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Quantidade de movimento e impulso 419 b) se conserva, e a velocidade final do tronco é nula, pois a sua massa é muito maior do que a massa do projétil. c) não se conserva, porque a energia não se conserva, já que o choque é inelástico. d) se conserva, pois a massa total do sistema projétil-tronco não foi alterada. e) não se conserva, porque o sistema projétil- tronco não é isolado. 51. A figura representa dois carrinhos A e B, de mas- sas respectivamente iguais a 2m e 3m, inicial- mente em repouso, comprimindo uma mola ideal e unidos por um barbante. Num determinado instante o barbante se rompe e a mola se disten- de e cai. Logo após observa-se que o carrinho B move-se para a direita com energia cinética igual a 48 J. Qual a energia cinética do carrinho A? BA 52. (U. F. Viçosa-MG) Uma partícula com massa igual a 2,0 kg se move com velocidade de módulo igual a 3,0 m/s no sentido positivo do eixo x. Outra partícula, também com massa de 2,0 kg, se move com velocidade de módulo igual a 4,0 m/s no sentido positivo do eixo y. Na origem do sistema de coordenadas elas sofrem uma colisão tal que após a colisão ficam unidas. Desprezando-se quaisquer forças externas ao sistema, o módulo da velocidade das partículas após a colisão é: a) 14,0 m/s b) 1,5 m/s c) 25,0 m/s d) 2,5 m/s e) 2,0 m/s 53. (UF-ES) A figura a mostra um corpo deslocando- se com velocidade 3 m/s. Se num determinado instante o corpo se parte em três fragmentos de massas iguais, a velocidade do fragmento A será: a) 9 m/s c) 3 m/s e) 1 9 m/s b) 6 m/s d) 1 m/s 3 m/s Figura a. v A v C v B A B C Figura b. 54. (Fuvest-SP) Um gavião avista, abaixo dele, um melro e, para apanhá-lo, passa a voar vertical- mente, conseguindo agarrá-lo. Imediatamente antes do instante em que o gavião, de massa m G = 300 g, agarra o melro, de massa m M = 100 g, as velocidades do gavião e do melro são, res- pectivamente, v G = 80 km/h na direção ver- tical, para baixo, e v M = 24 km/h na direção horizontal, para a direita, como ilustra a figura. Imediatamente após a caça, o vetor velocidade u do gavião, que voa segurando o melro, forma um ângulo de α com o plano horizontal tal que tg α é aproximadamente igual a: a) 20 b) 10 c) 3 d) 0,3 e) 0,1 55. (Unicamp-SP) A existência do neutrino e do antineutrino foi proposta em 1930 por Wolfgang Pauli, que aplicou as leis de conservação de quantidade de movimento e energia ao processo de desintegração β. O esquema a seguir ilustra esse processo para um núcleo de trítio, 3H (um isótopo do hidrogênio), que se transforma em núcleo de hélio, 3He, mais um elétron, e–, e um antineutrino, ν. O núcleo do trítio encontra-se inicialmente em repouso. Após a desintegração, o núcleo de hélio possui uma quantidade de movi- mento com módulo de 12 ∙ 10–24 kg ∙ m/s, e o elétron sai em uma trajetória fazendo um ângulo de 60° com o eixo horizontal e uma quantidade de movimento de módulo 6,0 ∙ 10–24 kg ∙ m/s. α 60º e– 3H 3He ν a) O ângulo α que a trajetória do antineutrino faz com o eixo horizontal é de 30°. Determine o módulo da quantidade de movimento do antineutrino. b) Qual é a velocidade do núcleo de hélio após a desintegração? A massa do núcleo de hélio é 5,0 ∙ 10–27 kg. 56. (UF-SC) Durante as festividades comemorativas da Queda da Bastilha, na França, realizadas em 14 de julho de 2005, foram lançados fogos de artifício em homenagem ao Brasil. Durante os fogos, suponha que um rojão com defeito, lan- çado obliquamente, tenha explodido no ponto iL u st R a ç õ es : Za pt x y antes da colis‹o u α v G v M Capítulo 20420 a La M y /o t H e R i M a g e s mais alto de sua trajetória, partindo-se em apenas dois pedaços que, imediatamente após a explosão, possuíam quantidades de movimento p 1 e p 2 . Considerando-se que todos os movi- mentos ocorrem em um mesmo plano vertical, verifique qual(ais) é(são) a(s) proposição(ões) que apresenta(m) o(s) par(es) de vetores p 1 e p 2 fisicamente possível(eis). Dê como resposta a soma dos números que prece- dem as afirmativas corretas. (01) p 1 p 2 (08) p 1 = 0 p 2 (02) p 1 p 2 (16) p 1 p 2 (04) p 1 p 