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HISTOLOGIA SISTÊMICA SISTEMA URINÁRIO PROFº JULIANO KARVAT JULIANOKARVAT@FAG.EDU.BR SISTEMA URINÁRIO Limpar o sangue de produtos nitrogenados e de outros produtos residuais do metabolismo por meio da filtração e da excreção Equilibrar a concentração dos líquidos e eletrólitos do corpo Recuperar, por meio da reabsorção, moléculas pequenas, íons e água, a fim de manter a homeostase do sangue RINS Funções: Eliminação e conservação de substâncias Regular a pressão sanguínea, hemodinâmica e o equilíbrio ácido-básico do corpo Função endócrina Produção de renina, eritropoetina e prostaglandinas Ativam o 1,25-hidroxicolecalciferol Retroperitonealmente na parede abdominal 11 cm comprimento; 4 a 5 cm de largura; 2 a 3 cm de espessura Envolvido por gordura perirrenal Margem convexa – hilo Pelve renal Seio renal – preenchida por gordura Revestido por delgada cápsula de T.C. denso não modelado com ocasionais fibras elásticas e células musculares lisas Ductos de Bellini 20 ou mais aberturas Área crivosa TÚBULOS URINÍFEROS Densamente compactados Estroma de T.C. é escasso É de natureza epitelial Separado por lâmina basal T.C. ocupado por suprimento vascular do rim Néfron Túbulo Coletor NÉFRONS Dois tipos: Corticais Mais curtos Superficiais ou na porção intermediária do córtex Não se estendem muito pela medula Justamedulares Mais longos Corpúsculo renal no córtex Partes tubulares na medula Néfron Cortical Néfron Justamedular NÉFRONS Medula dividida em: Zona externa Faixa externa Faixa interna Zona interna Corpúsculo Renal Túbulo Contorcido Proximal Alça de Henle Túbulo Contorcido Distal Ducto coletor FUNÇÕES DOS COMPONENTES DOS NÉFRONS CORPÚSCULO RENAL Estrutura oval a esférica 200 a 250 µm de diâmetro Composto Glomérulo Tufo de capilares Podócitos – células epiteliais modificadas Folheto visceral da cápsula de Bowman Cápsula de Bowman Espaço de Bowman (espaço urinário) Folheto parietal – células epiteliais pavimentosas Dispostas sobre uma delgada lâmina basal Fotomicrografia do córtex renal de macaco mostrando: Corpúsculos renais (R) Raios medulares (M) Porção do espaço urinário (S) Folheto parietal (P) CORPÚSCULO RENAL Polo vascular Região na qual os vasos que irrigam e drenam o glomérulo entram e saem Polo urinário Região de continuação entre o corpúsuculo renal e o túbulo proximal Leito capilar completo Arteríola glomerular aferente Arteríola glomerular eferente Maior resistência ao fluxo sanguíneo Pressão capilar elevada Eletromicrografia de varredura do córtex renal de rato mostrando o corpúsculo renal G – glomérulo Pólo urinário C – capilares D – túbulo contorcido distal P - túbulo contorcido proximal V – vasos sanguíneos GLOMÉRULO Inúmeras alças de capilares anastomosados Originados de ramos da arteríola glomerular aferente T.C. da arteríola não penetra na cápsula Substituído por células mesangiais Intraglomerulares Semelhante a pericitos Interior do corpúsculo renal Extraglomerulares Polo vascular GLOMÉRULO GLOMÉRULO Células mesangiais Intraglomerulares Fagocitárias Reabsorção da lâmina basal Podem ser contráteis Possuem receptores para angiotensina II Suporte físico Juntamente com os podócitos e lâmina basal GLOMÉRULO Apresenta capilares fenestrados Células endoteliais altamente delgadas Fenestras geralmente sem diafragma 70 a 90 nm de diâmetro Barreira para elementos figurados e macromoléculas GLOMÉRULO GLOMÉRULO Lâmina Basal 300 nm de espessura Três camadas Lâmina densa Intermediária 100 nm Colágeno tipo IV Lâmina rara Laminina e fibronectina e proteoglicanos Em ambos os lados da lâmina densa Lâmina