Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

74 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE LITERATURA – (Prof. Steller de Paula) 
base na Bíblia. 
d) clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto às 
atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão negra, pois a 
própria Igreja se mantinha neutra na questão. 
e) havia formas de discriminação religiosa que se sobrepunham às 
formas de discriminação racial, sendo estas, assim, pouco 
significativas. 
 
Questão 04 (Ufsm 2015) 
Os hábitos alimentares variam não só conforme as diferentes 
culturas, mas também conforme as condições socioeconômicas das 
pessoas e suas crenças religiosas. É a isso que se refere Padre 
Antônio Vieira no excerto do Sermão de Santo Antônio ou dos 
Peixes: 
Mas ainda que o Céu e o Inferno se não fez para vós, irmãos 
peixes, acabo, e dou fim a vossos louvores, com vos dar as graças 
do muito que ajudais a ir ao Céu, e não ao Inferno, os que se 
sustentam de vós. Vós sois os que sustentais as 1Cartuxas e os 
2Buçacos, e todas as santas famílias, que professam mais rigorosa 
austeridade; vos os que a todos os verdadeiros cristãos ajudais a 
levar a penitência das quaresmas; vós aqueles com que o mesmo 
Cristo festejou a Páscoa as duas vezes que comeu com seus 
discípulos depois de ressuscitado. Prezem-se as aves e os animais 
terrestres de fazer esplêndidos e custosos os banquetes dos ricos, 
e vós gloriai-vos de ser companheiros do jejum e da abstinência 
dos justos! Tendes todos quantos sois tanto parentesco e simpatia 
com a virtude, que, proibindo Deus no jejum a pior e mais grosseira 
carne, concede o melhor e mais delicado peixe. E posto que na 
semana só dois se chamam vossos, nenhum dia vos e vedado. Um 
só lugar vos deram os astrólogos entre os signos celestes, mas os 
que só de vós se mantêm na terra, são os que têm mais seguros os 
lugares do Céu. 
 
Glossário 
1Cartuxas e 2Buçacos: os pertencentes a essas Ordens Religiosas, 
as quais são conhecidas por sua austeridade. 
 
A partir desse fragmento, assinale a alternativa correta. 
a) Por meio de uma alegoria, Vieira dirige-se, no sermão, aos 
peixes, mostrando que estes merecem apenas elogios, ao passo 
que os homens merecem apenas repreensões. 
b) Como se vê pelo excerto, Vieira dirige-se aos peixes de forma 
geral, sem fazer menções a espécies de peixes em particular, o que 
também ocorre no restante do sermão. 
c) Vieira, no excerto, estabelece uma antítese entre céu e inferno 
que é reproduzida simbolicamente na contraposição entre peixe e 
carne. 
d) O objetivo de Vieira no “Sermão dos Peixes”, conforme se vê 
pelo excerto, e reforçar nos fiéis católicos a importância de jejuar 
nos dias santos como forma de aproximarem-se de Deus. 
e) Contrariamente ao que se esperaria de um texto dessa época, o 
fragmento do “Sermão dos Peixes” não apresenta um estilo 
rebuscado, muito menos o emprego de uma linguagem rica em 
conceitos. 
 
Questão 05 (Ufpr 2017) 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o 
sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na 
terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas 
quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo 
tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a 
causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a 
terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os 
pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se 
não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que 
lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os 
pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se 
não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles 
fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os 
pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não 
deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a 
seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal! 
(Antônio Vieira, Sermão de Santo Antônio, em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000033.pdf>.) 
 
O texto trabalha fundamentalmente com duas metáforas: o sal e a 
terra, que representam, respectivamente, os pregadores (aqueles 
que deveriam propagar a palavra de Cristo) e os ouvintes (aqueles 
que deveriam ser convertidos). O tema central do texto é a reflexão 
sobre as possíveis causas da ineficiência dos pregadores. Para 
tanto, o autor levanta algumas hipóteses. Tendo isso em vista, 
considere as seguintes afirmativas: 
1. Os pregadores não pregam o que deveriam pregar. 
2. Os ouvintes se recusam a aceitar o que os pregadores pregam. 
3. Os pregadores não agem de acordo com os valores que pregam. 
4. Os ouvintes agem como os pregadores em vez de agir de acordo 
com o que eles pregam. 
5. Os pregadores promovem a si mesmos na pregação ao invés de 
promover as palavras de Cristo. 
 
