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SISTEMA DE ENSINO DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Consolidação das Leis do Trabalho Livro Eletrônico 2 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Sumário Apresentação .................................................................................................................................. 3 Consolidação das Leis do Trabalho ............................................................................................. 6 1. Consolidação das Leis do Trabalho ......................................................................................... 6 2. Empregador, Definição, Empresa Individual e Coletiva, Características, Direitos e Deveres ............................................................................................................................................15 3. Empregado, Definição, Características, Direitos e Deveres ............................................ 22 4. Salário Mínimo .......................................................................................................................... 27 5. Identificação Profissional – CTPS (Carteira de Trabalho) ................................................28 6. Segurança e Medicina do Trabalho .......................................................................................34 Resumo ............................................................................................................................................ 39 Mapas Mentais .............................................................................................................................. 41 Exercícios ........................................................................................................................................48 Gabarito ........................................................................................................................................... 72 Referências ..................................................................................................................................... 73 Anexos ............................................................................................................................................. 74 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela ApresentAção Olá, futuro aprovado no CFC! Tudo bem com você? Estudando firme e forte? Eu vou me apresentar: meu nome é Maria Rafaela de Castro, atualmente sou Juíza do Trabalho no TRT 7ª Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto, em Portugal, professora de preparatórios e faculdades, aqui no Ceará, “a Terra do Sol”, e parte integrante do time do GRAN CURSOS. Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha. Saiba que eu entendo a sua dor e a sua pressa em ser aprovado no CFC. Também entendo que você quer o máximo de informações, de forma objetiva e clara, sem rodeios, para gabaritar a prova e entender as nuances da legislação. Veio, então, ao lugar certo! Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para lhe apresentar o máximo de dicas, teorias, exercícios e responder a questões de provas anteriores, além de questões inéditas, para que você surpreenda a banca examinadora, e não o contrário. Este material, portanto, vai ajudá-lo a alcançar o êxito final. Sendo assim, estude a matéria de Direito do Trabalho em um formato diferente. E acredite: saber Direito do Trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível ir para as provas sem ler este material. Então, aproveite! Teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital de Direito do Trabalho, no CFC, buscando a sua tão sonhada aprovação. Apresentarei questões de bancas de concursos anteriores, além de questões inéditas, de modo que você fique preparado para surpresas do examinador. Sobre o CFC, destaque-se o importante sobre o edital do concurso. Farei aqui o RAIO X de todas as temáticas do edital, destacando, na sequência, as matérias mais importantes do que é cobrado nas provas do CFC, com base nos últimos seis anos de análise das provas: 1. rescisão de contrato de trabalho; 2. aviso-prévio; 3. condições de empregados sindicalizados; 4. conceitos de empregador e empregado; 5. trabalho do menor; 6. tipos de salário; 7. hipóteses de justa causa para rescisão de contrato de trabalho; 8. ausência do empregado no serviço; 9. direitos trabalhistas dos empregados; 10. férias e remuneração de férias; e 11. jornada de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Também montei, a título ilustrativo, um pequeno mapeamento das matérias exigidas, em anos de prova, para que você possa entender os pontos mais cobrados: Previsão do edital Raio X da prova Consolidação das Leis do Trabalho. Empregador, definição, empresa individual e coletiva, características, direitos e deveres. Empregado, definição, características, direitos e deveres. Salário-mínimo. Segurança e medicina no trabalho. Identificação profissional. 2011; 2014; 2017; 2000; 2019 Férias. Normas Gerais de Tutela do Trabalho. Normas Especiais de Tutela do Trabalho. Proteção ao trabalho da mulher, proteção ao trabalho do menor, demais normas especiais de tutela. 2015 Contrato Individual de Trabalho. 2017,2 Previsão do edital Raio X da prova Remuneração. 2014, 2016, 2017 Alteração, suspensão e interrupção. 2015,2 Rescisão. Noção em todos os anos Aviso-prévio, estabilidades. 2013 Associação Sindical e Convenção Coletiva do Trabalho. Instituições sindicais, enquadramento sindical, contribuição sindical. Não cobrado nos últimos anos Dissídios individuais e coletivos. Justiça do Trabalho, órgãos da Justiça do Trabalho, composição e funcionamento. Previdência e Assistência social, conceitos básicos de previdência e assistência social, previdência pública e previdência privada. Legislação complementar. Aplicação prática do Direito Trabalhista e da Legislação Social associados às diversas etapas do processo contábil. 2021 Sobre a banca do seu Conselho: as provas cobram a letra da lei, sem exigir do candidato o conhecimento de jurisprudência e de súmulas sobre o assunto abordado. Sabendo disso, você deve ficar atento às palavras e às pontuações das frases, para não errar. Fique atento também à necessidade de estudo da CLT, de forma atualizada. Estude sempre a legislação atualizada, pois, geralmente, as provas cobram as novidades legislativas. No final do material, eu sempre deixo alguns dispositivos legais já bem atualizados para você revisar a matéria. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material obrigatório!Então pegue a sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o mar- ca-texto, a caneta e programe-se para ler tudo o que eu preparei para você. Fique ligado no curso GRAN! Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok? Vamos começar? Maria Rafaela de Castro @mrafaela_castro @juizamariarafaela O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO 1. ConsolidAção dAs leis do trAbAlho O Direito do Trabalho é um ramo muito importante para a sociedade, na medida em que ver- sa sobre as relações de trabalho, sobre a ideia de valorização do trabalhador, sobre a relação jurídica entre as partes envolvidas, sobre direitos, deveres, remuneração, jornada, garantias provisórias no emprego etc. O seu principal conteúdo, no entanto, refere-se à relação empregatícia. Essa é a base de toda a sistemática, sendo o direito dos empregados. O Direito do Trabalho é aplicado às rela- ções empregatícias, incluindo a dos trabalhadores domésticos, a dos trabalhadores portuários avulsos etc. Nesse aspecto, é primordial a diferença entre relação de emprego e relação de trabalho. Veja a diferença neste quadro: Relação de Trabalho (gênero) Relação de emprego (espécie) É uma expressão ampla, abrangendo não só quem tem CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) assinada, mas também todos os que prestam serviços de alguma forma. Exemplos: cooperativos, autônomos, prestadores de serviços, diarista, estagiários, portuários avulsos etc. Aqui temos os trabalhadores. Aqui é um exemplo de relação de trabalho. É a espécie, como o caso de quem tem todos os requisitos dos artigos 2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho. É aquele que tem CTPS assinada ou que preenche os requisitos legais, como não eventualidade, onerosidade, pessoalidade, subordinação jurídica. A exclusividade não é requisito essencial. Exemplo: a doméstica, o assalariado etc. Aqui temos os empregados. Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas o contrário não é verdadeiro. Por isso fique atento às questões ao fim do material, pois lá trabalharei com você a leitura e a fixa- ção do artigo 2º da CLT, bem como a distinção do quadro acima quanto à relação de emprego e de trabalho. Nesse mesmo raciocínio, existem os trabalhadores (quando este termo se refere ao gê- nero de quem é remunerado ganhando o salário) e os empregados (espécies, sendo mais delimitados e com características mais específicas). Com isso, você deve ficar atento à leitura das questões. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Veja os quadros abaixo, resumidamente, para ter uma noção geral: Trabalhador Autônomo Trabalhador Eventual É aquele que exerce as suas atividades por conta e risco próprios, sem subordinação ao seu contratante. Aquele que presta serviços ocasionalmente, para a realização de determinado evento. Em regra, o trabalhador desenvolve atividades não coincidentes com os fins normais da empresa contratante, não se fixando a uma fonte de trabalho. Trabalhador Temporário Trabalhador Avulso Pessoa física que presta serviços a uma empresa, por prazo curto, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, com intermediação de empresa de trabalho temporário. Trabalhador que presta serviços de curta duração para distintos beneficiários, com intermediação de terceira entidade com quem mantém vínculo de emprego nos termos da CLT. O PULO DO GATO No momento de leitura das questões de Direito do Trabalho, você precisa ficar atento para identificar se elas estão tratando de gênero ou de espécie. Se a banca estiver falando generica- mente, teremos expressões como “trabalhadores”, “relação de emprego” etc. Se as questões forem mais específicas, a banca utilizará os termos “empregados” e “relação empregatícia”, por exemplo. Ter essa distinção em mente é fundamental para acertar a questão de prova. O Direito do Trabalho, em tese, aplica-se às relações de emprego. A CLT é importante porque delimita o que é relação de emprego, bem como as suas partes relevantes, como empregado e empregador. Com base nisso, analisaremos os aspectos mais importantes para que você possa fazer a prova. A CLT não é um código e contempla tanto as relações individuais como as relações coleti- vas de trabalho. A independência do Direito do Trabalho se reflete na CLT quando regulamenta os direitos do trabalhador na sua esfera individual − férias, remuneração etc. − e também cole- tiva − como é o caso da organização sindical e da negociação coletiva, por exemplo. Analisarei os pontos importantes, abaixo, com mapas mentais que poderão ajudar muito; ao final do material, colocarei artigos fundamentais para a sua prova, tudo de uma forma obje- tiva, para otimizar o seu tempo de estudo: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Artigos da CLT Temas importantes para a prova Artigos 1 ao 3 Tratam dos conceitos de empregado e empregador. Representam as partes na relação de emprego. O empregado deve ser pessoa física. O empregador pode ser pessoa física ou jurídica. Artigo 4 Trata do tempo em que o empregado fica à disposição do empregador. Com a Reforma Trabalhista, fica evidente que algumas situações não representam tempo à disposição. Com isso, não são consideradas para fins de jornada do trabalho. Artigo 11 Prescrição: o prazo para o ajuizamento de ação trabalhista é de dois anos após a extinção do contrato de emprego − prescrição bienal. Em relação às verbas condenatórias, pode o trabalhador pleitear os últimos cinco anos − prescrição quinquenal. Artigos 13 a 40 Trata das regras de anotação do contrato de trabalho do empregado. É um direito seu e uma obrigação do empregador, que não pode alegar qualquer motivo para fins de anotação. As referidas anotações possuem presunção relativa de veracidade, admitindo prova em sentido contrário de quem alega que as anotações não são corretas. É o princípio da primazia da realidade sobre a forma. Artigos 58 a 65 Trata da jornada do trabalhador, que é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. O que extrapolar essa jornada implicará o pagamento de horas extras, se a empresa não tiver banco de horas ou regime de compensação de jornada. Também trata do regime de tempo parcial, referente àquele cuja duração não exceda trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. Artigos 66 a 74 Trata das pausas da jornada, como a intrajornada ea interjornada. No primeiro caso, são as pausas para alimentação; no segundo caso, é o lapso de uma jornada e outra, que não pode ser inferior a 11 horas. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder 2 horas. Não excedendo 6 horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 minutos quando a duração ultrapassar 4 horas. Artigo 75 Trata do teletrabalho. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar, a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Vamos continuar “desbravando a CLT” com os mapas mentais abaixo: Artigo 130: Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho. o empregado terá direito a férias É vedado descontar, do período de férias. as faltas do empregado ao serviço. Desde que haja concordância do empregado. as férias poderão ser usufruídas em até três períodos. sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos. cada um Férias na CLT, a partir do artigo 129 e seguintes O empregado estudante. menor de 18 (dezoito) anos. terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Os membros de uma família. que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa. terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado. com antecedência de. no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Férias coletivas na CLT No prazo de 15 dias, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. O empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Contrato de emprego na CLT a partir do art. 442 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela O trabalhador intermitente na CLT a partir do artigo 452- A O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Teletrabalho nos termos da CLT Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo detransição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços p r e p o n d e r a n t e m e n t e fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Contrato de emprego na CLT Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Os demais temas da CLT serão vistos com maiores detalhes nos outros livros. O PULO DO GATO Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão, no uniforme, de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. A higienização do uni- forme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum. Importante perceber a caracterização da relação de emprego. Como já explicado, a abran- gência da área trabalhista, para fins jurídicos, é a caracterização da relação de emprego. Para caracterizar essa relação é preciso preencher alguns requisitos, que a CLT trata especificamen- te nos artigos 2º e 3º, os quais podem ser citados brevemente como: a) não eventualidade – é preciso ter uma relação contínua do labor. Isso não se traduz em quantidade de dias ou horas, mas sim no ânimo das partes pela continuidade dessa relação. Não é algo esporádico, que ocorre só de vez em quando porque as partes estipularam. É algo que ocorre de forma constante; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela b) subordinação jurídica – isso porque o empregado tem uma relação subalterna com o patrão. Nesse ponto, é o patrão quem determina a hora, a jornada, o que vai fazer, quanto vai pagar, como será o pagamento e que atividades serão realizadas no ambiente do trabalho; Daí surgem direitos e obrigações para as duas partes. Nessa subordinação reside o poder diretivo do empregador, que pode aplicar penalidades, caso o empregado descumpra as suas obrigações. Em contrapartida, o empregador deve pagar o salário e tratar de forma digna o trabalhador, propiciando um ambiente saudável de trabalho, com o mínimo de condições de dignidade. c) onerosidade – aqui haverá a contraprestação financeira (salário) a ser paga para aquele que desempenha as suas funções; d) pessoalidade – é a pessoa que foi contratada quem deve realizar os serviços, não po- dendo ser substituída por terceiros. Daí reside a pessoalidade do trabalhador. Diante disso, é a relação de emprego o centro dessa abrangência. Quando estão presentes todos os requisitos acima, há relação de emprego. Nisso recaem todos os direitos trabalhistas, inclusive anotação da CTPS (Carteira de Trabalho), recolhimentos previdenciários, na qualida- de de segurado empregado, e garantias da proteção social. O PULO DO GATO Cuidado com as questões acerca da exclusividade como elemento essencial do contrato de trabalho ou da competência do trabalhador: não é requisito essencial da figura do empregado. Além disso, nas alternativas das provas aparece a ALTERIDADE, que tem o mesmo significa- do de risco do empreendimento. Isso até existe no Direito do Trabalho, mas não como uma característica do empregado, e sim do EMPREGADOR! Em suma, o empregador assume os riscos da falta de sucesso ou de lucro nos seus negócios, não podendo transferir essa res- ponsabilidade ao empregado. O Direito do Trabalho também atinge empregados públicos. Ou seja, aqueles concursados do serviço público das estatais (empresas públicas, sociedades de economia mista, funda- ções públicas de direito privado) que não possuem estabilidade no serviço público e que, mes- mo se submetendo a concursos públicos de provas ou de provas e títulos, são regidos pela CLT, aplicando-se o regime jurídico celetista. Exemplo: advogados e empregados da ECT (Correios), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras etc. EXEMPLO Paulo Henrique passou em um concurso da Caixa Econômica Federal. Fez provas e assumiu o cargo. Para Paulo, as férias, os recolhimentos de FGTS, o 13º salário e tudo o que dispuser o sindicato em negociações coletivas aplicam-se a Paulo. Se Paulo for dispensado por justa causa, deve ser pelas hipóteses previstas na CLT. Paulo, muito embora seja servidor celetista de uma empresa pública federal, submete-se ao regime da CLT, para todos os fins. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela É diferente de Elvira, que exerce um cargo público em regime estatutário do INSS, autarquia federal. No caso de Paulo Henrique, seus litígios serão processados e julgados na Justiça do Trabalho, pela abrangência do Direito do Trabalho/CLT. No caso de Elvira, seu litígio será na Justiça Federal comum. Lembro que a Justiça do Trabalho é uma Justiça Federal especializada. O contrato de trabalho, por sua vez, pode ser escrito ou verbal, expresso ou tácito e, com isso, é válido para todos os fins. A falta de assinatura da CTPS leva às sanções administrativas pelo Ministério da Economia, pois foi extinto o Ministério do Trabalho. 001. (FAEPESUL/PREFEITURA DEARARANGUÁ–SC/ADVOGADO/2018) O contrato de tra- balho será válido ainda que não realizado de forma expressa e por escrito. Nesse sentido, é o artigo art. 442, da CLT: Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Parágrafo único. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Certo. 2. empregAdor, definição, empresA individuAl e ColetivA, CArACterísti- CAs, direitos e deveres A CLT trata do empregador no artigo 2º, que será o grande norte desta matéria para en- tendermos toda a temática que envolve empregador − como sucessão empresarial, grupo econômico, empregador rural e doméstico −, o qual transcrevo: Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissio- nais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guar- dando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a con- figuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Vamos resolver as questões abaixo: 002. (FCC/TRT11/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) Em relação aos sujeitos do contrato de trabalho, é correto afirmar que não se equipara ao empregador a instituição sem fins lucra- tivos que admite, assalaria, e dirige a prestação pessoal dos serviços, assumindo o risco da atividade. A alternativa está errada, pois é considerado empregador aquele que contrata e assalaria al- guém, mesmo sendo uma instituição sem fins lucrativos. A previsão está no artigo 2º, da CLT: § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissio- nais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. Errado. 003. (INÉDITA/2020) Cibelle trabalha há um ano na instituição sem fins lucrativos que ajuda moradores de rua, na cidade de Quixadá (CE). Ela recebe salários mensais de um mínimo, bem como tem horário para chegar e sair todos os dias, com folga nas terças-feiras. Neste caso, não há relação de emprego, apesar de todos os requisitos do artigo 3º da CLT, tendo em vista que estamos tratando de uma associação sem fins lucrativos. A alternativa está errada, pois é considerado empregador aquele que contrata e assalaria al- guém, mesmo sendo uma instituição sem fins lucrativos. A previsão está no artigo 2º da CLT: § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissio- nais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. Errado. 004. (FEPESE/PREFEITURA DE LAGOS–SC/PROCURADOR/2016) A empresa individual não pode ser considerada empregador, porque lhe falta a pluralidade de sócios. Pelo artigo 2º da CLT, estamos tratando do empregador, que pode ser pessoa física ou jurídica. Em relação a esta última, pode ser Empresa Individual, Microempresa, Empresa de Pequeno Porte etc. Pode, até mesmo, ser um ente despersonalizado ou empresa que esteja irregular. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Logo, pela leitura do artigo 2º da CLT, o empregador: a) pode ser pessoa física ou jurídica; b) detém o poder jurídico, subordinando o empregado que, por sua vez, tem subordina- ção jurídica; c) caracteriza-se pela impessoalidade, podendo ser substituído por outro empregador, como ocorre no grupo econômico ou na sucessão trabalhista; d) deve pagar ou prometer pagar salário; e) exige constância e continuidade da prestação de serviço em seu prol; f) por lei, fica com a responsabilidade do sucesso econômico do empreendimento, não podendo transferir essa responsabilidade, de forma direta ou indireta, ao empregado. Ao tratar de empregador, é necessário analisar o fenômeno da despersonalização. Isso significa ser possível, na ordem jurídico-laboral brasileira, a alteração do sujeito passivo da relação de emprego. Veja aqui a diferença entre empregado e empregador. O empregado precisa ter pessoalidade, não podendo ser substituído por outra pessoa, sal- vo situação excepcional, mediante a concordância do empregador. No caso do empregador, não há necessidade de pessoalidade, podendo ser substituído por outros, independentemente da concordância do empregado. Para explicar essa distinção, uso o exemplo do falecimento de uma das partes. Em tese, quando o trabalhador morre, encerra-se o vínculo de trabalho. Mas, quando o empregador falece, o vínculo entre as partes continua com quem suceder ao falecido. Veja claramente como a pessoalidade é algo obrigatório para caracterizar o em- pregado, mas não o é quando se trata do empregador. Para o empregador, a pessoalidade é irrelevante e dispensável. Até quando se faz menção à ideia de “empresa”, tanto pode ser pessoa física ou jurídica. É irrelevante para o Direito do Trabalho que a empresa esteja irregular, para os fins do Direito Civil e Empresarial. O PULO DO GATO Para a caracterização do empregador, é dispensável a pessoalidade e, ainda, o empregador assume os riscos da atividade econômica para o empregado, seja de forma direta ou indireta. São de EXCLUSIVA responsabilidade do empregador os riscos da atividade econômica em que escolheu atuar: tanto a responsabilidade em relação à geração (ou não) de lucros da ati- vidade em que atua quanto a responsabilidade de pagamento da mão de obra utilizada, bem como aquela relativa ao sucesso (ou não) dos contratos que firma com terceiros. Essa dis- cussão ficou evidente na época da pandemia, com a suspensão das atividades em razão do isolamento social. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela A tese de não pagar porque não pode ou porque não tem condições contraria a teoria do risco do empreendimento, imputada ao empregador, pelo ordenamento jurídico brasileiro, se- gundo a qual é vedada a transferência ao empregado das consequênciasdo referido risco, sob pena de desatender as balizas principiológicas da alteridade inerente às relações de emprego. Segundo a teoria do risco, na gestão de negócios os riscos positivos são associados às oportunidades que a organização pode explorar para melhorar os seus resultados e alcançar os seus objetivos estratégicos; já os riscos negativos são associados às ameaças que podem reduzir o desempenho ou dificultar que a organização alcance os seus objetivos. Ressalte-se que a CLT faz expressa menção à assunção dos riscos da atividade econômica ao empresário, quando preconiza, em seu art. 2º, caput: “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.” (grifo nosso) Além do art. 2º da CLT, é preciso analisar mais três dispositivos: artigos 10, 448 e 448-A. Lembremos que o empregador pode ser pessoa jurídica ou física. Grupo econômico teve alteração com a Reforma Trabalhista, na medida em que passou a ser conceituado que quando uma ou mais empresas, embora tendo, cada uma delas, perso- nalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra ou, ainda, quando mesmo guardando cada uma a sua autonomia, integrarem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Nesse caso, a responsabilidade é solidária, ou seja, abrange todos os empregadores. Com a Reforma Trabalhista, fixou-se o entendimento de que a tese recepcionada foi a de simples coordenação interempresarial. É indiferente que o controle seja exercido por pessoa física ou jurídica. É desnecessário que os sócios sejam os mesmos para caracterizar um grupo econômico − mera identidade não significa nada. O importante é o efeito desse grupo, que é a solidariedade ativa e passiva. Todas as empresas do grupo podem responder pelas dívidas e o trabalhador pode acionar uma, duas ou todas as empresas do grupo. Veja: TODAS AS EMPRESAS DO GRUPO. Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios (necessária para a con- figuração do grupo), MAS SIM OS SEGUINTES REQUISITOS CUMULATIVOS: demonstração do interesse integrado; efetiva comunhão de interesses; e atuação conjunta das empresas dele integrantes. Isso é muito importante: os requisitos são cumulativos. Repita comigo: demonstração do interesse integrado, efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas dele integrantes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela No caso do empregador rural, há previsão expressa na Lei do Trabalhador Rural, conforme art. 3º, § 2º, que também imputa responsabilização solidária. O importante é saber que a responsabilidade é SOLIDÁRIA, ou seja, pode ser acionada qual- quer pessoa do grupo. Não se trata de responsabilidade subsidiária, em que existe o benefício da ordem, aplicando-se primeiro a responsabilidade para uma das empresas e, depois, caso não seja adimplente, acionando-se as seguintes. Em relação a esse assunto, temos que tratar de três artigos da CLT: 10, 448 e 448-A. Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empre- gados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. Art. 449. Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falên- cia, concordata ou dissolução da empresa. § 1º Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito. § 2º Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e consequente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno. No caso em que existe sucessão ou transferência da figura do empregador, a empresa con- tinua responsável pelos débitos trabalhistas. Pelos dispositivos legais acima, observa-se que quando se transfere a titularidade da empresa, concomitantemente também são transferidas as dívidas trabalhistas para quem compra aquela empresa. Assim, se temos a empresa X como empregadora de Mário, João e Ana, e a empresa é ven- dida ou incorporada à empresa Y, então Y passa a ser responsável pelos débitos trabalhistas existentes para cada um daqueles trabalhadores. Tanto faz se a empresa está mudando a sua titularidade ou a sua formatação jurídica. Por isso a CLT menciona “mudança na propriedade ou na estrutura jurídica”. Nada disso afetará os contratos de trabalho, em regra. O PULO DO GATO A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica não afetará os contratos de trabalho. Nesse caso, transfere-se toda a responsabilidade do pagamento de débitos trabalhistas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela A venda, de qualquer título (alienação da empresa), cisão, fusão, incorporação, compra e venda ou arrendamento leva ao sucessor a responsabilidade pelo pagamento das dívidas tra- balhistas. Não se altera o contrato de trabalho. O contrato permanece intangível com o novo empregador. Essa transferência da empresa para outra pode ocorrer quando se vende toda a unidade empresarial econômica, com a mu- dança da propriedade de A para B, por exemplo. A transferência dessa responsabilidade para o sucessor é automática, por determinação expressa dos artigos 10 e 448, da CLT. Ocorre que é um imperativo da lei, não valendo de nada cláusulas feitas entre as empresas nos contratos de compra e venda, por exemplo, pelo que não se aplicarão as cobranças dos antigos contratos de trabalho. Assim, cláusulas de não responsabilidade nos contratos entre as empresas não valem para o Direito do Trabalho. O sucessor deve se responsabilizar automaticamente. Fique atento, que a venda de alguns dos bens do estabelecimento não significa que existe