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As concepções da organização escolar
Introdução à gestão democrática
Como introdução ao nosso módulo, faremos uma breve viagem da década de 30 até os dias de hoje para identificar a evolução desses conceitos e suas interações atuais. O autor Libâneo (2013) propõe duas concepções de organização escolar: a concepção científico-racional, que se refere à tendência de organização técnico-científica, e a concepção sociocrítica, que engloba as tendências de organização autogestionária, organização interpretativa e organização democrático-participativa. Neste módulo, iremos utilizar a tendência democrático-participativa, pois entendemos que é aquela que mais se alinha com a proposta deste conteúdo e também tem sido a mais aprimorada nas organizações escolares recentemente.
O estudo da escola como organização escolar remonta aos anos 30. Nessa época, havia uma comparação da organização escolar com a organização empresarial devido à busca pela eficácia e eficiência no contexto educacional, impulsionada pelo início do capitalismo. A organização escolar era caracterizada por uma abordagem burocrática e funcionalista, ou seja, era regida por normas e procedimentos necessários para a efetivação do processo de ensino-aprendizagem.
Com a Constituição de 1988, houve um foco em uma cultura política participativa, com o objetivo de incentivar a participação da sociedade na gestão pública (orçamento participativo, movimentos sociais, conselhos nacionais, estaduais e municipais nas áreas de saúde, segurança, meio ambiente e educação). Nesse contexto, e a partir das discussões da readequação curricular do curso de Pedagogia nos anos 90, a gestão escolar passou a ter destaque em uma análise crítica do papel da escola dentro da organização do trabalho no mundo capitalista.
A organização escolar, definida aqui como reunião de pessoas interagindo entre si visando atingir os objetivos de ensino e aprendizagem, difere da organização empresarial, cujo objetivo é obter lucro a qualquer custo.
Para alcançar esses objetivos, a escola necessita de um modelo de gestão que esteja associado ao envolvimento de todos e não apenas de uma pessoa, na tomada de decisões e controle das mesmas.
Segundo Libâneo, o diretor de escola é o responsável pelo funcionamento administrativo e pedagógico, desempenhando principalmente a gestão geral da instituição escolar e é um:
tipo de profissional com conhecimentos e habilidades para exercer liderança, iniciativa e utilizar práticas de trabalhos em grupo para assegurar a participação de alunos, professores, especialistas e pais nos processos de tomada de decisões e na solução de problemas. (2013, p.96).
Para estudarmos a organização escolar com o enfoque nas finalidades sociais e políticas da educação, Libâneo (2013) apresenta duas concepções:
a) Concepção Científico-racional: prevalece uma visão burocrática e tecnicista da escola. A realidade é objetiva e neutra, e espera-se que funcione de maneira racional, ou seja, planejada, organizada e controlada, visando alcançar altos índices de eficácia e eficiência dos serviços escolares.
Características das escolas (concepção técnico-científica):
Estrutura organizacional com muita ênfase.
Definição rigorosa de cargos e funções.
Hierarquia rígida.
Ênfase nas normas e regulamentos.
Centralização na direção em tomada de decisões.
Pouca participação das pessoas no planejamento.
 
b) ​Concepção Sociocrítica: prioriza as interações sociais. A escola assume que nunca foi um espaço neutro. A dinâmica da organização e a interação na gestão escolar são apresentadas à comunidade visando sua efetiva participação, envolvendo professores, alunos, pais e funcionários técnico-administrativos.
Libâneo (2013) indica três (03) tendências que pertencem a essa concepção:
Concepção autogestionária: baseia-se na responsabilidade coletiva, ausência na direção centralizada, participação direta de todos os agentes da instituição;
Concepção interpretativa: considera como elemento prioritário da análise dos processos de organização e gestão as intenções e a interação entre pessoas. O tema aqui é “as práticas organizativas são socialmente construídas”;
Concepção democrático-participativa: baseia-se na relação orgânica entre direção e a participação dos membros da equipe. O tema aqui é “os objetivos organizacionais são assumidos por todos”.
Utilizaremos nesta disciplina a concepção sociocrítica, com ênfase na tendência democrático-participativa, por entendermos ser mais próxima ao que propomos defender enquanto gestão educacional democrática.
O papel do diretor escolar se destaca aqui não mais como centralizador das decisões, mas uma das partes integrantes do processo de gestão escolar. Nessa tendência, enfrentamos desafios nos âmbitos federal, estadual e municipal. No caso do âmbito municipal, o cargo de diretor escolar parte de articulações políticas de indicação, (político-partidário) onde o correto seria a efetiva participação da comunidade escolar em escolher o profissional para o exercício desse cargo.
 
Conteúdo Bônus
Se tiver interesse em se aprofundar no assunto abordado nesta aula, sugiro a leitura do estudo de caso intitulado “ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE ESCOLAS EM EDUCAÇÃO BÁSICA NO AGRESTE PERNAMBUCANO”, facilmente encontrado no Google. Reflita sobre a realidade de sua escola ou por onde você já trabalhou: quais os pontos convergentes e os pontos divergentes frente a sua realidade escolar? A ideia é observar diferentes perspectivas e argumentos diante da realidade em que você vive, considerando sua experiência de vida e o caso proposto.
 
