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44 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
Aula 5 - Quinhentismo 
 
dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas também 
como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns. 
 SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do 
redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São 
Paulo - Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000. 
 
De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas 
pelos colonizadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham 
o(a) 
a) suporte artístico. 
b) nível tecnológico. 
c) base antropológica. 
d) concepção estética. 
e) referencial temático. 
 
Questão 04 (Upe 2014) 
 “Ali ficamos um pedaço, bebendo e folgando, ao longo dela, entre 
esse arvoredo, que é tanto, tamanho, tão basto e de tantas 
prumagens, que homens as não podem contar. Há entre ele muitas 
palmas, de que colhemos muitos e bons palmitos.” 
“Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e 
eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não 
têm, nem entendem nenhuma crença. E, portanto, se os 
degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os 
entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de 
Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à 
qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente 
é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles 
qualquer cunho, que lhes quiserem dar. E pois Nosso Senhor, que 
lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, por 
aqui nos trouxe, creio que não foi sem causa.” 
 
“Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem 
cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que 
costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse 
inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e 
as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão 
nédios, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes 
comemos.” 
Partindo da leitura das três citações da Carta de Pero Vaz de 
Caminha, analise os itens a seguir: 
I. Trata-se de um documento histórico que exalta a terra 
descoberta mediante o uso de expressões valorativas dos hábitos 
e costumes de seus habitantes, o que, de um lado, revela a 
surpresa dos portugueses recém-chegados, de outro, tem a 
intenção de instigar o rei a dar início à colonização. 
II. Ao afirmar que os habitantes da nova terra não têm nenhuma 
crença, Caminha faz uma avaliação que denota seu 
desconhecimento sobre a cultura daqueles que habitam a terra 
descoberta, pois todos os grupos sociais, primitivos ou não, têm 
suas crenças e mitos. 
III. Caminha usa a conversão dos gentios como argumento para 
atrair a atenção do Rei Dom Manuel sobre a terra descoberta, 
colocando, mais uma vez, a expansão da fé cristã como bandeira 
dos conquistadores portugueses. 
IV. Ao afirmar que os habitantes da terra descoberta não lavram 
nem criam, alimentam-se do que a natureza lhes oferece, Caminha 
tece uma crítica à inaptidão e inércia daqueles que vivem mal, 
utilizando, por desconhecimento, as riquezas naturais da região. 
V. As citações revelam que a Carta do Achamento do Brasil tem 
por objetivo descrever a nova terra de modo a atrair os que estão 
distantes pela riqueza e beleza de que é possuidora. 
Estão CORRETOS, apenas, 
a) I, II e IV. b) I, II, III e V. c) I, II e III. 
d) II e IV. e) I e II. 
 
Questão 05 (Enem 2013) 
TEXTO I 
 Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a 
pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à 
praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles 
traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por 
qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-
dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito 
agradavam. 
 CASTRO, S. “A carta de Pero Vaz de Caminha”. Porto Alegre: 
L&PM, 1996 (fragmento). 
 
Texto II 
 
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz 
de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos 
portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que 
a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras 
manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e 
preocupa-se apenas com a estética literária. 
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, 
cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira 
e a contestação de uma linguagem moderna. 
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do 
colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em 
primeiro plano, a inquietação dos nativos. 
d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes — 
verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e artística. 
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos 
étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momentos históricos, 
retratando a colonização. 
 
Questão 06 (Enem 2013) 
De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. 
Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a 
estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que 
nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que 
haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho 
CURSO ANUAL DE LITERATURA – (Prof. Steller de Paula) 
 
 
 
 
 
45 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o 
melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta 
gente. 
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; 
FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: 
Contexto, 2001. 
 
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto 
colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o 
seguinte objetivo: 
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. 
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade 
portuguesa. 
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial 
econômico existente. 
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a 
superioridade europeia. 
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a 
ausência de trabalho. 
 