sucessão empresarial. EXEMPLO Se a empresa X vender cinco maquinários para a empresa W, e continuar desempenhando as suas atividades, não haverá sucessão e, portanto, a empresa X continuará responsável pelos contratos de trabalho e pelas dívidas trabalhistas, normalmente. Também pode ocorrer em situações nas quais existe apenas a transferência do título jurí- dico, como arrendamento, concessão, privatização. Ou seja, muda-se o formato jurídico, mas a empresa continua existindo e, com isso, responsabiliza-se pelos contratos firmados. Nesse caso, aplicam-se as regras estabelecidas no artigo 10 e 448, da CLT. Há uma causa interessante no que se refere à existência de fraude na transferência da em- presa, ou seja, na sucessão. O Tribunal Superior do Trabalho já tratou do tema algumas vezes, posicionando-seno sentido de que a empresa sucedida teria responsabilidade subsidiária. O Tribunal Superior do Trabalho também entende que a responsabilização passa a existir de forma subsidiária quando existe comprometimento das garantias empresariais deferidas aos contratos de trabalho, incidindo a responsabilidade da empresa sucedida. No que se refere às empresas que estão em falência, há uma peculiaridade trazida pela Lei n. 11.101/2005, que regulamenta o processo falimentar e de recuperação judicial. É importante compreender as diferenças entre solidariedade e sucessão de empregadores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela SOLIDARIEDADE SUBSIDIARIEDADE É o caso de grupo econômico. Qualquer empresa do grupo é responsável pelo pagamento das dívidas trabalhistas. Se houve fraude comprovada na retirada de um sócio, este sócio retirante responderá solidariamente. Então fraude leva à ideia de solidariedade. Os integrantes do consórcio são solidariamente responsáveis em relação às obrigações previdenciárias. O consórcio de empregadores rurais, previsto no artigo 25-A da Lei Previdenciária, Lei n. 8.212/1991, cria, por sua natureza, solidariedade dual, na medida em que cria tanto solidariedade passiva como ativa, ou seja, entre empregados e empregadores rurais. É o caso dos sócios depois que esgotarem todos os bens e patrimônio da empresa. Instaura-se um benefício da ordem. Primeiro é a empresa (devedora principal), e depois atinge os sócios ativos e retirantes. Para os sócios, portanto, aplica-se quando os bens da empresa principal não forem encontrados. Ocorrerá sucessão no caso de transferência da titularidade da serventia extrajudicial e na continuidade da prestação de serviços. O Tribunal Superior do Trabalho entende que quando a empresa sucedida agiu com fraude, terá responsabilidade subsidiária quanto à empresa sucessora. Essa fraude tem que ser comprovada. Importante tratar aqui, primeiramente, do tema na CLT, até porque houve mudança pela Reforma Trabalhista. Depois, veja o mapa mental sobre o artigo 10-A, da CLT: Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I – a empresa devedora; II – os sócios atuais; e III – os sócios retirantes. Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar compro- vada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. Nesse ponto, é importante que, na prova, você fique atento para as premissas de que o sócio retirante regular só responde pelos débitos trabalhistas nos dois últimos anos contados da alteração social arquivada na Junta Comercial. Nesse caso, ele também só responde pelos trabalhadores na época em que era sócio. Não pode ser imputada a ele responsabilidade de terceiros da qual não se beneficiou diretamente, quando se afastou da sociedade. EXEMPLO Podemos aqui trazer o exemplo do sócio Antonio, no caso de este se retirar da empresa, fazen- do as devidas averbações na Junta Comercial. Vamos imaginar que ele faça todas as averba- ções no dia 1/3/2018; ele responderá, portanto, por débitos trabalhistas até 1/3/2018. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Julia era empregada na época em que Antonio ainda era sócio. Antonio responderá pelos débi- tos trabalhistas quanto à Julia nesse período de dois anos que averbou. No entanto, se Maria Clara começou a trabalhar na empresa após a saída de Antonio, ele não responderá pelos débitos relacionados a ela, ainda que nessa margem de dois anos. Nesse sentido, vamos enfatizar: o sócio retirante tem de AVERBAR a sua saída. Se ele não averba, continua responsável. É o conhecido “contrato de gaveta”. Pouco importa para o Direito do Trabalho se ele realmente saiu, de fato. A situação precisa obrigatoriamente estar documentada. Para fechar ainda mais o seu raciocínio, contribuindo para que você acerte as questões da prova, vou reproduzir um exemplo que já li diversas vezes, enquanto juíza. EXEMPLO O sócio retirante Claúdio saiu da empresa em maio de 2017; o trabalhador Evandro, no entanto, continuou prestando serviços até 2018. O sócio Cláudio não responderá por essa dívida que a empresa ainda vai contrair, após o desligamento do sócio Cláudio; o sócio Cláudio só respon- derá pelas dívidas pretéritas, pelas dívidas passadas, aquelas dívidas que já existiam quando Cláudio, o sócio, saiu, averbando a sua saída, ou seja, de forma regular. O sócio, portanto, não responde pelas dívidas posteriores ao desligamento. Se Cláudio, o sócio, não averbar essa saída, continuará responsável pela dívida. Fique aten- to tanto ao dispositivo legal quanto à aplicação do previsto no artigo 10-A, da CLT. Até porque foi novidade da Reforma Trabalhista. 3. empregAdo, definição, CArACterístiCAs, direitos e deveres Para ser empregado é preciso preencher os requisitos de onerosidade, não eventualidade, ser subordinado juridicamente, o trabalho deve ser realizado por pessoa física e pessoalidade. O objeto da relação pode ser qualquer obrigação de fazer, física e juridicamente possível. A relação pode ser expressa ou não, observando-se o teor dos artigos 442 e 443, da CLT. Apesar das partes não rotularem como relação de emprego, quando os requisitos dos ar- tigos 2º e 3º da CLT se reúnem, existe uma relação de emprego. Não precisa estar expresso, pois existe também contrato de trabalho tácito. Observar-se-á a intenção das partes na reunião dos pressupostos. Isso é muito importante para que você possa interpretar as questões, como veremos adiante. É irrelevante se o empregado possui mais de um emprego ou se ele se desloca ou não à empresa todos os dias. Se ele estiver subordinado, existe sim uma relação de emprego, quan- do há pessoalidade (atividade intransferível, salvo consenso extraordinário das partes), não eventualidade e onerosidade, sendo a atividade laboral exercida por pessoa física. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Para a caracterização da relação de emprego, é preciso reunir, CUMULATIVAMENTE, al- guns requisitos, chamados de elementos fático-jurídicos, que a lei enumera em cinco e os quais você deve ter em mente para resolver as questões da prova: a) prestação por PESSOA FÍSICA (ou pessoa natural). Na prática, pode ser utilizada uma situação de “pejotização” para mascarar a realidade de uma relação de emprego, como uma espécie de fraude. Nesse sentido, muitas empresas, em algumas situações, exigem que os empregados constituam Pessoas Jurídicas para emitirem notas fiscais, embora, na prática, sejam empregados, aplicando-se, com isso osefeitos da CLT: Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou frau- dar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. A essência do Direito do Trabalho na condição de empregado, portanto, é que seja PESSOA FÍSICA/OU NATURAL. O PULO DO GATO Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técni- co e manual. 005. (CEBRASPE/SEBRAE−DF/ANALISTA/2008) No que diz respeito à legislação trabalhista, julgue os itens que se seguem. Somente pessoa física pode ser contratada como empregado. No caso do artigo 3º da CLT, um dos requisitos é ser pessoa física. Então o “somente” torna a premissa corretíssima. Muito cuidado, porque a gente fica acostumado a aprender que “sem- pre”, “nunca” tornam as premissas erradas. Muito cuidado, ok? Certo. b) PESSOALIDADE DO TRABALHADOR: confere uma natureza de infungibilidade no que tan- ge ao trabalhador. Para o empregador, pode haver mudança de sua situação societária ou até sucessão trabalhista; mas para o empregado só é possível a sua substituição excepcionalmen- te, quando houver consentimento das partes para uma situação provisória ou eventual; nas substituições previstas em lei; ou por negociação coletiva. A relação entre as partes desempe- nhada pelo empregado deve ser pessoal, ou seja, intuitu personae, na medida em que o trabalha- dor não passa as suas funções obrigacionais para terceiros ou para os seus sucessores; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela O PULO DO GATO Na relação de emprego, o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o executa deve realizá-lo pessoalmente, não podendo se fazer substituir por outra pessoa, salvo se, excep- cionalmente, o empregador concordar. Substituições eventuais com o consentimento do em- pregador ou substituições previstas e autorizadas por lei ou por norma coletiva, como férias e licença-gestante, são válidas e não afastam a característica da pessoalidade. c) NÃO EVENTUALIDADE: traduz a ideia de continuidade da relação empregatícia; O PULO DO GATO Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. OU SEJA, A PARTIR DE 3 DIAS SEMANAIS JÁ CONFIGURA RELAÇÃO DE EMPREGO. Não se esque- ça: pela lei, o empregado doméstico tem que possuir 18 anos, no mínimo. 006. (FGV/PROVA OAB/2018) Paula trabalha na residência de Sílvia, três vezes na semana, como passadeira. Em geral, comparece às segundas, quartas e sextas-feiras, mas, se neces- sário, mediante comunicação prévia, comparece em outro dia da semana, exceto sábados, do- mingos e feriados. A CTPS não foi assinada e o pagamento é por dia de trabalho. Quando Paula não comparece, não recebe o pagamento e não sofre punição, mas Sílvia costuma sempre pedir que a ausência seja previamente comunicada. Paula procura você, como advogado(a), com dúvida acerca de sua situação jurídica. À luz da legislação específica em vigor, assinale a opção que contempla a situação de Paula: a) Paula é diarista, pois trabalha apenas três vezes na semana; b) Paula é autônoma, porque gerencia seu próprio trabalho, dias e horários; c) Paula é empregada eventual; d) Paula é empregada doméstica. No caso, pela LC n. 150/2015, a reclamante vai ao labor mais de duas vezes por semana, é remunerada, é atividade personalíssima e existe subordinação. Nesse caso, é empregada doméstica. Letra d. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela d) mediante SUBORDINAÇÃO JURÍDICA: na relação de emprego, há subordinação jurídica do empregado ao empregador, ou seja, a relação de dependência decorre do fato de que o empregado transfere ao empregador o poder de direção e este assume os riscos da atividade econômica, passando a estabelecer os contornos da organização do trabalho do empregado (poder de organização), a fiscalizar o cumprimento, pelo empregado, das ordens dadas no exercício do poder de organização (poder de controle), podendo, em caso de descumprimento das determinações, por parte do empregado, impor-lhe as sanções previstas no ordenamento jurídico (poder disciplinar). Para fins de identificação da subordinação jurídica, os meios tele- máticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam aos meios pesso- ais e diretos de comando, controle e supervisão; O PULO DO GATO A subordinação é um conceito dinâmico. Assim, a subordinação que importa para a configu- ração da relação de emprego é a SUBORDINAÇÃO JURÍDICA. Nesse ponto, a subordinação, atualmente, atinge o trabalho home office, por meios telemáticos, serviços de trabalho externo, que se pode controlar por todos os meios − inclusive é possível falar em subordinação estru- tural, em que vários empregados estão na estrutura produtiva, como ocorreu, por exemplo, nos casos de “facções de empresas de roupas” que revendiam para as grandes marcas. Importante destacar a ideia de subordinação ESTRUTURAL, em relação à qual GODINHO (2019, p. 352-353) aborda a inserção do trabalhador na dinâmica do tomador de seus serviços, independentemente de receber ou não as ordens diretas, mas acolhendo a estrutura de sua dinâmica de organização e funcionamento. Tivemos um caso clássico, nesse sentido, na condenação da ZARA e demais facções “de fundo de quintal” que forneciam matéria-prima mediante mão de obra mais barata e sem vín- culos formais e documentais. Aqui temos a tal subordinação RETICULAR. e) ONEROSIDADE – o trabalho deve ser pago. Significa o ponto econômico da força de trabalho (contrapartida econômica pela prestação do serviço feito pelo trabalhador). Ora, se o contrato de trabalho é bilateral, implica concessões e obrigações recíprocas, razão pela qual o trabalhador oferece sua mão de obra em troca de uma contraprestação econômica. O que importa não é o quantum a ser pago, mas sim o pacto. Significa que existirá um pagamento pelo serviço prestado. A forma e o tempo de pagamento são acertados pelas partes, podendo ser quinzenal, semanal, mensal. Na verdade, não ultrapassa, geralmente, o mês. O pagamento é “MEDIANTE SALÁRIO”. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela O PULO DO GATO O pagamento do trabalhador não é com qualquer forma de remuneração. Conforme consta no artigo 3º da CLT: É “MEDIANTE SALÁRIO”. Dependência econômica não é pressuposto para a configuração do vínculo de emprego. Isso já foi cobrado pelo CEBRASPE, em prova para ocargo de auditor, no Espírito Santo, em 2009. Fique esperto! Dependência econômica não tem nada a ver com subordinação jurídica ou onerosidade. 007. (TRT15/TRT15/JUIZ DO TRABALHO/2013) Dentre outros elementos, a relação de em- prego se caracteriza pela onerosidade, a qual se identifica pelo efetivo recebimento de salário, por parte do trabalhador. O pagamento do trabalhador não é com qualquer forma de remuneração. Conforme consta no artigo 3º da CLT: É MEDIANTE SALÁRIO. Certo. O PULO DO GATO A relação de emprego não é gratuita ou voluntária; ao contrário, haverá sempre uma prestação (serviços) e uma contraprestação (remuneração). Assim, podemos afirmar que onerosidade se caracteriza pelo ajuste da troca de trabalho por salário. O que importa não é o quantum a ser pago, mas sim o pacto, a promessa de prestação de serviço, de um lado, e a promessa de pagamento do salário, de outro. Além disso, o fato de o empregador deixar de pagar o salário não afasta a existência de onerosidade. O trabalhador eventual é aquele que não preenche o requisito da não eventualidade, tratada anteriormente. Nesse caso, para desconfigurar a relação de emprego, o trabalhador eventual é aquele que não possui ânimo definitivo de continuar laborando, não se fixa a uma fonte de trabalho, desempenha atividades de curto prazo, geralmente laborando para um determinado evento, e não possui, em regra, relação com os fins do empreendimento. Mas é preciso não confundir o trabalhador eventual com o trabalhador intermitente, que possui relação de emprego. Ele foi trazido pela Reforma Trabalhista e, atualmente, ultrapassa- da a MP 808, a literalidade para as provas é a seguinte, na CLT: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especi- ficamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. § 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de servi- ços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho inter- mitente. § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I – remuneração; II – férias proporcionais com acréscimo de um terço; III – décimo terceiro salário proporcional; IV – repouso semanal remunerado; e V – adicionais legais. § 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. § 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. O PULO DO GATO TRABALHADOR INTERMITENTE tem direitos trabalhistas e é regulamentado na CLT. 4. sAlário mínimo O salário mínimo tem previsão na Constituição federal, conforme o artigo 7º, inciso IV, da Constituição federal de 1988. É o valor mínimo que deve ser pago ao trabalhador brasileiro. Esse assunto também é tratado na CLT. E qual é o conceito correto, nos termos legais? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Salário-mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária, nunca inferior à do salário mínimo, por dia normal da região, zona ou subzona. Importante esse aspecto para quem recebe salários mediante comissão. Quando o salário- -mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito à percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto em mês subsequente a título de compensação. EXEMPLO Mariano trabalha mediante comissões e somente por isso. Vamos supor que o salário mínimo seja, nacionalmente, o valor de R$ 1.200,00. Então, em janeiro, Mariano recebe R$ 2.000,00; em fevereiro, R$ 1.400,00, mas, em março, é um mês ruim das vendas, e ele só vende o que lhe ren- deria R$ 800,00. Nesse caso, o seu empregador deverá completar o valor até Mariano receber o salário mínimo. Em abril, mesmo que Mariano ganhe R$ 2.000,00 novamente, não poderá o empregador descontar a diferença do que pagou para completar o salário mínimo no mês de março. Então, se ele aufere mais do que o mínimo, ótimo. Se não consegue, deve o empregador garantir o salário mínimo. E não pode descontar a diferença que pagou nos meses seguintes/ subsequentes. O salário mínimo será determinado pela fórmula: Sm = a + b + c + d + e, em que “a”, “b”, “c”, “d” e “e” representam, respectivamente, o valor das despesas diárias com alimentação, habita- ção, vestuário, higiene e transporte, necessários à vida de um trabalhador adulto. A parcela correspondente à alimentação terá um valor mínimo igual aos valores da lista de provisões, constantes dos quadros devidamente aprovados e necessários à alimentação diária do trabalhador adulto. O salário-mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário- -mínimo fixado para a região, zona ou subzona. É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere. Não pode haver distinção entre o salário em razão do gênero, por exemplo. 5. identifiCAção profissionAl – Ctps (CArteirA de trAbAlho) Incluí esse assunto neste livro porque percebi que ele é cobrado em assuntos diversos nas questões de provas. Com base nisso, deixo-o aqui para passar a você as informações princi- pais acerca do tema, que podem ser cobradas em sua prova. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Lembre-se de que as anotações na CTPS, nos termos da Súmula 12, do TST, aduzem que existe presunção relativa (juris tantum) das anotações ali constantes. O que prevalece no Direi- to do Trabalho é a primazia da realidade sobre a forma. Nesse contexto, o assunto da CTPS sofreu significativas alterações diante da Reforma Trabalhista, sendo oportuno conhecer os aspectos mais relevantes, a partir do artigo 13º, da CLT. Então, vamos lá. A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer em- prego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. No entanto, pelo princípio da primazia da realidade sobre a forma, caso o empregador não proceda à anotação, mas se os requisitos dos artigos 2º e 3º da CLT estiverem presentes, have- rá sim a relação de emprego, pois a ausência de anotação não pode ser utilizada para penalizar duplamente o trabalhador. Sendo assim, não haverá prejuízo ao trabalhador. Com isso, no âmbito da relação nos termos dos artigos 2º e 3º da CLT, o trabalhador tem direito à anotação, bem como aquelas pessoas que, proprietárias rurais ou não, trabalhem in- dividualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da mesma família, indispensável à própria subsistência, e exercido em condições de mútua dependência e colaboração, e os que estejam em regime de economia familiar e sem empre- gado, cujo trabalho explore área não excedente do módulo rural ou de outro limite que venha a ser fixado pelo Ministério da Economia, haja vista a extinção do Ministério do Trabalho. Com a modernização, a regra é que a CTPS seja, preferencialmente e em regra, em formato eletrônico/digital. Excepcionalmente, a CTPS poderá ser emitida em meio físico, desde que: I – nas unidades descentralizadas do Ministério da Economia que forem habilitadas para a emissão; II – mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais da administração dire- ta ou indireta; III – mediante convênio com serviços notariais e de registro, sem custos para a administra- ção, garantidas as condições de segurança das informações. A CTPS terá como identificação única do empregado o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, bem como, na remuneração, a especificação do salário, qualquer que seja a sua forma de pagamen- to, seja em dinheiro ou em utilidades, assim como a estimativa de gorjeta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela É muito importante essa regra: não pode o empregador “sujar” a CTPS do trabalhador, mesmo em caso de rescisão por justa causa. É vedado ao empregador efetuar anotações desabona- doras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. Além disso, se o empregador não fizer as anotações adequadas ou lançar mão de anota- ções proibidas em lei, acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. O PULO DO GATO O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos traba- lhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. GUARDE BEM ISSO: CINCO DIAS ÚTEIS. O PULO DO GATO É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. A comunicação, pelo trabalhador, do número de inscrição do CPF, ao empregador, equivale à apresentação da CTPS em meio digital, dispensado o empregador da emissão de recibo. Os registros eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas informatizados da CTPS em meio digital equivalem às anotações previstas a partir do artigo 13º da CLT. O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação. A CTPS regularmente emitida e anotada servirá de prova nos casos de dissídio na Justiça do Trabalho entre a empresa e o empregado, por motivo de salário, férias ou tempo de serviço, e para o cálculo de indenização por acidente do trabalho ou moléstia profissional. Entende-se, claramente, que o ideal e legalmente exigido é a anotação da CTPS do traba- lhador. Entende-se, inclusive, que existe o patamar civilizatório mínimo e a CTPS faria parte dessa coletânea de direitos absolutamente indisponíveis. Logo, nem o próprio trabalhador po- deria, em tese, renunciar a esse direito. Nos livros anteriores, já estudamos que os direitos trabalhistas podem ter disponibilidade relativa ou absoluta. No último caso, não pode haver renúncia ou transação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Nesse azo, tem-se aqui claramente, com a Reforma Trabalhista, a fixação do que compõe o patamar civilizatório mínimo. Com isso, são as temáticas que não podem ser alteradas por negociação coletiva, destacando-se, entre eles, a anotação na CTPS do trabalhador, cujo dispo- sitivo registro na íntegra, por ser assunto essencial para a sua prova objetiva: Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclu- sivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: I – normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdên- cia Social; II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III – valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); IV – salário mínimo; V – valor nominal do décimo terceiro salário; VI – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; VII – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; VIII – salário-família; IX – repouso semanal remunerado; X – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal; XI – número de dias de férias devidas ao empregado; XII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XIII – licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias; XIV – licença-paternidade nos termos fixados em lei; XV – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XVI – aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XVII – normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamen- tadoras do Ministério do Trabalho; XVIII – adicional de remuneração para as atividadespenosas, insalubres ou perigosas; XIX – aposentadoria; XX – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador; XXI – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXII – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalha- dor com deficiência; XXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXIV – medidas de proteção legal de crianças e adolescentes; XXV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalha- dor avulso; XXVI – liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela XXVII – direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender; XXVIII – definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve; XXIX – tributos e outros créditos de terceiros; XXX – as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta Consolidação. O PULO DO GATO Todos os tipos de contratos devem ter as anotações da CTPS, contrato por prazo determinado ou indeterminado, sendo que os contratos de experiência devem obrigatoriamente ser anota- dos. Não há, assim, uma ideia de exclusão no Direito do Trabalho, mas sim de inclusão de to- das as anotações, para fins de proteção da relação de emprego, não importando a modalidade do contrato. 008. (INÉDITA/2021) Cássio alega que todas as anotações do seu contrato de trabalho estão equivocadas, com prejuízo a si, pois a remuneração não obedece ao teto da categoria e, ainda, consta função que não corresponde à realidade; além disso, a data de admissão está incorreta, pois a CTPS foi anotada dois meses após o início efetivo da relação trabalhista na empresa. Neste caso: a) admite-se a ampla produção de prova, por parte de Cassio, pois todas as anotações pos- suem presunção relativa; b) não se admite a produção de prova, por parte de Cássio, pois as anotações possuem pre- sunção absoluta; c) admite-se a produção de prova, por parte de Cássio, apenas no que se refere ao salário, mas não quanto à função e à admissão do contrato de trabalho, pois as anotações possuem presunção relativa; d) admite-se a produção de prova, por parte de Cássio, apenas no que se refere à função, pois as anotações possuem presunção relativa, mas não pode fazê-lo quanto ao salário e à data de admissão do contrato de trabalho. Aqui estamos diante do princípio da primazia da realidade sobre a forma, do qual se tem como exemplo prático a Súmula 12, do TST, em que as anotações constantes na CTPS possuem presunção RELATIVA, podendo o trabalhador demonstrar situação fática diversa, com a retificação O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela das anotações e com efeito ex tunc, ou seja, desde o início da relação trabalhista. O ônus é de quem alega. Letra a. Por último, nesse assunto, existe o aspecto da recusa de anotação na CTPS do trabalhador. Para ficar mais fácil de você entender essa dinâmica, preparei uma tabela. Então, vamos lá, pois tais dispositivos não foram revogados com a Reforma Trabalhista. Destaca-se, ainda, a necessidade de atenção, quando for estudar o tema, pois diversos ar- tigos da matéria foram revogados. Vamos estudar essas fases descritas na CLT de forma mais organizada e, depois, observar um mapa mental sobre as principais características: Fases Procedimentos Fase 1 Com a recusa do empregador em fazer as anotações ou em devolver a CTPS recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou por intermédio de seu sindicato, perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para apresentar reclamação. Fase 2 Será lavrado o termo de reclamação, e realizada a diligência para instrução do feito, notificando-se posteriormente o empregador por AR (carta registrada com aviso de recebimento), caso persista a recusa, para que, em dia e hora previamente designados, venha prestar esclarecimentos ou efetuar as devidas anotações na CTPS ou realizar a sua entrega. Fase 3 Não comparecendo o empregador, lavrar-se-á termo de ausência, sendo considerado revel e confesso sobre os termos da reclamação feita, devendo as anotações serem efetuadas por despacho da autoridade que tenha processado a reclamação. Fase 4 Comparecendo o empregador e recusando-se a fazer as anotações reclamadas, será lavrado um termo de comparecimento, que deverá conter, entre outras indicações, o lugar, o dia e a hora de sua lavratura, o nome e a residência do empregador, assegurando-se-lhe o prazo de 48 horas, a contar do termo, para apresentar defesa. Fase 5 Findo o prazo para a defesa, subirá o processo à autoridade administrativa de primeira instância, para se ordenarem diligências, que completem a instrução do feito, ou para julgamento, se o caso estiver suficientemente esclarecido. Fase 6 Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sobre a não existência de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pela via administrativa, será o processo encaminhado à Justiça do Trabalho, ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Fases Procedimentos Fase 7 Se não houver acordo, ordenará que a Secretaria efetue as devidas anotações, uma vez transitada em julgado, e faça a comunicação à autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabível. 6. segurAnçA e mediCinA do trAbAlho A CLT reserva uma parte para tratar de tema importante, que é a segurança e medicina do trabalho, observando as condições de saúde e segurança dos ambientes laborais. Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I – estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos de segurança e medicina do trabalho; II – coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades re- lacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; III – conhecer, em última instância, dos recursos,voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: I – promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; II – adotar as medidas que se tornem exigíveis, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; III – impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes em nor- mas de segurança e medicina do trabalho. Cabe às empresas: I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III – adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Cabe aos empregados: I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho; II – colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos da CLT. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empre- sas quanto ao cumprimento das disposições constantes em relação à medicina e à segurança do trabalho. Nenhum estabelecimento poderá iniciar as suas atividades sem prévia inspeção e aprova- ção das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de seguran- ça e medicina do trabalho. Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação subs- tancial nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho. O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando, na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de pro- teção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério da Economia: I – na admissão; II – na demissão; III – periodicamente. O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de primei- ros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade. O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica. Serão exigidos exames toxicológicos, previamente à admissão e por ocasião do desliga- mento, quando se tratar de motorista profissional, assegurados o direito à contraprova, em caso de resultado positivo, e a confidencialidade dos resultados dos respectivos exames. O PULO DO GATO A CIPA é essencial para garantir a segurança e medicina do trabalho. Cada CIPA será compos- ta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empre- gados interessados. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. Os titulares da representação dos empregados na CIPA não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos menciona- dos sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. O Ministério da Economia estabelecerá os níveis mínimos de iluminamento a serem observados. Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço realizado. A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencher as condições de conforto térmico. Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de instalações ge- radoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada para o trabalho, em tais condições, ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos simi- lares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas. As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada, e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressão deverão dispor de válvula e outros dispositivos de segurança, que evitem que seja ultrapassada a pressão in- terna de trabalho compatível com a sua resistência. O Ministério da Economia expedirá normas complementares quanto à segurança das cal- deiras, fornos e recipientes sob pressão, especialmente quanto ao revestimento interno, à loca- lização, à ventilação dos locais e outros meios de eliminação de gases ou vapores prejudiciais à saúde, e demais instalações ou equipamentos necessários à execução segura das tarefas de cada empregado. Temos que destacar as atividades insalubres e perigosas. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II – com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilizaçãocivil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela O PULO DO GATO O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabeleci- dos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional, respectivamente, de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem no grau máximo, médio e mínimo. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação apro- vada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Importante destacar outras atividades e medidas protetivas pelo Ministério da Economia. Cabe ao Ministério estabelecer disposições complementares, tendo em vista as peculiarida- des de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre: I – medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual em obras de construção, demolição ou reparos; II – depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas; III – trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto à pre- venção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminação de poeiras, gases etc., e facilidades de rápida saída dos empregados. São também obrigações: proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou atenu- ação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam necessárias; higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais; emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo etc. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela O PULO DO GATO O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trin- ta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou par- ticipações nos lucros da empresa. Veja o resumo no mapa mental: Adicionais na medicina e segurança do trabalho na CLT O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem no grau máximo, médio e mínimo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela RESUMO O Direito do Trabalho divide-se, internamente, em direito individual do trabalho e direito coletivo do trabalho. Ao contrário do direito coletivo, que é uno, o direito individual do traba- lho adota dois segmentos distintos na sua estrutura, isto é, uma parte geral, que compreende a Introdução e a Teoria Geral do Direito do Trabalho, e uma parte especial, que compreende o estudo do contrato de trabalho, de um lado, e, de outro, o exame dos contratos especiais de trabalho. A CLT não é um código, e contempla tanto as relações individuais como as relações coleti- vas de trabalho. A independência do Direito do Trabalho se reflete, na CLT, quando regulamenta direitos do trabalhador na sua esfera individual, como férias, remuneração etc., e também quan- do trata de assuntos coletivos, como organização sindical e negociação coletiva, por exemplo. No que se refere à natureza jurídica, as relações trabalhistas são de natureza privada, muito embora haja um interesse público e mesmo uma disposição, por parte do Estado, em conferir uma margem de proteção ao público mais vulnerável na esfera social, como os assalariados. Alguns entendem se tratar de um autêntico e genuíno direito social ou até um direito “mis- to”, mas a expressão “social” é muito abrangente, sendo majoritariamente aceita pela doutrina e cobrada pelas bancas examinadoras a sua natureza jurídica como de DIREITO PRIVADO. A relação de emprego não é gratuita ou voluntária; ao contrário, haverá sempre uma pres- tação (serviços) e uma contraprestação (remuneração). Assim, podemos afirmar que a one- rosidade se caracteriza pelo ajuste da troca de trabalho por salário. O que importa não é o quantum a ser pago, mas sim o pacto, a promessa de prestação de serviço, de um lado, e a promessa de pagamento do salário, de outro. Além disso, o fato de o empregador deixar de pagar o salário não afasta a existência de onerosidade. Na relação de emprego, o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o executa deve realizá-lo pessoalmente, não podendo se fazer substituir por outra pessoa, salvo se, ex- cepcionalmente, o empregador concordar. Substituições eventuais com o consentimento do empregador ou substituições previstas e autorizadas por lei ou por norma coletiva, como férias e licença-gestante, são válidas e não afastam a característica da pessoalidade. Na relação de emprego, há subordinação jurídica do empregado ao empregador, ou seja, a relação de dependência decorre do fato de que o empregado transfere ao empregador o poder de direção e este assume os riscos da atividade econômica, passando a estabelecer os con- tornos da organização do trabalho do empregado (poder de organização), a fiscalizar o cum- primento, peloempregado, das ordens dadas no exercício do poder de organização (poder de controle), podendo, em caso de descumprimento das determinações, por parte do empregado, impor-lhe as sanções previstas no ordenamento jurídico (poder disciplinar). UM ÚLTIMO PEDIDO: se você gostou deste material, dê um feedback positivo no Fórum do Aluno. Se você tiver dúvidas ou sugestões, faça também as suas manifestações, que serão muito bem-vindas para o aprimoramento dos nossos materiais de aula. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Um grande abraço, boa sorte e espero ter ajudado na sua travessia por dias melhores! Até a próxima! Rafaela O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 79www.grancursosonline.com.br MAPAS MENTAIS Adicionais na medicina e segurança do trabalho na CLT O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem no grau máximo, médio e mínimo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 79www.grancursosonline.com.br Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. Teletrabalho nos termos da CLT O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 79www.grancursosonline.com.br Contrato de emprego na CLT a partir do art. 442 Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 79www.grancursosonline.com.br Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Contrato de emprego na CLT O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 79www.grancursosonline.com.br Férias coletivas na CLT Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. O empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais osestabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. No prazo de 15 dias, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 79www.grancursosonline.com.br O trabalhador intermitente na CLT a partir do artigo 452- A O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 79www.grancursosonline.com.br O trabalhador intermitente na CLT a partir do artigo 452- A Artigo 130: Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias. É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela EXERCÍCIOS Obs.: � Uma observação importante: as primeiras vinte e cinco questões são de diversas bancas, no nível de complexidade da banca do seu conselho, para que você possa conhecer diferentes aspectos das perguntas. As últimas questões são de provas ante- riores do seu Conselho, ok? Preste muita atenção ao responder. 009. (IBFC/EBSERH/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2020) O Direito do Trabalho é ramo jurídico especializado, que regula certo tipo de relação laborativa na sociedade contemporâ- nea. Acerca desse assunto, analise as afirmativas abaixo e atribua valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). ( ) O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. Correta, nos termos da CLT. Dispõe o art. 442: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.” Certo. 010. (CEBRASPE/FUNPRESP−JUD/ASSISTENTE/2016) Ainda que não tenha existido um acordo trabalhista escrito, o simples fato de o responsável pela referida empresa ter aceitado o trabalho a ser realizado por Helena, uma secretária executiva, criou, desde o início das ativi- dades secretariais, um vínculo que obriga o contratante ao pagamento de salário pelo serviço prestado à empresa. Correto, pois há aqui um acordo tácito para fins de manutenção do vínculo de emprego entre as partes. É essa a dimensão de o contrato de trabalho ser expresso, tácito, escrito e verbal, como já explicado nas anotações anteriores. Dispõe a CLT, no art. 442: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.” Certo. 011. (AJURE/DESENVOLVE−RR/ADVOGADO/2018) Um elemento que NÃO pode ser consi- derado como imprescindível para a caracterização do empregado é: a) o salário; b) a competência; c) a continuidade; d) a subordinação; e) a pessoalidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela A alternativa incorreta é a “b”. De acordo com a CLT, artigo 3º, não consta “competência”. Dis- põe o artigo 3º: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empre- gador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Letra b. 012. (AOCP/CISAMUSEP−PR/ADVOGADO/2016) De acordo com o disposto na Consolida- ção das Leis do Trabalho, considera-se empregado: a) pessoa jurídica que prestar serviços de natureza eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário ou outra espécie de remuneração; b) pessoa física ou jurídica que prestar serviços de natureza eventual a empregador, ainda que sem dependência deste e mediante qualquer forma de remuneração; c) pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, ainda que sem a dependência deste e independentemente de salário ou remuneração; d) pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependên- cia deste e mediante salário; e) pessoa física ou jurídica que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante qualquer tipo de remuneração. Empregado não pode ser pessoa jurídica, só pode ser pessoa física. Além disso, precisa re- cebersalário (onerosidade). O serviço deve ser não eventual, mediante subordinação jurídica, prestado por pessoa física e mediante salário (onerosidade). A questão pode ser solucionada mediante a leitura dos artigos 2º e 3º, da CLT: Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissio- nais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guar- dando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a con- figuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 50 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. a) Errada. Empregado só pode ser pessoa física/natural. b) Errada. Empregado só pode ser pessoa física/natural. c) Errada. Empregado recebe obrigatoriamente remuneração pelo salário (onerosidade). e) Errada. É mediante salário. Letra d. 013. (IBADE/CÂMARA DE PORTO VELHO/PROCURADOR/2018) A caracterização de um vín- culo empregatício demanda a existência de alguns requisitos. Assinale a assertiva que indica corretamente quais sejam esses requisitos: a) pessoalidade, eventualidade, subordinação jurídica e onerosidade; b) dependência econômica, continuidade, subordinação e alteridade; c) onerosidade, exclusividade, alteridade e subordinação jurídica; d) eventualidade, subordinação, impessoalidade e onerosidade; e) não eventualidade, subordinação, pessoalidade e onerosidade. A alternativa correta é a “e”, nos termos do artigo 3º, da CLT. O serviço deve ser não eventual, mediante subordinação jurídica, prestado por pessoa física e mediante salário (onerosidade). O artigo 3º dispõe: Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Letra e. 014. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA–SP/PROCURADOR JURÍDICO/2017). Apresentam-se como requisitos da relação de emprego, dentre outros: a) a pessoalidade e a onerosidade; b) a eventualidade e a subordinação; c) a alteridade e a gratuidade; d) a personalização e a temporariedade. A alternativa “a” está correta, nos termos do artigo 3º, da CLT. O serviço deve ser não eventual, mediante subordinação jurídica, prestado por pessoa física e mediante salário (onerosidade): O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 51 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Letra a. 015. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018). A relação de emprego somente ocorre se estão presentes os elementos que a caracterizam; sem eles, não se pode configurá-la como tal. Assim, os elementos que caracterizam o vínculo empregatício estabelecido por essa relação são: a) o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; as férias; o 13º salário; o seguro-desemprego; o salário-família; b) o contrato de trabalho; a pessoa jurídica; a convenção coletiva de trabalho; a habitualidade; a pessoalidade; c) o salário; a remuneração; o adicional noturno; a convenção coletiva de trabalho; o aviso-prévio; d) a pessoa física; a continuidade; a subordinação; a onerosidade; a pessoalidade; e) a pessoa jurídica; o empregado; a impessoalidade; a descontinuidade; a onerosidade. A alternativa correta é a “d”, em conformidade com o artigo 3º, da CLT. O serviço deve ser não eventual, mediante subordinação jurídica, prestado por pessoa física e mediante salário (one- rosidade). Dispõe o art. 3º: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empre- gador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. a) Errada. Nem sempre receberá seguro-desemprego e salário-família − esse último tem natu- reza previdenciária. b) Errada, é “não eventualidade” e o empregado não pode ser pessoa jurídica. c) Errada. Não necessariamente recebe adicional noturno nem é submetida à CCT. d) Certa, nos termos do art. 3º, da CLT. e) Errada. Empregado não pode ser pessoa jurídica. Letra d. 016. (CONSULPLAN/CÂMARA DE BELO HORIZONTE–MG/PROCURADOR/2018) A relação de emprego tem como principal característica a presença do empregado, parte mais fraca da relação jurídica. O direito do trabalho foi pensado e criado exatamente para proteger a figura desse trabalhador. Portanto é imprescindível que o operador do Direito do Trabalho (advogado, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela professor, procurador, juiz do trabalho, candidatos a cargos públicos etc.) saiba diferenciar o trabalhador em sentido amplo e o trabalhador com vínculo empregatício. Sobre o tema, pre- sentes os quatro requisitos (pessoalidade, onerosidade, eventualidade e subordinação), será declarado o vínculo, independentemente da nomenclatura utilizada para identificar o trabalha- dor (funcionário, colaborador, ajudante etc.). Errado apenas porque se refere à eventualidade. De acordo com o disposto no artigo 3º, da CLT, é a “não eventualidade”. Isso altera totalmente o sentido do texto. Dispõe: Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Errado. 017. (CEBRASPE/TRT 7ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017)Empregado e empregador são os sujeitos do contrato de emprego. Analisado isoladamente, o conceito de empregado demanda a presença de: a) pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, dependência e onerosidade; b) pessoa jurídica, pessoalidade, não eventualidade, dependência e onerosidade; c) pessoa jurídica, impessoalidade, não eventualidade, independência e onerosidade; d) pessoa física, pessoalidade, eventualidade, independência e onerosidade. A alternativa correta é “a”, em conformidade com o artigo 3º, da CLT. O serviço deve ser não eventual, mediante subordinação jurídica, prestado por pessoa física e mediante salário (one- rosidade). Dispõe o art. 3º: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empre- gador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. a) Certa. Nos termos do art. 3º, da CLT. b) Errada. Só pode ser pessoa física. c) Errada. Só pode ser pessoa física. d) Errada. Pela eventualidade. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 53 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 018. (FCC/TRT6/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) Quanto à relação de emprego e às relações de trabalho lato sensu, é INCORRETO afirmar: a) trabalho autônomo é aquele em que o trabalhador exerce as suas atividades por conta e risco próprios, sem subordinação ao seu contratante; b) trabalho eventual é aquele prestado ocasionalmente, para a realização de determinado evento, em que o trabalhador, em regra, desenvolve atividades não coincidentes com os fins normais da empresa contratante, não se fixando a uma fonte de trabalho; c) trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, por prazo curto, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, com intermediação de empresa de trabalho temporário; d) trabalho avulso é aquele em que o trabalhador presta serviços de curta duração para dis- tintos beneficiários, com intermediação de terceira entidade com quem mantém vínculo de emprego, nos termos da CLT, mas não se igualando em direitos aos trabalhadores com vínculo empregatício permanente; e) relação de emprego é aquela em que pessoa física presta serviços de natureza não eventual e de forma pessoal a empregador, sob dependência e subordinação deste, mediante salário. A alternativa incorreta é “d”. Trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, com in- termediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). Além disso, dispõe o artigo 7º, XXXIV: “igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.” d) Errada. Pela Constituição federal, art 7º, XXXIV: “[...] igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso”. e) Certa, nos termos do art. 3º, da CLT. Letra a. 019. (VUNESP/PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/PROCURADOR/2019) Nos termos da Constituição federal: a) o trabalhador avulso tem os mesmos direitos assegurados ao trabalhador temporário; b) não há diferença entre o trabalhador avulso e o trabalhador eventual; c) o trabalhador avulso tem igualdade de direitos em relação ao trabalhador que possui vínculo empregatício; d) o trabalhador avulso deve ser contratado diretamente pela empresa tomadora dos serviços, sem qualquer intermediação; e) os direitos do trabalhador avulso precisam estar previstos em convenção ou acordo coletivo de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 54 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela A alternativa correta é a “c”, pois, expressamente, na Constituição federal de 1988, consta a igualdade de tratamento do trabalhador avulso em relação ao trabalhador que possui vínculo empregatício, nos exatos termos do artigo 7º, XXXIV: “igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.” b) Errada. Existe diferença; o primeiro tem equiparação constitucional ao empregado. d) Errada. Precisa da intermediação do OGMO ou sindicato. e) Errada. Já estão previstos na Constituição. Letra c. 020. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA RORAIMA/ANALISTA DE NÍVEL SUPE- RIOR/2004) O contrato de trabalho firmado apenas verbalmente, sem os registros devidos na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), não é considerado válido, ensejando a impo- sição de sanção administrativa a cargo da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. O contrato de trabalho pode ser escrito ou verbal, expresso ou tácito e, com isso, é válido para todos os fins; a falta de assinatura da CTPS, por sua vez, leva a sanções administrativas pela Secretaria do Ministério do Trabalho, pois foi extinto o Ministério do Trabalho. Errado. 021. (FAU/CAMÂRA MUNICIPAL DE IBIPORÖPR/ADVOGADO/2016) Sobre os sujeitos da relação de emprego, assinale a alternativa correta: a) considera-se empregado a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da ati- vidade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço; b) considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário; c) equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profis- sionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras institui- ções sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados; d) o Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, mais conhecido como Consolidação das Leis Trabalhistas, não disciplina os chamados “grupos econômicos”, sendo estes frutos de constru- ção doutrinária e jurisprudencial; e) todas as alternativas estão corretas. Basta fazer a leitura dos artigos 2º e 3º e comparar as alternativas. Veja: Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 55 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissio- nais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guar- dando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamentepelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a con- figuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. a) Errada. Empregado é pessoa física. b) Errada. É natureza não eventual. d) Errada. Existe previsão sim, no artigo 2º, da CLT. e) Errada. Somente uma alternativa é correta. Letra c. 022. (IBADE/CÂMARA DE SÃO FELIPE DO OESTE−RO/ADVOGADO/2020) Francisca traba- lha na residência de Olivia, três vezes na semana, como passadeira. Normalmente, o combina- do é comparecer ao trabalho às terças, quintas e sextas-feiras, mas, quando é necessário, me- diante prévia comunicação, comparece em outro dia da semana, desde que não seja sábado, domingo ou feriado, nem data comemorativa. Sua remuneração é feita e calculada por dia de trabalho, e sua CTPS não foi assinada. Quando Francisca não comparece, não recebe o paga- mento e não sofre nenhum tipo de sanção; Olivia, entretanto, sempre solicita que a ausência seja previamente comunicada. Francisca procura você, como advogado (a), para sanar uma dúvida acerca da sua situação de relação de trabalho. De acordo com a legislação específica em vigor, a alternativa que contempla a situação de Francisca é: a) Francisca é empregada eventual; b) Francisca é diarista, pois trabalha apenas três vezes na semana; c) Francisca é empregada doméstica; d) Francisca é autônoma, porque gerencia o seu próprio trabalho, dias e horários; e) Francisca pertence à categoria dos trabalhadores liberais. No caso, pela LC n. 150/2015, a reclamante vai ao labor mais de duas vezes por semana, é remunerada, é atividade personalíssima e existe subordinação. Nesse caso, é empregada doméstica. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 56 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 023. (ACEP/PREFEITURA DE ARACATI−CE/ADVOGADO/2018) Acerca dos conceitos de em- pregador, empregado e grupo econômico, analise as afirmativas a seguir. I – Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. II – Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profis- sionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras institui- ções sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. As duas afirmativas estão corretas, pois representam a literalidade do artigo 2º da CLT, que transcrevo: Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissio- nais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. Certo. 024. (FCC/TRT20/OFICIAL DE JUSTIÇA/2016) A Rede de Drogarias Ômega sucedeu à Far- mácia Delta por incorporação, ocupando o mesmo local, as mesmas instalações e o fundo de comércio, mantendo, ainda, as mesmas atividades e empregados. Nessa situação, os contra- tos de trabalho dos empregados da empresa sucedida permanecerão inalterados e seguirão o seu curso normal, visto que as alterações na propriedade da empresa não afetam os contratos de trabalho dos empregados nem os direitos adquiridos por eles. Nesse sentido, tem-se claramente o texto do artigo 10 da CLT: “Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.” Certo. 025. (ESAF/MPOG/ANALISTA TÉCNICO DA PREVIDÊNCIA/2012) Qualquer mudança na propriedade ou alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho e os direitos adquiridos por seus empregados. Nesse sentido, tem-se claramente o texto do artigo 10 da CLT: “Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.” Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 57 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 026. (VUNESP/HCFMU−SP/PROVA DE DIREITO DA AREA DA SAÚDE/2015) Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, considera-se empregador: a) a empresa, individual ou coletiva, desde que o Estado assuma os riscos da atividade econô- mica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação pessoal de serviço; b) a empresa, individual ou coletiva, desde que a Sociedade assuma os riscos da atividade econômica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação pessoal de serviço; c) a empresa, individual ou coletiva, desde que o Sindicato assuma os riscos da atividade eco- nômica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação pessoal de serviço; d) a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço; e) a empresa, individual ou coletiva, desde que a Associação de Empresas da região assuma os riscos da atividade econômica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação pessoal de serviço. Analisando as premissas acima, a alteridade só ocorre pela responsabilidade do emprega- dor, não se transportando para o Estado, Sociedade, Sindicato ou empregado. Nesse sentido, destaque-se a CLT, artigo 2º: “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.” Letra d. 027. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Os sócios das empresas Turismo Maravilha Ltda. e Festa de Arromba Promoções e Eventos Ltda. são os mesmos. A primeira delas é se- diada em Maceió e a segunda tem sede em Belo Horizonte, desenvolvendo suas atividades exclusivamente nessas cidades. Em todos os eventos realizados pela Festa de Arromba são sorteados pacotes turísticos da Turismo Maravilha, sendo esse o meio encontrado pelos só- cios para o desenvolvimento das atividades dessa última, que foi inaugurada há pouco tempo. Essa integração tem se mostrado muito importante para o desenvolvimento da Turismo Mara- vilha, sendo os sorteios a única forma de divulgação e publicidade da empresa. Em relação à situação descrita, as empresas não integram grupo econômico, tendo em vista que exercem atividades completamente distintas, não havendo integração entre as mesmas, sendo que a mera identidade de sócios não é suficiente para caracterizar grupo econômico. As empresas da questão estão interligadas, na medida em que uma funciona em proveito da atividade da outra, muito embora tenham personalidades jurídicas próprias. A identidade de sócios, de fato, não é suficiente para caracterizar o grupo econômico. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 58 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 028. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Alberto e Ênio eram sócios do Auto Posto Via- gem Tranquila Ltda., sendo que em 1/4/2015 Alberto vendeu a sua parte na sociedade para Leonor, tendo efetuado, nessa data, todas as alterações contratuais e registros pertinentes, e foi morar fora do país, com a família. Ocorre que os sócios remanescentes passaram por dificuldades financeiras e acabaram encerrando as atividades da empresa, sem pagar correta- mente as verbas rescisórias dos três frentistas empregados do, não possuindo mais nenhum patrimônio, nem seus sócios, para saldar qualquer dívida da sociedade. Neste caso, Alberto responde solidariamente pelas obrigações trabalhistas do Auto Posto relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a mo- dificação do contrato. A responsabilidade do sócio retirante é subsidiária, nos termos do artigo 10-A, da CLT. No caso em comento, tem-se que não há menção à fraude, logo não se pode falar em responsabilização solidária, mas sim subsidiária. Errado. 