Referência Bibliográfica
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 6ª ed., Heccus Editora, 2013.
MIRANDA, Marcelo Henrique G. de. Organização e gestão de escolas em educação básica no agreste pernambucano. Estudo de caso UFPE, 2013.
Organização e gestão escolar
Organização e gestão escolar
Neste módulo, apresentaremos o professor como mediador no processo de construção de um ambiente colaborativo escolar dentro de uma tendência democrático-participativa de organização escolar. Quem é o professor no ambiente de trabalho? O ambiente colaborativo dentro da organização escolar. O entendimento da cooperação e colaboração na organização escolar. O professor como agente colaborativo na escola e ativo na formação de um cidadão. Quem são os atores dentro deste ambiente?
A educação nos três âmbitos - federal, estadual e municipal - é um direito social previsto no artigo 6º da Constituição da República Federativa Brasileira de 1988, representando, assim, um mecanismo de inclusão social, devendo ser oferecida a todos, sem distinção. O professor é instrumento primordial de facilitação do processo de ensino e aquisição de conhecimento, sendo responsável por proporcionar a formação de cidadãos capazes de desenvolver visões críticas e de transformar o meio em que estão inseridos.
O ambiente de trabalho do professor está ao menos dividido em duas frentes: dentro de sala de aula e fora da sala de aula. Dentro da sala de aula, o professor tem um honroso papel de ser o mediador do conhecimento e formador de cidadãos críticos e atuantes na sociedade na qual estão inseridos. Fora da sala de aula, é importante compreender quem são os agentes participantes, além dos alunos: a direção, os demais docentes, os pais de alunos e os membros da comunidade em que a escola está inserida.
Um ambiente colaborativo requer uma gestão escolar que envolva não apenas a direção, mas todos os colaboradores. Sem essa abordagem, a gestão democrático-participativa não se fará presente, mesmo que os colaboradores tenham uma visão "moderna" de gestão."
Quando falamos de ambiente colaborativo, queremos deixar claro que ela se diferencia do ambiente cooperativo pelas seguintes questões:
Ambiente Cooperativo: há ajuda mútua na execução de tarefas. No entanto, pode haver também relações desiguais e hierarquia entre os seus membros.
Ambiente Colaborativo: os membros de um grupo se apoiam com o objetivo de atingir objetivos comuns. A liderança aqui é compartilhadae existe co-responsabilidade com os propósitos da escola.
Com isso, passamos para outra questão: quem são os atores dentro de um ambiente colaborativo?
Os atores envolvidos são: a direção da escola (gestor), os professores (mediadores), os alunos e os respectivos pais, além dos demais colaboradores técnico-administrativos, sem esquecer a sociedade na qual a escola está inserida. Esses atores precisam interagir entre si para que haja a assertividade do ambiente colaborativo de trabalho. Quando uma das partes não interage com todo o ambiente, há o risco de fracasso.
É muito importante que o gestor, juntamente com sua equipe, elabore planos de atuação para que cada dia mais o ambiente de trabalho seja o mais propício possível à colaboração mútua.
Tendo isso se ajustado, quais são as características de um ambiente de trabalho colaborativo?
Segundo Elton Mayo, os objetivos organizacionais não se sobrepõem aos objetivos individuais;
As pessoas se unem para superar as dificuldades;
Há sinergia entre todos os agentes;
Reconhecem as boas atitudes;
Existe confiança entre a equipe;
Permitem o acesso às informações da organização;
Fomentam a socialização da equipe;
Sentimento de fazer parte da escola.
E para você? Quais características você acredita que existem neste tipo de ambiente?
Na Figura 1, vamos representar as interfaces que o professor possui dentro do ambiente de trabalho colaborativo:
Podemos observar as várias mediações realizadas pelo docente dentro e fora da sala de aula. Acreditamos que o professor pode, de fato, fazer a diferença frente ao ambiente colaborativo de trabalho, pois ele tem poder de influência e formação tanto sobre os alunos quanto sobre seus pais. Ele não é o único nem exclusivo, mas desempenha um papel fundamental na criação e sustentabilidade de um ambiente colaborativo de trabalho.
(*) Elton Mayo (1880-1949): Psicólogo australiano e pesquisador em organizações com foco no comportamento humano. Ele é responsável pela Teoria da Administração chamada Escolas das Relações Humanas, onde fundamentou, após a experiência em Hawthorne, os princípios comportamentais de funcionários e a relação com a alta cúpula.
 
Conteúdo Bônus
Se tiver interesse em se aprofundar no assunto desta aula, deixo como indicação o filme “Sociedade dos Poetas Mortos” de 1989, que está disponível no Youtube. O filme retrata a trajetória de um professor que utiliza a leitura como um meio em busca de formar pensadores e não repetidores de informações (frente a uma sociedade escolar científico-teórica). A ideia é refletirmos quem são os atores (agentes) e a tendência organizacional que tendem a estabelecer (sociocrítica).
 