Constituem hipóteses levantadas pelo autor do texto: 
a) 1 e 3 apenas. 
b) 3 e 5 apenas. 
c) 1, 2 e 4 apenas. 
d) 2, 4 e 5 apenas. 
e) 1, 2, 3, 4 e 5. 
 
Questão 06 (Ufpr 2017) 
Vieira é um homem do século XVII. É possível detectar, no texto de 
Vieira, características da língua portuguesa que divergem de seu 
uso contemporâneo. Pensando nessa diferença entre o português 
atual e o português usado por Vieira, considere as seguintes 
afirmativas: 
1. Diferentemente de hoje, o pronome pessoal oblíquo átono 
antecedia a negação. 
2. O “porque” é empregado no texto como conjunção explicativa e 
sua grafia é a mesma usada atualmente. 
3. A conjunção “ou” tem no texto um uso que não é o de 
alternância. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 
b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. 
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
 
Questão 07 (Enem PPL 2014) 
Sermão da Sexagésima 
Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações, nem tantos 
pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia a palavra de Deus, 
Aula 8 - Barroco III 
 
 
 
 
 
75 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
como é tão pouco o fruto? Não há um homem que em um sermão 
entre em si e se resolva, não há um moço que se arrependa, não 
há um velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus não 
é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não é hoje menos 
poderosa do que dantes era. Pois se a palavra de Deus é tão 
poderosa; se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por 
que não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão 
grande e tão importante dúvida, será a matéria do sermão. Quero 
começar pregando-me a mim. A mim será, e também a vós; a mim, 
para aprender a pregar; a vós, que aprendais a ouvir. 
VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965. 
 
No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira questiona a 
eficácia das pregações. Para tanto, apresenta como estratégia 
discursiva sucessivas interrogações, as quais têm por objetivo 
principal 
a) provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre o conteúdo 
que será abordado no sermão. 
b) conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os temas 
abordados nas pregações. 
c) apresentar questionamentos para os quais a Igreja não possui 
respostas. 
d) inserir argumentos à tese defendida pelo pregador sobre a 
eficácia das pregações. 
e) questionar a importância das pregações feitas pela Igreja 
durante os sermões. 
 
Questão 08 
Leia o seguinte fragmento, extraído do "Sermão de Santo Antônio", 
de Pe. Vieira 
 
"(...) o pão é comer de todos os dias, que sempre e continuamente 
se come: isto é o que padecem os pequenos. São o pão cotidiano 
dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com 
tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos, não tendo, 
nem fazendo ofício em que os não carreguem,em que os não 
multem, em que os não defraudem, em que os não comam, 
traguem e devorem (...)" 
 
A) o texto é típico exemplo do estilo conceptista, ao apresentar um 
vocabulário rebuscado e excesso de inversões sintáticas. 
B) finaliza com uma gradação decrescente (comam, traguem, 
devorem) a fim de dar ênfase à voracidade da exploração sofrida 
pelos pequenos. 
C) constrói a argumentação por meio da analogia, o que constitui 
um traço característico da prosa vieiriana. 
D) afirma, ao estabelecer uma comparação entre os humildes e o 
pão, alimento de consumo diário, que a exploração dos pequenos é 
aceitável porque cotidiana. 
E) apresenta um estilo cultista, caracterizado pela exploração das 
relações lógicas, da argumentação. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (Espm 2014) 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo 
tão empeçado¹, um estilo tão dificultoso, um estilo tão afetado, um 
estilo tão encontrado toda a arte e a toda a natureza? Boa razão é 
também essa. O estilo há de ser muito fácil e muito natural. Por isso 
Cristo comparou o pregar ao semear, porque o semear é uma arte 
que tem mais de natureza que de arte (...) Não fez Deus o céu em 
xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez 
de palavras. Se uma parte está branco, da outra há de estar negro 
(...) Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas 
são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da 
pregação, muito distinto e muito claro. 
(Sermão da Sexagésima, Pe. Antonio Vieira) 
¹empeçado: com obstáculo, com empecilho. 
 
