOSUL, considerando que o mercado estadunidense é maior que o represen- tado pelos integrantes do bloco. A tentativa de instalar, conforme a configuraçãoesta- dunidense, a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), foi a maior prova do boicote ao MERCOSUL, pois reforçaria os laços de dependência econômica e tecnológica com os Estados Unidos, além de trazer mais desemprego aos in- tegrantes do MERCOSUL, uma vez que poucos setores da economia dos países dele integrantes teriam condições de competitividade com os produtos estadunidenses ou canadenses. Essa foi a razão pela qual o Brasil foi contrário à criação deste megabloco. Com a formação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), não haveria razão para a existência do MERCOSUL. Testes Assimilação 11.01. (PUCRS) – Responda à questão com base na leitura do mapa. O país destacado no mapa é o mais pobre do continente, tendo aproximadamente 80% da sua população vivendo abaixo da linha de pobreza. Seu nome é: a) Cuba. c) Nicarágua. e) Haiti. b) Guatemala. d) Jamaica. 11.02. (FMTM – MG) – Leia as afirmações: I. Foi o primeiro país da América a abolir a escravidão, em 1794. II. De 1957 a 1971, apresentou um dos regimes ditatoriais mais truculentos da história, baseado no terror da guarda pessoal do ditador. III. No início de 2004, teve início uma insurreição armada no norte do país, promovida por grupos rebeldes, que questionam a legitimidade da eleição do presidente. IV. Uma força de paz da ONU – a MINUSTAH – Missão de Estabilização da ONU – cujo atual comando é feito pelo Brasil, foi enviada para controlar a crise. V. Em 2004, o país obteve a pior colocação em IDH na América e está entre os últimos do mundo. As afirmações referem-se ao seguinte país: a) Cuba. b) Haiti. c) Bolívia. d) Venezuela. e) Guatemala. 11.03. (UDESC) – A extração de minérios pesa na economia de vários países da América do Sul. Assinale a alternativa que apresenta os maiores produtores de ferro da América Latina. a) Bolívia e Argentina. b) Colômbia e Equador. c) Brasil e Venezuela. d) Argentina e Peru. e) Brasil e Uruguai. 11.04. (UFMS) – A FARC – autodenominada Forças Armadas Revolucionárias – é, para alguns, um grupo revolucionário que luta pela mudança do poder e, para outros, um grupo de terroristas e sequestradores. Esse movimento ocorre em que país vizinho do Brasil e com qual estado membro brasileiro ele faz fronteira? a) Venezuela, fronteira com o Amazonas; b) Guiana, fronteira com Roraima; c) Colômbia, fronteira com o Pará; d) Colômbia, fronteira com Roraima; e) Colômbia, fronteira com o Amazonas. Aula 11 11Geografia 6B 11.05. (ESPM – SP) – O canal do Panamá, que liga o oceano Atlân tico (através do mar do Caribe) ao oceano Pacífico, completou, em 2014, cem anos. Em 1878, o francês Ferdinand de Lesseps, construtor do canal de Suez, obteve da Co lômbia, a quem a região pertencia naquela época, permissão para realizar a obra. Os trabalhos foram iniciados em 1880 e foram interrompidos quatro anos depois pela fa lência da empresa construtora. O presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, demonstrou interesse, em 1903, em termi- nar o projeto. Como o Senado colombiano se opunha ao projeto, os norte-americanos instigaram o movimento de independência do Panamá contra a Colômbia. Com a independência do Panamá, o gover no panamenho concedeu aos EUA o direito de completar a obra e controlar a zona do canal e os lucros gerados. O canal do Panamá atualmente funciona sob o controle: a) dos EUA. b) do Panamá. c) da Colômbia. d) de parceria EUA – Panamá. e) de parceria EUA – Panamá – Colômbia. 11.06. (UEPG – PR) – Sobre a divisão política da América do Sul e algumas de suas características gerais, assinale o que for correto. 01) O continente tem doze países independentes e vários territórios insulares. A Guiana Francesa é um departamento ultramarino francês. 02) A Ilha da Páscoa, no oceano Pacífico, faz parte do Chile, as Ilhas Galápagos pertencem ao Equador, e as Ilhas Malvinas são uma colônia britânica reivindi- cada pela Argentina. 04) As cidades da América do Sul concentram-se ao longo do litoral, e a Ama- zônia, o sul do continente e as altas montanhas são regiões relativamente desabitadas. Dentre as maiores cidades, destacam-se São Paulo, Buenos Aires, Lima, Bogotá, Rio de Janeiro e Santiago. 08) Os países sul-americanos estão entre os mais urbanizados do mundo, e apro- ximadamente 75% das pessoas vivem em áreas urbanas. Aperfeiçoamento 11.07. (PUCMG) – O canal do Panamá, obra monumental da engenharia por onde passam 5% do comércio marítimo mundial, completou 100 anos no dia 15 de agosto de 2014. No mesmo dia do mês de agosto de 1914, um barco cruzava pela primeira vez a rota de 80 km na parte mais estreita da América, realizando o velho sonho de unir os oceanos Pacífico e Atlântico. A imagem retrata a construção das eclusas do canal do Panamá, no ano de 1912. Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/08/canal-do-panama-completa-100-anos-em- expansao-veja-imagens-historicas.html Sobre o canal do Panamá, todas as afir- mativas abaixo são corretas, EXCETO: a) A obra de construção do canal foi iniciada pelos franceses em 1881. A obra fracassou por problemas finan- ceiros e pela ocorrência de doenças tropicais, que mataram mais de 20 mil trabalhadores. b) Percebendo a importância estratégi- ca da obra de construção do canal, os Estados Unidos incentivaram a separação do Panamá, que integrava a nação colombiana. Desta forma, receberam o aval do novo governo para assumir as obras do canal. c) O canal do Panamá, concluído pelos Estados Unidos em 1914, tornou-se uma área estratégica para a hege- monia americana na região, tanto do ponto de vista militar quanto estratégico. Em virtude disso, a ad- ministração do canal foi assumida pelos norte-americanos. d) Em razão de sua importância estraté- gica, tanto econômica como militar, o canal do Panamá continua, até a atualidade, sob a administração dos Estados Unidos, apesar das pressões exercidas pelo governo panamenho. 11.08. (UNESP – SP) – Observe o mapa, que destaca seis países localiza- dos na porção ocidental do continente sul-americano. Esses países possuem, como caracte- rísticas comuns, a presença de: a) cordilheira dos Andes; população com baixo a médio padrão de vida e crescimento vegetativo em declínio; predomínio de mestiços e indígenas; 12 Semiextensivo b) grandes planícies litorâneas; população com alto padrão de vida e baixo crescimento vegetativo; predomínio de negros e mulatos; c) elevados planaltos centrais; população com baixo padrão de vida e baixo crescimento vegetativo; predomínio de brancos de origem europeia; d) cordilheira dos Andes; população com alto padrão de vida e alto crescimento vegetativo; predomínio de índios e brancos; e) cordilheira dos Andes; população com alto padrão de vida e elevado crescimento vegetativo; predomínio de brancos e negros. 11.09. (MACK – SP) – A charge faz referência a) à manutenção do embargo econômico imposto pelos EUA a Cuba desde 1961. b) ao controle militar que os EUA exercem sobre todo o território cubano desde 1961. c) ao fracasso das mudanças em Cuba, que resultaram na ampla abertura econômica e na volta da democracia, com a eleição direta de Raúl Castro. d) à aliança entre os EUA e Cuba, agora sob o comando de Raúl Castro, para o combate à pobreza na ilha. e) ao isolamento que a Organização dos Estados America- nos, OEA, impôs a Cuba, recentemente, para pressionar a volta da democracia. 11.10. (IFSC) – Analise as afirmações sobre a situação política e econômica atual dos países latino-americanos e marque a soma da(s) proposição(ões) correta(s). 