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Processo Penal 
 
2 
______________________________________________________ 
https://www.cejasonline.com.br/ 
Sumário 
PRINCÍPIOS ....................................................................................................................................................... 2 
LEI PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAÇO ....................................................................................................... 3 
INQUÉRITO ....................................................................................................................................................... 4 
AÇÃO PENAL ..................................................................................................................................................... 7 
AÇÃO CIVIL ....................................................................................................................................................... 9 
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA ........................................................................................................................... 10 
PROVAS ........................................................................................................................................................... 11 
AUXILIARES DA JUSTIÇA ................................................................................................................................... 12 
PRISÕES ........................................................................................................................................................... 13 
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES ................................................................................................................................. 14 
ATOS E NULIDADES PROCESSUAIS ................................................................................................................... 15 
SENTENÇA ....................................................................................................................................................... 16 
TRIBUNAL DO JÚRI ........................................................................................................................................... 17 
PRAZOS ........................................................................................................................................................... 18 
RECURSOS ....................................................................................................................................................... 19 
 
PRINCÍPIOS 
QUESTÃO 1 O princípio da confiança no juiz da causa é 
A) suposto princípio que viola os princípios do contradi-
tório e da identidade física do juiz ao admitir, ainda 
que em casos excepcionais, a produção probatória 
por juízo diverso do sentenciante. 
B) princípio que está em consonância com a figura do 
juiz das garantias, prevista a partir da Lei federal nº 
13.964/2019, porém atualmente com sua eficácia sus-
pensa. 
C) princípio que está em consonância com o processo 
acusatório ao exigir que o juiz se abstenha de servir no 
processo quando houver incompatibilidade ou impe-
dimento legal. 
D) suposto princípio que viola o dever de motivação e 
fundamentação das decisões judiciais, sendo invo-
cado nos casos em que resta ausente suporte ade-
quado na decisão impugnada. 
E) princípio que, à semelhança do princípio do duplo 
grau de jurisdição, está previsto expressamente na 
Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual 
o Estado Brasileiro é signatário. 
QUESTÃO 2 Consoante a jurisprudência dos Tribunais 
Superiores, assinale a afirmativa que corretamente cor-
relaciona o uso de princípios do Processo Penal. 
A) Luiz foi flagrado transportando diversas espécies da 
fauna ameaçadas de extinção em seu caminhão. 
Nesse caso, a apreensão e perdimento imediato do 
veículo não viola o princípio do devido processo legal. 
B) O “aviso de Miranda” deve ser realizado no momento 
da prisão-captura, e sua ausência faz presumir o pre-
juízo ao acusado, ante a violação ao princípio da pre-
sunção de inocência. 
C) João falsificou sua própria certidão de óbito a fim de 
ver extinta a sua punibilidade. Nesse caso, o princípio 
da vedação ao bis in idem impede a nova persecução 
penal pelo mesmo fato. 
D) Ricardo, em sede de alegações finais, arguiu a incom-
petência territorial do Juízo. Nesse caso, o princípio do 
Juiz Natural impede a prorrogação de competência. 
E) O Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor 
de Pedro, a qual restou rejeitada, levando a interposi-
ção do recurso próprio. Sendo assim, Pedro deve ser 
intimado para constituir defensor, sob pena de viola-
ção ao princípio da ampla defesa. 
QUESTÃO 3 Jurandir, casado com Maria e pai de Josué, 
de apenas 06 meses de idade, angustiado com a situação 
financeira da família após mais de sete meses desempre-
gado, aceita convite de traficante da localidade onde re-
side para vender uma carga de entorpecentes e, com 
isso, receber R$500,00. Durante seu primeiro dia ven-
dendo drogas, é abordado por policiais militares e preso 
em flagrante delito, sendo imediatamente apresentado 
à Autoridade Policial que, em observância ao Art. 6º, in-
ciso V, do CPP, passa a ouvi-lo, insistindo para Jurandir 
falar tudo o que ocorrera. 
 
3 
______________________________________________________ 
https://www.cejasonline.com.br/ 
Em relação à atuação do Delegado de Polícia, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Agiu de maneira correta, porquanto cumpriu, na ínte-
gra, o disposto no Art. 6º, inciso V, do CPP, que diz 
“logo que tiver conhecimento da prática da infração 
penal, a autoridade policial deverá ouvir o indiciado, 
com observância, no que for aplicável, do disposto no 
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respec-
tivo termo ser assinado por duas testemunhas que 
Ihe tenham ouvido a leitura”. 
B) Agiu em desconformidade com o que dispõe o prin-
cípio da não autoincriminação, pois deveria, obrigato-
riamente, informar Jurandir acerca de seu direito ao 
silêncio; entretanto, nenhuma consequência jurídica 
haverá uma vez que Jurandir foi, de fato, preso em fla-
grante delito. 
C) Procedeu em desconformidade com o que dispõe o 
princípio da não autoincriminação, pois deveria obri-
gatoriamente informar Jurandir acerca de seu direito 
ao silêncio. Assim, a prova produzida deve ser consi-
derada ilícita pois restou violado o direito do preso ao 
silêncio e à não autoincriminação, nos termos do Art. 
5º, inciso LXIII, da Constituição do Brasil de 1988. 
D) Atuou de maneira correta, uma vez que o direito ao 
silêncio e à não autoincriminação, decorrente da 
Constituição do Brasil de 1988 (Art. 5º, inciso LXIII) visa 
proteger tão só aqueles que são detidos por serem 
suspeitos da prática de algum crime e não aqueles 
presos em flagrante delito. 
E) Procedeu de maneira incorreta, pois não poderia ou-
vir Jurandir sem antes comunicar sua prisão ao Minis-
tério Público. 
QUESTÃO 4 Como corolário do princípio do contraditó-
rio, é correto afirmar que 
A) medidas investigativas que representem grave inter-
venção em direitos fundamentais dependem de de-
cisão judicial. 
B) o Ministério Público deve ser intimado de um docu-
mento novo juntado aos autos pela defesa. 
C) o réu tem o direito de permanecer em silêncio em seu 
interrogatório judicial. 
D) o defensor tem o dever de pedir a absolvição do réu 
em suas alegações finais. 
E) o processo deve ser suspenso se o réu mudar de en-
dereço e não puder mais ser encontrado para ser inti-
mado. 
QUESTÃO 5 Dos direitos abaixo elencados, NÃO constitui 
corolário do princípio do devido processo legal: 
A) contraditório. 
B) Juiz natural. 
C) proibição de prova ilícita. 
D) sigilo do processo. 
E) paridade de armas. 
LEI PROCESSUAL NO TEMPO E NO 
ESPAÇO 
QUESTÃO 6 Nos casos de ações penais em curso, alcan-
çadas por sucessão de lei nova que acarrete observância 
do princípio da continuidade normativo-típica, a denún-
cia ou queixa deverá: 
A) serratificada; 
B) ser retificada; 
C) ser rerratificada; 
D) ser extinta; 
E) prosseguir sem alterações. 
QUESTÃO 7 Sobre a aplicação da lei processual penal e a 
interpretação no processo penal, é INCORRETO afirmar: 
A) A legislação brasileira segue o princípio da territoriali-
dade para a aplicação das normas processuais penais. 
B) O princípio da territorialidade na aplicação da lei pro-
cessual penal brasileira pode ser ressalvado por trata-
dos, convenções e regras de direito internacional. 
C) A lei processual penal aplica-se desde logo, sem pre-
juízo da validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
D) A norma processual penal mista constitui exceção à 
regra da irretroatividade da lei processual penal. 
E) No processo penal, assim como no direito penal, é 
sempre admitida a interpretação extensiva e aplica-
ção analógica das normas. 
QUESTÃO 8 No curso de ação penal em que Roberto fi-
gurava como denunciado, entrou em vigor lei que ver-
sava sobre processamento de ação penal em procedi-
mento comum ordinário, com conteúdo exclusivamente 
processual penal, prejudicial ao réu. 
O técnico judiciário, no momento de auxiliar no proces-
samento do feito, deverá aplicar a: 
A) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em 
virtude do princípio da irretroatividade da lei mais 
gravosa, não admitindo o Código de Processo Penal 
interpretação extensiva ou analógica da lei proces-
sual; 
B) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em 
virtude do princípio da irretroatividade da lei mais 
gravosa, admitindo o Código de Processo Penal inter-
pretação extensiva, mas não aplicação analógica da 
lei processual; 
C) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em 
virtude do princípio da irretroatividade da lei mais 
gravosa, admitindo o Código de Processo Penal inter-
pretação extensiva e aplicação analógica da lei pro-
cessual; 
D) nova lei processual penal, ainda que desfavorável ao 
réu, respeitando-se os atos já praticados, admitindo o 
Código de Processo Penal interpretação extensiva, 
mas não aplicação analógica da lei processual; 
E) nova lei processual penal, ainda que desfavorável ao 
réu, respeitando-se os atos já praticados, admitindo o 
Código de Processo Penal interpretação extensiva e 
aplicação analógica da lei processual. 
QUESTÃO 9 Em relação à aplicação da lei processual pe-
nal no tempo, é correto afirmar: 
A) Aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos 
atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
B) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que 
 
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https://www.cejasonline.com.br/ 
decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
C) O processo penal reger-se-á, em todo o território bra-
sileiro, pelo Código de Processo Penal (Decreto- Lei nº 
3.689/1941). 
D) A lei processual penal excepcional ou temporária, em-
bora decorrido o período de sua duração ou cessadas 
as circunstâncias que a determinaram, aplica- se ao 
processo iniciado durante sua vigência. 
E) A lei processual penal admitirá interpretação exten-
siva e aplicação analógica, bem como o suplemento 
dos princípios gerais de direito. 
QUESTÃO 10 Em relação à lei processual penal, é correto 
afirmar que, em regra, 
A) admite suplemento dos princípios gerais do direito e 
aplicação analógica. 
B) a lei anterior tem ultratividade para beneficiar o acu-
sado. 
C) admite interpretação extensiva, mas não aplicação 
analógica. 
D) os atos realizados sob a vigência da lei anterior devem 
ser refeitos. 
E) tem aplicação imediata, mesmo em período de vaca-
tio legis e ainda que menos benéfica. 
QUESTÃO 11 A Constituição da República e o Código de 
Processo Penal prevêem regras e princípios para soluci-
onar conflitos no tema “a lei no tempo”. À lei puramente 
processual penal aplicam-se os seguintes princípios: 
A) da irretroatividade da lei prejudicial ao réu e da retro-
atividade da lei benéfica; 
B) da aplicação imediata e do tempus regit actum 
(tempo rege o ato); 
C) da inalterabilidade e da ultratividade da lei benéfica; 
D) da ultratividade e da retroatividade da lei benéfica ao 
réu; 
E) da retroatividade da lei prejudicial e da ultratividade 
da lei benéfica. 
QUESTÃO 12 A lei processual penal 
A) é retroativa. 
B) não admite interpretação extensiva. 
C) tem aplicação imediata, prejudicada a validade dos 
atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
D) admite aplicação analógica. 
E) tem aplicação apenas no Estado em que editada. 
QUESTÃO 13 Sobre a aplicação da lei processual penal e 
a interpretação no processo penal, é INCORRETO afirmar: 
A) A legislação brasileira segue o princípio da territoriali-
dade para a aplicação das normas processuais penais. 
B) O princípio da territorialidade na aplicação da lei pro-
cessual penal brasileira pode ser ressalvado por trata-
dos, convenções e regras de direito internacional. 
C) A lei processual penal aplica-se desde logo, sem pre-
juízo da validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
D) A norma processual penal mista constitui exceção à 
regra da irretroatividade da lei processual penal. 
E) No processo penal, assim como no direito penal, é 
sempre admitida a interpretação extensiva e aplica-
ção analógica das normas. 
QUESTÃO 14 De acordo com o Código de Processo Penal, 
a lei processual penal 
A) retroage para invalidar os atos praticados sob a vigên-
cia da lei anterior, se mais benéfica. 
B) não admite aplicação analógica. 
C) admite suplemento dos princípios vitais de direito. 
D) admite interpretação extensiva, mas não suplemento 
dos princípios gerais de direito. 
E) admite aplicação analógica, mas não interpretação 
extensiva. 
QUESTÃO 15 A lei processual penal, 
A) não admite aplicação analógica, salvo para beneficiar 
o réu. 
B) não admite aplicação analógica, mas admite interpre-
tação extensiva. 
C) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob 
sua vigência. 
D) admite o suplemento dos princípios gerais de direito. 
E) admite interpretação extensiva, mas não o suple-
mento dos princípios gerais de direito. 
INQUÉRITO 
QUESTÃO 16 Guilherme, delegado de polícia, deflagrou 
inquérito policial para apurar um suposto delito de 
roubo, persequível mediante ação penal pública incondi-
cionada. Contudo, dois meses após o início das investiga-
ções, não se logrou obter qualquer informação sobre a 
autoria delitiva. Inexistindo elementos mínimos quanto à 
autoria, o inquérito policial foi arquivado, na forma pre-
vista na legislação processual. Seis meses após o arquiva-
mento, surgem novos elementos quanto à autoria do de-
lito. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal e a jurisprudência dominante dos Tribu-
nais Superiores, é correto afirmar que o inquérito policial: 
A) poderá ser desarquivado, mesmo que inexista notícia 
de outras provas ou prova nova, enquanto não ope-
rada a prescrição; 
B) não poderá ser desarquivado, salvo se existir requisi-
ção do Ministério Público; 
C) não poderá ser desarquivado, salvo se existir determi-
nação judicial; 
D) poderá ser desarquivado, desde que exista notícia de 
outras provas; 
E) poderá ser desarquivado, desde que existam novas 
provas. 
QUESTÃO 17 Acerca do inquérito policial e da ação penal, 
o Código de Processo Penal estabelece: 
A) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa 
do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação 
pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações so-
bre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e 
os elementos de convicção. 
B) No caso de morte do ofendido ou quando declarado 
ausente por decisão judicial, o direito de oferecer 
queixa ou prosseguir na ação passará ao órgão do Mi-
nistério Público. 
C) O órgão do Ministério Público nunca poderá dispen-
sar o inquérito policial, ainda que tenham sido, com a 
 