Assinale a incorreta sobre o texto de Padre Vieira: 
a) vale-se do estilo conceptista do Barroco, voltando-se para a 
argumentação e raciocínio lógicos. 
b) ataca duramente os pregadores cultistas, devido ao estilo 
pomposo, de difícil acesso, e aos exageros da ornamentação. 
c) critica o sermão que está preocupado com a suntuosidade 
linguística e estilística. 
d) defende a pregação que tenha naturalidade, clareza e distinção. 
e) mostra que, seguindo o exemplo de Cristo, pregar e semear 
afetam o estilo, porque ambas são práticas da natureza. 
 
Questão 02 (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017) 
Concedo-vos que esse índio bárbaro e rude seja uma pedra: vede 
o que faz em uma pedra a arte. Arranca o estatuário uma pedra 
dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe, e depois que 
desbastou o mais grosso, toma o maço, e o cinzel na mão, e 
começa a formar um homem, primeiro membro a membro, e depois 
feição por feição, até a mais miúda: ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe 
a testa, rasga-lhe os olhos, afia-lhe o nariz, abre-lhe a boca, avulta-
lhe as faces, torneia-lhe o pescoço, estende-lhe os braços, 
espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos: 
aqui desprega, ali arruga, acolá recama: e fica um homem perfeito, 
e talvez um santo, que se pode pôr no altar. 
VIEIRA, Antônio. Sermões. Porto: Lello & Irmão, 1959. 
 
O texto, escrito no século XVII, pode ser interpretado como 
a) o reconhecimento da humanidade intrínseca dos indígenas e 
africanos, que deveriam possuir os mesmos direitos dos europeus. 
b) uma analogia entre o trabalho de evangelização desenvolvido 
nas colônias e a criação do homem por Deus. 
c) a exigência da escravização dos indígenas que, através do 
trabalho forçado, poderiam alcançar a salvação eterna. 
d) um discurso contra o trabalho desenvolvido nas missões 
jesuíticas implantadas pelos europeus nas colônias americanas. 
 
Questão 03 
Texto para as próximas duas questões 
Sermão do Bom Ladrão 
 
“O texto de Santo Agostinho fala geralmente de todos os reinos, em 
que são ordinárias semelhantes opressões e injustiças, e diz que, 
entre os tais reinos e as covas dos ladrões — a que o santo chama 
latrocínios — só há uma diferença. E qual é? Que os reinos são 
latrocínios, ou ladroeiras grandes, e os latrocínios, ou ladroeiras, 
são reinos pequenos? É o que disse o outro pirata a Alexandre 
Magno. Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo Mar 
Eritreu a conquistar a Índia, e como fosse trazido à sua presença 
um pirata que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-
o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém, ele, que não 
era medroso nem lerdo, respondeu assim. — Basta, senhor, que 
eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais 
em uma armada, sois imperador? — Assim é. O roubar pouco é 
 
 
 
 
 76 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE LITERATURA – (Prof. Steller de Paula) 
culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz os 
piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia 
bem distinguir as qualidades e interpretar as significações, a uns e 
outros definiu com o mesmo nome. Se o Rei de Macedônia, ou 
qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata, o ladrão, o pirata 
e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.” 
Padre Antônio Vieira 
 
Em relação à estratégia argumentativa empregada por Vieira nesse 
trecho do sermão, pode-se afirmar que: 
a) o autor utiliza uma linguagem preciosista, a fim de intimidar o fiel 
e convencê-lo da veracidade de sua mensagem. 
b) recorre a torcadilhos e jogos de palavras, com a intenção de 
impressionar o ouvinte com a força da palavra divina. 
c) constroi uma espécie de alegoria, recurso típico de sua prática 
retórica, para construir uma mensagem com intenção moralizante. 
d) prejudica a compreensão da mensagem pelo ouvinte, por conta 
das inúmeras inversões sintáticas e do excesso de figuras de 
linguagem. 
e) faz uso do argumento de autoridade, ao citar Sêneca, para 
defender a prática dos imperadores e condenar a prática dos 
piratas. 
 