 
Referência Bibliográfica
GOMES, Alfredo M. (Org.). Políticas Públicas e Gestão da Educação. Mercado de Letras, Campinas, 2011.
LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal. Coordenação de Edições Técnicas, 2017.
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Aplicação e formas da gestão escolar
Aplicação e formas da gestão escolar
Neste módulo, abordaremos a aplicação e as formas de gestão escolar, partindo do planejamento e seus níveis de desenvolvimento; a gestão escolar e as ações de planejamento para sua implementação; as diferentes formas de organização escolar.
O planejamento, entendido aqui como a preparação para uma tarefa ou atividade com o estabelecimento de métodos e ferramentas que possam orientar o gestor, tem como objetivo atingir as metas propostas. Os três níveis de planejamento necessários para a condução da gestão escolar são:
1. Estratégico: de responsabilidade da alta gestão (direção escolar) e respondem às seguintes perguntas: O quê? Por quê? e quando fazer?
2. Tático: de responsabilidade da média gestão (coordenação/supervisão pedagógica) e respondem pelas seguintes perguntas: onde e como fazer?
3. Operacional: este nível é responsável pelo “fazer acontecer” o que fora planejado
O planejamento é importante, pois:
a) Busca equilíbrio entre os meios e fins
b) Antecipa as necessidades e estabelece os recursos para assertividade na implantação
c) O planejamento é um processo de análise crítica da real situação da escola
d) Requer pesquisa
Uma vez estabelecido o planejamento, a próxima etapa é o Plano de Ação para a efetiva implantação, visando assim garantir a aplicabilidade do que foi planejado. No plano, identificamos o registro do processo que foi planejado. Este registro é importante para que o monitoramento de tudo o que foi planejado seja de fato implantado e com a efetividade esperada.
Quando tratamos do planejamento escolar, também nos deparamos com a seguinte questão: Por que encontramos dificuldades para envolver os docentes nas práticas de planejamento?
Podemos supor as seguintes situações que podem acontecer, inclusive no meio em que você (aluno) esteja envolvido:
Descrença no planejamento
"Não é possível planejar, pois a realidade é muito dinâmica"
"De que adianta planejar se nada vai acontecer mesmo..."
"É muito complicado"
Falta de compromisso
"É fora da realidade"
As escolas públicas e privadas buscam fazer do planejamento um instrumento assertivo para a tomada de decisões na gestão escolar, mas se deparam com as dificuldades mencionadas acima e com a falta de recursos, principalmente financeiros, para que, na etapa do plano, a implantação seja um sucesso!
Existe um movimento pela democratização da educação pública (artigo 206 da CF/1988) e pela qualidade no ensino a partir da década de 80, e a gestão escolar democrática é um caminho para essa conquista. Sabemos que com a gestão democrática, a etapa de planejamento e a sua implantação (por meio do Plano) podem:
Garantir processos coletivos de participação e decisão
Requerer mudanças de paradigmas
Incluir a participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Pedagógico (PP) da escola
Contar com a participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes
Para as diferentes formas de organização escolar, optamos por apresentar aqui uma estrutura simples, que pode ser facilmente identificada ou mesmo aplicada em seu local de trabalho (principalmente se você, caro aluno, ocupar um cargo de direção escolar).
Visando a construção da Cidadania local a gestão escolar tem as seguintes etapas estruturadas da seguinte forma
1. Composição dos seguintes órgãos:
Conselho Escolar: são constituídos por pais, representantes discentes, professores, funcionários, membros da comunidade e direção da escola. Cada escola deve estabelecer regras claras e democráticas visando à eleição de seus membros. (característica: deliberativo e consultivo)
Conselho de Classe: são constituídos por docentes, equipe pedagógica e direção. Neste órgão os objetivos são discutir, avaliar as ações educacionais e indicar sugestões que garantam a efetivação do processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. (característica: deliberativo e consultivo)
Associação de Pais e Mestres (APM): ferramenta de gestão democrática composta, pelo menos, por 11 membros, sendo o diretor da escola o presidente; por professores, representantes de pais/responsáveis pelos alunos, alunos maiores de 18 anos e por sócios admitidos (ex-alunos e professores).
Grêmio Estudantil (Lei 7398/85): organização colegiada constituída pelos alunos da escola. Estes tornam-se responsáveis por atividades culturais, esportivas, sociais e de cidadania.
2. Eleição da direção escolar: eis um dos grandes desafios, pois quando falamos de escolas públicas esta função fica por conta dos acordos político-partidários, mas que para fazer jus a uma gestão escolar o exercício democrático deve acontecer mediante a votação autônoma e livre (inclusive pelos membros da comunidade local onde a escola está presente).
3. Eleição para os Colegiados: prioritariamente para votação autônoma e livre visando o exercício democrático de gestão.
4. Noção de gestão: ter em mãos os resultados das ações coletivas realizadas/implantadas na escola. Estes resultados farão parte quando do planejamento das atividades escolares para o próximo exercício letivo.
5. Mudança da cultura:quando da implantação de uma gestão democrática deve-se estar consciente de que o trabalho coletivo se fará presente no dia-a-dia escolar.
6. Autonomia da escola: para a gestão democrática a autonomia administrativa, a autonomia jurídica, a autonomia financeira e a autonomia pedagógica devem ser objetivadas para que se possa apurar e atuar frente ao sucesso e as dificuldades encontradas.
7. Se faz necessário discutir o cotidiano escolar.
8. A efetivação de novos processos de organização e gestão mediante a experiência anteriormente gerida e atenta às tendências no mundo escolar.
A gestão escolar democrática ainda é um desafio para os educadores em pleno século XXI!
 
