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Classified as Internal AULA 3 MÉTRICAS NA WEB Profª Camila Matta 2 TEMA 1 – MÉTRICAS DE CAMPANHAS PAGAS E E-MAIL MARKETING Nesta aula estudaremos o segundo e o terceiro grupo das métricas mais populares da web. Vamos iniciar nosso aprofundamento nas métricas usadas para as campanhas pagas e nos e-mails marketing. • Métricas de receitas e vendas • Métricas de campanhas pagas • Métricas de e-mail marketing • Métricas de marketing de conteúdo Antes de nos aprofundarmos nas métricas, vamos passar rapidamente pelas definições de campanhas pagas e e-mail marketing, para que todos estejamos na mesma página antes de começar a estudar as análises. 1.1 Campanhas pagas A estratégia de comprar mídias no ambiente digital está cada vez mais forte. Isso se deve a um maior controle na estratégia, já que depender de visualizações orgânicas pode ser imprevisível e instável. As campanhas pagas podem ser realizadas em diversos formatos, uma vez que as plataformas estão se estruturando para esse tipo de comercialização de espaço e oferecendo soluções variadas. Os espaços podem ser por anúncios, por links patrocinados, por remarketing etc. Mas, o importante aqui é ter claro que esse investimento pode ter um forte impacto na aceleração dos resultados. Atuar no ambiente digital com compra de espaço/mídia pode trazer muitas vantagens como: a) gerar mais tráfego para o blog ou site; b) atingir melhores resultados mais rapidamente, devido ao estímulo; c) melhor identificação e alcance do público-alvo específico; d) flexibilidade na cota de investimentos; e) a facilidade e objetividade de mensuração de resultados. 1.2 E-mail marketing Talvez a ferramenta mais popular do marketing digital, o e-mail marketing pode ser definido como toda comunicação que ocorre entre uma marca/empresa com os seus stakeholders (clientes, possíveis clientes, parceiros etc.). “E-mail marketing é a mais poderosa ferramenta de marketing direto e, quando usado 3 corretamente, pode aumentar as vendas, construir relacionamento com os clientes e melhorar a imagem de marca da empresa” (Assis, 2003, p. 11). Esse formato pode ser utilizado isoladamente ou dentro de uma campanha; pode abrigar variados conteúdos e estratégias de marketing e comunicação, como conteúdos para gerar relacionamento com o stakeholder (newsletter) ou e-mails marketing promocionais, que têm objetivo de alavancar as vendas ou até mesmo um conteúdo para atrair os clientes inativos, para despertar mais engajamento. Pela aparente facilidade e as enormes quantias de e-mails marketing que são disparadas por dia, pode acontecer de os profissionais interpretarem essa ferramenta como algo simples e não complexa. Mas isso é um erro. O e-mail marketing é uma ferramenta de muitas facetas, com muitas variáveis que devem ser estrategicamente pensadas; para a mensuração ele é ainda mais importante, pois apenas um e-mail marketing pode fornecer dados muito valiosos. Posteriormente, iremos nos profundar em quatro das principais ferramentas que compõem essa métrica, indo a fundo em sua definição, relevância e formato de cálculo. TEMA 2– CTR Uma das métricas mais valiosas quando falamos de campanhas, sejam pagas (isto é, dos anúncios que impulsionamos de forma remunerada) ou de técnicas orgânicas de buscas, é o CTR. A sigla originária do inglês click through rate, ou na adaptação para o português taxa de cliques, é um indicador essencial CTR Taxa de Cliques CPC Custo por cliques CPL Custo por Lead Taxa de Abertura e Clique Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar 4 para esta estratégia de marketing digital e de forma simples e direta apresenta a taxa de cliques que um anúncio obteve em relação à quantidade de visualizações. Essa métrica é importante para indicar a eficiência de determinada campanha, pois mostra em dados concretos a porcentagem de usuários que efetivamente clicaram em seu anúncio para aprofundamento. A taxa de visualização é também um indicador importante, mas a eficácia se concretiza exatamente no momento em que o usuário toma uma ação (clique) sobre o conteúdo. A análise do CTR é