Questão 04 
O poeta Fernando Pessoa dizia que Padre Antônio Vieira foi o 
imperador da Língua Portuguesa. No Sermão acima, o orador 
critica um aspecto da sociedade de sua época que ainda hoje se 
mantém atual e é também criticado na charge: 
A) 
 
http://belverede.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html 
Acesso: 16\03\2014 
 
B) 
http://barradoriachonews.blogspot.com.br/2011/07/charge-politica-
kkkkkkkkkk.html 
Acesso: 16\03\2014 
C) 
http://imagensface.com.br/frases-e-mensagens/charge-politica/2 
Acesso: 16\03\2014 
 
D) 
http://paulgettynascimento.blogspot.com.br/2012/03/charge-
politica.html 
Acesso: 16\03\2014 
E) 
http://rizzolot.wordpress.com/2010/07/ 
Acesso: 16\03\2014 
 
Questão 05 (Enem 2012) 
Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque 
padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor 
padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi 
composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. 
Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na 
Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, e outra vez 
para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi 
de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as 
vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; 
Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós 
maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, 
os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, 
que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento 
de martírio. 
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 
(adaptado). 
 
http://belverede.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html
http://barradoriachonews.blogspot.com.br/2011/07/charge-politica-kkkkkkkkkk.html
http://barradoriachonews.blogspot.com.br/2011/07/charge-politica-kkkkkkkkkk.html
http://imagensface.com.br/frases-e-mensagens/charge-politica/2
http://paulgettynascimento.blogspot.com.br/2012/03/charge-politica.html
http://paulgettynascimento.blogspot.com.br/2012/03/charge-politica.html
http://rizzolot.wordpress.com/2010/07/
Aula 8 - Barroco III 
 
 
 
 
 
77 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta ConcorrênciaO trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma 
relação entre a Paixão de Cristo e 
a) a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros. 
b) a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana. 
c) o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios. 
d) o papel dos senhores na administração dos engenhos. 
e) o trabalho dos escravos na produção de açúcar. 
 
Questão 06 
Quando jovem, Antônio Vieira acreditava nas palavras, 
especialmente nas que eram ditas com fé. No entanto, todas as 
palavras que ele dissera, nos púlpitos, na salas de aula, nas 
reuniões, nas catequeses, nos corredores, nos ouvidos dos reis, 
clérigos, inquisidores, duques, marqueses, ouvidores, 
governadores, ministros, presidentes, rainhas, príncipes, indígenas, 
desses milhões de palavras ditas com esforço de pensamento, 
poucas - ou nenhuma delas - havia surtido efeito. O mundo 
continuava exatamente o de sempre. O homem, igual a si mesmo. 
Ana Miranda, BOCA DO INFERNO 
 
“...milhões de palavras ditas com esforço de pensamento.” 
 
Essa passagem do texto faz referência a um traço da linguagem 
barroca presente na obra de Vieira; trata-se do: 
 
a) gongorismo, caracterizado pelo jogo de idéias. 
b) cultismo, caracterizado pela exploração da sonoridade das 
palavras. 
c) cultismo, caracterizado pelo conflito entre fé e razão. 
d) conceptismo, caracterizado pelo vocabulário preciosista e pela 
exploração de aliterações. 
e) conceptismo, caracterizado pela exploração das relações 
lógicas, da argumentação. 
 
Questão 07 
"Não é o homem um mundo pequeno que está dentro do mundo 
grande, mas é um mundo grande que está dentro do pequeno. 
Baste por prova o coração humano, que sendo uma pequena parte 
do homem, excede na capacidade a toda a grandeza do mundo. 
(...) O mar, com ser um monstro indômito, chegando às areias, 
para; as árvores, onde as põem, não se mudam; os peixes 
contentam-se com o mar, as aves com o ar, os outros animais com 
a terra. Pelo contrário, o homem, monstro ou quimera de todos os 
elementos, em nenhum lugar para, com nenhuma fortuna se 
contenta, nenhuma ambição ou apetite o falta: tudo confunde e 
como é maior que o mundo, não cabe nele". 
Padre Antônio Vieira 
 
