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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Shayane Beatriz Danielly de Souza
GESTÃO SUSTENTÁVEL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA:
TENDÊNCIAS E DESAFIOS
Natal
2023
SHAYANE BEATRIZ DANIELLY DE SOUZA
GESTÃO SUSTENTÁVEL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA:
TENDÊNCIAS E DESAFIOS
Monografia apresentada ao curso de
Administração da UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO NORTE, como requisito
para aprovação na disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso.
Orientadora: Prof. Ma. Paula Serafini
Natal
2023
Souza, Shayane Beatriz Danielly de.
 Gestão sustentável e responsabilidade social corporativa:
tendências e desafios / Shayane Beatriz Danielly de Souza. -
Natal, 2023.
 50f.: il.
 Monografia (Graduação em Administração) - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Centro Ciências Sociais
Aplicadas, Curso de Administração. Natal, RN, 2023.
 Orientação: Profa. Me. Paula Gonçalves Serafini.
 1. Gestão sustentável - Monografia. 2. Responsabilidade
social corporativa - Monografia. 3. Empresas - Monografia. I.
Serafini, Paula Gonçalves. II. Título.
RN/UF/Biblioteca CCSA CDU 658:502
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA
Elaborado por Eliane Leal Duarte - CRB-15/355
SHAYANE BEATRIZ DANIELLY DE SOUZA
GESTÃO SUSTENTÁVEL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA:
TENDÊNCIAS E DESAFIOS
Natal, 11 de dezembro de 2023.
Banca examinadora
_________________________________________________
Prof.ª Paula Gonçalves Serafini, M.Sc
Presidente da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
__________________________________________________
Prof.ª Thelma Pignataro
Examinadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
__________________________________________________
Prof.ª Edna Maria da Silva Medeiros de Oliveira, M.Sc.
Examinadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
https://www.escavador.com/sobre/8666264/evangelina-de-mello-bastos
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho ao meu amado esposo, cujo amor inabalável e apoio
incansável foram a âncora que sustentou minha jornada acadêmica. Agradeço à
minha família, que sempre esteve ao meu lado e que compartilharam as alegrias e
desafios deste percurso. Agradeço, especialmente, a mim mesma pela dedicação e
pela força para não desistir nos momentos mais difíceis. Por fim, agradeço aos meus
futuros filhos que ainda não conheço, dedico este esforço em prol de um futuro mais
consciente e equilibrado, na esperança de contribuir para um mundo melhor para
vocês.
"A gestão sustentável é o caminho para
harmonizar os objetivos econômicos,
sociais e ambientais, criando um legado
positivo para as gerações futuras."
- World Commission on Environment and Development
RESUMO
O presente trabalho abordará sobre Gestão sustentável e responsabilidade social
corporativa, com ênfase em tendências e desafios. O objetivo geral do trabalho
consiste em analisar as tendências e desafios da gestão sustentável e da
responsabilidade social corporativa. E os objetivos específicos: contextualizar gestão
sustentável e responsabilidade social corporativa, apresentar os ODS e a influência
que possui em nível macro, estudar os benefícios e, sobretudo, os desafios da
gestão sustentável, compreender a tendência do ESG, estratégias, ferramentas e
indicadores para implantação e manutenção de uma responsabilidade corporativa de
sucesso, descrever as normas e as certificações que podem ser obtidas por meio da
gestão sustentável. Este trabalho justifica-se pelo fato da temática abordada ter
impactos profundos na maneira como as organizações operam no cenário atual. A
gestão sustentável e a responsabilidade social corporativa não são mais apenas
considerações superficiais; tornaram-se elementos fundamentais na formulação de
estratégias empresariais. Neste sentido, investigar as tendências nesses campos é
essencial para compreender como as organizações estão respondendo às
demandas crescentes por práticas mais éticas, socialmente responsáveis e
ambientalmente conscientes. Este estudo foi realizado através de uma pesquisa
qualitativa, de caráter analítico, descritivo e a coleta e análise de dados foram
realizadas por meio de uma pesquisa bibliográfica. Com o desenvolvimento do
trabalho, foi possível analisar que a gestão sustentável e a responsabilidade social
corporativa dentro das empresas não são mais apenas opções ou estratégias
adicionais, mas elementos fundamentais para a viabilidade e relevância a longo
prazo no cenário empresarial contemporâneo. Por fim, a descrição das normas e
certificações relacionadas à gestão sustentável destaca o compromisso das
organizações em atender a padrões reconhecidos globalmente.
Palavras-chave: Gestão Sustentável. Responsabilidade Social Corporativa.
Empresas.
ABSTRACT
This work will address sustainable management and corporate social responsibility,
with an emphasis on trends and challenges. The general objective of the work is to
analyze the trends and challenges of sustainable management and corporate social
responsibility. And the specific objectives: contextualize sustainable management
and corporate social responsibility, present the SDGs and the influence it has at a
macro level, study the benefits and, above all, the challenges of sustainable
management, understand the ESG trend, strategies, tools and indicators for
implementation and maintenance of successful corporate responsibility, describe the
standards and certifications that can be obtained through sustainable management.
This work is justified by the fact that the topic addressed has profound impacts on the
way organizations operate in the current scenario. Sustainable management and
corporate social responsibility are no longer just superficial considerations; they have
become fundamental elements in the formulation of business strategies. In this
sense, investigating trends in these fields is essential to understand how
organizations are responding to growing demands for more ethical, socially
responsible and environmentally conscious practices. This study was carried out
through qualitative, analytical, descriptive research and data collection and analysis
were carried out through bibliographical research. With the development of the work,
it was possible to analyze that sustainable management and corporate social
responsibility within companies are no longer just options or additional strategies, but
fundamental elements for long-term viability and relevance in the contemporary
business scenario. Finally, the description of standards and certifications related to
sustainable management highlights the organizations' commitment to meeting
globally recognized standards.
Keywords: Sustainable Management. Corporate social responsibility. Companies.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 METODOLOGIA 13
3 GESTÃO SUSTENTÁVEL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA 14
3.1 Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a influência que possui
em nível macro 17
3.2 Benefícios da gestão sustentável nas empresas 19
3.3 Os maiores desafios da gestão sustentável dentro das organizações 21
4 TENDÊNCIA DO ESG - ENVIRONMENTAL, SOCIAL E GOVERNANCE 23
4.1 Estratégias de Integração ESG nas empresas 24
4.2 Ferramentas Tecnológicas para Avaliação ESG nas empresas 26
4.3 Indicadores-Chave de Desempenho ESG 27
5 AS NORMAS E AS CERTIFICAÇÕES QUE PODEM SER OBTIDAS POR MEIO
DA GESTÃO SUSTENTÁVEL 30
5.1 ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental 31
5.2 ISO 26000 - Responsabilidade Social 32
5.3 ISO 50001 - Sistema de Gestão de Energia 34
5.4 ISO 20121 - Sistema de Gestão de Eventos Sustentáveis 36
5.5 LEED - Leadership in Energy and Environmental Design 38
5.6 Fair Trade - Comércio Justo 39
5.7 FSC - Forest Stewardship Council 41
5.8 SA8000 - Norma de Responsabilidade Social43
5.9 B Corp Certification 45
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 47
REFERÊNCIAS 50
11
1 INTRODUÇÃO
A sustentabilidade nas empresas tornou-se uma pauta crucial nos cenários
econômico e social contemporâneos. À medida que as preocupações ambientais e
sociais aumentam, as organizações estão cada vez mais reconhecendo a
importância de adotar práticas sustentáveis em suas operações. Essa abordagem
vai além de simplesmente cumprir regulamentações ambientais; trata-se de integrar
considerações éticas e responsáveis em todas as facetas dos negócios, visando um
equilíbrio entre o crescimento econômico, a responsabilidade social e a preservação
ambiental. Dessa forma, destaca-se que o presente trabalho abordará sobre Gestão
sustentável e responsabilidade social corporativa, com ênfase em tendências e
desafios.
Assim, ressalta-se que um componente central da sustentabilidade
empresarial é a responsabilidade social corporativa (RSC). As empresas estão
percebendo que seu impacto vai além das linhas de produção e que têm uma
influência significativa nas comunidades em que operam. A RSC envolve a
integração de práticas éticas, respeito aos direitos humanos e contribuição para o
desenvolvimento das comunidades locais. Isso pode incluir iniciativas de educação,
saúde, moradia e emprego, demonstrando um compromisso tangível com o
bem-estar social. Diante desse contexto, pontua-se que este trabalho visa responder
à seguinte questão problema: Quais as tendências e desafios da gestão sustentável
e da responsabilidade social corporativa?
O objetivo geral do trabalho consiste em analisar as tendências e desafios da
gestão sustentável e da responsabilidade social corporativa. E os objetivos
específicos: contextualizar gestão sustentável e responsabilidade social corporativa,
apresentar os ODS e a influência que possui em nível macro, estudar os benefícios
e, sobretudo, os desafios da gestão sustentável, compreender a tendência do ESG,
estratégias, ferramentas e indicadores para implantação e manutenção de uma
responsabilidade corporativa de sucesso, descrever as normas e as certificações
que podem ser obtidas por meio da gestão sustentável.
Este trabalho justifica-se pelo fato da temática abordada ter impactos
profundos na maneira como as organizações operam no cenário atual. A gestão
sustentável e a responsabilidade social corporativa não são mais apenas
considerações superficiais; tornaram-se elementos fundamentais na formulação de
12
estratégias empresariais. Neste sentido, investigar as tendências nesses campos é
essencial para compreender como as organizações estão respondendo às
demandas crescentes por práticas mais éticas, socialmente responsáveis e
ambientalmente conscientes.
Ademais, a pesquisa sobre gestão sustentável e responsabilidade social
corporativa é pertinente em um contexto em que as preocupações ambientais e
sociais estão ganhando destaque global. Com os desafios ambientais, como as
mudanças climáticas, tornando-se cada vez mais evidentes, e as expectativas da
sociedade em relação às ações corporativas éticas e responsáveis aumentando, é
crucial examinar como as empresas estão se adaptando a essas demandas e quais
estratégias estão empregando para alcançar práticas mais sustentáveis.
A elaboração desse trabalho acadêmico também se justifica pela sua
contribuição para o desenvolvimento de conhecimentos na área. Ao analisar as
tendências emergentes na gestão sustentável e na responsabilidade social
corporativa, o trabalho pode oferecer uma visão aprofundada sobre as práticas mais
eficazes e inovadoras adotadas por organizações líderes. Além disso, a exploração
dos desafios enfrentados pode ajudar a identificar lacunas no atual paradigma de
gestão e fornecer insights valiosos para futuras pesquisas e práticas empresariais.
Dessa forma, pontua-se também que a complexidade das interações entre
empresas, sociedade e meio ambiente também justifica a abordagem integrada
desses temas em um trabalho acadêmico. Entender como a gestão sustentável e a
responsabilidade social corporativa se entrelaçam e se influenciam mutuamente é
essencial para formar uma visão sistêmica do papel das empresas na sociedade
contemporânea.
Além disso, a produção de um trabalho acadêmico sobre esses temas oferece
a oportunidade de destacar a importância da educação e sensibilização sobre
questões sustentáveis. Ao disseminar conhecimento sobre gestão sustentável e
responsabilidade social corporativa, o trabalho pode contribuir para a
conscientização de estudantes, acadêmicos e profissionais, incentivando práticas
mais éticas e sustentáveis nos diversos setores econômicos.