também um bom indicador para entender a abordagem, conteúdo e narrativa do da sua campanha frente ao seu público. Com um CTR alto, é possível concluir que que as palavras-chaves, imagens ou outros recursos estão chamando atenção do seu público-alvo. Além do objetivo principal, de entender a eficácia da sua campanha, o acompanhamento desta métrica apresenta outros benefícios em um planejamento de marketing digital: • Posicionamento do anúncio: um alto índice de CTR prova que o conteúdo está sendo efetivo e relevante para o usuário e com isso impacta no índice de qualidade, que é capaz de posicionar melhor o anúncio. • Rankeamento orgânico: o CTR alto também auxilia em um melhor rankeamento orgânico (não monetizado) do anúncio, uma vez que quanto maior o CTR entende-se o conteúdo mais relevante para os usuários. • Custo de campanha: com um CTR alto, entende-se uma campanha assertiva e, assim, os custos de campanhas são menores para anunciante. • Taxa de conversão: com um bom CTR, suas chances de conversão são maiores, pois os anúncios estão em linha com a relevância para o público esperado. 2.1 Como calcular o CTR Muito embora o CTR seja uma métrica importante e muito relevante para vários contextos, o cálculo desse indicador é muito simples. Para chegar ao índice de CTR basta dividir o número de cliques que o anúncio obteve pelo número de impressões (visualizações) desse mesmo anúncio, como na fórmula a seguir. É importante multiplicar o resultado por 100 para chegar ao índice no formato de porcentagem. Usuário Destacar 5 Pensando em um exemplo prático, se o seu anúncio obteve 15 cliques e 100 visualizações, o CTR desse conteúdo é de 15/100x100= 15%. 2.2 Como analisar o CTR Se por um lado o cálculo do CTR é simples, sua análise não é de fácil compressão. Mas, então, como analisar o CTR? O que faz um CTR alto ou baixo? Infelizmente não existe uma fórmula mágica, pois a análise depende de muitas variantes internas (do seu desempenho de negócio e da sua maturidade de estratégia em marketing digital), mas também do segmento em que está inserido, uma vez que essa análise passa muito por comparação. Um estudo realizado em 2018 pela WordStream analisou CTRs de vários segmentos e chegou a uma conclusão generalista que aponta a média de CTR. É importante frisar que as análises passaram pelos dois tipos de anúncio: search (quando o usuário faz uma busca ativa pelo tema) e display (quando o anúncio aparece em aleatoriamente na navegação do usuário). Esse estudo diz que um CTR acima de 3,17 (para search) e 0,46 (para display) já pode ser considerado positivo. Entretanto, esta é uma média geral de mercados e vale analisar melhor por segmento. A seguir, veja uma tabela comparativa de vários segmentos. Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar 6 Fonte: elaborado com base em Wordstream, 2020. Além desse estudo e da comparação com o segmento, outras ferramentas podem embasar os seus números: • Google Ads: é possível fazer um comparativo com a sua concorrência por meio do índice de qualidade. • Facebook Ads e Instagram Ads: você pode analisar por meio da relevância do seu conteúdo. TEMA 3 – CUSTO POR CLIQUE Agora chegou o momento de falarmos de outra métrica relevante e importante para a mensuração de campanhas digitais. O CPC, da sigla custo por clique, é um dos indicadores monetários que integra as análises robustas do ROI (retorno sob investimento). Ela é amplamente utilizada para analisar o Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar 7 desempenho financeiro dos anúncios pagos. Em poucas palavras, é uma forma de mensurar sua campanha, uma vezque analisa quanto cada clique (cada vez que usuário clicou no anúncio) efetivamente custou. Por meio dessa métrica, é possível determinar quanto de dinheiro está sendo investido para que cada usuário chegue até o seu destino, que em regra é o site ou e-commerce do negócio. Por meio dele, também é possível avaliar a performance desse anúncio e entender qual tipo de conteúdo faz mais sentido para o seu público, qual tem mais proximidade e desperta mais atração. Com isso, é mais fácil produzir campanhas mais assertivas e investir melhor o dinheiro em promoção, além de avaliar quais abordagens devem ser descartadas. A análise contínua dessa métrica é indicada para as estratégias que buscam obter um aumento de tráfego em um determinado site, blog ou página de conteúdo. Além disso, esse indicador auxilia muito na conversão e, assim, pode ser um aliado quando se trata de atingir objetivos de vendas. 