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1 NUTRIÇÃO APLICADA À ATIVIDADE FÍSICA Profª. Me. Cíntia Borges Silva 2 NUTRIÇÃO APLICADA À ATIVIDADE FÍSICA PROFª. ME. CÍNTIA BORGES SILVA 3 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Revisão Gramatical e Ortográfica: Profa. Esp. Izabel Cristina da Costa Profa. Esp. Imperatriz Matos Revisão técnica: Profa. Ph.D Fabiana Grecco Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite Maria Eliza P. Campos Prof. Esp. Guilherme Prado Design: Aline De Paiva Alves Bárbara Carla Amorim O. Silva Élen Cristina Teixeira Oliveira Taisser Gustavo Soares Duarte © 2021, Faculdade Única. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza- ção escrita do Editor. Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 4 NUTRIÇÃO APLICADA À ATIVIDADE FÍSICA 1° edição Ipatinga, MG Faculdade Única 2021 5 Graduada em Nutrição pela Universidade Federal Fluminense, Mestre em Ciências Apli- cadas a Produtos para a Saúde (PPG-CAPS) pela Universidade Federal Fluminense e Pós-gradu- ada em Vigilância Sanitária de Alimentos pela Faculdade pela Faculdade ÚNICA. CÍNTIA BORGES SILVA Para saber mais sobre a autora desta obra e suas quali- ficações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link : http://lattes.cnpq.br/2851800173321496 Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado. 6 LEGENDA DE Ícones Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas quais você precisa ficar atento. Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro. Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-os a suas ações. Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro. Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro. FIQUE ATENTO BUSQUE POR MAIS VAMOS PENSAR? FIXANDO O CONTEÚDO GLOSSÁRIO 7 UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 SUMÁRIO 1.1 Alimentação e nutrição................................................................................................................................................................................................................................................................9 1.2Nutrição e atividade física ........................................................................................................................................................................................................................................................12 FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................................................................................................................................................................................16 2.1 Carboidratos ....................................................................................................................................................................................................................................................................................20 2.2 Proteínas ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................22 2.3 Lipídeos ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................24 2.4 Vitaminas e minerais ................................................................................................................................................................................................................................................................25 FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................29 3.1 Produção de energia (Carboidratos) ...............................................................................................................................................................................................................................32 3.2 Liberação de energia (Proteínas) ......................................................................................................................................................................................................................................35 3.3 Liberação de energia (Lipídeos) ........................................................................................................................................................................................................................................37 FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................39 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPORTE MACRO E MICRONUTRIENTES METABOLISMO ENERGÉTCO NO EXERCÍCIO FÍSICO 4.1 Necessidades nutricionais macronutrientes.............................................................................................................................................................................................................43 4.2 Necessidades nutricionais micronutrientes ............................................................................................................................................................................................................46 4.3 Necessidades hídricas (Desidratação e reidratação) .........................................................................................................................................................................................47 FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................50 METABOLISMO ENERGÉTICO NO EXERCÍCIO FÍSICO 5.1 Recursos ergogênicos nutricionais ................................................................................................................................................................................................................................54 FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................59RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS 6.1 Avaliação antropométrica e de composição corporal .......................................................................................................................................................................................63 6.2 Avaliação laboratorial ...............................................................................................................................................................................................................................................................65 FIXANDO O CONTEÚDO.................................................................................................................................................................................................................................................................70 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO ATLETA E PRATICANTE DE ATIVIDADE FÍSICA UNIDADE 5 UNIDADE 6 7.1 Nutrição aplicada a diferentes modalides esportivas ........................................................................................................................................................................................73 FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................77 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO.......................................................................................................................................................................................................................80 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................................................................................................................................82 NUTRIÇÃO APLICADA A DIFERENTES MODALIDADES ESPORTIVAS UNIDADE 7 8 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPORTE 9 1.1 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO A alimentação é essencial para manutenção da saúde e qualidade de vida. Os alimentos contêm substâncias que auxiliam no desenvolvimento, fortalecimento e na produção de energia necessária para desempenhar diversas funções no nosso organismo. Além do fornecimento de energia, qualidade de vida e saúde, uma alimentação adequada contribui para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, na adequação do peso corpóreo e no bom desenvolvimento físico (BROUNS, 2005). Uma alimentação equilibrada somando a prática regular de atividade física são fundamentais para manutenção da saúde, da qualidade de vida e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e alguns tipos de câncer (BROUNS, 2005). Além disso, a redução do consumo exagerado de álcool, assim como o consumo moderado de sal, gordura e açúcar refinado são fatores que contribuem para a saúde e qualidade de vida. A quantidade de nutrientes, hábitos alimentares, culinária, aspectos culturais, sociais e econômicos são alguns dos fatores que influenciam no que comemos. São fatores influenciam no bem-estar e na saúde da população (BRASIL, 2014). Os nutrientes presentes nos alimentos são fundamentais para o nosso crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde. Esses nutrientes são utilizados pelo o nosso organismo para realizar as funções diárias que o nosso corpo necessita. Para conseguir ingerir a quantidade de nutriente suficiente que o corpo precisa, precisamos consumir alimentos suficientes em quantidade, qualidade e diversidade (BRASIL, 2014). Para melhorar compreensão dos fatores que norteiam a alimentação ade- quada e saudável no Brasil, busque o Guia alimentar para a população, este documento encontra-se disponível na biblioteca Virtual em Saúde: https://bi- tyli.com/sxxtG. Acesso em: 10 ago. 2021. BUSQUE POR MAIS A Nutrição é a ciência dos alimentos, dos nutrientes e, sua ação, interação e equilíbrio estão relacionados com a saúde e a doença do indivíduo. A nutrição está envolvida com os processos de digestão, absorção, transporte dos alimentos. Nutrientes são caracteri- zados como substâncias químicas que atuam no organismo, sendo indispensáveis para o seu funcionamento. Nutrientes essenciais são as substâncias que não produzidos em quantidade suficiente pelo nosso organismo e, por isso, precisamos consumir através da alimentação como: ácidos graxos linoleico e linolênico, vitaminas, minerais alguns ami- noácidos (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). FIQUE ATENTO Os nutrientes dividem-se em macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são os carboidratos, as proteínas e os lipídeos (gorduras), que ingerimos em grandes quantidades e, por apresentarem estruturas grandes, precisam ser quebrados em pequenas unidades para que possam ser absorvidos pelo organismo. Através de um 10 processo bioquímico denominado de Metabolismo, os macronutrientes são convertidos em moléculas menos para fornecer energia ao nosso organismo. Já os micronutrientes são as vitaminas e os minerais, que estão presentes em pequenas quantidades. Embora os micronutrientes não forneçam energia, esses nutrientes participam dos processos metabólicos para gerar energia e são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Cada nutriente desempenha funções específicas para o organismo e, é recomentado a ingestão de uma ampla variedade de alimentos diariamente para que o indivíduo consiga atingir as suas necessidades nutricionais diárias. A Recommended Dietary Allowances (RDA) atualmente renomeada para Ingestão Diária Recomendada ou Dietary Reference Intankes (DRI) é recomendação de ingestão diária de nutrientes de indivíduos ou grupos saudáveis, estabelecidas pela Food and Nutrition Board (FNB) da National Research Council (NRC) da Academia nacional de Ciências dos Estados Unidos. Como são recomendações estabelecidas pelos Estados Unidos e Canadá, a população desses países é utilizada como referência. Com base nas informações de grupo de indivíduos são feitas as tabelas de recomendações diárias dos nutrientes. Na tabela contém as siglas como RDA ou DRI, EAR, AI, UL (ASBRAN, 2007). Segundo Padovani et al. (2006), Dietary Reference Intankes (DRI) é derivado do EAR e deve atender às necessidades de um nutriente para 97% a 98% dos indivíduos saudáveis do mesmo sexo e estágio de vida. Estimated Average Requirement (EAR) refere-se ao a média da distribuição das necessidades de um nutriente em um grupo de indivíduos saudáveis do mesmo sexo e estágio de vida, atendendo às necessidades de 50% da população. Adequate Intake (AI) é o valor do consumo recomendável da população, de acordo com levantamentos, determinações ou aproximações de dados experimentais, ou ainda a partir de estimativas de ingestão de nutrientes para grupos saudáveis. Tolerable Upper Intake Level (UL) “é definido como valor mais alto de ingestão diária prolongada de um nutriente que, aparentemente, não oferece risco de efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos” (PADOVANI et al., p. 743, 2006). Os carboidratos, proteínas e lipídeos apresentam funções energéticas, fornecem energia para as atividades diária. Os cereais, pães, massas, bolos, batata e açúcar são exemplos de alimentos que contém esses macronutrientes em sua composição. As proteínas são agentes construtores, ou seja, são nutrientes que atuam na construção de tecidos, ossos, músculos e pele. As carnes, ovos, leite e seus derivados são exemplos de alimentos fontes de proteínas. As proteínas de alto valor biológico apresentam em sua composição aminoácidos essenciais em proporções adequadas. Exemplo: carne, peixe, aves e ovo. As proteínas de baixo valor biológico não apresentam em sua composição aminoácidos essenciais em proporções adequadas. São exemplos de proteínascom baixo valor biológico os cereais integrais, feijão, lentilha, ervilha, grão- de-bico. As proteínas de referência possuem todos os aminoácidos essenciais em maior quantidade, exemplos: ovo, leite humano e leite de vaca (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). As vitaminas e os minerais apresentam funções reguladoras. São substâncias necessárias para o crescimento e o bom funcionamento do organismo, assim como contribuem para a prevenção de doenças. As frutas, legumes e verduras são grandes fontes desses nutrientes. Segundo o Ministério da Saúde (MS), “uma alimentação saudável deve ser baseada em práticas alimentares que assumam a significação social e cultural dos alimentos 11 como fundamento básico conceitual. Neste sentido é fundamental resgatar estas práticas bem como estimular a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais (como legumes, verduras e frutas), sempre levando em consideração os aspectos comportamentais e afetivos relacionados às práticas alimentares” (BRASIL, 2005). Nesse âmbito, o “Guia Alimentar para a População Brasileira”, é um documento norteador na busca por uma alimentação saudável e equilibrada. “Esse instrumento aborda os princípios e as recomendações de uma alimentação adequada e saudável para a população brasileira”. O guia possui uma linguagem de fácil entendimento, valoriza a cultura, a regionalidade e “reforça o compromisso do Ministério da Saúde de contribuir para o desenvolvimento de estratégias para a promoção da saúde” de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo. Além disso, orienta, de uma forma simples, os 10 passos para uma alimentação saudável (BRASIL, 2014). Figura 1: Os 10 Passos Para Uma Alimentação Saudável Fonte: Brasil (2014) Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação, limitar o consumo de alimentos processados e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados estão entre os 10 passos para uma alimentação adequada e saudável abordado no Guia Alimentar para a População Brasileira. O consumo de alimentos ultraprocessados está associado com o aumento dos índices de obesidade, entre outras doenças crônicas. O consumo de alimentos ultraprocessados, muitas vezes, não satisfaz o aporte necessário de nutrientes para a manutenção da saúde. Esses alimentos são cheios de açucares, gordurosos, ricos em sódio, corantes artificiais (BRASIL, 2014). O Guia Alimentar para a População Brasileira é um documento que foi elaborado “para o fortalecimento da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, desencadeada a partir da publicação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional e do reconhecimento e inclusão do direito à alimentação como um dos direitos sociais na Constituição Federal”. A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN – Lei no 11.346, de 15 de setembro de 2006) é definido como “..realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam 12 1.2 NUTRIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis” (BRASIL, 2014). Para ter uma alimentação saudável e balanceada é necessária a elaboração de um planejamento alimentar individualizado com as quantidades de calorias necessárias de acordo com as recomendações nutricionais para que o indivíduo adulto e idoso consiga suprir suas necessidades diárias (MOREIRA et al., 2012). Abaixo contém as recomendações para proteínas, carboidratos e lipídeos. Figura 2: Resumo Das Recomendações Nutricionais De Proteínas, Lipídios E Carboidratos Para Adultos E Idosos Fonte: Moreira et al. (2012) Recommended Dietary Allowances (RDA); So- ciedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN); Institute of Medicine (IOM); Estimated average requirement (EAR). *Crianças e adultos sadios que ingerem dietas com boa qualidade protéica e adequação energética. **Populações que consomem pequenas quantidades de pro- teínas de origem animal e que vivem em condi- ções adversas. ***Idosos com ingestão energéti- ca reduzida por inatividade ou debilidade. É importante deixar registrado que deve-se ter cautela e bom senso na interpretação desses valores de referência para que diagnóstico e orientação dietética dos indivíduos sejam confiáveis. Em relação aos micronutrientes (vitaminas e minerais) é necessário que o RDA (Recommended Dietary Allowances) ou o Adequate Intake (AI) seja alcançado, assim como, deve-se a ter atenção que estes não ultrapassem o Tolerable Upper Intake Level (UL). Esses valores devem ser referência para adequação de um planejamento alimentar. A elaboração de um planejamento alimentar individualizado é importante para todos os indivíduos, pois equilibra suas necessidades energéticas, oferece os nutrientes básicos e necessários para cada objetivo, contribui para recuperação mais rápida e adequada, evitando a perda e o ganho de peso desagradáveis, assim como a perda de massa magra. Cada pessoa possui sua particularidade, rotina, preferência e rejeição alimentar e experiência alimentar que foram construídas ao longo da vida. Precisamos respeitar e orientar tendo em vista todos esses fatores. Contudo, quando o assunto é saúde, alimentação equilibrada e atividade física regular formam uma dupla de destaque. Uma alimentação adequada é responsável por manter a produção de energia estável de maneira a possibilitar com que as reações químicas no corpo ocorram. A nutrição é um importante fator em todos os níveis de