Para a autora, esta obra será um diferencial para sua vida pessoal e
profissional, pois ajudará na aquisição de conhecimentos, habilidades e
competências, contribuindo diretamente para o ganho de experiência e a utilização
correta das ferramentas disponíveis na literatura. Dessa forma, cabe ressaltar que
13
este trabalho também contribuirá para a comunidade acadêmica, pois servirá de
referência para pesquisas futuras, principalmente na área de administração e
sustentabilidade.
2 METODOLOGIA
No que diz respeito à metodologia, pontua-se que para Demo (2006) o
processo de pesquisa é imprescindível na “descoberta e criação”, de acordo com o
autor é preciso realizar um levantamento de dados e informações consistentes que
sirvam de embasamento para todo o assunto abordado, alcançando assim, uma
pesquisa consistente e realista, para isso, é preciso levantar todas as explicações a
respeito do assunto visando analisar todos os pontos de vistas e perspectivas
diferentes.
Assim, o presente estudo foi realizado através de uma pesquisa qualitativa, de
caráter analítico, descritivo e a coleta e análise de dados foram realizadas por meio
de uma pesquisa bibliográfica. Ressalta-se ainda que foi realizada uma revisão de
literatura para ampliar ainda mais as informações para contextualizar a proposta. As
análises foram comparadas autor a autor e foram realizadas discussões sobre os
temas abordados para um aprofundamento através da apresentação e discussão de
teorias.
Para tanto, Minayo (2001) corrobora com Demo (2006) ao dissertar que a
pesquisa literária é o procedimento utilizado para conhecer a realidade estudada e a
'carga histórica', sendo um tipo a pesquisa bibliográfica. Ele conduz a uma série
ordenada de etapas em uma busca incansável de soluções para problemas
selecionados relacionados ao objeto de estudo. Dessa forma, Gil (2017) concorda
com Minayo e discute a importância da bibliografia. Sobre a quantidade de
informações necessárias para posteriormente comparar e analisar esses dados para
atingir os objetivos originalmente propostos, o autor afirma sobre sua teoria:
A pesquisa bibliográfica é realizada a partir de materiais já existentes, que
incluem principalmente livros e artigos científicos. Esses benefícios
demonstram um compromisso com a pesquisa de alta qualidade. Assim, a
pesquisa bibliográfica, além de permitir o exame de pesquisas relacionadas
ao tema em estudo, permite também aprofundar a teoria que norteia a
pesquisa (GIL, 2017, p. 44).
Assim, de acordo com o autor, a pesquisa bibliográfica utiliza várias
concepções teóricas como base para a obtenção de respostas, com o objetivo de
14
adquirir um embasamento teórico suficiente para sustentar a pesquisa e explicitar os
diferentes pontos de vista dos atores que já escreveram ou argumentaram algum
tópico sobre o assunto.
Por isso, o estudo foi dividido em quatro etapas: Levantamento, seleção,
fichamento, análise e comparação.É de suma importância levar em consideração
todas as ideias e argumentos que já foram elaborados, mesmo os que se
contrapõem, para que depois da análise seja possível ver qual a ideia mais viável
para o contexto atual e como implementá-la da melhor forma para ser acessível e
beneficiar o maior número de pessoas.
Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram usados artigos, livros, revistas,resumos e e-Books. Contudo, ressalta-se que visando aumentar o número de dados
e informações captados para melhor compreensão acerca do tema foram utilizadas
as bases de dados do: portal Periódicos Capes, Science Direct, Scielo, Google
Acadêmico e Anvisa, proporcionando maiores informações e aprofundamento do
objeto de estudo.
Também é de suma importância pontuar que durante as pesquisas e buscas
nos periódicos foram consideradas as palavras relacionadas ao tema como
palavras-chave, como por exemplo: gestão sustentável, responsabilidade social
corporativa e empresas, dessa forma houve uma otimização do tempo na busca dos
artigos, bem como uma facilitação na busca dos periódicos que serão de suma
importância para o desenvolvimento do trabalho e o alcance dos objetivos propostos
inicialmente.
3 GESTÃO SUSTENTÁVEL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
A gestão sustentável é um conceito que tem ganhado cada vez mais
relevância no cenário empresarial e organizacional, à medida que a sociedade
reconhece a importância de equilibrar o desenvolvimento econômico com a
preservação do meio ambiente e a responsabilidade social. Trata-se de uma
abordagem que visa atender às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades
(RIBAS, et al. 2017).
No âmbito empresarial, a gestão sustentável implica em adotar práticas e
estratégias que minimizem os impactos ambientais, promovam a responsabilidade
15
social e assegurem a viabilidade econômica a longo prazo. Essa abordagem vai
além do simples cumprimento de regulamentações ambientais e trabalhistas,
buscando integrar a sustentabilidade em todas as áreas da organização, desde a
cadeia de suprimentos até as operações diárias (NETO, et al. 2011).
Um dos pilares fundamentais da gestão sustentável é a gestão ambiental, que
envolve a avaliação e o controle dos impactos ambientais de uma organização. Isso
inclui a análise do consumo de recursos naturais, a emissão de poluentes, a geração
de resíduos e outros aspectos que possam contribuir para a degradação do meio
ambiente. A implementação de práticas como a eficiência energética, a redução de
emissões de carbono e o uso responsável dos recursos naturais são medidas
comuns nesse contexto (RIBAS, et al. 2017).
Além disso, a gestão sustentável incorpora a responsabilidade social
corporativa, que se refere ao compromisso da empresa em contribuir para o
bem-estar da sociedade. Isso pode envolver ações como investimento em projetos
sociais, promoção da igualdade de gênero, respeito aos direitos humanos e
promoção de condições de trabalho justas. Empresas que adotam a gestão
sustentável reconhecem que são partes integrantes da comunidade em que estão
inseridas e têm a responsabilidade de contribuir positivamente para o seu
desenvolvimento (NETO, et al. 2011).
No campo econômico, a gestão sustentável busca equilibrar a busca por lucro
com a necessidade de preservar os recursos naturais e promover o bem-estar
social. Isso pode envolver a implementação de práticas de produção mais eficientes,
a busca por inovações sustentáveis e o desenvolvimento de produtos e serviços que
atendam às demandas do mercado sem comprometer o meio ambiente (RIBAS, et
al. 2017).
A transição para uma gestão sustentável requer, muitas vezes, uma mudança
cultural dentro das organizações. Isso implica em sensibilizar os colaboradores para
a importância da sustentabilidade e incorporar essa mentalidade em todos os níveis
hierárquicos. A educação e a conscientização são fundamentais para criar uma
cultura organizacional voltada para a sustentabilidade, onde cada membro da equipe
compreenda o papel da empresa na construção de um futuro mais sustentável
(NETO, et al. 2011).
No entanto, a gestão sustentável não é apenas uma responsabilidade das
empresas. Governos, organizações não governamentais e a sociedade civil também
16
desempenham papéis importantes nesse contexto. A criação de políticas públicas
que incentivem práticas sustentáveis, a fiscalização efetiva das atividades
empresariais e o engajamento da sociedade na promoção da sustentabilidade são
elementos-chave para o sucesso dessa abordagem (RIBAS, et al. 2017).
Portanto, analisa-se com base nos autores que a gestão sustentável é um
conceito abrangente que aborda a interconexão entre os aspectos econômicos,
sociais e ambientais do desenvolvimento. Empresas e organizações que adotam
essa abordagem não apenas atendem às demandas do presente, mas também se
posicionam de forma estratégica para enfrentar os desafios futuros. A gestão
sustentável não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para construir um
mundo mais sustentável.
Neste contexto, ressalta-se ainda o conceito de Responsabilidade Social
Corporativa (RSC), que emergiu como um princípio fundamental nas práticas
empresariais contemporâneas, transcendendo a mera busca pelo lucro para
incorporar uma visão mais ampla e integrada dos impactos das organizações na
sociedade. A essência da RSC reside na compreensão de que as empresas não são
entidades isoladas, mas partes integrantes de comunidades mais amplas, e, como
tal, têm uma responsabilidade ética e moral de contribuir positivamente para esses
ambientes (BATISTELLA, et al. 2020).
Um dos elementos centrais da RSC é o compromisso das empresas em ir
além do cumprimento das obrigações legais. Isso implica em adotar práticas
voluntárias que promovam o bem-estar social, econômico e ambiental. As empresas
que adotam a RSC não veem apenas seus stakeholders como clientes e acionistas,
mas também reconhecem a importância de considerar os impactos de suas
operações em funcionários, comunidades locais, meio ambiente e sociedade em
geral (LOPES; DEMAJOROVIC, 2020).
A dimensão social da RSC abrange uma variedade de áreas, desde a
promoção da diversidade e inclusão no local de trabalho até a criação de programas
educacionais e de desenvolvimento para funcionários e suas comunidades.
Empresas socialmente responsáveis entendem que seu pessoal é um ativo valioso
e, ao investir em seu desenvolvimento, não apenas promovem um ambiente de
trabalho mais saudável, mas também contribuem para o desenvolvimento humano
em um contexto mais amplo (BATISTELLA, et al. 2020).
17
Dessa forma, a responsabilidade ambiental é outro aspecto crucial da RSC, à
medida que a consciência global sobre as mudanças climáticas e a escassez de
recursos naturais cresce, as empresas são instadas a adotar práticas mais
sustentáveis. Isso pode envolver a implementação de políticas de redução de
emissões de carbono, a gestão responsável dos resíduos e a adoção de tecnologias
mais limpas. Empresas socialmente responsáveis reconhecem a importância de
preservar o meio ambiente não apenas para as gerações presentes, mas também
para as futuras (LOPES; DEMAJOROVIC, 2020).
Além disso, a RSC abrange a esfera econômica, incentivando práticas
comerciais éticas. Isso inclui a transparência nas transações, o respeito pelos
direitos dos consumidores e fornecedores, e a promoção de condições de trabalho
justas em toda a cadeia de suprimentos. Empresas que praticam a RSC buscam não
apenas maximizar os lucros, mas também operar de maneira ética e responsável,
reconhecendo que o sucesso a longo prazo está intrinsecamente ligado à criação de
valor compartilhado (BATISTELLA, et al. 2020).
Assim, a prestação de contas é um princípio fundamental na implementação
efetiva da RSC. As empresas que adotam práticas socialmente responsáveis
comunicam claramente suas ações e resultados, sendo transparentes sobre seu
impacto na sociedade. Relatórios de sustentabilidade, auditorias sociais e a
divulgação de práticas éticas são meios pelos quais as organizações demonstram
sua responsabilidade e comprometimento com o bem comum (LOPES;
DEMAJOROVIC, 2020).
Por fim, averigue-se com base no embasamento teórico que a
Responsabilidade Social Corporativa é mais do que uma estratégia de negócios; éuma filosofia que reconhece o papel proeminente que as empresas desempenham
nas comunidades e no mundo em geral. Empresas socialmente responsáveis não
apenas prosperam economicamente, mas também contribuem para o
desenvolvimento sustentável, promovendo uma sociedade mais justa, equitativa e
ambientalmente consciente.