densa + lâmina rara = lâmina rara interna Lâmina rara externa Entre a lâmina densa e o folheto visceral da capsula de Bowman Lâminina e fibronectina Pedicelos dos podócitos e células endoteliais adesão à lâmina basal GLOMÉRULO CORRELAÇÕES CLÍNICAS Síndrome de Alport Mutações nas cadeias do colágeno tipo IV Doença autossômica recessiva • Perda da audição • Problemas de visão • Nefrite • Hematúria microscópica Leva a insuficiência renal 28 FOLHETO VISCERAL DA CÁPSULA DE BOWMAN Composto por podócitos Células epiteliais modificadas com função de filtração. Prolongamentos primários (principais) Acompanham o eixo longitudinal dos capilares Sem contato íntimo Prolongamentos secundários (pedicelos) Envolvem os capilares FOLHETO VISCERAL DA CÁPSULA DE BOWMAN FOLHETO VISCERAL DA CÁPSULA DE BOWMAN Pedicelos Glicocálix bem deselvolvido Citoplasma sem organelas, mas com microtúbulos e microfilamentos Fendas de filtração entre os pedicelos 20 a 40 nm Com diafragma da fenda Eletromicrografia de glomérulo de rato P – pedicelo BS – espaço de Bowman CL – lúmen do capilar Seta curta – lâmina rara externa Seta longa – fenda de filtração Eletromicrografia de uma região do glomérulo de rim humano contendo eritrócitos BS – espaço de Bowman CL – Lúmen do capilar E – célula endotelial M – Célula mesangial V - Podócito Eletromicrografia de varredura de podócitos (P) e seus prolongamentos em um rim de rato TÚBULO PROXIMAL No polo urinário Epitélio simples pavimentoso do folheto parietal se une ao epitélio simples cúbico 60µm de diâmetro e 14mm de comprimento TÚBULO PROXIMAL Porção contorcida Pars convoluta ou túbulo contorcido proximal Porção reta Pars recta ou segmento descendente espesso da alça de Henle TÚBULO PROXIMAL Epitélio simples cúbico Borda estriada Apoiadas em uma membrana basal bem definida TÚBULO PROXIMAL Com base nas características ultra-estruturais: • Primeiros dois terços • Longos microvilos com sistema de cavéolas (canalículos apicais) • Reabsorção de proteínas • Mitocondrias S1 • Restante da porção torcida e parte da porção reta • Menos mitocôndrias e canalículos apicais S2 • Restante da porção reta • Células cúbicas baixas • Não possuem canalículos apicais S3 Eletromicrografia do segmento S1 do túbulo proximal de rato TÚBULO PROXIMAL 67% a 80% reabsorção para o estroma do T.C. Na+ - (Na+K+-ATPase) Cl- - acompanha o Na+ (neutralidade elétrica) Água – equilíbrio osmótico (aquaporina-1) Glicose, aminoácidos e proteínas – aparelho endocítico vacuolar Eliminação de solutos orgânicos, drogas e toxinas O gradiente osmótico estabelecido pela glicose e pelo NaCl reabsorvidos é a força que impulsiona a reabsorção de água por meio das junções oclusivas e das células do túbulo proximal Capilar peritubular Mitocôndrias SEGMENTOS DELGADOS DA ALÇA DE HENLE Diâmetro de 15 a 20 µm Células epiteliais pavimentosas Comprimento: Corticais - 1 a 2mm ou completamente ausente Justamedulares – 9 a 10mm Segmento delgado descendente Alça de Henle Segmento delgado ascendente SEGMENTOS DELGADOS DA ALÇA DE HENLE Apresentam alguns curtos microvilos abaulados Mitocôndrias ao redor do núcleo Até 4 tipos de células Segmento delgado descendente é altamente permeável à água Numerosos canais de aquaporina-1 TÚBULO DISTAL Dividido em: Porção reta (pars recta) Ou segmento espesso ascendente da alça de Henle Porção contorcida (pars convoluta) Ou túbulo contorcido distal Mácula densa Região modificada TÚBULO DISTAL Eletromicrografia do túbulo contorcido distal APARELHO JUSTAGLOMERULAR Mácula densa Células justaglomerulares Células mesangiais extraglomerulares APARELHO JUSTAGLOMERULAR