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https://www.cejasonline.com.br/representação, oferecidos elementos que eventual-
mente o habilitasse a promover a ação penal. 
D) A autoridade policial não poderá mandar arquivar au-
tos de inquérito quando verificada a ocorrência da 
prescrição. 
E) Nos crimes de ação penal pública incondicionada, os 
autos do inquérito serão remetidos ao juízo compe-
tente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de 
seu representante legal para o início da ação penal. 
QUESTÃO 18 Após receber informações sobre suposta 
prática de homicídio, a autoridade policial chegou no lo-
cal para realizar diligências. Ocorre que, após a liberação 
dos peritos criminais, a autoridade policial esqueceu de 
apreender a arma de fogo deixada no local do crime. 
Nesse aspecto, é correto afirmar que 
A) as diligências no local foram corretamente realizadas 
pela autoridade policial. 
B) agiu corretamente a autoridade policial, já que para 
apreender a arma de fogo, era prescindível mandado 
judicial. 
C) agiu incorretamente a autoridade policial, já que para 
apreender a arma de fogo dependeria de autorização 
judicial. 
D) caberia aos peritos criminais decidir sobre a apreen-
são da arma de fogo no local. 
E) caberia à autoridade policial apreender os objetos 
que tivessem relação com o fato, após liberados pelos 
peritos criminais, e colher provas que servissem para 
o esclarecimento do fato e suas circunstâncias, dentre 
outras diligências. 
QUESTÃO 19 Durante o inquérito policial, Bernardo, ad-
vogado de Júlia, indiciada pela suposta prática do crime 
de roubo, foi impedido pelo delegado de polícia de ter 
acesso às provas já produzidas e documentadas nos au-
tos do inquérito. 
Nesse caso, é correto afirmar que 
A) agiu bem o delegado, porque o inquérito é sigiloso. 
B) agiu mal o delegado. De acordo com enunciado de 
súmula vinculante, o delegado de polícia é obrigado a 
permitir o acesso a todos elementos já documenta-
dos nos autos do inquérito ao advogado. Contudo, o 
delegado pode deixar de exibir diligência em curso 
ainda não documentada. 
C) agiu bem o delegado, visto que somente Júlia poderia 
ter acesso aos autos do inquérito, inclusive aos ele-
mentos decorrentes de diligências em curso, ainda 
não documentadas. 
D) cabe à autoridade policial decidir fundamentada-
mente se permitirá ao advogado o acesso a todos ele-
mentos já documentados nos autos do inquérito. Por-
tanto, agiu bem o delegado de polícia. 
E) agiu mal o delegado, visto que ao advogado é sempre 
permitido o acesso aos elementos já documentados 
nos autos do inquérito e a todos os elementos decor-
rentes de diligências em curso, ainda que não docu-
mentadas. 
QUESTÃO 20 João, indiciado em inquérito policial pela 
suposta prática de crimes de estelionato e falsidade ide-
ológica, foi submetido a identificação criminal, embora 
civilmente identificado. 
Nesse caso, é correto afirmar que 
A) o indiciado sempre poderá se recusar à identificação 
criminal. 
B) o indiciado somente poderá ser submetido a identifi-
cação civil. 
C) poderá o civilmente identificado ser submetido à 
identificação criminal, quando houver necessidade 
para a investigação ou dúvida quanto à identidade ci-
vil, nas hipóteses legalmente previstas. 
D) a CRFB/88 proíbe a identificação criminal. 
E) a lei não prevê hipótese excepcional de identificação 
criminal. 
QUESTÃO 21 Túlio, promotor de justiça, ofereceu denún-
cia imputando a Fábio o crime de estelionato. Ocorre que 
não foi realizada a apuração da autoria e do delito em in-
quérito policial. 
Nesse aspecto, é correto afirmar que 
A) Túlio não poderia ter oferecido denúncia sem inqué-
rito policial anterior. 
B) é possível o oferecimento da denúncia com base em 
peças de informação remetidas ao MP, sendo inqué-
rito policial anterior imprescindível. 
C) é possível o oferecimento da denúncia com base em 
peças de informação remetidas ao MP, sendo inqué-
rito policial anterior prescindível. 
D) a indispensabilidade é característica do inquérito po-
licial. 
E) o inquérito policial somente é dispensável para apu-
rar a prática e a autoria de crimes de ação penal pri-
vada. 
QUESTÃO 22 Arnaldo, indiciado pelo crime de roubo em 
procedimento conduzido pela polícia judiciária, confes-
sou o crime em sede policial. Em juízo, embora nenhuma 
prova para a condenação tenha sido produzida pelo Mi-
nistério Público, o juiz resolveu condenar Arnaldo, com 
base estritamente na confissão produzida no inquérito. 
Nesse caso, é correto afirmar que 
A) agiu corretamente o magistrado, diante da confissão 
prestada por Arnaldo. 
B) a confissão só tem validade quando realizada em ju-
ízo. 
C) a confissão deveria ser confrontada com outras pro-
vas produzidas no inquérito. 
D) a confissão não possui validade em nenhuma hipó-
tese 
E) a confissão em sede policial é válida; no entanto, so-
mente poderá ensejar a condenação se corroborada 
com outros elementos de prova produzidos sob o 
crivo do contraditório. 
QUESTÃO 23 Durante as investigações, o delegado de 
polícia responsável pelo inquérito no qual se investiga 
Júlio por prática de crime de furto, impediu o advogado 
desse investigado de ter acesso aos autos. 
Nesse caso, pode-se afirmar que 
A) ao advogado é sempre permitido o acesso aos ele-
mentos já documentados nos autos do inquérito e a 
todos os elementos decorrentes de diligências em 
curso ainda não documentadas. 
 
6 
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https://www.cejasonline.com.br/ 
B) o inquérito é sigiloso e, por isso, ninguém tem acesso 
aos respectivos autos. 
C) somente Júlio pode ter acesso aos autos do inquérito, 
inclusive aos elementos decorrentes de diligências 
em curso ainda não documentadas. 
D) o Delegado de Polícia é obrigado a permitir ao advo-
gado o acesso a todos elementos já documentados 
nos autos do inquérito. No entanto, o delegado pode 
deixar de exibir diligência em curso ainda não docu-
mentada. 
E) o Delegado de Polícia decidirá fundamentadamente 
se permitirá ao advogado o acesso a todos elementos 
já documentados nos autos do inquérito. 
QUESTÃO 24 A respeito do inquérito policial, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. O inquérito policial é um procedimento administrativo 
de caráter inquisitorial. 
II. O delegado pode recusar vista dos autos ao defensor 
do indiciado se isso puser em risco o êxito de diligências 
investigativas ainda em curso. 
III. A sentença condenatória poderá considerar laudo pe-
ricial produzido no curso do inquérito policial. 
Está correto o que se afirma em 
A) I, II e III. 
B) II e III, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) I e II, apenas. 
E) II, apenas. 
QUESTÃO 25 Em relação ao arquivamento do inquérito 
policial ou peças de informação, é correto afirmar que: 
A) o juiz possui a prerrogativa de anuir ou discordar do 
pedido de arquivamento veiculado pelo Ministério 
Público, sendo cabível, em caso de concordância, a 
prévia submissão ao procurador-geral de Justiça; 
B) permitir reexame judicial quanto ao mérito do pedido 
de arquivamento do inquérito policial, por via recursal 
ou autônoma, importa em violação da prerrogativa do 
Ministério Público; 
C) a vítima de crime de ação penal pública incondicio-
nada tem direito líquido e certo a impedir o arquiva-
mento do inquérito policial ou das peças de informa-
ção; 
D) não é da competência do juiz estadual determinar o 
arquivamento que investiga fato que possa ter ade-
quação típica de crime doloso contra a vida praticado 
por militar contra civil; 
E) a decisão de homologação de arquivamento de in-
quérito policial ou de peças de informação, fulcrada 
na inexistência do fato, não admite controle judicial. 
QUESTÃO 26 Acerca do inquérito policial: 
A) A decisão judicial de arquivamento do inquérito poli-
cial, após manifestação do Ministério Público que não 
vislumbrava indícios suficientes de autoria para se 
instaurar a ação penal, faz coisa julgada formal e ma-
terial. 
B) A partir do denominado “Pacote Anticrime”, em casos 
de nítida ausência de provas de materialidadede 
certo delito, poderá o Delegado de Polícia proceder ao 
arquivamento do inquérito policial de ofício. 
C) O inquérito policial será dispensável em casos de 
ações penais de natureza privada e pública condicio-
nada à representação, mas não o será nos casos de 
ação penal pública incondicionada, dado o princípio 
da obrigatoriedade da ação penal. 
D) Em casos de prisão em flagrante, poderá o Delegado 
arbitrar fiança em casos de furtos simples, ainda que 
a pessoa presa seja reincidente. 
E) A partir de Reforma ocorrida em 2010, os fatos ainda 
em investigação policial não estão sujeitos à prescri-
ção da pretensão punitiva em abstrato. 
QUESTÃO 27 O Ministério Público requereu, dentro do 
prazo legal, o arquivamento do inquérito policial, e o juiz 
considerou improcedentes as razões por aquele invoca-
das, remetendo os autos ao procurador-geral de Justiça. 
Se este insistir no arquivamento: 
A) poderá o ofendido ajuizar ação privada subsidiária; 
B) poderá o juiz desarquivar o inquérito policial de ofício; 
C) estará o juiz obrigado a atender à determinação de ar-
quivamento do inquérito policial; 
D) poderá o juiz remeter os autos a outro membro do Mi-
nistério Público para oferecimento de denúncia; 
E) deverá o juiz devolver os autos à autoridade policial, a 
fim de que esta realize as diligências imprescindíveis 
ao exercício da ação penal. 
QUESTÃO 28 O inquérito policial, nos crimes em que a 
ação pública depender de representação 
A) não poderá ser arquivado pelo Ministério Público. 
B) não poderá ser instaurado sem a queixa. 
C) depende da iniciativa do Ministério Público. 
D) não poderá sem ela ser iniciado. 
E) exige a manifestação prévia do Ministério Público. 
QUESTÃO 29 Com relação ao arquivamento do inquérito 
policial, é correto afirmar, de acordo com as leis atual-
mente aplicáveis à matéria, que: 
A) entendendo pela existência de causa excludente de 
ilicitude, pode o órgão judiciário, de ofício, determinar 
o arquivamento do inquérito policial; 
B) não vislumbrando elementos suficientes para apon-
tar a autoria do delito, pode a autoridade policial de-
terminar o arquivamento do inquérito; 
C) entendendo improcedentes as razões invocadas pelo 
Ministério Público para o arquivamento do inquérito 
policial, o juiz determinará a remessa dos autos ao 
procurador-geral, que deverá oferecer denúncia ou 
designar outro órgão da instituição para fazê-lo; 
D) certificada a litispendência, pode o Ministério Público 
promover o arquivamento, sendo desnecessária a ho-
mologação pelo órgão judiciário diante da manifesta 
ausência de pressuposto de validade; 
E) cabe ao Ministério Público promover o arquivamento, 
sempre que identificar a impossibilidade jurídica ou a 
insuficiência informativa para o exercício da ação pe-
nal, dirigindo sua manifestação ao órgão judiciário 
para homologação. 
QUESTÃO 30 As formas de instauração do inquérito poli-
cial variam de acordo com a natureza do delito. Nos casos 
de ação penal pública incondicionada, a instauração do 
inquérito policial pode se dar: 
 