esportes e na prática de atividade física, pois auxilia na oferta de energia adequada e no bom desempenho durante a atividade física, além de evitar a fadiga, aperfeiçoar o período de recuperação, diminui o risco de lesões e de garantir a correta reposição dos estoques de energia (BRASIL, 2021). A nutrição esportiva é uma grande aliada nos programas de exercícios com as suas diversas finalidades como aumento da força, desempenho esportivo e melhora da 13 saúde. Além disso, a nutrição esportiva auxilia na preservação da massa magra, regulação dos processos metabólicos, equilíbrio hidroeletrolítico, transporte de oxigênio, síntese de novos tecidos, entre outros. Através da alimentação adequada, os praticantes de atividades físicas conseguem obter a energia e os nutrientes necessários para otimizar o desempenho durante as variações do treino, além de garantir a rápida recuperação posteriormente. O atleta depende também da nutrição para manter a boa saúde e boa forma. O nosso corpo consegue obter a energia para síntese, renovação celular e outras funções metabólicas a partir dos substratos energéticos. Os substratos energéticos que utilizamos são decorrentes de processos envolvidos na quebra dos nutrientes em estruturas menores, processos esses decorrentes de ações enzimáticas. Esses processos/ reações que ocorrem no nosso corpo são chamados de metabolismo. Para a geração de energia, o corpo passa por diversas reações metabólicas. O metabolismo é um conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes. Os processos metabólicos podem ser divididos em anabolismo e catabolismo. O anabolismo é caracterizado com a síntese de compostos grandes a partir de unidades pequenas como, por exemplo, a formação de proteínas a partir dos aminoácidos. Já o catabolismo é a degradação de moléculas grandes em unidades menores como a degradação de proteínas em unidades moleculares menores, os aminoácidos. A alimentação de um atleta é diferenciada daquela dos demais indivíduos, isso por que o gasto energético é elevado, as necessidades de nutrientes, na maioria das vezes, são elevadas devido ao exercício físico intenso realizado (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). O Gasto Energético Total (GET) varia de atleta para atleta e isso depende de três componentes:o gasto energético basal (GEB), efeito térmico do alimento (ETA) e da termogênese por atividades (TA). O gasto energético está muito relacionado com as características do exercício físico realizado. Além disso, deve-se avaliar quais são os objetivos do desportista e do atleta. Abaixo encontra-se a fórmula utilizada para cálculo do Gasto Energético Total: GET=GEB x FA+MET GEB = GASTO ENERGÉTICO BASAL (Harris-Benedict) GEB = GASTO ENERGÉTICO BASAL (FAO/OMS) FA = FATOR DE ATIVIDADE FÍSICA MET = GASTO CALÓRICO DO EXERCÍCIO A termogênese é o termo utilizado para definir a energia necessária para digerir, ab- sorver e metabolizar nutrientes, inclusive a síntese e o armazenamento de carboidratos, proteínas e lipídeos. GLOSSÁRIO 14 Gasto Energético Basal (GEB) ou Taxa Metabólica Basal (TMB): é a quantidade mínima de energia gasta compatível com o estilo de vida do indivíduo. O GEB de um indivíduo reflete na quantidade de energia utilizada durante 24 horas em repouso. As medições devem ser realizadas antes do indivíduo fazer qualquer atividade física, de preferência ao acordar, e 10 a 12 horas após a ingestão de qualquer alimento, em temperatura e ambiente confor- táveis (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Gasto Energético Total (GET): é o somatório do gasto energético basal ou TMB, energia gasta em atividades físicas e o efeito térmico do alimento, em 24 horas. FIQUE ATENTO A reservas de glicogênio muscular e hepático são limitadas, por isso a reposição deste nutriente deve ser feito de forma constante, mesmo durante a atividade física, para garantir um bom desempenho do atleta. O aporte insuficiente de carboidratos pode resultar em perda de massa magra, hipoglicemia, fadiga e exaustão. Em função do aumento da ingestão dos carboidratos a proporção de lipídeos diminui. No entanto, as proporções mudam de acordo com o esporte realizado. As necessidades são diferentes e cada momento do dia do atleta exigirá a predominância de um determinado substrato. Com relação à ingestão de proteína, esta pode variar de acordo com o tipo de atividade, mas é importante manter a proporção de 10 a 35% em relação ao valor calórico total da dieta para garantir a reconstrução muscular. O aporte insuficiente de proteínas gera perda proteica, principalmente perda muscular, além do desequilíbrio nitrogenado negativo e o baixo desempenho. Existem duas classificações básicas de treinamento entre as variações de treinamento físico: aeróbio e anaeróbio. Estas estão relacionadas com o tipo de metabolismo energético que está sendo utilizado durante a prática de atividade física (DOMICIANO; ARAÚJO; MACHADO, et al., 2010). O exercício aeróbio é definido como: o exercício no qual o oxigênio funciona como fonte de queima dos substratos que produzirão a ener- gia transportada para o músculo em atividade. São exercícios de longa duração, contínuos de baixa e/ou moderada intensidade e prolongados. Que estimulam e beneficiam principalmente os sistemas cardiorrespi- ratório, vascular e metabólico. Sendo exemplos bastan- te típicos deste tipo de exercício físico as corridas, o ciclismo e a natação (DOMICIANO; ARAÚJO; MACHA- DO, et al., 2010, p. 72). Em relação ao exercício anaeróbio é definido como: um exercício de força, que exige a contração muscular contra uma resistência. Na maior parte das vezes, este tipo de treinamento e/ou exercício não está associado ao movimento e utiliza uma forma de energia que independe do uso do oxigênio, sendo este tipo de treinamento e/ou exercício basicamente os de alta intensidade e de curta duração, no qual a fadi- 15 ga muscular surge mais rapidamente e os exercícios são realizados de forma interrompida, para intercalar períodos de descanso com períodos de atividade, sendo um exemplo típico deste tipo de atividade fí- sica a musculação (DOMICIANO; ARAÚJO; MACHADO, et al., 2010, p.72). As atividades físicas aeróbias e anaeróbias podem gerar radicais livres. Isso depende da frequência, intensidade, duração e modalidade do exercício realizado. Os radicais livres são moléculas que são liberadas pelo metabolismo do corpo com elétrons altamente instáveis e reativos, que podem causar morte celular ou doenças degenerativas. Eles podem ser neutralizados por antioxidantes presentes nas vitaminas e minerais, como a vitamina C, vitamina E, Betacaroteno, Antocianinas, Flavonoides, entre outros. Por isso e, dentre outros fatores, o aporte adequado de vitaminas e minerais são necessários. As estratégias especiais de ingestão de nutrientes e hidratação antes, durante e após os exercícios físicos podem ajudar a reduzir a fadiga e melhorar o desempenho nas atividades, assim como objetivo final (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Ao final dos capítulos, além da lista de referências básicas, encontram-se outras referências que foram utilizadas e/ou consultadas, estas podem ser utilizadas para tirar as dúvidas que por ventura venham a surgir ao longo dos estudos. Além disso, para entendermos melhor a atividade que os nutrientes desempenham no metabolismo, na próxima unidade serão descritas as definições, as classificações, a importância e as principais funções que cada macronutriente e micronutriente. Os atletas necessitam de um aporte glicídico maior quando comparado com indivíduos não atletas? VAMOS PENSAR? 16 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (FUNDATEC). Qual dos itens abaixo NÃO faz parte dos 10 passos para alimentação adequada e saudável segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira? a) Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia. b) Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece. c) Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. d) Organizar e planejar seu tempo para desenvolver atividades físicas para o bom desenvolvimento físico e mental. e) Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. 2. (ENADE). Na história das civilizações humanas, a agricultura esteve relacionada à origem de um fenômeno que se tornaria o marco da economia alimentar: o aumento demográfico. Entretanto, apesar de toda a força civilizatória da agricultura, muitos povos tornaram-se vulneráveis por falta de alimentos. Mesmo com o aumento do volume de alimentos, o número de indivíduos subnutridos é grande, como demonstrado pelos dados estatísticos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). A análise dos dados revela que, até 2014, a quantidade de pessoas desnutridas no mundo estava diminuindo, porém, entre 2015 e 2017, esse número aumenta. LIMA, J. S. G. Segurança alimentar e nutricional: sistemas agroecológicos são a mudança que a intensificação ecológica não alcança. Ciência e Cultura, v. 69, n. 2, 2017 (adaptado). Considerando a segurança alimentar e a nutrição no mundo, avalie as afirmações a seguir. I. O conceito de segurança alimentar e nutricional admite que a fome e a desnutrição são problemas de oferta adequada e garantia de alimentos saudáveis, respeitando-se a diversidade cultural e asustentabilidade socioeconômica e ambiental. II. A segurança alimentar e nutricional compreende a produção e a disponibilidade de alimentos, bem como o acesso à alimentação adequada e saudável. III. A escassez da oferta de alimentos nas últimas décadas decorre da falta de processos de produção e disseminação tecnológica que garantam a produção no campo frente às mudanças climáticas. É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. 17 d) II e III, apenas. e) I, II e III. 3. (Avança –SP). A glicose é prioritariamente armazenada no fígado na forma de: a) Glicogênio. b) Acetaldeído. c) Monocleído. d) Fosfolipídeo. e) Aceídio. 4. (AMEOSC). O gasto energético de repouso (GER)é a energia gasta nas atividades necessárias para manter as funções corporais normais e a homeostase. São fatores que afetam o GER, exceto: a) Idade. b) Clima. c) Sexo. d) Atividade física. e) Nenhuma das alternativas 5. (EDUCA - ADAPTADO). O valor nutricional dos alimentos é o principal norte do trabalho do nutricionista. Também é de suma importância para a população, que tem o direito de conhecer informações nutricionais que influenciam diretamente na sua saúde. Para o cálculo do valor energético, são usados fatores de conversão para carboidratos, gorduras e proteínas: I. Para cada grama de carboidrato: 4 kcal. II. Para cada grama de carboidrato: 10 kcal. III. Para cada grama de proteína: 4 kcal. IV. Para cada grama de proteína: 5 kcal. V. Para cada grama de gordura: 9 kcal. VI. Para cada grama de gordura: 12 kcal. Estão CORRETAS: a) I, II e III apenas. b) II, IV e VI apenas. c) I, III e V apenas. d) I, IV, V e VI apenas. e) I, II, III, IV e V. 6. (BIO –RIO). O gasto energético total (GET) diário de um indivíduo se constitui de: a) Gasto energético basal e temperatura corporal. b) Termogênese por atividade, idade e temperatura corporal. 18 c) Gasto energético basal, idade e massa livre de gordura. d) Temperatura corporal, efeito térmico do alimento e termogênese por atividade. e) Gasto energético basal, efeito térmico do alimento e termogênese por atividade. 7. As atividades físicas aeróbicas e anaeróbias podem gerar radicais livres. Isso depende de alguns fatores como a frequência, intensidade, duração e modalidade do exercício realizado. Os radicais livres são moléculas que são liberadas pelo metabolismo do corpo com elétrons altamente instáveis e reativos, que podem causar morte celular ou doenças degenerativas. a) Hormônios b) Antioxidades c) Proteínas d) Carboidratos e) Lipídeos 8. (COPESE – UFT). São carboidratos com função de armazenamento de energia nas células: a) Insulina e colesterol. b) Colesterol e amido. c) Triacilglicerol e amido. d) Glicose e insulina. e) Amido e glicogênio. 19 MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES 20 2.1 CARBOIDRATOS Os carboidratos, também conhecido como glicídios ou açucares, são polímeros formados pela junção de monômeros compostos por moléculas de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), com a proporção de duas moléculas de hidrogênio para cada molécula de carbono e oxigênio (1C:2H:1O). Os carboidratos é a maior fonte de energia utilizada para manutenção das atividades diárias. Os carboidratos podem ser classificados segundo ao número de moléculas, a digestibilidade e a complexidade. De acordo com o número de moléculas, os carboidratos são classificados em monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Os monossacarídeos possuem 4 a 7 moléculas de carbono em sua estrutura, sendo nomeados, respectivamente, em tretoses, pentoses, hexoses e heptoses. São solúveis em água e não sofrem hidrólise. Os monossacarídeos de maior importância é o de carbono de seis hexoses: glicose, galactose e frutose. A frutose é o mais doce de todos os monossacarídeos (MAUGHAN et al., 2004). Os dissacarídeos são formados a partir da união de dois monossacarídeos. A pesar da variedade de dissacarídeos presentes na natureza, os três dissacarídeos mais importantes na nutrição humana são: lactose, maltose e sacarose. A junção da glicose com a galactose forma a lactose, duas glicoses dão origem à maltose e a união da glicose com a frutose forma a sacarose. Esses carboidratos são unidos a partir de uma ligação entre o aldeído ativo ou o carbono cetona e uma hidroxila específica em outro açúcar (MAUGHAN et al., 2004). Já os oligossacarídeos são formados pela união de três a dez monossacarídeos, facilmente hidrossolúveis, como a rafinose e a estaquiose. Os polissacarídeos são originados pela junção de vários monossacarídeos, como o amido e o glicogênio. O amido é composto por dois tipos de polímeros de glicose: a amilose e a amilopectina, a diferença está na ramificação da cadeia. O amido é responsável pela reserva energética de tecidos vegetais e o glicogênio de tecidos animais (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Para assegurar aporte nutricional e uma alimentação saudável, os praticantes de atividades físicas devem ingerir alimentos fontes de macronutrientes e micronutrientes em quantidades adequadas. Embora seja estabelecido um percentual diário de cada macronutriente e micronutriente, devemos lembrar que algumas pessoas exercem atividades de rotina ou até mesmo atividades físicas diferentes, o que pode diminuir ou aumentar o aporte desses nutrientes. Em alguns casos, pode requerer uma maior demanda alimentar ou, por vezes, necessária adicionar suplementos alimentares (FARIAS, 2020). As vitaminas e os minerais estão presentes em grande variedade nos alimentos. Cada nutriente exerce funções específicas no nosso organismo, essenciais para a saúde das nossas células e para o adequado funcionamento do corpo. Diferente dos macronutrientes, a ingestão diária recomendada de vitaminas e os minerais são menores. 21 Com as classificações dos carboidratos ditos anteriormente, você conseguiria dizer qual o tipo de carboidrato que seria melhor para ser consumido como pré-treino? VAMOS PENSAR? Figura 3 : Estrutura Química Dos Carboidratos. Fonte: Ferreira; Rocha; Silva (2009) Os carboidratos simples são formados por açúcares simples e, por apresentarem estruturas químicas menores, entram na corrente sanguínea com maior velocidade e são facilmente digeridos e mais rapidamente absorvidos. Como exemplo de carboidratos simples: açúcar de mesa, pão francês, mel, açúcar do leite e das frutas, doces em geral, entre outros (PANSANI, 2018). Os carboidratos complexos são formados por cadeias mais complexas, entram na corrente sanguínea com menor velocidade e, por isso, possuem digestão e absorção mais lenta. Exemplos de alimentos que contêm carboidratos complexos: arroz integral, aveia, pães integrais, inhame, lentilha, entre outros (PANSANI, 2018). O processo de digestão dos carboidratos inicia pela boca a partir da ingestão de polissacarídeos (na maioria das vezes) com a ação da enzima amilase salivar. O amido é hidrolisado em moléculas menores (maltoses e dextrinas). A digestão do carboidrato é interrompida no estômago devido ao baixo pH, responsável por inativar a amilase salivar. No duodeno, retoma o processo de digestão, onde os carboidratos são hidrolisados em dissacarídeos pela ação da alfa amilase pancreática presente no suco pancreático. O processo de digestão finaliza com a hidrólise de dissacarídeos em moléculas menores (monossacarídeos) a partir da ação das enzimas (maltase, frutase e lactase) na mucosa intestinal. E posteriormente, ocorre o processo de absorção. A glicose pode ser utilizada como fonte de energia ou pode ser armazenada em forma de glicogênio no fígado e/ ou nos músculos. Além disso, a glicose é fonte de energia exclusiva do sistema nervoso central (PANSANI, 2018). 