3.1 Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a influência
que possui em nível macro
18
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável representam uma ambiciosa
agenda global estabelecida pelas Nações Unidas para enfrentar os desafios
prementes que a humanidade enfrenta neste século. Adotados em setembro de
2015, esses 17 objetivos abrangem uma ampla gama de questões, desde a
erradicação da pobreza até a promoção da paz e justiça social, e foram projetados
para orientar a ação internacional até 2030. A influência que os ODS exercem em
nível macro transcende as fronteiras nacionais, redefinindo a maneira como os
governos, organizações e sociedades interagem para forjar um futuro mais
sustentável (COMPOLI, 2023).
Em sua essência, os ODS reconhecem a interconectividade das questões
globais e a necessidade de uma abordagem holística. Cada objetivo é
interdependente e complementar, refletindo a compreensão de que avanços em uma
área podem catalisar melhorias em outras. Por exemplo, a promoção da igualdade
de gênero (ODS 5) não apenas responde a um imperativo moral, mas está
intrinsicamente ligada ao desenvolvimento econômico sustentável (ODS 8), à saúde
e bem-estar (ODS 3) e à redução das desigualdades (ODS 10). Essa abordagem
integrada é uma resposta consciente à complexidade dos desafios contemporâneos,
reconhecendo que soluções fragmentadas são inadequadas para enfrentar
problemas sistêmicos (VAZQUEZ, et al. 2022).
A influência macro dos ODS é evidente na medida em que eles informam
políticas nacionais e globais, orientam a alocação de recursos e moldam o diálogo
internacional. Os países, ao adotarem os ODS como parte de suas estratégias de
desenvolvimento, estão comprometendo-se a abordar questões críticas em suas
próprias realidades e, ao mesmo tempo, contribuir para o alcance dos objetivos
globais. Esse compromisso coletivo transcende rivalidades políticas e rivalidades
econômicas, proporcionando um terreno comum para a cooperação internacional
(COMPOLI, 2023).
Além disso, os ODS têm um impacto significativo nos setores público e
privado. Empresas globalmente conscientes estão cada vez mais integrando os
princípios dos ODS em suas práticas de negócios, reconhecendo que a
sustentabilidade não é apenas uma responsabilidade social, mas também uma
estratégia de longo prazo para a viabilidade econômica. Investidores, por sua vez,
estão considerando critérios sustentáveis ao tomar decisões financeiras,
19
reconhecendo o valor a longo prazo de empresas comprometidas com a
responsabilidade social e ambiental (VAZQUEZ, et al. 2022).
Ressalta-se ainda que a influência macro dos ODS é percebida nas dinâmicas
geopolíticas. Países que buscam cumprir os ODS podem encontrar novas
oportunidades de parceria e colaboração, enquanto aqueles que negligenciam esses
objetivos podem enfrentar críticas e desafios à medida que a comunidade
internacional busca garantir a responsabilidade coletiva na busca por um futuro
sustentável (COMPOLI, 2023).
No entanto, apesar de sua influência significativa, os ODS enfrentam desafios
substanciais. A implementação efetiva exige um compromisso contínuo, recursos
adequados e a superação de obstáculos sistêmicos. Além disso, questões
emergentes, como pandemias globais e mudanças climáticas aceleradas, destacam
a necessidade de adaptação e inovação contínuas nos esforços para alcançar os
objetivos estabelecidos (VAZQUEZ, et al. 2022).
Por fim, observa-se que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
representam uma abordagem abrangente e interconectada para abordar os desafios
globais. Sua influência em nível macro é profunda, permeando governos,
organizações e empresas em todo o mundo. À medida que avançamos na busca por
um futuro mais sustentável, a implementação eficaz dos ODS é essencial para
enfrentar os desafios complexos e interligados do contexto atual.
3.2 Benefícios da gestão sustentável nas empresas
A gestão sustentável emerge como uma abordagem fundamental para
enfrentar os desafios ambientais, sociais e econômicos que o mundo enfrenta hoje.
Este modelo de gestão visa equilibrar o crescimento econômico com a
responsabilidade ambiental e o bem-estar social, reconhecendo que as ações
empresariais têm impactos significativos além das fronteiras do lucro imediato. Os
benefícios da gestão sustentável são vastos e vão além de simplesmente atender a
demandas éticas; eles se estendem ao fortalecimento da resiliência das empresas, à
melhoria da reputação e à promoção do desenvolvimento sustentável (DA ROCHA,
et al. 2019).
Em primeiro lugar, a gestão sustentável contribui para a preservação do meio
ambiente. Ao incorporar práticas e políticas que minimizam a pegada ecológica das
20
operações empresariais, as organizações podem desempenhar um papel
significativo na conservação dos recursos naturais. A adoção de tecnologias limpas,
a eficiência energética e a redução de resíduos são exemplos de estratégias que
não apenas beneficiam o ambiente, mas também podem levar a economias de
custos a longo prazo (BARBOSA, 2019).
Além disso, a gestão sustentável promove a responsabilidade social
corporativa (RSC). As empresas estão cada vez mais reconhecendo a importância
de contribuir positivamente para as comunidades em que operam. Isso vai além da
simples doação de fundos e envolve o compromisso com práticas éticas, respeito
aos direitos humanos e promoção do desenvolvimento local. Empresas socialmente
responsáveis tendem a construir relacionamentos mais sólidos com clientes,
fornecedores e comunidades, criando uma base mais estável para o sucesso a
longo prazo (DA ROCHA, et al. 2019).
No campo econômico, a gestão sustentável pode impulsionar a inovação, a
busca por soluções sustentáveis muitas vezes leva a descobertas e
desenvolvimentos tecnológicos que não apenas melhoram a eficiência operacional,
mas também abrem novas oportunidades de mercado. A transição para práticas
mais sustentáveis pode, assim, resultar em vantagens competitivas, à medida que
as empresas se adaptam às expectativas crescentes dos consumidores por
produtos e serviços ambientalmente consciente (BARBOSA, 2019).
Outro benefício importante é a mitigação de riscos, destaca-se que empresas
que integram a gestão sustentável estão mais bem preparadas para enfrentar os
desafios associados às mudanças climáticas, regulamentações ambientais mais
rigorosas e flutuações nas condições sociais e econômicas. A diversificação de
fontes de energia, a gestão eficiente da cadeia de suprimentos e a atenção às
práticas de governança são elementos que fortalecem a capacidade de uma
empresa de resistir a adversidades e se adaptar a um ambiente em constante
mudança (DA ROCHA, et al. 2019).
Além disso, a gestão sustentável pode ter um impacto positivo na marca e na
reputação de uma empresa. À medida que os consumidores se tornam mais
conscientes e exigentes em relação às práticas empresariais, a identificação de uma
marca com valores sustentáveis pode ser um fator decisivo na escolha do
consumidor. Empresas que são percebidas como éticas e socialmente responsáveis
21
muitas vezes desfrutam de maior lealdade do cliente e preferência de mercado
(BARBOSA, 2019).
Diante desse contexto, analisa-se que os benefícios da gestão sustentável
são amplos, abrangendo áreas que vão desde a preservação ambiental até a
inovação e a resiliência empresarial. À medida que a consciência global sobre os
desafios sustentáveis continua a crescer, a gestão sustentável não é apenas uma
escolha ética, mas também uma estratégia inteligente para garantir o sucesso a
longo prazo das empresas em um mundo em constante evolução.
3.3Os maiores desafios da gestão sustentável dentro das organizações
A gestão sustentável, embora seja uma abordagem essencial para enfrentar
os problemas ambientais e sociais contemporâneos, não está isenta de desafios.
Dessa forma, implementar práticas sustentáveis em organizações e setores inteiros
requer uma mudança profunda nas mentalidades e processos, enfrentando
obstáculos que vão desde resistências internas até dificuldades externas
relacionadas à complexidade das questões ambientais e sociais (PACHECO, 2020).
Um dos principais desafios enfrentados pelas organizações que buscam
adotar a gestão sustentável é a resistência interna. Muitas empresas operam em
estruturas consolidadas, onde as práticas tradicionais podem estar profundamente
enraizadas na cultura organizacional. A implementação de mudanças para
incorporar a sustentabilidade muitas vezes encontra resistência de partes
interessadas internas que podem temer custos iniciais, desconforto com a mudança
ou falta de compreensão sobre os benefícios a longo prazo. Assim, superar essa
resistência requer liderança eficaz, comunicação clara sobre os objetivos e
benefícios da sustentabilidade e educação contínua para garantir a compreensão e
o comprometimento de todos os membros da organização (BUENO, et al. 2022).
Além disso, a gestão sustentável enfrenta desafios relacionados à
mensuração e relato de impactos. Avaliar o verdadeiro impacto ambiental e social de
uma organização é uma tarefa complexa, muitas vezes envolvendo variáveis
interconectadas e de longo prazo. A falta de padrões globais consistentes para a
medição da sustentabilidade pode levar a inconsistências nos relatórios e dificultar a
comparação entre organizações. Neste sentido, a superação deste desafio exige o
22
desenvolvimento e a adoção de métricas claras e universalmente aceitas, bem como
o compromisso com a transparência nas práticas de relato (PACHECO, 2020).
Outro desafio inerente à gestão sustentável é a pressão financeira de curto
prazo que muitas empresas enfrentam. Muitas práticas sustentáveis exigem
investimentos significativos iniciais, e os benefícios muitas vezes se manifestam a
longo prazo. Isso pode criar um dilema para as organizações que estão sob pressão
para gerar lucros imediatos. Convencer os acionistas e os interessados de que os
benefícios a longo prazo da sustentabilidade superam os custos iniciais é uma tarefa
crítica e desafiadora (BUENO, et al. 2022).
Ressalta-se ainda que a gestão sustentável também esbarra em desafios
externos relacionados à complexidade das questões ambientais e sociais.
Problemas como mudanças climáticas, escassez de recursos naturais e
desigualdade social são profundamente interconectados e muitas vezes
transcendem as fronteiras organizacionais. Isso torna difícil para uma única entidade
abordar efetivamente esses problemas complexos. A colaboração entre empresas,
governos, ONGs e comunidades é crucial, mas também desafiadora devido a
diferenças de interesses, prioridades e abordagens (PACHECO, 2020).
Outro obstáculo significativo é a incerteza regulatória, ou seja, as
regulamentações ambientais e sociais estão em constante evolução, e as empresas
enfrentam o desafio de se adaptar a essas mudanças enquanto continuam a operar
de maneira eficiente. A incerteza sobre futuras políticas e regulamentações pode
criar hesitação em investir em práticas sustentáveis, pois as organizações temem
que esses investimentos possam se tornar obsoletos ou inadequados com a rápida
mudança no cenário regulatório (BUENO, et al. 2022).
Neste sentido, analisa-se tendo em vista o embasamento teórico que a gestão
sustentável, embora seja imperativa para o futuro do planeta e das empresas,
enfrenta desafios significativos. Superar a resistência interna, medir e relatar
impactos de maneira consistente, enfrentar pressões financeiras de curto prazo e
abordar questões complexas e interconectadas são apenas alguns dos desafios que
as organizações enfrentam ao buscar práticas mais sustentáveis. No entanto, é
através da superação desses desafios que as empresas podem verdadeiramente
integrar a sustentabilidade em suas operações e contribuir para um futuro mais
equitativo, resiliente e sustentável.