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A) de ofício pela autoridade policial; mediante requisição 
do Ministério Público; mediante requerimento do 
ofendido; e por auto de prisão em flagrante; 
B) de ofício pelo Ministério Público; mediante requisição 
da autoridade policial; mediante requerimento do 
ofendido; e por auto de prisão em flagrante; 
C) de ofício pela autoridade policial; mediante requeri-
mento do Ministério Público; mediante requisição do 
ofendido; e por auto de resistência; 
D) de ofício pelo Ministério Público; mediante requisição 
da autoridade policial; mediante requerimento do 
ofendido; e por auto de resistência; 
E) de ofício pela autoridade policial; mediante requeri-
mento do Ministro da Justiça; mediante requisição do 
ofendido; e por auto de resistência. 
AÇÃO PENAL 
QUESTÃO 31 O Código de Processo Penal estabelece: 
A) A suspeição do juiz poderá ser declarada e reconhe-
cida ainda quando a parte injuriar de propósito o ma-
gistrado, dando, assim, motivo para a criação do inci-
dente. 
B) A impossibilidade de identificação do acusado com o 
seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não re-
tardará a ação penal, quando certa a identidade física. 
C) Os órgãos do Ministério Público, por terem como atri-
buição a defesa da ordem jurídica, poderão funcionar 
nos processos em que o juiz ou qualquer das partes 
for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, 
diante da prevalência dos interesses sociais e indivi-
duais indisponíveis. 
D) Nenhum acusado será processado ou julgado sem 
defensor, exceto quando estiver ausente ou foragido. 
E) Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor 
pelo juiz, impedindo-o, nessa hipótese, de nomear, 
posteriormente, outro de sua confiança, ou a si 
mesmo defender-se, caso tenha habilitação. 
QUESTÃO 32 Quanto aos institutos da transação penal, 
da suspensão condicional do processo e do acordo de 
não persecução penal, é correto afirmar que: 
A) poderá o juiz homologar acordo de não persecução 
penal se for cabível a transação penal e o agente já ti-
ver sido beneficiado, nos cinco anos anteriores ao co-
metimento da infração, com a suspensão condicional 
do processo; 
B) poderá o Ministério Público oferecer acordo de não 
persecução penal, em favor do agressor, nos crimes 
praticados com violência contra a mulher por razões 
da condição do sexo feminino; 
C) poderá o Ministério Público oferecer transação penal 
para as infrações penais praticadas sem violência ou 
grave ameaça, cuja pena mínima seja igual a quatro 
anos; 
D) poderá o juiz oferecer de ofício a suspensão condicio-
nal do processo ao acusado, se não o fizer o promotor 
de justiça; 
E) poderá o Ministério Público utilizar como justificativa 
para o não oferecimento de suspensão condicional do 
processo o descumprimento do acordo de não perse-
cução penal. 
QUESTÃO 33 Segundo expressamente disposto na Lei fe-
deral n° 11.340/2006, configura violência doméstica e fa-
miliar contra a mulher qualquer ação ou omissão, base-
ada no gênero e ocorrida 
A) em qualquer relação íntima de afeto, no qual o agres-
sor conviva ou tenha convivido com a ofendida, inde-
pendentemente de coabitação. 
B) no âmbito da família, compreendida como o espaço 
de convívio permanente de pessoas descendentes ou 
ascendentes entre si, independentemente de coabi-
tação. 
C) no âmbito da unidade doméstica, entendida como a 
comunidade formada por indivíduos unidos por laços 
naturais ou afinidades ou por vontade expressa. 
D) em qualquer relação íntima de afeto, não abrangendo 
situações cuja orientação sexual altere a consideração 
sobre o gênero da vítima ou de seu agressor. 
E) exclusivamente no âmbito familiar, identificando-se 
necessariamente a coabitação entre vítima e agressor 
e desconsiderando-se situações de agregação espo-
rádica. 
QUESTÃO 34 Acerca da ação penal pública incondicio-
nada e da ação penal pública condicionada à represen-
tação, assinale a afirmativa correta. 
A) O Ministério Público não poderá desistir da ação pe-
nal, a qualquer tempo. 
B) O Ministério Público somente pode desistir da ação 
penal pública condicionada à representação. 
C) O Ministério Público somente pode desistir da ação 
penal pública incondicionada. 
D) O Ministério Público pode desistir da ação penal até o 
recebimento da denúncia. 
E) O Ministério Público poderá desistir da ação penal até 
a prolação da sentença. 
QUESTÃO 35 Assinale a opção que descreve situação na 
qual não há qualquer impedimento expresso à celebra-
ção de acordo de não persecução penal. 
A) Eliza, acusada de delito de furto simples, primária e 
com bons antecedentes, possui recursos suficientes 
para reparar o dano, mas se recusa a cumprir esta exi-
gência, por entender que a vítima não precisa dos re-
cursos subtraídos. 
B) Diogo, primário e com bons antecedentes, acusado 
de obter, mediante estelionato,um monociclo, re-
cusa-se à sua restituição como condição do acordo, 
pois o utiliza na sua prática profissional como ator de 
circo. 
C) Catarina, primária, com ação penal em curso pelo de-
lito de dano, é acusada de furto tentado, concordou 
com a prestação de serviços à comunidade, mas por 
período inferior à pena mínima cominada ao delito. 
D) Guilherme, primário e com bons antecedentes, é acu-
sado de roubo simples, na modalidade tentada, tendo 
confessado espontaneamente a infração e concor-
dado com o pagamento de prestação pecuniária em 
favor de instituição social. 
E) Fernando, primário e com bons antecedentes, é acu-
sado de calúnia. Embora aceite as condições de pres-
tação de serviços à comunidade ou prestação pecuni-
ária, se recusa à confissão do fato que lhe é imputado. 
 
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QUESTÃO 36 No mês de janeiro de 2023, Luísa sofreu gra-
ves ameaças a sua integridade física proferidas por Aní-
sio. Luísa ficou bastante apavorada com as ameaças e re-
latou o fato a seu pai, Joaquim, à sua filha, Ana, então 
com 18 anos de idade, e à sua irmã, Jussara, de 25 anos 
de idade. 
No mês seguinte, Anísio cumpriu a ameaça e assassinou 
Luísa. 
Sobre o delito de ameaça, sujeito à representação, assi-
nale a afirmativa correta. 
A) O direito de representação é personalíssimo, extin-
guindo-se com o falecimento da ofendida. 
B) O direito de representação poderá ser exercido por 
Joaquim, Ana ou Jussara, nesta ordem. 
C) O direito de representação poderá ser exercido por 
Ana, Joaquim ou Jussara, nesta ordem. 
D) O direito de representação poderá ser exercido por 
Ana, apenas. 
E) O direito de representação poderá ser exercido por 
Joaquim, apenas. 
QUESTÃO 37 De acordo com a jurisprudência do Supe-
rior Tribunal de Justiça, o acordo de não persecução pe-
nal 
A) exige confissão formal e circunstanciada do fato cri-
minoso pelo acusado, sendo que a pretensão do afas-
tamento desse requisito é compatível com a via do 
habeas corpus. 
B) deve ser executado perante o juízo que o homologou, 
o qual poderá deprecar a fiscalização do cumpri-
mento do ajuste e a prática de atos processuais para 
o atual domicílio do acusado. 
C) se aplica a fatos ocorridos antes da vigência da Lei fe-
deral nº 13.964/2019, desde que seja proposto pelo Mi-
nistério Público antes de eventual sentença condena-
tória. 
D) pode ser oferecido ou recusado pelo Ministério Pú-
blico, porém, em caso de recusa, o Parquet tem o de-
ver de intimar o acusado para que possa recorrer da 
decisão. 
E) é cabível ao réu tecnicamente primário, sendo que 
sua recusa pelo Ministério Público em razão da exis-
tência de registros policiais e infracionais configura 
fundamentação inidônea. 
QUESTÃO 38 Após tomar conhecimento de denúncia 
anônima, João, delegado de polícia, instaurou inquérito 
para apurar a prática de crimes de estupro praticados em 
local de sua atribuição. 
Sobre esse tema, é correto afirmar que 
A) a denúncia anônima é uma espécie de notitia criminis 
mediata. 
B) a denúncia anônima é uma espécie de delatio crimi-
nis, sendo suficiente para a instauração de inquérito 
policial, a depender da convicção do delegado de po-
lícia. 
C) a denúncia anônima é uma espécie de notitia criminis 
imediata. 
D) a denúncia anônima não tem valor jurídico a embasar 
a instauração de inquérito policial. 
E) embora não seja suficiente para instaurar a ação pe-
nal, a denúncia anônima tem eficácia jurídica para a 
instauração do inquérito policial. 
QUESTÃO 39 Cristiano é servidor público do Tribunal Re-
gional do Trabalho há mais de 10 anos e, no exercício de 
suas funções, foi vítima de crime contra a honra prati-
cado por Rodrigo, um jurisdicionado. 
Nessa hipótese, é correto afirmar que 
A) a ação penal somente poderá ser ajuizada por Cristi-
ano, mediante queixa-crime. 
B) a ação penal privada somente poderá ser ajuizada 
pelo Ministério Público, uma vez que Cristiano é fun-
cionário Público e estava no exercício de suas funções. 
C) a ação penal é pública e incondicionada. 
D) Cristiano não poderá apresentar queixa-crime. 
E) Cristiano, mediante queixa-crime, e o Ministério Pú-
blico, mediante representação do ofendido, possuem 
legitimidade concorrente. 
QUESTÃO 40 Sobre a admissibilidade da denúncia, assi-
nale a afirmativa correta. 
A) A denúncia deve ser rejeitada se não houver elemen-
tos de informação conclusivos sobre a autoria do de-
lito. 
B) A ausência de pressuposto processual resulta no re-
conhecimento da inépcia da denúncia. 
C) O ofendido tem legitimidade para exercer o direito de 
queixa se, tratando-se de delito de ação penal pública, 
o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo 
legal. 
D) O juiz deve rejeitar a denúncia se entender que os fa-
tos merecem classificação diversa daquela adotada 
pelo Ministério Público. 
E) O STF depende da autorização do Senado para deci-
dir sobre a admissibilidade de denúncia oferecida 
contra senador. 
QUESTÃO 41 A denúncia será rejeitada quando 
A) incabível a prisão preventiva do acusado. 
B) faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
C) o acusado não constituir advogado e for citado por 
hora certa. 
D) existente causa que exclua a ilicitude do fato. 
E) determinada a quebra da fiança. 
QUESTÃO 42 Em razão de desentendimento ocorrido 
com João, Paulo passa a ser investigado pelo delito de le-
são corporal leve. Submetido o termo circunstanciado ao 
Ministério Público, foi veiculada proposta de transação 
penal, consistente na prestação de serviços à comuni-
dade, o que foi aceito pelo autor do fato, acompanhado 
por seu advogado, em audiência especialmente desig-
nada para essa finalidade. No dia seguinte à celebração 
do acordo, a defesa técnica de Paulo impetra habeas cor-
pus questionando aspectos da hipótese contida no 
termo circunstanciado. 
Diante desse cenário, é correto afirmar que: 
A) a barganha no processo penal acarreta a opção estra-
tégica de nolo contendere, impedindo o questiona-
mento judicial de aspectos jurídicos do fato que fun-
damenta o acordo; 
 