22 2.2 PROTEÍNAS As proteínas são macronutrientes responsáveis por compor a estrutura corporal dos seres humanos e dos animais e, diferentemente dos carboidratos e lipídeos, contém em sua estrutura nitrogênio. As proteínas participam de várias funções no nosso organismo. As reações químicas que ocorrem no nosso organismo, em muitos casos, são decorrentes das ações das enzimas. As enzimas, que na sua grande maioria são formadas por proteínas, são responsáveis pelas variadas reações que ocorrem em nosso organismo. Outras funções das proteínas incluem o transporte de moléculas, ação hormonal, defesa do organismo e ação genética. As proteínas são formadas por ligações peptídicas entre aminoácidos; monômeros compostos por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Possuem funções estruturais, enzimáticas, energéticas, hormonais, transportadora, defesa e hormonal (BROUNS, 2005). Figura 4: Estrutura Química Do Aminoácido Fonte: Disponível em: https://bityli.com/PoZPog. Acesso em:12 ago. 2021. As proteínas são formadas a partir de combinações de dez ou mais moléculas de aminoácidos. Os aminoácidos são necessários para a construção de tecidos, músculos, alguns hormônios e enzimas (PANSANI, 2018). Dos 20 aminoácidos existentes, 10 são classificados como essenciais. Por não serem sintetizados pelo nosso organismo (ou sintetizados em quantidades insuficientes), é necessário obter os aminoácidos essenciais pela alimentação. São estes: arginina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. Os aminoácidos não essenciais são: alanina, asparagina, ácido aspártico, cisteína, ácido glutâmico, glutamina, glicina, prolina, serina e tirosina. Os aminoácidos são ligados a partir de ligações peptídicas. A ligação entre dois aminoácidos forma um dipeptídeo, entre três aminoácidos forma um tripeptídeo e a partir de quatro aminoácidos um polipeptídeo (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). O quadro abaixo mostra combinações específicas que fornecem todos os aminoácidos essenciais: Combinações Exemplos Grãos e legumes Arroz e feijão, sopa de ervilha e torrada, curry de lentilha e arroz. Grãos e lácteos Macarrão e queijo, arroz doce, sanduiche de queijo. Legumes e sementes Grão de bico e gergelim, sopa. Quadro 1: Combinações Específicas Que Fornecem Todos Os Aminoácidos Essenciais Fonte: Pansani (2018) 23 As proteínas podem ser encontradas em carnes, leguminosas, soja, ovos, leites e derivados. A pesar de ser importante do consumo desse macronutriente para diversas funções no nosso organismo, é necessário cuidados em relação ao consumo excessivo pois pode, em alguns casos, gerar sobrecarga renal, entre outras complicações. O processo de digestão das proteínas inicia-se o estômago em pH ácido com a ação da pepsina. No intestino delgado, os grandes polímeros são hidrolisados em partículas menores de peptídeos pelas enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina, provenientes da secreção pancreática. Posteriormente, a carboxipolipeptidade, faz hidrólise na ligação dos aminoácidos individuais com as extremidades carboxila dos polipeptídios. Os restantes dos polipepítideos são clivados em tripeptídeos., dipeptídeos, e aminoácidos pela ação das peptidases presentes nas vilosidades do intestino delgado. Caso possua polipeptídeos remanescentes, as peptidades específicas presentes no citosol da célula epitelial finaliza a degradação em aminoácidos (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Para complementar os assuntos abordados neste capítulo, o livro “Nutrição e Dietética” (2018) trás maiores detalhes a cerca das funções e ações dos macro- nutrientes e micronutrientes na nossa saúde. O mesmo encontra-se disponível na biblioteca Virtual Pearson através do link: https://bityli.com/FewjCY. Acesso em: 12 ago. 2021 BUSQUE POR MAIS O aporte adequado de proteínas é essencial para o crescimento e desenvolvimento dos órgãos e tecidos. As proteínas consumidas são utilizadas para compor as estruturas teciduais, dos sistemas metabólicos, como as proteínas que transportadoras, hormonais, entre outras. As proteínas plasmáticas (albumina e hemácias), proteína muscular, proteína visceral (presentes nos órgãos abdominais) estão entre as proteínas existentes no nosso organismo . Quando não utilizadas, as proteínas são degradas através da oxidação dos aminoácidos e excretadas em forma de nitrogênio na urina. Isso ocorre por que o corpo humano não possui reservas proteicas como as reservas de energias existentes no tecido adiposo, no músculo e no fígado a partir dos carboidratos e lipídeos. Uma alternativa para não ocorrer à excreção, é metabolização em glicose ou em ácidos graxos que podem ser armazenados e, em caso de redução do aporte energético, utilizados preferencialmente como combustível energético para a ressíntese do ATP (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Em caso de uma dieta com baixo teor de carboidratos, a proteína é utilizada para a síntese de glicose (gliconeogênese). A ingestão adequada de carboidratos é fundamental para a manutenção do balanço nitrogenado, prevenir o catabolismo proteico e possíveis lesões, assim como contribuir na recuperação pós-treino. O metabolismo muscular é fortalecido por vários substratos energéticos, no entanto, isso depende da intensidade, duração do exercício e as características da preparação do atleta e do ambiente. Segundo Brouns (2005), o aumento do consumo de proteínas mais de três vezes de acordo com o recomendado não aumenta o nível de desempenho durante o exercício físico. Em atletas, por exemplo, a massa muscular não aumenta apenas pelo consumo 24 aumentado de proteínas. O balanço nitrogenado é definido pela a diferença entre a quantidade ingerida e excretada de nitrogênio pelo organismo, com o objetivo de avaliar o catabolismo proteico. balanço nitrogenado positivo é definido quando a ingestão de nitrogênio ultrapassa a excreção, onde grande parte da proteína ingerida deve estar sendo utilizada para a síntese de novos tecidos. Um exemplo ocorre em indivíduos que estão aumentando sua massa corporal e incorporando mais aminoácidos em proteínas do que os degradando. Já o balanço nitrogenado negativo é definido quando mais nitrogênio é excretado do que o ingerido. Isso acontece em casos de jejum (TIRAPEGUI, 2012). Balanço nitrogenado: É a relação da diferença entre a proteína ingerida pela alimentação e a eliminada através da urina. Normalmente, o balanço nitrogenado serve como indicati- vo, para praticantes de atividade física, do equilíbrio nitrogenado. FIQUE ATENTO 2.3 LIPÍDEOS Os lipídeos constituem aproximadamente 20 a 35% da energia na dieta dos seres humanos. Tem como funções: fornecimento de energia, precursores de hormônios, auxilia da absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) e melhor a textura e sabor dos alimentos. Assim como os carboidratos, os lipídeos são formados por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, mas os lipídeos não são polímeros; são pequenas moléculas, insolúveis em água, que são originadas de tecidos animais e vegetais. A parte dos lipídeos utilizada como fonte de energia é o ácido graxo (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). Os ácidos graxos são encontrados livremente pela natureza e, na maioria dos casos, estão ligados a outras moléculas através do grupo principal de ácido carboxílico. Os ácidos graxos são formados por cadeias de carbonos compostas de 4 até mais de 20 átomos de carbono. Os ácidos graxos podem ser classificados de acordo com a quantidade de átomos de carbono existentes ou com o tipo de ligações entre os átomos de carbono. Em relação ao número de átomos de carbono, os ácidos graxos podem ser classificados em ácidos graxos de cadeia curta (composto por 8 a 12 átomos de carbono), ácidos graxos de cadeia média (composto por 14 a 18 átomos de carbono) e ácidos graxos de cadeia longa (composto por mais de 20 átomos de carbono) (PANSANI, 2018). Além disso, os ácidos graxos também podem ser classificados de acordo com a presença ou ausência de ligações duplas na cadeia de carbono. Os ácidos graxos saturados não apresentam ligações duplas entre os átomos de carbono e são encontrados em carnes, gema de ovo, queijos, creme de leite, manteiga, óleo de coco, óleo de palma, gordura vegetal hidrogenada e margarina. Os ácidos graxos insaturados contêm em sua estrutura uma ou mais ligações duplas entre átomos de carbono. Quando apresentam apenas uma ligação dupla são chamados de ácidos graxos monoinsaturados e quando apresentam duas ou mais ligações duplas de ácidos graxos poli-insaturados. Podem ser encontrados no abacate, amendoim e óleos vegetais (azeite de oliva, óleo de girassol, milho e soja) (PANSANI, 25 2018). Os lipídeos da dieta são provenientes dos triglicerídeos, ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poli-insaturados. São moléculas responsáveis por fornecer ao corpo energia e participarem do transporte de vitaminas lipossolúveis, atuarem comoisolante térmico e protetores, e contribuir para a manutenção das células. De forma geral, os lipídeos estão presentes nas carnes, leites e derivados, oleaginosas, manteiga, margarina, óleo de coco, óleo vegetais, entre outros. Os ácidos linoleico (18:2 n-6, AL) e alfa-linolênico (18:3 n-3, AAL) são os ácidos graxos poli-insaturados de maior importância na dieta humana para a prevenção do aparecimento de doenças, quando consumidos em quantidades adequadas (Ácido linoleico: 10 a 17 g e Ácido alfa-linoleico: 1 a 1,6 g). Estes desempenham funções importantes no organismo, como a síntese de eicosanóides que estão diretamente esnovlvidos no sistema imunológico e nas respostas inflamatórias. Além disso, ômega-3 e 6 são precursores dos ácidos graxos poli-insaturados, como os ácidos eicosapentaenóico, docosahexaenóico e araquidônico (BRINQUES, 2015). Figura 5: Estrutura Química Do Ácido Graxo Linoleico (A) E Do Ácido Graxo Alfa-Linolêico (B) Fonte: Martin et al. (2006) No estomago, parte dos triglicerídeos é hidrolisado pela lipase gástrica. Devido o pH ácido, a ação da enzima fica dificultada e a continuidade do processo de digestão ocorre no intestino delgado. A outra parte, quando não hidrolisados, segue para o intestino delgado. No intestino delgado, o bolo alimentar com o pH ácido induz a liberação do hormônio digestivo colecistocinina (CCK). O CCK faz com que a vesícula biliar sofra contração, ocorrendo a liberação da bile para o duodeno, também estimulando a secreção pancreática. Os lipídios são emulsificados pela ação dos sais biliares e formam micelas mistas de triacilgliceróis, que sofrem a digestão pela ação da lipase pancreática, liberando ácidos graxos (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Na mitocôndria, os ácidos graxos são submetidos ao processo de beta-oxidação, ou seja, reação responsável por converter os ácidos graxos em acil-coA para interagir no ciclo do ácido cítrico. Após a ingestão de alimentos que contenha gordura, uma pequena fração circula na corrente sanguínea na forma de quilomícrons e ácidos graxos fixados a albumina. Parte da gordura é armazenada em forma de triglicerídeos nas células do tecido adiposo e armazenada dentro das células musculares. No entanto, a maior parte das gorduras é armazenada no tecido adiposo. 2.4 VITAMINAS E MINERAIS 26 As vitaminas e minerais são nutrientes essenciais para o corpo humano, participando em quase todos os processos metabólicos. Embora não fornecem energia, os micronutrientes atuam direta ou indiretamente nos processos metabólicos para gerar energia. As vitaminas e minerais atuam como coenzimas em muitos processos metabólicos, participam da síntese proteica e atuam como antioxidantes. Auxilia no crescimento dos tecidos, bom funcionamento do esqueleto e da musculatura, contração muscular, atividade enzimática, entre outros. 2.4.1 VITAMINAS As vitaminas são compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio. São classificadas em vitaminas hidrossolúveis (solúveis em água) e lipossolúveis (não solúveis em água). As vitaminas hidrossolúveis são as vitaminas do complexo B – tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), nicotinamida (vitamina B3), ácido pantotênico (vitamina B5), piridoxina (vitamina B6), biotina (vitamina B7), ácido fólico (vitamina B9), cobalamina (vitamina B12) – e ácido ascórbico (vitamina C). Quando consumidas em excesso não são absorvidas, e sim excretadas pela urina (BROUNS, 2005). A densidade de vitaminas no alimento, a biodisponibilidade e as perdas sofridas pelo organismo são fatores que contribuem para absorção das vitaminas. Abaixo, temos algumas vitaminas hidrossolúveis e a influência dos exercícios (BROUNS, 2005): Tiamina – Vitamina B1 A Tiamina atua como coenzima nas reações da via glicolítica e do ciclo de Krebs. Importante nutriente na conversão do piruvato para acetilCoA, que é uma etapa importante no processo de produção de energia a partir do carboidrato. Além disso, também participa das reações de catabolismo dos aminoácidos. A carne de porco, vísceras, grãos integrais, oleaginosas, leite, frutas, legumes e vegetais são alguns exemplos de fontes de Tiamina. Riboflavina – Vitamina B2 A Riboflavina também participa como coenzima nas reações da via glicolítica e do ciclo de Krebs. Participante do metabolismo energético mitocondrial, através do transporte de elétrons. Essas vitaminas estão presentes em carnes, ovos, laticínios, cereais integrais, germe de trigo e vegetais verdes. Niacina – Vitamina B3 Atua como coenzima na substância NAD (nicotina adenina dinucleotídeo), desempenhando função importante na síntese de glicogênio e gordura. Fígado, carnes magras, aves, grãos, legumes e amendoim são fontes de Niacina. Ácido pantoteico – Vitamina B5 Participa como componente do acetil CoA, para o metabolismo dos carboidratos e das gorduras. Presentes em carnes, peixes, aves, laticínios, legumes e cereais integrais. Piridoxina – Vitamina B6 A vitamina B6 participa como coenzima nas reações da via glicolítica, atuante 27 principalmente com o metabolismo do glicogênio e síntese proteica. Tem uma relação com atletas que usam a força. Presentes em carnes, peixes, aves, vegetais, cereais integrais e sementes. Biotina – Vitamina B7 A Biotina é produzida no intestino delgado por microrganismos e fungos. Desempenha papel essencial atuando como coenzima nas reações de gliconeogênese, no metabolismo dos aminoácidos e na síntese e oxidação dos ácidos graxos. Para a conversão de biotina para coenzima ativa é necessário a disponibilidade de magnésio e de ATP. Alimentos fontes de biotina são: carnes, fígado, gema de ovo, oleaginosa, legumes e vegetais. Ácido fólico – Vitamina B9 Atual na manutenção dos níveis séricos de homocisteína e eritrócitos. Alguns alimentos fontes de ácido fólico são: vegetais verdes escuros, vísceras, leguminosas e gema de ovo. Cobalamina – Vitamina B12 Além contribuir na manutenção dos níveis séricos de homocisteína e eritrócitos como ácido fólico, a cobalamina atua como coenzima no metabolismo do ácido nucléico, influenciando também a síntese proteica. Presente em carnes e vísceras, leite e derivados, peixes e ovos. Ácido ascórbico - Vitamina C A vitamina C é um importante nutriente, pois atua como antioxidante aprimorando o papel protetor para a manutenção da integridade celular, fortalecendo o sistema imunológico e conferindo maior resistência. Além disso, participa das reações de síntese de colágeno e carnitina e, aumenta a biodisponibilidade de ferro. Estão presentes em batatas, couve, couve-flor, espinafre, frutas cítricas, frutas vermelhas, melão, pimentão, repolho e tomate. As vitaminas lipossolúveis são as vitaminas: A, D, E, K. São absorvidas passivamente e, por não serem solúveis em água necessitam ser transportadas com os lipídeos. As vitaminas lipossolúveis são encontradas em gotículas de lipídeos e presentes na membrana celular. Para serem absorvidas precisam da gordura e são excretadas com as fezes através da circulação êntero-hepática. Ácido retinoico – Vitamina A A vitamina A apresenta o carotenoide (beta-caroteno) como pró-vitamina. Possui ação antioxidante, protegendo o corpo contra o estresse oxidativo. Além disso, participa da diferenciação celular, regulação genética e construção de pigmentos visuais. Estão presente no fígado, gema de ovo, leites e derivados, abóbora, brócolis, cenoura, ervilha e espinafre. Calciferol – Vitamina D A vitamina D participa do metabolismo ósseo, na homeostase no Cálcio e na secreção de testosterona. Através do colesterol da pele e a própria luz ultravioleta é possível obter a vitamina D. A luz solar converte o 7-de-hidrocolesterol em colecalciferol. 28 Alguns alimentos fortificados como leite são fontes de vitamina D. Alfa-tocoferal – Vitamina E Assim como a vitamina D, a vitamina E possui efeito protetor contra o estresse oxidativo. Funciona com a vitamina C, o beta-caroteno e o selênio e protege as hemáciascontra a hemólise. Presente em farelo de arroz, germe de trigo, oleaginosas, óleos vegetais e vegetais folhosos. Filoquinonas – Vitamina K A vitamina K tem ação no metabolismo do ósseo e na coagulação sanguínea. Alguns alimentos fontes de vitamina K são: carne, couve, couve-flor, espinafre, fígado, ovos, peixe, repolho e vegetais verdes. 2.4.2 MINERAIS Os minerais fazem parte das enzimas e os hormônios que regulam as funções nas células, como a síntese de glicogênio, triglicerídeos e proteínas. Esses nutrientes participam da formação dos ossos e dentes, assim como, possuem papel importante na contração muscular, batimentos cardíacos, condução neural e equilíbrio acidobásico no organismo. Algumas das funções dos minerais no metabolismo corporal são: contração muscular, transmissão de impulsos nervosos, coenzimas nas reações glicolíticas, síntese proteica, equilíbrio acidobásico e regulação do balanço hídrico corporal. Fontes alimentares: • Cálcio: brócolis, couve, leite e derivados e tofu. • Enxofre: brócolis, rúcula, cebola, alho, abacate, oleaginosas, leites e derivados. • Fósforo: carnes, aves, peixes, leite e derivados e cereais integrais. • Potássio: batatas, banana, melão e vegetais folhosos. • Sódio: sal, alimentos processados e ultraprocessados. • Cloreto: parte dos alimentos que contém sal, algumas frutas e vegetais. • Magnésio: folhosos verdes escuros, semente de girassol e cereais integrais. • Ferro: leguminosas, espinafre, brócolis, tofu e semente de abóbora. • Flúor: água potável, frutos do mar e chás. • Zinco: carne vermelha, cereais integrais e frutos do mar. • Selênio: carnes, cereais integrais, frutos do mar, castanha do Brasil. • Iodo: sal iodado, leite e derivados e frutos do mar. • Cobre: água potável e carnes. • Cromo: carnes e vísceras, cereais integrais e óleos vegetais. As vitaminas e os minerais mantêm relações de equilíbrio no desenvolvimento das suas funções metabólicas no organismo. Esses nutrientes são necessários para funções específicas no nosso corpo. O consumo maior do que o recomendado pode alterar suas proporções, prejudicando o resultado final (TIRAPEGUI, 2012). 29 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (Instituto Excelência - Adaptado). Os nutrientes são as substâncias que constituem os alimentos e se dividem em: macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais). Os macronientes: a) São classificados como elementos essenciais, pois não são produzidos pelo corpo humano e, por isso, precisam ser adquiridos através da dieta diariamente. b) São compostos orgânicos essenciais (não podem ser sintetizados), que participam de reações metabólicas específicas no interior das células. c) São as substâncias que o nosso corpo precisa para poder funcionar adequadamente. São os nutrientes com a capacidade de serem absorvidos pelas células intestinais e utilizados como fonte de energia pelo organismo. d) Nenhuma das alternativas. e) Todas as alternativas 2. Uma alimentação adequada é aquela que inclui todos os nutrientes necessários para o funcionamento do nosso corpo. Entre os nutrientes que nos fornecem energia, podemos citar: a) Sais minerais. b) Vitaminas. c) Água. d) Carboidratos. e) Proteínas. 3. (Avança – SP). Como se sabe, os monossacarídeos constituem o tipo mais simples de carboidrato. Assinale a alternativa que apresenta elementos que fazem parte de tal classificação: a) Sacarose e ribulose. b) Frutose e celulose. c) Lactose e ribose. d) Frutose e galactose. e) Glicose e glicogênio. 