029. (INÉDITA/2021) O empregador terá determinado prazo para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instru- ções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. Assinale a alternativa que corresponde ao prazo em questão: a) 24 horas; b) 48 horas; c) 5 dias; d) 5 dias úteis. Dispõe a CLT: Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expe- didas pelo Ministério da Economia. Letra d. 030. (CESPE/TRT17/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) A obrigação do empregador de efetuar anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado, no prazo de quarenta e oito horas, é dispensada no caso de contrato de experiência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 59 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Todos os tipos de contratos devem ter as anotações da CTPS, contrato por prazo determinado ou indeterminado, sendo que os contratos de experiência devem obrigatoriamente ser anota- dos. Não há, portanto, uma ideia de exclusão no Direito do Trabalho, mas sim de inclusão de todas as anotações, para fins de proteção da relação de emprego, não importando a modali- dade de contrato. Errado. 031. (INÉDITA/2021) Luana afirma que o seu salário estava incorreto na CTPS, na medida em que a sua função também estava incorreta. Nesse caso, pleiteia judicialmente a revisão, com a retificação desses dados. O juiz, ao analisar o pedido de Luana: a) admite a produção de prova por Luana, pois as anotações possuem presunção relativa; b) não admite a produção de prova por Luana, pois as anotações possuem presunção absoluta; c) admite a produção de prova por Luana apenas no que se refere ao salário, mas não quanto à função, pois as anotações possuem presunção relativa; d) admite a produção de prova por Luana apenas no que se refere à função, pois as anotações possuem presunção relativa, mas não pode fazê-lo quanto ao salário. Estamos aqui diante do princípio da primazia da realidade sobre a forma, do qual se tem como exemplo prático a Súmula 12, do TST, em que as anotações constantes na CTPS possuem presunção RELATIVA, podendo o trabalhador demonstrar situação fática diversa, com a retifi- cação das anotações e com efeito ex tunc, ou seja, desde o início da relação trabalhista. O ônus é de quem alega. Letra a. 032. (MAKIYAMA/CPTM/ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS/2012) O registro em Cartei- ra de Trabalho (CTPS) é obrigatório e as anotações nela feitas servem para: a) provar a existência da relação de emprego e dos direitos do empregado; b) provar que é independente financeiramente e poder levantar financiamento para automóvel; c) provar capacidade mental e física; d) provar que está apto a comprar a casa própria; e) provar que é arrimo de família. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 60 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela A CTPS é um documento relacionado à garantia da relação de emprego. Com isso, nos termos da Súmula 12, do TST, e principalmente nos termos da CLT, esse documento serve para provar a existência da relação de emprego e dos direitos do empregado. Letra a. 033. (TRT15/TRT15/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2013) A ausência de anotação da CTPS, sobretudo quando se tenta mascarar a relação de emprego com formação de negócio jurídico fraudulento, pode gerar dano moral e material ao trabalhador, além de ser crimino- sa, em tese. A ausência de anotação da CTPS não prejudica a consideração de que existe uma efetiva re- lação de emprego, principalmente se houver indícios de fraude trabalhista. É importante des- tacar que se trata de um direito indisponível, razão pela qual o empregador tem sempre a obri- gação de anotar a CTPS do trabalhador. Além disso, destaca-se que o trabalhador não pode ser prejudicado pela ausência de anotação. Isso pode gerar, inclusive, indenização por danos morais e materiais. Certo. 034. (CFC/CONSULPLAN/2014) Analise os seguintes dados extraídos do recibo de salário de um empregado de uma sociedade empresária: Descrição proventos salário-base: R$ 2.500,00 Adicional por tempo de serviço: R$ 320,00 Horas extras: R$ 95,00 Auxílio-moradia (habitação): R$ 300,00 Auxílio-alimentação: R$ 300,00 Auxílio para assistência médica mediante seguro-saúde: R$ 200,00 Auxílio seguro de vida e acidentes pessoais: R$ 150,00. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, é considerado salário in natura: a) auxílio para assistência médica mediante seguro-saúde; b) auxílio-moradia e auxílio-alimentação; c) auxílio seguro de vida e acidentes pessoais; d) horas extras e adicional por tempo de serviço. Nas alternativas acima, verifique -se o disposto na CLT: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 61 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º Os valores atribuídos às prestações “in natura” deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder,em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo. § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utili- dades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saú- de; V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada; VII – (VETADO) VIII – o valor correspondente ao vale-cultura. § 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário contratual. Letra b. 035. (CFC/CONSULPLAN/2016) Em relação aos direitos trabalhistas dos empregados, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I – Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado. A remuneração correspon- dente a esse repouso pode ser descontada quando o empregado não tiver frequência integral na semana. II – Os empregadores devem continuar a realizar o depósito na conta vinculada do FGTS ao empregado afastado para prestação do serviço militar obrigatório. III – A remuneração do trabalho noturno nas atividades urbanas, realizado entre as 18h de um dia e as 6h do dia seguinte, terá um acréscimo de 10%, calculado sobre o valor do salá- rio-mínimo. A sequência CORRETA é: a) F, V, F; b) F, V, V; c) V, F, V; d) V, V, F. I – Errada. Não existe confusão de folga com falta e descanso semanal remunerado. II – Certa. O FGTS é direito do trabalhador, sendo obrigatórios os depósitos na sua conta vinculada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2001/Mv581-01.htm 62 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela III – Errada. O adicional noturno corresponde das 22h de um dia às 5h do outro, no caso dos urbanos. O adicional é de 20% sobre a hora normal. Todos esses direitos estão previstos na CF/88 e na CLT. Letra a. 036. (CFC/CONSULPLAN/2017) De acordo com a Consolidação das Leis de Trabalho – CLT, julgue os itens a seguir, quanto à jornada de trabalho, como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA. I – É expressamente vedada para os atuais empregados a alteração da jornada de trabalho de tempo integral para regime de tempo parcial. II – É considerado trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda vinte e cinco horas semanais. III – O empregado sob o regime de tempo parcial não poderá prestar horas extras. A sequência CORRETA é: a) F, V, V; b) F, V, F; c) V, F, F; d) V, F, V. I – Errada. É possível a migração de um regime para o outro. II – Certa. Nos termos da Reforma Trabalhista. III – A alternativa está parcialmente correta, pois é possível realizar horas extras se ele estiver laborando em regime de 25h. Letra a. 037. (CONSULPLAN/CODESG−SP/ADVOGADO/2019) Os irmãos Huguinho, Zezinho e Luisi- nho são sócios e fundaram, em 2010, a empresa Três Irmãos LTDA. Margarida é empregada da empresa há cinco anos. Em maio de 2018, Huguinho se desentendeu com os seus irmãos e se retirou da sociedade. Todas as formalidades legais para a sua retirada foram tomadas, inclusive foi averbada a modificação do contrato social da empresa na Junta Comercial. Em abril de 2019, a empresa dispensou Margarida e deixou de pagar as suas verbas rescisórias. Com base nas informações, assinale a afirmativa INCORRETA: a) Margarida poderá cobrar de Huguinho (sócio retirante), de forma subsidiária, caso a ação trabalhista seja ajuizada até dois anos da averbação da sua retirada do quadro societário da- quela empresa; b) se a retirada de Huguinho tiver sido fraudulenta, o retirante responderá de forma solidária com os sócios atuais, mas, por ordem de preferência, primeiro cabe à empresa Três Irmãos LTDA. saldar a dívida trabalhista; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 63 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela c) a ordem de preferência recairá, primeiro, sobre a empresa Três Irmãos LTDA.; caso a dívida não seja satisfeita, poderá cobrar dos sócios atuais (Zezinho e Luisinho); e, em última hipótese, cobrar do sócio retirante (Huguinho); d) Huguinho (sócio retirante) responderá de forma solidária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança. Nesse sentido, destaca-se o teor do artigo 10-A da CLT, a seguir: Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I – a empresa devedora; II – os sócios atuais; e III – os sócios retirantes. Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar compro- vada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. Letra d. 038. (QUESTÃO ADAPTADA DO EXAME DA ORDEM/CONSULPLAN/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE–MG/2018) Para identificar uma relação de emprego, é formado o contrato de emprego. A expressão, entretanto, consagrada na prática e nos concursos públicos é contrato de trabalho (sinônimos: contrato de trabalho stricto sensu, vínculo empregatício e relação de emprego). São características do contrato de trabalho, EXCETO: a) oneroso; b) consensual; c) especialidade; d) trato sucessivo. A especialidade não consta como requisito do contrato de trabalho. O contrato de trabalho é negócio jurídico em que o empregado, pessoa natural, presta serviços de forma pessoal, subor- dinada e não eventual ao empregador, recebendo, como contraprestação, a sua remuneração. Nesse sentido, destaca-se aqui a CLT: Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. [...] O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 64 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbal- mente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho inter- mitente. Letra c. 039. (INSTITUTO CONSULPLAN/PREFEITURA DE SUZANO−SP/ASSISTENTE DE SUPRIMEN- TOS/2019) “Exposição dos trabalhadores a situações dehumilhações repetidas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comum em relações hierárquicas autoritárias, em que predominam condutas negativas e uma relação antiética de longa duração de um ou mais chefes dirigidas a um subordinado, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e com a organização.” A afirmativa se refere a: a) assédio moral; b) assédio sexual; c) comitê de ética; d) respeito às minorias No contexto da questão, estamos tratando de assédio moral, pois existe sim uma relação de constrangimento dos funcionários, de forma repetitiva, pelo empregador, sendo evidente situação de assédio moral vertical, em que existe uma relação hostil entre o trabalhador e o empregador. Letra a. 040. (CONSUPLAN/PREFEITURA DE SUZANO/PROCURADOR/2019) O pagamento do salá- rio, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a quarenta e cinco dias, salvo no que concerne às comissões, percentagens e gratificações. Não prospera, pois o pagamento deve ser, no máximo, de forma mensal, por 30 dias. Nesse sentido, as comissões podem ser pagas em até 90 dias. Mas o salário deve ser pago em até 30 dias. Errado. 041. (CONSUPLAN/PREFEITURA DE SUZANO/PROCURADOR/2019) A habitação e a ali- mentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder vinte por cento do salário contratual. Ambos são considerados salário utilidade, porém os percentuais que podem incidir são dife- rentes, variando de 20% e 25%. O erro da questão, portanto, está em equiparar os percentuais. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 65 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 042. (CONSULPLAN/CFC/2020) Um empregado foi contratado de acordo com as seguintes informações: Regime de trabalho: mensalista. Horário de trabalho: 4 horas por dia, de segunda-feira a sábado. Piso salarial da categoria: R$ 2.300,00 para uma jornada de 220 horas mensais. Considerando o disposto no Decreto-Lei n. 5.452/1943 e na Lei n. 13.467/2017 – Reforma Tra- balhista, o valor mínimo do salário do empregado mensalista deverá ser de: a) R$ 1.150,00 b) R$ 1.254,55 c) R$ 1.447,55 d) R$ 2.300,00 No caso do piso da categoria, deve ser calculado de forma proporcional ao salário/hora/mês. No caso em concreto, o trabalhador não tem a jornada cheia, logo, com a redução de sua jor- nada, o valor do seu salário deve ser proporcional, no cálculo, ao que é pago de forma mensal. Letra b. 043. (CONSULPLAN/CODEVASP/2008) Não são descontadas nem computadas como jorna- da extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedente a cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. A alternativa está em conformidade com a CLT nos seguintes termos: Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Certo. 044. (CONSULPLAN/CODEVASP/2008) Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda vinte horas semanais. Com a Reforma Trabalhista, trabalho em regime de tempo parcial é aquele em que se trabalha 25 horas semanais ou em regime de 26 horas. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 66 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 045. (CFC/CFC/2000) Os direitos e obrigações dos trabalhadores das empresas privadas es- tão contidos: a) no Código Civil; b) na Consolidação das Leis do Trabalho; c) no Código Penal Brasileiro; d) no Código Comercial Brasileiro. O Direito do Trabalho é um ramo muito importante para a sociedade, na medida em que versa sobre as relações de trabalho, sobre a ideia de valorização do trabalhador, sobre a relação jurídica entre as partes envolvidas, sobre direitos, deveres, remuneração, jornada, garantias provisórias no emprego etc. O seu principal conteúdo, no entanto, é a relação empregatícia. Essa é a base de toda a sistemática, sendo o direito dos empregados. O Direito do Trabalho é aplicado às relações empregatícias, incluindo a dos trabalhadores domésticos, a dos trabalha- dores portuários avulsos etc. Tais assuntos são tratados na CLT. Letra b. 046. (CFC/2011) Sempre que uma ou mais empresas − embora tendo, cada uma delas, per- sonalidade jurídica própria − estiver sob direção, controle ou administração de outra, cons- tituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis pela empresa principal e por cada uma das subordinadas. Nos termos da CLT, a assertiva está correta, conforme o artigo 2º, § 2º. Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma a sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obriga- ções decorrentes da relação de emprego. Certo. 047. (CFC/2011) Não se distingue o trabalho realizado no estabelecimento do empregador daquele executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego. A assertiva está correta, nos termos da CLT: Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressu- postos da relação de emprego. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 67 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 048. (CFC/2011) Considera-se como “de serviço efetivo” o período em que o empregado este- ja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Nos termos da CLT: Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do em- pregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Certo. 049. (CONSULPLAN/CÂMARA DE ARCOS–MG/ADVOGADO/2020) O princípio da irrenun- ciabilidade dos direitos trabalhistas é absoluto e impede qualquer tipo de transação, flexibiliza- ção ou negociação coletiva. Na verdade, os direitos trabalhistas são irrenunciáveis. Destaca-se, ainda, a possibilidade de transação e flexibilização mediante negociação trabalhista através de acordo coletivo ou con- venção coletiva de trabalho, aptos a definir o que pode ser objeto de transação, nos termos do artigo 611-A e 611-B, da CLT. Logo, se é possível a negociação, alguns direitos são passíveis de transação, ato bilateral. Com base nisso, não há como tratar de indisponibilidade. Errado.050. (CONSULPLAN/CÂMARA DE ARCOS–MG/ADVOGADO/2020) Pelo princípio da razoa- bilidade, na falta de provas, a mera ausência do empregado por mais de vinte dias já caracteri- za o abandono de emprego. Na verdade, não se aplica, nesse aspecto, o princípio da razoabilidade para fins de dias ausen- tes do trabalhador. Além disso, só caracteriza abandono de emprego mais de 30 dias consecu- tivos. Não é correto, portanto, supor apenas 20 dias, como na questão. Errado. 051. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE VIANA–ES/ADVOGADO/2019) O princípio da irrenun- ciabilidade se traduz em proteção ao empregador, que não poderá voluntariamente renunciar seus direitos. No caso da irrenunciabilidade, verifica-se como uma demonstração do princípio da proteção ou do in dubio pro misero. Nesse aspecto, o lado a ser protegido não é o do empregador, mas sim o do empregado. É esse aspecto que torna a questão errada. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 68 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 052. (CONSULPLAN/CFC/2019) Quando da suspensão ou da interrupção do contrato de tra- balho, não há a prestação de serviços para o empregador. Um contador responsável pelas rotinas trabalhistas de determinada empresa sabe que, em linhas gerais, na interrupção do contrato de trabalho, o empregado continua recebendo a sua remuneração e há a contagem do tempo de serviço, o que não ocorre no caso de suspensão do contrato. Nesse contexto, as seguintes hipóteses são de interrupção de contrato de trabalho para um empregado, EXCETO: a) afastamento para exercício de cargo público; b) necessidade de o empregado comparecer a juízo; c) licença de três dias consecutivos, em virtude de casamento; d) doação voluntária de sangue devidamente comprovada, por um dia, a cada doze meses de trabalho. As hipóteses de interrupção do contrato de trabalho são aquelas que não geram prejuízo de remuneração ao trabalhador − é exatamente o que trazem as alternativas “b”, “c” e “d”. Nesse caso, são situações em que não haverá quebras nos direitos trabalhistas. No caso da alternati- va “a”, o exercício de cargo público gera situação de suspensão do contrato de trabalho. Nesse sentido é a discriminação da CLT sobre o tema. Letra a. 053. (CONSULPLAN/CÂMARA DE BELO HORIZONTE/PROCURADOR/2019) É o “valor re- cebido pelo empregado, geralmente vendedor, mas pago diretamente pelas empresas fabri- cantes ou distribuidoras de certos produtos, de determinadas marcas.” (CORREIA, Henrique. Direito do Trabalho – Para os concursos de Analista do TRT e MPU. Editora JusPODIVM. 8ª edição. 2016, pág. 567) Trata-se do instituto: a) guelta; b) aviso-prévio; c) horas extras; d) adicional noturno. É a definição de guelta. O aviso-prévio é a situação de comunicação prévia de extinção do contrato de emprego. As horas extras são remunerações acima da jornada normal prevista na Constituição federal de 1988, que é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. O adicional noturno é quando ocorre situação de labor, no caso do trabalhador urbano, das 22h de um dia até as 5h do dia seguinte, que urge por um adicional de 20%. Isso muda quando se trata de labor no ambiente rural. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 69 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 054. (CONSULPLAN/TRF2/ANALISTA/2017) “Suely trabalha exposta a agente agressor à sua saúde e, em razão disso, recebe insalubridade em grau médio. Transcorrido um ano de traba- lho, Suely começa a planejar as férias, que gostaria de fruir no mês de julho do ano seguinte ao período aquisitivo, para poder viajar com os seus filhos menores de idade.” Diante da situação retratada e da legislação em vigor, assinale a alternativa correta: a) Suely recebe insalubridade na razão de 20% sobre o salário mínimo e não poderá impor a fruição das férias em julho, pois elas são marcadas conforme o desejo do empregador; b) o adicional recebido por Suely é de 40% sobre o salário básico, sendo que em relação às férias a CLT determina que seja negociado entre as partes o mês de consenso para fruição; c) Suely recebe adicional de 10% sobre o seu salário contratual e tem direito a aproveitar as férias no mês que desejar porque possui filhos menores de idade, conforme previsto em Lei; d) a empregada em questão pode obrigar o empregador a aceitar o mês de férias do seu dese- jo porque trabalha em local insalubre, que enseja adicional de 30% sobre a sua remuneração. Quando se trata de adicional de insalubridade, a depender do grau, há variação em percentuais de 10%, 20% ou 40%, considerando o salário mínimo. Logo, se a trabalhadora está em grau médio, o percentual é de 20%. Além disso, as férias são opções do empregador. Letra a. 055. (CONSULPLAN/TRF2/ANALISTA/2017) “Gilberto trabalha na empresa Rosa Martins Ltda. e cumpre jornada de 2ª a 6ª feira, das 15h às 2h, com intervalo de 1 hora para refeição.” Diante da situação retratada e da legislação trabalhista em vigor, assinale a alternativa correta: a) o empregado em questão tem direito ao pagamento de horas extras, mas não ao adicional noturno, pois ele não trabalha até 5h da manhã; b) na situação apresentada, não há direito a horas extras porque o módulo constitucional foi respeitado, mas o intervalo para refeição deveria ser de 2 horas; c) Gilberto tem direito ao pagamento de horas extras com adicional de, no mínimo, 50%, além do adicional noturno em relação à jornada compreendida entre 22h e 2h; d) tratando-se de horário misto, há direito ao pagamento do adicional noturno durante todo o horário de trabalho, além de horas extras, porque ultrapassado o limite de 48 horas semanais. No caso da questão, não há qualquer incompatibilidade entre receber horas extras e adicional noturno; se foram extrapoladas as 8 horas diárias, incidem horas extras. O adicional noturno é quando ocorre situação de labor, no caso do trabalhador urbano, das 22h de um dia até as 5h do dia seguinte, que urge por um adicional de 20%. Isso muda quando se trata de labor no ambiente rural. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 70 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela 056. (CONSULPAN/TERRACAP/ADVOGADO/2014) O contrato de experiência não poderá ex- ceder 60 dias. O contrato de experiência é previsto na CLT e é exatamente uma espécie de contrato por prazo determinado. Nesse aspecto, tem-se, ainda, o prazo máximo de 90 dias, sendo que, dentro des- se período, pode ser prorrogado uma vez. A questão, portanto, está errada quanto ao prazo. Cui- dado, que 90 dias também não são 3 meses, juridicamente falando. Fique atento, pois na mo- dalidade de experiência o prazo é contado em dias − ou seja, aqui é 90 dias. Destaca-se a CLT: Art. 445. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Errado. 057.(CONSULPAN/TERRACAP/ADVOGADO/2014) Para fins de contratação, o emprega- dor não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo supe- rior a um ano. Conforme a CLT, tem-se a previsão expressa de que não se pode exigir experiência prévia de seis meses. A questão se torna errada, pois prevê um prazo errado. Nesse sentido, o artigo 442-A, da CLT: Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprova- ção de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Errado. 058. (CONSULPLAN/TRT13/ESTÁGIO DE DIREITO/2012) O art. 71 da CLT dispõe que: “em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6 horas, é obrigatória a concessão de um in- tervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder 2 horas.” Thomé trabalha 6 horas por dia, portanto tem direito a um intervalo de descanso durante a jornada de trabalho de: a) 5 minutos; b) 10 minutos; c) 15 minutos; d) 20 minutos; e) 25 minutos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 71 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Nos exatos termos do dispositivo legal, quando se extrapola mais de 4 horas por dia até 4 ho- ras, há direito ao intervalo intrajornada de 15 minutos. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 72 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela GABARITO 9. C 10. C 11. b 12. d 13. e 14. a 15. d 16. E 17. a 18. a 19. c 20. E 21. c 22. c 23. C 24. C 25. C 26. d 27. E 28. E 29. d 30. E 31. a 32. a 33. C 34. b 35. a 36. a 37. d 38. c 39. a 40. E 41. E 42. b 43. C 44. E 45. b 46. C 47. C 48. C 49. E 50. E 51. E 52. a 53. a 54. a 55. c 56. E 57. E 58. c O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 73 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela REFERÊNCIAS BRASIL. Consolidação das Leis Trabalhistas. Brasília: Senado Federal, 1943. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: <www.tst.jus.br> Acesso em set. 2020. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 18ª edição, Editora LTR, 2019. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 74 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela ANEXOS Legislação – CLT, Artigos Mais Importantes Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os ris- cos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à dis- posição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expres- samente consignada. § 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I – práticas religiosas; II – descanso; III – lazer; IV – estudo; V – alimentação; VI – atividades de relacionamento social; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 75 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela VII – higiene pessoal; VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. DO TELETRABALHO Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo. Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunica- ção que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não desca- racteriza o regime de teletrabalho. Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressa- mente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. § 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. § 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por deter- minação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspon- dente registro em aditivo contratual. Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição,manutenção ou for- necimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à pres- tação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remune- ração do empregado. Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo- -se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. Art. 442. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Parágrafo único. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 76 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado previs- ta no art. 3º desta Consolidação. Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. § 1º Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência depen- da de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. § 3º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de servi- ços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por le- gislação própria. Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóte- ses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Art. 445. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. Art. 447. Na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao contrato verbal, esta se presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados na conformidade dos pre- ceitos jurídicos adequados à sua legitimidade. Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 77 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. Art. 449. Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa. § 1º Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito. § 2º Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e consequente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno. Art. 450. Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substi- tuição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior. Art. 451. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Art. 452. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve con- ter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. § 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a pres- tação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de traba- lho intermitente. § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 78 de 79www.grancursosonline.com.br Consolidação das Leis do Trabalho DIREITO TRABALHISTA E LEGISLAÇÃO SOCIAL Maria Rafaela I – remuneração; II – férias proporcionaiscom acréscimo de um terço; III – décimo terceiro salário proporcional; IV – repouso semanal remunerado; e V – adicionais legais. § 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. § 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subse- quentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br Maria Rafaela Juíza do trabalho substituta da 7ª Região. Doutoranda em Direito pela Universidade do Porto/Portugal. Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade do Porto/Portugal. Professora de cursos de pós-gradua- ção na Universidade de Fortaleza - Unifor. Palestrante. Professora convidada da Escola Judicial do TRT 7ª Região. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Professora de cursos preparatórios para concursos públicos. Formadora da Escola de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Cargos desempenhados: foi juíza do trabalho substituta no TRT 14ª Região, promotora de justiça titular do MPRO, analista judiciária do TJCE; professora concursada do quadro permanente na Universidade Federal de Rondônia; professora concursada temporária na Universidade Federal do Ceará. Aprovada em outros concursos públicos. Autora de artigos científicos publicados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Apresentação Consolidação das Leis do Trabalho 1. Consolidação das Leis do Trabalho 2. Empregador, Definição, Empresa Individual e Coletiva, Características, Direitos e Deveres 3. Empregado, Definição, Características, Direitos e Deveres 4. Salário Mínimo 5. Identificação Profissional – CTPS (Carteira de Trabalho) 6. Segurança e Medicina do Trabalho Resumo Mapas Mentais Exercícios Gabarito Referências Anexos AVALIAR 5: Página 79: