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UNIDADE 3 - Psicopatologia no adulto e relação com funções 
cognitivas 
AULA 01 - Funções cognitivas em adultos 
Caro aluno, a aprendizagem envolve uma série de fatores: genéticos, biológicos, 
orgânicos, ambientais, motivacionais e sociais. Sendo assim, é necessário conhecer a 
fundo o seu paciente ou aluno, a fim de compreendê-lo na sua totalidade e 
conseguir identificar o que pode estar prejudicando o processo de aprendizagem 
dele. 
Nesta aula, aprenderemos sobre os principais transtornos psicopatológicos, seus 
sintomas e as funções cognitivas que são prejudicadas, assim, ao final, você estará 
apto a identificar os sinais que sugerirem determinada hipótese diagnóstica e 
elaborar um plano de ação e intervenção adequado e assertiva. Além disso, este 
conhecimento auxiliará na realização de encaminhamento adequado para outros 
profissionais da área da saúde, como neurologista, psiquiatra ou neuropsicólogo. 
 
O cérebro e a aprendizagem 
A aprendizagem é um processo complexo, o qual demanda várias funções 
cognitivas para ser eficaz. Resumidamente, ela consiste em um processo de 
aquisição, conservação e evocação das informações que decorrem de mudanças no 
Sistema Nervoso Central (SNC). Estas mudanças ocorrem através de um processo 
chamado neuroplasticidade, cujo conceito se refere à capacidade do cérebro de 
produzir novas conexões neurais (PIRES, 2010). 
As informações que chegam ao SNC têm dois caminhos para seguir: caso seja um 
conhecimento prévio, ativa-se uma lembrança, ou seja, uma memória, fortalecendo 
uma conexão neural e a conservação da informação; se for novo, produzirá 
mudanças na estrutura e/ou função do cérebro, estabelecendo novas conexões, ou 
seja, adquirindo conhecimento novo (CONSENZA, 2011). 
Estima-se que o cérebro adulto tem mais de 80 bilhões de neurônios, os quais se 
comunicam se e conectam entre si através de impulsos nervosos, os quais recebem 
o nome de sinapses. Estudos apontam que um neurônio pode fazer até 60 mil 
sinapses, ou seja, se comunicar com outros 60 mil neurônios, indicando uma 
capacidade imensa em aprender. Sendo assim, pode-se dizer que a aprendizagem 
é um evento sináptico, cujo percurso produz modificação molecular (PIRES, 2010). 
A informação sensorial é recebida pelos órgãos dos sentidos e percorre o caminho 
até o SNC, no qual passa de um neurônio para outro até atingir a área responsável 
pelo seu processamento. 
Vale ressaltar que os períodos do desenvolvimento humano também têm grandes 
influências no processo de aprendizagem. Ao nascermos, temos um número 
elevado de neurônios, entretanto eles ainda não estão conectados entre si. À 
medida que vai sendo exposto a estímulos novos, as conexões vão se formando, de 
modo que, por volta dos dois anos de idade, a criança tem inúmeras conexões 
neuronais (CONSENZA, 2011). 
Com a finalidade de continuar aprendendo e fazendo novas conexões neurais, o 
cérebro passa pela chamada poda neural, por volta dos dois anos e, depois, por 
volta dos 15 anos, quando é realizada uma seleção que desfaz sinapses que não 
são mais relevantes para a vida daquele sujeito, permitindo fortalecer aquelas mais 
necessárias e abrindo espaço para novas (CONSENZA 2011; PIRES, 2010). 
Pode-se dizer que os primeiros anos de vida são primordiais para os processos de 
aprendizagem, visto que, no cérebro adulto, a capacidade do cérebro em mudar em 
resposta a experiência é mais difícil, sendo demandado um esforço maior. Isso não 
significa que o adulto seja incapaz de aprender novas habilidades, mas, sim, que 
demandará mais estimulação e prática. 
Com isso, cabe a você, profissional, compreender a fundo as funções cognitivas que 
interferem diretamente no processo da aprendizagem. Dentre elas: 
• Memória. 
• Atenção. 
• Funções executivas. 
• Sensação e percepção. 
• Liguagem. 
• Habilidade visuoconstrutiva. 
• Humor. 
Também, faz-se necessário salientar que algumas psicopatologias acarretam 
prejuízos nestas funções, tornando essencial a intervenção para o desenvolvimento 
de aprendizagem efetiva. 
Na próxima aula, veremos com mais detalhes o que são cada uma destas funções 
cognitivas. 
Funções cognitivas 
Como brevemente citado no bloco anterior, as funções cognitivas que influenciam 
diretamente na aprendizagem são: 
• Memória. 
• Atenção. 
• Funções executivas. 
• Sensação e percepção. 
• Linguagem. 
• Habilidade visuoconstrutiva. 
A memória é uma função primordial para a aprendizagem, pois ela engloba desde o 
processo de aquisição até a codificação, o armazenamento e a evocação. É um 
constructo complexo que é dividido em: memória de curto prazo ou operacional, 
cuja função é o armazenamento de informações por um curto período, segundos ou 
poucos minutos, além da manutenção e da manipulação desta informação; 
memória de longo prazo, que é dividida em implícita e explícita. A implícita diz 
respeito à memória percepto-motora, adquirida por repetição e é independente da 
consciência, por exemplo: andar de bicicleta. A explícita se subdivide em: 
episódica, que está relacionada ao armazenamento das experiências vividas e está 
associada ao tempo e ao espaço; a semântica, que diz respeito às informações e 
aos conhecimentos gerais sobre o mundo (CONSEZA, 2011; PIRES, 2010; ROTTA, 
2015). 
A atenção é a função que permite que você fique em estado de alerta, 
possibilitando o início da recepção de estímulos, permitindo a seleção de 
informações a serem recebidas e a inibição de distratores. Sendo assim, ela atua 
como uma lanterna, focalizando no conteúdo a ser adquirido. Dentre as 
classificações da atenção, temos a sustentada, que diz respeito à capacidade de 
conseguir manter o foco atencional; a alternada, que é a habilidade de mudar o 
foco de um estímulo ao outro quando for necessário; por último, a dividida, que é a 
capacidade de ignorar um estímulo em prol de outro (CONSEZA, 2011; PIRES, 
2010; ROTTA, 2015). 
As funções executivas dizem respeito às funções que permitem uma habilidade 
adaptativa ao indivíduo e possibilitam uma mudança rápida e flexível das suas 
ações ao se deparar com mudanças do ambiente no qual está inserido. Podemos 
subdividir as funções executivas em: controle inibitório, ou seja, a capacidade do 
sujeito de ignorar algum estímulo e focalizar sua atenção em outro mais importante 
naquele momento; flexibilidade cognitiva, que é a habilidade de responder de 
forma mais adaptativa ao meio no qual está inserido; organização e planejamento 
e fluência verbal (ROTTA, 2015; CONSEZA, 2011; PIRES, 2010). 
Em relação à sensação e percepção, é o processo pelo qual recebemos as 
informações, podendo ser pelos órgãos de sentido ou pelas células. Por exemplo, 
ao ter uma imagem no nosso campo visual, esta é captada pelos olhos, que a 
transforma em impulsos elétricos e a envia, através do nervo ótico, ao cérebro, que 
processará em várias regiões e te permitirá armazenar dados daquela imagem 
(ROTTA, 2015; CONSEZA, 2011; PIRES, 2010). 
No que diz respeito à linguagem, é por meio dela que você se comunica de forma 
eficaz, através de um sistema de símbolos (ROTTA, 2015; CONSEZA, 2011; 
PIRES, 2010). 
Já a função cognitiva visuoconstrutiva refere-se à capacidade de montar ou 
manejar partes de um todo e organizá-los, a fim de formar uma imagem ou um 
objeto. Pode estar relacionada à habilidade de cópia de figuras geométricas, ao 
manejo de objetos tridimensionais, à reprodução de letras ou palavras escritas. 
Requer outras habilidades, tais como: percepção visual, comportamento motor, 
raciocínio espacial, capacidade para monitorar o próprio desempenho e formulação 
de planos ou metas (ROTTA, 2015; CONSEZA, 2011; PIRES, 2010). 
Como observado, todas estas funções cognitivas estão intimamente envolvidas no 
processo de aprendizagem: a sensação e a percepção recebem as informações; a 
atenção concentra e “ilumina” o estímulo em questão; a memória codifica e 
armazena; as funçõesexecutivas possibilitam transformações mais adaptativas 
frente às mudanças; a linguagem auxilia no processo de recepção e transmissão; a 
visuoconstrução possibilita o manejo dos objetos de formas diferentes e nos 
permite reproduzir, por meio da escrita, por exemplo, a informação apresentada 
(ROTTA, 2015; CONSEZA, 2011; PIRES, 2010). 
Desta forma, na próxima aula, entenderemos mais sobre como as funções 
cognitivas estão prejudicadas em alguns transtornos e como isso atrapalha na 
aprendizagem efetiva. 
 