4. (PUC-RIO). Macronutrientes podem ser definidos como a classe de compostos químicos que devem ser consumidos diariamente e em grande quantidade, pois fornecem energia e são componentes fundamentais para o crescimento e manutenção do corpo. Qual deles é obtido em maior abundância em dietas baseadas em vegetais e em produtos de origem animal, respectivamente? a) Proteínas para ambas as dietas. b) Carboidratos e proteínas. c) Proteínas e lipídios. 30 d) Proteínas e carboidratos. e) Carboidratos para ambas as dietas. 5. (IDHTED). Aminoácido essencial: a) Arginina. b) Aspargina. c) Histidina. d) Císteina. e) Prolina. 6. (Cesupa-PA- Adaptado). As vitaminas são substâncias orgânicas essenciais ao metabolismo humano e precisam ser obtidas a partir dos alimentos ingeridos. A vitamina D, obtida do óleo de fígado, fígado e gema de ovo, atua no (a): a) Coagulação do sangue, evitando hemorragias. b) Metabolismo do cálcio e do fósforo. c) Respiração celular, garantindo a tonalidade saudável da pele. d) Sistema nervoso involuntário, evitando o escorbuto. e) Nenhuma das alternativas. 7. (AMESC - Adaptado). Sobre a Vitamina C, assinale a alternativa INCORRETA: a) a vitamina C atua aumentando a biodisponibilidade do ferro. b) é sintetizada a partir do glicogênio. c) atua na síntese de colágeno e de carnitina. d) é um importante agente antioxidante aprimorando o papel protetor para a manutenção da integridade celular. e) a Vitamina C é sintetizada a partir da glicose e galactose pelas plantas e pela maioria dos animais. 8. (Avança – SP). No que se refere às vitaminas B, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: I. A vitamina B1 é conhecida como tiamina. II. A vitamina B2 é conhecida como niacina. III. A vitamina B3 é conhecida como riboflavina. a) Apenas o item I é verdadeiro. b) Apenas o item II é verdadeiro. c) Apenas o item III é verdadeiro. d) Apenas os itens II e III são verdadeiros. e) Nenhum dos itens é verdadeiro. 31 METABOLISMO ENERGÉTICO NO EXERCÍCIO FÍSICO 32 O corpo humano depende de energia para conseguir executar as suas atividades darias. As diversas funções que o corpo realiza são dependentes de energia gerada a partir do consumo de nutrientes. A partir do consumo de nutrientes, o corpo consegue extrair a energia dos nutrientes alimentares e distribuir para os órgãos para execução das suas atividades. A transferência de energia ocorre devido ao suporte continuo de oxigênio para as células e pelas reações químicas diversas ocasionadas a partir do consumo de alimentos balanceados em macronutrientes e micronutrientes (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Compreender o papel dos macronutrientes no metabolismo energético é extremamente importante e crucial na busca do desempenho e rendimento nos exercícios físicos. A qualidade e quantidade dos macronutrientes consumidos podem afetar na capacidade de realizar exercícios, na resposta ao treinamento e na saúde. Além de utilizar uma quantidade considerável de energia para realizar as dos exercícios físicos, o corpo utiliza a energia para execução de outras atividades com para a digestão, absorção e excreção de nutrientes alimentares, secreção de hormônio, síntese de novos compostos químicos, entre outros. A produção de energia é decorrente de diversos processos metabólicos do nosso organismo. Os dois sistemas metabólicos que fornecem energia para o corpo são: metabolismo anaeróbico (independente de oxigênio) e metabolismo aeróbico (dependente de oxigênio). O tipo de exercício realizado, a intensidade e duração são fatores que direcionam qual o processo metabólico que o nosso corpo vai realizar. 3.1 PRODUÇÃO DE ENERGIA (CARBOIDRATOS) O corpo utiliza como combustível para gerar energia o trifosfato de adenosina (ATP). O ATP é encontrado nas células, utilizado como moeda energética para as células e para gerar energia para a contração muscular. Embora o ATP seja um combustível importante para a geração de energia no corpo, possui estoque limitado. Apenas 85 g ATP são armazenados, isso só é suficiente para alguns segundos de atividade física. Com o seu estoque limitado, o corpo precisa ressintetizar ATP constantemente durante o exercício físico. A ressíntese de ATP é uma das formas de obter energia durante os exercícios físicos (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2021). A glicólise anaeróbica é a outra via que pode ser utilizada para gerar energia. Produz ATP em quantidades pequenas quando comparadosà via aeróbica. Nesse processo metabólico, a glicose é liberada em forma de energia rapidamente e por curtos períodos de tempo sem a utilização de oxigênio. O ácido lático é o produto final desse processo e, sem a produção final do ácido lático a glicólise é inibida. A quantidade de ATP produzida a partir da glicólise anaeróbica é pequena. A energia produzida consegue suportar atividades com duração de 60 a 120 segundos. A transferência rápida de energia anaeróbica mantém um alto padrão de desempenho nos esforços máximos de curta duração, como corrida de 400 metros e provas de natação (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2021). A Figura 6 descreve o processo da glicólise anaeróbica, onde 10 reações químicas são realizadas e controladas a partir de enzimas. A partir da hidrólise da glicose, duas moléculas de piruvato são obtidas. Durante esse processo, o NAD+ é reconstituído com moléculas de hidrogênio não oxidados e são combinados ao piruvato formando lactato (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2021). 33 Figura 6: Processo De Glicólise Anaeróbica Fonte: McArdle; Katch; Katch (2021, p. 149) Embora essa via forneça energia imediata para realização da atividade em falta de oxigênio, não é interessante continuar indefinitivamente produzindo energia através desse processo. Isso porque o lactato pode ser convertido em ácido lático e acumular na corrente sanguínea, diminuindo o pH e ocasionando fadiga muscular. O ácido lático pode ser removido do músculo e ser utilizado como energia no músculo, fígado ou cérebro (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003; MCARDLE; KATCH; KATCH, 2021). O termo aeróbico descreve essas reações energéticas que necessitam de oxigênio. Para que ocorra a produção de energia por essas vias é necessário que o oxigênio esteja presente para combinar com o hidrogênio na cadeia transportadora de elétrons, caso contrário a produção de energia será interrompida. Nesta via pode produzir 18 a 19 vezes mais ATP. Na presença de oxigênio o piruvato é convertido em acetilcoenzima A (CoA), onde na mitocôndria, passa pelo Ciclo de Krebs e gera 36 a 38 ATP por molécula de glicose. A figura 7 mostra o piruvato entrando no ciclo do ácido cítrico, unindo-se com a coenzima-A para formar o acetil-CoA (MAUGHAN et al., 2004) 34 Figura 7: Ciclo Do Ácido Cítrico Fonte: McArdle; Katch; Katch (2021, p. 153) Os carboidratos são fornecedores de energia para as atividades celulares. Durante o exercício de alta intensidade, os carboidratos são utilizados como os principais combustíveis energéticos. O consumo de carboidratos ajuda a preservar as reservar corporais de glicogênio, relativamente limitadas, em pessoas fisicamente ativas. No entanto, quando ultrapassa a capacidade das células em armazenar glicogênio, é acionado a conversão e o armazenamento das calorias dietéticas em excesso na forma de gordura (OLIVEIRA, A. M.; TAVARES, A, M, V.; BOSCO). A transferência de energia pelos carboidratos é realizada a partir da ingestão de glicose. A degradação da glicose pode ocorrer em dois momentos. No primeiro momento, a glicose é quebrada em duas moléculas de piruvato, sem a presença de oxigênio (glicólise anaeróbica). Essa série de reações são realizadas no citoplasma das células, fora da mitocôndria. No segundo momento do catabolismo da glicose, o piruvato é degradado em dióxido de carbono e água. Para gerar energia nesse processo, as reações dependem do transporte de elétrons e da fosforilação oxidativa (via aeróbica) (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Os carboidratos são os únicos macronutrientes que podem ser armazenados com geração de energia ATP sem a presença de oxigênio. Essa via é importante em exercícios de alta intensidade, pois requer a liberação rápida de energia acima dos níveis supridos pelas reações metabólicas aeróbicas. Nesse caso, a maior parte da energia para a ressíntese do ATP provém do glicogênio intramuscular armazenado. Além disso, durante o exercício aeróbico leve e moderado, os carboidratos atendem cerca de um terço das necessidades energéticas do corpo precisa (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). No exercício aeróbico de alta intensidade em tempo prologando (ex. maratona), os atletas costumam apresentar fadiga relacionada ao exercício. Neste momento, ocorre a depleção de glicogênio muscular e hepático. Isso pode ser evitado com o aporte adequado de carboidratos. Além disso, o aporte adequado de carboidratos contribui para preservar as proteínas teciduais. As proteínas desempenham funções importantes para a manutenção, reparo e crescimento dos tecidos (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015; 35 Quais são os fatores que estão relacionados com a presença de fadiga em atletas? VAMOS PENSAR? 3.2 LIBERAÇÃO DE ENERGIA (PROTEÍNAS) McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). As reservas de glicogênio são depletadas rapidamente em algumas situações como: processo de inanição, ingestão insuficiente de carboidratos, exercício prolongado, entre outros. Uma redução nas reservas de glicogênio e nos níveis plasmáticos de glicose acaba direcionando para a síntese de glicose através de outras vias como a partir da proteína (aminoácidos) quanto pela porção glicerol da molécula de gordura (triacilglicerol). O Sistema Nervoso Central (SNC) necessita de carboidrato para executar as suas funções. O cérebro depende quase exclusivamente da glicose sanguínea como seu combustível energético. Em pessoas com diabetes, durante o processo de inanição ou em baixo consumo de carboidratos em períodos prolongados, o SNC consegue se adaptar por alguns dias, mas após esse período (aproximadamente 8 dias) começa a metabolizar quantidades relativamente grandes de gordura (como cetonas) como alternativa energética (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). A proteína é um excelente substrato energético para exercícios de endurance e treinamento pesado. Para executarem essas funções, os aminoácidos precisam passar primeiro por uma reação de desaminação que consiste na retirada de nitrogênio da molécula de aminoácido. Essa reação permite com que os aminoácidos sejam prontamente direcionados a via para liberação de energia (MAUGHAN et al., 2004). As proteínas apresentam outras funções como estruturantes, onde participam ativamente do metabolismo, atuam no transporte e nas funções hormonais. É importante deixar registrado que não existe reserva de proteína no corpo. O músculo apresenta cerca 65% da proteína corporal total. Essa quantidade pode aumentar de acordo com os exercícios realizados, duração do treinamento, intensidade e outros fatores (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). O fígado funciona como local principal para a realização dessas reações de desaminação, porém o músculo esquelético também contém enzimas que removem o nitrogênio de um grupo amina de um aminoácido e o transferem para outros compostos durante a transaminação. Após essa conversão, as proteínas em excesso podem ser convertidas em lipídeos, assim como ocorre com os carboidratos (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Com a ingestão de proteína dietética, os aminoácidos são transportados até o fígado, onde ocorre a reação de desaminação convertendo o carbono derivado desses aminoácidos em piruvato, que são direcionados para a mitocôndria e convertidos em acetil-CoAonde podem seguir para o catabolismo do ciclo do ácido cítrico ou para a síntese dos ácidos graxos. A figura 9 ilustra esse processo. 36 Figura 8: Catabolismo E Anabolismo Entre Carboidratos, Lipídeos E Proteínas Fonte: McArdle, Katch, Katch (2021, p. 162) Após as reações de desaminação, o composto resultante pode ser utilizado para a síntese de um novo aminoácido, utilizado para a conversão em carboidrato ou gordura ou, ainda, ser catabolizado diretamente para gerar energia. A ureia formada na desaminação deixa o corpo em solução na forma de urina. Com a catabolização excessiva da proteína, ocorre alta produção de ureia. Para eliminar a quantidade excessiva de ureia, o corpo perde muito liquido, pois, a ureia precisa ser dissolvida em água para ser excretada.O corpo precisa estar em equilíbrio de acordo com os níveis de nitrogênio. Quando o indivíduo apresenta um balanço nitrogenado positivo, ou seja, isso significa que a ingestão de nitrogênio ultrapassou a excreção de nitrogênio, com a proteína adicional sendo usada para sintetizar novos tecidos. Normalmente, o equilíbrio nitrogenado positivo ocorre durante os exercícios de resistência, onde células musculares promovem a síntese proteica (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). Esse processo acontece em indivíduos em inanição. As dietas com oferta reduzida de energia podem ocasionar depleção nas reservas de glicogênio, desencadeando uma possível deficiência proteica com subsequente perda de tecidos magros (McARDLE; KATCH; KATCH, 2003). Durante o exercício prolongado, o ciclo alanina-glicose gera em tordo de 10 a 15% de energia necessária para a realização do exercício físico. A alanina é sintetizada no tecido muscular a partir do piruvato. Através da reação de transaminação, a alanina é transportada pela corrente sanguínea e transformada em glicose e ureia no fígado. Durante o exercício físico, a grande produção e gasto energético da alanina pelo músculo acabam ajudando a manter a glicose sanguínea. A manutenção da glicose contribui para atingir as necessidades do sistema nervoso e dos músculos ativos (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). 37 Para compreender melhor o metabolismo dos macronutrientes, sugiro a leitu- ra do livro “Nutrição para o Esporte e o Exercício” (2021) que está disponível na minha biblioteca integrada: https://bityli.com/H8cvEp. É um livro gcompleto, onde pode tirar dúvidas sobre o assunto abordado nessa unidade. BUSQUE POR MAIS A gordura armazenada representa uma fonte abundante de energia para o nosso organismo executar as suas atividades. Quando comparados com os carboidratos e as proteínas, a gordura armazenada proporciona uma quantidade quase ilimitada de energia. A obtenção de energia a partir de moléculas de gordura armazenada pode ser realizada através do triacilglicerol armazenado na fibra muscular, triacilglicerol circulante nos complexos lipoproteicos e pelos ácidos graxos livres circulantes mobilizados a partir do triacilglicerol existente no tecido adiposo (SHILS, 2003). Antes da liberação de energia a partir das moléculas de lipídeos, ocorre a hidrólise das moléculas de triacilglicerol em glicerol e três moléculas de ácidos graxos. A figura 9 mostra esse processo. O glicerol entra em vias energéticas durante a glicólise e os fragmentos de ácidos graxos são preparados para entrarem no ciclo do ácido cítrico. 3.3 LIBERAÇÃO DE ENERGIA (LIPÍDEOS) Figura 9: Hidrolise De Triacilglicerol Em Glicerol E Ácidos Graxos Fonte: McArdle; Katch; Katch (2021, p. 158) Os lipídios desempenham funções importantes no corpo como: reservatório de energia, proteção e isolamento de órgãos vitais, transporte para as vitaminas lipossolúveis, entre outros. A gordura constitui o combustível celular ideal, proporcionando uma fonte imediata de energia. Todas as células possuem a capacidade de armazenar gordura, no entanto, o tecido adiposo é o principal fornecedor de moléculas de ácidos graxos. As 38 células do tecido adiposo sintetizam e armazenam o triacilglicerol. A maior parte da energia decorrente dos lipídeos, presente como tecido adiposo, triacilgliceróis intramusculares e uma pequena quantidade de ácidos graxos livres plasmáticos, estão disponíveis para a realização do exercício físico. Com as reservas de energia provenientes dos carboidratos conseguimos realizar uma corrida de alta intensidade por aproximadamente 1 hora e 30 minutos, já com as reservas de gordura uma pessoa consegue realizar esse exercício por cerda de 120 horas. Assim como acontece com os carboidratos, conseguimos deixar a proteína para realizar suas importantes funções de síntese e reparo dos tecidos e, utilizar a gordura armazenada como fonte de energia. Além desses fatores, a gordura também é bastante utilizada como isolante térmico, ou seja, possuem a capacidade de tolerar os extremos de exposição ao frio (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). A gordura é utilizada no transporte e absorção das vitaminas lipossolúveis (A,D,K e E). O consumo diário de lipídeos proporciona uma fonte suficiente de vitaminas lipossolúveis. Com isso, o consumo insuficiente de lipídeos acaba comprometendo a disponibilidade dessas vitaminas (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2021). Quatro fatores são importantes para determinar a velocidade e o grau em que são utiliza- das as reservas de carboidratos: ingestão de carboidratos, intensidade do exercício, dura- ção do exercício e estado de treinamento. FIQUE ATENTO 39 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (CIAAR). Sobre atividade física e alimentação, assinale falso (F) ou verdadeiro (V). A seguir, indique a opção com a sequência correta. ( ) Os lipídeos estocados são os substratos energéticos predominantes nos primeiros 5 minutos de metabolismo aeróbico de intensidade constante, baixa a moderada. ( ) Após os primeiros instantes de exercício físico há uma degradação de glicose, esse processo é chamado de glicólise anaeróbica. ( ) Os carboidratos representam o único substrato energético capaz de fornecer energia anaerobicamente. ( ) Em exercícios continuados acontece o metabolismo aeróbico, que compreende a oxidação de carboidratos com grande contribuição de proteínas e lipídeos como substratos energéticos. ( ) O organismo possui reservas reduzidas de ATP, portanto se o exercício se prolonga, há necessidade de ressíntese de moléculas de ATP. a) V – F – V – F – V. b) V – F – F – V – V. c) V – V – V – F – F. d) F – V – V – F – V. e) F – V – V – V – V. 2. O ciclo de Krebs é uma das etapas de um importante processo que ocorre no organismo de certos seres vivos. Esse processo, que está relacionado com a produção de energia para a célula, é chamado de: a) Fotossíntese. b) Fermentação alcoólica. c) Respiração celular. d) Respiração anaeróbia. e) Fermentação lática. 