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1 
 
PESQUISA E EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA 
 
2 
 
 
Caro(a) aluno(a), 
 
 
A Faculdade Anísio Teixeira (FAT), tem o interesse contínuo em 
proporcionar um ensino de qualidade, com estratégias de acesso aos saberes 
que conduzem ao conhecimento. 
 
Todos os projetos são fortemente comprometidos com o progresso educacional 
para o desempenho do aluno-profissional permissivo à busca do crescimento 
intelectual. Através do conhecimento, homens e mulheres se comunicam, têm 
acesso à informação, expressam opiniões, constroem visão de mundo, 
produzem cultura, é desejo desta Instituição, garantir a todos os alunos, o direito 
às informações necessárias para o exercício de suas variadas funções. 
 
Expressamos nossa satisfação em apresentar o seu novo material de estudo, 
totalmente reformulado e empenhado na facilitação de um construtor melhor 
para os respaldos teóricos e práticos exigidos ao longo do curso. 
 
Dispensem tempo específico para a leitura deste material, produzido com muita 
dedicação pelos Doutores, Mestres e Especialistas que compõem a equipe 
docente da Faculdade Anísio Teixeira (FAT). 
 
Leia com atenção os conteúdos aqui abordados, pois eles nortearão o princípio 
de suas ideias, que se iniciam com um intenso processo de reflexão, análise e 
síntese dos saberes. 
 
Desejamos sucesso nesta caminhada e esperamos, mais uma vez, alcançar o 
equilíbrio e contribuição profícua no processo de conhecimento de todos! 
 
 
Atenciosamente, 
 
Setor Pedagógico 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................ 4 
CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO DIGITAL E A PANDEMIA DE COVID-19 .............................................. 6 
CAPÍTULO II - AS DIFICULDADES DA EDUCAÇÃO DIGITAL DURANTE A PANDEMIA DE 
COVID-19 ........................................................................................................................................................ 17 
EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO DIGITAL NA PANDEMIA DE COVID-19 .................................... 21 
ESTUDAR E APRENDER EM UM CURSO A DISTÂNCIA ................................................................... 26 
CAPÍTULO III - O PAPEL DO ALUNO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA .......................................... 35 
AUTONOMIA ..................................................................................................................................................... 35 
TECNOLOGIAS E MÍDIAS DIGITAIS NO CONTEXTO ESCOLAR .................................................. 44 
INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS E MÍDIAS DIGITAIS NO CONTEXTO ESCOLAR .......... 47 
AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM ........................................................................................ 54 
CIBERCULTURA OU CULTURAL DIGITAL ............................................................................................. 55 
O CIBERESPAÇO ............................................................................................................................................... 55 
AS TIC COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM ...................................................................................... 56 
FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA O USO DAS TIC ........................................................................ 59 
REDES E INTERNET .......................................................................................................................................... 61 
LETRAMENTO E INCLUSÃO DIGITAL ..................................................................................................... 63 
INCLUSÃO DIGITAL ........................................................................................................................................ 71 
TIC E NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS .................................................................................... 73 
CAPÍTULO IV - AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E O 
ENSINO SUPERIOR ......................................................................................................................................... 76 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................... 82 
 
 
4 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Vivemos em uma época em que o conhecimento é um dos bens mais 
preciosos da humanidade. No entanto, apesar de hoje o ser humano encontrar-
se submerso em uma teia de informações, nem sempre essas são canalizadas para 
o aprimoramento da vida em sociedade ou transformadas em conhecimento. 
A difusão da informação em diversos espaços, não apenas nas agências 
formais (a exemplo das escolas, universidades, centros de ensino etc.), tem 
proporcionado mudanças de paradigmas também na educação, como em 
diversas esferas da vida em sociedade. Isso representa um grande avanço nas 
estruturas educacionais, pois não se concebe mais que apenas o professor seja o 
detentor do saber e, assim, “preencha” a mente dos alunos, que são considerados 
tábulas rasas. Nessa conjuntura, a função docente passa a ter um desenho 
diferente: o professor configura-se como o moderador, como agenciador, como 
aquele que motiva o aluno a continuar em um intercâmbio de troca de 
conhecimento. E o aluno passa a ser um agente que busca sua autoformação, a 
partir de pilares traçados pelos planos de ensino das instituições, seus próprios 
propósitos de aprendizagens e o intercâmbio com outros discentes e o docente. 
As tecnologias da informação e comunicação constituem-se em 
ferramentas para reconfigurar esse papel, proporcionando não apenas ao 
docente, mas também ao discente, possibilidades de pesquisa, através de 
ambientes virtuais de aprendizagens, redes sociais e formatos cibernéticos. E é a 
partir dessa perspectiva que este módulo de Pesquisa e Ensino a Distância (PED) 
aborda, em quatro unidades de ensino, a questão do ensino e da aprendizagem, 
 
5 
 
tendo como enfoque a relação do ensino-aprendizagem nas instituições de 
ensino superior, possibilidades pedagógicas do ensino a distância, letramento, 
inclusão digital, a pesquisa e seus elementos. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
6 
 
CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO DIGITAL E A PANDEMIA DE COVID-19 
 
Desde 2020, estamos passando por um marco significativo na Educação. 
Uma grande pandemia, que assolou o Brasil e o mundo, em dezembro de 2019, 
despertou questionamentos sobre as aulas remotas. O ensino híbrido, mesmo não 
sendo algo novo, foi implantado na educação brasileira, mas muitos docentes 
não conheciam esse modelo, o que causou desconforto e muitas dificuldades em 
sua chegada. 
 A partir de agora, você acompanhará a leitura de um artigo intitulado “As 
dificuldades da Educação Digital durante a pandemia de COVID-19”. Esse artigo 
poderá ser encontrado na íntegra na referência web gráfica a seguir. 
A pandemia causada pelo coronavírus foi responsável por modificar não 
só a vida social das pessoas, como também o modelo de ensino. O Ensino à 
Distância (EaD) já existia como modelo alternativo cuja principal característica 
é o acesso ao ensino a distância. Com a pandemia, as atividades educacionais 
foram readaptadas para o Ensino Remoto Emergencial (ERE), inicialmente sem 
um planejamento definido. Com o avanço da pandemia, fez-se necessário 
adaptar o sistema de ensino utilizado atualmente para que todos os alunos 
continuassem o processo de aprendizagem (SPALDING et al., 2020) 
O conceito de educação a distância é muito simples, professores e alunos 
mediam o conhecimento por meio de interações síncronas e/ou assíncronas em 
diferentes espaços e tempos, independentemente do uso de artefatos digitais. O 
termo “distância” explica sua principal característica: a separação física entre 
professores e alunos no espaço, mas não exclui o contato entre alunos ou a 
utilização de meios técnicos para fazer contato direto entre alunos e professores.O método de ensino por EAD ocorre com a mediação didático-pedagógica para 
 
7 
 
o processo de ensino e aprendizagem, por meio da utilização da TDIC 
(Tecnologias digitais de informação e comunicação), na qual utiliza-se 
professores qualificados e treinados para realizar o acompanhamento e 
avaliação dos alunos, além de desenvolver atividades educativas e colaborativas 
para promover a educação em diversos lugares diferentes (JOYE; MOREIRA; 
ROCHA, 2020). Vale ressaltar, no entanto, que mesmo sem as tecnologias 
digitais, a educação a distância existia. 
Devido as grandes mudanças que o COVID-19 trouxe ao mundo, a 
educação foi um dos setores mais afetados. A necessidade de reunir em salas de 
aulas e o contato físico, o qual é, muitas vezes, inevitável, tornaram as salas 
principais pontos de disseminação do COVID-19. Por conta disso, foram 
adotadas diferentes medidas de ensino, para que o aluno não fosse prejudicado 
e privado de ter acesso à aprendizagem, como forma de uma educação 
emergencial que possibilite a continuidade da educação. Sendo assim, a 
tecnologia digital se tornou um dos principais meios para manter o processo 
educacional. Surgiu então a educação remota, que tem o objetivo de oferecer as 
aulas em formatos presenciais, como se o aluno e o professor estivessem em sala 
de aula, porém é em formato de live e foi desenvolvida exclusivamente por conta 
da crise (ARRUDA, 2020) 
Ensino Remoto Emergencial (ERE) teve que ser instituído em virtude da 
pandemia causada pelo coronavírus e a obrigatoriedade do distanciamento 
social para evitar o contágio. Vale lembrar que esse conceito está relacionado 
diretamente à situação vivenciada pelo mundo atualmente, imposta pela 
pandemia. Para atender às necessidades educacionais dos alunos, por meio da 
utilização da educação digital, é um grande desafio, pois a maioria dos 
professores não está familiarizado com este tipo de ensino e também uma parte 
 
8 
 
da população brasileira não possui acesso à internet. É necessário que cada 
contexto seja analisado cuidadosamente, para que nenhum profissional ou aluno 
seja excluído do processo. Isso inclui a logística (equipamentos e rede de 
internet) bem como o treinamento de profissionais para que as ferramentas 
sejam utilizadas de forma correta e proveitosa. Outro desafio merece destaque 
frente a pandemia: como manter os alunos motivados e garantir que eles 
participem das aulas e usem regularmente as ferramentas (LUDOVICO et al., 
2020). 
No campo da educação, clama-se por soluções imediatas para 
desenvolver ações educacionais formais durante a pandemia, estratégias 
alternativas estão sendo adotadas nas práticas de ensino da escola, e essas 
estratégias precisam ser aceleradas neste século. A pandemia serviu como um 
trampolim para que as instituições de ensino entendessem que o uso da 
tecnologia para comunicação e aulas ministradas deveria ser estruturado, que a 
cada dia o mundo está mais desenvolvido tecnologicamente, e que as instituições 
de ensino, especialmente no Brasil, não estavam acompanhando esse avanço e 
por meio disto surgiu a seguinte pergunta de pesquisa, quais foram as 
dificuldades da educação digital durante a pandemia de COVID-19? 
Com o avanço da pandemia, fez-se necessário adaptar o sistema de 
ensino utilizado atualmente para que todos os alunos continuassem o processo 
de aprendizagem. Essa adaptação teve importante impacto na ciência, novas 
tecnologias educacionais passaram a ser largamente utilizadas. O estudo tem 
como Objetivo geral de descrever as dificuldades encontradas na educação 
digital durante a pandemia da COVID-19 e descrever a evolução da educação 
digital na Pandemia de COVID-19. 
 
 
9 
 
 
A presente pesquisa é uma revisão bibliográfica de abordagem descritiva 
e qualitativa, na qual e elaborada por meio de material que foram desenvolvidos 
como artigos científicos publicados em revistas científicas (CESÁRIO; 
FLAUZINO; MEJIA, 2020). Para desenvolver a pesquisa foi elaborado a seguinte 
a pergunta, quais foram as dificuldades da educação digital na pandemia de 
COVID-19? Juntamente à problemática foi realizada a pesquisa de descritores 
no Decs (Descritores em Ciências da Saúde) com o seguinte resultado; 
Alfabetização Digital, Deficiências da Aprendizagem e Infecções por 
Coronavírus. A pesquisa de dados foi realizada no banco de dados do Google 
Scholar com os descritores entre aspas (“”). Na base de dados da SciELO 
(Scientific Electronic Library Online), foi realizada a pesquisa com a opção 
pesquisa avançada, adjunto com o operador lógico booleano “OR” e “AND”. 
A coleta dos artigos científicos foi realizada no mês de janeiro de 2021 e 
foram estabelecidos os critérios de inclusão; artigos acadêmicos publicados entre 
2016 a 2020, na língua portuguesa, disponíveis de forma gratuita e nos bancos 
de dados supracitados. Foram excluídos os artigos inferiores a 2016, resumos, 
periódicos que não contemplavam nenhum dos objetivos e que não 
respondessem à pergunta de pesquisa e artigos repetidos encontrados nas bases 
de dados citadas acima. O critério de exclusão será explicado conforme a 
ilustração da Figura 1. 
 
Figura 1: Fluxograma de PRISMA 
 
10 
 
 
 
Conforme Pinho e Araújo (2019), os avanços tecnológicos 
testemunhados pelo mundo inteiro, percebe-se a necessidade de se familiarizar 
a cada dia com as ferramentas oferecidas pela tecnologia. Em todos os segmentos 
 
11 
 
da vida, percebe-se o quão impactante é a presença da tecnologia e, obviamente, 
essa presença também se estenderia às escolas e redes de ensino em geral. 
 
 
Para Kobs e Junior (2020), 
com o avanço da tecnologia digital no Brasil surgiram novas 
possibilidades dinâmicas de aprendizado, por meio da 
internet, na qual promoveu o suporte para o processo de 
aprendizagem com serviços como de correio eletrônico, 
conexão remota, troca interativa de mensagens em tempo 
real, transferência de arquivos, navegação multimídia, entre 
outros, para promover o conhecimento. 
 
 
 
Heinsfeld e Pischetola (2020), 
 
comenta que a velocidade que o EAD está evoluindo e 
modificando a forma de ensino, mas mantendo a sala de aula 
como espaço de diálogo entre educador e educando. O 
método EAD permite que o aluno troque experiências, 
informações e conhecimentos em qualquer local do mundo, 
favorecendo-o na economia de tempo que ele gastaria para 
se deslocar até a sala de aula. 
 
 
 
12 
 
Bittencourt e Albino (2017), 
versa que em todas as partes do mundo a tecnologia em 
evolução é a principal força que está transformando a 
sociedade. Antigamente, o processo ensino-aprendizagem 
era pautado no uso regular do quadro-negro, cadernos e a 
tradicional aula com escritas e explanações feitas pelo 
professor, o conhecido método tradicional de ensino. Ao 
longo dos anos e com o avanço tecnológico, essa 
metodologia tradicional de ensino passou a perder espaço 
para pequenos progressos tecnológicos. 
 
 
Para Fantin (2017), 
a tecnologia agregou papel fundamental na construção do 
conhecimento, sendo utilizada como uma das principais 
ferramentas, trazendo, consequentemente, a conectividade 
entre pessoas, conceitos e culturas. Para tanto, faz-se 
necessário usar a tecnologia de forma crítica e a reprodução 
de informações de forma responsável, o que significa o 
aumento do senso crítico, produtivo-expressivo e 
instrumental. Não se pode permitir que a tecnologia domine 
a aprendizagem de tal forma que o indivíduo que estuda e 
faz uso da tecnologia a utilize como uma muleta para o seu 
aprendizado. 
 
 
 
13 
 
Segundo Barroso e Antunes (2016), 
a tecnologia permite que a metodologia de ensino deixe de 
ser unidirecional para ser uma troca dinâmica. Isso amplia 
os horizontes e permite o acesso instantâneo e sem fronteiras 
ao conteúdo educacional. Uma das grandes vantagens do 
uso da tecnologia é a otimização do tempo e espaço, graças 
aos equipamentos (computadores, notebooks, laptops) e aos 
softwares, que estão presentesna era digital. 
 
Queiroz; TorI e Nascimento (2020), 
afirmam que o avanço da tecnologia na área de educação e 
ensino como forma de aprendizagem possibilita que o aluno 
possa desenvolver habilidades para favorecer o seu 
conhecimento e aprendizagem. 
 
 
Conforme Rocha; Joye e Moreira (2020), devido ao constante 
desenvolvimento do EAD vem crescendo cada vez mais e se tonando um dos 
principais meios de ensino e aprendizado. O uso da internet tem facilitado o 
aperfeiçoamento desse tipo de educação, pois permite que ela esteja presente em 
diferentes espaços e tempos. Por conta disso, o crescimento da EAD tem sido 
inevitável, pois a sociedade está cada vez mais atualizada. 
Essa atualização possibilitou o surgimento de diferentes denominações 
para a EAD, como por exemplo: 
E-learning (aprendizagem eletrônica), 
B-learning (aprendizagem híbrida), 
 
14 
 
 M-learning (aprendizagem com mobilidade), 
U-learning (aprendizagem com ambiguidade). 
 