23
4 TENDÊNCIA DO ESG - ENVIRONMENTAL, SOCIAL E GOVERNANCE
O termo ESG, que se refere aos critérios ambientais, sociais e de governança,
emergiu como um paradigma essencial no âmbito empresarial, delineando as
práticas que as empresas devem adotar para garantir não apenas o sucesso
financeiro, mas também um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. A
sigla engloba uma série de fatores que se tornaram indicadores cruciais para avaliar
o desempenho e a responsabilidade corporativa (ALMEIDA, et al. 2023).
No contexto ambiental, as empresas são chamadas a considerar práticas
sustentáveis que minimizem seu impacto no ecossistema. Isso envolve desde a
gestão eficiente dos recursos naturais até a redução das emissões de carbono e a
implementação de energias renováveis. Sob o prisma social, a atenção se volta para
questões como diversidade, igualdade de gênero, condições de trabalho e
engajamento comunitário. A governança, por sua vez, abrange a estrutura de
liderança, transparência nas operações e o comprometimento com princípios éticos
(PAGLIA; MACHADO, 2023).
A importância do ESG tem se intensificado à medida que as empresas
reconhecem que seu impacto transcende as fronteiras tradicionais dos negócios.
Hoje, as organizações são, de fato, consideradas partes integrantes da sociedade,
com influência significativa sobre o bem-estar das comunidades em que operam e,
por extensão, sobre o planeta como um todo. A crescente conscientização ambiental
e social entre os consumidores tem impulsionado essa mudança de paradigma,
fazendo com que as empresas sejam mais responsáveis não apenas pelos produtos
e serviços que oferecem, mas também pelo impacto mais amplo de suas operações
(ALMEIDA, et al. 2023).
Dessa forma, ressalta-se que a integração de critérios ESG nas operações
empresariais não é apenas uma resposta à pressão social, mas também uma
estratégia sábia de gestão. Empresas que adotam uma abordagem ESG geralmente
se beneficiam de uma reputação aprimorada. Os consumidores modernos estão
cada vez mais conscientes e procuram apoiar empresas alinhadas com seus valores
éticos e preocupações ambientais. Dessa forma, a reputação de uma empresa como
defensora da sustentabilidade e responsabilidade social pode se traduzir em uma
lealdade mais forte do cliente (PAGLIA; MACHADO, 2023).
24
Além disso, o ESG não é apenas uma questão de relações públicas; tem
implicações tangíveis no desempenho financeiro. Investidores estão cada vez mais
incorporando critérios ESG em suas decisões de investimento. Empresas bem
classificadas em métricas ESG são frequentemente vistas como investimentos mais
seguros e sustentáveis a longo prazo. A integração efetiva de práticas ESG pode
atrair capital de investidores que valorizam não apenas os retornos financeiros, mas
também o impacto social e ambiental positivo (ALMEIDA, et al. 2023).
Portanto, analisa-se que a definição e importância do ESG transcendem as
fronteiras do simples cumprimento de normas e regulamentos. Elas refletem uma
mudança fundamental na maneira como as empresas percebem seu papel na
sociedade e como os consumidores e investidores avaliam seu valor. Em um mundo
cada vez mais interconectado, a adoção proativa de práticas ESG é uma estratégia
imprescindível para as empresas que buscam prosperar de maneira sustentável e
significativa no cenário empresarial moderno.
4.1 Estratégias de Integração ESG nas empresas
A integração efetiva de ES nas operações corporativas tornou-se uma
prioridade estratégica para empresas que buscam não apenas cumprir padrões
éticos e regulatórios, mas também prosperar em um ambiente de negócios cada vez
mais consciente e interconectado. As estratégias de integração ESG abrangem uma
gama diversificadade abordagens que visam não apenas atender aos critérios ESG,
mas também alavancar esses fatores como impulsionadores de valor a longo prazo
(FILHO; OLIVEIRA, 2023).
Uma estratégia central na integração ESG é a formulação e implementação
de políticas específicas que orientam as práticas corporativas em direção à
sustentabilidade e responsabilidade social. Estas políticas podem variar desde
compromissos com metas ambientais, como redução de emissões de carbono e
gestão eficiente de recursos naturais, até práticas sociais, incluindo diversidade e
inclusão no local de trabalho, igualdade de oportunidades e engajamento
comunitário. A governança é outra dimensão crítica, abordando questões como a
transparência nas operações, a independência do conselho e a ética nos negócios
(VILLALBA; STRASSBURG, 2023).
25
A criação de políticas específicas exige um compromisso desde o mais alto
escalão da liderança até os níveis operacionais mais baixos. As empresas
bem-sucedidas na integração ESG frequentemente têm lideranças comprometidas e
envolvidas, que comunicam de maneira clara e consistente os valores e objetivos
ESG para toda a organização. Essas políticas não devem ser apenas documentos
formais, mas guias práticos que informam e moldam o comportamento e as decisões
diárias de todos os colaboradores (FILHO; OLIVEIRA, 2023).
Além da formulação de políticas, a revisão dos processos de tomada de
decisão é uma estratégia vital para a integração ESG. Isso envolve incorporar
considerações ESG nos critérios usados para avaliar oportunidades de negócios,
investimentos e parcerias. Por exemplo, ao avaliar um novo projeto, a empresa pode
considerar não apenas os retornos financeiros, mas também os impactos ambientais
e sociais associados. Isso requer a incorporação de métricas ESG específicas nos
métodos de avaliação e a consideração ativa desses fatores durante todo o ciclo de
vida do projeto (VILLALBA; STRASSBURG, 2023).
Outra estratégia eficaz é o engajamento proativo com partes interessadas
relevantes. Isso inclui não apenas clientes e investidores, mas também funcionários,
comunidades locais e organizações não governamentais. O feedback e a
colaboração com essas partes interessadas podem proporcionar insights valiosos
para aprimorar as práticas corporativas e garantir que a empresa esteja
respondendo adequadamente às expectativas e preocupações da sociedade
(FILHO; OLIVEIRA, 2023).
A integração ESG também pode ser promovida por meio da criação de
iniciativas internas que incentivem e recompensem comportamentos alinhados com
os princípios ESG. Isso pode incluir programas de reconhecimento para funcionários
engajados em atividades voluntárias, metas ambientais ou ações que promovam a
igualdade e a diversidade (VILLALBA; STRASSBURG, 2023).
Por fim, averiguou-se que a integração ESG é uma jornada que requer um
compromisso abrangente e contínuo. A criação de políticas específicas, a revisão
dos processos de tomada de decisão, o engajamento com partes interessadas e a
promoção de iniciativas internas são estratégias inter-relacionadas que, quando
implementadas de maneira eficaz, podem transformar a cultura corporativa e
impulsionar o sucesso sustentável no longo prazo. Essas estratégias não são
apenas um reflexo das expectativas da sociedade moderna, mas também uma
26
abordagem pragmática para enfrentar os desafios globais e construir organizações
resilientes e responsáveis.
4.2 Ferramentas Tecnológicas para Avaliação ESG nas empresas
A avaliação de critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) tornou-se
uma parte fundamental da análise de desempenho das empresas nos dias de hoje.
À medida que a conscientização sobre a responsabilidade corporativa cresce, as
organizações estão cada vez mais sendo avaliadas não apenas por seus resultados
financeiros, mas também por seu impacto ambiental, práticas sociais e qualidade de
governança (ALMEIDA, et al. 2023).
Nesse contexto, as ferramentas tecnológicas desempenham um papel crucial
na facilitação e aprimoramento do processo de avaliação ESG nas empresas. Uma
das principais áreas em que a tecnologia é aplicada é na coleta de dados.
Plataformas especializadas utilizam algoritmos avançados para reunir informações
relevantes sobre as práticas ambientais de uma empresa, seu impacto social e a
qualidade de sua governança corporativa (VELOSO, et al. 2021).
A análise de dados é outra esfera em que a tecnologia se destaca.
Ferramentas de análise avançada são capazes de examinar grandes conjuntos de
dados para identificar tendências, padrões e áreas de melhoria no desempenho
ESG de uma empresa. Isso não apenas agiliza o processo de avaliação, mas
também fornece conhecimentos mais profundos e precisos (ALMEIDA, et al. 2023).
Destaca-se também que a automação desempenha um papel significativo na
simplificação das avaliações ESG. A implementação de softwares automatizados
permite que as empresas coletem e processem dados de forma contínua, em tempo
real, garantindo que a avaliação reflita sempre a situação atual da empresa. Isso é
particularmente crucial, considerando a natureza dinâmica das questões ESG e a
necessidade de respostas rápidas e adaptativas (VELOSO, et al. 2021).
Neste sentido, as ferramentas de relatórios também se destacam no cenário
ESG. Plataformas dedicadas permitem que as empresas gerem relatórios
detalhados e transparentes sobre seus esforços e desempenho ESG. Esses
relatórios são frequentemente utilizados para comunicar informações importantes
aos investidores, partes interessadas e à comunidade em geral. A clareza e a
27
transparência proporcionadas por essas ferramentas são cruciais para construir e
manter a confiança no mercado (ALMEIDA, et al. 2023).
Assim, a inteligência artificial (IA) e a aprendizagem de máquina (ML)
desempenham um papel cada vez mais proeminente na avaliação ESG. Essas
tecnologias podem analisar padrões complexos em grandes conjuntos de dados,
identificando correlações e prevendo tendências futuras. Isso não apenas aprimora a
precisão das avaliações, mas também permite que as empresas antecipem desafios
futuros e implementem estratégias proativas para melhorar seu desempenho ESG
(VELOSO, et al. 2021).
Além disso, as plataformas de tecnologia ESG muitas vezes incluem recursos
de benchmarking, permitindo que as empresas comparem seu desempenho com o
de seus pares do setor. Isso não apenas fornece uma medida relativa de
desempenho, mas também incentiva a competição saudável e a melhoria contínua
(ALMEIDA, et al. 2023).
Por fim, compreende-se que as ferramentas tecnológicas desempenham um
papel integral na avaliação ESG nas empresas, desde a coleta de dados até a
análise avançada, automação, relatórios transparentes e a aplicação de inteligência
artificial. À medida que as demandas por responsabilidade corporativa continuam a
crescer, a evolução contínua dessas ferramentas é essencial para garantir que as
empresas possam não apenas atender, mas também superar as expectativas ESG
em um ambiente de negócios em constante mudança.
4.3 Indicadores-Chave de Desempenho ESG
Os Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs) desempenham um papel
crucial na avaliação e monitoramento eficazes das práticas ambientais, sociais e de
governança (ESG) nas operações corporativas. Esses KPIs fornecem métricas
tangíveis que permitem às empresas quantificar e acompanhar seu progresso em
direção a metas específicas relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade
social (TAVARES; LISBOA, 2022).
No contexto ambiental, alguns KPIs essenciais ajudam a medir o impacto das
operações de uma empresa no ecossistema. A pegada de carbono é um exemplo
proeminente, representando a quantidade total de emissões de gases de efeito
estufa associadas às atividades da empresa. A gestão eficiente de resíduos também
28
é fundamental, com KPIs que monitoram a quantidade de resíduos reciclados, a
redução de resíduos enviados para aterros sanitários e a implementação depráticas
de economia circular. O consumo de água e energia são indicadores importantes,
destacando a eficiência no uso desses recursos essenciais (STEFANI; DELGADO,
2021).