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B) a celebração de acordo de transação penal acarreta a 
perda do objeto de habeas corpus, pois o consenti-
mento do autor do fato encerra o caso penal; 
C) após a celebração do acordo somente será cabível o 
habeas corpus para debater a atipicidade da conduta 
ou a falta de justa causa para a persecução penal; 
D) a homologação judicial do acordo penal realiza o con-
trole sobre a legitimidade da persecução penal, pre-
judicando o objeto de eventual habeas corpus; 
E) por constituir ação autônoma de impugnação, o cabi-
mento do habeas corpus é irrestrito, sendo admissível 
o questionamento de qualquer tema relacionado à 
transação penal. 
QUESTÃO 43 Nos delitos de ação penal pública condici-
onada 
A) a denúncia será promovida pelo Ministério Público ou 
mediante queixa do ofendido. 
B) o ofendido poderá se retratar da representação, 
desde que o faça a qualquer tempo antes da sen-
tença. 
C) a denúncia poderá ser oferecida pelo Ministério Pú-
blico sem a instauração do inquérito policial, se a re-
presentação trouxer elementos suficientes à ação pe-
nal. 
D) o direito de representação poderá ser exercido pesso-
almente ou por procurador com poderes especiais, 
desde que haja declaração escrita do ofendido. 
E) o direito de representação será extinto em caso de 
morte do ofendido. 
QUESTÃO 44 Sobre o acordo de não persecução penal, é 
correto afirmar: 
A) Os tribunais superiores possuem entendimento unâ-
nime de não admitir sua aplicação aos processos já 
em curso, por se tratar de norma de caráter proces-
sual. 
B) Um dos requisitos para seu oferecimento é que o in-
vestigado tenha confessado a prática da infração pe-
nal formal e circunstancialmente perante a autori-
dade policial. 
C) A confissão formal e circunstancial a que se refere oartigo 28-A, do Código de Processo Penal deve ser 
feita à autoridade judicial. 
D) É cabível ainda que o investigado esteja em cumpri-
mento de suspensão condicional do processo quando 
da prática da infração penal, pois referida suspensão 
não enseja reincidência. 
E) Para aferição da pena mínima exigida como requisito 
para seu oferecimento, devem ser consideradas as 
causas de aumento e diminuição de pena aplicáveis 
ao caso concreto. 
QUESTÃO 45 No dia 30 de junho de 2020, o Ministério Pú-
blico ofereceu denúncia em face de Augusto, nascido em 
10 de janeiro de 1992, imputando a ele a prática do crime 
de estupro de vulnerável, delito previsto no Art. 217-A do 
Código Penal. Segundo a inicial acusatória, no dia 16 de 
fevereiro de 2015, o acusado manteve conjunção carnal 
com Vitória, que à época possuía 13 anos de idade, pois 
nascida em 2 de fevereiro de 2002. 
Ao saber do fato e antes que a jovem completasse 18 
anos, os pais de Vitória procuraram a delegacia de polícia, 
manifestando expressamente a vontade de ver Augusto 
responsabilizado criminalmente, o que foi por ela confir-
mado ao atingir a maioridade. 
No inquérito, foram reunidos elementos de informação 
suficientes à satisfação do lastro mínimo probatório exi-
gido para a acusação. Entretanto, a denúncia foi rejeitada 
liminarmente pelo juiz competente. Ao fundamentar sua 
decisão, o magistrado apontou a ilegitimidade de parte, 
entendendo que não caberia ao Parquet exercer a ação 
penal, que não poderia ser admitida. 
Com base nas informações apresentadas, assinale a afir-
mativa correta para o caso. 
A) Caberia ao Ministério Público interpor Recurso em 
Sentido Estrito em face da decisão de rejeição da de-
núncia, sustentando que o crime em questão era de 
ação penal pública tanto à época do fato quanto no 
momento do oferecimento da acusação. 
B) Caberia ao Ministério Público comunicar a vítima para 
o oferecimento de queixa-crime no prazo de 6 meses 
após completar 18 anos, tendo em vista que, à época 
do fato, o crime era de ação penal privada. 
C) Caberia ao Ministério Público interpor Recurso em 
Sentido Estrito, sustentando que, à época do fato, o 
crime em questão era de ação penal privada, mas a 
Lei 13.718/18 tornou a ação penal pública incondicio-
nada, sendo de aplicação imediata os dispositivos 
modificados pela referida legislação. 
D) Caberia ao Ministério Público interpor recurso de Ape-
lação em face da decisão de rejeição da denúncia, 
sustentando que o crime em questão era de ação pe-
nal pública tanto à época do fato quanto no momento 
do oferecimento da acusação. 
E) A punibilidade estava extinta em razão da decadên-
cia, pois a queixa-crime não foi oferecida no prazo de 
6 meses pelos pais de Vitória. 
AÇÃO CIVIL 
QUESTÃO 46 Pedro, plenamente capaz, apresentou 
queixa-crime contra Paulo, igualmente capaz, alegando 
ter sido vítima de injúria. No juízo criminal, realizada au-
diência preliminar, não concordaram as partes em con-
ciliar. Ato contínuo, foi oferecida representação por parte 
de Pedro e apresentada, pelo Ministério Público, pro-
posta de transação penal, a qual foi integralmente aceita 
por Paulo. Assim, ante a transação penal realizada, restou 
Paulo obrigado a pagar o valor correspondente a uma 
cesta básica em favor de entidade de cunho assistencial, 
a ser designada pelo juízo. Nesse caso, 
A) a transação penal realizada por Paulo gera presunção 
absoluta de culpa em eventual ação de reparação de 
dano civil proposta por Pedro. 
B) a transação penal realizada por Paulo gera presunção 
relativa de culpa em eventual ação de reparação de 
dano civil proposta por Pedro. 
C) poderá Paulo, em relação à ação que tenha por objeto 
apurar a responsabilidade civil pelo ocorrido, questio-
nar a existência do fato ou sobre quem seja o seu au-
tor. 
D) Paulo não poderá, quando da ação de reparação civil, 
questionar a existência do fato ou sobre quem seja o 
 
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seu autor, uma vez que essas questões já se acham 
decididas no juízo criminal. 
E) a impossibilidade de Pedro provar o prejuízo material 
sofrido em razão da injúria é óbice para que seja inde-
nizado na esfera cível. 
QUESTÃO 47 Analise a seguinte afirmação. 
“A ação civil de reparação do dano resultante de crime 
pode ser proposta quando há absolvição do acusado por 
estado de necessidade.” Essa assertiva esta 
A) inteiramente errada, porque nunca poderá ser pro-
posta a ação, pois a absolvição no crime sempre a im-
pede, por fazer a decisão penal coisa julgada no cível. 
B) inteiramente errada, porque nunca poderá ser pro-
posta a ação, pois, embora a absolvição no crime nem 
sempre a impeça, nos casos de absolvição por exclu-
dente de ilicitude a ação ficará impedida em todas as 
suas hipóteses. 
C) inteiramente errada, porque nunca poderá ser pro-
posta a ação, pois, embora a absolvição no crime nem 
sempre a impeça, nos casos de absolvição pelas ex-
cludentes de legítima defesa e estado de necessidade 
a ação ficará impedida. 
D) inteiramente correta, porque sempre poderá ser pro-
posta a ação, pois a absolvição no crime não a impede, 
por vigorar no país a regra da independência entre as 
esferas civil e criminal. 
E) parcialmente correta, pois, em caso de absolvição por 
estado de necessidade, apesar de haver coisa julgada 
no cível, deve ser aplicada a lei civil e esta somente 
considera legítima a conduta, impedindo-se a ação ci-
vil, quando as circunstâncias tornarem o ato absolu-
tamente necessário, não excedendo os limites do in-
dispensável para a remoção do perigo. 
QUESTÃO 48 Acerca da ação civil ex delicto, é correto 
afirmar: 
A) Transitada em julgado a sentença condenatória, a 
execução poderá ser efetuada pelo valor mínimo para 
reparação dos danos causados pela infração, conside-
rando os prejuízos sofridos pelo ofendido, fixado pelo 
Juiz na decisão condenatória, sem prejuízo da liquida-
ção para a apuração do dano efetivamente sofrido. 
B) O ofendido poderá optar por promover a execução, 
para o efeito da reparação do dano, no juízo cível ou 
criminal. 
C) A execução da sentença penal condenatória, para 
efeito da reparação do dano, é ato personalíssimo do 
ofendido e não se estende aos seus herdeiros. 
D) A ação para ressarcimento do dano não poderá ser 
proposta no juízo cível contra o autor do crime e o res-
ponsável civil enquanto pendente ação penal para 
apuração dos mesmos fatos. 
E) De acordo com o Código de Processo Penal, a decisão 
que julga extinta a punibilidade é causa impeditiva da 
propositura da ação civil. 
QUESTÃO 49 Em matéria relativa à influência do julgado 
penal na área cível, é INCORRETO afirmar que 
A) faz coisa julgada no cível a sentença que reconhecer 
ter sido o ato praticado em exercício regular de di-
reito. 
B) não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, 
a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, 
categoricamente, reconhecida a inexistência material 
do fato. 
C) não impede a propositura da ação civil a decisão que 
julga extinta a punibilidade. 
D) transitada em julgado a sentença condenatória, po-
derão promover-lhe a execução, no juízo cível, para 
efeito de reparação do dano, o ofendido, seu repre-
sentante legal ou seus herdeiros. 
E) impede a propositura da ação civil a sentença absolu-
tória que decidir que o fato imputado não constitui 
crime. 
QUESTÃO 50 A ação civil 
A) não poderá, após o trânsito em julgado da sentença 
penal condenatória, ser proposta pelos herdeiros do 
ofendido. 
B) poderá ser proposta quando a sentença absolutória 
no juízo criminal decidir que o fato imputado não 
constitui crime. 
C) não poderá ser proposta se o juízo criminal ordenar o 
arquivamento do inquérito policial relativo ao mesmo 
fato por falta de prova da autoria. 
D) não poderá ser proposta se o juízo criminal, no pro-
cesso relativo ao mesmo fato, julgar extinta a punibi-
lidade do réu. 
E) não poderá ser suspensa pelo juiz daação civil até o 
julgamento definitivo da ação penal relativa ao 
mesmo fato. 
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
QUESTÃO 51 Joana, residente e domiciliada em Nite-
rói/RJ, interessada na aquisição de uma raquete de tênis, 
encontra, nas redes sociais, a propaganda da sociedade 
empresária XYZ, localizada em Natal/RN. Joana fica 
muito interessada, considerando o desconto oferecido 
pela entidade para a compra de uma raquete de tênis da 
última geração. Dessa forma, Joana, em março de 2023, 
acaba por realizar uma transferência bancária para uma 
conta com registro em agência situada em Porto Ale-
gre/RS. Posteriormente, a particular percebe que foi ví-
tima de um crime de estelionato. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal, é correto afirmar que a competência 
para o processo e julgamento do crime de estelionato é 
de uma das Varas Criminais de: 
A) Natal/RN, local da sede da sociedade empresária XYZ 
ou Porto Alegre/RS, local da conta beneficiada pela 
transferência bancária; 
B) Niterói/RJ, local do domicílio da vítima, ou Natal/RN, 
local da sede da sociedade empresária XYZ; 
C) Porto Alegre/RS, local da conta beneficiada pela 
transferência bancária; 
D) Natal/RN, local da sede da sociedade empresária XYZ; 
E) Niterói/RJ, local do domicílio da vítima. 
QUESTÃO 52 Acerca das regras de competência, o Có-
digo de Processo Penal estabelece: 
 