Questão 07 
Carta de Pero Vaz 
A terra é mui graciosa, 
Tão fértil eu nunca vi. 
A gente vai passear, 
No chão espeta um caniço, 
No dia seguinte nasce 
Bengala de castão de oiro. 
Tem goiabas, melancias, 
Banana que nem chuchu. 
Quanto aos bichos, tem-nos muitos, 
De plumagens mui vistosas. 
Tem macaco até demais. 
Diamantes tem à vontade, 
Esmeralda é para os trouxas. 
Reforçai, Senhor, a arca, 
Cruzados não faltarão, 
Vossa perna encanareis, 
Salvo o devido respeito. 
Ficarei muito saudoso 
Se for embora daqui. 
(MENDES, Murilo. "História do Brasil". Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1991, p. 13.) 
 
(MACKENZIE) O texto acima ilustra umas das principais 
características da Geração de 22 do Modernismo, a revisão crítica 
do nosso passado histórico e cultural, pois: 
a) faz referência a literatura jesuítica no Brasil no séc. XVI. 
b) alude humoristicamente àquilo que se convencionou chamar de 
Literatura de Informação. 
c) parodia tendências próprias do Barroco brasileiro. 
d) contraria as propostas temáticas do primeiro momento do 
modernismo brasileiro. 
e) apresenta elementos que o relacionam com o “grupo mineiro”, 
basicamente responsável pelo Arcadismo no Brasil. 
 
Questão 08 
"Guaixará 
Esta virtude estrangeira 
me irrita sobremaneira 
Quem a teria trazido, 
com os seus hábitos polidos 
estragando a terra inteira? 
(...) 
Quem é forte como eu? 
Como eu, conceituado? 
Sou diabo bem assado, 
a fama me precedeu; 
Guaixará sou chamado 
(...) 
Que bom costume é bailar! 
Adornar-se, andar pintado, 
tingir pernas, empenado 
fumar e curandeiar, 
andar de negro pintado. 
(...) 
Para issocom os índios convivi. 
Vêm os tais padres agora 
com regras fora de hora 
para que duvidem de mim. 
Lei de Deus que não vigora." 
 José de Anchieta. "Auto de São Lourenço" In: "Teatro de 
Anchieta". 
 
(Unirio) A leitura de Anchieta nos permite afirmar que a ação da 
Companhia de Jesus no processo da colonização do Brasil foi 
marcada pela(o): 
a) completa aceitação das práticas culturais indígenas e pela sua 
incondicional defesa diante da Coroa portuguesa. 
b) intolerância radical com relação às comunidades indígenas e 
pela defesa de escravização indiscriminada destas comunidades. 
c) aceitação da cultura indígena e afirmação dos seus valores em 
detrimento das bases culturais do catolicismo ocidental. 
d) mecanismo de apropriação da cultura indígena, utilizando seus 
elementos como forma de empreender a catequese dos nativos 
sob os moldes católicos. 
e) indiferentismo em relação à cultura indígena, por ser 
considerada demoníaca e irrecuperável, mesmo diante dos 
ensinamentos cristãos. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (G1 - ifsp 2013) 
Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos 
primeiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele faz parte de 
uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de 
navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio. 
 
 
 
 
 
 
 46 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
Aula 5 - Quinhentismo 
 
Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual revela 
pouca preocupação geográfica, mas que nos mostra: 
a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a fartura de 
peixes nos mares e a existência de povoadores fortes, sadios e 
trabalhadores. 
b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, eram 
empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses, os nativos 
eram recompensados através de um escambo com produtos 
europeus. 
c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão derrubando 
as árvores para formar os campos onde seria feito o plantio da 
cana-de-açúcar e a construção dos engenhos. 
d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus 
portuguesas: eles estão abatendo árvores para construção de 
fortificações e defesa da ameaça europeia. 
e) homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente com 
animais de grande porte, o que causava grande espanto e medo 
aos colonizadores. 
 