No âmbito social, os KPIs são direcionados para avaliar o impacto das
práticas corporativas nas comunidades e nos colaboradores. A diversidade e
inclusão no local de trabalho são frequentemente medidos através de indicadores
como a proporção de mulheres em cargos de liderança, a representação de grupos
minoritários e a implementação de políticas de igualdade de oportunidades. O
engajamento comunitário é avaliado por meio de KPIs que medem o investimento
em iniciativas locais, parcerias com organizações sem fins lucrativos e o impacto
positivo nas comunidades circunvizinhas (TAVARES; LISBOA, 2022).
Já no campo da governança, a transparência e a ética nos negócios são
áreas críticas. Os KPIs podem incluir a eficácia das políticas anticorrupção, a
independência do conselho de administração, a implementação de práticas de
divulgação transparentes e o monitoramento da conformidade regulatória. A
estruturação do conselho, com KPIs relacionados à diversidade e independência dos
membros, também é um indicador significativo de boa governança (STEFANI;
DELGADO, 2021).
Assim, o acompanhamento regular desses KPIs não apenas fornece uma
visão abrangente do desempenho ESG de uma empresa, mas também orienta as
decisões empresariais de maneira estratégica. Por exemplo, se um KPI relacionado
à eficiência energética mostrar um aumento nas emissões de carbono, a empresa
pode identificar áreas específicas que necessitam de melhorias e implementar
iniciativas para corrigir a trajetória. O monitoramento regular também permite que as
empresas avaliem o impacto de suas iniciativas ESG ao longo do tempo, ajustando
estratégias conforme necessário (TAVARES; LISBOA, 2022).
Além disso, o acompanhamento de KPIs ESG é fundamental para atender às
expectativas dos investidores, clientes e outras partes interessadas. Investidores
cada vez mais valorizam empresas que não apenas adotam práticas sustentáveis,
mas que também conseguem demonstrar, por meio de dados concretos, o impacto
positivo dessas práticas. Clientes conscientes também procuram empresas que
29
compartilham seus valores éticos, e a divulgação regular de KPIs ESG pode ser um
fator diferencial na escolha de produtos e serviços (STEFANI; DELGADO, 2021).
Por fim, analisa-se que o desempenho sustentável não é apenas uma métrica
isolada, é uma jornada contínua de aprimoramento. A implementação efetiva e o
monitoramento consistente dos KPIs ESG não apenas refletem o compromisso de
uma empresa com a responsabilidade corporativa, mas também criam um ciclo de
melhoria contínua. À medida que as empresas incorporam essas métricas em suas
operações diárias, estão posicionando-se para um futuro mais sustentável, alinhado
com as expectativas de uma sociedade cada vez mais consciente e exigente. O
acompanhamento diligente desses indicadores é, portanto, um passo essencial para
guiar as organizações em direção a um desempenho sustentável e socialmente
responsável.
30
5 AS NORMAS E AS CERTIFICAÇÕES QUE PODEM SER OBTIDAS POR
MEIO DA GESTÃO SUSTENTÁVEL
A implementação bem-sucedida da gestão sustentável muitas vezes se apoia
em normas e certificações que estabelecem padrões e diretrizes para práticas
responsáveis. Essas normas proporcionam um quadro estruturado para as
organizações abordarem questões ambientais, sociais e econômicas de maneira
integrada. Elas representam uma maneira de garantir que as empresas estejam em
conformidade com princípios éticos e requisitos específicos relacionados à
sustentabilidade (CAMPANA, et al. 2022).
As certificações na gestão sustentável não apenas indicam a conformidade
com padrões estabelecidos, mas também podem servir como distintivos de prestígio.
Empresas que buscam e obtêm essas certificações destacam seu comprometimento
em adotar práticas que vão além das exigências básicas, demonstrando uma
responsabilidade ampliada em relação ao meio ambiente e à sociedade. Isso pode
gerar confiança entre consumidores, investidores e parceiros de negócios,
consolidando a reputação da organização como líder em sustentabilidade (JUNIOR,
et al. 2019).
Neste sentido, a padronização proporcionada por normas e certificações
facilita a comparação entre organizações e setores diversos. Elas estabelecem um
conjunto comum de critérios, tornando mais claro para as partes interessadas o
impacto real das práticas de gestão sustentável adotadas por uma empresa. Essa
transparência promove a accountability e incentiva uma competição saudável para
alcançar e manter altos padrões de desempenho sustentável (CAMPANA, et al.
2022).
No entanto, é importante destacar que as normas e certificações da gestão
sustentável não são estáticas. Elas evoluem em resposta às mudanças nas
percepções da sociedade, avanços tecnológicos e desafios ambientais emergentes.
As organizações comprometidas com a sustentabilidade devem estar atentas a
essas mudanças e prontas para se adaptarem, garantindo que suas práticas
permaneçam relevantes e eficazes ao longo do tempo (JUNIOR, et al. 2019).
31
5.1 ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental
A ISO 14001, pertencente à família de normas internacionais ISO, é um
referencial crucial para organizações que buscam adotar práticas responsáveis em
relação ao meio ambiente. Esta norma específica, conhecida como ISO 14001 -
Sistema de Gestão Ambiental (SGA), tem como principal objetivo oferecer uma
estrutura sólida para a implementação de um sistema que permita às organizações
gerenciar eficazmente seus impactos ambientais (MOURA, 2021).
O cerne da ISO 14001 reside na ideia de que as atividades empresariais, por
mais necessárias que sejam para o desenvolvimento econômico, devem ser
conduzidas de maneira sustentável, minimizando os efeitos adversos no meio
ambiente. A norma fornece diretrizes detalhadas e abrangentes para a criação e
manutenção de um SGA, o qual é projetado para se adaptar à natureza única de
cada organização (CAMPANA, et al. 2022).
Um dos primeiros passos na implementação da ISO 14001 envolve a
identificação completa e a avaliação dos aspectos ambientais associados às
operações da empresa. Isso engloba a análise de como as atividades, produtos ou
serviços de uma organização podem afetar o meio ambiente. Desde o consumo de
recursos naturais até a emissão de poluentes, todas as facetas que têm o potencial
de causar impactos ambientais significativos devem ser identificadas (MOURA,
2021).
Após essa identificação, a norma orienta a criação de objetivos e metas
ambientais mensuráveis. Esses objetivos não apenas refletem o compromisso da
organização com a redução de impactos ambientais, mas também servem como
indicadores claros de desempenho. Monitorar e medir continuamente o progresso
em relação a esses objetivos é uma parte essencial do ciclo de melhoria contínua
proposto pela ISO 14001 (CAMPANA, et al. 2022).
O controle operacional é outra dimensão crítica da norma, ela exige que as
organizações estabeleçam procedimentos e práticas para gerenciar suas operações
de maneira a evitar ou mitigar impactos ambientais adversos. Isso pode envolver a
implementação de tecnologias mais limpas, a adoção de práticas de reciclagem ou a
redução do uso de recursos não renováveis (MOURA, 2021).
32
Ressalta-se ainda que a ISO 14001 também enfatiza a importância de engajar
os colaboradores em todos os níveis da organização. A conscientização ambiental e
o treinamento são elementos-chave para garantir que todos compreendam o papel
que desempenham na implementação do SGA. A norma incentiva a participação
ativa dos funcionários na identificação de oportunidades de melhoria e na promoção
de práticas sustentáveis (CAMPANA, et al. 2022).
Além disso, a comunicação é uma parte vital da ISO 14001. A norma exige
que as organizações estabeleçam canais eficazes para comunicar informaçõesambientais relevantes a partes interessadas externas, como clientes, comunidades
locais e autoridades regulatórias. Isso contribui para a transparência e a prestação
de contas, elementos essenciais na gestão ambiental responsável (MOURA, 2021).
Assim, a certificação conforme a ISO 14001 não apenas valida o
comprometimento de uma organização com a gestão ambiental, mas também
oferece vantagens competitivas. Muitas vezes, clientes e parceiros de negócios
procuram por essa certificação como um sinal de que uma organização está
comprometida com práticas sustentáveis e ambientalmente responsáveis
(CAMPANA, et al. 2022).
Por fim, analisa-se com base nos autores que a, a ISO 14001 é um
instrumento valioso para organizações que buscam equilibrar suas operações com o
respeito ao meio ambiente. Ao fornecer uma estrutura estratégica e operacional,
essa norma capacita as empresas a integrarem a gestão ambiental em suas práticas
cotidianas, promovendo um futuro mais sustentável e alinhado com os princípios da
responsabilidade ambiental.
5.2 ISO 26000 - Responsabilidade Social
A ISO 26000 é uma norma internacional que se destaca como um guia
abrangente para a Responsabilidade Social Corporativa (RSC). Lançada em 2010
pela Organização Internacional de Normalização (ISO), a ISO 26000 não é uma
certificação passível de auditoria como algumas outras normas ISO, mas sim uma
diretriz que visa orientar as organizações em suas práticas sociais responsáveis
(COUTO; RANGEL, 2023).
A base fundamental da ISO 26000 é a noção de que as organizações têm um
papel essencial na sociedade e, como tal, devem operar de maneira ética e
33
responsável. Ela se aplica a organizações de todos os tipos e tamanhos, incluindo
empresas, governos, organizações sem fins lucrativos e outras entidades. O objetivo
principal é fornecer um quadro que oriente as organizações na integração efetiva da
responsabilidade social em suas estratégias, operações e interações com
stakeholders (VIEIRA, et al. 2022).
Dessa forma, a responsabilidade social, conforme definida pela ISO 26000,
abrange uma ampla gama de áreas e temas. Ela vai além das obrigações legais,
incluindo considerações éticas, transparência, respeito pelos direitos humanos,
práticas justas de governança, preocupações ambientais e contribuições para o
desenvolvimento sustentável. Dessa forma, a norma procura proporcionar um
entendimento holístico da responsabilidade social que transcende a mera
conformidade com regulamentos (COUTO; RANGEL, 2023).
Uma característica fundamental da ISO 26000 é seu enfoque em sete
princípios fundamentais da responsabilidade social, que incluem a prestação de
contas, transparência, comportamento ético, respeito pelos interesses das partes
interessadas, respeito pelo Estado de Direito, respeito pelos direitos humanos e
respeito pelas normas internacionais de comportamento. Esses princípios formam a
base para a aplicação eficaz da responsabilidade social nas práticas organizacionais
(VIEIRA, et al. 2022).
A norma também identifica sete temas centrais da responsabilidade social,
que representam áreas específicas nas quais as organizações podem focar seus
esforços. Esses temas incluem governança organizacional, direitos humanos,
práticas laborais, meio ambiente, práticas leais de operação, questões do
consumidor e envolvimento e desenvolvimento da comunidade. Cada tema é
discutido detalhadamente, proporcionando orientação específica sobre como as
organizações podem abordar essas áreas de maneira socialmente responsável
(COUTO; RANGEL, 2023).
Neste sentido, um aspecto notável da ISO 26000 é a ênfase na participação
das partes interessadas. Ela destaca a importância de envolver e colaborar com
aqueles que são impactados pelas operações da organização, incluindo
funcionários, clientes, fornecedores, comunidades locais e outros. O diálogo aberto e
transparente com as partes interessadas é visto como um componente crucial da
responsabilidade social efetiva (VIEIRA, et al. 2022).
34
Ao seguir a ISO 26000, as organizações são incentivadas a realizar uma
análise de contexto, identificando suas características, seu ambiente operacional e
as necessidades das partes interessadas. Isso serve como base para a definição de
diretrizes e objetivos específicos de responsabilidade social, alinhados com a missão
e valores da organização (COUTO; RANGEL, 2023).