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A) No concurso entre a competência do júri e a de outro 
órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competên-
cia da jurisdição comum. 
B) Será obrigatória a separação dos processos quando as 
infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias 
de tempo ou de lugar diferentes, independente-
mente do critério do juiz. 
C) Não sendo conhecido o lugar da infração, a compe-
tência regular-se-á pelo domicílio ou residência da ví-
tima. 
D) Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais 
jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido 
a infração consumada ou tentada nas divisas de duas 
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á por 
sorteio. 
E) A precedência da distribuição fixará a competência 
quando, na mesma circunscrição judiciária, houver 
mais de um juiz igualmente competente. 
QUESTÃO 53 Lionel e Diego estão presos na Penitenciá-
ria de Itaí, sujeita à administração do Estado de São 
Paulo. Lionel foi condenado em primeira instância pelo 
juízo federal como incurso no delito de tráfico internaci-
onal de drogas e o processo está em grau de recurso, 
tendo sido preenchidos os requisitos legais para a pro-
gressão de regime. Diego, por sua vez, está preso preven-
tivamente pela suposta prática do delito de tráfico inter-
nacional de drogas e aguarda-se o julgamento do feito 
em primeiro grau pelo juízo federal, restando ausentes os 
requisitos para a manutenção da custódia cautelar. 
A partir dos dados citados, a competência para julgar os 
pedidos a serem formulados em favor de Lionel e Diego 
será, respectivamente, do juízo 
A) das execuções penais da Justiça Federal e do pro-
cesso de conhecimento da Justiça Federal. 
B) do processo de conhecimento da Justiça Federal, em 
ambos os casos. 
C) das execuções penais da Justiça Estadual e do pro-
cesso de conhecimento da Justiça Federal. 
D) das execuções penais da Justiça Federal, em ambos 
os casos. 
E) das execuções penais da Justiça Estadual, em ambos 
os casos. 
QUESTÃO 54 Norberto estava em viagem de férias com 
colegas de trabalho, em um cruzeiro pelo litoral catari-
nense. Quando o navio se afastou do Porto de Itajaí, na-
vegando em alto-mar, Norberto se desentendeu com 
um dos colegas, desferindo-lhe um soco no rosto, cau-
sando-lhe lesões corporais graves (pena: 1 a 5 anos). O na-
vio, que havia partido de Itajaí, em seguida a este evento, 
fez uma parada em Tubarão, onde Norberto foi condu-
zido à autoridade policial para a instauração de inquérito 
policial. Norberto e a vítima residem em Blumenau. 
Nesta circunstância, assinale a alternativa que indica cor-
retamente a competência para processar e julgar os fa-
tos relatados. 
A) Vara Criminal de Blumenau. 
B) Vara Federal de Blumenau. 
C) Vara Criminal de Tubarão. 
D) Vara Federal de Tubarão. 
E) Vara Criminal de Itajaí. 
QUESTÃO 55 Determinado casal de namorados realiza o 
grande sonho de uma viagem internacional para a Fló-
rida, destino em que deliberam pela visita dos parques 
de diversões. No entanto, se inicia acalorada discussão 
sobre qual grupo detém os melhores parques, o que oca-
siona uma ruptura da relação e o retorno da mulher ao 
Brasil. Ao chegar a sua cidade natal, Niterói/RJ, e acessar 
suas redes sociais, constata diversas manifestações do 
seu ex-namorado, nos grupos de Facebook que ambos 
subscrevem, com várias ameaças direcionadas a ela, com 
ênfase na ideia de que, por ser sua mulher, deveria con-
cordar com seus gostos e preferências, e, caso insistisse 
em manter a preferência pelo parque rival, ela sofreria re-
taliação, consistente na depredação de qualquer item 
pessoal que ostentasse qualquer símbolo alusivo aos par-
ques ou personagens concorrentes. O homem permane-
ceu nos Estados Unidos da América, afirmando, ainda, 
que aguardava o imediato retorno da mulher. 
Diante desse cenário, é correto afirmar que a competên-
cia para o processo e julgamento do delito praticado é 
da: 
A) Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; 
B) Justiça Estadual no Rio de Janeiro; 
C) Justiça Federal do Distrito Federal; 
D) Justiça Federal em Niterói; 
E) Justiça Federal no Rio de Janeiro. 
PROVAS 
QUESTÃO 56 Na data designada para a audiência de ins-
trução e julgamento, em processo penal em que se im-
puta ao acusado a suposta prática do crime de furto qua-
lificado, compareceram duas vítimas, duas testemunhas 
de acusação, uma testemunha de defesa e o réu. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal, a prova oral colhida em audiência se-
guirá a seguinte ordem: 
A) interrogatório; vítimas; testemunhas de acusação; e 
testemunha de defesa; 
B) interrogatório; testemunhas de acusação; testemu-
nha de defesa; e vítimas; 
C) vítimas; testemunhas de acusação; testemunha de 
defesa; e interrogatório; 
D) testemunhas de acusação; testemunha de defesa; ví-
timas; e interrogatório; 
E) testemunha de defesa; testemunhas de acusação; ví-
timas; e interrogatório. 
QUESTÃO 57 Marcos, após ser capturado em flagrante, é 
denunciado pela suposta prática do crime de roubo. Em 
juízo, no bojo da audiência de instrução e julgamento, 
após a vítima prestar as suas declarações – na ausência 
do réu –, o Ministério Público requereu que se proce-
desse ao reconhecimento de pessoas. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal e a jurisprudência dominante dos Tribu-
nais Superiores, é correto afirmar que a vítima: 
A) será instada a descrever o acusado. Em seguida, o juiz 
apresentará o réu presencialmente, ao lado, se possí-
vel, de outras pessoas com semelhanças físicas, con-
vidando a ofendida a apontar o responsável pela prá-
tica delitiva. A inobservância desse procedimento 
 
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somente gerará a imprestabilidade da prova se restar 
demonstrado o prejuízo concreto à defesa; 
B) será instada a descrever o acusado. Em seguida, o juiz 
apresentará o réu presencialmente, ao lado, se possí-
vel, de outras pessoas com semelhanças físicas, con-
vidando a ofendida a apontar o responsável pela prá-
tica delitiva. A inobservância desse procedimento ge-
rará a imprestabilidade da prova; 
C) será instada a descrever o acusado. Em seguida, o juiz 
apresentará o réu presencialmente, ao lado, se possí-
vel, de outras pessoas com semelhanças físicas, con-
vidando a ofendida a apontar o responsável pela prá-
tica delitiva. A inobservância desse procedimento en-
sejará a nulidade do processo; 
D) será instada a descrever oacusado. Em seguida, o juiz 
apresentará um álbum de fotografias à ofendida, para 
que esta verifique se reconhece ou não o acusado 
dentre as pessoas cujas fotos estão inseridas no livro 
fotográfico; 
E) será instada a descrever o acusado. Em seguida, o juiz 
apresentará o réu presencialmente e perguntará à 
ofendida se o reconhece. 
QUESTÃO 58 João foi denunciado pela suposta prática 
do delito de ameaça (artigo 147, caput, do Código Penal), 
pois no dia 1º de janeiro de 2023 teria enviado uma men-
sagem via Whatsapp para Henrique contendo ameaça 
de morte. A denúncia foi instruída com print screen (cap-
tura de tela) extraído do aparelho celular de Henrique e 
fornecido por ele contendo a referida mensagem. Na res-
posta à acusação, a Defensoria Pública do Estado de São 
Paulo se manifestou pela inocência de João, a ser pro-
vada no curso do processo. A vítima e as testemunhas de 
acusação foram ouvidas em juízo e confirmaram os fatos 
narrados na denúncia. Ao final, João foi interrogado em 
juízo, oportunidade em que confessou que enviou a refe-
rida mensagem de Whatsapp para Henrique após uma 
discussão entre ambos. No caso narrado, o(a) defensor(a) 
público(a) deverá ater-se que a cadeia de custódia digital 
foi 
A) inobservada, pois o print screen é insuficiente para a 
demonstração da materialidade delitiva sem os da-
dos terem sido adquiridos. 
B) inobservada, pois restou ausente a ata notarial, que 
seria o instrumento público capaz de atribuir autenti-
cidade ao print screen. 
C) inobservada, pois o print screen configura prova atí-
pica, a qual é inadmissível para a demonstração da 
materialidade delitiva. 
D) observada, pois a defesa técnica deixou de impugnar 
o print screen na primeira oportunidade, qual seja, a 
resposta à acusação. 
E) observada, tendo sido devidamente confirmada pela 
prova oral produzida em juízo e pelo interrogatório ju-
dicial do réu. 
QUESTÃO 59 Em determinado procedimento investiga-
tório para apuração de crimes de associação criminosa e 
homicídio, em curso na Justiça Estadual, foi determinada 
a busca e apreensão. 
Chegando ao local, não foram encontrados elementos 
relativos aos crimes investigados, mas foram localizados 
maquinários e produtos destinados ao fabrico de moeda 
falsa, além de algumas moedas falsas, sendo este mate-
rial pertencente ao filho do investigado no processo cau-
telar em que ordenada a busca. 
Sobre as provas em Processo Penal, considerando os ele-
mentos acima descritos, assinale a opção que correta-
mente reproduz o entendimento jurisprudencial e a le-
gislação processual penal acerca do tema. 
A) Tendo em vista a incompetência absoluta da Justiça 
Estadual para julgar o crime de moeda falsa, consi-
dera-se ilícita a apreensão dos elementos atinentes ao 
referido ilícito. 
B) O encontro de provas nas mesmas circunstâncias faz 
presumir a conexão entre os crimes, devendo haver a 
reunião de processos, cuja competência firmar-se-á 
por prevenção. 
C) A hipótese retrata fishing expedition, quando a inves-
tigação se destina à localização genérica de elemen-
tos com o único intuito de criminalizar, de qualquer 
forma, o investigado. 
D) A hipótese é de encontro fortuito de provas, e, ainda 
que não correlacionados com o ilícito penal objeto da 
investigação, considera-se válida a apreensão, não in-
duzindo, contudo, a reunião de processos. 
E) O encontro de provas nas mesmas circunstâncias faz 
presumir a conexão entre os crimes, devendo haver a 
reunião de processos, cuja competência será deslo-
cada para a Justiça Federal. 
QUESTÃO 60 Caio, faixa preta de judô, lesionou grave-
mente Mário após uma discussão por ciúmes de sua na-
morada. Durante o inquérito policial, não obstante Caio 
ter confessado a autoria da agressão à Mário, inclusive 
quanto ao dolo de lesioná-lo para terminar a discussão, a 
autoridade policial não encaminhou Mário para exame 
de corpo de delito de lesão corporal, bem como este se-
quer compareceu espontaneamente em algum hospital 
para receber atendimento médico. Após a regular trami-
tação do inquérito e do processo penal, a única prova 
para a condenação foi a confissão em sede policial. 
Diante do exposto, pode-se afirmar que 
A) trata-se de confissão qualificada, sendo suficiente 
para a condenação de Caio. 
B) a palavra de Caio é suficiente para sua condenação, 
não sendo necessário outro meio de prova. 
C) a confissão em sede policial é ilegítima. 
D) a confissão em sede policial é ilícita. 
E) para a condenação é indispensável o exame de corpo 
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a 
confissão do acusado. 
AUXILIARES DA JUSTIÇA 
QUESTÃO 61 No tocante à atividade do juiz na fase inves-
tigatória pré-processual e aos seus poderes instrutórios 
durante o processo penal, é correto afirmar que poderá o 
juiz: 
A) decretar de ofício a prisão temporária do investigado, 
sem representação da autoridade policial ou requeri-
mento do Ministério Público; 
B) participar das negociações realizadas entre as partes 
para a formalização do acordo de colaboração premi-
ada, nos casos de organização criminosa; 
 
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C) ordenar de ofício, no curso da instrução, ou antes de 
proferir sentença, a realização de diligências para diri-
mir dúvida sobre ponto relevante; 
D) decretar de ofício a infiltração de agentes de polícia 
em tarefas de investigação, sem representação da au-
toridade policial ou requerimento do Ministério Pú-
blico, nos casos de organização criminosa; 
E) oferecer de ofício ao investigado a transação penal e 
o acordo de não persecução penal, quando não o fizer 
o Ministério Público. 
QUESTÃO 62 O Código de Processo Penal estabelece 
que os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos 
processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu 
cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha 
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive. A regra 
processual prevê, em relação ao Ministério Público, cau-
sas de 
A) ilegitimidade. 
B) litigância de má-fé. 
C) suspeição. 
D) falta funcional. 
E) impedimento. 
QUESTÃO 63 Quando o interrogando não falar a língua 
nacional, o interrogatório será feito por meio de intér-
prete. Para os fins do processo penal, o intérprete é equi-
parado aos 
A) oficiais de justiça. 
B) funcionários da justiça. 
C) peritos. 
D) assistentes. 
E) colaboradores ad hoc. 
QUESTÃO 64 No processo penal, a prerrogativa da con-
tagem de prazos em dobro compete 
A) aos integrantes da assistência judiciária organizada e 
mantida pelo Estado. 
B) aos defensores dativos. 
C) aos núcleos de prática jurídica pertencentes às uni-
versidades. 
D) aos institutos de direito de defesa. 
E) ao Ministério Público. 
QUESTÃO 65 Em um processo judicial do Tribunal do 
Júri, a Defensora Pública que acompanhava o feito en-
contrava-se em gozo de férias quando da realização do 
julgamento e foi substituída por outro Defensor Público, 
previamente designado. No entanto, antes da instalação 
da sessão, o acusado informa à Juíza Presidente que de-
seja ser defendido pela Defensora Pública que o atendeu 
inicialmente, solicitando o adiamento do ato para data 
posterior ao seu retorno. A Juíza de Direito deve 
A) deferir o pedido, pois o assistido da Defensoria Pública 
tem direito ao patrocínio de seus interesses pelo de-
fensor natural. 
B) indeferir o pedido, pois o princípio da indivisibilidade 
impede a personificação do atendimento prestado 
pela Defensoria Pública. 
C) indeferir o pedido, pois o princípio da independência 
funcional assegura a atuação de defensores distintos 
em um mesmo processo. 
D) deferir o pedido, pois o assistido possui o direito de es-
colher o Defensor Público que irá atuar em seu pro-
cesso. 
E) encaminhar o caso ao Defensor Público-Geral do Es-
tado, que decidirá o conflito de atribuições. 
PRISÕES 
QUESTÃO 66 João ingressou em um ônibus e, mediante 
grave ameaça, consubstanciada no emprego de arma de 
fogo,exigiu a entrega dos telefones celulares dos passa-
geiros. 
Ato contínuo, João se evadiu, vindo a ser capturado em 
flagrante por policiais que realizavam patrulhamento de 
rotina na região. Após os fatos, João foi encaminhado à 
Delegacia de Polícia, onde manifestou o desejo de ser in-
formado sobre o nome dos policiais que lhe prenderam. 
Nesse cenário, considerando as disposições constitucio-
nais aplicáveis ao Direito Processual Penal, é correto afir-
mar que: 
A) a prisão de João deverá ser comunicada ao juiz com-
petente, à família do preso ou à pessoa por ele indi-
cada e à seccional da Ordem dos Advogados do Brasil 
(OAB), para o exercício do contraditório e da ampla 
defesa; 
B) a prisão de João deverá ser comunicada ao juiz com-
petente, à família do preso ou à pessoa por ele indi-
cada e à Defensoria Pública, no prazo de 24 horas, 
para o exercício do contraditório e da ampla defesa; 
C) a prisão de João deverá ser comunicada ao juiz com-
petente, à família do preso ou à pessoa por ele indi-
cada e à Defensoria Pública, no prazo de 24 horas, 
para o exercício do contraditório e da ampla defesa; 
D) a prisão de João deverá ser comunicada imediata-
mente ao juiz competente e à família do preso ou à 
pessoa por ele indicada; 
E) João não tem direito à identificação dos responsáveis 
por sua prisão, considerando o caráter inquisitorial do 
inquérito policial. 
QUESTÃO 67 Guilherme, titular de uma Vara Criminal, ve-
rificando a existência de requerimento do Ministério Pú-
blico, no curso de um processo que apura a prática do 
crime de homicídio qualificado, decretou a prisão pre-
ventiva do suposto autor do fato. Dois meses após o cum-
primento do mandado de prisão, o juiz, analisando deti-
damente os autos, entende que a prisão preventiva não 
mais se justifica. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal, é correto afirmar que o juiz: 
A) não pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do 
acusado, sob pena de ofensa ao sistema acusatório. 
No entanto, caso o juiz revogue a prisão provisória, de 
ofício, posterior requerimento do Ministério Público 
ou da defesa técnica no mesmo sentido tem o condão 
de sanar o vício existente; 
B) pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acu-
sado, inexistindo ofensa ao sistema acusatório. Por 
outro lado, caso surjam novas razões que justifiquem 
a prisão preventiva, o juiz não poderá decretá-la de 
ofício, dependendo de requerimento do Ministério 
Público; 
 