Texto para as próximas duas questões 
Quanto à organização social de nossos selvagens, é coisa quase 
incrível – e dizê-la envergonhará aqueles que têm leis divinas e 
humanas – que, 1apesar de serem conduzidos apenas pelo seu 
natural, ainda que um tanto degenerado, eles se deem tão bem e 
vivam em tanta paz uns com os outros. Mas com isso me refiro a 
cada nação em si ou às nações que sejam aliadas; pois quanto aos 
inimigos, já vimos em outra ocasião o tratamento terrível que lhes 
dispensam2. Porque, em ocorrendo alguma briga (o que se dá com 
tão pouca frequência que durante quase um ano em que com eles 
estive só os vi brigar duas vezes), os outros nem sequer 3pensam 
em separar ou pacificar os contendores; ao contrário, se estes 
tiverem de arrancar-se mutuamente os olhos, 4ninguém lhes dirá 
nada, e eles assim farão. 5Todavia, se alguém for ferido por seu 
próximo, e se o agressor for preso, ser-lhe-á 6infligido o mesmo 
ferimento no mesmo lugar do corpo, por parte dos parentes 
próximos do agredido, e caso este venha a morrer depois, ou caso 
morra na hora, os parentes do defunto tiram a vida ao assassino de 
um modo semelhante. De tal forma que, para dizer numa palavra, é 
vida por vida, olho por olho, dente por dente etc. Mas, como já 
disse, são coisas que raramente se veem entre eles. 
 
2 O autor tratou do assunto no capítulo XIV, “Da guerra, combate e 
bravura dos selvagens”. 
Olivieri, Antonio Carlos e Villa, Marco Antonio. Cronistas do 
descobrimento. São Paulo: Ed. Ática,1999, p.69. 
 
Questão 02 (Udesc 2015) 
Assinale a alternativa incorreta em relação à obra Cronistas do 
descobrimento, Antonio Carlos Olivieri e Marco Antonio Villa, e ao 
trecho retirado da mesma. 
a) A ortoépia ou ortoepia ocupa-se da pronúncia correta das 
palavras e pronunciar inflingido ao invés de “infligido” (ref. 6) 
constitui erro de ortoépia ou ortoepia. 
b) Da leitura do sintagma “apesar de serem conduzidos apenas 
pelo seu natural, ainda que um tanto degenerado” (ref. 1) infere-se 
que, para o autor do texto, os índios teriam melhor organização se 
seguissem as leis divinas. 
c) As crônicas do descobrimento, escritas no século XVI, têm 
grande importância por constituírem fontes históricas do período do 
descobrimento do Brasil, por retratarem os primeiros anos da 
colônia e a vida dos nativos que, como os árcades, escreviam 
sobre a vida simples do campo. 
d) Em “pensam em separar ou pacificar os contendores” (ref. 3), se 
o termo destacado for substituído por combatentes, ainda assim 
mantém-se o sentido e a coerência do texto. 
e) Infere-se da leitura do final do texto que os selvagens faziam uso 
da “lei de talião”, ou seja, o castigo era dado na mesma proporção 
do dano causado. 
 
Questão 03 
Analise as proposições em relação à obra Cronistas do 
descobrimento, Antonio Carlos Olivieri e Marco Antonio Villa, e 
trecho retirado da mesma, e assinale (V) para verdadeira e (F) para 
falsa. 
( ) A leitura do texto leva o leitor a inferir que, embora se trate 
de um relato sobre nossos selvagens, o autor procura desmistificar 
a imagem de selvageria, justificado pela organização e pelo 
respeito social. 
( ) O uso da próclise em “ninguém lhes dirá nada” (ref. 4) é 
justificado pela presença da palavra negativa ninguém. Se a 
palavra destacada for substituída por alguém, ocorrerá mesóclise: 
alguém dir-lhes-á nada. 
( ) A leitura do texto leva o leitor a inferir que os índios viviam 
dentro de um esquema de normalidade e respeito. 
( ) Da leitura do período “Todavia, se alguém for ferido por seu 
próximo” (ref. 5) infere-se que a palavra próximo está relacionada a 
outro selvagem e não ao homem branco. 
( ) No período “ninguém lhes dirá nada” (ref. 4) em relação às 
palavras destacadas, sequencialmente, na sintaxe, tem-se sujeito 
simples e objeto indireto. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima 
para baixo. 
a) V - F - F - V - F b) V - V - F - V - V 
c) F - F - V - F - V d) V - F - V - V - F 
e) V - F - V - V - V 
 
