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APOSTILA 
 
 
 ENFERMEIRO-USF 
 
 
 
 
Obs: Não existe autorização para que 
esse material seja compartilhado em 
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qualquer pessoa. Em caso de 
descumprimento o responsável será 
penalizado com ações judiciais.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EM COPIADORAS É CRIME. 
 
MATERIAL PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Interpretação e intelecção de textos e Elementos do processo de comunicação...............2 
Caderno de Questões.......................................................................................................6 
Os implícitos textuais: inferências, depreensões, pressupostos e subentendidos............11 
Caderno de Questões.....................................................................................................13 
Fatores da textualidade: coesão, coerência e intertextualidade......................................15 
Caderno de Questões.....................................................................................................18 
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais...................................................................30 
Caderno de Questões.....................................................................................................34 
Estratégias argumentativas e Funções da linguagem.....................................................42 
Caderno de Questões.....................................................................................................45 
A linguagem figurada: figuras e vícios de linguagem....................................................51 
Caderno de Questões.....................................................................................................55 
Semântica: sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos; polissemia; conotação e 
denotação.........................................................................................................................62 
Caderno de Questões.....................................................................................................64 
Acentuação Gráfica.........................................................................................................70 
Caderno de Questões.....................................................................................................76 
Ortografia e acentuação...................................................................................................82 
Caderno de Questões.....................................................................................................86 
Estrutura e formação de palavras (processos de formação de palavras)........................90 
Caderno de Questões.....................................................................................................97 
Morfologia: as 10 classes morfológicas........................................................................102 
Caderno de Questões...................................................................................................190 
Sintaxe da oração: termos essenciais, integrantes e acessórios. Sintaxe do período 
composto: relações de coordenação, subordinação e emprego de conectores..............191 
Caderno de Questões...................................................................................................195 
Concordância verbal e nominal.....................................................................................200 
Caderno de Questões...................................................................................................208 
Regência verbal e nominal............................................................................................212 
Caderno de Questões...................................................................................................217 
Emprego do acento grave: crase....................................................................................221 
Caderno de Questões...................................................................................................225 
Emprego e colocação dos pronomes oblíquos...............................................................229 
Caderno de Questões...................................................................................................233 
Emprego dos sinais de pontuação..................................................................................236 
Caderno de Questões...................................................................................................240 
Reconhecimento de frases corretas e incorretas (correção 
gramatical).....................................................................................................................245 
Caderno de Questões...................................................................................................258 
ANEXO Correspondência oficial: Manual de Redação da Presidência da 
República.......................................................................................................................262 
Caderno de Questões...................................................................................................452 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
Atendimento pré-hospitalar do politraumatizado: ABCDE do trauma, transporte do 
politraumatizado, cinemática do trauma, prevenção do trauma, resgate veicular........459 
Atendimento de urgência e emergência frente a distúrbios cardiovasculares, 
neurológicos, metabólicos, respiratórios, gineco-obstétricos, pediátricos e 
psiquiátricos...................................................................................................................461 
Traumatismos não-intencionais, violência e suicídios..................................................463 
Atendimento ao trauma cranioencefálico, de coluna, músculo-esquelético, torácico e 
abdominal......................................................................................................................463 
Situações especiais de ressuscitação: hipotermia, afogamento, parada cardíaca associada 
ao trauma, choque elétrico e eletrocussão.....................................................................464 
Princípios gerais de biossegurança................................................................................465 
Aspectos éticos e deontológicos do exercício da enfermagem......................................471 
Vítima com queimadura, Hemorragias (venosa e arterial), Feridas e intoxicação 
exógena..........................................................................................................................472 
Estados de choque: etiologia e quadro clínico...............................................................475 
Avaliação do coma (escala de Glasgow) Código "Q"...................................................476 
Alfabeto Fonético..........................................................................................................476 
Ética e Legislação Profissional......................................................................................477 
Caderno de Questões...................................................................................................479 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA
1
ELEMENTOS DO PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
INTERPRETAÇÃO E
INTELECÇÃO TEXTUAL
2
INTERPRETAÇÃO E INTELECÇÃO TEXTUAL
Leia os quadrinhos.
1. Nessa tira, há duas personagens em situação de diálogo.
a) No primeiro quadrinho, quem é a personagem que fala, ou seja,
quem é o locutor?
b) Ainda no primeiro quadrinho, quem faz o papel de ouvinte, ou
seja, de interlocutor?
2. Quem exerce o papel de locutor e o de interlocutor no segundo
quadrinho?
3.Ambas as personagens, quando são locutoras, têm uma
mensagem para transmitir. Qual éa mensagem de cada uma?
4.Somente no terceiro quadrinho o diálogo entre as personagens
faz sentido. É nele que se constrói o humor da tira. Explique como
e por quê.
Na tira, as personagens estabelecem um diálogo para a
comunicação de suas ideias. A comunicação tem como objetivo a
transmissão de mensagens. É necessário que exista a intenção de
comunicar e a possibilidade de uma interação – efeito perceptível
na reação de um dos participantes em relação ao outro –, para que
haja a comunicação.
MENSAGEM
é a informação (sinais codificados, língua, no contexto) que um
emissor (locutor) transmite a um receptor (interlocutor) por
meio de um canal.
COMUNICAÇÃO
ocorre quando a mensagem transmitida é decodificada, ou seja,
quando ela é compreendida.
CÓDIGO, LÍNGUA E LINGUAGEM
Veja os quadrinhos a seguir:
1. Procure descrever o que faz a personagem Rose nesta
sequência de quatro quadrinhos.
2. Em que quadrinho se estabelece o humor da tira? Como
ele acontece?
3. De que recursos o quadrinista se utilizou para transmitir
sua mensagem?
CONCEITUAÇÃO
O autor emprega alguns códigos, que são sistemas de sinais ou de
símbolos preestabelecidos entre emissor e receptor, para comunicar
suas ideias. Assim, existem sistemas de sinais em forma gráfica
(letras – que podem formar outros sistemas de sinais, como
palavras e textos –, algarismos– que podem formar números mais
ou menos complexos –, sinais de trânsito com letras, etc.), em
forma sonora (sons da voz humana, de instrumentos, etc.) e em
forma visual (gestos, sinais de trânsito com imagens, expressões
fisionômicas, fotos, pinturas, etc.). Como vimos na tira, uma letra
(Z) pode ser símbolo de sono, assim como um som (apito de
fábrica) pode ser símbolo de entrada ou saída de trabalho e uma
imagem (punho com mão fechada) pode simbolizar revolta. Essas
formas podem aparecer mescladas, desde que utilizem códigos
previamente conhecidos por locutor e interlocutor. As línguas
constituem os códigos mais empregados na comunicação; em
nosso país, esse código é a língua portuguesa.
CÓDIGO
É um sistema de sinais preestabelecido entre emissor (locutor) e
receptor (interlocutor) empregado para a transmissão de
mensagens.
LÍNGUA
Leia a seguinte tira.
Na
tira,
Calvin
comunica ao pai a posição nada confortável que ele, pai, tem na
“empresa” familiar. Embora o filho tente pressioná-lo, a situação
parece não mudar, pois o pai de Calvin não se deixa abalar com a
informação e continua lendo despreocupadamente o jornal,
frustrando o menino em seu objetivo: ganhar um DVD.
Observe que a intenção de Calvin está claramente expressa por
meio de palavras já conhecidas, por isso é compreendida pelo pai e
por nós, leitores. O uso de um mesmo código, ou seja, a língua
portuguesa, é que permite essa perfeita integração.
3
A língua é um instrumento de comunicação, ou seja, é um sistema
de sinais vocais e, muitas vezes, gráficos, pertencente a uma
comunidade ou a um grupo social. A língua, portanto, pode sofrer
modificações apenas pela ação da comunidade e não de um único
indivíduo.
A língua expressa-se por meio de palavras, faladas ou escritas,
porém conhecer o significado das palavras, ou seja, ter um bom
vocabulário não garante um melhor desempenho na combinação
dessas mesmas palavras.
É necessário conhecer, também, determinadas leis de combinação
entre elas, para que haja clareza na sua organização e na expressão
do pensamento. Veja, neste exemplo, a falta de sentido da frase:
Na eficaz mais comunicação é palavra instrumento o a.
A compreensão da frase não foi possível, porque as palavras estão
soltas e não obedecem a algumas leis de combinação básicas
dentro do português do Brasil, como, por exemplo, a ordem SVO,
sujeito-verbo-objeto, típica da língua portuguesa e de tantas outras.
Observe agora:
A palavra é o instrumento mais eficaz na comunicação.
Considerada um bem público e coletivo, a língua existe
independentemente de nós; portanto, um só indivíduo não pode
criá-la ou modificá-la. Ela constitui uma espécie de contrato
estabelecido entre as pessoas para uso comum e apresenta
mudanças em sua evolução.
LÍNGUA
é um sistema de sinais comum a todos os indivíduos de uma
determinada comunidade
LINGUAGEM
Observe o cartum e a tira seguintes.
Em seu cartum, Quino sugere, por meio de linguagem não-verbal
(ou visual), que os homens de negócios estão proibidos de ter
sentimentos porque não há tempo para isto. O poste com o coração
interditado simboliza a proibição de afeto, e um dos executivos,
olhando preocupado para o relógio, representa a falta de tempo,
sempre precioso no mundo dos negócios.
Na tira, a comunicação entre Zoé e sua mãe ocorre por meio de
linguagem verbal e não-verbal. A garota emite sons de satisfação,
simbolizados pelas letras HMM em negrito, e troca palavras com
sua mãe sobre a qualidade das almôndegas. O que parecia
inicialmente ser um elogio, na verdade é uma crítica, causadora do
humor da tira.
Os seres humanos têm a capacidade de representar o pensamento
por meio de sinais codificados que permitem a comunicação e a
interação entre eles. Essa capacidade chama-se linguagem.
As várias formas de linguagem criadas pelo ser humano podem ser
identificadas em dois grupos: o da linguagem verbal, como a
língua, que tem a palavra por sinal, e o das linguagens não-verbais,
como a música, que tem o som por sinal, a dança, que tem o
movimento por sinal, a mímica, que tem o gesto por sinal, a
pintura, a fotografia e a escultura, que têm a imagem por sinal, etc.
As linguagens verbais e não-verbais podem se misturar, a exemplo
da tira e do cartum já vistos.
LINGUAGEM
é a propriedade do ser humano de representar o pensamento por
meio de sinais codificados com o intuito de comunicar-se com
outro ser humano.
Abordagem popular
A interpretação de texto é uma habilidade essencial que nos
permite compreender, analisar e extrair significado das
informações escritas. Trata-se da capacidade de entender o que um
texto comunica, identificar ideias principais, inferir significados
4
implícitos e conectar informações. Ao dominar essa habilidade,
torna-se mais fácil absorver conhecimento, comunicar-se de forma
eficaz e tomar decisões fundamentadas. A interpretação de texto
não se limita apenas à compreensão literal das palavras, mas
envolve a capacidade de contextualizar, questionar e extrair o
verdadeiro sentido por trás do texto. É uma ferramenta valiosa em
diversas áreas da vida, desde a educação até o ambiente
profissional e pessoal.
Texto é um conjunto coerente de enunciados, os quais podem
serem escritos ou orais. Trata-se de uma composição de signos
codificada sob a forma de um sistema e que forma uma unidade de
sentido.
O texto tem intenção comunicativa: através dos seus signos,
procura transmitir uma determinada mensagem que adquire sentido
de acordo com o contexto.
O que é contexto?
É a situação concreta a que o texto se refere, logo todo texto tem
um contexto. Há diferentes tipos de contextos (social, político,
cultural, estético, esportivo, educacional, histórico...) e sua
identificação é fundamental para que se possa compreender bem o
texto.
Compreensão e Interpretação
Compreensão ou Intelecção de Texto – Consiste em analisar o
que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.
Interpretação de Texto – Consiste em saber o que se infere
(conclui) do que está escrito.
Compreensão (está no texto):
Segundo o texto...
O autor/narrador do texto diz que...
O texto informa que...
No texto...
Interpretação (está fora do texto): Depreende-se, infere-se,
Conclui-se...
O texto permite deduzir que...
É possível subentender-se a partir do texto que...
Qual a intenção do autor quando afirma que...
MAPA MENTAL – Interpretação de Textos
Fonte: Jaula Cursos, 2023
5
CADERNO DE QUESTÕES – INTERPRETAÇÃO E
INTELEÇÃO TEXTUAL, ELEMENTOS DE
COMUNICAÇÃO.
Questão 1
Observe o seguinte texto:
“A auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental
definida pela norma NBR ISO 14.010 como um “processo
sistemático e documentado de verificação, executado paraobter e
avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar
se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições
ambientais específicos ou as informações relacionadas a estes
estão em conformidade com os critérios de auditoria e para
comunicar os resultados deste processo ao cliente”. Assim, é
considerado um procedimento realizado por profissionais técnicos
ou empresas terceirizadas, gerido por um auditor líder e executado
por uma equipe preparada, visando avaliar o desempenho e o
comprometimento ambiental de empresas e indústrias.” (Auditoria
ambiental – M.C.R.Manzano).
O texto começa por uma definição do que é “auditoria ambiental”.
Assinale a afirmação incorreta sobre a forma dessa definição.
a) Uma definição se inicia sempre por um vocábulo de conteúdo
geral que, nesse caso, é “ferramenta”.
b) Após o termo geral, há uma especificação de seu significado
que, nesse caso, é “de gestão ambiental”.
c) Dentro da definição inicial ocorre a presença de uma segunda
definição mais específica do termo inicial.
d) A indicação da norma legal tem a função de garantir a
existência desse tipo de auditoria.
e) Após o texto da segunda definição, há uma maior explicitação
dos termos da definição legal.
Questão 2
Texto
“Quando deve ocorrer uma auditoria empresarial?
É preciso se livrar da convicção de que uma auditoria só é
necessária quando as coisas não vão bem – porque ela deve ser
feita quando está tudo bem, quando tudo está em perfeitas
condições, pois isso pode garantir a ordem nos negócios a longo
prazo
Quanto maior a empresa, mais provável é que os pontos-chave
exijam auditorias completas e frequentes – isso pode ser feito por
especialistas internos qualificados ou consultores externos.
Para determinar se sua empresa precisa de uma auditoria,
considere se as informações em uma área específica são
suficientemente transparentes, claras e seguras. Se não,
definitivamente indica a necessidade de uma análise aprofundada.
Outra orientação muito importante é conversar com os
funcionários. Eles sabem melhor do que ninguém se os processos
são seguidos e se os requisitos burocráticos e legais são
cumpridos. Portanto, comece uma conversa.”
(Redator Ponto Tel / 20/10/2021)
Sobre a pergunta que dá título ao texto, é correto afirmar que a
resposta a ela dada
a) afirma a necessidade de solicitar aos funcionários a permissão
de realizar-se uma auditoria válida.
b) contraria uma ideia amplamente aceita.
c) aconselha a realização de auditorias quando as informações de
uma área específica são transparentes, claras e precisas.
d) mostra a geral desinformação sobre o tema.
e) indica que há necessidade de auditoria mesmo que as coisas não
vão bem na empresa.
Questão 3
Texto
 “Estamos em 2022 e, neste momento, a maioria das transações
bancárias, segundo o Banco Central, é realizada na modalidade
Pix. Essa modalidade já superou a TED e o DOC.
Sabemos que no Brasil existe muita sonegação, muitas empresas,
principalmente as menores, não declaram tudo aquilo que
movimentam. Porém, do outro lado da mesa, está a Receita
Federal — com supercomputadores e com analistas bem treinados
para auditar as milhares de informações que chegam aos bancos
de dados do órgão.
As Secretarias de Fazenda Estaduais e as Prefeituras estão se
modernizando cada vez mais (é o caso do DF, que possui a Malha
Fiscal), com o uso de tecnologia para tratamento das informações
recebidas através das obrigações acessórias, a fim de evitar a
sonegação fiscal por parte das empresas e não deixar de arrecadar
tributos.
A Receita Federal, através do sistema SPED (Sistema Público de
Escrituração Digital), montou uma verdadeira armadilha para as
pessoas físicas e jurídicas que não declaram suas movimentações
financeiras.
O que antes era feito em papel passou a ser digital e online, ou
seja, hoje em dia a Receita Federal pode identificar uma operação
clandestina antes mesmo de ser concluída.
E, a partir de 2023, será possível cruzar a movimentação bancária
gerada pelas empresas (de qualquer porte) com as informações
repassadas pelas instituições financeiras, intermediadores
financeiros e instituições de pagamento para arrecadar os tributos
devidos nessas operações.
Não importa a forma de transferência utilizada pelas empresas,
TED, DOC, Pix etc. Tudo será informado para o fisco e, como já
dissemos, no caso do Pix, a informação será retroativa.”
(Arvi Consultoria)
Observe o primeiro parágrafo desse texto:
“Estamos em 2022 e, neste momento, a maioria das
transações bancárias, segundo o Banco Central, é
realizada na modalidade Pix. Essa modalidade já superou
a TED e o DOC.”
Sua função textual é a de
a) informar aos leitores menos avisados sobre as diversas
modalidades de operações financeiras.
b) destacar a importância do Pix como operação financeira, no
momento em que vivemos.
c) mostrar o descrédito de algumas modalidades de operações
financeiras diante do sucesso do Pix.
d) antecipar alguns perigos advindos da grande movimentação
financeira por meio do Pix.
e) localizar uma discussão no momento presente, a fim de mostrar
a atualização das instituições no processo de fiscalização.
Questão 4
Leia este texto para responder à questão.
Cantiga para não Morrer
Quando você for embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
6
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
GULLAR, Ferreira. Obra poética. Vila Nova de Famalicão: Quasi,
2003. p. 248.
Esse poema expressa, sobretudo, o desejo do eu lírico de
a) acreditar que a moça branca de neve voltará para ele um dia.
b) permanecer na vida da moça branca de neve de alguma forma.
c) viver a paixão pela menina branca de neve antes que ela vá
embora.
d) superar o sofrimento provocado pela perda da moça branca de
neve.
e) lutar para que a menina branca de neve fique ao seu lado para
sempre.
Questão 5
Leia este texto para responder à questão.
Ano-Novo
Meia-noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.
Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça:
nada ali indica
que um ano novo começa.
E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.
Começa com a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta)
GULLAR, Ferreira. Obra poética. Vila Nova de Famalicão: Quasi,
2003. p. 401.
O eu lírico apresenta nesse poema a visão de que a (s)
a) passagem do tempo transforma o homem em um ser desiludido.
b) motivação para a vida está em acreditar nos rituais de
passagem.
c) silenciosa chegada de um novo ano esconde frustrações e
derrotas.
d) boas-novas de um ano que se inicia são prenunciadas pelos
astros.
e) expectativas geradas pela virada de ano são uma construção
humana.
Questão 6
Leia o texto, abaixo, e assinale a alternativa que apresenta a
interpretação correta.
Sonhar
Sonhar... Algo tão simples e tão complexo. Quando criança o
sonho consiste em ter um brinquedo “do momento”, na
adolescência o sonho é ser aceito em vários grupos e na fase adulta
são inúmeros os sonhos, alguns sonham em encontrar o amor para
a vida toda, casar, ter filhos e, quando aposentados, viajar. Outros
sonham em ter um “belo emprego”, conhecer o mundo, ir em
muitas festas, ter alguém para que se sintam completos. Há aquelas
pessoas que juntam os dois sonhos descritos anteriormente e ainda
existe aquele sonhador que não foi citado aqui. Um cientista é um
sonhador, busca por novidades/descobertas que farão um bem para
a humanidade; o dançarino sonha com seu novo número e cada vez
quer chegar mais próximo a perfeição; o médico, ainda em estudo,
sonha em cuidar e salvar vidas...
Cada um tem o sonho que pode sonhar!
Cada um tem o sonho que pode realizar!
E se não puder realizaro tal sonho que mude o sonho, planeje tudo
novamente, com novos rumos, novas forças, seja uma nova pessoa.
O importante não é o sonho em si, o importante é não parar de
sonhar, tente de novo e de novo e de novo; planeje quantas vezes
forem necessárias e, um dia, concretizar-se-á!
No trecho: “Algo tão simples e tão complexo.” A autora quis dizer:
a) que é impossível definir o que é sonho.
b) que o sonho tem uma definição simples.
c) que mesmo sendo algo tão comum tem muitos outros itens a
serem trabalhados/explicados.
d) que o sonho está sendo comparado porque utilizou a palavra
“algo”.
e) que por ser simples e complexo não há dificuldade em definir.
Questão 7
Observe o seguinte texto:
“A auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental
definida pela norma NBR ISO 14.010 como um “processo
sistemático e documentado de verificação, executado para obter e
avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar
se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições
ambientais específicos ou as informações relacionadas a estes estão
em conformidade com os critérios de auditoria e para comunicar os
resultados deste processo ao cliente”. Assim, é considerado um
procedimento realizado por profissionais técnicos ou empresas
terceirizadas, gerido por um auditor líder e executado por uma
equipe preparada, visando avaliar o desempenho e o
comprometimento ambiental de empresas e indústrias.” (Auditoria
ambiental – M.C.R.Manzano).
O texto começa por uma definição do que é “auditoria ambiental”.
Assinale a afirmação incorreta sobre a forma dessa definição.
a) Uma definição se inicia sempre por um vocábulo de conteúdo
geral que, nesse caso, é “ferramenta”.
b) Após o termo geral, há uma especificação de seu significado
que, nesse caso, é “de gestão ambiental”.
c) Dentro da definição inicial ocorre a presença de uma segunda
definição mais específica do termo inicial.
d) A indicação da norma legal tem a função de garantir a
existência desse tipo de auditoria.
e) Após o texto da segunda definição, há uma maior explicitação
dos termos da definição legal.
Questão 8
Dentre as diversas substâncias psicoativas, a nicotina e o álcool são
as únicas que têm uso recreativo permitido no Brasil e na maioria
dos países do mundo ocidental. Entretanto o consumo legalizado
não implica desregulação. A proibição de venda para menores de
18 anos é um exemplo, e a punição para quem dirige bêbado, outro.
Em relação ao último, o brasileiro ainda demonstra uma atitude
irresponsável que pode ser fatal.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 25.12.2022. Adaptado)
O tópico frasal do texto apresentado é:
a) Dentre as diversas substâncias psicoativas...
b) ... a nicotina e o álcool são as únicas que têm uso recreativo
permitido no Brasil e na maioria dos países do mundo ocidental.
c) Entretanto o consumo legalizado não implica desregulação.
d) A proibição de venda para menores de 18 anos é um exemplo, e
a punição para quem dirige bêbado, outro.
e) Em relação ao último, o brasileiro ainda demonstra uma atitude
irresponsável que pode ser fatal.
7
Questão 9
Leia a tira para responder à questão.
A conclusão a que chega o tigre no último quadro pode ser
explicada pelo fato de o pai de Calvin
a) preferir sair para compras inúteis a passar tempo com o filho.
b) ter anunciado ao filho cada passo que estava por executar.
c) revelar hábitos tidos hoje como incomuns por Calvin e o tigre.
d) querer que o filho seja um consumidor de livros como ele.
e) ter dito que sairia com a finalidade de ler um livro ao ar livre.
Questão 10
Texto
Contratempos do tempo
As coisas que para nós se passam em câmera lenta, numa vida
inteira, os Anjos as veem em ritmo acelerado. E com certeza mal
contêm o riso, como nós agora diante dos primeiros jornais
cinematográficos: oh! aquelas paradas elétricas, aqueles enterros
epilépticos, aqueles ministros, e reis, e povo, agitando-se
automaticamente como bonecos a quem deram corda... Não, assim
não há grandeza e dignidade possível. Toda a epopeia napoleônica
transcorrida, digamos, em um só quarto de hora, seria de um
cômico e de um absurdo irresistíveis.
E as nossas vidas então, já por si tão ridículas?
(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho)
No texto, o ponto de vista do narrador é de que
a) a grandeza da História precisa ser registrada pelas câmeras.
b) a vida pela ótica das câmeras se torna ainda mais ridícula.
c) a sensibilidade humana se potencializa com o ritmo acelerado.
d) a câmera resgata a essência espiritual dos seres humanos.
e) a comicidade advém das coisas que se passam em câmera lenta.
Questão 11
Atenção: Leia o trecho do romance “Esaú e Jacó”, de Machado de
Assis, para responder à questão.
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao
conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o pedido de
Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há
pouco surdiam-lhe das pedras da rua. Considerou que não perdia
muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma hipótese,
espécie de andorinha, que avoaça entre árvores, abaixo e acima,
pousa aqui, pousa ali, arranca de novo um surto e toda se despeja
em movimentos. Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se
os gêmeos tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem
nada, graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do velho entrou a
ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa hipótese,
ele pai, estes meninos seus, toda a andorinha que se dispersava
num farfalhar calado de gestos.
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012)
Depreende-se do texto que o conselheiro Aires se considerava uma
pessoa:
a) preguiçosa.
b) distraída.
c) rancorosa.
d) submissa.
e) equilibrada.
Questão 12
Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado
natural ao civil, substituindo em seu proceder a justiça ao instinto,
e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam; é só
então que a voz do dever sucede ao impulso físico, e o direito, ao
apetite; o homem que, até ali, só pusera em si mesmo os olhos
vê-se impelido a obrar segundo outros princípios, e a consultar a
razão antes que os afetos. Embora se prive nesse estado de muitas
vantagens, que a natureza lhe dera, outras obtém ainda maiores;
suas faculdades se exercem e se desenvolvem; suas ideias se
ampliam, seus sentimentos se enobrecem, sua alma toda inteira a
tal ponto se eleva que, se os abusos desta nova condição não o
degradassem muitas vezes a uma condição inferior à
primeira, deveria abençoar continuamente o instante feliz que para
sempre o arrancou do estado de natureza, e fez de um animal
estúpido e limitado um ser inteligente, um homem.
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social. Adaptado)
 
É correto afirmar que o texto discorre sobre
a) as vantagens da vida em estado de natureza.
b) a tradição de renunciar a atos de civilidade.
c) os efeitos da aquisição do estatuto civil.
d) as etapas a vencer para conquistar o sucesso.
e) a decadência dos que renunciam ao estado natural.
Questão 13
Leia o cartum.
O cartum tem seu efeito de sentido de humor associado
a) ao sentido conotativo de palavras empregadas para propor
medidas que evitem enchentes.
b) a um trocadilho para deixar implícito conformismo com a
inércia das autoridades.
c) a um jogo de palavras para expressar uma crítica a situações que
invariavelmente ocorrem.
d) ao sentido conotativo de “alagar”, contrastando com o sentido
denotativo de “alegar”.
e) a palavras cujo sentido se assemelha, pelo fato de apresentarem
formas semelhantes.
Questão 14
Texto para a questão.
 
8
A lua foi ao cinema
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena! 
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
– Amanheça, por favor!
 
A lua foi assistira um filme. Nesse filme,
a) o cinema passava a ser engraçado.
b) a história da estrela era engraçada.
c) era engraçado não ter namorado.
d) o namorado da estrela era engraçado.
e) uma estrela não tinha namorado.
Questão 15
O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto declarou certa vez:
“O capital é como água. Sempre flui por onde encontra menos
obstáculos”.
Assinale a afirmativa correta sobre os componentes e a estrutura
desse pensamento.
a) O segundo período é uma redundância do primeiro, já que
expressam o mesmo pensamento.
b) A comparação do primeiro período é explicada no segundo.
c) O primeiro período expressa uma causa cuja consequência é
expressa no segundo período.
d) Enquanto o primeiro período é expresso em linguagem
figurada, o segundo é expresso em linguagem lógica.
e) O segundo período expressa uma conclusão do que é expresso
no período anterior.
Questão 16
As marcas de textualidade citadas no programa de Língua
Portuguesa são a coesão, a coerência e a intertextualidade. Observe
a seguinte declaração do apresentador Faustão:
“Esse negócio de sucesso é bonito, mas você não vive em função
disso. O cemitério está cheio de caras de sucesso. Quero uma vida
mais simples do que um copo d’água”.
Assinale a opção que exemplifica intertextualidade.
a) Esse negócio de sucesso é bonito.
b) ...mas você não vive em função disso.
c) O cemitério está cheio de caras de sucesso.
d) Quero uma vida mais simples...
e) ...mais simples do que um copo d’água.
Questão 17
Veja a seguinte descrição: “Fábio é um rapaz bonito: cabelo louro
esvoaçante, esteticamente desgrenhado, olhos claros sobre um
nariz afilado, lábios finos, tórax largo, cintura estreita e pernas
alongadas, numa figura que em nada faz adivinhar sua bondade
interior”.
Sobre a estratégia descritiva desse texto, assinale a
afirmativa correta.
a) As características fornecidas são todas do aspecto físico.
b) A descrição segue o plano do todo para as partes.
c) A estrutura descritiva vai de longe para perto.
d) A descrição mostra traços positivos e negativos de Fábio.
e) O personagem é descrito no tempo passado.
Questão 18
Assinale a opção com duas ações em sequência que mostram uma
relação de causa e consequência.
a) João olhou o cartaz e teve vontade de ir ao cinema.
b) Choveu durante a noite e as ruas ficaram alagadas.
c) Cada vez que via as fotos, começava a chorar.
d) Viu a paisagem e lembrou-se da cidade onde nascera.
e) Jogou na loteria e imaginou o que faria com aquela fortuna.
Questão 19
Um participante de uma prova náutica se perde com seu barco em
função de um forte vento; ao desembarcar em um local
desconhecido, pergunta a um habitante do local:
— Onde estou?
— Numa ilha – respondeu o outro.
Sobre a eficiência comunicativa desse diálogo, o comentário
correto é que o habitante da ilha
a) prestou as informações necessárias solicitadas.
b) deu informações relevantes ao navegador.
c) foi bastante claro nas informações prestadas.
d) não auxiliou o interlocutor em sua localização.
e) forneceu as informações pedidas de forma clara.
Questão 20
Nas frases a seguir, há uma busca pela precisão da informação.
Assinale a opção que apresenta a frase em que isso é obtido por
meio de uma quantificação precisa.
a) Duas dúzias de bananas foram compradas na esquina.
b) Perto de dez mil pessoas estavam na manifestação.
c) Esse programa foi oferecido a cerca de 500 alunos.
d) Menos de uma centena de candidatos se apresentaram.
e) Numerosos incêndios ocorreram no verão.
9
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D B B B E C D B C B
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C C E B C B B D A
10
OS IMPLÍCITOS TEXTUAIS
11
OS IMPLÍCITOS TEXTUAIS
Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num
texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas por marcas
linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, numa leitura
proficiente, ir além da informação que se encontra explícita,
identificando e compreendendo as informações implícitas, ou seja,
lendo nas entrelinhas.
Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando sugeridos
no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo leitor, sendo da sua
responsabilidade.
Exemplos:
- Heloísa está cansada de ser professora.
Pressuposto: Heloísa é professora.
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita
indisciplina.
- Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país
Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher
não está satisfeita com essa situação.
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por
não encontrar trabalho no seu país.
Pressupostos
Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente
compreendidas devido a palavras ou expressões presentes na frase
que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O
enunciado depende dessa pressuposição para que faça sentido.
Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável.
Exemplos de pressupostos:
- Decidi deixar de comer carne.
Pressuposto: A pessoa comia carne antes.
- Finalmente acabei minha monografia.
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia.
- Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor rendimento.
Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã.
- Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi.
Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa.
Marcas linguísticas que facilitam a identificação de pressupostos:
● Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e
implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar,
conseguir,...
● Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois,
antes,...
● Pronome introdutório de orações subordinadas adjetivas:
que
● Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes
que, desde que, visto que,...
Subentendidos
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas,
dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca
linguística, sendo deduzidos através do contexto comunicacional e
do conhecimento que os destinatários têm do mundo. Podem ser ou
não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem
unicamente da responsabilidade de quem interpreta a frase.
Exemplos de subentendidos:
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.
Subentendido: Está frio lá fora.
- Já tenho a garganta seca de tanto falar.
Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero parar de
falar neste momento.
- Você vai a pé para casa agora?
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar
a pé na rua a estas horas.
Inferência na leitura
Inferência é o resultado de um processo cognitivo por meio do qual
uma assertiva é feita a respeito de algo desconhecido, tendo como
base uma observação. No dia a dia, é possível, por exemplo,
inferir a riqueza de uma pessoa pela observação do seu modo de
vida, a gravidade de um acidente de trânsito pelo estado dos
veículos envolvidos e o sabor de um alimento pelo seu aroma.
A inferência revela-se como uma conclusão de um raciocínio, uma
expectativa, fundamentada em um indício, uma circunstância ou
uma pista. Assim, fundamentando-se em uma observação ou em
uma proposição são estabelecidas algumas relações – evidentes ou
prováveis – e chega-se a uma conclusão decorrente do que se
captou ou julgou.
 A concepção de que a inferência representa uma ligação entre duas
ideias é assumida desde a Antiguidade. Esse termo vem do latim
medieval “inferre” e designa o fato de duas proposições se
interligarem, sendo que, nessa conexão, a antecedente implica a
consequente. Inferir é uma atividade associativa que pressupõe
uma ordem, uma sequência entre as proposições.
Na leitura de um texto, o resultado da compreensão depende da
qualidade das inferências geradas. Os textos possuem informações
explícitas e implícitas; existem sempre lacunas a serem
preenchidas. O leitor infere ao associar as informações explícitas
aos seus conhecimentos prévios e, a partir daí, gera sentido para o
que está, de algum modo, informado pelo texto ou através dele. A
informação fornecida direta ou indiretamente é uma pista que ativa
uma operação de construção de sentido. Portanto, ao contráriodo
que muitos acreditam, a inferência não está no texto, mas na
leitura, e vai sendo construída à medida que leitores vão
interagindo com a escrita.
As ideias, impressões e conhecimentos arquivados na memória dos
indivíduos têm relação direta com a capacidade de inferir: quanto
maior a quantidade de informações arquivadas, mais apta a pessoa
está para compreender um texto. Assim, os conhecimentos
adquiridos, as experiências vividas, tudo o que está registrado em
sua mente contribui para o preenchimento das lacunas textuais.
Considerando que nem sempre a inferência gerada conduz a uma
compreensão adequada, uma vez que são muitos os elementos
envolvidos nessa complexa rede, e que variadas são as
possibilidades cognitivas de se lidar com as informações, é
12
importante na alfabetização a mediação do professor. Promover a
antecipação ou predição de informações, acionar conhecimentos
prévios, verificar hipóteses são algumas das estratégias que ele
pode ensinar os alunos a realizarem para que eles tenham boa
compreensão leitora. O certo é que o processo inferencial ocorre
com grande dinamismo e conduz o leitor a organizar
constantemente as informações para processar e compreender o
que lê. Esse processo pode ser ensinado por meio de estratégias
que conduzem à explicitação dos implícitos, ao preenchimento de
lacunas com informações que emergem com base em pistas
textuais associadas ao conhecimento de mundo que tais pistas
requisitam e, além disso, à exclusão ou confirmação de hipóteses 
cuja pertinência depende de comprovação. A informação inferida
não está no texto, mas só pode ser acessada por meio dele.
Depreensão
O que é Depreensão:
Compreensão, obter o conhecimento de, entendimento.
CADERNO DE QUESTÕES – OS IMPLÍCITOS
TEXTUAIS.
Questão 1
Qual das seguintes opções melhor descreve os implícitos textuais?
A) Informações explicitamente declaradas no texto.
B) Significados ocultos que podem ser inferidos pelo leitor.
C) Afirmações diretas e literais do autor.
D) Conclusões diretas baseadas em evidências.
E) Descrições superficiais sem profundidade.
Questão 2
O que são pressupostos em um texto?
A) Afirmações explícitas que o autor faz.
B) Ideias centrais que resumem o texto.
C) Informações que podem ser inferidas a partir do texto.
D) Suposições subjacentes que sustentam o argumento do autor.
E) Detalhes irrelevantes mencionados no texto.
Questão 3
Como os leitores podem inferir depreensões a partir de um texto?
A) Analisando o vocabulário complexo do autor.
B) Ignorando detalhes sutis do texto.
C) Examinando a estrutura gramatical do texto.
D) Fazendo conexões lógicas entre informações apresentadas.
E) Aceitando todas as informações explicitamente declaradas.
Questão 4
O que são subentendidos em um texto?
A) Informações explícitas fornecidas pelo autor.
B) Pistas que não têm relevância para a compreensão do texto.
C) Suposições que não podem ser verificadas.
D) Significados implícitos que o autor não expressa diretamente.
E) Conclusões óbvias sem necessidade de inferência.
Questão 5
Quais são as implicações de uma inferência bem-sucedida?
A) Compreensão total e inequívoca do texto.
B) Limitação na interpretação do texto.
C) Maior clareza nas informações apresentadas no texto.
D) Capacidade de ler superficialmente sem análise adicional.
E) Melhor compreensão das intenções do autor.
Questão 6
Como os pressupostos diferem das inferências em um texto?
A) Os pressupostos são explícitos, enquanto as inferências são
implícitas.
B) As inferências são suposições, enquanto os pressupostos são
conclusões.
C) Os pressupostos são deduções lógicas, enquanto as inferências
são suposições.
D) As inferências são necessárias para compreender os
pressupostos.
E) Não há diferença significativa entre os dois.
Questão 7
Qual é o papel dos implícitos textuais na interpretação de um
texto?
A) Facilitar a compreensão superficial do texto.
B) Tornar o texto mais confuso e ambíguo.
C) Fornecer informações redundantes.
D) Enriquecer a compreensão do texto, permitindo inferências mais
profundas.
E) Reduzir a capacidade do leitor de interpretar o texto.
Questão 8
Em que medida os subentendidos podem ser influenciados pela
perspectiva do leitor?
A) Não têm relação com a perspectiva do leitor.
B) São completamente imutáveis, independentemente da
perspectiva.
C) Podem ser interpretados de maneiras diferentes com base na
perspectiva do leitor.
D) São sempre interpretados da mesma forma, independentemente
da perspectiva.
E) Dependem exclusivamente da intenção do autor, não da
perspectiva do leitor.
Questão 9
Como os implícitos textuais contribuem para a habilidade de leitura
crítica?
A) Tornando a interpretação do texto mais fácil.
B) Reduzindo a necessidade de análise textual.
C) Exigindo que o leitor confie apenas nas informações explícitas.
D) Permitindo ao leitor ir além do texto e fazer conexões
significativas.
E) Limitando a compreensão do leitor apenas ao que está
explicitamente declarado.
Questão 10
Qual é a importância de reconhecer os implícitos textuais na
comunicação eficaz?
A) Não têm impacto na comunicação.
B) Facilitam a transmissão de informações de maneira clara e
completa.
C) Complicam a comunicação, tornando-a menos precisa.
D) Reduzem a necessidade de inferência por parte do receptor.
E) São irrelevantes para a compreensão do significado do texto.
13
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B D D D E D D C D B
14
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COESÃO 
 
 
 
15
 
 
 
COESÃO 
 
 
Coesão textual se refere à articulação entre os componentes 
de um texto. Ela pode ser referencial (retomada de algum item 
do texto) ou sequencial (relação semântica entre enunciados). 
 
Os mecanismos coesivos estão restritos à estrutura do texto. 
Já a coerência textual considera não só tais mecanismos, mas 
também o contexto. 
 
O QUE É COESÃO TEXTUAL? 
Chamamos de “coesão” a relação entre elementos de um texto 
de forma a auxiliar na sua compreensão. Desse modo, a 
coesão textual é um dos elementos responsáveis pela 
coerência textual. Contudo, ela está limitada à estrutura do 
texto, pois não considera os elementos extralinguísticos. 
 
Como exemplo, vamos analisar o seguinte trecho do conto A 
nova Califórnia, de Lima Barreto (1881-1922): 
 
“Ninguém sabia donde viera aquele homem. O 
agente do Correio pudera apenas informar que 
acudia ao nome de Raimundo Flamel, pois assim era 
subscrita a correspondência que recebia. E era 
grande. Quase diariamente, o carteiro lá ia a um dos 
extremos da cidade, onde morava o desconhecido, 
sopesando um maço alentado de cartas vindas do 
mundo inteiro, grossas revistas em línguas 
arrevesadas, livros, pacotes...” 
 
Observe que os elementos destacados promovem a coesão do 
texto: 
 
 Em “acudia”, está implícita a expressão “aquele 
homem”, mencionada anteriormente. 
 
 “Pois” indica uma explicação para o fato de o agente 
do Correio informar que o homem se chamava 
Raimundo Flamel. 
 
 pronome “que” se refere à correspondência. 
 
 Em “recebia”, está implícito o pronome “ele”, 
referente a Raimundo Flamel, já mencionado. 
 
 Em “era”, está implícita a palavra 
“correspondência”, já mencionada. 
 
 advérbio “lá” se refere a “um dos extremos da 
cidade”, bem como o pronome relativo “onde”. 
 
TIPOS DE COESÃO TEXTUAL 
- Coesão referencial 
É quando um elemento do texto alude a outro. Essa relação 
pode ocorrer, por exemplo, por meio de: 
 
- Artigo 
Uma chaga da cultura brasileira é a corrupção. 
 
Nesse caso, o artigo indefinido “uma” se refere a uma 
informação subsequente, isto é, a corrupção. Já os artigos 
definidos, normalmente, fazem referência a um elemento 
anterior: 
 
Ao perceber a aproximação de um homem, fiquei com medo. 
Mas o homem passou por mim sem sequer me olhar. 
 
- Pronome 
Dilermando tirou férias. Ele não suportava mais a sua rotina. 
 
Nesse exemplo, o pronome “ele” faz referência a 
“Dilermando”. Outros pronomes também podem fazer 
retomadas em um texto, sejam eles:- demonstrativos 
- possessivos 
- indefinidos 
- interrogativos 
- relativos 
 
- Numeral 
As caixas de morango estão sobre a mesa. Duas são para o 
seu avô. 
 
Nesse enunciado, o numeral “duas” se refere às caixas de 
morango. 
 
- Elipse 
Minha amiga viajou no fim de semana. Não queria se 
encontrar comigo. 
 
Nesse caso, o pronome “ela”, que faz referência à “minha 
amiga”, está implícito: “[Ela] não queria se encontrar 
comigo”. 
 
- Advérbio 
Ficou encolhido no cantinho do quarto. Ali se sentia um 
pouco mais seguro. 
 
Nesse exemplo, o advérbio “ali” se refere ao “cantinho do 
quarto”. 
 
- Coesão sequencial 
Tem a ver com a relação semântica entre (partes de) 
enunciados durante um sequenciamento de ideias no texto, e 
pode ocorrer, por exemplo, por meio de: 
 
 repetição lexical: 
As horas passavam, passavam, passavam. 
 
 repetição da estrutura sintática: 
O menino pede água. A menina pede comida. E o avô pede 
descanso. 
 
 paráfrase: 
Não se pode permitir o uso ilícito dessa tecnologia, ou seja, 
é preciso criar leis que limitem o uso dela. 
 
 conexão: 
- Se comprarmos uma casa, podemos nos livrar do 
aluguel. 
- Júlio chorou porque o filme era triste. 
- Ela não quer sair, então, precisamos chamar a 
polícia. 
- Quando a chuva começou, eu estava no meio do 
caminho. 
16
 
 
- Vou à farmácia enquanto você faz o almoço. 
- Conforme o médico, nosso filho tem uma doença 
rara. 
- Irina está com febre alta, além disso, está se 
queixando de dor de cabeça. 
- Eles foram educados comigo, mas deixaram 
transparecer a raiva. 
- Não tenho tempo, portanto, não posso ajudar você 
agora. 
 
DIFERENÇAS ENTRE COESÃO E COERÊNCIA 
A coesão se refere aos mecanismos gramaticais ou lexicais 
que permitem a ligação entre elementos da estrutura 
linguística de um texto. Já a coerência tem relação com o(s) 
sentido(s) desse texto. Portanto, os mecanismos de coesão 
podem auxiliar na formação do(s) sentido(s). 
 
No entanto, a coesão está restrita à estrutura linguística, 
enquanto a coerência depende, também, dos elementos 
extralinguísticos. Desse modo, aspectos cognitivos e 
socioculturais, por exemplo, podem interferir na construção 
de sentido(s) durante a recepção de um texto, que pode ser 
verbal, não verbal, escrito ou oral." 
 
 
17
 
 
CADERNO DE QUESTÕES – COESÃO 
 
 
Questão 1 
 
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos 
chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da 
Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela 
Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos 
virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era 
um termo derivado do latim medieval influentia, que 
significava “influência dos astros sobre os homens”. O 
segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, 
“agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento 
como o vírus se apossa do organismo infectado. 
 
RODRIGUES, S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 
2011. 
 
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é 
preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. 
Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela 
retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O 
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é: 
 
A) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de 
contágios entre línguas.” 
B) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...].” 
C) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval 
influentia, que significava ‘influência dos astros sobre os 
homens’.” 
D) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper 
[...].” 
E) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como 
o vírus se apossa do organismo infectado.” 
 
Questão 2 
O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. 
Isso não é verdade? 
 
Não. O riso básico — o da brincadeira, da diversão, da 
expressão física do riso, do movimento da face e da 
vocalização — nós compartilhamos com diversos animais. 
Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas — 
que nós não somos capazes de perceber — e que eles emitem 
quando estão brincando de “rolar no chão”. Acontecendo de 
o cientista provocar um dano em um local específico no 
cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira 
vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo 
atacado. O que nos diferencia dos animais é que não temos 
apenas esse mecanismo básico. Temos um outro mais 
evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como nós, 
mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do 
cérebro deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos 
mecanismos corticais que nos permitem, por exemplo, 
interpretar uma piada. 
 
Disponível em: http://globonews.globo.com (Adaptado) 
 
A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre 
as partes do texto. Analisando o trecho “Acontecendo de o 
cientista provocar um dano em um local específico no 
cérebro”, verifica-se que ele estabelece com a oração seguinte 
uma relação de 
 
A) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por 
finalidade provocar a falta de vocalização dos ratos. 
B) oposição, visto que o dano causado em um local específico 
no cérebro é contrário à vocalização dos ratos. 
C) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no 
cérebro para que não haja vocalização dos ratos. 
D) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais 
vocalização dos ratos é o dano causado no cérebro. 
E) proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro não é 
mais possível que haja vocalização dos ratos." 
 
Questão 3 
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o 
Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio campo 
e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os 
zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o 
time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à 
área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo 
na frente da sua área. 
 
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após 
cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a 
bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na 
jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo 
Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o 
fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. 
 
Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com 
(adaptado). 
 
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato 
Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários 
conectivos, sendo que 
 
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a 
zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça. 
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta 
duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo. 
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os 
fatos observados no jogo em ordem cronológica de 
ocorrência. 
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de 
bola”, ter dificuldade não é algo naturalmente esperado. 
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de 
ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um 
bloqueio. 
 
Questão 4 
Sobre a coesão textual, estão corretas as seguintes 
proposições: 
 
I. A coesão textual está relacionada com os componentes da 
superfície textual, ou seja, as palavras e frases que compõem 
um texto. Esses componentes devem estar conectados entre si 
em uma sequência linear por meio de dependências de ordem 
gramatical. 
II. A coesão é imaterial e não está na superfície textual. 
18
 
 
Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de 
interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um 
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. 
III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos 
mecanismos de coesão, podemos evitar erros que prejudicam 
a sintaxe e a construçãode sentidos do texto. 
IV. A coesão obedece a três princípios: o princípio da não 
contradição; princípio da não tautologia e o princípio da 
relevância. 
V. Entre os mecanismos de coesão estão a referência, a 
substituição, a elipse, a conjunção e a coesão lexical. 
 
a) Apenas V está correta. 
b) II e IV estão corretas. 
c) I, III e V estão corretas. 
d) I e III estão corretas. 
e) II, IV e V estão corretas. 
 