Essas denominações se distinguem pelo tipo de tecnologia utilizadas, 
modos de instrução, características da aprendizagem, forma de avaliação, dentre 
outras. Segundo Leite e Silva (2020), nos últimos anos o EAD teve grandes 
avanços, no qual impactou diretamente a educação, por meio da adoção do 
ensino digital e abandonando o sistema de ensino arcaico. Com isso os docentes 
e discentes tiveram que adquirir novas habilidades educativas no universo 
digital, para o processo de construção de um novo método de ensino. 
Conforme Oliveira (2020), no cenário atual a educação a distância vem 
ganhando proporção sobretudo na área digital, apesar que o processo e longo 
para a adesão e inclusão da tecnologia digital no processo pedagógico e de 
aprendizagem. Os pesquisadores em educação a distância vêm se adaptando e 
aprimorando seus estudos e análises, para contribuir com ensino e pesquisa de 
qualidade para formação educacional de diversos profissionais. Com isso 
melhorar a autonomia dos docentes e discentes no processo educacional e 
aprendizagem 
Conforme Barroso e Antunes (2016) e Schmid e Lima (2016), o EAD pode 
ser usada para apoiar as atividades dos professores, gestores e alunos. O 
principal objetivo é promover a troca de informações e o ensino colaborativo 
por meio de algumas das ferramentas que podem ser utilizadas na área 
educacional, tais como: 
 Dropbox, 
Google drive, 
CloudMagic, 
 
15 
 
Jumpshare, 
Weebly, 
Issuu, 
ClassDojo, 
Entre outras. São inúmeras as opções os professores e gestores devem 
conhecer as ferramentas, avaliar as necessidades da instituição, e utilizar as 
ferramentas que vão atender a essas necessidades. De acordo com o desempenho 
e adaptação dos alunos, essas ferramentas podem ser substituídas, ou até mesmo 
uma nova estratégia pode ser utilizada a fim de obter maior aproveitamento da 
ferramenta escolhida. O uso de novas tecnologias para melhorar o processo de 
aprendizagem e familiarização dos alunos requer o desenvolvimento de 
habilidades. 
Para Pinho e Araújo (2019), a tecnologia educacional visa o 
aprimoramento profissional de educadores, ampliando as chances de acesso de 
qualidade aos estudos para todos, e oferece autonomia ao professor, estimulando 
seu lado crítico e criativo. A mudança no perfil do professor, dispensando o 
conhecimento puramente obstrucionista e favorecendo ações críticas e 
reflexivas, sendo incentivo no progresso da carreira do professor que 
implementam a tecnologia nas suas práticas pedagógicas, permitindo 
transformar e socializar conhecimentos para uma sociedade mais solidária e 
democrática, renovando o processo ensino-aprendizagem e contribuindo para 
a qualificação da educação (BASNIAK; SOARES, 2020). 
Os professores devem aprender a usar diferentes tipos de mídia e 
aprender diferentes maneiras de ensinar, expressar, informar, persuadir e 
entreter. Isso exige que a formação do professor envolva não apenas a expressão 
e a criação do conhecimento científico, mas também uma possibilidade de 
 
16 
 
formação estética. Cada vez mais surge a ideia de incentivar os professores da 
escola a participarem do processo de pesquisa, principalmente por se assumir 
que a participação no processo de pesquisa pode melhorar sua prática docente. 
Ao quebrar a noção de que professores e alunos são apenas objetos de 
pesquisa, essa visão os trata como objetos e parceiros de pesquisa e formação. 
Nesse processo, o diálogo entre pesquisadores e professores é constantemente 
estimulado, e parte do retorno dos dados da pesquisa advém do processo de 
pesquisa, que também pode se configurar em formação continuada. Durante a 
formação deste inquérito, docentes e investigadores pretendem compreender a 
realidade e complexidade do processo educativo, e pretendem partilhar ações de 
formação nas escolas para intervir nesta realidade (FANTIN, 2017). 
As instituições educacionais precisam ter um preparo logístico (provisão 
dos equipamentos necessários e em quantidade suficiente de modo a atender as 
demandas da instituição) e educacional, isso significa uma drástica mudança nos 
padrões tradicionais de ensino. Enquanto condutores do aprendizado, os 
professores e as escolas têm papel indispensável no tocante à cultura digital, não 
só por criar dinamismo ao direcionar o aprendizado dos conteúdos com também 
auxiliar os estudantes a se inserirem na cultura digital de forma responsável e 
proveitosa (PINHO; ARAÚJO, 2019). 
 
 
17 
 
CAPÍTULO II - AS DIFICULDADES DA EDUCAÇÃO DIGITAL DURANTE A 
PANDEMIA DE COVID-19 
 
Conforme Oliveira (2020), uma das principais dificuldades da educação 
digital durante a pandemia foi a falta de habilidade dos professores com o ensino 
EAD, diversos professores não tinham conhecimento sobre o método de aula 
online e não tiveram tempo para realizar o treinamento de ambientação nas 
plataformas de ensino EAD. 
A mudança das aulas presenciais para o EAD, os professores apresentam 
insegurança na manipulação de novas tecnologias incluindo o ensino remoto. 
As instituições tiveram que se adaptar de forma rápida para garantir 
aprendizagem dos alunos, disponibilizou diversos materiais online para fornecer 
suporte ao discente, porém os materiais fornecidos por meio de videoaula não 
tinham grande qualidade devido a falta de destreza dos docentes em levar a 
informação para os alunos (NHANTUMBO, 2020). 
Segundo Sampaio (2020), a principal dificuldade no EAD foi o processo 
de adaptação é que a grande maioria das escolas não têm como se estruturar, 
seja por problemas logísticos, financeiros, ou até mesmo de treinamento dos 
profissionais para aprenderem a manusear os novos sistemas de educação 
digital. 
O número de professores que não dominam nenhuma ferramenta digital, 
o que demonstra a urgência em se integrar à tecnologia e desenvolver as 
habilidades necessárias para prosseguir no avanço educacional. Em suma, a falta 
de domínio das ferramentas digitais, o fechamento das instituições de ensino 
(boa parte delas) e a falta de convivência com a tecnologia na escola e na família 
 
18 
 
são apontadas pelo autor como dificultadores da integração entre professores e 
tecnologia (JULIÃO, 2020). 
Silus; Fonseca e Jesus (2020), afirmam que muitos professores e 
estudantes depararam-se com pontos desafiadores, tais como o uso integral das 
ferramentas tecnológicas para continuidade do processo ensino aprendizagem, 
bem como para manutenção da comunicação entre ambos. Inserir as tecnologias 
digitais em todos os campos da vida atualmente fez com que professores e alunos 
saíssem da sua zona de conforto, visto que professores precisam se familiarizar 
com as novas ferramentas e assumir integralmente o papel de mediadores do 
aprendizado, enquanto alunos precisam ser mais independentes e responsáveis 
pelo que aprendem 
Segundo Alves (2020), os professores não têm formação apta para uso 
tecnológico, e as escolas não estão adaptada para a educação a distância, outro 
ponto foi o acesso dos alunos a internet, devido à desigualdadesocial, alguns 
discentes não tiveram o ensino adequado impactando diretamente no processo 
de ensino e aprendizagem de vários discentes no Brasil. 
Conforme Santos et al. (2020), 
 
 
 
 
 
 
 
 
o EAD foi uma grande preocupação no início e 
sofreu diversos preconceitos, porém ela foi a 
salvação para a educação na pandemia por 
COVID-19, que atualmente remodelou o 
ensino para não comprometer a educação, mas 
hoje a EAD sofre com a condição econômica da 
sociedade pois o acesso à internet é o principal 
requisito para a modalidade de ensino a 
distância, a inclusão digital é uma barreira a ser 
quebrada, pois em diversos locais do país não 
tem acesso a sinal de internet. 
 
 
19 
 
Ludovico et al. (2020), destaca a preocupação dos professores em lidar 
com as ferramentas tecnológicas, as plataformas, alegando a necessidade de mais 
tempo para o preparo das aulas, bem como trazer 100% dos alunos para essa 
nova modalidade de ensino considerando todas as desigualdades sociais 
presentes no Brasil. 
Mas para Costa e Sousa (2020), foi observado diversas condições 
socioeconômicas diferente em todo o território nacional junto com a falta de 
internet, para conseguir sanar este problema no ensino a distância, algumas 
empresas de telefonia disponibilizaram o sinal aberto de internet, nos locais que 
falta internet foi desenvolvido um canal educativo, no qual todos os alunos 
conseguiram ter acesso à educação. 
Conforme Castaman e Rodrigues (2020), um grande desafio no EAD foi 
a diversas modificações realizadas nas plataformas educacionais, no qual gerou 
muita instabilidade para os servidores e vários alunos perderam aulas por este 
motivo, além da limitação financeira e acesso de internet os discentes tiveram 
que se adaptar a modalidade de ensino a distância para conseguir desenvolver o 
aprendizado durante a pandemia. 
Segundo Santana e Sales (2020), no EAD o principal desafio foi promover 
educação igualitária para todos os cidadãos brasileiros, por questões como o 
acesso a equipamento e internet, manejo adequado dos sistemas, treinamento. 
Os professores têm um duplo desafio, que se concentram em se adaptar à nova 
realidade imposta por tempo indeterminado e garantindo a qualidade do serviço 
prestado. A pandemia serviu de mediador para exaltar as fraquezas apresentadas 
pelo sistema de ensino e que são necessárias transformações que acompanhem 
o avanço tecnológico mundial. Cada estado brasileiro tem suas particularidades 
e problemas sociais e educacionais, e todos esses aspectos devem ser levados em 
 
20 
 
consideração de forma a implementar um novo modelo educacional que atenda 
às necessidades dos discentes de forma igualitária. 
Para Amaral e Polydoro (2020), algumas escolas tiveram que replanejar 
e reorganizar as estratégias educacionais, adaptar alunos no ambiente virtual e 
criar módulos interdisciplinares para superar os problemas socioeconômicos e 
de internet, algumas faculdades disponibilizaram equipamentos e ampliaram o 
acesso digital e facilitou a inclusão do discente no processo de educação. 
Conforme Spalding et al. (2020), um dos maiores desafios no EAD é 
manter os alunos focados e motivados, visto que o isolamento social forçado pode 
acarretar problemas de ordem emocional. Para tanto, um plano estratégico para 
promover a saúde mental também precisa ser utilizado para evitar esses 
transtornos. Foram utilizadas algumas ferramentas tecnológicas já existentes, a 
fim de manter o processo de ensino aprendizagem regular, afetando o mínimo 
possível o interesse dos alunos. 
Para Arruda (2020), durante a pandemia o EAD teve diversos desafios, 
o principal foi realizar a aproximação entre aluno e 
professor no ambiente virtual, para superar esta barreira 
foram desenvolvidos conteúdos interativos no qual 
solicitava a presença ativa do aluno e docente como 
mediador, além destes conteúdos a criação de lives 
auxiliaram aproximação do aluno com o ambiente de sala 
de aula. 
 
Ludovico et al. (2020), versa que os alunos normalmente têm 
dificuldades de acesso à Internet e alegam que a quantidade de atividades nas 
plataformas é muito grande. O autor também destaca que diversos alunos se 
 
21 
 
distraem utilizando aplicativos de relacionamentos e não acessam a aula nas 
plataformas digitais o uso do Whatsapp aumentou em virtude da dificuldade dos 
pais em acessarem as plataformas digitais. 
Gemelli e Cerdeira (2020), expõe que durante a pandemia por COVID-
19 a modalidade de ensino online teve um processo de disseminação do uso da 
tecnologia em sala de aula está cada vez mais vinculado à agenda neoliberal do 
ensino superior, permitindo que os estudantes continuem estudando, porém de 
forma defasada e pouco eficaz. 
Segundo Joye; Moreira e Rocha (2020), o EAD é uma medida 
emergencial, todas as instituições ainda estão se adaptando e buscando a melhor 
forma de contemplar o conteúdo a ser estudado junto aos alunos, de forma a 
garantir a motivação dos mesmos e adaptação dos professores a um novo modelo 
educacional. 
 
 EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO DIGITAL NA PANDEMIA DE COVID-19 
O EAD durante a pandemia revolucionou o método de ensino, pois criou 
um espaço educacional, no qual desempenhem um papel importante no 
desenvolvimento das habilidades e competências dos professores e alunos. O 
EAD teve muitas evoluções para fornecer materiais ricos de informações a um 
ambiente no qual os professores e alunos conseguem expressar suas ideias e 
melhorar o processo de ensino (SILVA; TEIXERA, 2020). 
Conforme Oliveira et al. (2020), a EAD é uma forma de educação que 
durante a pandemia teve uma grande evolução na democratização do 
conhecimento por ser uma forma alternativa de ensino, pois permite que 
professores e instituições de ensino levem o conhecimento a quem está disposto 
 
22 
 
a aprender, sem depender de rígidas estruturas do ensino tradicional e lugar ou 
hora predeterminada. 
Coelho; Moraes e Rosa (2020), uma das grandes revoluções do EAD foi o 
acesso digital a todos, sem ferir a privacidade do aluno e professor para melhorar 
a desigualdade favorecendo o aumento das possibilidades na educação, 
aprendizado, além de favorecer o acesso tecnológico, informação, cultura e 
educação, para alunos e professores. 
Para Hermógenes et al. (2020), os computadores e telefones celulares 
tornaram-se menores, mais rápidos e mais eficientes, e os métodos de 
comunicação também melhoraram muito também, no qual contribui bastante 
para o desenvolvimento do método por EAD, as plataformas digitais desenvolveu 
nos professores e alunos as soft skills, hard skills e digital skills, na qual contribui 
para o processo de ensino nas universidades e escolas. 
Segundo Silva e Filho (2020), os métodos de ensino a distância tiveram 
uma grande evolução por meio das plataformas digitais, pois estes ambientes 
foram modernizados e adaptado para atender uma grande demanda de alunos 
e professores. Para reforçar a ideia de Silva e Filho (2020), Cani et al. (2020), 
afirma que as plataformas durante a pandemia por covid-19, tiveram uma 
melhora significativa para auxiliar professores e alunos para disponibilizar, 
produzir e compartilhar conteúdos educacionais de forma criativa, 
independente e segura, com isso impulsionando a educação para o meio digital. 
Com a mesma linha de pensamento Martins et al. (2020), reforça que o 
EAD realizou uma intensa transformação no sistema educacional e no processo 
de ensino e pesquisa com alterações nas práticas diárias de aprendizado, por 
meio de um ambiente interativo criado nas plataformas de educação a distância, 
 