Conteúdo Bônus
“O Planejamento de um Sistema Educacional consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de objetivos em longo prazo que definam uma política da educação.” Para maior aprofundamento, leia o artigo intitulado “A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR”. É possível encontrar o texto buscando no Google Acadêmico.
 
 
Referência Bibliográfica
LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal / Coord. Edições Técnicas, mar/2017.
Lei Federal 7398/1985. Constitui o grêmio estudantil e dá providências. Brasília: Senado Federal, nov/1985.
SANT’ANNA, Geraldo José. Planejamento, gestão e legislação escolar. Érica Editora, SP. 2014.
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O trabalho colaborativo na gestão escolar
Otrabalho colaborativo na gestão escolar
Neste módulo, trataremos sobre a gestão escolar e o trabalho colaborativo, bem como o papel do docente nesse contexto.
A prática colaborativa provoca mudanças na gestão escolar a partir do momento em que a relação interpessoal, por meio do diálogo, se faz presente. Essa prática leva à quebra de paradigmas diante das dificuldades encontradas na gestão escolar pela falta de colaboração entre os agentes educacionais.
O respeito aos diversos posicionamentos nas relações interpessoais é outra importante quebra de paradigma. Quando promovemos uma interação positiva entre os agentes educacionais, estabelecemos uma conexão entre todos eles. É importante que a escola, por meio de sua direção, proporcione autonomia na gestão escolar com o objetivo de estabelecer um ambiente colaborativo.
O trabalho colaborativo possibilita o resgate de valores, o compartilhamento de opiniões e percepções dos agentes educacionais, além de promover o respeito e o amadurecimento diante das divergências de ideias.
Os princípios do trabalho colaborativo:
Unir conhecimento e habilidades dos atores escolares para alcançar os objetivos e enfrentar os desafios “aprendendo” a trabalhar juntos
Abandonar os pressupostos de sua formação individualizada e desenvolver habilidades coletivas exigidas ao atuar frente ao trabalho colaborativo
Para iniciar um trabalho colaborativo faz-se necessário:
Estabelecer metas com base no que foi planejado
O planejamento deve ser contínuo e em conjunto com os agentes educacionais
Compartilhar experiências
Elaborar o plano de trabalho a partir das dificuldades e necessidades oriundas da atuação do professor
Ter flexibilidade frente ao inesperado
A colaboração é pré-requisito para o desenvolvimento curricular, profissional e para o apoio à inclusão escolar.
O trabalho colaborativo, tendo como premissa um objetivo institucional, faz com que os agentes educacionais sintam prazer em realizar um trabalho em um ambiente colaborativo. Sabemos que passamos a maior parte do tempo dentro da escola e, por esse motivo, o gestor escolar desempenha um importante papel em estabelecer parcerias e possibilitar a troca de experiências entre todos os agentes (de forma gradual, eis a minha dica! Fazer tudo de uma vez só pode causar desmotivação e choque de gestão).
O docente, frente ao trabalho colaborativo, enfrenta alguns desafios, sendo o principal a quebra de paradigmas. Para tanto, precisará desenvolver as seguintes habilidades:
a) Boa relação interpessoal – não adianta agir sozinho ou se ausentar e mesmo assim acreditar na possibilidade e obter sucesso frente ao trabalho colaborativo.
b) Minimizar as diferenças – compreender que o outro é diferente de mim e que eu preciso exercitar a habilidade de aceitar as diferenças de opiniões, crenças, culturas, valores etc.
c) Potencializar ambiente de confiança e colaboração – tendo como principal protagonista a direção escolar, mas também possível a partir dos docentes, equipe pedagógica, equipe técnico-administrativo, país de alunos, alunos e comunidade local.
d) Compartilhar e planejar ações em conjunto – nos tempos de hoje quando você compartilhar plano de ações para que em conjunto os objetivos organizacionais sejam atendidos, desenvolvemos também um ambiente de trabalho colaborativo.
e) Não apresentar resistências frente às dificuldades que surgem.
f) Ser resiliente.
g) Estar motivado pessoal e profissionalmente para trabalhar colaborativamente.
A gestão escolar frente ao docente passa por algumas percepções:
Voluntarismo.
Relacionamento interpessoal.
Compromisso com trabalho.
Motivação pessoal.
Flexível e aceitar as sugestões alheias.
Dar condições para realizar trabalho colaborativo.
Ter objetivos comuns.
Com base nestes tópicos aqui discutidos e passíveis de implantação com muita propriedade, podemos afirmar que o trabalho colaborativo na gestão escolar será um sucesso!
 