3.1 Como calcular o CPC Stokes (2008) aponta o CPC como uma das métricas mais populares, isso devido à sua simples forma de cálculo, apuração direta e também à sua capilaridade – uma vez que está presente em vários formatos. Quando na estratégia adotada opta-se pela modalidade de pagamento CPC, você acorda que para cada clique do usuário em sua peça de comunicação, um valor será pago. Aqui é importante conhecer três conceitos: • CPC Máximo: diz respeito ao valor máximo que o anunciante está disposto a pagar por um clique no anúncio. É o limite de investimento. • CPC Médio: média de valor cobrado pelos cliques no decorrer da campanha. • CPC Real: preço real cobrado pelo anúncio. Para realizar o cálculo do CPC basta dividir o custo total do anúncio (quanto se decidiu investir) pelo número de cliques que ele obteve: Por exemplo, se eu investi R$100,00 em um anúncio e tive 20 cliques, o meu CPC é de R$5,00. Analisando com os conceitos acima, se nesse momento em que eu investi R$100,00 imaginei um CPC de Máximo de R$0,50, meu retorno Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar 8 esperado é de pelo menos 200 cliques. Ou seja, estou fora da minha meta, uma vez que só obtive 20 cliques. É como se eu estivesse disposto a pagar R$0,50 por cliente e acabei pagando R$5,00. Isso mostra que meu anúncio não está efetivo, que não tem o apelo necessário. Assim como o CTR, não existe uma fórmula mágica de análise para o CPC. A única máxima que existe é: quanto menor o CPC, melhor. Ele é analisado por meio de outras variáveis, como a concorrência, o segmento em que que está adequado, o valor do seu produto/serviço e o sistema de leilão que existe nas plataformas de anúncio (por exemplo, Google Ads). Mas, para servir como um norteador, o mesmo estudo da Wordstream apresenta o que seria um CPC médio para vários segmentos de indústrias, também em dois formatos: search (quando o usuário faz uma busca ativa pelo tema) e display (quando o anúncio aparece em aleatoriamente na navegação do usuário). De maneira geral, este estudo aponta que o custo médio por clique em todos os setores é de US$2,69 (search) e US$0,63 (display). Veja a seguir os números para setores segmentados: Fonte: elaborado com base em Wordstream, 2020. Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar 9 TEMA 4 – CUSTO POR LEAD A métrica custo por lead (CLP), também muito utilizada para o monitoramento de desempenho da estratégia de marketing digital, apresenta quando se investe para aquisição de cada lead. Antes de entrarmos um pouco mais a fundo nos objetivos, vantagens e cálculos dessa métrica, vale estabelecer aqui alguns conceitos sobre relacionamento e lead. Essa métrica é utilizada em estratégias de marketing digital que apostem no relacionamento com o cliente, passando pela estratégia de aquisição de lead. Em poucas palavras, lead é um compilado de informações sobre determinada pessoa que pode vir a ser um cliente em potencial, ou seja, as informações de pessoas que já apresentaram interesse em seu produto/serviço. Essa conquista de leads se faz muito pelo relacionamento e por estratégias de conteúdo. Quando trabalhamos com a estratégia de leads, temos que ter a clareza de que ela apresenta um gasto e por isso é importante ter a métrica de CPC bem alinhada e ajustada ao planejamento de marketing. O CPC, além de apresentar o real custo por lead, é capaz de identificar os pontos que precisam ser melhorados, melhores desempenhados para que os resultados da campanha sejam melhores. Além disso, o CPC faz parte do conjunto de métricas que possibilitam maior controle financeiro do planejamento. Ao saber o preço de um lead é possível ter maior clareza se a estratégia está valendo a pena ou não e visualizar quais das estratégias adotadas geram mais leads, ou leads com valores mais baixos, para que se concentre melhor os recursos. 