23 
 
na qual os alunos tiveram acesso a grande quantidade de informações e 
conhecimento fornecido pelo método EAD. 
Dosea et al. (2020), o EAD teve grandes mudanças durante a pandemia 
do covid-19 para manutenção e qualidade de ensino, por meio da renovação das 
plataformas digitais, a fim de promover a educação e aprendizado, contribuindo 
de forma significativa para proporcionar o contato do aluno como professor, 
tornando um ambiente interativo e rico de informação 
Segundo Limeira; Batista e Bezerra (2020), as plataformas digitais 
como Google Meet, Google sala de aula/Classroom, Ensine on-line, 
Moodle, WhatsApp e JTSi, estes ambientes virtuais destinados a e-Learning são 
vitais para a continuidade do ensino e sofreram grandes transformações para a 
melhor adaptação do ensino e favorecer o processo de ensino e aprendizagem 
nas escolas e universidades brasileiras. 
Segundo Magalhães et al. (2020), a evolução do EAD foi a introdução das 
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) para o 
desenvolvimento de um modelo de educação integrada. Essas tecnologias 
permitem que professores, alunos e instituições de ensino se adaptem aos 
métodos de ensino a distância por meio de plataformas como o Google Meet®, 
WhatsApp® e portal do serviço de conferência web da Rede Nacional de Ensino 
e Pesquisa (RNP). 
Para Silva; Andrade e Santos (2020), a evolução digital do EAD por meio 
de plataformas como o Google Classroom, que é um sistema utilizado para 
gerenciar o conteúdo de escolas e profissionais da educação para criar atividades 
de ensino e realizar diversas formas de avaliação de acordo com a turma 
selecionada, tornou-se uma das principais ferramentas da atividade acadêmica 
para assessorar professores no Brasil. Trata-se de um ambiente virtual no qual 
 
24 
 
os professores podem organizar cursos por meio de séries ou cursos integrais 
(gestão, informática ou automação), arquivo de atividades e orientação de 
trabalhos. O ambiente tecnológico atual mudou os métodos de ensino. 
Oliveira e Souza (2020), mencionam a Educação 4.0 é uma das grandes 
revoluções do EAD, na qual apresenta ênfase no conteúdo e método de ensino, 
levando em consideração o contexto do processo de ensino, a experiência e a 
continuidade que ele traz. O conteúdo é basicamente o mesmo, mas a mudança 
é a utilização de métodos de ensino que utilizam ferramentas digitais para 
trabalhar com professores e alunos no ambiente virtual. 
Para Santos e Schneider (2020), o EAD contribui para os alunos serem 
atores e atrizes, mas também protagonistas de enredos online e ao vivo, com o 
objetivo de mediar, intervir, informar, divulgar e dialogar sobre diversos temas 
que constituem temas coletivos ou individuais e seus interesses, para aumentar 
o campo da aprendizagem. A decisão mais inteligente, especialmente em tempos 
de pandemia, é utilizar todas as ferramentas digitais como facilitadora do 
conhecimento e processo de aprendizagem. 
Segundo Costa (2020), as plataformas de EAD desenvolveram diversas 
atividades para auxiliar o processo de educação de vários discentes, na qual 
enfatizavam a filosofia de aprendizagem para proporcionar aos alunos 
oportunidades de interagir, desenvolver projetos, reconhecer e respeitar os 
diferentes saberes, culturas e acumular bastante conhecimento. 
Oliveira et al. (2020), para o EAD foi uma das principais tecnologias nos 
tempos de pandemia que desenvolveu a cooperação entre alunos e professores 
para quebrar a barreira do distanciamento social, na qual aproximou 
novamente docente e discentes nos ambientes virtuais, com a única finalidade 
que é o desenvolvimento do ensino e aprendizagem no Brasil. 
 
25 
 
Em virtude do atual cenário mundial, faz-se necessário que a escola 
transforme o campo da educação em um importante e estimulante espaço de 
aprendizagem para que os alunos se tornem autônomos na construção do 
conhecimento. O ensino a distância é uma valiosa ferramenta que possibilita 
isso aos alunos de todo o mundo. Nas escolas, persistem alguns problemas entre 
as salas de aula presenciais e as medidas pedagógicas relacionadas com as 
competências profissionais dos professores. No entanto, as escolas precisam se 
adaptar a essas inovações de forma a fornecer aos professores novas estratégias 
de ensino usando as plataformas digitais. 
A educação a distância mostra a desigualdade que existe no país. Em 
contrapartida, embora uma parcela da população tenha internet, smartphones, 
computadores e uma sala de aula silenciosa, o restante do Brasil não consegue 
comer nem três refeições por dia. Com o isolamento da sociedade, essa situação 
fica mais evidente. Portanto, para enfrentar os desafios do retorno à sala de aula, 
uma importante política pública visa atuar por meio da integração 
multiprofissional para acolher esses alunos, com vistas ao bem-estar físico e 
mental, psicológico e acadêmico. Os professores também enfrentam o desafio de 
estarem devidamente capacitados para implementar essa nova modalidade de 
ensino. 
Os professores devem estar capacitados, treinados e preparados para 
lecionar no ambiente digital, pois o EAD é muito vantajoso para os docentes e 
discentes, pois aumenta o acesso à informação, além de fornecer um ambiente 
com bastante interação entre aluno e professor. O EAD durante a pandemia foi 
uma grande aliada para escolas e universidades que tiveram que interromper a 
modalidade de aula presencial e mudarem drasticamente para o ensino digital. 
 
26 
 
O EAD teve grande evolução durante a pandemia, as plataformas digitais 
estão dinâmicas e aproximam o aluno do professor, além de fornecer grande 
quantidade de material didático discente as plataformas conseguem suportar 
uma maior quantidade de acessos sem apresentar nenhum problema técnico. 
Nos dias de hoje com a evolução da educação digital docente consegue realizar 
diversas atividades interativas na qual auxilia o processo de desenvolvimento 
educacional 
As plataformas como Google sala de aula (Classroom), Ensine on-line, 
Zoom e Moodle, evoluíram muito nos últimos anos. São elas que estão dando 
suporte para escolas e faculdades superarem o momento das aulas remotas. 
Dessa forma, houve investidas no ambiente virtual de aprendizagem de forma 
interativa e gratuita, através de podcasts, videoaulas e lives. 
 
ESTUDAR E APRENDER EM UM CURSO A DISTÂNCIA 
 Na Educação, sempre há referências de grandes nomes na área, como o 
caso de Paulo Freire. Ele deixou um legado de pesquisas e citações na área e 
muitos o utilizam como referência. Vejamos as seguintes citações: “Ninguém 
educa ninguém. Ninguém se educa sozinho. Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo.” (FREIRE, 1997, p.68). Ao analisarmos estas frases de 
Freire, percebemos que só existe educação se dois ou mais indivíduos estiverem 
interagindo e colaborando entre si, transformando o mundo. Ou seja, para que 
uma aprendizagem significativa aconteça é fundamental construir um ambiente 
colaborativo, no qual todos (e cada um) se posicionem como aprendizes e, ao 
mesmo tempo, estejam dispostos a trocar e a ensinar. Na EaD, acontece um 
processo de apropriação tecnológica do ensino. 
 
27 
 
Por meio da internet, constroem-se ambientes colaborativos de 
aprendizagem, os chamados Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem 
(AVEA). Então, em uma experiência como está em que você se encontra 
(estudando à distância, com seu computador conectado à internet), é necessário 
que você esteja consciente de algumas questões, como veremos nas próximas 
seções. 
Para que a aprendizagem aconteça de modo efetivo, é preciso ter contato 
com o novo conhecimento, reconhecê-lo e explorá-lo. Isto acontece 
internamente, mas também depende de estímulos externos. A aprendizagem 
significativa implica mudança, pois os novos conhecimentos e as novas 
habilidades que adquirimos nos levam a ver o mundo com novos olhos e a adotar 
novos comportamentos. Mas, atenção: a aprendizagem só acontece quando o 
indivíduo está profundamente envolvido e motivado para esse processo. 
Habilidades e qualidades Aprender a distância vai exigir de você esforço 
contínuo em aquisição de habilidades e qualidades fundamentais para o seu 
desenvolvimento profissional. Observe o quadro que segue: 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além de investir no desenvolvimento das qualidades e habilidades 
relacionadas acima, Willis(1993) destaca alguns desafios para o aluno a 
distância, os quais precisam ser encarados e vencidos. Alguns destes “desafios” 
são: 
• Tornar-se e manter-se responsável por si mesmo, por seu processo de 
aprendizagem. Eis um desafio diretamente relacionado à motivação. Você 
precisa sentir-se motivado a estudar! Portanto, quando você perceber que 
a sua motivação está em baixa, não hesite: entre em contato com os seus 
colegas, escreva para os seus tutores, proponha questões de debate para os 
seus professores. Anime-se! Dessa forma, você será o principal agente do 
seu processo de aprendizagem. 
 
29 
 
• Conhecer os seus pontos fortes e fracos, qualidades e limitações. 
Mantenha-se em constante autoavaliação, estabeleça objetivos e metas 
realistas, concretas! E nunca deixe de contar com o apoio dos seus 
professores. 
• Manter e aumentar a autoestima. Reconheça e valorize cada pequena 
conquista e o esforço que você fez para atingi-la. 
• Relacionar-se com os outros. Participe ativamente de atividades em grupo 
e busque relacionar-se com colegas também informalmente, mesmo que 
somente a distância. 
• Ter clareza sobre o que está realmente aprendendo. É preciso que você 
reflita e analise o que está sendo estudado, tendo certeza de que entendeu 
o que já foi visto, antes de seguir em frente com o estudo de novos 
conteúdos. 
• Lidar com o conteúdo: Defina um plano de estudos e administre as 
atividades propostas, adequando a sua realização ao tempo que você 
possui para se dedicar aos seus estudos. 
• Procure sempre associar a sua aprendizagem à sua prática diária. Como 
você pode notar, estudar a distância implica muito comprometimento 
consigo mesmo, com os seus propósitos e objetivos. Você, como o principal 
agente dessa experiência de aquisição de novos conhecimentos, deve estar 
sempre atento às suas necessidades e dificuldades, e em constante processo 
auto avaliativo. Procure tornar toda essa jornada a mais prazerosa e 
enriquecedora possível para você mesmo! 
 
Estilos de aprendizagem 
 
30 
 
As pessoas encaram os seus momentos de estudo de forma distinta: cada 
um tem um modo de se organizar, estudar, aprender e ensinar. São essas 
peculiaridades que influenciam e diferenciam o processo de aprendizagem de 
cada um. Tais particularidades no modo como estudamos e aprendemos podem 
estar associadas aos Estilos de Aprendizagem, que são as diferentes abordagens 
ou caminhos que cada indivíduo pode traçar para aprender. 
Por exemplo, Alonso (1994 apud PORTILHO; TORRES, 2004) define Estilos 
de Aprendizagem como os traços cognitivos, afetivos e fisiológicos que servem 
de indicadores relativamente estáveis de como os alunos percebem, interagem e 
respondem a seus ambientes de aprendizagem. A autora defende que existem 
quatro estilos: o ativo, o reflexivo, o teórico e o pragmático. Já o psicólogo 
Howard Gardner, da Universidade de Harvard, em seu livro Inteligências 
Múltiplas – A Teoria na Prática (lançado no Brasil em 1995), destaca que os 
indivíduos não possuem uma inteligência fixa, mas, pelo menos, sete diferentes 
modos de aprender que podem ser desenvolvidos ao mesmo tempo. Para esse 
autor, os sete principais estilos de aprendizagem são: 
 
1. Físico: são pessoas inquietas, que raciocinam melhor quando seus corpos 
estão em movimento. Interagem melhor com o mundo através do contato 
manual e corporal, o que lhes concede boa coordenação motora e 
habilidade física. 
2. Intrapessoal: são pessoas solitárias, que se relacionam melhor com o 
mundo sob uma ótica independente e através da autorreflexão. Têm um 
raciocínio lógico muito apurado, são reflexivos e gostam de escrever e 
pesquisar (e explorar a internet!). 
 
31 
 
3. Interpessoal: são pessoas que se relacionam melhor com o mundo através 
de suas interações com os outros e adoram viver rodeados de gente. 
Rendem mais trabalhando em grupos e gostam de ajudar, ouvir e dar 
opiniões. 
4. Linguístico ou Verbal: essas pessoas relacionam-se melhor com o meio 
através da linguagem e causam impactos quando se expressam através da 
fala ou escrita. Têm uma excelente memória, uma boa fluência verbal e 
facilidade para se expressar. 
5. Matemático: são pessoas que se relacionam melhor com o mundo através 
do raciocínio, números, padrões e sequências. Têm um raciocínio lógico 
muito apurado e conseguem assimilar facilmente a realização de 
processos complexos. 
6. Musical: são pessoas que se relacionam com o mundo através dos sons e 
ritmos sonoros e gostam de cantar, interpretar e escrever músicas. 
7. Visual: são pessoas que se relacionam com o mundo através de pinturas e 
imagens. Têm um talento natural para as cores e para harmonização de 
ambientes. 
 
Para a psicopedagoga Jody Whelden (1996), cada estilo de aprendizagem 
é como um instrumento numa orquestra. Os aprendizes precisam saber quais 
são os seus instrumentos e como eles se combinam na orquestra. Whelden 
(1996) utiliza como referência os seis estilos de aprendizagem descritos por 
Dawna Markova, que resultam da combinação das diferentes formas de 
percepção (visual, auditiva e sinestésica) e estados de consciência (consciente, 
subconsciente e inconsciente). A abordagem dessa psicopedagoga está centrada 
na educação infantil, mas, mesmo assim, nos traz uma metáfora interessante 
 
32 
 
para pensarmos sobre a combinação dos diferentes estilos de aprendizagem. O 
que deve ficar claro sobre estilos de aprendizagem é que cada um tem um estilo 
próprio, só seu, de aprender. Quanto mais você souber sobre as maneiras pelas 
quais você aprende melhor, mais você estará aprendendo a aprender. 
Cooperação e colaboração Muitos autores tratam “cooperação” e 
“colaboração” como sinônimos, ao contrário de outros, que distinguem 
amplamente esses dois conceitos. Para Moraes e Paz-Klava (2005), por exemplo, 
é de fundamental importância a compreensão das diferenças entre cooperação 
e colaboração, sobretudo no que diz respeito a esses dois conceitos no contexto 
de formação de uma comunidade virtual de aprendizagem. De acordo com essas 
autoras, em termos práticos: » A colaboração é um pressuposto moral, em que o 
que mais vale é o fato de cada um estar disposto a ajudar o outro, e o grupo, a 
crescerem juntos e, independente daquilo ser valioso ou não, a descoberta é 
simplesmente dividida com o parceiro. » A cooperação acontece quando temos 
que atingir uma meta juntamente a um parceiro, caracterizando um “trabalho 
em equipe”, em que a divisão de informações faz parte do processo. 
Desse modo, é possível compreender que “colaboração” significa uma 
postura de cada indivíduo diante de outros indivíduos, e a “cooperação” uma 
estratégia de trabalho. As posturas colaborativas possibilitam o desenvolvimento 
de práticas cooperativas e favorecem a experiência de um processo de 
aprendizagem bem-sucedido. Esta é uma postura fundamental para que a 
comunidade se torne ainda mais consistente 
No entanto, para Roschelle e Teasley (1995 apud BRNA 1998), “o trabalho 
cooperativo é realizado através da divisão do trabalho entre os participantes, 
como uma atividade em que cada pessoa é responsável por uma porção da 
solução do problema”. Colaboração envolve, portanto, o “empenho mútuo dos 
 
33 
 
participantes em um esforço coordenado para juntos solucionarem o problema”. 
Maçada e Tijiboy (1997), por sua vez, comentam que » o conceito de cooperação 
é mais complexo que o de interação e de colaboração pois além de pressupor 
ambos requer relações de respeito mútuo e não hierárquicas entre os envolvidos, 
uma postura de tolerância e convivência com as diferenças e um processo de 
negociação constante. 
Assim, a diferença fundamental entre os conceitos de colaboração e 
cooperação reside no fato de que para haver colaboração o indivíduo deve 
interagir com o outro, existindo ajuda – mútua ou unilateral. Para existir 
cooperação, deve haver interação, colaboração, mas também objetivos comuns, 
atividades e ações conjuntas e coordenadas.Para estes autores, a colaboração 
envolve uma “atividade sincrônica, coordenada, que é resultado de uma 
contínua tentativa de construir e manter uma concepção partilhada (conjunta) 
de um problema.” Como você já deve estar percebendo, estudar a distância exige 
motivação e autonomia. 
É preciso estar preparado para estudar em um novo contexto, no qual, em 
muitos momentos, você poderá se sentir sozinho e cheio de dúvidas. A solidão é 
facilmente contornável. Frequente o AVEA do Curso, participe do Intervalo 
Interativo. É pelo AVEA que você vai interagir com seus colegas e tutores, 
resolver suas dúvidas e experimentar de fato a aprendizagem colaborativa. Para 
que isso aconteça e você se sinta à vontade, é importante que você se prepare 
para as novidades e encare os desafios que listamos nas unidades anteriores. Para 
ajudá-lo, vamos apresentar algumas estratégias de organização do tempo, do 
espaço de estudo, etc., que vão facilitar a sua vida como estudante a distância. 
 
