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MANUAL DO PROFESSOR 4Ensino Fundamental - Anos Inic iais Component e: Arte ARTE SOLANGE UTUA RI PASCOAL FERRA RI CARLOS KATER BRUNO FISCHER Ensino Fundam ental - A nos Iniciais ARTE 4 9 7 8 6 5 5 7 4 2 4 8 2 7 ISBN 978-65-5742-482-7 C om ponente: A rte 013 0 P 23 01 02 000 06 0 CÓ DI GO D A CO LE ÇÃ O PN LD 2 02 3 • O BJ ET O 1 M at er ia l d e di vu lg aç ão Ve rs ão su bm et id a à av al ia çã o D2-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol4-DIVULGA.indd All PagesD2-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol4-DIVULGA.indd All Pages 26/04/22 00:0026/04/22 00:00 1a edição, São Paulo, 2021 MANUAL DO PROFESSOR Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 4ARTE SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI Educadora, escritora e artista visual. Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura (Mackenzie-SP), mestre em Artes Visuais (Unesp-SP) e licenciada em Educação Artística (UMC-SP), com especialização em Antropologia (FESPSP) e em Arte-Educação (USP-SP). É ilustradora, autora de livros didáticos e de propostas para a formação de educadores. Também atua na assessoria de projetos educativos e culturais e em atualização e implantação de currículos em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. PASCOAL FERNANDO FERRARI Educador, escritor, ator e diretor teatral. Mestre em Ensino de Ciências (Unicsul-SP), licenciado em Pedagogia (Unicastelo-SP) e em Psicologia (UBC-SP), com especialização em Sociologia (FESPSP). É autor de diversos livros de Arte, com foco na linguagem teatral. Também é assessor em propostas curriculares, pesquisador e docente universitário na área de teatro. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. CARLOS ELIAS KATER Educador, musicólogo e compositor. Doutor em História da Música e Musicologia pela Universidade de Paris IV (Sorbonne) e professor titular pela Escola de Música da UFMG. Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem). É membro permanente do Conselho Assessor da Cátedra Livre de Pensamento Pedagógico Musical Latino-Americano (Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires), conferencista, consultor e autor de publicações sobre Musicologia e Educação Musical Contemporânea. Sua produção já recebeu indicação ao Prêmio Jabuti. BRUNO FISCHER DIMARCH Educador, escritor, dançarino e artista multimídia. Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e licenciado em Educação Artística (Famosp-SP). Foi professor em escolas públicas e privadas e em universidades. Atuou como técnico e assessor em Secretarias de Educação e como coordenador de ensino a distância na Fundação Bienal de São Paulo. Foi consultor pedagógico na TV Cultura de São Paulo e educador em ações de formação continuada de professores. Sua produção já foi indicada ao Prêmio Jabuti. D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1 12/08/21 09:0012/08/21 09:00 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 4o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Claudia Marianno Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Bentinho, Bruna Assis Brasil, Bruna Ishihara, Claudia Marianno, Cibele Queiroz, David/Giz de Cera, Ichioka/Giz de Cera, Ideário Lab, Luiz Lentini, Manzi, Milton Rodrigues Alves, Paulo Cesar Pereira, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Tel Coelho/Giz de Cera, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 4º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-481-0 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-482-7 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-491-9 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-492-6 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72364 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2 12/08/21 09:0012/08/21 09:00 A arte em toda a sua história mostra a capacidade humana de inventar e misturar dife- rentes linguagens e de buscar novas formas de expressão e de investigação do mundo. A produção da arte está sempre conectada a seu tempo e a contextos socioculturais. Partimos da premissa de que faz parte do desenvolvimento dos estudantes, como cidadãos e seres de cultura, conhecer arte e desenvolver competências e habilidades estéticas e artísticas. Neste Manual do Professor, procuramos expor aos professores as proposições peda- gógicas e os fundamentos para a caminhada de ensinar e aprender Arte. Este material, destinado aos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), constitui, em conjunto com o Livro do Estudante, um instrumento organizado para o ensino das linguagens artísticas, criando possibilidades interessantes de investigação em vários campos concei- tuais da Arte e da Cultura. O Livro do Estudante apresenta rico material visual e textual como oportunidade para fruição, leitura e construção de hipóteses interpretativas por meio de textos verbais e vi- suais. Trazemos diversas propostas que contemplam o fazer artístico – fruição e leitura de imagens, estudos e pesquisas, contextualizações e percepções sensoriais – com o objetivo de tornar os estudantes protagonistas de sua aprendizagem. Para auxiliar o trabalho do professor, respeitando o momento de alfabetização e o processo de conquista da leitura e da escrita em que os estudantes estão mergulhados, a coleção propõe momentos de lei- tura e interpretação de textos poéticos selecionados da literatura ou criados pelos auto- res. Além disso, traz ideias e proposições para a avalição formativa com foco no processo de aprender e se expressar pela arte. Como uma bússola, em meio às inúmeras escolhas e aos recortes de conteúdo na apren- dizagem de Arte, esta coleção indica caminhos possíveis e o professor, mediador do pro- cesso de ensino e aprendizagem, decidirá como os seguirá emsua viagem pedagógica estésica. Essa orientação também aponta para mais escolhas de caminhos quando sugere diferentes publicações, impressas ou digitais, para consulta e pesquisa, ampliando os co- nhecimentos sobre Arte e Cultura. Tendo em foco o respeito pela autonomia e pela autoria do trabalho pedagógico do educador no processo de ensino e aprendizagem de Arte, convidamos você a trilhar per- cursos criativos, poéticos, estésicos e educativos que se propõem lúdicos, sensíveis e signi- ficativos a quem por eles cruzar. Estudante, professor ou familiar, todos seguimos juntos na aventura de sermos aprendizes de Arte. Assim, fazemos um convite a você, professor: vamos caminhar pelo universo da Arte? Os autores APRESENTAÇÃO D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3 10/08/21 09:4510/08/21 09:45 1. ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE ......................................V 1.1. Convite para trilhar os percursos no ensino de Arte .................. V 1.2. Experiências e proposições .......................................................... VII 1.3. Escolhas e caminhos para um currículo de Arte ....................... XII 1.4. Abordagens conceituais e metodológicas para o ensino de Arte .........................................................................XXI 1.5. Faça seu próprio caminho! .......................................................XXIII 1.6. Avaliação, registros e sonhos pedagógicos .......................... XXIV 2. EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 4o ANO ....................................................XXVI 3. MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM ................ XXVIII 4. TEXTOS COMPLEMENTARES ....................................... XXXII 5. REFERÊNCIAS COMENTADAS ........................................... XL 6. CONHEÇA SEU MANUAL ..................................................XLVI 7. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O 4o ANO ..................1 Você já viu? ............................................................................................6 Unidade 1 • Criação em grupo ..............................................................8 Unidade 2 • Esta arte é nossa! .............................................................60 O que aprendi neste ano ....................................................................110 SUMÁRIO PA RT E IN TR O D U TÓ RI A D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4 12/08/21 09:0112/08/21 09:01 M on ke y Bu si ne ss Im ag es /S hu tt er st oc k. co m V ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE 1 1.1. CONVITE PARA TRILHAR OS PERCURSOS NO ENSINO DE ARTE Poucos fenômenos são tão difíceis de definir quanto a arte. Uma das razões dessa dificuldade provém do fato de que a arte é uma produção histórica. Isso significa que não existe uma defi- nição universal que dê conta de todas as variações da criação artística no tempo e no espaço. (SANTAELLA, 2012, p. 26) A arte está sempre em transformação. Não existe uma definição fechada ou universal para o que é ou para o que serve, mas podemos criar ideias moventes sobre ela. Nesse sentido, podemos dizer que arte é linguagem, conhecimen- to e percepção de um mundo culturalmente vivido. É pensar, sentir, pronunciar as coisas. A arte pode ser explicada pela Ciência e pela História e sentida pela existência humana. Ela nos ensina a viver com intensidade as múltiplas formas de manifestação de sensações e sentimentos, a encontrar prazer na vida e a compreender a existência humana em sua plenitude. Assim, ensinar Arte é abrir caminhos para aprender a interpretar o mundo. À medida que ensinamos, também aprendemos a interpretar o mundo por meio da arte. Na construção de interpretações, educador, estudantes e familiares descobrem possibilidades de expressão e podem experimentá-las. Outras ideias sobre a arte também são válidas, como dizer que se trata de uma atividade humana ligada a mani- festações estésicas e estéticas realizadas com base naquilo que percebemos, sentimos e pensamos e que os artistas, produtores de arte, criam com a intencionalidade de despertar nos apreciadores/espectadores o interesse pelo trabalho artístico. Entretanto, muitos, assim como Santaella (2012, p. 26), concordam que há múltiplos significados para o sen- tido da arte. Ao perguntar qual é o sentido do ensino de Arte na escola, podemos refletir que a arte é uma atividade e um produto cultural essencial para o ser humano, por isso sua presença na escola é tão importante. Sem ela, o desen- volvimento de muitas competências e habilidades jamais seria alcançado. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VI Outra questão também pode estar presente em nossas reflexões: como os estudantes criam suas expressões criativas e poéticas no encontro com a arte, por meio da fruição, do fazer artístico, das contextualizações, dos es- tudos e das pesquisas? Ao pensar sobre o ensino de Arte, devemos considerar que a interpretação de mundo das crianças de hoje é bem diferente daquela de quando éramos crianças. Quais eram nossos sonhos e desejos? O que gostávamos de aprender? Como aprendíamos? Que imagens, sons, gestos e movimentos percebíamos? Mesmo considerando as diferenças entre tempos e contextos, essa volta ao passado, em exercício de memória, deixa-nos mais sensíveis para compreender a criança, especialmente seus desejos e seus direitos. Ao ensinar Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é preciso compreender o universo infantil e valorizar a curiosidade e o desejo de saber que as crianças possuem. É necessário estimular o processo de criação, produção e expressão artística delas e propor encontros significativos com a arte, de modo a deixar sempre um “gostinho de quero mais”. A curiosida- de e o sentimento de aventura pelo saber abrem possibilidades de expressão. Assim, são importantes os desafios que estimulam os estudantes a investigar muitas linguagens e a construir, por meio da arte, novos discursos que representem sua visão e sua percepção de mundo. Que escolhas fazer? Que caminhos seguir? Assim como um poeta que, entre as muitas palavras existentes, escolhe apenas algumas para criar seus versos e suas rimas, o professor de Arte tem à sua frente um vasto acervo de produções artísticas e manifestações culturais que podem fazer parte de um percurso de ensino e aprendizagem. Neste ponto, é importante esclarecer que o componente curricular Arte está em mudança constante, por se tratar de uma área que se transforma a cada dia. Por isso, existem muitas escolhas e caminhos a seguir. O professor de Arte pode eleger quais produções, temas e proposições pedagógicas são mais pertinentes diante da história, da formação, do repertório e da intenção pedagógica que traz consigo, levando em consideração também o que é importante para os estudantes. Ao fazer essas escolhas, é interessante que o educador tenha a preocupação de ser um propositor e criar processos de ensino e aprendizagem emancipadores e significativos para os estudantes. Nesta coleção, baseamos as escolhas e os caminhos elencando produções artísticas e culturais que possam ser ins- tigantes para o estudo das linguagens artísticas (artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas) e situações de aprendizagem que possam desenvolver competências e habilidades diante das dimensões e dos objetos de conheci- mento e diante dos direitos de aprendizagem das crianças garantidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que nos apresenta diretrizes norteadoras. A coleção também se fundamenta na Política Nacional de Alfabetização (PNA). São escolhas e caminhos cuja premissa é que a experiência com a Arte seja, tanto para os estudantes quanto para o educador e os familiares, uma aventura repleta de experimentações, com ênfase na curiosidade, na alegria e nas descobertas: uma arte-aventura!Embora o ensino de Arte seja flexível e movente na coleção, a cada ano, unidade, capítulo e tema são propostos estudos que dão ritmo de progressão e conquistas do conhecimento em Arte e desenvolvimento de competências e ha- bilidades. No 1o ano, a preocupação é enfatizar a alfabetização nas diferentes linguagens, com foco no conhecimento e no uso de elementos constitutivos de linguagem. No 2o ano, o foco é a materialidade, explorando o conhecimento de como a arte é feita e sustentada por diferentes materiais e recursos. No 3o ano, a ênfase é no processo de criação de artistas e dos próprios estudantes, explorando ideias de trabalho colaborativo e poéticas pessoais. Já no 4o ano as propostas exploram estudos sobre o patrimônio cultural brasileiro e nossas matrizes culturais. No 5o ano, são abordadas as linguagens artísticas, ampliando os estudos sobre a arte contemporânea e suas tecnologias. Ao longo da coleção, buscamos sempre respeitar uma estrutura de pensamento pedagógico que busca crescer por caminhos nutridos pela inteligência, por encontros significativos com a arte, pela afetividade e pela ludicidade que o processo do trabalho com crianças exige. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Pr os to ck -s tu di o/ Sh ut te rs to ck .c om VII 1.2. EXPERIÊNCIAS E PROPOSIÇÕES É experiência aquilo que “nos passa”, ou que nos toca, ou que nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está, portanto, aberto à sua própria transformação. (BONDÍA, 2002, p. 25-26) A filosofia explica a palavra experiência como percepções e saberes que construímos por meio dos sentidos, muitas vezes vividos com sensações de travessia e perigo. Se prestarmos mais atenção, percebemos que todos os dias muitas coisas nos acontecem, mas nem todas nos tocam. Quando algo nos toca, nos afeta, isso pode representar uma expe- riência significativa. O educador contemporâneo, o professor-propositor, pode se constituir pela formação/ação/reflexão, sem ordem definida entre estas, e também por uma experiência vivida. Nesse sentido, experiência é aquela condição especial que “’nos passa’, ou que nos toca, ou que nos acontece”, como expressa Jorge Larrosa Bondía (2002, p. 25-26). Entender arte como conhecimento e linguagem que dialogam com outros saberes e sistemas de linguagem, materialidades, sentimentos, ambientes, tempos, lugares, pessoas, poéticas, entre outros, é um fator importante na concepção con- temporânea de arte-educação. A ideia de “proposição pedagógica” para o ensino de Arte está ligada ao desafio de buscar uma poética pessoal de aprender e ensinar Arte. Trata-se de uma postura pedagógica em que o professor, mesmo tendo como referência um material didático, também reflete e toma decisões que resultam em escolhas autônomas e pensadas para compartilhar com aprendizes de Arte, sempre tendo em vista as necessidades e a realidade dos estudantes. Professores, profissionais que são autores dos seus projetos pedagógicos, uma vez que criam situações de aprendizagem, realizam mediações culturais e curadorias educativas (seleção de imagens, músicas e cenas de espetáculos, por exemplo), de modo a ex- pandir o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes; preparam ambiências criadoras (espaços de criação) para o fazer artístico; ampliam saberes por meio de pesquisas e contextualizações; proporcionam momentos de nutrição estética na apreciação da arte; buscam embasamento teórico nos fundamentos da Arte e da Educação, entre outras ações educativas e de busca de formação constante. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VIII COMO NASCE A IDEIA DE PROFESSOR-PROPOSITOR? A arte propositiva nasce da iniciativa de artistas como Lygia Clark (1920-1988), que dizia que a arte deveria se mover do lugar de contemplação para o de participação; deveria convidar o apreciador a superar o lugar passivo e expandi-lo em atitude ativa, participando ou vivenciando o processo de criação com o artista. Segundo Clark (apud DUNN, 2008, p. 143), para que a arte de nosso tempo tivesse maior sentido, era preciso ser um “artista-propositor”, um “molde”. Assim, o apreciador em sua experiência e sua existência poderia ser “o sopro” que preencheria o “interior desse molde”. Do universo da “arte” para o ensino e a aprendizagem da “arte”, a ideia de artista-propositor expande-se para a de “professor-propositor”, de acordo com pesquisas e publicações das educadoras Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque (2007), ao tratar do professor-pesquisador, “escavador de sentidos”, e da proposição pedagógica no ensino de Arte. Mas o que isso significa? A ideia de “professor-propositor” implica oportunidade para expressar e ativar repertórios culturais; para reconhecer e respeitar lugares de fala (RIBEIRO, 2017), valorizando também a escuta; e para construir espaços para, com liberdade, escolher caminhos nos quais os estudantes possam estar presentes de forma ativa, como protagonistas de seu processo de construção de saberes, de leitura de mundo e de subjetividade. Um professor-pro- positor é pesquisador porque tem sede de saberes; é sensível porque tem desejo por viver e oportunizar ao outro mais experiências estéticas. Ser professor-propositor é escolher e trilhar caminhos, é construir sentidos na vida pedagógica e na atuação no ensino de Arte. Ao propor encontros entre a arte e os estudantes, não é um “explicador” (RANCIÈRE, 2002), mas sabe perguntar, provocar pensamentos, conversações, construção de hipóteses interpretativas e argumen- tos, diante do encontro, da experiência. Com base nessas ideias, convidamos o professor que atua no ensino de Arte a pensar para além do ato de “dar uma aula”. Fazemos o convite para que reflita conosco sobre a criação de percursos criativos, poéticos, estésicos e educati- vos, em que o estado de dúvida e o prazer pela experiência sejam ventos para pensamentos moventes. ⊲ O PROFESSOR CRIADOR DE SITUAÇÕES E AMBIÊNCIAS Ainda sobre o professor-propositor, gostaríamos de trazer a provocação para pensar a dimensão criadora e estésica da vida pedagógica. A BNCC (BRASIL, 2018, p. 194) apresenta a “criação” como o “fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem”. Trata-se de uma dimensão de conhecimento em que se pode “apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, nego- ciações e inquietações”. Já a palavra estesia é citada como uma dimensão do conhecimento que está no campo da “experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais”. O texto ainda realça que essa dimensão “articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo”. Outras dimensões de conhecimento são citadas na BNCC (BRASIL, 2018, p. 194-195) como essenciais para o processo de ensino e aprendizagem em Arte, como a crítica, a expressão, a fruição e a reflexão. Trazemos a reflexão de que, para viver um percurso “criativo, poético, estésico e educativo”, é preciso prever várias situações de aprendizagem, e estas devem ser vividas em um tempo e em um espaço. As ambiências criadora e educadora podem ser ocupadas com vivências em diferentes situações de aprendizagem. A expressão situação de aprendizagem nasce da reflexão de vários autores, como José Carlos Libâneo (2008), e re- fere-se às situações didáticas, momentos educativos, como pontos fundamentais para uma aprendizagem com sentido para os estudantes. Não se trata apenas de realizar uma “atividade” de modo mecânico, mas de vivenciar experiências, como participar de rodas de conversa e de momentos de nutrição estética (SÃO PAULO, 2008), em ambiências criado- ras e educadoras; de viver a “açãocriadora” e realizar investigações sensoriais, visitas culturais, pesquisas ampliadas, entre outras situações que o professor pode criar e desenvolver junto aos estudantes, ampliando as possibilidades ao convidar e envolver os familiares nelas. A expressão metodologias ativas tem base na inovação (analógica e digital), na convivência e no planejamento, pilares que funcionam como norteadores na elaboração das proposições pedagógicas em que os professores podem se basear para criar os percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos, as situações de aprendizagem, bem como as ambiências criadoras e educadoras que primam por uma “escola expandida” (LOPES; HARDAGH; VIEIRA, 2017), que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências com a arte possam acontecer. Ao proporcionar ambiências criadoras e educadoras, o professor pode ter como foco a situação de aprendizagem de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 IX “ação criadora”, por exemplo, discutindo com os estudantes tanto os próprios processos de escolha de materialidades, os processos criativos e as poéticas pessoais, como os de colegas e artistas. O professor pode criar, por exemplo, um ateliê móvel ou fixo com a participação dos estudantes e dos familiares. Um espaço pode ser criado na escola ou em casa, quando da existência de sistemas híbridos de ensino (a distância e presencial). Em outras situações de aprendiza- gem, como a nutrição estética, o professor, em conjunto com a gestão da escola, os estudantes e os familiares, pode criar ambiências para apreciar imagens, ouvir músicas, fazer contação de histórias ou assistir a vídeos (que apresentem várias linguagens, como espetáculos de dança, teatro e performances), filmes e documentários, entre outras, que possam ampliar o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes. Também podemos considerar ambiência criadora e educadora os locais frequentados nas visitas culturais, como museus, galerias, ateliês de artistas, bibliotecas, festas culturais, cinema, teatro, locais com arte pública, manifestações culturais regionais e festas populares, que podem acontecer presencial ou virtualmente. Ao citar o meio virtual, este se apresenta como potência para fazer visitas a museus e ambientes on-line que ex- pressem as linguagens artísticas e para conhecer e usar ferramentas digitais em pesquisas ampliadas que possam ser criadoras e educadoras. No entanto, tudo precisa ser estudado, escolhido, planejado e organizado para que o tempo e o espaço vividos na ambiência criativa e educadora sejam potentes e transformadores. As situações de aprendizagem e as ambiências criadoras e educadoras podem desencadear momentos para o desen- volvimento de competências e habilidades e a ampliação de repertórios e poéticas pessoais em Arte. Esperamos que o professor as expanda e complemente com o que existe e acontece na vida contemporânea, pois seu papel é também o de um propositor e dinamizador cultural. Ao longo das orientações para o professor que trazemos nesta coleção, propomos dicas de como criar situações de aprendizagem e ambiências criadoras educadoras na escola e na orientação da família. A MEDIAÇÃO E A DINAMIZAÇÃO CULTURAL O seu olhar lá fora O seu olhar no céu O seu olhar demora O seu olhar no meu O seu olhar, seu olhar melhora Melhora o meu (ANTUNES; TATIT, 1995) Entre os campos de ação potentes para o arte-educador estão a mediação e a dinamização cultural, que propõem estudos e diálogos entre os universos da arte, do mediador e do fruidor, sendo expansivas à família. A dinamização cultural também se amplia para além dos muros da escola e traz proposições aos estudantes para que alcem voos e se relacionem com seu meio fora da escola. Assim, mediação e dinamização cultural incentivam também o educador a ter a preocupação de como apresentar as produções artísticas para os estudantes e a investigar como a arte afeta as pessoas, estimulando-o a ser um mediador, dinamizador entre a arte e o público (estudantes e familiares). A mediação cultural não é um lugar para explicações ou “verdades” sobre as produções artísticas, mas um espaço de conversação, oportunidade para provocar construção de hipóteses interpretativas e trocas de ideias. Ações mediadoras no encontro com arte podem expandir modos de fruição, apreciação e leitura de imagens em que “um olhar” pode provocar e ampliar o “olhar do outro”. Essas ações também podem acontecer na fruição de várias linguagens da arte, como na escuta sensível e atenta de sons e músicas, na audiência de filmes, vídeos ou espetáculos de dança, teatro, performances e outras linguagens. São oportunidades para criar momentos de mediação e dinamização cultural na apreciação artística, seja no espaço escolar, na sugestão de momentos de nutrição estética em família ou ainda na vivência em instituições artísticas culturais por meio de visitas culturais (presencias e virtuais). Quando pensamos na literacia familiar, o professor de Arte tem muito a contribuir, indicando produções artísticas e culturais, orientando ações mediadoras para atividades em família – como ouvir músicas e cantar, ler textos literários, poemas –, disponibilizados, por exemplo, pelo Ministério da Educação no programa Conta pra mim (BRASIL, 2019b) e em um dos materiais que o compõem, o Canta pra mim (BRASIL, 2019a). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 X O professor pode, ainda, criar modos lúdicos para contar histórias e brincar com os estudantes em jogos teatrais, movi- mentos dançados, brincadeiras cantadas, jogos de mãos e outros jogos lúdicos tradicionais da cultura infantil. Também é possível orientar os familiares quanto a imagens, músicas, vídeos e filmes interessantes para serem apreciados juntos e gerar conversas com as crianças em momentos de nutrição estética em família, em casa, com base no que está acon- tecendo na sala de aula, em cada tempo e projeto didático de Arte vivido pela turma. Essas ações são importantes para que os estudantes vivenciem experiências com a arte tanto na escola como fora dela, conversando com os colegas sobre o que estão aprendendo em Arte. O professor-propositor, mediador e dinamizador, também pode orientar os familiares a acessar produtos e produções artísticas e culturais on-line, como shows musicais, vídeos sobre arte em geral, espetáculos de dança e de teatro, contação de histórias e visitas a museus virtuais. Nesta coleção, damos várias sugestões ao longo das orientações para o professor. Ao apresentar a obra de um artista ou de um grupo de artistas para os estudantes, na escola ou em momentos com- partilhados com os familiares, podemos ter várias intenções pedagógicas: mostrar a diversidade de produções artísticas criadas ao longo da História da Arte; comparar duas ou mais linguagens (produções artísticas); apresentar como diferen- tes artistas, em épocas distintas, fazem suas escolhas nas linguagens em que atuam e esclarecer o papel dos elementos constitutivos de cada linguagem, as materialidades e os temas usados como parte do processo de criação de cada artista. Assim como o professor-propositor criador, a presença do professor mediador e dinamizador é muito importante no processo de ensino e aprendizagem de Arte. Dentro de um percurso criativo, poético, estésico e educativo, podemos estabelecer situações de aprendizagem significativas no encontro com a arte, mas é preciso pensar e preparar esses en- contros, ir além do comum e proporcionar experiências provocativas para os estudantes. O professor mediador e dina- mizador pode provocar conversas com eles sobre o que estão aprendendo e a importância de escutar o outro, valorizar o lugar de fala de cada núcleo familiar, sempre orientando e ampliando possibilidades, para que experiências estéticas e significativasaconteçam. Proposições que vão muito além de explicações sobre as obras de arte, pois transformam-se em diálogos, em espaço livre para a imaginação, a interpretação e a conversação. CURADORIA EDUCATIVA: VISÕES DE MUNDO E ESCOLHAS DE CAMINHOS Aliado ao trabalho do professor-propositor mediador, também trazemos a importância do professor-curador. O termo curador tem ligação com os termos curar, cuidar. No contexto de criação de situações de aprendizagem em Arte, remete-nos à função de escolher imagens em artes visuais e em outras linguagens que possam ampliar sabe- res sobre determinado tema ou conceito. Vamos analisar mais um pouco o papel de um curador? Nos espaços museo- lógicos, o curador é aquele que cria a concepção da exposição e gerencia a organização, buscando qualidade estética e formas de apresentar as obras, estabelecendo relações entre as criações ali expostas e possíveis recepções, fruições e interpretações do público. Hoje, o curador também pode acompanhar o trabalho do setor educativo, contribuindo em projetos colaborativos de curadoria educativa. No universo do ensino de Arte, o curador educativo é aquele que escolhe um conjunto de imagens com uma in- tenção pedagógica. Nesses momentos de mediação cultural, podemos apresentar vídeos de espetáculos de dança, de teatro; áudios de músicas e imagens que mostrem a produção de artistas de diferentes linguagens e contextos culturais (grupos étnicos, comunidades indígenas, africanas e afrodescendentes ou, ainda, manifestações populares, patrimônios culturais materiais e imateriais, entre outras possibilidades). Para esta coleção de Arte, fizemos uma sele- ção cuidadosa de imagens, poemas, músicas e cenas de espetáculos de dança, de teatro e de linguagens integradas, registros de manifestações regionais e de patrimônios culturais, um acervo que pode ser ampliado de acordo com o projeto da escola ou o contexto cultural local. Essas são algumas pistas para a construção de projetos em proposições pedagógicas e mediação cultural. No entanto, cada educador tem sua história, seu repertório cultural, sua trajetória profissional e seus caminhos para trilhar em suas descobertas como professor-propositor, criador, mediador, dinami- zador e curador. As imagens apresentadas no decorrer desta coleção têm como principal proposta a situação de aprendizagem de nutrição estética, que são momentos de leitura e apreciação de imagens. Para compreender melhor essa situação de aprendizagem, vamos refletir sobre nossas experiências. A cada momento podemos apreciar uma música, uma ima- gem, um gesto ou um movimento, mas, quando o professor sistematiza em uma proposição pedagógica o encontro D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Li de rin a/ Sh ut te rs to ck .c om XI com a arte, seja com qual linguagem for (música, artes visuais, teatro, dança ou em linguagens integradas), ele oportu- niza conhecer arte “alimentando-se” de arte, amplia repertórios culturais e oportunidades de encontros significativos com a arte. Essa situação de aprendizagem não está restrita ao ensino de Arte; professores de diferentes áreas de conhecimento podem fazer uso da nutrição estética com momentos de fruição, apreciação e interpretação de obras artísticas. Esses encontros também alimentam a percepção de arte que pode estar interligada a outros saberes e temas quando ampliamos visões e atitudes pedagógicas interdisciplinares e transdisciplinares. Em meio a tantas produções artísticas, o que escolher trazer para os momentos de nutrição estética? Podemos olhar para alguns aspectos fundamentais no momento de fazer escolhas em nossas curadorias, como observar o contexto dos estudantes; identificar quais são suas necessidades; valorizar a cultura local e familiar e selecionar o que do global é pertinente apresentar a eles. Também é importante mostrar produções que valorizam nossas matrizes culturais e as urgências socioculturais, garantidas em leis, e outras que devem ser debatidas no contexto escolar. Para garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como o acesso à escola e a permanência nela, temas como as culturas afro-brasileiras e indígenas e a formação étnica e cultural tornaram-se objetos de debate no campo das políticas educacionais no Brasil. A Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96), tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena – foram criadas com o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Essas leis determinam que os conteúdos de história das culturas afro-brasileiras e indígenas sejam trabalhados no contexto de todo o currículo escolar, em especial no âmbito do componente curricular Arte (por meio de diferentes linguagens e situações de aprendizagem), Literatura e História do Brasil, como parte do processo de reconhecimento, respeito e apoio à conquista e à garantia de direitos para essas populações, bem como da valorização de suas diversas expressões artísticas e socioculturais. Percebe-se, assim, como o tema diversidade cultural torna-se cada vez mais presente no campo educacional e desa- fia políticos, gestores escolares e professores a organizar o conhecimento por meio de um currículo que contemple a história e as culturas africanas e indígenas, superando a hegemônica influência da matriz cultural europeia. Assim, temas que são tratados na sociedade podem ser trazidos para os momentos de nutrição estética por meio de produções artísticas selecionadas, tendo como base uma análise cuidadosa do professor e permitindo aos estudantes o direito de “ser criança”, podendo vivenciar a cultura infantil. Nesta coleção, tivemos o cuidado de selecionar textos visuais (imagens) e textos verbais com base nessas preocupações, que podem ser ampliadas pelo professor, porque, segundo Martins, Picosque e Guerra (2010, p. 12), a “arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber”. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XII 1.3. ESCOLHAS E CAMINHOS PARA UM CURRÍCULO DE ARTE Sabemos que o Brasil é um grande país, diverso em sua cultura e arte. Então, qual é o sentido de termos um currí- culo em Arte? Mesmo em nossa diversidade, é importante que possamos construir uma identidade como nação justa e democrática e que direitos, princípios educacionais, competências e habilidades sejam garantidos a todos os educandos em diversos níveis escolares. É preciso, ainda, observar as manifestações artísticas e culturais regionais. Além disso, preocupamo-nos com a construção de um currículo em Arte que colabore com políticas de alfabetiza- ção. Em 2019, foi instituído pelo governo federal a Política Nacional de Alfabetização (PNA – Decreto no 9.765, de 11 de abril de 2019), o que trouxe uma série de desafios e novas abordagens que contribuíram para o aprofundamento da alfabetização no Brasil. Entre os novos conceitos trazidos pela PNA estão a literacia e a numeracia. A literacia divide-se em três etapas que se sobrepõem ao longo do desenvolvimento dos estudantes nos nove anos do Ensino Fundamental: a literacia básica, a literacia intermediária e a literacia disciplinar. A primeira etapa está ligada à alfabetização e também a todos os processos de leitura relacionados a ela. Existe um esforço de instrumentalizar os estudantes para que possam ler e desenvolver hábitos de leitura que fortaleçam sua capacidade leitora. Nesse contexto, está presente a literacia familiar, que é um conjunto de práticas que envolvem o mundo para além da sala de aula, com as famílias, nas comunidades,enfim, na sociedade. A segunda etapa, a literacia intermediária, é o aprofundamento da primeira, pois os estudantes podem desenvolver habilidades e estratégias gerais e variadas para abordar textos de diversos gêneros. Há uma preocupação com a cons- trução do vocabulário, o que exige conhecimento do significado e da ortografia de palavras de uso comum; a leitura oral fluente é também bastante importante. Já a literacia disciplinar, que representa a terceira etapa, está relacionada aos anos finais do Ensino Fundamental. Ela está inserida no contexto de cada uma das áreas de conhecimento: Mate- mática, Arte, Geografia etc. Como essa etapa foge ao escopo dos anos iniciais, acredita-se que seja parte do trabalho do material didático da primeira etapa do Ensino Fundamental construir as bases para o desenvolvimento dessa literacia de terceira ordem, mais especializada. Nas duas primeiras etapas, não há uma clara especialização dos componentes curriculares de cada área de conhecimento. Depreende-se disso que o foco do trabalho de alfabetização está a cargo do componente Língua Portuguesa. No entanto, as outras áreas de conhecimento, sobretudo aquelas ligadas à área de Linguagens, como Arte, podem contribuir oferecendo leituras de textos não verbais por ações de mediação e dinamização cultural, e criar momentos para a nutrição estética com a fruição e a leitura de imagens fixas (desenho, pintura, gravura, fotografia, entre outras) e em movimento (cinema, animação, vídeos, videodança, videoinstalação, entre outras), no contexto das obras artísticas e de outras imagens e símbolos visuais presentes no cotidiano da criança. Distin- guir símbolos e letras é essencial para a alfabetização de primeira hora. Nesse sentido, propor aos estudantes e aos familiares momentos de nutrição estética com linguagens sonoras e corporais, oportunidades de fruição e leitura pela mediação e pela dinamização cultural, que podem acontecer na escola ou com a família, explorando a escuta sensível de sonoridades (por exemplo, a percepção de parâmetros do som, paisagem sonora, fontes sonoras) e músicas, assim como a percepção de movimentos cotidianos e dançados, gestos e expressões corporais e fisio- nômicas, fruição de espetáculos de música, teatro, dança, performance, artes circenses, entre outras linguagens, presencial e virtualmente, é uma atitude que ajuda a criança a perceber os elementos constitutivos e a elaboração de hipóteses interpretativas sobre diferentes linguagens verbais e não verbais e que auxiliam na percepção e no estabelecimento das relações de sentido entre imagens, sons, gestos e movimentos, e símbolos e palavras em gêneros textuais do cotidiano. Ainda sobre a participação da arte no processo de alfabetização, compreendemos a literatura como produção criati- va, poética, estésica e estética, portanto trazemos diversos momentos de fruição, apreciação e interpretação de textos poéticos criados por grandes autores da literatura brasileira e pelos autores desta coleção, com o cuidado de realizar uma curadoria educativa e respeitar o tempo e o direito dos estudantes de “ser criança”, vivendo de modo lúdico sua infância. Também propomos práticas de literacia familiar ao sugerir modos para fazer contação de histórias, jogos teatrais, leitura de letras de canção, momentos de escuta e canto de música, leitura de poemas e produção criativa de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XIII desenhos e textos, respeitando, ainda, os vários momentos em que as crianças se encontram mergulhadas em seus processos de alfabetização. São ações que podem favorecer ambiências criadoras e educadoras propícias ao processo de alfabetização. Para Maria Regina Maluf (apud BRASIL, 2019c, p. 19), “Quando as crianças aprendem a ler e a escre- ver, elas adquirem um meio eficaz para conhecer e agir sobre o mundo à sua volta, possibilitando abertura de novos caminhos para equidade social”. O QUE DIZ A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) Esse é o documento que orienta a base curricular de todas as escolas das redes de ensino (públicas e privadas), em todos os níveis de escolarização do país. Suas diretrizes devem ser contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. Os campos de experiência e os componentes curriculares descrevem direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conhecimentos, competências e habilidades específicas de cada área e ei- xos temáticos, a fim de que o currículo de cada região do Brasil, considerando sua diversidade, seja construído. O objetivo é que os estudantes possam desenvolver competências específicas de cada área, em seus respectivos componentes curriculares, além de aprender e desenvolver habilidades em cada etapa da Educação Básica, respei- tando o tempo e a cultura de cada idade, por exemplo: o direito de ser criança e de aprender de modo lúdico e dentro do tempo e do movimento do desenvolvimento infantil; o respeito às ideias, às necessidades e às escolhas de cada estudante, tendo como foco uma educação inclusiva; o respeito ao protagonismo da criança e do jovem no processo de ensino e aprendizagem; entre outros aspectos que garantam uma educação de qualidade e um aprendizado significativo. Já na Educação Infantil, a BNCC (BRASIL, 2018, p. 41) defende a importância de o estudante “conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar”. Segundo esse documento, isso possibilitará que crianças ainda pequenas tenham diversificadas experiências com as muitas linguagens artísticas, conhecendo e criando hipóteses interpretativas de obras artísticas e de como cada linguagem pode ser criada, e conhecendo e usando elementos de linguagem e materialidades para se expressar. Ao discorrer sobre a Educação Infantil, a BNCC enfatiza a importância de viver a arte e outros saberes nos di- versos campos de experiências, como: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Assim, é importante, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que se analise, por meio de momentos de avaliação diagnóstica, o modo como os estudantes passaram por essas experiências na Educação Infantil e como elas podem ressoar no ritmo de aprendizado e desenvolvimento de competências e habilidades apresentadas. O professor também pode, em processo de avaliação formativa, usar os mais variados meios, instrumentos e práti- cas para observar e analisar como os estudantes se expressam e se desenvolvem pelo contato com as linguagens artísticas. Pode criar, por exemplo, situações de aprendizagem que explorem esses campos de experiências em momentos de fruição de imagens, escuta musical, exercícios e jogos teatrais e corporais, rodas de conversa e ação criadora em várias linguagens. Ou seja, é importante observar como os estudantes se expressam na oralidade, na conquista da escrita e em expressões gráficas (desenhos), sonoras, musicais e corporais. Ao conhecer melhor o desenvolvimento dos estudantes, suas conquistas e dificuldades, o professor pode analisar como desenvolvem competências e habilidades ao passar de um nível de ensino ao outro, estudando e avaliando quais ações pedagógicas são necessárias nos processos de ensino e aprendizagem para garantir condições favoráveis ao de- senvolvimento de autonomia dos estudantes e, assim, seguirem em seus estudos. Voltando ao que a BNCC (BRASIL, 2018, p. 193 e p. 203) expressa sobre ser um documento que “dê base” à cons- trução de um currículo em Arte para o Ensino Fundamental, preocupamo-nos em garantir que os estudantes passem por diversificadas experiências, vivenciadas em seis dimensões de conhecimentos (criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão) e em cinco unidades temáticas (compreendidas comolinguagens artísticas: artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas), e que explorem os objetos de conhecimentos tratados em cada linguagem, a fim de desenvolver as competências gerais e as específicas de Arte, bem como as 26 habilidades previstas para o ensino de Arte nos anos iniciais. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Kh ak im ul lin A le ks an dr /S hu tt er st oc k. co m XIV A PRESENÇA DAS LINGUAGENS DA ARTE Howard Gardner (1995) escreveu que as inteligências são múltiplas e expressam competências e habilidades a serem exploradas em várias linguagens. São aptidões intelectuais autônomas que devem ser desenvolvidas desde a infância. Nesta coleção, trazemos diversidade nas linguagens artísticas, que podem se manifestar nas formas visual, musical e corporal e em uma simbiose de linguagens, tornando-se linguagens híbridas ou, como citado na BNCC, artes integra- das (BRASIL, 2018, p. 197). Como os estudantes encontram as linguagens artísticas? Será por meio de uma ilustração de livro ou revista, por uma música que toca no rádio, pelo celular, pela televisão ou por outro meio? Será em uma cena de dança na rua, em uma página na internet ou em imagens de filmes ou desenhos animados? Com quais linguagens artísticas eles já tiveram contato? Como apresentar esse universo a eles? Que conceitos e ideias são importantes explorar em um projeto de arte? Essas são algumas questões a serem analisadas na proposta de um currículo de Arte. A arte não está apenas nas instituições culturais, como museus ou casas de espetáculo. A arte está na vida, faz parte dela e é nutrida por ela. Ao observar as produções dos artistas, notamos que memórias e experiências pessoais compõem pinturas, ações dramáti- cas, coreografias, músicas, textos e tantas outras criações artísticas em diferentes linguagens. Conhecer as diferentes linguagens é fundamental para compreender como a arte se manifesta nas culturas e como essa área de conhecimento pode ampliar os repertórios e a visão de mundo. Sua importância também se revela como formas de expressão poética e de comunicação disponíveis para as experimentações dos estudantes. Assim, nesta co- leção, apresentamos as linguagens artísticas tanto em seus conteúdos específicos como em conexões interdisciplinares entre as linguagens da Arte. A abordagem do ensino das linguagens artísticas pela interdisciplinaridade tem como inte- resse superar a questão da polivalência. A proposta é mostrar aos estudantes que diferentes linguagens podem dialogar por meio de objetos de conhecimento (campos, conceitos), materialidades, poéticas e intenções artísticas. Além das conexões entre os saberes presentes em diferentes linguagens artísticas, há grande potencialidade nas relações entre o componente curricular Arte e diferentes saberes do currículo escolar – Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e suas tecnologias –, bem como entre a arte e os temas contemporâneos trabalhados de forma transversal (BRASIL, 2018, p. 19). Essas relações estão presentes em várias passagens dos livros desta cole- ção, porém estão mais acentuadas na seção Diálogos do Livro do Estudante. Neste Manual do Professor, ressaltamos momentos de interdisciplinaridade por meio do boxe Articulação com.... Dessa forma, convidamos você a trilhar os caminhos da interdisciplinaridade entre as linguagens e outros saberes, a transitar por temas contemporâneos, sem perder a profundidade ao tratar de cada conteúdo específico, e a pensar a construção de conhecimento pela arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XV ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES VISUAIS No que se refere às artes visuais, a proposta desta coleção é desenvolver processos de alfabetização visual ampliados e contextualizados à cultura visual e às poéticas visuais. A alfabetização visual é uma abordagem teórica e prática na leitura. Já o estudo da imagem é abordado pela cultura visual. Esse campo de estudo da arte-educação é interdisciplinar e busca referenciais para o ensino de Arte em Arquitetura, Publicidade, Design, Moda, História da Arte, Psicologia, Antropologia, mediação cultural, produções artísticas contemporâneas e outras possibilidades de estudo do universo das imagens. A cultura visual não se organi- za somente com base em nomes de peças, fatos e sujeitos, mas também considera a relação estabelecida com seus significados culturais. Hoje, há vários estudos sobre esse tema. Um dos primeiros autores a publicar, no Brasil, textos sobre essa abordagem foi Fernando Hernández, em 2000. Ele defende uma abordagem para o ensino de Arte que considera “a arte e a cultu- ra como mediadores de significados” e na qual o “significado pode ser interpretado e construído” e as imagens podem “informar àqueles que as veem sobre eles mesmos e sobre temas relevantes no mundo” (HERNÁNDEZ, 2000, p. 54). As poéticas visuais, no contexto de ensino e aprendizagem em Arte, propõem que o professor esteja atento tanto às ações criadoras e poéticas que os estudantes expressam como às situações de aprendizagem e criação de ambiências que possam provocá-los a refletirem sobre suas percepções e seus processos de criação e poéticas pessoais. Nesse sentido, sugerimos propor a eles que construam cadernos de artistas (diários de bordo) e neles anotem reflexões, desenhem ou criem formas próprias de registrar o que sentem, intuem, expressam e criam com base na subjetividade e imaginação deles, e que o professor oportunize momentos para “dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sen- tidos plurais” (BRASIL, 2018, p. 201). Sugerimos situações de aprendizagem para apresentar aos estudantes conceitos e noções que enfatizam que as imagens são constituídas de elementos da linguagem visual, como ponto, linha, forma, cor, luminosidade e espaço. Por isso, é importante mostrar como esses elementos articulados podem criar texturas, tonalidades, variações de luz e sombra, valores cromáticos e movimentos e como o espaço e as formas podem se apresentar em relações de bidimen- sionalidade e tridimensionalidade, entre outras possibilidades. Os estudantes podem desenvolver competências e habilidades na interpretação e na criação de imagens ao serem apresentados, de maneira progressiva, às diversas possibilidades de articulações e combinações entre os elementos constitutivos da linguagem visual, às materialidades, aos diversos processos de criação, além de discursos, poéticas e contextos em que as imagens são criadas. Para Fayga Ostrower (2007), se poucos elementos de linguagem visual estiverem em múltiplas combinações, eles abrirão infinitas possibilidades para criar imagens e, assim, expressar ideias, emoções, sensações. A alfabetização visual e os estudos dos elementos constitutivos dessa linguagem devem ir além de estabelecer técnicas e códigos ou de se perder em explicações verbais. Segundo Santaella (2012, p. 13), “[...] a alfabetização visual significa aprender a ler ima- gens, desenvolver a observação de seus aspectos e traços constitutivos, detectar o que se produz no interior da própria imagem, sem fugir para outros pensamentos que nada têm a ver com ela”. Além de entender as imagens e seus contextos, os estudantes podem aprender por meio da compreensão de como esses elementos constitutivos podem ser combinados; por exemplo, linhas podem ser usadas para a construção de tex- turas e de luminosidade em desenhos. O desenho é uma linguagem tradicionalmente ensinada nas escolas. Entretanto, há muito a ensinar sobre essa linguagem, uma vez que os desenhos em Arte podem ser tanto esboços em processos criativos para a construção de outras linguagens como a própria obra finalizada. Os elementos que compõem um traça- do ou um grafismo podem variar em direção, espessura e forma.Os desenhos dos estudantes têm suas particularidades e suas poéticas em cada momento do desenvolvimento nos anos iniciais do Ensino Fundamental. É preciso potencializar essa expressão visual, ampliando possibilidades poéticas. Nesta coleção, chamamos os instrumentos usados para traçar linhas e formas em desenhos de riscadores, propondo a variação e a experimentação de diversas materialidades. O universo de criação de imagens tem muitas possibilidades, como compreender de que modo os artistas criam cores e matizes, saber como colocam cor ao lado de cor ou de que forma misturam cores e criam nuances. Com base nessas descobertas, os estudantes também podem observar e ler suas próprias produções e as dos colegas e, assim, desenvolver o senso crítico em relação à produção de imagens em pinturas, desenhos, gravuras, fotografias e outras D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVI linguagens visuais. Com a escultura, a arte dos volumes, conceitos de espaço e de forma tridimensional são trabalha- dos, assim como linguagens contemporâneas presentes em intervenções, instalações e outras formas de expressão artística. Enfim, é trabalhada a percepção de que vivemos em um mundo de múltiplas possibilidades de criação de imagens, fixas ou em movimento, traçadas com lápis de cor ou criadas por computador, ou seja, desenhos manuais e digitais podem fazer parte dos processos de criação dos estudantes, utilizando diferentes materialidades, ferramentas e recursos tecnológicos. As formas de manifestação do pensamento estético resultam em muitas linguagens artísticas. É importante que estudantes de diferentes níveis de ensino explorem a potencialidade de expressão das artes visuais em suas diferentes produções, como a pintura, a escultura, o desenho, a gravura, a instalação, a performance, a fotografia, o cinema, a arte digital e tecnológica, entre outras. Nesta coleção, propomos várias oportunidades de criar tintas, massas de modelagem caseiras e fazer artístico nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Também damos dicas de como criar um ateliê fixo ou móvel, de como organizar os materiais para cada linguagem e de como propor aos estudantes a experiência de criar em clubes de arte. Nas artes visuais, o ensino precisa estabelecer relações com o mundo e a cultura visual e promover condições para que ocorram encontros e experiências estéticas e estésicas. Por essa razão, embora exista uma História da Arte que pode ser contada de maneira linear, optamos por conversar com os estudantes sobre arte sem preocupação cronológi- ca, por meio de contextualizações e conexões com conceitos, processos e poéticas. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE DANÇA A dança é a linguagem do movimento expressivo. O corpo humano, ao se movimentar com intenção expressiva, estabelece relações consigo mesmo (suas possibilidades e seus limites), com os outros (pessoas e objetos), com o tempo (pulsação e ritmo), com o peso, com a fluência e com o espaço ao redor. Para Roger Garaudy (1982), a dança é a expressão que potencializamos por meio de movimentos do corpo. Esses movimentos são organizados em sequências coreográficas, movimentos significativos. Dançar é uma experiência, um modo de existir. Uma das formas de ampliar os saberes culturais dos estudantes é apresentar espetáculos de dança para nutrir esteticamente o repertório cultural deles. Hoje, há muitas possibilidades de conhecer dança, como fazer pesquisas na internet ou assistir a espetáculos gravados, mas o caminho mais frutífero é sempre assistir aos espetáculos presencialmente, quando possível. Desde tempos remotos, a dança foi se consolidando de maneira particular nas diferentes culturas e etnias ao redor do mundo. Dessa forma, cada civilização desenvolveu sua lógica, sua mística e sua estética para criar na arte dos mo- vimentos. É fundamental apresentar aos estudantes diferentes manifestações de dança e debater com eles as transfor- mações estéticas e filosóficas da dança ao longo dos tempos, bem como sua manifestação cultural como rito, diversão, expressão individual ou manifestação coletiva de uma comunidade, como as danças étnicas brasileiras, manifestações das culturas indígenas e afrodescendentes, além das de outros povos e culturas. No geral, tem-se por dança étnica a que é produzida por uma comunidade étnica e cultural. A forma e os motivos são passados de geração em geração, com mínimos acréscimos e modificações. Nesse caso, incluem-se as danças ritualísticas, dramáticas e populares de vários grupos culturais, consideradas patrimônio histórico e cultural da huma- nidade. No Brasil, existem ricos acervos de manifestações de dança disponíveis para sua pesquisa e para apresentação aos estudantes. Na dança moderna e contemporânea, surgem concepções dessa arte em que se rompem as barreiras do movimento expressivo tradicional, abrindo espaço para outras formas artísticas na dança que possibilitam um trabalho na escola mais adequado à expressividade corporal dos estudantes. A bailarina alemã Pina Bausch (1940-2009) inovou a dança ao unir linguagens e criar a dança-teatro. Em suas co- reografias expressivas, explorava tanto o corpo dos bailarinos como suas emoções, criando movimentos e expressões diferentes dos vistos na arte clássica do balé. Bausch costumava dizer que até nas pontas dos dedos podemos perceber movimentos belos e expressivos. Acreditava que cada bailarino precisava conhecer o próprio corpo para potencializá-lo ao máximo na arte da dança. Valorizava a investigação dos movimentos, a experiência e a criação de repertórios de mo- vimentos. Ela também acreditava que, para dançar, o dançarino deveria fazer aflorar suas emoções e sua sensibilidade e fazer os movimentos que o corpo convocasse. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVII Rudolf Laban (1879-1958), bailarino e coreógrafo austro-húngaro, analisou de forma sistemática os elementos cons- titutivos do movimento humano (linguagem corporal). Além disso, enfatizou a importância da dança na escola, onde deveriam ser realizadas atividades que reforçassem as faculdades naturais de expressão da criança e que preservassem a espontaneidade do movimento. Nesta coleção, propomos aos estudantes, em vários momentos, que façam movimentos corporais, experimentem e comecem a tomar consciência dos elementos constitutivos dos movimentos estudados por Laban. Além disso, você pode criar outras situações de aprendizagem para conversar com eles sobre a arte da dança, que consiste em propor- cionar o autoconhecimento do corpo, a percepção do que ele pode fazer e o desenvolver de poéticas corporais. Laban realizou vários estudos com base em movimentos cotidianos. Você pode explorar os movimentos realizados pelos estudantes no dia a dia e estimulá-los a criar sequências coreográficas. Convidá-los a formar uma roda em um espaço amplo e depois conversar sobre como eles se movem no dia a dia pode estimular essa atividade. Depois, você pode propor aos estudantes que pesquisem exercícios em que expressem esses movimentos de forma livre e dinâmica e façam combinações entre eles para criar sequências coreográficas. Essa atividade proporciona ricas oportunidades de desenvolver a dança na escola, explorando a linguagem corporal, a arte como área de conhecimento e a expressão poética. De acordo com o que discutimos até aqui, a dança manifesta-se em nosso corpo de maneira natural, basta estarmos atentos à proposta que temos ao utilizar cada linguagem. A dança não implica apenas rebuscadas coreografias; uma simples brincadeira de roda ou um único movimento pode se transformar em uma aula de dança, até mesmo para aqueles mais tímidos. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE MÚSICA A proposição pedagógica para música presente nesta coleção convida professores e educandosa trilharem um per- curso sensível e lúdico pela experiência criativa. Temos compromisso com o conhecimento da música e da linguagem musical. No entanto, não estamos seguindo um sentido “técnico” do termo, com foco predominantemente no ensino teórico dessa arte, ou buscando, por exemplo, alfabetizar musicalmente os estudantes. Pesquisas desenvolvidas nos últimos tempos têm nos instigado a considerar a música, a educação musical e o en- sino da música de maneira inventiva e reflexiva, integrando o saber música e os discursos possíveis sobre ela. Desde as contribuições de autores dos métodos ou das pedagogias musicais ditos “ativos” – como Carl Orff (1895-1982), Edgar Willems (1890-1978), Zoltán Kodály (1882-1967), Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950) e Maurice Martenot (1898-1980) –, surgidos no período entre as duas grandes guerras – e apoiados nas contribuições de Maria Mon- tessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966) –, vem sendo perseguido um equilíbrio mais adequado entre a música praticada ou vivenciada, por um lado, e a música ensinada ou abordada teoricamente, por outro. Essas pro- posições consideram a arte não um conteúdo rígido, mas um modo de ser, de estar e de pensar o mundo. Buscamos integrar, na proposta musical que oferecemos nesta coleção, as diversas contribuições desses estudiosos. Agora, convidamos você a conhecer um pouco dessas diversas pesquisas e trajetórias. De Carl Orff, guardamos a dança e o movimento, os instrumentais variados, as percussões e a percussão corporal, o con- tato com o repertório musical tradicional de diferentes culturas e o papel relevante do jogo, da improvisação e da criação. Do músico e pedagogo austro-suíço Émile Jaques-Dalcroze, valorizamos a ligação do movimento corporal com o movimento musical, fundados no ritmo e na improvisação. Essa proposta ficou conhecida como rythmique (rítmica). Com base nessas proposições, podemos fazer brincadeiras musicais, jogos de mãos, percussões corporais e outras propostas que possam abrir caminhos para pensar a possibilidade de criar no fazer musical, posteriormente levando à exploração de leituras e escritas musicais. A voz também é trabalhada como meio de expressão e comunicação. São propostas formas criativas de exploração da voz para que os estudantes experimentem processos de improvisação, composição e interpretação. O educador e músico húngaro Zoltán Kodály nos provoca em suas pesquisas, defendendo o acesso irrestrito à música pela prática do canto (tradicional, em particular, mas não exclusivamente), sem obrigatoriedade da aprendizagem de um instrumento musical. Ele desenvolveu propostas que se baseiam na utilização de gestos para representar sonoridades e potencializou canções populares e folclóricas em material cultural educativo para o ensino de música para crianças. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVIII De Edgar Willems, consideramos alguns princípios fundamentais, como a possibilidade de acesso que toda criança tem a esse importante elemento cultural que é a música – sem qualquer tipo de referência a talento ou dote especial –, com iniciação ativa por meio de canções, jogos de escuta, ritmo e movimentos corporais. De Maurice Martenot, trazemos a importância da improvisação e da criação, praticadas num ambiente de confiança e alegria, criando condições para a escuta sensível dos estudantes, mas também valorizando a observação e a percep- ção e oportunizando experiências auditivas particulares. Por sua vez, o inglês John Paynter (1931-2010) e o canadense Murray Schafer (1933-), por exemplo, adotam a escuta e sobretudo a criação como eixo central da educação musical, utilizando-se dos mais variados recursos e tipos de material sonoro que possam ajudar os educadores a explorar o potencial criativo dos educandos. Murray Schafer apresenta uma proposta educativa ampla, na qual enfoca a percepção da paisagem sonora, que consiste em perceber conscientemente a relação som/silêncio e a existência de sonoridades próprias de diferentes ambientes. Nessa concepção, a paisagem sonora é tudo que está em nosso campo auditivo, dos sons característicos que estão a nossa volta, seja de grandes cidades, locais de trabalho ou equipamentos tecnológicos, às sonoridades humanas e aquelas típicas da natureza. Pode-se acordar o sentido da audição para desenvolver uma escuta inteligente, pensante, consciente e, assim, aprender a ouvir melhor diferentes tipos de música e sons que nos cercam. Ouvindo com maior atenção e curiosidade, os estudantes são capazes de apreender o mundo pela escuta e discernir as características de seus sons tendo por re- ferência não apenas os parâmetros sonoros usuais (como intensidade, altura, duração e timbre), mas também noções importantes, como tipos de textura, de perfil, de plano sonoro, entre outras, de grande utilidade para a criação musical e o entendimento amplo dos processos musicais, contemporâneos ou não. Trata-se, hoje, de oferecer aos estudantes meios adequados e condições favoráveis que propiciem o contato com o universo musical já existente – patrimônio já constituído, em suas múltiplas formas de manifestação – e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de sua própria mu- sicalidade com base em suas necessidades presentes. Para um professor-propositor, esses saberes podem seguir em mais estudos, pois aqui estamos propondo que o professor vivencie a música e seu ensino por meio de encontros significativos. Consideramos que é possível criar e interpretar música com qualidade, mesmo em nível mais inicial e elementar. Nesse sentido, é essencial a sua partici- pação, visando transformar em momento “extraordinário” a realização de atividades musicais aparentemente sim- ples e singelas, de modo que os estudantes construam vivências profundas e significativas. Sugerimos ao professor que procure oportunizar a escuta, o contato e o conhecimento de manifestações musicais de diferentes épocas, gêneros, estilos, tendências e culturas. Para isso, oferecemos uma gama de representações musicais: da exploração de percepção de sonoridades a criações sonoras e musicais contemporâneas; de músicas da tradição brasileira a experimentações sonoras internacionais; de instrumentos usuais ao uso de objetos sonoros e à construção de novos meios expressivos. Ao mesmo tempo, lembramos a importância de não restringir esses momentos apenas à audição ou apenas à fala sobre música, mas que sejam oferecidos espaço, recursos e motivação suficientes para que cada estudante, além de se expressar criativamente pelos sons e pela música, entre em contato consigo e com o outro, com suas sensações, seus sentimentos e seus entendimentos, podendo, assim, exprimi-los com clareza, comparti- lhando-os no coletivo. Sugerimos também estimular a curiosidade dos estudantes a fim de que sejam motivados a pesquisar sobre as músicas apresentadas – autores, estilos, formas de expressão, organização, projeto compositivo, repre- sentação estética e cultural –, instigando-os a perceber e conhecer o mundo pela audição em movimento. Nesse sentido, devem ser aproveitadas todas as oportunidades possíveis para a escuta atenta e a expressão criativa, visando conhecer mais profundamente como as músicas foram concebi- das, organizadas e apresentadas. BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XIX A abordagem de ensino musical proposta aqui procura oferecer atividades prazerosas que tratem de conteúdos relevantes para o conhecimento e a formação musicais, como conceitos de tempo e espaço e noções de ritmo e me- lodia, bem como a prática de interpretação, improvisação, criação e agenciamento de materiais. Sempre que possível, é importante que os diversos conteúdos musicais sejam disponibilizados em sala de maneira lúdica e integrada.Assim, ao longo dos temas, propomos seções e proposições do fazer artístico, para trabalhar várias situações de aprendizagem que transitam entre: • escutar, acolher e conhecer; • apreciar, avaliar e comentar; • experimentar, descobrir e se apropriar; • expressar, cantar e tocar; • interpretar, improvisar e criar; • compreender, comunicar e compartilhar. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE TEATRO A imaginação dramática está no centro da criatividade humana e, assim sendo, deve estar no centro de qualquer forma de educação. (KOUDELA, 2009, p. 27-28) Estudar teatro na escola é investigar a prática da representação, do jogo, do movimento, da percepção do espaço e do corpo em toda sua materialidade, expressividade e poética. Existem muitos gêneros nas manifestações teatrais, como o teatro de formas animadas (objetos, bonecos, máscaras, luz e sombra, entre outros); os espetáculos em que os atores realizam diálogos ou monólogos; as apresentações em movimentos e expressões corporais; a palhaçaria; a performance. Ainda podemos pensar em tipos de espetáculo, como comédia, musical, tragédia, teatro gestual ou dramático, dança dramática, entre outras modalidades. O trabalho do ator e da atriz, a cenografia, o figurino e a exploração de espaços físicos ou imaginários também estão presentes em linguagens audiovisuais, como teledrama- turgia, cinema e vídeo. Na linguagem teatral, os conceitos propõem a aprendizagem sobre movimento, corpo, gesto, comunicabilidade, recursos cênicos, jogos teatrais, improvisação, processo de criação e compreensão dessa linguagem. Conhecer os meandros da linguagem teatral é um grande desafio, pois os estudantes precisam se descobrir, desvendar seus limites e as possibilidades do corpo como materialidade expressiva e poética. A linguagem artística teatral concretiza-se mediante a composição de diversos elementos, embora, mesmo re- nunciando a alguns deles, o espetáculo teatral ainda possa se realizar. Por sua natureza, o teatro agrega linguagens, como a dança, a música, as artes visuais, a arquitetura, o circo, entre outras. Sua composição complexa é repleta de nuances estéticas e poéticas e contribui para a existência dessa multiplicidade de elementos. Há vários criadores na linguagem teatral: cenógrafo, iluminador, figurinista, maquiador, sonoplasta, dramaturgo, encenador, diretor. Conhecer os elementos que compõem o fazer teatral é fundamental para compreender as muitas formas desse fazer. Também é importante, no ensino de teatro na escola, conhecer alguns princípios sobre jogos teatrais. Um bom início para a criação no teatro é investigarmos três perguntas básicas para a criação de uma cena ou de um jogo teatral: Onde?, Quem? e O quê?. Essa abordagem tem como base as ideias de Viola Spolin (1906-1994), autora e diretora de teatro estadunidense que criou uma proposta para tornar possível o trabalho da linguagem teatral em qualquer espaço. O jogo e a improvisação teatral são a forma e o caminho de sua metodologia. Esses três conceitos (onde, quem e o quê) compõem o sistema dos jogos teatrais proposto por Spolin (2010) e podem contribuir muito para o ensino do teatro nas escolas. É possível trabalhá-los em conjunto ou separadamente, dependendo dos objetivos ou das expectativas de aprendizagem estabelecidas. Essa escolha de trabalho em linguagem teatral com a busca pelas respostas para as questões (Onde a cena se passa? Quem é a personagem que vou encenar? O que vou fazer em cena?) é fundamental para desenvolver um trabalho teatral ou outras formas de expressão corpo- ral, como a dança, a performance, a palhaçaria. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om XX Na escola, em cada momento do desenvolvimento dos estudantes, é possível explorar metodologias no ensino de teatro para apresentar as diversas maneiras expressivas dessa linguagem. Não temos a preocupação de apresentar pe- ças teatrais ou espetáculos temáticos para atender, por exemplo, a comemorações da escola, mas sim apresentar essa linguagem como possibilidade de criar, expressar e pensar. Acreditamos que há situações em que você, professor, pode, em uma conversa, saber quais são os interesses dos estudantes e com eles decidir o tema a ser trabalhado ou, ainda, observar o contexto de vida de sua turma, facilitan- do-lhe o acesso a formas estéticas de pensar, sentir e agir em seu mundo. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES INTEGRADAS (LINGUAGENS HÍBRIDAS) Conhecer o instrumento de trabalho e as possibilidades que ele oferece é essencial, mas ir além da mera aplicação dessas possibilidades é fundamental. (PIMENTEL, 2002, p. 117) Para Lucia Gouvêa Pimentel (2002), o universo tecnológico trouxe muitas possibilidades para conhecer e criar arte. É imprescindível proporcionar aos estudantes um ensino de Arte em consonância com seu tempo, já que eles são contemporâneos a essa multiplicidade de linguagens. Entretanto, somente o uso dessas tecnologias, sem um trabalho consistente por parte dos educadores, não vai garantir seu aprendizado e seu desenvolvimento artístico. Consideramos artes integradas aquelas que são híbridas, podendo ser verbais, visuais, sonoras, corporais, tecnoló- gicas, audiovisuais e, ainda, todas elas juntas. São tantas as linguagens artísticas possíveis que precisamos, como edu- cadores, estudar e conhecer como elas nascem e se transformam. Por exemplo, das máquinas fotográficas mecânicas às câmeras digitais altamente tecnológicas muito foi criado e experimentado. Além disso, o uso da fotografia tem alcançado uma proporção inigualável no desenvolvimento da cultura visual da contemporaneidade e tem muitos usos e funções além do artístico. Já o cinema nasceu do fascínio de capturar, movimentar e projetar as imagens. Sendo nar- radores de histórias, os seres humanos associaram imagens a contos, o que vem de muito tempo, desde as primeiras projeções de sombras chinesas na Antiguidade, passando pelas invenções dos primórdios das investigações que deram origem às imagens em movimento do século XIX, até as ferramentas e os recursos tecnológicos atuais. As tecnologias e as novas linguagens, como videoarte, videodança, videoperformance e videoinstalação, feitas com recursos audiovi- suais e programas de computador, podem estar entre as propostas no ensino de Arte, mas é preciso ter objetivos claros e criar situações de aprendizagem que estimulem a compreensão e a produção nas linguagens da arte contemporânea, bem como orientar estudantes e familiares a respeito dos objetivos pedagógicos envolvidos no uso de ferramentas e recursos digitais e a pesquisar em sites confiáveis. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXI 1.4. ABORDAGENS CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTE Para haver escolhas mais conscientes, assim como avaliação e ampliação de concepções sobre Arte e seu ensino, é preciso analisar tanto a história do componente curricular como a história das produções artísticas, incluindo a própria história de vida, seja no papel de aprendiz, de educador ou de fruidor de arte e cultura. Vamos refletir sobre as questões destacadas a seguir. • Como eram as aulas de Arte quando éramos estudantes do Ensino Fundamental? O que mudou? O que e como aprendíamos nessas aulas? • Que concepção de arte e de ensino de Arte temos hoje? • Quais desafios para proposições pedagógicas temos diante do que nos é colocado pela Base Nacional Comum Cur- ricular (BNCC) em Arte, pela Política Nacional de Alfabetização (PNA) e por outros documentos oficiais que visam à construção de currículos e práticas de alfabetização? • Como o estudo de Arte também pode contribuir para as conquistas da alfabetização das crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Essas são perguntas complexasque podem abrir caminho para reflexão, pesquisa e, talvez, escolhas mais conscientes. Não temos respostas exatas para esses questionamentos, mas queremos suscitar novas considerações a respeito da arte e do ensino de Arte, da construção de concepções e da escolha de caminhos, linguagens e conceitos. Apontamos, assim, ao longo do texto deste Manual do Professor, sugestões de percursos e proposições, expressando concepções pautadas em debates, fundamentos teóricos e metodológicos e documentos mais recentes sobre o ensino de Arte. Procuramos trazer consonâncias e reflexões para pensarmos juntos as exigências curriculares da contemporaneidade para o ensino de Arte. ⊲ QUEM NOS INSPIRA NO CAMINHO Cartografar seu próprio fazer pedagógico, como um professor-propositor, é elevar-se à condição de criador dos próprios percursos de aprendizagem junto aos alunos, de tecer a coautoria do seu pensar/fazer pedagógico com escolha de caminhos que possam abrigar e expressar também os desejos de seus alunos. (MARTINS; PICOSQUE; GUERRA, 2010, p. 195) No texto supracitado, as educadoras Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque e Maria Terezinha Telles Guerra (2010) apontam para a autonomia do educador que escolhe caminhos para criar soluções e proposições na sua ação educado- ra, diante de sua história e sua formação profissional, bem como o que o nutre enquanto bases teóricas, metodológicas e experiências estéticas no encontro com a arte. Também é importante que o professor planeje seus caminhos e suas proposições pedagógicas e investigue suas concepções “de arte e de ensino de Arte”. Há autores e proposições pedagógicas e artísticas com as quais nos identificamos e seguimos construindo nosso ca- minho. Sabemos que questionar é sempre um exercício importante tanto para fazer escolhas como para criar caminhos; assim, ao estar diante do desafio de sermos professores-propositores, podemos nos indagar: como aproximar teorias da minha prática docente? Que relações esses fundamentos e proposições pedagógicas têm com a minha história de educador e a realidade dos estudantes? Qual é a minha concepção “de arte e de ensino de Arte”? Qual é o meu “lugar de fala” e o dos estudantes com os quais caminho? É importante dizer que documentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1998) e, mais recen- temente, a BNCC (BRASIL, 2018) e a PNA (BRASIL, 2019c) são frutos de percursos históricos e escolhas de caminhos nas políticas educacionais que ocorrem a cada tempo e contexto. Seguimos olhando para a frente, observando os caminhos e percebendo-nos como criadores e propositores de percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. Na busca por respostas, podemos olhar para nossas experiências e valorizá-las, assim como podemos estudar documentos, teorias, investigar as histórias e as trajetórias do componente curricular Arte e os autores que nos ajudam a compreender, nutrir e trilhar caminhos pedagógicos no ensino de Arte. Trazemos, a seguir, duas proposições e abordagens teóricas e meto- dológicas que nos inspiraram na criação desta coleção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXII A ABORDAGEM TRIANGULAR DO ENSINO DE ARTE Na direção do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), no fim da década de 1980, a professora Ana Mae Barbosa desenvolveu, com base em suas pesquisas e suas ações educativas, a chamada Abordagem Triangular do Ensino de Arte (BARBOSA, 2009). Ainda hoje, essa proposta de ensino de Arte é a base da maioria dos programas de educação de Arte no Brasil, seja em escolas, seja em museus. A proposta consiste em uma proposição pedagógica que aborda três eixos para a construção de saberes artísticos. Esses eixos não apresentam uma ordem preestabelecida. É o educador, diante de seu projeto, que propõe os momentos de ler, fazer e contextualizar. Ao ler, em momentos de fruição para apreciar a Arte, o enfoque dá peso à leitura como construção de sentido de que os estudantes vivem e percebem o mundo em imagens, sons, gestos e movimentos desde seu nascimento. Na es- cola, a sistematização de propostas de leitura de imagens e outras produções em diferentes linguagens deve levar em consideração o repertório cultural dos estudantes, assim como ampliá-lo por meio de rodas de conversa em diálogos provocadores, criando ambientes de mediação e dinamização cultural. Em todos os volumes desta coleção, realizamos curadorias com imagens e textos que são oportunidades para apre- ciar a arte, ou seja, para “ler” imagens e outras produções artísticas. A leitura de obras artísticas é um momento para situações de aprendizagem de “nutrição estética”: alimento para o olhar, o ouvir, o sentir no corpo, e para outras per- cepções da arte como produto do sensível e do intelectual, da intuição e da racionalidade humana. São possibilidades de leituras de obras que se fundem às leituras de mundo dos estudantes (FREIRE, 2011) para estabelecer relações entre arte e vida, construções de interpretações de um mundo culturalmente vivido. O fazer artístico apresenta oportunidades para instituir “ambiências criadoras e educadoras” para a produção criati- va e poética nas linguagens artísticas. A obra de um artista alimenta e nutre o repertório cultural dos estudantes, porém o foco no fazer artístico deve estar sempre na poética e no contexto de criação deles. São bem-vindas as iniciativas experimentais, a pesquisa e a criação de projetos de arte em que os estudantes sejam protagonistas de suas produções. Também são favoráveis as pesquisas de materialidades, procedimentos, ferramentas (analógicas e digitais) e elementos de linguagem que constroem a arte. Nesta coleção, propomos o fazer artístico e a pesquisa em vários momentos, em especial nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Ao contextualizar a produção artística, o ensino de Arte deve ir além da apresentação de fatos históricos. Deve ampliar o âmbito informativo e levar os estudantes a perceberem a história da obra de arte como produção social que abarca dimensões dos conhecimentos histórico e cultural, além de proporcionar relações entre as produções artísticas, a leitura de mundo feita por eles e as conexões com seu repertório e suas experiências culturais. Nesta coleção, o modo como são desenvolvidos os temas, nas seções Diálogos e Arte-aventura, potencializa momentos de rodas de conver- sa e contextualizações. São oportunidades para fazer contextualizações que também permitem o pensar por meio da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, bem como compreender que conhecer a história de produções artísticas possibilita que o passado se conecte com o presente e liberte o pensamento para o futuro. A Abordagem Triangular pode ser potente para desenvolver nos estudantes competências e habilidades ligadas ao conhecer, ao fruir, ao pesquisar e ao analisar criticamente a obra de arte, bem como para a criação em sua poética pessoal. Ana Mae Barbosa ressalta em seus estudos e suas publicações que a arte está, antes de tudo, presente na vida dos estudantes, e ter contato com ela na escola pode desenvolver conceitos de cidadania e de identidade cultural. OS TERRITÓRIOS DE ARTE E CULTURA A proposição dos Territórios de Arte e Cultura engloba ideias disseminadas desde 2004 pelas educadoras Mirian Ce- leste Martins e Gisa Picosque e, assim como a Abordagem Triangular, tem influenciado várias propostas curriculares de Arte em redes públicas e privadas do Brasil. Os Territórios de Arte e Cultura são marcados pela ideia de currículo-mapa, em que o professor traça percursos, escolhe caminhos e é autor do próprio trabalho. Um professor-propositor, escava- dor de sentidos, que cria trajetos percorrendo campos conceituais como: processo de criação; linguagens artísti- cas; forma e conteúdo; mediação cultural; materialidade; patrimônio cultural; saberes estéticos e culturais; conexões transdisciplinarese interdisciplinares, entre outros. São campos conceituais que nos ajudam a pensar o ensino de Arte de modo ampliado e inter-relacionado. As autoras defendem que os professores também podem criar outros campos conceituais ao “zarpar” para mais aventuras propositoras. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 D as ha P et re nk o/ Sh ut te rs to ck .c om XXIII A proposição de pensar o ensino de Arte por campos conceituais amplia visões e percepções sobre como conhecer a arte por diversas vias. É possível que um campo conceitual se entrelace com outro, porém olhar mais de perto um conhecimento ajuda a objetivar os percursos didáticos e pode facilitar o processo de ensino e aprendizagem em Arte. Os campos conceituais presentes nos Territórios de Arte e Cultura podem nos ajudar a pensar proposições pedagógicas para investigar os objetos de conhecimento que são expressos na Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018, p. 200-203), com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), em várias linguagens (unidades temáticas), como as seguintes. • Artes visuais: contextos e práticas; elementos da linguagem; matrizes estéticas e culturais; materialidades; processos de criação; sistemas da linguagem. • Dança: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Música: contextos e práticas; elementos da linguagem; materialidades; notação e registro musical; processos de criação. • Teatro: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Artes integradas: processos de criação; matrizes estéticas e culturais; patrimônio cultural; arte e tecnologia. 1.5. FAÇA SEU PRÓPRIO CAMINHO! Nesta coleção, abordamos as dimensões e os objetos de conhecimento, as competências e as habilidades pre- sentes na BNCC (BRASIL, 2018) a serem desenvolvidas na fruição, na produção e na contextualização das várias linguagens de arte Arte: artes visuais, dança, teatro, música e artes integradas, desejosos de contribuir com o tra- balho de professores-propositores, mediadores, dinamizadores e curadores culturais que também se comprometem com os processos de alfabetização e seguem se nutrindo de contribuições teóricas e metodológicas historicamente desenvolvidas por autores que são importantes referenciais para as formulações curriculares e as práticas educativas no ensino de Arte no Brasil. Diante das produções de conhecimento que nos inspiram na caminhada ao desenvolver proposições pedagógicas, convidamos você, professor, a ser inventor de ideias e ações, uma vez que a Educação e a Arte estão sempre em transformação. Temos por foco que Arte é “área de conhecimento”, pensamento defen- dido por muitos educadores brasileiros e legitimado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/96). O convite é para que você seja autor de seus trabalhos e que os estudantes também tenham autonomia para trabalhar de forma criativa e poética, aprendendo a interpretar os conhecimentos em Arte e conectá-los com diferentes saberes e contextos. A proposta desta coleção não é apenas ajudar na execução das aulas, mas também inspirar você e os estudantes a inventar percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos no ensinar e aprender Arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXIV 1.6. AVALIAÇÃO, REGISTROS E SONHOS PEDAGÓGICOS É sabido que o professor avalia os estudantes o tempo todo. A cada atividade, a cada proposta de produção, a cada participação. A finalidade dessa avaliação é que o professor possa contribuir com o desenvolvimento deles em vários aspectos acadêmicos e sociais. Quando se trata especificamente de atividades, situações de aprendizagem com foco na avaliação, espera-se que o professor realize um acompanhamento bastante próximo do desenvolvimento das compe- tências e habilidades, que são os objetivos das atividades escolares. Para um acompanhamento permanente, é importante instituir instrumentos práticos de avaliação dos estudantes, bem como um registro permanente dos resultados obtidos. Por exemplo, ao realizar produções artísticas, observar como eles escolhem e utilizam materialidades e procedimentos; como identificam elementos constitutivos de lingua- gem e fazem arranjos, composições de linhas, formas, cores, sons, gestos e movimentos, entre outros; como explicam e se expressam oralmente ou por meio de produções de textos sobre seus processos de criação e poéticas pessoais ou em grupo. Os critérios para a avaliação podem ser “compreendeu e soube narrar, se expressar, sobre o processo criador e poético vivido”. É importante ressaltar que, no componente curricular Arte, a avaliação não deve focar apenas o fazer artístico, já que o trabalho e também os critérios de avaliação devem estar alinhados com os vários eixos de aprendizagem, como a produção, a fruição e a contextualização, mas também deve acompanhar como os estudantes percebem-se como seres de cultura e potência poética. Assim, podemos pensar em critérios, por exemplo, como eles “identificam elementos constitutivos e materialidades em obras de artistas, suas produções e as dos colegas”, como “percebem a arte em seu meio sociocultural e valorizam acervos locais que podem também dialogar com produções globais”. Criar pautas para avaliação com listas de critérios pode ajudar a compor uma planilha que acompanhe o diário de classe ou mesmo um portfólio de cada estudante (ou da turma) e que será “alimentado” a cada nova proposta, situação de aprendizagem e atividade com finalidade de avaliação formativa. Esse planilhamento permite organizar, visualizar e analisar dados da turma com mais rapidez, e esses dados podem também contribuir para decisões visando à contínua aprendizagem dos estudantes. É importante salientar que esses critérios podem ser estabelecidos com os demais docentes e a gestão escolar, para que os estudantes percorram todo o processo de ensino e aprendizagem e não sejam avaliados apenas pela realização de uma tarefa, mas pelo percurso percorrido em um semestre, em um ano ou em todos os anos iniciais do Ensino Fun- damental. Avaliar é uma tarefa coletiva e alinhada com a comunidade escolar. Por essa razão, tomar os objetivos e as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Política Nacional de Alfabetização (PNA) como ponto de partida para definição de critérios formativos pode ser ainda mais produtivo. Por fim, é possível que, no Plano Político-Pedagógico da rede ou da unidade escolar, haja a sugestão das métricas ou das balizas para a avaliação formativa dos estudantes. É importante estar alinhado a isso para que a avaliação de cada critério também converse com a avaliação geral estabelecida previamente, permitindo melhor acompanhamento do professor, da gestão escolar e da comunidade. Além disso, o professor, como educador, assumiu nova postura diante da sala de aula e do conhecimento. A apro- priação e a produção do conhecimento são de responsabilidade do professor e dos estudantes. Diante dessas mudan- ças, a avaliação também assume uma função diferenciada e tem como foco a formação. Observar, anotar e registrar são ações que devem ser realizadas para compor a gama de materiais a ser analisada durante cada percurso de aprendi- zagem e ao seu final. O foco é a avaliação formativa, em que o professor e os estudantes estabelecem diálogos sobre as conquistas de saberes ao longo do trajeto: o que deu certo, que situações de conflito ocorreram. Para que os objetivos em um processo de avaliação formativa aconteçam, é fundamental explorar tempos, ambiências educativas, modos e instrumentos de avaliação. A avaliação diagnóstica, a de processo e a de final de percurso podem se constituir também em situações de aprendizagemsignificativas, superando ideias negativas sobre a avaliação por parte dos estudantes. Desse modo, conversar com a turma sobre as ansiedades e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para compreender os pensamentos criativos, o que estão aprendendo e desenvolvendo na arte e em seus processos de alfabetização. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXV É importante compartilhar responsabilidades com os estudantes e os familiares, uma vez que a avaliação não é apenas responsabilidade do professor. Um bom percurso de aprendizagem não deve se esgotar em seu término. Ao contrário, deve deixar aquele “gosto de quero mais”. Assim, é imprescindível criar situações e rodas de conversa com os estudantes para debater conquistas de aprendizagem, o que gostariam de conhecer mais ou onde poderiam pesquisar para continuar a aventura de conhecer o universo da arte. Para a ação criadora, sugerimos uma diversidade de propostas e experimentações. Diante delas, nosso desejo é que os estudantes tenham acesso a diferentes situações de aprendizado que estimulam a autonomia, a compreensão e a produção significativa nas aulas de Arte, sendo também capazes de se autoavaliar em situações mais simples, para que, com o tempo, alcancem reflexões mais complexas. As propostas sugeridas podem gerar experiências poéticas significativas, tendo como ponto de partida a problemati- zação e a conexão entre conceitos, promovendo a solução de problemas e o estímulo à criatividade. A ideia é permitir que os estudantes se aventurem na descoberta de processos criativos com a experimentação de materialidades e de lin- guagens. São iniciativas de projetos que possibilitam trabalhar os aspectos experimental e experiencial nas linguagens artísticas. O foco da avaliação deve ser tanto o processo de aprendizagem como o produto e estes podem ser discutidos com cada estudante em momentos de diálogo, estimulando a autoavaliação, como já mencionado. Ao olhar para a experiência, é importante retomar conceitos e debates mobilizados pelos conteúdos temáticos das unidades e dos tópicos abordados. É o momento oportuno para que os estudantes falem a respeito do que aprende- ram, do que acharam do processo, das dificuldades que encontraram e das possibilidades futuras. Debater com a turma as angústias e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para a compreensão dos pensamen- tos criativos e estéticos. A proposta é realizar uma avaliação reflexiva tanto do trabalho individual quanto do coletivo e trabalhá-la de modo construtivo. Ao longo desta coleção, damos dicas sobre como criar portfólios e diários de bordo para o professor e os estudantes e também sobre como compor fichas de avaliação. Você pode desenvolver uma ficha (pauta de avaliação) para acom- panhar as questões a seguir e outras que considerar importantes. • O que os estudantes aprenderam ao estudar esta unidade? • O que sabem sobre arte e processo criador coletivo? • Compreendem a cultura imaterial e material e a importância do acervo brasileiro? • Conhecem a formação do povo brasileiro e a importância das culturas afrodescendentes e indígenas nesse processo? • Expressam-se por meio de movimentos dançados e brincadeiras cantadas? • Expressam-se por meio de pinturas, desenhos, esculturas e modelagens? • Conhecem e analisam várias danças e músicas como patrimônio cultural imaterial? • Quais danças gostaram mais de conhecer? • Constroem argumentos sobre a arte brasileira e se expressam pela oralidade, pela escrita e por desenhos? • Têm autonomia na escolha, na pesquisa e no uso de materialidades? • Aprendem arte e a criar de modo colaborativo e com poéticas pessoais? • Como constroem registros sobre suas produções? É importante avaliar como os estudantes se comportam durante os momentos de ações criadoras previstas nesta coleção. Esses pon- tos devem ser levados em consideração e você pode comple- mentar a lista com outros que julgar convenientes. Com o intuito de contribuir com a prática avaliativa, que deve ser constante, há, neste Manual do Profes- sor, sugestões de fichas de avaliação que podem ser adaptadas por você, professor (veja a seção Monitoramento da aprendizagem). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 2 EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 4o ANO XXVI A fim de facilitar a utilização do conteúdo desta obra, foram organizados Semanários que sugerem uma distribuição dos conteúdos deste volume ao longo das semanas do ano letivo. Semanas Unidades Conteúdos 1a 1 Acolhida conforme a programação da escola 2a 1 Páginas 6 e 7: Você já viu?* 3a 1 Páginas 8 a 13: Criação em grupo | Clube de arte* | Estar e criar junto* 4a 1 Páginas 14 a 17: Traços e corpos* | Diálogos – Educação Física: Corpo flexível* 5a 1 Páginas 18 e 19: Oficina de arte: Desenhos orgânicos e coletivos* 6a 1 Páginas 20 e 21: Arte-aventura: Clube de artes visuais 7a 1 Páginas 22 e 23: Arte em projetos: Criando gravuras* 8a 1 Páginas 24 e 25: De olho na lente fotográfica 9a 1 Páginas 26 e 27: Diálogos – História e consumo: Diferentes tecnologias para fotografar 10a 1 Páginas 28 a 33: Oficina de arte: Construindo uma câmera pinhole* | Arte-aventura: Minha coleção de fotografias* 11a 1 Páginas 34 e 35: Arte em projetos: Clube de fotografia da turma* 1a 1 Páginas 36 a 41: Nosso grupo de teatro* | Tá na mão!* | Somos muitos* 2a 1 Páginas 42 e 43: Diálogos – História: De canto em canto, um conto encanta* | Oficina de arte: Personagens no biombo 3a 1 Páginas 44 e 45: Arte-aventura: Contando histórias* 4a 1 Páginas 46 e 47: Arte em projetos: Construindo e brincando com bonecos de vara* 5a 1 Páginas 48 a 51: Mamulengos* | Mão molenga?* 6a 1 Páginas 52 e 53: Diálogos – Patrimônio cultural: Os mamulengos e a cultura brasileira* | Oficina de arte: Criando mamulengos 7a 1 Páginas 54 e 55: Arte-aventura: Meu mamulengo* 8a 1 Páginas 56 e 57: Arte em projetos: Nosso grupo de teatro* 9a 1 Páginas 58 e 59: Vamos recordar?* 1o b im es tr e 2o b im es tr e * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. D2_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26D2_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26 12/08/21 14:4412/08/21 14:44 XXVII * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. Semanas Unidades Conteúdos 1a 2 Páginas 60 a 63: Esta arte é nossa!* | Unidos pela arte* 2a 2 Páginas 64 e 65: Gente e gesto, festa e movimento!* 3a 2 Páginas 66 e 67: Diálogos – Geografia: O lugar dos ritmos brasileiros* 4a 2 Páginas 68 e 69: Oficina de arte: Ouvir e se movimentar nos ritmos do Brasil* | Arte-aventura: Sons e movimentos da minha cultura 5a 2 Páginas 70 e 71: Arte em projetos: Cultura do brincar* 6a 2 Páginas 72 a 74: Movimentos da cultura* 7a 2 Páginas 75: Diálogos – Educação Física: Capoeira 8a 2 Página 76: Oficina de arte: Corpo em movimento e corpo desenhado* 9a 2 Página 77: Arte-aventura: Danças dramáticas 10a 2 Páginas 78 e 79: Arte em projetos: Vamos dançar juntos?* 1a 2 Páginas 80 a 83: Nossa música, nossa arte* | Ritmos e canções* 2a 2 Páginas 84 a 87: Salada musical com tempero especial* 3a 2 Páginas 88 e 89: Diálogos – História: Numa batucada brasileira* 4a 2 Páginas 90 a 93: Oficina de arte: Tocar, cantar e soar* | Arte-aventura: Tambor, pandeiro e tudo que toca os brasileiros* 5a 2 Páginas 94 e 95: Arte em projetos: Vamos cantar e tocar do nosso jeito?* 6a 2 Páginas 96 a 99: Artes que dizem quem somos!* | Os sons da nossa bagagem cultural* 7a 2 Páginas 100 e 101: Diálogos – Ciências da Natureza: Sons, formas e cores da natureza que inspiram a arte | Oficina de arte: Nossas canções* 8a 2 Páginas 102 e 103: Arte-aventura:Os sons e as músicas da nossa bagagem cultural* 9a 2 Páginas 104 a 107: Arte em projetos: Criando histórias musicais* 10a 2 Páginas 108 a 111: Vamos recordar?* | O que aprendi neste ano* 3o b im es tr e 4o b im es tr e D2_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 27D2_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 27 12/08/21 14:4412/08/21 14:44 XXVIII MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM3 As fichas a seguir são sugestões que podem ser adaptadas pelo professor com base na realidade de cada turma. Su- gerimos que sejam replicadas para cada um dos estudantes e utilizadas para o monitoramento da aprendizagem deles no que diz respeito às avaliações sugeridas no Livro do Estudante e neste manual. C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Conhecer obras artísticas e participar de momentos de fruição e leitura de imagem, tendo como proposição a xilogravura A banda de pífano rural, de J. Borges, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Conversar e perceber que os processos de criação, poéticas e expressões acontecem em muitas linguagens e contextos culturais, inclusive em artes integradas. Na fruição e leitura de imagens, identificar elementos constitutivos da linguagem visual (linhas, formas e cores) e como os arranjos entre eles produzem texturas, relações de figura e fundo, luminosidades, entre outros, refletindo e percebendo que tais elementos também estão presentes em suas produções. Expressar oralmente como percebe o trabalho coletivo e colaborativo na produção e nas expressões nas várias linguagens artísticas e nas integrações entre elas. Expressar oralmente suas experiências com diferentes linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Criar artisticamente com criatividade e poética, participando de ações criadoras em grupo no trabalho colaborativo. Refletir e expressar seus conhecimentos prévios sobre elementos constitutivos, materialidades e processos de criação em artes visuais, dança, música, teatro e nas integrações entre essas linguagens. Expressar-se em grupo, combinando e integrando linguagens artísticas. VOCÊ JÁ VIU? (AVALIAÇÃO INICIAL) D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28 12/08/21 09:0312/08/21 09:03 XXIX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 1) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição com leitura de imagens e textos poéticos, com foco no processo de criação em grupo e no estudo do patrimônio cultural brasileiro, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, e respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem das artes visuais (ponto, linha, forma, cor); do teatro e da performance (movimentos corporais, simetria e narrativas gestuais); da fotografia (ângulos, planos, enquadramentos e luz). Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, percebendo inclusive processos de criação coletiva, como em coletivos de artistas, grupos de teatro e performances. Identificar, explorar e escolher diferentes materialidades e tecnologias para se expressar em diversas manifestações artísticas como desenho, fotografia, xilogravura, performance, teatro animado, entre outras. Refletir e conversar a respeito das manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como desenho, fotografia, xilogravura, performance, entre outras. Realizar pesquisas acerca de elementos de linguagem, materialidades, processos de criação, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. Expressar oralmente suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais nacionais e internacionais. D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29 12/08/21 09:0312/08/21 09:03 XXX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 2) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição e leitura de textos poéticos e imagens, com foco no processo de criação em grupo e no estudo do patrimônio cultural brasileiro, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões com respeito ao ritmo do diálogo e ao espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos da linguagem visual (linhas, formas e cores); da dança, como o uso do espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos) e os ritmos de movimento (lento, moderado e rápido), inclusive conhecendo diferentes ritmos brasileiros; e da música (parâmetros sonoros, harmonia, melodia, ritmo). Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, participando de ações criadoras na dança e na música, conhecendo e se expressando por meio de ritmos brasileiros e brincadeiras cantadas e dançadas. Identificar, explorar e escolher diferentes materialidades para se expressar em diferentes linguagens, percebendo também o corpo como materialidade expressiva. Comunicar-se oralmente sobre manifestações populares brasileiras, brincadeiras e linguagens artísticas que mais gostam de expressar. Realizar pesquisas sobre elementos de linguagem, materialidades, processos de criação e percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana, em especial a cultura do brincar e a cultura local. Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas e poéticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertórios e apreciando patrimônios culturais nacionais e internacionais, para perceber e valorizar as influências culturais das matrizes indígena, africana e europeia, bem como sua importância na formação da arte e da cultura brasileira. D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30 12/08/21 09:0312/08/21 09:03 XXXI O QUE APRENDI NESTE ANO (AVALIAÇÃO FINAL) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Conhecer obras artísticas e participar de momentos de fruição e leitura de imagem, tendo como proposição a obra FLOU!, performance do artista Ieltxu Ortueta, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, com respeito ao ritmo do diálogo e ao espaço de fala dos colegas. Conversar e perceber que os processos de criação, poéticas e expressões acontecem em muitas linguagens e contextos culturais, inclusive em artes integradas. Na fruição e leitura de imagens, identificar elementos constitutivos da linguagem visual (linhas, formas e cores) e da dança (movimentos dançados), percebendo que ambas se integram na linguagem da performance. Expressar-se sobre como percebe o trabalho coletivo e colaborativo na produção e nas expressões em várias linguagens (artes visuais, dança, música, teatro) e nas integrações entre elas. Refletir e expressar seus conhecimentos sobre artes integradas, desenho orgânico, grupo de artes, linguagem da fotografia e seus recursos digitais e analógicos, arte dos mamulengos, cultura do brincar, ritmos brasileiros na música e na dança, elementos de linguagem na música (como harmonia, melodia e ritmo)e parâmetros sonoros (timbre, duração, altura, intensidade), entre outros saberes nas diversas linguagens. Expressar-se sobre suas experiências com diferentes linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertórios e apreciando patrimônios culturais nacionais e internacionais, para perceber e valorizar as influências culturais na formação das matrizes indígena, africana e europeia, bem como sua importância na formação da nossa arte e cultura. D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31D1_ART-F1-V4-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31 12/08/21 09:0412/08/21 09:04 XXXII TEXTOS COMPLEMENTARES Com o intuito de ampliar os debates sobre alguns temas importantes nos campos da Arte, da Cultura e da Educação, trazemos trechos de textos de legislações e de especialistas que são referências na áreas em que atuam. ⊲ MATRIZES CULTURAIS Como forma de garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como garantir o acesso à escola e a permanência nela, a Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96) – tornaram obrigatório o ensino da história e das culturas afro-brasileiras e indígenas nas escolas brasileiras. Promulgadas após intensa demanda da sociedade, as leis têm o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Assim, após essas alterações, a LDB ficou com a seguinte redação: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. [...] Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. (BRASIL, 1996) ⊲ LUGAR DE FALA O lugar de fala é um conceito que vem sendo construído com a contribuição de várias pessoas. Trata-se de uma ex- pressão que pode possuir vários significados e deve ser estudada a partir de questões complexas. Autoras como Djamila Ribeiro vêm contribuindo com essa reflexão: [...] O falar não se restringe ao ato de emitir palavras, mas de poder existir. Pensamos lugar de fala como refutar a historiografia tradicional e a hierarquização de saberes consequente da hierarquia social. Quando falamos de direito à existência digna, à voz, estamos falando de locus social, de como esse lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendência. [...] [...] entendemos que todas as pessoas possuem lugares de fala, pois estamos falando de locali- zação social. E, a partir disso, é possível debater e refletir criticamente sobre os mais variados temas presentes na sociedade. (RIBEIRO, 2017, p. 36 e 47) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIII ⊲ IGUALDADE E EQUIDADE NA EDUCAÇÃO Na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p. 15-16), afirma-se que, embora se reconheça a legitimidade ao respeito à diversidade cultural de cada localidade do Brasil, na construção dos currículos é preciso haver um esforço comum de todos os educadores brasileiros e da sociedade em sua totalidade para garantir nos currículos escolares de todo o país o compromisso de reverter a situação de exclusão histórica e buscar a construção de uma escola democrá- tica e aberta à pluralidade e à diversidade, esforçando-se para seguir em uma cultura da paz. Ao tratar da igualdade e da equidade, o documento expressa: Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens es- senciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educa- cional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza. O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades educacionais em relação ao aces- so à escola, à permanência dos estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por raça, sexo e condição socioeconômica de suas famílias. Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Edu- cação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigual- dades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudan- tes são diferentes. De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compro- misso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos in- dígenas originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria. Igualmente, requer o compromisso com os alunos com deficiência, reconhecen- do a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146/2015). (BRA- SIL, 2018, p. 15-16) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIV ⊲ DIMENSÕES DO CONHECIMENTO A BNCC faz referência a seis dimensões do conhecimento que devem ser articuladas no ensino de Arte. É importante lembrar que essas dimensões do conhecimento não têm ordem de importância; todas contribuem para uma formação global dos estudantes e devem ser vivenciadas em diversas situações de aprendizagem. São, portanto, um ponto bas- tante relevante a ser estudado e analisado pelos professores que atuam no ensino de Arte. • Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações. • Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas com- preensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais. • Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão arti- cula a sensibilidadee a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência. • Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada lingua- gem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades. • Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibi- lidade dos sujeitos para a relação continuada com produções artísticas e culturais oriun- das das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais. • Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor. (BRASIL, 2018, p. 194-195) ⊲ A ARTE PROPOSITORA Lygia Clark é sempre lembrada em estudos a respeito da ação propositora. Além dela, mais artistas contemporâneos fizeram esse convite, como Lygia Pape, Hélio Oiticica, Augusto Boal. Artistas que nos apresentaram a ideia de “artista- -propositor”, com a preocupação de nos convidar para percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. A ideia de artista-propositor inspira educadores para a ideia de professor-propositor. Somos os propositores; somos o molde; a vocês cabe o sopro, no interior desse molde: o sentido da nossa existência. Somos os propositores: nossa proposição é o diálogo. Sós, não existimos; estamos a vosso dispor. Somos os propositores: enterramos a obra de arte como tal e solicitamos a vocês para que o pensamento viva pela ação. Somos os propositores: não lhes propomos nem o passado nem o futuro, mas o agora. (CLARK apud DUNN, 2008, p. 143) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXV ⊲ NUTRIÇÕES ESTÉTICAS E CURADORIAS EDUCATIVAS Nesta coleção, trazemos propostas de fruição e leituras de obras artísticas partindo da situação de aprendizagem de nutrição estética e convidamos o professor a ser também um curador educativo. Veja o que expressa Mirian Celeste Martins sobre essas propostas. [...] nutrições estéticas têm gerado múltiplas interpretações e deflagrado discussões que amplia- ram e expandiram para outras direções: quais reproduções de obras nós levamos para nossos alunos? Que músicas escolhemos para que ouçam ou cantem? Que espetáculos de dança ou teatro lhes apresentamos? O que escolhemos para mostrar e com quais critérios? Selecionamos apenas o que gostamos ou obras que nos provocam, que nos causam estranhamento, sobre as quais “sabemos falar” e queremos problematizar para ir além das primeiras impressões? Como propomos os encontros entre educadores/imagens/aprendizes? De onde vêm as imagens que utilizamos? Originais ou reproduções? Essas questões geraram o conceito de curadoria educativa, considerado não uma função ligada aos museus e espaços culturais, mas uma atitude, um modo de operar consciente na escolha criteriosa do que levamos para a sala de aula e das exposições visitadas com nossos alunos. O termo foi cunhado por Luiz Guilherme Vergara, professor dedicado às ações educativas em instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de Niterói, o Centro de Arte Hélio Oiticica/ RJ, o Museu de Arte Moderna/RJ. Para Vergara, a curadoria educativa tem como objetivo: “explo- rar a potência da arte como veículo de ação cultural [...] constituindo-se como uma proposta de dinamização de experiências estéticas junto ao objeto artístico exposto perante um público diversificado”. Para ele, a ideia de experiência estética está intimamente ligada à construção da “consciência do olhar”, como uma “experiência da consciência ativa”. (MARTINS, 2011, p. 313) ⊲ A MEDIAÇÃO CULTURAL Para ressaltar a importância do professor-propositor na mediação e na dinamização cultural, sugerimos a leitura do que escreveram Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque acerca desse tema. No contato com a arte, seja através da leitura de obras, seja através do fazer, como professo- res-pesquisadores nos movemos no território da mediação. Processo delicado que pede uma atenção especial revelada por uma atitude frente à arte e ao outro, seja criança, jovem ou adulto conhecedor ou não do universo artístico. Novas perguntas surgem quando pisamos na seara da mediação. Acreditamos que o outro à nossa frente tem um saber? Confiamos em seu potencial sensível? Compreendemos seus con- ceitos e pré-conceitos desvelados por sua fala, sua gestualidade? Cremos na multiplicidade de leituras da obra de arte? Sobre isso, Pareyson ensina que “a interpretação é sempre, ao mesmo tempo, revelação da obra e expressão de seu intérprete”. E, Panofsky, diz que “a experiência recriativa de uma obra de arte depende não apenas da sensibilidade natural e do preparo visual do espectador, mas também de sua bagagem cultural”. Não há espectador totalmente ingênuo. Portanto, há marcas culturais tatuadas nas pupilas dos olhos dos alunos que não devem ser desprezadas, mas sim incorpo- radas e ampliadas durante a leitura para que novas interpretações e construção de sentido possam ser desveladas. Nesse sentido, o professor-pesquisador enquanto mediador é aquele capaz de alterar as frontei- ras entre o que é conhecido e o que ainda é desconhecido, fazendo com que as informações tran- sitem acopladas aos valores de seu grupo de alunos. (QUARTA BIENAL DO MERCOSUL, 2003, p. 9) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVI ⊲ EXPERIÊNCIAS COM A ARTE Sobre o poder da experiência estética, leia o que pensam os autores Larrosa Bondía e Dewey. Sobre a experiência, Larrosa Bondía escreveu: [...] Começarei com a palavra experiência. Poderíamos dizer, de início, que a experiência é, em espanhol, “o que nos passa”. Em português se diria que a experiência é “o que nos acontece”; em francês a experiência seria “ce que nous arrive”; em italiano, “quello che nos succede” ou “quello che nos accade”; em inglês, “that what is happening to us”; em alemão, “was mir passiert”. A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. Dir-se-ia que tudo o que se passa está organizado para que nada nos aconteça. Walter Benjamin, em um texto célebre, já observava a pobreza de experiências que caracteriza o nosso mundo. Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara. Em primeiro lugar pelo excesso de informação. A informação não é experiência. E mais, a infor- mação não deixa lugar para a experiência, ela é quase o contrário da experiência, quase uma antiexperiência. Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, e toda a retórica destinada a constituir-nos como sujeitos informantes e informados; a informação não faz outra coisa que cancelar nossas possibilidades de experiência. O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo buscando informação, o que mais o preocupa é não ter bastante informação; cada vez sabe mais, cada vez está melhor informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo saber (mas saber não no sentido de “sabedoria”, mas no sentido de “estar informado”), o que consegue é que nada lhe aconteça. [...] (BONDÍA, 2002, p. 21-22) Sobre a experiência estética por Dewey: Vivenciar a experiência, como respirar, é um ritmo de absorções e expulsões.Sua sucessão é pontuada e transformada em um ritmo pela existência de intervalos, períodos em que uma fase é cessada e uma outra é inicial e preparatória. William James fez uma comparação oportuna entre o curso de uma experiência consciente e os voos e pousos alternados de um pássaro. Os voos e pousos ligam-se intimamente uns aos outros; não são um punhado de alçamentos não relacionados, seguidos por alguns saltinhos igualmente não relacionados. Cada lugar de repou- so, na experiência, é um vivenciar em que são absorvidas e incorporadas as consequências de atos anteriores, e, a menos que esses atos sejam de extremo capricho ou pura rotina, cada um traz em si um significado que foi extraído e conservado. Tal como no avanço de um exército, todos os ganhos do que já foi efetuado são periodicamente consolidados, sempre com vistas ao que será feito a seguir. Se nos movemos depressa demais, afastamo-nos da base de suprimen- tos – da acumulação de significados –, e a experiência torna-se agitada, superficial e confusa. Se demoramos demais, depois de haver extraído um valor líquido, a experiência morre de inanição. A forma do todo, portanto, está presente em todos os membros. Realizar e consumar são fun- ções contínuas, e não meros fins localizados em apenas um lugar. O gravador, o pintor ou o escri- tor encontram-se no processo de completar algo a cada etapa de seu trabalho. A cada momento, têm de preservar e resumir o que se deu antes como um todo e com referência a um todo que virá. Caso contrário, não há coerência nem segurança em seus atos sucessivos. A sucessão de feituras no ritmo da experiência confere variedade e movimento; protege o trabalho da mono- tonia e das repetições inúteis. As vivências experimentadas são os elementos correspondentes no ritmo e proporcionam unidade; protegem o trabalho da falta de propósito de uma mera sucessão de excitações. Um objeto é peculiar e predominantemente estético, gerando o prazer característico da percepção estética, quando os fatores determinantes de qualquer coisa que se possa chamar de experiência singular se elevam muito acima do limiar da percepção e se tor- nam manifestos por eles mesmos. (DEWEY, 2010, p. 139-141) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVII ⊲ ABORDAGENS METODOLÓGICAS NO ENSINO DE ARTE Leia o trecho de uma entrevista em que Ana Mae Barbosa fala a respeito da Abordagem Triangular do Ensino de Arte: T.G.S.: Como a senhora percebe a Abordagem Triangular em vista dos conceitos e percepções presentes no termo professor/artista? A.M.B.: Eu vejo a Abordagem Triangular como uma bússola. Essa imagem, na verdade, não é minha, é de Regina Machado. Por onde começar? Problema da relação professor-aluno, é o pro- fessor em relação com o aluno. O professor em uma turma pode começar pelo fazer, em outra turma pela leitura, em outra pela contextualização. A Abordagem Triangular é isso, ela não sai dando receita. E o artista, o que faz? Eu parti um pouco dessa pergunta e do que estava no ar no pós-moder- nismo. E o que estava no ar era a importância da imagem. Portanto, negar a imagem na sala de aula era um absurdo total, como se fazia. O aluno poderia desenhar, pintar, fazer uma insta- lação, fotografar, ver as fotografias de seus colegas, mas não poderia ver as fotografias de um Sebastião Salgado, de um Cartier Bresson. Por quê? Porque havia o medo, o terror da cópia, mas, podemos argumentar com alguns teóricos que não há uma cópia absoluta, não é possível uma cópia idêntica. Portanto, mesmo que você queira copiar, até mesmo sendo um falsário, dá para descobrir que é falsa. O livro Abordagem Triangular no ensino das Artes Visuais, que eu fiz com a Fernanda, foi um livro meio movido a desespero. Eu estava muito desesperada com a tradução que fizeram da Abordagem Triangular, de releitura. Eu não falava no texto do livro A Imagem no Ensino da Arte nenhuma vez em releitura. Caí na bobagem de colocar na legenda “releitura de Maria Martins...”. Como não liam o livro e liam só as legendas, começaram a fazer releitura, cópia mesmo. Eu estou me sentindo um monstro, porque estou fazendo a Arte Educação voltar atrás cinquenta anos, realmente me desesperou. Mas em um congresso em Medellín, na Colômbia, eu vi um professor espanhol dizer isso: “Se a Abordagem Triangular não tivesse sido lançada por uma professora latino-americana, ela já estaria ganhando o mundo”. Falei com Fernanda, vamos procurar! Então, muito animada, comecei a pedir artigos. O livro só tem um artigo que foi escrito especialmente para ele. O resto é tudo artigo que já existia, já estavam escritos. [...] [...] acho a contextualização, eu acho que na Abordagem Triangular é uma coisa absolutamente imprescindível. Para viver no mundo, para estar no mundo, você tem que se contextualizar e contextualizar aquilo que você vive, aquilo que você conhece, enfim. Então, a gente vive depen- dendo dos contextos para tomar posição, e educação é contexto. [...] a contextualização absolutamente básica para qualquer tipo de aprendizagem, especial- mente a da imagem, que você não traduz facilmente por palavras, nem a função do Ensino da Arte é fazer traduzir em palavras as imagens. Mas é importante também que você construa verbalmente um equivalente de interpretação pela imagem. (SILVA, 2016, p. 153-156) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVIII ⊲ A LEITURA DE IMAGEM Há várias tendências sobre abordagens metodológicas pensadas para o momento de fruição e leitura de imagens. Entre eles, destacamos Robert William Ott, que estruturou um sistema de leitura de imagens que ficou conhecido como Image Watching (olhando, observando, trabalhando a imagem). Maria Emilia Sardelich sistematiza os seis momentos do processo proposto por Ott: [...] Sua metodologia foi configurando-se em função dos desafios que enfrentava como profes- sor responsável pela prática de ensino e de estágio supervisionado, no departamento de arte e educação de sua universidade, diante de uma plateia heterogênea quanto ao conhecimento e às vivências artísticas e museológicas. Inspirado em John Dewey e Edmund Feldman, Ott utilizou o gerúndio (watching) para nomear seu sistema de apreciação, para deixar claro que se tratava de um processo, articulado em seis momentos: • aquecendo (ou sensibilizando): o educador prepara o potencial de percepção e de fruição do educando; • descrevendo: o educador questiona sobre o que o educando vê, percebe; • analisando: o educador apresenta aspectos conceituais da análise formal; • interpretando: o educando expressa suas sensações, emoções e ideias, oferece suas respostas pessoais à obra de arte; • fundamentando: o educador oferece elementos da História da Arte, amplia o conhecimento, e não o convencimento do educando a respeito do valor da obra; • revelando: o educando revela através do fazer artístico o processo vivenciado. (SARDELICH, 2006, p. 455) ⊲ O MOVIMENTO NA DANÇA Leia a seguir uma contribuição de Rudolf Laban sobre as possibilidades do movimento. O movimento, portanto, revela evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado ou da bus- ca de um objeto dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas e ritmos mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma reação, como atributos mais constantes da personalidade. O movimento pode ser influenciado pelo meio ambiente do ser que se move. É assim que, por exemplo, o meio no qual ocorre uma ação dará um colorido particular aos movimentos [...]