Questão 04 (Puccamp) 
 (...) a pré-história das nossas letras interessa como reflexo da 
visão do mundo e da linguagem que nos legaram os primeiros 
observadores do país. É graças a essas tomadas diretas da 
paisagem, do índio e dos grupos sociais nascentes, que captamos 
as condições primitivas de uma cultura que só mais tarde poderia 
contar com o fenômeno da palavra-arte. 
(Alfredo Bosi. "História concisa da Literatura Brasileira". S. Paulo: 
Cultrix, 1970, p. 15) 
O período caracterizado, no trecho acima, como "a pré-história das 
nossas letras", representa-se sobretudo em textos 
a) DISSERTATIVOS, que argumentam a favor do processo 
colonial. 
b) marcados por uma preocupação NARRATIVA, de tom épico. 
c) DRAMATÚRGICOS, nos quais se encenam os anseios de uma 
emancipação. 
d) marcados por uma preocupação eminentemente DESCRITIVA. 
e) POÉTICOS, nos quais a natureza é idealizada segundo os 
padrões clássicos. 
 
Questão 05 (FMTM-MG) 
“Esta Província de Santa Cruz, além de ser tão fértil como digo, e 
abastada de todos os mantimentos necessários para a vida do 
homem, é certo ser também muito rica, e haver nela muito ouro e 
pedraria, de que se tem grandes esperanças.” 
Como demonstra esse excerto, de Pero de Magalhães Gândavo, a 
CURSO ANUAL DE LITERATURA – (Prof. Steller de Paula) 
 
 
 
 
 
47 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
literatura dos que aqui estiveram nos séculos XVI e XVII: 
a) Procura indicar, com a maior exatidão possível e comverdadeiro 
espírito científico, as potencialidades econômicas do novo território. 
b) Mostra a atitude de superioridade e menosprezo com que o 
europeu encarava a nova terra e a selvageria de seus habitantes. 
c) Constituiu a primeira manifestação de sentimento nacionalista, 
que iria crescendo à medida que se desenvolveria a literatura 
brasileira. 
d) Adquiriu – não sendo propriamente ficção – inestimável valor 
documental, por transmitir a primeira visão da terra virgem, 
encarada, por isso mesmo, como um lendário paraíso perdido. 
e) Contém mais ficção – como consequência do espanto do 
descobridor diante das novas terras – do que propriamente 
informação. 
 
Questão 06 (G1 - ifsp 2014) 
Leia um trecho do poema Ilha da Maré, do escritor brasileiro 
Manuel Botelho de Oliveira. 
E, tratando das próprias, os coqueiros, 
galhardos e frondosos 
criam cocos gostosos; 
e andou tão liberal a natureza 
que lhes deu por grandeza, 
não só para bebida, mas sustento, 
o néctar doce, o cândido alimento. 
De várias cores são os cajus belos, 
uns são vermelhos, outros amarelos, 
e como vários são nas várias cores, 
também se mostram vários nos sabores; 
e criam a castanha, 
que é melhor que a de França, Itália, Espanha. 
(COHN, Sergio. Poesia.br Rio de Janeiro: Azougue, 2012.) 
 
Podemos relacionar os versos desse poema ao Quinhentismo 
Nacional, pois 
a) o eu lírico repudia a presença de colonizadores portugueses em 
nossa terra. 
b) a fauna e a flora tropicais são descritas de maneira minuciosa e 
idealizada. 
c) o poeta enriqueceu devido à exportação de produtos brasileiros 
para a metrópole. 
d) a exuberância e a diversidade da natureza tropical são exaltadas 
pelo poeta. 
e) a natureza farta e bela é o cenário onde ocorrem os encontros 
amorosos do eu lírico. 
 