Questão 5 
Manuel Bandeira 
Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a 
abandonar os estudos de arquitetura por causa da tuberculose. 
Mas a iminência da morte não marcou de forma lúgubre sua 
obra, embora em seu humor lírico haja sempre um toque de 
funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque 
de morbidez, até no erotismo. Tradutor de autores como 
Marcel Proust e William Shakespeare, esse nosso Manuel 
traduziu mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano mal 
idealizado por nós, brasileiros, órfãos de um país imaginário, 
nossa Cocanha perdida, Pasárgada. 
Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível, 
depois que ele mesmo já o fez tão 
bem em versos. 
Revista Língua Portuguesa, n° 40, fev. 20 
 
 
A coesão do texto é construída principalmente a partir do (a): 
a) repetição de palavras e expressões que entrelaçam as 
informações apresentadas no texto. 
b) substituição de palavras por sinônimos como “lúgubre” e 
“morbidez”, “melancolia” e “nostalgia”. 
c) emprego de pronomes pessoais, possessivos e 
demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”. 
d) emprego de diversas conjunções subordinativas que 
articulam as orações e períodos que compõem o texto. 
e) emprego de expressões que indicam sequência, 
progressividade, como “iminência”, “sempre”, “depois”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 
E C D C C 
 
19
COERÊNCIA E
INTERTEXTUALIDADE
20
COERÊNCIA
Agora que você já sabe um pouco mais sobre coesão, é preciso
estar atento sobre o que é coerência. A coerência textual é o que
garante que o seu texto seja entendido, garantindo o encadeamento
das ideias. Coesão e coerência são elementos textuais que estão
sempre juntos, pois os elementos textuais presentes na coesão
garantem a coerência. A falta de coerência afeta o sentido de um
texto, fazendo com que ele não seja compreendido pelo leitor.
Apesar da coerência ser um elemento único, ela pode ser feita de
algumas maneiras:
1. Coerência Narrativa: a ordem lógica das ações é obedecida. É
mais comum em histórias.
Exemplo: “Ele ligou à noite para acalmar o desespero dela. Sentou
no sofá de couro já gasto, acendeu a luz do abajur na sala já escura.
Chamou por querida, clamou por perdão. Relatou o dia e prometeu
reduzir os hiatos que os separava. A conversa deu fome. Ele
levantou e procurou os últimos vestígios do jantar. Ela ficou
saciada com um copo de leite quente preparado enquanto ele lhe
fazia juras que seriam quebradas na manhã seguinte.
2. Coerência Argumentativa: para que a coerência seja mantida,
deve-se utilizar argumentos, dados e opiniões. Para que o texto seja
entendido, também é preciso manter uma ordem cronológica.
Exemplo: “A violência escolar é um problema que envolve toda a
comunidade. Do núcleo familiar ao convívio em sociedade, é o
Estado, contudo, o responsável por oferecer as condições
necessárias para a redução do problema até a sua quase
eliminação”.
3. Coerência Descritiva: são utilizados detalhes do ambiente e das
pessoas, aproximando o leitor do texto, fazendo com que ele
“visualize” cada detalhe.
Exemplo: “Fazia tão calor naquele dia, que as roupas pareciam
aderir à pele. Cada passo na calçada era um desafio ao bem-estar
devido à temperatura do ladrilho. Mesmo assim, saiu mais cedo e
foi fazer as compras de aniversário para a surpresa da noite. Nem
mesmo o calor seria suficiente para impedir a festa.”
INTERTEXTUALIDADE
A intertextualidade é a relação de semelhança que um texto
estabelece com outro texto usado como modelo. Pode ser usado
como um recurso que valoriza e amplia o conhecimento dos textos
existentes.
Para haver intertextualidade, é necessário que um texto, chamado
de texto-fonte, influencie a produção de outro texto, chamado de
intertexto.
Um exemplo de intertextualidade é o poema Europa, França e
Bahia, de Oswald de Andrade:
“Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!”
O trecho do poema acima é uma paródia da Canção do Exílio, de
Gonçalves Dias, o texto-fonte usado como modelo por Oswald de
Andrade:
“Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.”
Tipos e exemplos de Intertextualidade
Há muitas maneiras de produzir intertextos. Os tipos de
intertextualidade são: alusão, citação, epígrafe, paródia, paráfrase,
pastiche, bricolagem, tradução.
Vejamos o que são e exemplos dos tipos de intertextualidade mais
comuns.
Alusão
Alusão é a remissão que um texto faz a outro texto de forma um
pouco difícil de perceber.
Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Exemplo de alusão:
A música As Curvas da Estrada de Santos, de Roberto Carlos e
Erasmo Carlos, foi o texto-fonte usado na música Coração
Selvagem, de Belchior.
TEXTO-FONTE
"Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo
Corrijo num segundo
Não posso parar" (trecho da música As Curvas da Estrada de
Santos, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
ALUSÃO
"Talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho" (frase retirada
da música Coração Selvagem, de Belchior)
Citação
Citação é o acréscimo de parte(s) de um texto em outro texto.
A citação, geralmente, vem expressa no meio de um texto entre
aspas e itálico, identificando-a facilmente. Caso a parte de um texto
seja copiada e não seja usada uma marca que diferencie os textos, a
cópia é considerada plágio.
Do Latim, o termo “citação” (citare) significa convocar.
Exemplo de citação:
No texto abaixo, recorremos às palavras deTiphaine Samoyault
para reforçar a importância das marcas que diferenciam a citação e
o plágio.
A citação é o tipo de intertextualidade mais usado pelos estudantes.
No Enem, a citação enriquece a redação, mas é preciso atenção
para deixá-la identificável, pois, "a ausência total de tipografia
própria transforma a citação em plágio, cuja definição mínima
poderia ser a citação sem aspas, a citação não marcada."
(SAMOYAULT, 2008, p. 49)
21
Epígrafe
Epígrafe é uma frase usada no princípio de obras, resenhas e
monografias, que tem alguma relação com o que é discutido no
texto que vem a seguir.
Do grego, o termo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi”
(posição superior) e “graphé” (escrita).
Exemplo de epígrafe:
Abaixo, uma frase de Florence Nightingale, destacada enfermeira
inglesa, que poderia ser usadas em um trabalho da área da saúde.
“A enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, requer uma
devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de
qualquer pintor ou escultor.”
Paródia
Paródia é a transformação de um texto em outro texto. Geralmente,
aparece em forma irônica, com caráter humorístico.
Do grego (parodès) a palavra “paródia” é formada pelos termos
“para” (semelhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia)
semelhante a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos
programas humorísticos.
Exemplo de paródia:
O poema de Casimiro de Abreu, Meus Oito Anos, escrito no século
XIX, é um dos textos que gerou inúmeros exemplos de
intertextualidade, como é o caso da paródia de Oswald de Andrade
Meus Oito Anos, escrito no século XX.
TEXTO-FONTE
“Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!” (Meus oito anos, de Casimiro de Abreu)
PARÓDIA
“Oh que saudades que eu tenho
Daaurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra!
Da rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais” (Meus oito anos, de Oswald de Andrade)
Paráfrase
Paráfrase é a recriação de um texto já existente mantendo a mesma
ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização de
outras palavras.
O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), significa a
“repetição de uma sentença”.
Exemplo de paráfrase:
A música Monte Castelo, da banda Legião Urbana, cita versículos
bíblicos.
TEXTO-FONTE
"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver
amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine."
(Versículo 1 do capítulo 13 do livro de 1 Coríntios da Bíblia)
PARÁFRASE
"Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria" (trecho da música Monte Castelo, da
banda Legião Urbana)
Intertextualidade explícita e implícita
A relação estabelecida entre os textos pode decorrer de um
processo explícito (evidente) ou implícito (subentendido).
A Intertextualidade é explícita quando o texto indica o texto-fonte
usado como modelo, enquanto é implícita quando o texto não faz
essa indicação.
Exemplos de intertextualidade explícita: citação, tradução,
referência.
Exemplos de intertextualidade implícita: alusão, paródia,
paráfrase.
CADERNO DE QUESTÕES – COERÊNCIA E
INTERTEXTUALIDADE.
Questão 1
 Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado
natural ao civil, substituindo em seu proceder a justiça ao instinto,
e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam; é só
então que a voz do dever sucede ao impulso físico, e o direito, ao
apetite; o homem que, até ali, só pusera em si mesmo os olhos
vê-se impelido a obrar segundo outros princípios, e a consultar a
razão antes que os afetos. Embora se prive nesse estado de muitas
vantagens, que a natureza lhe dera, outras obtém ainda maiores;
suas faculdades se exercem e se desenvolvem; suas ideias se
ampliam, seus sentimentos se enobrecem, sua alma toda inteira a
tal ponto se eleva que, se os abusos desta nova condição não o
degradassem muitas vezes a uma condição inferior à
primeira, deveria abençoar continuamente o instante feliz que para
sempre o arrancou do estado de natureza, e fez de um animal
estúpido e limitado um ser inteligente, um homem.
 
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que a passagem – Mudança bem notável
produz no homem a passagem do estado natural ao civil,
substituindo em seu proceder a justiça ao instinto, e dando às suas
ações a moralidade de que antes careciam. – está reescrita com
mais clareza, com coesão e coerência, segundo princípios de
organização sintática e pontuação.
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a) Mudança bem notável no homem produz a passagem do estado
natural ao civil, substituindo, a justiça em seu proceder, o instinto,
para dar às suas ações, antes, a moralidade de que careciam.
b) Bem notável mudança produz a passagem do estado natural ao
civil, no homem; substitui a justiça para o instinto em seu proceder,
também dando a moralidade às suas ações de que antes careciam.
c) No homem, mudança bem notável a passagem do estado natural
ao civil produz, e substitui ao instinto, a justiça em seu proceder,
além de dar, antes, a moralidade às suas ações de que careciam.
d) Mudança no homem bem notável produz a passagem do estado
natural ao civil, em seu proceder substituindo a justiça ao instinto e
dando a moralidade às suas ações de que antes careciam.
e) A passagem do estado natural ao civil produz, no homem,
mudança bem notável; em seu proceder, a justiça substitui o
instinto e dá às suas ações a moralidade de que careciam antes.
Questão 2
A transformação digital, que já é uma realidade nas empresas
brasileiras, mudou a maneira de comunicação entre trabalhadores e
patrões. E esse relacionamento através de novas ferramentas e
aplicativos, como WhatsApp e Telegram, por exemplo, está se
transformando em verdadeiro perigo. Isso porque está cada vez
mais comum trabalhadores levarem para a Justiça do Trabalho
prints e registros de conversas de WhatsApp como prova de que
foram assediados moralmente. E a Justiça, por sua vez, condena a
empresa.
 
O mundo das novas tecnologias pode ser a redenção para as
empresas, quando fomentam e estimulam seus negócios, mas
também pode ser um poderoso instrumento de destruição de suas
imagens, caso seus líderes e gestores não compreendam o poder
que essas ferramentas têm, atualmente, para o bem e para o mal.
 
DANTAS, J. M.; PASTORE, J. E. G. Os riscos do assédio
moral virtual. In: Hoje em Dia. Opinião, 24 ago. 2028.
Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/
os-riscos-do-assedio-moral-virtual-1.916913.
Acesso em: 25 ago. 2022.
 
O autor estabelece uma coerência entre os argumentos usados para
sustentar sua tese ao
a) comprovar que funcionários são vítimas de assédios em todos
os canais comunicativos.
b) indicar que toda relação de trabalho culmina em algum tipo de
assédio pelo empregador.
c) relacionar as novas ferramentas de comunicação aos perigos do
uso incorreto feito delas.
d) demonstrar que empregados mal-intencionados levam empresas
à justiça indevidamente.
Questão 3
Para o leitor considerar o texto coerente e recuperar a crítica
realizada pelo texto, é necessário acionar, prioritariamente, dois
fatores de coerência:
a) a conotação e a situacionalidade.
b) o conhecimento enciclopédico e as inferências.
c) a intertextualidade e as relações cotextuais.
d) o conhecimento linguístico e as regras constitutivas do gênero
Questão 4
Assinale a alternativa cujo texto pode ser concluído pela frase “foi
sancionada uma nova lei que permite que hemocentros requisitem
dados disponíveis nos órgãos públicos, com o objetivo de auxiliar
na localização de doadores de medula cujos dados estejam
desatualizados no banco de doadores” sem prejuízo da coerência.
a) É importante que o maior número de pessoas possível se
cadastre como doador de medula e mantenha atualizados os seus
dados junto aos hemocentros para poderem ser contatados, pois
b) Cerca de 50% dos doadores de medula óssea cadastrados no
Brasil não são localizados quando surge um paciente compatível
precisando do transplante e, por esse motivo,
c) Maria recebeu a notícia de que é necessário, em primeiro lugar,
identificar um doador de medula compatível e disposto a realizar o
procedimento, visto que
d) A maior parte dos transplantes de medula óssea realizados no
país são feitos por doadores não aparentados, ou seja, por pessoas
cadastradas nos bancos de dados dos hemocentros, todavia,
e) Júlio cadastrou-se como doador de medula óssea em um
hemocentro de sua cidade há cerca de seis anos e, desde então,
mudou-se de casa duas vezes e alterou seu número de telefone, já
que
Questão 5
Então a luz da lua se estendeu sobre todos, as estrelas brilharam
ainda mais no céu, o mar ficou de todo manso (talvez que Iemanjá
tivesse vindo também ouvir a música) e a cidade era como que um
grande carrossel onde giravam em invisíveis cavalos os Capitães da
Areia. Neste momento de música eles sentiram-se donos da cidade.
E amaram-se uns aos outros, se sentiram irmãos porque eram todos
eles sem carinho e sem conforto e agora tinham o carinho e o
conforto da música.
 
AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009.
 
Considerando os elementos estruturais do parágrafo, dadas as
afirmativas acerca da coesão e coerência textuais,
 
I. Em: “Então a luz da lua se estendeu sobre todos,
as estrelas brilharam ainda mais no céu, o mar ficou de
todo manso”, os vocábulos em destaque são hiperônimos
de “céu”.
 
II. Em: “onde giravam em invisíveis cavalos os Capitães
da Areia”, o pronome destacado retoma a expressão
antecedente “cidade”. Trata-se de uma referência
anafórica.
 
III. As palavras destacadas em: "o mar ficou de todo
manso (talvez que Iemanjá tivesse vindo também ouvir a
música)”
funcionam como operadores argumentativos, os quais
contêm noções semânticasde dúvida e de inclusão,
respectivamente.
 
verifica-se que está/ão correta/s
a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Questão 6
No trecho: “Não tenho nada contra homossexuais. Tenho,
inclusive, um grande amigo que é, e ele é até inteligente”. Podemos
perceber um erro de:
a) Pontuação
b) Coerência
c) Continuidade
d) Coesão
Questão 7
O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora.
 
A frase acima é um exemplo de redação com problemas de:
a) Coerência textual
b) Coesão textual
c) Pontuação
d) Ortografia
Questão 8
Poema de Sete Faces
 
Quando nasci, um anjo torto
23
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
 
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
 
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
 
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
 
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
 
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
 
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013.
 
Sobre o poema de Drummond, avalie as seguintes afirmações:
 
I - Em “O homem atrás do bigode / é sério, simples e
forte./ Quase não conversa”, o registro “homem” será
retomado elipticamente no segundo período.
 
II - Em “Mundo mundo vasto mundo, /mais vasto é meu
coração./ Eu não devia te dizer/ mas essa lua/ mas esse
conhaque...”, o pronome "esse" recupera
anaforicamente "Mundo".
 
III - Em “As casas espiam os homens / que correm atrás
de mulheres. / A tarde talvez fosse azul, / não houvesse
tantos desejos”, o termo “tantos” retoma “homens,
mantendo a coesão e a coerência textual no poema.
 
IV - Em “Quando nasci, um anjo torto / desses que vivem
na sombra / disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida”, o
emprego de "ser" se justifica pela relação que mantém
com “anjo”.
 
V - Em “Quando nasci, um anjo torto / desses que vivem
na sombra...”, verifica-se que "torto" funciona como um
adjetivo, pois qualifica o seu termo antecedente.
 
Assinale a alternativa que apresenta APENAS as afirmações
corretas.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e V.
e) IV e V.
Questão 9
A ordem natural das coisas
Rap de Emicida
 
A merendeira desce, o ônibus sai
Dona Maria já se foi, só depois é que o sol nasce
De madrugada que as aranha desce no breu
E amantes ofegantes vão pro mundo de Morfeu
E o sol só vem depois
O sol só vem depois
É o astro rei, okay, mas vem depois
O sol só vem depois
Álbum AmarElo. Sony Music, 2019.
 
No rap de Emicida, a principal estratégia de coerência
caracteriza-se pela
a) progressão temática.
b) referência ao mito de Morfeu.
c) utilização do refrão.
d) fusão entre língua falada e escrita.
Questão 10
Observe o seguinte texto argumentativo, produzido por um leitor
de um jornal francês a respeito da visita do Papa ao país:
“Eu me indigno que se possa lançar a ideia de que só os católicos
paguem taxas pela visita do Papa. Já se viu que as famílias sem
filhos se recusem a pagar impostos pela educação nacional, ou as
pessoas que não possuem carros deixar de pagar pela manutenção
das estradas nacionais?”
Aquela reação, entre as dadas abaixo, que mostra coerência lógica
com o tema, é:
a) Todo mundo deve pagar; de fato, a religião católica, na medida
em que ela faz parte de nossa cultura, interessa a todos;
b) Não é preciso pagar: o governo que custeie visitas de líderes
religiosos;
c) A Igreja faria melhor se não programasse essas viagens do Papa,
contando com a ajuda de outros;
d) Deve-se pagar, afinal de contas, o Papa vem aqui raramente;
e) Que os católicos paguem: se eles acham caro, que encontrem
uma religião mais barata.
Questão 11
O vestiário japonês
 
Um evento do porte da Copa do Mundo tem sempre mais a mostrar
do que a bola rolando. Nem tudo o que importa acontece apenas
dentro do gramado, ante as câmeras e os holofotes. Pode-se marcar
gols em pontos diferentes do estádio. É o caso da seleção japonesa,
que estreou com uma vitória inesperada sobre a Alemanha, um
feito de arregalar os olhos, mas deu show mesmo foi no vestiário.
Até a FIFA se impressionou.
 
Ao término da partida contra a seleção alemã, os jogadores
japoneses voltaram para o vestiário, tiraram seus uniformes,
dobraram, guardaram, devolveram os cabides a seus lugares, e a
julgar pela foto do local, também lamberam o chão, escovaram as
paredes, passaram um pano nos armários. Mesmo esgotados pelos
90 minutos em que correram, suaram, driblaram e marcaram em
campo, sobrou energia para deixar a sala onde guardaram seus
pertences igualzinha a uma locação de propaganda de material de
limpeza. Cheguei a pensar que eram patrocinados pelo Pinho Sol e
não pela Adidas.
 
Nas arquibancadas, viu-se o mesmo comportamento, como se fosse
uma ação orquestrada. Assim que o juiz apitou o final da partida,
os torcedores japoneses comemoraram do jeito que sabem: sem
exaltação frenética, e sim com as boas maneiras que trouxeram de
casa. Recolheram copos, garrafas, embalagens e colocaram tudo
em sacos de lixo. Estaria havendo uma competição paralela no
Catar? Se a disputa for pelo povo mais bem educado, nem
precisamos chegar ao domingo, dia 18 de dezembro, para saber
quem levanta a taça.
 
24
Isso tudo faz lembrar o famoso discurso que um ex-almirante da
Marinha americana, William H. McRaven, fez em 2014: “Se você
quer mudar o mundo, comece arrumando sua cama pela manhã”.
 
Infelizmente, em sociedades escravagistas como a nossa, a
tendência é pensar que não precisamos fazer pequenos serviços
quando há gente sendo paga para fazer por nós. O Japão baniu a
escravidão oficialmente em 1590, o que explica, em parte, seu
avanço exemplar. Os Estados Unidos, em 1865. O Brasil, o último
da fila, em 1888 — datas para registros em livros de História, pois
sabemos que se a mente continua intoxicada pela ideia de que a
sociedade é dividida entre pessoas superiores e inferiores, a
exploração não cessará nem hoje, nem nunca.
 
Portanto, juntemos o cocô que nosso cachorro fez na calçada, já
que a rua é de todos e não só de alguns. Coloquemos no bolso o
papel de bala que largamos displicentemente no chão do estádio,
lavemos o prato da pipoca e o copo de cerveja que deixamos sobre
a pia, entre outras oportunidades diárias de fortalecer nosso caráter.
São os gols que qualquer um de nós pode marcar, em vez de apenas
se sentar em frente à tevê para assistir aos gols dos outros.
 
(MEDEIROS, Martha. O vestiário japonês. Jornal O Globo, 2022.
Disponível em
https://oglobo.globo.com/ela/martha-medeiros/coluna/2022/12/ove
stiario- japones.ghtml. Acesso em: 04/12/2022. Adaptado.)
 
O conceito de intertextualidade está relacionado ao “diálogo” que
se estabelece entre dois textos diferentes. Ocorre quando um faz
referência a outro que preexistia, inspirando-se em sua forma ou
mensagem para criar um novo discurso. A intertextualidade pode
se dar de forma explícita ou implícita. Considerando essas
informações, selecione a passagem que apresenta um exemplo de
intertextualidade explícita.
a) “Estaria havendo uma competição paralela no Catar?” (3º§)
b) “Se você quer mudar o mundo, comece arrumando sua cama
pela manhã.” (4º§)
c) “Cheguei a pensar que eram patrocinados pelo Pinho Sol e não
pela Adidas.” (2º§)
d) “Um evento do porte da Copa do Mundo tem sempre mais a
mostrar do que a bola rolando.” (1º§)
Questão 12
Ainda sobre o texto da questão acima (11) responda:
“A ____________ é a responsável por fazer com que uma
sequência linguística seja considerada texto, pois é por meio dela
que as relações sintático-gramaticais, semânticas e pragmáticaspoderão ser estabelecidas, a fim de formar uma unidade global de
sentido. A ____________ auxilia nesse processo, mas não é
responsável pelo fenômeno da textualidade, uma vez que não é
necessária nem suficiente para isso.” Assinale a alternativa que
apresenta os fatores de textualidade que completam correta e
sequencialmente a afirmativa anterior.
a) coerência / coesão
b) situacionalidade / aceitabilidade
c) intencionalidade / inteligibilidade
d) intertextualidade / informatividade
Questão 13
Nos fragmentos abaixo, pode-se verificar a ocorrência de
intertextualidade.
 
Mundo, mundo, vasto mundo
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1964. Fragmento.
 
Ah, Carlos! Às vezes, por um mero segundo,
Eu me chamo Raimundo!
E continuo buscando a solução.
 
SERRA, M.H.M.D. Os dias são todos iguais. In: LERIA, A.M.B.
at al. Poemdemia. Cuiabá: Carlini&Caniato, 2020. Fragmento.
 
Acerca da intertextualidade, analise as assertivas que seguem e
assinale a alternativa CORRETA:
 
I - A intertextualidade implícita cita expressamente o
texto-fonte.
 
II - A intertextualidade pode ocorrer por meio da
reiteração de imagens e também através da repetição da
estrutura.
 
III - Na intertextualidade, os textos se revisitam, dando
origem a outros textos, nos quais pode-se notar a presença
do texto-fonte.
 
IV - Dentre os tipos de intertextualidade, estão a paráfrase,
a paródia, a alusão e a citação.
 
Estão CORRETAS as assertivas:
a) I e III apenas.
b) II e IV apenas.
c) I, II e III apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) I, II, III e IV.
Questão 14
Leia os fragmentos de textos a seguir para responder à questão.
Texto I
Trecho do poema Canção do Exílio (1843)
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores."
Gonçalves Dias
Texto II
Trecho do Hino Nacional Brasileiro (1909)
"Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.”
Joaquim Osório Duque Estrada
 
Os dois textos, escritos em momentos históricos e culturais
diferentes, enfocam a paisagem brasileira. Analisando-os,
conclui-se que
a) o texto II faz uma alusão ao texto I, de modo implícito, numa
comparação.
b) o texto II realiza uma intertextualidade por paráfrase com o
texto I.
25
c) o texto II realiza uma intertextualidade por paródia com o texto
I.
d) ambos os textos apresentam a paisagem brasileira ironicamente.
e) o texto II faz um plágio explícito do poema de Gonçalves Dias.
Questão 15
As opções a seguir apresentam cinco frases cujo tema é o futebol.
Assinale a opção em que a frase faz intertextualidade com um
ditado popular. 
a) A grande área é o cemitério dos árbitros.
b) Se concentração ganhasse jogo, o time do presídio era sempre
campeão.
c) Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola.
d) O melhor lugar para se defender é na grande área – do
adversário.
e) O juiz de futebol é o único ladrão que rouba e sai protegido pela
polícia.
Questão 16
‘Te amo’ é resposta brasileira
à dificuldade de amar em português
 
Foi por Sérgio Rodrigues, que leio sempre com prazer nesta Folha,
que soube que uma página de internet dedicada ao português
desaconselha o uso da expressão “te amo” porque “não se pode
começar frase com pronome oblíquo átono”.
 
Ora, a formulação “te amo” é uma excelente resposta brasileira à
dificuldade de amar em português. No português de Portugal nós
dizemos “amo-te”, uma palavra essa sim verdadeiramente átona
que, dita com o sotaque europeu, parece mais um rosnado do que
um arrebatamento apaixonado.a
 
Boas alternativas são difíceis de encontrarb. Em tempos propus a
substituição de “amo-te” por “estimo-te intensamente”, esperando
que a aliteração do t animasse a declaração, até por remeter para o
som festivo das latas que se costumam atar ao carro dos
recém-casados.
A minha sugestão não foi bem-sucedida. Ninguém aceitou passar a
estimar intensamente, e o problema é tão gravec que, muitas vezes,
por falta de alternativas satisfatórias, falantes de português decidem
cair nos braços da língua inglesa, caso de Marisa Monte quando
celebremente declarou “amor, I love you”.d
 
Mas a opção brasileira por “te amo” merece encorajamento, e não
repúdio. Ao contrário do que sugere a página citada por Sérgio
Rodrigues, a expressão “te amo” não começa com um pronome
átono. Ou melhor, talvez comece se for eu a proferi-la com o
sotaque portuguêse. Mas um brasileiro não diz “te amo”. Diz “tchi
amo”.
 
E “tchi” não é átono, é tônico. Tônico como um gin tônico, tanto
que parece o som de um copo a bater no outro. “Tchi amo” é uma
declaração de amor e um brinde. Ainda agora o amor começou e
quem o declara já está a brindar a ele.
 
É uma excelente alternativa. Pelo menos, muito melhor do que
“estimo-te intensamente”.
 
(Ricardo Araújo Teixeira. Em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas, 08. 04. 2023. Adaptado)
 
Koch e Travaglia (1990) afirmam que o fenômeno da
intertextualidade é muito comum entre as matérias jornalísticas de
um mesmo dia ou de uma mesma semana, na música popular, em
nossas apropriações de provérbios e ditos populares, em textos
literários, publicitários etc. Os autores indicam ainda que as
relações entre textos podem ser explícitas ou implícitas.
 
(Anna Christina Bentes, “Linguística Textual”. Em: Mussalim e
Bentes [orgs.], 2005, v. 1)
 
No texto, exemplifica o conceito de intertextualidade explícita a
seguinte passagem:
a) ... parece mais um rosnado do que um arrebatamento
apaixonado.
b) Boas alternativas são difíceis de encontrar.
c) Ninguém aceitou passar a estimar intensamente, e o problema é
tão grave...
d) ... caso de Marisa Monte quando celebremente declarou “amor,
I love you”.
e) Ou melhor, talvez comece se for eu a proferi-la com o sotaque
português.
Questão 17
O Imperador da Língua Portuguesa
 
Quem entra no santuário de Santo Antônio em Franca pode ver à
esquerda do altar principal grande mural que mostra o padroeiro
pregando aos peixesa. Antônio de Lisboa em Portugal e de Pádua
no Brasil, o célebre orador tem seu aparelho fonador exposto como
relíquia no santuário da cidade italiana de Padova, à qual acorrem
milhares de fiéis ao longo do ano e especialmente na data de
nascimento do patrono, 13 de junho.
 
A biografia impressiona. Ele nasceu em Lisboa, em 1195, numa
família de escrivães que serviam à Corte. Fez os primeiros estudos
com brilhantismo e se tornou agostiniano ainda muito jovem. Um
encontro com Francisco de Assis o impactou tanto que ele se filiou
à ordem franciscana, ainda em implantação. Viveu apenas 36 anos,
transitou entre Portugal e Itália, protagonizou milagres para alguns
e apenas lendas para outros.
 
Conta-se que Antônio falava em Rimini (cidade litorânea do que
ainda viria a ser o território italiano) a um grupo de ateus, tentando
convertê-los ao cristianismo.b Entretanto, sendo desconsiderado e
ironizado, afastou-se e buscou uma praia do Adriático,
conclamando os peixes a ouvi-lo. Foi com espanto que os presentes
viram assomar à superfície peixes de vários tamanhos, nadando de
um lado para outro à procura de seus semelhantes para com eles se
juntarem. E assim o fazendo, agruparam-se por espécie e
colocaram a cabeça para fora da água a fim de ouvir melhor o
pregador.
 
Cerca de cinco séculos depois, outro Antônio, de sobrenome
Vieira, também pregador, igualmente de origem portuguesa, mas
pertencente a outra ordem religiosa, a dos jesuítas, tomou a
narrativa popular como tema para uma de suas mais célebres peças
literáriasc, o “Sermão de Santo Antônio aos Peixes”, proferido no
dia 13 de junho de 1661, no Maranhão. Os dois Antônios estavam
separados por quinhentosanos, mas unidos por uma nacionalidade,
a lusitana; um talento, a oratória; e uma causa maior, o
cristianismo.d Lisboeta, Antônio Vieira veio ainda criança para o
Brasil com a família que estava a serviço da Corte. [...] Talvez por
ser neto de africana, desde cedo manifestou interesse pela
diversidade humana, por hábitos diferentes e línguas estrangeiras.
Em trabalho missionário durante oito anos no Pará e Maranhão
aprendeu sete idiomas indígenas e ficou conhecido junto das tribos
como “Pai Grande”, por defender os índios de maus tratos aos
quais eram submetidos pelos colonos portugueses.
 
O “Sermão de Santo Antônio aos Peixes” é perfeita expressão
barroca, onde mediante argumentação poderosa e belas imagens de
potente plasticidade, o autor condena de forma enfática a
escravização do índio.e
 
[...]
 
Antônio Vieira foi banido do Maranhão em 1661. Fixou-se então
na Bahia e fez algumas viagens diplomáticas à Europa. Retornou
de vez ao nosso país no final da vida, para ordenar, editar e
publicar seus 200 sermões e outras peças literárias. Morreu em
Salvador, num dia de junho, 17, aos 89 anos.
 
26
Neste mês de coincidências, que celebra algumas datas referentes à
nossa cultura, uma delas o dia 10 dedicado à Língua Portuguesa,
falou-se na mídia e nas redes sociais sobre Luís de Camões e
Fernando Pessoa. Nada vi sobre o Padre Vieira, a quem o
magnífico poeta de “Mensagem” chamou, com justiça e
conhecimento de causa, “Imperador da Língua Portuguesa”.
 
Texto adaptado de: Fonte: O
Imperador da Língua Portuguesa (sampi.net.br). Acesso em: 02 de
jul. 2023.
 
Para o trabalho de leitura, em sala de aula, é necessário orientar os
alunos no sentido de estabelecerem relações, reportando, muitas
vezes, a outros textos. Assinale a alternativa em que o trecho
evidencia uma intertextualidade existente no texto.
a) “Quem entra no santuário de Santo Antônio em Franca pode ver
à esquerda do altar principal grande mural que mostra o padroeiro
pregando aos peixes.”
b) “Conta-se que Antônio falava em Rimini (cidade litorânea do
que ainda viria a ser o território italiano) a um grupo de ateus,
tentando convertê-los ao cristianismo.”
c) “Cerca de cinco séculos depois, outro Antônio, de sobrenome
Vieira, também pregador, igualmente de origem portuguesa, mas
pertencente a outra ordem religiosa, a dos jesuítas, tomou a
narrativa popular como tema para uma de suas mais célebres peças
literárias […].”
d) “Os dois Antônios estavam separados por quinhentos anos, mas
unidos por uma nacionalidade, a lusitana; um talento, a oratória; e
uma causa maior, o cristianismo.”
e) “O “Sermão de Santo Antônio aos Peixes” é perfeita expressão
barroca, onde mediante argumentação poderosa e belas imagens de
potente plasticidade, o autor condena de forma enfática a
escravização do índio.”
Questão 18
O avesso da pele – Jeferson Tenório
 
Um romance sobre identidade e as complexas relações raciais,
sobre violência e negritude, O avesso da pele é uma obra
contundente no panorama da nova ficção literária brasileira.
Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria “Romance Literário”.
O avesso da pele é a história de Pedro, que, após a morte do pai,
assassinado numa desastrosa abordagem policial, sai em busca de
resgatar o passado da família e refazer os caminhos paternos. Com
uma narrativa sensível e por vezes brutal, Jeferson Tenório traz à
superfície um país marcado pelo racismo e por um sistema
educacional falido, e um denso relato sobre as relações entre pais e
filhos.
O que está em jogo é a vida de um homem abalado pelas
inevitáveis fraturas existenciais da sua condição de negro em um
país racista, um processo de dor, de acerto de contas, mas também
de redenção, superação e liberdade. Com habilidade incomum para
conceber e estruturar personagens e de lidar com as complexidades
e pequenas tragédias das relações familiares, Jeferson Tenório se
consolida como uma das vozes mais potentes e estilisticamente
corajosas da literatura brasileira contemporânea.
“Não é de graça que Tenório, além de autor premiado, é tão bem
acolhido pelo público e pela crítica. Ele não faz turismo, safári
social, na desgraça geral do país, não faz da crítica à desigualdade
um truque, um atalho apelativo e barato, panfletário, para ter mais
aceitação, reconhecimento. Estamos diante de um escritor que,
correndo todos os riscos, sabe arquitetar uma boa trama e encantar
o leitor. Por muitas vezes durante a leitura eu disse para mim
mesmo: como ele consegue construir personagens tão reais e fáceis
de serem amados? Eu agradeço, a literatura brasileira agradece.” ―
Paulo Scott.
“Através de um profundo mergulho em seus personagens, ‘O
avesso da pele’ consegue abordar as questões centrais da sociedade
brasileira. E o mais potente nisso tudo é que, aqui, o real e as
reflexões partem sempre de dentro pra fora.” ― Geovani Martins.
Disponível em:
<https://www.amazon.com.br/avesso-pele-Jeferson-
Ten%C3%B3rio/dp/8535933395>. Acesso em: 03 set. 2023.
 
Os dois parágrafos finais do texto trazem, entre aspas, as falas de
dois outros sujeitos, Paulo Scott e Geovani Martins. Este recurso
de construção textual pode ser classificado como
a) situacionalidade.
b) intertextualidade.
c) intencionalidade.
d) informatividade.
Questão 19
O senso comum propala que há poucos ingênuos na sociedade
contemporânea. Acresce de forma provocadora que as honrosas
exceções, tão merecedoras de admiração, confirmam a regra de que
“todo mundo tem um preço”. A generalização, porém, é abusiva.
Por quê? Porque supõe que corromper-se seja um traço congênito
dos homens. Ora, se muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito
de todos. Afinal, as condições históricas não propiciam iguais
tentações a cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades
humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais
com a mesma intensidade; de outro, nem todas as pessoas estão à
mercê das mesmas tentações para se corromper. Nesse sentido, ao
incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que
prevalecem relações mercantis abrigam mais seduções do que as
sociedades não mercantis.
 
Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em
consequência, contabilizam mais violações dos códigos morais.
 
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a
pressuposição só faz sentido em termos virtuais.
 
Afinal, nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo
sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a pena
suborná-los!
 
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do filósofo
Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de uma
lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto.
Ora, convenhamos: será que ninguém naquela cidade-estado,
absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é
uma fábula que não deve ser levada ao pé da letra. Qual então o seu
mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De
qualquer modo, ponderemos: nem todos os atenienses possuíam
cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
 
(Robert H. Srour. Ética empresarial. Adaptado)
 
Para responder a esta questão, considere o texto de Robert H. Srour
e a charge de Lor.
 
 
27
(Lor. Os desmandamentos.)
 
É correto afirmar que o cotejo desses textos aponta haver entre eles
relações de
a) interdependência, pois ambos expõem objetivamente suas teses.
b) analogia, replicando ideias implícitas e corrigindo desvios de
conteúdo.
c) descontinuidade, centradas na questão do poder ilimitado das
corporações.
d) intertextualidade, abordando o aspecto temático de diferentes
pontos de vista.
e) coesão e coerência baseadas no emprego de expressões típicas
da lógica textual.
Questão 20
As marcas de textualidade citadas no programa de Língua
Portuguesa são a coesão, a coerência e a intertextualidade. Observe
a seguinte declaração do apresentador Faustão:
 
“Esse negócio de sucesso é bonito, mas você não vive em função
disso. O cemitério está cheio de caras de sucesso. Quero uma vida
mais simples do que um copo d’água”.
 
Assinale a opção que exemplifica intertextualidade.
a) Esse negóciode sucesso é bonito.
b) ...mas você não vive em função disso.
c) O cemitério está cheio de caras de sucesso.
d) Quero uma vida mais simples...
e) ...mais simples do que um copo d’água.
28
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C B B B B A D A A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B A D B C D C B D C
29
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
E GÊNEROS TEXTUAIS 
 
 
30
 
 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
 
As tipologias textuais são os tipos de textos criados em 
determinados contextos e que vão depender da intenção e 
necessidade de comunicação das pessoas. 
 
A tipologia textual é dividida em cinco tipos de textos: 
1. Tipologia narrativa (narração): contar uma história 
incluindo tempo, espaço e personagens envolvidos. 
2. Tipologia descritiva (descrição): descrever uma pessoa, 
um objeto, um local, um acontecimento. 
3. Tipologia dissertativa (dissertação): defender uma ideia 
e expor uma opinião através de argumentações. 
4. Tipologia expositiva (exposição): apresentar um 
conceito, uma ideia, ou informar sobre algo. 
5. Tipologia injuntiva (injunção): ensinar ou instruir sobre 
algo com o objetivo de levar a uma ação. 
 
Tipologia narrativa (narração) 
A narração significa contar uma história, acontecimentos e 
ações de personagens dentro de um espaço e um tempo 
determinado. 
Através de um enredo (história) é relatado por um narrador os 
acontecimentos e ações de maneira linear ou não linear. 
Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-
se de um enredo linear. Do contrário, se existir uma mistura 
entre o passado, o presente e o futuro, estamos diante de um 
enredo não linear. 
 
Para facilitar o entendimento, podemos resumir os elementos 
da narrativa da seguinte forma: 
O quê? - revela a história, o assunto central da trama. 
Quem? - são as personagens envolvidas na trama e que 
podem ser principais (protagonistas) e secundárias 
(coadjuvantes). 
Quando? - indica o momento em que a história se passa. 
Onde? - representa o local (espaço) onde a narrativa ocorre, 
que podem ser ambientes físicos ou psicológicos. 
Por quem? - aquele que conta a história é o narrador (foco 
narrativo). Ele pode fazer parte da história (narrador 
personagem) ou não participar dela (narrador observador ou 
narrador onisciente). 
 
Características da tipologia narrativa 
 Revela a sequência de acontecimentos de uma história; 
 Os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco 
narrativo) que participa ou não da trama; 
 Presença de personagens principais (protagonistas), que 
aparecem com maior frequência e são mais importantes 
na história, e personagens secundários (coadjuvantes); 
 Marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas 
e momentos históricos, ou o tempo individual de cada 
personagem (tempo psicológico); 
 Indicação do local onde se desenvolve a história e que 
podem ser físicos (reais ou imaginários) ou psicológicos 
(na mente das personagens). 
 
Exemplos de textos da tipologia narrativa 
Os principais exemplos de textos narrativos são: 
 Crônicas 
 Contos 
 Romances 
 Fábulas 
 Novelas 
Esses tipos de narração contém todos os elementos da 
narrativa: um enredo contado por um narrador, um espaço e 
um tempo definido, além de incluir personagens na trama. 
 
Tipologia descritiva (descrição) 
A descrição representa o ato de descrever algo e que pode ser 
uma pessoa, um objeto, uma paisagem, um local. 
Quando utilizamos a tipologia descritiva, buscamos 
apresentar as principais características de algo. O que pode 
ser feito de duas maneiras: descrição objetiva e descrição 
subjetiva. 
 
Na descrição objetiva não há um juízo de valor, uma opinião, 
ou mesmo impressões subjetivas sobre o que está sendo 
observado. A imparcialidade (visão neutra) é uma das 
principais características desse tipo de descrição. Ela busca 
apontar de maneira muito realista e verossímil os atributos de 
algo (alto, baixo, claro, escuro, longo, curto). 
 
Já na descrição subjetiva, a opinião, as apreciações e as 
emoções de quem está descrevendo aparece de forma muito 
nítida, por exemplo, pelo uso de muitos adjetivos. Nesse caso, 
o objetivo é valorizar a forma do texto com o intuito de 
influenciar os leitores através de um juízo de valor sobre o 
que está sendo observado. 
 
Veja abaixo exemplos das descrições objetiva e subjetiva: 
Descrição objetiva: A Basílica de São Marcos, localizada em 
Veneza, é repleta de mosaicos. (Não há uma opinião sobre o 
que está sendo observado) 
Descrição subjetiva: A deslumbrante Basílica de São 
Marcos, localizada em Veneza, é repleta 
de belíssimos mosaicos. (Pelo uso dos adjetivos, nota-se as 
impressões do autor) 
 
Características da tipologia descritiva 
 Aponta os principais atributos e aspectos de algo; 
 Realiza um retrato verbal sobre algo; 
 Valoriza os detalhes, os pormenores e as minúcias; 
 Utiliza muitos adjetivos para detalhar o objeto descrito; 
 Usa verbos de ligação (ser, estar, parecer) para demostrar 
o objeto descrito; 
 Presença de verbos no pretérito imperfeito e no presente 
do indicativo para descrever cenas; 
 Recorre às metáforas e comparações que permitem uma 
melhor imagem mental do que está sendo descrito. 
 
Exemplos de textos da tipologia descritiva 
Os principais exemplos de textos descritivos são: 
 Retratos falados 
 Diários 
 Notícias 
 Biografias 
 
Todos eles são textos descritivos, em que há um retrato verbal 
realizado pelo autor (emissor). 
 
Tipologia dissertativa (dissertação) 
A dissertação é, de maneira geral, um tipo textual opinativo e 
argumentativo. Além disso, pode ser persuasivo, já que tem 
como intuito defender uma ideia ou um conceito sobre 
31
 
 
determinado assunto através de argumentações pautadas em 
dados, estatísticas e exemplos concretos. 
 
Os autores que utilizam essa tipologia textual pretendem 
convencer seus leitores com base nas suas opiniões. Essas 
opiniões são fundamentadas em pesquisas que realizaram ou 
em conhecimentos que possuem sobre o tema. 
Vale ressaltar que a opinião deve ser apresentada na terceira 
pessoa do plural (nós, eles) e não na primeira pessoa do 
singular (eu). 
Embora em sua maioria os textos dissertativos sejam 
argumentativos, há também outra subcategoria denominada 
de textos dissertativos-expositivos. Nesse caso, as ideias, 
conclusões e conceitos apresentados são expostos de maneira 
neutra e imparcial, sem que o autor mostre sua opinião. 
 
Características da tipologia dissertativa 
 Textos escritos na terceira pessoa do plural (nós, eles); 
 Presença de apreciações, opiniões e juízos de valor do 
autor do texto; 
 Foco na formação da opinião do leitor, persuadindo-o; 
 Uso da norma culta (linguagem formal); 
 Recorre à coerência e à coesão para criar uma 
argumentação lógica e bem conectada pelos elementos 
coesivos; 
 Utilização de dados, exemplos e estatísticas de outras 
pesquisas para corroborar suas ideias; 
 Explicações fundamentadas em outros autores, por 
exemplo, para a defesa do tema com mais propriedade. 
 
Exemplos de textos da tipologia dissertativa 
Os principais exemplos da textos dissertativos são: 
 Artigos 
 Monografias 
 Resenhas 
 Ensaios 
 Editoriais 
 
Todos eles são escritos com uma linguagem formal e 
pretendem apresentar (textos dissertativos-expositivos) ou 
defender uma ideia sobre determinado assunto, convencendo 
o leitor (textos dissertativos-argumentativos). 
 
Tipologia expositiva (exposição) 
A exposição é um tipo textual que apresenta informações 
sobre determinado assunto. Diferente dos textos 
argumentativos, que utiliza opiniões para defender uma ideia, 
essa tipologia tem como foco as informações apresentadas de 
maneira coerente e imparcial, sem opiniões que tentem 
convencer o leitor. 
 
Esse tipo textual pode ser produzido de duas maneiras: 
textualmente (através de um texto) ou oralmente (atravésda 
fala). 
 
Para entender melhor, vamos pensar no seminário da escola 
em que as duas modalidades da tipologia expositiva são 
utilizadas (escrita e oral). A apresentação projetada no 
PowerPoint é um texto expositivo escrito, enquanto a 
explicação do tema pelos alunos é feita através da fala das 
pessoas, configurando um texto expositivo oral. 
 
Características da tipologia expositiva 
 Textos escritos ou orais sem opiniões do autor; 
 Uso de uma linguagem clara e direta; 
 Produções textuais informativas e objetivas, sem juízo de 
valor; 
 Uso de informações, dados e referências para expor o 
tema; 
 Recorre à conceituação e definição para explicar os 
temas; 
 Utiliza comparações e enumerações para facilitar o 
entendimento. 
 
Exemplos de textos da tipologia expositiva 
Os principais exemplos de textos expositivos são: 
 Palestras 
 Entrevistas 
 Seminários 
 Verbetes de dicionários 
 Verbetes enciclopédicos 
 
Todos eles apresentam informações objetivas, ou seja, isentas 
de subjetividades e duplas interpretações. 
 
Tipologia injuntiva (injunção) 
A injunção é um tipo textual que pretende instruir ou ensinar 
alguém a fazer algo, por isso, apresenta uma sucessão de 
informações que podem estar organizadas em pequenos 
parágrafos ou numerada em passos. 
A ideia central é levar a uma ação por parte do receptor (ou 
leitor) que recebe a mensagem. 
 
Esses textos precisam ser claros e objetivos para não gerar 
dúvidas ou duplas interpretações em quem está lendo. Pense, 
por exemplo, no manual de instruções de um móvel. O 
objetivo é indicar um passo a passo de tudo o que deve ser 
feito, como deve ser feito e quais ferramentas serão 
necessárias para realizar essa tarefa. 
 
Características da tipologia injuntiva 
 Visam instruir ou ensinar algo à alguém; 
 Foco na explicação e no método para a realização de 
algo; 
 Textos objetivos, sem espaço para outras interpretações; 
 Uso da linguagem simples e objetiva, e, por vezes, 
técnica; 
 Presença da linguagem formal, baseada na norma culta; 
 Utilização de verbos no imperativo, que denotam ordem. 
 
Exemplos de textos da tipologia injuntiva 
Os principais exemplos de textos injuntivos são: 
 Propagandas 
 Manuais de instruções 
 Bulas de remédios 
 Receitas culinárias 
 Regulamentos 
 
A grande semelhança entre eles é que todos oferecem 
instruções, dando informações e indicações sobre algum 
procedimento. 
 
 
 
 
 
 
32
 
 
 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
 
Gêneros textuais são as diferentes formas de texto usadas para 
transmitir as mensagens que pretendemos aos seus receptores. 
São exemplos de gêneros textuais: crônicas, contos, notícias, 
bilhetes, listas de compras e receitas. 
 
Tipos e gêneros textuais 
Os gêneros textuais são classificados conforme a sua função 
comunicativa. Eles são produzidos com linguagens e 
estruturas diferentes, ou seja, cada gênero textual recorre a 
um tipo de texto. 
Há muitos gêneros textuais, enquanto há cinco tipos de texto: 
narrativo, descritivo, argumentativo, expositivo e injuntivo. 
 
Gêneros textuais de texto narrativo 
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no 
tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: 
apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. 
 
Exemplos de gêneros textuais narrativos: 
 Romance 
 Novela 
 Crônica 
 Conto 
 Contos de Fada 
 Fábula 
 Lenda 
 Biografia 
 Autobiografia 
 Anedota 
 
Gêneros textuais de texto descritivo 
Os textos descritivos se ocupam em relatar e expor 
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa 
forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem 
ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do 
locutor (emissor). 
 
Exemplos de gêneros textuais descritivos: 
 Diário 
 Relato (viagens, históricos, etc.) 
 Notícia 
 Currículo 
 Lista de compras 
 Cardápio 
 Anúncio de classificados 
 
Gêneros textuais de texto argumentativo 
Os textos argumentativos são aqueles encarregados de expor 
um tema ou assunto por meio de argumentações. São 
marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo 
que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida 
em três partes: tese (apresentação), antítese 
(desenvolvimento), nova tese (conclusão). 
 
Exemplos de gêneros textuais argumentativos: 
 Editorial Jornalístico 
 Resenha 
 Artigo de opinião 
 Ensaio 
 Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado 
 
Gêneros textuais de texto expositivo 
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada 
ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, 
informação, descrição e comparação. 
 
Exemplos de gêneros textuais expositivos: 
 Seminários 
 Palestras 
 Conferências 
 Entrevistas 
 Trabalhos acadêmicos 
 Enciclopédia 
 Verbetes de dicionários 
 Ata 
 
Gêneros textuais de texto injuntivo 
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é 
aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor 
(emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor 
(receptor). Por isso, geralmente apresenta verbos no 
imperativo. 
 
Exemplos de gêneros textuais injuntivos: 
 Propaganda 
 Receita culinária 
 Bula de remédio 
 Manual de instruções 
 Regulamento 
 
 
33
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-romance/
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https://www.todamateria.com.br/genero-textual-ata/
 
 
CADERNO DE QUESTÕES – TIPOLOGIA TEXTUAL 
E GÊNEROS TEXTUAIS 
 
 
 
Questão 1 
Leia o texto a seguir para responder à questão. 
 
A ciência e a tecnologia como estratégia de 
desenvolvimento 
 
Um dos principais motores do avanço da ciência é a 
curiosidade humana, descompromissada de resultados 
concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A 
produção científica movida simplesmente por essa 
curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do 
conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, 
gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano. 
 
Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos 
permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos 
podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico 
do ser humano, ao longo de sua história é, sem dúvida 
alguma, o principal responsável por tudo que a humanidade 
construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o 
domínio do fogo até as imensas potencialidades derivadas da 
moderna ciência da informação, passando pela domesticação 
dos animais, pelo surgimento da agricultura e indústria 
modernas e, é claro, destaco a melhora da qualidade de vida 
de toda a humanidade no último século. 
 
Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo 
do avanço científico é a solução de problemas que afligem 
toda a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, 
trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer, 
reduzir as distâncias que nos separam de outros seres 
humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou 
de melhores meios de transporte – são alguns dos desafios e 
aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência 
e a tecnologia têm contribuído. 
 
Uma pessoanascida no final do século 18, muito 
provavelmente morreria antes de completar 40 anos de idade. 
Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver 
mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, mesmo 
nos países mais pobres da África subsaariana, a expectativa 
de vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a 
tecnologia são os fatores chave para explicar a redução da 
mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, 
por exemplo, e o consequente aumento da longevidade dos 
seres humanos. 
 
Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, 
principalmente, os investimentos públicos em ciência e 
tecnologia parecem enfrentar uma crise de legitimação social 
no mundo todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido 
pesquisador norte-americano, chegou a anunciar a “morte da 
expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na 
sociedade atual. Fala-se muito disso com interesse no 
desenvolvimento de toda a humanidade. O que ele descreve 
no livro é uma descrença do cidadão comum no 
conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um 
certo orgulho da própria ignorância sobre vários temas 
complexos, especialmente sobre qualquer coisa relativa às 
políticas públicas. [...] 
 
[...] Para a revista Nature, portanto, os cientistas e as 
organizações científicas deveriam sair de suas bolhas, olhar 
com mais empenho para as oportunidades e os problemas 
sociais e procurar meios pelos quais a ciência possa ajudar a 
resolvê-los. A revista citou como exemplo o Projeto Genoma, 
cujos impactos positivos já foram fartamente documentados. 
Mesmo assim, a revista questiona até que ponto as 
descobertas do projeto – e os medicamentos e tratamentos 
médicos dali derivados – beneficiam toda a sociedade ou 
apenas alguns poucos que possuem renda suficiente para 
pagar por essas inovações. 
 