. (LABAN, 1978, p. 20-21) ⊲ OS JOGOS TEATRAIS Sobre os jogos teatrais, Viola Spolin expressa que: [...] A oficina de teatro pode tornar-se um lugar onde professor e alunos encontram-se como parceiros de jogo, envolvidos um com o outro, prontos a entrarem contato, comunicar, experi- mentar, responder e descobrir. Os jogos teatrais podem trazer frescor e vitalidade para a sala de aula. As oficinas de jogos tea- trais não são designadas como passatempos do currículo, mas sim como complementos para a aprendizagem escolar, ampliando a consciência de problemas e ideias fundamental para o desenvolvimento intelectual dos alunos. [...] As oficinas de jogos teatrais são úteis ao desenvolver a habilidade dos alunos em comunicar-se por meio do discurso e da escrita, e de formas não verbais. São fontes de energia que ajudam os alunos a aprimorar habilidades de concentração, resolução de problemas e interação em grupo. (SPOLIN, 2010, p. 29) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIX ⊲ IDEIAS PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL A seguir, o texto de Fonterrada aborda o pensamento de Murray Schafer, expressando três eixos para a compreensão do pensamento desse músico e educador canadense. [...] Para que o leitor brasileiro possa se aproximar de suas ideias e compreender as posições defendidas por Murray Schafer, destacam-se aqui três eixos que caracterizam seu pensamento e podem ser encontrados, aberta ou veladamente, em sua produção: a relação som/ambiente, a confluência das artes e a relação da arte com o sagrado. [...] O primeiro eixo a ser destacado, a relação entre som e meio ambiente, concentra o foco de in- teresse de Schafer que, para caracterizá-la, criou a palavra soundscape, traduzida nos países de língua latina como “paisagem sonora”. [...] O segundo eixo, a confluência das artes, é um ideal cultivado por Schafer no novo gênero criado por ele, intitulado Teatro de Confluência e que faz questão de diferenciar de outras formas de integração de linguagem. [...] A relação entre a arte e o sagrado constitui o terceiro eixo das caraterísticas da obra schaferiana. Essa temática foi explorada por Fonterrada em duas obras: Música e meio ambiente: a ecologia sonora e O lobo no labirinto: uma incursão à obra de Murray Schafer. [...] (FONTERRADA, 2012, p. 277-280) Nos anos 1970, o educador musical inglês Keith Swanwick formulou sua proposta de desenvolvimento musical espiral, intitulada CLASP, que no Brasil foi traduzida para a sigla “TECLA”. Veja o que ele diz em uma entrevista dada a uma revista brasileira em 2010. Que aspectos devem ser considerados no ensino de música nas escolas? [SWANWICK] O fundamental é que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. Nos anos 1970, resumi essa ideia na expressão inglesa clasp. Além de ser uma sigla, um dos sen- tidos dessa palavra em português é “agregar”. Proponho que há três atividades principais na música, que são compor (a letra C, de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela aquisição de habilidades (S, de skill aquisition). (No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T de técnica, E de execução, C de compo- sição, L de literatura e A de apreciação.) Qual a vantagem de trabalhar nessa perspectiva? [SWANWICK] Um ponto forte é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instru- mentos, por exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está ensinando Música. Acontece que a história não é música – ela é sobre música. O mesmo excesso pode ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpre- tes ou outros que apenas colocam CDs para a apreciação. (GONZAGA, 2010) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XL REFERÊNCIAS COMENTADAS5 • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017a. No livro-CD, são abordadas as tradições dos vários povos indígenas viventes no Brasil, considerando cuida- dosamente a variedade cultural desses povos. O material contém propostas práticas, acompanhadas de áudio e de transcrição em partitura de músicas relacionadas a nove povos indígenas. • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis, 2017b. O livro traz informações e propostas práticas elaboradas com base nas três principais matrizes culturais do Brasil, a indígena, a africana e a portuguesa, explicitando seus papéis, suas histórias e seus diversos instrumentos. As músicas trabalhadas foram disponibilizadas na internet e podem ser acessadas por QR Code. • AMARAL, Ana Maria. O ator e seus duplos: máscaras, bonecos, objetos. São Paulo: Senac, 2004. A obra de Ana Maria Amaral é essencial para o estímulo a situações de aprendizagem e para a elaboração de projetos didáticos teatrais, seja por meio de jogos, improvisações ou apresentações, com máscaras, bonecos e objetos. • ANTUNES, Arnaldo; TATIT, Paulo. O seu olhar. In: ANTUNES, Arnaldo. Ninguém. São Paulo: BMG, 1995. 1 CD, faixa 9. Canção composta por Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, lançada no álbum Ninguém, em 1995. A canção pode ser entendida na perspectiva do amor romântico, ao se perceber a menção ao olhar da pessoa amada, mas a interpretação pode ser ampliada para discutir como a abertura ao olhar do outro pode enriquecer variadas relações interpessoais. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com. br. Acesso em: 10 jun. 2021. O site da Abem publica textos de educadores importantes para o ensino da música, que pesquisam e escrevem sobre esse tema. As várias edições da revista Música na Educação Básica trazem textos que analisam e propõem metodologias e fundamentos para o ensino de música no Brasil. Os professores podem ter acesso aos textos e a outros materiais disponíveis em: http://abemeducacaomusical. com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive (acesso em 10 jun. 2021). • BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2009. A obra é um marco no ensino de arte no Brasil. Nela é apresentada a Abordagem Triangular de Ensino, compre- endendo os contextos social, cultural e educacional, além de serem apresentadas suas propostas metodológicas. Analisa também propostas para desenvolver a fruição e a leitura de imagens com os estudantes. • BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002. Essa obra reúne textos de pesquisadores sobre temas relacionados ao ensino de arte, como formação de professores, uso de tecnologias na educação, interdisciplinaridade e multiculturalidade. • BARBOSA, Ana Mae; AMARAL, Lilian (org.). Interterri- torialidade: mídias, contextos e educação. São Paulo: Senac, 2008. O livro reúne textos de pesquisadores que narram suas experiências ao trabalhar com a noção de espaços frontei- riços – não só entre formas de linguagem, mas também entre meios e contextos. Conta com o texto de Rita Irwin, “A/r/tografia: uma mestiçagem metonímica”, que discute a condição de mestiçagem de ações entre o campo artístico, a investigação e a ação de ensinar. • BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane G. (org.). Arte/ Educação como mediação cultural e social. São Paulo: Editora Unesp, 2009. Essa obra analisa propostas para o ensino de arte e para a mediação cultural no Brasil. • BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000. Um livro básico para quem quer conhecer mais sobre o teatro, seu vocabulário, suas técnicas e sua história. • BOLSANELLO, Débora Pereira. Educação somática: o corpo enquanto experiência. Motriz, Rio Claro, v. 11, n.2, p. 99- 106, maio/ago. 2005. Disponível em: https://www.rc.unesp. br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. No artigo, Débora Bolsanello apresenta uma definição de educação somática. A autora toma como base a ideia de corpo como experiência. Partindo de uma reflexão do corpo na história do Ocidente, discute três aspectos prin- cipais da educação somática: o aprendizado pela vivência, a sensibilização da pele e a flexibilidade da percepção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 40D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 40 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf XLI • BONDÍA, Jorge Larrosa. Linguagem e educação depois de Babel. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. Nessa conferência proferida no I Seminário Internacional de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação partindo das noções de experiência e sentido. • BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, jan./abr. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. Nessa conferência, proferida no I Seminário Internacio- nal de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação a partir das noções de experiência e sentido. • BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Lei que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, determinando normas para os diferentes segmentos de ensino em todo o território nacional. • BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, incluindo no currículo oficial o estudo obrigatório de história e cultura afro-brasileira. • BRASIL. Lei no 11.645, de 10 março de 2008. Brasília: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do estudo da história e cultura indígena. • BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 9 abr. 2021. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz pro- posições e embasamentos curriculares materializados em competências e habilidades específicas em cada área do conhecimento, para garantir as aprendizagens essenciais. Nas páginas 193 a 203 estão as orientações para o componente curricular Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O documento orienta a base curricular de todas as esco- las das redes de ensino (públicas e privadas) em todos os níveis de escolarização do país e suas diretrizes, a serem contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. • BRASIL. Ministério da Educação. Canta pra mim. In: Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019a. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/ canta-pra-mim. Acesso em: 28 jun. 2021. Iniciativa da Secretaria de Alfabetização (Sealf), do Ministério da Educação (MEC), em que artistas brasileiros interpretam canções populares. • BRASIL. Ministério da Educação. Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019b. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim. Acesso em: 28 jun. 2021. Programa do Ministério da Educação cujo objetivo é incentivar a literacia familiar, promovendo interação, conversa e leitura entre pais e filhos. • BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Seppir, 2004. Esse documento apresenta os marcos legais das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico- -raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, de acordo com a homologação do Parecer no 03/2004, de 10 de março de 2004. • BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: SEF, 1998. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são diretrizes elaboradas para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais concernentes a cada componente curricular. • BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019c. Disponível em: http:// alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. Trata-se do Plano Nacional de Alfabetização, estabele- cido no Decreto no 9.765, que instituiu as diretrizes para a alfabetização no território brasileiro. O documento dá ainda voz a especialistas como Maria Regina Maluf, bus- cando elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro. • BRITO, Teca Alencar de. Um jogo chamado música: escuta, experiência, criação, educação. São Paulo: Peirópolis, 2019. Em uma abordagem pedagógico-musical livre e criativa, o livro traz várias ideias e proposições pedagógicas para explorar a música na educação de crianças. • COSTA, Wagner. Palhaçaria. São Paulo: Moderna, 2012. (Coleção Girassol). A arte brincante do personagem palhaço é trabalhada de modo lúdico para incentivar professores, familiares e estudantes a conhecer mais sobre essa arte. A proposta é aprender a arte da palhaçaria brincando na escola ou com a família. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf XLII • D’AMBROSIO, Ubiratan. A transdisciplinaridade como uma resposta à sustentabilidade. Revista Terceiro Incluído, v. 1, n. 1, p. 1-13, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.5216/ teri.v1i1.14393. Acesso em: 25 jun. 2021. No artigo, o autor questiona conceitos analíticos da perspectiva positivo-cartesiana e propõe como método a transdisciplinaridade, que cruza os limites entre as culturas e os componentes curriculares. • DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimentos. São Paulo: Cosac Naify, 2003. O livro apresenta um panorama da arte moderna a partir do Impressionismo. • DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010. Essaobra é um marco no estudo da experiência estética no Brasil, influenciando pesquisas e ações mediadoras em museus e escolas. O autor observa a recepção do objeto artístico pelo observador, o que possibilita a sua existência e a criação de processos artísticos com base em seus interesses. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. Fundamentos estéticos da educação. 2. ed. Campinas: Papirus, 1988. Nesse livro, o autor explora o tema da aprendizagem considerando as premissas básicas do conhecimento, como o sentir e o pensar. Apresenta, ainda, os conceitos de estesia e de experiência estética. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001. O livro defende uma educação para a sensibilidade que valoriza o pensar, o sensível e os estudos para compreender o estado de estesia e de anestesia. • DUNN, Christopher. “Nós somos os propositores”: vanguarda e contracultura no Brasil, 1964-1974. ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n.17, p. 143-158, jul./dez. 2008. Nesse artigo, o autor parte da questão de como as vanguardas brasileiras atuaram no período da ditadura militar, refletindo sobre a relação entre o neoconcretismo e a contracultura. • ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra reúne ensaios sobre a ambiguidade que os artistas buscam alcançar em suas produções, visando principalmente à indeterminação de resultados. • FAZENDA, Ivani Catarina (org.). O que é interdisciplinari- dade? São Paulo: Cortez, 2008. O livro tem treze capítulos, de vários autores, que apresentam reflexões, premissas e conceitos sobre a interdisciplinaridade, desde a formação do professor até a ação docente. Nesta coleção, na seção Diálogos, é proposta a interdisciplinaridade e o trabalho com temas transversais contemporâneos. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora Unesp, 2008. Apresenta estudos e proposições didáticas para o acesso dos estudantes à linguagem da música, utilizando-se da iniciação ativa e lúdica por meio de canções, jogos de escuta, improvisações, ritmo e movimentos corporais. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Raymond Murray Schafer: o educador musical em um mundo em mudança. In: MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz (org.). Pe- dagogias em educação musical. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 275-303. Em um capítulo que integra a obra Pedagogias em educação musical, a autora apresenta uma análise do pensamento e das proposições pedagógicas do educador musical Raymond Murray Schafer. • FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2011. No livro, Paulo Freire defende a importância da leitura e da alfabetização de jovens e adultos, que considera uma prática fundamental para a compreensão do mundo. A obra trata o ato de ler como uma integração entre a leitura de mundo e a leitura da palavra e serve de base para a abordagem triangular do ensino de arte proposta por Ana Mae Barbosa, que relaciona também o ato de ler com a leitura de imagens ou as leituras em outras linguagens artísticas. • GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Nessa obra, Roger Garaudy reflete sobre a dança como símbolo do ato de viver, destacando as transformações históricas nos modos de dançar e relacionando a dança moderna não apenas à arte, mas a uma expressão do ser humano em sua relação com a sociedade e a natureza. • GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 1995. Nessa obra, Howard Gardner explica como se dá o processo de aprendizagem e apresenta o conceito de inteligências múltiplas na ação pedagógica. • GHIRALDELLI JÚNIOR, P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1990. O livro analisa a história da educação brasileira destacando acontecimentos, políticas, produções de documentos e leis e seus impactos educacionais. • GONZAGA, Ana. Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas. Nova Escola, 1o jan. 2010. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick- fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas. Acesso em: 30 jun. 2021. Entrevista com o educador musical Keith Swanwick em que são abordadas questões importantes sobre o ensino de música nas escolas. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas XLIII • GRADA Kilomba: desobediências poéticas. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019. Trata-se de uma análise da exposição “Grada Kilomba: desobediências poéticas”, realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo. O trabalho de Kilomba questiona as coleções nos museus e as concepções tradicionais sobre a história da arte. • HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000. Nessa obra, o autor narra experiências de alguns professores que contribuíram para a expansão dos conhecimentos sobre a cultura visual na educação básica. • HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2007. Nessa obra, o autor visa transgredir as amarras que impedem o pensamento autônomo instaurando uma nova relação educativa, baseada na colaboração em sala de aula. • HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 34. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004. Trata-se de uma obra que discute a avaliação me- diadora nos diferentes segmentos de ensino, conside- rando metodologia, atuação do professor, correção e elaboração. • IAZZETTA, Fernando. Música e mediação tecnológica. São Paulo: Fapesp: Perspectiva, 2009. O livro aborda acontecimentos ligados à música e à tecnologia no século XX, com foco nas transformações da fonografia, a arte de gravar sons. A obra passa por três períodos: a emergência da tecnologia; o início de seu uso criativo e a difusão dessas possibilidades criativas, com destaque para a popularização dos computadores. • KASTRUP, Virgínia. O funcionamento da atenção no traba- lho do cartógrafo. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. A obra discute a pertinência do método da cartografia, destacando-se o papel da prática e do trabalho de campo para a construção do conhecimento. • KOUDELA, Ingrid D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2009. Nessa obra, Ingrid Koudela apresenta uma série de exercícios e jogos teatrais para crianças e jovens, apoiada em pesquisas brasileiras sobre teatro e educação, com base em grandes autores como Spolin, Piaget e Languer. • LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978. O autor propõe que o conhecimento dos movimentos do corpo, mesmo os cotidianos, e a consciência corpórea podem ampliar a percepção e a expressão de movimentos na dança e na vida. • LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 21. ed. São Paulo: Loyola, 2008. Nessa obra, o autor formula orientações para o fazer pedagógico-crítico, a fim de que o docente da escola pública possa repensar sua didática, levando em consi- deração a psicologia da aprendizagem e a metodologia de ensino. • LOPES, A. L. de S.; HARDAGH, C. C.; VIEIRA, M. M. da S. Formação de professores: espaços colaborativos para experiências de imersão. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. 8. Anais [...]. Aracaju: Universidade Tiradentes, 2017. A educadora Claudia Coelho Hardagh propõe umaescola expandida, que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências criativas e educativas possam acontecer. • LOUREIRO, Maristela; TATIT, Ana. Brincadeiras cantadas de cá e de lá. São Paulo: Melhoramentos, 2013. (Série Brinco e Canto). Trata-se de uma obra que propõe preservar as tradições lúdicas e musicais da cultura infantil brasileira. • LOURO, Viviane dos Santos; ALONSO, Luís Garcia; ANDRADE, Alex Ferreira de. Educação musical e deficiência: propostas pedagógicas. São José dos Campos: Estúdio Dois, 2006. O livro apresenta ideias e propostas metodológicas para o ensino de música no contexto da inclusão e da educação da pessoa com deficiência. • MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Melhoramentos, 1993. Trata-se de uma obra que apresenta estudos sobre a linguagem do cinema. Aborda importantes aspectos da sétima arte, podendo auxiliar em investigações sobre essa linguagem também no contexto da escola. • MARTINS, Miriam C. Arte, só na sala de aula? In: Revista Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 3, p. 311-316, set./dez. 2011. O artigo convida a refletir sobre percorrer trajetos em encontros com a arte, analisando tendências e proposições para o ensino de arte na escola e fora dela. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. A aventura de planar numa DVDteca. Instituto Arte na Escola, 3 dez. 2012. Disponível em: http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/ artigos/artigo.php?id=69345. Acesso em: 25 jun. 2021. O artigo investiga a produção de material educativo e as escolhas envolvidas na DVDTeca Arte na Escola, explorando os conceitos de “rizoma” e “desterritorialização” formulados pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 XLIV • MARTINS, Mirian. C.; PICOSQUE, Gisa. Cadernos para o professor-propositor. São Paulo: Instituto Arte na Escola, 2004. Os cadernos foram criados para orientar professores quanto ao uso do material da DVDteca do Instituto Arte na Escola. Eles trazem discussões sobre professor-propositor, cartografias e pensamento rizomático. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. Travessia para fluxos desejantes do professor-propositor. In: OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org.). Arte, educação e cultura. Santa Maria: UFSM, 2007. Do universo da arte para o ensino e a aprendizagem da arte, a ideia de artista-propositor é ampliada para a de professor-propositor, definido com base em pesquisas e publicações das educadoras, que entendem o professor como um escavador de sentidos na proposição pedagógica no ensino de arte. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Mediação cultural para professores andarilhos na cultura. São Paulo: Intermeios, 2012. As autoras abordam as diferentes formas de atuação envolvidas na mediação cultural, considerando a diversidade de situações e lugares em que ela ocorre. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 2010. A obra propõe construções e reflexões sobre conceitos para o ensino contemporâneo de arte, considerando aspectos próprios das linguagens artísticas. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. • MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene. Cultura visual e infância: quando as imagens invadem a escola. Santa Maria: UFSM, 2010. O livro apresenta estudos e análises da relação entre cultura visual e infância, ressaltando a influência das imagens na fruição e nas ações criativas de crianças. • MONTEIRO, Marianna Francisca Martins. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: Terceiro Nome, 2011. Discute a dança no contexto da cultura popular tra- dicional brasileira, debruçando-se especialmente sobre o folguedo do congo, em sua história e contemporaneidade. • OSTROWER, Fayga. Criatividade e processo de criação. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. Nessa obra, a criatividade, que envolve percepção, intuição e imaginação, é vista como potencial existente em todos os seres humanos. • OTT, Robert Wilson. Ensinando crítica nos museus. In: BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997. O capítulo apresenta metodologias para a leitura de imagens. Já o livro como um todo reúne pesquisas de relevantes autores que analisam o impacto da influência estrangeira na passagem do ensino modernista da arte para o seu ensino contemporâneo. • PILLAR, Analice Dutra (org.). Educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. Essa obra reúne textos sobre o papel do docente na prática de leitura de imagens das artes plásticas, considerando seus debates teóricos. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. A prática artística docente como metodologia para a formação de professores. Revista Clea, v. 1, p. 50-57, 2015. Esse artigo frisa a importância das pesquisas sobre as relações pedagógicas contidas no ensino de arte, conside- rando experiências em diferentes espaços de aprendizagem. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Tecnologias contemporâneas e o ensino da arte. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. Para Lucia Gouvêa Pimentel, surgiram muitas possibilidades para conhecer e criar arte por meio do uso de tecnologias. Entretanto, sem um trabalho consistente por parte dos edu- cadores, somente o uso dessas tecnologias não garantirá o aprendizado do estudante nem seu desenvolvimento artístico. • QUARTA BIENAL DO MERCOSUL. Inventário dos achados: o olhar do professor-escavador de sentidos. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2003. Material de ação educativa elaborado para a 4a Bienal do Mercosul, em que Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque discutem o papel do professor na mediação cultural. • RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. O livro discute as práticas pedagógicas com base na trajetória do professor e militante Joseph Jacotot, o que leva à reflexão sobre o princípio de igualdade das inteligências. • REILY, Lucia. O ensino de artes visuais na escola no contexto da inclusão. Cadernos Cedes, Campinas, v. 30, n. 80, p. 84- 102, jan.-abr. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/ pdf/ccedes/v30n80/v30n80a07.pdf. Acesso em: 11 jun. 2021. Esse artigo aborda o ensino de artes visuais levando em conta a inclusão e apresenta ao professor uma proposta de trabalho de ateliê e fruição para ser desenvolvida com os estudantes. • RENGEL, Lenira Peral et al. Elementos do movimento na dança. Salvador: UFBA, 2017. Disponível em: https://repositorio. ufba.br/ri/handle/ri/26148. Acesso em: 10 abr. 2021. Publicação produzida no contexto do curso de licenciatura em Dança da UFBA, em modalidade a distância, que aborda os elementos do movimento na dança e é fundamentada principalmente no legado de Rudolf Laban. • RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. (Feminismos Plurais). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44 08/08/21 10:3408/08/21 10:34 https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 XLV O livro explora o conceito de “lugar de fala” a fim de romper com o discurso hegemônico, viabilizando a multiplicidade de opiniões. • RIOS, Terezinha Azerêdo. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez,2013. A autora trabalha conceitos relacionados à prática educativa propondo uma discussão sobre as formas de avaliar a qualidade da educação nas escolas. • SALLES, Cecília A. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: Fapesp: Annablume, 2007. O livro apresenta reflexões sobre o processo de criação e as poéticas artísticas. • SANTAELLA, Lúcia. Como eu ensino: leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012. Nesse livro, a autora oferece recursos didáticos para que os professores conheçam conceitos fundamentais para a interpretação e a percepção de imagens. • SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Proposta curricular do estado de São Paulo: Arte. São Paulo: SEE, 2008. Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/ Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010. pdf. Acesso em: 2 jul. 2021. Esse documento traz a voz de especialistas a fim de atender à necessidade do ensino em todo o estado. Propõe uma ação integrada e articulada, dando subsídios para que os profissionais se aprimorem. • SARDELICH, Maria Emilia. Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 128, p. 451-472, maio/ago. 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-15742006000200009. Acesso em: 30 jun. 2021. Nesse artigo, a autora apresenta alguns conceitos que embasam propostas de leitura de imagens e cultura visual, comparando referenciais teóricos de diversas áreas do conhecimento. • SCARASSATTI, Marco Antônio F. Walter Smetak: o alquimista dos sons. São Paulo: Perspectiva: Edições Sesc, 2008. O autor faz uma análise do trabalho do músico, artista e autor de esculturas sonoras e instrumentos Walter Smetak, que nasceu na Suíça, mas viveu e desenvolveu boa parte de sua obra no Brasil. O texto chama a atenção para a importância desse músico na área da pesquisa musical e sonora conhecida como plásticas sonoras. • SCHAFER, Murray. A afinação do mundo. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2012. O autor apresenta o termo “paisagem sonora” e analisa como vivemos em meio ao ambiente sonoro contemporâneo, submerso em sons agradáveis e desagradáveis, fortes e fracos, percebidos ou ignorados. Faz comparações entre sons naturais e sons artificiais atuais e antigos, relacionando mundo, som, indivíduo e sociedade. • SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2000. Apresenta proposições para o ensino da música, com a intenção de desenvolver uma escuta sensível, atenta e, ao mesmo tempo, lúdica, uma escuta baseada em experiências significativas, que proporcione a percepção e a fruição de sons e de música. • SILVA, Tharciana Goulart da. Entrevista com Ana Mae Barbosa. Revista Apotheke, Santa Catarina, v. 2, n. 2, p. 143-156, jul. 2016. Nessa entrevista, Ana Mae Barbosa fala sobre a importância da prática poética na atuação docente. • SOUZA, Jusamara. Aprender e ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2016. Os textos analisam o ensino contemporâneo da música, em especial no Brasil. Apresenta ideias e propostas que defendem a educação musical em todos os níveis da educação básica. • SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra apresenta os fundamentos para o trabalho com jogos teatrais na escola, bem como ressalta sua importância. Além disso, mostra como é estruturado e praticado o jogo teatral. • SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. Trata-se de um livro que tem ajudado os professores a compreender e trabalhar com jogos teatrais na escola. A obra oferece inúmeros exercícios e jogos teatrais, para que, praticando o teatro, seja possível avaliar de forma prática a construção de competências e habilidades do educando. • VERGARA, Luiz Guilherme. Curadoria educativa: percepção imaginativa/consciência do olhar. In: CERVETTO, Renata; LÓPEZ, Miguel A. (org.). Agite antes de usar. São Paulo: Edições Sesc, 2018. Nesse texto, o autor explora as relações entre filosofia, arte e educação, discutindo a recepção e a interpretação da arte pelos observadores. • VIADEL, Ricardo Marín; ROLDÁN, Joaquín. Arte para aprender. Granada: Editorial de la Universidad de Granada, 2017. Trata-se de um projeto de ensino artístico realizado em museus de arte contemporânea na cidade de Granada, na Espanha, seguindo a abordagem da a/r/tografia visual. • VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas: Papirus, 2004. O livro discute as possibilidades de uso do portfólio como modo de avaliação formativa, que deve refletir o processo de aprendizagem do estudante em vez de classificá-lo. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf https://www.scielo.br/j/cp/a/tQws4zsftqmGxhq3XqVJTWL/?lang=pt XLVI CONHEÇA SEU MANUAL INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, são trabalhados campos conceituais que propõem es- tudos das linguagens artísticas (músi- ca, dança e teatro), além da integra- ção interdisciplinar com as artes visuais por meio de leituras de obras artísti- cas, imagens de cenas de espetáculos e objeto artístico e pela criação de de- senhos e esculturas sonoras. Apresentamos os elementos de linguagem básicos nestas áreas e a noção de que cada linguagem tem os próprios códigos. Assim, conhecê-los abre espaço tanto para fruição e este- sia como para criação, crítica, expres- são e reflexão. A arte é estudada como produ- ções culturais e estéticas que têm suas materialidades e formas nas quais podemos conhecer e expressar mo- vimentos, parâmetros sonoros, ritmo e pulso, expressões corporais, linhas, formas, cores, espaços etc. A arte contemporânea é apresen- tada em construções de experimentos musicais, dança e espetáculos, assim como a música popular tradicional, as brincadeiras cantadas e as manifesta- ções culturais também são trabalhadas. Os conceitos em foco nesta unidade são: corpo; movimento; ritmo; pulsa- ção; música e dança; expressão corpo- ral; onomatopeia; silêncio; percussão corporal; fontes sonoras; objetos so- noros; parâmetros sonoros; elementos constitutivos e as propriedades sonoras da música; instrumentos musicais da cultura brasileira; brincadeira musical; formas e gêneros de expressão musical; arte contemporânea; manifestações ar- tísticas e culturais; jogos e brincadeiras; ações, consciência e expressão corporais; gestos, improvisos, imitação e contação de histórias; imaginação e encenação; produção de instrumentos; elementos teatrais, entonações de voz e diferentes fisicalidades; desenho como forma de expressão artística; e cantiga popular. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de frui- ção com leitura de imagens e textos poéticos, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões e respei- tando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem da música (pa- râmetros sonoros como timbres, dura- ção, altura, intensidade dos sons, ritmo e melodia); do teatro (entonações de voz, diferentes fisicalidades, construção de personagens, narrativas, expressões e gestos); e da dança (uso do espaço para deslocamentos, planos, direções, caminhos, ritmos de movimento lento, moderado, rápido, entre outros). • Criar com autonomia, criatividade e po- ética em diferentes linguagens, participan- do de ações criadoras nas artes visuais, nos jogos teatrais, na dança, em brincadeiras musicais e com notações musicais criativas. • Identificar, explorar e escolher dife- rentes materialidades para se expressarem diversas linguagens como as artes visuais, a música, o teatro, a dança, in- cluindo as manifestações em artes inte- gradas como as esculturas e instalações sonoras, percebendo também que o corpo é materialidade expressiva. • Comunicar-se oralmente a respeito de manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como a dança, a música, o teatro, as artes visuais e as propostas lú- 64 Coisas e sons 1101-ART-V1-U2-C3-LA-F008 Movimento Música e dança INSTI TU TO C AR YB É / C O PY RI G JH TS C O N SU LT O RI A MAURO KURY IN ÊS C O RR EA EXPRESSÃO CORPORAL 82 80 90 106 G UT O M UN IZ 6565 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 CAPÍTULO 3 • CORPO, SOM E MOVIMENTO CAPÍTULO 4 • CORPO EXPRESSIVO OBSERVE AS IMAGENS E ACOMPANHE A LEITURA DAS PALAVRAS. O QUE SERÁ QUE VAMOS ESTUDAR? JÁ PENSOU EM TUDO O QUE O NOSSO CORPO É CAPAZ DE FAZER, VER, OUVIR, CANTAR? EM COMO SE MOVIMENTA E SENTE O MUNDO? COM O CORPO, DESCOBRIMOS A ARTE QUE ESTÁ EM NÓS. O QUE VOCÊ SABE SOBRE O CORPO E A ARTE? 1. VAMOS PROCURAR ESTAS IMAGENS NO LIVRO? ESCREVA, NO QUADRINHO PERTO DE CADA IMAGEM, O NÚMERO DA PÁGINA EM QUE VOCÊ A ENCONTROU. Ritmo e PulsaçãoCorpo CL AU DI A M AR IA N N O AC ER VO D O G RU PO Â N G EL O M AD UR EI RA & AN A CA TA RI N A VI EI RA 94 79 6464 2 unidade O corpo e a arte D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64 09/08/21 20:5309/08/21 20:53 ⊲ INTRODUÇÃO À UNIDADE Indica os objetivos pedagógicos da unida- de e os pré-requisitos pedagógicos. Introduz conteúdos, conceitos e atividades e como es- tas se relacionam com os objetivos e os pré- -requisitos pedagógicos para sua realização. ⊲ BNCC Indica as habilidades da Base Nacional Co- mum Curricular trabalhadas nas propostas do Livro do Estudante e nos desdobramentos sugeridos neste manual. ⊲ ORGANIZE-SE Sugestões didáticas para o levantamento de saberes dos estudantes ou para contextualizar a sequência de conteúdos e atividades. Pode con- ter a relação de materiais que o professor terá de providenciar com antecedência para realizar as propostas. ⊲ ROTEIRO DE AULA Comentários e orientações para apoiar o pla- nejamento docente. Nesse tópico, também são aprofundados conceitos trabalhados no Livro do Estudante e são apresentadas informações com- plementares. Respostas, sugestões de respostas e algumas orientações didáticas mais específicas, isto é, aquelas que auxiliam no dia a dia da sala de aula, encontram-se em magenta em cada página do Manual do Professor, mas podem ser mais de- talhadas nesse tópico. ⊲ BNCC (EF15AR13) Identificar e apreciar cri- ticamente diversas formas e gêneros de expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de cir- culação, em especial, aqueles da vida cotidiana. (EF15AR14) Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brinca- deiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apre- ciação musical. (EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corpo- ral), na natureza e em objetos cotidia- nos, reconhecendo os elementos cons- titutivos da música e as características de instrumentos musicais variados. (EF15AR17) Experimentar improvisa- ções, composições e sonorização de histórias, entre outros, utilizando vo- zes, sons corporais e/ou instrumentos musicais convencionais ou não con- vencionais, de modo individual, cole- tivo e colaborativo. ORGANIZE-SE Serão propostas atividades em que o próprio corpo será a materialidade. Propor um espaço amplo que permita aos estudantes realizar movimentos corporais livres. ROTEIRO DE AULA Conversar sobre o termo percus- são, explicando aos estudantes que se refere a um choque resultante da ação de um corpo sobre outro. Na música, percussão é criar sons por meio de impacto, raspagem ou agita- ção, como bater em um tambor, agi- tar um chocalho, tocar um reco-reco. Outras ações também podem fazer nascer um som de percussão, por exemplo: usar objetos do cotidiano como objetos sonoros. Diferenciar a percussão corporal (bater palmas, estalar os dedos) da percussão com instrumentos musicais (pandeiro, tambor ou outros objetos sonoros). Retomar a imagem das páginas 66 e 67, do grupo Barbatuques. Convidar os estudantes para a fruição a partir da imagem na página 74, provocando-os a se expressarem sobre o que já sabem e o que ainda podem descobrir pela leitura de imagens (registro fotográfico do grupo Barbatuques). Nas atividades 1 e 2, levar exemplos de trabalho do Barbatuques. No espetá- culo Tum pá, por exemplo, eles escolhe- ram como título uma onomatopeia do som de uma pisada seguido do som de uma palma. Jogar com os sons é uma característica do Barbatuques, que brinca com a plateia e a envolve no espetáculo. Propor este jogo aos estudantes, bem como propor que realizem experiências para percebe- rem como é possível criar na arte usando o seu “corpo sonoro” por meio de ex- plorações de sons de percussão corporal, com a voz, assobios e outras ações. Na atividade 3, depois de explorar as possibilidades do corpo sonoro, propor uma roda de conversa para comentarem o que aconteceu na brincadeira. 74 4. Resposta pessoal. Retomar com os estudantes o conceito de onomatopeia e exercitar o conhecimento alfabético deles, levando-os a relembrar os sons das letras, das sílabas e das palavras para que, assim, consigam compor onomatopeias que remetam aos sons criados por eles e pelos colegas na proposta anterior. Esta proposta também é um momento oportuno para exercitar a consciência fonológica e fonêmica. 1. Espera-se que os estudantes percebam que, por meio das ações descritas no início desta seção, é possível fazer um som de percussão com o próprio corpo, ou seja, fazer sons a partir da percussão corporal. 1. DE QUE MANEIRA PODEMOS USAR O NOSSO CORPO COMO UM INSTRUMENTO DE PERCUSSÃO? 2. QUANTOS SONS PODEMOS FAZER USANDO O CORPO COMO INSTRUMENTO MUSICAL? CONVIDE OS COLEGAS E DESCUBRAM JUNTOS. 3. O QUE ACONTECEU NA BRINCADEIRA DE CRIAR SONS COM O CORPO? QUAIS SONS VOCÊ E OS COLEGAS INVENTARAM? 4. NO ESPAÇO A SEGUIR, REPRESENTE OS SONS QUE VOCÊ FEZ COM OS COLEGAS USANDO ONOMATOPEIAS. 5. CONVIDE AMIGOS E FAMILIARES PARA CRIAR SONS A PARTIR DA PERCUSSÃO CORPORAL. DEPOIS, EM SALA DE AULA, CONTE AOS COLEGAS COMO FOI A EXPERIÊNCIA. Resposta pessoal. 2. Resposta pessoal. Incentivar os estudantes a participarem da brincadeira. Se necessário, apresentar alguns exemplos de sons extraídos da percussão de partes de seu corpo. Explorar também sons obtidos com o sopro e o uso da voz, como assobio e canto. 3. Resposta pessoal. Estimular os estudantes a perceberem as possibilidades de criar sons explorando o próprio corpo, assobiando, usando a voz, as mãos, os dedos, os pés. 75 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75 06/07/21 10:2406/07/21 10:24 VOCÊ SABIA QUE TODOS NÓS POSSUÍMOS UM INSTRUMENTO MUSICAL EXPRESSIVO? É O NOSSO CORPO! OS ARTISTAS DO GRUPO BARBATUQUES TOCAM MUITO BEM ESSE INSTRUMENTO! OBSERVE ESTA IMAGEM. CORPO E SOM PERCUSSÃO É A CRIAÇÃO DE SONS DE DIFERENTES MANEIRAS. ELA PODE SER FEITA: • POR IMPACTO, COMO BATER EM UM TAMBOR; • POR RASPAGEM, COMO TOCAR UM RECO-RECO; • POR AGITAÇÃO, COMO TOCAR UM CHOCALHO; • USANDO OUTROS OBJETOS E INSTRUMENTOS, INCLUINDO O PRÓPRIO CORPO. TA TI W EX LE R ▲ MÚSICOS DO GRUPO BARBATUQUES EM APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO SÓ +1 POUQUINHO AO VIVO, 2019. AO BATERPALMAS, ESTALAR OS DEDOS E BATER AS MÃOS EM VÁRIAS PARTES DO CORPO, ELES EXPLORAM SONS DE PERCUSSÃO. ALÉM DISSO, CANTAM, ASSOBIAM E CRIAM OUTROS SONS, EXPLORANDO ESSE EXPRESSIVO INSTRUMENTO MUSICAL: O CORPO. arte-AVENTURA 74 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74 06/07/21 10:2406/07/21 10:24 D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74 09/08/21 20:5409/08/21 20:54 6 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 46D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 46 09/08/21 21:0709/08/21 21:07 XLVII ⊲ ARTICULAÇÃO COM... Explicita os momentos de interdisci- plinaridade com outros componentes curriculares ou áreas do conhecimento propostos no Livro do Estudante. a invenção do cinema transformou como vemos imagens que podem ser fixas, por exemplo, uma fotografia, ou em movimen- to, como em um vídeo. A partir da invenção das imagens em movimento, essa linguagem passou a fazer parte da nossa cultura e de- senvolveu-se para a linguagem audiovisual, integrando tecnologias de vídeo e de som. Já apresentamos de modo introdutório a obra dos artistas Ceci Soloaga e Ygor Marotta, que formam a dupla VJ Suave e criam animações digitais coloridas que fazem parte de instalações audiovisuais e grafites digitais em intervenções em várias cidades. A instalação A natureza invade a cidade provoca uma reflexão sobre como a natureza faz falta em espaços urbanos e sobre como encontrar soluções para transformar esses espaços. Conversar com eles sobre como percebem a natureza onde vivem e como viver próximo ou distante da natureza afeta a vida deles. Articulação com Ciências da Natureza Nesta proposta a articulação entre Arte e Ciências da Natureza é feita por meio da investigação de formas na natureza e na apreciação da exploração dessas formas na arte. Também é realizada por meio do trabalho com noções de sustentabilidade e conservação am- biental em centros urbanos. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade 3 trabalha com litera- cia familiar ao propor uma conversa com um familiar, incentivando a troca de conhecimentos sobre a conserva- ção ambiental. ⊲ +IDEIAS São muitas as linguagens e as mí- dias que exploram a cultura audiovisual na arte, desenvolvidas com linguagens integradas, híbridas, em que o som e a imagem estão a serviço da poética. São linguagens como a videoarte, a videoinstalação, o videoclipe, a video- dança e a videointervenção. Conversar com os estudantes sobre a cultura au- diovisual: o mundo é repleto de cores e sons. Vocês já pensaram sobre isso? Que tal vermos e ouvirmos mais? Sugerimos que nesta conversa seja introduzida a noção de paisagem so- nora enquanto conjunto de sons que podemos perceber à nossa volta: os produzidos pela voz humana e de outros animais, os da natureza, os de máquinas e os produzidos por instru- mentos musicais. No dia a dia e na arte, podemos criar e apreciar paisa- gens sonoras. Alguns artistas utilizam esses sons para criar ambientes e sen- sações, como foi feito na instalação A natureza invade a cidade. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se expressam ao conversarem em mo- mentos de nutrição estética. Se hou- ver estudantes mais silenciosos, convi- dá-los para se expressar fazendo com- binados para que todos respeitem os momentos de fala e escuta no grupo. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • VJ SUAVE. A natureza invade a cidade. Disponível em: https://vjsuave.com/projects/ a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br. Acesso em: 6 jul. 2021. O site apresenta algumas fotos e um vídeo sobre a instalação audiovisual que convida o público a interagir com um mundo imaginário e animado com per- sonagens que percorrem o ambiente. 27 EM UMA INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL, A DUPLA VJ SUAVE CRIOU, COM SONS, FORMAS E CORES, UMA OBRA QUE EXPRESSA A PREOCUPAÇÃO COM A VIDA NAS CIDADES. INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL É UM AMBIENTE CRIADO COM RECURSOS DE IMAGENS (FIXAS OU EM MOVIMENTO) E SONS. ▲ A NATUREZA INVADE A CIDADE, INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL CRIADA PELA DUPLA VJ SUAVE. OBRA EXPOSTA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2014. 1. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS NAS CASAS, NOS EDIFÍCIOS E EM OUTRAS CONSTRUÇÕES? 2. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS DA NATUREZA NO LUGAR ONDE VIVE? 3. CONVERSE COM UM FAMILIAR SOBRE O QUE É PRECISO FAZER PARA SE TER MAIS NATUREZA NAS CIDADES. DEPOIS, CONTE PARA OS COLEGAS DA TURMA SOBRE AS SUGESTÕES. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam as formas geométricas e orgânicas nas construções e nos espaços em que moram ou frequentam. Sugere-se convidar a família a participar, Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem as formas, em especial as orgânicas, em folhas no jardim, flores, frutas, animais, nuvens e em outros elementos da paisagem. Resposta pessoal. Incentivar a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares. O foco dessa proposta é levá-los a refletir sobre a conservação ambiental, seguindo os normativos referentes à educação ambiental. VJ S UA VE para os estudantes perceberem que essas formas fazem parte da arquitetura e do design do local onde vivem. 27 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 FORMAS DA NATUREZA NA ARTE OBSERVE ESTA OBRA DE REGINA SILVEIRA. NESSA INSTALAÇÃO COM FORMAS ORGÂNICAS, A ARTISTA RECRIOU IMAGENS DO CÉU EM UM DIA ENSOLARADO DENTRO DE UMA SALA DE UM MUSEU DE ARTE. VOCÊ JÁ IMAGINOU CAMINHAR COMO SE ESTIVESSE ANDANDO SOBRE AS NUVENS? A ARTE TORNA POSSÍVEL VIVER ESSA SENSAÇÃO! ▲ MONTAGEM DE ILUSTRAÇÃO COM FOTOGRAFIA DA OBRA ENTRECÉU, INSTALAÇÃO DE REGINA SILVEIRA, 2007. VINIL ADESIVO. MUSEU VALE DO RIO DOCE, ESPÍRITO SANTO/ DING MUSA. ILUSTRAÇÃO: WANDSON ROCHA REGINA SILVEIRA (1939-) É UMA ARTISTA QUE GOSTA DE CRIAR COM MUITAS FORMAS. ACE RV O P ES SO AL 26 diAlogos CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 vemos nas ondas do mar ou no movimen- to de uma fita a voar com o vento. Os estudantes estão em fase de alfabe- tização, descobrindo as letras, as palavras e as funções sociais de textos. Consideramos importante trabalhar as informações das legendas das obras, mas, ao final da me- diação, como um modo de ampliar infor- mações sobre a obra apresentada. Por uma escolha didática, foram abreviadas as uni- dades de medida referentes às dimensões das obras de arte. Abreviamos metros (m) e centímetros (cm) em todas as legendas. O uso de letras maiúsculas nas unidades de medida possui fins meramente didáticos, uma vez que neste volume do Livro do Es- tudante e no Capítulo 1 do 2o volume não se utilizam letras minúsculas. Na atividade 5, os estudantes são desafiados a refletir sobre que materia- lidades podemos usar para criar linhas e movimentos. ⊲ +IDEIAS Após o momento de nutrição estética e da roda de conversa, propor exercícios lúdicos em que os estudantes te- nham acesso a materiais como fitas de tecido para brincar e dançar. O corpo pode fazer movimentos com base nas linhas que eles perceberam nas duas obras artísticas apreciadas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se mostram interessados na leitura de imagens e como se expressam oral- mente. Identificar se acolhem a fala dos colegas na construção coletiva e colaborativa de hipóteses interpreta- tivas. Registrar as falas em seu diário de bordo. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • FUNDAÇÃO JOAN MIRÓ (Fundación Joan Miró, Barcelona). Disponível em: https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/.Acesso em: 5 jul. 2021. Site oficial da Fundação Miró (em catalão, espanhol e inglês), localizada em Barcelona, na Espanha. Além de informações sobre a fundação, é pos- sível conhecer a biografia de Miró e acessar imagens de obras do artista. • INSTITUTO TOMIE OHTAKE. Disponível em: https://www.institutotomieohtake. org.br. Acesso em: 5 jul. 2021. No site é possível acessar um amplo acervo de imagens de obras da artista Tomie Ohtake. • LEYTON, Daina (org.). Educação e acessibilidade: experiências do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Pau- lo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2018. Disponível em: https://mam. org.br/wp-content/uploads/2018/09/ E d u c a c % C C % A 7 a % C C % 8 3 o - e - Acessibilidade_experie%CC%82ncias- do-MAM-QRcode.pdf. Acesso em: 5 jul. 2021. Há outras formas de estimular o aprendizado e a percepção de linhas na fruição de obras artísticas e na prá- tica de educação inclusiva. Por isso, sugerimos a leitura desse material que apresenta ações de educação inclu- siva do Museu de Arte Moderna de São Paulo. 15 ▲ SEM TÍTULO, ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE, NO MUNICÍPIO DE SANTOS, ESTADO DE SÃO PAULO, 2008. AÇO, 15 M x 20 M x 2 M. PA RQ UE D O EM IS SÁ RI O SU BM AR IN O, SA NT OS . L EO F RA NC IN I/A LA M Y/ FO TO AR EN A A ARTISTA CRIOU LINHAS EM SUA ESCULTURA DE AÇO EM COR VERMELHA QUE OCUPA O ESPAÇO DA PAISAGEM À BEIRA DO MAR. 4. AS LINHAS EM OBRAS DE ARTE PODEM REPRESENTAR IDEIAS E SENSAÇÕES? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. 5. QUE TIPOS DE LINHAS PERCEBEMOS NESSA OBRA DE TOMIE OHTAKE? A) SERÁ QUE PODEMOS CRIAR ESSAS LINHAS COM OUTROS MATERIAIS? VAMOS EXPERIMENTAR? B) QUE TAL FAZER MOVIMENTOS CORPORAIS PARA IMITAR OS MOVIMENTOS DESSAS LINHAS? TOMIE OHTAKE (1913-2015) NASCEU NO JAPÃO. AINDA JOVEM, VEIO MORAR NO BRASIL, ONDE DESENVOLVEU SUA ARTE. MUITAS DE SUAS ESCULTURAS PODEM SER VISTAS EM RUAS, PRAÇAS E PARQUES. Resposta pessoal. 5. a) Resposta pessoal. É possível criar essas linhas com outros materiais, como argila, linhas, tecidos, papéis, entre outros. Levar fitas de tecido para a sala de aula e oferecê-las aos estudantes para que brinquem e percebam que podemos criar linhas com elas. 5. b) Resposta pessoal. Propor aos estudantes que reproduzam os movimentos das linhas com o próprio corpo, trabalhando de modo lúdico a fruição, a percepção visual e a expressão corporal. DENISE ANDRADE AGORA, OBSERVE A IMAGEM DESTA ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE. 15 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 ARTE EM LINHAS NA ARTE, MUITOS ARTISTAS USAM LINHAS E FORMAS. OBSERVE ESTA PINTURA DE JOAN MIRÓ. ▲ O DIAMANTE SORRI AO CREPÚSCULO, DE JOAN MIRÓ, 1947. ÓLEO SOBRE TELA, 97 CM x 130 CM. VOCÊ PERCEBEU AS LINHAS E AS FORMAS NA IMAGEM? PASSE UM DEDO OU UM LÁPIS SOBRE ELAS E DESCUBRA OS CAMINHOS DOS GESTOS E DOS TRAÇADOS REALIZADOS POR MIRÓ. 1. ONDE ESTÃO AS LINHAS NA PINTURA? COMO ELAS SÃO? 2. ALÉM DAS LINHAS, QUE OUTROS ELEMENTOS VOCÊ PERCEBEU NA OBRA? 3. SERÁ QUE ELEMENTOS VISUAIS, COMO LINHAS, FORMAS E CORES, SÃO ENCONTRADOS APENAS NA ARTE? OBSERVE AO SEU REDOR E CONVERSE COM OS COLEGAS A RESPEITO. e de direções das linhas criadas pelo artista Joan Miró na pintura e, também, que identifiquem © S UC CE SS IÓ M IR Ó / A UT VI S, B RA SI L, 2 02 1. JOAN MIRÓ (1893-1983) FOI UM ARTISTA QUE ADORAVA CRIAR MUNDOS IMAGINÁRIOS COM LINHAS, FORMAS E CORES. GILB ER T UZ AN /G AM M A- RA PH O /G ET TY IM AG ES a percepção para seu meio, por exemplo, em elementos da arquitetura, em objetos, em estampas de roupas, entre outros. pontos, formas e cores na imagem, a fim de ampliar 1, 2 e 3. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam as variedades de formatos O uso de unidade de medida com letras maiúsculas é uma escolha didática, tendo em vista que os alunos estão em processo de alfabetização. 14 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14 09/07/21 08:3609/07/21 08:36 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 ⊲ PNA Explicita como o conteúdo abordado ou as propostas apresentadas no Livro do Estudante e neste manual contribuem no desenvolvimento de habilidades para a alfabetização dos estudan- tes à luz da Política Nacional de Alfabetização. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Compreendendo o processo de avaliação como algo contínuo, são indicados possíveis momentos de avaliação. Essas indicações não estão neces- sariamente relacionadas à elaboração de provas, mas têm como objetivo chamar a atenção para o processo de desenvolvimento de conhecimentos específicos, relacionados à aquisição de valores, às atitudes e às habilidades, tanto individuais como em grupo. ⊲ +IDEIAS São sugestões de atividades complementares para ampliar e aprofundar conceitos desenvolvi- dos. Podem ser utilizadas como um momento a mais no processo de avaliação contínua, em que alguns conteúdos são retomados para verificar possíveis dúvidas dos estudantes. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf XLVIII A proposta de criar desenhos a partir de observações em janelas também pode ser feita em casa. No entanto, é preciso alertar os familiares de que os estudantes devem realizar essas observações e pesquisas senso- riais sempre com a presença de um adulto. ⊲ +IDEIAS Para mostrar as produções dos estudan- tes, sugere-se a proposta Janelas pelas ja- nelas. Oferecer a eles folhas maiores como suportes e propor a criação de mais dese- nhos inspirados no que veem pela janela. Em uma parede, colocar placas de papelão e fixar as criações deles. Assim, os colegas de turma e outras pessoas da comunidade escolar poderão apreciar essas produções. Contar sobre o processo de criação de Matisse. Ele dizia que, para pintar, era ne- cessário olhar o mundo como se fosse a primeira vez que abrimos os olhos. Assim, podemos perceber todas as suas cores, formas e belezas. Matisse gostava de pes- quisar os efeitos dos tons das cores e as formas. Às vezes, ele usava vários tons de uma única cor em suas pinturas. Outras vezes, criava imagens bem coloridas. Matisse inventou uma técnica que ficou conhecida como “desenho com tesoura”, em que fazia recortes de formas de papéis coloridos e criava composições em colagens. Pesquisar mais sobre os desenhos de tesoura e propor aos estudantes novas expe- riências a fim de que criem arte usan- do cores e formas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A dica aqui é acompanhar como os estudantes participam de momentos de apreciação de imagens, se expres- sam oralmente, colocam suas hipóte- ses e se expressam de modo criativo e poético a partir de percepçõese leitu- ras de mundo. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA • CURTAS que arrebatam #57: inspira- dos em artistas. Laboratório de educação, 20 jul. 2020. Disponível em: https:// labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57- inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse. Acesso em: 2 jun. 2021. Artigo em que são indicados e disponibilizados vídeos de animação para fruir em família. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • O BOLERO de Matisse: timbre ou a cor do som. Vídeo (9min04s). Dispo- nível em: https://www.youtube.com/ watch?v=kcqTCgCQ3FU. Acesso em: 20 jun. 2021. A animação O bolero de Matisse é uma linda viagem ao mundo desse artista. O vídeo trabalha sons e cores, e permite perceber as relações das artes visuais e musicais, entender o conceito de timbre, ou a cor do som, por meio da composição de Ravel “Bolero”. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • MARINHO, Patrícia. Pintar com tesou- ra, uma arte inspirada em Matisse. Tempojunto, 26 out. 2014. Disponível em: https://www.tempojunto.com/2014/10/26/ pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada- em-matisse/. Acesso em: 2 jun. 2021. Essa matéria traz informações so- bre Matisse e sua obra, além de uma proposta de oficina que pode ser rea- lizada com os estudantes e visa fazer pinturas com tesoura inspiradas na criação de Matisse. 45 1. AGORA, OLHE PELA JANELA. QUAIS CORES VOCÊ VÊ HOJE? 2. FECHE OS OLHOS POR ALGUNS SEGUNDOS. QUAIS SONS VOCÊ OUVE DA JANELA? 3. NO ESPAÇO A SEGUIR, VOCÊ VAI CRIAR DESENHOS QUE EXPRESSEM CORES, FORMAS E SONS A PARTIR DO QUE VOCÊ VÊ, OUVE OU PERCEBE DA JANELA. DICA: LEMBRE QUE VOCÊ PODE SEMPRE IMAGINAR E TAMBÉM INVENTAR! Resposta pessoal. Orientar os estudantes, ou combinar com os familiares, sobre a realização desta proposta. A ideia é que eles (com segurança) se aproximem da janela da escola ou de casa para observar a paisagem. É importante que identifiquem cores, formas e sons e que depois, com liberdade, se expressem pelo desenho, trazendo elementos da observação com abertura para exercícios de imaginação e invenção. Deixá-los livres para escolherem os riscadores com os quais realizarão a atividade. CL AU DI A M AR IA N N O 1. e 2. Respostas pessoais. Sugere-se criar uma lista de cores e outra de sons na lousa para os estudantes perceberem a diversidade de percepções. Aproveitar o momento para valorizar a diversidade de percepções. 45 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 OBSERVE ESTA IMAGEM FEITA POR HENRI MATISSE. CORES E SONS NA SUA JANELA ▲ A JANELA ABERTA, DE HENRI MATISSE, 1905. ÓLEO SOBRE TELA, 55,3 CM x 46 CM. SERÁ QUE O ARTISTA CRIOU ESSA PINTURA COM BASE NO QUE ESTAVA OBSERVANDO PELA JANELA? OU SERÁ QUE ELE INVENTOU CORES E FORMAS A PARTIR DA SUA IMAGINAÇÃO? VAMOS REFLETIR UM POUCO MAIS SOBRE AS CORES E OS SONS QUE VOCÊ VÊ E OUVE DA JANELA? HENRI MATISSE (1869-1954) FOI UM ARTISTA QUE CRIOU PINTURAS E COLAGENS BEM COLORIDAS. ELE FEZ PARTE DE UM MOVIMENTO DE ARTE CHAMADO FAUVISMO. OS ARTISTAS DO FAUVISMO EXPLORAVAM MUITO AS CORES E TAMBÉM ERAM CONHECIDOS COMO “FERAS DA COR”. © S UC CE SS IO N H . M AT IS SE / AU TV IS , B RA SI L, 2 02 1. C AP TI O N : A JA N EL A AB ER TA , D E HE N RI M AT IS SE , 1 90 5 AU TV IS TH E LI FE P IC TU RE C O LL EC TI O N / G ET TY IM AG ES arte-AVENTURA 44 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nessa seção, propõe-se um mo- mento para uma avaliação proces- sual. Na parte geral do Manual do Professor, no item Monitoramento da aprendizagem, há uma ficha de avaliação dos estudantes em que constam os objetivos pedagógicos da unidade. Com o acompanhamento da aprendizagem, é possível identi- ficar conhecimentos individuais con- quistados nos estudos ao longo da unidade, retomar e avaliar habilidades e conteúdos estudados e identificar possíveis dificuldades. Sugere-se olhar e avaliar os objetivos pedagógicos da unidade tendo como base todas as situações avaliativas propostas. Além das atividades da seção, os portfólios físicos e/ou eletrônicos, os cadernos de artista, as anotações em seu diário de bordo e outras produções e regis- tros criados podem ser considerados. Nesse sentido, é importante também retomar situações avaliativas em que a presença do corpo se fez potente nos estudantes, principalmente em propostas com dança, teatro, música, performance e outras linguagens. Tendo em vista que cada pessoa pode ter experiências diversas com a Arte, é importante avaliar a qualidade dos encontros que os estudantes tive- ram com essa área de conhecimento em suas diferentes linguagens. Caso identifique que algumas experiências não foram vividas, sugere-se oferecer novas oportunidades de ação criadora em que desenvolvam competências e habilidades e criem com autonomia a partir de poéticas autorais. Pro- porcionar conversas em grupo sobre as próprias produções pode ser uma ação positiva para a autoavaliação e a percepção da potência expressiva de cada um. suas produções de imagens são diferen- tes das representações feitas pelos adul- tos. Portanto, é necessário analisar essas produções com o olhar de quem conhece e estuda a infância. Além disso, é importante perceber como as crianças criam hipóteses inter- pretativas das leituras de imagens; como percebem as sonoridades, as paisagens sonoras e criam partituras não convencio- nais com desenhos e sons onomatopeicos; como se expressam corporalmente a partir do encontro estésico e estético com ima- gens (fixas e em movimento), sons, mú- sicas, poemas; e como aprendem juntas, em colaboração com os colegas, o profes- sor e os familiares. Embora se saiba que as crianças carregam consigo suas leituras de mundo e poéticas, é preciso oportunizar tempos, espaços, materialidades para que, em ambiências criadoras e educadoras, elas sejam provocadas com experiências estéticas e estésicas que potencializem a expressão de suas poéticas pessoais. 63 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CL AU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL--ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-se que eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ SUGESTÃO Sugestões de sites, livros, revistas, artigos, músicas e/ou outros recursos que instrumen- talizam o professor para a utilização de dados e fatos, ampliando a formação e o trabalho docente. Além disso, sugere materiais que podem ser indicados aos estudantes e seus familiares. ⊲ PARA CASA Indica os momentos de atividades que podem ser desenvolvidas em casa, além de estratégias para o trabalho em conjunto com os familiares. ⊲ CONCLUSÃO DA UNIDADE Orienta a avaliação formativa e o monito- ramento da aprendizagem. ROTEIRO DE AULA Na atividade 1, os estudantes de- vem criar um desenho usando elemen- tos constitutivos da linguagem visual, como ponto, linha, forma e cor. Como a proposta nesta unidade foca o traba- lho com a alfabetização nas linguagens da Arte, é importante observar se eles ampliaram o uso desses elementos após vivenciarem momentos de leitura de imagens, de conversas, de criação de imagens para expressar o que estavam aprendendo. Aproveitar, também, para analisar se são expressos, nos desenhos, formatos, posições, espessuras e outros aspectos de construção de variados ti- pos de linhas. Observar se usam formas orgânicas e geométricas e, ainda, se es- colhem cores para compor suas criações e se surgem composições com autoria, criatividade e poéticas pessoais. A ativi- dade 2 propõe avaliar se os estudantes fazem escolhas sensíveis e conscientes desses elementos e de outros, como tex- turas, movimentos, espaços tridimen- sional ou bidimensional. Na atividade 3, é retomado o estudo das cores e suas misturas. As propostas 3a e 3b visam avaliar como os estudantes percebem a progressão de misturas entre cores na ordem das cores primárias, secundárias e terciárias. Na atividade 4, a propos- ta é avaliar como os estudantes obser- vam e descrevem sons relacionando e identificando fontes sonoras (naturais e artificiais). Na atividade 5, explora-se a investigação de sons naturais e artificiais representados por onomatopeias. Na atividade 6, a proposta é retomar os estudos sobre os parâmetros sonoros e avaliar competências e habilidades que os estudantes aprendem e expressam ao estudar o conceito de intensidade, na atividade 6a, e de duração na ati- vidade 6b. CONCLUSÃO DA UNIDADE Ao se preocupar em desenvolver com- petências e habilidades no ensino e apren- dizagem de Arte, tendo como foco a al- fabetização em linguagens artísticas, tam- bém são trazidas inquietações sobre como os estudantes se desenvolvem na relação entre arte e vida, e como são suas leituras de mundo e suas poéticas pessoais. Cada criança carrega em si sua poética, ou seja, sua forma de expressão. Nesse contexto, a palavra poética refere-se ao discurso expressivo (visual, corporal ou musical) de um indivíduo ou de uma coletividade, às escolhas feitas e aos arranjos criados entre elementos constitutivos de linguagens, materialida- des, assuntos, aspectos estéticos e pen- samentos imagéticos. Nos contextos das produções, é importante lembrar que as crianças, ao criar desenhos, passam por diferentes momentos de desenvolvimen- to em suas representações gráficas e que 62 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CL AU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL- -ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-se que eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI Educadora, escritora e artista visual. Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura (Mackenzie-SP), mestre em Artes Visuais (Unesp-SP) e licenciada em Educação Artística (UMC-SP), com especialização em Antropologia (FESPSP) e em Arte-Educação (USP-SP). É ilustradora, autora de livros didáticos e de propostas para a formação de educadores. Também atua na assessoria de projetos educativos e culturais e em atualização e implantação de currículos em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. PASCOAL FERNANDO FERRARI Educador, escritor, ator e diretor teatral. Mestre em Ensino de Ciências (Unicsul-SP), licenciado em Pedagogia (Unicastelo-SP) e em Psicologia (UBC-SP),com especialização em Sociologia (FESPSP). É autor de diversos livros de Arte, com foco na linguagem teatral. Também é assessor em propostas curriculares, pesquisador e docente universitário na área de teatro. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. CARLOS ELIAS KATER Educador, musicólogo e compositor. Doutor em História da Música e Musicologia pela Universidade de Paris IV (Sorbonne) e professor titular pela Escola de Música da UFMG. Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem). É membro permanente do Conselho Assessor da Cátedra Livre de Pensamento Pedagógico Musical Latino-Americano (Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires), conferencista, consultor e autor de publicações sobre Musicologia e Educação Musical Contemporânea. Sua produção já recebeu indicação ao Prêmio Jabuti. BRUNO FISCHER DIMARCH Educador, escritor, dançarino e artista multimídia. Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e licenciado em Educação Artística (Famosp-SP). Foi professor em escolas públicas e privadas e em universidades. Atuou como técnico e assessor em Secretarias de Educação e como coordenador de ensino a distância na Fundação Bienal de São Paulo. Foi consultor pedagógico na TV Cultura de São Paulo e educador em ações de formação continuada de professores. Sua produção já foi indicada ao Prêmio Jabuti. 1a edição, São Paulo, 2021 Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 4ARTE D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 1D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 1 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 1D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 1 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 2 APRESENTAÇÃO Querido estudante, Você já parou para pensar que vivemos em um mundo repleto de imagens? Que ouvimos sons o tempo todo? Que fazemos gestos e movimentos para nossa comunicação e expressão? A arte é uma forma de criar imagens, sons, gestos e movimentos. Ela é, também, uma maneira de nós percebermos o mundo ao nosso redor e de nele criarmos formas de expressão. Por isso, temos um convite para fazer a você: que tal embarcar com a gente em uma aventura pelo universo da arte, conhecer alguns artistas e descobrir do que é feita a arte? Então, ficou curioso? Aprender por meio da música, das artes visuais, da dança, do teatro, das artes integradas e ainda criar arte usando esses conhecimentos pode ser uma “arte-aventura” inesquecível! Vamos nessa? Convide seus familiares também! Os autores. Estes ícones indicam a forma como você vai realizar as propostas de Arte: Oralmente Em grupo Para casaTecnologiasDesenho Investigação D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 3D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 3 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 4o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Claudia Marianno Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Bentinho, Bruna Assis Brasil, Bruna Ishihara, Claudia Marianno, Cibele Queiroz, David/Giz de Cera, Ichioka/Giz de Cera, Ideário Lab, Luiz Lentini, Manzi, Milton Rodrigues Alves, Paulo Cesar Pereira, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Tel Coelho/Giz de Cera, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 4º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-481-0 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-482-7 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-491-9 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-492-6 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72364 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 2D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 2 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 2D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 2 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 3 APRESENTAÇÃO Querido estudante, Você já parou para pensar que vivemos em um mundo repleto de imagens? Que ouvimos sons o tempo todo? Que fazemos gestos e movimentos para nossa comunicação e expressão? A arte é uma forma de criar imagens, sons, gestos e movimentos. Ela é, também, uma maneira de nós percebermos o mundo ao nosso redor e de nele criarmos formas de expressão. Por isso, temos um convite para fazer a você: que tal embarcar com a gente em uma aventura pelo universo da arte, conhecer alguns artistas e descobrir do que é feita a arte? Então, ficou curioso? Aprender por meio da música, das artes visuais, da dança, do teatro, das artes integradas e ainda criar arte usando esses conhecimentos pode ser uma “arte-aventura” inesquecível! Vamos nessa? Convide seus familiares também! Os autores. Estes ícones indicam a forma como você vai realizar as propostas de Arte: Oralmente Em grupo Para casaTecnologiasDesenho Investigação D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 3D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 3 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 4o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta LuizTonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Claudia Marianno Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Bentinho, Bruna Assis Brasil, Bruna Ishihara, Claudia Marianno, Cibele Queiroz, David/Giz de Cera, Ichioka/Giz de Cera, Ideário Lab, Luiz Lentini, Manzi, Milton Rodrigues Alves, Paulo Cesar Pereira, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Tel Coelho/Giz de Cera, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 4º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-481-0 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-482-7 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-491-9 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-492-6 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72364 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 2D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 2 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 3D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 3 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 ORGANIZAÇÃO DOS VOLUMES ⊲ VOCÊ JÁ VIU? Esta seção abre todos os volumes e objetiva realizar uma avaliação diag- nóstica dos conhecimentos esperados para o ano de ensino. Com base nessa sondagem, o professor pode definir seu planejamento anual, elaborando intervenções específicas para auxiliar os estudantes a resolver possíveis fal- tas de pré-requisitos. ⊲ ABERTURA DA UNIDADE Trata-se de uma apresentação dinâmica e visual das ideias-chave propostas nos percursos de aprendi- zagem de cada unidade. As palavras- -chave e as imagens apresentam as linguagens artísticas e o vocabulário de arte a ser trabalhado. ⊲ ABERTURA DE CAPÍTULO Todo início de capítulo é compos- to de imagem e boxe com texto que provocam a interpretação e convidam os estudantes a entrar no estudo dos saberes tratados no capítulo. A pro- posta não é explicar, mas mediar por meio da conversação e da provocação de ideias. É um momento que propicia a criação de situações interessantes de nutrição estética e escuta sensível. ⊲ DIÁLOGOS Nesta seção, são propostas re- lações entre arte e vida cotidiana. As conexões têm a preocupação de trazer temas contemporâneos como saúde, ética, educação ambiental, pluralidade cultural etc., além de es- tabelecer conexões interdisciplinares entre Arte e outros componentes curriculares. ⊲ OFICINA DE ARTE Seção que apresenta possibilidades para que os estudantes explorem, jo- guem, brinquem, interpretem, ence- nem, dancem, desenhem, pesquisem, experimentem, inventem, manipulem materialidades e resolvam problemas em diferentes situações no desafio de descobrir o fazer artístico. QUEM É? Apresenta os produtores de arte aos es- tudantes por meio de pequenas biografias desses artistas. BOXE CONCEITO Os principais conceitos trabalhados são apresentados em destaque para facilitar o estudo e a retomada durante a realização das atividades. 4 UNIDADE 2 • Esta arte é nossa! .................................60 3 Unidos pela arte .................................................................... 62 Gente e gesto, festa e movimento! .........................................................64 Diálogos | Geografia • O lugar dos ritmos brasileiros ................................... 66 Oficina de arte • Ouvir e se movimentar nos ritmos do Brasil ....................... 68 Arte-aventura • Sons e movimentos da minha cultura .......................................69 Arte em projetos • Cultura do brincar ......................................................... 70 Movimentos da cultura............................................................................. 72 Diálogos | Educação Física • Capoeira ......................................................... 75 Oficina de arte • Corpo em movimento e corpo desenhado ......................... 76 Arte-aventura • Danças dramáticas .............................................................. 77 Arte em projetos • Vamos dançar juntos? ..................................................... 78 4 Nossa música, nossa arte .................................................... 80 Ritmos e canções .......................................................................................82 Diálogos | História • Numa batucada brasileira ............................................ 88 Oficina de arte • Tocar, cantar e soar ........................................................... 90 Arte-aventura • Tambor, pandeiro e tudo que toca os brasileiros ................. 92 Arte em projetos • Vamos cantar e tocar do nosso jeito? ............................. 94 Artes que dizem quem somos! ................................................................96 Diálogos | Ciências da Natureza • Sons, formas e cores da natureza que inspiram a arte ................................................................. 100 Oficina de arte • Nossas canções ............................................................... 101 Arte-aventura • Os sons e as músicas da nossa bagagem cultural .............. 102 Arte em projetos • Criando histórias musicais ............................................ 104 VAMOS RECORDAR? ................................................................108 o que aprendi neste ano ......................................... 110 Referências comentadas ....................................................................................112 Leituras complementares para o professor .......................................................112 D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 5D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 5 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? ................6 Unidade 1 • Criação em grupo ........................8 1 Clube de arte ...................................................................10 Estar e criar junto ...................................................................... 12 Diálogos | Educação Física • Corpo flexível ................................16 Oficina de arte • Desenhos orgânicos e coletivos ........................18 Arte-aventura • Clube de artes visuais .........................................20 Arte em projetos • Criando gravuras ...........................................22 De olho na lente fotográfica ................................................... 24 Diálogos | História e consumo • Diferentes tecnologias para fotografar ...........................................................................26 Oficina de arte • Construindo uma câmera pinhole .....................28 Arte-aventura • Minha coleção de fotografias .............................32 Arte em projetos • Clube de fotografia da turma ........................34 2 Nosso grupo de teatro ...........................................36 Tá na mão! ................................................................................38 Diálogos | História • De canto em canto, um conto encanta .......42 Oficina de arte • Personagens no biombo ...................................43 Arte-aventura • Contando histórias .............................................44 Arte em projetos • Construindo e brincando com bonecos de vara.... .......................................................................46 Mamulengos ............................................................................. 48 Diálogos | Patrimônio cultural • Os mamulengos e a cultura brasileira...........................................................................52 Oficina de arte • Criando mamulengos .......................................53 Arte-aventura • Meu mamulengo ..............................................54 Arte em projetos • Nosso grupo de teatro ..................................56 VAMOS RECORDAR? ....................................................58 SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 4D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 4 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 4D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 4 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 GLOSSÁRIO O objetivo do glossário é sanar difi- culdades e enriquecer o vocabulário dos estudantes. Próximo ao texto aparecem palavras, possivelmente desconhecidas, e seu significado contextualizado. ESTA É A MINHA ARTE! Traz dicas de como realizar mostras e exposições presencias ou virtuais, visando apresentar as produções dos estudantes. DESCUBRA MAIS Apresenta indicações de livros, sites, ví- deos, músicas etc., acompanhadas de uma breve sinopse. Tem por objetivo apoiar o desenvolvimento da competência leitora, complementar os assuntos abordados e ampliar o repertório linguístico e cultural dos estudantes. ⊲ ARTE-AVENTURA Para que haja criação, é fundamen- tal observar. Por isso, um dos convites desta seção é fazer pesquisas senso- riais para perceber imagens, sons e gestos na arte e na vida cotidiana. Nela, os estudantes podem explorar a realidade em que vivem e relacionar aos conhecimentos de Arte. ⊲ ARTE EM PROJETOS Nesta seção, são propostas diversas situações de ação criadora. São várias possibilidades de desafios para os es- tudantes que se ampliam em projetos mais aprofundados, explorando o que foi estudado e vivenciado nas dife- rentes situações de aprendizagem do capítulo. ⊲ VAMOS RECORDAR? Visando apoiar a avaliação proces- sual, esta seção foi organizada para que os estudantes possam fazer a re- visão de conceitos estudados na uni- dade. As atividades são certificadoras e dão parâmetro para o professor de quanto os estudantes avançaram na aprendizagem. ⊲ O QUE APRENDI NESTE ANO Ao final de cada volume, são apre- sentadas atividades que visam reto- mar os diagnósticos realizados ao lon- go do ano. Assim, o professor poderá analisar os avanços e os resultados obtidos acerca dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes. ⊲ REFERÊNCIAS COMENTADAS Apresenta referências bibliográfi- cas comentadas e complementares para pesquisa ou consulta. 5 UNIDADE 2 • Esta arte é nossa! .................................60 3 Unidos pela arte .................................................................... 62 Gente e gesto, festa e movimento! .........................................................64 Diálogos | Geografia • O lugar dos ritmos brasileiros ................................... 66 Oficina de arte • Ouvir e se movimentar nos ritmos do Brasil ....................... 68 Arte-aventura • Sons e movimentos da minha cultura .......................................69 Arte em projetos • Cultura do brincar ......................................................... 70 Movimentos da cultura............................................................................. 72 Diálogos | Educação Física • Capoeira ......................................................... 75 Oficina de arte • Corpo em movimento e corpo desenhado ......................... 76 Arte-aventura • Danças dramáticas .............................................................. 77 Arte em projetos • Vamos dançar juntos? ..................................................... 78 4 Nossa música, nossa arte .................................................... 80 Ritmos e canções .......................................................................................82 Diálogos | História • Numa batucada brasileira ............................................ 88 Oficina de arte • Tocar, cantar e soar ........................................................... 90 Arte-aventura • Tambor, pandeiro e tudo que toca os brasileiros ................. 92 Arte em projetos • Vamos cantar e tocar do nosso jeito? ............................. 94 Artes que dizem quem somos! ................................................................96 Diálogos | Ciências da Natureza • Sons, formas e cores da natureza que inspiram a arte ................................................................. 100 Oficina de arte • Nossas canções ............................................................... 101 Arte-aventura • Os sons e as músicas da nossa bagagem cultural .............. 102 Arte em projetos • Criando histórias musicais ............................................ 104 VAMOS RECORDAR? ................................................................108 o que aprendi neste ano ......................................... 110 Referências comentadas ....................................................................................112 Leituras complementares para o professor .......................................................112 D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 5D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 5 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? ................6 Unidade 1 • Criação em grupo ........................8 1 Clube de arte ...................................................................10 Estar e criar junto ...................................................................... 12 Diálogos | Educação Física • Corpo flexível ................................16 Oficina de arte • Desenhos orgânicos e coletivos ........................18 Arte-aventura • Clube de artes visuais .........................................20 Arte em projetos • Criando gravuras ...........................................22 De olho na lente fotográfica ................................................... 24 Diálogos | História e consumo • Diferentes tecnologias para fotografar ...........................................................................26 Oficina de arte • Construindo uma câmera pinhole .....................28 Arte-aventura • Minha coleção de fotografias .............................32 Arte em projetos • Clube de fotografia da turma ........................34 2 Nosso grupo de teatro ...........................................36 Tá na mão! ................................................................................ 