Questão 07 (Unesp 2005) 
O padre José de Anchieta escreveu sobre as dificuldades de 
conversão dos índios ao cristianismo. Por aqui se vê que os 
maiores impedimentos nascem dos Portugueses, e o primeiro é 
não haver neles zelo de salvação dos índios [...] e com isso pouco 
se lhes dá aos senhores que têm escravos, que não ouçam missa, 
nem se confessem, e estejam amancebados. E, se o fazem, é 
pelos contínuos brados da Companhia, e logo se enxerga claro nos 
tementes a Deus que seus escravos vivem diferentemente pelo 
particular cuidado que têm deles. (José de Anchieta. "Informação 
do Brasil e de suas Capitanias", 1584.) Pela leitura do texto, é 
correto afirmar que o jesuíta 
a) entendia que a escravidão não poderia se tornar um obstáculo à 
catequização do gentio. 
b) opunha-se à escravização dos índios por julgá-la contrária aos 
princípios do cristianismo. 
c) considerava os costumes tradicionais dos indígenas adequados 
aos mandamentos cristãos. 
d) julgava os indígenas ociosos e inaptos para o trabalho na 
grande empresa agrícola. 
e) advogava a sujeição dos índios aos portugueses como meio 
para facilitar a sua conversão. 
Questão 08 
A passagem abaixo foi extraída do diário de Darwin, quando de 
sua excursão pelas florestas ao redor da cidade de Salvador. 
 
Satisfação é um termo fraco para exprimir os sentimentos de um 
naturalista que passeia só, numa floresta brasileira, pela primeira 
vez. Entre a quantidade de coisas notáveis estão os luxuriosos 
capins, a novidade das plantas parasitas, a beleza das flores, o rico 
verde da folhagem. Tudo enche de alegria. A mistura mais 
paradoxal de sons e silêncio penetra nas partes sombrias do mato. 
O ruído dos insetos é tão alto que pode ser ouvido até num navio 
ancorado a várias centenas de jardas da praia; contudo, dentro dos 
recessos da floresta, parece reinar um silêncio absoluto. 
Para quem gosta da história natural, um dia assim traz um prazer 
tão profundo que dificilmente se pode esperar ter outro (Apud 
LEITE, 1997, p.208). 
 
A natureza brasileira obteve um papel de destaque em vários 
períodos da nossa Literatura. A visão apresentada acima por 
Darwin aproxima-se mais daquela deixada pela (o): 
a) Literatura de Informação e sua visão edênica do Brasil, 
bpresentada pelos primeiros europeus chegados ao Brasil. 
b) Arcadismo e a valorização da vida no campo como lugar perfeito 
para o idílio amoroso. 
c) Romantismo e o ufanismo que elevou a natureza a símbolo de 
brasilidade. 
d) Pré-modernismo e o cientificismo com a qual foi trabalhada, 
como o presente em Os Sertões. 
e) Romance de 30 e sua visão crítica na análise das condições do 
meio em que vivem os personagens. 
 
Textos para as próximas três questões 
 
Texto I 
01 A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 
02 9 de março. [...] E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, 
03 pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo 
Verde, 04 ou melhor, da ilha de S. Nicolau [...]. E assim seguimos 
nosso 
05 caminho por este mar de longo, até que, terça-feira das Oitavas 
06 de Páscoa, que foram vinte e um dias de abril, estando da dita 
07 ilha obra de 660 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos 
08 alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas 
09 compridas, a que os mareantes chamam botelho [...]. E quarta-
10 feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-
11 buxos. Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! 
12 Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo [...]; ao 
13 monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal, e à terra, 
14 A Terra de Vera Cruz. 
Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal 
 
Texto II 
A descoberta 
Seguimos nosso caminho por este mar de longo 
 
 
 
 
 48 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
Aula 5 - Quinhentismo 
 
Até a oitava Páscoa 
Topamos aves 
E houvemos vista de terra 
Oswald de Andrade, “Pero Vaz Caminha” 
 
Questão 9 
Assinale a alternativa correta acerca do texto I. 
a) No contexto em que se inserem, as expressões topamos alguns 
sinais de terra (linhas 07 e 08) e houvemos vista de terra (linha 11) 
têm o mesmo sentido: “enxergamos o continente americano”. 
b) As nomeações referidas na carta – O Monte Pascoal e A Terra 
de Vera Cruz (linhas 13 e 14) – refletem valores ideológicos da 
cultura portuguesa. 
c) Os mareantes, por influência da cultura indígena, apelidaram as 
ervas compridas de botelho e as aves de fura-buxos (linhas de 09 
a 11). 
d) A expressão dita ilha (linhas 06 e 07) indica que os navegantes 
portugueses confundiram a Ilha de S.Nicolau com o Brasil. 
e) Embora se apresente em linguagem objetiva, o trecho da carta 
revela, devido ao excesso de adjetivações, a euforia dos 
portugueses ao descobrirem o tão sonhado “Eldorado”. 
 