Aprendizado, funções cognitivas e psicopatologias 
Como vimos anteriormente, a aprendizagem é um processo complexo que demanda 
várias funções cognitivas para ser efetiva. Sendo assim, atualmente, temos o 
conhecimento que algumas psicopatologias no adulto podem interferir na aquisição 
de novos conhecimentos. 
Dentre as mais comuns, temos: 
• Transtornos depressivo maior. 
• Transtornos de ansiedade. 
• Transtornos de personalidade borderline. 
• Transtorno obsessivo compulsivo. 
• Transtorno do estresse pós-traumático. 
• Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. 
• Transtornos da aprendizagem. 
Vamos falar um pouco sobre cada um deles, conforme a APA (2014). 
O transtorno depressivo maior caracteriza-se por humor deprimido, durante a 
maior parte do dia, diminuição acentuada do interesse ou prazer em quase todas as 
atividades durante a maior parte do dia, ganho ou perda de apetite, insônia ou 
hipersonia, agitação ou atraso psicomotor, fadiga ou perda de energia, culpa 
inapropriada ou sentimentos de inutilidade, capacidade diminuída de pensar, tomar 
decisões e concentrar-se. 
Em relação aos transtornos de ansiedade, são bastante frequentes e são 
caracterizados por preocupações excessivas sobre alguma atitude ou evento, 
agitação ou sensação de nervosismo, cansaço, dificuldade de concentração, 
irritabilidade, tensão muscular e alteração do sono. 
No transtorno de personalidade borderline, a sintomatologia é instabilidade 
persistente nos relacionamentos, na autoimagem, nas emoções e na impulsividade. 
Em relação ao transtorno obsessivo compulsivo, é caracterizado pela presença 
de obsessões, que são pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis, que 
resultam em sofrimento seguido por comportamentos repetitivos e intencionais para 
diminuir a ansiedade, chamados de compulsões. 
Já o transtorno de estresse pós-traumático caracteriza-se por sintomas de 
intrusão, tais como memórias recorrentes e involuntárias, sentir que está revivendo 
o trauma e sofrimento intenso ao lembrar; esquiva, como evitar o local ou os 
pensamentos associados ao evento; efeitos negativos sobre a cognição e o humor, 
apresentando perda de memória, pensamentos distorcidos, perda de interesse em 
atividades significativas; reatividade e excitação alteradas, tais como dificuldade 
para dormir, irritabilidade, problema de concentração e hipervigilância. 
Em adultos, os sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 
são: dificuldade de concentração, dificuldade de concluir tarefas devido ao 
comprometimento da função executiva, oscilação de humor, impaciência, dificuldade 
de manter relacionamentos, além de uma inquietação e agitação. Tende a aumentar 
o risco de desemprego, uso de álcool, acidentes de trânsito e criminalidade. 
Transtornos de aprendizagem afetam a capacidade do indivíduo de compreender 
ou usar a linguagem falada, escrita ou números e conceitos matemáticos. Também, 
envolvem a dificuldade em coordenar movimentos e focar atenção em uma tarefa. 
Sendo assim, acarretam prejuízos na leitura, matemática, ortografia e compreensão 
de linguagem verbal e não verbal. 
Com isso, pode-se observar que a maior parte dos transtornos citados afeta as 
funções cognitivas previamente estudas, sendo que a atenção e as funções 
executivas estão alteradas em todos eles e são primordiais para o processo da 
aprendizagem. 
Visto isso, cabe ressaltar a importância do conhecimento acerca deste assunto, a 
fim de identificar a presença destes sintomas e realizar os encaminhamentos 
necessários e, posteriormente, elaborar um plano de ação e intervenção assertivo. 
 
Videoaula: Funções cognitivas em adultos 
Olá, estudante! Neste vídeo, você verá os principais pontos trabalhados nas aulas 
anteriores. De forma resumida, encontrará os conceitos e as funções cognitivas 
envolvidos no processo de aprendizagem, com a finalidade de conseguir elaborar 
um plano de ação e intervenção preciso e com maiores chances de sucesso. 
Também, encontrará as psicopatologias mais comuns em adultos e seus prejuízos 
para a aprendizagem. 
Saiba Mais 
Neste primeiro link, você encontra a classificação dos transtornos de forma didática 
para as famílias. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa 
Neste segundo link, você encontra a mesma classificação dos transtornos, mas para 
profissionais de saúde, em uma linguagem mais aprofundada. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional 
Esta revista tem reportagens muito interessantes sobre o processo de ensino e 
aprendizagem. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional
https://revistaeducacao.com.br/ 
 
Referências 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais: DSM-5. 5. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2014. 
CONSENZA, R. M. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto 
Alegre, RS: Artmed, 2011. 
FONSECA, V. da. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na 
aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Rev. Psicopedag., São 
Paulo, v. 31, n. 96, p. 236-253, 2014. 
FONSECA, V. Cognição e Aprendizagem. Lisboa: Ancora, 2001. 
PIRES, E. U. Ontogênese das Funções Cognitivas: uma abordagem 
neuropsicológica. 2010. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica) – Pontifícia 
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. 
ROTTA, N. T. Transtornos da Aprendizagem: abordagem neurobiológica e 
multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 - TDAH em adultos 
Caro aluno, nesta unidade, aprofundaremos o tema transtorno de déficit de atenção 
e hiperatividade (TDAH), que é um distúrbio do neurodesenvolvimento, ou seja, os 
sintomas têm início na infância e se mantêm por toda a vida. 
https://revistaeducacao.com.br/
Este transtorno se caracteriza, essencialmente, por sintomas desatentos, hiperativos e 
impulsividade, os quais causam prejuízos significativos nas áreas acadêmicas, sociais, 
cognitivas e no trabalho. 
Sendo assim, nas próximas aulas, serão apresentados os sintomas de maneira 
detalhada e as funções cognitivas mais prejudicadas neste transtorno durante a vida 
adulta. Ao final das aulas, o objetivo será que você saiba como este paciente 
precisará de sua ajuda e como realizar os melhores encaminhamentos e 
intervenções. 
Breve histórico do TDAH 
O TDAH é caracterizado por um conjunto de sintomas hiperativos, desatentos e 
impulsivos, no entanto os sujeitos também apresentam baixo controle inibitório e 
desregulação emocional, o que agrava os prejuízos em diversas áreas de sua vida: 
social, acadêmica e profissional. 
A primeira referência deste transtorno é do médico alemão Heinrich Hoffman, em 
1865, entretanto os primeiros escritos científicos foram de George Still e Alfred 
Tredgold, em 1900, os quais dedicaram seu tempo e sua atenção a estudar uma 
condição comportamental infantil similar ao TDAH. Eles a descreviam com um 
defeito no controle moral, relativamente crônico, então associavam a traumas 
cerebrais, pouca volição inibitória, caracterizando crueldade e desonestidade, e 
dificuldade em atenção prolongada. 
Entretanto, os interesses pelo transtorno na América do Norte se intensificaram com 
a crise de encefalite epidêmica em 1917-1918, ao se depararem com sequelas 
cognitivas e comportamentais significativas, que incluíam limitações atencionais, na 
regulação das atividades,impulsividade e memória, sendo consideradas perturbadas 
socialmente. Em 1940, foi introduzido o uso de medicamento da classe das 
anfetaminas para tratamento das crianças diagnosticadas. 
Durante a década de 1950, vários pesquisadores utilizaram o termo “transtorno de 
impulso hipercinético” para descrever o conjunto de sintomas do TDAH, acreditando 
que era uma deficiência no SNC, em especial, no tálamo, o qual seria responsável por 
não filtrar os estímulos e permitir a entrada de excessos de estímulos, sendo assim, 
era considerada uma síndrome de lesão cerebral, e nascia a ideia de utilizar uma 
classe nova de medicamentos, os estimulantes, para tratá-los (BARKLEY, 2002). 
Na década de 1960, surgiu a classificação de síndrome de hiperatividade, descrita 
por Laufer e Denhoff (1957) e Chess (1960). Eles tiravam a culpa somente dos pais, 
enfatizavam a hiperatividade e abstinham a causalidade em uma lesão cerebral. Foi 
durante este período que a definição hiperatividade passou a constar no Manual 
Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-II) e o prognóstico passou a ser 
visto com mais esperança (BARKLEY, 2002). 
Durante os anos de 1970 e 1980, os estudos tiveram um estirão, e o tema passou a 
ser pauta em diversas reuniões e feiras científicas. A hiperatividade associou-se à 
impulsividade, dificuldade atencional, baixa tolerância à frustração, distração e 
agressividade. 
O período de 1980 a 1989 foi marcado pela publicação do DSM III, no qual os 
critérios diagnósticos para o transtorno de déficit de atenção (TDA), como era 
chamado, não eram somente a desatenção e a impulsividade como aspectos 
definidores do transtorno, mas uma série de outras características mais detalhadas, 
como data de início, duração e exclusão frente a comorbidades; além disso, a 
hiperatividade passou a ser um subtipo e adição do TDA. O transtorno começou a 
ser visto como natureza crônica, predominantemente biológico e hereditário e com 
impacto significativo em diversos âmbitos da vida do sujeito, e atribuía-se o nível de 
gravidade aos impactos ambientais. 
Somente na década de 1990 que os estudos em adultos com TDAH ganharam 
visibilidade e tornou-se um transtorno legítimo. As pesquisas indicaram a 
necessidade da aceitação, grupos de conversas e expansão do assunto. Também, 
aumentaram os estudos da eficácia de estimulantes e antidepressivos para o 
controle do TDAH adulto. 
Atualmente, o TDAH ainda é alvo de muitos estudos e pesquisas, sendo 
diagnosticado com maior eficiência e eficácia, proporcionando um tratamento 
adequado e um bom prognóstico. 
Na próxima aula, veremos mais a fundo as características e a sintomatologia deste 
transtorno. 
 