[...]Nesta sociedade desigual, repleta de problemas, é preciso 
desenvolver e legitimar a atividade científica e tecnológica. 
 
Portanto, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é 
muito mais complexa do que a pergunta simplória sobre qual 
seria a utilidade prática da produção científica. Ela passa por 
uma série de questões, tais como de que forma a ciência e as 
novas tecnologias afetam a qualidade de vida das pessoas e 
como fazer com que seus efeitos sejam os melhores 
possíveis? Quais são as condições sociais que limitam ou 
impulsionam a atividade científica? Como ampliar o acesso 
da população aos benefícios gerados pelo conhecimento 
científico e tecnológico? Em que medida o progresso 
científico e tecnológico contribui para mitigar ou aprofundar 
as desigualdades socioeconômicas? Em face das novas 
tecnologias, cada vez mais capazes de substituir o ser humano 
nas suas atividades repetitivas, como será o trabalho no 
futuro? Essas são as questões cruciais para a ciência e a 
tecnologia nos dias de hoje. 
 
Adaptado: Publicado em 11/07/2019 - Última modificação 
em 23/12/2020 https://www.ipea.gov.br 
 
De acordo com a tipologia textual, a intenção do autor foi: 
a) dissertar sobre a importância da ciência e da tecnologia 
para o desenvolvimento humano. 
b) relatar sobre os impactos positivos da ciência e da 
tecnologia na vida das pessoas. 
c) narrar os fatos sobre empreendimentos científicos e 
tecnológicos ao longo da história. 
d) descrever alguns resultados concretos de produção 
científica no atual século. 
e) informar um fato pontual sobre benefícios e desafios da 
pesquisa científica no mundo. 
 
Questão 2 
Leia o texto a seguir. 
 
A ideia de uma ciência moderna desenvolvida a partir do 
século XVII esteve profundamente associada a dois pilares: a 
matematização e a experimentação. Entendemos que esses 
dois pilares estão estreitamente ligados à questão dos 
instrumentos: se por um lado é por meio destes que se 
permitiu observar a natureza e realizar os experimentos 
34
 
 
necessários, por outro, aperfeiçoou a exatidão das dimensões, 
das distâncias, e dos ângulos observados no mundo natural. 
 
 
Essa mudança de paradigma científico foi denominada 
posteriormente pelos estudiosos das ciências (historiadores, 
filósofos e sociólogos, principalmente) de Revolução 
Científica. 
 
Embora o entendimento de que a ciência era produzida pelos 
grandes gênios de forma individual e praticamente monástica 
já não encontre mais embasamentos na bibliografia 
contemporânea, ainda tal questão se apresenta com certa 
dificuldade. Ao considerar uma determinada Revolução, 
geralmente associamos personagens e muitas vezes 
instrumentos que demonstrem a especificidade daquela 
ruptura. Podemos tomar como exemplo a Primeira Revolução 
Industrial e sua associação à máquina a vapor e a James 
Watts. 
 
Em relação à Revolução Científica do século XVII, alguns 
cientistas são comumente elencados como representativos 
desse período, dentre os quais, destacamos Johannes Kepler 
(1571 - 1630), Galileu Galilei (1564 - 1642) e Isaac Newton 
(1643 -1727). Esses três cientistas possuíam uma 
característica em comum: o uso, estudo ou desenvolvimento 
de um instrumento científico específico: o telescópio. Para o 
historiador das ciências italiano Paolo Rossi, o telescópio está 
no rol dos mais importantes instrumentos científicos 
desenvolvidos no século XVII, juntamente com o 
microscópio, o termômetro, o barômetro, a bomba 
pneumática e o relógio de precisão [...]. 
 
DALL’OLIO, Rafael Luis dos Santos. 
 
O Telescópio e a Revolução Científica do século XVII. 
Khronos, 
 
Revista de História da Ciência, nº 13, p. 45-60, junho de 
2022. Disponível em: 
https://www.revistas.usp.br/khronos/article/view/198661/18
5420. Acesso em: 15 set. 2022. 
 
 
Em relação à tipologia textual desse excerto, pode-se afirmar 
que há o predomínio de passagens: 
a) narrativas. 
b) descritivas. 
c) poéticas. 
d) dissertativas. 
e) injuntivas. 
 
Questão 3 
Leia o excerto a seguir. 
 
“Depois de dois anos estudando em Paris, o médico Oswaldo 
Gonçalves Cruz (1872-1917) voltou ao Brasil em 1899 e teve 
uma agenda cheia. Em outubro desse ano ele foi chamado 
para ajudar a conter um surto de peste bubônica em Santos, 
no litoral paulista. Em 1900, começou a construir na cidade 
do Rio de Janeiro um instituto que depois ganhou seu nome e 
se transformou em uma das principais instituições de 
produção de vacinas e de pesquisa do país. À frente do 
Departamento de Saúde Pública, ele combateu as epidemias 
de febre amarela e varíola, ganhando prestígio nacional e 
internacional, até a saúde debilitada fazê-lo se mudar para 
Petrópolis, na região serrana do estado do Rio, onde foi 
prefeito por alguns meses [...]. 
 
Além dos relatórios e dos artigos científicos, as ideias, o dia 
a dia e a trajetória profissional de Oswaldo Cruz estão 
refletidos nas 342 cartas que ele escreveu para a família, 583 
para instituições públicas e outras 259 trocadas entre ele e 
outros cientistas de outubro de 1899 ao fim de 1916, quando 
renunciou ao cargo de prefeito de Petrópolis por estar com a 
saúde bastante frágil. [...]” 
 
FIORAVANTI, Carlos. Em cartas, a história de cientistas. 
Pesquisa Fapesp, setembro de 2022. Memória. Disponível 
em: https://revistapesquisa.fapesp.br/em-cartas-a-historia-
de-cientistas/. Acesso em: 15 set. 2022. 
 
 
Em relação à tipologia textual desse excerto, pode-se afirmar 
que há o predomínio de passagens: 
a) narrativas. 
b) descritivas. 
c) injuntivas. 
d) argumentativas. 
e) expositivas. 
 
Questão 4 
Texto 
 
O casamento da Lua 
O que me contaram não foi nada disso. A mim, contaram-me 
o seguinte: que um grupo de bons e velhos sábios, de mãos 
enferrujadas, rostos cheios de rugas e pequenos olhos 
sorridentes, começaram a reunir-se todas as noites para olhar 
a Lua, pois andavam dizendo que nos últimos cinco séculos 
sua palidez tinha aumentado consideravelmente. E de tanto 
olharem atravésde seus telescópios, os bons e velhos sábios 
foram assumindo um ar preocupado e seus olhos já não 
sorriam mais; puseram-se, antes, melancólicos. E contaram-
me ainda que não era incomum vê-los, peripatéticos, a 
conversar em voz baixa enquanto balançavam gravemente a 
cabeça. 
 
E que os bons e velhos sábios haviam constatado que a Lua 
estava não só muito pálida, como envolta num permanente 
halo de tristeza. E que mirava o Mundo com olhos de um tal 
langor e dava tão fundos suspiros – ela que por milênios 
mantivera a mais virginal reserva – que não havia como 
duvidar: a Lua estava pura e simplesmente apaixonada. Sua 
crescente palidez, aliada a uma minguante serenidade e 
compostura no seu noturno nicho, induzia uma só conclusão: 
tratava-se de uma Lua nova, de uma Lua cheia de amor, de 
uma Lua que precisava dar. E a Lua queria dar-se justamente 
àquele de quem era a única escrava e que, com desdenhosa 
gravidade, mantinha-a confinada em seu espaço próprio, 
usufruindo apenas de sua luz e dando azo a que ela fosse 
motivo constante de poemas e canções de seus menestréis, e 
até mesmo de ditos e graças de seus bufões, para distraí-lo em 
suas periódicas hipocondrias de madurez. 
 
Pois não é que ao descobrirem que era o Mundo a causa do 
sofrimento da Lua, puseram-se os bons e velhos sábios a dar 
gritos de júbilo e a esfregar as mãos, piscando-se os olhos e 
35
 
 
dizendo-se chistes que, com toda franqueza, não ficam nada 
bem em homens de saber... Mas o que se há de fazer? 
Frequentemente, a velhice, mesmo sábia, não tem nenhuma 
noção do ridículo nos momentos de alegria, podendo mesmo 
chegar a dançar rodas e sarabandas, numa curiosa volta à 
infância. Por isso perdoemos aos bons e velhos sábios, que se 
assim faziam é porque tinham descoberto os males da Lua, 
que eram males de amor. E males de amor curam-se com o 
próprio amor – eis o axioma científico a que chegaram os 
eruditos anciãos, e que escreveram no final de um longo 
pergaminho crivado de números e equações, no qual fora 
estudado o problema da crescente palidez da Lua. 
 
(MORAES, Vinícius de. Para viver um grande amor: crônicas 
e poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 52-53, 
excerto.) 
 
O fragmento “um grupo de bons e velhos sábios, de mãos 
enferrujadas, rostos cheios de rugas e pequenos olhos 
sorridentes”, do ponto de vista da tipologia textual, tem 
predominantemente características: 
a) narrativas. 
b) descritivas. 
c) argumentativas. 
d) injuntivas. 
e) dissertativas. 
 
Questão 5 
BOLO DE CENOURA 
 
INGREDIENTES 
MASSA: 
 
1/2 xícara (chá) de óleo 
3 cenouras médias raladas 
4 ovos 
2 xícaras (chá) de açúcar 
2 e 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo 
1 colher (sopa) de fermento em pó 
 
COBERTURA: 
 
1 colher (sopa) de manteiga 
3 colheres (sopa) de chocolate em pó 
1 xícara (chá) de açúcar 
1 xícara (chá) de leite 
 
MODO DE PREPARO 
MASSA: 
Em um liquidificador, adicione a cenoura, os ovos e o óleo, 
depois misture. 
Acrescente o açúcar e bata novamente por 5 minutos 
Em uma tigela ou na batedeira, adicione a farinha de trigo e 
depois misture novamente. 
Acrescente o fermento e misture lentamente com uma colher. 
Asse em um forno preaquecido a 180° C por 
aproximadamente 40 minutos. 
 
COBERTURA: 
 
Despeje em uma tigela a manteiga, o chocolate em pó, o 
açúcar e o leite, depois misture. 
Leve a mistura ao fogo e continue misturando até obter uma 
consistência cremosa, depois despeje a calda por cima do 
bolo. 
 
A receita de bolo de cenoura faz uso da seguinte tipologia 
textual: 
a) Narrativo. 
b) Descritivo. 
c) Injuntivo. 
d) Dissertativo. 
e) Expositivo. 
Questão 6 
O IMPACTO DA TECNOLOGIA EM NOSSAS VIDAS 
 
Vivemos o ápice da influência tecnológica no mundo e não 
tem como negar. Estamos conectados o tempo todo, seja pelo 
celular ou computador. O impacto da tecnologia em nossas 
vidas é extremamente visível. Mas, isso é algo bom ou ruim? 
 
A tecnologia facilita muito a nossa rotina e é um ótimo 
entretenimento. Com apenas uns cliques, compartilhamos 
coisas pessoais, entramos em contato com aquele parente 
distante, descobrimos uma nova música e assistimos a vários 
episódios de determinada série, mesmo off-line. 
 
Conseguimos armazenar milhares de músicas na palma de 
nossas mãos, temos televisões com a maior definição de 
imagem existente, guardamos todos os tipos de fotos e 
documentos pessoais na nuvem e podemos acessá-los a 
qualquer hora e em qualquer lugar. 
 
Há alguns anos, não tínhamos o hábito de olhar o celular 
assim que acordávamos, ou passar a noite inteira em claro 
vagando pelas redes sociais. Hoje em dia, se uma tragédia 
acontecer há milhares de quilômetros de distância de onde 
estamos, sabemos instantaneamente. A tecnologia modificou 
completamente nosso cotidiano, trazendo muitos benefícios e 
alguns malefícios também. 
 
O lado ruim é que estamos tão ligados nas nossas vidas 
online, que esquecemos de manter o contato off-line. Não 
prestamos mais atenção no mundo a nossa volta, não 
conversamos mais pessoalmente. 
 
Por recebermos tantas informações o tempo todo, tornamo-
nos mais desatentos. Parece que não podemos ficar sem 
encontrar coisas novas, é um pecado deixar o celular de lado, 
ficamos dependentes dessa conexão. 
 
Outros pontos ruins são os problemas de visão que foram 
desenvolvidos nos últimos anos por ficar muito tempo vendo 
a tela do celular e os problemas de audição por ouvir coisas 
muito altas no fone de ouvido. 
 
A obesidade também é um fator que vem encadeando essas 
mudanças de hábito. As pessoas ficam a maior parte de seu 
tempo sentadas, por conta da comodidade de comprar on-line, 
não precisam mais ir até a loja, nem sair para pedir o almoço, 
pois existem vários aplicativos para isso. 
 
Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos 
adultos; já nos mais jovens, esse índice é de 81%. 
Consequência direta do uso de videogames, celulares e 
computadores. 
36
 
 
 
É importante ter um planejamento de quantas horas por dia 
você vai dedicar à tecnologia, para não perder o foco e a 
produtividade. Apesar de ser algo incrível, ela também pode 
trazer consequências sérias e permanentes a nossa saúde. 
Como todas as outras coisas, ela deve ser apreciada com 
moderação. 
 
Disponível em: https://www.madeinweb.com.br/o-impacto-
da-tecnologia-emnossas -vidas/Adaptado 
 
 
A tipologia textual de maior predominância no texto 
apresentado é: 
a) Descrição. 
b) Narração. 
c) Injunção. 
d) Exposição. 
e) Dissertação. 
 
Questão 7 
Leia o texto a seguir para responder a questão. 
Educação profissional para o século XXI 
Novo Ensino Médio facilitará a integração dos jovens à 
sociedade do trabalho, com impactos sociais relevantes. 
*Por Horácio Lafer Piva, Pedro Passos e Pedro 
Wongtschowski 
05/08/2023 
O Novo Ensino Médio (NEM) entrou no debate público neste 
ano e foi alçado a um patamar compatível a sua importância. 
A etapa final da educação básica é complexa por muitas 
razões, sendo momento delicado de transição à vida adulta. É 
também a etapa que tem os piores resultados de aprendizagem 
e índices altos de evasão. Não há bala de prata em políticas 
públicas; não se chega facilmente a consensos em problemas 
complexos. Mas há um ponto específico que merece atenção 
redobrada nas alterações que podem ser feitas após a 
conclusão da acertada consulta pública realizada pelo 
Ministério da Educação (MEC), que ouviu estudantes e 
professores. 
Primeiramente, vale dizer que o NEM traz avanços que não 
podem retroceder. Destacamos aqui três pilares 
importantíssimos: a ampliação da carga horária, a 
flexibilização curricular para atender à diversidade de anseios 
de aprofundamento e vocações das juventudes e a expansão 
da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), modalidade 
possível de ser mais conectada com asdemandas do século 
XXI que podem impulsionar a inserção profissional e a renda 
dos jovens. 
A EPT não pode ser vista como ponto de chegada da 
formação, mas como opção que precede e cria oportunidades 
para o ingresso no ensino superior ou no mercado de trabalho. 
Isso é fundamental para um país mais próspero e justo. E 
também urgente para uma geração inteira de jovens que hoje 
ainda vê poucas opções para seu futuro. 
Dada a relevância que a formação técnica e profissional pode 
ter para o ensino médio e para o país, são preocupantes 
algumas propostas apresentadas no debate público, por serem 
capazes de impor um freio relevante na expansão do ensino 
técnico. Elas dizem respeito à mudança na divisão de tempos 
entre a parte do ensino médio comum a todos (chamada de 
“formação geral básica”) e a constituída por opções de trilhas 
formativas (“chamada de itinerários formativos”). 
Há um consenso expressivo de que a regra atual, que restringe 
a parte comum do currículo ao máximo de 1.800 horas (das 3 
mil horas totais ao longo dos três anos), é um equívoco. 
Dependendo de como esse número for ampliado, pode causar 
grandes prejuízos à articulação da EPT com o ensino médio. 
Isso porque pode impedir que os cursos técnicos de nível 
médio sejam trabalhados na carga horária total de 3 mil horas. 
Caso exija-se um mínimo de 2.400 horas para a parte comum 
a todos os estudantes, restariam apenas 600 horas para os 
itinerários formativos, inviabilizando um curso técnico dentro 
das 3 mil horas. 
Há soluções no debate que dão conta de superar os desafios 
atuais, sem prejudicar o avanço do EPT. E, também 
importante, dando flexibilidade aos estados para que possam 
pensar diferentes arranjos para seu ensino médio. As 
propostas do Conselho Nacional de Secretários de Educação 
(Consed) têm ido nesta linha. 
O NEM representa uma grande oportunidade para a 
valorização da formação profissional dos jovens e, portanto, 
para o desenvolvimento inclusivo do país que não podemos 
perder. Mais que atender às demandas de um setor industrial 
e de serviços ávidos por jovens de boa formação, na sua busca 
contínua por aumento de produtividade, facilitará a 
integração dos jovens à sociedade do trabalho, com impactos 
sociais relevantes e redução do grave problema do 
desemprego nessa faixa etária. 
Na reta final do debate sobre o NEM, o Brasil tem a chance 
de alcançar um desenho de política muito melhor que o 
originalmente proposto, mas mantendo os avanços trazidos. 
Em especial, a possibilidade de expandirmos para valer as 
oportunidades oferecidas aos jovens de cursar a EPT ao longo 
do ensino médio. O MEC acertou em abrir uma consulta 
pública e ampliar o diálogo. O mais importante, porém, reside 
na forma como a concluirá. Disso depende o futuro de 
milhões de estudantes. E, também, do próprio país. 
Fonte: *Horácio Lafer Piva, Pedro Passos e Pedro 
Wongtschowski são empresários. https://oglobo.globo.com 
 
Em relação à tipologia textual, esse texto é 
predominantemente: 
a) descritivo; 
b) opinativo; 
c) narrativo; 
d) injuntivo; 
e) prescritivo. 
 
Questão 8 
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta. 
 
Em 1984, às vésperas de completar 82 anos, Carlos 
Drummond de Andrade se despedia da crônica, um dos 
gêneros que ajudou a consagrá-lo como um dos grandes 
escritores brasileiros. 
 
CIAO 
 
Há 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso 
notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar 
exibia a cada manhã a primeira página de um jornal 
modestíssimo, porém jornal. Não teve dúvida. Entrou e 
ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o 
pessoal da redação. O homem olhou-o, cético, e perguntou: 
 
— Sobre o que pretende escrever? 
37
 
 
 
— Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas 
deste mundo e de qualquer outro possível. 
 
O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se 
dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente de graça, 
topou. Nasceu aí, na velha Belo Horizonte dos anos 20, um 
cronista que ainda hoje, com a graça de Deus e com ou sem 
assunto, comete as suas croniquices. Comete é tempo errado 
de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento 
deste contumaz rabiscador de letras pendurar as chuteiras 
(que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um ciao-
adeus sem melancolia, mas oportuno. 
 
Creio que ele pode gabar-se de possuir um título não 
disputado por ninguém: o de mais velho cronista brasileiro. 
Assistiu, sentado e escrevendo, ao desfile de 11 presidentes 
da República, mais ou menos eleitos (sendo um bisado), sem 
contar as altas patentes militares que se atribuíram esse título. 
Viu de longe, mas de coração arfante, a Segunda Guerra 
Mundial, acompanhou a industrialização do Brasil, os 
movimentos populares frustrados mas renascidos, os ismos de 
vanguarda que ambicionavam reformular para sempre o 
conceito universal de poesia; anotou as catástrofes, a Lua 
visitada, as mulheres lutando a braço para serem entendidas 
pelos homens; as pequenas alegrias do cotidiano, abertas a 
qualquer um, que são certamente as melhores. 
 
Viu tudo isso, ora sorrindo ora zangado, pois a zanga tem seu 
lugar mesmo nos temperamentos mais aguados. Procurou 
extrair de cada coisa não uma lição, mas um traço que 
comovesse ou distraísse o leitor, fazendo-o sorrir, se não do 
acontecimento, pelo menos do próprio cronista, que às vezes 
se torna cronista do seu umbigo, ironizando-se a si mesmo 
antes que outros o façam. 
 
Crônica tem essa vantagem: não obriga ao paletó-e-gravata 
do editorialista, forçado a definir uma posição correta diante 
dos grandes problemas; não exige de quem a faz o nervosismo 
saltitante do repórter, responsável pela apuração do fato na 
hora mesma em que ele acontece; dispensa a especialização 
suada em economia, finanças, política nacional e 
internacional, esporte, religião e o mais que imaginar se 
possa. Sei bem que existem o cronista político, o esportivo, o 
religioso, o econômico etc., mas a crônica de que estou 
falando é aquela que não precisa entender de nada ao falar de 
tudo. Não se exige do cronista geral a informação ou 
comentários precisos que cobramos dos outros. O que lhe 
pedimos é uma espécie de loucura mansa, que desenvolva 
determinado ponto de vista não ortodoxo e não trivial e 
desperte em nós a inclinação para o jogo da fantasia, o 
absurdo e a vadiação de espírito. Claro que ele deve ser um 
cara confiável, ainda na divagação. Não se compreende, ou 
não compreendo, cronista faccioso, que sirva a interesse 
pessoal ou de grupo, porque a crônica é território livre da 
imaginação, empenhada em circular entre os acontecimentos 
do dia, sem procurar influir neles. Fazer mais do que isso seria 
pretensão descabida de sua parte. Ele sabe que seu prazo de 
atuação é limitado: minutos no café da manhã ou à espera do 
coletivo. 
 
Com esse espírito, a tarefa do croniqueiro estreado no tempo 
de Epitácio Pessoa (algum de vocês já teria nascido nos anos 
a.C. de 1920? duvido) não foi penosa e valeu-lhe algumas 
doçuras. Uma delas ter aliviado a amargura de mãe que 
perdera a filha jovem. Em compensação alguns anônimos e 
inominados o desancaram, como a lhe dizerem: “É para você 
não ficar metido a besta, julgando que seus comentários 
passarão à História”. Ele sabe que não passarão. E daí? 
Melhor aceitar as louvações e esquecer as descalçadeiras. 
 
Foi o que esse outrora-rapaz fez ou tentou fazer em mais de 
seis décadas. Em certo período, consagrou mais tempo a 
tarefas burocráticas do que ao jornalismo, porém jamais 
deixou de ser homem de jornal, leitor implacável de jornais, 
interessado em seguir não apenas o desdobrar das notícias 
como as diferentes maneiras de apresentá-las ao público. 
Uma página bem diagramada causava-lhe prazer estético; a 
charge, a foto, a reportagem, a legenda bem feitas,o estilo 
particular de cada diário ou revista eram para ele (e são) 
motivos de alegria profissional. As duas grandes casas do 
jornalismo brasileiro ele se orgulha de ter pertencido — o 
extinto Correio da Manhã, de valente memória, e o Jornal do 
Brasil, por seu conceito humanístico da função da Imprensa 
no mundo. Quinze anos de atividade no primeiro e mais 15, 
atuais, no segundo, alimentarão as melhores lembranças do 
velho jornalista. 
 
E é por admitir esta noção de velho, consciente e alegremente, 
que ele hoje se despede da crônica, sem se despedir do gosto 
de manejar a palavra escrita, sob outras modalidades, pois 
escrever é sua doença vital, já agora sem periodicidade e com 
suave preguiça. Ceda espaço aos mais novos e vá cultivar o 
seu jardim, pelo menos imaginário. 
 
Aos leitores, gratidão, essa palavra-tudo. 
 
(ANDRADE, C. Drummond de. Fonte https:// 
www.revistabula.com/4103-a-ultima-cronica-dedrummond/) 
 
 
Quanto à tipologia textual, o texto “Ciao” está estruturado 
basicamente como uma narração. O que não descarta, 
todavia, ocorrerem trechos dissertativos/argumentativos, ou 
mesmo descritivos. 
 
Considerando-se, então, as características discursivas das 3 
tipologias, pode-se afirmar que é predominantemente 
dissertativo/argumentativo o trecho: 
a) “Há 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso 
notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar 
exibia a cada manhã a primeira página de um jornal 
modestíssimo, porém jornal.” (§ 1). 
b) “O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se 
dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente de graça, 
topou.” (§ 4). 
c) “Viu tudo isso, ora sorrindo ora zangado, pois a zanga tem 
seu lugar mesmo nos temperamentos mais aguados.” (§ 6). 
d) “Crônica tem essa vantagem: não obriga ao paletó-e-
gravata do editorialista, forçado a definir uma posição correta 
diante dos grandes problemas;” (§ 7). 
e) “Em certo período, consagrou mais tempo a tarefas 
burocráticas do que ao jornalismo, porém jamais deixou de 
ser homem de jornal,” (§ 9). 
 
Questão 9 
A MAGIA DAS CÉLULAS 
 
38
 
 
Quando eu tinha sete anos de idade, subi em uma caixa na 
sala de aula para espiar pela lente de um microscópio. 
 
Para minha decepção, a única imagem que vi foi a da luz 
refletida. Aos poucos consegui conter minha ansiedade e 
ouvir as explicações da senhora Novak sobre como regular o 
foco. Então, algo tão dramático aconteceu que modificou 
completamente minha vida: vi um protozoário. Fiquei 
hipnotizado. O barulho das outras crianças ficou distante e me 
senti sozinho na sala. Todo o meu ser pareceu mergulhar no 
mundo alienígena das células, algo que até hoje é mais 
interessante para mim do que qualquer filme feito por 
computador. 
 
Na inocência de minha mente infantil, eu via aquele 
organismo não como uma célula, mas como uma pessoa em 
tamanho diminuto, um ser pensante e consciente. Para mim, 
ele não estava nadando a esmo, mas sim cumprindo uma 
missão, embora eu não soubesse como descrever isso tudo 
naquela época. Fiquei observando seus movimentos ao redor 
de um grupo de algas. Nesse instante, o grande pseudópodo 
de uma ameba desengonçada também começou a se mover. 
(...) 
 
Naquela tarde corri para casa e contei, esbaforido, minha 
descoberta à minha mãe. Usando todos os poderes de 
persuasão que a idade me permitia, implorei e bajulei até 
conseguir que ela comprasse um microscópio para mim. 
Passava horas maravilhado com aquele mundo alienígena do 
outro lado da lente. 
 
Mais tarde, na faculdade, passei a usar um microscópio 
eletrônico, mil vezes mais potente. A diferença é mais ou 
menos como a dos telescópios que os turistas usam para ver 
cenas da cidade do alto dos edifícios comerciais em relação 
aos do tipo Hubble, que transmitem imagens do espaço 
sideral. 
 
Entrar na ala de microscópios de um laboratório é como uma 
cerimônia iniciática para estudantes que aspiram a se tornar 
biólogos. O portal desse mundo maravilhoso é uma porta 
giratória preta como aquelas que isolam as salas escuras de 
revelação de filmes fotográficos. 
 
Até hoje me lembro da primeira vez que passei por ela. Era 
uma divisória entre dois mundos: minha vida de estudante e 
meu futuro como cientista pesquisador. Quando a porta 
terminou de girar, eu me vi em uma sala grande e escura, 
iluminada apenas por pequenas lâmpadas vermelhas de 
segurança. Enquanto meus olhos se adaptavam à escuridão, 
fiquei assombrado com o que vi. As luzes vermelhas refletiam 
a superfície espelhada de uma imensa coluna de aço 
inoxidável com lentes eletromagnéticas que subiam até o teto 
no centro da sala e na base da coluna havia um grande painel 
de controle que lembrava os de um Boeing 727, cheio de 
chaves, botões, medidores e luzes indicadoras.(...) Tive a 
nítida impressão de estar entrando na sala de comando da 
nave U.S.S. Enterprise. Mas aparentemente aquele era o dia 
de folga do capitão Kirk, pois quem estava à frente dos 
comandos era um dos meus professores, ocupado com o 
complexo processo de colocar uma amostra de tecido 
orgânico em uma câmara de vácuo no centro da coluna de 
metal. 
 
Enquanto os minutos passavam, comecei a ter a mesma 
sensação que tive aos sete anos de idade, quando vi uma 
célula pela primeira vez. (...) 
LIPTON, Bruce H. A biologia da crença. Texto adaptado. 
 
O texto lido, “A magia das células”, segundo a tipologia 
textual, é caracterizado como um texto narrativo porque: 
a) os parágrafos costumam ser caracterizados pelo 
predomínio dos verbos de ação, retratando o posicionamento 
dos personagens mediante o desenrolar do enredo, bem como 
pela indicação de elementos circunstanciais referentes à 
trama: quando, por que e como ocorreram os fatos. 
b) a história é contada através de uma sequência de ações 
reais ou imaginárias. É construída em volta de elementos 
como o espaço, tempo, personagem, enredo e narrador. Sua 
principal finalidade é informar e esclarecer o leitor através da 
exposição rigorosa e clara de um determinado assunto ou 
tema. 
c) os parágrafos normalmente costumam ser assim 
distribuídos: introdução, desenvolvimento e conclusão. Visa 
persuadir e convencer o leitor a concordar com o 
posicionamento do autor. 
d) a história apresenta descrição pormenorizada de algo ou 
alguém, levando o leitor a criar uma imagem mental do objeto 
a ser descrito. Ora é objetiva ora mais subjetiva, focando 
apenas aspectos mais importantes. 
e) instrui o leitor acerca de um procedimento, fornecendo-lhe 
várias informações que condicionam a sua conduta, 
incitando--o a agir. Utiliza predominantemente verbos no 
infinitivo, imperativo ou presente do indicativo com 
indeterminação do sujeito. 
 
Questão 10 
Texto 4 
 
Entrevista concedida ao jornalista Júlio Lerner, em 1 de 
fevereiro de 1977, para o programa “Panorama”, da TV 
Cultura, de São Paulo. 
 
De minha sala até o saguão dos estúdios tenho que percorrer 
cerca de 150 metros. Estou tão aturdido com a possibilidade 
de entrevistá-la que mal consigo me organizar naquela curta 
caminhada. Talvez falar sobre “A Paixão Segundo G.H”… 
Ou quem sabe sobre “A Maçã no Escuro” e “Perto do Coração 
Selvagem”… Vou recordando o que Clarice escreveu. Será 
que li tudo? Em apenas cinco minutos consegui um estúdio 
para entrevistá-la. 
 
São quatro e quinze da tarde e disponho de apenas meia hora. 
Às cinco entra ao vivo o programa infantil e quinze minutos 
antes terei de desocupar o estúdio. Estou correndo e antes 
mesmo de vê-la a pressão do tempo começa a me massacrar. 
Não terei condições de preparar nada antes, nem mesmo 
conversar um pouco. Não poderei sequer tentar criar um 
clima adequado para a entrevista. Eu odeio a TV brasileira! 
Só meia hora para ouvir Clarice. O pessoal da técnica foi 
novamente generoso e se empenhou para conseguir essa 
brecha. Olho o relógio, nãoconsigo me organizar, estou 
correndo, olho novamente o relógio. Estou desconcertado, 
atinjo o saguão dos estúdios e a vejo ali, dez metros adiante, 
Clarice de pé ao lado de uma amiga, perdida no meio do 
vaivém dos cenários desmontados, de diversos equipamentos 
e de técnicos que falam alto, no meio de um grande alvoroço. 
 
39
 
 
Paro diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão 
e sou atravessado pelo olhar mais desprotegido que um ser 
humano pode lançar a semelhante. Ela é frágil, ela é tímida, e 
eu não tenho condições para explicar que o problema do 
tempo elevou meus níveis de ansiedade. Clarice me apresenta 
Olga Borelli, entramos e a conduzo ao centro do pequeno 
estúdio. Peço para que ela sente numa poltrona de couro de 
tonalidade café-com-leite. Clarice segura apenas um maço de 
Hollywood e uma caixa de fósforos, providencio um cinzeiro, 
os refletores malditos são ligados. Clarice me olha. O olhar 
de Clarice me interroga, só disponho de uma única câmera, o 
olhar de Clarice suplica, Olga se ajeita numa lateral 
escurecida, chega Miriam, a estagiária do programa e fica 
encolhida e calada, o calor está ficando insuportável e o ar-
condicionado não está ajustado, são apenas quatro e vinte, 
Clarice tenta me dizer alguma coisa, mas não falo com ela, 
preocupado em ajustar uma questão de iluminação, o hálito 
da fornalha já nos atinge a todos, devemos ter agora no 
estúdio uns 50 ou 60 graus, maldita TV, bendita TV do 
terceiro mundo que me possibilita estar agora frente a frente 
com ela, Clarice me olha melindrosa, assustada e seu olhar 
me pede para que a tranquilize. 
 
“OK, Júlio, tudo pronto”, a voz metálica vem da caixa dos 
alto-falantes. Peço a toda equipe para sair, cabo man, 
iluminador, assistente de estúdio, agradeço. Clarice percebe 
que caiu numa arapuca e já não há como voltar atrás. Peço 
silêncio e depois de uns dez segundos ecoa um “gravando”. 
 
Não conversamos antes e disponho apenas de 23 minutos. 
Estou completamente desconcertado, fico um minuto em 
silêncio fitando Clarice. Estou oco, vazio, não sei o que dizer. 
Clarice me olha curiosa, mas vigilante, defendida. Sou o 
senhor do castelo e — prepotente — guardo comigo a chave 
desta prisão. Ninguém pode entrar ou sair sem meu expresso 
consentimento. Todos devem se submeter à minha autoritária 
vontade. 
 
A fornalha arde, meu coração dispara, minha boca está seca e 
debaixo destes tirânicos mil sóis sou o maior dos tiranos. 
Começa a entrevista. A entrevista avança. Seus olhos azuis- 
oceânicos revelam solidão e tristeza. Clarice está nua, não há 
perdão, Clarice agora está encapotada, ela se deixa agarrar, 
mas logo escapa, e volta, e me pega, e me sugere o longe, o 
não dizível, depois se cala. E quando nada mais espero, ela 
volta a falar. Faço uma antientrevista, pausas, silêncios, 
Clarice agora está fugindo para uma galáxia inabitada e 
inatingível, mas volta em seguida e, tolerante, suporta toda a 
minha limitação. 
 
Acho que ela vai se levantar a qualquer instante e me dizer: 
“Chega!”. Clarice pressente que por trás de meu sorriso 
aparentemente compreensivo e de minha fala suave esconde-
se um ser diabólico autodenominado “repórter” e que quer 
possuir sua intimidade. Seu corpo exprime receios, ela me 
afasta, mas de novo me atrai, suas pernas se cruzam e se 
descruzam sem parar e telegrafam que de repente ela poderá 
se levantar e partir. 
 
Fonte: https://www.revistabula.com/503-a-ultima-
entrevista-de-clarice-lispector, acesso em fevereiro de 2020 
 
A construção de uma aula perpassa por diferentes momentos, 
exatamente como o emprego, leitura e discussão dos 
múltiplos textos acima trabalhados, especialmente escolhidos 
em diferentes gêneros e tipos, tendo o intuito de: 
a) criticar e desmerecer uma temática, mostrando predileção 
por uma tipologia textual mais voltada à norma-padrão. 
b) esmiuçar uma temática, explorando linguagem, escolha 
vocabular e a caracterização de cada gênero/tipo. 
c) correlacionar como adequado ou inadequado cada tipo e 
cada gênero utilizados em sala. 
d) exibir a riqueza de interpretações de múltiplos textos, 
mesmo as incoerentes. 
e) associar diferentes estilos de produção textual ao uso 
prescritivo de gramática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
A D A B C E B D A B 
 
40
 
 
 
 
41
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42
 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
 
Leia a charge. 
 
 
O quadrinista ironiza a situação de desemprego globalizado 
apresentando uma imensa fila de desempregados (com seus 
respectivos currículos) que dá volta ao mundo. 
 
Na charge, o humor aparece quando uma das pessoas se queixa de 
outra por não obedecer à ordem na fila. Observe que o falante utiliza 
a linguagem verbal para estabelecer um contato com o receptor: “Ei! 
Furar fila não vale!!”. 
 
No processo de comunicação, os interlocutores têm sempre uma 
intenção ou objetivo, por isso a linguagem modifica-se de acordo 
com a situação. A linguagem verbal é constituída por diferentes 
elementos com determinadas funções. 
Existem seis elementos no ato de comunicação: o locutor ou 
emissor (a pessoa que fala), o interlocutor ou receptor (a pessoa 
com quem se fala), o canal ou contato (o som e o ar, o meio físico), 
o referente ou contexto (o assunto), o código (a língua) e a 
mensagem ou texto (a conversa). A cada um desses componentes 
corresponde uma das seis funções de linguagem, respectivamente: 
emotiva, conativa, fática, referencial, metalinguística e poética. 
 
Funções da linguagem: emotiva (locutor), conativa (interlocutor), 
fática (canal), referencial (contexto), metalinguística (a própria 
língua) e poética (texto). 
 
FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA 
Veja. 
SE EU MORRESSE AMANHÃ! 
Se eu morresse amanhã, viria ao menos 
Fechar meus olhos minha triste irmã; 
Minha mãe de saudades morreria 
Se eu morresse amanhã! 
 
Quanta glória pressinto em meu futuro! 
Que aurora de porvir e que manhã! 
Eu pendera chorando essas coroas 
Se eu morresse amanhã! 
 
Que sol! que céu azul! que doce n´alva 
Acorda a natureza mais louçã! 
Não me batera tanto amor no peito, 
Se eu morresse amanhã! 
 
Mas essa dor da vida que devora 
A ânsia de glória, o dolorido afã... 
A dor no peito emudecera ao menos 
Se eu morresse amanhã! 
 
AZEVEDO, Manuel Antônio Álvares de. 
Se eu morresse amanhã! In: BANDEIRA, 
Manuel, org. Antologia dos poetas 
brasileiros: poesia da fase romântica. Rio 
de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. 
 
O eu lírico do poema de Álvares de Azevedo expressa suas emoções, 
suas opiniões e seu estado de espírito. Por isso, os verbos e pronomes 
estão na 1ª pessoa: Se eu morresse amanhã!, Fechar meus olhos 
minha triste irmã, Minha mãe de saudades morreria, Quanta glória 
pressinto em meu futuro!, Eu pendera chorando..., Não me batera 
tanto amor no peito,. 
Na função emotiva ou expressiva, a ênfase é dada no locutor (ou 
emissor) da mensagem. 
A linguagem é subjetiva, centrada na primeira pessoa verbal. É 
comum, nesse tipo de função, o uso de reticências, exclamações e 
interjeições, pontuações que expressam emotividade. 
 
FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA 
Leia o anúncio publicitário. 
 
 
 
Observe que a principal intenção do emissor é convencer os 
interlocutores a doar revistas que já leram para escolas de menor 
recurso. 
 
A linguagem persuasiva da publicidade destaca os benefícios éticos 
da campanha: atitudes que têm o poder de mudar totalmente uma 
história; todas trazem informações valiosas; incentivando o aluno a 
gostar de ler; o futuro do Brasil agradece. 
 
A função conativa ou apelativa ocorre quando o foco está no 
interlocutor (ou receptor), a quem se deseja influenciarpela 
mensagem. 
 
Em geral, quando predomina a função conativa, o pronome pessoal 
desloca-se do eu para você, ocorrendo o emprego de verbos no modo 
imperativo, como no texto do anúncio: Presenteie; Doe; Ofereça; 
Estimule; Jogue sua revista na escola. 
 
FUNÇÃO FÁTICA OU DE CONTATO 
Observe. 
Na função fática, o objetivo do emissor é estabelecer a comunicação 
e manter aberto o canal. Essa função ocorre em situações do dia-a-
dia, sempre que iniciamos contato verbal: Tudo bem?, Como vai?, 
Boa tarde!, Está frio, não?, Pronto?. 
 
43
 
 
FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA 
Leia este texto. 
 
ETERNA VIGILÂNCIA 
Um robô voador de 13,6 cm e 12 gramas com câmara sem fio é a 
nova arma para os pais monitorarem seus filhos. Controlado por 
computador, o protótipo da japonesa Seiko Epson pode ajudar na 
busca de sobreviventes entre os destroços de acidentes e terremotos. 
O aparelho tem autonomia de voo de apenas três minutos. Essa 
capacidade deve aumentar antes de o produto ganhar as ruas dentro 
de dois anos. 
IstoÉ, São Paulo, 25 ago. 2004. 
O texto descreve a criação de um robô voador controlado por 
computador, que permite a localização de pessoas. A linguagem é 
direta e objetiva, pois comunica aos leitores fatos da realidade. 
A função referencial ocorre quando se põe ênfase no referente (ou 
contexto), ou seja, quando há uma informação objetiva a ser 
transmitida. Normalmente se emprega a terceira pessoa verbal, pois 
se fala de algo ou de alguém: O aparelho tem autonomia... É comum 
em textos jornalísticos e científicos. 
Função metalinguística 
O que se destaca na função metalinguística é o código, que é 
utilizado para explicar a si mesmo. 
 
Ocorre metalinguagem quando a intenção do texto (linguístico ou 
visual) é explicar ou pedir explicação sobre algum elemento (ou 
todos eles) que o constitui (ou constituem). 
Palavras, nas aulas e verbetes de dicionários, explicam outras 
palavras; imagens, nos quadrinhos, podem explicar palavras 
(linguagem mista); filmes podem explicar o cinema; um poema pode 
explicar a poesia de um poeta. Nesses casos, há metalinguagem. 
 
Função poética 
Leia este poema. 
 
o sumo do suco do extrato grosso espesso concentrado 
da palavra leve aérea perfumado o ar onde soa o mar 
onde ecoa o mar onde escoa a palavra mar onde escorra 
a palavra porra até o óvulo ouvido da próxima palavra 
pessoa 
ANTUNES, Arnaldo. Boa companhia: 
poesia. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2003. 
 
Observe a preocupação do poeta com a organização do texto. Houve 
uma seleção e combinação das palavras, de forma especial e 
particular. O objetivo do emissor não está na informação, mas no 
trabalho com a construção da mensagem. Por isso, as palavras do 
texto realçam a sonoridade e sugerem belas imagens; como sumo 
que representa a essência da palavra concentrada de significado, e 
que se espalha leve no ar. 
 
A função poética pode ser explorada em verso e em prosa, e não só 
em textos literários, mas também em anúncios publicitários e na 
linguagem cotidiana. 
Na função poética, o objetivo do emissor é o trabalho com a 
construção da mensagem. 
 
A função poética pode ser explorada em verso e em prosa, mas 
também em anúncios publicitários e na linguagem cotidiana. 
 
Pode haver mais de uma função num mesmo texto, mas, em geral, 
uma determinada função é predominante e distingue o tipo de 
mensagem. Leia o esquema com as correspondências entre os 
elementos de comunicação e as funções de linguagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44
 
CADERNO DE QUESTÕES – FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
 
 
Questão 1 
Leia a definição e selecione a qual Função da Linguagem, a qual ela 
pertence: “Essa função da linguagem é usada para transmitir 
informação objetiva em referência à realidade. Prioriza dados 
concretos, fatos e circunstâncias. É encontrada, comumente, em 
notícias de jornal, discurso científico e qualquer exposição de 
conceitos. O foco é o assunto ao qual a mensagem se refere”. 
a) Função referencial ou denotativa. 
b) Função expressiva ou emotiva. 
c) Função fática. 
d) Função conativa ou apelativa. 
e) Função metalinguística. 
 
Questão 2 
Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta em relação à 
produção textual nos fatores de textualização. Esses fatores têm por 
enfoque linguístico: coerência, coesão, pragmáticas, 
intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e 
intertextualidade. Agora, observe a definição e escolha a qual fator 
ela se refere: “ Esse fator está relacionado ao texto para estabelecer 
um discurso coeso e coerente a fim de cumprir seu objetivo 
comunicativo, uma vez que o texto é um instrumento da intenção do 
produtor para alcançar seu objetivo o receptor. 
a) Pragmática. 
b) Retórica. 
c) Intencionalidade. 
d) Aceitabilidade. 
e) Intertextualidade. 
 
Questão 3 
Assinale a frase abaixo que exemplifica a função conativa da 
linguagem. 
a) A sorte favorece a mente bem-preparada. 
b) Se você acha que tem 50% de chance de sucesso, vá atrás. 
c) Sucesso é uma palavra à procura de definição pessoal. 
d) Minha terra tem palmeiras onde cantavam os sabiás. 
e) A disciplina é a parte mais importante da vida militar. 
 
Questão 4 
A frase abaixo cuja função de linguagem é metalinguística, é: 
a) Esperteza é quando você acredita só em metade do que você 
ouve. Genialidade é quando você sabe em qual metade acreditar; 
b) Um homem sábio criará mais oportunidades do que ele acha; 
c) Nunca confunda movimento com ação; 
d) Deus ajuda a quem se ajuda; 
e) Originalidade não consiste em dizer o que ninguém disse antes, 
mas em dizer exatamente o que você pensa por si próprio. 
 
Questão 5 
Numa de suas famosas crônicas, Machado de Assis faz o seguinte 
comentário: “Há um bom costume na Índia que eu quisera ver 
adotado no resto do mundo, ou pelo menos aqui no Rio de Janeiro. 
A visita não é que se despede; é o dono da casa que a manda 
embora”. 
 
Como ocorre em todo ato comunicativo, a linguagem nele 
empregada mostra uma função predominante; neste caso, a função 
predominante da linguagem é 
a) metalinguística, pois concentra o foco no significante linguístico. 
b) fática, pois focaliza o contato social entre os interlocutores. 
c) referencial, pois reproduz dados da realidade. 
d) conativa, pois seu interesse está no convencimento do leitor. 
e) emotiva, pois se dirige às emoções do emissor. 
 
Questão 6 
O que é redação oficial 
 
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela 
qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos 
normativos. Neste Manual, interessa-nos tratá-la do ponto de vista 
da administração pública federal. 
 
A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução 
da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com objetividade 
e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da 
língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto 
jornalístico, da correspondência particular etc. 
 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Manual de 
Redação da Presidência da República. Casa Civil, Subchefia 
de Assuntos Jurídicos; Coordenação de Gilmar Ferreira 
Mendes, Nestor José Forster Júnior [et al.]. – 3. ed., rev., atual. 
e ampl. – Brasília: Presidência da República, 2018. p. 16. 
 
Considerando a linguagem empregada no texto, é correto afirmar: 
a) A função predominante nesse texto é a conotativa, visto que seu 
objetivo primordial é instruir o leitor sobre as regras da redação 
oficial da presidência. 
b) Como o foco do texto se concentra na relação entre o autor e o 
receptor, por meio das instruções do Manual, a função da linguagem 
predominante é a fática. 
c) Por seu aspecto informativo, a função da linguagem empregadano texto é a denotativa, que tem como uma de suas características a 
ausência de subjetividade. 
d) A função apelativa é aquela que se destaca no texto, uma vez que 
manuais são textos injuntivos por natureza e demandam uma 
linguagem subjetiva e persuasiva. 
 
Questão 7 
 
Considerando as características e o objetivo do texto anterior, a 
função da linguagem a ele associada é aquela que 
a) informa o público sobre fatos culturais recentes. 
b) tenta emocionar o leitor por meio da linguagem. 
c) busca persuadir o interlocutor a tomar uma ação. 
d) objetiva manter aberto um canal de comunicação. 
Questão 8 
45
 
 
No texto 2A1-II, o emprego do vocábulo “Ei” demonstra o uso da 
função da linguagem cujo objetivo é estabelecer a comunicação com 
o interlocutor da mensagem. 
 
Essa função é denominada 
a) fática. 
b) conativa. 
c) metalinguística. 
d) referencial. 
 
Questão 9 
Qual função da linguagem é predominante no excerto abaixo? 
 
“Existem estrelas que andam à deriva no universo ‘como almas 
perdidas’, segundo a Nasa. E a luz que elas emitem é tão fraca que a 
agência espacial americana a descreve como ‘neblina 
fantasmagórica’. Estamos falando de estrelas que, ao contrário das 
mais conhecidas, não residem em uma galáxia. Elas perambulam há 
bilhões de anos por aglomerados que reúnem milhares de galáxias, 
segundo um novo estudo realizado com imagens do telescópio 
espacial Hubble. 
 
Mas como as estrelas errantes foram arrancadas das suas galáxias de 
origem? 
 
Estudar essas ‘almas perdidas’ é importante, segundo a astrônoma 
espanhola Mireia Montes, do Instituto de Astrofísica das Ilhas 
Canárias. 
 
Montes pesquisa a luz fraca emitida pelas estrelas errantes, chamada 
de luz intra-aglomerado. Ela explicou à BBC News Mundo, o 
serviço em espanhol da BBC, que esse brilho suave pode revelar não 
só a estrutura dos aglomerados de galáxias, mas também a natureza 
de um dos maiores mistérios do universo: a matéria escura. [...]” 
a) Conativa. 
b) Poética. 
c) Referencial. 
d) Metalinguística. 
e) Fática. 
 
Questão 10 
Em relação à diferença entre linguagem e metalinguagem, numerar 
a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que 
apresenta a sequência CORRETA: 
(1) Linguagem. 
(2) Metalinguagem. 
 
( ) Não apresenta unidades estruturais e não pode ser estruturada no 
nível do saber idiomático; nem por isso, seu estudo deixa de merecer 
o cuidado da ciência. 
( ) É um meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos por 
intermédio de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc. 
( ) Nela se pode manifestar uma técnica, um saber próprio em uma 
determinada tradição linguística. 
a) 1 - 1 - 2. 
b) 1 - 2 - 1. 
c) 2 - 1 - 2. 
d) 2 - 2 - 1. 
 
 
Questão 11 
 
E isso começa assim que você o liga. 
 
Predomina no texto da imagem acima a função da linguagem 
a) referencial, pois trata de noções e informações conceituais. 
b) conativa, porque orienta o comportamento do leitor. 
c) emotiva, pois o autor expressa seu sentimento em relação ao 
iPhone. 
d) metalinguística, pois o objetivo da mensagem é falar da própria 
linguagem. 
e) fática, porque o texto coloca em evidência o canal de 
comunicação. 
 