3. A glicólise é a primeira via metabólica da glicose e apresenta dez reações químicas. Esse importante processo ocorre no interior da célula, mais precisamente a) Na mitocôndria. b) No lisossomo. c) Na membrana plasmática. d) No citosol. e) No núcleo 4. A glicólise é uma via metabólica que tem por objetivo oxidar a glicose a fim de conseguir ATP. Nesse processo, a glicose é convertida em duas moléculas de: 40 a) Aminoácidos. b) Piruvato. c) Oxalacetato. d) Álcool. e) Acetil-Coa. 5. O ciclo de Krebs é uma etapa da respiração celular, que ocorre: a) Na matriz mitocondrial. b) Nos tilacoides. c) Na membrana da mitocôndria. d) No citoplasma celular. e) No núcleo. 6. O ciclo de Krebs, também conhecido como ciclo do ácido cítrico, inicia-se quando ocorre a reação entre acetilcoenzima A e o ácido oxalacético. O acetilcoenzima A é formado após o processo de glicose, quando o ácido pirúvico reage com uma substância denominada de ___________. Dessa reação surge uma molécula de gás carbônico, uma molécula de NADH e uma molécula de _____________. Baseando-se nos seus conhecimentos sobre as etapas da respiração celular, marque a alternativa que completa os espaços acima. a) Glicose e sacarose, respectivamente. b) Glicose e coenzima a, respectivamente. c) Sacarose e coenzima a, respectivamente. d) Glicose e acetilcoenzima a, respectivamente. e) Coenzima a e acetilcoenzima a, respectivamente. 7. (Marinha). Após a atividade física, a reposição dos estoques de glicogênio é favorecida pelos receptores celulares de insulina e pela ação da enzima glicogênio sintetase. Assinale a opção que apresenta a recomendação da quantidade e do tipo de carboidrato para essa reposição. a) 0,5 a 1,0 g/kg de peso corporal de carboidrato de alto índice glicêmico. b) 0,7 a 1,5 g/kg de peso corporal de carboidrato de alto índice glicêmico. c) 0,5 a 1,0 g/kg de peso corporal de carboidrato de baixo índice glicêmico. d) 1,0 a 2,0 g/kg de peso corporal de carboidrato de alto índice glicêmico. e) 0,7 a 1,5 g/kg de pesocorporal de carboidrato de baixo índice glicêmico. 8. (SEC-BA). Quando praticamos exercícios físicos, ocorrem respostas fisiológicas importantes, como o aumento da frequência dos movimentos respiratórios, o aumento da frequência dos batimentos cardíacos e a elevação da pressão arterial. Estas respostas fisiológicas têm como resultado: a) O aumento da disponibilidade de oxigênio para as células musculares realizarem a fosforilação oxidativa. b) O aumento da concentração da glicose no sangue para melhorar a disponibilidade de 41 nutrientes para as células. c) O aumento da concentração de gás carbônico no sangue disponível para as células realizarem a oxidação dos ácidos graxos. d) A redução da disponibilidade de oxigênio nas células de modo a permitir a ocorrência de fermentação alcoólica. e) O aumento da concentração de hormônios que levam as células a sintetizarem mais moléculas de glicogênio 42 NECESSIDADES NUTRICIONAIS NO ESPORTE 43 O equilíbrio energético adequado é importante para o indivíduo fisicamente ativo para que consigam atingir os seus objetivos e desempenho nos treinamentos intensos diários. Para a realização do exercício em um estado adequado, o indivíduo precisa realizar a manutenção do balanço energético, com uma ingestão adequada de nutrientes para a otimização desempenho física, resposta ao treinamento e para regulação do peso corporal. Quando a ingestão energética excede o gasto energético frequentemente, a energia consumida em excesso através dos alimentos é armazenada como gordura no tecido adiposo. Quando o balanço energético é positivo, ou seja, quando a ingestão energética é maior que o gasto energético, isso ocasiona o ganho de peso e, consequentemente, o desequilíbrio energético (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). A alimentação é essencial importância para um bom desempenho em qualquer atividade esportiva. Mas para fornecer suporte necessário para o corpo, a alimentação precisa estar adequada e equilibrada do ponto de vista nutricional, para o organismo consiga realizar suas funções. As necessidades nutricionais são individualizadas, ou seja, cada indivíduo possui as suas necessidades nutricionais e isso depende de alguns fatores como: sexo, idade, peso, estatura, patologias, tipo de esporte, tempo de prova/competição, fase em que o atleta se encontra, entre outros (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). 4.1 NECESSIDADES NUTRICIONAIS MACRONUTRIENTES Praticantes de atividade física, adutos, normalmente, conseguem atingir as necessidades de macronutrientes através de uma dieta normal com 45% a 65% de calorias provenientes dos carboidratos (130 g/dia), 10 a 35% de proteínas (52 a 56 g/dia) e 20 a 35% de lipídeos. Para os atletas que realizam atividades com alta intensidade, necessitam de maiores quantidades de carboidratos e proteínas para atingirem as suas necessidades diárias. As recomendações são específicas para cada tipo de atividade física e depende do estado do indivíduo, sendo ativo ou atleta. As características do exercício realizado, intensidade, sexo do indivíduo, gasto energético diário, condições ambientes são alguns dos fatores que influenciam nas recomendações específicas para cada macronutriente. Como já mencionamos anteriormente, o glicogênio é a primeira fonte de glicose para os músculos durante o exercício físico. No entanto, quando ocorre o esgotamento dessas reservas, a glicogenólise e a gliconeogênese acaba sendo os responsáveis para suprir a energia através da glicose. Isso acontece, por exemplo, quando um corredor percorre uma distância longa e não consume quantidades suficientes de carboidratos, ou no caso de um nadador treina acima do seu consumo máximo de oxigênio por horas. Nestes casos, a reserva de glicogênio pode reduzir muito rapidamente. Logo, uma dieta com alto aporte de carboidratos pode ajudar nesses casos e na melhora do desempenho físico. Muitas vezes a gente se preocupa com a refeição próxima ao horário do exercício, mas esquecemos do que comemos no dia anterior. Se fizermos o exercício no final do dia, a refeição feita pela manhã irá influenciar no seu rendimento, no bem-estar e nos seus resultados relacionados ao exercício. Da mesma forma, se fizermos atividade pela manhã, a última refeição no dia anterior estará diretamente relacionada com o rendimento durante o exercício. É importante nos atentarmos à rotina alimentar e não somente ao 44 que vamos comer antes, durante e após os treinos. Desse modo, nossos hábitos e rotina alimentar exercem total influência no alcance do objetivo com o exercício físico, seja ele prevenção, promoção ou manutenção da saúde. 4.1.1 CABOIDRATOS A ingestão de alimentos antes, durante e após os exercícios físicos possui a finalidade de evitar a fome antes, durante e após o exercício e, manter os níveis de glicose adequados para as atividades musculares. A ingestão de carboidratos antes do exercício pode aumentar as reservas de glicogênio no fígado (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). Mesmo sabendo que o glicogênio muscular possui a capacidade de armazenar substratos energéticos, isso não significa que quando o praticante de atividade física ingerir uma dieta hiperglicídica vai armazenar rapidamente os substratos. A reposição não é rápida, demora pelo menos 24 horas para o restabelecimento dos níveis de glicogênio muscular após um exercício exaustivo e prolongado (MAHAN; ESCOTT- STUMP; RAYMOND, 2013). O índice glicêmico influência muito nos carboidratos a serem ingeridos antes, durante e após o exercício físico. É indicado o consumo de carboidratos complexos e integrais antes do exercício físico. É importante que a alimentação seja rica em carboidrato, não gordurosa e de fácil digestão. A gordura deve ser limitada por que retarda o esvaziamento gástrico e o processo de digestão é lento. O teor de gordura na alimentação no pré-treino vai diminuindo a medida que o evento vai se aproximando. Para evitar desconforto intestinal, o teor de carboidrato deve ser diminuído a medida que se aproxima da realização do exercício (MAHAN; ESCOTT- STUMP; RAYMOND, 2013). É importante ter atenção em alimentos ricos em fibras, gorduras e lactose, podem causar desconforto gastrointestinal em muitos atletas e devem ser evitados antes das competições. Experimentar novas estratégias alimentares é primordial para avaliar qual funciona melhor. Uma refeição antes do exercício deve ser rica em carboidratos e consumida entre 1 e 4 horas para ser digerida e absorvida e reabastecer as reservas de glicogênio muscular e hepático. É importante que a refeição contenha relativamente poucos lipídios e fibras para facilitar o esvaziamento gástrico e minimizar o estresse gastrintestinal. O baixo está alguns dos motivos pelo qual é preciso consumir uma dieta rica em carboidratos antes da competição: • Os carboidratos restabelecem os reservas de glicogênio muscular e hepático utilizados. • Macronutrientes que são digeridos e absorvidos mais rapidamente do que as proteínas e os lipídios, ainda, são fornecedores de energia, causando saciedade. • Dieta hiperproteica acaba elevando metabolismo em repouso consideravelmente mais do que uma hiperglicídica. • No catabolismo proteico pode haver a possibilidade de desidratação devido à necessidade de água para excretar os aminoácidos na urina. • Os carboidratos agem como o principal nutriente energético ou “combustível” tanto para atividades anaeróbicas de curta duração quanto para atividades físicas intensas, principalmente aeróbicas ou de endurance. Durante o exercício físico com mais de 1 hora, o consumo de carboidratos garante 45 a quantidade de energia nos últimos estágios do exercício, melhorando o desempenho e a percepção do esforço durante o exercício. O consumo de carboidratos não vai impedir a ocorrência de fadigas musculares para vai impedir o aparecimento delas. Alguns atletas preferem consumir bebidas isotônicas, no entanto outros possuem preferênciaspor alimentos sólidos ou carboidratos em gel e água. A combinação de carboidratos e proteínas é uma boa estratégia para o desempenho físico, síntese proteica e desempenho muscular. A ingestão de aminoácidos isoladamente ou em combinação com carboidratos antes ou depois do exercício parece melhorar no equilíbrio proteico e na síntese de proteínas em repouso, durante e na recuperação pós-treino (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). Quanto maior a demora na ingestão de carboidratos após o exercício físico mais demorado é a ressíntese de glicogênio. Quando comparados os carboidratos de alto índice glicêmico com os carboidratos de baixo índice glicêmico, o primeiro parece promover maior ressíntese de glicogênio em 24 horas. A combinação com a proteína melhora a reconstrução muscular. Muitos atletas possuem dificuldades em ingerir alimentos sólidos após as competições. Por ser mais fácil de ingerir, preferem alimentos práticos como picolés de frutas e bebidas. Para a reposição do glicogênio após treinamento ou competição de alta intensidade, o praticante precisa ingerir alimentos com alto ou moderado índice glicêmico em até 15 minutos após o fim do exercício. Importante consumir refeições que contenham 2,5 g/ kg de peso corporal de carboidratos com alto IG a cada 2 horas após o exercício (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). 4.1.2 PROTEÍNAS Várias discussões a cerda das recomendações de proteínas para atletas são realizadas. A RDA atual é de 0,8 g/kg de peso corporal. Idade, sexo, massa corporal, nível de aptidão física, tipo e fase de treinamento são alguns dos fatores que influenciam nas recomendações de proteínas (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). Atletas que tem um consumo exagerado de proteínas podem prejudicar o perfil dos carboidratos, o que as vezes pode acabar prejudicando a capacidade de treinamento. Além disso, o aumento do consumo de proteína pode ocasionar possível desidratação e aumento de diurese. Exemplos de combinações que podem ser utilização no pós-treino: Ovos mexidos com aveia e chia. Omelete com queijo minas, chia, linhaça e temperos. Fruta com aveia e mel. Em alguns estudos, recomendam o consumo de proteínas em treinamento de endurance entre 1,2 e 1,4 g/kg de proteínas de alta qualidade diariamente. Em indivíduos que realizam treinos de resistência podem consumir em torno de 1,8 g/kg de massa corporal. A ingestão dessas quantidades está dentro do recomendado e, faz com que não haja necessidade de utilização de suplementos. 4.1.3 LIPÍDEOS Em praticantes de atividades físicas a quantidade total de gordura que é armazenada no tecido adiposo pode variar de 10 a 25% nas mulheres e de 5 a 15% nos homens. Em indivíduos sedentários, esses percentuais já aumentam, com 20 a 35% nas mulheres e 10 a 20% nos homens (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). 46 A gordura é o maior combustível para exercícios com atividade leve a moderada. A pesar de ser um combustível energético valioso, a gordura não deve ser consumida em maior quantidade do que o recomendado. Quando o consumo de gordura pelos atletas é maior, maior será a oxidação dos ácidos graxos para gerar energia e se o consumo de carboidratos for maior, maior será a utilização do glicogênio como substrato energético (McARDLE; KATCH; KATCH, 2021). O consumo de carboidratos nas horas antes do exercício físico aumenta significativamente a oxidação de gordura quando comparados a situação de jejum em 6 horas. A intensidade e duração do exercício influenciam na oxidação de gordura. Quando a intensidade do exercício é alta a oxidação de gordura diminui. Está comprovado que dieta com alto teor de gordura compromete o exercício de alta intensidade isso mesmo com o consumo de carboidratos antes do exercício (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Em condições de treinamento intenso e prolongado pode ocasionar a síndrome do over- training, que consiste em uma fadiga crônica realizada durante os exercícios físicos e nos períodos posteriores de recuperação. Muito relacionada também com o baixo desempenho na prática de exercícios, incidência elevada de infecções, lesões, dor muscular persistente e mal-estar generalizado. FIQUE ATENTO 4.2 NECESSIDADES NUTRICIONAIS MICRONUTRIENTES Alguns estudos ainda vêm tentando justificar o uso dos suplementos vitamínicos na melhora do condicionamento em práticas esportivas. Quando as ingestões vitamínicas alcançam os níveis recomendados, não há necessidade de suplementação, pois os suplementos não melhoram o desempenho físico. Os micronutrientes não exercem efeitos diretos sobre as respostas físicas ao treinamento intenso e não protegem contra os danos musculares (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). A suplementação de micronutrientes não tem efeito no desempenho físico. Os micronutrientes exercem efeitos específicos e são suplementados em casos de deficiências nutricionais e utilização com objetivos específicos em atletas. O Ferro e o cálcio são os minerais mais deficientes na dieta de jovens atletas e são utilizados como pontos importantes em reações metabólicas (FARIAS, 2020). Em atletas vegetarianos o zinco, ferro e B12 podem ser motivos de preocupações. Quando a ingestão dietética de vitamina está abaixo da DRI, a suplementação é recomendada. No exercício físico, as vitaminas do complexo B contribui no metabolismo energético através das reações da via glicolítica e do ciclo de Krebs. Assim como participam das reações no catabolismo dos aminoácidos, transporte de elétrons na mitocôndria, síntese de glicogênio e gordura, contração muscular, manutenção dos níveis de homocisteína, divisão celular, entre outros (FARIAS, 2020). Com o aumento do metabolismo energético, aumenta a necessidade de vitaminas do complexo B, pois atuam como coenzimas nas vias geradoras de energia. Em atletas que apresentarem carência em vitaminas do complexo B, a suplementação pode melhorar o desempenho físico. No entanto, não é muito bem esclarecido que a suplementação de vitaminas do complexo B aumenta o desempenho (FARIAS, 2020). 47 Os indivíduos fisicamente ativos são mais propensos a danos decorrentes aos radicais livres? VAMOS PENSAR? 