O TDAH em adultos 
O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade é considerado um distúrbio de 
neurodesenvolvimento, ou seja, os sintomas estão presentes precocemente na 
infância e permanecem por toda a vida do sujeito, prejudicando o seu 
funcionamento acadêmico, pessoal, social e profissional. Dentre as suas 
características, estão dificuldades na aquisição, retenção ou aplicação de informações 
determinadas, e isso se justifica pela disfunção nas funções cognitivas: atenção, 
memória e funções executivas (APA, 2014). 
A incidência do TDAH é alta e afeta entre 5 a 15% das crianças e pesquisas indicam 
ser duas vezes mais comuns em pessoas do sexo masculino, no entanto isso pode 
ser explicado pelas diferenças na manifestação dos sintomas, sendo que os meninos 
tendem a ser mais hiperativos, enquanto as meninas são mais desatentas (APA, 
2014). 
O transtorno é dividido em: 
• Desatenção predominante. 
• Hiperatividade/impulsividade predominante. 
• Combinado. 
Este transtorno não tem uma causa específica, mas inclui fatores genéticos, 
bioquímicos, sensório motores, fisiológicos e comportamentais. Fatores de risco 
podem ser: baixo peso no nascimento, deficiência de ferro, apneia obstrutiva do 
sono, traumatismo craniano, exposição ao álcool, cocaína ou tabaco e traumatismo 
craniano (APA, 2014). 
Nos adultos, os sintomas mais presentes são oscilações de humor, impaciência, 
dificuldade na conclusão de tarefas (procrastinação), sensação de agitação ou 
inquietação, dificuldade de concentração e prejuízos nos relacionamentos (APA, 
2014). 
Há dificuldades no diagnóstico de transtorno de atenção e hiperatividade em 
adultos, pois os sintomas assemelham-se aos transtornos de humor, ansiedade e uso 
abusivo de substâncias, sendo necessário rever registros escolares ou entrevistar 
familiares para verificar o início precoce de sintomas. Os sintomas de desatenção 
englobam dificuldade em prestar atenção a detalhes, manter a concentração em 
tarefas, não acompanhar instruções, dificuldade de organização e planejamento, 
evitar esforço mental, perder objetos importantes, distrair-se facilmente e ser 
esquecido (APA, 2014). 
Os sintomas de hiperatividade/impulsividade são inquietação motora, atividades 
motoras inapropriadas e excessivas, dificuldade em atividades calmas, fala excessiva 
e impaciência. Em adultos, é comum dificuldade acadêmica, baixa autoestima e 
deficiência em assimilar um comportamento social adequado. Caso encontrem um 
trabalho que não exige muita atenção para realizar, podem se ajustar bem. 
É essencial que estes sujeitos aprendam a se organizar, definem seus objetivos, 
monitorem seus comportamentos e emoções. Na sala de aula, o controle do barulho 
e das estimulações visuais pode auxiliar. Além disso, duração de tarefas 
diferenciadas, sendo mais curtas, movidas a novidades e afetividade com o professor 
podem motivar o aprendizado (BARKLEY, 2002). 
Entretanto, como vimos, dificuldades nas funções cognitivas de atenção e funções 
executivas prejudicam muito as habilidades acadêmicas, afinal, se há uma disfunção 
atencional, o sujeito não consegue se concentrar ou ignorar os estímulos 
concorrentes e não há possibilidade de aprendizado desta forma. Além disso, uma 
falta de atenção prejudica a memorização de novos conteúdos e dificuldade no 
processo de aprendizagem (SILVA, 2003). 
A dificuldade do paciente com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, no 
que diz respeito às funções executivas, também prejudica o seu funcionamento 
acadêmico, visto que há dificuldade em organização e planejamento, flexibilidade 
cognitiva e controle inibitório. Este indivíduo, ao apresentar dificuldade em se 
adaptar a mudanças e aprender com os erros terá uma menor tolerância a 
frustrações, impaciência e comportamento de desistência frente a obstáculos. 
Na próxima aula, trarei uma aplicação pratica para discutirmos o plano de ação 
adequado. 
 
TDAH na prática 
Na prática, a quantidade de pacientes com suspeita de TDAH está cada vez mais 
presente. Entretanto, muitos destes ainda não têm o diagnóstico fechado e, 
consequentemente, não têm o tratamento e o plano de ação corretos. 
Isso explicita a necessidade de os profissionais aprofundarem seus conhecimentos 
cada vez mais para que consigam identificar os sintomas e realizar os melhores 
encaminhamentos para o caso em questão. 
É sabido que, quanto antes uma pessoa com TDAH receber estimulação e 
intervenção, melhor é o prognóstico, visto que ela aprenderá a lidar com os seus 
sintomas e conseguirá ter qualidade de vida. 
O olhar atento, uma boa anamnese/entrevista e a aplicação de testes são 
fundamentais para a identificação deste diagnóstico. Sendo assim, em casos de 
suspeita de TDAH, o sujeito deve ser encaminhado a um neurologista, 
neuropsicólogo, psicopedagoga e ter acompanhamento psicológico. Dentre os 
exames médicos mais comuns, estão a ressonância magnética e o 
eletroencefalograma. 
O neuropsicólogo é o responsável pelas aplicações dos testes que mensurarão as 
funções cognitivas e identificarão aquelas que têm maior prejuízo, tanto para 
identificar os critérios necessários para o diagnósticos quanto para indicar um 
melhor plano de intervenção.Nestas aplicações, normalmente, é constatada uma diferença significativa da 
memória operacional, aquela responsável pelo armazenamento e pelo manejo da 
informação mental em um curto espaço de tempo, e da velocidade de 
processamento, sendo estas rebaixadas em comparação às habilidades operacionais 
e verbais. Isso indica prejuízos atencionais e nas funções executivas, resultando na 
necessidade de mais tempo para realização de atividades e pensamento 
desorganizado. 
Feitos os exames e aplicados os testes, é possível fechar o diagnóstico para TDAH e, 
então, o sujeito deverá buscar ajuda com psicopedagogos e psicólogos que 
auxiliarão no treino cognitivo e no desenvolvimento das habilidades prejudicadas 
pelo transtorno. 
O principal treino é o atencional, no qual são realizados diversos “jogos” e atividades 
que visam estimular a concentração e o direcionamento do foco, são apresentados 
diversos estímulos ao mesmo tempo e é solicitado que o sujeito tente retomar sua 
atenção a somente um. Também, a prática de mindfulness é extremamente 
importante, visto que sua função é treinar a habilidade da pessoa em se manter no 
momento presente. 
Além disso, é necessário estimular a capacidade de raciocínio e tomada de decisão, 
treinando desde as escolhas menores até as maiores, assim a pessoa desenvolverá 
sua organização e seu planejamento, uma das funções executivas prejudicadas nos 
pacientes com TDAH. 
Em relação à psicoterapia, serão trabalhadas questões de autoestima, afinal, há 
indícios de que, devido aos esquecimentos e às falhas, o indivíduo desenvolve uma 
crença de incapacidade que prejudica a autoeficácia, ou seja, sua autoconfiança. 
Técnicas de autorregulação emocional também são utilizadas, visto que há baixa 
tolerância a frustrações, assim como algumas práticas são fundamentais, por 
exemplo, segurar o gelo, realizar respiração diafragmática e praticar exercícios físicos. 
O plano de ação do sujeito com TDAH é contínuo e conta, muitas vezes, com o uso 
de psicofármacos, por isso é importante que ele passe em acompanhamento com 
um médico neurologista. 
Também, são necessárias, muitas vezes, intervenções e orientações para mudanças, 
como reorganização de ambiente, diminuindo a quantidade de estímulos distratores. 
Caso o indivíduo com TDAH receba o tratamento adequado, em todos esses 
âmbitos, as chances de ter uma vida funcional e normal são grandes. Então, para 
isso, lembre-se de aprofundar seus estudos para conseguir captar os sintomas e 
proporcionar a melhor intervenção para o seu paciente. 
 