38 Diálogos | História • De canto em canto, um conto encanta .......42 Oficina de arte • Personagens no biombo ...................................43 Arte-aventura • Contando histórias .............................................44 Arte em projetos • Construindo e brincando com bonecos de vara.... .......................................................................46 Mamulengos ............................................................................. 48 Diálogos | Patrimônio cultural • Os mamulengos e a cultura brasileira...........................................................................52 Oficina de arte • Criando mamulengos .......................................53 Arte-aventura • Meu mamulengo ..............................................54 Arte em projetos • Nosso grupo de teatro ..................................56 VAMOS RECORDAR? ....................................................58SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 4D3-ART-F1-1101-V4-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU1.indd 4 03/08/21 16:0503/08/21 16:05 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 5D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 5 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 OBJETIVOS • Conhecer obras artísticas e partici- par de momentos de fruição e leitura de imagem, tendo como proposição a xilogravura A banda de pífano rural, de J. Borges, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. • Conversar e perceber que os pro- cessos de criação, poéticas e expres- sões acontecem em muitas lingua- gens e contextos culturais, inclusive em artes integradas. • Na fruição e leitura de imagens, identificar elementos constitutivos da linguagem visual (linhas, formas e cores) e como os arranjos entre eles produzem texturas, relações de figura e fundo, luminosidades, entre outros, refletindo e percebendo que tais elementos também estão pre- sentes em suas produções. • Expressar oralmente como perce- be o trabalho coletivo e colabora- tivo na produção e nas expressões nas várias linguagens artísticas e nas integrações entre elas. • Expressar oralmente suas expe- riências com diferentes linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. • Criar artisticamente com criati- vidade e poética, participando de ações criadoras em grupo no traba- lho colaborativo. • Refletir e expressar seus conhe- cimentos prévios sobre elementos constitutivos, materialidades e pro- cessos de criação em artes visuais, dança, música, teatro e nas integra- ções entre essas linguagens. • Expressar-se em grupo, combinan- do e integrando linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Nessa seção, propõe-se um momento para a avaliação diagnóstica. Na parte ge- ral do Manual do Professor, no item Mo- nitoramento da aprendizagem, há uma ficha que pretende auxiliar na construção de indicadores que poderão direcionar o planejamento e o trabalho a ser realizado durante o ano escolar. As questões da seção Você já viu? propõem analisar o quanto os estudantes compreendem seus processos de criação e a liberdade que têm para criar na arte. Na BNCC, o objeto de conhecimento proces- sos de criação é apresentado, em artes visuais, visando desenvolver habilidades ao propor a experimentação de processos criativos e poéticos de “modo individual, coletivo e colaborativo”. Também provoca os estudantes a estabelecerem diálogos “sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais”. Habilidades li- gadas ao processo de criação também são apontadas em dança, música, teatro e ar- tes integradas. Assim, é importante criar espaços para perceber como os estudan- 6 3 Que tal convidar os colegas para criar uma arte coletiva misturando as linguagens artísticas? 3. a), b) e c) Respostas pessoais. a) Criem movimentos e sonoridades: usem o próprio corpo e objetos sonoros diversos. b) Que movimentos e sons vocês criaram? c) Em um painel, criem um desenho coletivo regis- trando visualmente os sons e os movimentos cria- dos por vocês. Utilizem linhas, formas e cores. d) Em uma roda de conversa, apreciem o desenho produzido e discutam como as linguagens artísticas se misturaram nesta experiência. 4 Você sabia que muitas das produções artísticas são realizadas por pessoas que se reúnem em grupos, por exemplo, grupo de teatro, grupo de dança, clube de artistas visuais, entre outros? Assim, o trabalho em grupo tam- bém é importante para que muitas produções artísticas aconteçam. Agora, assinale as alternativas que representam comportamentos que facilitam o trabalho em grupo na escola. X Ouvir e respeitar a opinião de todos os colegas e do professor. Escolher um líder e seguir apenas a opinião dele. X Organizar e combinar as tarefas em grupo. Escolher apenas as tarefas mais fáceis e deixar as difíceis para os colegas. X Valorizar a participação e o trabalho de todos. X Dividir responsabilidades. Decidir individualmente e determinar o que o outro vai fazer. X Comprometer-se com o trabalho. X Compreender as dificuldades dos outros e ajudar. Outro comportamento. Qual? 3. d) A proposta aqui é criar uma situação de aprendizagem de ação criadora em que os estu- dantes possam se expressar livremente e compartilhar saberes no grupo sobre as experiências artísticas já vivenciadas por eles. Dica: Vocês podem juntar várias folhas com fitas adesivas para criar um painel. 7 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 7D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 7 02/08/21 13:5702/08/21 13:57 a) O que está aconte- cendo na imagem? Quem são as pes- soas e o que elas estão fazendo? b) Você consegue imaginar sons ao olhar para essa imagem? E movi- mentos dançados? c) O Brasil é um país com muitos ritmos e manifestações culturais. O que você sabe sobre uma banda de pífano rural? E sobre os ritmos brasi- leiros presentes na dança e na música? 2 A arte é criada em diferentes linguagens. a) Quais destas linguagens artísticas você conhece? Dança Cinema Pintura Gravura Desenho Música Teatro Escultura Outra b) Das linguagens artísticas que você conhece, de qual você mais gosta? Escreva a seguir. Resposta pessoal. c) Você gosta de criar arte sozinho ou prefere criar com os colegas? Respostas pessoais. Resposta pessoal. Em uma roda de conversa, observar como os estudantes expõem suas opiniões sobre trabalhar em grupo, quais as vantagens e dificuldades. J.B O RG ES A banda de pífano rural, ⊲ de J. Borges, 2020. Xilogravura, 66 cm x 48 cm. 1. a) Espera-se que os estudantes identifiquem músicos e público. Algumas pessoas estão tocando músicas e outras estão assistindo e/ou dançando. Resposta pessoal. Aproveitar esse Resposta pessoal. A proposta aqui é avaliar as estratégias argumen- tativas no que diz respeito à integração das linguagens artísticas. 1 Observe esta imagem e converse sobre ela com os colegas e o professor. momento de debate para analisar o que os estudantes trazem de conhecimentos prévios sobre ritmos e manifestações culturais brasileiras. Oferecer um momento em que eles possam se expressar livremente, expondo seus repertó- rios culturais. 6 VOCE ^ JA VIU? AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 6D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 6 02/08/21 13:5702/08/21 13:57 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 6D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 6 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 tes compreendem os processos de criação nas várias linguagens artísticas e como percebem a criação em grupo. Na atividade 1, apresentar a xilogravura A banda de pífano rural, cuja fruição e lei- tura podem ser disparadoras de ideias e pro- pulsoras de hipóteses interpretativas sobre como uma linguagem pode expressar outras (por exemplo, retratando cenas de dança e música em tradições culturais brasileiras, como a arte nordestina). Conversar com os estudantes sobre o que sabem a respeito de ritmos brasileiros na música e na dança. A leitura de imagens é sempre aberta, já que cada estudante traz consigo seu repertório e suas experiências. Assim, pela mediação cultural, propor uma roda de conversa com base nos itens a, b e c. Na atividade 2, explorar a percepção dos estudantes acerca das várias lingua- gens artísticas, seus elementos constitu- tivos e materialidades, fazendo sonda- gens sobre o que já estudaram em Arte. É importante observar as falas e conhecer como eles compreendem o trabalho artís- tico em grupo. Na atividade 3, oferecer mate- rialidades que facilitem a expressão poética nas várias linguagens (explo- rando sons, movimentos dançados e registros visuais dessa experiência) e a percepção de integração entre elas. Conversar sobre o desenho enquan- to uma expressão da linguagemdas artes visuais que pode se integrar à dança e à música, quando usado para criar notações de sons e registros de movimentos dançados. O resultado dessa experiência, no caso, o dese- nho, também constitui uma forma expressiva. Para a atividade 4 é importante observar o que os estudantes conside- ram como habilidades e competências que devem ser mobilizadas nas ações de criação coletiva. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nesse momento de avaliação diag- nóstica, propomos olhar para as vá- rias linguagens artísticas, ouvindo os relatos dos estudantes e propondo ações avaliativas em que o “corpo” esteja presente, principalmente ao trabalhar com dança, teatro, música, performances e outras linguagens. Assim, é possível avaliar mais aspec- tos e pensar nos objetivos que po- dem ser propostos. Ao longo deste manual, trazemos várias sugestões para realizar registros e produções que podem feitos em fotos, vídeos, desenhos e outras linguagens para criar portfólios físicos ou eletrônicos e cadernos de artista (diário de bordo do estudante), que serão importantes em outros momentos de avaliação. Esses materiais podem ser produzi- dos com a ajuda dos familiares, bem como compartilhados com eles. O volume 4 tem como foco o estu- do do trabalho coletivo e colaborativo na arte. Diante disso, é importante que os estudantes tenham variados momentos de ação criadora em pro- cessos colaborativos. 7 3 Que tal convidar os colegas para criar uma arte coletiva misturando as linguagens artísticas? 3. a), b) e c) Respostas pessoais. a) Criem movimentos e sonoridades: usem o próprio corpo e objetos sonoros diversos. b) Que movimentos e sons vocês criaram? c) Em um painel, criem um desenho coletivo regis- trando visualmente os sons e os movimentos cria- dos por vocês. Utilizem linhas, formas e cores. d) Em uma roda de conversa, apreciem o desenho produzido e discutam como as linguagens artísticas se misturaram nesta experiência. 4 Você sabia que muitas das produções artísticas são realizadas por pessoas que se reúnem em grupos, por exemplo, grupo de teatro, grupo de dança, clube de artistas visuais, entre outros? Assim, o trabalho em grupo tam- bém é importante para que muitas produções artísticas aconteçam. Agora, assinale as alternativas que representam comportamentos que facilitam o trabalho em grupo na escola. X Ouvir e respeitar a opinião de todos os colegas e do professor. Escolher um líder e seguir apenas a opinião dele. X Organizar e combinar as tarefas em grupo. Escolher apenas as tarefas mais fáceis e deixar as difíceis para os colegas. X Valorizar a participação e o trabalho de todos. X Dividir responsabilidades. Decidir individualmente e determinar o que o outro vai fazer. X Comprometer-se com o trabalho. X Compreender as dificuldades dos outros e ajudar. Outro comportamento. Qual? 3. d) A proposta aqui é criar uma situação de aprendizagem de ação criadora em que os estu- dantes possam se expressar livremente e compartilhar saberes no grupo sobre as experiências artísticas já vivenciadas por eles. Dica: Vocês podem juntar várias folhas com fitas adesivas para criar um painel. 7 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 7D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 7 02/08/21 13:5702/08/21 13:57 a) O que está aconte- cendo na imagem? Quem são as pes- soas e o que elas estão fazendo? b) Você consegue imaginar sons ao olhar para essa imagem? E movi- mentos dançados? c) O Brasil é um país com muitos ritmos e manifestações culturais. O que você sabe sobre uma banda de pífano rural? E sobre os ritmos brasi- leiros presentes na dança e na música? 2 A arte é criada em diferentes linguagens. a) Quais destas linguagens artísticas você conhece? Dança Cinema Pintura Gravura Desenho Música Teatro Escultura Outra b) Das linguagens artísticas que você conhece, de qual você mais gosta? Escreva a seguir. Resposta pessoal. c) Você gosta de criar arte sozinho ou prefere criar com os colegas? Respostas pessoais. Resposta pessoal. Em uma roda de conversa, observar como os estudantes expõem suas opiniões sobre trabalhar em grupo, quais as vantagens e dificuldades. J.B O RG ES A banda de pífano rural, ⊲ de J. Borges, 2020. Xilogravura, 66 cm x 48 cm. 1. a) Espera-se que os estudantes identifiquem músicos e público. Algumas pessoas estão tocando músicas e outras estão assistindo e/ou dançando. Resposta pessoal. Aproveitar esse Resposta pessoal. A proposta aqui é avaliar as estratégias argumen- tativas no que diz respeito à integração das linguagens artísticas. 1 Observe esta imagem e converse sobre ela com os colegas e o professor. momento de debate para analisar o que os estudantes trazem de conhecimentos prévios sobre ritmos e manifestações culturais brasileiras. Oferecer um momento em que eles possam se expressar livremente, expondo seus repertó- rios culturais. 6 VOCE ^ JA VIU? AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 6D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 6 02/08/21 13:5702/08/21 13:57 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 7D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 7 12/08/21 20:0512/08/21 20:05 INTRODUÇÃO À UNIDADE Na Unidade 1, os percursos poéti- cos, artísticos e educativos em ensinar e aprender Arte têm como foco o pro- cesso de criação em grupo e o estudo do patrimônio cultural brasileiro. Pro- põe-se, ainda, estudos sobre coletivos artísticos nos clubes de arte (gravura, fotografia, grupos de teatro e outros), que podem ser formados na escola sob a mediação do professor. O obje- tivo é mostrar que o ato criativo nasce de vários fatores e esforços, como co- nhecer, pensar, pesquisar, sonhar, ex- perienciar e imaginar, e que todos eles podem acontecer no grupo. Os conteúdos em foco nesta uni- dade são: performance; desenhos orgânicos e coletivos; arte propositora; linhas, traços e formas; ação criadora em grupo; materialidades; gravura; fotografia; arte coletiva; arte e tec- nologia; arte e vida cotidiana; arte e consumo; cultura visual; elementos da linguagem; experimentação; plurali- dade cultural; apresentação de teatro; teatro de bonecos; marionetes; mamu- lengos; teatro popular de bonecos do Nordeste; personagens do teatro de bonecos da cultura popular; mundo do faz de conta; montagem de peças tea- trais; cenário para teatro de bonecos; biombo; espaço cênico; desenho de personagem como forma de registro; improvisação de cena e diálogos; inter- -relação entre histórias de tradição oral e representação teatral; manifestação artística popular regional. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de frui- ção com leitura de imagens e tex- tos poéticos, com foco no processo de criação em grupo e no estudo do patrimônio cultural brasileiro, expressando suas hipóteses inter- pretativas e opiniões, e respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produ- ções elementos de linguagem das ar- tes visuais (ponto, linha, forma, cor); do teatro e da performance (movi- mentos corporais, simetria e narrati- vas gestuais); da fotografia (ângulos, planos, enquadramentos e luz). • Criar com autonomia, criativida- de e poética em diferentes lingua- gens, percebendo inclusive processos de criação coletiva, como em coletivos de artistas, grupos de teatro e perfor- mances. • Identificar, explorar e escolher dife- rentes materialidades e tecnologias para se expressar em diversas manifestações artísticas como desenho, fotografia, xi- logravura, performance, teatro animado, entre outras. • Refletir e conversar a respeito das ma- nifestações artísticas que mais gostam de expressar, como desenho, fotografia, xi- logravura, performance, entre outras. • Realizar pesquisas acerca de elemen- tos de linguagem, materialidades, pro- cessos de criação, percepções sensoriais, estabelecendorelações entre arte, cul- tura e vida cotidiana. • Expressar oralmente suas experiên- cias com linguagens artísticas, vivencia- das na escola e com a família. • Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialida- des e processos, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais na- cionais e internacionais. 8 SA ND RA LA VA ND EIR A AN X IN /V IS UA L CH IN A G RO UP /G ET TY IM AG ES SA N DR A LA VA N DE IR A Mamulengos Clube de arte Teatro de bonecos Fotografia 24 41 26 50 FA BI O K N O LL / PU LS AR IM AG EN S Criar junto 10 SA ND RA LA VA ND EIR A 99 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 9D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 9 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Criar arte é legal. Criar arte juntos é melhor ainda! Que tal fazer parte de um clube de arte? Nele, você vai aprender a criar em diferentes linguagens artísticas. Você vai fotografar, fazer gravuras, desenhos... E ainda vai criar em grupo no teatro, na dança, realizar performances... 1. Observe as imagens e leia as palavras a seguir. Você sabe o que elas significam? Vamos procurar estas imagens no livro? Escreva, no quadrinho perto de cada imagem, o número da página em que você a encontrou. Capítulo 1 • Clube de arte Capítulo 2 • Nosso grupo de teatro COLE ÇÃO PARTI CULA R PREFEITURA DE OLINDA / ALAMY /FOTOARENA 20 Gravura Patrimônio cultural 37 88 1 unidade CRIAÇÃO EM GRUPO D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 8D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 8 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 8D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 8 12/08/21 20:0512/08/21 20:05 ⊲ PRÉ-REQUISITOS PEDAGÓGICOS Esta unidade apresenta várias situações de aprendizagem com produções em gru- po, sendo um pré-requisito que os estu- dantes façam combinados valorizando o trabalho colaborativo. Em Arte, as expe- riências relatadas pelos estudantes podem ser diversas, portanto, é importante criar rodas de conversa para compreender os encontros com Arte e Cultura vivenciados por eles. Conhecer obras e artistas, per- ceber que a arte nasce e se alimenta de ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Na atividade 1, sugere-se trabalhar como no jogo de caça ao tesouro. Propor aos estudantes que folheiem o livro buscando as imagens que estão nesta abertura de unidade e, se pos- sível, localizando também as legendas nos textos. Orientá-los a anotar no quadrinho ao lado de cada imagem o número da página em que ela apare- ce no miolo do livro. A intenção é criar proposições pedagógicas que sejam instigantes e provoquem a curiosidade e o interesse dos estudantes em seus percursos de aprendizagem. Conver- sar com eles e observar as hipóteses levantadas a respeito de vivências ar- tísticas na gravura, na fotografia, nas performances e no teatro de bonecos, assim como experiências com as artes integradas e os trabalhos em grupo. ⊲ PNA • Conhecimento alfabético • Desenvolvimento de vocabulário A atividade oportuniza a leitura de palavras, incluindo palavras com dife- rentes sinais gráficos, além de ampliar o vocabulário dos estudantes. ⊲ +IDEIAS Propor aos estudantes que ano- tem as palavras no caderno de artis- ta e procurem o significado delas no dicionário. Sugerir que eles criem, ao longo do ano, um dicionário com pa- lavras do universo da arte. contextos e influências culturais são sabe- res prévios importantes. Ao perceber que essas experiências não foram ainda viven- ciadas, proporcionar momentos de roda de conversa e nutrição estética. 9 SA ND RA LA VA ND EIR A AN X IN /V IS UA L CH IN A G RO UP /G ET TY IM AG ES SA N DR A LA VA N DE IR A Mamulengos Clube de arte Teatro de bonecos Fotografia 24 41 26 50 FA BI O K N O LL / PU LS AR IM AG EN S Criar junto 10 SA ND RA LA VA ND EIR A 99 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 9D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 9 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Criar arte é legal. Criar arte juntos é melhor ainda! Que tal fazer parte de um clube de arte? Nele, você vai aprender a criar em diferentes linguagens artísticas. Você vai fotografar, fazer gravuras, desenhos... E ainda vai criar em grupo no teatro, na dança, realizar performances... 1. Observe as imagens e leia as palavras a seguir. Você sabe o que elas significam? Vamos procurar estas imagens no livro? Escreva, no quadrinho perto de cada imagem, o número da página em que você a encontrou. Capítulo 1 • Clube de arte Capítulo 2 • Nosso grupo de teatro COLE ÇÃO PARTI CULA R PREFEITURA DE OLINDA / ALAMY /FOTOARENA 20 Gravura Patrimônio cultural 37 88 1 unidade CRIAÇÃO EM GRUPO D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 8D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 8 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 9D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 9 12/08/21 20:0612/08/21 20:06 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Mostrar os trabalhos do artista Ieltxu Ortueta para os estudantes (ver Sugestão para o professor). ROTEIRO DE AULA Promover a leitura desta dupla de pági- nas com sua mediação cultural (texto ver- bal, fotografia e ilustração), provocando os estudantes a refletir sobre as seguintes questões: o que o artista Ieltxu Ortueta e as crianças retratadas na fotografia e nas ilustrações estão fazendo? Vocês sabem o que é performance? O que acham de propostas artísticas realizadas por muitas pessoas, como a performance FLOU!? O que vocês fariam? Quais materiais usa- riam? Quais formas e cores explorariam? Ieltxu Ortueta conta, em entrevistas, que criou essa proposta com base na ob- servação de como as crianças desenham imersas em processos criativos e praze- rosos que exploram o ato de traçar, criar formas e misturar cores, sem o compro- misso de produzir uma imagem definida. 10 11 Venha compartilhar! Tem gente em cima do papel gigante. Quem está fazendo esta arte? Artista e crianças espalham linhas, cores e formas por toda parte! Na performance, a arte é feita assim: com o corpo em ação! Quem pode participar? O artista,você e quem mais quiser criar! VICTOR YURI. ILUSTRAÇÃO: SANDRA LAVANDEIRA 11 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 11D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 11 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 10 Montagem com ⊲ ilustração e fotografia da performance FLOU!, realizada com o artista Ieltxu Ortueta no Circuito Sesc de Artes de 2017. 10 1 CLUBE DE ARTE D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 10D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 10 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 10D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 10 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Sugerimos que, após a exploração das imagens e a leitura dos textos, se- jam realizadas rodas de conversa para sondagem do que os estudantes estão compreendendo sobre os conceitos e as propostas trabalhados até aqui. Os relatos dos estudantes podem ser re- gistrados em áudios ou imagens que integrarão o portfólio eletrônico ou serem escritos em seus cadernos de artista (diário de bordo do estudante). Também podem usar a linguagem do desenho como registro de suas ideias. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • FLOU!: performance para crianças. Disponível em: https://artefactosbascos. wixsite.com/flou. Acesso em: 25 jun. 2021. O site apresenta registros de performances de Ieltxu Ortueta, com descrição, histórico, vídeos, clipping e galeria de vídeos e imagens, além dos contatos do artista. Para isso, o artista prepara uma gran- de folha de papel e deixa perto dela vários materiais, como tintas, lápis, canetas e pincéis com cabos longos. Ao clima de uma trilha sonora, ele vai criando gestos, movimentos em dança, e convida as crianças a cria- rem com ele um desenho coletivo. ⊲ +IDEIAS A palavra flou vem do francês e significa borrão, formas imprecisas, traçados leves com fluidez. Assim é a proposta dessa performance: propor aos es- tudantes, público-alvo dessa ação, que criem de forma espontânea e livre, apenas pelo pra- zer de traçar. FLOU! é uma performance pro- positora em que o público também participa de forma lúdica. Uma brincadeira para criar imagens com base em movimentos e gestos. Que tal propor aos estudantes uma experiên- cia similar, com artes integradas, explorando a linguagem de uma performance que mistura as artes visuais (desenho e pintura) e a dança? 11 11 Venha compartilhar! Tem gente em cima do papel gigante. Quem está fazendo esta arte? Artista e crianças espalham linhas, cores e formas por toda parte! Na performance, a arte é feita assim: com o corpo em ação! Quem pode participar? O artista, você e quem mais quiser criar! VICTOR YURI. ILUSTRAÇÃO: SANDRA LAVANDEIRA 11 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 11D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 11 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 10 Montagem com ⊲ ilustração e fotografia da performance FLOU!, realizada com o artista Ieltxu Ortueta no Circuito Sesc de Artes de 2017. 10 1 CLUBE DE ARTE D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 10D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 10 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 11D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 11 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 https://artefactosbascos.wixsite.com/flou https://artefactosbascos.wixsite.com/flou ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando ele- mentos teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diver- sidade de personagens e narrativas etc.). (EF15AR20) Experimentar o traba- lho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e proces- sos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes es- téticas e culturais. (EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lu- gar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma inten- cional e reflexiva. (EF15AR22) Experimentar possibilida- des criativas de movimento e de voz na criação de um personagem teatral, discutindo estereótipos. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. ROTEIRO DE AULA Promover um momento de nutrição estética a partir do trecho de Canção da América e da ilustração, abordando algu- mas das linguagens artísticas. Explorar a estrutura do texto em versos e pedir que localizem as palavras que rimam. É impor- tante que eles leiam o texto oralmente, para explorar a fluência de leitura oral. O tema 1 introduz algumas propostas que serão desenvolvidas ao longo do volu- me 4, como o trabalho colaborativo entre artistas e a formação de clubes de criação em linguagens artísticas, como os de gra- vura, desenho, fotografia, e os grupos de teatro, dança e música. Aborda, também, a ideia de amizade, companheirismo e parceria em trabalhos colaborativos para o contexto da criação artística na escola. É importante conversar sobre empatia, compreensão das dificuldades, respeito às diferenças de opinião, bem como ao ritmo do outro em processos de criação, assim como valorizar o trabalho colaborativo. Na atividade 3, realizar uma roda de conversa e solicitar aos estudantes que 12 Fernando Brant (1946-2015) foi um importante compositor brasilei- ro. Ele fez parcerias musicais com diversos artistas nacionais. Milton Nascimento (1942-) é um cantor, compositor e multi-ins- trumentista brasileiro. O trabalho dele é muito reconhecido e influen- cia várias gerações de artistas. 1. Para você, o que é um amigo? Escreva sobre isso a seguir. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes escrevam sobre o valor dos laços afetivos e expressem como estes são construídos na vida pessoal deles e, também, com alguns colegas da escola. 2. Agora, escreva uma frase com a palavra amizade. Resposta pessoal. Deixar os estudantes livres para criarem a frase. Acolher a diversidade das respostas. 3. Encontramos nossos amigos e familiares em diversos lugares e podemos fazer várias coisas com eles. O que você acha de criar arte com seus colegas da escola? Resposta pessoal. 13 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 13D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 13 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 ESTAR E CRIAR JUNTO Vamos ler um trecho da letra da Canção da América, composta por Fernando Brant e Milton Nascimento? RO BE RT O W EI G AN D Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito mesmo que o tempo e a distância digam não mesmo esquecendo a canção o que importa é ouvir a voz que vem do coração Fernando Brant e Milton Nascimento. Canção da América (Unencounter). Em: Milton Nascimento. Journey to Dawn. Rio de Janeiro: EMI, 1979. LP. Apesar de as normas da mos por usar a ordem direta dos nomes dos autores nas referências desta obra, para apoiar o processo de leitura do estudante nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determi- narem outra regra, opta- 12 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 12D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 12 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 12D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001a 035-MPE-G23.indd 12 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 ⊲ +IDEIAS Convidar os estudantes a ouvir a Canção da América. Na internet, há várias versões, inclusive com coro infan- til (ver Sugestão para o professor). ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A dica aqui é acompanhar como os estudantes participam de mo- mentos de apreciação de texto visual (imagens ilustrativas) associado a tex- tos verbais (letra de canção), como se expressam oralmente e formulam hipóteses sobre o viver, em estesia, a poética e os afetos. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • CORAL infantil e orquestra filar- mônica UFRN. Vídeo (2min53s). Dis- ponível em: https://www.youtube. com/watch?v=K6D8EHcADJE. Acesso em: 19 jul. 2021. O vídeo mostra o coral infantil e a orquestra filarmônica da UFRN (Uni- versidade Federal do Estado do Rio Grande do Norte) apresentando a música Dona Nobis Pacem (Dai-nos a paz). • CANÇÃO da América (Fernando Brant/Milton Nascimento): Canari- nhos de Petrópolis. Vídeo (4min55s). Disponível: https://www.youtube.com/ watch?v=UrhtrufwvME. Acesso em: 10 jun. 2021. O vídeo apresenta a Canção da América interpretada pelo Coral Ca- narinhos de Petrópolis. compartilhem suas ideias e apresentem suas expectativas sobre o que será estuda- do. Conversar com eles, ainda, sobre o que compreendem da ideia de amizade e de respeito ao outro, fatores importantes para as produções coletivas que serão propos- tas ao longo do livro. É sugerido conduzir a conversa relacionando arte e vida social. ⊲ PNA • Consciência fonológica • Compreensão de textos • Fluência em leitura oral O trabalho com o trecho da letra da canção permite o reconhecimento de ri- mas, a identificação da estrutura de texto versificado, comum em letras de canção e poemas. Além disso, a leitura oral permite desenvolver a fluência de leitura. • Produção de escrita As atividades 1 e 2 possibilitam a pro- dução de texto escrito de forma mais in- dependente, sem delimitação do escopo, a partir de interpretações da palavra ami- zade na construção de argumentos em linguagem poética. 13 Fernando Brant (1946-2015) foi um importante compositor brasilei- ro. Ele fez parcerias musicais com diversos artistas nacionais. Milton Nascimento (1942-) é um cantor, compositor e multi-ins- trumentista brasileiro. O trabalho dele é muito reconhecido e influen- cia várias gerações de artistas. 1. Para você, o que é um amigo? Escreva sobre isso a seguir. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes escrevam sobre o valor dos laços afetivos e expressem como estes são construídos na vida pessoal deles e, também, com alguns colegas da escola. 2. Agora, escreva uma frase com a palavra amizade. Resposta pessoal. Deixar os estudantes livres para criarem a frase. Acolher a diversidade das respostas. 3. Encontramos nossos amigos e familiares em diversos lugares e podemos fazer várias coisas com eles. O que você acha de criar arte com seus colegas da escola? Resposta pessoal. 13 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 13D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 13 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 ESTAR E CRIAR JUNTO Vamos ler um trecho da letra da Canção da América, composta por Fernando Brant e Milton Nascimento? RO BE RT O W EI G AN D Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito mesmo que o tempo e a distância digam não mesmo esquecendo a canção o que importa é ouvir a voz que vem do coração Fernando Brant e Milton Nascimento. Canção da América (Unencounter). Em: Milton Nascimento. Journey to Dawn. Rio de Janeiro: EMI, 1979. LP. Apesar de as normas da mos por usar a ordem direta dos nomes dos autores nas referências desta obra, para apoiar o processo de leitura do estudante nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determi- narem outra regra, opta- 12 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 12D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 12 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 13D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 13 12/08/21 20:0612/08/21 20:06 https://www.youtube.com/watch?v=K6D8EHcADJE https://www.youtube.com/watch?v=K6D8EHcADJE https://www.youtube.com/watch?v=UrhtrufwvME https://www.youtube.com/watch?v=UrhtrufwvME ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertó- rio imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. ORGANIZE-SE Propor aos estudantes que venham para esta aula usando roupas confor- táveis, que permitam movimentos, e tragam vários tipos de riscadores para perceberem as possibilidades de tra- ços que podem conseguir. Disponibili- zar folhas grandes como suporte. ROTEIRO DE AULA Ao trabalhar a atividade 1, dizer aos estudantes que, em uma performance, há muitas possibilidades de materialida- des e maneiras de criar. Retomar com eles que riscadores são ferramentas para fazer desenhos. Podemos usar lápis, giz de cera, barras de carvão, entre outros materiais. No desenho orgânico retra- tado na página 14, também conhecido como “desenho ação”, o corpo das me- ninas também é um riscador, podendo funcionar como um extensor da ferra- menta de riscar, ampliando os traços e as linhas e fazendo surgir imagens sobre o papel a partir do registro dos corpos em movimento sobre o suporte. Considerar com os estudantes que, quando ouvimos a expressão “desenho orgânico”, podemos pensar em vários conceitos. Do ponto de vista do desenho traçado tradicionalmente, dos projetos de design, das formas na arquitetura ou ou- tras estruturas, essa expressão se refere a formas orgânicas, ou seja, formas que não têm ângulos retos ou curvas exatas. Tra- 14 O resultado dessa proposta artística são desenhos orgânicos, isto é, fei- tos com os movimentos das meninas, que levam à produção de linhas. A arte que elas estão criando é coletiva. Arte para criar junto! 1. Converse com os colegas e responda às questões a seguir. a) Para fazer uma performance como a que você observou nas imagens, quais materialidades devem ser usadas? O corpo e qualquer outro material Apenas riscadores X Um suporte, riscadores e o corpo b) Olhando as imagens das performances feitas pelas meninas, o que você conclui que elas usam como riscador? Apenas o bastão de carvão. Apenas o corpo. X O bastão de carvão e o corpo. Desenhos a ⊲ carvão feitos por um grupo de meninas em uma performance. Agora, observe esta outra imagem. XI CÂ G . L IM A AN AS TA SII A FIR SO VA /SH UT TE RS TO CK .C OM 15 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 15 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 TRAÇOS E CORPOS Observe esta imagem. ▲ Grupo de meninas participa de uma performance com desenhos orgânicos. As meninas movem seus corpos em uma performance. Elas fazem um de- senho orgânico (também chamado de desenho ação) sobre um suporte, que é uma folha de papel grande. Como riscadores, usam bastões de carvão e, também, seus corpos. Isso possibilitou que ampliassem os traços e as linhas, fazendo imagens sobre o papel com base no registro dos movimentos de seuscorpos sobre o suporte. Performance são as formas de exprimir, por meio do corpo, de gestos e de movimentos, as ideias, as mensagens ou as sensações de propostas ar- tísticas. Pode ser uma ação de um único artista ou de um grupo de artistas. Riscadores são ferramentas para fazer desenhos, como lápis, giz de cera, bastões de carvão, entre outras. Desenho orgânico (ou desenho ação) são traçados de linhas e formas irregulares que lembram organismos vivos ou que registram movimentos e gestos. Geralmente, esses desenhos são feitos com a ação do corpo em performances. XICÂ G. LIMA 14 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 14D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 14 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 14D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 14 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 ta-se de formas irregulares, mais naturais, que muitas vezes lembram seres vivos, mas não necessariamente precisam ser fi- gurativas, podendo ser abstratas. Sobre o desenho orgânico, resultado de uma ação performática, podemos citar vários artis- tas, como os apresentados neste capítulo (Ieltxu Ortueta e Heather Hansen). ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. mar a performance FLOU!, do artista Ieltxu Ortueta, reforçando que na arte também podemos ter a ação do corpo, o fazer empregado na criação de ima- gens, entre outras possibilidades. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A linguagem da performance re- quer fundamentalmente a realização de algo em que os artistas possam utili- zar diversos recursos e materiais. Como toda ação (acontecimento), é efêmera, e registrá-la é um modo de apresentar essa produção em outros momentos e lugares. Sugerimos que esses momen- tos de criação coletiva na escola sejam registrados por meio de fotografias ou de gravação de imagem e áudio (filma- gem). Esses registros podem compor um portfólio eletrônico. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2013. Nesse livro, o pesquisador e per- former Renato Cohen busca as par- ticularidades desta nova linguagem e descreve as soluções que o espetácu- lo performático dá aos problemas da criação, encenação e atuação. • DIEGUES, Isabel. Arte brasileira para crianças. Rio de Janeiro: Cobogó, 2016. Esse livro traz uma seleção de 100 importantes nomes das artes, apre- sentando atividades inspiradas em suas obras que podem levar os estu- dantes a conhecerem diferentes ma- terialidades e maneiras de fazer arte. VENTRELLA, Roseli C.; GARCIA, Maria A. L. O ensino de arte nas sé- ries iniciais: ciclo I. São Paulo: FDE, 2006. Disponível em: http://www. crmariocovas.sp.gov.br/Downloads/ ensino_arte_ciclo1.pdf. Acesso em: 5 jul. 2021. O livro traz proposições para o trabalho educativo com estudantes nas séries iniciais, incluindo a arte contemporânea. ⊲ +IDEIAS Propomos uma conversa sobre a arte contemporânea e as linguagens artísti- cas, podendo acontecer de maneira mais prática, mostrando esses fundamentos por meio de vivências lúdicas, sem muita preocupação com formalizações teóricas. Você pode dar exemplos práticos en- quanto apresenta as ideias (conceitos e no- ções), relembrando as experiências vividas pelos estudantes no processo de fruição proposto nas páginas anteriores, em pos- sibilidades de experiências artísticas. Reto- 15 O resultado dessa proposta artística são desenhos orgânicos, isto é, fei- tos com os movimentos das meninas, que levam à produção de linhas. A arte que elas estão criando é coletiva. Arte para criar junto! 