Mácula densa Células justaglomerulares Células mesangiais extraglomerulares Células altas, estreitas e com núcleo central Monitoramo volume do filtrado e a [ ] de Na+ Na+ ↓ Dilatação das arteríolas glomerulares aferentes Induzem as células justaglomerulares a secretarem a enzima renina na circulação APARELHO JUSTAGLOMERULAR Mácula densa Células justaglomerulares Células mesangiais extraglomerulares Células musculares lisas modificadas Na túnica média da arteríola aferente Enervadas por fibras simpáticas Núcleos esféricos Contém grânulos com renina Também presentes: Enzima conversora de angiotensina (ECA) Angiotensina I Angiotensina II APARELHO JUSTAGLOMERULAR Mácula densa Células justaglomerulares Células mesangiais extraglomerulares Ocupam o espaço entre as arteríolas, polo vascular e mácula densa Podem ocasionalmente conter grânulos Contínuas com as células mesangiais intraglomerulares Eletromicrografia do aparelho justaglomerular do rim de um coelho MD – mácula densa JG – células justaglomerulares EM – células mesangiais extraglomerulares PARÂMETROS PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS TCPS E TCDS CORPÚSCULO RENAL CORPÚSCULO RENAL TÚBULOS COLETORES Epitélio simples cúbico 20mm de comprimento Três regiões: Cortical Medular Papilar TÚBULOS COLETORES • Nos raios medulares • Células principais • Canais de aquaporina-2 sensíveis à ADH • Permeabilidade à água • Células intercalares • Vesículas apicais • Tipo A: H+ATPase • Acidificação da urina • Tipo B: reabsorção de H+ e secreção de HCO3 - Cortical TÚBULOS COLETORES • Formados pela união de túbulos corticais • Na externa da medula • Células principais e intercalares • Na medula interna • Células principais Medular TÚBULOS COLETORES • Confluência de vários túbulos medulares • Se abrem na área crivosa • Células principais colunares • Impermeáveis à água • ADH presentes = permeáveis Papilar VIAS EXCRETORAS Cálices menores Cálices maiores Pelve renal Ureter Bexiga urinária uretra CÁLICES E PELVE RENAL Cálice menor – encaixado na papila renal Epitélio de transição Barreira Músculo liso Impulsionar a urina para o cálice maior Cálice maior Recebe urina de 2 a 4 cálices menores Pelve renal Região expandida dos ureteres Regiões com semelhanças teciduais URETER 3 a 4 mm de diâmetro 25 a 30 cm de comprimento Camadas: Mucosa Epitélio de transição Lâmina própria T.C frouxo fibroelástico Túnica muscular duas camadas de células musculares lisas Adventícia Camada fibrosa de T.C. BEXIGA Epitélio de transição Barreira osmótica Placas e regiões interplacas Lâmina própria T.C. frouxo T.C. denso não modelado Túnica muscular Três camadas entrelaçadas de músculo liso Adventícia T.C.frouxo URETRA FEMININA Lúmen colabado – exceto na micção Próximo à bexiga – epitélio de transição Epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado Glândulas de Littré Lubrificação Vasos Semelhante tecido erétil Camada de músculo contínua com a bexiga URETRA MASCULINA Dividida em três regiões: Prostática Epitélio de transição Utrículo prostático – aberturas Ductos ejaculatórios Membranosa Passa pela membrana perineal Epitélio estratificado cilíndrico e pseudoestrificado Esponjosa (peniana) Epitélio estratificado cilíndrico, pseudoestratificado e estratificado pavimentoso não-queratinizado T.C. frouxo fibroelástico altamente vascularizado Glândulas de Littré REFERÊNCIAS KIERSZENBAUM. Histologia e biologia celular: uma introdução à patologia. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. CAP: 14 GARTNER, L.P; HIATT, J.L. Tratado de Histologia Médica. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. CAP: 19