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Semiologia do Sistema Digestório de Cães e 
Gatos 
ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – VET 171
Introdução 
-Queixas relacionadas a vômitos e diarreias estão entre as 
mais comuns da clínica veterinária, as quais causam agravos 
como a má absorção e digestão de nutrientes, causando 
alterações no organismo (alta morbidade). Ocorrem perdas 
nutricionais e eletrolíticas, podendo chegar a morte. 
 
-Principais problemas gastrointestinais: 
• Vômito (êmese). 
• Diarreia: excesso de líquidos nas fezes, muitas vezes 
acompanhada de uma maior frequência de defecações. 
• Hematêmese: vômito com presença de sangue. Pode vir 
com vermelho vivo ou escuro. É comum que conteúdo 
gastrointestinal de pH ácido favoreça o escurecimento 
do sangue. 
• Regurgitação: associado a doenças do esôfago, é o 
retorno do conteúdo ingerido. O conteúdo não é 
gástrico, e sim esofágico, sendo sua eliminação de forma 
passiva, sem tanto esforço. Acontece com pacientes que 
acabaram de comer ou se encontram com motilidade 
gástrica reduzida. 
o Procedência: radiografia cervical e torácica, 
radiografia contrastada (sulfato de bário). 
• Disfagia: é a dificuldade de deglutição, podendo ser tanto 
neurológico (alteração dos nervos cranianos) ou disfagia 
por alteração no sistema digestório. Ex.: úlcera ou tumor 
na boca causa disfagia. A disfagia também pode ocorrer 
na hora de formar o bolo alimentar e deglutir (disfagia 
faringiana) – pode ser problema estrutural (inflamação) 
ou neurogênico. Há também a disfagia esofágica, 
quando o paciente não tem capacidade de transportar 
o alimento até o esôfago – o bolo alimentar será 
formado, deglutido, mas não chega até o estômago. 
o Procedência: solicitar a radiografia cervical e 
torácica para análise do esôfago. Se não houver 
nenhum achado, radiografia contrastada. 
Endoscopia também pode ser feita, com grandes 
chances de achar alteração no esôfago. 
• Sialorreia: salivação excessiva, podendo ser ocasionada 
pelo aumento da produção salivar ou quando o paciente 
não está deglutindo ou até mesmo se houver uma 
obstrução esofágica. 
• Halitose: odor fétido do hálito. Geralmente o que dá 
cheiro forte é a proliferação bacteriana com produção 
de gás. Isso ocorre porque a higienização não é uma 
prática regular em cães e gatos. A halitose também 
pode ocorrer devido a azotemia em animais com 
insuficiência renal. O cheiro de acetona também pode 
ser percebido em animais com excesso de corpos 
cetônicos (pacientes em cetoacidose diabética). 
• Melena: presença de sangue mais escuro nas fezes. 
Significa que o sangue está em contato com o lúmen 
intestinal por mais tempo. A alimentação também pode 
interferir na cor das fezes, ou seja, nem sempre fezes 
escuras são significado de doença, como a ingestão de 
grande quantidade de ferro. 
• Hematoquezia: presença de sangue vermelho vivo nas 
fezes. É um sangramento com menos tempo em 
contato com o conteúdo fecal. 
• Disquezia: dificuldade de defecação, normalmente 
associado a desconforto, podendo cursar com tenesmo. 
• Tenesmo: esforço para defecar. Postura e esforço são 
feitos, mas não chega a defecação. 
• Constipação: fezes ressecadas, duras. Frequentemente 
associado ao tenesmo. 
• Dor abdominal: pode ser ocasionada por pancreatite. 
• Icterícia: manifestação clínica do excesso de bilirrubina 
na circulação, a qual se deposita nos tecidos. Pode ser 
causada por anemia hemolítica, doenças hepáticas 
(obstrução das vias biliares) e pancreatite. 
• Ascite: associada a doenças hepáticas (mecanismo de 
hipertensão do sistema porta) – crônicas. A 
hipoalbuminemia favorece a ascite. 
Obs.: hipertensão portal é o aumento anormal da pressão 
sanguínea na veia porta e suas ramificações. 
• Timpanismo: distensão abdominal que, ao fazer 
percussão, é ouvido um som timpânico. Excesso de 
gases, obstruções, vólvulos, fermentação excessiva. 
• Emaciação: emagrecimento, perda de massa muscular. 
• Caquexia: paciente extremamente magro. 
-Reflexo neurológico no tronco encefálico no centro do vômito: 
quando estimulado, resulta em uma resposta motora que 
culmina com a expulsão do conteúdo gastrointestinal. Além do 
estômago e duodeno, as vísceras abdominais como um todo 
são sensíveis para o vômito – qualquer alteração pode induzir 
o vômito. Com esse estímulo, há inibição do centro respiratório, 
correndo o risco de aspiração do conteúdo. 
-Vômito e diarreia: manifestações clínicas 
ditas inespecíficas, que não apontam 
diretamente para uma doença ou condição. 
Pode indicar problemas gástricos, intestinais 
ou até mesmo metabólicos. 
-Abordagem inicial (resenha): identificação 
do paciente (raça, idade, sexo, origem) e 
queixa principal (problema clínico). 
 