Dicas e estratégias para aprender e estudar a distância 
 
34 
 
Como você planeja organizar seus estudos? 
Nesta seção, trataremos do modo como você dispõe e prioriza o seu tempo 
para os estudos, pois o seu tempo e o seu espaço para estudar são fundamentais 
para garantir o seu sucesso em qualquer Curso. Vejamos algumas dicas e 
estratégias que podem ajudá-lo a estudar a distância. Leia com atenção as 
questões do autodiagnóstico (NORTHEDGE, 1998) apresentadas a seguir e anote 
as suas respostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflita com cuidado sobre suas respostas e conscientize-se de que o tempo 
é o único recurso não reciclável que recebemos. Podemos usá-lo apenas uma 
única vez. Por isso, é de extrema importância que você saiba utilizar o tempo 
que tem à sua disposição de forma consciente. Neste sentido, é fundamental que 
você: 
1. - Identifique ações importantes e concentre-se nelas; 
2. - Faça uma revisão periódica de valor e determine quais são, de fato, as 
suas prioridades; 
3. - Discipline-se em relação ao cumprimento de prioridades. 
 
 
 
1. Diferencio com clareza as atividades urgentes das importantes? 
2. Dedico parte significativa de meu tempo para as atividades 
importantes? 
3. Reviso continuamente minha escala de valores para usar melhor 
meu tempo? 
4. Tenho clareza do valor do tempo em minha vida? 
5. Utilizo bem cada momento disponível? 
6. Adiciono valor ao tempo que tenho à minha disposição? 
 
 
35 
 
 
CAPÍTULO III - O PAPEL DO ALUNO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
AUTONOMIA 
 Será que todos nós conseguimos aprender a distância? Este é um 
questionamento válido quando está em jogo atitudes individuais como 
autonomia, disciplina e comprometimento. A primeira competência exigida ao 
aluno é a organização. Organizar-se para o alcance de um objetivo denota 
responsabilizar-se pela sua atividade, o que significa cumprir a parte que lhe 
cabe no processo ensino-aprendizagem, ou seja, ler o material, fazer os 
exercícios, interagir nos fóruns de discussão, fazer as avaliações, atividades 
mínimas que o despertarão para a construção do conhecimento. 
 A segunda é disponibilizar tempo para se dedicar aos estudos. O aluno 
disciplinado irá reservar de 2 a 3 horas por dia para se desincumbir da tarefa, 
no horário que mais lhe interessar, sendo está uma das grandes vantagens da 
EAD (flexibilidade e liberdade). Mas é preciso demonstrar persistência e 
perseverança diante das dificuldades de estudo. O aluno, neste caso, buscará na 
sua autonomia, inclusive sendo proativo ao buscar contato com o seu 
tutor/professor para elucidar suas dúvidas. E por fim e como consequência, se 
comprometer com o que ele escolheu. Comprometer-se significa dedicação, 
seriedade, cumprimento de cronograma e disciplina. A alternativa de estudar a 
distância está posta e apresenta inúmeras vantagens, mas construir uma 
autonomia de aprendizado não é algo fácil. Se o aluno não colocar esta questão 
em perspectiva, dificilmente terá sucesso em seu processo de aprendizagem. Para 
discorrer sobre autonomia tomemos recortes do texto do professor Antônio 
 
36 
 
Carlos Ribeiro da Silva, professor da Faculdade de Ciências Contábeis - UFBA, 
intitulado Educação a Distância e o seu Grande Desafio: o aluno como sujeito de 
sua própria aprendizagem, publicado em abril de 2004 na FABAC. 
Em oposição a uma prática conservadora, tradicional e tecnicista surge a 
aprendizagem autônoma, tema que de início sugere três questionamentos: 
 
 
 
 
Respondendo à primeira pergunta carecemos de definir o que é 
autonomia, que no momento presente é bastante utilizada, significando no 
verbete da nossa língua “faculdade que tem o indivíduo de governar, de se 
decidir.” Transportando-se para a aprendizagem autônoma, está implícito que, 
nesse processo o aluno deve ser responsável pela sua aprendizagem, o que não 
está subentendido a eliminação do professor na gestão de atividade de ensino. 
No Ensino a Distância essa atitude do aluno é inevitável para desenvolver 
o seu espaço do aprender, pois a mesma é essencialmente autoestudo. Para saber 
como o indivíduo aprende, devemos saber como pensa o educador, o ser que 
somos é um ser em aberto e o educador precisa desenvolver possibilidades de 
investigação, sair da ideia de senso comum e permitir que o outro aja com a sua 
singularidade. 
 Pacheco (1996) comenta que o Aprender a aprender é o objetivo mais 
ambicioso e ao mesmo tempo irrenunciável da educação escolar – equivale a ser 
capaz de realizar aprendizagens significativas por si mesmo numa ampla gama 
de situações e de circunstâncias. Para o desenvolvimento de uma aprendizagem 
autônoma, o educador deve, mesmo que seja difícil, mas se for desejável, assumir 
• O que é aprendizagem autônoma? 
• Para que serve? 
• Em que situação é desejável ou necessária? 
 
 
37 
 
uma posição de renúncia ao poder oferecido pelo próprio “lugar” de professor – 
aquela posição que permite a alguém controlar outros, no caso, os alunos. Galeffi 
(2002, p. 17) afirma que: “Só se aprende o que se mostra necessário no pensar-
se. Só o necessário pode ser aprendido em seu evento”. 
 A Segunda questão é de ordem prática e não constitui tarefa difícil de 
respondê-la, visto que são inúmeras as vantagens da aprendizagem autônoma 
para o aluno e o professor. É nesta concepção que HAIDT (1994:61) afirma que: 
quando o professor concebe o aluno como um ser ativo, que formula ideias, 
desenvolve conceitos e resolve problemas de vida prática através de sua 
atividade mental, construindo, assim, seu próprio conhecimento, sua relação 
pedagógica muda. Não é mais uma relação unilateral, onde um professor 
transmite verbalmente conteúdos já prontos a um aluno passivo que o memorize. 
 A utilização dessa alternativa é aconselhável, mesmo que alguns admitam 
a inexistência de ganhos pedagógicos (o que não concebemos), pois quando você 
alimenta no outro a potencialidade de crescimento ele busca sua independência 
e autoafirmação e a aprendizagem ocorrerá não de forma dicotômica, distante e 
distorcida, mas pelo contrário, interligada e interdependente com todas as 
relações significativas mantidas com o aluno. A utilização dessa alternativa é 
aconselhável, mesmo que alguns admitam a inexistência de ganhos pedagógicos 
(o que não concebemos), pois quando você alimenta no outro a potencialidade 
de crescimento ele busca sua independência e autoafirmação e a aprendizagem 
ocorrerá não de forma dicotômica, distante e distorcida, mas pelo contrário, 
interligada e interdependente com todas as relações significativas mantidas com 
o aluno. 
 Essas questões nos remete a uma reflexão da necessidade de uma 
intervenção pedagógica construtivista propiciando nos educandos condições 
 
38 
 
adequadas para que os esquemas de conhecimento, construídos pelos alunos, 
sejam os mais corretos e o professor não deve ficar na posição de mero 
transmissor de conhecimentos, pois no EaD esse modelo é obsoleto pois sua 
característica básica é a não convencionalidadeem relação à sala de aula, das 
dimensões espacial e temporal e da relação professor-aluno. 
 Esse poderia ser um caminho para melhoria do ensino brasileiro. 
Trabalhar a autonomia do ato de aprender independente de modalidade de 
ensino, proporcionar na verdade uma formação de indivíduos autônomo, crítico 
e criativo. Um cidadão que não pense de forma fragmentada, mas de forma 
global e sistematizada, só assim seremos sujeitos de nossa própria 
aprendizagem”. 
Comunicação /Reflexão Na Educação a Distância, o acesso às ferramentas 
multimidiáticas permitindo o desenvolvimento da interatividade desenvolve no 
aluno a visão crítica imediata (em função do feedback), a possibilidade de acesso 
instantâneo a um enorme volume de materiais, à estrutura não-linear do 
material didático, aos indicadores de progresso on-line, à possibilidade de 
repetição (quantas vezes for necessário). 
 Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Kátia Duarte 
nos presenteia com o artigo: Encontros e desencontros na formação aluno e do 
professor na Educação a Distância. De acordo com a professora, ao longo de um 
curso, os alunos interagem e aprendem. Realizam atividades de forma individual 
e coletiva, apropriando conhecimentos e realizando trocas. O processo de 
apropriação (que é individual) é favorecido pela interação e pela interatividade 
entre os integrantes do processo (conteúdo, professor, tutor e demais colegas). É 
o momento da reflexão, da organização das ideias, da produção. 
 
39 
 
 Na medida em que é externalizado o conhecimento, o aluno se torna 
coautor (na elaboração das tarefas, por exemplo). A externalização do 
conhecimento, seja de forma dialógica, nos fóruns temáticos, seja nos trabalhos 
individuais e/ou coletivos, permite que o aluno desenvolva sua capacidade 
crítica-reflexiva, condição essencial para o sucesso do aprendizado em EAD. 
Esta, é o segundo drive de competência exigida do aluno de EAD. Não basta só 
esforço do professor/tutor instigando a participação no debate, mas o aluno deve 
ter uma atitude proativa se sensibilizando para a troca de ideias e conhecimento. 
 Segundo Aretio (1996, apud DUARTE), a idade média do aluno de EAD 
está na faixa de 25-50 anos, portanto adultos que decidem por uma educação 
continuada. São indivíduos que já têm seus projetos de vida pessoais e sociais 
bem estabelecidos, e é em relação a eles que buscam o aprendizado; possuem 
interesses de adultos: ocupação, bem-estar, ascensão social e profissional, família 
e autoestima; normalmente, têm objetivos claros e concretos, valorizados e atuais 
de aprendizagem; a motivação para o estudo é espontânea, intensa e persistente; 
têm muita vontade de aprender com as situações escolares. Mas, em função do 
comportamento psicológico dos jovens adultos e adultos, Aretio (1996 apud 
DUARTE), ressalta que existem dificuldades que influenciam na aprendizagem 
do adulto: a insaciável curiosidade da infância, por conhecer coisas novas, 
diminui; a inteligência pode estagnar-se e a memória tende a diminuir; há 
decréscimo na rapidez de reação e das atitudes sensoriais e perceptivas; a 
aprendizagem tende a ser mais lenta do que em idades anteriores, sobretudo 
quando se refere à mudança de hábitos já consolidados; o cansaço e a escassez 
de tempo para dedicar-se ao esforço intelectual. Por tanto, o planejamento de 
um curso EAD deve levar em conta o perfil de seus estudantes para que a 
interatividade possa se fazer presente. 
 
40 
 
 Para Resnick (1991, apud DUARTE), a aprendizagem é, antes de tudo, um 
processo social em que interações com o outro desempenham papel 
fundamental. A apresentação de um caso e sua análise ou a apresentação de um 
problema para se resolver são, também, estratégias, a partir das quais o grupo 
pode analisar conceitos e procedimentos, chegando a situações de aprendizagem 
significativas. 
 Vale a pena lançar mão de Kensky (2003, p.119) a respeito da 
comunicação no ensino mediado pelas tecnologias. Acredito que os processos de 
interação social e de comunicação são inerentes às atividades de ensinar. Estes 
processos não terminam ou se deterioram à medida que uma nova e fenomenal 
tecnologia surge. Pelo contrário, mesmo com tanto oferecimento de informações 
nas redes, com o aumento da velocidade das interações na web, ainda assim as 
pessoas se intercomunicam, trocam ideias e informações principalmente pela 
fala (linguagem oral) de ensino, é inerente ao ser humano se comunicar. E as 
novas tecnologias dissipam a barreira da distância e do tempo para que se 
promova uma comunicação (linguagem escrita) muito mais dinâmica. O aluno 
que põe em perspectiva este fato estará, por seu turno, abrindo oportunidades 
maiores para o processo de aprender. 
 Construção coletiva do conhecimento é ainda extraída de Kensky (2003, 
p.126) a importância dos trabalhos colaborativos. Nos cursos semipresenciais e 
a distância as formas cooperativas e colaborativas de ensino baseadas no 
ambiente virtual podem ser utilizadas na maioria das atividades. Buscas 
temáticas on-line, fóruns, chats e muitos outros trabalhos diferenciados podem 
ser feitos tendo como meta a interação e a comunicação entre todos os 
participantes. 
 