Questão 12 
Considerando-se a metalinguagem, analisar os itens abaixo: 
I. A metalinguagem não apresenta unidades estruturais nem pode ser 
estruturada no nível do saber idiomático; nem por isso seu estudo 
deixa de merecer o cuidado da ciência. 
II. A metalinguagem pode manifestar uma técnica, um saber próprio 
em uma determinada tradição linguística. 
III. A metalinguagem é um uso linguístico cujo objeto é também 
uma linguagem; por exemplo, quando se fala de palavras e seus 
componentes ou de orações. 
Está(ão) CORRETO(S): 
a) Somente os itens I e III. 
b) Somente os itens II e III. 
c) Somente os itens I e II. 
d) Nenhum dos itens. 
e) Todos os itens. 
 
Questão 13 
A frase abaixo que exemplifica a função metalinguística da 
linguagem, é: 
a) Os homens ilustres têm a terra inteira como sepultura; 
b) Se a obra não é útil, a glória é uma estupidez; 
c) Facilite uma boa ação, pois é o mesmo que praticá-la; 
d) Ele é um pensador: isto é, ele sabe como tornar as coisas mais 
simples do que elas são; 
e) As coisas são exatamente o que aparentam ser e atrás delas... não 
há nada. 
 
Questão 14 
As funções de linguagem fazem parte do conteúdo desta prova; a 
frase abaixo que documenta a função de linguagem denominada 
conativa, ou seja, a que pretende influenciar o receptor, é: 
a) Eu sempre quis ser igualzinha à Barbie. É por isso que clareio o 
cabelo até ficar branco; 
b) Gosto de meus braços musculosos, aspecto atlético e cintura fina. 
Detesto é a camada de gordura que cobre tudo isso; 
c) O mundo abre passagem ao homem que sabe para onde está indo; 
d) A rosa vive uma hora e o espinheiro, cem anos; 
e) Quando ouvir falar bem de um amigo, conte isso a ele. 
 
 
 
 
Questão 15 
 Provérbios e anedotas são textos que apresentam a seguinte função 
da linguagem. 
46
 
a) fática. 
b) referencial. 
c) poética. 
d) expressiva. 
e) emotiva. 
 
Questão 16 
As asserções posteriores têm o intuito de destacar certos aspectos 
que permitem discernir o conceito e as características da 
metalinguagem, sendo correto afirmar: 
a) Na metalinguagem, seu objeto se difere da linguagem. 
b) A linguagem primária tem por objeto uma linguagem. 
c) A metalinguagem pode demonstrar um saber próprio em uma 
determinada tradição linguística. 
d) A metalinguagem nunca pode ser entendida como uma técnica. 
e) A metalinguagem é constituída por unidades estruturais. 
 
 
Questão 17 
A Cinza das Horas 
 
Desencanto 
 
Eu faço versos como quem chora 
De desalento... de desencanto... 
Fecha o meu livro, se por agora 
Não tens motivo nenhum de pranto. 
 
Meu verso é sangue. Volúpia ardente... 
Tristeza esparsa... remorso vão... 
Dói-me nas veias. Amargo e quente, 
Cai, gota a gota, do coração. 
 
E nestes versos de angústia rouca, 
Assim dos lábios a vida corre, 
Deixando um acre sabor na boca. 
 
— Eu faço versos como quem morre. 
 
No poema de Manuel Bandeira, tem-se a ocorrência da função 
poética da linguagem, que é percebida nas combinações sonoras e 
rítmicas. Ao analisar o texto, entretanto, percebe-se também a 
presença da função expressiva. Em quais dos versos essa função se 
manifesta? 
a) “Meu verso é sangue. “Tristeza esparsa... remorso vão...” 
Volúpia ardente...” / 
b) “Eu faço versos como quem chora” /” Meu verso é sangue. 
Volúpia ardente...” 
c) “Deixando um acre sabor na boca. "/ “— Eu faço versos como 
quem morre.” 
d) “Fecha o meu livro, se por agora” /“Não tens motivo nenhum de 
pranto” 
e) “Eu faço versos como quem chora” / “Fecha o meu livro, se por 
agora” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 18 
Qual é a função da linguagem predominante no meme abaixo? 
 
a) Fática. 
b) Referencial. 
c) Metalinguística. 
d) Poética. 
e) Apelativa. 
 
Questão 19 
Que falta eu sinto de um bem 
Que falta me faz um xodó 
Mas como eu não tenho ninguém 
Eu levo a vida assim tão só 
 
Eu só quero um amor 
Que acabe o meu sofrer 
Um xodó pra mim do meu jeito assim 
Que alegre o meu viver 
[...] 
 
Há mensagens em que, além da exploração da linguagem conotativa, 
o emissor expressa sentimentos ou emite sensações a respeito do que 
diz ao receptor. Considerando-se a linguagem desse texto, verifica-
se que as funções utilizadas são 
a) poética e emotiva. 
b) poética e conativa. 
c) fática e expressiva. 
d) poética e referencial. 
e) fática e metalinguística. 
 
Questão 20 
Deixe de lado esse baixo astral 
Erga a cabeça, enfrente o mal 
Que agindo assim será vital 
Para o seu coração 
 
É que em cada experiência 
Se aprende uma lição. 
Eu já sofri por amar assim 
Me dediquei, mas foi tudo em vão 
[...] 
Nos dois primeirosversos da letra da canção, a função da linguagem 
predominante é a 
a) fática. 
b) emotiva. 
c) conativa. 
d) referencial. 
e) metalinguística. 
 
Questão 21 
Observe o texto abaixo: 
 
47
 
“Promoção imperdível! Confira as melhores ofertas!” 
 
Nesse texto, a linguagem tem a função 
a) Poética. 
b) Emotiva. 
c) Conativa. 
d) Referencial. 
e) Fática. 
 
Questão 22 
Sobre as Funções da Linguagem, analise o texto abaixo: 
 
“Os médicos recomendam uma alimentação saudável e a realização 
de exercício físico diário.” 
 
Trata-se de um texto cuja linguagem tem a função 
a) expressiva ou emotiva. 
b) conativa ou apelativa. 
c) poética. 
d) referencial ou denotativa. 
e) fática. 
 
Questão 23 
Uma das funções da linguagem é a chamada função metalinguística, 
que se destina a esclarecer significados do próprio código, ou seja, a 
língua empregada na mensagem. 
 
Assinale a opção que mostra a frase que exemplifica essa função. 
a) Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não 
quiseram quando podiam. 
b) O mistério não é um muro onde a inteligência esbarra, mas um 
oceano onde ela mergulha. 
c) O que é uma erva daninha senão uma planta cujas virtudes ainda 
não foram descobertas? 
d) Solidão é uma ilha com saudade de barco. 
e) Enfiar o dedo no anel ou enfiar o anel no dedo, eis um problema 
difícil. 
 
Questão 24 
Entre as funções de linguagem há uma, que se denomina conativa, 
marcada pelo interesse maior voltado para o receptor da mensagem. 
 
Assinale a frase que exemplifica esse tipo de função. 
a) Aquilo que se cala ainda pode ser dito; mas aquilo que foi dito já 
não pode ser calado. 
b) Ações falam mais alto que as palavras. 
c) Os olhos gritam o que os lábios temem dizer. 
d) Fale de acordo com o que pensa e aja de acordo com o que fala. 
e) Comunicação é a arte de ser entendido. 
 
Questão 25 
A função fática da linguagem tem como principal objetivo: 
a) informar ou referenciar algo. 
b) explicar o conteúdo da mensagem. 
c) convencer o leitor a fazer algo. 
d) transmitir sentimentos e emoções. 
e) estabelecer ou manter a comunicação. 
 
 
 
 
 
Questão 26 
Artigo da Lei 3808 com alterações: Art. 13 – Transgressão 
Disciplinar é qualquer violação dos princípios da ética, dos deveres 
e das obrigações policiais militares, na sua manifestação elementar 
e simples, e qualquer omissão ou ação contrária aos preceitos 
estatuídos em leis, regulamentos, normas ou disposições, deste que 
não constituam crime. 
Os textos, conforme sejam seus objetivos, exploram as diversas 
funções da linguagem. Na redação do artigo, sobressai a função 
a) emotiva, comprovada na exploração de adjetivos como 
“Disciplinar” e “elementar. 
b) metalinguística, evidenciada basicmente na extensa definição de 
“Transgressão Disciplinar”. 
c) conativa, marcada na exploração de um verbo de estado comum 
na fixação de conceitos em geral. 
d) fática, na abordagem enfática construída como advertência 
educativa aos policiais militares em geral. 
e) referencial, atestada na intenção de persuadir os policiais 
militares para o comportamento disciplinado. 
 
Questão 27 
A questão se refere ao texto de Mário Quintana. 
Das utopias 
 
Se as coisas são inatingíveis...ora! 
Não é motivo para não querê-las... 
Que tristes os caminhos, se não fora 
A mágica presença das estrelas! 
 
Mário Quintana revela, no poema Das utopias, um trabalho com a 
linguagem, por exemplo, por meio das rimas – “ora/fora”, “querê-
las/estrelas” –, cujo objetivo é próprio da função 
a) fática. 
b) poética. 
c) conativa. 
d) referencial. 
 
Questão 28 
Administração Pública 
A Administração é a ciência que trata das organizações, e sua 
história remonta ao ano 5.000 a.C. Segundo Granjeiro (2006), a ideia 
central de administração é a ação corretamente calculada para 
realizar determinados objetivos desejados. A administração é a ação 
humana cooperativa com alto grau de racionalidade. 
Administração Pública abrange a ciência, a disciplina, as normas, a 
estrutura e as técnicas administrativas aplicadas ao meio público. A 
Administração compreende todo o aparato existente (estrutura e 
recursos; órgãos e agentes; serviços e atividades) à disposição dos 
governos para a concretização dos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil, para a realização de seus objetivos 
políticos, para a prestação de serviços públicos e para o alcance do 
objetivo maior e primordial do Estado: a promoção do bem comum 
da coletividade. 
 
Sobre o texto 2, julgue cada afirmativa a seguir como V (verdadeira) 
ou F (falsa) nos espaços entre parênteses. 
( ) No texto 2, predomina a função denotativa da linguagem. 
( ) No primeiro parágrafo do texto, a palavra “que” (sublinhada) 
deve ser classificada como um pronome relativo. 
( ) As três ocorrências da palavra “para” sublinhadas no texto 
poderiam ser substituídas por “afim de”. 
A alternativa que apresenta a sequência correta é: 
a) V – V – V. 
b) F – F – F. 
c) V – V – F. 
d) F – V – F. 
Questão 29 
A linguagem tem múltiplas funções; a frase abaixo em que a função 
da linguagem empregada é a de abordar a própria linguagem 
(metalinguagem) é: 
a) Para salvar seu crédito, você deve esconder a sua ruína; 
48
 
b) Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não estarão 
como hoje; 
c) Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela; 
d) Se você tiver que ser atropelado por um carro, é melhor que seja 
por uma Ferrari; 
e) O não produz inimigos; o sim, falsos amigos. 
 
Questão 30 
 
A imagem acima apresenta uma função da linguagem predominante: 
a) emotiva. 
b) conativa. 
c) referencial. 
d) poética. 
e) fática. 
 
Questão 31 
Leia o texto a seguir: 
“portaria” 
 
substantivo feminino 
 
1. portão ou porta principal de convento 
2. átrio de um convento 
3. recinto logo após a porta ou o portão de entrada, onde fica 
instalado o porteiro de um edifício de apartamentos, de uma 
repartição pública ou de uma instituição de qualquer natureza 
4. cargo ou ofício de porteiro 
5. o próprio porteiro 
6. documento emitido por autoridade administrativa contendo 
ordens, instruções sobre aplicação de leis, recomendações, normas 
de execução de serviços, nomeações, demissões, punições etc. 
Com relação à função da linguagem predominante no texto 
“portaria”, assinale a alternativa correta. 
a) Predomínio da função metalinguística. 
b) Predomínio da função conativa. 
c) Predomínio da função referencial. 
d) Predomínio da função emotiva. 
e) Predomínio da função fática. 
 
Questão 32 
O elemento da comunicação que é destacado pela função fática é: 
a) O canal. 
b) O código. 
c) O receptor. 
d) A mensagem. 
 
Questão 33 
 
Qual a função de linguagem predominante no texto? 
a) Referencial. 
b) Apelativo. 
c) Emotivo. 
d) Metalinguístico. 
 
Questão 34 
 
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem de 
acordo com a situação de comunicação. 
No texto, predomina a função 
a) poética, com foco na mensagem. 
b) fática, que destaca o canal da comunicação. 
c) conativa, com objetivo de influenciar o receptor. 
d) emotiva, cuja subjetividade do emissor é evidente. 
e) metalinguística, em que o código linguístico é o destaque. 
 
 
 
 
 
Questão 35 
O excerto contextualiza a questão. Leia-o atentamente. 
 
Fundo do mar, em algum ponto do planeta. Na luminosidade difusa, 
partículas mínimas – fragmentos de plantas, micro- organismos, 
grãos erguidos do chão arenoso – dançam nas águas uma dança a 
que ninguém assiste. Tudo é silêncio e quietude no fundo do mar, 
esse mar eterno. 
 
A função comunicativa desse excerto de texto é: 
a) Instruir ações que levem o leitor ao encontro da tranquilidade. 
49
 
b) Expor o conceito de “silêncio”, comparando-o com o “fundo do 
mar”. 
c) Argumentar a favorda paz que se pode encontrar apenas no fundo 
do mar. 
d) Descrever uma cena, para que o leitor possa criar uma imagem 
mental dela 
 
Questão 36 
Analise a frase abaixo. 
 
A garota ralou o joelho no asfalto no momento em que caiu. 
 
A frase acima apresenta linguagem 
a) conotativa. 
b) subjetiva. 
c) figurada. 
d) poética. 
e) denotativa. 
 
Questão 37 
A função referencial, também chamada de função denotativa, tem 
como principal objetivo transmitir uma informação, ou seja, 
informar sobre um determinado assunto. Sendo assim, são 
características da função referencial, EXCETO: 
a) apresenta a opinião do emissor. 
b) utiliza orações estruturadas na ordem direta. 
c) evita elementos subjetivos e emotivos. 
d) informa sobre a realidade, tendo como base fatos e dados 
concretos. 
e) transmite uma informação de forma clara, objetiva e direta. 
 
Questão 38 
O estudo das funções da linguagem depende de seus fatores 
principais. Destacamos cada um deles em particular: 
-emissor - quem fala ou transmite uma mensagem a alguém; 
-receptor - (ou interlocutor) - quem recebe a mensagem; 
-mensagem - a informação ou o texto transmitido pelo emissor; 
-código - o sistema de sinais que permite a compreensão da 
mensagem; 
-referente - o contexto ou o assunto da mensagem. 
Partindo desses elementos, o linguista russo Roman Jakobson 
elaborou seus estudos acerca das funções da linguagem para a 
análise e produção de textos. Em todo processo de comunicação, a 
linguagem é expressa de acordo com a função que se deseja 
enfatizar. No momento em que se estabelece uma comunicação 
verbal, um dos elementos apresentados prevalece e determina uma 
das funções. 
A partir dessa concepção, qual das funções é caracterizada pelo uso 
da linguagem que se refere a ela mesma, isto é, o emissor explica um 
código utilizando o próprio código? 
a) Metalínguistica. 
b) Referencial. 
c) Fática. 
d) Emotiva. 
e) Poética. 
Questão 39 
Dentro dos estudos da comunicação, temos as Funções da 
Linguagem. Sabendo que cada função se relaciona com um elemento 
da comunicação, analise as afirmativas, atribuindo (V) para 
verdadeira e (F) para falsa: 
( ) A função metalinguística está centrada no emissor da mensagem. 
( ) Na função poética, o enunciado tem o foco na mensagem. 
( ) A função emotiva busca manter o canal de comunicação ativo. 
( ) Na função fática, o código é o centro do enunciado. 
A ordem CORRETA, de cima para baixo, é: 
a) V - F - V - F. 
b) V - V - F - V. 
c) F - F - V - F. 
d) F - F - V - V. 
e) F - V - F - F. 
 
Questão 40 
 
Essa charge cumpre uma função social de natureza 
a) publicitária. 
b) educativa. 
c) humorística. 
d) comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
A C B A C C C A C C B 
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 
E D E C C B E A C C D 
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 
E D C B B C E B A A B 
34 35 36 37 38 39 40 
C D E A A E B 
 
 
 
50
A LINGUAGEM FIGURADA
FIGURAS E VÍCIOS DE
LINGUAGEM
51
FIGURAS DE LINGUAGEM
Chama-se figura de linguagem ao recurso de expressão que
consiste no emprego da linguagem de maneira diferente da usual,
seja no que diz respeito ao sentido, à posição ou à combinação das
palavras. Por exemplo, na frase O menino não tem um teto para
abrigar-se, a palavra teto refere-se a casa; trata-se de uma figura de
linguagem chamada metonímia, que representa o todo (casa) pela
parte (teto).
Há três tipos de figuras de linguagem: figuras de palavras ou
tropos, figuras de pensamento e figuras de construção, também
chamadas de figuras de sintaxe. Vejamos o emprego de cada uma.
Figuras de palavras ou tropos
As figuras de palavras (ou tropos) consistem na mudança do
sentido real das palavras para seu sentido figurado. São figuras de
palavras: a comparação, a metáfora, a catacrese, a metonímia
ou sinédoque, a perífrase ou antonomásia e a sinestesia.
Comparação
Consiste na comparação entre dois elementos por meio de suas
características comuns. Normalmente, a comparação é estabelecida
por uma conjunção comparativa (como, tal qual, assim como, etc.):
Metáfora
Consiste no emprego de uma palavra fora de seu sentido próprio,
tendo como base uma comparação subentendida, já que a
conjunção comparativa não aparece claramente:
Catacrese
É a utilização de um termo fora de seu sentido próprio por não
haver uma palavra apropriada para expressar o que se pretende. É,
na verdade, uma metáfora de uso corrente:
Havia comentários interessantes na orelha do livro.
Os pés da mesa não suportaram o peso das caixas.
Alguns viajantes descansavam próximo ao leito do rio.
Concluídas as negociações, a comitiva embarcou no avião.
Metonímia ou sinédoque
Consiste na substituição de um termo por outro com o qual mantém
uma estreita relação de significado (o continente pelo conteúdo, o
que está fora pelo que está dentro, a parte pelo todo ou o todo pela
parte):
Perífrase ou antonomásia
É o emprego de uma expressão que identifica coisa ou pessoa,
salientando suas qualidades ou um fato notável pelo qual ela é
conhecida:
O país do futebol acredita em seus filhos. (Brasil)
A dama do teatro brasileiro foi indicada para o Oscar. (Fernanda
Montenegro)
Quincas Borba é uma das obras-primas do Bruxo do Cosme
Velho. (Machado de Assis)
Sinestesia
Consiste na mistura de sensações que produzem forte sugestão:
O vento frio e cortante balançava os trigais dourados e macios que
se estendiam pelo campo. (tato + visão + tato)
Figuras de pensamento
As figuras de pensamento caracterizam-se por apresentar ideias
diferentes daquelas que normalmente a palavra ou expressão
sugere na frase. As principais figuras de pensamento são a
antítese, o eufemismo, a ironia, a hipérbole, a prosopopeia,
personificação ou animização, a gradação, a apóstrofe e o
paradoxo ou oxímoro.
Antítese
Consiste no emprego de palavras ou expressões de sentidos opostos
para caracterizar um mesmo elemento, que acabam por realçar o
contraste de significados.
Observe estes exemplos:
Escrevo porque amanhece, e as estrelas lá no céu lembram letras
no papel, quando o poema me anoitece.
LEMINSKI, Paulo. Os melhores poemas. São Paulo: Global, 1997
De vós me aparto, ó vida! Em tal mudança! Sinto vivo da morte o
sentimento. [...] Oh! Como se me alonga, de ano em ano, a
peregrinação casada minha! Como se encurta, e como ao fim
caminha.
CAMÕES, Luís de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Aguilar,
1989.
Não desejei senão estar ao sol ou à chuva – Sentir calor e frio e
vento, E não ir mais longe.
PESSOA, Fernando. Os melhores poemas. São Paulo: Global,
1994.
52
Eufemismo
Consiste na suavização da linguagem, evitando-se o emprego de
palavras ou expressões consideradas desagradáveis por quem
enuncia o discurso:
Ironia
Consiste em se dizer o contrário do que se pensa, normalmente
com intenção sarcástica:
Hipérbole
Caracteriza-se pelo exagero da linguagem, a fim de intensificar
uma ideia.
Prosopopeia, personificação ou animização
Consiste na atribuição de características humanas a seres
inanimados ou irracionais:
Gradação
Consiste em organizar uma sequência de ideias em sentido
crescente ou decrescente:
Apóstrofe
É a invocação ou chamamento de alguém ou de alguma coisa.
Corresponde estilisticamente ao vocativo.
Ai Nise amada! Se este meu tormento, Se estes meus sentidíssimos
gemidos.
COSTA, Cláudio Manuel da. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1997.
Senhor, escutai meu estrondoso medo.
PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.
Alegres campos, verdes arvoredos, claras e frescas águas de
cristal, que em vós os debuxais ao natural.
CAMÕES, Luís de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1989
Paradoxo ou oxímoro
Trata-se de uma antítese com maior intensidade no contraste de
ideias, e que mais reúne (ou associa) do que opõe as ideias
contrastantes:
Amor é um fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se
sente;
CAMÕES, Luís de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Aguilar,
1989.
Figuras de construçãoou de sintaxe
As figuras de construção ou de sintaxe caracterizam-se por
apresentar determinadas mudanças na estrutura comum das
orações.
São figuras de construção: a anástrofe, o hipérbato, a elipse, o
zeugma, o pleonasmo, o polissíndeto, o assíndeto, o anacoluto, a
anáfora, a aliteração e a silepse.
Anástrofe
É a inversão da ordem normal dos termos da oração. Trata-se,
normalmente, de uma inversão simples do sujeito e do predicado:
Hipérbato
Trata-se de uma inversão mais complexa do que a anástrofe,
porque a alteração na ordem dos termos da oração é mais
acentuada:
53
Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua
pastora,
CAMÕES, Luís de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Aguilar,
1989.
Ordem direta: o triste pastor vendo que a sua pastora lhe fora
negada assi com enganos.
De repente estala-me sobre os ouvidos
Como um clarim a meu lado, o velho grito, mas agora irado,
metálico.
PESSOA, Fernando. Os melhores poemas. São Paulo: Global,
1994.
Ordem direta: o velho grito estala-me sobre os ouvidos, de
repente, como um clarim a meu lado, mas agora irado, metálico.
Elipse
É a omissão de uma ou mais palavras, sem que se comprometa o
sentido da frase:
Mas o tempo é firme. O boi é só.
No campo imenso [vê-se] a torre de petróleo.
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973.
Em frente do meu leito, em negro quadro A minha amante dorme.
[Ela] É uma estampa De bela adormecida.
ÁLVARES DE AZEVEDO. Antologia poética. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1996.
Zeugma
É a omissão de uma ou mais palavras já expressas anteriormente na
frase:
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte [é] estranheza
e solidão.
FERREIRA GULLAR. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1989.
Há um retrato na parede [há] um espinho no coração, [há] uma
fruta sobre o piano e [há] um vento marítimo com cheiro de peixe,
tristeza, viagens...
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973.
Pleonasmo
Consiste na repetição de um termo, para realçar seu sentido:
nas tardes da fazenda há muito azul demais.
MORAES, Vinicius de. Antologia poética. São Paulo: Companhia
das Letras, 1992.
A mim me enerva o ardor com que ela vibra.
A flor que atiraste agora,
quisera trazê-la ao peito;
MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1972.
Atenção
• Conforme veremos adiante, há casos em que a repetição
desnecessária cria um pleonasmo vicioso, caracterizando um vício
de linguagem:
O elevador subiu para cima com excesso de pessoas. Os alunos
entraram para dentro da sala rapidamente.
Polissíndeto
Consiste na repetição de um conectivo (geralmente a conjunção
coordenativa aditiva e) entre termos ou orações:
E a névoa e flores e o doce ar cheiroso
Do amanhecer na serra,
E o céu azul e o manto nebuloso
Do céu de minha terra.
ÁLVARES DE AZEVEDO. Poesias completas. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1996.
Assíndeto
Consiste na ausência de conectivo entre termos ou orações:
Erguem os colos, [e] voltam as cabeças:
Param o ledo canto:
Move-se o tronco, [e] o vento se suspende.
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2000.
Anacoluto
Consiste na modificação da estrutura regular de uma oração, em
que se introduz uma palavra ou expressão que fica solta, sem
ligação sintática com os outros termos dessa oração:
Essas criadas de hoje, não se pode confiar nelas.
MACHADO, Aníbal. A morte da porta-estandarte e outras
histórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.
Eu, não me importa a desonra do mundo.
CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de perdição. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1989.
Anáfora
Consiste na repetição de uma ou mais palavras para dar ênfase a
uma ideia. É muito usada em poesia:
Nem um minuto se passa,
Nem um inseto esvoaça,
Nem uma brisa perpassa
Sem uma lembrança aqui
FAGUNDES VARELA. Poemas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1988.
Meu Deus, me dá cinco anos.
Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
Me dá um Natal e sua véspera.
PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.
Aliteração
Consiste na repetição de um mesmo fonema para realçar
determinado som ou dar ritmo à oração ou verso:
Sino de Belém, pelos que inda vêm!
Sino de Belém bate bem-bem-bem-bem.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:
Aguilar, 1974.
Vozes veladas, veludosas vozes, volúpias dos violões, vozes
veladas, vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs,
vulcanizadas.
CRUZ E SOUZA. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro,
1982
Silepse
Consiste na concordância feita com um termo que está
subentendido, e não com o termo que aparece claro na oração.
Como já vimos no capítulo 24, há três tipos de silepse: de gênero,
número e pessoa.
54
VÍCIOS DE LINGUAGEM
O emprego incorreto de certas palavras ou expressões, de maneira
que provoque interpretações sem sentido, erros gramaticais ou sons
desagradáveis, é chamado de vício de linguagem.
São considerados vícios de linguagem: a ambiguidade ou
anfibologia, a cacofonia ou cacófato, o barbarismo, o
estrangeirismo, o pleonasmo vicioso, o arcaísmo, a colisão, o
solecismo, o eco, o hiato e o preciosismo ou rebuscamento.
Ambiguidade ou anfibologia
Falta de clareza que acarreta duplo sentido:
Luciana e Carlos foram à festa e levaram sua irmã. Irmã de
Luciana ou de Carlos?
Venceu o Atlético o São Paulo. Quem venceu, o Atlético ou o São
Paulo?
Cacofonia ou cacófato
União de duas palavras, formando uma terceira de sentido
inconveniente:
A irmã de Virgínia não era como ela.
Deu vinte reais por cada CD.
Mande-me já a procuração assinada.
A boca dela abriu-se num grito angustiante.
Barbarismo
Pronúncia e/ou grafia incorretas de uma palavra ou expressão:
• “pégada”, em vez de pegada;
• “cidadões”, em vez de cidadãos;
• “proporam”, em lugar de propuseram;
• “rúbrica”, em vez de rubrica;
• “circuíto”, em vez de circuito;
• “húmido”, em lugar de úmido;
• “casa germinada”, em lugar de casa geminada.
Estrangeirismo
Palavra ou expressão estrangeira empregada no lugar de um termo
correspondente na língua portuguesa. De acordo com a origem, o
estrangeirismo pode ser classificado em: galicismo ou francesismo
(do francês), anglicismo (do inglês), castelhanismo (do espanhol) e
italianismo (do italiano).
Ele não conhece seu métier. (francesismo)
A empresa contratou um novo gerente de marketing. (anglicismo)
Mudou o consultório para o segundo piso do prédio.
(castelhanismo)
Fez tamanho imbroglio que ninguém entendeu o que dizia.
(italianismo)
Muitas palavras estrangeiras já foram aportuguesadas e
incorporadas à nossa língua:
menu (cardápio) buquê (ramalhete)
chofer (motorista) drinque (bebida)
biquíni (roupa de banho) bibelô (objeto de decoração)
coquetel (bebida ou pequena
reunião)
lanche (merenda)
Pleonasmo vicioso
Repetição desnecessária de um termo ou expressão:
entrar para dentro sair para fora
subir para cima levantar para cima
grande maioria o vento matinal da manhã
Arcaísmo
Palavra ou expressão já ultrapassada:
• “frecha”, em lugar de flecha;
• “fremosa”, em lugar de formosa;
• “vosmecê”, em lugar de você.
Colisão
Efeito sonoro desagradável, criado pela repetição de fonemas
consonantais idênticos:
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
O que se sabe sobre seus sonhos só nos surpreende.
Solecismo
Erro de sintaxe, seja de concordância, de regência ou de colocação:
Recebe-se formulários de imposto de renda. (recebem-se)
A viagem dependia que ainda houvesse passagens. (dependia de
que)
O contrato implica em uma multa, se for desfeito. (implica uma
multa)
Necessitam-se de bons digitadores. (necessita-se)
Me traga o jornal de hoje. (traga-me)
Eco
Efeito desagradável provocado pela sequência de palavras com a
mesma terminação. É uma espécie de rima na prosa:
Seu andar e seu falar faziam-nos sonhar.
A aflição e a tensão durante a recepção causaram-lhe profunda
comoção.
Hiato
Efeito sonoro desagradável provocado pelo emprego de uma
sequência de vogais:
A plateia homenageia o cantor com faixas cheias de palavras
apaixonadas.
Preciosismo ou rebuscamento
Linguagem afetada, artificiale, muitas vezes, vazia de ideias:
Seu gesto altruísta e empreendedor ensombrece a existência dos
demais mortais, que o têm como a figura máxima de nossa
empresa, baluarte de nossas vitórias.
CADERNO DE QUESTÕES – FIGURAS DE LINGUAGEM
Questão 1 
“Mas ao limpar nossos armários e gavetas corre o risco de nos
deixar despidos.”
55
O trecho em destaque nesse período valeu-se da figura de
linguagem denominada
a) metáfora.
b) metonímia.
c) pleonasmo.
d) comparação.
e) ambiguidade.
Questão 2
Dentro da área de estilística, há o recurso linguístico das “figuras
de linguagem”, emprego de um termo com sentido
diverso/diferente do que é convencionalmente usado, a sua
finalidade é a de alcançar um efeito mais convincente na
comunicação.
 
Leia o excerto de Dom Casmurro (1997, p.57) e observe os termos
em destaque: “Como eu quisesse falar também para disfarçar o
meu estado, chamei algumas palavras cá de dentro, e elas acudiram
de pronto, mas de atropelo, e encheram-me a boca sem poder sair
nenhuma. O beijo de Capitu fechava-me os lábios.” Assinale a
alternativa correta em relação à figura de linguagem.
a) onomatopeia.
b) metáfora.
c) prosopopeia ou personificação.
d) anáfora.
e) sinestesia.
Questão 3
Fragmento 2 – Um bom roteiro para diagnosticarmos a crise ou os
acertos da escola (e do seu currículo) está na clareza de seu escopo
e de sua origem – dos sentidos das metáforas que a constroem.
 
Em relação a figuras de linguagem, avalie os conceitos de
metáfora, de metonímia e de sinédoque, levando em conta o que
Platão e Fiorin trazem em sua obra “Lições de texto: leitura e
redação”:
 
I. Metáfora é, pois, a alteração do sentido de uma palavra, pelo
acréscimo de um significado segundo, quando entre o sentido de
base e o acrescentado há uma relação de semelhança, de
intersecção, isto é, quando eles apresentam traços semânticos
comuns.
II. Metonímia é, pois, a alteração do sentido de uma palavra ou de
uma expressão pelo acréscimo de um significado segundo a um
significado primeiro, quando entre ambos existe uma relação de
contiguidade, de inclusão, de implicação, de interdependência, de
coexistência.
III. Sinédoque é um tipo de metonímia: ocorre quando se usa a
parte para designar o todo ou vice-versa.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Questão 4
Assinale a frase que se estrutura a partir de uma antítese entre seus
componentes.
a) A agricultura planta e os bancos colhem.
b) Quanto mais eu trabalho, mais sorte eu tenho.
c) Trabalho é para as pessoas que não sabem pescar.
d) Todo homem trabalhador tem sempre uma oportunidade.
e) A gente ganha pouco, mas se diverte.
Questão 5
Para responder a questão, leia o trecho do poema de Manuel
Bandeira.
 
Há que tempo que não te vejo!
Não foi por querer, não pude,
Nesse ponto a vida me foi madrasta,
Recife.
 
Mas não houve dia em que te não sentisse dentro de mim:
Nos ossos, nos olhos, nos ouvidos, no sangue, na carne,
Recife.
 
Não como és hoje,
Mas como eras na minha infância,
Quando as crianças brincavam no meio da rua
(Não havia ainda automóveis)
E os adultos conversavam de cadeira nas calçadas
(Continuavas província, Recife)
 
Ao evocar Recife, o poeta recorre sobretudo à seguinte figura de
linguagem:
a) pleonasmo.
b) antítese.
c) ironia.
d) personificação.
e) eufemismo.
Questão 6
Considerados como termos que se referem a ideias
distintas/opostas no texto, os pares de palavras calor x frio e verão
x inverno são exemplos do uso figurativo da linguagem conhecido
como:
a) Hipérbole.
b) Antítese.
c) Antonomásia.
d) Oxímoro.
Questão 7
Leia estes versos da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, e
responda à questão.
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
 
No último verso, o verbo ficou implícito, caracterizando a presença
da seguinte figura de linguagem:
a) anáfora.
b) zeugma.
c) elipse.
d) polissíndeto.
e) metonímia.
56
Questão 8
Na tirinha acima, a expressão “morrendo de inveja” é classificada
como:
a) uma hipérbole.
b) uma perífrase.
c) uma catacrese.
d) um eufemismo.
e) uma metonímia.
Questão 9 
Em todas as opções abaixo há a presença de comparações ou
metáforas; o motivo de tais comparações só está adequadamente
identificado em:
a) O prazer é o deus do mundo / o prazer estar em todos os lugares;
b) Sexo e morte são as molas das emoções humanas / as molas
podem promover muita ou pouca propulsão;
c) Todo homem é um herói para alguém / que serve de apoio nos
problemas;
d) A imaginação é a louca da casa / a imaginação vista como
oposta à razão;
e) A fama, o crédito e a honra são como nuvens no céu / distantes
do ser humano.
Questão 10
 Talvez a figura de linguagem mais conhecida de todos os leitores
seja a metáfora ou comparação; a opção abaixo em que a
comparação realizada é acompanhada de sua explicação, é:
a) A página aberta da vida é bela; porém mais bela é a página ainda
fechada;
b) Não sei como é a alma de um criminoso, mas a alma do homem
honesto, do homem bom, é um inferno;
c) A protelação é como um cartão de crédito: é muito divertido até
você receber a conta;
d) País que desvaloriza o dólar é como se roubasse a casa do
vizinho;
e) A burocracia é a reação à falta de paixão.
Questão 11
Sofismo ou sofisma significa um pensamento ou retórica que
procura induzir ao erro, apresentada com aparente lógica e sentido,
mas com fundamentos contraditórios e com a intenção de enganar.
 
“"Quem não trabalha tem muito tempo livre. Se tempo é dinheiro,
quem não trabalha é rico."”
 
O sofismo acima adota qual tipo de procedimento:
a) Associação relativa.
b) Enumeração incorreta.
c) Correlação precisa.
d) Generalização indevida.
e) Relação positiva.
Questão 12
Na frase abaixo, ocorre a seguinte figura de linguagem:
 
"Lia muito Machado de Assis na época da faculdade."
 
a) metonimia.
b) metáfora.
c) perifrase.
d) eufemismo.
e) zeugma.
Questão 13
Uma das estratégias de diminuir o ser humano é usar para ele
vocábulos empregados somente ou também para coisas
(reificação); a frase abaixo em que foi empregado esse processo, é:
a) Apesar de craque, em alguns jogos Pelé parecia desligado;
b) Nem toda pessoa domina os nervos;
c) Os professores não perdem a paciência facilmente;
d) Havia grande quantidade de pessoas na festa;
e) Os artistas prometeram fazer um bom show.
Questão 14
57
O humor desse meme se baseia no uso do(a):
a) eufemismo.
b) hipérbole.
c) metáfora.
d) paradoxo.
e) metonímia.
Questão 15
Figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são
recursos especiais de que se vale quem fala ou escreve, para
comunicar à expressão mais força e colorido, segundo Cegalla.
Avalie as definições que seguem sobre figuras de linguagem:
I. Perífrase é uma expressão que designa os seres por meio de
algum de seus atributos ou de um fato que o celebrizou.
II. Sinestesia é a transferência de percepções da esfera de um
sentido para a de outro, do que resulta uma fusão de impressões
sensoriais de grande poder sugestivo.
III. Polissíndeto: ocorre esta figura quando efetuamos a
concordância não com os termos expressos, mas com a ideia a eles
associada em nossa mente.
 
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Questão 16 
Figuras de linguagem são recursos estilísticos utilizados na
linguagem oral e escrita que aumentam a expressividade da
mensagem.
 
Nesse sentido, analise a frase abaixo.
 
"As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo
lentamente." (Mário Quintana)
 
Qual figura de linguagem pode ser observada na frase?
a) Ironia.
b) Metonímia.
c) Metáfora.
d) Hipérbole.
e) Sinestesia.
Questão 17
Assinale a alternativa que contém a figura de linguagem presente
no texto abaixo.
 
Os oceanos poluídos pedem socorro
as algas marinhas gemem inconformadas
os peixes e os golfinhos se consolam
E o céu só olha, e nada pode fazer.
a) eufemismo
b) hipérbole
c) antítese
d) prosopopeia
Questão 18
Na expressão “o movimento pesado dos elefantes”, é possível
identificaruma figura estilística chamada de:
a) Anástrofe
b) Assíndeto
c) Elipse
d) Hipálage
e) Hipérbato
Questão 19
Assinale a alternativa em que ocorre metonímia.
a) A razão é a luz na escuridão.
b) Não foi possível embarcar no ônibus naquele ponto.
c) O rei das selvas ainda não foi extinto.
d) Aquele médico é um bisturi excepcional.
e) No doce caminho que percorri, ouvi cantarem os pássaros no
calor da manhã.
Questão 20
A liberdade como problema
 
A torneira seca
(mas pior: a falta de sede)
A luz apagada
(mas pior: o gosto
do escuro)
A porta fechada
(mas pior: a chave por dentro).
 
Em todos os versos desse poema, as duas figuras de linguagem que
predominam são
a) ironia e pleonasmo.
b) paradoxo e zeugma.
c) sinestesia e hipérbole.
d) elipse e onomatopeia.
e) polissíndeto e anáfora.
Questão 21
“Você não vai acreditar: comprei um Michelangelo”.
 
Na oração citada, podemos constatar a presença da seguinte figura
de linguagem:
a) Metáfora.
b) Catacrese.
c) Perífrase.
d) Metonímia.
e) Sinestesia
Questão 22
“Se alguém diz a você que está tomando uma decisão realista, você
logo entende que ele resolveu fazer alguma coisa ruim.”
 
Essa frase refere-se a uma figura de linguagem denominada
eufemismo, em que se apresenta uma coisa ruim por meio de
expressões mais brandas.
 
Assinale a frase em que ocorre um eufemismo.
a) “Nem toda obra publicada é uma boa leitura.”
b) “Tudo que existe tem uma boa razão para existir.”
c) “Meu time deixou de classificar-se para a final da
Libertadores.”
d) “O que é necessário jamais é ridículo.”
e) “Um homem com um relógio sabe que horas são.”
Questão 23
As opções a seguir apresentam frases que mostram uma visão
irônica da educação, à exceção de uma. Assinale-a.
a) “Cultura enriquece. Pergunte aos donos de escolas.”
b) “O estudo é a luz do mundo. Por isso, não estude, economize
energia.”
c) “Eu passei no meu curso de Ética. Eu colei, claro.”
d) “Se você não pode entender este texto, agradeça a seu
aprendizado.”
e) “Se você acha a educação cara, tente a ignorância.”
Questão 24
Assinale a opção que apresenta o provérbio que não mostra uma
comparação.
a) “Homem sem mulher é arvore sem frutos”
b) “Os homens são como tapetes; às vezes precisam ser
sacudidos.”
c) “Um sábio sem obra é o mesmo que uma nuvem sem chuva.”
d) “A sorte não é como a roupa que se veste e despe.”
e) “As pegadas na areia não são deixadas por quem fica sentado.”
58
Questão 25
Marque a alternativa que contém um exemplo da figura de
linguagem conhecida como ironia:
a) O aluno João Roberto não está mais entre nós.
b) Você vai acabar torrando neste sol.
c) Eu morro antes de voltar nesta espelunca.
d) Uau, que maravilha: fim de mês e o gás acaba!
Questão 26
Há duas figuras que se mostram muito próximas: a comparação ou
símile e a metáfora. Assinale a frase que mostra uma metáfora e
não uma comparação.
a) Amar em segredo é como ter asas e não poder voar.
b) A admiração é o amor congelado.
c) Saudade é tal qual um espinho cheirando a flor.
d) O casamento é o mesmo que uma tragédia em dois atos: civil e
religioso.
e) Charme é como o toque da borboleta em uma pétala de rosa.
Questão 27
Assinale a frase que mostra uma comparação.
a) Ter muitos amigos é o mesmo que não ter amigos.
b) Seja um bom vizinho e não me deixe sozinho. 
c) Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos,
amigo de um e inimigo de nenhum. 
d) As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por
acaso que elas permanecem.
e) O destino escolhe suas relações. Você escolhe seus amigos.
Questão 28 
Na frase “O doce som da sua voz me encantava.”, temos a figura
de linguagem:
a) antítese.
b) metáfora.
c) metonímia.
d) perífrase .
e) sinestesia.
Questão 29
Assinale a frase que mostra uma antítese, ou seja, uma oposição de
significado.
a) O inferno está cheio de boas intenções ou desejos.
b) Sou ateu, mas me comporto como se Deus existisse.
c) O homem é aquilo que ele acredita.
d) A bênção do pai consolida a casa dos filhos.
e) Tudo que pode ser dito, pode ser dito com clareza.
Questão 30
Todas as frases abaixo se iniciam por uma metáfora ou uma
comparação.
Assinale a única dessas frases em que está ausente uma explicação
para a metáfora.
a) “Tu és o arquiteto do teu próprio destino. Trabalha, espera e
ousa!”.
b) “Todo homem é uma divindade disfarçada, um deus que se faz
de tolo”.
c) “O casamento é uma grande instituição, mas eu não estou
preparada para as instituições”.
d) “O casamento é como uma praça sitiada: os que estão fora
querem entrar e os que estão dentro querem sair”.
e) “O ocioso é como um relógio sem os dois ponteiros: inútil se
caminha ou se está parado”.
Questão 31
Contribui para o efeito de humor da tirinha o recurso
a) à metonímia.
b) à antítese.
c) à personificação.
d) ao eufemismo.
e) ao pleonasmo.
Questão 32
Contribui também para o efeito de humor da tirinha o recurso à
seguinte figura de linguagem:
a) personificação.
b) eufemismo.
c) antítese.
d) pleonasmo.
e) hipérbole.
Questão 33 
“A liberdade, como a vida, só a merece quem deve conquistá-la a
cada dia!”
Essa frase exemplifica um caso de linguagem figurada que é
um(a):
a) pleonasmo, com a repetição da palavra “liberdade” por meio do
pronome pessoal em “a merece”;
b) hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já
que indica um exagero;
c) elipse do termo “liberdade” no segmento “só a merece quem
deve conquistá-la”;
d) ironia na comparação “como a vida”, igualando duas realidades
muito diferentes: a liberdade e a vida;
e) anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra
continuidade sintática na frase.
Questão 34
Em todas as opções abaixo há exemplos de metáforas.
Assinale a opção em que a metáfora se encontra explicitada.
a) O moço que não chorou é um selvagem, e o velho que não quer
rir é um tolo.
b) O suicídio é um roubo ao gênero humano.
c) Nossa morte é nossa boda com a eternidade.
d) O povo é como uma cera mole, tudo depende da mão que o
modele.
e) A verdadeira pátria do homem é a infância.
Questão 35
Em relação às figuras de linguagem, assinalar a alternativa que
apresenta o recurso utilizado na oração abaixo:
Felicidade é receber pouco e trabalhar muito.
a) Ironia.
b) Prosopopeia.
c) Eufemismo.
d) Sinestesia.
59
Questão 36
Leia:
Mamãe vestida de rendas/ Tocava piano no caos/ Uma noite abriu
as asas/ cansada de tanto som,/ Equilibrou-se no azul,/ De tonta não
mais olhou/ Para mim, para ninguém!/ Cai no álbum de
retratos. (Murilo Mendes)
 
Toda a linguagem poética dos versos acima retrata um fato posto
em relevo pela seguinte figura de linguagem:
a) antítese.
b) hipérbole.
c) eufemismo.
d) prosopopeia.
Questão 37
Assinale a alternativa que contém a mesma figura de linguagem
que se faz presente em: ... sábado era seu, mas ele queria que sua
mulher e seu filho estivessem em casa enquanto ele tomava o seu
sábado. (Clarice Lispector)
a) “a fazenda dormia num silêncio recluso, a casa estava de luto...”
(Raduan Nassar)
b) “Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e
canela.” (Jorge Amado)
c) “A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões
de mudez.” (Clarice Lispector)
d) “Nunca sei ao certo/ Se sou um menino de dúvidas/ Ou um
homem de fé/ Certezas o vento leva/ Só dúvidas permanecem de
pé” (Paulo Leminski)
Questão 38
Assinale a frase publicitária que se apoia em uma hipérbole
(linguagem figurada, expressão de exagero).
a) Um televisor para olhar e admirar!
b) Suco Brilhante; com toda a energia do sol!
c) Príncipe veste hoje o homem de amanhã!
d) Conhaque Tiradentes; o conhaque de Minas!
e) Renault®: o carro que é um avião!
Questão 39
“Na bolsa global, a todo ciclo de oba-oba corresponde um surto de
epa-epa.” Maria da Conceição Tavares
Considerando o contexto, as duas onomatopeias desse pensamento
têm os seguintes valores:
a) surpresa / alegria.
b) alegria / espanto.
c) espanto /comemoração.
d) comemoração / tristeza.
e) tristeza / surpresa.
Questão 40
Na imagem abaixo, identifica-se a presença da seguinte figura de
linguagem:
a) Hipérbato.
b) Eufemismo.
c) Elipse.d) Paradoxo.
e) Metáfora.
60
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
A C E A D B B A D C D
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
A A D C C D D D E D C
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33
E E D B A E D C C A A
34 35 36 37 38 39 40
D A C A B B E
61
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMÂNTICA E INTERAÇÃO 
(SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS) 
 
 
 
 
 
 62
 
 
Significação das Palavras 
 
 
A Semântica, área da Linguística que estuda o significado das 
línguas naturais, subdivide-se em vários tipos, de acordo com as 
variadas visões dos especialistas nessa área. Desta forma, há a 
semântica textual, formal, lexical, discursiva, cognitiva, dentre 
outras, ligadas por um ponto comum: em todas elas o objeto de 
estudo é o significado. 
 
Semântica Ciência empírica, descritiva, que tem por objeto o estudo 
da relação dos signos com aquilo que eles significam, numa língua 
dada, i.e., estudo das palavras no que respeita seus significados. 
 
A semântica interessa-se, portanto, pelo estudo das relações entre as 
expressões linguísticas e os conceitos mentais associados a elas, 
sendo importante ressaltar o grande impulso dado ao estudo da 
linguagem a partir do século XX. 
 
SINÔNIMO E ANTÔNIMO 
SINÔNIMO 
São palavras diversas na escrita, mas semelhantes ou idênticas na 
significação. Há autores que as dividem em “sinônimos perfeitos” e 
“sinônimos imperfeitos”. Não adotamos essa classificação porque a 
consideramos falha, uma vez que distinguir o que é “perfeito” do 
que é “imperfeito” em questões semânticas é assunto assaz 
controvertido. Observe alguns sinônimos: 
 
PALAVRA SINÔNIMO 
Olhar Ver 
Habitar Morar 
Cavalo Corcel 
Colóquio Diálogo 
Lábio Beiço 
Cara Rosto 
Bom Misericordioso 
Gritar Bradar 
Entender Compreender 
Mortal Letal 
Oposição Antítese 
Bonito Belo 
 
ANTÔNIMO 
São palavras que apresentam sentidos totalmente opostos. Observe 
alguns exemplos: 
 
PALAVRA ANTÔNIMO 
Bonito Feio 
Alegre Triste 
Ordem Anarquia 
Natural Artificial 
Simétrico Assimétrico 
Ignorância Sabedoria 
 
 
Homonímia e paronímia 
A homonímia se refere à capacidade das palavras serem 
homônimas (som igual, escrita igual, significado diferente), 
homófonas (som igual, escrita diferente, significado diferente) ou 
homógrafas (som diferente, escrita igual, significado diferente). 
 
Exemplos de palavras homônimas: 
• rio (curso de água) e rio (verbo rir); 
• caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar). 
 
Exemplos de palavras homófonas: 
• cem (100) e sem (indica falta) 
• senso (sentido) e censo (levantamento estatístico) 
Exemplos de palavras homógrafas: 
• colher (talher) e colher (apanhar); 
• acerto (correção) e acerto (verbo acertar); 
 
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de 
forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. 
 
Exemplos de palavras parônimas: 
• Comprimento (tamanho) e cumprimento (saudação); 
• Imigrar (entrar num novo país) e emigrar (sair do seu 
país). 
 
Polissemia e monossemia 
A polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar uma 
multiplicidade de significados, conforme o contexto frásico em que 
ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras 
apresentam apenas um significado. 
 
Exemplos de palavras polissêmicas: 
• Cabeça (parte do corpo humano e líder do grupo, com 
origem comum na palavra em latim capitia); 
• Letra (símbolo de escrita e documento substituto de 
dinheiro, com origem comum na palavra em latim littera). 
 
Exemplos de palavras monossêmicas: 
• Estetoscópio (instrumento médico); 
• Eneágono (polígono com nove ângulos). 
 