Conteúdo Bônus
Nome da atividade: Assistir ao filme “Ao mestre com carinho”
Assista o filme ao mestre com carinho, disponível no Youtube e identifique os pontos norteadores de trabalho colaborativo frente a gestão escolar. Observe os pontos em que o ator principal demonstra características de ambiente colaborativo ou frente às dificuldades encontradas.
 
 
Referência Bibliográfica
DAMIANI, Magda Floriana. Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios. Artigo publicado pela Educar, Curitiba/PR nr. 31, 2008.
LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal / Coord. Edições Técnicas, mar/2017.
HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios de participação coletiva. Editora Papirus, 2016.
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A escola e a comunidade
Aescola e a comunidade
Nesta 5ª aula trataremos sobre o espaço escolar indo além da atividade de aula, e vamos repensar o espaço para que a comunidade (interna e local) possa participar e atuar na gestão escolar.
O espaço escolar está diretamente ligado à identidade da escola por meio de uma simples visita às suas instalações, onde os alunos participam e ajudam a construir. São nos espaços escolares (mundo real) que identificamos traços da cultura da instituição, pois por estes espaços demonstramos em que acreditamos, vemos, tratamos etc. Reconhecer que, por meio destes espaços, idealizamos e influenciamos no comportamento e nos valores humanos aos que ali frequentarem.
No espaço escolar encontramos inúmeras diferenças sob os aspectos: culturais, ideológicos, sociais, econômicos e religiosos. Para cada um deles precisamos desenvolver habilidades de respeito às diversidades e à liberdade de opinião.
Cabe à escola mostrar e experimentar do seu espaço a prática da inclusão e sociabilidade à comunidade local. Com isso, queremos propor que o espaço escolar seja de fato uma extensão da casa da comunidade local. Onde a participação, comprometimento e cuidados para com o espaço trará oportunidades de ampliar os horizontes e influenciar no comportamento de todos os que ali frequentarem.
Quem são os atores que atuam na comunidade? Além dos docentes, alunos, pais/responsáveis e os funcionários da escola, nos deparamos também com as associações locais, empresas, profissionais liberais e demais famílias que pertencem ao local em torno da escola (independente de terem filhos matriculados).
A escola (em especial a pública) pode “abrir” o espaço escolar visando os serviços públicos voltados para:
Saúde: campanhas de vacinação, palestras orientadoras voltadas à saúde da mulher etc.
Infraestrutura:empresas utilizarem os espaços para cursos, reuniões, capacitação, etc.
Trabalho: campanha de empregabilidade e orientação profissional.
Justiça: espaço para conciliações trabalhistas, etc.
Assistência social: campanhas de agasalho, mantimentos, etc.
Cultura: comemorações de calendário, etc.
Esporte e lazer: campeonatos entre bairros, empresas, etc.
A escola deve trabalhar para atender às aspirações populares, seus problemas e o encaminhamento de soluções.
Voltamos com a reflexão: quem é a comunidade?
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs 1998: p.32), para que aconteça a interação da comunidade na escola é preciso buscar formas para que a escola esteja mais presente no dia-a-dia da comunidade, e também o inverso. Sendo assim, os atores internos (docentes-alunos-pedagógico-funcionários) devem estar envolvidos em atividades para o bem-estar de sua comunidade.
E como a comunidade pode ajudar a escola?  Existe um debate amplo, público e coletivo sobre este assunto. A importância do saber e o pensar da comunidade frente ao espaço escolar, que deve ser disponibilizado para que a gestão democrática possa acontecer. Por meio de pesquisa externa a gestão escolar pode obter informações valiosas para que, no momento do planejamento, as necessidades da comunidade sejam identificadas para, posteriormente, servir de objetivo para aproximar a escola com a comunidade.
Por meio dos Conselhos Consultivos e Deliberativos existentes na escola (Conselho Escolar e Associação de Pais e Mestres, por exemplo.) a comunidade pode ter acesso:
Sobre a qualidade de ensino esperado e em que a comunidade pode contribuir neste processo.
Sobre as obrigações e responsabilidades mútuas.
Contribuição para efetivar o trabalho educativo.
Ter acesso ao cronograma de eventos culturais e de lazer da escola etc.
Com isso, não podemos confundir a educação e a escolarização dentro do espaço escolar. A educação aqui é entendida como ampla e estendida aos pais dos alunos, que trazem no espaço Familiar o 1º elemento social na vida da criança. Deparamos com a falta de preparo dos pais como o grande desafio para que a participação seja mais assertiva. Enquanto que a escolarização fica restrita à escola (dentro de sala de aula) e esta passa a ser o 2º elemento social onde flui também a educação.
A participação da comunidade dentro do espaço escolar se dá por meio do Conselho Escolar. Este órgão máximo, que está dentro da escola, tem como uma das funções a tomada de decisões realizadas dentro da escola. Caberá ao conselho (Lei 9394/96) dentre outras atividades:
Participar da elaboração do PPP – Projeto Político Pedagógico.
Deliberar sobre as normas e funcionamento da escola.
Propor sugestões para assuntos levados ao conselho.
Acompanhar a execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Mobilizar a comunidade local a participar das atividades escolares.
Conhecer as referências legais que regulamentam a educação.
Discutir as diretrizes da direção escolar.
Disponibilizaremos este link <https://canaldoensino.com.br/blog/conselho-escolar-o-que-e-conceitos-e-como-aplicar>, onde há material de domínio público sobre o funcionamento e detalhes adicionais interessantes sobre o conselho escolar. Bons estudos!
 