Videoaula: TDAH em adultos 
Olá, estudante! Neste vídeo, você verá os principais pontos trabalhados nas aulas 
anteriores. De forma resumida, encontrará a história do transtorno do déficit de 
atenção e hiperatividade, a sua sintomatologia e apresentação. Também, encontrará 
uma relação com o transtorno e as funções cognitivas mais afetadas, cuja disfunção 
prejudica o aprendizado afetivo. Para concluir, com o conhecimento adquirido acerca 
do transtorno, você conseguirá elaborar um plano de ação e intervenção precisa e 
com maiores chances de sucesso. 
SAIBA MAIS 
Neste primeiro link, você encontra a classificação dos transtornos de forma didática 
para as famílias. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa 
Neste segundo link, você encontra a mesma classificação dos transtornos, mas para 
profissionais de saúde, em uma linguagem mais 
aprofundada.https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissionalEsta revista tem 
reportagens muito interessantes sobre o processo de ensino e 
aprendizagem.https://revistaeducacao.com.br/Site da Associação Brasileira do Déficit 
de Atenção e Hiperatividade, o qual disponibiliza panfletos explicativos, vídeos e 
conhecimento sobre o transtorno.https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/ 
 
Referências 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional
https://revistaeducacao.com.br/
https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais: DSM-5. 5. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2014. 
BARKLEY, R. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): guia 
completo e autorizado para os pais, professores e profissionais da saúde. Trad. Luís 
Sérgio Roizman. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002. 
COUTO, T. de S.; MELO-JUNIOR, M. R. de; GOMES, C. R. de A. Aspectos 
neurobiológicos do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): uma 
revisão. Ciênc. Cogn., Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 241-251, abr. 2010. 
LOPES, R. M. F.; NASCIMENTO, R. F. L. do; BANDEIRA, D. R. Avaliação do transtorno 
de déficit de atenção/hiperatividade em adultos (TDAH): uma revisão de literatura. 
Aval. Psicol., Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 65-74, jun. 2005. 
MATTOS, P. No mundo da lua: perguntas e respostas sobre transtorno do déficit de 
atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. São Paulo, SP: 
Lemos Editorial, 2003. 
SILVA, A. B. B. Mentes Inquietas: entendendo melhor o mundo das pessoas 
distraídas, impulsivas e hiperativas. Rio de Janeiro, RJ: Napades, 2003. 
 
 
 
 
 
Aula 3 - Dislexia e Discalculia em adultos 
Caro aluno, nesta unidade, vamos nos aprofundar no tema Transtornos da 
Aprendizagem, com atenção especial para a Dislexia e a Discalculia. 
A Dislexia se caracteriza, essencialmente, por ser um distúrbio na leitura de palavras, 
apresentando incapacidade de aprender as regras da linguagem, efetuando, assim, 
trocas de letras e dificuldade em identificar a raiz da palavra. 
Em relação à Discalculia, refere-se a uma dificuldade na resolução de problemas 
matemáticos e na habilidade de dominar o sentido numérico, sendo difícil realizar 
cálculos simples. 
Sendo assim, nas próximas aulas,apresentaremos os sintomas de maneira detalhada 
e as funções cognitivas mais prejudicadas nestes transtornos durante a vida adulta. 
Ao final das aulas, o objetivo será que você saiba como este paciente precisará de 
sua ajuda e como realizar os melhores encaminhamentos e intervenções. 
 