Denotação e conotação 
A denotação indica a capacidade das palavras apresentarem um 
sentido literal e objetivo. A conotação indica a capacidade das 
palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico. 
Exemplos de palavras com sentido denotativo: 
• O navio atracou no porto. 
• A anta é um mamífero. 
Exemplos de palavras com sentido conotativo: 
• Você é o meu porto. 
• Pense pela sua própria cabeça, sua anta! 
 
Hiperonímia e hiponímia 
A hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das palavras 
estabelecerem relações hierárquicas de significado. Um hiperônimo, 
palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um 
hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito. 
 
Fruta é hiperônimo de morango. 
 
Morango é hipônimo de fruta. 
 
Exemplos de hiperônimos: 
• ferramenta 
• ave 
 
Exemplo de hipônimos: 
• martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,... 
• papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,... 
 
Formas variantes 
As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que 
uma grafia correta, sem que haja alteração do seu significado. 
Exemplos de formas variantes: 
• abdome e abdômen; 
• bêbado e bêbedo; 
• embaralhar e baralhar; 
• enfarte e infarto; 
 
63
 
CADERNO DE QUESTÕES – SIGNIFICAÇÃO DAS 
PALAVRAS 
 
 
Questão 1 
Em “O risco do parlamentar ser detido e cassado é iminente”, as 
palavras sublinhadas podem ser substituídas, sem que haja perda de 
sentido, respectivamente, por 
a) propínquo, urgente. 
b) extinto, acentuado. 
c) cancelado, impendente. 
d) anulado, proeminente. 
 
Questão 2 
Leia a seguinte frase de um economista: 
 
“Preço” e “valor” significam a mesma coisa, mas “não tem preço” e 
“não tem valor” são antônimos. 
 
O pensamento abaixo que mostra uma estruturação apoiada em 
antônimos, é: 
a) A dor é uma advertência, assim como os pequenos prejuízos nos 
negócios nos ensinam a ser prudentes; 
b) Não se acomode com a maré mansa, uma grande onda pode estar 
se preparando; 
c) Acelerar demais a economia acaba levando a uma derrapagem 
perigosa; 
d) O comércio internacional não é um jogo de damas, é um jogo de 
interesses; 
e) A concorrência é uma prática dolorosa, mas produz ótimos 
resultados. 
 
Questão 3 
Assinale a alternativa que NÃO apresenta um sinônimo para a 
palavra “exame”: 
a) arguição. 
b) estudo. 
c) análise. 
d) inquirição. 
e) verborreia. 
 
Questão 4 
Texto 
 
Soneto de separação 
 
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. 
 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama. 
 
De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 
 
Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente. 
 
Do ponto de vista semântico, o autor utiliza, no decorrer do texto, 
um importante jogo de linguagem que encerra um paradoxo no 
poema. Esse efeito é marcado pela predominância do recurso de 
linguagem chamado de 
a) ambiguidade. 
b) homonímia. 
c) polissemia. 
d) antonímia. 
e) sinonímia. 
 
Questão 5 
 
As palavras “muito” e “pouco”, retiradas da tirinha, podem ser 
classificadas como: 
a) sinônimos. 
b) homônimos. 
c) homógrafos. 
d) impróprias. 
e) antônimos. 
 
Questão 6 
Em “O texto do aluno era muito prolixo, por isso não foi escolhido.”, 
o termo sublinhado apresenta como antônimo: 
a) Grandioso. 
b) Mal feito. 
c) Conciso. 
d) Admirável. 
 
Questão 7 
Complete as frases com a grafia correta das palavras e, em seguida, 
indique a opção CERTA. 
O da empresa não quis prestar esclarecimentos sobre a 
situação. 
É preciso correr! O perigo é . 
Não há motivo para corrigir o que foi dito, por isso tudo o que 
já falei sobre o assunto. 
 
a) diligente - eminente - ratifico 
b) dirigente - iminente - ratifico 
c) dirigente - eminente - retifico 
64
 
d) diligente - iminente - retifico 
 
Questão 8 
Um dos problemas mais comuns da escrita é a troca entre parônimos. 
 
Assinalea opção em que isso ocorre com a palavra sublinhada. 
a) A sobremesa estava boa, mas a calda poderia estar um pouco 
menos doce. 
b) Os deputados, reunidos extraordinariamente na Câmara, 
decidiram não apreciar o projeto. 
c) Todos os recrutas fizeram a marcha em movimento acelerado. 
d) O Prefeito decidiu deferir a solicitação dos moradores. 
e) Naquela conjetura socialmente problemática, o melhor era evitar 
o combate. 
 
Questão 9 
Conforme preconiza Cegalla, avalie as afirmações que seguem sobre 
a significação das palavras: 
 
I. Sinônimos são palavras de sentido igual ou aproximado. Embora 
irmanados pelo sentido comum, os sinônimos diferenciam-se, 
entretanto, uns dos outros, por matizes de significação e certas 
propriedades que o escritor não pode desconhecer. 
II. Homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes 
a mesma grafia, mas significação diferente. 
III. Parônimos são palavras parecidas na escrita e na pronúncia. 
 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas I e III. 
e) I, II e III. 
 
Questão 10 
Assinalar a frase em que a palavra homônima sublinhada está 
empregada de forma INCORRETA: 
a) O prefeito dirigiu os cumprimentos aos familiares das vítimas. 
b) Conforme esperado, delatou o empregador. 
c) Com cuidado, guardou todos os alimentos na dispensa da 
cozinha. 
d) O juiz absolveu o réu. 
 
Questão 11 
O Estado tem por obrigação coibir o de entorpecentes. 
Outra medida muito discutível seria a da maconha como 
medida de combate aos entorpecentes. Atualmente, a maioria 
dos policiais são de usuários com pequenas quantias de 
drogas. 
 
Complete as lacunas corretamente do ponto de vista ortográfico: 
a) tráfego – descriminalização – fragrantes 
b) tráfico – discriminalização – fragrantes 
c) tráfico – descriminalização – flagrantes 
d) tráfego – descriminalização – flagrantes 
e) tráfico – discriminalização – flagrantes 
 
Questão 12 
Quanto ao emprego da palavra homônima sublinhada em cada frase, 
analisar os itens abaixo: 
I. Aquela sessão de cinema passou o filme do BTS. 
II. A taxa de impostos aumentou nos últimos anos. 
III. A atleta ficou em cesto lugar na competição. 
IV. A criança estava sozinha em casa e acendeu o fogo. 
 
Está(ão) CORRETO(S): 
a) Somente um item. 
b) Somente dois itens. 
c) Somente três itens. 
d) Todos os itens. 
 
Questão 13 
Assinale a frase em que houve confusão entre parônimos ou 
homônimos, provocando o aparecimento de uma inadequação 
vocabular. 
a) A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender / apreender. 
b) A melhor hora de consertar o telhado é quando o tempo está bom 
/ concertar. 
c) O taxista nunca deixa de aferir o taxímetro / auferir. 
d) O artista fez a sessão de seus direitos autorais / cessão. 
e) É necessário prover a despensa com mantimentos / prever. 
 
Questão 14 
Em todas as frases abaixo há uma antítese. Aquela frase em que as 
palavras em antítese estão, respectivamente, no sentido lógico e no 
sentido figurado, é: 
a) Um homem cheio de si é sempre vazio; 
b) Provar que eu estou certo seria admitir que eu poderia estar 
errado; 
c) Encontrar defeito é fácil, mas fazer melhor pode ser difícil; 
d) As pessoas não são contra você; são apenas a favor delas; 
e) O marido saiu de casa para entrar numa nova relação. 
 
Questão 15 
Considere a alternativa onde há uso de linguagem conotativa: 
a) O casal trocou beijos apaixonados. 
b) Assistiu ao show ao lado da esposa. 
c) Abra sua conta na agência do centro da cidade. 
d) A cantora é sinônimo de romantismo no ar. 
e) A professora estava muito bem acompanhada. 
 
Questão 16 
Leia o poema para responder à questão. 
 
naquela época 
ainda não era possível ligar e desligar 
pessoas 
e você era obrigado a 
conversar pessoalmente 
brigar pessoalmente 
amar pessoalmente 
mentir pessoalmente 
e demitir pessoas pessoalmente 
a vida era muito mais difícil 
e bela 
Há expressão empregada em sentido figurado nos versos: 
a) ainda não era possível ligar e desligar/ pessoas 
b) e você era obrigado a/ conversar pessoalmente 
c) amar pessoalmente/ mentir pessoalmente 
d) a vida era muito mais difícil/ e bela 
 
Questão 17 
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. 
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam 
a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. 
Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros 
engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque 
a essência dos pássaros é o voo. 
 
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas 
amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem 
para voar. Ensinar o voo; isso elas não podem fazer, porque o voo já 
65
 
nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser 
encorajado. 
Sobre o fragmento de texto abaixo: 
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.” 
É CORRETO afirmar que nele 
a) existe uma linguagem conotativa. 
b) existe uma linguagem denotativa. 
c) gaiolas simbolizam liberdade. 
d) asas representam aprisionamento. 
e) tanto gaiolas como asas oportunizam aos pássaros liberdade de 
agir. 
 
Questão 18 
Sobre Denotação e Conotação, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Essa criança fala pelos cotovelos – trata-se de um texto 
denotativo. 
b) A mochila de Thiago é bastante velha – esse texto se utiliza de 
linguagem conotativa. 
c) Luciana é fera em vôlei – esse texto se utiliza de linguagem 
conotativa. 
d) Aquele computador é referência em tecnologia – trata-se de um 
texto conotativo. 
e) Buscava sempre se apoiar no braço do sofá – esse texto se utiliza 
de linguagem denotativa. 
 
Questão 19 
Leia o trecho abaixo: 
Uma pessoa pode ter uma infância triste e mesmo assim chegar a ser 
muito feliz na maturidade... Da mesma forma pode nascer num berço 
de ouro e sentir-se enjaulada pelo resto da vida. (Charles Chaplin) 
 
Sobre esse trecho, Chaplin se utilizou, em algum momento, de uma 
linguagem conotativa. Assinale a alternativa que apresenta um termo 
que indica conotação. 
a) Infância. 
b) Maturidade. 
c) Berço. 
d) Enjaulada. 
e) Resto. 
 
Questão 20 
Assinale a frase que está integralmente construída com linguagem 
lógica. 
a) A verdadeira dimensão de um homem vem do modo como ele 
trata quem não pode fazer nada por ele. 
b) A vida é um eco. Se você não gosta do que está recebendo, 
observe o que está emitindo. 
c) Em boca fechada não entra mosca. 
d) O silêncio é um texto fácil de ser lido errado. 
e) Num mundo culto temos uma conduta florida, e num mundo 
inculto temos discursos floridos. 
 
Questão 21 
O processo criativo 
“A capacidade criadora do ser humano depende não apenas de 
condições inatas do indivíduo, como também de sua inteligência, 
suas experiências e conhecimentos anteriores acumulados, sem 
esquecer o ambiente sociocultural em que vive. 
 
Para que ele possa produzir criativamente, é indispensável o auxílio 
de dados existentes em sua memória, dados estes que servirão de 
alimento à imaginação criadora. Esta os reconstrói, recompõe e 
reorganiza pela crítica e pela análise, fazendo sínteses que se 
manifestam nas “invenções”, ou “criações”. 
 
O espírito humano tem capacidade de reviver imagens 
armazenadas, associá-las e combiná-las para chegar a determinados 
objetivos, como no caso da produção publicitária inventiva. 
 
A invenção resulta também de mecanismos de associação. O 
espírito humano não cria elementos do nada, mas vale-se de 
experiências anteriores e, a partir delas, inova-as”. 
 
Assinale a alternativa correta. Em “...dados estes que servirão 
de alimento à imaginação criadora”, a palavra sublinhada pode ser 
substituída por: 
a) subsistência, comida. 
b) estímulo, prato. 
c) fomento,estímulo. 
d) mantimento, iguaria. 
 
Questão 22 
Assinale a frase que se estrutura integralmente em linguagem lógica. 
a) Você só consegue explicar aquilo que entendeu. 
b) Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral. 
c) Uma ideia que não se põe em prática é um sonho. 
d) Criar é matar a morte. 
e) Ideias são como crianças: as nossas são sempre maravilhosas. 
 
Questão 23 
“A segurança pública, de forma conceitual, é uma atividade que deve 
ser prestada pelos órgãos estatais e pela comunidade como um todo 
que visa proteger a cidadania, de forma a prevenir e controlar atos 
de criminalidade. Sendo que essa prestação efetiva garante o 
exercício pleno da cidadania nos limites da lei. Dada a importância 
constitucional desse serviço é que se conclui que o mesmo não pode 
ser executado de qualquer forma e sim de modo satisfatório, pois, 
quando não o é, a sociedade fica sujeita a diversos tipos de violência 
em diversas proporções, em que bens jurídicos como o patrimônio e 
a vida são gravemente violados. Por conseguinte, instituindo-se um 
caos de agressividade.” 
 
Assinale a frase opinativa sobre o texto que está construída com 
sentido figurado. 
a) O texto é claro como água. 
b) O texto mostra opiniões seguras. 
c) O texto é curto, mas preciso. 
d) O texto traz informações de valor. 
 
Questão 24 
Analise a frase a seguir. 
“O conceito ‘bom’ tem muitos significados. Por exemplo, se um 
homem acertasse sua avó a uma boa distância, ele seria um bom 
atirador, mas não necessariamente um bom homem.” 
 
Assinale a opção que apresenta uma característica da linguagem 
dessa frase. 
a) a polissemia. 
b) a ambiguidade. 
c) a redundância. 
d) o paralelismo. 
e) a expressividade. 
 
Questão 25 
Com relação à semântica da palavra "xadrez" nos diferentes 
contextos, assinale a opção CORRETA. 
 
I - "O xadrez é um jogo de tabuleiro, sendo também considerado 
como esporte. É disputado entre dois jogadores, utilizando-se de um 
tabuleiro e 16 peças, sendo representadas por peões, torres, cavalos, 
bispos, um rei e uma rainha." 
II - "A roupa xadrez é essencial em qualquer guarda-roupa." 
66
 
III - "Estava preso no xadrez / Quando ouvi a notícia / Que a minha 
sentença / Era um ano e seis meses" 
 
a) No item I a palavra "xadrez" poderia ser interpretada de mais de 
uma maneira, o que torna a frase estruturalmente ambígua. 
b) Constitui um caso de sinonímia, por possuir sentidos 
aproximados. 
c) Apresenta vários sentidos, constituindo, assim, um caso de 
polissemia. 
d) É um caso de antonímia, pois apresenta sentidos contrários entre 
si. 
 
Questão 26 
 
O efeito de sentido da charge é provocado pelo uso da palavra 
“rede”, que representa um(a): 
a) antítese por aproximar ideias opostas da palavra “rede” - mundo 
real pobre x mundo virtual rico. 
b) eufemismo por suavizar a expressão de uma ideia desagradável 
por outra mais agradável. 
c) ironia por apresentar um sentido oposto do significado literal da 
palavra com objetivo crítico. 
d) polissemia por apresentar significados diferentes da palavra 
“rede” conforme o contexto. 
e) antonímia por exprimir a ideia contrária de “rede de internet” com 
“rede de descanso”. 
 
Questão 27 
A frase em que os termos destacados podem ser compreendidos com 
um só significado, sem possibilidade de polissemia ou ambiguidade, 
é: 
a) Estes dois livros custaram vinte reais; 
b) Marcos é como um filho meu; 
c) Anunciaram a criação do novo ministério; 
d) A viagem para a Europa é muito cara; 
e) Fátima cuida hoje ainda de sua mãe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 28 
 
 
A tirinha em questão apresenta um recurso de linguagem que 
ocasiona o humor no texto. 
 
Assinale a alternativa que indica corretamente qual é esse recurso. 
a) Polissemia. 
b) Comparação. 
c) Inferência. 
d) Hipérbato. 
e) Ironia. 
 
Questão 29 
A maioria das palavras mostra vários significados (polissemia), o 
que também ocorre com as preposições. 
 
Indique a frase em que a preposição COM tem o significado de 
“companhia”. 
a) A história se repete. Essa é das coisas erradas com ela. 
b) Feliz o povo cuja história se lê com aborrecimento. 
c) Ou você está comigo ou está contra mim. 
d) O progresso começa com a crença de que o necessário é possível. 
e) O presidente, com os ministros, chegou pontualmente à festa. 
 
Questão 30 
Assinale a frase em que as duas palavras sublinhadas mostram o 
mesmo sentido. 
a) A maior de todas as artes é a arte de viver juntos. 
b) A viagem da descoberta consiste não em achar novas paisagens, 
mas em ver com novos olhos. 
c) Tudo com moderação, incluindo a moderação. 
d) A gente não vai mais lá porque é gente demais. 
e) As celebridades vivem fugindo da celebridade. 
 
Questão 31 
Considerando o desenvolvimento cognitivo da criança de maneira 
coerente e epistemológica relacionado à aquisição da leitura e escrita 
por meio dos processos de alfabetização e letramento, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. A criança no processo de alfabetização precisa estar em contato 
com diferentes suportes textuais; vale salientar que apenas o contato 
com gêneros diversificados não garante que o aluno se alfabetize, ou 
seja, não o fará leitor ou escritor, é necessária a participação em 
atividades que explorem seus usos e funções sociais de forma 
significativa e contextualizada no uso de práticas cotidianas. 
 
II. O professor alfabetizador, sob a égide do alfabetizar letrando, 
poderá oportunizar ao educando um momento de discussão sobre o 
67
 
gênero recado e explicitar a sua função social de maneira 
contextualizada. 
III. O ensino, pautado nas concepções do alfabetizar letrando, 
culminou em diferentes reflexões voltadas para a distinção entre os 
processos de alfabetização e letramento, embora sejam processos 
distintos e indissociáveis, caminham sempre juntos. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
 
Questão 32 
Numere a ordem dos períodos, de modo que assegure coesão e 
coerência ao parágrafo. 
Depois, assinale a alternativa que apresenta a sequência numérica 
correta de cima para baixo. 
( ) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a 
eficiência – dá ao cidadão uma percepção de que o serviço público 
é de qualidade. 
( ) Estes, por sua vez, querem receber um serviço de qualidade. 
( ) Ao final das análises, concluiu-se que todas as variáveis 
apresentadas na pesquisa são importantes na percepção do usuário. 
( ) Os serviços públicos estão disponíveis a todos os cidadãos. 
( ) Conclui-se, a partir dessa segunda análise, que ter servidores bem 
treinados e cumprir os princípios da lei – artigo 37 da Constituição 
Federal: 
( ) Assim, o objetivo deste texto foi identificar o conceito de 
qualidade que mais influencia a percepção dos usuários quanto à 
qualidade do serviço público. 
( ) Como não é possível realizar todas as ações pertinentes às 
variáveis independentes de uma só vez, realizou-se a análise da 
regressão. 
a) 1 – 2 – 7 – 3 – 6 – 4 – 5 
b) 6 – 3 – 5 – 1 – 7 – 2 – 4 
c) 1 – 4 – 7 – 3 – 2 – 5 – 6 
d) 7 – 2 – 4 – 1 – 6 – 3 – 5 
e) 7 – 2 – 5 – 1 – 4 – 6 – 3 
 
Questão 33 
Leia as frases a seguir. 
1- A esquizofrenia, ou distúrbio da mente dividida, é marcada por 
surtos em que o mundo real acaba substituído por delírios e 
alucinações. 
2- Apesar de serem esses os sintomas mais famosos da condição, 
geralmente ela se inicia com uma simples apatia no final da 
adolescência e no começo da vida adulta. 
3- Os cientistas do final do século XIX foram buscar inspiração na 
língua grega para caracterizar um transtorno que, até então, ficava 
jogado no limbo da loucura. 
4- Por meio da junção dos termos esquizo, dividir no idioma dos 
filósofos clássicos, e frenia, algo próximo de mente, eles deram um 
nome perfeito paraa doença que atinge 1% da população do planeta. 
5- A esquizofrenia é investigada há décadas, mas segue cheia de 
mistérios. 
Unindo as frases em um único parágrafo, com coesão e coerência, a 
ordem correta é: 
a) 5, 1, 3, 2, 4 
b) 3, 4, 1, 2, 5 
c) 1, 2, 4, 5, 3 
d) 5, 4, 1, 3, 2 
 
 
 
Questão 34 
A sequência dos enunciados em um texto não pode ser aleatória sob 
o ponto de vista linguístico, discursivo ou cognitivo. 
 
Assinale a alternativa correta em relação ao assunto. 
a) É necessário discutir, primeiramente, se o texto é uma unidade da 
langue (do sistema da língua) ou da parole (do uso da língua). 
b) O texto, a partir de sua criação, torna-se independente do seu 
contexto, considerando que a língua tem autonomia sintática, 
semântica e cognitiva. 
c) São imprescindíveis e inevitáveis as operações tipicamente 
linguísticas como a sintaxe, a morfologia e a fonologia, embora a 
análise textual não deva parar nesses aspectos, pois até eles mesmos 
podem ser comandados por orientações discursivas. 
d) Um texto é uma unidade processual, um evento com pluralidade 
semântica e, depois de criado, torna-se um artefato linguístico per si. 
e) Realizar um estudo do texto como motivação para análises 
metalinguísticas pode ser o ponto- chave para incentivar o aluno a 
escrever, buscando sua autoria com base nos autores consagrados 
pela literatura. 
 
Questão 35 
Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta: 
O conceito de gestão escolar foi introduzido na educação no período 
da redemocratização política nos anos 1980. Tem suas origens no 
conceito de "administração escolar", significando também, de modo 
geral, "utilização racional dos recursos para a realização de 
fins"(Paro, 2000, p. 123). 
Freitas, (2007 p. 502) aponta que o conceito de gestão escolar surgiu 
no momento de crítica ao "caráter conservador e autoritário"da 
administração escolar para evidenciar "seu compromisso com a 
transformação social e com a democratização do ensino e da escola". 
Distinto, embora complementar, do conceito de gestão educacional, 
gestão escolar diz respeito à organização das unidades educacionais, 
das escolas, enquanto gestão educacional refere-se à gestão dos 
sistemas educacionais em todos os níveis. Vieira (2007, p. 61) 
esclarece que gestão escolar nos remete à "abrangência dos 
estabelecimentos de ensino", enquanto a gestão educacional se situa 
no "espaço das ações de governo". 
 
a) Não existe progressão textual entre os parágrafos. 
b) A ordem dos parágrafos pode ser alterada sem causar 
inadequações de ordem gramatical. 
c) A progressão textual entre os parágrafos depende do uso de 
elementos coesivos com destaque para as conjunções. 
d) A ordem dos parágrafos não pode ser alterada sem prejuízo para 
os processos de referenciação presentes no texto. 
e) A ordem dos parágrafos depende, no texto, do emprego dos 
pronomes relativos. 
 
Questão 36 
Cozinhar é um ato de amor 
Cozinhar para outras pessoas é um admirável ato de amor. É o 
momento em que damos tudo de nós para preparar algo saboroso a 
fim de agradar ao próximo e trazer felicidade e conforto por meio do 
alimento. 
 
Em família, talvez estejamos acostumados demais a ver nossa avó, 
nossa mãe ou nosso pai, companheiro ou companheira preparando o 
almoço, jantar ou um lanche, e nem percebemos quanta doação está 
envolvida nesse ato. Todos nós sabemos que quando preparamos 
comida para outras pessoas o maior pagamento que podemos receber 
por nossos esforços é ver as pessoas apreciarem o que preparamos. 
 
Alimentar as pessoas é um ato que vai além das necessidades 
biológicas do corpo. Não se trata apenas de colocar a comida na 
frente delas. Mesmo que muitas pessoas não percebam, cozinhamos 
com o coração tanto quanto com as mãos, porque geralmente quando 
68
 
cozinhamos para outras pessoas é para deixá-las mais felizes. Da 
mesma forma, tudo isso também vale se cozinharmos apenas para 
nós mesmos. 
 
No 3o parágrafo do texto, a frase – ...um ato que vai além das 
necessidades biológicas do corpo –, a expressão necessidades 
biológicas significa 
a) amizades e confraternizações. 
b) correria e cansaço. 
c) alimentação rica em vegetais. 
d) alimentação e nutrição. 
 
Questão 37 
Passei no açougue para comprar meio quilo de carne para bife. Os 
preços era 24 e 28. Fiquei nervosa com a diferença dos preços. O 
açougueiro explicou-me que o filé é mais caro. Pensei na desventura 
da vaca, a escrava do homem. Que passa a existência no mato, se 
alimenta com vegetais, gosta de sal mas o homem não dá porque 
custa caro. Depois de morta é dividida. Tabelada e selecionada. E 
morre quando o homem quer. Em vida dá dinheiro ao homem. E 
morta enriquece o homem. Enfim, o mundo é como o branco quer. 
Eu não sou branca, não tenho nada com estas desorganizações. 
 
No texto, os termos “desventura” e “Tabelada” 
significam, correta e respectivamente: 
a) insensatez, precificada. 
b) imprudência, apreçada. 
c) desilusão, quantificada. 
d) infortúnio, tarifada. 
e) prosperidade, especificada. 
 
Questão 38 
Analise o fragmento a seguir, retirado de uma redação escolar. 
 
“Amanhã, eu irei diretamente a uma livraria e comprarei esse livro, 
que passará a fazer parte de minha biblioteca.” 
 
O contexto de produção desse segmento utiliza uma série de 
vocábulos cujos significados não são fixos, mas podem variar 
conforme a situação comunicativa. 
Assinale a opção que apresenta o termo de significação variável, 
dependente da situação. 
a) Amanhã. 
b) diretamente. 
c) livraria. 
d) fazer parte. 
e) biblioteca. 
 
Questão 39 
Todas as frases abaixo trazem termos relacionados à ação de pensar 
ou de se expressar; a frase abaixo em que o termo destacado está 
empregado de forma adequada à situação, é: 
a) A conferência foi proferida no auditório do Liceu; 
b) A oração foi declamada pelo sacerdote; 
c) O acusado nunca foi proclamado culpado; 
d) O produto foi anunciado secretamente; 
e) Podíamos referendar os erros cometidos. 
 
Questão 40 
TEXTO I 
TOADA 
Vem, morena, ouvir comigo essa cantiga Sair por essa vida 
aventureira. Tanta toada eu trago na viola Pra ver você mais feliz. 
Escuta o trem de ferro alegre a cantar Na reta da chegada pra 
descansar No coração sereno da toada, bem querer. Tanta saudade 
eu já senti, morena, Mas foi coisa tão bonita, Da vida nunca vou me 
arrepender. (...) 
(Compositores: Jose Renato Botelho Moschkovich/Claudio Jose 
Moore Nucci/Jose Lontra Fagundes Filho) 
Considere as seguintes definições da palavra toada: 
I- Ação ou efeito de toar. 
II- Notícia infundada, boato. 
III- Som indistinto de vozes ou de instrumentos. 
IV- Cantiga de melodia simples e repetitiva, texto curto, sentimental 
ou brejeiro, com estrofe ou refrão. 
 
Aplica(m)-se ao Texto I, acima, as definições: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I e IV. 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
C B E D E C B E E C C 
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 
C D E D A A C D A C A 
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 
A A C D D A E C A D B 
34 35 36 37 38 39 40 
C B D D A A D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
69
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
70
 
 
 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
Leia a tira. 
 
CALVIN 
 
 
 
a) Como o autor da tira explorou o humor nesse texto? 
b) Na sua opinião, as pessoas precisam ser organizadas? 
Explique por quê. 
 
Observe agora as seguintes palavras extraídas da tira: está, estúpido, 
armário. Em cada palavra, umas das sílabas é pronunciada com 
maior intensidade, com mais força. Trata-se da sílaba tônica, que 
está marcada por acento gráfico. 
 
Nem toda sílaba tônica é marcada com acento gráfico (casaco, por 
exemplo). Então, como saber se uma palavra leva acento? Leia as 
regras de acentuação a seguir.A acentuação gráfica das palavras, na língua portuguesa, obedece às 
regras de acentuação apresentadas a seguir. 
 
OXÍTONAS 
As palavras são oxítonas quando a última sílaba da palavra é a sílaba 
tônica, como: jacaré, cipó, cantar, anzol... 
 
São naturalmente oxítonas, não necessitando de acentuação gráfica, 
as palavras terminadas em: 
 
-r: ligar, falar, beber, pior, amor,… 
-l: azul, animal, hotel, abril, futebol,… 
-z: feliz, raiz, feroz, xadrez, capaz,… 
-x: pirex, xarox, durex, duplex, botox,… 
-i: gibi, guarani, bisturi, bacuri, caqui,… 
-u: maracatu, xampu, caju, bambu, tutu,… 
-im: pudim, cetim, amendoim, jardim, enfim,… 
-um: comum, jejum, bebum, algum, nenhum,… 
-om: batom, edredom, bombom, cupom, marrom,.. 
Palavras oxítonas acentuadas graficamente 
 
Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s). 
Exemplo: 
 
 
Vatapá(s) - Jacaré(s) - rê(s) - maiô(s) - có(s) 
 
 
Também são acentuadas as palavras oxítonas com mais de uma 
sílaba terminadas em -em, -ens. Exemplos: 
 
 
Vintém – anéis - herói(s) 
 
 
A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que, 
sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das palavras no 
que respeita à sílaba tônica e no que respeita à modulação aberta ou 
fechada das vogais. 
 
Os sinais diacríticos, que englobam os acentos gráficos e os sinais 
gráficos auxiliares, permitem a correta representação da linguagem 
falada na linguagem escrita, possibilitando também uma mais fácil 
leitura e compreensão do conteúdo escrito. 
 
Oxítonas terminadas em vogais tônicas: 
 
Sofá – dominó – purê - crochê 
 
Oxítonas terminadas no ditongo nasal -em ou -ens: 
 
Mantém – porém – também - harém 
 
Oxítonas terminadas nos ditongos abertos -ói, -éu, -éi: 
 
Chapéu – papéis – heróis - corrói 
 
PAROXÍTONAS 
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em -l, -n, -r, -x, -
ei(s), -i(s), -us, -ão(s), -ã(s), -on(s), -um, -uns e -ps. Exemplos: 
 
Difícil – sêmen – caráter – fênix – pônei(s) – táxi(s) – vírus – 
órgão(s) – órfã(s) – próton(s) – álbum – fóruns – bíceps – 
aéreo(s) 
 
Regras de acentuação das palavras paroxítonas 
 
As palavras são paroxítonas quando a penúltima sílaba da palavra é 
a sílaba tônica, como: adorável, órgão, perfume, mesa,… 
 
As palavras paroxítonas não são geralmente acentuadas e 
representam a maioria das palavras da língua portuguesa. 
Palavras paroxítonas acentuadas graficamente 
 
Paroxítonas terminadas em -r: 
 
Ímpar – cadáver – caráter 
 
Paroxítonas terminadas em -l: 
 
Fóssil – réptil – têxtil 
 
Paroxítonas terminadas em -n: 
 
Hífen – éden - dólmen 
 
Paroxítonas terminadas em -x: 
 
Córtex – tórax – fênix 
 
Paroxítonas terminadas em -ps: 
 
Bíceps - fórceps 
 
 
 
 
 
71
 
Paroxítonas terminadas em -ã, -ãs, -ão, -ãos: 
 
Órfã – órgão – sótão 
 
Paroxítonas terminadas em -um, -uns, -om, -ons: 
 
Álbum – fórum - prótons 
 
Paroxítonas terminadas em -us: 
 
Vírus – húmus - bônus 
 
Paroxítonas terminadas em -i, -is: 
 
Júri – íris - tênis 
 
Paroxítonas terminadas em -ei, -eis: 
 
Jóquei – hóquei – fizésseis 
 
Acentuação das paroxítonas e o Novo Acordo Ortográfico 
 
Com a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, alguns 
acentos foram abolidos nas palavras paroxítonas: 
 
 acento agudo nos ditongos abertos oi e ei; 
 acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas 
de ditongos; 
 acento circunflexo nos ditongos oo e ee. 
 
Escrita depois do acordo ortográfico 
 
Palavras com oi: 
 
Jiboia – boia – paranoia – heroico – joia 
 
Palavras com ei: 
 
Ideia – europeia – alcateia – geleia – plateia 
 
Palavras com i ou u: 
 
Baiuca - feiura 
 
Palavras com oo: 
 
Abençoo – perdoo – voo – magoo – enjoo 
 
Palavras com ee: 
 
 Eles deem (antes: eles dêem) 
 Eles creem (antes: eles crêem) 
 Eles leem (antes: eles lêem) 
 Eles veem (antes: eles vêem) 
 
 
ATENÇÃO 
 Nas palavras paroxítonas, não se acentuam os ditongos 
abertos -ei e -oi. Exemplos: 
 
Geleia – centopeia – androide - joia 
 
 As palavras paroxítonas terminadas em -n não são 
acentuadas no plural (-ns). Exemplos: 
 
Hifens – polens - sêmens 
 
 As palavras paroxítonas terminadas em -em, -ens não são 
acentuadas. Exemplos 
 
Item – mentem – jovens – imagens 
 
PROPAROXÍTONAS 
Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas. Exemplos: 
Álgebra – pólvora – lúcido – relâmpago - trânsito 
 
Também são acentuadas as palavras terminadas em ditongo 
crescente (seguido ou não -s) que pode ser pronunciado como hiato. 
Exemplos: 
 
Área – idôneo – glórias – espécies – mágoa – trégua - vácuo 
 
Regra de acentuação das palavras proparoxítonas 
As palavras são proparoxítonas quando a antepenúltima sílaba da 
palavra é a sílaba tônica, como: pássaro, 
cantássemos, gráfico, pêssego… 
 
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente. 
 
Acento diferencial 
Com a entrada do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos 
diferenciais foram abolidos, outros se mantiveram inalterados. 
 
O acento foi abolido nas palavras pára, pólo, pêlo e pêra, ficando 
para, polo, pelo e pera. 
 
Exemplos: 
 Para onde ele foi? 
 Para de fazer isso, por favor! 
 
O acento mantém-se nas palavras pôr, pôde, têm e vêm, 
diferenciando as mesmas de por, pode, tem e vem. 
 
Exemplos: 
 Você vai pôr a caixa aqui? 
 Por onde ele foi? 
 
Acentos gráficos e sinais gráficos auxiliares 
 
Acento agudo (´) 
É um acento gráfico que indica que a sílaba é tônica e que a vogal 
deve ser pronunciada de forma aberta, como em: 
 pé; 
 máquina; 
 música; 
 revólver; 
 … 
Acento circunflexo (^) 
É um acento gráfico que indica que a sílaba é tônica e que a vogal 
deve ser pronunciada de forma fechada ou nasalada: 
 antônimo; 
 estômago; 
 lâmpada; 
 pêssego; 
 … 
Acento grave (`) 
É um acento gráfico colocado apenas sobre a vogal a, indicando que 
há crase, ou seja, a contração da preposição a com outra palavra. É 
usado em poucas palavras: 
 à; 
 àquele; 
 àquela; 
 àquilo; 
 … 
 
Til (~) 
É um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado na vogal a e na vogal o 
para indicar nasalização. Nem sempre indica a tonicidade da sílaba: 
72
 
 manhã; 
 coração; 
 põe; 
 órgão; 
 órfão; 
 bênção; 
 … 
 
Trema (¨) 
É um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado, desde a entrada em 
vigor do Novo Acordo Ortográfico, apenas em substantivos próprios 
estrangeiros e palavras derivadas destes: 
 Müller; 
 mülleriano; 
 … 
 
Apóstrofo (') 
É um sinal gráfico auxiliar de escrita que indica a supressão de 
fonemas em palavras: 
 copo-d'água; 
 pau-d'óleo; 
 … 
 
Oxítonas: última sílaba tônica – VOCÊ 
Paroxítonas: penúltima sílaba tônica – HISTÓRIA 
Proparoxítonas: antepenúltima sílaba tônica – MÉDICO 
 
Monossílabos: possuem uma única sílaba e ela é tônica – MÊS 
 
TONICIDADE REGRA EXEMPL
O 
 
OXÍTONAS 
Acentuar as terminadas em: 
A(S), E(S). O(S), EM 
(ENS) 
Canapé 
Irajá 
Mocotó 
 
 
 
PAROXÍTONAS 
Não acentuar as terminadas 
em: A(S), E(S). O(S), EM 
(ENS). Acentuar as 
terminadas em 
LINUSPSÂRUMUNSON
XÃO 
Acentuar ditongo crescente. 
Júri 
Fácil 
Bíceps 
Vírus 
Caráter 
Lápis 
PROPAROXÍTON
AS 
Todas são acentuadas Bárbaros 
Semáforo 
Óculos 
MONISSÍLABOS Acentuar os terminados em: 
A(S), E(S). O(S) 
Pá 
Três 
Nó 
 
HIATOS 
Acentuam-se as vogais -i e -u tônicas dos hiatos quando ficam 
sozinhos na sílaba ou são seguidas de s. Exemplos: 
 
Paraíso – uísque – ciúme - balaústre 
 
ATENÇÃO 
 As vogais -i ou -u não são acentuadas quando: 
- Embora fiquem sozinha na sílaba, são seguidas de -nh. 
Exemplos: 
Rainha – ventoinha 
 
- Embora fiquem sozinhas na sílaba, são seguidas de – nh. 
Exemplos: 
Rainha - ventoinha 
 
- Embora fiquem sozinhas na sílaba, em palavras paroxítonas, são 
antecedidas por ditongos. Exemplos: 
 
Taoismo – baiuca - feiura 
 
Não se acentua a primeira vogal tônica dos hiatos oo e ee. Exemplos: 
Coo – enjoo - veem - leem 
 
ACENTO DIFERENCIAL 
É empregado para diferenciarapenas as seguintes palavras 
paroxítonas: 
 
Pôde (verbo por na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do 
indicativo) para distingui-la de pode (3ª pessoa do singular do 
presente do indicativo) 
 
Não são diferenciadas por acento as palavras: 
Para (preposição) e para (verbo parar) 
Pelo (substantivo), pelo (verbo pelar) e pelo (antiga preposição per 
+ o). 
 
VERBO 
Os verbos ter e vir são acentuados, no presente do indicativo, na 
forma da terceira pessoa do plural, para diferenciá-la da forma da 
terceira pessoa do singular. Exemplos: 
 
Ele tem – eles têm – ele vem – eles vêm 
 
ATENÇÃO 
Os verbos derivados de ter e vir seguem a regra de acentuação das 
oxítonas terminadas em -em; a terceira pessoa do plural tem acento 
circunflexo para diferenciar-se da terceira pessoa do singular (acento 
agudo). Exemplos: 
 
ele mantém — eles mantêm ele provém — eles provêm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
73
 
EMPREGO DE POR QUE, POR QUÊ, PORQUE E 
PORQUÊ 
Contextualização 
 
 
 
Leia a tira. 
 
 
 
Na tira, Helga chama o marido para uma conversa, em tom nada 
amistoso, segundo Hagar. Enquanto ela faz uma severa crítica ao 
marido, ele mantém-se quieto e assustado. É somente após a crise 
final da mulher que ele se indaga a razão de ela aturá-lo. Apesar de 
seus defeitos, Hagar parece reagir de forma diferente. 
 
Observe, na pergunta feita a Helga, agora em meditação, que ele 
“sugere” uma possível resposta para o impasse dela. O humor reside 
na atitude ausente de Hagar, que não compreende as queixas da 
mulher e lhe faz uma pergunta evasiva, o que deixa Helga confusa. 
No texto, a palavra porque é empregada com sentidos e grafias 
diferentes. 
 
No segundo quadrinho da tira, Hagar empregou a palavra porque, ao 
explicar que o tom de voz de Helga sugeria-lhe problemas. Já no 
penúltimo quadro, Helga usa por que, no início de uma pergunta, e 
por quê no final. Observe ainda, no último quadrinho, que Hagar 
também emprega por que na pergunta dirigida a Helga. 
Leia as informações a seguir e saiba quando empregar por que, por 
quê, porque e porquê. 
 
Por que 
a) Por (preposição) + que (advérbio interrogativo) – usa-se 
em perguntas diretas e indiretas e equivale a por qual 
motivo ou por qual razão. 
Por que a água do mar é salgada? 
Não sei por que o setor da saúde no país é tão precário. 
b) Por (preposição) + que (pronome relativo) – substitui pelo 
qual e suas flexões: 
O bancário obteve a promoção por que tanto lutou. 
c) por (preposição) + que (conjunção subordinativa 
integrante) — inicia oração subordinada substantiva e 
equivale a para que: 
 
 
 
O escritor mostrou-se interessado por que lêssemos seu livro. 
 
Por quê 
Usa-se somente no final de frases: 
Exemplo: 
 
A matéria jornalística não ficou pronta por quê? 
 
Porque 
Funciona como conjunção coordenativa explicativa, subordinativa 
adverbial causal ou final, e equivale a pois, uma vez que, já que, 
como, para que, a fim de que. 
Exemplos: 
 
Leve-lhe um agasalho, porque a noite está fria. 
 
A economia está em crise porque o preço do petróleo aumentou. 
 
Não fales alto porque eles não te escutem. 
 
Porquê 
Emprega-se como substantivo, precedido de artigo ou pronome. 
Equivale a motivo, causa, razão: 
Exemplos 
 
Ignoro o porquê de sua partida. 
 
A ministra mencionou outro porquê da mudança de horário. 
 
 
74
 
Emprego do hífen 
Leia a charge 
 
 
O humor dessa charge aproxima uma circunstância econômico-
social (a crise trabalhista) a outra que é relacionada à língua 
portuguesa. O chargista soube aproveitar essa situação, fazendo um 
jogo de palavras com o significado de emprego, que na charge 
significa uso (do hífen) e serviço, trabalho. Observe que o chargista 
não emprega o hífen (ou traço de união) em seu texto, entre o verbo 
(precisa) e o pronome (se). Nesse caso, o emprego desse sinal é 
obrigatório. Saiba agora por quê. 
 
Conceituação 
Leia a seguir as regras de uso do hífen. 
 
a) Separar sílabas. Exemplos: 
pneu-mo-ni-a an-si-o-sa com-pa-nhi-a 
 
b) Ligar os pronomes oblíquos a verbos. Exemplos: 
estimá-lo conservar-se-á deixa-se ficar 
 
c) Unir palavras compostas. Exemplos: 
luso-brasileiro amarelo-ouro ano-luz 
 
d) Ligar os sufixos -açus, -mirim e -guaçu a palavras terminadas em 
vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a 
distinção gráfica dos dois elementos. Exemplos: 
sabiá-guaçu capim-açu 
 
e) Ligar topônimos: 
• iniciados por grã ou grão. Exemplo: 
 
Grã-Bretanha 
 
 • iniciados por verbo. Exemplo: 
 
Passa-Quatro (município de MG) 
 
• em que há artigo entre os elementos. Exemplo: 
 
Baía-de-Todos-os-Santos 
 
f) Unir palavras compostas que designam espécies botânicas e 
zoológicas. Exemplos: 
 
erva-doce estrela-do-mar 
 
g) Unir palavras compostas cujo primeiro elemento é além, aquém, 
recém, sem. Exemplos: 
 
além-túmulo aquém-terra recém-chegado sem-teto 
 
h) Unir o advérbio mal a palavras iniciadas por vogal ou h. 
Exemplos: 
 
mal-amado mal-estar mal-habituada 
 
i) Após ante-, anti-, arqui-, auto-, contra-, extra-, hiper-, infra-, inter-
, intra-, micro-, neo-, proto-, pseudo-, semi-, sobre-, sub-, super-, 
supra-, ultra-, se o segundo elemento: 
 
• inicia por h. Exemplos: anti-horário neo-hispânico proto-história 
semi-hospitalar super-homem sub-humano 
 
• tiver a mesma última vogal do primeiro elemento. Exemplos: 
anti-inflamatório arqui-inimigo micro-organismo semi-interno 
 
j) Ligar circum- e pan- a palavras iniciadas por vogal, h, m oun. 
Exemplos: circum-adjacente circum-navegação pan-americano pan-
helenismo pan-mágico 
 
l) Ligar hiper-, inter- e super- a palavras iniciadas por r. Exemplos: 
hiper-resistente inter-regional super-real 
 
m) Ligar x-, vice-; e pós-, pré- e pró- tônicos independentemente da 
letra com que se inicia a palavra à qual se ligam. Exemplos: ex-
presidiário vice-líder pós-moderno pré-vestibular pró-saúde 
 
n) Ligar os prefixos ad- sob- e sub- a palavras que se iniciam por 
consoante igual à consoante final do prefixo. Exemplos: ad-digital 
sob-bosque sub-base sub-bloco 
 
o) Ligar os prefixos ab-, ad-, ob-, sob- e sub- a palavras iniciadas por 
r. Exemplos: ab-rogar ad-renal ob-repção sob-roda sub-raça 
 
ATENÇÃO 
Não se emprega o hífen: 
• nas palavras em que o primeiro elemento termina em vogal e o 
segundo elemento começa por r ou s. 
Exemplos: 
contrarregra pseudossábio semirreta ultrarromantismo 
• nas palavras em que o primeiro elemento termina em vogal e o 
segundo elemento começa por vogal diferente. 
Exemplos: 
autoavaliação bioética infraestrutura intrauterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
75
 
CADERNO DE QUESTÕES – ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
 
Questão 1 
“Atravessei a vila que dá saída(1) ao meu prédio(2), e vi o gato. Todo 
branco, só(3) a cauda preta e duas manchinhas mínimas(4) na testa. 
Os olhos, azul cerúleo(5).” 
 
A palavra que recebe acento por ser proparoxítona foi destacada e 
numerada em 
a) (1). 
b) (2). 
c) (3). 
d) (4). 
e) (5). 
 
Questão 2 
Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por 
serem paroxítonos. 
a) Disponíveis, áreas, prédios 
b) São Sebastião, além, comunitárias 
c) Saúde, áreas, públicas 
d) Proliferação, construída, regularização 
e) Alimentação, Guará, dá 
 
Questão 3 
RENDA VARIÁVEL 
 
A renda variável, como o próprio nome sugere, é um investimento 
em que o rendimento não é garantido. Diferente da poupança, na 
qual você sempre ganha, em um investimento de renda variável, 
você pode ganhar ou perder, perder até o capital principal, ou seja, o 
capital que foi investido inicialmente. 
 
Quando pensamos em renda variável, pensamos imediatamente em 
ações, elas são o investimento mais característico da renda variável. 
Ao comprar uma única ação, o comprador se torna sócio dessa 
empresa. 
 
É muito simples investir, basta criar uma conta em uma corretora ou 
banco que ofereça o serviço de Home Broker.Esse sistema permite 
monitorar o fluxo de negócios da Brasil Bolsa Balcão, a bolsa 
brasileira ou B3 como é conhecida. 
 
Após a abertura da conta, é hora de escolher uma empresa para 
investir, geralmente, as empresas maiores e mais seguras pagam 
menos dividendos e as empresas menores e menos estáveis 
procuram atrair mais acionistas pagando mais. 
 
Há milhares de vídeos na internet explicando como investir, mas 
cuidado, além do risco inerente da renda variável, esses vídeos não 
são sugestões de investimentos. É melhor ser precavido e procurar 
uma consultoria especializada. 
 
Analise atentamente as palavras: “variável”, “sugere” e “sócio” 
e assinale a alternativa correta em referência à acentuação e 
tonicidade. 
a) “variável” e “sugere” são palavras paroxítonas, já “sócio” é uma 
palavra proparoxítona. 
b) “sócio” é uma palavra oxítona, por sua vez, “variável” e “sugere” 
são palavras proparoxítonas. 
c) “variável”, “sugere” e “sócio” são palavras proparoxítonas. 
d) “variável”, “sugere” e “sócio” são todas palavras paroxítonas. 
e) “variável”, “sugere” e “sócio” são palavras oxítonas. 
 
Questão 4 
Observe os vocábulos: “negócios”, “santuário” e “ciências”. A 
seguir, assinale a alternativa correta em referência à acentuação 
e à ortografia. 
a) “negócios” e “ciências” são palavras paroxítonas, já “santuário” 
é uma palavra proparoxítona. 
b) “ciências” é uma palavra oxítona, já “negócios” e “santuário” são 
palavras paroxítonas. 
c) “negócios”, “ciências” e “santuário” são palavras paroxítonas. 
d) “negócios”, “ciências” e “santuário” são palavras 
proparoxítonas. 
e) “negócios”, “ciências” e “santuário” são palavras oxítonas. 
 
Questão 5 
Assinale a opção em que uma das palavras acentuadas graficamente 
NÃO deveria estar acentuada em razão de mudança das regras de 
acentuação no Novo Acordo Ortográfico. 
a) "Num ato heróico, aquele homem salvou a vida de seis pessoas 
numa tragédia". 
b) "O guaraná ali melando o chão, melando minha mão, eu 
procurando um pedaço de pano para limpar o estrago e ao mesmo 
tempo derramando lágrimas como se estivesse vivendo uma 
tragédia." 
c) "Aqui você encontra uma enorme variedade de papéis coloridos, 
perolizados, metalizados, texturizados, decorados e muito mais." 
d) "Não consigo por o livro na estante. Terei que deixá-lo aqui na 
mesa." 
 
Questão 6 
 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas 
corretamente. 
a) Campainha, egoísta, saúde, falência, sótão. 
b) Campaínha, egoista, saude, falência, sotão. 
c) Campainha, egoísta, saude, falencia, sotao. 
d) Campainha, egoista, saúde, falencia, sótao. 
e) Campaínha, egoísta, saude, falência, sótão. 
 
Questão 7 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas 
corretamente. 
a) A ideia de fazer um mau negócio o atormentava. 
b) Toda vez que viajo de micro-onibus, sinto enjôo. 
c) Ele tirou o chapeu para seu herói. 
d) Os lojistas tem todos os tipos de papéis de parede. 
e) Fica mais facil se começar pelo inicio do têxto. 
 
Questão 8 
Texto 
 
O mundo está em constante evolução. Coisas que antes eram 
impossíveis aos nossos olhos, hoje são consideradas comuns no 
nosso cotidiano e até mesmo indispensáveis. Anos atrás era 
inacreditável imaginar que com um pequeno ap arelho em mãos 
conseguiríamos acessar praticamente qualquer conteúdo que 
quiséssemos de qualquer lugar do mundo, não é verdade? Essa e 
outras mudanças foram possíveis graças à tecnologia e à forma como 
ela avança cada vez mais. 
 