41 
 
 A utilização cada vez mais frequente de trabalhos em grupo via redes foi 
possibilitada após o desenvolvimento de vários softwares de produção escrita 
coletiva, como Wikis e Google docs. Orientadas pelo princípio da inteligência 
coletiva (termo criado por Pierre Levy), as atividades colaborativas de ensino 
correspondem “a reunião em sinergia dos saberes, das imaginações, das energias 
espirituais... de um grupo humano constituído como comunidade virtual” 
(KENSKY,2003, p.126 apud LÈVY,1999, p.130). Lendo Kerckhove (KENSKY 
2003, p.126), Kensky acrescenta informações para definir seu conceito de 
inteligências em conexão. Para o autor, a inteligência partilhada não é realmente 
“coletiva”, mas conectada. Para ele, a convergência do hipertexto, multimídia, 
realidade virtual, redes neurais etc., está nos nossos modos de comunicação, 
entretenimentos e trabalho. 
 A Internet nos dá acesso a um entorno real, quase orgânico, de milhões de 
inteligências humanas perpetuamente trabalhando em algo e em muitas coisas 
que sempre têm uma relevância potencial para qualquer um e para todos os 
outros. 
 E segundo Kensky, o conceito de webness caminha ao encontro do 
conceito de aprendizagem colaborativa. “Nas comunidades virtuais em que 
vigoram os princípios da aprendizagem colaborativa, cada membro do grupo é 
responsável pela sua aprendizagem e a aprendizagem dos demais participantes” 
(KENSKY 2003, p.126). 
 Portanto, o conhecimento é visto como uma construção social e não 
individual e é por isso que os ambientes educacionais que propiciam a interação 
e a colaboração são ricos em possibilidades de crescimento do grupo. 
Pesquisadores da Universidade de Évora (Portugal) que estudaram a 
aprendizagem colaborativa desenvolveram um quadro comparativo das 
 
42 
 
principais diferenças entre a aprendizagem tradicional e a aprendizagem 
colaborativa. A seguir, um quadro comparativo sobre as duas aprendizagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em seguida, Kensky apresenta os elementos básicos de aprendizagem 
colaborativa de acordo com a pesquisa de Évora: 
1. “A interdependência do grupo. Os alunos, como um grupo, têm um 
mesmo objetivo a perseguir e devem trabalhar eficazmente em conjunto para 
alcançá-lo. Primeiro, os alunos são responsáveis pela sua própria aprendizagem 
(grifo nosso). Segundo, por facilitar a aprendizagem de todos os membros do 
grupo. Terceiro, por facilitar a aprendizagem de alunos de outros grupos. Todos 
os alunos interagem e todos contribuem para o êxito da atividade”. 
2. “A interação. Um dos objetivos da aprendizagem colaborativa é o de 
melhorar competência dos alunos para trabalhar em equipe”. 
3. “O pensamento divergente. Não deve haver nenhum elemento do grupo 
que se posicione ostensivamente como líder ou como elementomais “esperto”, 
 
43 
 
mas uma tomada de consciência que todos podem pôr em comum as suas 
perspectivas, competências e base de conhecimentos. As atividades devem ser 
elaboradas de modo que exijam colaboração em vez de competição (tarefas 
complexas e com necessidade de pensamento divergente e criativo)”. Tal análise 
vem ao encontro do drive comunicação (ver Figura 1), atitude esperada pelo 
aluno EAD. Uma atitude proativa, investigativa, curiosa, e com desejo de 
partilhar suas descobertas, enriquecerá o processo de aprendizagem do aluno 
EAD. 
 Para finalizar deixamos uma citação da professora Vani Kensky, 
especialista nesta área: É participando, colaborando, reconhecendo e sendo 
reconhecido pelos seus pares, que a pessoa que atua intensamente da 
comunidade virtual sente o seu poder, desenvolve suas potencialidades 
comunicacionais, libera seus talentos. Mais ainda, socialmente integrada na 
equipe, a pessoa dimensiona sua participação de acordo com os valores e regras 
em jogo, realiza trocas e aprende muito mais do que o foco específico de seu 
interesse. Aprende a conviver em grupo, a colaborar e respeitar as pessoas, a 
falar e a ouvir (ainda que, na maioria das vezes, ocorram apenas intercâmbios 
escritos), a superar conflitos, expor opiniões, trabalhar com pessoas que não 
conhece presencialmente, mas com as quais se identifica no plano dos interesses 
e ideias.” (KENSKY 2003, p.129) 
Tecnologias e mídias – explorando e entendendo as suas funcionalidades 
Considerado o mais comum a ser empregado no processo de educação a 
distância, o texto impresso ainda é considerado pelos estudantes como a 1ª opção 
de fonte de estudo, em razão da cultura escolar presencial. Estes textos estão 
disponíveis de várias formas, sejam: livros didáticos, livros que reproduzem 
 
44 
 
artigos ou capítulos, manuais, anotações de aulas e guias de estudos. No modelo 
de ensino e aprendizagem a educação a distância acontece por meio de textos 
impressos através da correspondência, tendo como estrutura básica a 
apresentação das informações pelo professor e a interação com estudante é 
realizada toda pelos textos. 
TECNOLOGIAS E MÍDIAS DIGITAIS NO CONTEXTO ESCOLAR 
As mudanças sociais e tecnológicas ocorridas nos últimos tempos, 
decorrentes de um processo histórico, evidenciam novas demandas em relação 
ao modo de pensar, agir, de se relacionar socialmente e adquirir conhecimentos. 
De acordo com Kenski (2008, p.21). A evolução tecnológica não se restringe 
apenas aos novos usos de determinados equipamentos e produtos. Ela altera 
comportamentos. A ampliação e a banalização do uso de determinada tecnologia 
impõem-se à cultura existente e transformam não apenas o comportamento 
individual, mas o de todo o grupo social. [...] O homem transita culturalmente 
mediado pelas tecnologias que lhe são contemporâneas. 
Nas palavras da autora, o avanço das tecnologias interfere no 
comportamento e nas formas de relacionamento dos grupos sociais, modificando 
a cultura. A esse respeito, Gomes (2013, p. 27) corrobora ao afirmar que “[...] 
essa nova cultura social, que surge em consequência de transformações 
tecnológicas, acaba por oportunizar novas formas de comunicação que moldam 
a vida ao mesmo tempo em que são moldadas por ela [...]”. Esse novo cenário 
social, mediado pelo uso das tecnologias e mídias digitais, nos insere no contexto 
da cibercultura, a qual é entendida por Lemos (2010, p. 87; 105) como: 
 
[...] fruto das novas relações sociais a partir da apropriação 
criativa das novas tecnologias, em que o receptor também se 
 
45 
 
torna um emissor potencial, propiciando a democratização 
do acesso à informação. [...] a cibercultura vai se 
caracterizar pela formação de uma sociedade estruturada 
através de uma conectividade telemática generalizada, 
ampliando o potencial comunicativo, proporcionando a 
troca de informação sob as mais diversas formas, 
fomentando agregações sociais. 
 
No âmbito educacional a escola vem, lentamente, procurando se inserir 
nessa nova realidade tecnológica que se apresenta. Em setores como na medicina 
e na indústria, podemos observar que o uso e integração dos recursos 
tecnológicos às práticas dos profissionais dessas áreas, acontece de maneira 
muito mais rápida e articulada. Na educação, são necessárias mudanças no 
currículo, bem como na prática dos sujeitos que atuam na escola e, conforme 
aponta Moran (2007, p.90). 
O domínio pedagógico das tecnologias na escola é complexo e demorado. 
Os educadores costumam começar utilizando-as para melhorar o desempenho 
dentro dos padrões existentes. Mais tarde, animam-se a realizar algumas 
mudanças pontuais e, só depois de alguns anos, é que educadores e instituições 
são capazes de propor inovações, mudanças mais profundas em relação ao que 
vinham fazendo até então. Não basta ter acesso à tecnologia para ter o domínio 
pedagógico. Há um tempo grande entre conhecer, utilizar e modificar o 
processo. 
É claro que ao nos referirmos às tecnologias na escola não estamos 
entendendo-as, por si só, como garantia de melhoria na qualidade do ensino, 
mas pensando nas possibilidades de aprendizagem que podem ser ampliadas. Ao 
 
46 
 
estar conectada às redes de internet, a escola se comunica e fica mais sintonizada 
com as informações disponibilizadas na rede em relação à sociedade, às questões 
sociais, culturais, econômicas e políticas do mundo. As tecnologias e mídias 
digitais, conforme pontua Kenski (2008), provocam mudanças de 
comportamentos que exigem mudanças metodológicas acerca da prática 
docente. Mas qual é a percepção dos professores acerca do uso das tecnologias e 
mídias digitais no contexto escolar? Justificamos o desenvolvimento deste estudo 
com base na importância do papel do professor diante da utilização das 
tecnologias e mídias digitais na educação. 
Acreditando que ele seja parte importante no processo de integração das 
tecnologias à sala de aula, buscamos ouvi-lo com o intuito de captar suas 
percepções sobre o assunto, as quais podem contribuir para repensar o contexto 
e ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Educação (SME) no âmbito 
do uso das tecnologias nas unidades educacionais. Os dados que serviram de 
base para o desenvolvimento desta pesquisa foram coletados por meio da 
aplicação de um questionário junto aos professores participantes de curso de 
formação continuada sobre tecnologias educacionais ofertado aos docentes da 
Rede Municipal de Ensino (RME) de Curitiba, o qual foi desenvolvido durante os 
meses de março a maio de 2015 e contou com a participação de 26 (vinte e seis) 
professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). 
O processo de formação contemplou um total de 40 (quarenta) horas - sendo 
24 (vinte e quatro) horas presenciais e 16 (dezesseis) horas a distância - e 
abordou a questão das tecnologias e mídias digitais4 na educação sob o viés tanto 
do domínio técnico quanto pedagógico por parte dos docentes. 
Para o desenvolvimento das atividades à distância, utilizamos o Ambiente 
Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle, cuja plataforma se constituiu como 
 
47 
 
meio de comunicação e interatividade entre cursistas e docentes dos cursos 
ofertados pela Secretaria Municipal da Educação. Com base na coleta de dados 
foram elencadas 03 (três) categorias de análise, as quais emergiram a partir das 
respostas apresentadas pelos professores no tocante a aspectos relacionados ao 
uso (ou não) das tecnologias em sua prática pedagógica e que serão apresentadas 
na sequência. 
 
INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS E MÍDIAS DIGITAIS NO CONTEXTO 
ESCOLAR 
Os profissionais da educação vêm, cada vez mais, contando com a 
presença de tecnologias e mídias digitais nas escolas, tais como: notebooks 
educacionais, computadores, internet, lousa digital, dentre outras. É fato que essa 
realidade trouxe implicações para a prática pedagógica deles, haja vista, que 
estes profissionais precisam buscar uma formação mais consistentepara lidar 
com esta nova realidade e contemplar esses recursos tecnológicos em suas 
atividades diárias, seja por solicitação da equipe pedagógica, da mantenedora ou 
mesmo dos alunos que, observando a presença dos recursos em sala de aula, 
questionam os professores sobre a sua utilização. Outro aspecto importante é o 
fato de que vivemos em uma sociedade cuja tecnologia avança continuamente, 
não sendo possível retroceder ou desprezar o potencial pedagógico que as 
tecnologias e mídias digitais apresentam quando incorporadas à educação. 
Conforme defende Castells (1999, p. 37), “[...] é nessa sociedade que 
vivemos e ela é a que devemos conhecer se quisermos que nossa ação seja ao 
mesmo tempo relevante e responsável”. Relacionando a presença das tecnologias 
com a prática pedagógica Almeida (2010, s/p) aponta que: O importante é que 
o professor tenha oportunidade de reconhecer as potencialidades pedagógicas 
 
48 
 
das TIC5 e então incorporá-las à sua prática. Nem todas as tecnologias que 
surgirem terão potencial. Outras inicialmente podem não ter, mas depois o 
quadro muda. Primeiro, é preciso utilizar para si próprio para depois pensar 
sobre a prática pedagógica e as contribuições que as TIC podem trazer aos 
processos de aprendizagem. Salienta-se que a utilização das tecnologias e mídias 
digitais pode ocorrer de forma a potencializar e dinamizar os processos de 
ensino e aprendizagem. 
 Por outro lado, lembramos que o uso das Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC) na educação, por si só, não garante mudanças significativas 
nos processos educativos. Isso porque, frente à presença das tecnologias e mídias 
digitais é necessário que os profissionais envolvidos no ato de educar revejam 
suas concepções, metodologias e estratégias de ensino à luz de uma nova cultura: 
a cibercultura. A Cibercultura tem desencadeado mudanças no cotidiano dos 
cidadãos, nas práticas de letramento, nas transações econômicas, nos processos 
de acesso e consumo das informações etc. De acordo com Levy (1999, p. 17): O 
ciberespaço [..] é o novo meio de comunicação que surge da interconexão 
mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura 
material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de 
informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e 
alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”, especifica aqui 
o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de 
modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente ao 
crescimento do ciberespaço. 
Esse processo cultural que se desenvolve e se dissemina suportado na 
tecnologia digital, tem colocado à escola e, portanto, aos professores, a 
necessidade de discutir o processo de utilização, integração e apropriação das 
 
49 
 
tecnologias e mídias digitais às práticas pedagógicas. Para nosso contexto de 
argumentação, é relevante salientar a colocação de Moran (2007) quando ele 
afirma que, a propósito da utilização das tecnologias no ambiente escolar com 
caráter educativo, é fundamental formação técnica para o domínio dos 
programas e recursos e pedagógica, para possibilitar a articulação e integração 
das tecnologias ao trabalho com as diferentes áreas do conhecimento. Em relação 
à formação continuada de professores é possível observar a grande dificuldade 
dos docentes, muito além das questões técnicas, em utilizar significativamente 
tais recursos. 
Ao longo do desenvolvimento dos cursos ofertados aos docentes da RME 
observamos a limitação dos docentes em apropriar-se pedagogicamente das 
tecnologias e mídias digitais, bem como a pouca familiaridade em realizar um 
planejamento que integre o uso dos recursos disponíveis às atividades realizadas 
a partir do currículo escolar. Percebe-se nos relatos apresentados pelos 
professores durante os momentos de formação uma insegurança por parte 
desses sujeitos em relação ao uso das tecnologias digitais. Conforme menciona 
Brito (2006, p.5-6): 
[...] do livro, ao quadro de giz, ao retroprojetor, a TV e vídeo, 
ao laboratório de informática as instituições de ensino vem 
tentando dar saltos qualitativos, sofrendo transformações 
que levam junto um professorado, mais ou menos perplexo, 
que se sente muitas vezes despreparado e inseguro frente ao 
enorme desafio que representa a incorporação das 
tecnologias ao cotidiano da sala de aula. Nas palavras da 
autora, os professores sentem-se inseguros e despreparados 
 
50 
 
acerca da incorporação das tecnologias às práticas 
pedagógicas. 
 
Para isso é importante ressaltar a necessidade de os sujeitos apropriarem-
se técnica e pedagogicamente dos recursos tecnológicos que adentram os 
contextos educacionais. Considerando que, muitas vezes, a formação inicial não 
fornece os subsídios necessários para que os docentes utilizem, integrem e 
apropriem-se das tecnologias nas práticas de sala de aula, o processo de 
formação continuada torna-se essencial. Sobre a apropriação pedagógica das 
tecnologias digitais disponíveis nas escolas, Moran (2007) aponta a existência 
de três etapas: Tecnologias para fazer melhor o mesmo que corresponde a 
utilização das tecnologias a fim de ajudar na organização e apresentação dos 
conteúdos trabalhados em sala de aula; Tecnologias para mudanças parciais, que 
diz respeito a utilização mais constante das tecnologias em sala de aula e 
laboratórios de informática, embora o foco continue na transmissão de saberes 
centralizados no professor e, Tecnologias para mudanças inovadoras que 
buscam provocar mudanças na escola que dizem respeito a flexibilização da 
organização curricular e a forma de gestão do processo de ensino e 
aprendizagem. 
Com base nas pesquisas desenvolvidas por Moersh (1996) e nos 
Estágios/Modelo apresentados pelo Projeto ACOT6 (1997) sobre os níveis de 
integração das tecnologias em sala de aula, Marqueti (2015) propõe uma 
categorização que evidencia as etapas para o processo de utilização, integração 
e apropriação tecnológica nos contextos educacionais, as quais demonstramos 
na Tabela 1: 
 
51 
 
 
 
 
 
Por meio das etapas demonstradas na Tabela 1 compreendemos que, para 
ocorrer a apropriação das tecnologias por parte dos professores, há momentos 
que circundam a prática pedagógica relacionada à utilização instrumental de 
tecnologias e mídias digitais e situações em que esses recursos se constituem 
como parte do planejamento de ensino do professor. 
Em relação à prática docente, Lopes (2005, p. 34) enfatiza que o uso das 
tecnologias e mídias digitais exige, por parte do professor, a elaboração de uma 
nova abordagem teórica, centrada na valorização do conhecimento e que busque 
ensinar e aprender a buscar o saber. No intuito de estabelecer uma relação entre 
o papel do docente - mediador das relações - e o processo de ensino, Masetto 
(2013, p.142) afirma a necessidade de que o professor: 
 
[...] desempenhe o papel do especialista que possui 
conhecimentos e/ou experiências a comunicar, no mais das 
vezes desempenhará o papel de orientador das atividades do 
aluno, de consultor, de facilitador da aprendizagem, de 
alguém que pode colaborar para dinamizar a aprendizagem 
do aluno, desempenhará o papel de quem trabalha em 
equipe, junto com o aluno, buscando os mesmos objetivos; 
 
52 
 
numa palavra, desenvolverá o papel de mediação 
pedagógica. 
 