Apesar de não ser uma norma passível de certificação, a ISO 26000
desempenha um papel significativo na promoção de práticas de responsabilidade
social em todo o mundo. Sua flexibilidade e abordagem ampla tornam-na adaptável
a diversas culturas e setores, incentivando as organizações a assumirem um
compromisso ético e sustentável em suas operações diárias (VIEIRA, et al. 2022).
Diante desse contexto, averigua-se que a ISO 26000 é uma ferramenta
valiosa para orientar organizações na incorporação eficaz de práticas socialmente
responsáveis. Ao estabelecer princípios, temas e diretrizes claras, a norma contribui
para a construção de organizações mais éticas, transparentes e comprometidas com
o bem-estar social e ambiental.
5.3 ISO 50001 - Sistema de Gestão de Energia
A ISO 50001, é outra ferramenta essencial para organizações que buscam
estabelecer e aprimorar seus sistemas de gestão de energia. Lançada em 2011, a
ISO 50001 é projetada para capacitar as organizações a gerenciarem seus recursos
energéticos de forma mais eficiente, promovendo a sustentabilidade e a redução do
impacto ambiental associado ao consumo de energia (CARDOSO, et al. 2023).
O principal foco da ISO 50001 é proporcionar às organizações um método
estruturado para o desenvolvimento, implementação, manutenção e aprimoramento
contínuo de um Sistema de Gestão de Energia (SGE). A norma é aplicável a
organizações de todos os setores e tamanhos, desde indústrias de manufatura até
serviços, instituições governamentais e entidades sem fins lucrativos (RAMPASSO,
et al. 2019).
Um dos pilares fundamentais da ISO 50001 é a ênfase na melhoria contínua
do desempenho energético. A norma incentiva as organizações a estabelecerem
políticas e objetivos energéticos mensuráveis, alinhados com sua estratégia global e
considerando as características específicas de suas operações. Esses objetivos
35
podem incluir a redução do consumo de energia, o aumento da eficiência energética
e a integração de fontes de energia mais sustentáveis (CARDOSO, et al. 2023).
A implementação da ISO 50001 começa com a realização de uma análise
energética. Isso envolve a identificação e avaliação detalhada do consumo de
energia em todas as áreas operacionais. A compreensão abrangente do perfil
energético da organização permite identificar oportunidades para melhorias e
otimizações (RAMPASSO, et al. 2019).
Assim, a norma também destaca a importância do envolvimento de toda a
organização no processo de gestão de energia. Isso inclui a conscientização e
treinamento dos funcionários em relação às práticas eficientes de energia. A
participação ativa dos colaboradores é crucial para garantir a implementação
bem-sucedida das políticas e práticas energéticas definidas (CARDOSO, et al.
2023).
A ISO 50001 incentiva a integração do Sistema de Gestão de Energia com
outros sistemas de gestão existentes na organização, como ISO 9001 (Qualidade) e
ISO 14001 (Meio Ambiente). Essa integração permite uma abordagem mais holística
para a gestão organizacional, garantindo que a eficiência energética seja
considerada em conjunto com outras metas e responsabilidades operacionais
(RAMPASSO, et al. 2019).
Outro componente essencial da norma é a medição e avaliação do
desempenho energético. A ISO 50001 preconiza o estabelecimento de
indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar o progresso em relação
aos objetivos energéticos. Isso não apenas fornece dados tangíveis sobre a eficácia
do SGE, mas também permite ajustes contínuos para otimizar ainda mais a
eficiência energética (CARDOSO, et al. 2023).
Destaca-seainda que a certificação conforme a ISO 50001 não apenas valida
o comprometimento de uma organização com a gestão eficiente de energia, mas
também oferece vantagens práticas. Além de demonstrar responsabilidade
ambiental, a certificação pode resultar em reduções significativas nos custos
operacionais associados ao consumo de energia (RAMPASSO, et al. 2019).
Destarte, a ISO 50001 é uma ferramenta para organizações que buscam
abordar de maneira sistemática e eficaz seus desafios energéticos. Ao promover a
melhoria contínua, o envolvimento dos colaboradores e a integração com outros
36
sistemas de gestão, a norma contribui para a criação de organizações mais
eficientes, sustentáveis e conscientes do seu impacto no meio ambiente.
5.4 ISO 20121 - Sistema de Gestão de Eventos Sustentáveis
A ISO 20121, intitulada "Sistemas de gestão de eventos sustentáveis -
Requisitos com orientações para uso", é uma norma internacional que estabelece
diretrizes específicas para a implementação de práticas sustentáveis em eventos.
Desenvolvida para ser aplicada em eventos de todos os tipos e tamanhos, a ISO
20121, visa minimizar os impactos negativos associados à realização de eventos e
promover a criação de experiências que se alinhem aos princípios da
sustentabilidade (MACIEL; DAMKE, 2021).
Uma das características distintivas da ISO 20121 é seu foco abrangente, indo
além das considerações ambientais para abraçar os pilares econômicos e sociais da
sustentabilidade. O sistema de gestão proposto pela norma abrange uma variedade
de áreas essenciais que, quando integradas, buscam garantir que os eventos não
apenas atendam às expectativas dos participantes, mas também contribuam
positivamente para o meio ambiente e a sociedade (ZHANG; MING, 2022).
A gestão de resíduos é um elemento crucial abordado pela ISO 20121. A
norma incentiva os organizadores de eventos a adotarem práticas que minimizem a
geração de resíduos e promovam a reciclagem e reutilização sempre que possível.
Isso pode incluir a implementação de estações de reciclagem durante o evento, a
escolha de materiais e embalagens sustentáveis e a colaboração com fornecedores
comprometidos com práticas ambientalmente responsáveis (MACIEL; DAMKE,
2021).
Dessa forma, a eficiência energética é outra área central da ISO 20121. Os
organizadores são incentivados a adotar práticas que reduzam o consumo de
energia durante todas as fases do evento, desde a concepção até a desmontagem.
Isso pode envolver a escolha de locais com certificações de eficiência energética, a
utilização de iluminação LED de baixo consumo e a implementação de estratégias
para otimizar o uso de energia em instalações temporárias (ZHANG; MING, 2022).
A inclusão social também é um componente essencial da ISO 20121. A norma
destaca a importância de garantir que os eventos sejam acessíveis a todos,
independentemente de suas habilidades ou circunstâncias. Isso pode incluir a
37
criação de instalações acessíveis, a disponibilização de informações em formatos
acessíveis e a promoção da diversidade e inclusão em todos os aspectos do evento
(MACIEL; DAMKE, 2021).
Ressalta-se ainda que a ISO 20121 fornece orientações para a
implementação eficaz das práticas sustentáveis. Os organizadores são encorajados
a integrar os princípios da norma em todas as etapas do ciclo de vida do evento,
desde o planejamento inicial até a avaliação pós-evento. A abordagem de sistema
de gestão proposta pela ISO 20121 permite que as organizações identifiquem áreas
de melhoria contínua e avaliem o impacto de suas iniciativas sustentáveis (ZHANG;
MING, 2022).
A norma também enfatiza a importância da colaboração e da comunicação
transparente. Os organizadores são incentivados a envolver todas as partes
interessadas relevantes, incluindo fornecedores, participantes, comunidades locais e
autoridades reguladoras. A comunicação transparente sobre as práticas
sustentáveis adotadas contribui para a construção de uma reputação positiva e
reforça o compromisso da organização com a responsabilidade social e ambiental
(MACIEL; DAMKE, 2021).
Neste sentido, a ISO 20121 é aplicável a eventos de todos os portes e
naturezas, desde conferências e exposições até festivais e eventos esportivos. Sua
abordagem integrada destaca a interconexão entre os aspectos sociais, econômicos
e ambientais da sustentabilidade, reconhecendo que um evento verdadeiramente
sustentável deve abordar esses três pilares de maneira integrada (ZHANG; MING,
2022).
Ao adotar a ISO 20121, os organizadores de eventos têm a oportunidade de
liderar pelo exemplo, inspirando outros na indústria a adotarem práticas mais
sustentáveis. Além disso, a norma proporciona benefícios tangíveis, como a redução
dos custos operacionais associados a práticas insustentáveis, o aumento da
eficiência operacional e a criação de eventos mais atrativos para participantes e
patrocinadores preocupados com a sustentabilidade (MACIEL; DAMKE, 2021).
Portanto, constata-se que a ISO 20121 não é apenas uma norma para
eventos sustentáveis; é um guia abrangente para a transformação da indústria de
eventos em direção a práticas mais responsáveis e conscientes. Ao adotar os
princípios da ISO 20121, os organizadores de eventos têm a oportunidade de ser
agentes de mudança, contribuindo para a construção de um setor que não apenas
38
celebra, mas também protege e promove os valores fundamentais da
sustentabilidade.
5.5 LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
O Leadership in Energy and Environmental Design, mais conhecido como
LEED, é um sistema internacionalmente reconhecido de certificação e orientação
para construções sustentáveis. Desenvolvido pelo U.S. Green Building Council
(USGBC) e lançado em 1998, o LEED tornou-se uma referência na promoção de
práticas de construção ambientalmente responsáveis, visando melhorar o
desempenho energético, reduzir os impactos ambientais e promover ambientes mais
saudáveis para seus ocupantes (CASCONE, 2023).
Destaca-se que a abordagem do LEED abrange uma ampla gama de
edifícios, desde residenciais até comerciais, industriais e institucionais. Seu objetivo
principal é incentivar a adoção de práticas sustentáveis em todas as fases de vida
de um edifício, desde o projeto e a construção até a operação e a manutenção. A
certificação LEED é baseada em uma série de critérios e pontuações, com
diferentes níveis de certificação, que variam de Certificado a Prata, Ouro e Platina
(BAYAR, 2020).
Dessa forma, o LEED estabelece critérios específicos em várias
categorias-chave que abordam diferentes aspectos do design e construção
sustentável. Uma das áreas fundamentais é a eficiência energética, que engloba a
utilização de fontes renováveis, a melhoria da eficiência dos sistemas de iluminação
e HVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado), e a implementação de
estratégias de conservação de energia (CASCONE, 2023).
Também é imprescindível pontuar que a gestão eficiente da água é outro pilar
importante do LEED. Os projetos são incentivados a adotar tecnologias que
reduzam o consumo de água, como a instalação de dispositivos economizadores,
sistemas de irrigação eficientes e práticas de paisagismo sustentável. Estratégias
para a reutilização de água também são consideradas (BAYAR, 2020).
O uso de materiais sustentáveis é uma característica distintiva do LEED. Os
projetos são incentivados a escolher materiais de baixo impacto ambiental,
preferencialmente provenientes de fontes locais e sustentáveis. A minimização de
39
resíduos durante a construção e a incorporação de materiais reciclados ou
recicláveis também são aspectos avaliados (CASCONE, 2023).
Ressalta-se ainda que a qualidade ambiental interna, incluindo a qualidade do
ar e a iluminação, é outra área central do LEED. Projetos que promovem ambientes
internos saudáveis, com boa ventilação, uso de materiais de baixa emissão e luz
natural adequada, são favorecidos (BAYAR, 2020).
Além disso, o LEED valoriza práticasinovadoras e estratégias de design que
vão além dos requisitos básicos. Isso inclui a incorporação de tecnologias verdes,
como sistemas de captação de água da chuva, telhados verdes e energias
renováveis, como a solar e eólica. A inovação e o design sustentável são
recompensados com pontos adicionais (CASCONE, 2023).