Conteúdo bônus
Nome da atividade: A prática do espaço escolar
Com base no texto de Terezinha Rios (disponibilizado em pdf no link indicado), responda quais os pontos de concordância que são tratados frente a sua realidade escolar.
Link: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_15_p073-077_c.pdf>
Padrão de resposta esperado: Aqui o padrão de resposta não tem certo ou errado, e sim deve refletir a realidade do aluno na sua escola e saber aplicar o conteúdo desenvolvido na aula com o texto aqui disponibilizado.
 
 
Referência Bibliográfica
HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios de participação coletiva. Editora Papirus, 2016.
LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal / Coord. Edições Técnicas, mar/2017.
PCNs. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC,1998.
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Projeto Político Pedagógico - PPP
Projeto Político Pedagógico - PPP
Nesta 6ª aula trataremos sobre o PPP da escola identificando os conceitos: os agentes participantes e como elaborar o PPP para uma escola pública do interior de estado do sudeste brasileiro.
Na década de 80 o mundo passou por uma crise de organização institucional e o Brasil vivia o movimento de democratização, inclusive na escola após a CF 1988. Com a possibilidade dos mais carentes participarem do sistema público de ensino o PPP passou a ser utilizado como instrumento para adequar as novas práticas à realidade.
O PPP é a carta de navegação da escola. Determina o rumo a seguir, requer construção coletiva para sua elaboração, precisa ser assumido por toda a comunidade escolar e define a identidade da escola. O PPP, visando a sua efetividade na elaboração, requer organização, método e sistematização. É preciso trabalho organizado, sistematizado e com método, pois o escritor Vasquez (1997) dizia “a teoria em si... não transformará o mundo ... entre a teoria e a atividade prática transformadora se insere um trabalho de educação das consciências, organização dos meios materiais e planos concretos de ação”.
Vamos entender um pouco as partes do PPP. Por que Projeto? O que significa o Político? O que entendemos sobre Pedagógico?
Projeto: remete a ideia de futuro. O projeto parte de algo existente ou que se almeja estabelecer e projetar para o futuro, o planejamento de ações.
Político: encontramos a função social da escola como uma das pilastras para compreendermos o termo Político. Os anseios da comunidade escolar e local se tornam presentes por meio da participação via conselhos e órgãos colegiados. É pelos interesses sociais que se materializa as dimensões Político e Pedagógico do PPP.
Pedagógico: aqui entendido como a atividade fim da escola. É na ação pedagógica da escola que se materializa as práticas sociais.
Com isso, o PPP não pode estar cheio de intenções e vazio de realizações. As problematizações a seguir podem ser utilizadas como norteadores do desenvolvimento do PPP:
Que tipo de sujeito queremos formar?
Que tipo de sociedade vamos construir?
Quais saberes a escola vai trabalhar?
Qual é a finalidade da escola?
Que espaços participativos irá criar?
Ao buscar responder a estas e outras perguntas dificuldades poderão existir e para enfrentá-las devemos, segundo Gadotti (2000):
Desenvolver uma consciência crítica nos agentes escolares.
Envolver as pessoas (comunidade externa e interna) à escola.
Fomentar a participação e comprometimento das esferas governamentais.
Pensar na autonomia, criatividade e responsabilidade como processo e produto do projeto.
 
O engajamento de pais, alunos, professores e direção escolar são necessários para se criar uma identidade da escola frente à comunidade externa.
Como elaborar o PPP?
Deve ser elaborado de maneira colaborativa, a partir da Missão da escola.
A organização deste trabalho cabe ao diretor escolar.
Deve-se manter e conter (ao menos):
Identificação da escola.
Missão.
Contexto das famílias dos estudantes.
Dados sobre a aprendizagem local.
Recursos disponíveis.
Diretrizes pedagógicas.
Realizar um diagnóstico da escola e da comunidade local.
Pensar em que identidade a escola quer construir.
Pensar em como executar as ações definidas pelo coletivo.
É necessário um acompanhamento permanente dos trabalhos de elaboração do PPP por meio de reuniões periódicas. Normalmente, a elaboração do PPP pode durar meses. A revisão do PPP pode, sim, ocorrer com uma periodicidade anual no mínimo. Disponibilizamos anexo a este material um modelo PPP estruturado por um colégio estadual paranaense.
Bons estudos!
 