Como mediador das relações estabelecidas entre o aluno e o conhecimento 
e frente as tecnologias presentes no ambiente educativo, Fiorentini e Lorenzato 
(2006, p.46) ressaltam que: 
[...] parece haver uma crença, entre alguns responsáveis 
pelas políticas educacionais, de que as novas tecnologias da 
informação e comunicação são uma panaceia para 
solucionar os males da educação atual. [...] se, de um lado, 
pode ser considerado relativamente simples equipar as 
escolas com essas tecnologias, de outro, isso exige 
profissionais que saibam utilizá-las com eficácia na prática 
escolar. 
Ao discorrer sobreas condições de apropriação pedagógica das 
tecnologias digitais dos profissionais na educação, os autores ponderam a 
necessidade de aperfeiçoamento das práticas dos profissionais diante dessa 
demanda. De acordo com Gomes (2013, p. 43) os professores possuem níveis de 
intimidade diferentes em relação ao uso do computador e nem sempre utilizam 
esses recursos em suas vidas pessoais ou possuem o domínio necessário nessa 
prática, sendo importante uma formação de professores voltada aos níveis de 
apropriação e/ou intimidade com as tecnologias e mídias digitais. 
Nesse sentido podemos estabelecer relação com a questão do letramento 
digital. A esse respeito, Souza (2007) organiza um levantamento das concepções 
que caracterizam esse termo e as define por visões “restritas e ampliadas”. A 
partir das visões restritas, o letramento digital é denominado com base em uma 
 
53 
 
concepção instrumental, como forma de “usar a tecnologia digital, ferramentas 
de comunicação, e/ou redes para acessar, gerenciar, integrar, avaliar e criar 
informação para funcionar em uma sociedade de conhecimento”. Também pode 
ser definido por “aprendizagem mecânica de aplicações de softwares e 
hardwares”; bem como usar o computador para “melhorar a aprendizagem, 
produtividade e performance”. Ou seja, a partir dessas visões não são 
considerados os contextos socioculturais, históricos e políticos que envolvem o 
processo do letramento digital (SOUZA, 2007, p. 57). Por sua vez, com base em 
visões ampliadas, o letramento digital é entendido como: 
O conjunto de competências necessárias para que um indivíduo entenda 
e use a informação de maneira crítica e estratégica, em formatos múltiplos, vinda 
de variadas fontes e apresentada por meio do computador, sendo capaz de 
atingir seus objetivos, muitas vezes compartilhados social e culturalmente. 
(SOUZA, 2007, p. 60). 
Nessa perspectiva, o entendimento de letramento digital envolve, não 
somente o conhecimento funcional de softwares e hardwares, mas pressupõe um 
conhecimento crítico de uso. Ainda na compreensão desse fenômeno, Freitas 
(2010) compreende o letramento digital como: 
O conjunto de competências necessárias para que um indivíduo entenda 
e use a informação de maneira crítica e estratégica, em formatos múltiplos, vinda 
de variadas fontes e apresentada por meio do computador-internet, sendo capaz 
de atingir seus objetivos, muitas vezes compartilhados social e culturalmente. 
(FREITAS, 2010, p. 339). 
Assim, o letramento digital corresponde aos entendimentos e usos de 
recursos digitais, compartilhados entre os sujeitos e pertencentes ao contexto 
histórico e cultural de cada um. 
 
54 
 
AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
 
Um ambiente virtual é um espaço de significação onde seres humanos e 
objetos técnicos interagem, potencializando, assim, a construção de 
conhecimentos, isto é, de aprendizagem, que podem acontecer tanto através da 
utilização das novas tecnologias da informação e comunicação como em outros 
locais. 
No entanto, as novas tecnologias digitais da informação e comunicação 
(Internet, TV, Vídeo, entre outras) se caracterizam 
 
 
 
 
 
 
Agora, com a informação digitalizada, ela se reproduz, modifica, circula 
e se atualiza em diferentes interfaces: sons, imagens, gráficos, textos, entre 
outros. Dessa forma, a informação se constitui no principal elemento de nossa 
organização social moderna, difundidas no ciberespaço. 
 
 
pela sua nova forma de materialização. As informações que vinham 
circulando em diferentes épocas através de diversos portadores 
(madeira, papiro, papel) continuam, na atualidade, em processo de 
circulação através dos bits, códigos digitais universais, o que gerou a 
revolução digital. 
 
55 
 
CIBERCULTURA OU CULTURAL DIGITAL 
 
A cibercultura, cultura cibernética ou cultura digital caracteriza um 
conceito emergente da pós-modernidade, que nasce da perspectiva do impacto 
das novas tecnologias e da conexão em rede na sociedade. Essa cultura promove 
uma recombinação da ciência com as artes, utilizando-se da metalinguagem 
digital e da capacidade de remontar arquivos para exprimir a produção 
simbólica de um determinado grupo social, mas que atinge a todos que estão 
conectados à rede. O barateamento do computador pessoal e do telefone celular, 
aliado à rápida evolução das aplicações em software livre e dos serviços gratuitos 
na rede, promoveu uma radical democratização no acesso a novos meios de 
produção e de acesso ao conhecimento. 
 
O CIBERESPAÇO 
De acordo com Kenway (2001), o ciberespaço é um “lugar” sem cara de 
lugar e sem espaço, pois não há em seu interior fronteiras ou corpos, apenas 
textos e imagens e sons feitos de bits e bytes; um espaço transnacional, um “lugar” 
que não tem os aspectos de espaço, sem fronteiras, representando um lugar de 
peregrinação, de andarilho. Este espaço oferece novas relações entre produtores 
e consumidores de conhecimentos, pois permitem aos sujeitos serem não apenas 
consumidores ativos ou passivos dos produtos de informação e da cultura global, 
mas agentes de seus próprios produtos culturais e distribuidores desses 
elementos. 
 
56 
 
Percebe-se, assim, que o ciberespaço não surge apenas por conta da 
digitalização, evolução da informática e suas interfaces, mas da interconexão de 
computadores, da disseminação de produtos culturais. 
Portanto, a Internet e o ciberespaço oferecem novas relações entre 
produtores e consumidores de textos culturais, novas e diferentes formas de 
relacionamento, novas identidades culturais e sociais e novas formas de 
desenvolver e armazenar conhecimento, indicando, assim, novas possibilidades 
para as pedagogias transformacionais. 
 
AS TIC COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM 
É inegável que vivemos uma época com muitas transformações. Desde a 
década de 1970 experimentamos um mundo caracterizado por um meio 
técnico-científico-informacional, que se distingue dos períodos anteriores da 
história em virtude da profunda interação da ciência com a técnica. Nesse 
cenário, a informação assume papel essencial nos processos de produção, não só 
de mercadorias, mas também na organização do espaço, exigindo que o 
território seja cada vez mais equipado com objetos técnicos que facilitem sua 
circulação em redes. Antenas, cabos submarinos e satélites são alguns destes 
objetos que marcam cada vez mais a paisagem ao darem origem a redes de 
comunicação eletrônicas. 
Conforme asseguram Malaguti e Nunes (2009), neste contexto de 
interação entre técnica e ciência, a implantação das redes de telecomunicações 
em alguns países por meio da aproximação entre setores da comunidade 
acadêmica e governos deu origem às National Research and Education Networks 
– NRENs (Redes Nacionais de Ensino e Pesquisa). Tendo como principal objetivo 
a integração das comunidades acadêmicas dentro e fora dos seus respectivos 
 
57 
 
territórios nacionais, as NRENs foram implementadas por meio de modelos e 
arranjos institucionais que variaram de acordo com cada país, como a Advanced 
Research Projects Agency Network – ARPANET, nos Estados Unidos, que a 
história registra como o embrião do que popularmente chamamos de internet. 
No Brasil, as primeiras conexões às redes globais de computadores foram 
estabelecidas em 1988 com a ativação de um enlace de comunicação do 
Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Rio de Janeiro, com a 
Universidade de Maryland (EUA), por meio da rede BITNET (sigla de Because It´s 
Time Network, uma das primeiras redes de conexão em grande escala), assim como 
a conexão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) com 
o Fermi National Laboratory (Fermilab) de Chicago (EUA). 
No ano seguinte, em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) deu 
início à implementação da NREN brasileira lançando, com apoio do Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto Rede 
Nacional de Pesquisa (RNP). 
Dez anos depois da criação doprojeto RNP, em 1999, o Ministério da 
Educação (MEC), por meio da instituição do Programa Interministerial de 
Implantação e Manutenção da RNP, passa a compartilhar os custos da rede com 
o MCT. Em 2002, a RNP deixa de ser um projeto e é qualificada como 
Organização Social (OS), responsável pela prestação de um serviço de interesse 
público. 
No entanto, a Internet não pode ser considera hoje apenas como 
equipamentos, ferramenta de comunicação ou apoio utilitário, mas são meios 
potenciais de transformação de práticas pedagógicas, fato esse que nos leva a 
pensar na concepção de educação e também na importância do investimento na 
 
58 
 
formação do professor para o desenvolvimento do trabalho com as TIC, 
principalmente a Internet, tornando-as como instrumentos de aprendizagem. 
A implementação das TIC no sistema educacional, principalmente a 
conexão de computadores à Internet, pode tornar o processo de ensino-
aprendizagem algo sintonizado com a vida contemporânea, proporcionando 
para o aluno a escolha dos próprios caminhos para ter acesso à informação. As 
TIC potencializam a difusão dessas informações, que seriam os nós na rede, 
formando assim uma teia, onde os conhecimentos são permanentemente 
(re)construídos a partir das inter-relações entre os sujeitos que estão ligados à 
máquina. Ou seja: o uso dessas tecnologias na educação busca não apenas 
transmitir a informação, mas tornar o ambiente mais interativo e propício à 
construção de aprendizagens, a partir da conexão entre professor-aluno, aluno-
aluno. 
No entanto, em um programa de educação a distância, os estudos são 
feitos, na maior parte do tempo, individualmente, sem a presença de colegas e 
professores. Essa autonomia de construção de conhecimento é uma das 
principais características dessa modalidade de estudo. São, portanto, bastante 
diferentes das experiências de cursos presenciais, nos quais o aluno conta com a 
mediação constante de um professor. Em um curso a distância, os materiais e o 
sistema de apoio tutorial cumprem essa função de mediar a aprendizagem, 
requerendo um papel mais ativo e participante do cursista. Essa situação 
individual tem a vantagem de permitir ao aluno definir quando vai estudar, onde 
e quanto tempo vai dedicar a essa tarefa, ou seja, oferece condições de trabalho 
bem flexíveis. Porém, para que essa vantagem potencial não resulte numa 
prática em desvantagem, é muito importante que o discente esteja ciente da 
necessidade de planejar cuidadosamente o tempo que vai dedicar ao estudo e as 
 
59 
 
condições em que ele vai acontecer. Nesse contexto, planejar o estudo quer dizer 
organizar com alguns dias de antecedência as suas sessões de estudo, a que 
horas, onde e durante quanto tempo vai estudar. Além disso, é necessária a 
participação em ambientes virtuais de aprendizagens, para a troca de interação 
aluno-aluno e aluno-professor. 
 
FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA O USO DAS TIC 
 
No atual contexto de sociedade tecnológica, o papel do professor vem 
mudando, apesar de esse processo de transformação ainda não ser percebido por 
diversas instituições acadêmicas. Na atualidade, o professor não necessita 
absorver mais um universo e transmiti-las para seus alunos, pois elas estão sendo 
disponibilizada por diversos meios de comunicação e tecnológicos, de forma 
atualizada. 
As escolas públicas começam a ser informatizadas na década de 70, a 
partir da criação da Secretaria Especial de Informática (SEI). A educação foi a 
área escolhida como aquela que deveria receber, com prioridade, recursos 
tecnológicos e a implementação de uma política especial de informatização, 
visando à profissionalização dos alunos para integrarem o quadro de trabalho 
das empresas estrangeiras que, nessa época, começavam a se difundir no país. 
No entanto, o trabalho com as TIC na educação não pode (nem deve) se 
resumir a transmissão de conteúdos de informática ou treinamento de programas 
educacionais, visando a fins utilitários, pois na verdade essas ferramentas devem 
estar dentro de uma proposta pedagógica. Isso significa que o professor, na 
verdade, será mais do que um “multiplicador” de conhecimentos sobre 
tecnologias; ele precisa ser um agente mediador, produtor de ideias e informações 
 
60 
 
para interagir com os elementos tecnológicos (TV, celular, vídeo, computador, 
filmadora, entre outros), de forma a proporcionar a construção de conhecimentos. 
Para que essa interação entre tecnologia-professor-conhecimento ocorra, 
é necessária uma formação continuada, uma reflexão constante sobre as 
potencialidades que os recursos tecnológicos podem promover em relação à 
aprendizagem dos alunos e a troca de conhecimentos. A escola, entretanto, 
precisa se tornar um espaço de formação e reconstrução e, para isso acontecer 
de forma proficiente, é importante que a proposta pedagógica e práticas 
docentes indisciplinares proporcionem a implantação de redes de formação 
continuada, possibilitando ao professor a construção de projetos coletivos, a 
reflexão sobre sua prática pedagógica, buscando a implementação das TIC como 
ferramenta de um fazer pedagógico. 
Mas para essa formação se efetivar, o professor também deve exercer 
outro papel: o de pesquisador que, junto com os alunos, busquem outras formas 
de aprendizagem, considerando a reflexão, a crítica, a interação e a construção 
coletiva. 
O professor precisa estar aberto para atuar com essa tecnologia no sentido 
de formar o cidadão atuante na sociedade. Para se construir esse novo cidadão, 
é preciso o uso consciente e relevante das tecnologias e o desenvolvimento de 
práticas não lineares, mas, sim, estrutura de forma hipertextual: uma educação 
interativa, em que as comunicações entre professor e aluno acontecem de forma 
bidirecional, não apenas centrada na transmissão de informação por um único 
agente emissor: o professor. 
Assim, ao pensar nessa forma de comunicação, o professor redimensiona 
a sala de aula, tornando o aluno autor e coautor de seus textos e de suas 
enunciações discursivas. 
 
61 
 
Os novos espaços de aprendizagem via Internet potencializam novas 
formas de ensinar e de aprender não mais em uma estrutura vertical, mas em 
uma estrutura horizontal em rede, onde cada nó é ao mesmo tempo centro e 
não-centro, de acordo como as relações de interação acontecem no espaço 
tecnológico. 
Outra percepção nessa esfera é relevante: a sala de aula no ciberespaço e 
a sala de aula presencial não são opostas: elas, apenas, ocupam tempo e espaço 
diferenciados. Isso quer dizer que dar aulas no espaço virtual não significa uma 
simples transposição das aulas presenciais. Assim, é preciso pensar, nesse espaço 
cibernético, em novas formas de materialização do ensino e da aprendizagem, o 
que pode favorecer novas formas interativas e viabilizar novas formas de 
aprendizagem. 
 
REDES E INTERNET 
 
Etimologicamente, a palavra rede tem como significado um emaranhado 
de coisas que se ligam umas as outras. Uma rede de computadores é formada 
por dois ou mais equipamentos conectados entre si, que podem compartilhar 
textos, programas, entre diversos recursos da informática. 
 
62 
 
 
 
 
 
 
 
Existem redes locais, chamadas de LAN (Local Area Network), que servem 
para ligar computadores próximos um aos outros. A ideia de uma rede que 
pudesse conectar um computador ao outro surgiu na década de 50. Nessa época, 
os computadores só conseguiam desempenhar uma tarefa por vez e os 
programadores não podiam trabalhar diretamente no computador, pois esse não 
apresentava uma velocidade compatível com programações, mas, sim, 
trabalhavam manualmente. 
Assim, nessa década, começaram as experiências para ver se era possível 
os programadores trabalharem ao mesmo tempo no mesmo computador, 
introduzindo, assim, uma LAN, que seria a base para a rede Internet. 
A Internet é formada por milhares de computadores ligados entre si. Para 
que possa existir uma comunicação entre eles, é necessária uma conexão e, para 
isso,precisa-se de um provedor de acesso. Provedores são empresas que 
garantem o acesso de um computador à Internet. A conexão entre um 
computador e o restante da rede pode ser feita por uma linha de telefone, ondas 
de rádio, cabos, entre outros. 
 