-Tempo de evolução do problema: problema agudo ou crônico, 
progressão, se houve melhora ou piora. 
 
 
-Reconhecimento do problema: necessita de treinamento. A 
regurgitação tem relação com o esôfago, enquanto o vômito 
tem relação com outras síndromes gastrointestinais. 
 
-Gastroenterite: termo usado quando há ocorrência de vômito 
e diarreia. Quando ocorre somente vômito é utilizado o termo 
gastrite aguda. Chama-se úlcera gastroduodenal quando há 
presença de sangue no vômito. 
-Doenças virais mais comuns: parvovirose. Animais vacinados 
tem chance menor de desenvolvimento da doença. 
-O vômito varia de aspecto conforme o tempo que passou no 
trato gastrointestinal. O alimento inteiro no vômito tem muita 
relação com o tempo curto em que permaneceu no 
estômago ou com a falta de motilidade gástrica. A presença 
espuma indica secreção salivar misturada com o conteúdo 
gástrico. A coloração amarelada indica participação da bile, 
normalmente acontece com animais em jejum prolongado. 
-Radiografia com contraste 
mostrando o estômago 
muito dilatado, quadro 
cursando com obstrução 
pilórica. O vômito devido a 
uma obstrução costuma 
se apresentar em grandes 
volumes. 
-O vômito também pode 
sair com o formato do 
esôfago pela consistência 
do alimento ingerido. Pode 
ser tanto regurgitação 
quanto vômito. 
-Segmentos do trato gastrointestinal associados a diarreia e 
vômito: 
 
-Colite e enterite: mais associadas a diarreia. A duodenite e 
gastrite estão mais associadas a vômitos. 
-Apresentações clínicas de uma diarreia do intestino delgado x 
grosso: 
 
 -Células muco secretoras estão em alta concentração 
nas porções de reto e intestino grosso, motivo pelo qual o 
muco nas fezes é mais presente em diarreias que envolvem o 
intestino grosso. 
-Abordagem diagnóstica das enteropatias: 
 
 
 
Fígado e Vias Biliares 
 
-Síndromes: a doença hepática pode culminar com o prejuízo 
da função hepática, denominada insuficiência hepática, a qual 
pode acompanhar falta de apetite, vômitos, diarreia, icterícia 
(colestase), ascite (hipertensão do sistema porta), 
encefalopatia hepática (sinais neurológicos). A insuficiência 
ocorre quando há comprometimento de mais de 60%-80% da 
função hepática. 
-O quadro de insuficiência pode ocasionar a morte. Doenças 
crônicas pode estar ocorrendo há meses ou anos sem 
necessariamente demonstrar sintomas. O diagnóstico é feito 
quando são feitos exames complementares e, quando há 
sinais clínicos, geralmente é caracterizado um quadro terminal, 
de prognóstico ruim (cirrose). 
-Com o comprometimento da função hepática podem ocorrer 
distúrbios circulatórios de coagulação, visto que é no fígado 
onde são produzidos os fatores de coagulação sanguíneos 
-Icterícia: mucosas e 
secreções mais amareladas 
pelo acúmulo de bilirrubina 
nos tecidos. A intensidade 
da coloração reflete a 
intensidade também da 
quantidade de bilirrubina 
acumulada. Uma das causas 
pode ser a hemólise 
associada a anemias muito intensas (sendo, portanto, uma 
origem pré-hepática). Um dos exames sempre analisados do 
paciente ictérico é o leucograma. A icterícia também pode ser 
originada de uma colestase devidoa uma obstrução das vias 
biliares (colestase extra-hepática). 
Obs.: mucocele biliar. 
 