Impactos gerados pela tecnologia 
 
Essas mudanças impactam também o comportamento do ser 
humano, que tem que aprender a acompanhar essa evolução e 
conviver com novas tecnologias. Essa adaptação traz consigo uma 
série de benefícios, como melhora na qualidade de vida, acesso 
rápido e fácil ao conhecimento, simplificação da troca de 
informações e a quebra de várias barreiras da comunicação. Outro 
fator de destaque é a inclusão social. Constantemente surgem novas 
tecnologias que auxiliam na rotina de pessoas com deficiências 
físicas e cognitivas, ajudando que essas pessoas tenham mais 
facilidade para se inserir na sociedade e tenham um padrão de vida 
melhor. 
 
76
 
A tecnologia durante a pandemia do Covid-19 
 
É importante também ressaltar que durante a pandemia do Covid-19 
foi notório que a tecnologia desempenhou um papel fundamental, 
não somente para indivíduos mas também para organizações. Ela 
possibilitou que relações fossem mantidas mesmo que à distância; 
contribuiu para o fácil acesso e a divulgação de informações 
importantes, ajudou para que negócios sobrevivessem e outros até 
mesmo crescessem ainda mais, como foi o caso do e-commerce. 
 
https://www.infornet.com.br/blog/a-importancia-da-tecnologia-no-
nosso-cotidiano/ Acesso em 04/02/2023. 
 
No tocante à Acentuação, analise os itens abaixo: 
 
I. “Coisas que antes eram IMPOSSÍVEIS aos nossos 
olhos...” a tonicidade do termo destacado recai na 
antepenúltima sílaba, razão por que é acentuado. 
 
II. “Anos atrás era INACREDITÁVEL imaginar que com 
um pequeno aparelho em mãos...” o acento do termo 
destacado se justifica por ser paroxítona terminada em “l”. 
 
III. Essas mudanças impactam TAMBÉM o 
comportamento do ser humano...” acentua se o termo 
destacado por ser uma paroxítona terminada em “em”. 
 
IV. “...para que NEGÓCIOS sobrevivessem e outros até 
mesmo crescessem ainda mais...” o acento do termo 
destacado se justifica por ser paroxítona terminada em 
ditongo crescente. 
 
Estão CORRETOS apenas 
a) II e III. 
b) I, III e IV. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
e) I e III. 
 
Questão 9 
Atenção: o texto a seguir refere-se próxima questão. 
 
“Dessa forma, são apresentados os aspectos que envolvem esse 
serviço público, como o trabalho da polícia e o sistema das prisões. 
Além disso, é evidenciada a política brasileira que se torna um 
empecilho à garantia de uma sociedade mais segura. É importante 
ressaltar que nesse trabalho será evidenciada a violência que tem 
como praticantes agentes que delinquem reiteradamente e que são 
réus de diversos processos penais.” 
 
Assinale a opção que mostra vocábulos que são acentuados em 
função da mesma regra de acentuação gráfica. 
a) público / política. 
b) polícia / será. 
c) além / réus. 
d) é / à. 
 
Questão 10 
Assinale a alternativa em que as palavras tenham sido acentuadas 
considerando as mesmas regras que levou ao acento 
em repórter, desânimo, escarcéu, respectivamente. 
a) abdômen, fórceps, rodapés. 
b) pôster, mágica, Ilhéus. 
c) cônsul, empírico, papéis. 
d) caráter, silêncio, céu. 
 
Questão 11 
Assinale a alternativa cuja palavra sublinhada se encontra 
devidamente grafada, considerando-se a presença ou a ausência do 
acento gráfico. 
a) Muito se fabrica no polo industrial da região onde moro. 
b) O residêncial que inauguraram já apresentou problemas de 
infraestrutura. 
c) Os candidatos do concurso não podem assinar a prova 
com rúbrica. 
d) Aquele jovem que esta na porta da padaria é meu irmão. 
e) Minha mãe sempre se médica sem passar por um especialista. 
 
Questão 12 
Texto 2 
 
 
Para responder a questão, baseie-se no texto acima. 
 
Quanto aos aspectos morfológicos e fonéticos assinale a única 
alternativa errada. 
a) A palavra alcateia está erroneamente empregada, uma vez que 
palavras paroxítonas, terminadas com o ditongos EI, aberto, 
perderam o acento agudo. 
b) Apenas a palavra onibus se encontra graficamente errada, devido 
a ser palavra proparoxítona e ter de receber o acento gráfico. 
c) Duas palavras se encontram graficamente erradas: uma por vir 
sem o referido acento, e outra, por o ter perdido com a reforma 
ortográfica vigente. 
d) A locução de peixe possui um adjetivo equivalente. O adjetivo é 
formado diretamente da língua latina: písceo. 
e) O grau superlativo sintético de pobre é paupérrimo, advindo do 
latim, mas também existe pobríssimo. 
 
Questão 13 
Assinalar a alternativa CORRETA quantoà acentuação da palavra: 
a) Abençõe. 
b) Remígio. 
c) Abalavel. 
d) Platéia. 
 
Questão 14 
Atenção! O texto a seguir serve de base para responder às questão. 
 
 
(Fonte: https://vejasp.abril.com.br/coluna/arte-ao-redor/15-
tirinhas-mafalda-quino/. Acesso em 22/12/2022) 
 
Em “E daí?” (2º quadrinho), o termo destacado recebe acento em 
obediência à chamada “regra do hiato”. O único termo 
que NÃO obedece a essa regra e, portanto, foi 
acentuado INCORRETAMENTE é: 
a) Açaí. 
b) Feiúra. 
c) Moído. 
d) Saúva. 
 
 
77
 
Questão 15 
 
Atenção! O texto abaixo serve de base para responder à questão: 
 
A Raposa e o Corvo 
 
Um Corvo roubou um queijo e com ele fugiu para o alto de uma 
árvore. Uma Raposa, ao vê-lo, desejou tomar posse do queijo para 
comer. Colocou-se ao pé da árvore e começou a louvar a beleza e a 
graça do Corvo, dizendo: 
 
– Com certeza és formoso, gentil e nenhum pássaro poderá ser 
comparado a ti desde que tu cantes. 
 
O Corvo, querendo mostrar-se, abriu o bico para tentar cantar, 
fazendo o queijo cair. A Raposa abocanhou o petisco e saiu 
correndo, ficando o Corvo, além de faminto, ciente de sua 
ignorância. 
 
(Fonte: https://www.pensador.com/fabulas_mais_conhecidas_de_e
sopo_com_moral/. Acesso em 22/11/2022. Com adaptações) 
 
Das palavras abaixo, retiradas do texto, a única acentuada por seguir 
determinada regra sobre monossílabos tônicos é: 
a) além. 
b) pé. 
c) ignorância. 
d) poderá. 
 
Questão 16 
Qual das palavras, abaixo, ao perder o acento agudo, continua a 
existir na Língua Portuguesa? 
a) carismático. 
b) concêntrico. 
c) sinônimo. 
d) espetáculo. 
e) público. 
 
Questão 17 
Crônica da vida que passa 
 
Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a 
tristeza da celebridade. 
 
A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma 
delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por 
todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco 
exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que 
gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre 
fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida 
doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas 
suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele 
quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas 
pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. 
É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade. 
 
Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. 
Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e 
as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a 
volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e 
pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com 
a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, 
não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é 
irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz. 
 
E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o 
homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. 
Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐
instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos 
ouvidos. 
 
Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem 
de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐
me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior 
dos destinos. 
 
(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. 
Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.) 
 
Dentre os pares apresentados, indique aquele em que as palavras 
possuem a mesma justificativa para a acentuação. 
a) só – além 
b) gênio – evidência 
c) escândalo – inegável 
d) plebeísmo – doméstica 
 
Questão 18 
Conforme as regras de acentuação gráfica, há INCORREÇÃO em 
a) Os economistas preveem recessão global em 2023. 
b) Ele não pôde sair do trabalho mais cedo. 
c) Você pode pôr mais água no meu copo? 
d) O teatro tem estréia prevista para janeiro. 
e) Os diretores retêm os talentos na empresa. 
 
Questão 19 
Leia o texto e responda o que se pede no comando da questão: 
 
ECO LÓGICO. 
 
Se aos pássaros perguntares, Quem polui os nossos ares, Onde os 
pulmões se consomem, o eco, lógico, responde: ... o homem ... 
homem ... homem ... 
 
E o húmus de nosso chão. Que resta pro nosso pão logo após uma 
queimada o eco, lógico, responde: ... quase nada ... quase nada ... 
 
O que era o Saara? A Amazônia o que será? Um futuro muito 
incerto? O eco, lógico, responde: ... só deserto ... só deserto. 
 
O que resta desmatando, O que sobra devastando ao homem 
depredador? O eco, lógico, responde: ... só a dor...a dor ... a dor 
 
Que precisa a natureza pra manter sua beleza e amainar a sua dor? 
O eco. lógico, responde: ... mais amor ... amor ... amor. 
 
(Autor desconhecido) 
 
Marque a alternativa em que as palavras paroxítonas são acentuadas 
por regras diferentes: 
a) lápis, pássaro. 
b) Amazônia, húmus. 
c) só,após. 
d) lógico, húmus. 
e) pássaro.Amazônia. 
 
Questão 20 
Considerando-se a acentuação, numerar a 2ª coluna de acordo com 
a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência 
CORRETA: 
 
(1) Oxítona. 
(2) Paroxítona. 
(3) Proparoxítona. 
 
(_) Analgésico. 
(_) Vírus. 
(_) Chá. 
 
a) 3 - 2 - 1. 
b) 1 - 3 - 2. 
c) 2 - 1 - 3. 
d) 2 - 3 - 1. 
 
Questão 21 
Está ERRADA a acentuação em: 
a) Lápis. 
78
 
b) Caráter. 
c) Alvará. 
d) Sózinho. 
 
Questão 22 
De acordo o último Acordo Ortográfico, houve mudanças na 
acentuação de algumas palavras. 
 
Assinale a alternativa INCORRETA sobre a mudança nas 
acentuações: 
a) O acento agudo foi abolido nas palavras paroxítonas que trazem 
os ditongos “ei” e “oi” na sílaba tônica. 
b) O sinal gráfico trema [ ̈] era utilizado sobre a letra “u” quando 
pronunciada nas sílabas “gue”, “gui”, “que” e “qui”. 
c) Não se acentua mais o “i” e o “u” tônicos das palavras 
paroxítonas, quando vêm depois de hiato. 
d) Não se acentua mais o “u” tônico dos verbos como “averiguar”, 
“apaziguar”, “arguir”. 
e) O acento circunflexo foi retirado das palavras em que ocorrem as 
vogais duplas “oo” e “ee”. 
 
Questão 23 
Analise e escolha a opção em que as palavras são acentuadas 
graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica: 
a) caráter - réptil. 
b) fórceps - sótãos. 
c) ônus - nêutrons. 
d) beribéri - jóquei. 
e) saudáveis - bárbaro. 
 
Questão 24 
Leia o texto V e responda a questão. 
 
Texto V 
 
Geografia: 
 
A área do município é de 687.348 km². Faz divisa ao norte com 
Montes Claros de Goiás, ao sul com Iporá, ao leste com Jaupaci e ao 
oeste com Arenópolis. Sua densidade demográfica é de 3,61 
habitante por quilometro quadrado. A Renda Per Capita em 2017 (a 
soma de todas as riquezas dividido pela população) é de R$ 
19.636,56. O Índice de Desenvolvimento Básico da Educação 
(IDEB) recebeu nota 6,8 (2015) nos anos iniciais do ensino 
fundamental. A frota de veículos (automóveis, motos e caminhões) 
em 2018 foi de 1003. Com pequena diferença, a maioria da 
população é do sexo masculino. A distância de Diorama para a 
capital Goiânia é de 245 quilômetros de Goiânia. [Ipsis literis] 
 
Disponível em: https://diorama.go.gov.br/pagina/id/2/?historia-
domunicipio. html. Acesso em: 07 out. 2022. 
 
No trecho “Sua densidade demográfica é de 3,61 habitante 
por quilometro quadrado.”, a palavra sublinhada deveria ser 
a) acentuada, porque é uma proparoxítona e em Português todas elas 
são acentuadas. 
b) escrita sem acento, porque houve Acordo Ortográfico com 
mudanças. 
c) acentuada, porque é uma paroxítona e em Português todas elas 
são acentuadas. 
d) escrita sem acento, porque é uma paroxítona, sem regra a ser 
aplicada. 
 
Questão 25 
Atente aos vocábulos retirados do texto, tendo como foco 
a ACENTUAÇÃO, leia as quatro afirmativas a seguir e assinale 
a ÚNICAalternativa em que que TODAS as quatro palavras 
seguem SEQUENCIALMENTE as classificações fornecidas. 
(I) A primeira palavra é oxítona. 
(II) A segunda palavra é paroxítona. 
(III)A terceira palavra é proparoxítona. 
(IV)A quarta palavra é um monossílabo tônico. 
 
a) (I) imobiliário: (II) têm; (III) crédito; (IV) além. 
b) (I) imobiliário; (II) crédito; (III) além; (IV) têm. 
c) (I) além; (II) imobiliário; (III); crédito; (IV) têm. 
d) (I) têm; (II) crédito; (III) imobiliário; (IV) além. 
e) (I) crédito; (II) imobiliário; (III); têm; (IV) além. 
 
Questão 26 
Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estejam corretamente acentuadas. 
a) Aleátorio / afável / habíl / modéstia 
b) Aleátorio / áfavel / habíl / modestía 
c) Aleatório / afável / hábil / modéstia 
d) Aleatório / áfavel / hábil / modestía 
 
Questão 27 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
acentuação, assinale a alternativa correta. 
a) Os museus no país encontram-se em um processo inulidivél de 
deterioração. 
b) Nesse caso, os itens falta de produção e preço estão 
indissosiávelmente ligados. 
c) Aprender a lidar com a IA é futuro inescápavel para todos nós 
aqui presentes. 
d) Caíram em si quando o programa bateu todos os recordes de 
audiência. 
 
Questão 28 
Alguns muita influência, mas, ainda assim, não as 
chaves para operar grandes mudanças. 
 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
acentuação e ao contexto, assinale a alternativa que 
preenche correta e respectivamente as lacunas. 
a) têm / detêm 
b) tem / detém 
c) tem / detêm 
d) têm / detém 
 
Questão 29 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
acentuação, assinale a alternativa correta. 
a) Não gosto quando as pessoas usam muitas alegórias, é 
insuportável! 
b) A tentativa de reconciliação foi risível na melhor das hipóteses. 
c) Essas novidades da inteligência artificíal são certamente 
incríveis. 
d) Foi rápido! Era preciso apenas colocar a rúbrica em cada página. 
 
Questão 30 
Todas as palavras são acentuadas graficamente, EXCETO: 
a) arvore. 
b) chapeu. 
c) geleia. 
d) maiusculo. 
 
Questão 31 
Investigando a morte: passo a passo de uma autópsia 
 
Tudo começa com o especialista revendo os dados do histórico 
médico do paciente, antes mesmo do começo do procedimento. A 
requisição da autópsia é um documento extremamente importante, 
que transfere ao médico patologista a responsabilidade de executar 
o procedimento e emitir o atestado de óbito. [...] 
 
Ao fim do exame necroscópico o patologista emite o atestado de 
óbito com a identificação e as causas da morte. Com esse documento 
em mão, a família consegue retirar a certidão de óbito em um 
cartório e sepultar seu ente. 
 
Disponível em: <https://www.sbp.org.br/>. Acesso em: 22 fev. 
2023, com adaptações. 
 
79
 
No que diz respeito à acentuação gráfica, assinale a alternativa em 
que as duas palavras são acentuadas conforme a mesma regra 
gramatical. 
a) “histórico”; “certidão” 
b) “requisição”; “cartório” 
c) “mão”; “é” 
d) “identificação”; “óbito” 
e) “médico”; “necroscópico” 
 
Questão 32 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
acentuação, assinale a alternativa correta. 
a) O que eu quería mesmo era ver o por do sol. 
b) Perguntou se substituíriamos a mercadoria. 
c) O técnico não percebeu que caíramos no treino. 
d) Uní-vos para remediar o que está aquém do esperado. 
 
Questão 33 
Em que alternativa, das orações, abaixo, o uso do acento agudo está 
correto? 
a) A assembléia teve início às duas da tarde, mas muitos deputados 
não compareceram. 
b) “Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus 
projetos de vida, e não para impressionar os outros”. 
c) Vamos tomar uma cerveja na baiúca! 
d) A beleza e a feiúra são uma miragem, pois os outros sempre 
acabam vendo nosso interior. 
e) “Honrar exemplos ilustres não é o mesmo que subscrever suas 
idéias. 
 
Questão 34 
Assinale a alternativa em que as duas palavras são proparoxítonas. 
 
(Obs.: Não foram usados propositadamente os acentos gráficos.) 
a) hieroglifo - rubrica 
b) filantropo - levedo 
c) interim - crisantemo 
d) juniores - prototipo 
 
Questão 35 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente 
acentuadas. 
a) idéia - anéis - rústico - propósito 
b) bênção - colméia - heróico - amável 
c) chapéus - sóis - vatapá - beneficiário 
d) históricos - extraordinário - víssemos - estréiam 
 
Questão 36 
Assinale a alternativa na qual todos os vocábulos devem ser 
acentuados graficamente. 
a) saude • feiura • historia 
b) voo • existencia • geleia 
c) anzois • bonus • abdomen 
d) voce • cipo • assembleia 
e) taxi • avo • paranoico 
 
Questão 37 
Marque a alternativa sem erro de acentuação gráfica: 
a) tapête 
b) úrubu 
c) idéia 
d) orfão 
e) dólar 
 
Questão 38 
A Nova Ortografia modificou algumas regras de acentuação. 
 
Marque a única alternativa cujas palavras perderam a acentuação 
pelo mesmo motivo: 
a) Raul, Açu, bau. 
b) Paranoico, heroi, Coreia. 
c) Ideia, joia, diarreia. 
d) Corticoide, gonorreia, doi. 
 
Questão 39 
Assinale a alternativa em que ambas as palavras estão acentuadas 
em conformidade com a norma-padrão. 
a) Solicitamos que os técnicos que lêem as provas em braile sejam 
alocados nas salas do segundo andar, onde há mais espaço. 
b) As seqüências de leitura permitiram que os jovens tivessem uma 
ampliação de conhecimentos sobre a literatura romântica. 
c) O rítmo dos trabalhos era tranquilo e, por essa razão, a 
produtividade da fábrica não exauria a capacidade física de seus 
funcionários. 
d) Era comum nos romances o amor proibido entre uma plebéia e 
um príncipe, o que implicava muitas reviravoltas até o final feliz do 
casal. 
e) A saúva é formiga presente em quase todos os países da 
América. Costuma cortar folhas e carregá-las para dentro de seus 
ninhos. 
 
Questão 40 
Por serem oxítonas terminadas em E, acentuam-se as seguintes 
palavras: 
a) café e cafuné. 
b) cafundó e cipó. 
c) vatapá e preá. 
d) chapéu e escarcéu. 
e) céu e léu. 
 
Questão 41 
À luz da norma-padrão, o plural da frase “Ele comprará um troféu e 
um álbum para o filho” será: 
a) Eles comprarão uns trofeis e uns albuns para os filhos. 
b) Eles comprarão uns troféis e uns álbuns para os filhos. 
c) Eles comprarão uns trofeus e uns albuns para os filhos. 
d) Eles comprarão uns troféus e uns álbuns para os filhos. 
 
Questão 42 
oração que conta com todas as palavras devidamente acentuadas de 
acordo com a norma-padrão é: 
a) Eles tem muitas ideias para oferecer aos franceses e ingleses. 
b) Eles têm muitas ideias para oferecer aos franceses e ingleses. 
c) Eles têm muitas idéias para oferecer aos franceses e ingleses. 
d) Eles têm muitas idéias para oferecer aos francêses e inglêses. 
 
Questão 43 
Assinale a alternativa na qual nenhuma palavra deve ser 
graficamente acentuada. 
a) saude • ansia • voo 
b) moqueca • saudavel • textil 
c) abençoo • album • robozinho 
d) paranoico • feiura • abençoo 
e) armazem • joia • ideia 
 
Questão 44 
A palavra “número” é acentuada. Assinale a palavra que também é 
acentuada. 
a) Inteligente. 
b) Magico. 
c) Decimal. 
d) Fatura. 
e) Minuto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80
 
Questão 45 
 
Disponível em: 
<https://educacao.uol.com.br/album/mobile/2015/10/01/a-
reforma-ortografica-e-os- quadrinhos.amp.htm>. Acesso em: 27 
mar.2023 (Adaptado). 
 
Considerando as informações dos quadrinhos, dadas as afirmativas 
sobre a acentuação gráfica, 
 
I. Os ditongos abertos eram acentuados sempre que 
coincidiam com a sílaba tônica das palavras. 
 
II. Deixaram de receber acento gráfico os ditongos abertos 
das palavras paroxítonas. 
 
III. As palavras citadas nos quadrinhos deixaram de receber 
acento agudo devido à mudança da regra dos hiatos. 
 
verifica-se que está/ão correta/s 
a) II, apenas. 
b)III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D A A D A A A C A B 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
A B B B B E B D B A 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
D C A A C C D A B C 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 
E C B C C C E C E A 
41 42 43 44 45 
D B D B C 
 
81
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
82
 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
 
Leia a charge a seguir. 
 
 
 
Você concorda com o que diz a personagem na charge? Escrever 
bem é apenas impressionar os leitores? Reflita um pouco sobre isso, 
antes de iniciar a leitura deste capítulo. 
 
Na verdade, causar uma boa impressão ao falar ou ao escrever é 
apenas a ponta do iceberg quando nos referimos ao domínio que se 
pode ter de uma determinada língua. Melhor do que apenas 
impressionar seus interlocutores é, de fato, garantir a compreensão 
do que dizemos ou escrevemos. 
 
No primeiro capítulo, vimos que há variedades linguísticas que não 
necessariamente correspondem à norma culta. O uso dessas 
variedades é natural, porque toda língua é dinâmica, e depende de 
vários fatores, tais como a situação de interlocução e o estilo pessoal, 
entre outros. Mas todas as línguas contam com uma referência-
padrão — a norma culta —, usada nas situações formais de 
interlocução e nas formas escritas em textos acadêmicos, certos 
jornais, revistas e livros. A norma culta prevê um modo correto de 
escrever as palavras. É sobre isso que vamos nos deter neste 
capítulo. 
 
Ortografia vem do grego orthós: correta, e grafia: escrita. Como 
usuário da língua portuguesa, você não precisa se preocupar em 
decorar todas as regras que indicam as formas corretas de escrever 
as palavras. 
 
Elas serão apreendidas com o tempo, por meio do uso frequente e 
das consultas ao dicionário. Vale lembrar que a ortografia, como a 
língua, também muda, mas muito lentamente: 
 
Ortografia é a parte da gramática que trata da escrita correta das 
palavras. 
 
 
Como você sabe, para registrarmos as palavras na escrita usamos 
letras, que representam os fonemas. 
 
ALFABETO 
Veja estes quadrinhos: 
 
 
 
 
Brincando com os sentidos das palavras que retratam seres e 
períodos históricos extintos (pterodáctilo e jurássico), o desenhista 
aponta a dificuldade de escrever termos que não usamos com 
frequência. 
 
O conjunto de letras de uma língua é chamado de alfabeto. O 
alfabeto da língua portuguesa apresenta vinte e seis letras: 
 
 
 
A letra h, embora não represente nenhum fonema, é empregada no 
início de algumas palavras, no final de certas interjeições e nos 
dígrafos ch, nh e lh. Exemplos: 
 
hálito higiene hiena ah! oh! chiado punho bolha 
 
 
As letras k, w e y são empregadas apenas em nomes próprios 
estrangeiros e seus derivados e em siglas, símbolos e palavras 
adotadas como unidades de medida de uso internacional: 
 
k: km (quilômetro) John Kennedy Hong Kong 
w: darwinismo Wagner kW (quilowatt) 
y: Disneylândia Pink Floyd lorde Byron 
 
EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS 
a) Emprega-se a letra z: 
• em palavras derivadas de outras grafadas com z. Exemplos: 
Feliz – felizardo zelo - zelador 
 
• em substantivos abstratos femininos terminados em -ez e -eza, 
derivados de adjetivos. Exemplos: 
 
Grávida – gravidez esperto - esperteza 
 
• em palavras terminadas em -izar (verbos) e -ização (substantivos), 
derivadas de certos substantivos. Exemplo: 
Colono – colonizar - colonização 
 
b) Emprega-se a letra s: 
 
• nos sufixos -ês, -esa, -isa, -osa, -oso e -ense. Exemplos: 
Freguês consulesa poetisa gasosa oleoso cearense 
 
• em palavras derivadas de outras que têm s no fim do radical. 
Exemplos: 
Dose – dosagem – liso – alisar – análise - analisar 
 
• em todas as formas dos verbos querer e pôr, que têm s, e seus 
compostos. Exemplos: 
Quis – quiseram – pus – puseram - repusesse 
 
• em substantivos derivados de verbos terminados em -nder ou -ndir. 
Exemplos: 
 
Pretender – pretensão expandir - expansão 
 
c) Emprega-se a letra x: 
• depois de ditongo. Exemplos: 
feixe caixa 
 
 
• depois da sílaba inicial en-. Exemplos: 
enxada enxurrada 
 
 
Atenção 
Palavras derivadas de outras que tenham ch mantêm o ch. 
Exemplos: 
83
 
 
encharcar (de charco) enchente (de cheio) enchiqueirar (de 
chiqueiro) 
 
 
• depois da sílaba inicial me-. Exemplos: 
mexer mexerico 
 
Atenção 
Mecha e seus derivados são escritos com ch. 
 
d) Emprega-se a letra j: 
• em palavras derivadas de outras que já tenham j. Exemplos: 
cerejeira (de cereja) lojista (de loja) 
 
• nas formas dos verbos terminados em -jar e -jear. Exemplos: 
 
velejei (velejar) almeje (almejar) lisonjeie (lisonjear) 
 
• em vocábulos de origem ameríndia (sobretudo tupi) ou africana. 
Exemplos: 
 
maracujá pajé jiboia jiló jirau 
 
e) Emprega-se a letra g: 
• em vocábulos formados pelo sufixo -gem. Exemplos: 
paisagem coragem mensagem 
 
Atenção 
Pajem, laje e lambujem com j. 
 
• em vocábulos terminados em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. 
Exemplos: 
 
pedágio colégio prestígio relógio refúgio 
 
• em vocábulos derivados de outros já grafados com g. Exemplos: 
 
mugir — mugido fingir — fingimento agitar — agitação 
 
NOTAÇÕES LÉXICAS 
A língua portuguesa utiliza alguns sinais gráficos para indicar a 
pronúncia correta das palavras e auxiliar na escrita. Esses sinais 
recebem o nome de notações léxicas. São utilizadas as seguintes 
notações léxicas na escrita da língua portuguesa. 
 
Acento agudo (‘) 
Emprega-se sobre as vogais tônicas a, e e o, para indicar o som 
aberto, sobre as vogais fechadas i e u, se forem tônicas, e sobre o e 
fechado de alguns ditongos nasais em e ens: 
 
As palavras aí estão, uma por uma: porém minha alma sabe mais. 
 
MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1972. 
 
Acento grave (`) 
O acento grave indica unicamente a crase, ou seja, a fusão do artigo 
a com a preposição a: 
Certo não, quando ao catar palavras: a pedra dá à frase seu grão 
mais vivo. 
NETO, João Cabral de Melo. Antologia poética. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1979. 
 
Acento circunflexo (^) 
É empregado sobre as vogais tônicas a, e e o para indicar o timbre 
fechado: 
Eu sem você 
Não tenho porquê 
Porque sem você Não sei nem chorar [...] 
MORAES, Vinicius de & POWELL, Baden. Samba em prelúdio. 
In: Vivendo Vinicius ao vivo. São Paulo: BMG / RCA, s/d. 
Til (~) 
O til indica a nasalidade das vogais a e o: 
Pelo sertão não se tem como 
não se viver sempre enlutado 
NETO, João Cabral de Melo. Agrestes; poesia (1981-1985). Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1985. 
Cedilha 
Emprega-se na letra c, antes das vogais a, o e u, para estabelecer o 
seu valor fonético de /s/: 
Já reparei que no teu peito 
soluça o coração bem feito 
De você 
ANDRADE, Mário de. Melhores poemas. São Paulo: Global, 
1997. 
Apóstrofo (‘) 
É empregado para indicar a supressão de um fonema na palavra, 
para se evitar a repetição ou a cacofonia: 
Mas na minh’alma tudo se derrama... Entanto nada foi só ilusão! 
CARNEIRO, Mário de Sá. Dispersão. Coimbra: Presença, 1939 
Hífen (-) 
Emprega-se para unir, principalmente, palavras compostas, 
prefixos e formas verbais a pronomes: 
Morte ao burguês-mensal! 
Ao burguês-caiena! Ao burguês-tílburi! 
ANDRADE, Mário de. Melhores poemas. São Paulo: Global, 
1997. 
Emprego do Hífen 
Leia a charge 
 
 
84
 
O humor dessa charge aproxima uma circunstância econômico-
social (a crise trabalhista) a outra que é relacionada à língua 
portuguesa. O chargista soube aproveitar essa situação, fazendo um 
jogo de palavras com o significado de emprego, que na charge 
significa uso (do hífen) e serviço, trabalho. Observe que o chargista 
não emprega o hífen (ou traço de união) em seu texto, entre o verbo 
(precisa) e o pronome (se). Nesse caso, o emprego desse sinal é 
obrigatório. Saiba agora por quê.Conceituação 
Leia a seguir as regras de uso do hífen. 
 
a) Separar sílabas. Exemplos: 
pneu-mo-ni-a an-si-o-sa com-pa-nhi-a 
 
b) Ligar os pronomes oblíquos a verbos. Exemplos: 
estimá-lo conservar-se-á deixa-se ficar 
 
c) Unir palavras compostas. Exemplos: 
luso-brasileiro amarelo-ouro ano-luz 
 
d) Ligar os sufixos -açus, -mirim e -guaçu a palavras terminadas em 
vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a 
distinção gráfica dos dois elementos. Exemplos: 
sabiá-guaçu capim-açu 
 
e) Ligar topônimos: 
• iniciados por grã ou grão. Exemplo: 
 
Grã-Bretanha 
 
 • iniciados por verbo. Exemplo: 
 
Passa-Quatro (município de MG) 
 
• em que há artigo entre os elementos. Exemplo: 
 
Baía-de-Todos-os-Santos 
 
f) Unir palavras compostas que designam espécies botânicas e 
zoológicas. Exemplos: 
 
erva-doce estrela-do-mar 
 
g) Unir palavras compostas cujo primeiro elemento é além, aquém, 
recém, sem. Exemplos: 
 
além-túmulo aquém-terra recém-chegado sem-teto 
 
h) Unir o advérbio mal a palavras iniciadas por vogal ou h. 
Exemplos: 
 
mal-amado mal-estar mal-habituada 
 
i) Após ante-, anti-, arqui-, auto-, contra-, extra-, hiper-, infra-, inter-
, intra-, micro-, neo-, proto-, pseudo-, semi-, sobre-, sub-, super-, 
supra-, ultra-, se o segundo elemento: 
 
• inicia por h. Exemplos: anti-horário neo-hispânico proto-história 
semi-hospitalar super-homem sub-humano 
 
• tiver a mesma última vogal do primeiro elemento. Exemplos: 
anti-inflamatório arqui-inimigo micro-organismo semi-interno 
 
j) Ligar circum- e pan- a palavras iniciadas por vogal, h, m oun. 
Exemplos: circum-adjacente circum-navegação pan-americano pan-
helenismo pan-mágico 
 
l) Ligar hiper-, inter- e super- a palavras iniciadas por r. Exemplos: 
hiper-resistente inter-regional super-real 
 
m) Ligar x-, vice-; e pós-, pré- e pró- tônicos independentemente da 
letra com que se inicia a palavra à qual se ligam. Exemplos: ex-
presidiário vice-líder pós-moderno pré-vestibular pró-saúde 
 
n) Ligar os prefixos ad- sob- e sub- a palavras que se iniciam por 
consoante igual à consoante final do prefixo. Exemplos: ad-digital 
sob-bosque sub-base sub-bloco 
 
o) Ligar os prefixos ab-, ad-, ob-, sob- e sub- a palavras iniciadas por 
r. Exemplos: ab-rogar ad-renal ob-repção sob-roda sub-raça 
 
ATENÇÃO 
Não se emprega o hífen: 
• nas palavras em que o primeiro elemento termina em vogal e o 
segundo elemento começa por r ou s. 
Exemplos: 
contrarregra pseudossábio semirreta ultrarromantismo 
• nas palavras em que o primeiro elemento termina em vogal e o 
segundo elemento começa por vogal diferente. 
Exemplos: 
autoavaliação bioética infraestrutura intrauterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85
 
CADERNO DE QUESTÕES – ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
Questão 1 
 Dentre as palavras, abaixo, aquela que está grafada de forma 
incorreta é: 
a) ansioso. 
b) propenso. 
c) beneficiente. 
d) intercessão. 
e) pajé. 
 
Questão 2 
Assinale a alternativa que não apresenta nenhum erro de ortografia. 
a) O filme “Dama de Ferro” conta com um elenco jigantesco. 
b) Vale apena assistir o filme. 
c) O filme versa sobre política entre outras coisas. 
d) Agente deveria assistir ao filme. 
 
Questão 3 
Famoso é grafado com –s, assim como 
a) visinho. 
b) naturesa. 
c) cauteloso. 
d) certesa. 
 
Questão 4 
Assinale a alternativa que apresenta uma sentença 
gramaticalmente correta, no que diz respeito à ortografia. 
a) Ele mau havia chegado e já saiu logo em seguida. 
b) Novas regras serão adotadas apartir de fevereiro deste ano. 
c) Finalmente ele admitiu que houve fraude no processo. 
d) Ele é bastante decidido e não costuma olhar para traz. 
e) É importante que você utilize o sinto. 
 
Questão 5 
 
Assinale a alternativa que apresenta uma sentença 
gramaticalmente correta, no que diz respeito à ortografia. 
a) Cancelaram a sessão solene na qual os ministros estariam 
presentes. 
b) Parece que faltou bom censo na decisão tomada pelo cordenador. 
c) O concerto dos aparelhos eletrônicos vai fica muito caro. 
d) Os músicos foram aplaudidos ao fin do conserto. 
e) Eles mereçem nosso reconhecimento por seu trabalho. 
 
Questão 6 
Assinale a alternativa na qual todas as palavras apresentadas estão 
grafadas corretamente. 
a) ferrujem; garagem; pedágio 
b) barragem; pajem; refúgio 
c) hegemonia; hereje; engessar 
d) arranjo; fuligem; gorgear 
e) relógio; garajem; jejum 
 
Questão 7 
Assinale a alternativa em que todos os vocábulos 
estão corretamente grafados. 
a) chícara, xerife, xará 
b) enxaqueca, enchente, mexer 
c) enxofre, deboche, mecherico 
d) encharcar, enxurrada, chará 
e) puxar, mochila, xuxu 
 
 
 
Questão 8 
As questões notacionais da Língua Portuguesa se referem, entre 
outras coisas, a palavras e expressões que frequentemente provocam 
dúvidas em relação à sua ortografia. 
 
A esse respeito, assinale a opção ortograficamente correta. 
a) A cerca de vinte carros enguiçados na avenida. 
b) Os livros foram vendidos há cerca de dez semanas. 
c) Os clientes esperaram o médico a cerca de duas horas. 
d) O padre falou por horas há cerca do pecado original. 
e) Os policiais estavam acerca de cem metros do assaltante. 
 
Questão 9 
Todas as palavras estão corretamente grafadas em: 
a) Restou somente o descanço de vigorosas rochas adormecidas. 
b) Não tenho a pretenção de saber muito acerca de coisas antigas. 
c) Eu simplesmente não acho que ela tem a intenção de fazer isso. 
d) O forte era uma construção grandiosa, remanecente de alguma 
guerra antiga contra os galeses. 
 
Questão 10 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as respectivas 
lacunas abaixo, de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa. 
 
1. Entenda o que está por de cada comportamento. 
 
2. A Giovana sempre muitos livros da escola. 
a) traz / trás 
b) traz / traz 
c) detrás / traz 
d) de trás / trás 
 
Questão 11 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente 
grafadas de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. 
a) Passaram-se 31 anos até que outra mulher assumisse esse mesmo 
lugar de prestíjio 
b) Consequência de seu perfil discreto, disciplinado e exigente, 
pouco se sabia sobre a sua vida privada. 
c) Durante seu percurço no serviço público, manteve-se longe dos 
holofotes. 
d) A firmeza e serenidade que manteve durante os embates 
parlamentares mais difícieis da reforma foram talhadas por sua 
história de vida sofrida. 
 
Questão 12 
De acordo com o novo guia ortográfico, assinale a 
alternativa incorreta. 
a) Palavras terminadas em “oo”, “eem” não levam acento. Ex. 
enjoo, creem. 
b) Não há acento nos ditongos “ei”, “oi”. Ex: ideia, heroico. 
c) As oxítonas levam acento: Ex: chapéus, heróis. 
d) Usa-se o trema. Ex: tranqüilo, agüentar. 
e) Não há acento em “para”, do verbo parar. 
 
Questão 13 
Observe as colunas abaixo. Na segunda coluna, em cada nome, 
existe uma lacuna. Esta deve ser 
preenchida CORRETAMENTE com uma das letras indicadas na 
primeira coluna. 
 
(z) 
(s) 
(j) 
(g) 
 
( ) Parali_ar 
( ) Apra_ar 
( ) Ti_ela 
( ) _ia 
( ) A_ia 
( ) Li_eiro 
86
 
 
Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA. 
a) s/z/g/j/z/g 
b) s/z/j/g/z/j 
c) z/s/j/g/z/j 
d) s/z/g/j/j/g 
e) z/s/g/j/z/j 
 
Questão 14 
Atenção: o texto a seguir refere-se a próxima questão. 
 
Problemas da segurança pública 
 
“Esse trabalho científico se destina a realizar uma análise sobre a 
situação da segurança pública do Brasil, enfatizando suas falhas. 
Sendo abordada a violência que assola o meio social, bem como o 
sentimento de impunidade. Dessa forma, são apresentados os 
aspectos que envolvem esse serviço público, como o trabalho da 
polícia e o sistema das prisões. Além disso, é evidenciada a política 
brasileira que se torna um empecilho àgarantia de uma sociedade 
mais segura. É importante ressaltar que nesse trabalho será 
evidenciada a violência que tem como praticantes agentes que 
delinquem reiteradamente e que são réus de diversos processos 
penais.” 
 
(Jus.com.br / 28-07-2015) 
 
A seguinte palavra empregada no texto mostra duplicidade de 
formas gráficas igualmente corretas: 
a) análise / análize. 
b) enfatizando / enfatisando. 
c) aspecto / aspeto. 
d) assola / açola. 
 
Questão 15 
São formas variantes apenas as palavras existentes na alternativa: 
a) Inapto e inepto. 
b) Inserto e incerto. 
c) Conserto e concerto. 
d) Cociente e quociente. 
e) Curto e culto. 
 
Questão 16 
O Chapeleiro Maluco 
 
O Chapeleiro Maluco, também chamado de Chapeleiro Louco é um 
personagem de Alice no País das Maravilhas. Ele é o melhor amigo 
da Lebre Maluca e é visto pela primeira vez na cena mais famosa do 
filme, A Festa do Chá. 
 
O Chapeleiro Maluco é residente do País das Maravilhas e o melhor 
amigo da Lebre Maluca, como mencionado acima. Juntos, os dois 
geralmente se envolvem em festas de chá; a maioria dos quais são 
para comemorar seus "Desaniversários". Enquanto o Chapeleiro é 
alto, excêntrico e louco como o resto dos moradores do País das 
Maravilhas, ele também é bastante charmoso, e pode ser bem-
educado de vez em quando, especialmente quando se lida com os 
visitantes, como Alice. De acordo com o Chapeleiro, ele e a Lebre 
nunca receberam elogios em seu canto, e eles são geralmente os 
únicos atendentes nas festas frequentes de desaniversário, 
aparentemente fazendo os desterrados no reino do País das 
Maravilhas. Isso é mais provável devido a suas palhaçadas 
arrogantes e personas, assim como o fato de que ambos são, 
especialmente o Chapeleiro Maluco, encrenqueiros, embora 
inocentes. Isso pode ser visto quando o Chapeleiro Maluco faz uma 
tentativa de "consertar" o relógio do Coelho Branco. 
 
Como disse antes, uma das características do Chapeleiro Maluco 
inclui ser bastante carismático. Ele tende a usar termos como "minha 
querida" quando se refere a Alice, é mostrado para ser cortês, e é em 
geral o lado mais amável do duo que é o próprio e a Lebre Maluca, 
que é muito mais ruidoso e franco. 
 
Fonte: https://disneyprincesas.fandom.com/ptbr/ 
wiki/Chapeleiro_Maluco 
 
O Chapeleiro Maluco e a Lebre são vistos pela última vez quando 
Alice tenta escapar da Rainha e de seus guardas, parando a garota, 
insistindo que ela se junte a eles para uma xícara de chá (...) assim 
como a palavra “xícara” é grafada, corretamente, com x, também 
segue a mesma regra: 
a) pixar. 
b) coxilar. 
c) deboxe. 
d) engraxar. 
e) xuxu. 
 
Questão 17 
Barbarismos ortográficos ocorrem quando as palavras são grafadas 
em desobediência à lei ortográfica vigente. Marque a alternativa em 
que NÃO ocorre desvio da norma culta. 
a) privilégio – enxergar – ansioso. 
b) espontaneidade – subzídio – meteorologia. 
c) paralização – análise – pesquisa. 
d) quizer – recensiador – prazerosamente. 
e) pretencioso – impecilho – piscina. 
 
Questão 18 
Analise a afirmativa a seguir. 
 
Esse fato não é um para de . 
 
Marque a alternativa que preenche CORRETA e respectivamente 
as lacunas. 
a) impecilho / contensão / despezas 
b) empecilho / contenção / despezas 
c) impecilho / contenção / despesas 
d) empecilho / contensão / despesas 
e) empecilho / contenção / despesas 
 
Questão 19 
A escrita das palavras está de acordo com o padrão culto da língua 
portuguesa em 
a) digladiar – empecilho – disenteria – cataclismo – adivinhar. 
b) degladiar – empecilho – disenteria – cataclismo – advinhar. 
c) digladiar – impecilho – desinteria – cataclisma – adivinhar. 
d) digladiar – empecilho – desinteria – cataclismo – advinhar. 
e) degladiar – empecilho – disenteria – cataclisma – adivinhar. 
 
Questão 20 
Texto 
 
Até o momento, não há um remédio eficaz contra o vírus da dengue. 
No entanto, o tratamento é realizado à base de analgésicos e 
antitérmicos e pode ser feito no , com orientação para 
retorno ao serviço de saúde. Indica-se hidratação oral com aumento 
da ingestão de água, sucos, chás, soros caseiros etc. Não devem ser 
usados medicamentos com ou derivados do ácido acetilsalicílico 
(AAS) e anti-inflamatórios derivados (como a dipirona), por 
aumentar o risco de . No que se refere à dengue 
hemorrágica, o tratamento é realizado a partir de internação 
hospitalar do paciente. 
 
A prevenção da doença pode ser feita de duas formas. Uma pela 
redução ou controle de infestação pelo mosquito, medida que tem 
sido promovida e realizada nos últimos anos pelo Ministério da 
Saúde, que sempre solicita ajuda e da população. A 
outra seria a utilização de uma vacina eficaz. No entanto, ainda não 
está disponível para aplicação em larga escala uma vacina 
tetravalente, ou seja, a qual deverá imunizar contra os quatro tipos 
de vírus dengue. Os resultados até então obtidos não permitem 
definir com certeza quando vacinas estarão disponíveis para a 
doença, restando, como alternativa, as medidas de combate aos 
vetores. 
 
(Fonte: Fiocruz - adaptado.) 
87
 
 
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do 
texto CORRETAMENTE: 
a) domicílio | hemorragias | conscientização 
b) domicilio | emorragias | concientização 
c) domicilio | hemoragias | consientização 
d) domissílio | hemorrajias | conscientização 
 
Questão 21 
Em “Até mesmo o ex-ministro Magri poderia ter sua imagem 
retocada quando ele disse que aquele Plano era imexível”, as letras 
maiúsculas nos termos em destaque foram empregadas para indicar 
a) dois substantivos próprios de alto conceito político. 
b) um substantivo próprio e um adjetivo pátrio. 
c) um substantivo próprio e um nome consagrado por sua 
importância. 
d) um substantivo próprio e uma norma política. 
 
Questão 22 
Ocorre ERRO de ortografia em: 
a) Aonde você quer ir? 
b) Eles não veem muito bem de longe, são míopes. 
c) Já chega de criar impecilho. 
d) Os papéis estão muito bem definidos. 
 
Questão 23 
As icônicas cabines telefônicas de Londres podem ganhar uma 
nova e inusitada função 
 
O plano inicial é que duas cabines telefônicas na Coventry Street, 
em Londres, sejam convertidas em máquinas de venda automática, 
funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana. As cabines 
desativadas seriam ___________ e preenchidas com bebidas e 
lanches. 
 
A idealizadora do projeto, Nuriyeh Popalzi, que apresentou o pedido 
de planejamento em nome do Esquema de Apoio ao Jovem 
Empreendedor, disse que os quiosques estão em mau estado e 
atraindo comportamento ___________. 
 
Escrevendo ao Conselho da Cidade de Westminster, Nuriyeh disse 
que os estandes icônicos seriam consertados e reformados para 
deixá-los em boas condições, inclusive dando a eles uma nova 
camada de tinta vermelha. Ela espera que as reformas tenham um 
efeito ___________ na comunidade local. O projeto, no entanto, 
ainda está em fase de análise. 
 
(Fonte: Hypeness - adaptado.) 
 
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto: 
a) esvaziadas I antissocial I positivo 
b) esvasiadas I antisocial I pozitivo 
c) esvaziadas I antisocial I pozitivo 
d) esvasiadas I antiçocial I positivo 
 
Questão 24 
Analise a frase a seguir e com base nessa informação marque a 
alternativa que contém um erro ortográfico: 
 
“Homônimos são os vocábulos que possuem pronúncia e/ou 
grafia iguais, mas significados diferentes.” 
a) Márcio colocou a sela no cavalo hoje pela manhã. 
b) Quando for sair, favor cerrar a porta, obrigado. 
c) O IBGE realizou um censo que definiu a quantidade de membros 
em cada família. 
d) O concelho de Lisboa aprovou a abertura do concurso público. 
e) O objetivo da reunião é consertar os erros cometidos semana 
passada. 
 
Questão 25 
Todo astronauta precisa de grande capacidade de 
________________ e controle de __________________ . 
 
As palavrasque completam corretamente a frase acima são: 
a) adapitação – expectativas. 
b) adaptassão – espectativas. 
c) adaptação – expectativas. 
d) adaptação – espectativas. 
e) adaptação – esspectativas. 
 
Questão 26 
Quanto à ortografia, assinale a alternativa correta. 
a) O evento beneficiente da associação foi um sucesso de público. 
b) O site de metereologia ficou fora do ar o dia todo. 
c) Durante a nossa vida profissional, podemos encontrar diversos 
empecilhos. 
d) Renato não consegue reconhecer que passou uma infância repleta 
de previlégios. 
 
Questão 27 
A audiência de foi por todas as emissoras. 
 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
ortografia, assinale a alternativa que preenche corretamente as 
lacunas. 
a) reconciliação / focalizada 
b) reconsiliação / focalizada 
c) reconsiliação / focalisada 
d) reconciliação / focalisada 
 
Questão 28 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
ortografia, assinale a alternativa correta. 
a) A discução foi tão acirrada que precisou ser adiada para dias 
depois. 
b) Os juristas consideraram que a medida não se assenta em 
nenhuma lei. 
c) Seria preciso analisar outras formas de resolver a questão 
inuzitada. 
d) Anteriormente, nenhum advogado quizera pegar o caso 
mensionado. 
 
Questão 29 
Todas as palavras são escritas com G, EXCETO: 
a) can__ica. 
b) está__io. 
c) prestí__io. 
d) reló___io. 
 
Questão 30 
O ______________ da produção não foi bem utilizado e era possível 
sentir o cheiro dos alimentos estragados de longe. A empresa ainda 
não sabe se conseguirá superar mais esse ____________. 
 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
ortografia, assinale a alternativa que preenche corretamente as 
lacunas. 
a) escedente / revéz 
b) excedente / revéz 
c) escedente / revés 
d) excedente / revés 
 
Questão 31 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à 
ortografia, assinale a alternativa correta. 
a) Contrariando as espectativas, a crise durou apenas alguns meses. 
b) Sinais de melhora já podiam ser vizualizados poucos meses 
depois. 
c) Ainda assim, foi difícil evitar a apreensão que tomou o paciente. 
d) Depois de muitos exames, constatou-se a recuperação da 
contorsão. 
 
Questão 32 
De acordo com as normas gramaticais de ortografia, marque a 
sequência com todos os vocábulos corretos: 
88
 
a) pixar, mecher, lonje, exigir, atrasado. 
b) cinqüenta, microondas, beje, iorgute, paralisar. 
c) pesquiza, asia, prezado, ancioso, suspense. 
d) subsídio, excesso, compreensão, necessidade, jeito. 
e) lage, análize, exigir, giboia, lastro. 
 