01) Com a deposição do presidente Nicolás Maduro, após uma sucessão de revoltas estudantis, a Venezuela ele- geu Federico Franco como novo presidente, em dezem- bro de 2014. 02) A Cúpula das Américas, realizada no Panamá, contou pela primeira vez com a presença do presidente Raúl Castro e marcou simbolicamente a reaproximação e retomada das relações bilaterais entreCuba e os Estados Unidos. 04) A queda no preço internacional do petróleo, no início de 2015, apresentou-se como cenário econômico des- favorável a países como a Venezuela, onde esse recurso natural corresponde a importante fatia das receitas de exportação. 08) Após mais de um século sob o domínio inglês, a Ilha das Malvinas foi devolvida à Argentina depois de um plebiscito que confirmou a vontade da população local de se tornar independente em relação à Inglaterra. 16) A negociação para o fim dos conflitos com as Forças Ar- madas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foi um dos assuntos tratados na Cúpula das Américas. 11.11. (UECE) – Tratando-se da América Latina, a geo- grafia brasileira tem se correlacionado, nos últimos anos, muito de perto com um dos países vizinhos, através dos seguintes fatos: I. Assentamento de brasileiros em seu território. II. Tratado de Itaipu. III. Fluxo migratório de pequenos comerciantes. Esses fatos dizem respeito às relações do Brasil com o (a): a) Argentina b) Equador c) Uruguai d) Paraguai 11.12. (UERJ) – A capa da revista ilustra mudanças políticas na tradicional relação entre os Estados latino-americanos, antes aliados na busca de maior autonomia. Uma dessas mudanças pode ser exemplificada por: a) estatização dos recursos naturais da Bolívia. b) implementação da política livre-cambista da Argentina. c) ampliação do movimento de privatizações na economia da Venezuela. d) incorporação do socialismo cubano ao projeto naciona- lista da Colômbia. Aprofundamento 11.13. (FDV – ES) – “O aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas reacendeu a memória de um conflito que di- vide até hoje argentinos e britânicos. Em fevereiro (2012), Aula 11 13Geografia 6B o governo argentino pediu a reabertura de negociações sobre a soberania das ilhas e acusou o Reino Unido de militarizar a área após o envio de um navio britânico”. Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticias/2012/04/ entenda-guerra-das-malvinas.html. Acesso em: 5 jul. 2012. Disponível em: http://contextoshistóricos.blogspot.com. br/2012/04/pio-penna-filho-comenta-os-30-anos. Acesso em: 5 jul. 2012 Sobre o assunto em destaque, assinale a afirmativa correta. a) A possibilidade de existência de petróleo está tornando as Malvinas alvo de interesses econômicos. b) As Malvinas estão localizadas dentro das águas territoriais argentinas. c) O governo argentino deseja garantir a exploração de petróleo nas ilhas, sem interesses políticos. d) O governo britânico visa resgatar o seu poder geopolítico no hemisfério Sul, invadindo territórios como os das ilhas. e) Os moradores das Malvinas já afirmaram, várias vezes, o desejo de se tornarem cidadãos argentinos. 11.14. (IFBA) – MERCOSUL debaterá espionagem e segurança da internet No momento em que novas denúncias de espio- nagem foram trazidas a público (...), dessa vez envol- vendo quebra de sigilo das comunicações de e-mail, SMS, chamadas telefônicas e até mesmo navegação na Internet da Presidente Dilma Rousseff e seus assessores diretos, os ministros do Interior – o equivalente à Casa Civil no Brasil – e da Justiça dos países que compõem o MERCOSUL e outros associados ao bloco se preparam para discutir as denúncias de espionagem e a segurança da Internet. Os ministros dos países membros e associados se reunirão no dia 8 de novembro, nas Ilhas Margarita, na Venezuela, e debaterão também outras questões, como fluxos migratórios, jogos de futebol, delitos ci- bernéticos e integração de dados entre os países do bloco. Disponível em http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/ MERCOSULdebatera-espionagem-e-seguranca-da-internet. (adaptado). Acesso em: 09 de setembro de 2013. Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o MERCOSUL, analise as sentenças abaixo: I. Atualmente, o MERCOSUL é formado por quatro países membros: Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela. Em 2012, o Paraguai foi expulso devido ao processo de impeachment do presidente Fernando Lugo. II. As reuniões do MERCOSUL, além de tratarem de questões comerciais, também são voltadas para temas das esferas política, cultural e esportiva, o que demonstra o objetivo de integração entre os países membros. III. Atualmente, o bloco se classifica como um mercado comum, depois de ter passado pelos estágios de união aduaneira e de área de livre comércio. Esse atual estágio é caracterizado pela livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais. IV. Esse bloco econômico foi criado com a assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, por Argentina, Brasil, Pa- raguai e Uruguai. Com isso, objetivavam a integração dos quatro Estados membros por meio do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC). Estão corretas apenas as alternativas a) I e II. d) I, II e IV. b) I e IV. e) II, III e IV. c) II e IV. 11.15. (UNIFENAS – MG) – Analise a charge a seguir: Disponível em: www.operamundi.uol.com.br/charge/carloslatuff. Acesso em 26.jun.2016 A ideia contida na representação do conteúdo da charge do cartunista e ativista Carlos Latuff está relacionada a) ao acordo de paz entre as forças revolucionárias do Estado Islâmico e as forças leais ao governo de Bashar al Assad. b) ao fim do conflito armado na Turquia entre as forças curdas e o presidente Recep Tayyip Erdoğan c) ao acordo de cessar-fogo definitivo entre as Forças Ar- madas Revolucionárias da Colômbia (FARCs) e o governo colombiano, Juan Manuel Santos, assinado em junho, após mais de 50 anos de combates no país. d) ao Tratado de Paz Perpétua entre sunitas, xiitas e curdos no Iraque com o governo de Fuad Masum. e) ao fim das hostilidades entre o exército grego e os refu- giados sírios e afegãos que entram ilegalmente no país, fugindo da onda de violência generalizada contras os cristãos que residem na Síria e no Afeganistão. 14 Semiextensivo 11.16. (FGV – SP) – A Venezuela tem enfrentado momen- tos de tensão desde o início de fevereiro, com protestos de estudantes e opositores contra o governo. A situação se agravou em 12 de fevereiro, quando uma manifesta- ção contra o presidente Nicolás Maduro terminou com três mortos e mais de 20 feridos. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/02/entenda- os-protestos-na-venezuela.html, acesso em 24/03/2014. Sobre a tensão na Venezuela, é correto afirmar: a) O presidente Maduro não foi eleito pelo voto popular, tendo assumido interinamente o poder após a morte de Hugo Chávez e se mantendo no cargo de forma autoritária. b) A crise venezuelana, fonte das tensões mencionadas, tem sua origem no esgotamento das reservas de petróleo que sustentaram a economia venezuelana durante décadas. c) Entre as principais motivações dos manifestantes que participaram dos protestos, figuram a insegurança social, as altas taxas de inflação e a escassez de produtos básicos. d) Apesar dos protestos, o presidente Maduro recusou a oferta da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) no sentido de mediar o diálogo com diferentes setores da sociedade nacional. e) Desde o início dos protestos, o governo do presidente Maduro proibiu a circulação de todos os jornais impressos controlados pela oposição, numa clara violação à Carta Democrática Interamericana. 