4.3 NECESSIDADES HIDRICAS (Desidratação e reidratação) Em casos de atletas vegetarianos, a suplementação de vitamina B12 é necessária. Além disso, a suplementação de folato acrescido com o consumo de alimentos enriquecido pode ser sugerida para aumentar o aporte desse nutriente de acordo com a RDA. Os antioxidantes tem sido agentes importantes na melhora do condicionamento físico e na prevenção de danos no tecido muscular pelo exercício físico. Os antioxidantes são responsáveis por neutralizar os radicais livres, protegendo a membrana celular contra os danos oxidativos. As vitaminas e minerais com atividades antioxidantes podem melhorar a recuperação pós-exercício físico, mantendo a resposta imunológica ideal e reduzindo a oxidação lipídica depois do exercício. Ex. vitamina C e vitamina E. Uma alimentação adequada e equilibrada rica em frutas e vegetais pode garantir a ingestão adequada de antioxidantes e, caso necessário, a utilização adequada de suplementos antioxidantes pode garantir uma dieta ideal e a redução do estresse oxidativo gerado pelo exercício e outros fatores (FARIAS, 2020). Em relação àqueles indivíduos que estão praticando atividade física com foco no ganho de peso e aumento da massa muscular é importante que o valor calórico da dieta seja maior que o gasto energético total (GET). A média pode variar de 1000 a 2000 kcal a mais, além disso, é importante se preocupar com a qualidade dos alimentos e estimular o uso de refeições regulares com lanches frequentes. Sugestões para aumentar o consumo calórico diário, seria a introdução de mel, vitaminas hipercalóricas, frutas desidratadas, dentre outros. Já para os indivíduos que praticam atividade física com o objetivo de perda de peso, a quantidade de energia ingerida ao longo do dia deve ser menor que o gasto energético total (GET). A médiapode variar de 500 a 1000 kcal do gasto total. É importante ressaltar que a dieta não pode estar abaixo da Taxa Metabólica Basal (TMB). E ainda, o cálculo deve ser realizado de acordo com a perda necessária. O desempenho do atleta é influenciado por diversos fatores como: composição corporal, intensidade de treinamento, estado mental, alimentação e hidratação. A prática de atividade física adequada envolve o equilíbrio. Sendo assim, o nível de hidratação também deve ser equilibrado para que o corpo consiga trabalhar adequadamente. Segundo a OMS, o consumo ideal de água deve ser de 35 ml x peso, ou seja, se o indivíduo tem 62,0 kg precisa ingerir, aproximadamente, 2.200 litros de água por dia. Aproximadamente, 70% do peso corporal total do corpo humano é composto de água. Nas práticas de atividade física, a água é fundamental para auxiliar no metabolismo, transporte de nutriente e oxigênio para as células e regulação da temperatura corporal. Qualquer comprometimento de líquidos durante a atividade física pode comprometer 48 o estado do indivíduo e trazer complicações. O calor proveniente do ambiente é liberado no corpo humano através do suor. O corpo conta com a evaporação do suor para manter a temperatura corporal adequada durante a atividade física em clima quente. A sudorese em excesso promove a intensa perda de líquido. Isso pode causar insuficiência circulatória e fazer com que a temperatura alcance níveis letais – quando ultrapassa a 42,2°C. Durante o exercício físico em clima quente, associado ao processo de desidratação, pouco sangue consegue circular e dissipar para as outras áreas, o que dificulta a dissipação do calor no corpo. A redução do fluxo de sangue periférico reflete a tentativa corporal de manter o débito cardíaco. Dessa forma, manter a hidratação é fundamental quando a temperatura ambiente atinge ou excede 36ºC (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). A umidade também influencia na capacidade do corpo de eliminar o calor pois a medida que a umidade aumenta, a taxa de evaporação do suor diminui o que significa que mais suor goteja no corpo mesmo sem transferência de calor do corpo para o ambiente. Uma ingestão adequada de líquidos reduz o risco de estresse gerado pelo calor. O processo de desidratação ocorre devido ao desequilíbrio de líquidos no corpo humano. Os principais sintomas são a sede, pele avermelhada, ausência de suor, taquicardia, fadiga, câimbras musculares, apatia, urina com coloração escura, lábios, boca e pele seca. Algumas alterações no corpo ocorrem devido a desidratação como: redução no volume sanguíneo, diminuição no transporte de oxigênio, redução do suor, aumento da temperatura corporal, dor de cabeça, redução de líquidos corporais, entre outros. Em atividade física intensa moderada, normalmente produz entre 0,5 e 1,5 litros de suor por um período de 1 hora. Além disso, ocorre uma perda considerável de água durante algumas horas de atividade física intensa em um ambiente quente. Isso acontece mesmo em casos da realização do exercício físico em ambientes termicamente menos desafiadores, como natação e esqui cross-country, ainda ocorrem à sudorese (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). A perda rápida de água acaba ocasionando na redução desproporcional de líquidos plasmáticos, influenciando negativamente na termorregulação e a função cardiovascular. A elaboração de um planejamento adequado para reposição de líquidos mantém o volume plasmático e sudorese adequada. Seguir a programação para reposição hídrica evita a desidratação e suas consequências, particularmente a hipertermia (MAUGHAN, 2004). Para avaliar desidratação em atletas, normalmente é verificada a massa corporal antes e após o exercício físico, avaliada a densidade e coloração da urina. Para manter o nível de hidratação adequado em atletas, o recomendado é a ingestão entre 30 e 60 mL/ kg. Além disso, é recomendada a ingestão entre 400 a 600 mL de água, sucos naturais ou isotônicos, de uma a duas horas antes no exercício, para manter os níveis de líquidos adequados (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). Durante a atividade física, o recomendado é a ingestão de 150 a 350 mL, a cada 15 a 20 minutos, de preferência água ou isotônicos. E, após a atividade física, para cada 0,5 Kg de massa corporal perdido durante o exercício, recomendado repor 450 a 675 mL de líquidos (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). 49 Termo regulação: conjunto de mecanismos que permitem regular a temperatura corporal interna, mantendo dentro dos valores recomendados. FIQUE ATENTO Como sugestão de leitura para melhor esclarecimento sobre o assunto abor- dado, busque o livro “Nutrição Esportiva” (2020) está disponível na biblioteca Virtual Pearson: https://bityli.com/FTrE5M. Acesso em: 14 ago. 2021 BUSQUE POR MAIS No caso da reposição de eletrólitos de 0,5 a 0,7 mL em atividade com duração maior que uma hora para aumentar a palatabilidade e a vontade de beber líquidos e, ainda, reduzir o risco de hiponatremia e cãibras musculares. Cloro, sódio, magnésio e potássio são os eletrólitos mais importantes e que exercem efeito sobre o conteúdo hídrico fora das células e dentro das células. 50 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (FGV). Um estudo comparativo entre indivíduos sedentários e atletas demonstrou que, após 20 minutos de exercício aeróbico, os indivíduos sedentários apresentaram concentrações significativamente mais elevadas do seguinte componente sérico: a) colesterol; b) HDL; c) LDL; d) lactato; e) uréia 2. (UFGD). Qual é a principal consequência de uma depleção dos estoques de glicogênio e do baixo aporte calórico da dieta durante a atividade física? a) Fadiga (incapacidade de manter o poder de rendimento). b) Poliúria (eliminação excessiva de urina). c) Polidipsia (sede). d) Polifagia (fome extrema). e) Rápida perda de peso. 3. Analise as alternativas abaixo e marque a única que não indica um sinal de desidratação: a) Boca seca. b) Fadiga. c) Dores de cabeça. d) Urina diluída. e) Pouca quantidade de urina. 4. (ACS). Em relação à alimentação do atleta, analise as afirmativas abaixo e assinale a opção correta. I. A ingestão de carboidratos durante exercícios de longa duração pode melhorar o desempenho do atleta, retardando a fadiga e prevenindo a ocorrência de hipoglicemia. Nesses casos, é recomendado o consumo de 30 a 60 gramas de carboidratos para cada hora de exercício. II. As reservas orgânicas de lipídios são o substrato energético ideal para os atletas que praticam exercícios prolongados aeróbicos. Essas reservas podem suprir até 80% das necessidades energéticas nessas atividades. Desse modo, a dieta desses atletas deve prover em torno de 40% das calorias totais, com ênfase para os ácidos graxos poliinsaturados. III. Nos exercícios de "endurance" ou resistência, além de síntese proteica e reposição de tecidos, as proteínas têm a função complementar de servirem como substrato energético, juntamente com os carboidratos e os lipídios. Sendo assim, os atletas devem consumir de 1,6 a 2,2 gramas de proteína/kg de peso corporal, para manter 51 um balanço nitrogenado positivo. a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Apenas a afirmativa I é verdadeira. d) Apenas a afirmativas II é verdadeira. e) Apenas a afirmativas III é verdadeira. 5. (Prefeitura Municipal de Itambaracá). O processo de hipertrofia ocorre quando a taxa de síntese proteica muscular excede a taxa de degradação, acarretando em um saldo positivo do balanço proteico muscular. Sobre o assunto, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) para o que se afirma e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( ) O exercício de força induz aumento agudo no turnover e na oxidação de proteínas durante o exercício. ( ) Hidratação e ingestão adequada de nutrientes (carboidratos e proteínas) no período pós-exercício colaboram para a obtenção de um balanço proteico muscular positivo. ( ) Recomenda-seuma ingestão proteica entre 1,6g/kg/dia e 2,0g/kg/dia com o objetivo de otimizar a síntese de proteína muscular. ( ) O fracionamento da ingestão (espaçadas 3-4horas) com doses de 20g para adultos mais jovens (ou uma quantidade maior - 40g – no final de um pós-treino de resistência que envolva ativação de músculos de todo o corpo) apresenta o fator mais importante. a) F – F – F- F. b) V – V – V- V. c) F – V – V - V. d) F – V – F – F. e) V – F – V –V. 6. (Prefeitura Municipal de Vitória). As recomendações dietéticas para homens e mulheres fisicamente ativos visam obter equilíbrio entre a ingestão e o gasto energético, promovendo a melhora do desempenho físico, manutenção/ganho de massa magra, benefícios nas funções imunológicas, dentre outros. Sobre esse assunto, assinale a alternativa INCORRETA. a) O aumento do metabolismo na atividade física eleva a produção de radicais livres potencialmente perigosos. b) Para reduzir a possibilidade do estresse oxidativo e de dano celular, a dieta diária deve conter alimentos ricos em vitaminas e minerais antioxidantes. c) Não existe uma recomendação precisa para a ingestão diária de lipídeos. Uma recomendação prudente sugere não exceder entre 30 e 35% do valor energético total e, dentro desse percentual, buscar alcançar 90% na forma de ácidos graxos insaturados. d) Para satisfazer as necessidades diárias de energia e nutrientes e minimizar o risco de doenças crônicas, os adultos devem consumir entre 45 a 65% do valor energético total a partir dos carboidratos, com uma ingestão máxima de açúcares de adição de 25% do 52 valor energético total diário. e) A suplementação vitamínica acima das quantidades presentes em uma dieta balanceada pode melhorar o desempenho físico ou o potencial para treinar, fora o poderoso benefício antioxidante que agrega ao padrão alimentar. 7. (Prefeitura Municipal de Paulistana). Combinações de carboidratos consumidas durante o exercício parecem otimizar a quantidade de carboidratos exógenos que podem ser oxidados melhorando o desempenho, mas o resultado não é o mesmo quando consumidos isoladamente. Nesse contexto, o carboidrato que consumido isoladamente pode ser mais propenso a causar desconforto gastrintestinal é: a) A glicose. b) A frutose. c) A sacarose. d) A maltodextrina e) Galactose. 8. (AOCP) A nutrição esportiva representa um dos elementos fundamentais para garantir um desempenho atlético de qualidade. A orientação nutricional proporciona não somente um equilíbrio energético diário como também um ajuste na qualidade dietética, permitindo uma adequada distribuição dos nutrientes. De acordo com esse tema, assinale a alternativa correta. a) Em relação aos carboidratos, o principal objetivo das refeições anteriores ao treinamento é manter os níveis de proteína muscular dentro da normalidade, evitando o catabolismo proteico. b) Em idosos, a redução da resposta de síntese de proteína muscular pode ocorrer devido a um aumento na perfusão muscular pósprandial e redução na captação muscular de aminoácidos. c) Independentemente do exercício físico realizado e de sua intensidade é recomendado uma ingestão de proteínas maior que 3 g/kg de peso corporal dia, a fim de aperfeiçoar a hipertrofia muscular. d) É recomendado um aumento na ingestão de lipídios poli-insaturados, já que no processo pós-exercício intenso ocorre imunossupressão por meio da diminuição da expressão de fatores pró-inflamatórios. e) A pré-hidratação, para que o indivíduo inicie o exercício hidratado e com níveis adequados de eletrólitos, deve acontecer bem antes da sessão de exercício, a fim de garantir a absorção de líquidos e a produção de urina em níveis normais. 53 RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS 54 5.1 RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS Os recursos ergogênicos incluem qualquer técnica utilizada para melhorar a capacidade de desempenhar o exercício físico além das adaptações de treinamento. Podemos subdividir os agentes ergogênicos em 5 grupos: fisiológicos (bicarbonato de sódio, citrato de sódio, infusão de sódio), farmacológico (anabolizantes, hormônio do crescimento, anfetaminas, termogênicos, cafeínas, entre outros), psicológicos (hipnose, controle de estresse e ansiedade), biomecânicos e mecânicos (equipamentos esportivos mais leves, depilação pré-competição, tênis mais leve para os corredores) e nutricionais ou suplementos esportivos (creatina, BCAAs glutamina, vitaminas, carboidratos, proteínas, lipídios, dentre outros) (BROUNS, 2005). Especificando, os fisiológicos incluem todo mecanismo ou adaptação fisiológica que melhora o desempenho físico. O próprio exercício físico pode ser visto como agente ergogênico fisiológico. Já os farmacológicos estão relacionados com os fármacos, como os esteróides anabólicos, que ocupam o lugar principal nessa classificação. E os agentes ergogênicos nutricionais são caracterizados pela aplicação de estratégias nutricionais e pelo consumo de nutrientes para a execução das atividades. Segundo Brouns (2005), “a ergogênica nutricional descreve as substâncias alimentares cujos efeitos consistem em aprimorar o desempenho. Esse efeito pode ser físico assim como mental”. Em questão legal, há categorias de substâncias proibidas pelo comitê olímpico internacional: estimulantes, analgésicos narcóticos, esteroides androgênicos-anabólico, β-bloqueadores, diuréticos, hormônios peptídicos, substâncias que alteram a integridade da urina. Segundo a portaria nº 32 de 13 de Janeiro de 1998, do Ministério da Saúde, “suplementos vitamínicos e/ou de minerais são definidos como alimentos que servem para complementar com nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde a sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requerer suplementação (...)”. O uso de suplementos alimentares em forma de recursos ergogênicos é muito comum no esporte. Muitos suplementos alimentares não promovem melhora no desempenho e pode ser prejudicial à saúde e ao desempenho físico. Isso por que podem contém substâncias tóxicas em grandes quantidades. A RDC nº18/2010 do Ministério da Saúde, teve o “objetivo de estabelecer a classificação, a designação, os requisitos de composição e de rotulagem dos alimentos para atletas”. De forma a regulamentar “os alimentos especialmente formulados para auxiliar os atletas a atender suas necessidades nutricionais específicas e auxiliar no desempenho do exercício. São eles: suplemento hidroeletrolítico, suplemento energético, suplemento proteico, suplemento para substituição parcial de refeições, suplemento de creatina e suplemento de cafeína”. Suplemento hidroeletrolítico Auxiliar a hidratação (até 8% CHO, 450-1150-mgNa/L, até 700mg K/L, <330 mOsm/Kg água) Suplemento energético Complementar as necessidades energéticas (CHO > 75%,15g/ porção) Suplemento proteicos Complementar as necessidades proteicas (50% Kcal de PT- N,10g/porção) Suplemento para substituição parcial de refeições Complementar as refeições de atletas em situações nas quais o acesso a alimentos que compõem a alimentação ha- bitual seja restrito (50-70% CHO, 13-20% PTN, máximo 30% LIP; mínimo 300Kcal/porção) 55 Fonte: RDC nº 18, de 27 de Abril de 2010 Existem vários recursos ergogênicos utilizados pelos atletas, alguns exemplos específicos estão caracterizados abaixo: 5.1.1 CREATINA A creatina é um aminoácido produzido pelo nosso organismo a partir dos aminoácidos arginina, glicina e metionina. O maior percentuar de creatinina que obtemos da dieta é através do consumo de carnes, no entanto, metade desse aminoácido é produzido no fígado e rins. A creatinina é utilizado como suplemento para melhorar a performance na prática esportiva, assim como estimulas a síntese proteica (BROUNS, 2005). A creatina está presente no músculo esquelético, este contém aproximadamente de 95% do reservatório total de creatina no corpo. O aumento do peso corporal em torno de 2 a 3% está entre os efeitos colaterais com o consumo excessivode creatina (BROUNS, 2005). A suplementação com creatina aumenta a massa corporal ou massa muscular durante os exercícios, no entanto, o ganho em curto prazo pode se principalmente água e ao longo prazo, em conjunto com o treinamento de resistência, é a massa muscular. Há descrição de atletas que tiveram tensão e lesão muscular, desidratação e danos renais, por essa razão, a American College of Sports Medicine desaconselha a administração de creatina em jovens menores de 18 anos. FIQUE ATENTO Suplemento de creatina Complementar os estoques endógenos de creatina (1,5-3,0g/ porção, 99,9% pureza) Suplemento de cafeína Aumentar a resistência aeróbia em exercícios físicos de lon- ga duração (210-420 mg/porção) 5.1.2 LECITINA E COLINA A Lecitina e Colina são aminoácidos utilizados em conjunto, pois um consegue contrabalancear a redução nos níveis plasmáticos do outro durante a pratica de exercício físico. No entanto, ainda não existe estudos que mostram os efeitos positivos da suplementação de lecitina e colina sobre os índices do desempenho. A colina atua como precursor da acetilcolina, um neurotransmissor conhecido por desempenhar funções importantes para o sistema nervoso central, assim com para a transmissão dos impulsos neuromusculares. A colina é um aminoácido que sofre redução significativa durante o exercício intensivo de endurance (TIRAPEGUI, 2012). 5.1.3 CAFEÍNA A cafeína é uma substância muito estudada para melhora do desempenho físico. É caracterizada como um fator estimulante utilizado frequentemente em todo o mundo. A cafeína apresenta em sua composição compostos naturais, presentes em grande número 56 de produtos alimentares e de bebidas (TIRAPEGUI, 2012). A cafeína atua estimulando o sistema nervoso central para liberação e mobilização de ácidos graxos livres. Além disso, influencia na captação de ácidos graxos pelo músculo e a subsequente oxidação, em favor de uma maior produção de energia (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). Segundo, Mahan, Escott-Stump e Raymond (2013) a ingestão de cafeína, especialmente em grandes quantidades (mais de 4 mg /kg de peso corporal), pode resultar em efeitos colaterais, mas que em geral são ligeiros. Dentre eles: irritação da parede gástrica, assim como o intestino, o que pode acarretar refluxo ácido-gástrico e alterações da motilidade intestinal. Ocasionalmente pode ocorrer diarreia. Normalmente, recomenda-se a ingestão para atletas de 20 g de creatina/dia durante 4 a 5 dias, seguidas de 1 a 2 g/dia para a manutenção. No entanto, algumas atletas acabam consumindo uma quantidade maior que o recomendado (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). 5.1.4 GLUTAMINA A glutamina é um aminoácido importante no crescimento e na manutenção das células, além disso, é utilizado para a multiplicação celular. Desenpenha alguma funções no organismo. Nos rins, a glutamina atua no controle ácido-base e no fígado como substrato para a síntese de nova glicose. São utilizadas também como combustível para as células do sistema imunológico (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). A glutamina contribui na remoção dos metabólitos do exercício físico, fortalece o sistema imunológico, representa uma boa fonte de energia em situações em altas demandas energéticas, entre outras. Alguns efeitos relacionados a glutamina são: fonte de energia em situações em que a demanda energética está aumentada e fortalecimento do sistema imunológico. Atualmente, não existe evidência científica suficiente demonstrando que a glutamina altere a função imune e previnem lesões em atletas saudáveis que consomem níveis adequados de proteínas, o que torna sua suplementação necessária apenas em casos em que a avaliação individual assim indicar (TIRAPEGUI. 