-Hipertensão portal: a 
veia porta transporta 
o conteúdo sanguíneo 
do sistema intestinal 
até o fígado. A 
hipertensão portal é o 
aumento da pressão 
hidrostática de todo o 
sistema venoso que 
forma a veia porta, 
podendo ter causas 
pré, pós ou hepáticas. O mais comum são causas hepáticas, 
principalmente em casos de doença hepática crônica em que 
há muita fibrose, iniciando a congestão do sistema venoso que 
forma a veia porta, aumentando a pressão. Esse aumento 
facilita a perda de líquidos para a cavidade abdominal, com 
aumento da produção de linfa. Pode também cursas com um 
comprometimento agudo do fígado, mas é mais raro. 
 -A ascite pode ocorrer pela diminuição da pressão 
oncótica pela baixa produção de albumina, a qual é produzida 
pelos hepatócitos. 
-Encefalopatia hepática: manifestações cerebrais. Isso pode 
acontecer pela alimentação do filhote, principalmente quando 
a origem da proteína na dieta é animal. Isso porque essas 
proteínas, no organismo, geram muita amônia. Na doença 
hepática, o excesso de amônia gerado no intestino é absorvido 
e, o fígado estando normal, transforma em ureia. Entretanto, o 
 
Cão filhote com head press, um comportamento de 
pressionar a cabeça contra uma superfície. 
fígado alterado pode não ter hepatócitos em quantidade 
adequada e parte dessa amônia pode seguir para a circulação 
e o excesso de amônia no sangue causa as alterações 
neurológicas. Ocorre principalmente com filhotes, onde a 
doença hepática mais comum é a má formação vascular 
(shunt portossistêmico), uma comunicação anormal do sangue 
venoso portal antes de ser processado no fígado para a 
circulação sistêmica. Com o shunt, o sangue de origem 
intestinal (rico em toxinas, como amônia) desvia do fígado, 
entrando diretamente na circulação sistêmica (cérebro). É feito 
uma tomografia para confirmar a presença do shunt. 
 
Shunt portossistêmico. 
-Abordagem diagnóstica: 
 
-Terapia adjuvante: em pacientes com diarreia, há 
concomitantemente alteração da microbiota intestinal. São 
utilizados probióticos, suplementos vitamínicos e minerais. Uma 
síndrome má absortiva em que há diarreia crônica, é comum 
haver também baixos níveis de vitamina B12 e, nesse perfil de 
paciente, é indicado a suplementação vitamínica. 
-Terapia específica: é o tratamento da causa da doença. 
Algumas doenças não têm a sua causa tratável ou até 
mesmo conhecida. 
-Exames complementares de “triagem”: 
• Hemograma. 
• Perfil bioquímico. 
• Ultrassonografia abdominal. 
• Endoscopia e biópsias intestinais. 
• Testes pancreáticos (TLI e LPI). 
• Sorologias, PCR, biomarcadores (B12, folato). 
-Exame fecal direto: gotinha de fezes em solução salina em 
lâmina. Pode mostrar ovos ou cistos de parasitos. 
 
 
 
Cistos (trofozoítos) de giárdia em aumento de 400X e 1000X. 
-Citologia fecal direta: material pode se encontrar na ponta do 
termômetro e ser colocado sobre a lâmina. O material é 
corado e, ao ser levado ao microscópio, é possível observar 
bactérias e células inflamatórias. 
 
 
Macrófagos cheio de amastigotas (forma de apresentação da 
Leishmaniose). 
 
Trofozoítos de giárdia em citologia fecal direta. 
-Exame coproparasitológico: pesquisa de elementos 
parasitários. As fezes são misturadas com solução 
hipersaturada (técnica de Willis e Faust). É uma solução de alta 
densidade e, quando há estruturas parasitárias, elas flutuam 
nessa solução, com aumento de sensibilidade (aumento de 
chance de resultado positivo). A amostra maior de fezes com 
solução hipersaturada e os elementos parasitários ficam no 
sobrenadante e grudam na lâmina. É mais sensível que o 
exame direto. 
 
-Exame coprofuncional: não é tão importante quanto a 
macroscopia, sendo considerado de menos valor. 
 
-Testes rápidos (snaps): utilizados quando a suspeita é uma 
causa infecciosa ou parasitárias. 
• Giárdia: detecção do antígeno na amostra fecal. 
• Parvovírus: detecção de antígeno. Confirma diagnóstico. 
O teste negativo não descarta totalmente, isso porque é 
comum a ocorrência de falsos negativos em testes 
rápidos. 
• Coronavirose. 
• Leishmaniose: teste realizado no 
sangue. 
• Erliquia (4Dx): teste realizado no 
sangue. 
• Fiv e Felv. 
-Painel PCR para enteropatógenos em 
cães: seria mais para as causas 
bacterianas. 
 
-Cultura e antibiograma fecal: mais raro de ser feito. Pode não 
refletir a realidade, isso porque a bactéria apresentada pode 
não ser a causadora da diarreia, por exemplo.

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