2 57. (Cefet-PR) Uma rocha, no espaço, está em repouso, vista de um determinado referencial inercial. Num certo instante ela explode em três fragmentos de massas aproximadamente iguais. Os vetores v 1 e v 2 representam as velocidades de dois fragmentos logo após a explosão. v 2 v 1 Dentre os esquemas a seguir, verifique qual é aquele vetor que pode representar a velocidade adquirida pelo terceiro fragmento. a) v 3 d) v 3 b) v 3 e) v 3 c) v 3 7. A Segunda Lei de Newton Quando Newton enunciou sua segunda Lei, não o fez na forma F = m · a, que te- mos usado até agora. ele enunciou a lei de modo que, na realidade, apresentava certa ambiguidade. Mais tarde, o matemático suíço Leonhard euler (1707-1783) aperfeiçoou o trabalho de Newton, apresentando a segunda Lei na forma: F = ΔQ Δt 1 em que Q é a quantidade de movimento. supondo que F e a massa do corpo sejam constantes, temos: F = ΔQ Δt = mv f – mv i Δt = m(v f – v i ) Δt = m Δv Δt = m · a F = m · a 2 a equação 2 também foi apresentada pela primeira vez por euler. assim, a equação 2 é um caso particular da equação 1 supondo m constante. a equação 1 é mais geral que a equação 2 , podendo ser aplicada a casos em que a massa é variável, como é o caso de um foguete (fig. 49) que, ao ejetar os gases, tem sua massa diminuída. a aplicação da equação 1 ao caso do foguete exige o uso do Cálculo Diferencial, pois tanto a massa como a velocidade variam. Vamos aplicá-la em alguns casos mais simples. Figura 49. No Centro Espacial da Guiana, o foguete europeu Ariane é lançado com dois satélites para a órbita terrestre. Quantidade de movimento e impulso 421 Exercícios de Aplicação 58. Na figura está representada a situação em que uma tábua (T) desliza sobre uma superfície plana e horizontal (M), sem atrito, puxada por uma força F . De um funil cai, sobre a tábua, areia à razão de 100 gramas por segundo. Determine o módulo de F para manter a tábua com velocidade constante v = 2,0 m/s. FT M Resolu•‹o: Nesse caso, não podemos usar a Segunda Lei de Newton na forma F = m · a, pois o nosso siste- ma (tábua + areia) tem massa variável. Assim, devemos usá-la na forma: F = ΔQ Δt . O nosso sistema tem quantidade de movimento Q = m · v, em que v é constante e m é variável. Assim: ΔQ = m f · v – m i · v = (m f – m i ) · v = (Δm) · v Δm Portanto: F = ΔQ Δt = (Δm) · v Δt = Δm Δt · v 1 Mas: v = 2,0 m/s e Δm Δt = 100 g/s = 0,100 kg/s Substituindo em 1 : F = (0,100 kg/s)(2,0 m/s) = 0,20 N ⇒ F = 0,20 N 59. A figura ilustra uma caixa sendo arrastada sobre uma superfície horizontal sem atrito, puxada por uma força F . Suponhamos que esteja choven- do, e que a chuva caia verticalmente dentro da caixa à razão de 600 gramas por minuto. v F Sabendo que a velocidade da caixa se mantém constante e igual a 4,0 m/s, determine: a) a intensidade de F ; b) a potência de F . 60. A figura ilustra uma situação em que uma man- gueira lança água contra uma parede, à razão de 2,0 kg/s. A água atinge a parede perpendicular- mente, com velocidade 10 m/s, e cai no chão. Calcule a intensidade média da força que a água exerce na parede. 61. Uma metralhadora rigidamente presa ao solo atira balas de 20 gramas com velocidade 1 000 m/s, à razão de 8 balas por segundo. A força média sofrida pela metralhadora tem módulo igual a: a) 80 N c) 160 N e) 16 N b) 40 N d) 320 N Exercícios de Aprofundamento 62. Uma granada de massa 1,20 kg inicialmente em repouso explode em três fragmentos. A figura a seguir representa os fragmentos A e B, cujasmassas são, respectivamente, 0,40 kg e 0,20 kg, logo após a explosão. 50 m/s 120º 30 m/s A B r Determine: a) a velocidade do terceiro fragmento; b) o ângulo formado entre a velocidade do ter- ceiro fragmento e a reta r. 63. Um canhão apoiado sobre uma carreta dispara um projétil de massa 5,0 kg, que abandona a boca do canhão com velocidade v , cujo módulo é 800 m/s e cuja direção forma ângulo θ com a horizontal. Sabendo que cos θ = 0,80 e que a massa do canhão com a carreta é 1 000 kg, determine a velocidade de recuo da carreta. iL u st R a ç õ es : Lu iZ a u g u st o R ib ei R o v θ Quantidade de movimento e impulso 421