Transtornos de aprendizagem 
A Dislexia e a Discalculia são especificações da classificação, de acordo com o 
Manual Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM-5), dos transtornos 
deaprendizagem. Como os outros transtornos mentais, sua causa é multifatorial. 
Entretanto,é sabido que eles têm uma base genética, orgânica e individual, havendo 
alterações no Sistema Nervoso Central (SNC) (APA, 2014). 
Os transtornos de aprendizagem englobam problemas em diferentes áreas e são 
caracterizadospor alterações clinicamente significativas na aquisição e na utilização 
de alguns sistemas complexos, como a recepção da fala, raciocínio, habilidades 
matemáticas, leitura, fala e escrita. No entanto, não podem coexistir com as 
deficiências auditivas, visuais ou intelectuais, sendo essencial a avaliação e a 
realização de exames médicos para diagnóstico diferencial (APA, 2014). 
Cabe ressaltar a importância de diferenciar o que é dificuldade de aprendizagem de 
transtorno de aprendizagem. No primeiro, há atraso e objeções na aprendizagem 
acadêmica, no entanto a dificuldade écaracterizada como problemas no processo do 
ensino-aprendizagem, os quais conseguem ser revertidos com estimulação correta. 
Em contraponto, o transtorno, devido à alteração biológica do SNC, mesmo com as 
intervenções para facilitar a aquisição de conteúdos, não será totalmente revertido, 
sendo que o sujeito adquirirá repertório de estratégias para minimizar os prejuízos 
(MACACARI, 2011). 
Apesar de os transtornos de aprendizagem serem conhecidos há décadas, ainda 
existem negligências em relação ao seu diagnóstico, sendo vistos, em algumas 
situações, como preguiça e mau comportamento. Afinal, a pessoa, ao não 
compreender a linguagem e os símbolos, apresenta desinteresse, o que afeta o seu 
desempenho na área prejudicada (MAMACARI, 2011). 
Em relação à Dislexia, é um transtorno de aprendizagemvoltado à leitura eà 
habilidade de decodificação, cuja importância está relacionada ao reconhecimento 
automático de palavras, que está prejudicado, resultado deuma não fluência e 
compreensão do que foi lido. As funções cognitivas necessárias envolvidas no 
processo seriam, em especial, a memória de trabalho e as demais funções executivas, 
que permitem a nomeação e a automatização rápida e a consciência fonológica 
(PERES; MOUSINHO, 2017). 
A consciência fonológica é o temo utilizado para descrever a capacidade de perceber 
que a linguagem falada se subdivide em menores unidades, as quais são passíveis de 
manipulação. Em relação àmemória de trabalho fonológica, refere-se a um sistema 
de armazenamento e gerenciamento temporário e limitado de conhecimento visual, 
o qual auxilia na compreensão, na leitura, no raciocínio e no acesso lexical (PERES; 
MOUSINHO,2017). 
A Discalculia, atualmente, é menos conhecida do que a Dislexia, e o seu diagnóstico 
é, muitas vezes, negligenciado. O sujeito com o transtorno tem dificuldade em 
procedimentos de cálculos matemáticos, envolvendo desde estratégias de 
contagem, até aresolução de problemas, confundindo sinais e tendo objeções no 
senso numérico (MAMACARI, 2011). 
Muitos indivíduos chegam à vida adulta sem terem tido a estimulação e a 
intervenção necessárias, afinal, foram negligenciados e rotulados na sua infância. 
Sendo assim, cabe ressaltar a importância da investigação precoce, a fim de elaborar 
um plano de ação adequado, que possibilitará uma qualidade de vida melhor para o 
paciente. 
Na próxima aula, veremos melhor as características e a sintomatologia deste 
transtorno. 
Dislexia e Discalculia no adulto 
Como vimos anteriormente, os transtornos de aprendizagem prejudicam, em 
diversos âmbitos (social, acadêmico, profissional e pessoal), o funcionamento da vida 
dos indivíduos que acometem, pois envolvem dificuldades na aquisição, manutenção 
ou aplicação de informações, o que afeta a habilidade de compreensão da 
linguagem falada, escrita e numérica. Usualmente, os transtornos de aprendizagem 
são comórbidos, havendo mais de uma especificidade no sujeito acometido (APA, 
2014). 
Nesta aula, daremos maior enfoque para a Discalculia e a Dislexia. 
A Discalculia, como mencionado anteriormente, é um transtorno de aprendizagem, e 
seu nome vem do grego dis, que quer dizer “mal”, e do latim calculare, que significa 
“contar”, assim, se traduz como “contar mal”. Com isso, pode-se afirmar que 
interfere, especialmente, na habilidade da pessoa com números, no entanto, 
normalmente, está associado aoutro transtorno de aprendizagem (MACACARI, 2011). 
A falha na aprendizagem da matemática se deve a problemas na formação dos 
circuitos neurais, ou seja, na conexão e na comunicação entre os neurônios, em 
específico, na área do cérebro responsável peloreconhecimento dos símbolos 
(MACACARI, 2011). 
A pessoa com Discalculia,geralmente, não possui uma dificuldade com habilidades 
básicas matemáticas, mas, sim, com a capacidade de relacionar estas com o mundo, 
ou seja, não consegue atender à demanda de resolução de problemas propostos, 
tem dificuldade em descobrir qual a operação solicitada no enunciado e não 
compreende a relação de quantidade, ordem, espaço, tempo, distância e tamanho 
(MACACARI, 2011). 
Alguns sintomas da Discalculia são: dificuldades frequentes com os números e 
confusão de sinais matemáticos; prejuízos na lateralidade e no senso de direção; 
melhor desempenho em problemas lógicos do que em fórmulas; dificuldade com 
temporalidade e compreensão de relógios analógicos; incapacidade em 
planejamento financeiro; dificuldade em manter contagem durante jogos 
(MACACARI, 2011). 
Em relação à Dislexia, o transtorno de aprendizagem específico de leitura, é 
observada uma dificuldade intensa em aprender regras da linguagem impressa, 
acarretando prejuízos para determinar a procedência de palavras e a sequência das 
letras. Os sintomas mais comuns são: atraso na aquisição, dificuldade na articulação 
da palavra e dificuldade em lembrar nomes de letras, números e cores (PERES; 
MOUSINHO, 2017). 
Muitas vezes, o disléxico tem prejuízos em identificar, ritmar e posicionar 
adequadamente os sons nas palavras, ou os segmentar em componentes 
pronunciáveis. Inversões de sons e letras são comuns e frequentes (PERES; 
MOUSINHO, 2017). 
Em relação às áreas do cérebro e às funções cognitivas afetadas, observou-se que as 
partes superiores estão prejudicadas nos casos de Discalculia, sendo que, na Dislexia, 
há disfunção no hemisfério esquerdo, cuja função é a produção do som e da fala e a 
linguagem em geral (MACACARI, 2011; PERES; MOUSINHO, 2017). 
Em relação às funções cognitivas prejudicadas, temos a memória de trabalho, a qual 
implica a contagem, as habilidades visuoespaciais e a dificuldade nas habilidades 
psicomotoras (MACACARI, 2011). 
Com isso, vale ressaltar a importância de compreender o transtorno, para que, assim, 
se faça uma intervenção adequada e se estimule as funções afetadas, conseguindo 
melhorar a qualidade de vida do sujeito em questão. 
Transtornos da aprendizagem na prática 
É comum jovens e adultos com transtornos de aprendizagem serem vistos como 
folgados ou displicentes, no entanto, ao fazer uma investigação mais aprofundada, 
descobre-se uma disfunção cognitiva, a qualindica que o indivíduo demonstra 
apenas desinteresse, afinal, não consegue compreender aquele conteúdo ou área de 
conhecimento, devido a um transtorno de aprendizagem. 
Para um diagnóstico adequado, é imprescindível que haja realização de testes 
padronizados, realizados por psicólogos e por uma equipe multidisciplinar,os quais 
devem ser cautelosos, a fim de não haver equívocos e tratamentos inadequados. 
Com isso, é mais do que necessário trabalhar o tema dentro de escolas e com as 
famílias, a fim de que haja um diagnóstico correto o mais rápido possível e, assim, a 
pessoa consiga uma intervenção adequada e, consequentemente, uma vida saudável. 
Os adultos que têm o transtorno de aprendizagem precisam da compreensão das 
pessoas que o cercam, afinal, muito do que parece fácil e óbvio aos olhos do outro é 
extremamente difícil para ele. Sendo assim, educar o ciclo social próximo deste 
sujeito é primordial, pois, dessa forma, ele será amparado ao invés de receber críticas 
e outras consequências negativas, fortalecendo a sua autoestima e mantendo a 
esperança e a motivação frente ao desafio que é a aprendizagem. 
Dentre as intervenções possíveis, podemos frisar a importância do uso da tecnologia 
como aliada e a aplicabilidade dos conceitos e da resolução de problemas 
matemáticos, afinal, quanto mais prático, maior a facilidade na aprendizagem. 
Convencer o aluno da importância da matemática para a resolução de problemas e 
estimular o domínio de noções básicas antes de evoluir para conceitos complexos é 
importante. 
Além disso, estabelecer metas apropriadas, escolher atividades com cautela e 
proporcionar uma vivência na qual ele tenha sucesso é interessante, visto que, assim, 
será reforçador e motivará o sujeito. Utilizar de uma linguagem assertiva, repetindo 
as instruções e removendo distrações, também é necessário para uma aprendizagem 
efetiva. 
Instruções diretas e indiretas em relação à capacidade de reconhecimento de 
palavras ou símbolos, tais como integração de habilidades fonéticas, através de uma 
abordagem multissensorial, com pistas de integração auditiva, visual e para 
compreensão de sons, palavras e sentenças. 
Visto isso, é de extrema importância encaminhar o sujeito com suspeita de 
transtorno de aprendizagem ao médico neurologista, ao neuropsicólogo, ao 
psicólogo, ao pedagogo e ao fonoaudiólogo. A abordagem multidisciplinar atuará 
de forma efetiva e proporcionará ganhos à medida que tratará o indivíduo em 
âmbitos diferentes e em uma abordagem geral. 
Com as estratégias e as formas de aprendizagem adequadas,aquele que tem um 
transtorno de aprendizagem consegue ter uma vida normal, precisando,às vezes, de 
mais tempo para manipular informações, ou de calculadora e computador para fazer 
alguma tarefa, mas isso não o impede de conseguir o que almeja. Reestabelecer esta 
autoestima e serde autoeficácia é primordial para o sujeito em questão, o qual, 
muitas vezes, cresceu em um ambiente com barreiras, preconceitos e descrenças em 
si mesmo. 
Este é o seu papel como psicopedagogo: instruir este sujeito de forma adequada 
para que minimize seus prejuízos. 
Videoaula: Dislexia e Discalculia em adultos 
Olá, estudante! Neste vídeo, você verá os principais pontos trabalhados nas aulas 
anteriores. De forma resumida, encontrará uma breve conceitualização dos 
transtornos de aprendizagem, sua sintomatologia e apresentação. Também, 
encontrará uma relação com o transtorno e as funções cognitivas mais afetadas, cuja 
disfunção prejudica o aprendizado efetivo. 
Para concluir, com o conhecimento adquirido acerca do transtorno, conseguirá 
elaborar um plano de ação e intervenção precisa e com maiores chances de sucesso. 
Saiba Mais 
Neste primeiro link, você encontra a classificação dos transtornos de forma didática 
para as famílias. 
Neste segundo link, você encontra a mesma classificação dos transtornos, mas para 
profissionais de saúde, em uma linguagem mais aprofundada. 
O site da Revista Educação conta com reportagens muito interessantes sobre o 
processo de ensino e aprendizagem. 
Sugestão de filme: Como estrelas na terra (2007). 
Referências 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais: DSM-5. 5. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2014. 
DE LUCCA, S. A.; MANCINE, M. S.; DELL’AGLI, B. A. V. Dificuldade de aprendizagem: 
contribuições da avaliação neuropsicológica. Revista Pensamento Plural, São João 
da Boa Vista, v. 2, n. 1, p. 32-42, 2008. 
MACACARI, P.da S. Discalculia: transtorno de aprendizagem em matemática. 2011. 
59 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Ensino de Ciências) – 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2011. 
PERES, S.; MOUSINHO, R. Avaliação de adultos com dificuldades de leitura. Revista 
Psicopedagogia, v. 34, n. 103, p. 20-32, 2017. Disponível em: 
https://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/514/avaliacao-de-adultos-com-
dificuldades-de-leitura. Acesso em: 9 dez. 2022. 
 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional
https://revistaeducacao.com.br/
https://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/514/avaliacao-de-adultos-com-dificuldades-de-leitura
https://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/514/avaliacao-de-adultos-com-dificuldades-de-leitura
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 - Outras psicopatologias que afetam a aprendizagem em adultos 
Caro aluno,nesta unidade, vamos nos aprofundar nas demais psicopatologia e seus 
prejuízos no processo de aprendizagem.Discorremos sobre depressão, transtornos 
de ansiedade, transtorno de personalidade borderline, transtorno obsessivo 
compulsivo, transtorno do pânico e transtorno do estresse pós-traumático. 
Cada um dos transtornos citados interfere na aprendizagem devido às funções 
cognitivas que são afetadas, sendo este o tema central das aulas nesta unidade. 
Sendo assim, serão apresentados os sintomas de maneira detalhada e as disfunções 
cognitivasnestes transtornos durante a vida adulta. 
Ao final das aulas, o objetivo será que você saiba como este paciente precisará de 
sua ajuda e como realizar os melhores encaminhamentos e intervenções. 
Transtornos de aprendizagem 
De acordo com Campbell apud. Dalgalarrondo (2018), psicopatologia é a ciência da 
doença ou transtorno mental, sendo seus estudos direcionados às suas causas, às 
mudanças estruturais e funcionais associadase à relação como adoecimento mental. 
É uma área composta por vivências, padrões decomportamento e estados mentais 
que têm especificidade psicológica. Posteriormente, Karl Jaspers surgiu como 
pesquisador na área, afirmando e acreditando que este campo seria de grande 
utilidade para psicólogos e médicos, sendo reconhecido que a psicopatologia não 
deve limitar o ser humano, mas, sim,associar a uma visão do ser em sua totalidade, 
não reduzindo a enfermidade (APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018). 
Durante a história, o Manual Diagnóstico dos Transtornos Mentais passou por 
diversas edições e mudanças, embasado no período vigente. Sendo assim, a 
etiologia, a nomenclatura e as causas passaram por modificações e estão em 
constante transição (APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018). 
Atualmente, as psicopatologias são inúmeras e,ainda, há grande discordância em 
relação à sua classificação. Sendo assim, nas aulas a seguir, usaremos como 
referência o Manual Diagnóstico dos Transtornos Mentais em sua quinta edição 
(DSM-5) (APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018). 
Apesar dos desacordos, hoje,a teoria mais aceita é a teórica, ou seja, baseada em 
sinais e sintomas, sem se apegar a uma abordagem específica, e suas causas são 
tidas comomultifatoriais, sendo estas: genéticas, biológicas, ambientais e sociais, 
cujas consequências são prejuízos significativos nas áreas acadêmicas, profissionais e 
nos relacionamentos (APA, 2014). 
Sendo assim, há fortes evidências de uma correlação entre determinadas 
psicopatologias e as áreas cerebrais afetadas, indicando, desta forma, tanto uma 
predisposição quanto uma capacidade do cérebro de se modificar biológica e 
quimicamente, dependendo dos estímulos, ou gatilhos, no senso comum (PIRES, 
2010). 
Estas modificações sugerem que, ao mesmo tempo que a neuroplasticidade é 
benéfica, também pode trazer prejuízos. Por exemplo: um indivíduo que tem 
depressão tem uma modificação na liberação de neurotransmissores responsáveis 
pelo prazer e bem-estar, em especial, nas partes frontais do cérebro, ocasionando 
uma diminuição da atividade nesta área e dificuldade nas funções executivas e 
atenção (DALGALARRONDO, 2018; PIRES, 2010). 
Tendo isso em mente, abordaremos alguns dos transtornos mais comuns no mundo 
atual e aprofundaremos as relações destes com as funções cognitivas prejudicadas, 