Conteúdo bônus
Nome da atividade: A prática da elaboração do PPP.
Com base no modelo de PPP da escola paranaense disponibilizado no AVA estabeleça o seu modelo de PPP da escola em que você atua ou, caso não atue em escola, faça o exercíciotendo por base uma escola próxima a você! 
Acesse aqui o PPP da escola paranaense: https://drive.google.com/file/d/1XLAJMmuSTBHry2sbDb_kL54KBnQf96Gd/view?usp=sharing.
Acesse aqui o modelo do PPP editável que o professor cita durante a aula: https://docs.google.com/document/d/1TsjCD9kpBZEcsXug-KcxdrvvnZsXlfJB/edit?usp=sharing&ouid=113942962538764297582&rtpof=true&sd=true. 
Padrão de resposta esperado: respeitando as especificidades do local da escola, o objetivo aqui é fazer com que o aluno pratique o PPP levando em conta a escola onde trabalha ou investigar uma escola de sua região.
 
 
Referência Bibliográfica
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal / Coord. Edições Técnicas, mar/2017.
SILVA, Deise Oliveira da.  Construção do PPP numa perspectiva democrática. Paco Editora, 2011.
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Planejamento Educacional
Planejamento Educacional (PE)
Nesta aula, exploraremos o fascinante universo do Planejamento Educacional (PE) na escola, abordando seus diversos aspectos: sua importância como instrumento de formação e seu papel como espaço participativo de trabalho coletivo.
O Planejamento Educacional é muito mais do que um mero processo reflexivo e de conhecimento da escola e da sociedade em que estamos inseridos. Ele é a conexão vital entre as ideias que abriga e as práticas concretas que se desenvolvem no ambiente escolar.
A construção do PE é sustentada pelos agentes educacionais internos da escola: a direção, a coordenação/supervisão pedagógica e os docentes, além da participação ativa dos pais e da comunidade local. Juntos, eles formam a base sólida para moldar um planejamento eficaz e alinhado com as necessidades educacionais de todos os envolvidos.
No momento do planejamento educacional devemos levar os seguintes tópicos em consideração:
Análise de conflitos
Quebra de paradigmas
Responsabilidades compartilhadas com os agentes educacionais
Autonomia e identidade
O planejamento educacional como norteador ter como premissa as seguintes perguntas:
O quê – O que se pretende fazer?
Por quê – A relevância, as razões a justificativa
Para que – Os objetivos que se pretende alcançar
Para quem – A que grupo/turma de alunos
Com quem – Os recursos humanos necessários
Com que – Os recursos financeiros e materiais necessários
Como – A metodologia a ser aplicada para alcançar o que se almeja
Quando – Período de realização
Onde – Local (escola)
Quanto – Avaliação dos resultados após execução
O Planejamento Educacional (PE) se revela como um procedimento minuciosamente elaborado, concebido com o propósito de alcançar resultados efetivos, combinando eficácia e eficiência. Compreende três fases distintas: elaboração, implementação e avaliação, cada uma desempenhando um papel essencial no processo.
Através do PE, é possível direcionar e redirecionar os esforços da escola de acordo com suas necessidades. Antecipa-se uma realidade futura, permitindo uma atuação eficaz em um mundo dinâmico, onde a reflexão contínua e o conhecimento da realidade são fundamentais.
Assim, o PE emerge como um componente essencial no contexto social, uma vez que a escola, responsável pela sua criação, é um elemento central na vida do aluno, juntamente com a família. Sua compreensão completa promove a disseminação das ações incluídas no PE, tanto dentro como fora da instituição escolar, impactando a sociedade de forma significativa.
O Planejamento Educacional (PE), com a ativa participação dos agentes educacionais, com ênfase na coordenação pedagógica e nos docentes, revela-se como um instrumento de excelência para a formação profissional e pessoal. Ao exercitar sua elaboração, envolvendo habilidades técnicas e conceituais, juntamente com a complexa relação interpessoal estabelecida, o PE desempenha um papel fundamental na formação educacional do ser humano.
O PE desempenha um papel de destaque para o profissional da educação, graças à sua intencionalidade e relevância como ferramenta de gestão. O planejamento, enquanto instrumento de formação, é um elemento essencial para aqueles que buscam transformar a realidade em busca de uma qualidade social mais elevada. Isso implica no compromisso de cada agente educacional, tanto interno quanto externo à escola, no processo de elaboração do PE.
Dessa maneira, o PE se mostra como um poderoso meio de desenvolvimento profissional e pessoal, capacitando os profissionais da educação a promover mudanças significativas e positivas na educação e na sociedade como um todo.
O Planejamento Educacional (PE), como um espaço participativo de trabalho coletivo, representa uma ferramenta essencial que reflete a possibilidade do sucesso efetivo do que foi planejado. Esse instrumento possibilita um trabalho conjunto envolvendo a direção escolar, coordenação pedagógica, docentes, alunos, pais/responsáveis e a comunidade externa à escola. O PE não é algo que se desenvolve da noite para o dia, exigindo tempo (pode levar pelo menos 15 dias) para amadurecer e refletir sobre o que se pretende estabelecer nele. É fundamental ter comprometimento para que, no momento de sua implementação (na fase do plano de ação), os resultados obtidos sejam significativos e forneçam informações valiosas. Esses dados serão ponderados e analisados, identificando pontos fortes e oportunidades de melhoria, para que em uma nova elaboração do PE (pelo menos a cada ano letivo), possamos aprimorar o processo continuamente. Esse ciclo constante de melhoria é o que chamo de "kaizen educacional", garantindo que cada próximo ciclo seja ainda melhor do que o anterior.
 
