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O Ministério Público ofereceu denúncia contra João da Silva, imputando-lhe a prática do crime de roubo simples (art. 157, caput, do CP), pelo fato de ter subtraído o celular de uma vítima mediante ameaça verbal. A denúncia foi recebida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Villa Nova, e, na mesma decisão, a magistrada determinou a citação por mandado. Ocorre que o oficial de justiça certificou que não encontrou o acusado no endereço, e, após apenas uma diligência, certificou “mudança de endereço”. A juíza, então, determinou a citação por edital, sem exigir novas tentativas, sem intimar a defesa dativa, e suspendeu o processo e o curso da prescrição (art. 366 do CPP). Com a suspensão, João não pôde propor acordo de não persecução penal (ANPP) nem tampouco exercer qualquer direito de defesa. A Defensoria Pública, designada posteriormente para atuar no caso, verificou que não houve esgotamento dos meios de localização do réu, e que a citação por edital foi prematura, tornando nula a suspensão do processo. Além disso, após a suspensão, a magistrada decretou a prisão preventiva de João, sob o fundamento genérico de
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Fernanda Diniz

há 2 semanas

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há 2 semanas

A situação apresentada envolve diversos aspectos do processo penal, especialmente no que diz respeito à citação do réu e à suspensão do processo. A citação por edital é uma medida que deve ser utilizada apenas quando esgotados todos os meios de localização do réu. No caso, a juíza determinou a citação por edital sem exigir novas tentativas de localização, o que pode ser considerado uma irregularidade. Além disso, a suspensão do processo e do curso da prescrição, conforme o artigo 366 do CPP, também se torna nula se a citação foi feita de forma inadequada. Portanto, a Defensoria Pública está correta ao afirmar que a citação por edital foi prematura e que a suspensão do processo é nula. Isso implica que João não deveria ter sua defesa cerceada e que a prisão preventiva decretada sob fundamentos genéricos pode ser questionada. Se você tiver uma pergunta específica sobre essa situação ou se houver alternativas para escolher, por favor, forneça-as para que eu possa ajudar de forma mais precisa!

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Fernanda Diniz

há 2 semanas

O Ministério Público ofereceu denúncia contra João da Silva, imputando-lhe a prática do crime de roubo simples (art. 157, caput, do CP), pelo fato de ter subtraído o celular de uma vítima mediante ameaça verbal.


A denúncia foi recebida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Villa Nova, e, na mesma decisão, a magistrada determinou a citação por mandado.


Ocorre que o oficial de justiça certificou que não encontrou o acusado no endereço, e, após apenas uma diligência, certificou “mudança de endereço”. A juíza, então, determinou a citação por edital, sem exigir novas tentativas, sem intimar a defesa dativa, e suspendeu o processo e o curso da prescrição (art. 366 do CPP).


Com a suspensão, João não pôde propor acordo de não persecução penal (ANPP) nem tampouco exercer qualquer direito de defesa. A Defensoria Pública, designada posteriormente para atuar no caso, verificou que não houve esgotamento dos meios de localização do réu, e que a citação por edital foi prematura, tornando nula a suspensão do processo.


Além disso, após a suspensão, a magistrada decretou a prisão preventiva de João, sob o fundamento genérico de “garantia da ordem pública”, sem indicar elementos concretos e sem representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público, decretando a prisão de ofício, mesmo após a vigência da Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime).


João está foragido, mas teme ser preso a qualquer momento. A Defensoria pretende restabelecer sua liberdade e anular os atos decisórios que determinaram a citação por edital e a posterior prisão.


Na qualidade de advogado(a), redija a peça cabível, contendo:

– Endereçamento;

– Exposição dos fatos;

– Fundamentação jurídica;

– Pedido;

– Fechamento.

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Renata oliveira

há 2 semanas

HABEAS CORPUS




Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ____

João da Silva, brasileiro, estado civil ____, profissão ____, atualmente em local incerto e não sabido, doravante denominado PACIENTE, por intermédio da Defensoria Pública / advogado(a) que subscreve, com fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e nos artigos 647 e seguintes do Código de Processo Penal, vem, respeitosamente, impetrar o presente

HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

em face de ato ilegal praticado pela MM. Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Villa Nova, apontada como AUTORIDADE COATORA, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I – DOS FATOS

O Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor do paciente, imputando-lhe a prática do crime de roubo simples, previsto no artigo 157, caput, do Código Penal, sob a alegação de que teria subtraído aparelho celular da vítima mediante ameaça verbal.

A denúncia foi regularmente recebida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Villa Nova, ocasião em que a magistrada determinou a citação do acusado por mandado. Todavia, o oficial de justiça certificou que não localizou o paciente no endereço informado, limitando-se a realizar apenas uma diligência, concluindo, de forma genérica, pela “mudança de endereço”.

Mesmo sem o esgotamento dos meios de localização do réu, e sem determinar novas diligências ou a intimação da defesa dativa, a magistrada determinou a citação por edital e, na mesma decisão, suspendeu o processo e o curso do prazo prescricional, com fundamento no artigo 366 do Código de Processo Penal.

Em razão da suspensão do feito, o paciente foi privado de exercer o contraditório e a ampla defesa, bem como ficou impedido de avaliar a possibilidade de celebração de Acordo de Não Persecução Penal, direito subjetivo previsto no artigo 28-A do Código de Processo Penal.

Posteriormente, já durante a suspensão do processo, a autoridade coatora decretou a prisão preventiva do paciente, sob o fundamento genérico de garantia da ordem pública, sem indicar elementos concretos que justificassem a medida extrema, e, ainda, decretando a prisão de ofício, sem prévia representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público.

O paciente encontra-se em liberdade, porém na iminência de sofrer constrangimento ilegal, diante da existência de decreto prisional manifestamente nulo, motivo pelo qual se impetra o presente writ.

II – DO DIREITO

A citação por edital constitui medida excepcional, somente admitida quando esgotados todos os meios razoáveis para a localização do acusado. No caso concreto, houve apenas uma tentativa de citação pessoal, o que revela a absoluta prematuridade da citação ficta, tornando nula a decisão que determinou a suspensão do processo e do curso da prescrição.

A jurisprudência pacífica dos tribunais superiores entende que a ausência de diligências efetivas para localização do réu impede a aplicaç

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