63 
 
O navegador é um software que permite ao usuário conseguir 
informações na Internet. A criação do navegador mudou a história da Internet. 
Em 1970, a palavra Internet não existia. A primeira rede chamava-se arpanet e 
no início reunia apenas quatro universidades americanas. No entanto, essa rede 
criou as bases para o que conhecemos hoje como Internet, nome esse que só 
começou a ser usado na década de 80. Mas navegar por essa rede nessa época 
ainda era difícil e trabalhoso e, para resolver essa problemática, o engenheiro 
britânico Timothy John Lee, organizou as informações contidas na Internet, 
através da criação da web que, do inglês, significa teia. 
As páginas da Internet se ligam uma as outras através de links, que são o 
ponto de conexão entre uma página e outra. O link pode ser uma palavra 
destacada em uma cor diferente, pode ser um desenho, uma foto ou qualquer 
outro elemento de uma página web. 
A web é uma rede infinita de sites e mais sites sobre todos os assuntos, 
onde o usuário “navega”. O primeiro navegador da história da Internet foi criado 
por Timothy Berners Lee, sendo esse aperfeiçoado 1993, por Marc Andreessen, 
quando criou o mosaic. Hoje, existem vários tipos de navegadores, que 
mantiveram a essência. 
Cada máquina conecta à Internet tem um endereço único, o IP, apesar de 
fazer parte de uma rede. O IP tem a função de localizar um computador em uma 
rede. 
 
LETRAMENTO E INCLUSÃO DIGITAL 
 
 
64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O letramento digital, conforme assegura Soares (2002), seria um estado 
ou condição dos sujeitos que se apropriam das novas tecnologias digitais e 
exercem, com autonomia, práticas de leitura e de escrita em telas, a exemplo dos 
computadores, aparelhos celulares, caixas eletrônicos etc. Sobre isso, Barton 
(1998 apud XAVIER, 2007, p. 4) diz que o letramento digital seria apenas um 
tipo de letramento, tendo em vista a existência de outros letramentos, e não um 
novo paradigma de letramento imposto à sociedade hodierna pela difusão das 
tecnologias da informação e comunicação. Para Barton (apud XAVIER, 2007), os 
modelos de letramento mudam porque são situados e históricos e acompanham 
a transformação de cada contexto tecnológico, social, político, econômico, 
cultural em uma sociedade. 
Essa perspectiva de letramento considera a necessidade de os indivíduos 
dominarem um conjunto de informações e de habilidades cognitivas que devem 
fazer parte das práticas escolares, com o objetivo de capacitar os alunos para que 
possam desempenhar sua cidadania tecnológica nesta sociedade, cada vez mais 
cercada por máquinas eletrônicas, digitais e por recursos imagéticos. 
Não se pode esquecer que o acelerado desenvolvimento das tecnologias 
da informação e comunicação deve também levar o professor a pensar nesse 
 
65 
 
outro modo de escrita e de leitura, uma vez que a tela do computador, do 
aparelho celular, caixa eletrônico, máquina digital, videogame torna-se novo 
portador textual (e de hipertextos), suscitando novos gêneros, novos 
comportamentos sociais referentes às práticas de uso da linguagem oral e escrita, 
cobrando de toda a sociedade – e por que não da escola? – novos modelos de 
interpretação dos fenômenos da linguagem e as suas consequências sociais. 
Nesse contexto de leitura e de escrita, fica evidente que o texto digital não 
apresenta, de certa forma, a linearidade presente no texto escrito e passou a 
utilizar unidades menores de textos organizados em links, hipertextos, imagens. 
Assim, percebe-se que muitos gêneros textuais emergentes (escritos veiculados 
nos meios digitais) obedecem a uma lógica definida, a depender de seu suporte 
e, ao ver de Nelson (1992 apud KOCH, 2008), é a evidência não apenas de um 
novo suporte de texto, mas de um novo modo de pensar e de exprimir a 
subjetividade. 
Assim, é importante perceber que esses textos constituem-se em 
elementos abertos e múltiplos, caracterizado pelo princípio da não-linearidade, 
interatividade, multicentramento e virtualidade. Para Lévy (1996), o hipertexto 
desterritorializa o texto, deixando-o sem fronteiras nítidas, sem interioridade 
definível. O texto, assim construído, é dinâmico, está sempre por se fazer. Isto 
implica, conforme assegura Koch (2008), por parte do leitor, um trabalho 
contínuo de organização, seleção, associação, contextualização de informações 
e, consequentemente, de expansão de um texto em outros textos, de um mosaico 
textual para se posicionar contra a originalidade radical de qualquer texto e para 
situar a experiência cultural comum no compartilhamento dos textos, pois 
sempre assumimos posição de sujeito individual (BAZERMAN, 2007). Ou seja: 
exige que o leitor esteja no centro da leitura e não apenas a sua margem; exige 
 
66 
 
uma nova postura de leitor (e de escritor), a qual a escola, focada em um único 
tipo de letramento, produzindo sentido e significados sobre seus saberes, ainda 
não consegue promover. 
Esses novos procedimentos de leitura e de escrita de textos devem 
tramitar na escola como elemento de integração de linguagens e interação social 
entre o sujeito local e um sujeito global, pois todas as alunas e os alunos que 
fazem parte desta pesquisa evidenciam identidades múltiplas, saberes diversos, 
negociam identidades, linguagens, ocupam posições diferentes na enunciação de 
seu discurso, reconhecendo contextos e possibilidades comunicativas. E, por 
mais que a escola construa uma barreira em relação à leitura e à escrita de textos 
virtualizados, o mundo digital entra na vida daqueles que nunca tiveram acesso 
a esse conhecimento de forma sistematizada, sejam eles da periferia ou dos 
bairros centrais da cidade. 
Frade (2007, p. 60) define letramento digital como: 
 
 
 
 
 
 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/ 96) aponta para 
a necessidade de uma alfabetização digital em todos os níveis de ensino da 
Educação Básica e do Ensino Superior. Ou seja: cabe à escola o papel socializador 
do saber tecnológico, pois assim ocorrendo, na visão de Santos (2009, p. 21), 
aconteceria “o exercício de democracia direta em grandes comunidades em 
“a apropriação de uma tecnologia, quanto ao exercício efetivo 
das práticas de escrita que circulam no meio digital”. Ribeiro 
(2007, p. 125) amplia um pouco mais esse conceito, 
acrescentando que letramento digital diz respeito à “maneira 
como os leitores / usuários se apropriariam dos novos suportes 
e dos novos recursos de apresentação para a escrita / leitura”. 
 
 
67 
 
situação de mudança e desterritorialização.” No entanto, essa democratização 
não se constituiria diretamente em autonomia do sujeito que utiliza esses 
recursos (WILLIAMS, 1975, apud SANTOS, 2009), mas pode interferir na 
concepção identitária que os sujeitos possuem de si mesmos. 
Ribeiro (2007, p. 85) acredita que, com as tecnologias da comunicação e 
informação, principalmente a internet, a identidade de um povo deixa de ser 
algo unitário e cede lugar para um sujeito coletivo que, aos poucos, interfere nas 
subjetividades e identidades. “O sujeito é o elo de uma teia de relações, formando 
um ecossistema, no qual, sozinho, não é ninguém.” No entanto, cabe à educação, 
ao implementar o trabalho com as TIC em suas atividades cotidianas, considerar 
as identidades individuais e garantir o respeito à diversidade, sem uma ideologia 
homogeneizadora” (Ibidem, p. 85). 
Para Kenway (2001, p. 116), 
Educar os estudantes para o cambiante mundo do trabalho 
e para o papel das novas tecnologias deve constituir uma 
parte importante do currículo, mesmo que isso signifique 
conceder atenção a impopulares culturas extraescolares. 
 
Nota-se, assim, que deve-se tornar papel da escola desenvolver 
habilidades que permitam que o estudanteutilize os meios digitais de forma 
adequada às suas expectativas discursivas. Kenway (2001) vai um pouco mais 
além. Para a autora, “a competência tecnológica constitui o novo equipamento 
básico dos educadores”, pois, para ela, “o computador tornar-se um instrumento 
indispensável e uma faceta de todo e qualquer local da prática humana” (Ibidem, 
p. 117). 
 
68 
 
Kleimam e Vieira (2006, p. 122) asseguram que “debaixo do impacto 
tecnológico, o sujeito desloca-se do local para o transnacional e, na luta desigual 
entre o local e o transnacional, o local é preterido pela nova concepção de 
território.” Em outras palavras, 
A capacidade de os sujeitos desvincularem-se do local para 
se ligarem ao global sob o efeito da velocidade com que 
lidam com as TIC, como a Internet, pode torná-los 
descompromissados de qualquer problema local, pois a 
qualquer momento ele pode se mover para outro lugar 
sempre que esse se torne inóspito e pouco favorável aos seus 
propósitos. (KLEIMAN; VIEIRA, 2006, p. 122-3) 
 
Dentro desse contexto, as instituições de ensino têm o papel de fazer 
emergir o cidadão global com responsabilidades locais, favorecendo um 
intercâmbio discursivo entre essas duas esferas. Assim, segundo Kleiman e Vieira 
(2006), torna-se papel do docente desmistificar a concepção de que ser local em 
um mundo globalizado é sinal de privação e de degradação social, pois o 
letramento digital deve ser uma prática que vise incluir digitalmente sujeitos à 
margem das tecnologias e preservar a diferença e a diversidade. 
Kenway (2001) ainda destaca que as agências escolares devem ensinar 
aos estudantes as habilidades de análises semióticas, da análise do discurso, da 
desconstrução, da contra leitura crítica e as tecnologias – meios, por si só, 
multissemióticos – podem servir de instrumentos para essas aprendizagens. A 
autora assegura que “é necessário que os estudantes se movimentem entre o 
alfabetismo da escrita e outros alfabetismos, que utilizem uma gama de formas 
tecnológicas de comunicação” (Ibidem, p. 102). Mas para isso acontecer, 
 
69 
 
segundo Deacon e Parker (2001, p. 149), é necessária “a mudança em direção à 
produção de aprendizes ativos e autorregulados, em vez de aprendizes 
controlados e passivos, exigirá a reinvenção das identidades e das subjetividades 
tanto de professores quanto de aprendizes”, identidades essas que podem ser 
reveladas, preservadas e modificadas através do ciberespaço. 
Ribeiro (2007, p. 93) destaca que “a educação deve garantir o resgate da 
identidade e da autoestima do homem, convertendo-se num instrumento 
libertário”. E, para ele, a tecnologia pode ser um instrumento para essa 
potencialização, pois: 
O papel da escola é ensinar a pensar, preparando o aluno 
para lidar com situações novas, problematizando, 
discutindo e tomando decisões. Sobretudo, cabe à educação 
resgatar o homem de sua pequenez, ampliando os 
horizontes, buscando outras opções, tornando as pessoas 
mais sensíveis e comunicativas (Ibidem, p. 94). 
 
Para realmente transformar as TIC como ferramenta que evidencie as 
identidades dos sujeitos, Teixeira e Santos (2009) acreditam ser necessário 
redesenhar nas instituições acadêmicas o trabalho com a questão da identidade 
cultural frente a desterritorialização promovida pelas mídias digitais, traçando, 
nesse percurso, as percepções sobre as hibridizações dos códigos culturais e suas 
possíveis reconversões, tornando-se, assim, um vetor para a construção do 
desenvolvimento local. 
Na visão de Kleiman e Vieira (2006, p. 119), 
A escola tem papel central na realização das mudanças 
necessárias às novas exigências tecnológicas. É fundamental, 
 
70 
 
em qualquer sociedade, que o indivíduo aprenda nas 
instituições escolares a se defender, conscientemente e de 
modo crítico, das influências nefastas ou não, que atuam por 
meio das novas práticas discursivas instituídas pelo uso do 
computador. 
 
Assim, deve ser dentro da escola – e não alheia a ela – que discussões a 
respeito da constituição das identidades do sujeito no mundo mediado pelas 
tecnologias devem ocorrer, com o intuito de anular a falta de acesso a esses 
equipamentos, para que se possa partilhar democraticamente o poder das 
modernas tecnologias. Além disso, debaixo do impacto tecnológico, o sujeito 
desloca-se do local para o transnacional. Mas, conforme observam Kleiman e 
Veira (2006), o local não deve ser preterido pela nova noção de território – que 
na verdade é desterritorializada e sem fronteiras –, pois as TIC permitem o 
desvelamento de identidades, mesmo essas, muitas vezes, sendo emancipadas. No 
entanto, as novas tecnologias não podem (nem devem) gerar sujeitos 
descompromissados de problemas locais em nome de um global. E é aí que, mais 
uma vez, entra a missão da escola: integrar o internauta aos elementos globais, 
sem, contudo, permitir a homogeneização discursiva do sujeito virtual que, 
devido a essas conexões diárias e velozes, podem aparecer sem ligações explícitas 
com o seu contexto cultural e social. 
Seguir essa concepção que permeia um intercâmbio entre as atividades 
culturais e discursivas do local e do global faz com que os enunciados dos 
sujeitos se modifiquem e se expandam, “pois todo e qualquer sujeito faz uso do 
discurso e como tal será constituído em qualquer circunstância. O sujeito poderá 
 
71 
 
ser múltiplo, ou único, mas nunca será nulo, zero, apagado” (KLEIMAN e VIEIRA, 
2006, p. 129). 
Conforme Ribeiro (2007, p. 96), “a serviço da educação, as novas 
tecnologias devem servir como mediação pedagógica a partir de um projeto 
educativo, num diálogo efetivo com a realidade.” Assim, o trabalho com as TIC 
na escola deve potencializar o diálogo entre o mundo real e o virtual, fornecendo 
aos sujeitos que as utilizam ou passaram a utilizá-las uma ferramenta para a 
leitura de mundo e, em sua escrita, uma possível transformação dos textos e de 
realidades que fazem parte do cotidiano desses indivíduos. 
 