Questão 33 
Assinale a alternativa em que todas as palavras devem ser 
completadas com a letra indicada entre parênteses. 
a) influ__; bas__lar; arr__amento; requ__sito (i) 
b) __iboia; man__ericão; vare__ista; trá__icas (j) 
c) encai__ar; en__ugar; capi__aba; apetre__os (x) 
d) exce__ão; interce__ão; absten__ão; expan__ão (ç) 
 
Questão 34 
Analise o fragmento abaixo: 
 
Pessoas que na...eram e cre...eram em cenários políticos, 
sociais, econômicos e tecnológicos distintos estão o tempo 
todo intera...indo. Elas possuem hábitos influenciados por 
esses fatores, e na Educação não é diferente. Nas escolas de 
Educação Básica, professores, em sua maioria das gerações 
baby boomers, X e Y, se misturam com os estudantes das 
gerações Z e Alpha – as duas últimas consideradas nativas 
digitais. Apesar de de...afiadora, essa coexistência é 
extremamente enriquecedora. 
 
(Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/21591/ensino-
e-mais-eficiente-quando-dialoga-com-o-perfil-geracional-do-aluno 
– texto adaptado). 
 
Considerando a correta ortografia das palavras em Língua 
Portuguesa, assinale a alternativa que 
preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas do 
fragmento. 
a) sc – c – j – s 
b) c – sc – g – z 
c) c – c – j – z 
d) sc – sc – g – s 
e) sc – c – j – z 
 
Questão 35 
A única palavra corretamente grafada é: 
a) Entorpecente. 
b) Acessor. 
c) Insencível. 
d) Encejar. 
e) Decender. 
 
Questão 36 
[...] Vários fatores interferem para o sucesso ou o fracasso de um 
empreendimento. Uns controláveis, outros incontroláveis, ou seja, 
não dependem somente da habilidade ou do conhecimento do gestor, 
ainda que isso ajude. Empreender é se comprometer com o sucesso 
de cada uma de suas decisões. Pessoas e recursos estão envolvidos 
nesse processo. O importante é descobrir o que você sabe fazer 
melhor do que os outros, porque seu sucesso está intimamente ligado 
a isso. É possível trabalhar com alegria e ser muito bem-sucedido 
em qualquer atividade, desde que se tenha conhecimento. Dessa 
forma, é preciso despertar o indivíduo, é preciso aguçar sua 
curiosidade, a fim de estimular seu aprimoramento contínuo. 
 
Texto extraído e adaptado da obra Marketing Estratégico para 
Organizações e Empreendedores, de Marcelo Zenaro e Maurício 
Fernandes Pereira. 
 
Assinale a alternativa a seguir que não apresenta nenhum erro 
ortográfico em relação ao contexto de cada uma das sentenças. 
a) O tráfico em São Paulo é responsável por inúmeros atrasos de 
funcionários. 
b) A camareira precisou revisar seu turno com sua amiga. 
c) A mãe da vítima ficou inconformada com a dilação da sentença 
do assassino. 
d) O mergulhador precisou imergir porque seu cilindro de oxigênio 
sofreu avaria. 
e) O fazendeiro sabe arriar o cavalo perfeitamente. 
 
Questão 37 
Assinale a alternativa em que a frase está em conformidade com a 
ortografia da língua portuguesa. 
a) A exitação das crianças é compreensível justamente pela pouca 
idade delas. 
b) A alça do cesto vinha de baixo dele e não das bordas como em 
cestos comuns. 
c) De uma aldeia não era possível visualisar o que estava 
acontecendo na outra. 
d) A susseção de acontecimentos naquela noite hoje não passa de 
lembrança. 
e) A choradera era uma demonstração de recusa que os pais não 
aceitavam. 
 
Questão 38 
Em relação à ortografia, assinalar a alternativa CORRETA: 
a) Almoço. 
b) Aufinete. 
c) Altomóvel. 
d) Aumejar. 
 
Questão 39 
Considerando a ortografia oficial da língua portuguesa, analisar os 
itens abaixo: 
 
I. Nascença. 
II. Espectativa. 
III. Choça. 
IV. Enxerto. 
 
Estão grafados CORRETAMENTE: 
a) Somente os itens I e II. 
b) Somente os itens I e III. 
c) Somente os itens I, III e IV. 
d) Somente os itens II, III e IV. 
 
Questão 40 
Assinale a opção em que todas as palavras estão corretas do ponto 
de vista ortográfico: 
a) chuchu, jeito, concessões, discrição 
b) xuxu, jeito, concessões, discrição 
c) xuxu, geito, conseções, discreção 
d) chuchu, geito, concessões, discreção 
e) chuchu, jeito, conseções, discrição 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
C C C C A B B C C C 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
B D A C D D A E A A 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
D C A D C C A B A D 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 
C D A D A C B A C A 
 
89
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS 
PALAVRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
90
 
 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
 
Leia a tirinha a seguir. 
 
 
 
No texto, o quadrinista criou humor, ao explorar duas palavras que 
mantêm uma semelhança: lado e colaterais. Como Hagar sentia uma 
dor lateral, o médico tentou diagnosticá-la, relacionando-a aos 
efeitos colaterais do remédio. O jogo entre essas palavras ocorre 
devido à formação e ao significado de ambas. 
 
Quanto à formação, a locução de lado corresponde ao adjetivo lateral 
do qual se origina colateral, e que têm um elemento comum: a forma 
latina latus. Observe que, em relação ao significado, essas palavras 
referem- -se a posições marginais que cercam o meio ou o centro de 
algo. Por extensão, os efeitos colaterais de um remédio 
correspondem aos efeitos que aparecem ao lado ou junto (co + 
laterais) àquelesdesejados. Portanto, o conhecimento dos elementos 
formadores de palavras ou dos morfemas favorece a compreensão 
do texto. 
 
A seguir, vamos tratar mais detalhadamente desses elementos que 
constituem as palavras. 
 
A palavra apresenta em sua estrutura diferentes elementos. As 
unidades significativas formadoras das palavras chamam-se 
morfemas ou elementos mórficos (do grego morphé: forma). Cada 
um desses elementos de composição mínima e indivisível fornece 
um significado à palavra formada. 
 
Se voltarmos à palavra colateral e nos detivermos no morfema co, 
percebemos que o morfema mudou o significado da palavra, assim 
como acontece nas palavras co-seno, co-tangente e cooperar. 
 
Morfemas são as unidades mínimas significativas da palavra 
 
 
Concluindo, as palavras podem apresentar em sua estrutura os 
seguintes elementos mórficos: radical, afixo, desinência, vogal 
temática, vogal e consoante de ligação. Vejamos caso por caso. 
 
Radical 
Constitui o elemento estrutural básico da palavra, que expressa seu 
significado e não apresenta variação. Exemplos: 
 
lat-eral co-lat-eral lat-eralidade 
 
O radical dessas palavras está destacado. As palavras que têm um 
morfema comum ou um mesmo radical formador de uma mesma 
família chamam-se palavras cognatas. Exemplos: 
 
vidr-o vidr-aça vidr-aceiro en-vidr-açar 
 
Há palavras que apresentam somente o radical. Exemplos: 
sol voz gol sabor 
 
Afixo 
É o elemento que se junta ao radical e forma uma nova palavra com 
significado diferente. Como vimos em colateral, houve o acréscimo 
do morfema co, que significa junto, concomitante; e também do 
morfema al, cuja ideia é de relação. O afixo anexado antes do 
radical chama-se prefixo; quando colocado depois do radical, é 
chamado de sufixo. O sufixo pode mudar a classe gramatical a que 
originalmente pertence o radical. 
Veja mais estes exemplos: 
 
Desinência 
Esse morfema, que indica as flexões dos nomes e dos verbos, sempre 
aparece no final das palavras variáveis, ou seja, que variam na forma 
(por exemplo, verbos, substantivos, etc.). As desinências nominais 
caracterizam as variações dos substantivos, adjetivos e certos 
pronomes quanto ao gênero (masculino e feminino) e número 
(singular e plural). Observe: 
 
 
 
 
As desinências verbais indicam as variações dos verbos, que são 
de: 
pessoa (primeira, segunda e terceira); 
número (singular e plural); 
tempo (presente, passado e futuro); 
modo (indicativo, subjuntivo e imperativo). 
 
Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
91
 
Vogal temática 
Tem a função de ligar o radical às desinências, além de formar 
algumas classes de palavras. 
 
A vogal temática pode ser nominal ou verbal. A verbal indica a 
conjugação do verbo: primeira conjugação (vogal a), segunda 
conjugação (vogal e) e terceira conjugação (vogal i). Observe: 
 
 
 
Vogais temáticas nominais são as vogais átonas finais -a, -e, -o que, 
unidas a radicais nominais (paroxítonos ou proparoxítonos), se 
referem a um substantivo ou adjetivo. Veja os exemplos: 
 
 
 
A vogal temática nominal não indica o gênero gramatical, pois pode 
ocorrer tanto em palavras de gênero masculino, como de feminino. 
Exemplos: o poeta; a corte. 
 
ATENÇÃO 
A união do radical com a vogal temática é chamada de tema. 
Exemplos: 
 
 
 
A vogal temática nem sempre aparece, por isso existem palavras 
atemáticas. Se não houver vogal temática, o tema e o radical são 
iguais. Exemplos: 
 
 
Vogal e consoante de ligação 
São elementos que unem determinados radicais a certos sufixos, para 
facilitar ou ainda possibilitar a leitura de determinada palavra. Não 
representam morfemas, já que não têm nenhum significado. Veja os 
exemplos: 
 
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
Leia os quadrinhos. 
 
 
Texto do primeiro quadrinho: -Meu pé está dormente. 
 
Texto do terceiro quadrinho: - e sonhante. 
 
O personagem Garfield é famoso por sua constante preguiça, por 
isso quase sempre ele está dormindo. 
 
1. Observe os dois primeiros quadrinhos e relacione-os, 
explicando o que ocorre 
2. No terceiro quadrinho, Garfield continua deitado. Por que 
ele pensa que seus pés estão sonhantes? 
3. Que recurso o quadrinista usou para nos sugerir essas 
ideias? 
4. A conclusão de Garfield, no último quadrinho, confirma 
que seus pés sonham o impossível — fazê-lo andar. Você 
já se sentiu sonhando com o improvável? Esclareça sua 
resposta. 
 
92
 
Muitas vezes as palavras existentes não expressam integralmente os 
sentimentos ou as ideias, por isso são criados novos vocábulos. 
Observe que o quadrinista criou uma palavra mais expressiva, no 
terceiro quadrinho; o adjetivo sonhante, que se forma como 
dormente. Sonhante origina-se do verbo sonhar e recebe o sufixo -
nte. A necessidade de comunicação gera situações como essa da tira; 
por isso, existem dois processos básicos de formação de palavras, 
chamados derivação e composição. 
 
Derivação 
Leia o trecho do poema a seguir. 
CASO PLUVIOSO 
[...] 
Não me chovas, maria, mais que o justo chuvisco de um momento, 
apenas susto. 
 
Não me inundes de teu líquido plasma, não sejas tão aquático 
fantasma! 
 
Eu lhe dizia — em vão — pois que maria quanto mais eu rogava, 
mais chovia. 
 
E chuveirando atroz em meu caminho, o deixava banhado em triste 
vinho. 
 
[...] 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa . Rio de 
Janeiro: Nova Aguilar, 2002. 
 
a) Nos versos iniciais do poema, o eu lírico pede a uma mulher para 
que não “chova” tanto. Observe a linguagem figurada do texto, antes 
de responder às questões. Na sua opinião, quem seria essa mulher 
que o eu lírico chama de Maria? 
 
b) No texto, o nome da mulher é escrito em letra minúscula. Por quê? 
 
c) Na 1a estrofe, por que o eu lírico roga à mulher que não chore? 
 
d) Na 2a estrofe, o eu lírico passa a suplicar à mulher. Por quê? 
 
e) Como termina esse caso pluvioso, apesar dos apelos do eu lírico? 
 
f) No texto, o poeta explorou várias palavras relacionadas a coisas 
líquidas. Identifique-as e explique por quê. 
 
g) Que palavras dentre essas mencionadas na questão anterior têm o 
mesmo radical? Identifique-o 
 
Observe que as palavras chuvisco (diminutivo) e chuveirando 
originam- -se do substantivo chuva e são formadas com o acréscimo 
de sufixos -isco e -ndo. São, portanto, palavras derivadas, e 
caracterizam a formação de palavras por derivação. 
 
Veja ainda estes exemplos: 
água — aguaceiro; aquático; desaguar; desaguadouro vinho — 
vinhedo; vinhateiro; vinhoso; vinheiro 
 
Como você observou, novas palavras são formadas pelo processo de 
derivação, com o acréscimo de sufixos (aguaceiro), de prefixos 
(desaguar) ou de prefixos e sufixos (desaguadouro). 
Formação de palavras é o conjunto de processos da 
Morfossintaxe que permitem a criação de vocábulos novos com 
base em radicais. 
 
Ocorre derivação quando se forma uma nova palavra (derivada), 
a partir de uma palavra primitiva, com o acréscimo de prefixo 
e/ou sufixo. Esses afixos muitas vezes modificam o significado 
da palavra e também a classe gramatical. 
Derivação prefixal ou prefixação 
Acrescenta-se um prefixo a um radical ou a uma palavra primitiva, 
cujo sentido se altera. 
 
Derivação sufixal ou sufixação 
Acrescenta-se um sufixo ao radical ou a uma palavra primitiva, que 
pode mudar de significado ou de classe gramatical. 
 
 
 
Derivação parassintética ou parassíntese 
Resulta do acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um 
mesmo radical ou à palavra primitiva. Em geral, as palavras 
parassintéticas originam-se de substantivos ou de adjetivos e 
formam nomes e, sobretudo, verbos. É importante destacar que, por 
meio desse processo, se for retirado o prefixo ou o sufixo, não restará 
uma palavra com sentido completo. Veja: 
 
 
Derivação prefixal e sufixal 
Acrescenta-se um prefixo e um sufixo a um mesmo radical em 
sequência, ou seja, os afixos não são anexados ao mesmo tempo. 
Mesmo que não haja o prefixo ou o sufixo, a palavra já apresenta um 
sentido completo. 
 
 
Derivaçãoregressiva 
Suprime-se a parte final de uma palavra primitiva e, por meio dessa 
redução, obtém-se uma palavra derivada. Formam-se 
principalmente substantivos a partir de verbos, em geral da primeira 
e da segunda conjugações. Por essa razão, esses substantivos são 
chamados deverbais e expressam sempre o nome de uma ação. Faz-
se a substituição da desinência verbal por uma das vogais temáticas 
nominais -a, -e ou -o. 
 
 
Há casos em que é o verbo que se forma a partir do substantivo, 
quando esse substantivo representa objeto ou substância e não 
exprime ação. Portanto, o verbo constitui a palavra derivada, e o 
substantivo é a palavra primitiva. Veja: 
 
 
Derivação imprópria 
Mudança de classe gramatical, sem que haja modificação em sua 
forma. Observe: 
93
 
 
 
Composição 
Leia a charge. 
 
 
a) Descreva o ambiente e as personagens do texto e comente 
a intenção do chargista ao caracterizá-las. 
b) Relacione o título da charge às ideias desenvolvidas no 
texto, observando o sentido das palavras 
c) Como o chargista enfatiza sua sátira social? 
d) Na charge, os ricos estão cercados por guarda-costas, que 
também pode significar embarcação destinada a defender 
as águas costeiras. Associe esse fato às palavras da 
personagem e exponha suas ideias sobre as consequências 
da disparidade social em nosso país. 
 
Observe na charge a palavra guarda-costas. Na sua composição, 
notam-se duas palavras (verbo + substantivo) que se unem para 
formar uma palavra composta com nova significação. A formação 
de guarda-costas não se originou de sufixação ou prefixação, mas 
sim pela justaposição de dois outros vocábulos. 
 
Ocorre composição quando se unem duas ou mais palavras ou 
radicais, para a formação de uma palavra composta, com nova 
significação 
 
Composição por justaposição 
As palavras ou radicais se unem sem nenhuma alteração fonética ou 
gráfica, ou seja, conservam a mesma pronúncia e escrita, sendo 
ligados, ou não, por hífen. Veja alguns exemplos: 
 
Composição por aglutinação 
As palavras ou radicais fundem-se e ocorre a perda ou a alteração 
fonológica na sua forma ou fonética. Observe as modificações nos 
vocábulos a seguir: 
 
 
 
A composição ocorre também com o uso de radicais que não têm 
sentido independente na língua, geralmente radicais gregos e latinos. 
As palavras assim formadas chamam-se compostos eruditos. 
Exemplos: 
 
 
 
Dentre os componentes eruditos, há os helenismos (radicais gregos) 
e os latinismos (radicais latinos), que são considerados, por 
conveniência, compostos por aglutinação. Exemplos: 
 
 
 
Outros processos de formação das palavras 
Leia a tira. 
 
 
a) No texto, a senhora que recepciona a professora e os alunos no 
museu comete um equívoco. Comente a crítica do quadrinista, 
baseando-se nesse fato, na fala e na reação das personagens. 
b) Releia os empréstimos linguísticos empregados no segundo 
quadrinho. Que estrangeirismos de uso mais frequente você 
conhece, e qual a sua opinião sobre a invasão de termos estrangeiros 
em nossa língua? 
 
Entre os outros processos de formação de palavras estão os 
estrangeirismos, os hibridismos, as abreviaturas, as onomatopeias, 
os neologismos, as siglas e as palavras-valise. A seguir, veremos 
cada um deles. 
 
Estrangeirismos (empréstimos linguísticos) 
Na tira do Menino Maluquinho, ocorrem dois exemplos de 
estrangeirismos: yes e come on. 
 
Atualmente o inglês norte-americano é a maior fonte de 
empréstimos em nossa língua. 
 
Muitas vezes ocorre um aportuguesamento gráfico fonológico das 
palavras estrangeiras que se incorporam ao idioma, como em xampu, 
futebol, abajur, boate. Há casos em que as palavras não se alteram e 
devem ser escritas com algum destaque (geralmente itálico): show, 
shopping, air-bag, workaholic, check-out. 
 
Os empréstimos linguísticos devem ocorrer apenas quando 
necessário; portanto é inaceitável usá-los em excesso. 
 
Estrangeirismos são os empréstimos linguísticos provenientes 
de línguas estrangeiras em diferentes épocas. 
 
94
 
Hibridismo 
Leia o seguinte texto, adaptado de uma propaganda: 
 
“Um grande automóvel não precisa necessariamente ser um 
automóvel grande”. 
 
A palavra automóvel é composta por dois elementos de origens 
diferentes: auto, que vem do grego, e móvel, do latim. 
 
Veja esses outros exemplos: 
 
surfista (inglês e grego) 
reportagem (inglês e latim) 
sociologia (latim e grego) 
sambódromo (quimbundo ou umbundo e grego) 
 
O hibridismo ocorre quando há a combinação ou a união de 
palavras em cuja formação entram elementos de línguas 
diferentes. 
 
Abreviação ou redução vocabular 
 
O termo metrô que aparece neste quadrinho é uma abreviação para 
metropolitano. O fenômeno da abreviação ou redução vocabular é 
muito comum na língua oral, e mesmo na escrita, por ser mais fácil 
e rápido. É uma maneira de economizar tempo. 
 
Leia mais estes exemplos: 
 
 
 
A abreviação resulta da eliminação de um segmento da palavra 
para se obter uma forma mais curta, que tem o mesmo significado 
da palavra original. 
 
A forma reduzida é empregada principalmente na linguagem 
coloquial para expressar certos sentimentos como preconceito, 
carinho ou desprezo. Veja o exemplo: 
 
É muita neura para uma pessoa só! 
 
Na frase, neura é uma forma abreviada de neurose, e tem um sentido 
pejorativo. 
 
Usa-se também hoje um prefixo ou um elemento de uma palavra 
composta em substituição ao termo completo. Nesse último caso, a 
forma abreviada deve estar num contexto, para compreensão do 
significado. 
 
Exemplos: 
 
 
Onomatopeia 
Leia a história em quadrinhos. 
 
As histórias em quadrinhos costumam reproduzir os sons da 
natureza, dos animais, de barulhos como máquinas de datilografia, 
de lavar roupa, etc. Nesse exemplo, splsh caracteriza o som de Dudu 
caindo na água. Quando uma nova palavra é criada a partir da 
reprodução destes sons, tem-se uma onomatopeia. 
 
Exemplos: 
 
Onomatopeia é a imitação de sons, ruídos e vozes de animais 
que são reproduzidos pela formação de uma palavra nova. 
 
Neologismo 
 
Texto do primeiro quadrinho: Eu estava pensando...nunca tive um 
bip. 
 
Texto do segundo quadrinho: Em toda a minha vida, nunca fui 
bipado. 
 
Texto do terceiro quadrinho: Apesar de terem buzinado pra mim 
muitas vezes. 
 
Você já deve ter percebido que bip é uma onomatopeia, pois 
reproduz o barulho do aparelho. Como você classificaria bipado, que 
aparece na tira acima? É um termo inventado, derivado de bip, certo? 
Termos de recente criação na língua, sejam eles de conhecimento 
geral ou utilizados em particular por algum escritor, são 
considerados neologismos. 
 
Exemplos de palavras recém-criadas: internauta, deletar. 
 
Neologismos são palavras criadas recentemente ou usadas com 
um novo significado, para atender às necessidades de expressão 
dos usuários da língua. Chama-se neologismo semântico a 
palavra alterada apenas no seu sentido: marginal (malfeitor ou 
rua), tira (policial ou HQ), figura (gravura ou pessoa estranha). 
 
Siglonimização 
Finalmente, o Brasil deixa de recorrer ao FMI para refinanciar sua 
dívida. 
 
Manchetes parecidas com esta ocuparam as primeiras páginas de 
grandes jornais do país no último ano. Observe que a palavra 
destacada, sigla para Fundo Monetário Internacional, é 
extremamente familiar a nós, brasileiros, e há muito faz parte de 
nosso vocabulário cotidiano. 
 
A exemplo da abreviação vocabular, o processo de formação de 
siglas (siglonimização) está cada vez mais generalizado. Você 
certamente é capaz de lembrar inúmeros exemplos de siglas. 
 
Observe: 
95
 
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras 
CPF - Cadastro de Pessoas Físicas. 
PT - Partido dos Trabalhadores 
 
Muitas vezes, as siglas passam a integrar o vocabulário, são 
flexionadas e formam novas palavras. Exemplo: 
 
petistas — membros do Partido dos Trabalhadores 
 
As siglas resultam da combinação das letras iniciais das palavras 
que formam um nome. 
 
Palavra-valise 
 
Na capa deste livroum termo chama a atenção: showrnalismo. 
Trata-se de um acoplamento formado por show e jornalismo, cujo 
significado é exatamente o subtítulo do livro, “a notícia como 
espetáculo”. Se você reparar bem, a palavra jornalismo, embutida 
nesta nova palavra, leva-nos a pensar na sua deturpação pelo 
espetáculo ou sensacionalismo. 
 
Observe mais estes exemplos: 
 
 
A palavra-valise é formada tanto na linguagem coloquial, como 
no padrão culto, pela fusão de duas palavras; no processo, ao 
menos uma sofre truncamento. 
 
Consulte no Apêndice, ao final do livro, a relação dos principais 
radicais, prefixos e sufixos gregos e latinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
96
 
CADERNO DE QUESTÕES – ESTRUTURA E FORMAÇÃO 
DE PALAVRAS 
 
 
Questão 1 
Atenção: Leia o trecho do romance “Esaú e Jacó”, de Machado de 
Assis, para responder à questão. 
 
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao 
conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o pedido de 
Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há 
pouco surdiam-lhe das pedras da rua. Considerou que não perdia 
muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma hipótese, 
espécie de andorinha, que avoaça entre árvores, abaixo e acima, 
pousa aqui, pousa ali, arranca de novo um surto e toda se despeja 
em movimentos. Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se 
os gêmeos tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem 
nada, graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do velho entrou 
a ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa 
hipótese, ele pai, estes meninos seus, toda a andorinha que se 
dispersava num farfalhar calado de gestos. 
 
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2012) 
 
Um vocábulo também pode ser formado quando passa de uma classe 
gramatical a outra, sem a modificação de sua forma. É o que se 
denomina derivação imprópria. Constitui exemplo de derivação 
imprópria o termo sublinhado em: 
a) “andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos”. 
b) “a ponto de lhe fazerem esquecer o pedido de Natividade”. 
c) “Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes”. 
d) “Chegou a apanhar uma hipótese”. 
e) “A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos 
retrospectivos”. 
 
Questão 2 
Coração de Dom Pedro I chega ao Brasil para 
Bicentenário da Independência 
O coração de Dom Pedro I chegou ao Brasil na manhã desta 
segunda-feira (22), para as comemorações do Bicentenário da 
Independência. 
O recipiente com o órgão embalsamado do antigo imperador 
pousou na Base Aérea de Brasília em uma aeronave da Força Aérea 
Brasileira (FAB). 
Em uma viagem cujas despesas foram assumidas pelo Brasil, é a 
primeira vez que o coração deixa Portugal desde a morte de Dom 
Pedro I, em 1834. 
LOPES, Léo; AMARAL, Luciana. Coração de Dom Pedro I 
chega ao Brasil para Bicentenário da Independência. In: CNN 
Brasil. Nacional, 22 ago. 2022. Disponível em: https://www. 
cnnbrasil.com.br/nacional/coracao-de-dom-pedro-i-chega-ao- 
brasil-para-bicentenario-da-independencia/. 
Acesso em: 22 ago. 2022. 
 
O termo destacado no texto é formado pelo processo de 
a) composição por justaposição. 
b) composição por aglutinação. 
c) derivação parassintética. 
d) derivação imprópria. 
 
Questão 3 
Considerando-se a formação das palavras, assinalar a alternativa que 
apresenta uma palavra que NÃO é formada por derivação 
parassintética: 
a) Emagrecer. 
b) Entediado. 
c) Esbugalhar. 
d) Casebre. 
 
Questão 4 
Considerando a formação de palavras da língua portuguesa, 
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, 
assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
 
( ) Os prefixos são mais independentes que os sufixos, pois 
se originam, em geral, de advérbios ou de preposições que 
têm ou tiveram autonomia na língua, especialmente em 
casos de formação por composição. 
 
( ) O sufixo aumentativo pode juntar-se apenas ao radical 
de um substantivo, como em caldeirão, dentuço, 
grandalhão, etc. 
 
( ) Na derivação de palavras conhecida como regressiva, a 
palavra derivada amplia a primitiva. 
a) C - C - E. 
b) E - E - C. 
c) C - E - E. 
d) E - C - C. 
 
Questão 5 
Atenção! O texto a seguir serve de base para responder às questão. 
 
 
(Fonte: https://vejasp.abril.com.br/coluna/arte-ao-redor/15-
tirinhas-mafalda-quino/. Acesso em 22/12/2022) 
 
Os vocábulos “gostar” e “gosta” aparecem no texto. Neles 
identificamos um elemento mórfico em comum: 
a) A consoante de ligação. 
b) O radical. 
c) A desinência de infinitivo. 
d) A desinência de gênero feminino. 
 
Questão 6 
Marque a alternativa em que NÃO há relação entre a palavra e a sua 
formação. 
a) consumo – derivação regressiva. 
b) realizar – derivação sufixal. 
c) compor – derivação prefixal. 
d) passatempo – composição por aglutinação. 
e) segunda-feira – composição por justaposição. 
 
Questão 7 
Assinale a alternativa que apresenta palavra com sufixo formador de 
origem. 
a) orgulhoso. 
b) capitalismo. 
c) brasileiro. 
d) advocacia. 
e) livraria. 
 
Questão 8 
Leia o texto e responda o que se pede no comando da questão: 
ECO LÓGICO. 
Se aos pássaros perguntares, Quem polui os nossos ares, Onde os 
pulmões se consomem, o eco, lógico, responde: ... o homem ... 
homem ... homem ... 
 
E o húmus de nosso chão. Que resta pro nosso pão logo após uma 
queimada o eco, lógico, responde: ... quase nada ... quase nada ... 
97
 
 
O que era o Saara? A Amazônia o que será? Um futuro muito 
incerto? O eco, lógico, responde: ... só deserto ... só deserto. 
O que resta desmatando, O que sobra devastando ao homem 
depredador? O eco, lógico, responde: ... só a dor...a dor ... a dor 
Que precisa a natureza pra manter sua beleza e amainar a sua dor? 
O eco. lógico, responde: ... mais amor ... amor ... amor. 
 
(Autor desconhecido) 
 
Sabendo que "eco" e "logia'' são radicais, o processo de formação de 
ecologia é: 
a) composição por aglutinação. 
b) derivação sufixal. 
c) derivação parassintética. 
d) composição por justaposição. 
e) derivação imprópria. 
 
Questão 9 
Art. 1º. A Academia Paralímpica Brasileira, também identificada 
pela sigla APB, foi fundada em 2010 pelo Comitê Paralímpico 
Brasileiro (CPB). A APB tem sua sede junto ao CPB, localizado em 
São Paulo - SP, no Centro Parao-límpico Brasileiro; Rodovia dos 
Imigrantes Km 11,5. Sua duração é por tempo indeterminado. 
 
[Disponível 
em: https://www.cpb.org.br/academiaparalimpica/apresentação Ac
esso em: 22 dez. 2022] 
 
O termo “Paralímpica”, adotado pelo Comitê Paralímpico 
Brasileiro, resulta do seguinte processo de formação de palavras: 
a) Composição por aglutinação. 
b) Composição por justaposição. 
c) Derivação prefixal. 
d) Derivação sufixal. 
 
Questão 10 
No prefácio de um de seus livros, o escritor modernista Mário de 
Andrade escreveu: “Mas todo este prefácio, com todo o disparate 
das teorias que contém, não vale coisíssima nenhuma”. 
 
Sobre o curioso vocábulo “coisíssima”, é correto afirmar que: 
a) o sufixo -íssima aparece ligado a um substantivo e não a um 
adjetivo, como de hábito; 
b) a formação do vocábulo indica intensidade; 
c) o vocábulo formado indica a noção de quantidade incontável; 
d) o sufixo utilizado no vocábulo corresponde, por tratar-se de um 
substantivo, ao sufixo aumentativo -ão; 
e) a palavra formada é comumente empregada na linguagem erudita 
pelo fato de o sufixo empregado ser culto. 
 
Questão 11 
DISTÂNCIA TEM CURA 
 Em quase trinta anos atendendo doentes em cadeias, jamais ouvi um 
desaforo, uma palavra áspera, uma reivindicação mal-educada. Às 
vezes, fica difícil acreditar que pessoas tão respeitosas com o médico 
tenham cometido os crimes que constam de seus prontuários. 
Profissão caprichosa a medicina, capazde criar empatia mútua entre 
dois estranhos em questão de minutos. 
 
A tendência natural é a de nos aproximarmos de pessoas da mesma 
classe social, com gostos, ideias, posições políticas e estilos de vida 
semelhantes aos nossos. Embora esse formato de convivência nos 
traga conforto, não abre espaço para o contraditório nem dá acesso 
a modos de pensar e de viver radicalmente diferentes. Impossível 
imaginar como eu chegaria aos 73 anos se não fosse a experiência 
nos presídios, mas sei que saberia menos medicina e desconheceria 
aspectos da alma humana aos quais só tive acesso porque me dispus 
a chegar perto daqueles que a sociedade tranca atrás de grades. 
 
O fascínio infantil pelo mundo marginal que me conduziu ao 
Carandiru ainda persiste. Não faço esse trabalho voluntário que me 
toma um período da semana há tantos anos por motivações religiosas 
ou engajamento ideológico de qualquer natureza — sou avesso a 
religiões e ideologias —, mas porque posso dispor desse tempo e 
manter aceso o interesse pela complexidade das interações humanas, 
sem o qual viver perde o encanto. 
(VARELLA, Drauzio. Prisioneiras. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2017, ed. Ebook.) 
 
É CORRETO afirmar sobre a estrutura das seguintes palavras 
empregadas no texto: 
a) faço – apresenta vogal temática de verbo de terceira conjugação 
– i –. 
b) médico – não se vê a desinência de gênero da palavra. 
c) ouvi – apresenta vogal temática de verbo de primeira conjugação 
– a –. 
d) aproximarmos – não se vê a desinência de número da palavra. 
e) chegaria – chega (radical + vogal temática); – ria (desinência 
modo-temporal). 
 
Questão 12 
Assinale a alternativa que registra a palavra que tem o sufixo 
formador de advérbio. 
a) censitário. 
b) consideravelmente. 
c) recenseador. 
d) sociedade. 
e) população. 
 
Questão 13 
Qual das palavras abaixo apresenta uma formação parassintética? 
a) calejar 
b) enlouquecer 
c) fazendeiro 
d) meninice 
e) insensibilidade 
 
Questão 14 
Conforme Cegalla, analise as assertivas abaixo a respeito de 
formação de palavras: 
I. Os substantivos que derivam dos verbos chamam-se pós-
verbais ou deverbais. 
II. Há dois processos gerais para a formação de palavras na 
língua portuguesa: a derivação e a composição. 
III. Na derivação regressiva, substitui-se um prefixo e/ou 
sufixo por uma desinência verbal. 
IV. Onomatopeias, hibridismos, reduções, aglutinações e 
justaposições são processos que consistem na associação de 
radicais para a formação de vocábulos cujos significados se 
relacionam ao sentido de cada radical empregado. 
 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I e II. 
b) Apenas III e IV. 
c) Apenas I, II e III. 
d) Apenas II, III e IV. 
e) I, II, III e IV. 
 
Questão 15 
Assinale a alternativa que aponta o correto processo de formação das 
duas palavras. 
a) indispor - jogador (derivação sufixal) 
b) desvalorização - amaciar (derivação prefixal) 
c) planalto - emudecer (derivação parassintética) 
d) passatempo - televisão (composição por justaposição) 
 
Questão 16 
Assinale a alternativa que aponta o correto processo de formação das 
duas palavras. 
a) indispor - jogador (derivação sufixal) 
b) desvalorização - amaciar (derivação prefixal) 
c) planalto - emudecer (derivação parassintética) 
d) passatempo - televisão (composição por justaposição) 
 
 
98
 
Questão 17 
Assinale a alternativa que define correta e sequencialmente os 
processos de formação das seguintes 
palavras: ressaltar, dentista, empobrecer, debate, passatempo e vina
gre 
a) derivação imprópria, derivação sufixal, derivação regressiva, 
derivação parassintética, composição por aglutinação e composição 
por justaposição. 
b) derivação sufixal, derivação imprópria, derivação parassintética, 
derivação regressiva, composição por aglutinação e composição por 
justaposição. 
c) derivação parassintética, derivação imprópria, derivação sufixal, 
derivação regressiva, composição por justaposição e composição 
por aglutinação. 
d) derivação prefixal, derivação sufixal, derivação parassintética, 
derivação regressiva, composição por justaposição e composição 
por aglutinação. 
e) composição por aglutinação, composição por justaposição, 
derivação imprópria, derivação regressiva, derivação sufixal e 
derivação prefixal. 
 
Questão 18 
A palavra ENDOVENOSO é formada por: 
a) combinação 
b) intensificação 
c) reduplicação 
d) hibridismo 
e) abreviação 
 
Questão 19 
Sobre a definição do processo de formação das palavras nos itens: 
 
I. Infernal = derivação prefixal 
 
II. Aterrado = derivação parassintética 
 
De acordo com a Norma Culta da Língua Portuguesa, pode-se 
afirmar que: 
a) O processo de formação está correto nos itens I e II. 
b) O processo de formação está incorreto nos itens I e II. 
c) O processo de formação está correto apenas no item I. 
d) O processo de formação está correto apenas no item II. 
 
Questão 20 
As palavras “passatempo” e “pontapé” são formadas a partir de qual 
processo? 
a) Composição por aglutinação. 
b) Composição por justaposição. 
c) Derivação prefixal. 
d) Derivação sufixal. 
e) Derivação parassintética. 
 
Questão 21 
Assinale a alternativa em que todas as palavras foram escritas com 
prefixo. 
a) Automóvel – desfazer – sujeira – dentista. 
b) Beleza – enraizar – entardecer – casarão. 
c) Infeliz – antebraço – refazer – preconceito. 
d) Moleque – bexiga – árvore – plantação. 
e) Injúria – anoitecer – desemprego – felicidade 
 
Questão 22 
Analise as orações a seguir e assinale a alternativa correta quanto ao 
processo de formação das palavras destacadas. 
a) Gosto de curtir o entardecer ao seu lado – derivação prefixal. 
b) Sou zero em Ciências – derivação imprópria. 
c) Comprei um guarda-sol para nossa viagem – derivação sufixal. 
d) Ele queria entrevistar o famoso a qualquer custo – derivação 
parassintética. 
e) Melhor temperar a salada com vinagre e sal – derivação sufixal. 
 
 
 
Questão 23 
Um dos processos de formação de palavras, em Língua Portuguesa, 
ocorre por composição, subdividindo-se em justaposição e 
aglutinação. Marque a opção com palavras formadas somente por 
aglutinação: 
a) pernalta, passatempo, couve-flor. 
b) salário-família, girassol, aguardente. 
c) vaivém, planalto, embora. 
d) aguardente, embora, pernilongo. 
e) girassol, cor-de-rosa, boquiaberto. 
 
Questão 24 
Em termos morfológicos, a palavra “cafezinho” foi criada por meio 
do processo de: 
a) composição por justaposição 
b) composição por aglutinação 
c) derivação prefixal 
d) derivação sufixal 
 
Questão 25 
Segundo preconiza Cegalla, analise as assertivas a seguir a respeito 
de estrutura e formação de palavras, assinalando V, se verdadeiras, 
ou F, se falsas. 
( ) Raiz é o elemento originário e irredutível em que se 
concentra a significação das palavras, consideradas pelo 
ângulo histórico. Geralmente monossilábica, a raiz encerra 
sentido lato e geral, comum às palavras da mesma família 
etimológica. 
( ) Radical é o elemento básico e significativo das palavras, 
consideradas sob o aspecto gramatical e prático, dentro da 
língua portuguesa atual. Acha-se o radical despojando-se a 
palavra de seus elementos secundários (quando houver). 
( ) Vogais e consoantes de ligação são fonemas que, em 
certas palavras derivadas ou compostas, se inserem entre os 
elementos mórficos, em geral por motivos de eufonia, isto 
é, para facilitar a pronúncia de tais palavras. 
( ) Cognatos são vocábulos que procedem de uma raiz 
comum. Tais palavras constituem uma família etimológica. 
 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para 
baixo, é: 
a) V – V – V – V. 
b) V – F – V – F. 
c) F – F – V – V. 
d) F – V – F – F. 
e) F – F – F – F. 
 
Questão 26 
A palavra “improvável” possui o prefixo “im”, que indica sentido 
de: 
a) Duplicidade. 
b) Superioridade. 
c) Negação. 
d) Inferioridade. 
 
Questão 27 
Nos versos: “Nossas roupas comuns dependuradas/ na corda qual 
bandeirasagitadas/ parecia um estranho festival” (Sílvio Caldas e 
Orestes Barbosa), as palavras agitadas e festival são formadas por: 
a) derivação parassintética. 
b) derivação sufixal. 
c) derivação imprópria. 
d) derivação regressiva. 
 
Questão 28 
Leia o trecho do conto e responda a questão. 
Sobrou pra mim 
Ruth Rocha 
Quando eu tinha uns 8 anos, mais ou menos, eu morava com minha 
avó e com a irmã dela, tia Emília. Nossa rua era sossegada, quase 
não passava carro nem caminhão. 
 
99
 
Eu ia à escola de manhã e de tarde eu fazia minhas lições e ia pra rua 
brincar com meus amigos. 
Às cinco e meia em ponto minha avó me chamava para tomar banho 
e rezar, minha avó e minha tia rezavam todas as tardes às seis horas. 
Depois do jantar ficávamos na sala, eu, lendo, minha avó e minha tia 
bordando ou costurando. 
Televisão a gente só via uma vez ou outra. Minha avó me deixava 
ver jogos de futebol ou basquete, mas tinha horror a novelas e a 
programas de auditório. Era chato de matar! 
[...] 
A palavra “sossegada” é formada por: 
a) Derivação sufixal. 
b) Derivação prefixal. 
c) Derivação imprópria. 
d) Derivação parassintética. 
 
Questão 29 
Sobre o processo de formação das palavras nos itens: 
I. Palidez = Derivação sufixal 
II. Percurso = Derivação prefixal 
Pode-se afirmar que: 
a) O processo de formação está correto nos itens I e II. 
b) O processo de formação está incorreto nos itens I e II. 
c) O processo de formação está correto apenas no item I. 
d) O processo de formação está correto apenas no item II. 
 
Questão 30 
Leia o texto para responder a questão. 
Falta de reconhecimento leva mais profissionais experientes a pedir 
demissão 
Falta de reconhecimento é o principal motivo que leva profissionais 
com mais experiência a pedir demissão, indica um estudo da 
empresa de tecnologia para recursos humanos Pulses com dados de 
mais de 145 mil funcionários de empresas no Brasil. 
Segundo a pesquisa, a que VOCÊ RH teve acesso com 
exclusividade, quando não se sentem reconhecidos e valorizados 
pela companhia ou quando não veem perspectivas de crescimento, 
os profissionais apresentam cinco vezes mais risco de pedir 
demissão. Se acreditam que as recompensas recebidas pelos seus 
esforços não são justas, o risco é 2,5 vezes maior. 
Para a geração X, reconhecimento é importante. Esses profissionais 
costumam ocupar cargos de maior responsabilidade, então, é natural 
que direcionem suas energias para dar continuidade ao 
desenvolvimento que já conquistaram. Concorda? 
Veja mais sobre o estudo clicando no link da bio e depois sobre a 
imagem que ilustra esta postagem. 
Disponível em https://www.instagram.com/p/CmwME20OGfk/ 
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra de derivação 
prefixal e sufixal. 
a) Reconhecimento. 
b) Desenvolvimento. 
c) Profissional. 
d) Crescimento. 
 
Questão 31 
Leia o texto para responder a questão. 
Qual a função da primeira-dama no Brasil? 
Oficialmente, nenhuma. Não há como a primeira-dama assumir um 
cargo para o qual não foi eleita. No entanto, há uma tradição de as 
esposas dos presidentes brasileiros se envolverem em programas 
sociais e ações beneficentes, tudo feito de forma voluntária. Até 
porque não há salário previsto para os cônjuges dos chefes do 
Executivo. 
Michelle Bolsonaro, por exemplo, atuou na inclusão social de 
pessoas com deficiência. Sua antecessora, Marcela Temer, foi 
embaixadora do programa Criança Feliz, voltado à primeira infância 
(até os 6 anos de idade). 
No Brasil, esse costume vem de 1942. Foi quando Darcy Vargas 
(esposa de Getúlio) criou a Legião Brasileira de Assistência (LBA). 
A instituição visava ajudar as famílias dos soldados brasileiros 
enviados à Segunda Guerra Mundial, com recursos doados por 
empresários. A implementação da LBA em cada estado da federação 
ficou a cargo das primeiras-damas estaduais. Após o fim do conflito, 
a associação passou a atender famílias necessitadas – mas manteve 
a tradição de ser presidida pelas esposas dos governadores. 
Essa imagem positiva de engajamento em boas causas foi maculada 
em 1991, quando, sob direção de Rosane Collor, a LBA sofreu 
denúncias de desvio de verba. A tal ponto que a Legião foi extinta 
no primeiro dia de mandato de Fernando Henrique Cardoso, em 
janeiro de 1995. 
Disponível em https://www.instagram.com/p/CmrJAlPr0Dy/ 
Assinale a alternativa que apresenta um vocábulo de derivação 
sufixal. 
a) Presidente. 
b) Antecessor. 
c) Oficialmente. 
d) Mandato. 
 
Questão 32 
Observe o uso do morfema des- no vocábulo grifado no trecho 
abaixo. 
“Afastem-se, influenciadores. Todos nós já vimos pessoas jovens e 
fotogênicas promovendo moda, comida ou serviços para seus muitos 
seguidores no TikTok e no Instagram. Mas agora chegou uma nova 
geração de ‘desinfluenciadores’, dizendo que o materialismo e as 
tendências superfaturadas não estão mais na moda.” 
MUÑOZ-LEDO, Rocío. Esqueça os influenciadores digitais, vêm aí 
os “desinfluenciadores”; entenda. CNN Brasil, 17 de junho de 
2023. Disponível em: 
https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/esquecaos- 
influenciadores-digitais-vem-ai-os-desinfluenciadores-entenda/. 
Acesso em: 17 jun. 2023 
Agora, assinale a alternativa em que a partícula des- NÃO apresenta 
um significado semelhante ao que foi veiculado pela palavra 
destacada no excerto acima. 
a) “Em um feriadão prolongado, como o de Carnaval, é bem comum 
‘chutar o balde’ e se preocupar apenas com a curtição. Passada a 
folia, o corpo começa a sentir os sinais dos descuidos.” (Metrópoles, 
23/02/23) 
b) “A desmontagem da passarela da RS-240, junto à BR- 116, 
causará restrições pontuais no trânsito ao longo deste final de 
semana.” (GZH, 24/03/23) 
c) “Um novo estudo, apoiado por uma colaboração multidisciplinar 
global, com cerca de 70 pesquisadores de 15 países, mostra que 
o desequilíbrio energético da Terra continua a crescer.” (Meteored, 
03/06/23) 
d) “Jack Teixeira é o protagonista do maior escândalo de 
espionagem nos Estados Unidos em décadas. Ele é descendente de 
portugueses -- os avós deles eram da Ilha dos Açores, e parentes dele 
já foram militares nos EUA.” (g1, 14/04/23) 
e) “Yasmin Brunet, de 34 anos de idade, tem feito uma série 
de desabafos em seu Twitter. Nesta segunda-feira (17), a modelo foi 
enigmática e publicou ‘tem umas coisas que a gente descobre que 
era melhor nem saber’.” (Quem, 17/04/23) 
 
Questão 33 
O processo de formação da palavra “Docussérie” é: 
a) derivação prefixal. 
b) derivação sufixal. 
c) derivação parassintética. 
d) composição por aglutinação. 
e) composição por justaposição. 
 
Questão 34 
Dentre as palavras a seguir, aquela que é formada por meio de um 
processo de composição por justaposição é: 
a) "casulo". 
b) "chuvisco". 
c) "enlouquecimento". 
d) "vitória-régia". 
e) "aguardente". 
 
Questão 35 
Qual das palavras a seguir apresenta formação por derivação 
parassintética? 
a) Inadequação 
100
 
b) Planalto 
c) Século 
d) Esverdear 
e) Musculação 
 
Questão 36 
Considerando-se a variação de número dos artigos definidos e 
indefinidos em concordância com o contexto, preencher as lacunas 
da 2ª coluna de acordo com as palavras da 1ª e, após, assinalar a 
alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
(1) Uma. 
(2) Umas. 
(3) A. 
(4) As. 
(_) ____ pacientes chegaram mais cedo à clínica, enquanto 
outras chegaram bastante atrasadas. 
(_) Ao menos _____ explicação para esse equívoco se faz 
necessária. 
(_) ____ encomendas chegaram atrasadas. 
(_) ____ jovem foi à aula, tal como costumava fazer todas 
as manhãs. 
a) 1 - 2 - 3 - 4. 
b) 3 - 2 - 1 - 1. 
c) 2 - 3 - 2 - 3. 
d) 2 - 1 - 3 - 2. 
e) 2 - 1 - 4 - 3. 
 
Questão 37 
Em qual alternativa é possível verificar um artigo indefinido singular 
feminino? 
a) a 
b) uns 
c) umas 
d) os 
e) uma 
 
Questão 38 
Assinale a frase em que o artigo sublinhado mostra valor diferente 
do de posse. 
a) O lutador trazia o rosto ferido. 
b) O policial estava com a farda rasgada.c) O monge estava absorto com as meditações. 
d) O estudante não trouxe a mãe para a festa. 
e) Na loja, a mulher viu os celulares na vitrine. 
 
Questão 39 
Os artigos definidos indicam uma realidade conhecida; a frase 
abaixo em que o artigo sublinhado acompanha uma realidade que é 
do conhecimento do leitor ou ouvinte, não por seu conhecimento de 
mundo, mas por ter sido mencionado antes, é: 
a) Alguns indígenas aproximaram-se da canoa, mas a um pedido do 
comandante, os índios se afastaram; 
b) O carro entrou no estacionamento do prédio com os faróis 
acesos; 
c) O dicionário tinha as páginas amareladas por ser antigo; 
d) Quando os piratas esconderam o imenso tesouro na ilha, não 
esperavam que a riqueza fosse atrair a atenção de outros navegantes; 
e) Um baralho é um objeto interessante e as figuras nele inseridas 
mostram valor histórico. 
 
Questão 40 
Entre as opções a seguir, assinale aquela em que o aumentativo 
sublinhado perdeu o valor de aumentativo, designando uma outra 
realidade. 
a) O entregador tocou a campainha e esperou no portão. 
b) O fazendeiro tinha um cachorrão para vigiar a plantação. 
c) O panelão da feijoada já estava sobre o fogão. 
d) O apartamento tinha um varandão na frente. 
e) Na parte de trás, havia um terrenão para o plantio de frutas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
A C D C B D C D A A 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
E D B B A D D D B B 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
C B D D A C B A A A 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 
C D D D D E E E A A 
 
101
MORFOLOGIA: AS 10 CLASSES
MORFOLÓGICAS
102
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUBSTANTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
103
 
SUBSTANTIVO 
 
Leia o poema. 
 
DE GRAMÁTICA E DE LINGUAGEM 
E havia uma gramática que dizia assim: “Substantivo (concreto) é 
tudo quanto indica Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta”. Eu 
gosto é das cousas. As cousas, sim!... As pessoas atrapalham. Estão 
em toda parte. Multiplicam-se em excesso. As cousas são quietas. 
Bastam-se. Não se metem com ninguém. Uma pedra. Um armário. 
Um ovo. (Ovo, nem sempre, Ovo pode estar choco: é inquietante...) 
As cousas vivem metidas com as suas cousas. E não exigem nada. 
Apenas que não as tirem do lugar onde estão. E João pode neste 
mesmo instante vir bater à nossa porta. Para quê? não importa: João 
vem! E há-de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão. Amigo ou 
adverso... João só será definitivo Quando esticar a canela. Morre, 
João... [...] 
 
