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Igor Silva – Odontologia UFMS Estágio I TEMA: PREPARO CAVITÁRIO E RESTAURAÇÃO CLASSE IV DATA: 09/03/2022 PROVA 23/03 – TEÓRICA I DO ESTÁGIO I CLASSE IV Definição: são lesões e/ou cavidades que envolvem a face proximal de um dente anterior e que simultaneamente compromete pelo menos 1 ou 2 ângulos incisais (mesial e distal). Etiologia: Lesão carioso (classe III extensas) – que agora são classe IV; Traumatismo - causas: 1. Causa mais frequente em pacientes jovens 2. Ocorre geralmente devido a acidentes 3. Também é muito comum em esportes de contato quando não há uso do protetor bucal (futebol); Tipos de fratura 1. Coronárias: a) Esmalte b) Esmalte + dentina c) Esmalte + dentina + polpa 2. Corono – radicular: A) Sem exposição pulpar; B) Com exposição pulpar; 3. Radicular Planejamento restaurador: O que considerar? 1. Estado de saúde bucal do paciente; 2. Tipo de extensão, posição e direção; 3. Exame radiográfico; 4. Idade do paciente; 5. Forma dental; 6. Oclusão: função incisiva, tipo de guia, habito parafuncional; Igor Silva – Odontologia UFMS Estágio I DESAFIO CLÍNICO DA RESTAURAÇÃO: -FORMA E COR: esses são os desafios; BIOMIMETISMO -Imitar o dente do lado; Obs: translucidez, opacidade, idade do paciente (pacientes mais velhos não tem halo opaco na incisal); FORMA -Quadrada; -Oval; -Triangular; -Retangular; -Dentes com forma quadrada ou retangular: lóbulos paralelos, arestas de reflexão paralelas, contornos retos, ângulo de transição cervico-proximal volumoso, borda incisal mais ampla, ângulo incisais mais retos; -Dentes com forma oval: lóbulos convergentes para cervical, contornos arredondados, ângulos de transição cervivo-proximal suaves, ângulo incisal arredondados, arestas convergem para cervical e incisal; Dentes triangular: lóbulos convergentes para cervical, borda incisal ampla, contornos arredondados, ângulos de transição cervico-proximal pouco volumoso, arredondado, ângulo incisal vivo. FORMA O que observar? -Copiar a forma anatômica e os detalhes do seu paciente fazem toda diferença no resultado final da restauração; -Sulcos de desenvolvimento: que divide o dente em 2 lóbulos, vemos 3 mamelos evidentes; -Zona translúcida: -Halo opaco; -Periquimácias: linhas transversais (ponta de acabamento F ou FF vermelha, fazemos riscos na resina e depois para suavizar passa a borracha de chama ou do tipo espiral ou formato de cogumelo); -Presença de trincas; Igor Silva – Odontologia UFMS Estágio I COR -Os dentes possuem aspectos únicos de paciente para paciente, o que dificulta a escolha da cor e reprodução dos detalhes; -Observar área de opacidade e translucidez; SELEÇÃO DE COR -Após profilaxia; -Teste bolinha resina (sem isolamento absoluto); 1. resina de alta translucidez – EFEITO -Empress (colocar a foto) 2. resinas de baixa translucidez – ESMALTE 3. Resinas de média translucidez – CORPO/BODY 4. Resinas Opacas – Dentina QUAL RESINA COMPOSTA UTILIZAR? o MACRO PARTICULADAS (polimento ruim, alta resistência, sai carga da resina no polimento, já está fora do mercado); o MICRO PARTICULADAS (baixa resistência, polimento ruim); o HIBRIDA (MICRO HIBRIDA, NANO HIBRIDA): bom polimento, resistência adequada. o MICRO HIBRIDA: relativamente boa; o NANO PARTICULADAS: ótimo polimento, manutenção do polimento durante o passar do tempo; Marcas comerciais: Z100 e Z250 (hibrida) Z250 (nano particuladas) Forma: nano hibrida com partículas de zircônia; Borrachas iffe – ultradente é boa para polimento (pesquisar); Forma: boa resistência e bom polimento; Igor Silva – Odontologia UFMS Estágio I FORMAS DE OBTENÇÃO DA PAREDE PALATINA TÉCNICAS: 1. MATRIZ DE POLIÉSTER; 2. GUIA DE SILICONE; 3. MOCK-UP + GUIA DE SILICONE; 4. MATRI DE SILICONE BRB; TÉCNICA 1 – MATRIZ DE POLIÉSTER Posicionamento da matriz de poliéster: Adaptação na região palatina da matriz de poliéster; Pressão digital (dedo indicador) na face palatina; Incremento de 1,5 mm de espessura com resina composta translucida para mimetizar o esmalte palatino; Manter pressão adequada da matriz (concavidade palatina); Fotoativação; TÉCNICA 2 – TÉCNICA GUIA DE SILICONE Indicação: Em casos de restauração existente com anatomia satisfatória, porém com deficiência na cor; Muito comum: -Troca de restauração; COMO FUNCIONA? 1. Moldagem parcial do paciente com silicona de adição ou condensação (consistência densa); 2. Manipular de acordo com a orientação do fabricante; Proporção 1:1 das pastas; Base catalizadora; Luva nitrílica, não pode usar luva de látex porque impede a polimerização do material; Silicone de condensação; Proporção de 1:2 das pastas, ou seja, 1 – base : 2 – catalisadora. 