vinculando e justificando a possível dificuldade de aprendizagem. 
A finalidade de se aprofundar na sintomatologia e nas consequências dos prejuízos é 
conseguir identificar a funcionalidade do sujeito em questão e buscar as 
intervenções necessárias. Sem que haja uma rotulação, a classificação dos 
transtornos tem como objetivo facilitar o tratamento,e não tornar os sujeitos doentes 
ou incapazes. Pelo contrário, é sabido que, com as intervenções e o tratamento 
adequado, todos podem se desenvolver. 
Na próxima aula, veremos melhor as características e a sintomatologia dos seguintes 
transtornos: 
• Transtornos depressivos. 
• Transtornos ansiosos. 
• Transtorno de personalidade borderline. 
• Transtorno de pânico. 
• Transtorno obsessivo compulsivo. 
• Transtorno do estresse pós-traumático. 
Dislexia e Discalculia no adulto 
Essa aula terá como objetivo abarcar os transtornos mais comuns atualmente e 
trazer uma breve caracterização das funções cognitivas afetadas, as quais prejudicam 
a aprendizagem. 
Começaremos pelotranstorno depressivo maior, o qual se caracteriza por perda 
acentuada de prazer e humor deprimido, na maior parte do dia, por pelo menos 
duas semanas. Também, afeta o sono, o apetite, as habilidades psicomotoras, a 
capacidade para tomar decisão e de atenção, havendo fadiga e cansaço 
excessivo(APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018; PIRES, 2010). 
Há indíciosde que uma pessoa com sintomas depressivos tem alterações na parte 
pré-frontal do cérebro, cuja função está relacionada às funções executivas ede 
atenção, sendo assim, o sujeito tem uma capacidade rebaixada na resolução de 
problemas, apresentando dificuldade no controle inibitório e na flexibilidade 
cognitiva. Há uma tendência em enxergar o mundocom desesperança e falta de 
motivação. Sua atenção acaba sofrendo alterações, e a capacidade de observar o 
todo é prejudicada, concentrando-se na incapacidade de realizar atividades, o que, 
somado à falta de interesse devido à perda de prazer, resulta em dificuldade na 
aprendizagem de novos conteúdos(APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018; PIRES, 
2010). 
Com base nostranstornos de ansiedade, há um foco atencional voltado aos perigos, 
imaginados ou reais, fazendo com que as preocupações e ruminações atormentem a 
cabeça do sujeito e façamcom que o cérebro haja impulsivamente e de maneira 
reativa frente às possíveis ameaças à sobrevivência. É ativadaa amígdala, nossa parte 
do cérebro responsável pelo processamento das emoções, e é desligado o córtex 
pré-frontal, responsável pela racionalidade. Sendo assim, a pessoa que tem um 
transtorno de ansiedade enxerga o mundo de maneira distorcida e tem a sua 
atenção e as suas funções executivas alteradas(APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018; 
PIRES, 2010). 
O transtorno de personalidade borderline é uma instabilidade persistente nos 
relacionamentos, nas emoções, na impulsividade e na autoimagem. Isso indica 
prejuízos em funções cognitivas, como funções executivas, indicando inflexibilidade 
cognitiva, afinal, já uma tendência em enxergar as situações como dicotômicas e não 
sintetizadas. Há muita dificuldade nos controles dos impulsos, visto que uma das 
principais características são comportamentos autodestrutivos. Não é à toa que este 
transtorno é conhecido como “mentes que amam demais” pela autora Ana Beatriz 
Barbosa Silva. É como se o córtex pré-frontal sofresse um apagão e habilidades, 
como tomada de decisão, raciocínio lógico e resolução de problemas, não 
funcionassem de forma adequada(APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018; PIRES, 2010). 
Já no transtorno obsessivo-compulsivo há a presença de obsessões, que são 
pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis, os quais, devido ao seu sofrimento 
significativo, resultam em comportamentos repetitivos, chamados de compulsões. 
Este sujeito acaba tendo um hiperfoco, ou seja, concentrando toda a sua atenção em 
sinais que podem sugerir a imagem temida. Sendo assim, acaba tornando-se 
desatento a outras coisas importantes. 
Em relação aotranstorno de estresse pós-traumático há a presença de 
pensamentos de instrução, que são memórias involuntárias recorrentes, fazendo com 
que o sujeito apresente disfunções de memória, chegando a distorcer alguns fatos 
passados. Sua atenção e demais funções executivas também estão alteradas, visto 
que há efeitos negativos em relação à situação vivida, fazendo com que perca a 
motivação e o interesse em demais atividades, prejudicando a aprendizagem, afinal, 
há hiperfoco no trauma, sendo o controle inibitório falho em afastar os pensamentos 
prejudiciais(APA, 2014; DALGALARRONDO, 2018; PIRES, 2010). 
Visto isso, cabe ressaltar a importância do conhecimento acerca deste assunto, a fim 
de identificar a presença destes sintomas e realizar os encaminhamentos necessários 
e, posteriormente, elaborar um plano de ação e intervenção assertivo. 
Transtornos mentais na aprendizagem 
Com base nas informações adquiridas na aula anterior, pode-se observar que, em 
grande parte dos transtornos mentais,diversas funções cognitivas estão alteradas, e é 
como se uma prejudicasse o funcionamento da outra. Por isso, vale ressaltar a 
importância de uma investigação a fundo, pois dificuldades de aprendizagem podem 
ser explicadas por algum desses transtornos, sendo indicado o tratamento dele 
previamente. 
É comum chegarà clínicapacientes com queixas de memória, concentração, tomada 
de decisão e resolução de problemas. Eles relatam o quão difícil é aprender 
conteúdos novos, têm baixa tolerância à frustração, baixa autoestima e alta taxa de 
desistência frente a dificuldades. 
Ao se deparar com esses casos,é importantíssimo, em primeiro momento, realizar 
encaminhamento médico, neurológico ou psiquiátrico, solicitar uma avaliação 
neuropsicológicae,em algumas situações, teracompanhamento psicológico. 
Isto é recomendado, visto que, como trabalhado nas aulas anteriores, diferentes 
transtornos mentais podem causar prejuízos significativos na aprendizagem, logo 
uma avaliação profunda e multidisciplinar é a maneira mais eficiente de diagnóstico. 
Afinal, como visto, a aquisição do conhecimento pode serinfluenciada por questões 
psíquicas, tais como depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, 
transtorno de estresse pós-traumático, entre outros, sendo a dificuldade na aquisição 
e no armazenamento de novas informações, uma consequência de um estado, 
muitas vezes, transitório, que, caso receba o tratamento adequado, poderá ser 
remitido e, assim, retomar sua capacidade normal de aprender. 
Sendo assim, o diagnóstico diferencial é primordial, pois ele tem como objetivo 
focalizar nos sinais e sintomas do paciente,para compreender de maneira 
aprofundada cada um dos transtornos eser assertivo no diagnóstico, resultando em 
um tratamento adequado. 
Com a finalidade de complementar estediagnóstico diferencial, é imprescindível que 
haja a realização de testes padronizados, por psicólogos e por uma equipe 
multidisciplinar,que devem ser cautelosos, a fim de não haver equívocos. 
Buscar favorecer o acesso à informação é interessante, seja dentro de escolas, seja 
em clínicas, com a finalidade de levar o conhecimento aos pais e aos próprios 
indivíduos, é primordial, porque isso possibilitacaminhos adequados àquele que está 
em sofrimento. 
Com as dificuldades que este sujeito se depara, outras funções acabam se 
prejudicando, em específico, a sua motivação e autoeficácia. Aquele que não 
consegue aprender novas informações por qualquer motivo acaba apresentando 
baixa autoestima, afinal, passa a desacreditar em sua capacidade, pensando que não 
consegue realizar tarefas. 
Quando há um plano de ação adequado, o transtorno é trabalhado de forma eficaz, 
e os sintomas passam a remitir, então é possível retomar as habilidades de 
concentração, memória, controle inibitório, flexibilidade cognitiva, linguagem e 
outras, favorecendo a aprendizagem de novos conteúdos. 
Sendo assim, como psicopedagogo, cabe a você auxiliar na identificação de 
transtornos, visando instruir este sujeito de forma adequada, minimizado os 
prejuízos e favorecendo uma melhor aprendizagem. 
Videoaula: Outras psicopatologias que afetam a aprendizagem em 
adultos 
Olá, estudante! Neste vídeo, você verá os principais pontos trabalhados nas aulas 
anteriores. De forma resumida, encontrará uma breve conceitualização dos 
transtornos mentais mais comuns, sua sintomatologia e sua apresentação. Também, 
encontrará uma relação com os transtornos e as funções cognitivas mais afetadas, 
cuja disfunção prejudica o aprendizado efetivo. Para concluir, com o conhecimento 
adquirido acerca do transtorno, conseguirá elaborar um plano de ação e intervenção 
precisa e com maiores chances de sucesso. 
Saiba Mais 
Neste primeiro link, você encontra a classificação dos transtornos de forma didática 
para as famílias. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa
Neste segundo link, você encontra a mesma classificação dos transtornos, mas para 
profissionais de saúde, em uma linguagem mais aprofundada. 
O site da Revista Educação conta com reportagens muito interessantes sobre o 
processo de ensino e aprendizagem. 
Referências 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais: DSM-5. 5. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2014. 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.2. 
ed.Porto Alegre, RS:Artmed, 2018. 
LAMBERT, K.; KINSLEY, C. H. Neurociência Clínica: as bases neurobiológicas da 
saúde. Trad. Ronaldo Cataldo. Porto Alegre, RS: Artmed, 2006. 
LIMA, M. A. de. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Rev. Bras. 
Psiquiatr., São Paulo, v. 22, n. 1, p. 37-38, mar.2000. 
PIRES, E. U. Ontogênese das Funções Cognitivas: uma abordagem 
neuropsicológica. 2010. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica) – Pontifícia 
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. 
Aula 5 - Revisão da unidade 
Psicopatologias nos adultos e aprendizagem 
Durante as aulas desta unidade, abordamos o funcionamento cerebral e suas 
funções cognitivas relacionadas ao processo de aprendizagem e os prejuízos 
encontrados nas psicopatologias mais comuns. 
É possível afirmar que as funções cognitivas mais envolvidas na aquisição de novos 
conteúdos são aquelas que estão mais prejudicadas nas psicopatologias dos adultos: 
memória, atenção e funções executivas. 
O córtex pré-frontal é uma das partes mais importantes quando estudamos sobre 
funções cognitivas. É o último a ser desenvolvido por completo no processo 
maturacional e é responsável por raciocínio, tomada de decisão, resolução de 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional
https://revistaeducacao.com.br/
problemas, funções executivas e atenção. Sendo assim, disfunções na comunicação 
neuronal (sinapses) desta região acarretam dificuldades de aprendizagem. 
Em relação à desatenção e à dificuldade de concentração, por exemplo, que são 
encontradas no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), nos 
transtornos de ansiedade, na depressão, no transtorno obsessivo-compulsivo e no 
transtorno do estresse pós-traumático, é observada uma falha nas sinapses dessa 
região, seja por uma hipo ou hiperativação do córtex pré-frontal. 
Devido à disfunção atencional, há um prejuízo significativo na memória, afinal, para 
adquirir determinado conhecimento, é necessária a identificação do estímulo por 
meio dos processos de sensopercepção, sendo assim, se não estamos atentos à 
determinada situação ou estímulo, naturalmente, não há como esta informação 
chegar ao processo de armazenamento. 
Em consideração ao controle de impulsos e flexibilidade cognitiva, duas funções 
executivas importantes no processo de aprendizagem, observamos disfunção em 
quase todos os transtornos mentais. A impulsividade e a rigidez na forma de pensar 
são encontradas no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), nos 
transtornos de ansiedade, na depressão, no transtorno obsessivo-compulsivo, no 
transtorno do estresse pós-traumático, no transtorno de personalidade borderline, 
entre outros. 
Há muita dificuldade no autocontrole, sendo que ignorar estímulos em prol de 
outros mais benéficos é quase impossível para alguns sujeitos, os quais acabam 
agindo impulsivamente e se prejudicando. Esta falha deve-se também a disfunções 
sinápticas do córtex pré-frontal, à medida que não consegue “frear” algumas reações 
comandadas pela amígdala. 
Em relação à função cognitiva de visuoconstrução, linguagem e funções executivas 
(memória operacional e organização/planejamento), são encontrados prejuízos, em 
especial, no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e nos transtornos 
específicos da aprendizagem, visto que há dificuldade tanto no que diz respeito à 
organização e ao planejamento quanto na tradução do aprendizado em símbolos ou 
sinais. O adulto tem muita dificuldade em fazer operações e representações mentais, 
logo fica impossibilitado de manipular informações sem a utilização de estratégias 
externas, tais como papel e caneta. 
Tendo isso em mente, a identificação de transtornos e a intervenção adequada são 
de extrema necessidade para proporcionar a este sujeito uma qualidade de vida, boa 
autoestima e autoconfiança. 
Videoaula: Revisão da unidade 
Olá, estudante! Neste vídeo, você verá os principais pontos trabalhados nas aulas 
anteriores. De forma resumida, encontrará os conceitos e as funções cognitivas 
envolvidos no processo de aprendizagem, além de se deparar com as 
psicopatologias mais comuns em adultos. Assim, ao final, conseguirá elaborar um 
plano de ação com uma intervenção assertiva e maiores chances de sucesso. 
Estudo de caso 
Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você trabalha em uma clínica 
multidisciplinar, na qual dá entrada um paciente com queixas de aprendizagem, 
especialmente com dificuldade de atenção, concentração, memória e tomada de 
decisão, além de apresentar sintomas depressivos. 
O paciente tem 40 anos, é do sexo masculino e acabou de ser dispensado do 
emprego, no qual permaneceu por cerca de seis meses. 
Na triagem realizada, você começa a investigar a história de vida deste paciente e 
descobre que ele tem histórico de esquecimentos frequentes na infância, perdia 
objetos importantes, estava sempre atrasado para os compromissos e suas notas 
eram insatisfatórias. Relata também que ia bastante à diretoria de sua escola, porque 
entrava em brigas e discussões com seus colegas, ou não parava de falar durante a 
explicação da professora. 
Além disso, recorda-se de atraso na alfabetização, dificuldade na orientação espacial 
e temporal, optando sempre por relógios analógicos, pois relata dificuldade em ler 
os ponteiros. Enquanto escreve textos ou relatórios, observa-se trocas de B-P, V-F e 
M-W e diz não ter facilidade com as letras do alfabeto no geral. 
Atualmente, descreve que não consegue parar em um emprego, comete muitos 
erros por descuido e vem se sentindo desmotivado, afinal, tem muita dificuldade em 
aprender novas habilidades. Na vida social, sai bastante com seus amigos, no 
entanto acaba bebendo mais do que deveria e não se lembra, muitas vezes, do que 
aconteceu. Seus amigos se queixam frequentemente de que ele não tem filtro e fala 
algumas coisas de forma agressiva. 
Em relação à sua agenda, tem muita dificuldade em se organizar e planejar, às vezes 
marca dois compromissos na mesma hora e isso traz problemas para sua vida 
profissional e seus relacionamentos. Em diversos momentos, não consegue reagir 
bem frente a imprevistos e acaba ficando muito frustrado quando as coisas saem do 
seu controle. 
Nas últimas semanas, percebeu um humor rebaixado durante a maior parte do seu 
dia, baixa autoestima, tem comido em excesso e dormido quase o dia todo. Queixa-
se de que não serve para nada e de que não será capaz de arrumar outro emprego, 
porque não consegue fazer nada direito. 
 