4.1 Como calcular o CLP O cálculo do CLP, assim como das outras métricas é relativamente simples e a maior complexidade está em sua análise. Basicamente, a fórmula matemática para o cálculo consiste na divisão do valor total investido na campanha pelo número de leads gerados: Por exemplo, se minha empresa fez uma campanha para vendas de assinaturas de determinado produto e investiu R$3.000,00, e nessa campanha ele teve a geração de 400 leads o CLP da ação é: 3.000/400 = R$7,50. Usuário Destacar Usuário Destacar 10 Mas, como saber se o CPL está bom ou não? Uma máxima que deve ser respeitada é que quanto menor o custo por um lead, melhor. Ou seja, quando menos dinheiro investido na aquisição de um potencial cliente, melhor o desempenho. Outro ponto para análise é investir dinheiro para a conquista de lead é muito importante, mas não pode ser um investimento alto a ponto de impactar de alguma forma as atividades da empresa. Vale ressaltar que o custo por lead é uma métrica que depende muito de negócio para negócio, de segmento e de estratégia. Como ele inclusive impacta na precificação do produto/serviço, deve ser analisado com muito cuidado e comparação de mercado. TEMA 5 – TAXA DE ABERTURA E CLIQUE No último tema desta aula falaremos sobre duas métricas relacionadas às estratégias de envio de e-mail marketing: taxa de abertura e taxa de clique. Primeiro, devemos ter clara a importância de métricas relacionadas a esse tema, uma vez que o e-mail marketing é uma forma direta e orientada aos seus leads, aos seus clientes em potencial e que por vezes está ligada diretamente ao processo e decisão de compra. Vamos iniciar com a taxa de abertura, que nada mais é do que a quantidade de pessoas que efetivamente abrem os e-mails que sua marca envia. Ter o lead em sua base de dados é um primeiro passo, mas para que a estratégia seja impactante para ele é preciso que o lead abra esse e-mail e consuma o conteúdo em algum nível. Por isso, para saber dessa eficácia é que acompanhamos a taxa de abertura. Além de mensurar a quantidade de abertura versus a quantidade de disparos, essa métrica deve ser analisada para avaliar o a atratividade dos conteúdos enviados, e assim, ajustar a estratégia para mais impactante. Existem alguns pontos que podem ser observados ou testados com essa métrica: horários de envio, título, links internos, segmentação do público, personalização do conteúdo e frequência são alguns exemplos. Para calcular a taxa de abertura basta dividir a quantia de e-mails abertos pelo número dos e-mails enviados menos os descartados, como na fórmula a seguir: Usuário Destacar Usuário Destacar 11 Abordando agora a segunda métrica desse tema, temos a taxa de clique em e-mail marketing. Devemos entender essa métrica como o passo a seguir da métrica de taxa de abertura. Como assim? Vimos anteriormente que ter o lead na base de dados é um primeiro passo, mas que não tem eficácia se ele não abreos e-mails para consumir o conteúdo – esse pode ser o segundo passo. Mas, para que a estratégia tenha validade maior, o interessante é que o lead tenha imersão no seu conteúdo por meio do call to action. O call to action é uma estratégia que oferece ao lead acesso mais aprofundado que pode ser para um conteúdo mais robusto, para o e-commerce etc. Esse call to action se faz, muitas vezes, trazendo o lead para navegar na sua página, para que ele se aprofunde. Esse pode ser chamado de terceiro passo, quando o lead efetivamente clica e sai do e-mail para um ambiente de controle da marca. Para entender a eficácia da estratégia é que se analisa a métrica de taxa de clique, que nada mais é do que a quantidade de leads que clicaram nos links do e-mail marketing. Para calcular a taxa de cliques basta dividir a quantidade de leads que clicaram em algum link presente do e-mail marketing pela quantidade de leads que receberam o material. 12 REFERÊNCIAS ASSIS, G. Guia de e-mail marketing. Ibrasa, 2003. DOMINGUES, R.; PEDROSA, I.; BERNARDINO, J. 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