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C) pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acu-
sado, inexistindo ofensa ao sistema acusatório. Caso 
surjam novas razões que justifiquem a prisão preven-
tiva, o juiz poderá decretá-la de ofício, mesmo sem 
qualquer requerimento; 
D) não pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do 
acusado, sob pena de ofensa ao sistema acusatório. 
Exige-se, então, requerimento do Ministério Público 
ou da defesa técnica para que haja a revogação da pri-
são provisória; 
E) pode, de ofício e em caráter excepcional, revogar a 
prisão preventiva do acusado, desde que verifique a 
inércia do Ministério Público e da defesa técnica. 
QUESTÃO 68 Mévio foi preso em flagrante, em razão da 
suposta prática do crime de latrocínio tentado. Após a 
formalização do auto de prisão em flagrante delito, Mévio 
foi encaminhado à audiência de custódia, dentro do 
prazo de 24 horas. No âmbito desta, constatando-se a ob-
servância de todos os direitos constitucionais e legais do 
custodiado, o Ministério Público opinou pela homologa-
ção da prisão flagrancial e concessão de liberdade ao 
custodiado, sem qualquer oposição pela defesa técnica. 
Muito embora inexistisse, no caso concreto, requeri-
mento do Ministério Público ou representação da autori-
dade policial, o juiz, em razão da gravidade em concreto 
dos fatos narrados, homologou a prisão em flagrante e 
converteu em prisão preventiva. Ato contínuo, após a au-
diência de custódia e sem conhecer o resultado desta, a 
autoridade policial representou pela decretação da pri-
são preventiva de Mévio. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal e a jurisprudência dominante dos Tribu-
nais Superiores, é correto afirmar que o juiz: 
A) não pode converter a prisão em flagrante em prisão 
preventiva de ofício, salvo no contexto da Lei nº 
11.340/2006, bem como em crimes de elevada gravi-
dade concreta, mediante fundamentação idônea. No 
caso narrado, em se tratando de crime de latrocínio, a 
atuação judicial foi adequada; 
B) pode converter a prisão em flagrante em prisão pre-
ventiva de ofício, vedando-se, apenas, a decretação da 
prisão preventiva de forma oficiosa quando esta não 
é precedida de prisão flagrancial. No caso narrado, 
pois, a atuação judicial foi adequada; 
C) não pode converter a prisão em flagrante em prisão 
preventiva de ofício. Contudo, como há posterior re-
presentação da autoridade policial, o vício está sa-
nado; 
D) não pode converter a prisão em flagrante em prisão 
preventiva de ofício, motivo pelo qual a prisão de Mé-
vio é ilegal e deverá ser revogada; 
E) não pode converter a prisão em flagrante em prisão 
preventiva de ofício, motivo pelo qual a prisão de Mé-
vio é ilegal e deverá ser relaxada. 
QUESTÃO 69 Sobre prisão, medidas cautelares, liberdade 
provisória e prisão temporária, o ordenamento jurídico 
brasileiro dispõe: 
A) Será possível a concessão de fiança, ainda que o 
agente tenha praticado crimes cometidos por grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitu-
cional e o Estado Democrático. 
B) A prisão temporária, prevista na Lei nº 7.960/1989, será 
decretada pelo Juiz, em face da representação da au-
toridade policial ou de requerimento do Ministério 
Público, e terá o prazo de 10 dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessi-
dade. 
C) As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a re-
querimento das partes ou, quando no curso da inves-
tigação criminal, por representação da autoridade po-
licial ou mediante requerimento do Ministério Pú-
blico. 
D) Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito 
ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade 
policial competente, em decorrência de prisão caute-
lar ou em virtude de condenação criminal transitada 
em julgado. 
E) Salvo decisão segundo o critério da autoridade poli-
cial, é desaconselhado o uso de algemas em mulheres 
grávidas durante os atos médico-hospitalares prepa-
ratórios para a realização do parto e durante o traba-
lho de parto, bem como em mulheres durante o perí-
odo de puerpério imediato. 
QUESTÃO 70 Técio teve sua medida cautelar prisional 
substituída por recolhimento obrigatório noturno e nos 
dias de folga, o que foi deferido no curso da ação penal 
em que foi acusado de tráfico de drogas (Art. 33 da Lei nº 
11.343/2006). A ação penal foi julgada procedente, e Técio, 
condenado a uma pena de sete anos de reclusão, em re-
gime inicial fechado. Diante dessa hipótese, com funda-
mento na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, 
é correto afirmar que o período de recolhimento obriga-
tório noturno e nos dias de folga a que foi submetido Té-
cio: 
A) não pode ser utilizado na detração da pena em razão 
do princípio da legalidade e ante a ausência de dispo-
sição sobre a detração em caso de cautelares pessoais 
diversas da prisão; 
B) em homenagem aos princípios da proporcionalidade 
e do non bis in idem, pode ser utilizado na detração 
da pena, desde que haja monitoramento eletrônico 
associado ao cumprimento da cautelar pessoal; 
C) deve ser reconhecido como período a ser detraído da 
pena privativa de liberdade e da medida de segu-
rança por comprometer o status libertatis do acu-
sado, bem como pela expressa previsão legal; 
D) admite parcial detração da pena, ou seja, somente 
será possível a contagem dos períodos relativos aos 
dias de folga, não se computando o repouso noturno 
para fins de detração, antea ausência de grau signifi-
cativo de privação da liberdade; 
E) pode ser utilizado na detração da pena, sendo que as 
horas de recolhimento domiciliar noturno e nos dias 
de folga devem ser convertidas em dias para conta-
gem da detração. Se no cômputo total remanescer 
período menor que vinte e quatro horas, essa fração 
de dia deverá ser desprezada. 
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES 
QUESTÃO 71 O Ministério Público ofereceu denúncia em 
face de João, imputando-lhe a prática do crime 
 
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insculpido no Art. 168 do Código Penal. A peça acusatória 
foi recebida e o juízo determinou a citação do acusado. 
Esgotadas as tentativas de citação pessoal, procedeu-se 
à citação por edital. O acusado não compareceu, tam-
pouco constituiu advogado. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal e a jurisprudência dominante dos Tribu-
nais Superiores, é correto afirmar que haverá: 
A) a suspensão do processo e do curso do prazo prescri-
cional. O processo não tramitará e a prescrição não 
voltará a fluir enquanto o acusado não for encontrado, 
sob pena de cerceamento de defesa. Pode o juiz de-
terminar a produção antecipada das provas conside-
radas urgentes e, se for o caso, decretar a prisão pre-
ventiva, desde que presentes os requisitos e pressu-
postos exigidos por lei; 
B) a suspensão do processo, sem a suspensão ou inter-
rupção do curso do prazo prescricional, o que dá en-
sejo ao fenômeno denominado pela doutrina de 
“crise das instâncias”. Pode o juiz determinar a produ-
ção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar a prisão preventiva, desde que 
presentes os requisitos e pressupostos exigidos por 
lei; 
C) a suspensão do processo e a interrupção do prazo 
prescricional, podendo o juiz determinar a produção 
antecipada da prova oral, para evitar o esquecimento 
e, se for o caso, decretar a prisão preventiva, desde 
que presentes os requisitos e pressupostos exigidos 
por lei; 
D) a suspensão do processo e a interrupção do prazo 
prescricional, podendo o juiz determinar a produção 
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for 
o caso, decretar a prisão preventiva, desde que pre-
sentes os requisitos e pressupostos exigidos por lei; 
E) a suspensão do processo e do curso do prazo prescri-
cional, podendo o juiz determinar a produção anteci-
pada das provas consideradas urgentes e, se for o 
caso, decretar a prisão preventiva, desde que presen-
tes os requisitos e pressupostos exigidos por lei. 
QUESTÃO 72 Logo após receber denúncia do Ministério 
Público, o juiz determina a citação pessoal do acusado, a 
ser cumprida por oficial de justiça. 
O oficial de justiça foi três vezes ao endereço constante 
dos autos, em dias da semana e horários diversos (pela 
manhã, à tarde ou à noite), e o réu não foi encontrado no 
local. A esposa do réu atendeu o oficial de justiça todas 
as vezes, sempre afirmando que seu marido não estava 
em casa. 
O oficial de justiça, então, certifica que o réu está se ocul-
tando para não ser citado e restitui o mandado de citação 
ao juiz. 
Assinale a opção que indica, no caso narrado, como de-
verá ser feita a citação do réu. 
A) O juiz deve determinar que a citação se faça por hora 
certa. 
B) O juiz deve determinar que a citação se faça por edi-
tal. 
C) O juiz deve diligenciar para encontrar outro endereço 
em que o réu possa ser encontrado. 
D) O juiz deve determinar que a citação se faça por carta 
registrada. 
E) O juiz deve determinar a revelia do réu. 
QUESTÃO 73 Determinado recurso em sentido estrito foi 
incluído em pauta, para julgamento, tendo sido o pa-
trono constituído cientificado para fins de sustentação 
oral. No dia do julgamento, foi deferido pedido de adia-
mento formulado pelo advogado constituído, redesig-
nando-se o ato para a próxima sessão. 
Em relação à nova data de julgamento: 
A) deverá haver citação ao patrono; 
B) deverá haver intimação ao patrono; 
C) deverá haver notificação ao patrono; 
D) deverá haver requisição do patrono; 
E) é desnecessária nova comunicação ao patrono. 
QUESTÃO 74 Sobre as citações e intimações no processo 
penal, é correto: 
A) A citação por hora certa, já aceita como constitucional 
pelos Tribunais Superiores, impõe a continuação da 
ação penal e não sua suspensão. 
B) A revelia impõe, ex vi legis, a veracidade dos fatos tra-
zidos na denúncia ou queixa-crime. 
C) A revelia do acusado citado por edital leva à necessá-
ria decretação da prisão cautelar. 
D) A ausência do réu citado por edital, ainda que consti-
tua advogado, impede a continuidade da ação penal 
até a sentença absolutória. 
E) A revelia, embora suspenda a ação penal e vede qual-
quer ato de instrução, não impede a intimação do ad-
vogado via imprensa oficial. 
QUESTÃO 75 A citação com hora certa 
A) é cabível quando o réu não for encontrado, devendo 
o Juiz nomear defensor dativo caso este não compa-
reça à audiência. 
B) será feita pelo oficial de justiça, após autorização judi-
cial, quando o Juiz verificar que o réu se oculta para 
não ser citado. 
C) é cabível quando o réu não for encontrado, devendo 
o Juiz determinar a suspensão do processo e do curso 
do prazo prescricional. 
D) será feita pelo oficial de justiça, quando este verificar 
que o réu se oculta para não ser citado, devendo cer-
tificar a ocorrência. 
E) é inadmissível no processo penal, pois sua natureza 
não comporta a importação analógica do Código de 
Processo Civil. 
ATOS E NULIDADES PROCESSUAIS 
QUESTÃO 76 Conforme o Superior Tribunal de Justiça, 
constitui causa de nulidade relativa 
A) o encerramento do interrogatório do acusado que se 
nega a responder aos questionamentos do juiz antes 
de oportunizar as indagações pela defesa. 
B) a inquirição de testemunhas diretamente pelo ma-
gistrado que assume o protagonismo na audiência de 
instrução e julgamento. 
C) a ausência de advertência do acusado quanto ao di-
reito de permanecer em silêncio no interrogatório 
prestado perante a autoridade policial. 
 