11.17. (FPP – PR) – “Sempre quisemos ir para Cuba, e antes de o McDonald’s chegar por lá”, disse antes de embarcar Joe Dillard, aposentado, que fez a viagem com sua mulher, Doral. O casal expressou uma preocupação recorrente entre outros turistas americanos: que a ilha poderá em breve perder sua “autenticidade” conforme as relações com os EUA melhorarem. Fonte: Adaptado de: Pela primeira vez desde 1959, cruzeiro faz rota entre EUA e Cuba. Folha de São Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ mundo/2016/05/1766737-pela-primeira-vez-desde-1959-cruzeiro-faz-rota-entre- eua-e-cuba.shtml>. Acesso em: 11 mai. 2016. O trecho da reportagem e as mudanças em trânsito na ilha latino-americana refletem a) a preocupaçãodos turistas com a elevação dos preços provocada pelo turismo de massa e a transição do regime cubano para a iniciativa privada e liberdade política. b) a abertura política, a gradual participação popular nos assuntos governamentais e a liberdade de expressão constatada pelos turistas no território cubano. c) que Cuba se transforma em uma nova China, onde a população vive sob a tutela do regime socialista e a eco- nomia é regulada pelo mercado internacional, o chamado “socialismo chinês”. d) as recentes transformações no projeto socialista cubano, as quais sinalizam para uma maior liberalização da eco- nomia, sem abrir mão do planejamento e do controle estatal, e o receio da possível padronização cultural de um mundo globalizado. e) a “atualização do socialismo” proposta pelo governo cubano por meio da internacionalização do mercado, legalização da propriedade privada e adoção de medidas que garantem democratização partidária. 11.18. (UNESP – SP) – Observe o gráfico sobre a participa- ção do açúcar e do turismo na economia cubana e assinale a alternativa que justifica as causas da evolução dos dois produtos representados. 20001999199819971996199519941993199219911990 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000 3 500 4 000 4 500 4 313,8 1 333,1 1 948,2 976,3 327,4 452,6 Turismo PARTICIPAÇÃO DO AÇÚCAR E DO TURISMO NA ECONOMIA DE CUBA (EM US$ MILHÕES) Açúcar (Escritório Nacional de Estatística de Cuba, 2001.) a) Grave crise econômica após a extinção da URSS; parceria com grandes redes hoteleiras europeias; riqueza em recursos paisagísticos. b) Substituição da cana-de-açúcar por outros produtos agrícolas; parceria com redes hoteleiras asiáticas; riqueza em recursos minerais. c) Desenvolvimento da pecuária de corte; parceria com redes hoteleiras japonesas; riqueza em recursos marinhos. d) Grave crise econômica após a extinção da CEI; parceria com redes hoteleiras tailandesas; riqueza em recursos pedológicos. e) Grave crise econômica após a extinção da Rússia; parceria com redes hoteleiras mexicanas; riqueza em recursos pesqueiros. Aula 11 15Geografia 6B Discursivos 11.19. (FUVEST – SP) – Leia este texto e responda ao que se pede. Em operação militar aeronaval, que se estendeu pela madrugada de quinta-feira e pela manhã de ontem, fuzileiros navais e soldados do Exército argentino ocuparam as Ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses), a Geórgia e Sandwich do Sul, pondo fim, de forma abrupta, a negociações diplomáticas que vinham sendo mantidas nos últimos dias entre os dois países. O presidente argentino, general Leopoldo Galtieri, justifi- cou a invasão afirmando que o Reino Unido se havia apossado desses territórios “por meios predatórios”. E acrescentou que “a Argentina não se curvará diante de um desenvolvimento intimidador das Forças Armadas britânicas, que estão ameaçando com um uso indiscriminado da força”. Em meio ao clima de euforia que tomou conta do país, após o sucesso da operação de ocupação das Malvinas, Galtieri anunciou uma medida excepcional: foram postas em liberdade todas as 107 pessoas detidas durante um recente ato de protesto da Confederação Geral do Trabalho. O Estado de S. Paulo, 03/04/1982. Adaptado. a) Caracterize o regime político vigente na Argentina à época em que ocorreu o conflito com o Reino Unido (meses de abril a junho de 1982). b) Indique duas mudanças – uma de natureza política e uma de natureza econômica – provocadas pela derrota da Argentina nessa guerra. c) Levando em conta que, além de outras motivações, a guerra a que se refere o texto implicou também aspectos geopolíticos, discorra sobre a importância estratégica das ilhas envolvidas nesse conflito. 16 Semiextensivo 11.20. (UFRRJ) – Leia o texto e responda. A divisão do mundo em Estados Nacionais, com fronteiras, moedas e alfândegas, cria barreiras para a livre cir- culação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas. Embora não seja recente, a tendência de regionalização do mundo em blocos econômicos acentuou-se no início da década de 1990, coincidindo com o fim da Guerra Fria e a emergência da globalização. Adap. MOREIRA, J. C. e SENE, E. “Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002. p. 360. Tendo em vista que o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um dos blocos econômicos regionais, cite: a) Três países que fazem parte desse bloco. b) Duas características que o diferenciam dos demais blocos econômicos. Gabarito 11.01. e 11.02. b 11.03. c 11.04. e 11.05. b 11.06. 15 (01, 02, 04, 08) 11.07. d 11.08. a 11.09. a 11.10. 22 (02, 04, 16) 11.11. d 11.12. a 11.13. a 11.14. c 11.15. c 11.16. c 11.17. d 11.18. a 11.19. a) O regime vigente na Argentina à época em que ocorreu o conflito com o Reino Unido (meses de abril a junho de 1982) era ditadura mili- tar, com forte repressão e milhares de presos políticos, dos quais muitos desapareceram. b) Com a derrota da Argentina, o regi- me militar saiu do poder dando lugar a um processo de redemocratização e foi pedida a moratória da dívida do país. Também foram feitas mudanças na economia, como a substituição do peso pelo austral, que mais tarde foi deixado de lado e o peso voltou a ser a moeda oficial. c) As ilhas Falklands são estratégicas porque estão situadas nas proximi- dades do extremo sul da América do Sul, por onde o trânsito de navios é intenso. 11.20. a) Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai (países associados: Bolívia e Chile). b) Zona de livre comércio (grande par- cela das mercadorias produzidas nos 4 países pode ser comercializada in- ternamente sem a cobrança de tari- fas de importação). União aduaneira (padronização das tarifas externas para inúmeras mer- cadorias). 17Geografia 6B Geografia 6BAula 12 Ásia I Aspecto da cidade velha de Jerusalém. O edifício com a cúpula dourada é o Domo da Rocha, obra do Século VII, considerado sítio sagrado pelos islâmicos e patrimônio da humanidade pela ONU (UNESCO) © Pi xa ba y/ 69 61 88 Alcorão ou Corão: livro sagrado dos islâmicos. Caaba: construção cúbica de 15,24 metros de altura, cercada por muros de 10,67 metros e 12,19 metros de altura. Nela se acha fixada a “Pedra Negra”, que se constitui numa das relíquias mais sagradas dos muçulmanos (seguidores da doutrina islâmica). Crescente Fértil: faixa de terras férteis no meio de desertos, irrigadas pelos rios Tigre, Eufrates, Jordão e Nilo, ocupadas desde os primórdios da civilização. Estende-se em forma de arco crescente. O arco superior vai da foz do Chat-el-Arab (Tigre e Eufrates) até a foz do rio Nilo. O arco inferior vai da foz do Chat-el-Arab, tangenciando o extremo sul da península do Sinai e se estendendo até o curso médio do rio Nilo. Abrange parte da planície da Mesopotâmia (Iraque), Arábia Saudita, Jordânia, Israel e Egito. Fatah: é o Movimento de Libertação Nacional da Palestina. Também denominado de Al-Fatah, é uma