No poema, Mário Quintana desenvolve determinadas reflexões 
sobre a linguagem gramatical. A partir de um conceito linguístico, o 
poeta discorre sobre seus gostos e impressões sobre as pessoas. 
 
a) Que argumentos do eu lírico justificam sua preferência pelas 
coisas e não pelas pessoas? 
 
b) Pode-se depreender do texto que o eu lírico é avesso à convivência 
humana, em especial devido às reações imprevisíveis das pessoas. 
Na sua opinião, o silêncio e a solidão são as melhores companhias? 
Justifique. 
 
c) No último verso, o poeta emprega uma expressão coloquial: 
esticar a canela. Que efeito essa mudança de registro confere ao 
verso? O que significa essa expressão? 
 
d) Releia os três primeiros versos do poema. Observe que o autor se 
baseou num conceito gramatical ao criar o texto. Seguindo a mesma 
ideia, identifique, no poema, “tudo quanto indica pessoa, animal ou 
cousa”. 
 
e) Você verificou que o autor diferencia pessoas — que são 
inquietantes —, de coisas — que são quietas. Mas as palavras que 
denominam as pessoas, coisas e animais pertencem à mesma classe 
gramatical. Observe no texto e explique para que servem essas 
palavras. Justifique sua resposta com exemplos pessoais. 
 
Há palavras que nomeiam os seres vivos ou animados (pessoas, 
animais e plantas): Mário Quintana, peixe, violeta; e os seres 
inanimados (coisas e objetos): pedra, caneta. Como você leu no 
poema, essas palavras são chamadas substantivos e, numa definição 
mais ampla que a do texto, pode-se dizer que: 
 
Substantivos são palavras que dão nome aos seres (reais ou 
imaginários), nos quais se incluem as pessoas, lugares e 
instituições, bem como estados, qualidades, ações e noções 
tomados como seres. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS 
Quanto a sua formação, os substantivos são classificados em simples 
ou compostos e primitivos ou derivados. 
 
Substantivos simples 
Apresentam um só radical em sua estrutura. Exemplos: pão, trigo, 
renda, anos, vida. 
 
Substantivos compostos 
São formados por mais de um radical em sua estrutura. Exemplos: 
fruta- -pão, porta-voz, pé-de-moleque, pernilongo. 
 
 
 
 
Substantivos primitivos 
São aqueles que dão origem a outras palavras, ou seja, não provêm 
de nenhum outro radical da língua. Exemplos: vida, jeito, pão, trigo, 
fundo, forno. 
 
Substantivos derivados 
São formados de outros radicais da língua. Exemplos: solidariedade 
(de solidário), padaria (de pão), comunidade (de comum), 
liquidificador (de líquido), bateria (de bater), assadeira (de assar). 
 
Os substantivos classificam-se, quanto àquilo a que fazem 
referência, em comuns ou próprios, concretos ou abstratos e 
coletivos. 
 
Substantivos comuns 
Referem-se, de uma maneira geral, a qualquer ser de uma mesma 
espécie. Exemplos: pessoa, programa, fermento, empresário, 
trabalho. 
 
Substantivos próprios 
Designam determinado ser (ou lugar) entre outros da mesma espécie, 
de uma maneira individual ou particular. São escritos com letra 
maiúscula. Exemplos: São Paulo, Fundo Social de Solidariedade, 
Programa Padarias Artesanais, Mário Quintana, Brasil. 
 
Substantivos concretos 
Nomeiam seres com existência própria, ou seja, seres que não 
dependem de outros para existir. Esses seres podem ser reais ou 
imaginários, tais como criaturas fantásticas ou divindades. 
Exemplos: liquidificador, pessoa, trigo, mula-sem-cabeça, 
lobisomem, saci-pererê, Iemanjá. 
 
Substantivos abstratos 
Nomeiam ações, estados, qualidades e sentimentos que não têm 
existência própria, isto é, só existem em função de outro ser. 
Exemplos: solidariedade, ajuda, bondade, confiança, mágoa. 
 
Substantivos coletivos 
Referem-se a um conjunto de seres de uma mesma espécie, mesmo 
quando empregados no singular, e representam um tipo de 
substantivo comum. Exemplos: elenco (atores), multidão (pessoas), 
acervo (obras artísticas), cinemateca (filmes), buquê (flores), corja 
(malfeitores), fauna (animais de uma região), antologia (textos 
selecionados), enxoval (roupas), molho (chaves), frota (navios, 
aviões, veículos em geral). 
 
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS 
Flexão de gênero 
Em geral, a flexão de gênero em português é feita com a troca de -o 
por -a, ou com o acréscimo da vogal -a, no final da palavra: 
 
 
 
Consideram-se masculinos os substantivos aos quais é possível 
antepor os artigos o ou um e as formas pronominais meu, teu, seu. 
Exemplos: 
 
 
São femininos os substantivos diante dos quais é possível empregar 
os artigos a ou uma e as formas pronominais minha, tua, sua. 
Exemplos: 
 
 
 
Nem sempre a terminação -o ou -a indica o gênero masculino ou 
feminino. Observe os exemplos: 
 
104
 
 
 
Não se deve confundir o gênero da palavra com o sexo do ser, porque 
todos os substantivos possuem gênero, quer se refiram a seres, 
objetos ou coisas, como: o pai, o remédio (gênero masculino); a mãe, 
a música (gênero feminino). 
 
 
Substantivos biformes 
 
 
Chamam-se biformes ou heterônimos os substantivos que 
apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino 
 
 
Substantivos uniformes 
 
 
 
Os substantivos que apresentam uma única forma para os dois 
gêneros são chamados uniformes. 
 
 
Os substantivos uniformes classificam-se em epicenos, 
sobrecomuns e comuns de dois gêneros. 
 
Epicenos 
Designam animais e algumas plantas, e são invariáveis. Diferencia-
se o sexo pelo emprego da palavra machoou fêmea. Observe: 
 
 
 
Também é possível concordar as palavras macho e fêmea em gênero 
com o substantivo a que se referem: pulga macho ou pulga macha, 
jacaré fêmea ou jacaré fêmeo. 
 
Sobrecomuns 
Referem-se a seres humanos; para determinar a variação de gênero, 
usam-se as expressões do sexo masculino ou do sexo feminino. 
Veja: 
 
 
 
Comuns de dois gêneros 
Admitem a mesma forma para o masculino e para o feminino. Para 
diferenciar seu gênero, colocamos antes ou depois deles um artigo, 
pronome adjetivo ou adjetivo. Exemplos: 
 
 
Mudança de gênero e de significado 
Há substantivos que mudam de sentido quando se troca o gênero. 
São chamados de substantivos de gênero aparente. Veja estes 
exemplos. 
 
 
 
Além de mudar gênero e significado, alguns destes pares de palavras 
homônimas também podem ter origem (raiz etimológica) diferente. 
Exemplo: o lente vem do verbo ler, isto é, o lente é aquele que lê; a 
lente vem de lens, lentilha em latim, isto é, a lente lembra uma 
lentilha. 
 
Substantivos de gênero vacilante 
Certos substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. Veja qual é 
a forma recomendada de alguns deles. 
 
São masculinos: 
 
 
São femininos: 
 
 
São masculinos e femininos: 
 
 
Flexão de número 
Plural dos substantivos simples 
Acrescenta-se -s: 
a) aos substantivos terminados em vogal e ditongos crescentes ou 
decrescentes. Exemplos: 
 
 
b) aos substantivos terminados em -n. Exemplos: 
 
 
Aos substantivos terminados em -r, -s ou -z , acrescenta-se -es. 
Exemplos: 
 
105
 
 
 
Atenção 
• Alguns substantivos terminados em -r mudam sua sílaba tônica no 
plural. Exemplos: 
 
 
 
• Os substantivos terminados em -s só recebem -es se forem oxítonos 
ou monossílabos tônicos. Exemplos: 
 
 
• Se forem paroxítonos ou proparoxítonos, permanecem invariáveis. 
Exemplos: 
 
 
 
Nos substantivos terminados em -l, precedidos de -a, -e, -o ou -u, 
substitui-se o -l por -is. Exemplos: 
 
 
 
Atenção 
Exceções: mal – males, cônsul – cônsules, real – réis (moeda antiga). 
 
Nos substantivos oxítonos terminados em -il, troca-se o -l por -is: 
 
fuzil – fuzis canil – canis barril – barris 
 
Atenção 
• Quando são paroxítonos, muda-se o -il para -eis: 
 
 
* Existem também as formas réptil e projetil (oxítonas). Nesse caso 
o plural é répteis e projetis. 
 
Aos substantivos terminados em -ão, acrescenta-se -s. Exemplos: 
 
 
 
Ou troca-se: 
• -ão por -ães. Exemplos: 
 
 
 
• -ão por ões. Exemplos: 
 
 
Atenção 
Alguns substantivos terminados em -ão apresentam mais de uma 
forma no plural. Nesses casos, a forma terminada em -ões é a mais 
usada. Exemplos: 
 
 
 
Nos substantivos terminados em -zito e -zinho, pluraliza-se o 
substantivo primitivo, elimina-se o -s e coloca-se o sufixo no plural. 
Veja os exemplos: 
 
 
 
Os substantivos terminados em -x são invariáveis. Exemplos: 
 
o clímax – os clímax o tórax – os tórax a fênix – as fênix 
 
Atenção 
Exceções: o cálix ou cálice – os cálices, o códex ou códice – os 
códices, o xerox – os xeroxes. 
Nos substantivos terminados em -m, troca-se -m por -ns. Exemplos: 
 
Atenção 
• Há substantivos que se empregam apenas no plural. Exemplos: 
 
 
• Os nomes de letras, de certos números ou nomes próprios de 
pessoas flexionam-se normalmente. Exemplos: 
 
 
 
• Há substantivos que mudam o timbre da vogal tônica no plural. 
Esse fenômeno se chama metafonia. Podem apresentar o metafonia. 
o tônico fechado no singular e do aberto no plural. Observe: 
 
 
• Há substantivos cuja vogal o tônica se mantém fechada no singular 
fechada e no plural. Exemplos: 
 
 
• Existem substantivos que mudam de sentido quando usados no 
plural. Exemplos: 
Sua volta foi um bem para a família. (felicidade) Casaram-se com 
separação de bens. (patrimônio) O operário recebeu a féria irrisória 
do dia. (remuneração) Passar as férias no campo foi relaxante. 
(período de descanso) O índio possui um forte sentimento de honra. 
(dignidade) Seus amigos prestaram-lhe as honras na solenidade de 
posse. (homenagens) 
 
Plural dos substantivos compostos 
Veja, a seguir, os processos de formação do plural dos substantivos 
compostos, cujos elementos podem ou não vir ligados por hífen. 
Se não houver hífen, os substantivos compostos flexionam-se como 
um substantivo simples. Exemplos: 
 
 
106
 
Pluralizam-se as partes dos substantivos compostos formadas por 
palavras variáveis (substantivos, adjetivos e numerais ordinais), e 
não se flexionam as partes formadas por palavras invariáveis 
(verbos e advérbios) nem os radicais e prefixos que formam o 
substantivo composto ligado por hífen. Exemplos: 
 
 
 
Quando as palavras que compõem o substantivo composto vierem 
ligadas por preposição (de, do, sem, etc.), pluraliza-se somente a 
primeira palavra. Exemplos: 
 
pães-de-ló águas-de-colônia pores-do-sol mulas-sem-cabeça 
 
Quando o substantivo composto for formado por palavras repetidas 
ou por onomatopeias, pluraliza-se somente a segunda palavra. 
Exemplos: 
 
reco-recos tico-ticos pingue-pongues tique-taques bem-te-vis 
lufa-lufas 
 
Atenção 
• Há substantivos compostos que já têm a segunda palavra no plural: 
 
mestre-de-obras — mestres-de-obras saca-rolhas — saca-rolhas 
 
 
 
• Nos substantivos compostos de sentidos contrários, nenhuma 
palavra se flexiona: 
 
• Certos substantivos compostos apresentam mais de uma forma no 
plural: 
 
• As formas apocopadas grão, grã e bel não são flexionadas: 
 
• Há substantivos compostos que não variam no plural: 
 
 
• Flexiona-se só o primeiro elemento do substantivo composto, mas 
admite-se pluralizar ambos, quando o segundo expressa semelhança, 
finalidade ou limita o primeiro. Nesse caso, o substantivo composto 
é formado por dois substantivos: 
 
 
Flexão de grau 
No exemplo, você pôde perceber que, além da flexão de gênero e de 
número, os substantivos podem ser flexionados quanto ao grau, 
expressando aumento ou diminuição. 
 
A ideia de aumento ou de diminuição pode ser expressa de uma 
forma sintética ou de uma forma analítica. 
 
Para a forma sintética basta acrescentar um sufixo aumentativo ou 
diminutivo ao substantivo. Exemplos: 
 
 
 
Para a forma analítica, emprega-se uma palavra (adjetivo) que dá a 
ideia de aumento ou de diminuição, junto ao substantivo. Exemplos: 
 
 
Atenção 
• Em geral, faz-se o aumentativo sintético aumentativo sintético c 
aumentativo sintético om os sufixos -ão ou -zão. Exemplos: dentão, 
pezão, etc.; e o diminutivo sintético, com os sufi- diminutivo 
sintético xos -inho ou -zinho. Exemplos: dentinho, pezinho, etc. 
Entretanto, há outros sufixos usados na formação do aumentativo e 
do diminutivo. Exemplos: vagalhão, copázio, balaço, cabeçorra, 
canzarrão, corpanzil, festança, etc. (aumentativos); ruela, vilarejo, 
burrico, rapazola, velhote, farolete, riacho, etc. (diminutivos). 
 
• Certos sufixos indicativos de aumentativo ou diminutivo 
expressam, às vezes, um sentido depreciativo ou pejorativo, de 
grosseria ou de zombaria. Exemplos: beiçorra, orelhudo, mulherona, 
poetastro, jornaleco, livreto, gentinha, etc. 
 
• Há alguns sufixos indicativos de diminutivo que podem acrescentar 
ao substantivo uma ideia de carinho, de ternura. Exemplos: filhinho, 
docinho, coraçãozinho, etc. 
 
• Há substantivos que perderam o sentido gradativo de aumento ou 
de diminuição. Exemplos: cartão, portão, papelão, folhinha 
(calendário), etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
107
 
CADERNO DE QUESTÕES –SUBSTÂNTIVO 
 
 
Questão 1 
Entre as opções a seguir, assinale aquela em que o aumentativo 
sublinhado perdeu o valor de aumentativo, designando uma outra 
realidade. 
a) O entregador tocou a campainha e esperou no portão. 
b) O fazendeiro tinha um cachorrão para vigiar a plantação. 
c) O panelão da feijoada já estava sobre o fogão. 
d) O apartamento tinha um varandão na frente. 
e) Na parte de trás, havia um terrenão para o plantio de frutas. 
 
Questão 2 
Assinale a opção que exemplifica a seguintemudança de classe nas 
palavras: substantivos comuns que passaram a substantivos próprios 
e substantivos próprios que passaram a comuns. 
a) Campina Grande / celular. 
b) Fortaleza / felicidade. 
c) Pouso Alegre / santo. 
d) Três Corações / champanha. 
e) Recife / canário. 
 
Questão 3 
 
Ao se referir ao irmão no aumentativo, “irmãozão”, a menina 
demonstra 
a) independência, sugerindo que pode dispensar a ajuda dele. 
b) apreço, revelando seu reconhecimento por ele tê-la ajudado. 
c) desagrado, tendo em vista que ele nem sempre se dispõe a 
colaborar. 
d) rivalidade, pelo fato de ele ser mais velho do que ela. 
e) despeito, constatando que o irmão se mostra mais sábio do que 
ela. 
 
Questão 4 
Assinale a alternativa em que há um substantivo cuja mudança de 
gênero NÃO altera o seu significado. 
a) cisma – capital. 
b) águia – rádio. 
c) grama – cura. 
d) cabeça – moral. 
e) agente – praça. 
 
Questão 5 
Com relação aos substantivos coletivos, analise os itens a seguir e, 
ao final, assinale a alternativa correta: 
I – bactérias /colônia. 
II – burros /burricada. 
III – cães / cáfila. 
a) Apenas o item I é verdadeiro. 
b) Apenas o item II é verdadeiro. 
c) Apenas o item III é verdadeiro. 
d) Apenas os itens I e II são verdadeiros. 
e) Todos os itens são verdadeiros. 
 
Questão 6 
Em qual alternativa o plural está CORRETO? 
a) Irmões. 
b) Pãos. 
c) Girassoles. 
d) Olhares. 
 
Questão 7 
Em qual das alternativas abaixo há um substantivo? 
a) Embelezar. 
b) Bonita. 
c) Flor. 
d) Graciosa. 
 
Questão 8 
Sobre as formas plurais dos substantivos, analisar os itens abaixo: 
I. Ônibus 
II. Pés 
III. Cidadões 
IV. Gentis 
Estão CORRETOS: 
a) Somente os itens I, II e IV. 
b) Somente os itens II e III. 
c) Somente os itens I, III e IV. 
d) Somente os itens I e II. 
 
Questão 9 
Considerando o uso do hífen nos substantivos compostos, analise as 
seguintes sentenças: 
I. A educação é a mola-mestra do desenvolvimento. 
II. A editora-chefe solicitou um parecer ao juiz. 
III. O ofício-padrão foi encaminhado ao Ministério. 
IV. O bem-estar é desejável por todos. 
A sentença que contém a forma INCORRETA do uso do hífen nos 
substantivos compostos é: 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) IV. 
 
Questão 10 
A respeito dos graus aumentativo e diminutivo, numerar a 2ª coluna 
de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a 
sequência CORRETA: 
 
(1) Grau aumentativo. 
(2) Grau diminutivo. 
 
( ) Homenzarrão. 
( ) Bocarra. 
( ) Livreco. 
( ) Ilhota. 
a) 1 - 1 - 2 - 2. 
b) 1 - 2 - 1 - 1. 
c) 2 - 1 - 1 - 2. 
d) 2 - 2 - 1 - 1. 
 
Questão 11 
No que diz respeito aos substantivos coletivos, assinale a 
alternativa incorreta: 
a) tecidos / fardo. 
b) quadriênio / quarenta anos. 
c) poemas narrativos / romanceiro. 
d) ônibus / frota. 
e) munições / arsenal. 
 
Questão 12 
Assinale a alternativa em que o substantivo é feminino. 
a) herpes 
b) profeta 
c) mascote 
d) telegrama 
e) champanha 
 
 
108
 
Questão 13 
Quanto ao gênero dos substantivos, assinale a alternativa em que 
todos pertencem ao mesmo grupo. 
a) capivara - criatura - girafa - formiga (epicenos) 
b) sultana - sacerdotisa - baronesa - condessa (biformes) 
c) vítima - pessoa - testemunha - imigrante (sobrecomuns) 
d) indivíduo - jovem - estudante - cônjuge (comuns de dois 
gêneros) 
 
Questão 14 
O feminino de "pagão" ocorre da mesma forma que o feminino de: 
a) Charlatão. 
b) Solteirão 
c) Barão. 
d) Leão. 
e) Patrão. 
 
Questão 15 
Em relação ao aumentativo, assinalar a alternativa CORRETA: 
a) Casebre. 
b) Fogaréu. 
c) Mureta. 
d) Vozita. 
 
Questão 16 
Marque a alternativa em que não há uma correta correspondência 
entre a palavra masculina e seu respectivo feminino: 
a) pavão e pavoa 
b) marajá e marani 
c) cavalheiro e amazona 
d) tabelião e tabelioa 
e) papa e papisa 
 
Questão 17 
Plural de ANCIÃO é: 
a) Anciãos 
b) Anciões 
c) Anciães 
d) Todas as alternativas acima 
 
Questão 18 
Nas frases abaixo há dois substantivos sublinhados; aquela frase em 
que o segundo desses substantivos é adequado ao coletivo 
anteriormente sublinhado, é: 
a) Quando um batalhão se separa, os foliões ficam afastados uns 
dos outros; 
b) Quando um cardume cai na rede, os peixes se debatem durante 
algum tempo; 
c) Quando um enxame se assusta, as hienas podem tornar-se 
agressivas; 
d) Quando uma biblioteca se incendeia, as estantes perdidas são 
irrecuperáveis; 
e) Quando chega uma junta, seus engenheiros são bem recebidos. 
 
Questão 19 
Entre os cinco pares de vocábulos a seguir, assinale aquele que 
mostra uma forma aumentativa do substantivo indicado, sem 
possibilidade de a forma aumentativa indicar uma realidade 
diferente. 
a) papel / papelão. 
b) caixa/ caixão. 
c) orelha / orelhão. 
d) pescoço / pescoção. 
e) barriga / barrigão. 
 
Questão 20 
Como é formado o aumentativo analítico dos substantivos? 
a) Por meio de prefixos que sugerem grandeza, como, por exemplo, 
“super” na palavra “supersimpática”. 
b) Com a repetição do termo para realçar sua intensidade, como, por 
exemplo, na frase “ela era linda, linda”. 
c) Com o acréscimo de um sufixo “íssimo”, por exemplo, como se 
nota na palavra “inteligentíssimo”. 
d) Com a inclusão de um sufixo indicativo de aumento, como ocorre 
na palavra “calhamaço”. 
e) Com o uso do adjetivo “grande”, ou de outros de mesmo sentido, 
como, por exemplo, em “pedra enorme”. 
 
Questão 21 
A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e 
pretendem avaliar sua capacidade em interpretar e compreender 
textos, assim como em redigir de forma correta e adequada. 
 
Muitas vezes, na escrita, substantivamos algumas palavras; assinale 
a frase a seguir em que não ocorre nenhuma substantivação. 
a) Há nas mudanças certo alívio, ainda que seja para pior. 
b) Há apenas um dever: o de sermos felizes. 
c) A felicidade é um agora sem nenhuma pressa. 
d) Felicidade é um como, não um quê. 
e) O confiar nos outros tem seus riscos. 
 
Questão 22 
Leia as frases a seguir. 
1. O Ministério Público realiza por ano inúmeros acórdãos. 
2. Os cirurgiões garantiram que nada mais havia a fazer. 
3. Todos temos certamente guardiãos a nos proteger. 
4. Os documentos foram cedidos graças à intervenção dos tabeliães. 
Os substantivos grifados estão corretamente pluralizados nas frases 
a) 1, 2 e 4, apenas. 
b) 2, 3 e 4, apenas. 
c) 1, 2 e 3, apenas. 
d) 1 e 4, apenas. 
e) 2 e 3, apenas. 
 
Questão 23 
Na oração "Ele não vai emprestar o computador ao Paulo", a função 
morfológica do núcleo do objeto indireto é 
a) preposição. 
b) substantivo. 
c) verbo. 
d) pronome. 
e) advérbio. 
 
Questão 24 
Em relação à flexão nominal, analisar os itens abaixo: 
I. “Abaixo-assinados” é o plural de “abaixo-assinado”. 
II. O plural de “grã-cruz” é “grã-cruzes”. 
III. “Cavalos-vapores” é o plural de “cavalo-vapor”. 
Está(ão) CORRETO(S): 
a) Somente o item I. 
b) Somente o item II. 
c) Somente o item III. 
d) Somente os itens I e II. 
e) Todos os itens. 
 
Questão 25 
Considerando-se a flexão de gênero, analisar os itens abaixo: 
I. O feminino de “estudante” é “aprendiz”. 
II. O feminino de “cão” é “cadela”. 
III. O feminino de “visconde” é “duquesa”. 
Está(ão) CORRETO(S): 
a) Somente o item I. 
b) Somente o item II. 
c) Somente os itens I e III. 
d) Somente os itens II e III. 
e) Todos os itens. 
 
Questão 26 
Assinale a frase a seguir que é construída sem qualquer palavra 
substantivada. 
a) Os deuses certamente não revelaram tudo aos mortais desde o 
princípio, mas, procurando, os homens encontram pouco a pouco o 
melhor. 
109
 
b) A ciência consiste em substituir o saber que parecia seguro por 
uma teoria, ou seja, por algo problemático. 
c) São todos descobridores ruins, que pensam que não há terra 
quando conseguem ver apenas o mar. 
d) A descoberta consiste em ver o que todos viram e em pensar o 
que ninguém pensou. 
e) O provar os frutos da árvore da ciênciafoi proibido por Deus. 
 
Questão 27 
Em relação à flexão de grau dos substantivos, assinalar a alternativa 
cuja palavra está no diminutivo: 
a) Colheraça. 
b) Luzerna. 
c) Glóbulo. 
d) Copázio. 
e) Orelhona. 
 
Questão 28 
Em relação à flexão das palavras, marcar C para as afirmativas 
Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que 
apresenta a sequência CORRETA: 
(---) O plural de “fácil” é “fácils”. 
(---) “Feijão” é o singular de “feijões”. 
(---) O plural de “cão” é “cães”. 
a) C - C - E. 
b) E - C - E. 
c) E - E - C. 
d) C - E - E. 
e) E - C - C. 
 
Questão 29 
Quanto à flexão de gênero, assinalar a alternativa INCORRETA: 
a) Sacerdote - sacerdotisa. 
b) Conde - conda. 
c) Diácono - diaconisa. 
d) Poeta - poetisa. 
 
Questão 30 
Em relação à flexão de número, analisar os itens abaixo: 
I. O plural da palavra “pagão” é “pagãos”. 
II. A palavra “guardião” flexiona-se de duas formas diferentes para 
formar o plural: “guardiães” e “guardiões”. 
a) Os itens I e II estão corretos. 
b) Somente o item I está correto. 
c) Somente o item II está correto. 
d) Os itens I e II estão incorretos. 
 
Questão 31 
“E da minha fidelidade não se deveria duvidar; pois, tendo-a sempre 
observado, não devo aprender a rompê-la agora; e quem foi fiel e 
bom por quarenta e três anos, como eu, não deve poder mudar de 
natureza: da minha fidelidade e da minha bondade é testemunha a 
minha pobreza.” 
 
Nesse pensamento, o autor utiliza os adjetivos “fiel e bom” e, em 
seguida, os substantivos correspondentes “fidelidade” e “bondade”. 
 
A opção abaixo em que os dois adjetivos citados mostram 
substantivos adequados é: 
a) sensato e esperto / sensatez e espertez; 
b) claro e escuro / clareza e escureza; 
c) alto e gordo / altura e magrura; 
d) fundo e profundo / fundeza e profundeza; 
e) liso e áspero / lisibilidade e asperidade. 
 
Questão 32 
“Todas as atividades do espírito cessariam se os jovens ficassem, um 
dia, contentes com o que existe.” 
Muitas palavras desse pensamento estão no plural. Assinale a opção 
que apresenta a forma errada de plural. 
a) coração / corações. 
b) cidadão / cidadões. 
c) situação / situações. 
d) vulcão / vulcões. 
e) publicação / publicações. 
 
Questão 33 
A frase: “Cecília estava ansiosa para conhecer a pinacoteca”, 
apresenta o coletivo de: 
a) Perfumes. 
b) Carros. 
c) Quadros. 
d) Vinhos. 
e) Queijos. 
 
Questão 34 
Quanto ao gênero, assinale a alternativa em que não há substantivo 
sobrecomum. 
a) Sandy foi um ídolo adolescente dos anos 90. 
b) O pianista foi fortemente aplaudido pela plateia. 
c) O mundo das celebridades atrai a muitos pelo glamour. 
d) A pessoa que conhece o bom caminho dificilmente trilhará fora 
dele. 
 
Questão 35 
Leia o trecho do texto, analise as palavras em destaque e responda 
corretamente. 
 
“Sempre pisa no tomate, só fala abobrinha, vive 
arranjando pepino, mas na hora H se mostra um banana”. 
 
Quanto ao gênero os termos são, respectivamente. 
a) Masculino, feminino, masculino, substantivo de dois gêneros 
b) Feminino, feminino, masculino, feminino 
c) Substantivo de dois gêneros, feminino, masculino, feminino 
d) Masculino, feminino, Substantivo de dois gêneros, masculino 
e) Masculino, masculino, feminino, feminino 
 
Questão 36 
Assinale a alternativa em que a flexão de gênero e de número dos 
substantivos em destaque está correta. 
a) O oficial colheu o depoimento do aldeão. 
A oficiala colheu os depoimentos dos aldeões. 
b) O maestro compôs uma verdadeira obra-prima! 
A maestrina compôs verdadeiras obra-primas! 
c) Em suas viagens, o frei nunca esquecia o guarda-chuva. 
Em suas viagens, a freira nunca esquecia os guardas- -chuvas. 
d) Naquele poema, as angústias do poeta evidenciam-se no refrão. 
Naquele poema, as angústias da poeta evidenciam-se nos refrãos. 
 
Questão 37 
Assinalar a alternativa que apresenta um substantivo concreto: 
a) Flor. 
b) Produção. 
c) Beleza. 
d) Vingança. 
 
Questão 38 
Em relação à flexão de grau dos substantivos, marcar C para as 
afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa 
que apresenta a sequência CORRETA: 
 
( ) O aumentativo de “floco” é “flóculo”. 
( ) O diminutivo de “rio” é “riacho”. 
a) C - C. 
b) E - C. 
c) C - E. 
d) E - E. 
 
Questão 39 
Assinalar a alternativa que apresenta um substantivo concreto: 
a) Flor. 
b) Produção. 
c) Beleza. 
110
 
d) Vingança. 
 
Questão 40 
 
O substantivo feminino singular que aparece no texto da charge é 
a) exame. 
b) colesterol. 
c) obesidade. 
d) videogame. 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
A D B E D D C A A A B 
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 
C B A B C D B E E A A 
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 
B D B D C E B A B B C 
34 35 36 37 38 39 40 
B A A A B A C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ARTIGO E NUMERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
112
 
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ARTIGO 
Leia a tira. 
 
No texto, o padre faz o sermão com base num provérbio chinês: 
Se queres matar a fome de alguém não lhe dês o peixe, ensina-o a 
pescar. 
a) Interprete o sentido do provérbio que deu origem ao texto dos 
quadrinhos. 
 
b) Explique o novo conteúdo transmitido pelo provérbio na tira. 
 
c) Tente explicar a diferença existente entre o o e os um que 
aparecem destacados na frase: 
 
Como diz o ditado “Dê um peixe a um homem...” 
 
Releia os quadrinhos e observe que o padre emprega a forma o 
ditado porque se trata de um provérbio determinado. O sentido dos 
substantivos peixe e homem, da primeira parte do provérbio, é 
indeterminado, daí usarmos um, que se aplica a qualquer peixe e a 
qualquer homem. 
 
Agora explique a diferença de sentido entre as construções 
destacadas: 
 
... ele nunca mais entrará numa igreja. 
Ele nunca mais entrará na igreja. 
 
Artigos são palavras variáveis em gênero e número que 
antecedem os substantivos, determinando-os de modo particular 
ou de modo genérico. 
 
Classificação e flexão dos artigos 
Há dois tipos de artigos. 
 
Artigos definidos 
São aqueles que determinam ou definem o substantivo de modo 
preciso, particular, ou porque se pode precisá-lo no contexto ou 
porque se pressupõe um conhecimento prévio sobre ele. Flexionam-
se em gênero e número. São definidos os artigos o, a, os e as. 
Exemplos: 
 
O padre ofereceu o agasalho vermelho ao mendigo que estava à 
beira do rio. 
 
A enfermeira de plantão conduziu o paciente recém-operado à sala 
de exames do terceiro andar. 
 
Artigos indefinidos 
São aqueles que determinam o substantivo de modo impreciso, vago. 
Acompanham nomes aos quais não se havia feito referência anterior. 
Flexionam-se em gênero e número. São indefinidos os artigos um, 
uma, uns e umas. Exemplos: 
 
Um país inteiro não pode ser derrotado por um mosquito. 
 
O cachorro tinha umas pintas no focinho e uns calombos na cabeça. 
 
Substantivação das palavras 
Qualquer vocábulo, expressão ou frase pode sofrer substantivação. 
Para isso, basta que se coloque um determinativo (artigo ou pronome 
adjetivo) antes dela. Veja alguns exemplos de substantivação com o 
artigo como determinativo: 
 
 
 
NUMERAL 
Leia o texto. 
SUPERFAXINEIROS 
Estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que em três 
anos haverá sete vezes mais robôs domésticos. Serão quatro milhões 
contra os 607 mil de 2003 — a maioria cortadores de grama e 
aspiradores de pó. Brinquedos robóticos como o cão Aibo, da Sony, 
já são quase 700 mil. Apesar dos humanoides que já cantam e até 
dançam, ainda estamos longe da eficiente Rosie, do desenho 
animado The Jetsons. Em 2007, a ONU diz que haverá 75 mil 
serviçais eletrônicos, contra os 21 mil que hoje fazem segurança, 
mexem em lixo tóxico e ordenham vacas. Estima-se que só no finalda década os robôs poderão cuidar de idosos e portadores de 
deficiência. 
 
a) De acordo com o texto, quais são os objetivos da criação de robôs 
domésticos? 
b) Releia a seguinte frase do texto: 
... em três anos haverá sete vezes mais robôs domésticos. 
Explique o que as palavras destacadas expressam. 
c) Qual expressão da questão b indica aumento múltiplo da unidade? 
Dê outro exemplo em uma frase. 
d) Localize no texto outras expressões (palavras ou números) que 
exerçam o mesmo papel, ou seja, indiquem quantidade. Identifique 
o substantivo a que se referem ou que substituem. 
Observe que nas expressões levantadas existem números 
representados por palavras (três, sete, quatro milhões, mil) e por 
algarismos (607, 2003, 700, 2007, 75, 21). 
As palavras do texto que expressam quantidade são chamadas de 
numerais. 
O numeral que acompanha um substantivo recebe o nome de 
numeral adjetivo. Exemplo: três anos. Quando substitui o 
substantivo, chama-se numeral substantivo. Exemplo: Marina 
recebeu o triplo do que pensava. 
Numeral é a palavra que indica uma quantidade definida de 
pessoas ou coisas, ou o lugar que elas ocupam numa série. 
 
Classificação dos numerais 
Os numerais podem ser cardinais, ordinais, multiplicativos ou 
fracionários. 
Cardinais 
Indicam número ou quantidade. Exemplo: 
Na volta da praia, passamos por quatro pedágios 
 
Ordinais 
Indicam ordem ou posição numa sequência. Exemplo: O jogador 
brasileiro foi eleito o melhor artilheiro pela terceira vez. 
 
Multiplicativos 
Indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é 
multiplicada. Exemplo: 
A piscina nova é o dobro da outra. 
 
Fracionários 
Indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é dividida. 
Exemplo: 
O médico recomendou-lhe meia colher do cereal ao dia. 
113
 
Há também numerais que designam um conjunto, mas referem-se a 
um número exato de seres ou coisas. Alguns gramáticos 
classificam essas palavras como numerais coletivos. Leia a seguir 
uma lista de numerais coletivos: 
 
 
Atenção 
• Não se deve confundir o numeral cardinal um com o artigo 
indefinido um. O numeral expressa quantidade, não tem plural e 
varia somente em gênero (um, uma). O artigo expressa uma ideia 
vaga, indefinida, e flexiona-se em gênero (um, uma) e em número 
(uns, umas). A identificação é feita pelo contexto. Observe: 
Havia um gerente em cada setor. (numeral) 
(Havia apenas um gerente em cada setor.) 
A manifestação foi interrompida por um policial. (artigo) 
(Um policial qualquer interrompeu a manifestação.) 
 
• Como vimos em Contextualização, não confunda algarismo com 
numeral. De acordo com o Dicionário Houaiss, algarismo é um sinal 
usado para a representação gráfica dos números, enquanto numeral 
é uma classe de palavras.
 
114
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flexão dos numerais 
Os numerais cardinais um, dois e os que representam centenas a 
partir de duzentos variam em gênero; os numerais cardinais 
terminados em -ão variam em número; os restantes são invariáveis. 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
uma criança, duas garrafas, duzentas pessoas, seis milhões, dez 
milhões, quatro trilhões. 
 
Os numerais ordinais variam em gênero e em número. Exemplos: 
Os dois times de minha cidade conseguiram as primeiras vitórias 
no sétimo campeonato nacional entre clubes. 
 
Algarismo Numerais 
Arábicos Romanos Ordinais Multiplicativos Fracionários 
1 I Primeiro - - 
2 II Segundo Dobro, duplo, dúplice Meio ou metade 
3 III Terceiro Triplo, tríplice Um terço 
4 IV Quarto Quádruplo Um quarto 
5 V Quinto Quíntuplo Um quinto 
6 VI Sexto Sêxtuplo Um sétimo 
7 VII Sétimo Sétuplo Um sétimo 
8 VIII Oitavo Óctuplo Um oitavo 
9 IX Nono Nônuplo Um nono 
10 X Décimo Décuplo Um décimo 
11 XI Décimo primeiro Undécuplo Um onze avos 
12 XII Décimo segundo Duodécuplo Um doze avos 
13 XIII Décimo terceiro - Um trezes avos 
14 XIV Décimo quarto - Um catorze avos 
15 XV Décimo quinto - Um quinze avos 
16 XVI Décimo sexto - Um dezesseis avos 
17 XVII Décimo sétimo - Um dezessete avos 
18 XVIII Décimo oitavo - Um dezoito avos 
19 XIX Décimo nono - Um dezenove avos 
20 XX Vigésimo - Um vinte avos 
30 XXL Trigésimo - Um trinta avos 
40 XXX Quadragésimo - Um quarenta avos 
50 XL Quinquagésimo - Um cinquenta avos 
60 L Sexagésimo - Um sessenta avos 
70 LX Septuagésimo - Um setenta avos 
80 LXXX Octogésimo - Um oitenta avos 
90 XC Nonagésimo - Um noventa avos 
100 C Centésimo - Centésimo 
200 CC Ducentésimo - Ducentésimo 
300 CCC Trecentésimo - Trecentésimo 
400 CD Quadringentésimo - Quadringentésimo 
500 D Quingentésimo - Quingentésimo 
600 DC Sexcentésimo - Sexcentésimo 
700 DCC Septingentésimo - Septingentésimo 
800 DCCC Octingentésimo - Octingentésimo 
900 CM Nongentésimo - Nongentésimo 
1.000 M Milésimo - Milésimo 
10.000 �̅� Dez milésimos - Um dez mil avos 
100.000 𝑐 ̅ Cem milésimos - Um cem mil avos 
1.000.000 �̅� Milionésimo - Um Milionésimo 
1.000.000.000 �̅̅� Bilionésimo - Um bilionésimo 
115
 
A oitava nadadora da nossa equipe chegou em vigésimo terceiro 
lugar. 
 
Os numerais multiplicativos flexionam-se em gênero e em número 
quando usados como adjetivo, e não se flexionam, quando 
empregados como substantivos. Exemplos: 
 
O carteador costuma fazer apostas duplas e triplas. (valor de 
adjetivo) 
 
Esta empresa produziu o triplo do ano anterior. (valor de 
substantivo) 
 
Os numerais fracionários variam em número, de acordo com os 
cardinais que expressam a quantidade de frações. Exemplos: 
 
Atenção 
• O numeral fracionário meio concorda em gênero e número com o 
substantivo ao qual se refere. Observe: 
 
• A palavra meio permanece invariável quando é advérbio, 
modificando adjetivos: 
 
• Há numerais que podem se flexionar em grau quando se quer dar 
ênfase a uma ideia. Veja os exemplos: 
 
 
Emprego dos numerais 
Na leitura dos algarismos romanos que vêm após substantivos que 
indicam séculos, nomes de papas ou reis e partes de uma obra, 
empregam-se numerais ordinais até décimo e, depois, numerais 
cardinais. Exemplos: 
Na Idade Média, no século IX (século nono), predominou o 
Cristianismo na Europa. 
 
Henrique VIII (Henrique oitavo), rei da Inglaterra, foi casado com 
Ana Bolena. 
 
No capítulo II (capítulo segundo), estudamos fonema e letra. 
O volume XII (volume doze) desta coleção traz biografias de 
pintores. 
 
Atenção 
• Se o algarismo vier antes do substantivo, é lido sempre como 
numeral ordinal. Exemplos: 
 
O V episódio (quinto episódio) do romance é surpreendente. 
O XI capítulo (décimo primeiro capítulo) pareceu-me mais longo. 
 
Na enumeração de leis, decretos, artigos, avisos, circulares, portarias 
e outros textos oficiais com algarismos arábicos, eles são lidos como 
numerais ordinais até o nono e como cardinais a partir de dez. 
Exemplos: O governo baixou a portaria 8ª (portaria oitava). 
 
Conforme o artigo 15 (artigo quinze) não houve infração. 
Na enumeração de páginas, folhas, textos, casas, apartamentos e 
similares com algarismos arábicos, eles são lidos como numerais 
cardinais. Exemplos: 
 
Releiam, na página 112 (cento e doze), o texto 6 (seis). O 
apartamento 803 (oitocentos e três) foi alugado. Morava no quarto 
9 (nove) da pensão. 
 
Atenção 
• Se o algarismo vier antes do substantivo, é lido como numeral 
ordinal. Exemplo: 
 
A 6ª (sexta) folha do jornal aborda um assunto polêmico. 
 
Os numerais multiplicativos são pouco usados, com exceção de 
dobro, triplo e duplo. As demais formas são substituídas pelo 
cardinal acompanhado da palavra vezes. Exemplos: 
 
nove vezes (nônuplo) 
sete vezes (sétuplo) 
 
Para indicar o primeiro dia de cada mês, emprega-se o ordinal 
primeiro e não o cardinal um: 
 
No dia primeiro de maio comemora-se o dia do trabalhador. 
Consideram-se numerais as formas zero,ambos e ambas. 
O botão zero foi acionado pelo astronauta. 
Deixou ambos sem nenhuma saída. 
 
Atenção 
• Existe a forma enfática para ambos: deixou ambos os dois sem 
nenhuma saída. 
 
• As formas corretas dos numerais cardinais correspondentes aos 
algarismos 50, 3 e 1 são cinquenta, três e um. Não existe a forma 
cincoenta. As formas treis e hum são admitidas apenas no 
preenchimento de cheques para evitar falsificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
116
 
CADERNO DE QUESTÕES – ARTIGO E NUMERAL 
 
 
Questão 1 
Os infográficos são representações visuais de informação. Eles 
explicam, por meio de ilustrações, diagramas e números, entre 
outros, fatos que o texto ou a foto não conseguem detalhar com a 
mesma eficiência. 
A esse respeito, leia o infográfico seguinte. 
 
 
Questão 2 
Em “Ele ocupou o 80º lugar no concurso.”, a leitura do numeral 
ordinal em destaque é: 
a) Oitavo. 
b) Octingentésimo. 
c) Octogésimo. 
d) Octagésimo. 
 
Questão 3 
Assinale a alternativa que apresenta um numeral: 
a) Eu estava triste, até que um certo alguém cruzou o meu caminho. 
b) Uma boa educação é importante para formar o caráter do 
indivíduo. 
c) Foi um presente te encontrar! 
d) Fui à livraria e comprei somente um livro, embora eu quisesse 
comprar mais. 
e) Hoje faz um lindo dia! 
 
Questão 4 
Assinale a alternativa na qual a frase não apresenta um número 
ordinal. 
a) Ele foi o primeiro da turma a acertar todas as questões. 
b) Ana passou em décimo terceiro lugar no vestibular. 
c) Felipe foi o segundo neto da família que nasceu no Brasil. 
d) Paguei apenas um terço da dívida. 
 
Questão 5 
Leia atentamente e responda. “A Lua se formou há 
aproximadamente 4.500.000.000 de anos”. Assinale a alternativa 
que apresenta a escrita do numeral acima. 
a) Quatro mil e quinhentos. 
b) Quarenta e cinco mil. 
c) Quatrocentos e cinquenta. 
d) Quatro bilhões e quinhentos milhões. 
 
Questão 6 
Sobre o emprego dos numerais, assinale a alternativa verdadeira. 
 
I- O numeral cardinal indica quantidade, o numeral ordinal indica 
ordem, posição. 
II- O numeral posicionado depois do substantivo até X – lê-se como 
cardinal, acima de X – lê-se como ordinal. 
III- Na leitura e na escrita {por extenso} dos cardinais, usa-se “e” 
entre as centenas e as dezenas e também entre as dezenas e as 
unidades. 
a) O item I é incorreto. 
b) O item II é incorreto. 
c) O item III é incorreto. 
d) Os itens I e II são incorretos. 
e) Os itens I e III são incorretos. 
 
Questão 7 
Das frases, abaixo, apresentadas, há presença de numeral em: 
a) Comi apenas um biscoito. 
b) Em um tempo como este, é muito bom sair. 
c) Falei umas verdades para ela. 
d) Enquanto uns riem, outros choram. 
e) Preciso consultar um astrólogo. 
 
Questão 8 
Assinale a alternativa que apresente um numeral ordinal. 
a) Levou meia dúzia de meia. 
b) Pensou em mil coisas, mas nada disse. 
c) Ficou em oitavo lugar na competição. 
d) Temos somente essa mesa disponível para duas pessoas. 
 
Questão 9 
A forma ordinal do numeral "quatro mil novecentos e setenta e 
quatro" é: 
a) quarto milésimo nongentésimo septuagésimo quarto. 
b) quarto milésimo nonagésimo septuagésimo quarto. 
c) quarto milésimo nono centésimo septuagésimo quarto. 
d) quadrilésimo nongentésimo septuagésimo quarto. 
e) quadrilésimo nonagésimo septuagésimo quarto. 
 
Questão 10 
Leia o texto abaixo para responder a questão. 
 
Ontem de noite, vivenciando uma potente imersão no pujante polo 
de produção intelectual chamado caixinha do chaveiro, me dei conta 
de uma questão linguística pouco discutida: número só muda o 
gênero até o dois. Um, uma, dois, duas. Três, tresa? Quatro, quatra? 
Cinca? Seisa? Seta? Oita? Nova? Nada. 
 
Por alguma razão para além dos estreitos limites da minha têmpera 
intelectual, uma laranja e um limão merecem ser tratados no 
feminino e no masculino. Mas se trouxerem pra roda família e 
amigos, possivelmente terão de se contentar com o genérico 
masculino. Por que será que o povo, este “inventa línguas”, acha 
importante tratar duas rebimbocas da parafuseta como moças e vinte 
e sete na indefinição? 
 
Tá, é verdade. Num país em que falta comida, justiça, caráter e tantos 
outros itens de primeira necessidade, a escassez mais grave 
certamente não é a de palavras. Mas é aquele negócio: mesmo numa 
guerra, tendo um tempinho, convém escovar os dentes. De modo que 
seguirei aqui tentando adubar a nossa querida flor do Lácio. 
 
Pela leitura do primeiro parágrafo, é correto afirmar que os 
numerais 
a) precisam romper com determinados dogmas que, quase sempre, 
são utilizados como instrumento de preconceito. 
b) expressam grande pobreza linguística, haja vista a limitação de 
gênero dos primeiros algarismos. 
117
 
c) dão um bom exemplo do quanto que as questões relacionadas a 
gênero alcançam as mais diversas áreas. 
d) demonstram o machismo patriarcal dos primeiros matemáticos 
ocidentais. 
 
Questão 11 
Considerando-se a variação de número dos artigos definidos e 
indefinidos em concordância com o contexto, preencher as lacunas 
da 2ª coluna de acordo com as palavras da 1ª e, após, assinalar a 
alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
(1) Uma. 
(2) Umas. 
(3) A. 
(4) As. 
(_) ____ pacientes chegaram mais cedo à clínica, enquanto outras 
chegaram bastante atrasadas. 
(_) Ao menos _____ explicação para esse equívoco se faz 
necessária. 
(_) ____ encomendas chegaram atrasadas. 
(_) ____ jovem foi à aula, tal como costumava fazer todas as 
manhãs. 
a) 1 - 2 - 3 - 4. 
b) 3 - 2 - 1 - 1. 
c) 2 - 3 - 2 - 3. 
d) 2 - 1 - 3 - 2. 
e) 2 - 1 - 4 - 3. 
 
Questão 12 
Em qual alternativa é possível verificar um artigo indefinido singular 
feminino? 
a) a 
b) uns 
c) umas 
d) os 
e) uma 
 
Questão 13 
Assinale a frase em que o artigo sublinhado mostra valor diferente 
do de posse. 
a) O lutador trazia o rosto ferido. 
b) O policial estava com a farda rasgada. 
c) O monge estava absorto com as meditações. 
d) O estudante não trouxe a mãe para a festa. 
e) Na loja, a mulher viu os celulares na vitrine. 
 
Questão 14 
Os artigos definidos indicam uma realidade conhecida; a frase 
abaixo em que o artigo sublinhado acompanha uma realidade que é 
do conhecimento do leitor ou ouvinte, não por seu conhecimento de 
mundo, mas por ter sido mencionado antes, é: 
a) Alguns indígenas aproximaram-se da canoa, mas a um pedido do 
comandante, os índios se afastaram; 
b) O carro entrou no estacionamento do prédio com os faróis 
acesos; 
c) O dicionário tinha as páginas amareladas por ser antigo; 
d) Quando os piratas esconderam o imenso tesouro na ilha, não 
esperavam que a riqueza fosse atrair a atenção de outros navegantes; 
e) Um baralho é um objeto interessante e as figuras nele inseridas 
mostram valor histórico. 
 
Questão 15 
Leia os itens sobre artigo, veja se são (C) corretos ou (I) incorretos 
e assinale a alternativa correta. 
( ) “Certa vez, passando por uma praça, encontrei um menino 
chorando. A praça estava deserta e o menino, sozinho, as mãos 
e os cabelos sujos de terra”. As palavras destacadas são artigos. 
( ) Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para dar 
aos seres um sentido determinado, ou indeterminado. Indica, ao 
mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos. 
( ) Os artigos indefinidos se antepõem a substantivos que designam 
seres definidos, determinados. São eles: um, uma, uns, umas. 
( ) Os artigos definidos se antepõem a substantivos que designam 
seres indefinidos, indeterminados. São eles: o, a, os, as. 
( ) Os artigos podem unir-se às preposições a, de, em e por, formando 
combinações e contrações antes de substantivos. 
a) C – C – C – C – I. 
b) C – I – I – C – C. 
c) C – C – I – I – C. 
d) I – C – I – C – C. 
e) C – C – C – C – C. 
 
Questão 16 
No trecho “É assim que boa parte das pessoas passa o dia”, qual 
palavra é um artigo? 
a) É. 
b) Boa. 
c) Pessoas. 
d) Passa. 
e) O. 
 
Questão 17

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