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D) a ausência de contato prévio entre o acusado preso e 
seu defensor dativo no âmbito da audiência de inqui-
rição de testemunhas. 
E) o uso de expressões pejorativas proferidas pelo ma-
gistrado na sessão de julgamento contra a honra do 
acusado que está sendo julgado. 
QUESTÃO 77 Analise as afirmativas a seguir e assinale V 
para a verdadeira e F para a falsa. 
I. A constatação da reduzida competência técnica do de-
fensor implica a nulidade do processo. 
II. Não há crime no fato de o réu atribuir o delito a pessoa 
que ele sabe ser inocente e, com suas declarações, pro-
vocar o indiciamento desta. 
III. O Ministério Público pode desistir do processo penal 
se surgir prova manifesta de que o réu não concorreu 
para o delito. 
As afirmativas são, respectivamente, 
A) F – F – F. 
B) F – V – V. 
C) V – V – F. 
D) V – F – F. 
E) F – F – V. 
QUESTÃO 78 Mauro foi denunciado por supostamente 
ter cometido o delito disposto no artigo 158, § 1º, do Có-
digo Penal. Após regular trâmite, em audiência de instru-
ção, a Defensoria Pública do Amapá requereu, ainda an-
tes do início das oitivas, fosse observado o disposto no ar-
tigo 212, do Código de Processo Penal, o que restou inde-
ferido pela Magistrada competente, sob o argumento 
que tal dispositivo não a impediria de iniciar a inquirição, 
além de não haver, de antemão, qualquer prejuízo ao réu. 
Iniciada, então, a oitiva da testemunha de acusação − o 
Policial Flávio −, a Juíza responsável realizou diversos 
questionamentos, nada sendo inquirido pelo Ministério 
Público presente. Ainda, perguntas como: A vítima foi 
pressionada por três desse grupo, esse Mauro e mais 
dois. Correto? Foi ameaçada a noite toda. Correto? foram 
feitas. Foi designada nova audiência para oitiva da teste-
munha de acusação faltante, das testemunhas de defesa 
einterrogatório do réu. A Defensoria Pública, então, 
tendo em vista a atuação judicial narrada, impetrou ha-
beas corpus ao Tribunal de Justiça, que, segundo atuais 
precedentes dos Tribunais Superiores, deve 
A) conceder a ordem e anular o processo desde a audi-
ência mencionada diante da nulidade absoluta de-
corrente da violação ao sistema acusatório constituci-
onalmente previsto, sendo prescindível a comprova-
ção de qualquer prejuízo para o réu. 
B) denegar a ordem e manter o andamento do processo, 
uma vez não restar comprovado o prejuízo ínsito as 
nulidades relativas, como o caso presente. 
C) conceder a ordem e anular o processo desde a audi-
ência mencionada, vez que, apesar da nulidade ser re-
lativa, o prejuízo se faz presente diante da condução 
judicial contrária ao Código de Processo Penal e indu-
tora de respostas. 
D) denegar a ordem e manter o andamento do processo, 
porquanto em crimes graves como extorsão armada, 
as normas processuais podem ser flexibilizadas em fa-
vor da sociedade. 
E) conceder a ordem para desconsiderar o testemunho 
do policial Flávio diante da violação de normas legais 
e constitucionais e, automaticamente, absolver o réu. 
QUESTÃO 79 Em relação ao juízo de admissibilidade da 
imputação, é correto afirmar que o magistrado 
A) pode determinar a emenda da inicial, fixando prazo, 
sob pena de rejeição. 
B) pode decotar as causas de aumento de penal mani-
festamente improcedentes. 
C) deve rejeitar a inicial de forma integral, caso verifique 
qualquer incongruência. 
D) deve deixar de receber a inicial de forma integral, caso 
verifique qualquer incongruência. 
E) deve receber a denúncia de forma integral e decidir 
eventual incongruência quando da análise do mérito. 
QUESTÃO 80 Em relação às audiências de custódia, é 
correto afirmar que: 
A) as audiências devem ser realizadas em até 24 horas, 
sob pena de ilegalidade automática da prisão; 
B) a substituição do flagrante por prisão preventiva não 
altera a ilegalidade da ausência de audiência de cus-
tódia; 
C) a substituição do flagrante por cautelar alternativa 
não altera a ilegalidade da ausência de audiência de 
custódia; 
D) a convolação do flagrante em preventiva, na audiên-
cia de custódia, demanda provas sólidas e conclusi-
vas; 
E) a alegação de nulidade na audiência de custódia fica 
superada pela decretação de novo título prisional. 
SENTENÇA 
QUESTÃO 81 O Ministério Público ofereceu denúncia em 
face de João, pela suposta prática do crime de estupro. 
Finda a instrução processual, os autos vão conclusos para 
a sentença, ocasião em que o juiz entende, com base nos 
fatos descritos na denúncia, que não houve o crime de 
estupro, mas sim o delito de estupro de vulnerável, de 
natureza mais gravosa. 
Nesse cenário, à luz das disposições do Código de Pro-
cesso Penal, é correto afirmar que o juiz: 
A) deverá instar o Ministério Público a aditar a denúncia, 
considerando que o último é o titular privativo da 
ação penal pública. Em caso de inércia do Ministério 
Público, o juiz poderá proferir sentença com base na 
definição jurídica que entende adequada; 
B) deverá instar o Ministério Público a aditar a denúncia, 
considerando que o último é o titular privativo da 
ação penal pública. Em caso de inércia do Ministério 
Público, o juiz poderá remeter os autos ao procura-
dor-geral de Justiça; 
C) poderá atribuir aos fatos definição jurídica diversa, 
mesmo que tenha de aplicar pena mais grave, desde 
que reabra a instrução criminal e permita que as par-
tes exerçam o contraditório e a ampla defesa sobre a 
nova tipificação; 
D) poderá atribuir aos fatos definição jurídica diversa, 
mesmo que tenha de aplicar pena mais grave e inde-
pendentemente da reabertura da instrução criminal, 
 
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desde que haja concordância expressa da acusação e 
da defesa; 
E) poderá atribuir aos fatos definição jurídica diversa, 
mesmo que tenha de aplicar pena mais grave e inde-
pendentemente da reabertura da instrução criminal. 
QUESTÃO 82 Relativamente à sentença penal, é correto 
afirmar que: 
A) o relatório é dispensável em caso de sentença conde-
natória no procedimento comum ordinário; 
B) é vedado ao juiz dar aos fatos definição jurídica di-
versa daquela constante da denúncia; 
C) a fundamentação é dispensável no rito dos Juizados 
Especiais Criminais previsto na Lei nº 9.099/1995; 
D) o juiz não poderá proferir sentença condenatória se o 
Ministério Público tiver opinado pela absolvição; 
E) o juiz deverá, na sentença condenatória, fixar valor mí-
nimo para reparação dos danos causados pela infra-
ção, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido. 
QUESTÃO 83 Sobre citações, intimações e sentença, é 
correto: 
A) O Código de Processo Penal prevê como modalida-
des fictas a citação por edital, a citação com hora certa 
e a citação por videoconferência. 
B) O acusado citado por hora certa, caso não constitua 
advogado, terá a resposta à acusação feita por defen-
sor público, suspendendo-se o feito e o prazo prescri-
cional na sequência. 
C) A intimação da decisão que pronuncia o acusado no 
rito do Tribunal do Júri será feita pessoalmente se es-
tiver preso, podendo ser intimado por edital quando 
estiver em liberdade e não for localizado. 
D) O acusado que se encontra solto, com medidas cau-
telares em seu desfavor, será intimado pessoalmente 
da sentença absolutória, não sendo válida a intimação 
apenas de seu defensor constituído. 
E) O acusado que se encontra preso será intimado pes-
soalmente da sentença condenatória e do acórdão 
que julga a apelação. 
QUESTÃO 84 Sobre a sentença penal, emendatio libelli e 
mutatio libelli, é correto afirmar: 
A) O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na 
denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição ju-
rídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de 
aplicar pena mais grave, ocorrendo a chamada muta-
tio libelli. 
B) O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na 
denúncia ou queixa, não poderá atribuir-lhe definição 
jurídica diversa se, em consequência, tenha de aplicar 
pena mais grave, sendo obrigatório o aditamento da 
denúncia, ocorrendo a chamada mutatio libelli. 
C) Nos crimes de ação penal pública, o juiz poderá reco-
nhecer agravantes e causas de aumento de pena, 
ainda que não tenham sido alegadas na denúncia. 
D) Em respeito aos princípios da ampla defesa e do con-
traditório, é possível que ocorra a mutatio libelli em 
segunda instância, mas não a emendatio libelli. 
E) De acordo com o Código de Processo Penal, nos cri-
mes de ação penal pública o juiz poderá proferir sen-
tença condenatória ainda que o Ministério Público 
tenha opinado pela absolvição, mas assim não poderá 
proceder no caso de ação penal privada. 
QUESTÃO 85Durante a vigência de situação de pande-
mia em relação ao novo coronavírus, ao proferir sentença 
penal condenatória reconhecendo a prática de crimes 
contra a Administração Pública, o juiz deverá proferir a 
sentença: 
A) concedendo saída antecipada dos regimes fechado 
ou semiaberto, em relação às pessoas presas em es-
tabelecimentos penais com ocupação superior à ca-
pacidade; 
B) alinhando o cronograma de saídas temporárias a 
plano de contingência, avaliando eventual necessi-
dade de prorrogação de retorno ou adiamento do be-
nefício; 
C) suspendendo temporariamente o dever de apresen-
tação regular em juízo das pessoas em cumprimento 
de pena no regime aberto, prisão domiciliar ou penas 
restritivas de direitos; 
D) colocando em prisão domiciliar a pessoa presa com 
diagnóstico confirmado de Covid-19, mediante relató-
rio da equipe de saúde, na ausência de espaço de iso-
lamento adequado no estabelecimento penal; 
E) normalmente, pois a gravidade abstrata da doença 
não é motivação idônea para automática concessão 
de tratamento benéfico ou especial nesses crimes. 
TRIBUNAL DO JÚRI 
QUESTÃO 86 Após a 1° fase do procedimento bifásico ine-
renteao Tribunal do Júri, o juiz entende que, muito em-
bora exista, no caso concreto, prova da materialidade de-
litiva, ausentes estão indícios suficientes de autoria. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal, é correto afirmar que o juiz proferiu a se-
guinte decisão judicial: 
A) absolvição sumária; 
B) desclassificação; 
C) desaforamento; 
D) impronúncia; 
E) pronúncia. 
QUESTÃO 87 Pablo, em sessão plenária do Tribunal do 
Júri, foi condenado, pelo Conselho de Sentença, em ra-
zão da prática do crime de homicídio duplamente quali-
ficado, na modalidade consumada. O acusado respon-
deu ao processo em liberdade. O juiz, então, proferiu a 
sentença, fixando a pena definitiva em quatorze anos e 
seis meses de reclusão, em regime inicial fechado. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código 
Penal e a jurisprudência dominante do Supremo Tribu-
nal Federal, é correto afirmar que Pablo: 
A) não estará sujeito à execução provisória da pena, em 
razão do princípio constitucional da presunção de não 
culpabilidade. Contudo, caso tenha interesse em re-
correr da sentença, deverá recolher-se à prisão, em ra-
zão do princípio constitucional da soberania dos vere-
dictos; 
B) estará sujeito à execução provisória da pena em 1ª ins-
tância, em razão do princípio constitucional da sobe-
rania dos veredictos, aliado ao fato de que a pena 
 