organização política e militar, fundada em 1959 pelo engenheiro Yasser Arafat (1929-2004) e por Khalil al-Wazir (Abu Jihad) (1935-1988), entre outros. É essencialmente nacionalista, com um passado de atos terroristas. Porém, abandonou o terrorismo e atualmente é menos radical que o Hamas e prega a reconciliação entre palestinos e israelenses. Essa é uma das principais razões de sua aceitação internacional. Hamas: é o Movimento de Resistência Islâmica e foi criado em 1987 com o consentimento de Israel, que via no Hamas um movimento de assistência social capaz de enfraquecer a liderança de Yasser Arafat. O Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2006, após a retirada unilateral de Israel de Gaza, em 2005. É um movimento que luta pela formação do Estado Independente da Palestina e se opõe à existência do Estado de Israel. Hezbollah (Partido de Deus): financiado pelo Irã desde os anos 80 do século XX, é uma organização libanesa que abrange atividades políticas e militares. Defende a criação de um estado islâmico no Líbano. Já promoveu vários atentados em diversospaíses. Mesopotâmia: região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, no Iraque. Conceitos básicos 18 Semiextensivo Palestina: denominação dada à Terra de Israel pelo Império Romano. Situa-se entre o mar Mediterrâneo o mar Morto e o rio Jordão. É uma área que abriga o Sul do Líbano, Israel, Jordânia e os territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Primavera Árabe: protestos populares organizados e disseminados com o auxílio das redes sociais, em vários países árabes situados no Oriente Médio e no norte da África. Essas manifestações criaram focos de resistência que conseguiram depor dirigentes opressivos que se mantinham no poder há muitos anos. Entre os ditadores depostos se destacam Hosni Mubarak, do Egito, Muamar Gadafi, da Líbia, e Ben Ali, da Tunísia. Outros dirigentes como Bashar al-Assad, da Síria, estão no poder, mas enfrentando movimentos de revolta. Ramadã: nono mês do calendário muçulmano, quando os fiéis jejuam durante o dia. Em 2017, o Ramadã ocorreu entre 26 de maio e 24 de junho. Salah: orações e meditações que os muçulmanos devem realizar cinco vezes por dia. Sharia: código de leis do islamismo que, em vários países islâmicos, é a base fundamental para a elaboração das leis. Sunitas: juntamente com os xiitas, integram os dois principais grupos do Islã. Os sunitas se consideram o ramo ortodoxo do Islã. Formam o grupo majoritário: entre 85% e 90% dos muçulmanos do mundo são sunitas. Eles veneram todos os profetas mencionados no Corão, mas Maomé é sempre a figura central. Acatam a autoridade do estado. Surata: subdivisão do Alcorão que corresponde a capítulos. União dos Emirados Árabes: também denominada de Emirados Árabes Unidos, constitui-se numa confederação de sete emirados: Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah. Xiitas: apesar de serem interpretados como fundamentalistas radicais, em muitos aspectos são mais liberais que os sunitas. Com um forte elemento messiânico, seus clérigos praticam uma interpretação independente e mutável dos textos islâmicos. Os xiitas somam cerca de 170 milhões de seguidores e são maioria no Irã, Iraque, Bahrein e Iêmen. Têm grandes comunidades também no Afeganistão, Índia, Paquistão, Azerbaijão, Índia, Kuwait, Líbano, Catar, Síria, Turquia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Ásia Ocidental Ta lit a Ka th y Bo ra Ásia Ocidental – político Aula 12 19Geografia 6B Introdução O continente asiático pode ser subdividido ba- seando-se em seus aspectos naturais ou geográficos, além de conceitos de geopolítica, como a presença das potências ocidentais, como a do Império Britânico, até meados do século XX. O continente asiático é o mais populoso e o maior em superfície, com 44 milhões de km². Não só sua paisagem fisiográfica é complexa como seu espaço geo- gráfico, ou seja, o espaço produzido pelo ser humano. Pode-se afirmar que a Ásia é o berço das religiões como o judaísmo, o islamismo, o cristianismo, o zoroastrismo, o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, o confucionismo e o zen-budismo. Sua história é marcada por guerras de conquistas, subjugação de etnias com a imposição de preceitos religiosos e cobranças de tributos. Com esse cenário tão adverso, é fácil compreender os conflitos até hoje existentes, que motivam guerras, atentados terroristas e movimentos separatistas. A importância da Ásia Ocidental vem desde a An- tiguidade, principalmente pelo contato entre a Ásia, a Europa e a África. Os estreitos de Bósforo e Dardanelos, que ligam os mares Mediterrâneo e o Negro, através do mar de Mármara, o canal de Suez, que liga o Mediterrâ- neo ao mar Vermelho, e o estreito de Ormuz, que liga o golfo Pérsico ao oceano Índico, estão entre as áreas mais estratégicas do mundo, o que explica as grandes tensões políticas e militares sobre elas. Historicamente, a Ásia Ocidental recebeu várias denominações e subdivisões. A expressão Oriente era usada para designar os territórios sob dominação otomana, no século XIX. Porém, com o avanço da civi- lização europeia na China, no final do século XIX, surgiu o conceito de Extremo Oriente, para designar a China, o Japão e a Coreia, e o então Oriente passou a ser deno- minado de Oriente Próximo. No início do século XX, com a expansão do Império Britânico, os ingleses passaram a designar Oriente Médio toda a região asiática situada entre o mar Vermelho e o Vice-Reinado das Índias. Após a Primeira Guerra Mundial e a queda do império otomano, estendeu-se esse conceito de Oriente Médio ao conjun- to dos países árabes, esvaziando, assim, o termo Oriente Próximo. Até mesmo publicações da Organização das Nações Unidas – ONU – e de suas agências trazem como “Oriente Médio todos os países árabes formando um vasto território regional que se estende do Marrocos (África Setentrional) ao Paquistão.” Nessa região, o acesso à água é complexo, criando fortes tensões sociopolíticas. Devido às condições cli- máticas, a posse de nascentes de rios e seus cursos são fundamentais e considerados estratégicos. Ao longo de todo o século XX, para não se estender mais para o passado, o mundo islâmico tem vivido conflitos de origem política, religiosa e econômica, com governantes ditatoriais que, para se manterem no poder, aliam-se a grupos religiosos islâmicos sunitas ou xiitas que têm como objetivo criar países totalmente governados pelos princípios do Alcorão. A negação da separação entre o Estado e a religião se traduz no estabelecimento de um rígido controle moral sobre o conjunto da população, que vive um dilema, ao ter conhecimento, através da Internet e da televisão, da liberdade que impera nos países cristãos. Atualmente, com o auxílio das redes sociais, os protestos populares se organizaram e criaram focos de resistência que conseguiram depor dirigentes opres- sivos que se mantinham no poder há muitos anos. É o caso da Tunísia, no norte da África, e do Egito, que se situa em sua maior parte no continente africano. Também no Iêmen, na Turquia e na Jordânia, os movi- mentos populares lutam para depor seus respectivos dirigentes. Turquia e Chipre – político Ta lit a Ka th y Bo ra A Turquia é um país que se situa parte na Ásia, parte na Europa e tem aspirações de integrar a União Europeia. Porém sofre restrições decorrentes da presença dos curdos e por ser um país de maioria islâmica, enquanto a União Europeia é predominantemente cristã. A ilha de Chipre é dividida por meio da Linha Verde e patrulhada pelas tropas das Nações Unidas. A República do Chipre compreende a porção meridional e integra a União Europeia. A porção norte se constitui na República Turca do Norte de Chipre, e não é reco- nhecida pela ONU. 20 Semiextensivo Oriente Próximo Ta lit a Ka th y Bo ra Oriente Próximo – político Síria Com 185.180 km2, o território sírio possui litoral com o mar Mediterrâneo, clima predominantemente desértico e é rico em petróleo – principal fonte de ren- da (sendo ainda importantes a agricultura e o turismo). A história da Síria é complexa, registrando momen- tos sob influência turco-otomana, inglesa, francesa e da URSS. Em 1970 o general Hafiz al-Assad, através de um golpe militar, assumiu o poder. Hafiz faleceu em 2000, sendo sucedido pelo filho Bashar. No sudoeste da Síria, estão as Colinas de Golã, área de terras férteis e das nascentes da bacia do rio Jordão. A região de Golã está sob domínio do estado israelense desde 1967 (Guerra dos Seis Dias). A guerra opõe muçulmanos alauitas (que apoiam o regime do ditador Bashar al-Assad) e sunitas (ligados ao Exército Livre da Síria – ELS e ao Estado Islâmico). Bashar al-Assad intimida a população com res- trições político-econômicas, o uso de força militar convencional e até de armas químicas. Recebe ajuda do Irã, da Rússia e da China (os dois últimos vetam a condenação de Bashar al-Assad no Conselho de Segu- rança da ONU). A Turquia declarou que atacará a Síria se o conflito adentrar seu território,temendo o fortalecimento dos curdos, e não aceita mais refugiados. Israel (que controla parte do território sírio – as Colinas de Golã) atacou a Síria para destruir armamentos doados pelo Irã (incluin- do uma estrutura nuclear). Após o ataque químico de agosto de 2013, em que morreram 1 400 pessoas (mais da metade crianças), os EUA (com apoio do Presidente Barack Obama e do Congresso Federal) manifestaram o desejo de pro- mover um ataque aéreo à Síria. Mas, diante da falta de apoio dos aliados europeus, o plano foi adiado. A Rússia então negociou com o regime de Assad, que prometeu suspender o uso de armas químicas, entregar uma relação do arsenal e destruí-lo. Em abril de 2017, outro ataque químico matou mais de 80 pessoas. O uso de armas químicas foi duramente condenado pela ONU. Bashar al-Assad alega que o ataque partiu dos rebeldes contrários ao seu governo. Novamente a China e a Rússia vetaram sanções à Síria e, numa ação unilate- ral, o presidente Donald Trump ordenou que a base área síria de Shayrat fosse atacada com mísseis Tomahawk estadunidenses. A proibição do uso de armas químicas foi deter- minada pelo Protocolo de Genebra, de 1925. Na Síria, o principal gás usado nos ataques foi o sarin, que afeta o sistema nervoso e respiratório. O gás sarin é considerado pela ONU uma arma de destruição em massa. Curdos Os curdos correspondem à maior nação do mundo sem território próprio. Vivem em seis países, porém a maioria deles está na Turquia, onde, em geral, sofrem discriminação, não usufruem direitos políticos e têm provocado tensões. São até mesmo um dos motivos da restrição à inclusão turca na União Europeia. Ta lit a Ka th y Bo ra Região Curda Os curdos possuem um exército que luta pela in- dependência do “curdistão“, a força Peshmerga. Aula 12 21Geografia 6B de Jerusalém (considerada capital do Estado judeu por Israel e cidade internacional pela ONU). Com a retirada de Israel da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, foi criada a Autoridade Nacional Palestina – ANP, responsável pelo governo palestino nessas áreas. Após a morte de Yasser Arafat, a ANP sofreu uma cisão entre os membros da Fatah e do Hamas, que é radical, e passou a afirmar abertamente que almeja a destruição de Israel e não aceita nenhum tipo de diálogo. Em 2006, o Hamas ganhou as eleições parlamentares em Gaza. Alguns meses após, houve uma guerra civil en- tre as duas dissidências. As duas facções não conseguem coordenar suas ações, o que fragiliza suas posições em negociações com Israel. Na prática, a Fatah domina a Cisjordânia; o Hamas, a Faixa de Gaza. Região Arábica Região arábica – político Ta lit a Ka th y Bo ra Abrange a Arábia Saudita, que é um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região, Iêmen, Omã, União dos Emirados Árabes, Qatar, Bahrein e Kuwait. Na Arábia Saudita, situa-se a cidade de Meca, com a mesquita de Al Masjid Al-Haram, considerada pelos muçulmanos como o lugar mais sagrado do mundo, que tem ao centro a Caaba. O Iêmen é acusado de ser um país que abriga mem- bros da Al Qaeda e de ter centros de treinamento dessa organização. Israel e a questão palestina Ao longo de todo o século XX, os conflitos entre pa- lestinos e israelenses foram ganhando mais importância na opinião pública mundial, à medida que os palestinos passaram a ser vistos como refugiados dentro de sua própria pátria. Em 1947, a ONU, através da resolução 181, optou por fazer uma partilha da Palestina, dividindo-a em um esta- do judeu e um estado palestino. Porém os países árabes não aceitaram a criação do Estado de Israel e tampouco os palestinos aceitaram a criação do Estado Palestino, que foi repartido entre Israel, Egito e Jordânia. Ta lit a Ka th y Bo ra Palestina – político Apesar do apoio dos países árabes à causa palestina, justificado pelo islamismo, nenhum dos países árabes viu os palestinos como uma nação distinta, merecedora de um Estado Soberano. Desde a partilha da Palestina, várias guerras foram travadas entre os israelenses e os países árabes da região e todas foram vencidas por Israel, que aproveitou suas vitórias para expandir seu território, ocupando áreas da Jordânia, como Jerusalém, do Egito, como a península do Sinai, e da Síria. Algumas áreas conquistadas por Israel, como a penín- sula do Sinai, foram devolvidas ao Egito. Após pressões internacionais, Israel cedeu alguns direitos aos palestinos, que se concentram na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Em setembro de 1993, em Oslo (Noruega), com a mediação do presidente estadunidense Bill Clinton, Israel e a Organização para a Libertação da Palestina – OLP – assinaram um acordo que preconizava o fim dos conflitos entre as duas partes, a abertura das nego- ciações sobre os territórios conquistados por Israel em 1967, a retirada de Israel do sul do Líbano e a situação 22 Semiextensivo Emirados Árabes Unidos A União dos Emirados Árabes ou Emirados Árabes Unidos se constitui no sexto maior exportador de petróleo do mundo. Porém, muitos deles, preocu- pados com o provável esgotamento de suas reservas petrolíferas, investem na atualidade na infraestrutura urbana, para se constituírem em destinos de turismo de alto luxo, com a construção de cassinos, hotéis, condomínios horizontais, sistema viário, shoppings, etc. Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são uma junção de monarquias islâmicas, nas quais o poder é exercido de forma rígida por um líder religioso islâmico. Contudo, visto que aproximadamente 80% da população é imigrante de países com referências islâmicas, as práticas religiosas são bastante tolerantes. São os emirados (emir é um título equivalente ao de um príncipe) que for- mam os EAU: Abu Dhabi, Ajman, Dubai, Fujairah, Ras al-Khaimah, Sharjah e Umm al-Quwain. A base econômica é dada pelo petróleo, tendo Dubai nos últimos anos se destacado pela modernidade urbana e pelas atividades financeiras e turísticas. Aspecto de Dubai nos Emirados Árabes Unidos Iraque Em 2003, sob a alegação de que Hussein estava desenvolvendo armas químicas, biológicas e até mesmo nucleares, novamente, estadunidenses e ingleses atacaram o Iraque sem a aprovação da ONU. O regime de Saddam Hussein caiu e, após 13 meses de julgamento, Saddam Hussein foi enforcado. A partir de dezembro de 2011, os Estados Unidos retiraram suas forças armadas desse país. Porém a violência permanece constante, em razão de atentados terroristas contra a população xiita. © Sh ut te rs to ck /O liv er F oe rs tn er Irã O seu projeto de energia nuclear causou muita tensão entre países da União Europeia (UE), Estados Unidos, Japão e Israel. A maior restrição que os países opositores alegavam é que se voltava para a produção de armas nucleares. A principal razão para essa acusação era o impedimento que o governo iraniano impunha à fiscalização de suas instalações nucleares por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica. Em 2015, finalmente, foi assinado um tratado em que o Irã abriu suas instalações para a Agência Interna- cional de Energia Atômica. Com isso, foram liberados depósitos iranianos em contas bancárias nos Estados Unidos e o Irã voltou a exportar petróleo para a União Europeia. É um dos países que mais abriga refugiados do mundo. Geralmente são islâmicos xiitas oriundos do Iraque e do Afeganistão, devido às perseguições por parte dos islâmi- cos sunitas (maioria) nesses países. Afeganistão Com os ataques terroristas de se- tembro de 2001 às torres gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, por militantes da Al Qaeda, os Esta- dos Unidos invadiram o Afeganistão, que apoiava totalmente Bin Laden e a Al Qaeda. Desta maneira o Talibã foi deposto e até hoje o Afeganistão está ocupado por forças militares estadunidenses. Testes Assimilação 12.01. (IFSUL – MG) – Constitui-se na cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos; está no centro do conflito entre Israel e os palestinos; abriga diversos templos degrande importância religiosa; no ponto ocidental, encontra-se o Muro das Lamentações (lugar sagrado para os judeus). O texto faz referência a que importante cidade do Oriente Médio? a) Gaza. b) Nazaré. c) Hebron. d) Jerusalém. Aula 12 23Geografia 6B 12.02. (IFAL) – “O conflito naquele país continua cau- sando sofrimento humano e destruição imensuráveis. Dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam que 100 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o presidente Bashar al-Assad. A estimativa é de que 6,8 milhões de pessoas neces- sitem de assistência humanitária urgente – incluindo 3,1 milhões de crianças. Desse total, 4,25 milhões são deslocados internos. Até 9 de setembro, já havia mais de 2 milhões de refugiados nos países vizinhos e Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atin- gidas de acordo com a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA). Cerca de 400 mil delas foram completamente destruídas, 300 mil parcialmente destruídas e 500 mil sofreram danos de infraestrutura.” Texto adaptado de www.onu.org.br. O país citado na matéria é o (a) a) Turquia. b) Azerbaijão. c) Tunísia. d) Síria. e) Iraque. 12.03. (UCS – RS) – “O atentado que teve como alvo a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, em 7 de janeiro de 2015, trouxe novamente para a Europa o horror e a incerteza provocados pelo terrorismo. A motivação dos dois homens para o assassinato de doze pessoas teriam sido as charges e artigos publicados no Semanário, que ridicularizavam a figura do profeta Maomé e zombavam de fundamentalistas islâmicos.” Fonte: Guia do Estudante Atualidades, 1o. semestre 2015. p. 27. (Adaptado.) Além dessa ação terrorista, o mundo tem assistido, estarre- cido, às ações brutais do autodenominado Estado Islâmico (EI), grupo que instalou um califado em territórios a) do Irã e da Jordânia. c) da Síria e do Afeganistão. e) da Tunísia e do Marrocos. b) da Síria e do Iraque. d) do Iraque e do Egito. 12.04. (IFMG) – Observe o mapa abaixo com a localização da fronteira de segurança do Líbano. http://n.i.uol.com.br/ultnot/1008/3israel.gif. Acesso em: 02 abr 2015. No contexto geopolítico do Oriente Médio, a configuração dessa fronteira pode ser definida como uma a) faixa de localização e atuação do grupo terrorista Boko Haram. b) área de conflito e instabilidade envolvendo Israel. c) esfera de posse e disputa de petróleo pela Síria. d) zona de disputa e controle do Estado Islâmico. e) região de separatismo e guerra civil no Líbano. 12.05. (UPE – PE) – “O Exército luta para retomar a ci- dade de Tikrit no norte do país, realizando combates contra os insurgentes. A cidade foi tomada pelos jiha- distas em 11 de junho, depois de uma rápida e violenta investida. (...). Os insurgentes sunitas proclamaram, nesta segunda-feira, a criação de um Estado islâmico nos territórios sob seu controle no país.” (Notícias publicadas no site da revista VEJA, no dia 30/06/2014 e adaptadas) Observe o mapa a seguir e assinale a alternativa que indica o numeral referente ao país a que se reporta a revista. a) 1 b) 2 c) 3 d) 5 e) 6 Aperfeiçoamento 12.06. (FUVEST – SP) – A chamada Ásia Ocidental constitui importante área de encontro de três continentes: a Ásia, a África e a Europa. É marcada, principalmente, pela instabili- dade dos limites políticos, diversidade étnica da população e multiplicidade das crenças religiosas. Três grandes religiões têm sua “Cidade Santa” na Ásia Ocidental. São elas: a) Fetichismo, Islamismo e Judaísmo b) Budismo, Hinduísmo e Maometismo c) Judaísmo, Cristianismo e Islamismo d) Cristianismo, Bramanismo e Islamismo e) Budismo, Judaísmo e Islamismo 12.07. (IFAL) – Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, o conflito escalou a ponto de se transformar em uma complexa situação em que to- dos parecem lutar entre si. Forças leais ao presidente Bashar al-Assad, rebeldes, extremistas muçulmanos e potências estrangeiras são peças de um intrincado jogo que ficou ainda mais complicado com o início dos bombardeios por aviões russos. Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151002_siria_xadrez_fd. Acesso em 06/11/2015 24 Semiextensivo Sobre o conflito mencionado no texto anterior, assinale a alternativa verdadeira. a) Arábia Saudita apoia Assad e combate os rebeldes sunitas. b) O Irã combate Assad e apoia o grupo radical “Estado Islâmico”. c) Os Estados Unidos são aliados de Assad e ajudam a combater os grupos rebeldes moderados. d) A Rússia opõe-se a Assad e apoia os grupos rebeldes moderados. e) O grupo radical “Estado Islâmico” é combatido tanto pelo governo Assad, como pelos Estados Unidos, Irã e Rússia. 12.08. (ETEC – SP) – A região representada no mapa, com o desenho que se assemelha a uma lua crescente, é conhecida como Crescente Fértil. Nessa área, formaram-se as primeiras sociedades humanas que deixaram registros escritos de suas atividades, há milhares de anos. Esse nome foi atribuído à região, por estudiosos da História e da Ar- queologia, somente muitos séculos depois. <http://tinyurf.com/qa8ag29>. Acesso em: 24 out 2015. Assinale a alternativa que explica corretamente por que esse nome foi atribuído à região demarcada. a) A fertilidade do solo da região demarcada cresceu e atin- giu outras regiões, favorecendo a amizade nas relações entre as populações. b) Símbolo do Islã, a lua crescente representa a importância dessa religião na formação das civilizações assíria, persa, egípcia e mesopotâmica. c) Abrangendo partes dos continentes europeu e africano, a região recebeu esse nome em razão das altas taxas de fertilidade das populações locais. d) A lua crescente faz referência ao culto monoteísta desse astro, religião predominante entre os povos daquela região na Antiguidade, com exceção dos hebreus. e) O solo da região era bastante fértil por conta dos grandes rios, o que favoreceu o desenvolvimento da agricultura, importante para as sociedades humanas. 