3. Recorte e prova da guia de silicone; 4. Com o auxílio de uma lamina de bisturi Recortar a guia, removendo toda a face vestibular (bisturi 11 e 12); Recortar a guia, removendo toda a face vestibular, com cuidado para não cortar a palatina/lingual. Recortar a face palatina cerca de 1 cm da cervical dos dentes; Deve envolver de canino direito a canino esquerdo; Igor Silva – Odontologia UFMS Estágio I TÉCNICA 3 - TÉCNICA ESTRATIFICADA COM A UTILIZAÇÃO DE MOCK-UP (ENSAIO RESTAURADOR) + GUIA DE SILICONE: -Restauração com anatomia adequada sem adesão; Indicação: -Em casos que o paciente chega em consultório com o dente fraturado; -Mais de 1/3 do dente perdido; Passos: 1. Moldagem com alginato na arcada do dente a ser restaurado; 2. Vazo o gesso tipo III; 3. Após recortar o modelo do gesso: 4. Começa o enceramento gotejando a cera para escultura em todo preparo cavitário, dando forma a restauração, esculpindo os detalhes anatômicos; Nota: para a realização da escultura, utilizar esculpidores lecron, hollemback, lâmina de bisturi e sonda exploradora. Utilizar escova de dente de cerdas macias para dar o acabamento final ao enceramento; Ver a técnica da tira de poliéster (informação extra – pesquisar depois). 5. Confecção da guia palatina; 6. Levo no meu modelo de gesso e passa essa guia passando um pouquinho da incisal; 7. Após pegar a presa do material, remover o excesso; 8. Recorte da guia palatina 9. Seguir o protocolo restaurador com a guia; 10. Marco com a sonda exploradora n° 5 o término da incisal; Nota: Incremento fino deve ser realizado com uma fina camada de um compósito com boa resistência e propriedades ópticas semelhantes ao esmalte; 11. Leve a posição esse incremento de resina composto e fotoativa por 20 segundos (ou seja, fotoativar o incremento de resina composta por 20 segundos); 12. Remover a guia palatina e seguir o protocolo restaurador com a estratificação da resina composta; TÉCNICA 4 - TÉCNICA COM MATRIZ BRB -Ela é uma modificação da técnica tradicional da confecção da guia palatina, em casos de dentes anteriores fraturados. -Nesta técnica não é necessário a obtenção de um modelo e posterior enceramento; -Objetivo: otimizar o tempo clínico, fazendo o uso da guia de silicone palatina/lingual; Igor Silva – Odontologia UFMS Estágio I Como fazer? 1. Moldagem parcial do paciente e recorte da guia palatina; -Coloca dentro da moldeira, remove a guia de silicone e recorta com lamina de bisturi, checar a adaptação na boca; -fazer o desenho na guia de silicone -Levar a guia em posição na boca; -Em seguida com o auxílio de uma lapiseira, demarcar na guia com grafite; 2. Fazer o desgaste da guia de silicone e checar adaptação. 3. Maxicut ou minicut, realizar o desgaste da região na guia de silicone. Passos: 1. Escolha da cor (bolinha de resina cervical); 2. Isolamento absoluto (manter o campo limpo e seco, remover o tecido cariado, confeccionar o bisel, realizar o procedimento restaurador); -Ponta diamantadaem baixa rotação 1011, 1012, 1014, 1016 (colher de dentina e broca carbide em dentina); 3. Bisel na região vestibular (3115/3118 f ou 3195f para uma melhorar a estética) inclinar a ponta diamantada 45° sob a superfície vestibular. 4. Condicionamento ácido (condicionamento total) 2 mm além do bisel; 5. Lavagem dobro do tempo; 6. Secagem com papel absorvente; 7. Clorexidina durante 1 minuto; 8. Papel absorvente para remover o excesso de clorexidina; 9. Sistema adesivo, volatiliza, aplica 2 camada,s estende a aplicação 2 mm além do bisel, fotoativação por 20 segundos. 10. Passo 3 - Resina composta: Insere o incremento de dentina; Camada fina e única de esmalte; Uma única camada; Esculpir com pincel as últimas camadas (sem os pelos arrepiados); Fotoativa; Passo 4: Ajuste oclusal, acabamento e polimento; Deve ser realizado: -Após a finalização da restauração -Sem o isolamento absoluto Ajuste oclusal com papel carbono e checagem das guias (incisiva e canina); Igor Silva – Odontologia UFMS Estágio I Na palatina usa ponta de chama ou pera para fazer o ajuste oclusal; Na incisal usa o disco abrasivo; Remove o excesso: ponta diamantada fina ou extra-fina e brocas multilaminadas; Tira de lixa em forma de S para não tirar o ponto de contato; Acabamento: discos (demarcação da área de sombra e de espelho – marcar com grafite); Soft Left (3M) os discos; Acabamento e polimento (passos 1 e 2) Acabamento e polimento: Jiffy R – ordem decrescente (entre as trocas de granulações deve-se realizar a lavagem do dente) - movimentos intermitentes; Discos de feltro associado com as pastas diamantadas e / ou escova de carbeto de silício; Aspecto final (pelo de cabra final de tudo – aumenta o brilho); 1. Guias de silicone, mãos livre; Obs: comprar lápis aquarelado (lápis).