2012). . A glutamina é utilizada como suplementos alimentares nas práticas esportivas. Alguns estudos relatam que o consumo de suplementos alimentares é mais utilizado em atletas do que na população em geral. O consumo de cada suplemento depende do objetivo do atleta e da natureza do esporte realizado. A maioria dos atletas de força recorre à suplementação nutricional (TIRAPEGUI. 2012). Apenas as vitaminas e/ou minerais isolados ou combinados são considerados suplemen- tos alimentares? VAMOS PENSAR? Os atletas sempre estão à procura de suplementos nutricionais que melhore o condicionamento físico. Existem recursos, em alguns casos ilegais, que os atletas utilizam para melhora do desempenho. Drogas ilegais no esporte – doping – são bastante utilizadas. Mais adiantes será falado um pouco sobre o doping. As proteínas, ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais são compostos ergogênicos que contribuem 57 positivamente, mesmo que indiretamente, no bom desempenho, mantendo a normalidade da saúde e da função fisiológica. São “substâncias ou métodos utilizados com a capacidade de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sendo prejudiciais à saúde do atleta ou até mesmo a de seus adversários, ou contra o espírito do jogo” (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2021). Em situações que apresentem esses casos são caracterizados de doping. O controle de dopagem pode ser realizado através da análise de sangue e da urina. Existem dois tipos de controle antidoping: o controle “em competição” onde é realizado imediatamente após o término de uma competição e o controle “fora-de-competição” que é realizado em qualquer momento, durante um treinamento, na residência do atleta e até mesmo algum tempo antes ou depois de uma competição esportiva (Brouns, 2005). Algumas substâncias são proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e não podem ser detectadas nos atleta, são estas: • Estimulantes; • Beta-agonistas; • Esteroides; • Diuréticos; • Hormônios peptídicos, miméticos e análogos; • Narcóticos e analgésicos; • Anabolizantes; • Betabloqueadores; Muitas drogas utilizadas para dopagem, tanto as naturais quanto as sintéticas, possuem como característica comum baixo peso molecular, isso dificulta a detecção dessas substâncias, pois são pequenas quantidades de amostras analisadas. Dentre as vantagens competitivas dessas substâncias estão: • Balanço nitrogenado positivo; • Aumento da massa da musculatura esquelética; • Aumento do número de hemácias e da concentração de hemoglobina; • Aumento da deposição de cálcio na matriz óssea; • Aumento na retenção de água e eletrólitos; • Redução no percentual de gordura corporal; • Controle da distribuição de gordura corporal Além da vantagem competitiva, essas substâncias apresentam muitos efeitos colaterais como: • Sobrecarga no sistema locomotor; • Calcificação precoce dos discos epifisários; • Indução de danos ao fígado; • Aumento na coagulação do sangue; • Manifestação de virilização na mulher; • Surgimento de amenorreia secundária; • Manifestação de feminização no homem; • Aumento da pressão arterial; • Desenvolvimento de cardiomiopatia; • Aumento da agressividade; • Depressão severa. 58 Para ter mais referências sobre suplementos alimentares, busque o livro “Nu- trição, metabolismo e suplementação na atividade física” (2020) está dispo- nível na biblioteca virtual: https://bityli.com/HjOHCm. Acesso em: 14 ago. 2021. Com isso, conseguirão ter mais conteúdos sobre os suplementos alimentares e suas influencias na prática de exercício físico. BUSQUE POR MAIS 59 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (EBSERH). A demanda nutricional do atleta está diretamente relacionada aos fatores coletados durante a avaliação nutricional dos mesmos. A nutrição pode contribuir muito para assegurar e promover a saúde do atleta, manter e preservar o estado nutricional, bem como contribuir para o seu desempenho. Quando o atleta apresenta alterações no sistema imunológico devido a lesões e doenças frequentes, overtraining e/ou fadiga, suas necessidades nutricionais devem ser aumentadas. De acordo com as condições descritas, deve-se alterar a concentração dos seguintes nutrientes, EXCETO: a) Aumentar o consumo de proteínas. b) Aumentar o consumo de vitaminaC. c) Aumentar o consumo de zinco e ferro. d) Aumentar o consumo de água e eletrólitos. e Diminuir o consumo de vitaminas do complexo B. 2. (Marinha). A prática de atividade física é amplamente beneficiada pela adoção de hábitos alimentares adequados. Baseado neste fato,assinale a opção correta. a) Para a refeição pré-exercício imediata, os carboidratos de elevado índice glicêmico são a melhor opção. b) E recomendado que as bebidas consumidas durante o exercício contenham, no mínimo, 20% de carboidratos. c) A suplementação de glutamina tem sido bastante estudada em função do papel desse aminoácido na instalação do quadro de fadiga central durante o exercício prolongado. d) Para os atletas de força, a recomendação é que o consumo de proteínas varie de 0,8 a 1,0g/kg de peso corporal. e) A deficiência de vitaminas do complexo B na dieta pode ocasionar fadiga, dores musculares, náuseas e depressão. 3. (UFSM). Relacione cada um dos recursos utilizados por atletas às suas respectivas definições. (1) Recurso ergogênico (2) Creatina (3) Aminoácido de Cadeia Ramificada (ACR) (4) β-hidroxi β-metilbutirato(HMB) ( ) Aminoácido utilizado com o intuito de aumentar a massa muscular e melhorar o desempenho em exercício de alta intensidade. ( ) Leucina, isoleucina e valina utilizadas como precursores da síntese proteica e de intermediários do Ciclo de Krebs. ( )Substância ou artifício utilizado para melhorar o desempenho esportivo e a recuperação pós-treino. ( ) Metabólito do aminoácido leucina, utilizado com o intuito de promover aumento da 60 massa muscular. A sequência correta é a) 2 3 1 4. b) 3 4 2 1. c) 2 3 4 1. d) 3 4 1 2. e) 1 3 2 4. 4. (CSM): Assinale a opção que apresenta a forma preferencial de suplementação de glutamina. a) Misturada com a dieta pronta. b) Diluída em fluido hipertônico, em dose única pela manhã. c) Administrada em bolus, não misturada com a dieta pronta. d) Diluída em bebida quente, 3 vezes ao dia. e) Administrada em gotejamento contínuo e diluída em fluido hipertônico. 5. (EBSERH). Uma grande variedade de fatores interage para aumentar a necessidade proteica de indivíduos que se exercitam regularmente. Sobre esse assunto, relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta. 1. Caseína. 2. Albumina. 3. Proteína do soro do leite. 4. Proteína hidrolisada da carne. 5. Proteína da soja. ( ) Muito conhecida como whey protein, é extraída durante o processo de transformação do leite em queijo. ( ) Corresponde a cerca de 80% da proteína do leite e é rica em aminoácidos, como a glutamina. É o suplemento de mais lenta absorção. ( ) Uma boa opção para quem prefere uma fonte de proteína vegetariana. Contém glutamina, arginina e BCAA. Além disso, tem antioxidante, que ajuda na reconstrução muscular e isoflavonas. ( ) É uma alternativa à intolerantes à lactose. Oferece todos os benefícios da proteína da carne (os nove aminoácidos essenciais) sem os malefícios das gorduras que a acompanham. ( ) É uma fonte de proteína de baixo custo e alta qualidade, composta pela clara do ovo desidratada. É rica em aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e em vitaminas do complexo B, potássio, fósforo e ferro. a) A - 3 – 2 – 5 – 4 – 1. b) B - 3 – 1 – 4 – 5 – 2. c) C - 3 – 1 – 5 – 4 – 2. d) D - 4 – 1 – 5 – 3 – 2. 61 e) E – 3 – 5 – 4 – 1. 6. (PC-ES). Sobre medicamentos utilizados terapeuticamente e na dopagem no esporte, assinale a alternativa correta. a) Glicocorticoides, no esporte, são liberados, independente da via, uma vez que não aumentam o desempenho do atleta. b) Drogas simpatolíticas, como a doxazosina e a anfetamina, são permanentemente proibidas para atletas. c) Insulina não é considerada doping por se tratar de uma substância produzida por atletas de ambos os sexos. d) O propranolol é proibido no esporte por diminuir o ritmo cardíaco e promover a broncodilatação, diminuindo, assim, o consumo de oxigênio pelo tecido cardíaco e aumentando a capacidade respiratória. e) Betabloqueadores, empregados para o tratamento de angina, são considerados doping em esportes que exijam precisão. 7. (ACAPLAM) Na atividade física as proteínas, gorduras e carboidratos são possíveis fontes de combustíveis para contração muscular. Desta forma, o ciclo de Krebs é alimentado por glicose, ácidos graxos e esqueletos de carbono de aminoácidos específicos principalmente: a) Histidina e lisina. b) Alanina e aminoácidos de cadeia ramificada. c) Metionina e cistina. d) Fenilalanina e lisina. e) Treonina e fenilalanina. 8. São considerados Recursos Ergogênicos: a) Os aspectos nutricionais. b) Os aspectos farmacológicos. c) Os aspectos psicológicos. d) Os aspectos biomecânicos e mecânicos. e) Todas as alternativas estão corretas. 62 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO ATLETA E PRATICANTE DE ATIVIDADE FÍSICA 63 6.1 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL O nutricionista é o profissional apto a realizar a conduta nutricional do praticamente de atividade física e atleta, para isso, se faz necessário a avaliação antropométrica, da composição corporal e laboratorial desses indivíduos. Para isso, nesse tópico serão apresentadas essas avaliações. O estado nutricional é definido como o grau com o qual as necessidades fisiológicas por nutrientes são supridas. Caso essas necessidades, principalmente, de macronutrientes, estejam abaixo, pode acontecer a desnutrição, sendo a desnutrição energético-proteína um caso especial para praticantes de atividade física e atletas. Porém, quando essas necessidades calóricas, estejam acima, pode favorecer ao ganho de peso. A fim de realizar a avaliação do estado nutricional se faz necessário a combinação métodos antropométricos e bioquímicos. Se trata de um método indireto de avaliação da composição corporal, de rápida e fácil execução (MENEZES e MARUCCI, 2005). O peso e a estatura são comumente utilizados, principalmente para comparar o peso atual e o usual. Sendo que no esporte são utilizados para avaliar as respostas ao treinamento físico (através do cálculo do IMC), junto aos demais marcadores. IMC = peso / (altura x altura) Estado nutricional IMC (KG/m²) Desnutrição grave < 16 Desnutrição moderada 16-16,9 Desnutrição leve 17-18,4 Eutrofia 18,5-24,9 Sobrepeso 25-29,9 Obesidade Grau I 30-34,9 Obesidade Grau II 35-39,9 Obesidade Grau III >40 Tabela 1: Para adultos Fonte: OMS (1997) IMC (kg/m²) Classificação < 22 Magreza 22 a 27 Eutrofia >27 Excesso de peso Tabela 2: Para idosos Fonte: Lipschitz, DA (1994) Entretanto, essa medição não fornece dados sobre a composição corporal (massa gorda e magra) ou a distribuição da gordura corporal, sendo uma característica importante quando se trata de praticantes de atividade física e esportistas. Quando o objetivo é classificar a porcentagem de gordura corporal, as medidas mais utilizadas são as de dobras cutâneas. Uma vez que, grande quantidade de conteúdo 64 corporal total da gordura fica localizada nos depósitos existentes debaixo da pele. A gordura subcutânea não se apresenta de forma uniforme por todo o corpo, existem várias regiões para realizar as medidas das dobras (equações preditivas de gordura corporal. As dobras cutâneas mais utilizadas são: tricipital, subescapular, bicipital, axilar média, torácica ou peitoral, supra ilíaca, supra espinal, coxa e panturrilha média. (TIRAPEGUI, 2009; ROSSI, 2015). Existem inúmeras fórmulas para predizer a gordura corporal (ver: TIRAPEGUI, 2009; ROSSI, 2015). Homens Mulheres Alto Risco (Subnutrição) < 5% <8 Abaixo da Média 6-14% 9-22% Média 15% 23% Acima da Média 16-24% 24-31% Alto Risco (Obesidade) >25% >32% Tabela 3: Classificação Do Percentual De Gordura Corporal Em Adultos, Segundo Sexo. Fonte: Lohman (1992) Figura 10: Classificação de gordura corporal referente a homens Fonte: Pollock; Wilmore (1993) Figura 11: Classificação de gordura corporal referente a mulheres Fonte: Pollock;Wilmore (1993) Classificação Meninos Meninas Baixo <10 <15 Ótimo >10 e <20 >15 e <25 Moderadamente alto >20 e <25 >25 e <30 Alto >25 >30 65 Tabela 4: Classificação Do Percentual De Gordura Corporal De Crianças E Adolescentes, Segundo O Sexo Fonte: Lohman (1987) Assim como a antropometria, a bioimpedância tem sido apresentada como utilizada para determinação da composição corporal (TRIBESS et al., 2003). Se baseia no fato de que os tecidos com elevados conteúdo de água e de eletrólitos apresentam capacidade de condução elétrica, ao passo de que os tecidos com baixas concentrações de água apresentam alta resistência à passagem de corrente (MCARDLE, 2003). As circunferências são medidas simples e de fácil obtenção, apresenta baixo custo. E pode ser considerado um método alternativo para análise da composição corporal, avaliando a distribuição de gordura corporal, por meio de fitas inelásticas. Sendo avaliações muito utilizadas também no âmbito esportivo, tanto para avaliação da evolução, quanto para riscos, por exemplo: relação cintura – quadril (risco de complicações metabólicas, em adultos) (TIRAPEGUI, 2009). Figura 12: Mapeamento de circunferências Fonte: OMS (1998) Figura 13 Fonte: OMS (1998) 6.2 AVALIAÇÃO LABORATORIAL No que se refere a avaliação bioquímica ou laboratoial, alguns parâmetros são essenciais de serem analisados, considerando a necessidade de detecção subclínica de deficiências e de suplementação. Com isso, os principais parâmetros celulares são: hemograma, hematologia, avaliação do sistema imune. Já os parâmetros do soro/plasma, são: nutrientes, hormônios e eletrólitos (TIRAPEGUI, 2009). Com relação a série vermelha, a avalição do estado nutricional do ferro é crucial, principalmente pela perda através do suor (TIRAPEGUI, 2009). Estágio Termo descritivo Teste Bioquímico Indicado Primeiro Depleção das reservas de ferro (sem sintomas clínicos, maior vulnerabilidade) Nível de ferritina sérica 66 Segundo Deficiência de ferro sem anemia (inicia da sintomatologia) Saturação da trasnferri- na Protoporfirina eritró- citária Terceiro Anemia ferropriva Hemoglobina Volume corpusclurar Nutrition Monitoring In The Nited States: Na Update Reporto N Nutrition Monitoring. Washington, DC: Departament Of Health And Human Services, Public Health Services Quadro 2: Estágios Da Depleção De Ferro Fonte: Faseb (1989) Grupo Homologia (g/dL) Homatóicrito(%) Crianças (6 a 59 meses) 11,0 33 Crianças (5 a 11 anos) 11,5 34 Crianças (12 a 14 anos) 12,0 36 Homem (acima de 15 anos) 13,0 36 Mulher (acima de 15 anos) 12,0 33 Gestante 11,0 39 Tabela 5: Pontes De Corte Para Diagnóstico De Anemia, Com Base Nos Valores De Hemoglobina E Hematócrito (Ao Nível Do Mar) Fonte: OMS (2001) No que se refere à serie branca, é importante analisar a imunocompetência dos indivíduos, principalmente devidos as lesões repetitivas, para atletas de endurance e com treinamento inadequado, sem intervalos apropriados de descanso. Isso acontece primordialmente para exercícios de alta intensidade, provocando aumento do músculo respiratório, aumento da atividade simpática, da adrenalina, débito cardíaco e, deslocamento dos linfócitos da vasculatura para o sangue periférico. De modo a provocar estresse oxidativo, com os parâmetros alterados. Considera-se que no exercício a aumento de 10x das células B (normal= 20-40%) e de 2x dos linfócitos T (normal=60-80) (TIRAPEGUI, 2009). Tipo de glóbulo branco Porcentagem normal Neutófilo 55,0 a 73,0 % Linfócito 20,0 a 40,0 % Eusinófilo 1,0 a 4,0 % Monócito 2,0 a 8,0 % Basófilo 0,5 a 1,0 % Tabela 6: Leucograma Fonte: Leukemia e Lymphoma Society (2021) 67 A imunoglobulina A, consiste em uma classe de Ig prodominante nas secreções corporais, consiste em um mecanismo de defesa primária contra algumas infecções locais. Sua concentração tem sido utilizada em atletas com um parâmetro de avaliação da imunidade de mucosas, sendo o intervalo de normalidade para adultos de 6 mg/dL a 26,9 mg/dL. Outro parâmetro importante de ser avaliado consiste na Proteína-C reativa, pois indica início da resposta inflamatória, podendo aumentar 1000x mais durante a inflamação aguda (TIRAPEGUI, 2009). O estresse oxidativo, pode acontecer nesses indivíduos também, por meio da produção de radicais livres, com isso, alguns alimentos classificados em antioxidantes não-enzimáticos podem auxiliar na dieta, sendo aquelas fontes de Vitamina C, Vitamina E, Vitamina A, Selênio, Zinco e Manganês. A produção das enzimas antioxidantes, porém, requer a presença de níveis adequados de outros minerais como zinco, cobre e selênio, além de quantidades suficientes de proteínas de alta qualidade (BIANCHI et al., 1999). Vale ressaltar que o estado nutricional em proteínas também é importante de se avaliar, pois são essenciais nas funções regulatórias, estruturais e mediadoras da resposta imune. Isso pode ser avaliado por meio da albumina sérica, excreção urinária de creatinina (Estimativa da massa muscular), balanço nitrogenado, pré-albumina, transferrina e proteína transportadora de retinol. O que você faria se seu paciente estivesse com elevada proteína C reativa no exame bio- químico? VAMOS PENSAR? A seguir os valores referências: Figura 14: Creatina Sérica Fonte: Benjamin (1989) > 80% = eutrofia 60-80% = depleção leve 40-60% = depleção moderada < 40% = depleção severa Figura 15: Excreção Urinária De Creatinina Fonte: Benjamin (1989) 68 Figura 16: Concentração De Albumina Fonte: Sauberlich et al (1974) BN Negativo Ingestão < Excre- ção Catabolismo BN Positivo Ingestão > Excre- ção Anabolismo Bn Equilíbrio Ingestão = Excre- ção ------------ Tabela 7: Balanço Nitrogenado Fonte: Cheatham et al (2007) Figura 17: Transferrina, Proteína Transportadora De Retinol E Pré-Albumina Fonte: Grant et al (1981) Para realizar a avaliação nutricional de praticantes de atividade física é crucial realizar a avaliação antropométrica, dietética, clínica, bioquímica, imunológica e subjetiva global. Os valores de referência podem variar em função do método e laboratório, para avaliações imunológicas e bioquímica. FIQUE ATENTO 69 Para ter em mãos referências dos valores da avaliação laboratorial, busque o apêndice A do livro Nutrição Clínica - Manual de Sobrevivência, 2ª edição, São Paulo: GEN, disponível em: https://bityli.com/RdqFUy. Acesso em: 15 set. 2021. Com isso, vocês conseguirão ter de fácil acesso aspectos importantes para praticantes de atividade física e atletas. BUSQUE POR MAIS 70 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (HCRP – 2021) - O índice de massa corporal (IMC) é utilizado na avaliação nutricional de adultos e a relação cintura/quadril (RCQ) como indicador de deposição de gordura abdominal, para verificar o risco que uma pessoa tem de desenvolver uma doença cardiovascular. A classificação do estado nutricional, segundo o IMC, de uma mulher que pretende iniciar a prática de exercício físico, com 52 anos, 1,58 cm de altura e 72 Kg de peso, que apresenta RCQ igual a 0,88 é: a) Sobrepeso, com indicativo de risco cardiovascular. b) Obesa, com indicativo de risco cardiovascular. c) Normal, com indicativo de risco cardiovascular. d) Obesa, sem indicativo de risco cardiovascular. e) Nenhuma das alternativas acima. 