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aplicada, no caso concreto, é superior a quatorze anos 
de reclusão; 
C) estará sujeito à execução provisória da pena, após o 
esgotamento da análise dos recursos por parte do Su-
perior Tribunal de Justiça, em razão do princípio cons-
titucional da soberania dos veredictos; 
D) estará sujeito à execução provisória da pena, após o 
esgotamento das instâncias ordinárias, em razão do 
princípio constitucional da soberania dos veredictos; 
E) não estará sujeito à execução provisória da pena, em 
razão do princípio constitucional da presunção de não 
culpabilidade. 
QUESTÃO 88 João foi denunciado pela suposta prática 
do crime de homicídio qualificado, na modalidade con-
sumada. Finda a instrução processual, na primeira fase 
do procedimento bifásico, os autos vão conclusos para o 
juiz sentenciar o feito. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de 
Processo Penal, é correto afirmar que o juiz: 
A) pronunciará o acusado, se convencido da materiali-
dade dos fatos e da existência de indícios suficientes 
de autoria, devendo indicar o dispositivo legal em que 
julgar incurso o acusado, as qualificadoras, as causas 
de aumento e de diminuição de pena; 
B) pronunciará o acusado, se presentes indícios da ma-
terialidade dos fatos e da autoria, devendo indicar o 
dispositivo legal em que julgar incurso o acusado, as 
qualificadoras, as causas de aumento e de diminuição 
de pena; 
C) desclassificará a conduta, se concluir que não há, no 
caso concreto, a prática de crime doloso contra a vida 
e, não sendo competente para o julgamento, reme-
terá os autos ao juiz que o seja; 
D) absolverá sumariamente o acusado, caso verifique a 
ausência de prova da materialidade delitiva ou de in-
dícios suficientes de autoria; 
E) impronunciará o acusado, quando demonstrada, 
desde logo, causa de isenção de pena. 
QUESTÃO 89 Com relação ao sorteio e convocação de ju-
rados no Tribunal do Júri, 
A) os jurados são indicados pelas partes, até o número 
de sete, podendo, no entanto, serem recusados três 
de cada pelo juiz. 
B) o sorteio dos jurados ocorre de forma secreta, em sala 
própria, para preservar a intimidade e segurança dos 
cidadãos que comporão o conselho de sentença. 
C) toda vez que uma das partes deixar de comparecer, a 
audiência de sorteio deverá ser adiada para a próxima 
data possível na agenda do magistrado. 
D) é obrigatória a paridade de gênero entre jurados para 
composição do conselho de sentença. 
E) o jurado não sorteado poderá ter o seu nome nova-
mente incluído para as reuniões futuras. 
QUESTÃO 90 Quanto ao desaforamento, é correto afir-
mar que: 
A) é causa de fixação da competência do tribunal do júri; 
B) pelo risco de imparcialidade do júri, tem o mesmo 
fundamento da exceção de suspeição dos jurados; 
C) o juiz pode representar ex officio pelo desaforamento, 
sem prejuízo do requerimento das partes; 
D) somente após o processo estar preparado para o jul-
gamento pelo júri é que o feito poderá ser desaforado; 
E) pedido o desaforamento, ouve-se o juiz preparador do 
feito e, posteriormente, o procurador-geral de Justiça. 
PRAZOS 
QUESTÃO 91 Os prazos processuais penais 
A) que terminarem no sábado serão acrescidos de dois 
dias úteis. 
B) serão contados em dobro se o réu estiver preso. 
C) serão contados em quádruplo para o Ministério Pú-
blico. 
D) serão contados excluindo-se o dia do começo, inclu-
indo-se, porém, o do vencimento. 
E) suspendem-se nos domingos e feriados. 
QUESTÃO 92 Michael responde, preso preventivamente, 
a inquérito policial conduzido pela Polícia Civil, que inves-
tiga a prática do crime de extorsão simples, previsto no 
Art. 158 do Código Penal. 
Quanto ao prazo de duração, é correto dizer que o inqué-
rito em questão deve ser concluído no prazo de 
A) 15 dias, contados do dia em que foi executada a ordem 
de prisão. 
B) 30 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão, podendo ser prorrogado uma vez por 
igual período. 
C) 90 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão. 
D) 10 dias, contados do dia em que foi executada a or-
dem de prisão. 
E) 15 dias, contados do dia em que foi executada a ordem 
de prisão, podendo ser prorrogado uma vez por igual 
período. 
QUESTÃO 93 A contagem de prazos para o Defensor Pú-
blico se inicia 
A) com a devolução dos autos feita pela Secretaria Ad-
ministrativa da Instituição ao Poder Judiciário. 
B) pela abertura de vistas feita pelo serventuário do Po-
der Judiciário, ainda em cartório. 
C) na data do aporte do ciente do Defensor Público nos 
autos. 
D) com a publicação em órgão oficial da imprensa. 
E) na data do ingresso dos autos à Secretaria Adminis-
trativa da Instituição. 
QUESTÃO 94 A contagem dos prazos referentes ao re-
curso extraordinário, no processo penal, se dá: 
A) de forma contínua; 
B) apenas em dias úteis; 
C) desconsiderando feriados; 
D) desconsiderando finais de semana; 
E) desconsiderando feriados e finais de semana. 
QUESTÃO 95 Acerca do que dispõe o Código de Processo 
Penal, bem como o entendimento dos tribunais superio-
res, sobre os prazos e sua contagem, 
A) contam-se da data da juntada aos autos do mandado 
ou da carta precatória ou de ordem. 
 
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B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Con-
tam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário co-
mum. 
C) quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, o prazo 
judicial terá início já no sábado subsequente, haja 
vista serem os prazos contínuos e peremptórios. 
D) na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei 
ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. 
E) não correrão os prazos, se houver impedimento do 
juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela 
parte contrária. 
RECURSOS 
QUESTÃO 96 Gianluigi, vítima do delito de roubo prati-
cado por Manuel, não se habilitou em juízo como assis-
tente no processo em que o acusado acabou sendo ab-
solvido por falta de provas, em razão de Gianluigi não ter 
sido ouvido em juízo. Inconformado, porém, com a absol-
vição de Manuel, Gianluigi ingressou em juízo, por inter-
médio de advogado, e manifestou a vontade de recorrer 
em face da absolvição. Nessa hipótese, é correto afirmar 
que: 
A) poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no 
prazo de vinte dias, que correrá do dia em que termi-
nar o do Ministério Público, se este igualmente recor-
rer de todo o conteúdo impugnável da sentença; 
B) não poderá Gianluigi interpor recursode apelação em 
razão de não se ter habilitado como assistente du-
rante a fase instrutória processual; 
C) poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no 
prazo de trinta dias, que correrá do dia em que termi-
nar o do Ministério Público, sendo o recurso arrazoado 
por este, em razão de Gianluigi não se ter habilitado 
como assistente; 
D) não poderá Gianluigi interpor recurso de apelação em 
razão de não ter sido ouvido em juízo como vítima du-
rante a fase instrutória processual; 
E) poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no 
prazo de quinze dias, se o Ministério Público deixar de 
fazê-lo, correndo o referido prazo do dia em que ter-
minar o do Ministério Público. 
QUESTÃO 97 Sobre os recursos em processo penal, assi-
nale a afirmativa correta. 
A) A apelação não pode ser julgada de forma contrária 
ao interesse da única parte que recorreu da sentença. 
B) Os recursos têm efeito iterativo, salvo nas exceções 
expressas em lei. 
C) Após a anulação da condenação por acórdão que de-
cidiu recurso do réu, o juiz não poderá aplicar-lhe, na 
nova sentença condenatória, pena mais grave que a 
anterior. 
D) As partes não podem desistir dos recursos que te-
nham interposto. 
E) A apelação do réu cuja prisão preventiva foi decretada 
na sentença não será conhecida se ele não se recolher 
à prisão. 
QUESTÃO 98 A defesa de Joaquim interpôs recurso es-
pecial com base no artigo 105, inciso III, alínea “a”, da 
Constituição Federal, apontando como normas violadas 
os artigos 226 e 155, ambos do Código de Processo Penal, 
pois ilegal o reconhecimento pessoal realizado em juízo, 
falecendo provas realizadas na etapa judicial para o des-
fecho condenatório, e o artigo 59, caput, do Código Penal, 
uma vez que o suposto antecedente negativo foi reco-
nhecido a partir de condenação com pena cumprida e 
declarada extinta há mais de doze anos da data dos fatos, 
sendo, portanto, muito antigo. Sobreveio a decisão obs-
tando a subida do recurso especial ao Superior Tribunal 
de Justiça (STJ), fundamentada, em suma, que o recurso: 
i) não seria admitido por violar a súmula 7 do STJ quanto 
ao pedido de violação dos artigos do Código de Processo 
Penal; e ii) não teria seguimento por ser contrário ao 
Tema 150 do Supremo Tribunal Federal, julgado no re-
gime de recursos repetitivos. Da decisão acima caberá 
A) agravo contra decisão denegatória de recurso espe-
cial quanto ao primeiro item da decisão e o agravo in-
terno ou regimental contra o segundo. 
B) agravo contra decisão denegatória de recurso espe-
cial contra os dois itens da decisão, dado o princípio 
da unirrecorribilidade. 
C) agravo interno ou regimental contra os dois itens da 
decisão, por ser mais amplo e respeitar o princípio da 
unirrecorribilidade. 
D) habeas corpus contra o primeiro item da decisão e o 
agravo contra decisão denegatória de recurso espe-
cial contra o segundo. 
E) agravo contra decisão denegatória de recurso espe-
cial contra o primeiro item da decisão e apenas os em-
bargos de declaração contra o segundo. 
QUESTÃO 99 De acordo com a doutrina e a jurisprudên-
cia dominante nos Tribunais Superiores, quanto aos re-
cursos e às ações autônomas de impugnação, é correto 
afirmar que: 
A) admite-se mandado de segurança para atribuir efeito 
suspensivo ao recurso em sentido estrito desprovido 
deste efeito interposto pelo Ministério Público; 
B) impetrado habeas corpus por outra pessoa em favor 
do paciente, se este se opuser e desautorizar o pedido, 
o habeas corpus não será conhecido; 
C) fará jus à indenização, na ação de revisão criminal, o 
condenado quando o erro ou a injustiça da condena-
ção resultar da ocultação de provas em seu poder; 
D) poderá o Ministério Público, como fiscal da lei, ajuizar 
ação de revisão criminal a favor ou contra o conde-
nado; 
E) admite-se habeas corpus para o trancamento de ação 
de improbidade administrativa. 
QUESTÃO 100 Quanto à teoria geral dos recursos e os re-
cursos em espécie no processo penal, segundo a dou-
trina e a jurisprudência dominante nos Tribunais Superi-
ores, admite-se: 
A) o recurso do assistente se o Ministério Público tiver in-
terposto um recurso total; 
B) o efeito devolutivo dos recursos quando da apresen-
tação das razões recursais; 
C) a reformatio in pejus se o condenado tiver recorrido 
de todo o conteúdo impugnável da sentença; 
 
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D) a medida cautelar para dar efeito suspensivo a re-
curso em sentido estrito desprovido originariamente 
deste efeito; 
E) a interposição de recurso em sentido estrito pelo 
ofendido não habilitado como assistente se o Ministé-
rio Público não recorrer da decisão.
 
 
 
GABARITO 
1-d 11-b 21-c 31-b 41-b 51-e 61-c 71-e 81-e 91-d 
2-e 12-d 22-e 32-e 42-c 52-e 62-e 72-a 82-e 92-d 
3-c 13-e 23-d 33-a 43-c 53-c 63-c 73-e 83-c 93-e 
4-b 14-c 24-a 34-a 44-e 54-d 64-a 74-a 84-e 94-a 
5-d 15-d 25-b 35-c 45-a 55-d 65-b 75-d 85-e 95-e 
6-e 16-d 26-d 36-b 46-c 56-c 66-d 76-c 86-d 96-e 
7-e 17-a 27-c 37-b 47-e 57-b 67-c 77-a 87-e 97-c 
8-e 18-e 28-d 38-d 48-a 58-a 68-c 78-c 88-c 98-a 
9-a 19-b 29-e 39-e 49-e 59-d 69-c 79-b 89-e 99-b 
10-a 20-c 30-a 40-c 50-b 60-e 70-e 80-e 90-c 100-d

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