Questão 10 
Assinale a alternativa correta acerca do texto I. 
a) Trata-se de documento histórico que inaugura, em Portugal, um 
novo gênero literário: a literatura epistolar. 
b) Exemplifica a literatura produzida pelos jesuítas brasileiros na 
colônia e que teve como objetivo principal a catequese do silvícola. 
c) Apesar de não ter natureza especificamente artística, interessa à 
história da literatura brasileira na medida em que espelha a 
linguagem e a respectiva visão de mundo que nos legaram os 
primeiros colonizadores. 
d) Pertence à chamada crônica histórica, produzida no Brasil 
durante a época colonial com objetivos políticos: criar a imagem de 
um país soberano, emancipado, em condições de rivalizar com a 
metrópole. 
e) É um dos exemplos de registros oficiais escritos por 
historiadores brasileiros durante o século XVII, nos quais se 
observam, como característica literária, traços do estilo barroco. 
 
Questão 11 
Considere as seguintes afirmações acerca do texto II: 
I. Constituído de citações do texto I, compõe uma unidade poética 
autônoma que atualiza o sentido da carta de Pero Vaz de 
Caminha. 
II. O poeta chamou de A descoberta o que na verdade é 
apropriação de outro texto, sugerindo que a descoberta do Brasil 
possa também ser entendida como um tipo de apropriação. 
III. A ausência de elementos de coesão entre os versos resulta 
num conjunto fragmentado de frasesnominais, traço de estilo que 
lembra a estética futurista. 
Está(ão) corresta(s): 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) I, II e III. 
 
Questão 12 (Ufsm 2015) 
Os hábitos alimentares estão entre os principais traços culturais de 
um povo. Era de se esperar, portanto, que houvesse alguma 
menção sobre o assunto no primeiro contato entre os portugueses 
e os nativos, conforme relatado na Carta de Pero Vaz de Caminha. 
De fato, Caminha escreve a respeito da reação de dois jovens 
nativos que foram ate a caravela de Cabral e que experimentaram 
alimentos oferecidos pelos portugueses: 
 
Deram-lhe[s] de comer: pão e peixe cozido, confeitos, bolos, mel e 
figos passados. Não quiseram comer quase nada de tudo aquilo. E 
se provavam alguma coisa, logo a cuspiam com nojo. Trouxeram-
lhes vinho numa taça, mas apenas haviam provado o sabor, 
imediatamente demonstraram não gostar e não mais quiseram. 
Trouxeram-lhes água num jarro. Não beberam. Apenas 
bochechavam, lavando as bocas, e logo lançavam fora. 
 
Fonte: CASTRO, Silvio (org.) A carta de Pero Vaz de Caminha. 
Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 93. 
 
A partir da leitura do fragmento, são feitas as seguintes afirmativas: 
I. No fragmento, ao dar destaque as reações dos nativos frente à 
comida e a bebida oferecidas, Caminha registra o comportamento 
diferenciado deles quanto aos itens básicos da alimentação de um 
europeu. 
II. No fragmento, percebe-se a antipatia de Caminha pelos nativos, 
o que se confirma na leitura do restante da carta quanto a outros 
aspectos dos indígenas, como sua aparência física. 
III. O predomínio de verbos de ação, numa sequência de eventos 
interligados cronologicamente, confere um teor narrativo ao texto. 
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas II e III. 
d) apenas I e III. 
e) I, II e III. 
 
Questão 13 (Enem 2ª aplicação 2010) 
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou 
oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas 
setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas 
vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. 
Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus 
ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios. 
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do 
Brasil: documentos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 
(adaptado). 
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, 
documento fundamental para a formação da identidade brasileira. 
Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se 
estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta 
revela a 
a) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da 
resistência dos índios à ocupação da terra. 
b) postura etnocêntrica do europeu diante das características 
físicas e práticas culturais do indígena. 
c) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização 
dos nativos como mão de obra para colonizar a nova terra. 
d) oposição de interesses entre portugueses e índios, que 
dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos para a 
defesa recursos para a defesa da posse da nova terra. 
e) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua 
incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio da 
exploração econômica dos índios.

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