12.09. (ETEC – SP) – O Aeroporto Internacional de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, encerrou 2014 como o principal aeroporto internacional do mundo, superando o antigo domínio do Aeroporto Internacional de Londres. A principal razão da liderança está nos investimentos feitos pela companhia aérea local, que possui a maior frota de aviões de grande capacidade de passageiros e é líder mundial em termos de tráfego internacional. Além disso, Dubai aproveitou a localização da cidade em uma encruzilhada geográfica entre Europa, Ásia, África e Oriente Médio para se estabelecer como base para os voos internacionais com conexões. <http://tinyurl.com/mth5s36> Acesso em: 28.03.2015. Adaptado. Assinale a alternativa que corresponde corretamente às informações e ao país citados no texto. a) Os Emirados Árabes, grandes exportadores de petróleo, têm o principal aeroporto internacional do mundo. b) Dubai é um país da Liga Árabe que está procurando se impor religiosamente aos demais da sua região. c) Os Emirados Árabes têm o segundo maior aeroporto internacional do mundo, depois da Inglaterra. d) Os Emirados Árabes, aliados de Irã e Iraque, estão sob intervenção militar dos Estados Unidos. e) Dubai é uma cidade da Arábia Saudita, foco de graves conflitos religiosos e econômicos. 12.10. (UNIOESTE – PR) – Desde março de 2011, estima- -se que o conflito na Síria tenha causado a morte de 100 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humani- tária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil). Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativacorreta. a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar al-Assad, que disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano. b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar al-Assad é um governante curdo que vem sendo pres- sionado a deixar o poder pela maioria árabe. c) Os curdos, entre os quais está Bashar al-Assad, correspon- dem a 70% da população síria, portanto, garantem amplo apoio ao seu governo democrático. d) Os principais aliados do governo de Bashar al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da Rússia, que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio. e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe, na Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em aumen- to das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem forte repressão de Bashar al-Assad, que pertence à minoria alauita. Aula 12 25Geografia 6B 12.11. (UFU – MG) – Provavelmente, no século XXI, as guerras que acontecerem no Oriente Médio estarão mais relacionadas à água do que ao petróleo. Essa advertência, que soaria descabida na década de 1970, parece cada vez mais concreta. OLIC, Nelson B. Conflitos no mundo. São Paulo: Moderna, 2000, p. 42. Sobre a questão tratada no texto, é INCORRETO afirmar: a) O elevado crescimento demográfico na região do Oriente Médio tem gerado demandas crescentes por água. b) Do ponto de vista natural, a água no Oriente Médio é escassa devido à sua localização em região de climas desérticos. c) No que diz respeito à utilização dos recursos hídricos comuns, os desacordos entre países constituem um grave problema que pode gerar conflitos. d) O problema de água na região é consequência da con- taminação dos recursos hídricos por produtos químicos utilizados na agricultura. 12.12. (UFRGS) – A chamada Ásia Ocidental é uma im- portante área de encontro de culturas asiáticas, europeias e africanas, marcada por graves conflitos geopolíticos e rivalidades étnicas, culturais e religiosas. Assinale a alternativa que indica corretamente as grandes religiões monoteístas possuidoras de contingentes de segui- dores na área citada e as “cidades santas” correspondentes a essas regiões. a) O islamismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Meca uma cidade santa para o islamismo, Istambul, para o judaísmo, e Jerusalém, para o cristianismo. b) O islamismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Meca uma cidade santa para as três, e Jerusalém, apenas para o judaísmo. c) O budismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Meca uma cidade santa para as três. d) O islamismo, o budismo e o cristianismo, sendo Jerusa- lém uma cidade santa para o cristianismo, Meca, para o budismo, e Istambul, para o islamismo. e) O islamismo, o judaísmo e o cristianismo, sendo Jerusalém uma cidade santa para as três. Aprofundamento 12.13. (ESPM – SP) – Em Kirkuk, o último front contra os extremistas do Estado Islâmico no norte do Iraque são os peshmerga. A luta é desigual, pois os cerca de 30 mil extremistas do EI dispõem de modernos armamentos americanos tomados do exército iraquiano. Já os cerca de 150 mil peshmerga têm que se virar com armas ultrapassadas e insuficientes. As autoridades dos EUA temem que armar os peshmerga possa oferecer combustível para uma futura guerra de secessão. (Folha de S. Paulo, 12/02/2015) Assinale a alternativa que traga a resposta, respectivamente, sobre quem são os peshmerga e a região que poderia viver uma futura guerra de secessão: a) Pashtuns – Afeganistão. b) Tadjiques – Tadjiquistão. c) Hazarás – Afeganistão. d) Yazidis – Curdistão. e) Curdos – Curdistão. 12.14. (MACK – SP) – Observe a sequência de mapas para responder à questão. Fonte: Kinder, H; Hilgemann, W. Atlas histórico mundial. 26 Semiextensivo De acordo com os mapas e a evolução histórica da chamada “Questão Árabe-Israelense”, é correto afirmar que a) o acordo de Paz de 1994 foi plenamente cumprido. As eventuais divergências entre palestinos e israelenses partem de grupos minoritários dos dois lados que não representam maiores consequências para a segurança da região. b) o território governado pela Autoridade Nacional Palestina que abriga a Cisjordânia goza de plena autonomia. Trata- -se de um Estado soberano recentemente reconhecido pela ONU e pelo Estado de Israel. c) o Hamas é um grupo extremista israelense que, ao desferir ataques a partir da Faixa de Gaza, contribui para dificultar um diálogo de paz entre os dois lados em conflito. d) a manutenção das colônias israelenses na Cisjordânia e o controle dos recursos hídricos do rio Jordão estão entre os pontos de divergência dos lados em conflito. e) os conflitos entre israelenses e palestinos derivam do fanatismo religioso islâmico e não têm qualquer relação com interesses territoriais. 12.15. (UEM – PR) – Conflitos entre tropas de Israel e grupos radicais palestinos têm, ultimamente, provocado destruições e muitas mortes. Sobre a Faixa de Gaza, Israel e a Palestina, assinale o que estiver correto. 01) A Faixa de Gaza é disputada por judeus e palestinos em função de dois motivos principais: é a maior produtora de petróleo do Oriente Médio e tem os solos mais ricos da região. 02) Trata-se de uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira com Israel e com o Egito. 04) A Faixa constitui, atualmente, um dos territórios mais densamente povoados do mundo, apesar de ser pou- co industrializado, de sofrer escassez de água e de ter solos pouco apropriados para a agricultura. 08) Na Guerra dos “Seis Dias”, em 1967, a faixa de Gaza foi invadida e ocupada por Israel. Posteriormente Israel se retirou e atualmente Gaza é administrada pelos pales- tinos. 16) Durante o período da Guerra Fria, tropas soviéticas as- sumiram o controle da Faixa de Gaza e expulsaram os povos palestino e judeu que lá habitavam. O interesse dos soviéticos era estratégico: a Faixa constitui impor- tante ponto de passagem entre Europa, Ásia e África, através do mar Mediterrâneo. 