Reflita 
Com base nos conteúdos vistos nas aulas, é preciso que você investigue mais a 
fundo as questões relacionadas à sintomatologia apresentada e aos sinais 
observados e relacione com as queixas de dificuldade de aprendizagem. 
Este plano de ação deverá conter os encaminhamentos a serem realizados e uma 
possível intervenção, dentro da sua área de atuação, a fim de que supra os prejuízos 
desencadeados a partir da dificuldade de aprendizagem. 
Além disso, treinos e práticas podem se fazer necessários para sanar as falhas e 
disfunções cognitivas apresentadas anteriormente. 
Para isso, é preciso ter em mente as informações da triagem e o conteúdo das aulas, 
conseguindo, assim, identificar com clareza e assertividade quais funções cognitivas 
estão prejudicadas neste paciente e quais as hipóteses levantadas em relação às 
psicopatologias estudadas previamente. 
É importante utilizar seus conhecimentos como psicopedagogo e reconhecer limites 
no tratamento que você pode oferecer. Lembrando que você trabalha em uma 
clínica multidisciplinar e pode solicitar ajuda e avaliação dos demais setores 
existentes. 
 
O Videoaula: Resolução do estudo de caso 
Após a apresentação do caso, chegou a hora de avaliar os passos que podem ser feitos 
dentro da sua área de atuação. 
Com base nas características e nos sintomas apresentados, é possível observar que há 
alguns critérios que se assemelham aos do transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade, além de Dislexia. Devido ao humor rebaixado, perda de prazer e mudanças 
no sono e apetite, há suspeita de episódio depressivo. 
Como visto nas aulas anteriores, os três transtornos causam prejuízos significativos noprocesso de aprendizagem, afetando as funções cognitivas: memória, atenção, habilidade 
visuoconstrução, linguagem e funções executivas. 
O ideal, neste caso, seria fazer os seguintes encaminhamentos: médico, preferencialmente 
neurologista; neuropsicológico; psicológico e fonoaudiólogo. Além disso, manter o 
acompanhamento psicopedagógico. Cada um, com a sua expertise, deverá intervir, a fim de 
estimular as funções deficitárias e proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente. 
Você, como psicopedagogo, aproveitando a oportunidade de estar inserido em uma clínica 
multidisciplinar, poderá, em conjunto com o neuropsicólogo e o psicólogo, montar um plano 
de ação, no qual incluirá treinos cognitivos de cada uma das funções afetadas. 
A troca de informações entre os profissionais e as reuniões multidisciplinares são essenciais 
para uma melhor e mais completa compreensão do paciente, aumentando as chances de 
sucesso e fortalecendo a equipe. Sendo assim, reservar horários para discutir a evolução e 
os achados de cada sujeito é importantíssimo. 
Como psicopedagogo, você pode realizar tarefas que treinem a habilidade de concentração 
e o foco, disponibilizando estímulos diversos e solicitando que preste atenção a somente 
um, ignorando os distratores. 
Outro treino importante seria o da escrita e leitura, por meio de atividades que estimulem a 
capacidade de processamento fonológico e o alfabeto em geral. As habilidades de espaço e 
temporalidade também devem ser trabalhadas por você, visto que o paciente tem 
dificuldade em lateralidade e relógios de ponteiro. 
Em geral, os prognósticos do tratamento e treino cognitivo em pacientes com 
psicopatologias são bons, por mais que não possamos falar em cura dos transtornos 
mentais, podemos observar uma remissão de sintomas significativa e uma vida próxima à 
normalidade. Você faz parte desta equipe e é indispensável na estimulação, visto seu vasto 
entendimento nos processos de aprendizagem de novos estímulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO VISUAL: 
 