Conteúdo Bônus
Faça uma pesquisa/entrevista com a coordenação pedagógica ou a direção de uma escola e pergunte como eles lidam com o Planejamento Educacional, em que período eles costumam realizar a atividade, quem são os agentes envolvidos na elaboração do mesmo e socialize o que você levantar com os demais colegas da sala do MBA ou com seus colegas na sua escola onde trabalha.
 
 
Referência Bibliográfica
PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola. 4. ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2003. (Guia da escola cidadã; v. 7).
SILVA, Deise Oliveira da. Construção do PPP numa perspectiva democrática. Paco Editora, 2011.
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Revisão de Conteúdo Aulas 01 a 07
Revisão de Conteúdo – Aula 01 a 07
Neste módulo, buscaremos abordar os principais tópicos das aulas 01 a 07, com o objetivo de realizar uma revisão e fixação de conhecimentos!
Aula 01 – As concepções da organização escolar
A ênfase aqui está nos estudos de Libâneo (2013) no Brasil, contribuindo para o entendimento dos tipos de organização escolar (concepção científico-racional e concepção sociocrítica) e suas principais características.
As concepções da organização escolar referem-se às diferentes maneiras pelas quais uma escola é estruturada, administrada e orientada em relação à educação. Isso envolve decisões sobre hierarquia, papéis e responsabilidades, currículo, métodos de ensino, interações entre alunos e professores, gestão de recursos e outros aspectos que influenciam o funcionamento e o ambiente educacional da escola. As concepções podem variar de acordo com a cultura escolar, as abordagens pedagógicas adotadas e os objetivos educacionais.
Aula 02 – O professor e o ambiente de trabalho
Destacar o papel do professor como agente colaborativo dentro da gestão democrática da escola.
O professor é um profissional dedicado à educação e ao ensino. Ele é responsável por mediar os conhecimentos, orientar o aprendizado dos alunos, desenvolver habilidades e promover o crescimento intelectual e pessoal dos estudantes. O ambiente de trabalho do professor é sempre um ambiente onde possam ocorrer as interações educacionais. Nesse espaço, o professor planeja e ministra aulas, utiliza materiais didáticos, avalia o progresso dos alunos e adapta suas estratégias de ensino de acordo com as necessidades individuais e coletivas. Neste ambientetambém podem ser  incluídas atividades de planejamento de currículo, reuniões com colegas e pais, desenvolvimento profissional contínuo e outras responsabilidades administrativas ligadas ao ensino.
Aula 03 – Aplicação e formas da gestão escolar
Apresentar as ferramentas utilizadas na organização empresarial (planejamento e plano) aqui aplicadas na gestão escolar.
A gestão escolar visa criar um ambiente propício para o aprendizado, onde alunos, professores e funcionários possam atingir seus objetivos educacionais da melhor forma possível.
Aula 04 – O trabalho colaborativo na escola
A colaboração como destaque como forma de trabalho dentro da gestão democrática da escola.
Aula 05 – O espaço na gestão escolar
A escola como 2º elemento da sociabilização da criança.
Trabalhar as divergências pessoais (cultura, religião, valores etc.) visando tornar o espaço escolar o melhor possível.
Aula 06 – O Projeto Pedagógico
A estrutura mínima para elaborar o PP:
Identificação da escola
Missão da escola
Contexto das famílias dos estudantes
Dados sobre a aprendizagem local
Recursos disponíveis
Diretrizes pedagógicas
Aula 07 – O planejamento educacional e o espaço de trabalho coletivo
Tratamos sobre as habilidades: técnica-humana e conceitual como diferencial no planejamento educacional.
O planejamento educacional no espaço escolar visando a prática do trabalho coletivo.
 
 
Atividade extra
Faça uma pesquisa/entrevista com a coordenação pedagógica ou a direção de uma escola e pergunte como eles elaboram o PPP - em que período eles costumam realizar a atividade, quem são os agentes envolvidos na elaboração do mesmo e socialize o que você levantar com os demais colegas da sala do MBA ou com seus colegas na sua escola onde trabalha.
Durante a realização da pesquisa, seus principais objetivos serão:
Analisar as características e componentes de projetos pedagógicos em escolas de níveis diversos;
Investigar a percepção de professores, alunos e gestores sobre a eficácia dos projetos pedagógicos no processo educativo.
Identificar desafios e oportunidades na implementação de projetos pedagógicos.
 
 
Referência Bibliográfica
HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios de participação coletiva. Editora Papirus, 2016.
LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal / Coord. Edições Técnicas, mar/2017.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 6ª ed., Heccus Editora, 2013.
PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola.
4. ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2003. (Guia da escola cidadã; v. 7).
PCNs. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC,1998.
SANT’ANNA, Geraldo José. Planejamento, gestão e legislação escolar. Érica Editora, SP. 2014.
SILVA, Deise Oliveira da. Construção do PPP numa perspectiva democrática. Paco Editora, 2011.
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