12.16. (UFPR) – As mulheres curdas ganharam desta- que internacional no último ano em função de seu protagonismo no enfrentamento armado contra o Estado Islâmico, principalmente no Iraque e na Síria. A guerra tornou visível para o mundo o protagonismo dessas mulheres, que não se limita à luta armada. As curdas estão na linha de frente da luta de seu povo por democracia, liberdade para as mulheres e construção de um modelo de economia alternativa, comunal e cooperativada. Essa luta tem cerca de 40 anos, quando mulheres curdas foram viver nas montanhas, pegaram em armas e começaram a ques- tionar frontalmente o modelo patriarcal e repressivo sob o qual viviam até então. (Weissheimer, Marco. Disponível em: <http://www.sul21.com.br/jornal/mulheres- curdas-lutam-por-democracia-confederada-e-nova-econo mia/>. Acessado em: 16/08/2016). Com base nas informações do texto e nos conhecimentos sobre geopolítica e conflitos territoriais mundiais, considere as seguintes afirmativas: 1. O texto retrata um dos principais conflitos e impasses étnico-territoriais na região do Oriente Médio, que envolve um grupo étnico considerado a maior nação sem pátria do mundo. 2. Grande parte do povo curdo habita uma região monta- nhosa localizada dentro dos territórios da Turquia, Síria, Iraque e Irã, mostrando que fronteiras étnicas e culturais entre Estados nem sempre são convergentes. 3. Apesar do conflito com o Estado Islâmico, o território curdo é reconhecido pelos Estados do Irã, Iraque e Turquia, onde a língua curda é tida como oficial. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. d) Somente as afirmativas1 e 2 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 12.17. (UNESP – SP) – Há grande diversidade entre aqueles que procuram inspiração em sua fé no Islã. A monarquia vaabita da Arábia Saudita e os líderes religiosos xiitas do Irã têm profundas discordâncias políticas e divergem igualmente em questões socioe- conômicas. Em termos mais amplos, ocorre nos mo- vimentos islamitas um debate sobre se a meta correta é mesmo chegar ao poder estatal, assim como sobre a democracia, a diversidade social, o papel das mulheres e da educação e sobre a maneira de interpretar o Corão. E, embora a maioria dos islamitas aceite a realidade da existência dos atuais Estados e suas fronteiras, uma minoria mais radical procura destruir todo o sistema e estabelecer um califado que abarque a região inteira [do Oriente Médio]. (Dan Smith. O atlas do Oriente Médio, 2008.) O argumento principal do texto pode ser ilustrado por meio da comparação entre a) o respeito a todas as orientações sexuais nos países que vivem sob regime islâmico e a perseguição a homosse- xuais no Paquistão e na Índia. b) o apoio unânime dos grupos islâmicos ao atentado ao World Trade Center, em Nova Iorque, e a invasão militar norte-americana no Iraque. Aula 12 27Geografia 6B c) a situação e os direitos das mulheres nos países do Oci- dente e nas áreas em que prevalecem regimes políticos islâmicos. d) a invasão norte-americana no Afeganistão e o apoio soviético ao regime liderado pelo Talibã naquele país. e) os islâmicos que protestaram contra o atentado à redação do jornal Charlie Hebdo, em Paris, e a ação militar do Estado Islâmico. 12.18. (UNICHRISTUS – CE) – FBI ALERTA PARA ‘DIÁSPORA TERRORISTA’ APÓS DERROTA DO ESTADO ISLÂMICO O diretor do FBI (a Polícia Federal Americana), James Comey, alertou sobre a possibilidade de uma “diás- pora terrorista”, depois da derrota do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, prevendo um aumento nos ataques extremistas. “Todos sabemos que haverá uma diáspora terrorista (...) quando as forças militares tiverem esmagado o ‘califado’ proclamado pelo gru- po Estado Islâmico no Iraque e na Síria”, afirmou o diretor do FBI, falando diante da Comissão sobre Se- gurança Doméstica da Câmara de Representantes do Congresso Americano. Disponível em: <http://istoe.com.br/fbi-alerta-para-diasporaterrorista-apos- derrota-do-estado-islamico/>. Acesso em: 30 de setembro de 2016. A partir da notícia, pode-se concluir que a) a dispersão dos terroristas é um fato positivo haja vista a desarticulação do grupo terrorista Estado Islâmico. b) a “diluição” dos terroristas em várias áreas do Planeta é um fato que gera pânico em função das dificuldades de ações preventivas. c) a divisão de núcleos do Estado Islâmico em várias regiões do Planeta é um fato preocupante e cria uma situação de pânico em relação aos atos terroristas. d) a dispersão dos terroristas é uma estratégia que está dificultando a ação das potências mundiais, em face das incertezas ligadas à ocorrência de ataques. e) a “diluição” dos atos terroristas está dificultando a arti- culação de forças contra os ataques, já que estes estão ocorrendo em todos os continentes. Discursivos 12.19. (FUVEST – SP) – Considere este mapa, que representa uma região com histórico de migrações e disputas territoriais e que já abrigou, desde antes da Era Cristã, várias civilizações. Folha de S. Paulo, 15/11/2015. Adaptado. a) Mencione duas características da bacia hidrográfica dos rios Tigre/Eufrates, relacionando-as com sua ocupação na Antiguidade. Justifique. b) Identifique um importante conflito que, atualmente, ocorre na área indicada no mapa e apresente uma motivação político- -religiosa para esse conflito. 28 Semiextensivo 12.20. (UFJF – MG) – THAVES, Bob. Frank e Emest. São Paulo: Devir, 2009. (...) a Guerra Fria foi muito mais do que apenas uma disputa armamentista ou geopolítica. Ela teve uma im- portante dimensão cultural, que colocou em movimento um jogo simbólico do Bem contra o Mal. Ela mexeu com a imaginação das pessoas, criou e reforçou preconceitos, ódios e ansiedades. Nesse sentido mais amplo, dois marcos parecem ser mais adequados quando se trata de dar à Guerra Fria o seu conteúdo simbólico mais abran- gente: o seu início foi a conquista de um novo poder, a bomba atômica, e o seu fim foi a Guerra do Golfo (...). Disponível em: <http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra1/descricaopanoramica2.htm>. Acesso em: 8 nov. 2015. a) Os Estados Unidos, ao término da Guerra Fria, escolheram outros símbolos do Mal para ocupar o lugar que antes pertencia ao comunismo. Cite esses dois símbolos. b) Como os países centrais do capitalismo tentam bloquear o desenvolvimento dos países dependentes, valendo-se da bandeira ambiental? Gabarito 12.01. d 12.02. d 12.03. b 12.04. b 12.05. b 12.06. c 12.07. e 12.08. e 12.09. a 12.10. e 12.11. d 12.12. e 12.13. e 12.14. d 12.15. 14 (02, 04, 08) 12.16. d 12.17. e 12.18. c 12.19. a) A bacia hidrográfica dos rios Tigre/ Eufrates se caracteriza por apresentar irregularidade no fluxo hídrico, com regime de cheia/vazante e, embora sua nascente se localize no planalto da Anatólia, na Turquia, é de planí- cie na maior parte de seu curso. Em razão de se situar em uma região de forte aridez, foi área de origem de diversas civilizações antigas, como a dos babilônios e sumérios. b) Um importante conflito que ocor- re atualmente na área indicada no mapa é a criação do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, onde o grupo extremista Estado Islâmico tem rei- vindicado para si a posse do território originalmente pertencente à Síria e ao Iraque. 12.20. a) Com o fim da Guerra Fria, os novos símbolos do Mal para os Estados Uni- dos, ou seja, seus opositores, passaram a ser o terrorismo, o narcotráfico e a capacidade bélica da Coreia do Norte. b) Os países desenvolvidos difundem políticas de conscientização e práti- cas de sustentabilidade que, embora não tenham sido adotadas por eles, são impostas aos países periféricos, transferindo a estes a responsabilida- de pela destruição do planeta.