Uma característica notável do LEED é seu apelo à participação da
comunidade. Os projetos são encorajados a se envolverem com as comunidades
locais, promovendo a conscientização sobre a importância da sustentabilidade e
criando espaços que beneficiem diretamente os habitantes locais (BAYAR, 2020).
Assim, o sucesso do LEED não está limitado apenas aos Estados Unidos,
onde foi inicialmente desenvolvido. A certificação LEED tornou-se um padrão global,
sendo adotada em diversos países ao redor do mundo. Seu impacto vai além da
construção de edifícios, influenciando práticas e regulamentações em várias
indústrias relacionadas ao ambiente construído (CASCONE, 2023).
Dessa forma, averígua-se que o LEED, com sua abordagem holística e
criteriosa, desempenha um papel crucial na transformação da indústria da
construção em direção à sustentabilidade. Ao definir padrões rigorosos, promover
inovação e reconhecer o esforço em direção a práticas mais sustentáveis, o LEED
continua a ser um catalisador para a construção de ambientes mais ecológicos e
eficientes em todo o mundo.
5.6 Fair Trade - Comércio Justo
O movimento Fair Trade, traduzido como Comércio Justo, representa uma
abordagem inovadora e ética nas relações comerciais globais. Enquanto não se
enquadra nas normas ISO, o Fair Trade é uma certificação e um modelo de
comércio que coloca uma ênfase particular na justiça e sustentabilidade,
especialmente para produtores em nações em desenvolvimento. Nascido como
40
resposta às disparidades significativas nas transações comerciais internacionais, o
Comércio Justo visa criar um ambiente mais equitativo para agricultores e
trabalhadores em setores como agricultura, artesanato e comércio (DAMÁZIO, et al.
2020).
O princípio fundamental do Fair Trade é assegurar que os produtores
recebam uma remuneração justa por seu trabalho, proporcionando condições de
trabalho seguras e promovendo práticas agrícolas sustentáveis. Isso contrasta com
a abordagem convencional, onde as cadeias de suprimentos muitas vezes deixam
produtores em países em desenvolvimento em desvantagem, sujeitos a exploração
e recebendo uma parcela mínima do valor final do produto (DA SILVA, et al. 2021).
No âmbito agrícola, os produtos Fair Trade abrangem uma variedade
diversificada, desde café, chá e cacau até frutas, flores e até mesmo algodão. Os
critérios para obter a certificação Fair Trade variam de acordo com o produto, mas
geralmente incluem a garantia de um preço mínimo para a produção, um prêmio
adicional destinado a melhorias sociais e ambientais, e a promoção de práticas
agrícolas sustentáveis (DAMÁZIO, et al. 2020).
Um dos principais aspectos do Comércio Justo é a ênfase na promoção do
desenvolvimento comunitário. O prêmio adicional pago pelas organizações de
Comércio Justo é frequentemente direcionado para projetos locais que beneficiam a
comunidade, como a construção de escolas, instalações de saúde ou infraestrutura
de água potável. Essa abordagem visa não apenas melhorar as condições de vida
dos produtores, mas também fortalecer as comunidades como um todo (DA SILVA,
et al. 2021).
Além disso, o Fair Trade estabelece diretrizes para garantir o respeito pelos
direitos dos trabalhadores. Isso inclui a proibição do trabalho infantil, a promoção da
liberdade de associação e o fornecimento de condições de trabalho seguras. Essas
práticas visam criar um ambiente de trabalho digno, respeitando os direitos humanos
fundamentais (DAMÁZIO, et al. 2020).
O Comércio Justo vai além da agricultura e atinge setores como o artesanato,
onde produtos produzidos manualmente por artesãos em comunidades
desfavorecidas recebem a certificação. Essa diversificação amplia o alcance do
movimento e oferece uma alternativa sustentável aos métodos convencionais de
comércio (DA SILVA, et al. 2021).
41
A conscientização do consumidor desempenha um papel crucial no sucesso
do Comércio Justo. Os consumidores informados buscam produtos com a
certificação Fair Trade, reconhecendo o impacto positivo que suas escolhas de
compra podem ter nas vidas dos produtores e na sustentabilidade ambiental. A
narrativa por trás de cada produto Fair Trade cria uma conexão emocional entre o
consumidor e o produtor, construindo uma ponte entre realidades muitas vezes
distantes (DAMÁZIO, et al. 2020).
Embora o Comércio Justo não seja uma norma ISO, sua influência e
aceitação crescentes indicam uma mudança na mentalidade global em relação ao
comércio. Muitas empresas e marcas estão adotando práticas de Comércio Justo,
reconhecendo não apenas a importância da responsabilidade social, mas também
as demandas crescentes dos consumidores por transparência e ética (DA SILVA, et
al. 2021).
Assim, analisa-se que o Fair Trade não é apenas uma certificação, mas um
movimento que desafia as normas comerciais convencionais, buscando criar uma
economia global mais justa e sustentável. À medida que mais consumidores,
produtores e empresas aderem a essa abordagem, o Comércio Justo não apenas
transforma as práticas comerciais, mas também promove uma visão de comércio
que valoriza a dignidade humana, a equidade e a preservação ambiental.
5.7 FSC - Forest Stewardship Council
O Forest Stewardship Council (FSC) - Conselho de Manejo Florestal, é uma
organização internacional sem fins lucrativos que desempenha um papel
fundamental na promoção e certificação de práticas sustentáveis na gestão florestal.
O FSC foi fundado em 1993 como resposta à crescente preocupação global com a
exploração desenfreada das florestas e a necessidade urgente de preservar esses
ecossistemas vitais para as gerações futuras (LIMA; MORAIS, 2019).
A certificação FSC é um selo distintivo que atesta que a produção de madeira,
papel e outros produtos florestais atende a rigorosos padrões de sustentabilidade
ambiental, justiça social e viabilidade econômica. Este selo é reconhecido
mundialmente e representa um compromisso com práticas de manejo florestal
responsáveis e éticas (AMORIM, et al. 2021).
42
Um dos principais pilares do FSC é a ecologicamente correta gestão florestal.
As florestas certificadas pelo FSC são geridas de forma a preservar a
biodiversidade, proteger ecossistemas frágeis, conservar recursos hídricos e reduzir
ao mínimo os impactos ambientais adversos. A certificação também exige a
aplicação de práticas de colheita sustentável, garantindo que a taxa de extração não
exceda a taxa de regeneração da floresta (LIMA; MORAIS, 2019).
Além das preocupações ambientais, o FSC incorpora uma dimensão social
significativa em suas diretrizes. A certificação visa garantir que as comunidades
locais e os povos indígenas que dependem das florestas para sua subsistência
sejam respeitados e envolvidos no processo de manejo florestal. Isso inclui a
proteção dos direitos trabalhistas, a promoção de condições de trabalho seguras e
justas, e a consideração dos impactos sociais nas comunidades circunvizinhas
(AMORIM, et al. 2021).
Outro aspecto crucial da certificação FSC é a viabilidade econômica, o FSC
reconhece que a sustentabilidade a longo prazo só pode ser alcançada se as
atividades florestais forem economicamente viáveis. Portanto, a certificação
promove práticas de manejo florestal que equilibram os interesses econômicos com
a necessidade de conservar os recursos florestais (LIMA; MORAIS, 2019).
O processo de certificação FSC envolve uma avaliação detalhada de todas as
práticas florestais, desde o planejamento da colheita até a gestão pós-colheita. Uma
entidade independente e credenciada realiza auditorias regulares para garantir a
conformidade contínua com os padrões estabelecidos. A certificação FSC pode serconcedida a florestas gerenciadas, empresas que processam produtos florestais e
até mesmo a produtos individuais, como móveis, papel e pisos de madeira
(AMORIM, et al. 2021).
Além disso, o FSC promove a rastreabilidade de produtos certificados,
permitindo que os consumidores finais identifiquem e escolham produtos
provenientes de fontes sustentáveis. Isso contribui para criar uma cadeia de
suprimentos transparente e promover a conscientização sobre a importância da
escolha de produtos certificados (LIMA; MORAIS, 2019).
O impacto do FSC na indústria florestal global é significativo. A certificação
FSC é agora amplamente reconhecida como um padrão de excelência e um selo de
aprovação que as empresas almejam. A crescente conscientização ambiental e a
demanda dos consumidores por produtos sustentáveis têm impulsionado muitas
43
empresas a buscarem a certificação FSC como um diferencial competitivo e uma
demonstração tangível de responsabilidade ambiental e social (AMORIM, et al.
2021).
Assim, acredita-se que o Forest Stewardship Council desempenha um papel
crucial na transformação da indústria florestal, incentivando práticas de manejo que
respeitam o meio ambiente, protegem os direitos das comunidades locais e
garantem a viabilidade econômica a longo prazo. A certificação FSC que indica o
caminho para uma gestão florestal mais responsável e sustentável em um mundo
que reconhece a necessidade urgente de proteger as florestas.
5.8 SA8000 - Norma de Responsabilidade Social
A norma SA8000, criada pela Social Accountability International (SAI), é uma
referência fundamental no campo da responsabilidade social. Essa norma
estabelece requisitos rigorosos para a gestão de práticas sociais responsáveis
dentro das organizações, cobrindo uma ampla gama de áreas críticas que impactam
diretamente os direitos e bem-estar dos trabalhadores. Ao implementar e manter a
conformidade com a SA8000, as organizações demonstram um compromisso sólido
com padrões éticos e responsáveis em suas operações (GONÇALVES, 2021).
O foco da SA8000 é a promoção de condições de trabalho justas e éticas. A
norma aborda diversas questões sociais, estabelecendo padrões elevados que
transcendem as práticas laborais convencionais. Uma das áreas críticas tratadas
pela SA8000 é o trabalho infantil. A norma proíbe categoricamente a contratação de
crianças, assegurando que a mão de obra empregada seja composta por adultos
capazes de tomar decisões informadas sobre seu emprego (MUNIZ, et al. 2021).
Outro aspecto central abordado pela SA8000 é o trabalho forçado. A norma
exige que as organizações assegurem que seus funcionários trabalhem em um
ambiente livre de coerção, ameaças ou penalidades. Isso inclui a proibição de
práticas como trabalho escravo, servidão por dívidas e qualquer forma de trabalho
involuntário (GONÇALVES, 2021).
Dessa forma, a saúde e segurança no trabalho são preocupações
fundamentais na SA8000. A norma exige que as organizações proporcionem um
ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os funcionários. Isso envolve a
implementação de medidas preventivas, treinamentos de segurança, o fornecimento
44
de equipamentos adequados e a mitigação de riscos ocupacionais (MUNIZ, et al.
2021).
Ressalta-se ainda que a liberdade de associação e o direito à negociação
coletiva são direitos fundamentais reconhecidos pela SA8000. As organizações que
buscam conformidade com esta norma devem respeitar o direito dos trabalhadores
de se associarem a sindicatos e participar de negociações coletivas. Isso significa
não impor restrições à formação de sindicatos e garantir que as negociações entre
empregadores e trabalhadores sejam conduzidas de maneira justa e transparente
(GONÇALVES, 2021).