INCLUSÃO DIGITAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com a Constituição Brasileira, a educação é um direito de 
todos e dever do estado e da família, com a colaboração da sociedade, auxiliando 
a todas as pessoas, sejam elas portadoras de necessidades especiais ou não, o 
 
72 
 
direito de se desenvolver, se preparar para o mercado do trabalho e exercer sua 
cidadania. 
 O agravamento da desigualdade tecnológica na era da informática ocorre 
por fatores históricos, econômicos e políticos, mas é sustentado pela exclusão do 
conjunto da população ao acesso às tecnologias e ao próprio desenvolvimento. 
Em pesquisa divulgada pelo IBOPE, em 2005, o Brasil tinha 16,1 milhões de 
internautas residenciais. No entanto, apesar desse número de usuários 
domésticos, esse quantitativo, no Brasil, ainda é insignificante, pois o uso da 
Internet no país ainda não se democratizou, nem se tornou popular visto grande 
parte da população estar excluída do uso das tecnologias da informação e 
comunicação. Ou seja, de acordo com o IBGE, menos de 10% da população tem 
acesso à rede mundial de computadores. 
Partindo desses dados, percebe-se que os excluídos serão cada vez mais 
excluídos em diversas atividades sociais, a exemplo de lojas, bancos, mercado de 
trabalho, entretenimento, a não ser que se implantem, massivamente, ações para 
se promover a inclusão digital. Nesse sentido, parece existir consenso entre o 
governo e a sociedade civil na compreensão de que, na era da informação e do 
conhecimento, garantir o acesso à informática tornou-se tão indispensável ao 
exercício da cidadania quanto o direito à saúde e à educação. 
A luta contra o apartheid tecnológico e pelo enfrentamento da pobreza e 
exclusão social conduziu amplos setores sociais e sociedade civil brasileira a 
implantar centenas de programas de inclusão digital no Brasil, entre eles a 
criação de telecentros para acesso de comunidades de baixa renda e os 
laboratórios de informática nas escolas. 
Mas uma experiência muito significativa de inclusãodigital, na esfera 
escolar, foi a criação do Programa Escola Aberta, em 2006, pelo governo federal, 
 
73 
 
que tem por objetivo trabalhar a inclusão digital para a inclusão social por meio 
de integração escola-comunidade em contextos populares desfavorecidos. Em 
relação à inclusão digital nas escolas públicas, prevista pela Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação, LDB/96, não basta instalar computadores nas escolas, mas, 
sim, primeiramente quebrar a barreira de acesso e, depois, manter esse acesso. 
Mas uma pergunta é importante se fazer: a inclusão digital garante a 
inclusão social das populações de baixa renda? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, a inclusão social vai além das questões identitárias e das 
apropriações das tecnologias nas atividades do mundo do trabalho. Além do 
controle das esferas virtuais, é necessário garantir aos jovens de contextos 
populares, igualmente, o acesso ao controle das esferas reais. Ou seja: além de a 
escola (ou outra instituição social) possibilitar o acesso aos meios tecnológicos, é 
necessário garantir a permanência de acesso, para a construção de uma 
ciberdemocracia, condição contemporânea para que todos possam ser incluídos 
socialmente. 
 
TIC E NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS 
A inclusão social pode ser compreendida como o acesso e o 
exercício dos direitos civis (direito de ter um nome, acesso à 
justiça, a uma identidade de referência); direitos políticos 
(acesso à informação, à liberdade de expressão); direitos 
socioeconômicos (acesso a trabalho digno, à saúde, à 
educação); direito à ecologia e à diversidade cultural (acesso 
a um meio ambiente livre de discriminações, desigualdades 
sociais, acesso ao reconhecimento das diferenças). 
 
 
74 
 
 
Nessa era de demandas digitais, percebe-se a necessidade de criar 
estratégias educacionais que possam, efetivamente, ligar o sujeito aprendiz ao 
mundo contemporâneo. Entre os desafios da escola atual, empreende-se o de 
transformar o mundo de informações em conhecimentos, através do 
reposicionamento do papel docente bem como de seus instrumentos de trabalho. 
Um dos novos paradigmas que devem fazer parte da escola na atualidade 
diz respeito à pesquisa que, na era das TIC, deve ser estruturada e ancorada em 
certos princípios, que cabem ao docente efetivá-los. 
A cada segundo alguém publica um dado novo na Internet a respeito de 
assuntos diversos. Nesse contexto, um dos papéis docentes diz respeito a ensinar 
aos alunos como separar a toneladas de informações que fazem parte de diversos 
sites em conhecimentos potenciais para a pesquisa. Além disso, é importante 
estar atento para outras questões, tais como: 
 
1) Manter o foco no professor e não na tecnologia. A mera instalação na 
sala de aula de equipamentos interativos não garante que a classe esteja tendo 
uma aula interativa, com acesso a novas experiências educacionais. O professor 
deve associar aos seus métodos tradicionais em salas de aulas estratégias que têm 
a tecnologia como suporte, a partir de um exercício de criatividade. Dessa forma, 
mais do que capacitar o professor quando a nova tecnologia entra na sala de 
aula, é fundamental manter programas de formação continuada em longo prazo. 
2) Oferecer para o professor acesso a uma comunidade para o 
desenvolvimento de novos conteúdos e novos modelos de aula. Não cabe ao 
fornecedor A ou B ou à entidade educacional C ou D ser a fonte de conteúdos 
revolucionários, que farão o melhor uso das novas tecnologias de sala de aula. 
 
75 
 
Esses personagens podem e devem suportar o desenvolvimento desses conteúdo. 
É papel do professor, de pesquisadores, de especialistas em educação, “inventar” 
novas e atraentes aulas a partir do novo ambiente educacional. Comunidades 
locais, comunidades interligadas por redes sociais, comunidades internacionais 
e comunidades voltadas ao desenvolvimento de conteúdo específicos sobre 
disciplinas específicas (português, Matemática, Ciência etc.) são essenciais para 
suportar a missão do professor audaz, que anseia desvendar novos horizontes e 
cativar os alunos ao longo de toda esta caminhada. 
3) O professor deve se preparar para mudar seus paradigmas. O 
verdadeiro educador sabe que tudo muda nesta área e que é impossível voltar 
ao passado. 
4) Construção de conteúdo. A infraestrutura da sala multimídia pode 
ajudar o professor a dar uma aula brilhante, atraente, que mantém os alunos 
conectados a ele todo o tempo. Mas isso não diminui a importância da sólida 
formação em conhecimentos, da capacidade de estar sempre atualizado. Esse é 
um valor eterno da educação. Com as novas tecnologias educacionais, a única 
diferença é que a forma de transmitir esses conhecimentos também é mais 
atualizada. 
 
 
 
 
 
76 
 
CAPÍTULO IV - AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO E O ENSINO SUPERIOR 
 
O termo significa Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, que 
se refere ao conjunto de tecnologias digitais que permite a associação de diversos 
ambientes e pessoas por meio de dispositivos, equipamentos, programas e mídias 
para facilitar a comunicação entre seus integrantes e otimizar as possibilidades 
já existentes, como um grupo de meios de difusão de informação (mídias). 
Pode-se citar como exemplo de tecnologias digitais os computadores, 
tablets, celulares, lousas digitais, TVs, aparelhos de data show, entre outros. TDIC 
são tecnologias que têm o computador e a Internet como instrumentos principais 
e se diferenciam das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) pela 
presença do digital, sendo uma evolução delas, que por sua vez utilizam recursos 
de tecnologia para o processamento de informações, incluindo softwares, 
hardwares, tecnologias de comunicação e serviços relacionados, mas não de 
maneira digital exclusivamente. 
A diferença do digital é que ele não depende de outros meios materiais 
para existir, por exemplo, uma câmera analógica precisava de filmes para poder 
tirar fotos e depois era preciso revelar o filme para ter acesso às fotos, já a câmera 
digital não exige recursos externos para possibilitar a mesma tarefa. A tecnologia 
digital é um conjunto de tecnologias que permite a transformação de qualquer 
linguagem ou dado em números, ou seja, as imagens, os sons e os textos que 
visualizamos na tela do computador, tablet ou celular são transformados em 
números que são lidos por dispositivos que os convertem naquilo que vemos ou 
ouvimos em nosso aparelho eletrônico. Isso permite descentralizar a informação, 
 
77 
 
aumentar a segurança de uma série de dados fundamentais e criar muitas outras 
tecnologias, além de tornar mais prático seu uso. 
As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) oferecem 
novas possibilidades de expressão e comunicação, permitindo a exploração de 
um leque ilimitado de ações pedagógicas e proporcionando ampla diversidade 
de atividades que professores e alunos podem realizar. Por intermédio das TDIC, 
os alunos podem ter acesso à informação existente na Internet; resolver 
problemas usando softwares de simulação ou linguagens de programação; ou se 
comunicar com outras pessoas ou mesmo realizar atividades educacionais por 
intermédio de sistemas de Educação a Distância. 
Embora as possibilidades sejam muitas, neste artigo, são analisados dois 
aspectos essenciais do uso das TDIC no Ensino Superior: a integração das TDIC 
nas atividades curriculares de sala de aula; e o uso das TDIC na 
complementaridade do ensino estritamente presencial por intermédio da 
Educação a Distância (EaD). Diante das facilidades oferecidas pelas TDIC, é 
necessário pensar nas mudanças das abordagens curriculares e como as 
tecnologias podem ser integradas ao desenvolvimento dos conteúdos 
disciplinares. O currículo atual, de praticamente todas as disciplinas, foi 
desenvolvido para a tecnologia do lápis e do papel. As TDIC têm facilitado o 
trabalho com o áudio, a fotografia, o vídeo e o hipertexto, criando alternativas 
para a representação linear e sequencialda escrita. 
A integração das TDIC no currículo significa o uso dessas tecnologias no 
desenvolvimento das atividades disciplinares, não como mera transposição do 
currículo do lápis e do papel para as TDIC, mas na exploração das características 
que essas tecnologias oferecem como as diferentes linguagens e os novos 
recursos de representação do conhecimento, como o som, a imagem, a animação. 
 
78 
 
Com isso, estaremos não só ampliando o leque de alternativas do qual o aluno 
dispõe para auxiliar processos de construção de conhecimento, como também 
desenvolveremos o currículo da era digital. 
Quanto à questão do uso das TDIC nas atividades de EaD, existem 
diferentes modelos de implantação dessa nova modalidade de ensino adotados 
pelas instituições de Ensino Superior. Basicamente, temos dois modelos que 
ocupam posições extremas. Um, no qual o uso das TDIC em atividades a distância 
é totalmente paralelo às atividades presenciais – são estruturas de ensino 
separadas, com docentes especialmente contratados para desempenhar essas 
funções. No outro extremo, as atividades de Educação a Distância são realizadas 
pelos mesmos docentes, com o uso das mesmas estruturas e regimentos 
institucionais das unidades de ensino. 
Atualmente, as TDIC fazem parte das empresas, dos serviços e de 
praticamente todos os segmentos da nossa sociedade. Não só fazem parte, como 
também transformaram muitas atividades que fazemos hoje. Por exemplo, o 
sistema bancário, os restaurantes self-service e a produção de bens foram 
totalmente remodelados. Tais setores ainda continuam existindo, ainda 
preservam suas funções e objetivos. Porém, os procedimentos e processos que 
empregam são totalmente diferentes do que era feito há 20 anos. Parte das 
mudanças ocorreu graças à introdução das tecnologias. No entanto, tais 
tecnologias não foram utilizadas para simplesmente automatizar velhos 
processos. 
Foi necessário alterar estruturas e procedimentos, de modo que as 
inovações implementadas pudessem efetivamente trazer contribuições 
significativas. Nesse sentido, as TDIC não só transformaram como também estão 
totalmente integradas às atividades que realizamos. As Tecnologias Digitais de 
 
79 
 
Informação e Comunicação estão sendo incorporadas ao nosso modo de ser, de 
interagir com os serviços e produções de bens, diminuindo os espaços e tempos 
necessários para se comunicar, acessar e receber informação. 
Com isso, começam a influenciar o nosso modo de agir e pensar. As TDIC 
passam a ser estruturantes do nosso pensamento (ALMEIDA; VALENTE, 2011). 
Por outro lado, o mesmo não ocorre com a escola. É possível dizer que as 
mudanças observadas em diferentes segmentos da sociedade também ocorreram 
nos processos educacionais? As TDIC foram integradas às atividades 
curriculares e, com isso, mudaram os processos de ensino e aprendizagem? 
Em alguns casos específicos, é possível encontrar usos das TDIC que 
realmente propiciaram transformações nos processos educacionais. Porém, essas 
experiências são pontuais e não podem ser generalizadas. Mesmo a escola 
mantendo um laboratório de informática à disposição dos alunos, o processo de 
ensino e aprendizagem ainda é basicamente centrado na instrução e no uso do 
giz e do quadro-negro. O problema é que, nas escolas, as TDIC ainda são vistas 
como recursos tecnológicos. 
Para mostrar que usa as TDIC, a escola cria o laboratório de informática, 
onde os alunos, em geral, desenvolvem atividades desvinculadas ou pouco 
relacionadas com o que é abordado em sala de aula, ou usam o laboratório para 
reforçar conteúdos vistos em sala de aula. No primeiro caso, por exemplo, podem 
estar aprendendo sobre informática. O foco, o objeto de estudo é a própria 
tecnologia em si. As atividades realizadas nos laboratórios de informática são 
voltadas para o ensino de aplicativos, como processador de texto e planilhas, e 
de softwares para acessar a informação. 
Nesse caso, as TDIC ajudam a manter a imagem da escola, mas 
atrapalham o desenvolvimento curricular, pois são empregadas durante um 
 
80 
 
tempo que poderia ser utilizado para “passar mais conteúdo”. Outro tipo de 
atividade é o uso das TDIC para reforçar o que é transmitido em sala de aula. 
Para tanto, são utilizados os softwares do tipo exercício e prática, alguns jogos 
ou os tutoriais. A intenção é usar estes softwares para ajudar o aluno a 
armazenar e reter mais conteúdo. Em ambos os casos, as TDIC são tratadas como 
apêndice do que ocorre em sala de aula. O que vale é o currículo do lápis e do 
papel, a instrução que tanto o professor quanto as TDIC podem transmitir ao 
aluno. 
No entanto, as TDIC são mais do que ferramentas tecnológicas. Weston e 
Bain (2010), embasados em estudos de diversos autores, propõem que as TDIC 
não sejam vistas como ferramentas tecnológicas, mas como ferramentas 
cognitivas, capazes de expandir a capacidade intelectual de seus usuários. É o 
que acontece quando um engenheiro utiliza recursos computacionais para 
calcular a estrutura de uma ponte, por exemplo; ou quando médicos usam 
sofisticados sistemas para visualizar partes do corpo, à procura de lesões ou 
tumores. Nesses casos, esses profissionais não estão pensando nas tecnologias, 
mas no problema sendo resolvido, e em como os resultados fornecidos pelas 
tecnologias podem auxiliar nas tomadas de decisão. Algo semelhante acontece 
mesmo no caso do acesso pleno às TDIC, por meio do uso dos laptops na situação 
1-1. Em geral, esses equipamentos têm sido utilizados para o acesso imediato à 
informação, basicamente, em substituição às fontes impressas de informação, 
como o livro; para a produção de texto, em grande parte, substituindo o lápis e 
o papel; e para armazenar informação, como repositório digital, substituindo os 
fichários. 
Nenhuma dessas “inovações” está relacionada com alterações do 
processo de ensinar e de aprender. Elas simplesmente automatizam velhas 
 
81 
 
práticas (WESTON; BAIN, 2010). A implantação das TDIC na Educação vai muito 
mais além do que prover o acesso à tecnologia e automatizar práticas 
tradicionais. As TDIC têm de estar inseridas e integradas aos processos 
educacionais, agregando valor à atividade que o aluno ou o professor realiza, 
como ocorre com a integração das TDIC em outras áreas. No entanto, para que 
essa integração tecnológica ocorra, é preciso implantar mudanças em políticas, 
concepções, valores, crenças, processos e procedimentos centenários, e que 
certamente vão necessitar de grande esforço dos educadores e da sociedade 
como um todo. 
A integração das TDIC nos processos de ensino e aprendizagem vai 
requerer alterações na estrutura dos espaços e do tempo da escola, como a 
implantação de salas de multiatividades e a flexibilização das tradicionais aulas 
de 50 minutos e, sobretudo, a reestruturação do tempo do professor. O professor 
necessita de tempo para que ele possa se organizar para estudar, planejar e 
dialogar com os alunos em situações que vão além do tempo e do espaço da sala 
de aula, o que certamente implica políticas públicas de valorização do docente. 
A mudança estrutural implica também alterações conceituais, como repensar as 
atividades curriculares, assunto que será discutido no próximo tópico. 
 
 
 
 
 
 
 
82 
 
 
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