Em Padre Vieira fundem-se a formação jesuítica e a estética 
barroca, que se materializam em sermões considerados a 
expressão máxima do Barroco em prosa religiosa em língua 
portuguesa, e uma das mais importantes expressões ideológicas e 
literárias da Contrarreforma. No trecho acima se percebe na 
construção da argumentação: 
a) a utilização da analogia, com o objetivo de condenar a ganância 
do ser humano. 
b) o uso recorrente de antíteses e paradoxos, com o intuito de 
ressaltar os conflitos humanos. 
c) a utilização da alegoria, como recurso oratório, visando à 
persuasão do ouvinte da supremacia dos animais sobre os 
homens. 
d) a comparação entre o homem e os elementos da natureza para 
comprovar a grandeza moral e espiritual do ser humano. 
e) a negação da afirmação inicial, contrariando a tese da pequenez 
do homem, que passa ser exaltado pela sua humildade. 
 
Questão 08 
O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a 
palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa, 
em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens. Os 
espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com 
riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus. As 
pedras são os corações duros e obstinados; e nestes seca-se a 
palavra de Deus, e se nasce, não cria raízes. Os caminhos são os 
corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das 
coisas do mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que 
atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra de Deus, 
porque ou a desatendem, ou a desprezam. Finalmente, a terra boa 
são os corações bons, ou os homens de bom coração; e nestes 
prende e frutifica a palavra divina, com tanta fecundidade e 
abundância, que se colhe cento por um ... 
 
(Padre Vieira, "Sermão da Sexagésima") 
 
Pode-se dizer que os sermões de Vieira revestem-se de um jogo 
intelectual no qual se vê o prazer estético do autor para pregar a 
palavra de Deus, por meio de uma linguagem altamente elaborada. 
No sermão acima, percebe-se os seguintes recursos expressivos 
típicos do barroco: 
a) antíteses e paradoxos. 
b) alegoria e hipérbatos. 
c) analogias e espalhamento e recolha. 
d) perífrases e vocabulário erudito. 
e) metáforas e hipérboles. 
 
Questão 09 (Ufscar 2004 - Adaptada) 
O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha 
ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas. (...) Todas as estrelas 
estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem 
que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os 
pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma 
parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma 
parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem 
luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, 
da outra hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num 
sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em 
fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da 
disposição, e também o das palavras. 
(Vieira, "Sermão da Sexagésima".) 
 
No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era 
comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso 
da palavra xadrez tem o objetivo de 
a) defender a ordenação das idéias em um sermão. 
b) fazer alusão metafórica a um certo tipo de tecido. 
c) comparar o sermão de certos pregadores a uma verdadeira 
prisão. 
d) mostrar que o xadrez se assemelha ao semear. 
e) criticar o uso recorrente de antíteses. 
 
 
 
 
 
 
 
 78 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE LITERATURA – (Prof. Steller de Paula) 
Questão 10 (Fatec 2005) 
Os ouvintes ou são maus ou são bons; se são bons, faz neles 
grande fruto a palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça 
neles fruto, faz efeito. A palavra de Deus é tão fecunda, que nos 
bons faz muito fruto e é tão eficaz, que nos maus, ainda que não 
faça fruto, faz efeito; lançada nos espinhos não frutificou, mas 
nasceu até nos espinhos; lançada nas pedras não frutificou, mas 
nasceu até nas pedras. Os piores ouvintes que há na Igreja de 
Deus são as pedras e os espinhos. E por quê? - Os espinhos por 
agudos, as pedras por duras. Ouvintes de entendimentos agudos e 
ouvintes de vontades endurecidas são os piores que há. Os 
ouvintes de entendimentos agudos são maus ouvintes, porque vêm 
só a ouvir sutilezas, a esperar alantarias, a avaliar pensamentos, e 
às vezes também a picar quem os não pica. 
Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque um 
entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios, e vencer-se 
uma agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas 
nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque 
quanto as setas são mais agudas, tanto mais facilmente se 
despontam na pedra. 
E com os ouvintes de entendimentos agudos e os ouvintes de 
vontades endurecidas serem os mais rebeldes, é tanta a força da 
divina palavra, que, apesar da agudeza, nasce nos espinhos, e 
apesar da dureza, nasce nas pedras. 
 (Padre Antônio Vieira, "Sermão da Sexagésima". Texto 
editado.) 
 