A SA8000 vai além das práticas internas de uma organização, estendendo-se
também à sua cadeia de fornecimento. As empresas certificadas pela SA8000 são
incentivadas a promover esses padrões éticos em suas relações com fornecedores,
garantindo que toda a cadeia de valor esteja alinhada com os princípios de
responsabilidade social (MUNIZ, et al. 2021).
O processo de certificação pela SA8000 envolve uma avaliação abrangente,
geralmente conduzida por auditores independentes e experientes. Esses auditores
avaliam a conformidade da organização com os requisitos da SA8000, incluindo
entrevistas com funcionários, revisão de registros e avaliação das práticas e políticas
organizacionais. Uma vez certificada, a organização deve manter padrões elevados
ao longo do tempo, sendo sujeita a auditorias regulares para garantir a conformidade
contínua (GONÇALVES, 2021).
A certificação pela SA8000 não apenas valida a conformidade de uma
organização com padrões éticos e sociais, mas também pode fornecer benefícios
tangíveis. Muitos consumidores valorizam empresas que adotam práticas sociais
responsáveis, o que pode resultar em uma reputação positiva e maior lealdade do
cliente. Além disso, a SA8000 é frequentemente reconhecida como um diferencial
competitivo em licitações e contratos, especialmente em setores onde a
responsabilidade social é valorizada (MUNIZ, et al. 2021).
Assim, analisa-se que a SA8000 é uma norma que desempenha um papel
crucial na promoção de práticas sociais responsáveis nas organizações. Ao abordar
questões como trabalho infantil, trabalho forçado, saúde e segurança no trabalho, e
direitos sindicais, a SA8000 cria um padrão ético que visa criar ambientes de
trabalho justos, éticos e seguros. Ao adotar e manter a conformidade com a SA8000,
as organizações não apenas atendem a padrões elevados de responsabilidade
45
social, mas também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e
equitativa.
5.9 B Corp Certification
A Certificação B Corp, uma designação cada vez mais respeitada no mundo
empresarial, transcende as definições tradicionais de sucesso corporativo,
destacando-se como um selo de compromisso com práticas responsáveis,
transparência e impacto social e ambiental positivo. Ao contrário das normas
convencionais, a Certificação B Corp não é uma regra padronizada, mas sim uma
marca que reconhece empresas que atendem a rigorosos padrões de desempenho
social e ambiental (SILVA, 2023).
A jornada para se tornar uma B Corp envolve uma avaliação rigorosa e
abrangente conduzida pela B Lab, a organização sem fins lucrativos que lidera a
iniciativa B Corp. Essa avaliação aborda uma ampla gama de critérios, desde a
governança e a transparência até as práticas de trabalhadores, o impacto ambiental
e a contribuição para a comunidade. Ao considerar cada uma dessas áreas, a
Certificação B Corp busca medir o impacto global de uma empresa e sua
contribuição para a construção de uma economia mais inclusiva e sustentável
(CERQUEIRA, et al. 2020).
Neste sentido, a governança é um aspecto central da avaliação da
Certificação B Corp. As empresas são avaliadas quanto à sua estrutura de
governança, transparência nas operações e engajamento dos stakeholders. O
objetivo é garantir que as empresas que buscam a certificação estejam
comprometidas com práticas de governança éticas e transparentes, incorporando
considerações sociais e ambientais em suas decisões estratégicas (SILVA, 2023).
Pontua-se também que as práticas de trabalhadores são outra dimensão
crítica avaliada na Certificação B Corp. Isso inclui não apenas salários e benefícios,
mas também o compromisso com a diversidade e a inclusão, a promoção do
equilíbrio entre vida profissional e pessoal, e o fornecimento de oportunidades de
desenvolvimento e avanço profissional para os funcionários (CERQUEIRA, et al.
2020).
O impacto ambiental é uma preocupação central na avaliação da Certificação
B Corp. As empresas são examinadas quanto às suas práticas de sourcing
46
sustentável, eficiência energética, redução de resíduos e emissões, bem como
iniciativas de mitigação das mudanças climáticas. A Certificação B Corp busca
reconhecer e incentivar práticas empresariais que respeitem e protejamo meio
ambiente (SILVA, 2023).
Além disso, a Certificação B Corp valoriza o impacto positivo que as
empresas têm em suas comunidades locais e na sociedade em geral. Isso inclui
práticas comerciais justas, apoio a organizações sem fins lucrativos, programas de
voluntariado corporativo e outras iniciativas que demonstram o compromisso da
empresa com a responsabilidade social (CERQUEIRA, et al. 2020).
Ao buscar a Certificação B Corp, as empresas não apenas buscam um selo
de prestígio, mas também se comprometem com uma cultura organizacional que
coloca as pessoas e o planeta no mesmo patamar de importância que o lucro. Esse
compromisso é refletido não apenas nas práticas de negócios diárias, mas também
na transparência e prestação de contas contínuas à comunidade global de B Corps
e à sociedade em geral (SILVA, 2023).
Diante desse contexto, o movimento B Corp cresceu exponencialmente desde
sua criação, reunindo uma comunidade diversificada de empresas em todo o mundo.
Essa comunidade compartilha uma visão comum de negócios como uma força para
o bem, reconhecendo que as empresas têm um papel crucial na criação de um
impacto positivo e na promoção de mudanças sistêmicas em direção a práticas mais
éticas e sustentáveis (CERQUEIRA, et al. 2020).
Assim, a Certificação B Corp não é uma jornada fácil, e muitas empresas
precisam realizar mudanças significativas em suas operações para atender aos
padrões exigentes. No entanto, o processo de certificação não apenas estabelece
um padrão elevado, mas também incentiva uma cultura de aprendizado contínuo e
melhoria, onde as empresas estão constantemente buscando maneiras de aumentar
seu impacto positivo (SILVA, 2023).
Por fim, averígua-se que a Certificação B Corp representa um movimento
ousado em direção a uma forma mais holística e consciente de fazer negócios. Ao
desafiar as normas convencionais e promover uma abordagem mais equitativa e
sustentável para o sucesso empresarial, as B Corps estão pavimentando o caminho
para uma nova era de negócios, onde o lucro é apenas uma parte de uma equação
mais ampla que abraça o bem-estar social, ambiental e econômico.
47
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Primeiramente destaca-se que o objetivo geral e os objetivos específicos do
trabalho foram alcançados, ou seja, por meio as pesquisa de revisão bibliográfica foi
possível analisar as tendências e desafios da gestão sustentável e da
responsabilidade social corporativa, bem como contextualizar gestão sustentável e
responsabilidade social corporativa, apresentar os ODS e a influência que possui em
nível macro, estudar os benefícios e, sobretudo, os desafios da gestão sustentável,
compreender a tendência do ESG, estratégias, ferramentas e indicadores para
implantação e manutenção de uma responsabilidade corporativa de sucesso,
descrever as normas e as certificações que podem ser obtidas por meio da gestão
sustentável.
Assim, com o desenvolvimento da pesquisa descobriu-se que as tendências
identificadas não apenas refletem mudanças nas práticas empresariais, mas
também sinalizam o surgimento de novas abordagens e estratégias. As tendências
na gestão sustentável e responsabilidade social corporativa estão fortemente
associadas à inovação tecnológica, ou seja, as empresas podem estar cada vez
mais adotando tecnologias disruptivas, como inteligência artificial e análise de dados
avançada, para otimizar processos e melhorar a eficiência operacional, enquanto
simultaneamente reduzem seu impacto ambiental. Além disso, essas tecnologias
podem ser utilizadas para comunicar de forma transparente as práticas sustentáveis
em toda a cadeia de valor.
Por outro lado, a exploração dos desafios enfrentados por organizações que
buscam integrar práticas sustentáveis destaca as complexidades inerentes a essa
transição e os obstáculos a serem superados e estão ligados à adaptação a
mudanças nas regulamentações governamentais. Assim, acredita-se que as
empresas podem enfrentar dificuldades em manter padrões sustentáveis à medida
que as políticas ambientais e sociais evoluem. Alguns desafios específicos podem
incluir a necessidade de investir em novas práticas para cumprir novas
regulamentações, bem como a incerteza em torno de futuras políticas que podem
influenciar as estratégias de sustentabilidade.
48
Assim, analisa-se que a gestão sustentável e a responsabilidade social
corporativa dentro das empresas não são mais apenas opções ou estratégias
adicionais, mas elementos fundamentais para a viabilidade e relevância a longo
prazo no cenário empresarial contemporâneo. À medida que a sociedade exige um
compromisso mais sólido com práticas éticas, ambientalmente conscientes e
socialmente responsáveis, a gestão sustentável torna-se uma peça-chave na
construção de uma marca resiliente e orientada para o futuro.
Assim, compreende-se que as empresas que integram efetivamente esses
princípios não apenas respondem às crescentes expectativas de partes
interessadas, incluindo consumidores, investidores e colaboradores, mas também
mitigam riscos associados a questões ESG, impulsionam a inovação e contribuem
positivamente para a comunidade e o meio ambiente em que operam. Portanto, a
incorporação desses valores não apenas reflete uma abordagem ética, mas também
posiciona as empresas para um sucesso sustentável em um mundo empresarial em
constante transformação.
Dessa forma, averiguou-se que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) não apenas conectam a gestão sustentável e a responsabilidade social
corporativa a uma estrutura global mais ampla, mas também ressalta a
responsabilidade das empresas na promoção de metas mais amplas de
sustentabilidade e desenvolvimento.
Os ODS, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas, proporcionam
um roteiro abrangente para abordar desafios globais, abrangendo desde a
erradicação da pobreza até a promoção da igualdade de gênero e a ação climática.
Ao alinhar suas práticas e estratégias com esses objetivos, as empresas não apenas
contribuem para um mundo mais sustentável, mas também fortalecem sua própria
posição no mercado, alinhando-se às expectativas crescentes dos consumidores e
investidores por compromissos concretos com o bem-estar global e a preservação
do planeta.
O estudo dos benefícios e desafios associados à gestão sustentável
forneceram uma visão equilibrada das implicações práticas de adotar práticas mais
éticas e responsáveis. Ao avaliar os retornos financeiros, operacionais e ambientais,
é fundamental para uma compreensão holística da gestão sustentável. Isso permite
uma reflexão crítica sobre a realidade prática dessas abordagens no contexto
empresarial. Nessa perspectiva, é possível concluir que a sustentabilidade está
49
impulsionando a busca por soluções mais eficientes e amigáveis ao meio ambiente.
Empresas estão investindo em pesquisa e desenvolvimento para criar produtos e
serviços que atendam às demandas do mercado, ao mesmo tempo em que
minimizem os impactos negativos no meio ambiente.
Ressalta-se ainda que a tendência do ESG (Ambiental, Social e Governança)
representa uma análise crucial para capturar as mudanças nas métricas e padrões
de avaliação de desempenho empresarial. Aprofundar-se nas estratégias,
ferramentas e indicadores associados ao ESG revela a evolução das práticas de
governança corporativa, considerando não apenas os aspectos financeiros, mas
também os impactos ambientais e sociais.
Por fim, a descrição das normas e certificações relacionadas à gestão
sustentável destaca o compromisso das organizações em atender a padrões
reconhecidos globalmente. Essas certificações não apenas indicam conformidade,
mas também servem como indicadores tangíveis de um compromisso efetivo com a
sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa. Aprofundar-se na descrição
dessas normas fornece uma compreensão mais clara de como as organizações
estão buscando legitimar e comunicar suas práticas sustentáveis.
50
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