2. (Instituto Consulplan – 2021) - A avaliação nutricional no indivíduo adulto apresenta como objetivos a identificação de situações de risco ou de distúrbios nutricionais já estabelecidos, o estabelecimento das necessidades nutricionais individualizadas e da via mais adequada para a terapia nutricional, assim como a permissão da avaliação e o monitoramento da terapêutica proposta. Sobre a avaliação e o estado nutricional do indivíduo adulto, analise as afirmativas a seguir. I. Um homem adulto apresenta taxa metabólica basal maior que uma mulher de mesmo peso e altura. II. O local recomendado pela Organização Mundial da Saúde para medição da circunferência da cintura é o ponto médio entre a costela inferiore a crista ilíaca. III. O Índice de Massa Corporal (IMC) não deve ser usado isoladamente para avaliar o estado nutricional, pois é um indicador pobre para avaliar a composição nutricional. Estão corretas as afirmativas a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. 3. (UFLA) - Apresentam-se, em seguida, quatro proposições sobre a avaliação nutricional do atleta: a) É correto utilizar o gasto energético do atleta para determinar sua carga de treinamento e a adequação de sua ingestão calórica. b) O baixo percentual de gordura corporal é desejável para o bom desempenho em algumas modalidades esportivas. c) Após exercício prolongado, pode ocorrer no atleta aumento temporário das concentrações plasmáticas de ferro, zinco e cobre. 71 d) Entre parâmetros de avaliação da função imune de atletas, destacam-se a resposta a vacinas, a concentração sérica de imunologlobulinas e a IgA secretória. e) Todas as alternativas estão corretas. 4. (UFSB) Sobre a aferição de dobras cutâneas em adultos, assinale a afirmativa correta. a) Deve ser feita do lado esquerdo do corpo, nas regiões do tríceps, bíceps, coxa e panturrilha, para estimar a gordura corporal total. b) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura subcutânea em vários pontos do corpo. c) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura intramuscular em um ou mais pontos do corpo. d) É utilizada para estimar a gordura corporal subcutânea e abdominal por meio da medida de circunferências em um ou mais pontos do corpo. 5. (FUNCAB – 2016) - Balanço de nitrogênio negativo, significa na avaliação de um paciente o seguinte: a) Mais nitrogênio é excretado, sem ingesta do mesmo. b) Mais nitrogênio excretado e ingerido simultaneamente. c) Mais nitrogênio é ingerido e não é excretado. d) Mais nitrogênio excretado do que ingerido. e) Mais nitrogênio ingerido do que excretado. 6. (CEV- URCA) - “Na avaliação do estado nutricional por meio de testes laboratoriais existem mais de 40 nutrientes essenciais a serem medidos, incluindo vitaminas, minerais enzimas, hormônios e parâmetros funcionais. Na presença de inflamação, a aferição das proteínas plasmáticas torna-se útil quando associada à aferição de proteínas de fase aguda reagente positiva como _________________, pois possibilita a obtenção de parâmetro referencial para avaliar o curso da resposta inflamatória. ” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior. a) O linfócito. b) A albumina. c) A transferrina. d) A proteína c-reativa. e) Nenhuma das alternativas acima. 7. (PETROBRÁS) - A dobra cutânea subescapular é importante para avaliar o estado nutricional quando utilizada em combinação com outras dobras e deve ser aferida da seguinte forma: a) Apalpar o meio da escápula e destacar a dobra na diagonal. b) Apalpar o meio da escápula e destacar a dobra na horizontal. c) Localizar o ângulo inferior da escápula e destacar a dobra na diagonal. d) Localizar o ângulo superior da escápula e destacar a dobra na diagonal. 72 e) Localizar o ângulo superior da escápula e destacar a dobra na horizontal. 8. (UFTM – 2021) - Sobre a avaliação nutricional no praticante de atividade física, analise as afirmativas. I. A avaliação nutricional completa envolve a avaliação dietética, a avaliação bioquímica e a avaliação clínica. II. O peso corporal é uma medida antropométrica constituída por tecido adiposo, tecido magro. III. O índice de massa corporal não distingue a massa de gordura da massa magra corporal, razão por que seu cálculo não é indicado para a avaliação da adiposidade corporal. IV. O inquérito alimentar oferece subsídios para a determinação da orientação nutricional, mesmo para indivíduos classificados em estado nutricional adequado pela antropometria. Estão corretas as afirmativas a) III e IV, apenas. b) I e II, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) I, apenas. 73 NUTRIÇÃO APLICADA A DIFERENTES MODALIDADES ESPORTIVAS 74 Modalidades esportivas vão além de estar relacionada com o esporte escolhido, encaminhando o atleta para questões de prática, seja individual ou coletiva. A nutrição para esse público além de compreender os aspectos da atividade e suas características individuais, vai ajudar o praticante ao longo da sua jornada esportiva. Algumas modalidades conhecidas são: corrida, maratona, treinamento de força, triatlo, natação, ginástica olímpica e futebol. A maratona consiste em uma corrida realizada na distância de 42,195 Km, normalmente em ruas e estradas. Dieta sugerida: TREINAMENTO 65 a 75% de CHO 13 a 15% de LIP 12 a 15% de LIP PRÉ-TREINO • Rica em CHO de baixo a médio índice glicêmico: 1. 500 a 1000 Kcal 3h antes 2. 150 Kcal 1h antes 3. 90 Kcal 20min antes DURANTE O TREINO • Oferecer CHO de alto IG: refeições de no mínimo 400 Kcal ou 100g de CHO. Treinamento de força consiste no desempenho físico em diversas modalidades esportivas, na promoção da saúde na prevenção de doenças (Barcellos et al., 2012). O efetivo aumento do volume muscular é dependente da disponibilidade de substratos construtores, energéticos e reguladores. A alimentação pós-exercício torna o saldo positivo (CHO + PTN), sendo que fracionamento é preferível à ingestão de poucas refeições com grandes quantidades. Segue dieta sugerida: • PTN - Maior que 0,8 g/Kg/dia (principalmente para sedentários) ou 1,6 a 1,7 g/Kg/dia. > 2 g/kg/dia não parece proporcionar benefícios extras ao au- mento muscular. • CHO - 3,15 g/Kg/dia a 8 g/Kg/dia (mais estudos são necessários). • LIP - 20 a 35% (Ômega-3 é essencial). Em relação aos micronutrientes, a niacina, tiamina, riboflavina, piridoxina, vitamina B12, ácido fólico, vitamina E, vitamina C, zinco, cromo, selênio, cobre, ferro, manganês, magnésio, cálcio são essenciais para metabolismo anaeróbico, síntese proteica e sistemas imunológico e antioxidante no treinamento de força. Para fisiculturistas sugere-se cerca de 35 a 38 Kcal/Kg para redução de gordura e manutenção da massa muscular e 30 a 33 Kcal/Kg para redução mais intensa de gordura (podendo haver comprometimento do estado nutricional). A natação competitiva é um esporte bastante complexo em razão do elevado GET 75 elevado, pelo dispêndio energético para manter a flutuação, vencer as forças de atrito corporal, atingir eficiência mecânica, captar O2 e adaptar-se à temperatura da água. Segue dieta sugerida: • PTN - 1,2 a 1,6 g/Kg/dia. • CHO - 60 a 70% do VCT. • LIP - 20 a 35% do VCT. • Atentar para consumo de ferro, cálcio e antioxidantes. Para competições de natação (duração média de 3 a 7 dias), é recomendado que haja o aumento de carboidrato três dias antes. Para a refeição anterior à competição, deve-se priorizar refeição de fácil digestão, sendo reduzida em fibras e gorduras. Já durante a competição, é importante evitar alimentos ou suplementos que não sejam habitualmente consumidos pelos atletas. Por que é importante reduzir a quantidade de fibras e gorduras antes da competição de natação? VAMOS PENSAR? Na ginástica Olímpica, os atletas começam os treinamentos cada vez mais cedo, por meio de exercícios muito extenuantes e requerem força, agilidade, flexibilidade, coordenação e estética. Para o cálculo energético, deve-se atentar ao gasto calórico proporcionado pelas horas de treinamento, intensidade, exigências físicas e energética de cada modalidade, composição corporal do atleta, idade, gênero, calendário de treinamento e de competições e outros fatores individuais apresentados pelos atletas. Segue dieta sugerida: • CHO: 55 e 60% do VCT. • PTN: 12 a 15% do VCT. • LIP: 25 a 30% do VCT. O futebol é caracterizado como um esporte intermitente, com corridas em diferentes intensidades, dribles, saltos, cabeceadas, de modo a contribuir para demanda energética do jogador profissional. Além disso, as necessidades nutricionais dependem da posição em que ele possui. Possuem sistemaenergético aeróbico muito utilizado, sendo necessário manutenção de reservas de glicogênio entre os eventos competitivos. Se faz necessário avaliações precisas e personalizas conforme funções atléticas e consequentes demandas. Segue dieta sugerida: • CHO: 7-12g/kg/dia (alta mobilidade e intenso treino). • CHO: 5-7 g/kg/dia (menor mobilidade e treinamento mo- derado) • PTN: 1,2-1,7 g/Kg/dia. • LIP: normal segundo DRIs. 76 É crucial avaliar a ingestão de micronutrientes, como do Complexo B (geração de energia), ferro (transporte de oxigênio - exercício aeróbico) e Vitamina C (antioxidante, resposta imune - exercícios extenuantes = < linfócitos). A Associação Brasileira de Nutrição Esportiva é uma entidade civil, de caráter científico e sem fins lucrativos, fundada em 2003 na cidade de São Paulo e tem por finalidade, entre outras, transmitir o conhecimento na área de nutri- ção esportiva, desenvolver o raciocínio lógico e crítico do aluno e/ou profissio- nal, organizar, apoiar, orientar e auxiliar eventos na área como: Congressos BUSQUE POR MAIS Nacionais, Regionais e Internacionais, Simpósios, Jornadas, Cursos e Reuniões Científicas de interesse da especialidade. Acesse o site para integrar aos assuntos da associação pelo site: https://bityli.com/8P2xTy. Acesso em: 15 set. 2021. Atenção especial para os artigos que estão na aba de “Conteúdos Técnicos”. Uma alimentação adequada pode influenciar diretamente na melhora o estado nutricio- nal do atleta, melhorando seu desempenho. Deve ser planejada para atender as necessi- dades energéticas e nutricionais não só no período de treinamento, mas principalmente durante e após as competições. Sendo que as orientações nutricionais e recomendações de nutrientes devem ser feitas individualmente para cada atleta. FIQUE ATENTO 77 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (CESPE – 2017) - Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença abaixo. No desempenho de atletas, a deficiência de vitaminas_______ pode ocasionar fadiga, dores musculares e queda de desempenho, enquanto que a deficiência de vitamina ______ pode ocasionar prejuízo da função imunológica, predispondo o indivíduo à infecções. a) Hidrossolúveis / A b) lipossolúveis / C c) do complexo B / A d) hidrossolúveis / D e) lipossolúveis / B12 2. (UFRGS) - Atletas envolvidos em esportes com características aeróbicas necessitam de um grande volume de eritrócitos na corrente sanguínea. Para os eritrócitos serem funcionais no transporte de oxigênio pelo organismo eles necessitam da presença de qual mineral: a Ferro. b) Sódio. c) Magnésio. d) Manganês. e) Nenhuma das alternativas acima. 3. (CESPE – 2017) - A partir do texto precedente, assinale a opção correta, a respeito da alimentação e da preparação física de atletas. a) Recomenda-se o uso de suplementação de lipídios de cadeia média e longa poucas horas depois o exercício, para poupar o glicogênio muscular para o próximo treino. b) A água da piscina em temperatura adequada impede a ocorrência de desidratação em atletas de natação. c O gasto energético decorrente da prática da natação é elevado, pois o atleta precisa manter a flutuação, vencer as forças de atrito corporal, atingir a eficiência mecânica e captar globalmente o oxigênio. d) A natação é um exercício físico de resistência em que o fornecimento de energia depende principalmente do sistema anaeróbio e é garantido pelas reservas musculares. e) O consumo de proteínas permite a hipertrofia muscular após o exercício, pois a eficácia do metabolismo proteico durante o exercício depende da existência de substrato proteico suficiente. 4. (UNIBTA) - O ideal é que a oferta energética seja peculiar às demandas. Caso isso não ocorra, pode ocorrer ganho ou perda de peso e alterações na composição corporal. No caso dos atletas, quais consequências essas alterações podem gerar? a) Ganho de peso 78 e de massa muscular. b) Perda de peso e de massa muscular. c) Essas alterações repercutem diretamente no condicionamento físico do atleta, causando impactos importantes no rendimento. d) Ganho de peso e de massa muscular, com benefícios para o rendimento esportivo. e) Redução de peso e ganho de massa muscular. 5. (VUNESP – 2019) - Durante um treino de basquetebol, que acontecia no período da manhã, um atleta se dirige ao técnico dizendo que se sentia indisposto e fraco para continuar treinando. O técnico, então, pergunta se o atleta havia se alimentado bem antes de vir para a sessão de treino, e ele responde que ainda estava em jejum. O técnico, então, orienta esse atleta para que se alimente bem antes de uma atividade vigorosa, principalmente com alimentos ricos em ______________________, pois fornecem energia de maneira mais rápida ao organismo para realizar atividades vigorosas. Assinale a alternativa que contém a palavra que completa corretamente a lacuna. a) Fibras. b) Carboidrato. c) Proteínas. d) Ácidos graxos. e) Nenhuma das alternativas acima. 6. (FEPESE) - “A ingestão diária recomendada de (IDR) de proteína é 0,8 g∙kg–1∙d–1, o que é facilmente atingida com uma dieta co 12% de sua energia derivada de proteína” (POWER & HOWLEY, 2017). Assinale a alternativa correta com relação a necessidades de proteínas para atletas. a) Dietas ricas em proteína levam uma diminuição na excreção de Ca++. b) No caso do treinamento de força, a faixa recomendada de ingestão é idêntica a da população em geral. c) A necessidade de proteínas para atletas que praticam exercícios de resistência de alta intensidade é de 1,2 a 1,4 g/kg/dia. d) A ingestão média de proteína de um atleta não pode exceder em hipótese alguma a 1,5 g/kg/dia. e) Atletas com dietas pobres em proteína mostram um aumento na absorção de Ca++ do intestino, o que pode comprometer a saúde esquelética. 7. (MOURA MELO) - A refeição mais indicada para anteceder (60 a 90 minutos antes) uma sessão de treinamento composta por 10 tiros máximos de 400 metros com 90 segundos de intervalo entre os tiros numa pista de atletismo é: a) Filé de frango grelhado com salada. b) Macarrão. c) Carne assada com batatas. 79 d) Feijoada. e) Nenhuma das alternativas acima. 8. (MARINHA – 2010) - Em relação à alimentação do atleta, analise as afirmativas abaixo e assinale a opção correta. I. A ingestão de carboidratos durante exercícios de longa duração pode melhorar o desempenho do atleta, retardando a fadiga e prevenindo a ocorrência de hipoglicemia. Nesses casos, é recomendado o consumo de 30 a 60 gramas de carboidratos para cada hora de exercício. II. As reservas orgânicas de lipídios são o substrato energético ideal para os atletas que praticam exercícios prolongados aeróbicos. Essas reservas podem suprir até 80% das necessidades energéticas nessas atividades. Desse modo, a dieta desses atletas deve prover em torno de 40% das calorias totais, com ênfase para os ácidos graxos poliinsaturados. III. Nos exercícios de "endurance" ou resistência, além de síntese proteica e reposição de tecidos, as proteínas têm a função complementar de servirem como substrato energético, juntamente com os carboidratos e os lipídios. Sendo assim, os atletas devem consumir de 1,6 a 2,2 gramas de proteína/kg de peso corporal, para manter um balanço nitrogenado positivo. a Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Apenas a afirmativa I é verdadeira. d) Apenas a afirmativas II é verdadeira. e) Apenas a afirmativas III é verdadeira. 80 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO UNIDADE 1 UNIDADE 3 UNIDADE 5 UNIDADE 2 UNIDADE 4 UNIDADE 6 QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 C QUESTÃO 3 A QUESTÃO 4 B QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 E QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 E QUESTÃO 1 A QUESTÃO 2 D QUESTÃO 3 D QUESTÃO 4 B QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 B QUESTÃO 7 E QUESTÃO 8 A QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 C QUESTÃO 3 D QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 A QUESTÃO 6 E QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 A QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 A QUESTÃO 3 D QUESTÃO 4 C QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 E QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 E QUESTÃO 1 E QUESTÃO 2 E QUESTÃO 3 A QUESTÃO4 C QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 E QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 E QUESTÃO 1 A QUESTÃO 2 A QUESTÃO 3 E QUESTÃO 4 B QUESTÃO 5 D QUESTÃO 6 D QUESTÃO 7 C QUESTÃO 8 A 81 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO UNIDADE 7 QUESTÃO 1 C QUESTÃO 2 A QUESTÃO 3 C QUESTÃO 4 C QUESTÃO 5 B QUESTÃO 6 C QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 C 82 AKERMAN, A. P.; LUCAS, S. J. E.; KATARE, R.; COTTER, J. D. Heat and dehydration additively enhance cardiovascular outcomes following orthostatically-stressful calisthenics exercise. Front Physiol, v. 8, n. 756, 2017. AYOTTE D. J. R, CORCORAN M. P. Individualized hydration plans improve performance outcomes for collegiate athletes engaging in in-season training. J Int Soc Sports Nutr, v. 15, n. 27, 2018. BARCELLOS, F. C.; SANTOS, I. S.; MIELKE, G. I.; VECCHIO, F. B.; HALLAL, P. C. Effects of exercise on kidney function among non-diabetic patients with hypertension and renal disease: randomized controlled trial. BMC. Nephrol., v.12, n. 90, 2012. BIANCHI, M. L. P; ANTUNES, L. M. G. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev Nutr Campinas, n. 12, v. 2, 1999. BRASIL. Associação Brasileira de Nutrição (Asbran). Dietary Reference Intakes (DRIs). 2007. BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional. 2006. BRASIL. 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