 
EXERCÍCIO DA AULA 03 
 
Questão 1 
Sabe-se que a maior parte das funções cognitivas estão envolvidas no processo de 
aprendizagem. Sendo assim, preencha as lacunas abaixo com as funções que melhor 
descrevem as característica relatadas: 
 
A _______________recebem as informações, a_____________ concentra e “ilumina” o estímulo em 
questão, a_______________ codifica e armazena, as ______________ possibilitam transformações 
mais adaptativas frente as mudanças, a ______________ auxilia no processo de recepção e 
transmissão, e a ______________ possibilita o manejo dos objetos de formas diferentes e nos 
permite reproduzir, por meio da escrita, por exemplo, a informação apresentada 
Assinale a alternativa CORRETA 
• Sensação e percepção; Memória; atenção; Linguagem; Funções executivas; e 
viso construção 
• Atenção; Memória; Sensação e percepção; Funções executivas; viso construção; 
e Linguagem 
• Sensação e percepção; atenção; Memória; Funções executivas; Linguagem; e 
viso construção 
• Sensação e percepção; atenção; Funções executivas; viso construção; Memória; 
e linguagem 
• Sensação e percepção; Memória; Linguagem; Funções executivas; atenção; e 
viso construção 
Questão 2 
Em adultos, algumas psicopatologias sofrem modificações no que diz respeito a sua 
manifestação.Sendo assim, dificuldade de concentração, dificuldade de concluir tarefas devido 
ao comprometimento da função executiva, oscilação de humor, impaciência, dificuldade de 
manter relacionamentos, além de uma inquietação e agitação, são características de um 
transtorno frequente em adultos. 
Qual é o transtorno que apresenta os sintomas citados acima? 
• Transtorno Deficit de Atenção e Hiperatividade. 
• Transtornos de humor 
• Transtorno de ansiedade social 
• Transtorno de aprendizagem 
• Nenhuma das alternativas 
Questão 3 
As funções cognitivas estão intimamente ligadas com o processo de aprendizagem, 
influenciando diretamente nas habilidades do sujeito em perceber, armazenar ou evocar novas 
informações. 
 
Sendo assim, de acordo com as informações apresentadas na tabela a seguir, faça a associação 
dos feitos contidos na Coluna A com seus respectivos autores, apresentados na Coluna B. 
 
Coluna A Coluna B 
I. Atenção 
1. É uma função primordial para a aprendizagem, ela engloba 
desde o processo de aquisição a codificação, armazenamento e 
evocação. 
II. Funções Executivas 
2. É a função que permite com que você fique em estado de alerta, 
possibilitando o início da recepção de estímulos, permitindo a 
seleção de informações a serem recebidas e a inibição de 
distratores. 
III. Memória 
3. Permitem uma habilidade adaptativa ao indivíduo, possibilita 
mudança rápida e flexível das suas ações ao se deparar com 
mudanças do ambiente no qual está inserido. 
IV. Habilidade 
visoconstrução 
4. Refere-se à capacidade de montar ou manejar partes de um 
todo e organizá-los a fim de formar uma imagem ou objeto. 
Assinale a alternativa que apresenta a associação CORRETA entre as colunas. 
• I-4;II-3;III-2;IV-1. 
• I-2;II-1;III-4;IV-3. 
• I-4;II-1;III-2;IV-3. 
• I-3;II-4;III-1;IV-2. 
• I-2; II-3; III-2; IV-4. 
Questão 4 
Transtornos de aprendizagem afetam a capacidade do individuo de compreender ou usar a 
linguagem falada, escrita ou números e conceitos matemáticos. Também envolve dificuldade 
em coordenar movimentos e focar atenção em uma tarefa. Sendo assim, acarretam prejuízos 
na leitura, matemática, ortografia, compreensão de linguagem verbal ou não verbal. 
Assinale a alternativa CORRETA que descreve TODAS as disfunções cognitivas citadas no 
parágrafo acima: 
• Linguagem; atenção; e habilidades viso construtivas. 
• Atenção, humor; e sensopercepção. 
• Memória; humor; e linguagem 
• Funções executivas; humor; linguagem. 
• Nenhuma das alternativas 
Questão 5 
Sem resposta 
As funções executivas, dizem respeito aquelas funções que permitem uma habilidade 
adaptativa ao indivíduo, possibilitando mudança rápida e flexível das suas ações ao se deparar 
com mudanças do ambiente no qual está inserido. 
 
De acordo com as informações apresentadas na tabela a seguir, faça a associação dos feitos 
contidos na Coluna A com seus respectivos autores, apresentados na Coluna B. 
COLUNA A COLUNA B 
I. Controle 
Inibitório 
1. A capacidade de conseguir de forma hábil acessar informações verbais e 
coloca-las em categorias se necessário. 
II. Flexibilidade 
cognitiva 
2. A habilidade do sujeito em organizar-se no tempo e espaço por meio de 
um planejamento. 
III. Organização e 
planejamento 
3. A capacidade do sujeito de ignorar algum estímulo e focalizar sua 
atenção em outro mais importante naquele momento 
IV. Fluência verbaL 
4. A habilidade de responder de forma mais adaptativa ao meio no qual 
está inserido. 
Assinale a alternativa que apresenta a associação CORRETA entre as colunas. 
• I-3; II-4; III-2; IV-1 
• I-2; II-1; III-4; IV-3. 
• I-4; II-1; III-2; IV-3. 
• I-3; II-4; III-1; IV-2. 
• Nenhuma das alternativas 
 
	O Videoaula: Resolução do estudo de caso

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