Considere as afirmações seguintes sobre o texto de Vieira. 
I - Trata-se de texto predominantemente argumentativo, no qual 
Vieira emprega as metáforas do espinho e da pedra para referir-se 
àqueles em que a palavra de Deus não prospera. 
II - Nota-se no texto a metalinguagem, pois o sermão trata da 
própria arte da pregação religiosa. 
III - À vista da construção essencialmente fundada no jogo de 
idéias, fazendo progredir o tema pelo raciocínio, pela lógica, o texto 
caracteriza-se como conceptista. 
IV - Efeito da Revolução Industrial, que reforçou a perspectiva 
capitalista e o individualismo, esse texto traduz a busca da natureza 
(pedras, espinhos, .....) como refúgiopara o eu lírico religioso. 
V - Vincula-se ao Barroco, movimento estético entre cujos traços 
destaca-se a oscilação entre o clássico (de matriz pagã) e o 
medieval (de matriz cristã), a qual se traduz em estados de conflito 
religioso. 
 
Estão corretas apenas as afirmações 
a) I, II e III. 
b) I, III e V. 
c) II, III e IV. 
d) II, III, IV e V. 
e) I, II, III e V. 
 
Questão 11 (Ufv) 
Leia atentamente o fragmento do sermão do Padre 
Antônio Vieira: 
 A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que 
comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a 
circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, 
senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário 
era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um 
grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os 
pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande 
[...]. Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser 
como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é 
não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo criados no 
mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos 
finalmente irmãos, vivais de vos comer. 
 VIEIRA, Antônio. "Obras completas do padre Antônio 
Vieira: sermões". Prefaciados e revistos pelo Pe. Gonçalo Alves. 
Porto: Lello e Irmão - Editores, 1993. v. III, p. 264-265. 
 
O texto de Vieira contém algumas características do Barroco. 
Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela em que NÃO se 
confirmam essas tendências estéticas: 
a) A utilização da alegoria, da comparação, como recursos 
oratórios, visando à persuasão do ouvinte. 
b) A tentativa de convencer o homem do século XVII, imbuído de 
práticas e sentimentos comuns ao semipaganismo renascentista, a 
retomar o caminho do espiritualismo medieval, privilegiando os 
valores cristãos. 
c) A presença do discurso dramático, recorrendo ao princípio 
horaciano de "ensinar deleitando" - tendência didática e 
moralizante, comum à Contra-Reforma. 
d) O tratamento do tema principal - a denúncia à cobiça humana - 
através do conceptismo, ou jogo de idéias. 
e) O culto do contraste, sugerindo a oposição bem x mal, em 
linguagem simples, concisa, direta e expressiva da intenção 
barroca de resgatar os valores greco-latinos. 
 
Questão 12 (Ufrs 2006) 
Considere as seguintes afirmações sobre o padre Antônio Vieira 
I - Possui um estilo antigongórico, conceptista, caracterizado pela 
clareza e pelo rigor sintático, dialético e lógico. 
II - Recusa, como cultista, o elemento imagístico, transformando-o 
em mero instrumento de convencimento dos fiéis. 
III - Recontextualiza passagens do Evangelho, uma vez que as 
vincula às ideias que quer expressar, explorando a analogia. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
 
Questão 13 – (Unifesp 2016) 
Leia o excerto do “Sermão de Santo Antônio aos peixes” de Antônio 
Vieira (1608-1697). 
A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos 
comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a 
circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, 
senão que os grandes comem os pequenos. [...] Santo Agostinho, 
que pregava aos homens, para encarecer a fealdade deste 
escândalo mostrou-lho nos peixes; e eu, que prego aos peixes, 
para que vejais quão feio e abominável é, quero que o vejais nos 
homens. Olhai, peixes, lá do mar para a terra. Não, não: não é isso 
o que vos digo. Vós virais os olhos para os matos e para o sertão? 
Para cá, para cá; para a cidade é que haveis de olhar. Cuidais que 
só os tapuias se comem uns aos outros, muito maior açougue é o 
de cá, muito mais se comem os brancos. Vedes vós todo aquele 
bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e 
cruzar as ruas: vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes 
aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo aquilo

Mais conteúdos dessa disciplina