1. Converse com os colegas e responda às questões a seguir. a) Para fazer uma performance como a que você observou nas imagens, quais materialidades devem ser usadas? O corpo e qualquer outro material Apenas riscadores X Um suporte, riscadores e o corpo b) Olhando as imagens das performances feitas pelas meninas, o que você conclui que elas usam como riscador? Apenas o bastão de carvão. Apenas o corpo. X O bastão de carvão e o corpo. Desenhos a ⊲ carvão feitos por um grupo de meninas em uma performance. Agora, observe esta outra imagem. XI CÂ G . L IM A AN AS TA SII A FIR SO VA /SH UT TE RS TO CK .C OM 15 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 15 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 TRAÇOS E CORPOS Observe esta imagem. ▲ Grupo de meninas participa de uma performance com desenhos orgânicos. As meninas movem seus corpos em uma performance. Elas fazem um de- senho orgânico (também chamado de desenho ação) sobre um suporte, que é uma folha de papel grande. Como riscadores, usam bastões de carvão e, também, seus corpos. Isso possibilitou que ampliassem os traços e as linhas, fazendo imagens sobre o papel com base no registro dos movimentos de seus corpos sobre o suporte. Performance são as formas de exprimir, por meio do corpo, de gestos e de movimentos, as ideias, as mensagens ou as sensações de propostas ar- tísticas. Pode ser uma ação de um único artista ou de um grupo de artistas. Riscadores são ferramentas para fazer desenhos, como lápis, giz de cera, bastões de carvão, entre outras. Desenho orgânico (ou desenho ação) são traçados de linhas e formas irregulares que lembram organismos vivos ou que registram movimentos e gestos. Geralmente, esses desenhos são feitos com a ação do corpo em performances. XICÂ G. LIMA 14 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 14D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 14 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 15D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 15 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 http://www.crmariocovas.sp.gov.br/Downloads/ensino_arte_ciclo1.pdf http://www.crmariocovas.sp.gov.br/Downloads/ensino_arte_ciclo1.pdf http://www.crmariocovas.sp.gov.br/Downloads/ensino_arte_ciclo1.pdf ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Considerar com os estudantes que escolher diferentes materialidades, como riscadores claros sobre suportes escuros, ou o contrário, proporciona diferentes efeitos. Propor aos estudantes que conver- sem sobre o movimento corporal da artista Heather Hansen nesse regis- tro da performance, considerando as ideias que partem do repertório de cada um deles. Usar as imagens do Livro do Estudante para momentos de nutrição estética de forma não linear, comparando, por exemplo, as imagens das páginas 10 e 11, 14 e 15, até que os estudantes concluam que tanto Heather Hansen como as garotas usam o carvão e todo o corpo para criar o desenho, considerando o corpo como uma ferramenta expressiva. Salientar que desenhar com o corpo todo, com- preendendo o riscador como extensão, pode ser um processo natural. Sobre a percepção de que o corpo é flexível, espera-se que os estudantes associem saberes prévios de Educação Física, como os exercícios de alonga- mento dos músculos a ações artísticas. A Educação Física abarca uma gama regularidades, constância e ruptura, entre outras experimentações. Na atividade 1, é importante ter em mente que, ao propor exercícios físicos de qualquer natureza para os estudantes, é necessária orientação especializada. Essa informação também deve ser passa- da aos familiares. Por isso, sugere-secon- vidar o professor de Educação Física para uma parceria nessa proposta. Pode-se ainda propor aos familiares que conver- sem com o estudante sobre a importân- cia do movimento e do autocuidado para a qualidade de vida. extensa de movimentos e pensamentos acerca do corpo que podem dialogar com a Arte e serem apropriados por diferentes linguagens. Em seguida, explorar com eles saberes sobre Ciências e Educação Física. Cada indivíduo utiliza o corpo de forma bastante particular, podendo, por exemplo, focar mais determinadas partes do corpo ou certos movimentos. Por isso, é impor- tante estimular a consciência corporal. Ao trabalhar o conceito de simetria nos movimentos, propor a eles que se movi- mentem e investiguem regularidades e ir- 16 Ao realizar exercícios físicos de alongamento, os músculos são estendi- dos e a flexibilidade muscular melhora. Atletas e artistas costumam se alon- gar antes de realizar suas práticas, pois, dessa maneira, a flexibilidade dos movimentos deles aumenta e fica mais difícil se machucarem. Quando realizamos exercícios físicos de alongamento, cuidamos do nos- so corpo e vivemos melhor! 1. Quais são os benefícios da prática de exercícios físicos de alongamento? Faça uma pesquisa sobre esse tema com seus familiares e registre a seguir pelo menos cinco informações interessantes que vocês descobriram. Resposta pessoal. Orientar os familiares a ajudarem a criança a pesquisar sobre o tema. Entre os benefícios de realizar exercícios físicos de alongamento, estão: relaxamento muscular; maior consciência corpórea; flexibilidade corporal; resistência a lesões; preparação do corpo para pro- postas nas aulas de Educação Física e Arte (dança, performance, teatro, por exemplo). Heather Hansen faz um grande desenho orgânico. Ela procura alongar todo o seu corpo enquanto se movimenta para realizar suas performances, criando uma arte integrada que mistura dança e desenho. Heather Hansen (1970-) é uma artista que nasceu nos Estados Unidos. Ela chama esse tipo de desenho que você conheceu de “gestos esvaziados”, porque diz que ela se movimenta até esvaziar as possibilidades de um gesto. Sistema muscular: é o conjunto de músculos presentes no corpo. Junto a outros sistemas, esses músculos permitem a movimentação e a sustentação do corpo e também auxiliam na produção de calor. atenção: Para não se ma- chucar fazendo exercícios físicos, peça a orientação de um professor de Edu- cação Física. B RY AN TA RN O W SK I Ao criar desenhos, a artista Heather Hansen também explora o sistema muscular e a flexibilidade de seu corpo. Você sabe o que isso significa? 17 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 17D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 17 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 CORPO FLEXÍVEL Observe esta imagem. ▲ Gestos esvaziados (Emptied gestures), de Heather Hansen, performance realizada em Nova Orleans, nos Estados Unidos, 2013. A artista Heather Hansen usa carvão e grandes folhas de papel para fa- zer seus desenhos. Ela mexe o corpo em uma dança delicada e passa o carvão no papel enquanto está dançando. Note, na fotografia, que as formas de um lado da sua obra são iguais às do outro, ou seja, têm simetria, assim como o movimento realizado pela artista. Simetria é a busca de equilíbrio ou de repetição na forma, nos mo- vimentos, nos sons ou em outros elementos, a depender da linguagem artística. © BRYAN TARNOWSKI diAlogos 16 EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 16D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 16 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 16D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 16 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 Articulação com Educação Física A atividade 1 permite refletir criti- camente sobre as relações entre práticas corporais e os processos de saúde/doença ao solicitar que os estudantes façam uma pesquisa sobre os benefícios da prática de alongamentos. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ +IDEIAS Você pode ainda provocar vários deba- tes entre os estudantes, estimulando-os a refletir introduzindo o assunto e pergun- tando: a artista chamou sua performance de Gestos esvaziados (Emptied gestu- res). Por que será que ela escolheu esse título?; Há limite para criar movimentos na hora de inventar desenhos orgânicos? O que vocês acham dessa ideia? Conver- sar com eles sobre a ideia de desenhar até esvaziar os gestos, perguntando: Quando um desenho fica pronto? Quando sabe- mos a hora de parar de riscar? Aproveitar ainda para conversar sobre a escolha de materialidades (suportes e riscadores), chamando a atenção para a imagem no Livro do Estudante, em que a artista escolheu um riscador preto, usando o próprio corpo como uma extensão dele para registrar os movimentos sobre o su- porte branco. Propor aos estudantes que ob- servem os movimentos e as linhas produzidas, questionando-os: São linhas curvas ou retas? Como será que elas foram feitas? Como a ar- tista conseguiu esses resultados vi- suais? Será que a direção e a veloci- dade de seus movimentos corporais influenciaram no resultado de seus desenhos orgânicos? O que são mo- vimentos simétricos? ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Sugerimos que aconteçam rodas de conversa para fazer sondagens e descobrir o que os estudantes estão compreendendo sobre os conceitos e propostas trabalhados até aqui, em momentos de nutrição estética, e ro- das de conversa com o professor, co- legas e familiares. É interessante ainda registrar as falas dos estudantes no diário de bordo do professor. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • HEATHER HANSEN. Disponível em: http://www.heatherhansen.net/. Acesso em: 5 jul. 2021. Site oficial de Heather Hansen (em inglês, sugerimos uso de ferramenta de tradução) com cenas em foto e ví- deo de performances da artista. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA • OS SISTEMAS do corpo humano para crianças. Vídeo (3min05s). Dispo- nível em: https://youtu.be/oVh9vlnotbc. Acesso em: 1o jul. 2021. Animação que explica os sistemas do corpo humano, entre eles o sis- tema muscular. O canal em que está associado o vídeo é destinado a fami- liares e professores. 17 Ao realizar exercícios físicos de alongamento, os músculos são estendi- dos e a flexibilidade muscular melhora. Atletas e artistas costumam se alon- gar antes de realizar suas práticas, pois, dessa maneira, a flexibilidade dos movimentos deles aumenta e fica mais difícil se machucarem. Quando realizamos exercícios físicos de alongamento, cuidamos do nos- so corpo e vivemos melhor! 1. Quais são os benefícios da prática de exercícios físicos de alongamento? Faça uma pesquisa sobre esse tema com seus familiares e registre a seguir pelo menos cinco informações interessantes que vocês descobriram. Resposta pessoal. Orientar os familiares a ajudarem a criança a pesquisar sobre o tema. Entre os benefícios de realizar exercícios físicos de alongamento, estão: relaxamento muscular; maior consciência corpórea; flexibilidade corporal; resistência a lesões; preparação do corpo para pro- postas nas aulas de Educação Física e Arte (dança, performance, teatro, por exemplo). Heather Hansen faz um grande desenho orgânico. Ela procura alongar todo o seu corpo enquanto se movimenta para realizar suas performances, criando uma arte integrada que mistura dança e desenho. Heather Hansen (1970-) é uma artista que nasceu nos Estados Unidos. Ela chama esse tipo de desenho que você conheceu de “gestos esvaziados”, porque diz que ela se movimenta até esvaziar as possibilidades de um gesto. Sistema muscular: é o conjunto de músculos presentes no corpo. Junto a outros sistemas, esses músculos permitem a movimentação e a sustentação do corpo e também auxiliam na produção de calor. atenção: Para não se ma- chucar fazendo exercícios físicos,peça a orientação de um professor de Edu- cação Física. B RY AN TA RN O W SK I Ao criar desenhos, a artista Heather Hansen também explora o sistema muscular e a flexibilidade de seu corpo. Você sabe o que isso significa? 17 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 17D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 17 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 CORPO FLEXÍVEL Observe esta imagem. ▲ Gestos esvaziados (Emptied gestures), de Heather Hansen, performance realizada em Nova Orleans, nos Estados Unidos, 2013. A artista Heather Hansen usa carvão e grandes folhas de papel para fa- zer seus desenhos. Ela mexe o corpo em uma dança delicada e passa o carvão no papel enquanto está dançando. Note, na fotografia, que as formas de um lado da sua obra são iguais às do outro, ou seja, têm simetria, assim como o movimento realizado pela artista. Simetria é a busca de equilíbrio ou de repetição na forma, nos mo- vimentos, nos sons ou em outros elementos, a depender da linguagem artística. © BRYAN TARNOWSKI diAlogos 16 EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 16D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 16 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 17D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 17 12/08/21 20:0612/08/21 20:06 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Escolher um espaço amplo e separar folhas de papel, fita adesiva e pedaços de carvão e/ou giz de lousa. Pedir auto- rização da gestão escolar e verificar as questões de segurança, escolhendo um local adequado para realizar a proposta de trabalho com os estudantes. Orientá- -los a usarem roupas leves, que facilitem os movimentos. ROTEIRO DE AULA Inicialmente, propor a leitura das ima- gens em fotografia (registros de crianças em uma ação performática) e ilustrações. Esta ação é sempre importante para com- preender as propostas trazidas a cada se- ção. Sugere-se trabalhar com a ideia de arte integrada, explorando a linguagem da performance tanto individual como coletivamente, e retomando as imagens apreciadas nas páginas anteriores. Propor aos estudantes que expressem oralmente 18 Efêmero: aquilo que é passa- geiro, que acontece ou dura por um curto período de tempo. Dica: A performance é uma ação, uma arte efê- mera. Realizar registros com fotografias e filma- gens é importante para mostrar a outras pessoas como ela aconteceu e quais foram os resultados. 3. Agora, os desenhos serão uma criação coletiva. Um colega começa a desenhar uma parte e outro continua. Uma performance que mistura dança com desenhos! 2. Inicialmente, cada um vai inventar uma dança ou realizar movimentos individuais sobre o suporte de papel para criar a ação no desenho. Enquanto vocês se movimentam, encostem o riscador no papel para registrar os traços e as formas de seu desenho orgânico. Explorem as possibilidades de movimentos corporais. VA N ES SA A LE XA N DR E IMAGENS: XICÂ G. LIMA 19 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 19D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 19 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Que tal criar uma performance com desenhos orgânicos e coletivos? Com a turma reunida, combinem com o professor e escolham um local na escola para realizar esta proposta. DESENHOS ORGÂNICOS E COLETIVOS Folhas de papel MATERIAIS Além do corpo, vocês vão precisar de: Fita adesiva Pedaços de carvão e/ou giz de lousa COMO FAZER VANESSA ALEXANDRE VA NE SS A A LE XA ND RE 1. Para vocês terem um suporte em grande formato, unam folhas de papel bem grandes ou várias folhas de papel menores com fita adesiva. Como riscadores, usem os peda- ços de carvão ou os gizes de lousa. OFICINA de arte 18 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 18D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 18 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 18D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 18 12/08/21 20:0712/08/21 20:07 suas hipóteses interpretativas a respeito das artes integradas, que são linguagens que se misturam, se integram, como na performance com desenhos orgânicos em que eles podem integrar movimentos dançados com a criação de desenhos. Oferecer materialidades, como papéis em grandes dimensões, fita adesiva e va- riedade de riscadores. Ao realizar a propos- ta de fazerem desenhos orgânicos e cole- tivos, sugerir aos estudantes que façam várias experiências pesquisando possibili- dades de movimentos dançados e o traça- do de linhas e formas. Depois, conversar com eles sobre suas produções. Retomar o que foi visto sobre movimentos em formas simétricas, na página 16, e conversar com os estudantes, fazendo perguntas como as sugeridas: Perceberam, em seus movi- mentos, formas simétricas e assimétricas? Perceberam que podem criar movimentos combinados? Conseguiram criar movi- mentos e traços mais próximos ao corpo e mais espalhados? Que tipos de linhas e formas surgiram? Como foi criar em gru- po, na ação coletiva e colaborativa? ⊲ +IDEIAS Chamar a atenção dos estudantes para o fato de a performance ser efê- mera, ou seja, durar por apenas um tempo, mostrando a importância dos registros fotográficos, em áudio e em vídeo para perpetuar tanto o processo de produção como a ação performá- tica em si. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Sugerimos que esses momentos de criação coletiva na escola sejam regis- trados por meio de fotografias ou de gravação de imagem e áudio (filma- gem). Esses registros podem compor um portfólio eletrônico. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • Heather Hansen: Emptied gestures. Vídeo (6min08s). Disponível em: https:// vimeo.com/75185969. Acesso em: 5 jul. 2021. Vídeo com a performance de de- senho orgânico Gestos esvaziados (Emptied gestures), da artista Heather Hansen. 19 Efêmero: aquilo que é passa- geiro, que acontece ou dura por um curto período de tempo. Dica: A performance é uma ação, uma arte efê- mera. Realizar registros com fotografias e filma- gens é importante para mostrar a outras pessoas como ela aconteceu e quais foram os resultados. 3. Agora, os desenhos serão uma criação coletiva. Um colega começa a desenhar uma parte e outro continua. Uma performance que mistura dança com desenhos! 2. Inicialmente, cada um vai inventar uma dança ou realizar movimentos individuais sobre o suporte de papel para criar a ação no desenho. Enquanto vocês se movimentam, encostem o riscador no papel para registrar os traços e as formas de seu desenho orgânico. Explorem as possibilidades de movimentos corporais. VA N ES SA A LE XA N DR E IMAGENS: XICÂ G. LIMA 19 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 19D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 19 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Que tal criar uma performance com desenhos orgânicos e coletivos? Com a turma reunida, combinem com o professor e escolham um localna escola para realizar esta proposta. DESENHOS ORGÂNICOS E COLETIVOS Folhas de papel MATERIAIS Além do corpo, vocês vão precisar de: Fita adesiva Pedaços de carvão e/ou giz de lousa COMO FAZER VANESSA ALEXANDRE VA NE SS A A LE XA ND RE 1. Para vocês terem um suporte em grande formato, unam folhas de papel bem grandes ou várias folhas de papel menores com fita adesiva. Como riscadores, usem os peda- ços de carvão ou os gizes de lousa. OFICINA de arte 18 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 18D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 18 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 19D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 19 12/08/21 20:0712/08/21 20:07 https://vimeo.com/75185969 https://vimeo.com/75185969 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertó- rio imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). ROTEIRO DE AULA Iniciar com um momento de nutri- ção estética a partir da obra de Alde- mir Martins, reproduzida no Livro do Estudante. Na mediação cultural, criar pautas de perguntas que explorem os elementos de linguagem visual da xi- logravura e conversar sobre a xilogra- vura em cores, a cromoxilogravura, em que são usadas várias matrizes, uma para cada cor. Em relação à atividade 1, con- versar com os estudantes sobre co- galerias ou artistas que participam de grupos ou clubes de arte, combinando uma conversa presencial ou virtual com os estudantes, com a participação dos familiares. Na proposta de criação de um clube de artes visuais da turma, combinar com os estudantes qual linguagem eles vão ex- plorar. Nas artes visuais, é possível se ex- pressar por imagens de muitas maneiras, como desenho, pintura, gravura, fotogra- fia, além de poder integrar linguagens. As normas do clube e os compromissos letivos artísticos, como os clubes de artes visuais, em que geralmente os sócios po- dem adquirir obras dos artistas, participar de cursos e encontros para falar sobre as artes visuais. Os participantes também aproveitam para escolher em qual lin- guagem visual querem criar juntos, em ateliês coletivos. Nesses coletivos, todos podem compartilhar materiais, experiên- cias, ideias, e realizar exposições coletivas de seus trabalhos. Na atividade 2, para expandir a pro- posta, entrar em contato com museus, 20 Agora que vocês pesquisaram como funciona um clube de arte, que tal se reunirem e criarem um clube de artes visuais da turma? COMO FAZER 1. Combinem qual tipo de arte vocês criarão. 2. Escolham um nome para o clube de arte da turma. 3. Escrevam, em uma folha avulsa, quais serão as normas e os compromissos que cada membro do grupo terá. . Os clubes de arte geralmente criam carteirinhas de identificação para os sócios. A seguir, preencha a sua carteirinha. Na frente dela, escreva o nome do clube e o tipo de arte visual que vocês criarão nele. No verso, imprima sua digi- tal, escreva seu nome completo e assine a carteirinha. nome do clube: nome completo: minha digital FRENTE DA CARTEIRINHA VERSO DA CARTEIRINHA meu autorretrato assinatura Aqui nós criamos: M 88 /S HU TT ER ST O CK .C O M Resposta pessoal. 21 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 21D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 21 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 CLUBE DE ARTES VISUAIS Observe esta obra. Ela foi criada pelo artista Aldemir Martins. ⊳ Sem título, de Aldemir Martins, 1988. Xilogravura sobre papel, 50 cm x 70 cm. Aldemir Martins participou de vários clubes de arte com outros artistas brasileiros. Na História da Arte do Brasil e do mundo, há vários relatos da existência de clubes de artes visuais, como os clubes de gravura e os clubes de fotografia. Existem muitas maneiras de criar arte em grupo! 1. Como você acha que funciona um clube de artes visuais (por exemplo, um clube de gravura, de desenho, de fotografia ou outro)? Converse com os colegas e o professor a respeito. 2. Com a ajuda de seus familiares, pesquise sobre clubes de artes visuais do Brasil: seus nomes, quando foram criados, se ainda existem, como fun- cionam. Escreva no caderno o que você descobriu. Depois, compartilhe sua pesquisa com os colegas e o professor. CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R PA UL O F RI DM AN /C O RB IS /G ET TY IM AG ES Aldemir Martins (1922-2006) nasceu no Ceará. Ele trabalhou como ilustrador, pintor, escultor e gravurista. Participou de grupos de artistas como o Clube dos Artistas, Amigos da Arte e Os Amigos da Gravura. Respostas pessoais. Propor uma roda de conversa e acolher todas as opiniões levantadas pelos estudantes. arte-AVENTURA 20 e familiares a realizarem pesquisas em sites de museus, de galerias e também em enciclopédias virtuais que tratam de artes visuais para conhecerem mais sobre os clubes de gravura e de fotografia do Brasil. Resposta pessoal. Orientar os estudantes D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 20D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 20 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 20D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 20 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 dos membros podem ser repassados para um arquivo digital, com o uso de editores de texto digitais. No espaço destinado ao Nome do clube, os estudantes devem registrar o nome que escolheram para o clube de artes visuais da turma. Em Aqui nós criamos, devem escrever o tipo de arte que criarão no clube. No espaço Minha digital, devem carimbar o dedo pole- gar. (Para isso, orientá-los a colocar tinta guache no polegar, retirando o excesso com papel-toalha, bem de leve, antes de imprimir a digital no livro. Orientar os es- tudantes a criar um desenho de autorre- trato usando riscadores de sua escolha no espaço Meu autorretrato. Orientá-los, também, a escrever o Nome completo e a assinar a carteirinha. A impressão da digital de cada estu- dante, proposta aqui, pode ser retomada na seção Arte em projetos, em que será trabalhado o conceito de impressão na xi- logravura e será proposta a criação de dois clubes: o clube de gravura e o clube de fotografia. Sugere-se retomar a confecção da carteirinha ao trabalhar cada um desses clubes. Depois de criar a carteirinha no li- vro, cada estudante pode fotografá-la e guardá-la em arquivo digital (em um celular ou computador). Sugere-se, também, criar, em uma folha avulsa, uma carteirinha física seguindo o mes- mo modelo, para o estudante levá-la sempre consigo. ⊲ PNA • Produção de escrita A proposta possibilita o trabalho com a produção de texto escrito de modo colaborativo. Articulação com Língua Portuguesa A seção permite que os estudantes planejem, revisem, editem e utilizem ferramentas digitais para publicar tex- tos produzidos coletivamente. ⊲ +IDEIAS Uma proposta interessante é ga- rimpar na biblioteca livros de histórias brasileiras com lendas, causos, contos e trazer para a sala de aula, incenti- vando a convivência dos estudantes com esse universo fantástico de perso- nagens, cenários e narrativas. Depois de ler, os estudantes podem produzirdesenhos, dando origem a projetos de gravura para serem desenvolvidos no clube da turma. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL. Aldemir Martins. Disponível em: http://enciclopedia. itaucultural.org.br/pessoa2273/aldemir- martins. Acesso em: 19 jul. 2021. Nesse site, encontram-se mais infor- mações sobre o artista Aldemir Martins. • UMA POSSÍVEL História da Arte do Rio Grande do Sul: os Clubes de Gravura e a permanência do suporte. Disponível em: https://www.margs.rs.gov.br/midia/ uma-possivel-historia-da-arte-do-rio- grande-do-sul-os-clubes-de-gravura-e- a-permanencia-do-suporte. Acesso em: 2 jul. 2021. Essa página do site do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Ma- lagoli apresenta um texto sobre a permanência dos clubes de gravura no estado. 21 Agora que vocês pesquisaram como funciona um clube de arte, que tal se reunirem e criarem um clube de artes visuais da turma? COMO FAZER 1. Combinem qual tipo de arte vocês criarão. 2. Escolham um nome para o clube de arte da turma. 3. Escrevam, em uma folha avulsa, quais serão as normas e os compromissos que cada membro do grupo terá. . Os clubes de arte geralmente criam carteirinhas de identificação para os sócios. A seguir, preencha a sua carteirinha. Na frente dela, escreva o nome do clube e o tipo de arte visual que vocês criarão nele. No verso, imprima sua digi- tal, escreva seu nome completo e assine a carteirinha. nome do clube: nome completo: minha digital FRENTE DA CARTEIRINHA VERSO DA CARTEIRINHA meu autorretrato assinatura Aqui nós criamos: M 88 /S HU TT ER ST O CK .C O M Resposta pessoal. 21 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 21D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 21 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 CLUBE DE ARTES VISUAIS Observe esta obra. Ela foi criada pelo artista Aldemir Martins. ⊳ Sem título, de Aldemir Martins, 1988. Xilogravura sobre papel, 50 cm x 70 cm. Aldemir Martins participou de vários clubes de arte com outros artistas brasileiros. Na História da Arte do Brasil e do mundo, há vários relatos da existência de clubes de artes visuais, como os clubes de gravura e os clubes de fotografia. Existem muitas maneiras de criar arte em grupo! 1. Como você acha que funciona um clube de artes visuais (por exemplo, um clube de gravura, de desenho, de fotografia ou outro)? Converse com os colegas e o professor a respeito. 2. Com a ajuda de seus familiares, pesquise sobre clubes de artes visuais do Brasil: seus nomes, quando foram criados, se ainda existem, como fun- cionam. Escreva no caderno o que você descobriu. Depois, compartilhe sua pesquisa com os colegas e o professor. CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R PA UL O F RI DM AN /C O RB IS /G ET TY IM AG ES Aldemir Martins (1922-2006) nasceu no Ceará. Ele trabalhou como ilustrador, pintor, escultor e gravurista. Participou de grupos de artistas como o Clube dos Artistas, Amigos da Arte e Os Amigos da Gravura. Respostas pessoais. Propor uma roda de conversa e acolher todas as opiniões levantadas pelos estudantes. arte-AVENTURA 20 e familiares a realizarem pesquisas em sites de museus, de galerias e também em enciclopédias virtuais que tratam de artes visuais para conhecerem mais sobre os clubes de gravura e de fotografia do Brasil. Resposta pessoal. Orientar os estudantes D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 20D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 20 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 21D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 21 12/08/21 20:0712/08/21 20:07 http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2273/aldemirmartins http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2273/aldemirmartins http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2273/aldemirmartins https://www.margs.rs.gov.br/midia/uma-possivel-historia-da-arte-do-rio-grande-do-sul-os-clubes-de-gravura-e-a-permanencia-do-suporte/ https://www.margs.rs.gov.br/midia/uma-possivel-historia-da-arte-do-rio-grande-do-sul-os-clubes-de-gravura-e-a-permanencia-do-suporte/ https://www.margs.rs.gov.br/midia/uma-possivel-historia-da-arte-do-rio-grande-do-sul-os-clubes-de-gravura-e-a-permanencia-do-suporte/ https://www.margs.rs.gov.br/midia/uma-possivel-historia-da-arte-do-rio-grande-do-sul-os-clubes-de-gravura-e-a-permanencia-do-suporte/ ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. ROTEIRO DE AULA Para que os estudantes compartilhem o processo de desenhar, gravar, impri- mir, conversar e expor os trabalhos em grupo, propor a criação do clube de gra- vura da turma. Para criar gravuras com os estudantes, sugerimos orientá-los na escolha do melhor material para a matriz, iniciando pelo pro- cesso de desenhar. Eles podem fazer um de- senho antes em uma folha de papel, como estudo, e depois passá-lo para a matriz com uma folha de papel carbono, se desejarem. Quando são feitos vários traços na ma- triz, o resultado é uma gravura mais clara. Propor reflexões sobre como eles vão tra- balhar com linhas, formas, luminosidade, textura e outros recursos visuais. Na gra- vura, o desenho fica espelhado em rela- ção ao feito na matriz. Como vai ficar ao contrário depois de impresso, chamar a atenção deles para esse fato. Você pode propor ainda que criem vá- rios desenhos que possam se transformar em xilogravuras e em cromoxilogravuras! Explicar a eles que os artistas usam ma- deira para fazer xilogravuras, pedra para 22 3. IMPRIMIR Coloque a folha de papel sobre a matriz. Com cuidado, faça pressão com as mãos para que a tinta da matriz fixe no papel. Retire devagar o papel da matriz. esta e a minha arte! Organize, com os colegas e o pro- fessor, uma exposição coletiva das gravuras em um espaço da escola. No clube de gravura da turma, cada colega pode ter uma impressão do trabalho do outro! O que você acha desta ideia? 4. MONTAR TIRAGEM Veja a sua gravura pronta! Para mon- tar sua tiragem, você pode fazer várias impressões usando a mesma matriz. 2. ENTINTAR Coloque a tinta guache na bandeja de isopor. Espalhe-a com um rolo de espuma pequeno para tirar o excesso. De- pois, passe o rolo com tinta sobre a matriz. IM AG EN S: X IC Â G. L IM AA 23 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 23D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 23 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Desenhar, gravar, entintar, imprimir e montar uma tiragem são os prin- cípios básicos da gravura. Que tal criar desenhos que possam se transformar em gravuras? CRIANDO GRAVURAS MATERIAIS • Uma matriz (placa de gesso, folha de EVA ou placa de isopor) • Rolo de espuma pequeno • Tesoura escolar • Bandeja de isopor • Chave, lápis ou caneta (para criar as gravações) • Tinta guache (para entintar a matriz) • Folhas de papel de seda ou sulfite (para a impressão) COMO FAZER Dica: Na gravura, o desenho ficará ao contrário depois de impresso. Pense nisso na hora da criação. ▲ Gravação em placa de gesso usando chave. ▲ Gravação em placa de isopor usando lápis comum. ⊳ Gravação em folha de EVA (um tipo de borracha) usando lápis comum. IM AG EN S: X IC Â G. L IM A 1. DESENHAR E GRAVAR Crie traços, linhas, formas, texturas sobre sua matriz. 22 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 22D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006a 035-LA-G23-AVU1.indd 22 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 22D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 22 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 fazer litogravuras, cobre para fazer gravu- ras em metal, entre outras possibilidades. Para alguns tipos de gravura, é preciso uma prensa adequada. No caso da xilogravura, pode-se fazer a impressão manualmente, usando uma colher de pau para pressionar o papel sobre a matriz. No entanto, para os estudantes, é mais indicado propor ma- trizes de outros materiais, como placas de gesso, de EVA. ou de isopor. Os artistas fazem sulcos ou incisões nas matrizes, dando origem às imagens. Para esse processo, geralmente são usadas goivas, mas, para trabalhar com os estudantes sem perigo, é melhor criar ferramentas com ma- teriais alternativos, como lápis, canetas, entre outros que não ofereçam risco de cortes. Depois que a matriz estiver entintada, são colocados papéis sobre ela para reali- zar a impressão. Orientá-los a fazer expe- riências com vários suportes para as matri- zes e para as impressões (papéis variados). No boxe Esta é a minha arte!, uma alternativa pode ser fotografar tanto o pro- cesso de criação como os resultados das impressões e criar uma galeria virtual do clube de gravura. ⊲ +IDEIAS Para criar mais efeitos e texturas, os estudantes podem usar diferentes ma- teriais, como folhas, tecidos e objetos. Orientá-los a passar a tinta sobre a su- perfície e depois a colocar os objetos ou elementos da natureza (para obter texturas), retirá-los e aplicar, em segui- da, o papel para fazer a impressão. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Avaliar como os estudantes se comportam nos momentos de ação criadora. Esta situação de aprendiza- gem propõe: experimentação de ma- terialidades; processos e procedimen- tos artísticos; investigação de técni- cas; resolução de problemas; poética pessoal; trabalho colaborativo. Você pode fazer uma pauta de avaliação com base nessas questões. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • GRAVURA e gravadores: aspectos da cultura brasileira. Vídeo (30min57s). Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=nnvgt3EegbU. Acesso em: 7 jul. 2021. Documentário que traz um resu- mo histórico da gravura, com base em depoimentos de artistas que utilizam essa técnica em suas obras. • O QUE é um clube de gravura? TV CULT. Vídeo (13min39s). Dispo- nível em: https://www.youtube.com/ watch?v=8qriG6tzo-U. Acesso em: 7 jul. 2021. Vídeo da TV CULT sobre o clube de gravura do MAM, divulgando trabalhos produzidos em clubes de gravura e abordando seu papel na História da Arte. • UMA VIAGEM pela história da gra- vura: acervo do MASP. Vídeo (7min05s). Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=qrKUBtmmajs. Acesso em: 7 jul. 2021. Vídeo que mostra uma visita à exposição Papéis estrangeiros, no MASP, a qual reuniu gravuras de ar- tistas de diferentes épocas e lugares do mundo. 23 3. IMPRIMIR Coloque a folha de papel sobre a matriz. Com cuidado, faça pressão com as mãos para que a tinta da matriz fixe no papel. Retire devagar o papel da matriz. esta e a minha arte! Organize, com os colegas e o pro- fessor, uma exposição coletiva das gravuras em um espaço da escola. No clube de gravura da turma, cada colega pode ter uma impressão do trabalho do outro! O que você acha desta ideia? 4. MONTAR TIRAGEM Veja a sua gravura pronta! Para mon- tar sua tiragem, você pode fazer várias impressões usando a mesma matriz. 2. ENTINTAR Coloque a tinta guache na bandeja de isopor. Espalhe-a com um rolo de espuma pequeno para tirar o excesso. De- pois, passe o rolo com tinta sobre a matriz. IM AG EN S: X IC Â G. L IM AA 23 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 23D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 23 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Desenhar, gravar, entintar, imprimir e montar uma tiragem são os prin- cípios básicos da gravura. Que tal criar desenhos que possam se transformar em gravuras? CRIANDO GRAVURAS MATERIAIS • Uma matriz (placa de gesso, folha de EVA ou placa de isopor) • Rolo de espuma pequeno • Tesoura escolar • Bandeja de isopor • Chave, lápis ou caneta (para criar as gravações) • Tinta guache (para entintar a matriz) • Folhas de papel de seda ou sulfite (para a impressão) COMO FAZER Dica: Na gravura, o desenho ficará ao contrário depois de impresso. Pense nisso na hora da criação. ▲ Gravação em placa de gesso usando chave. ▲ Gravação em placa de isopor usando lápis comum. ⊳ Gravação em folha de EVA (um tipo de borracha) usando lápis comum. IM AG EN S: X IC Â G. L IM A 1. DESENHAR E GRAVAR Crie traços, linhas, formas, texturas sobre sua matriz. 22 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 22D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 22 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 23D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 23 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 https://www.youtube.com/watch?v=nnvgt3EegbU https://www.youtube.com/watch?v=nnvgt3EegbU https://www.youtube.com/watch?v=qrKUBtmmajs https://www.youtube.com/watch?v=qrKUBtmmajs https://www.youtube.com/watch?v=8qriG6tzo-U https://www.youtube.com/watch?v=8qriG6tzo-U ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Propor que os estudantes tragam má- quinas digitais ou celulares com câmera, convidando a família a colaborar com a mobilização desses recursos. ROTEIRO DE AULA Iniciar com a leitura coletiva do texto de Rubem Alves, conversando sobre o que os estudantes compreendem das pa- lavras e ideias do autor. Na atividade 1, os estudantes são convidados a expressar oralmente suas hipóteses interpretativas a respeito do texto lido. As atividades 2 a 4 incentivam que expressem a relação que têm com a fotografia. Aproveitar esse mo- mento e conversar com eles sobre o im- pacto das imagens fotográficas na arte e na vida cotidiana. Uma curadoria de ima- gens fotográficas pode ser providenciada para que eles observem os diferentes pa- péis dessa linguagem (registro histórico, de evento, retratos, autorretratos, fotografias artísticas, jornalísticas, entre outras). Na nutrição estética, ao observar ima- gens fotográficas, resgatar a questão le- vantada no texto por Rubem Alves: “Não 24 1. Para o autor do texto, quem faz a fotografia? A máquina fotográfica ou olho do fotógrafo? 2. Você gosta de fotografar? Sim Não 3. Que tipos de recursos você e seus familiares costumam utilizar para fazer fotografias? Resposta pessoal. Esta proposta ajuda a conhecer a realidade dos estudantes e os recursos a que eles têm acesso. Caso seja identificada uma dificuldade de acesso aos recursos necessários, os estudos sobre a fotografia podem ser realizados com aparelhos compartilhados. 4. Quais temas você e seus familiares costumam fotografar? Assinale a seguir. Autorretratos Outras pessoas Animais Paisagens Plantas Manifestações artísticas Festas Brincadeiras Outras coisas Resposta pessoal. Espera-se que os estudantesindiquem os temas que os inspiram a fotografar. Este é um bom momento para perceber gostos e repertórios pessoais. Espera-se que os estudantes compreendam que, nesse texto, o autor chama a atenção para o fato de que não é o objeto, a máquina fotográfica, que captura uma boa imagem, mas sim o olhar sensível de quem olha através da lente da câmera fotográfica, ou seja, o fotógrafo. Resposta pessoal. Aprendendo mais sobre fotografias, você e os colegas também podem criar um clube de fotografia. O que você acha dessa ideia? Sugere-se instigar os estudantes a pensarem em como organizar um clube de fotografia. A proposta será realizada mais adiante, na seção Arte em projetos. 25 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 25D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 25 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 DE OLHO NA LENTE FOTOGRÁFICA Leia este trecho do livro Quarto de badulaques, de Rubem Alves. Rubem Alves (1933-2014) foi um importante escritor e pensador bra- sileiro. Escreveu livros sobre diversos assuntos, incluindo livros infantis. SA N DR A LA VA N DE IR A Fotografias há de dois tipos: As mais raras são obras de arte, belezas que o olho do fotógrafo percebeu e nos mostra. Olhamos a foto e ficamos espantados: não havíamos visto a beleza que estava lá, coisas com as quais um turista jamais desperdiçaria uma foto – tais como folhas secas sobre o chão, um pau seco saindo da lagoa, as marcas do vento sobre a areia – e a gente leva um susto. Não é a boa câmera que faz a fotografia. É o olho do fotógrafo. Rubem Alves. Quarto de badulaques. São Paulo: Parábola, 2003. p. 67. 24 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 24D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 24 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 24D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 24 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 é a boa câmera que faz a fotografia. É o olho do fotógrafo”. Você pode propor ainda momentos de pesquisa sensorial, criando uma “janela” para olhar. Para tanto, seguir as orienta- ções: Recortar uma folha de papel-cartão (cerca de 15 cm x 15 cm); desenhar uma forma retangular e recortá-la, criando uma espécie de janela; usar esse material para investigar focos de interesse, enquadra- mentos e ângulos de visão ao olhar uma paisagem ou objeto, por exemplo. A partir desse exercício, conversar com os estudantes sobre como é possível olhar para o mundo e selecionar detalhes, ângu- los, incidências de luz, escolhendo, a par- tir de nossas percepções, como fotografar usando câmeras digitais ou de celular. A pesquisa sensorial visual é uma forma de investigar o olhar fotográfico, assim como está expresso no texto de Rubem Alves. ⊲ PNA • Fluência em leitura oral O trabalho com o texto permite que os estudantes realizem a leitura compar- tilhada. • Compreensão de texto A atividade 1 trabalha a identifi- cação de uma das ideias principais do texto lido. ⊲ +IDEIAS Ao final desse tema, propomos o desenvolvimento de um projeto pe- dagógico de criação de um clube de fotografia, em que os estudantes po- derão apreciar e criar fotos. As suges- tões de aprendizagem com projetos estão em consonância com as propos- tas de Fernando Hernández (2000), autor para o qual trabalhar por pro- jetos traz uma série de benefícios aos estudantes, como espaço para desen- volver ideias com liberdade e poéticas pessoais; oportunidades de diálogo; autonomia para planejar percursos e propor caminhos ao projeto, orienta- dos pelo professor; entre outros. Durante todo o processo, é su- gerido: que o professor incentive a autonomia dos estudantes, porém medeie saberes e oriente-os na bus- ca por informações necessárias ao desenvolvimento do projeto, bem como à criação de textos e acesso aos saberes necessários para o de- senvolvimento da linguagem artística trabalhada; que o professor também saiba interromper os percursos para conversar, retomar conceitos iniciais e combinados, a fim de manter os objetos e o foco do trabalho; que na avaliação do projeto o professor sai- ba organizar e apresentar a história do percurso de aprendizagem e da produção final, criando portfólios, diários de bordo e outras formas de registro que favoreçam a avaliação do processo de aprendizagem. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Essa obra apresenta propostas de organização de currículos com base na prática de projetos. • HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura vi- sual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000. Nessa obra, o autor narra expe- riências de alguns professores que contribuíram para a expansão dos co- nhecimentos sobre a cultura visual na educação básica. 25 1. Para o autor do texto, quem faz a fotografia? A máquina fotográfica ou olho do fotógrafo? 2. Você gosta de fotografar? Sim Não 3. Que tipos de recursos você e seus familiares costumam utilizar para fazer fotografias? Resposta pessoal. Esta proposta ajuda a conhecer a realidade dos estudantes e os recursos a que eles têm acesso. Caso seja identificada uma dificuldade de acesso aos recursos necessários, os estudos sobre a fotografia podem ser realizados com aparelhos compartilhados. 4. Quais temas você e seus familiares costumam fotografar? Assinale a seguir. Autorretratos Outras pessoas Animais Paisagens Plantas Manifestações artísticas Festas Brincadeiras Outras coisas Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem os temas que os inspiram a fotografar. Este é um bom momento para perceber gostos e repertórios pessoais. Espera-se que os estudantes compreendam que, nesse texto, o autor chama a atenção para o fato de que não é o objeto, a máquina fotográfica, que captura uma boa imagem, mas sim o olhar sensível de quem olha através da lente da câmera fotográfica, ou seja, o fotógrafo. Resposta pessoal. Aprendendo mais sobre fotografias, você e os colegas também podem criar um clube de fotografia. O que você acha dessa ideia? Sugere-se instigar os estudantes a pensarem em como organizar um clube de fotografia. A proposta será realizada mais adiante, na seção Arte em projetos. 25 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 25D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 25 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 DE OLHO NA LENTE FOTOGRÁFICA Leia este trecho do livro Quarto de badulaques, de Rubem Alves. Rubem Alves (1933-2014) foi um importante escritor e pensador bra- sileiro. Escreveu livros sobre diversos assuntos, incluindo livros infantis. SA N DR A LA VA N DE IR A Fotografias há de dois tipos: As mais raras são obras de arte, belezas que o olho do fotógrafo percebeu e nos mostra. Olhamos a foto e ficamos espantados: não havíamos visto a beleza que estava lá, coisas com as quais um turista jamais desperdiçaria uma foto – tais como folhas secas sobre o chão, um pau seco saindo da lagoa, as marcas do vento sobre a areia – e a gente leva um susto. Não é a boa câmera que faz a fotografia. É o olho do fotógrafo. Rubem Alves. Quarto de badulaques. São Paulo: Parábola, 2003. p. 67. 24 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 24D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 24 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 25D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 25 12/08/21 20:0712/08/21 20:07 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertó- rio imagético. (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formasde expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Sugerimos que traga aos estudantes material a respeito da fotografia e da cul- tura visual. ROTEIRO DE AULA Compartilhar com os estudantes um pouco sobre a história da fotografia. A fo- tografia é uma forma de criar imagens a partir da projeção de luz. O termo fotogra- fia nasceu da união de duas palavras: foto (luz) e grafia (escrita), ou seja, é como se a imagem registrada fosse “escrita” pela luz. (Ao apresentar esse conceito, verificar o que os estudantes pensam sobre a foto- grafia ser uma “escrita” pela luz.) Aqui você pode fazer uma curadoria com fotografias que marcam a cultura vi- sual do Brasil na arte, no jornalismo, na história, por exemplo. As pesquisas de Fer- nando Hernández (2000) sobre a cultura visual propõem o ensino de Arte de modo interdisciplinar, estudando a imagem não apenas pelo prisma da História da Arte, mas também por meio de várias mídias e contextos. Aproveitar também para con- 26 A Imagem capturada por um sensor digital. B Imagem capturada em filme fotográfico, que precisa ser revelado. A Imagem gravada em memória digital. B Imagem gravada em filme fotográfico. ▲ Câmera digital ▲ Câmera analógica 3. Você costuma fazer fotografias com câmeras fotográficas digitais? Que tal investigar quais são os recursos que elas podem nos oferecer? Respostas pessoais. Antes de os estudantes responderem, conversar com eles sobre como funcionam as câmeras fotográficas digitais, para ampliar seus repertórios. As câmeras fotográficas manuais (ou analógicas) usam filmes foto- gráficos que capturam e gravam a imagem e precisam ser revelados com processos químicos, em local protegido da luz. Já as câmeras fotográficas digitais, comuns hoje em dia, usam senso- res que captam e gravam as imagens em memória eletrônica, e é possível ver as fotografias na hora. Atualmente, quando um novo modelo de computador, de telefone celular ou de câmera fotográfica digital é lançado, os consumidores dessas tecnologias costumam ficar ansiosos para experimentá-las. As câmeras foto- gráficas manuais faziam o mesmo sucesso na época em que foram lançadas. 1. Parece que gostamos de novidades. Será que precisamos sempre ter coi- sas novas? O que você pensa sobre isso? 2. Relacione cada tipo de máquina fotográfica a suas características. Respostas pessoais. A proposta é que os estudantes conversem e reflitam sobre ética e consumo. M AG G EE / SH UT TE RS TO CK .C O M 3D _M AN / SH UT TE RS TO CK .C O M a) b) 27 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 27 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 DIFERENTES TECNOLOGIAS PARA FOTOGRAFAR Desde sua invenção, a fotografia mudou o modo como produzimos e compartilhamos imagens. Vamos saber mais sobre essa história? Observe estas imagens e leia um trecho da canção Desafinado, a seguir. ▲ Câmera fotográfica Rolleiflex. Fotografei você na minha Rolleiflex Revelou-se a sua enorme ingratidão Tom Jobim e Newton Mendonça. Desafinado. Em: João Gilberto. Chega de saudade. São Paulo: Odeon, 1959. LP. A Rolleiflex era uma máquina foto- gráfica muito popular quando a canção Desafinado foi criada por Tom Jobim e Newton Mendonça, no final da década de 1950. Rolleiflex é o nome de um tipo de máquina fotográfica manual, também conhecida como analógica. Tom Jobim (1927-1994), nome ar- tístico de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, foi compositor, músico e um dos criadores da Bossa Nova. JA ZZ A RC HI V HA M BU RG /A KG /A LB UM / AL BU M / FO TO AR EN A RO GE R DA VI ES / A LA MY /F OT OA REN A + SANDRA LAVANDEIRA diAlogos 26 HISTÓRIA E CONSUMOHISTÓRIA E CONSUMO D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 26 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 26D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 26 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 versar sobre o impacto das imagens na vida dos estudantes. Mencionar, nessa conver- sa, o estímulo das propagandas, que mui- tas vezes nos levam a acreditar que temos necessidade de adquirir certos produtos. Na atividade 3, antes de os estudan- tes responderem à pergunta, ampliar o repertório deles levando uma câmera digital para a sala de aula e mostrando como ela funciona. Ler com os estudan- tes o manual de funcionamento pode ser interessante para que entendam e empreguem as diferentes funções de uma câmera digital e, além disso, desen- volvam a competência leitora. Articulação com História A seção apresenta um pouco da evo- lução tecnológica das câmeras fotográfi- cas ao longo dos anos. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito am- plia o vocabulário dos estudantes. ⊲ +IDEIAS Você pode trazer para a sala de aula uma câmera analógica e mostrar aos estudantes como ela funciona. Tam- bém podem ser apresentados vídeos que demonstrem seu funcionamento. Propor aos familiares dos estudan- tes que mostrem a eles álbuns de fo- tografia de família, para que conhe- çam e observem fotografias em papel, feitas com câmeras analógicas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS O portfólio é um instrumento de avaliação que pode ser feito com a par- ticipação efetiva dos estudantes (depoi- mentos, desenhos, colagens, entre ou- tros registros). Para Fernando Hernán- dez (2000, p. 165), “o portfólio permite que os estudantes sintam a aprendiza- gem como algo próprio, pois cada um decide que trabalhos e momentos são representativos de sua trajetória”. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • TOM JOBIM. Disponível em: https:// www.jobim.org/. Acesso em: 7 jul. 2021. Site oficial do Instituto Tom Jobim, com acervo multimídia (músicas, letras de canções, fotografias, linha do tem- po etc.) sobre a vida e a obra de Anto- nio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • LAST shot. Vídeo (2min37s). Disponível em: http://www.aemiliawidodo.com/solo- animation.html. Acesso em: 22 jul. 2021. Filme de animação sobre o relacio- namento de uma garota com sua câ- mera fotográfica e a fotografia. 27 A Imagem capturada por um sensor digital. B Imagem capturada em filme fotográfico, que precisa ser revelado. A Imagem gravada em memória digital. B Imagem gravada em filme fotográfico. ▲ Câmera digital ▲ Câmera analógica 3. Você costuma fazer fotografias com câmeras fotográficas digitais? Que tal investigar quais são os recursos que elas podem nos oferecer? Respostas pessoais. Antes de os estudantes responderem, conversar com eles sobre como funcionam as câmeras fotográficas digitais, para ampliar seus repertórios. As câmeras fotográficas manuais (ou analógicas) usam filmes foto- gráficos que capturam e gravam a imagem e precisam ser revelados com processos químicos, em local protegido da luz. Já as câmeras fotográficas digitais, comuns hoje em dia, usam senso- res que captam e gravam as imagens em memória eletrônica, e é possível ver as fotografias na hora. Atualmente, quando um novo modelo de computador, de telefone celular ou de câmera fotográfica digital é lançado, os consumidores dessas tecnologias costumam ficar ansiosos para experimentá-las. As câmeras foto- gráficas manuais faziam o mesmo sucesso na época em que foram lançadas. 1. Parece que gostamos de novidades. Será que precisamossempre ter coi- sas novas? O que você pensa sobre isso? 2. Relacione cada tipo de máquina fotográfica a suas características. Respostas pessoais. A proposta é que os estudantes conversem e reflitam sobre ética e consumo. M AG G EE / SH UT TE RS TO CK .C O M 3D _M AN / SH UT TE RS TO CK .C O M a) b) 27 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 27 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 DIFERENTES TECNOLOGIAS PARA FOTOGRAFAR Desde sua invenção, a fotografia mudou o modo como produzimos e compartilhamos imagens. Vamos saber mais sobre essa história? Observe estas imagens e leia um trecho da canção Desafinado, a seguir. ▲ Câmera fotográfica Rolleiflex. Fotografei você na minha Rolleiflex Revelou-se a sua enorme ingratidão Tom Jobim e Newton Mendonça. Desafinado. Em: João Gilberto. Chega de saudade. São Paulo: Odeon, 1959. LP. A Rolleiflex era uma máquina foto- gráfica muito popular quando a canção Desafinado foi criada por Tom Jobim e Newton Mendonça, no final da década de 1950. Rolleiflex é o nome de um tipo de máquina fotográfica manual, também conhecida como analógica. Tom Jobim (1927-1994), nome ar- tístico de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, foi compositor, músico e um dos criadores da Bossa Nova. JA ZZ A RC HI V HA M BU RG /A KG /A LB UM / AL BU M / FO TO AR EN A RO GE R DA VI ES / A LA MY /F OT OA REN A + SANDRA LAVANDEIRA diAlogos 26 HISTÓRIA E CONSUMOHISTÓRIA E CONSUMO D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 26 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 27D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 27 12/08/21 20:0812/08/21 20:08 http://www.aemiliawidodo.com/solo-animation.html http://www.aemiliawidodo.com/solo-animation.html https://www.jobim.org/ https://www.jobim.org/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coleti- vo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Providenciar os materiais necessários para construir a câmera pinhole. ROTEIRO DE AULA Explorar com os estudantes as possibi- lidades de escolhas ao fazer fotografias. Além das opções temáticas e estéticas, esta é uma oportunidade para analisar as ques- tões éticas envolvidas, uma vez que o olhar do fotógrafo revela também sua percep- ção de mundo. Estimular a compreensão e o respeito à diversidade e/ou às diferen- tes opiniões. Relembrar ainda a proposta de ver por muitos ângulos, por exemplo: a observa- ção da incidência da luz ou da proximida- de do objeto a ser fotografado; o plane- jamento de um estilo, da tela, das cores, dos contrastes, entre outros olhares. Conversar com os estudantes sobre os processos da câmera pinhole, que usa o princípio da câmara escura, mas permite fixar as imagens e não apenas vê-las no momento em que são capturadas. 28 MATERIAIS IM AG EN S: XI CÂ G . L IM A DEN ROZHNOVSKY/SHUTTERSTOCK.COM CHIK74/SHUTTERSTOCK.COM PORNPAWIT/SHUT TERSTOCK.COM DRAGANCE137/SHUTTERSTOCK.COM 1 rolo de filme de 35 mm 1 bobina de filme vazia que tenha uma parte do filme ainda presa (você encontra esse material em descartes de estúdios fotográficos) 1 tubo de tinta guache preta 1 régua 1 tesoura escolar 1 pincel 1 rolo de fita adesiva transparente 1 rolo de fita adesiva preta 2 caixas de fósforos vazias 1 palito de madeira 1 folha de papel preto (cartão ou color set ) 1 pedaço de 5 cm x 5 cm de papel-alumínio 1 furador de papel 1 agulha fina 29 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 29D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 29 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Xicâ G. Lima (1970-) é artista, professora de arte, fotógrafa e pesquisadora dos processos foto- gráficos, como a câmera pinhole. CONSTRUINDO UMA CÂMERA PINHOLE Observe esta imagem. ▲ Resultado de fotografia feita com uma câmera pinhole. Para fazer essa imagem, a ar- tista Xicâ G. Lima criou sua própria máquina de fotografar. O nome da máquina que ela usou é câmera pinhole. Construí- -la é como viajar no tempo. Que tal experimentar? Pinhole: vem das palavras inglesas pin (alfinete) e hole (buraco), ou seja, “buraco de alfinete”. XI CÂ G . L IM A XICÂ G. LIMA OFICINA de arte 28 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 28D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 28 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 28D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 28 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • CÂMERA fotográfica pinhole de lata (experiência de física): how to make pinhole camera. Vídeo (8min17s). Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=Xt3Cdq0qOns. Acesso em: 29 jun. 2021. Esse vídeo mostra como fazer a câ- mera pinhole com uma lata de alumínio. ⊲ +IDEIAS Pinhole de lata (buraco de agulha) Quer conhecer mais uma técnica para fazer a câmera pinhole? Você pode fazê-la usando uma lata de alumínio. Veja o vídeo indicado em Sugestão para o professor. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Proponha aos estudantes que façam re- gistros sobre suas descobertas nesta expe- riência. Rodas de conversa para comparti- lhar experiências e resultados podem ser bons momentos para a autoavaliação. Su- gerimos registros para compor o portfólio. 29 MATERIAIS IM AG EN S: XI CÂ G . L IM A DEN ROZHNOVSKY/SHUTTERSTOCK.COM CHIK74/SHUTTERSTOCK.COM PORNPAWIT/SHUT TERSTOCK.COM DRAGANCE137/SHUTTERSTOCK.COM 1 rolo de filme de 35 mm 1 bobina de filme vazia que tenha uma parte do filme ainda presa (você encontra esse material em descartes de estúdios fotográficos) 1 tubo de tinta guache preta 1 régua 1 tesoura escolar 1 pincel 1 rolo de fita adesiva transparente 1 rolo de fita adesiva preta 2 caixas de fósforos vazias 1 palito de madeira 1 folha de papel preto (cartão ou color set ) 1 pedaço de 5 cm x 5 cm de papel-alumínio 1 furador de papel 1 agulha fina 29 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 29D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 29 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Xicâ G. Lima (1970-) é artista, professora de arte, fotógrafa e pesquisadora dos processos foto- gráficos, como a câmera pinhole. CONSTRUINDO UMA CÂMERA PINHOLE Observe esta imagem. ▲ Resultado de fotografia feita com uma câmera pinhole. Para fazer essa imagem, a ar- tista Xicâ G. Lima criou sua própria máquina de fotografar. O nome da máquina que ela usou é câmera pinhole. Construí- -la é como viajar no tempo. Que tal experimentar? Pinhole: vem das palavras inglesas pin (alfinete) e hole (buraco), ou seja, “buraco de alfinete”. XI CÂ G . L IM A XICÂ G. LIMA OFICINA de arte 28 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006a 035-LA-G23-AVU1.indd 28D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 28 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 29D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 29 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 https://www.youtube.com/watch?v=Xt3Cdq0qOns https://www.youtube.com/watch?v=Xt3Cdq0qOns ⊲ BNCC (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. 30 9. Sua câmera pinhole está pronta! O palito de madeira servirá para mover a bobina toda vez que você fizer uma nova fotografia. O retângulo de papel preto será usado sempre que você abrir e fechar a entrada de luz, como em um clique da sua máquina fotográfica. 8. Feche a caixa, prendendo-a com a fita adesiva preta sem apertar, cobrindo toda a caixa e bobinas, e deixando livre o furo da frente. Vede bem a caixa para não entrar luz.7. Agora, feche a máquina e en- caixe as bobinas nas laterais da caixa. O lado brilhante do filme deve ficar encostado no fundo da caixa, ou seja, no lado que não tem o furo. Encaixe a gaveta na máquina, encostando-a no filme. 6. Recorte uma janela na gaveta da caixa de fósforos e pinte toda a gaveta de preto. IM AG EN S: X IC Â G. L IM A 31 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 31D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 31 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 COMO FAZER atenção: Para construir a câmera pinhole, você terá de contar com a ajuda de um adulto ou do professor. 5. O filme tem de ficar bem preso para não arrebentar durante o momento de fotografar. Prenda um palito de madeira na bobina usada. . Agora, prepare o filme. Pegue a bobina usada. Una com fita adesiva a parte do filme usado ao pedaço de filme novo, observando que o lado fosco deve coinci- dir nos dois filmes. 3. Recorte duas peças de papel preto: um retângulo de 3 cm × 8 cm e um quadrado de 3 cm × 3 cm. Peça ao adulto que faça um furo no quadrado e prenda-o no verso da caixa de fósforos. Para isso, use a fita adesiva preta, mas deixe a parte de cima livre para encaixar o retângulo. Esse me- canismo vai abrir e fechar o furo como em um clique de uma máquina fotográfica. 2. Peça ao adulto que fure o papel- -alumínio com uma agulha. Esse furo deve ser bem pequeno e coinci- dir com o furo maior feito na caixa. 1. Desmonte a caixa de fósforos e pinte um dos lados de preto. Peça a um adulto que faça um furo na caixa e cole um pe- daço de papel-alumínio sobre esse furo (a parte brilhante deve ficar para cima). IM AG EN S: X IC Â G. L IM A 30 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 30D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 30 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 30D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 30 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 ROTEIRO DE AULA Fazer uma leitura de todo o processo descrito nas orientações e tirar as dúvidas dos estudantes antes de começarem a fotografar. Explicar a eles que, nesse pro- cesso, não é possível apagar fotografias porque, uma vez feita a foto, o filme já será gravado. Contudo, os resultados são surpreendentes, e esse é o fascínio da téc- nica do pinhole: a surpresa nos resultados. Algumas questões importantes: O que os estudantes querem fotografar? Orientá-los a escolher um tema. Explicar a eles que esse tipo de câmera funciona melhor em áreas externas, devendo ser apoiada em um local estável. É preciso ter cuidado ao girar o palito, para que o filme não se solte. O tempo de exposição (tempo que o obtu- rador ficará aberto para a entrada de luz pelo orifício) deve ser definido com base na iluminação no espaço. Por exemplo, se for um local com bastante iluminação, orientar os estudantes a contar 3 segundos de ex- posição. Se o local tiver pouca luz, deixar no máximo 10 segundos de exposição. ORGANIZE-SE Combinar com os estudantes que, após realizar as fotografias, é neces- sário muito cuidado para não deixar entrar luz no interior da câmera até o momento da revelação do filme, que deverá ser feita por um profissional especializado (casa de revelação de filmes fotográficos). ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Conversar com os estudantes sobre o ato de fotografar com pinhole e com as câmeras fotográficas atuais (digi- tais). Aproveitar e fazer uma roda de conversa para que se autoavaliem, per- guntando: o que vocês pensam sobre isso e como avaliam seus processos de criação nessas duas experiências? SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • FOTOGRAFIA pinhole. Disponível em: https://www.eba.ufmg.br/cfalieri/ pinhole.html. Acesso em: 7 jul. 2021. Página que apresenta a câmera pinhole e explica seu funcionamento. • HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura vi- sual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. Nessa obra, o autor narra expe- riências de alguns professores que contribuíram para a expansão dos co- nhecimentos sobre a cultura visual na educação básica. 31 9. Sua câmera pinhole está pronta! O palito de madeira servirá para mover a bobina toda vez que você fizer uma nova fotografia. O retângulo de papel preto será usado sempre que você abrir e fechar a entrada de luz, como em um clique da sua máquina fotográfica. 8. Feche a caixa, prendendo-a com a fita adesiva preta sem apertar, cobrindo toda a caixa e bobinas, e deixando livre o furo da frente. Vede bem a caixa para não entrar luz.7. Agora, feche a máquina e en- caixe as bobinas nas laterais da caixa. O lado brilhante do filme deve ficar encostado no fundo da caixa, ou seja, no lado que não tem o furo. Encaixe a gaveta na máquina, encostando-a no filme. 6. Recorte uma janela na gaveta da caixa de fósforos e pinte toda a gaveta de preto. IM AG EN S: X IC Â G. L IM A 31 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 31D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 31 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 COMO FAZER atenção: Para construir a câmera pinhole, você terá de contar com a ajuda de um adulto ou do professor. 5. O filme tem de ficar bem preso para não arrebentar durante o momento de fotografar. Prenda um palito de madeira na bobina usada. . Agora, prepare o filme. Pegue a bobina usada. Una com fita adesiva a parte do filme usado ao pedaço de filme novo, observando que o lado fosco deve coinci- dir nos dois filmes. 3. Recorte duas peças de papel preto: um retângulo de 3 cm × 8 cm e um quadrado de 3 cm × 3 cm. Peça ao adulto que faça um furo no quadrado e prenda-o no verso da caixa de fósforos. Para isso, use a fita adesiva preta, mas deixe a parte de cima livre para encaixar o retângulo. Esse me- canismo vai abrir e fechar o furo como em um clique de uma máquina fotográfica. 2. Peça ao adulto que fure o papel- -alumínio com uma agulha. Esse furo deve ser bem pequeno e coinci- dir com o furo maior feito na caixa. 1. Desmonte a caixa de fósforos e pinte um dos lados de preto. Peça a um adulto que faça um furo na caixa e cole um pe- daço de papel-alumínio sobre esse furo (a parte brilhante deve ficar para cima). IM AG EN S: X IC Â G. L IM A 30 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 30D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 30 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001a 035-MPE-G23.indd 31D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 31 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 https://www.eba.ufmg.br/cfalieri/pinhole.html https://www.eba.ufmg.br/cfalieri/pinhole.html ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Separar vídeos e imagens e apresentá-los aos estudantes para que percebam a evo- lução da fotografia no decorrer do tempo. ROTEIRO DE AULA Retomar com os estudantes a história da fotografia. Contar a eles que as tecno- logias mudaram o mundo e que as inven- ções experimentais foram fundamentais nesse processo. Você ainda pode conver- sar com eles e perguntar: Como imaginam que era a vida antes da fotografia? Como acham que as pessoas registravam seus momentos? Como a tecnologia mudou o modo de guardar essas imagens? Como acham que as fotografias eram reveladas? Vocês costumam revelar fotos como anti- gamente ou hoje guardam apenas na me- mória do celular ou da câmera digital? Fazer um percurso histórico da invenção da fotografia. Apresentar Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) e Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), inventores franceses que marcaram o início da história da fotografia (ver Sugestão para o professor). 32 1. Pergunte a seus familiares se em sua família há fotografias antigas. Questione quando foram tiradas, quem está retratado em cada uma des- sas fotografias e com qual tipo de câmera fotográfica elas foram feitas. Escreva no espaço a seguir suas principais descobertas. Depois, comparti- lhe-as com os colegas e com o professor na sala de aula. Respostas pessoais. Orientar os estudantes a realizarem a pesquisa e a conversarem com os familiares. As câmeras compactas passaram a ser fabricadas a partir da década de 1960 e tornaram o ato de fotografar mais acessível. A câmera digital surgiu no início da década de 1980 e tornou a criação de fotografias mais prática. Na década de 1990, surgiu o primeiro telefone celular com recurso de câmera. IL US TR AÇ Õ ES : P AU LO C ES AR P ER EI RA / M O LD UR AS : N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M 33 SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 33D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 33 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 MINHA COLEÇÃO DE FOTOGRAFIAS Observe estas imagens. Imagine que você está passeando por um museu de História da fotogra- fia com câmeras fotográficas de várias épocas e lugares. Como será que as pessoas produziam fotografias com essas câmeras? O daguerreótipo surgiu em 1839 e foi o primeiro aparelho fotográfico fabricado em escala comercial. A primeira câmera Rolleiflex foi fabricada em 1929. A primeira câmera com revelação instantânea foi fabricada em 1947. IL US TR AÇ Õ ES : P AU LO C ES AR P ER EI RA / M O LD UR AS : N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M VE CT O RI SM /S HU TT ER ST O CK .C O M Este modelo de câm era fotográfica fico u popularmente conhe cido como lambe-l ambe, porque há relatos d e que muitos fotógr afos lambiam a placa de vidro que ficava de ntro da câmera para encaix á-la do lado certo . arte-AVENTURA 32 SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 32D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 32 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 32D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 32 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 Você pode elaborar uma forma criativa de contar essa história usando máquinas fotográficas antigas e imagens históricas. Outra ideia é solicitar aos estudantes que perguntem aos familiares se possuem máquinas fotográficas, papéis, filmes fo- tográficos e fotografias feitas usando pro- cessos analógicos, antes da popularização das máquinas digitais e dos celulares. Uma exposição histórica sobre a fotografia pode acontecer na escola e pode ter como nome Que tal viajar pelo túnel do tempo da fotografia? Articulação com História A atividade permite um trabalho con- junto com a disciplina História ao oportu- nizar que os estudantes entrem em conta- to com a história da tecnologia emprega- da na produção de fotografias, a partir da história familiar e comunitária. ⊲ PNA • Produção de escrita A atividade 1 incentiva os estu- dantes a redigirem de forma indepen- dente após pesquisar com os familia- res sobre fotografias antigas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Propor aos estudantes que façam registros sobre suas descobertas. Ro- das de conversa para compartilhar experiências e resultados podem ser bons momentos para a autoavalia- ção. Sugerimos registros para com- por o portfólio. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • DOCUMENTÁRIO: a arte e a ciência da fotografia. Vídeo (23min57s). Dis- ponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=Pwrri5s7Xg8. Acesso em: 25 jun. 2021. Documentário sobre a presença da fotografia no mundo contemporâneo e sua história, desde os primeiros re- gistros de imagens. • HISTÓRIA da fotografia. Vídeo (2min01s). Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=VDfwlD139Es. Acesso em: 7 jul. 2021. Vídeo animado para crianças que mostra a evolução das máquinas foto- gráficas desde a câmara escura até as câmeras de celulares. 33 1. Pergunte a seus familiares se em sua família há fotografias antigas. Questione quando foram tiradas, quem está retratado em cada uma des- sas fotografias e com qual tipo de câmera fotográfica elas foram feitas. Escreva no espaço a seguir suas principais descobertas. Depois, comparti- lhe-as com os colegas e com o professor na sala de aula. Respostas pessoais. Orientar os estudantes a realizarem a pesquisa e a conversarem com os familiares. As câmeras compactas passaram a ser fabricadas a partir da década de 1960 e tornaram o ato de fotografar mais acessível. A câmera digital surgiu no início da década de 1980 e tornou a criação de fotografias mais prática. Na década de 1990, surgiu o primeiro telefone celular com recurso de câmera. IL US TR AÇ Õ ES : P AU LO C ES AR P ER EI RA / M O LD UR AS : N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M 33 SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 33D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 33 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 MINHA COLEÇÃO DE FOTOGRAFIAS Observe estas imagens. Imagine que você está passeando por um museu de História da fotogra- fia com câmeras fotográficas de várias épocas e lugares. Como será que as pessoas produziam fotografias com essas câmeras? O daguerreótipo surgiu em 1839 e foi o primeiro aparelho fotográfico fabricado em escala comercial. A primeira câmera Rolleiflex foi fabricada em 1929. A primeira câmera com revelação instantânea foi fabricada em 1947. IL US TR AÇ Õ ES : P AU LO C ES AR P ER EI RA / M O LD UR AS : N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M VE CT O RI SM /S HU TT ER ST O CK .C O M Este modelo de câm era fotográficafico u popularmente conhe cido como lambe-l ambe, porque há relatos d e que muitos fotógr afos lambiam a placa de vidro que ficava de ntro da câmera para encaix á-la do lado certo . arte-AVENTURA 32 SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 32D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 32 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 33D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23-AVU1.indd 33 12/08/21 20:0812/08/21 20:08 https://www.youtube.com/watch?v=Pwrri5s7Xg8 https://www.youtube.com/watch?v=Pwrri5s7Xg8 https://www.youtube.com/watch?v=VDfwlD139Es https://www.youtube.com/watch?v=VDfwlD139Es ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Sugerimos retomar os documentos (carteirinhas e arquivo com regras) criados para o clube de artes visuais, na seção Ar- te-aventura, nas páginas 20 e 21. ROTEIRO DE AULA Avaliar em conjunto com os estudantes se as regras e os combinados deste clube de fotografia podem ser os mesmos do clube de artes visuais ou se será preciso criar outros. Apresentar aos estudantes possibili- dades para a criação de fotografias. Eles podem criar fotos figurativas, com en- quadramento de paisagens, ou fotogra- far motivos abstratos, como a textura de um pedaço de madeira, um detalhe de uma flor, formas geométricas, entre ou- tros elementos. Retomar o conteúdo das páginas 24 e 25, reler o texto com eles e lembrar os estudantes de que é o olhar do fotógrafo que produz a fotografia com expressão poética e criativa. Falar, também, da es- 34 Dica: Veja sugestões de alguns temas que você pode fotografar! • Patrimônios culturais de onde eu moro. • A natureza na minha escola. • Pessoas, objetos, animais, entre outros assuntos. esta e a minha arte! Como serão expostas as fotografias que a turma produziu? Combinem com o professor como vocês vão imprimir ou organizar os arquivos das fotografias e, também, se farão uma exposição presencial ou virtual. BRU N A IS HI HA RA NO CLUBE, CÂMERA NA MÃO NO CLUBE, CÂMERA NA MÃO E OLHAR ATENTOE OLHAR ATENTO NO CLUBE, CÂMERA NA MÃO E OLHAR ATENTO Vamos sair por aí e procurar coisas interes- santes para fotografar? Escolha um tema, um ângulo de visão, o en- quadramento, a posição da luz e das sombras, as cores, as formas... Quais serão suas es- colhas ao fazer uma foto- grafia? O que você quer fotografar? Não há limite para um olhar atento atrás da lente de um fotógrafo sensível: você! 35 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 35D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 35 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Agora que você já estudou sobre fotografia, que tal criar o clube de fotografia da turma? COMO FAZER 1. Reúna-se com os colegas e o professor. 2. Vocês podem trabalhar com materiais tecnológicos atuais ou fazer fotografias com técnicas antigas, por exemplo, usando uma câmera pinhole. 3. Façam combinados para organizar como o clube de fotografia vai funcionar. Quais serão as regras? Que eventos e programações serão criados? . Escolham técnicas, materiais e assuntos da arte da fotografia para estudar e expandir seus conhe- cimentos. Esses estudos ampliarão as possibilida- des de produção dos membros do clube. 5. Depois de organizar, pesquisar e criar tudo isso, há muito o que pro- duzir e compartilhar nesse clube! Vamos lá? CLUBE DE CLUBE DE FOTOGRAFIA DA TURMAFOTOGRAFIA DA TURMA CLUBE DE FOTOGRAFIA DA TURMA 34 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 34D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 34 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 34D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 34 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 colha de enquadramento, dos ângulos de visão, do trabalho com luz e sombras, das cores e formas, entre outros elementos da linguagem visual que podem ser explora- dos na produção de fotografias. Em Esta é a minha arte!, ao planejar a exposição dos trabalhos dos estudantes, sugere-se fazer parceria com instituições culturais para ampliar as possibilidades de exposição dos trabalhos para toda a co- munidade. Para fazer exposições virtuais, atualmente existem vários aplicativos, re- des sociais e ferramentas digitais, muitos gratuitos, com possibilidade de criar gale- rias virtuais. ⊲ +IDEIAS Você pode levar os estudantes para um lugar aberto – como o jardim da escola, o pátio ou a quadra de esportes –, para que eles possam observar diferentes ele- mentos e paisagens com a câmera pinhole criada por eles. A fim de investigar mais sobre como os artistas olham para a natu- reza para criar suas obras, você pode apre- sentar o livro indicado em Sugestão para o estudante, que é uma ótima fonte de leitura e nutrição estética. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Avaliar como os estudantes se comportam em momentos de ação criadora, tendo como base o que é proposto nesta situação de aprendi- zagem: a experimentação de mate- rialidades, processos e procedimentos artísticos; a investigação de técnicas; a resolução de problemas; o desenvolvi- mento da poética pessoal; o trabalho colaborativo. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • CÂMERA Fotográfica, curta-metra- gem de animação, by Aemilia Widodo. Vídeo (2min36s). Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=bddOM- WnQrLI. Acesso em: 7 jul. 2021. Curta-metragem de animação, por Aemilia Widodo. Título original: Last Shot. • CANTON, Katia. Natureza: olhar de artista. São Paulo: DCL, 2008. Esse livro apresenta o olhar de dife- rentes artistas sobre a natureza. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • PADLET. Disponível em: https://pt-br. padlet.com/. Acesso em: 7 jul. 2021. Site e aplicativo onde se pode criar uma exposição virtual de fotografias com as imagens feitas pelos estudantes. 35 Dica: Veja sugestões de alguns temas que você pode fotografar! • Patrimônios culturais de onde eu moro. • A natureza na minha escola. • Pessoas, objetos, animais, entre outros assuntos. esta e a minha arte! Como serão expostas as fotografias que a turma produziu? Combinem com o professor como vocês vão imprimir ou organizar os arquivos das fotografias e, também, se farão uma exposição presencial ou virtual. BRU N A IS HI HA RA NO CLUBE, CÂMERA NA MÃO NO CLUBE, CÂMERA NA MÃO E OLHAR ATENTOE OLHAR ATENTO NO CLUBE, CÂMERA NA MÃO E OLHAR ATENTO Vamos sair por aí e procurar coisas interes- santes para fotografar? Escolha um tema, um ângulo de visão, o en- quadramento, a posição da luz e das sombras, as cores, as formas... Quais serão suas es- colhas ao fazer uma foto- grafia? O que você quer fotografar? Não há limite para um olhar atento atrás da lente de um fotógrafo sensível: você! 35 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 35D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 35 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 Agora que você já estudou sobre fotografia, que tal criar o clube de fotografia da turma? COMO FAZER 1. Reúna-se com os colegas e o professor. 2. Vocês podem trabalhar com materiais tecnológicos atuaisou fazer fotografias com técnicas antigas, por exemplo, usando uma câmera pinhole. 3. Façam combinados para organizar como o clube de fotografia vai funcionar. Quais serão as regras? Que eventos e programações serão criados? . Escolham técnicas, materiais e assuntos da arte da fotografia para estudar e expandir seus conhe- cimentos. Esses estudos ampliarão as possibilida- des de produção dos membros do clube. 5. Depois de organizar, pesquisar e criar tudo isso, há muito o que pro- duzir e compartilhar nesse clube! Vamos lá? CLUBE DE CLUBE DE FOTOGRAFIA DA TURMAFOTOGRAFIA DA TURMA CLUBE DE FOTOGRAFIA DA TURMA 34 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 34D3-ART-F1-1101-V4-U1-C1-006 a 035-LA-G23-AVU1.indd 34 02/08/21 13:5802/08/21 13:58 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 35D2-ART-F1-1101-V4-U1-C1-001 a 035-MPE-G23.indd 35 12/08/21 16:2412/08/21 16:24 https://www.youtube.com/watch?v=bddOMWnQrLI https://www.youtube.com/watch?v=bddOMWnQrLI https://www.youtube.com/watch?v=bddOMWnQrLI https://pt-br.padlet.com/ https://pt-br.padlet.com/ ⊲ BNCC (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes con- textos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional. (EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narrativas etc.). (EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em im- provisações teatrais e processos nar- rativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lu- gar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma inten- cional e reflexiva. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a cons- trução de vocabulário e repertório rela- tivos às diferentes linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Propor aos estudantes que se reúnam em grupos e conversem sobre a imagem do desfile dos bonecos gigantes no Carna- val de Olinda. Apresentar também o texto da página 37. ROTEIRO DE AULA Neste Capítulo 2, iremos trabalhar os temas: teatro de bonecos, mamulengos, manifestações cênicas populares e pro- por a formação de grupos de teatro, que podem acontecer tanto nas comunidades como no espaço da escola. Conduzir a leitura da imagem de aber- tura do capítulo, que apresenta fotos e ilustração de bonecos gigantes do Carna- val de rua de Olinda, no estado de Per- nambuco. Conversar com os estudantes: • De que material são feitos esses bo- necos? (Os bonecos são feitos de estru- tura de madeira com cabeças de papel machê e roupas de tecidos e outros materiais.) 36 37 Venha criar em grupo! É dia de festa! Bonecos desfilam na rua. Bonecos e bonecões, essa arte vive nas mãos dos artesãos e artistas foliões. Arte do povo, para o povo se divertir. Dá gosto de ver! O teatro é uma arte coletiva. Você sabe por quê? Porque muita gente trabalha para tudo isso acontecer. Pode estar na rua, no palco, na praça... Pode estar por toda parte! Vamos formar um grupo de teatro para criar, atuar e brincar! 37 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 37D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 37 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 ▲ Montagem com ilustração e fotografia de desfile dos bonecos gigantes no Carnaval no município de Olinda, estado de Pernambuco, 2016. 36 PR EF EI TU RA D E O LI N DA /A LA M Y/ FO TO AR EN A IL US TR AÇ ÃO : B RU N A AS SI S BR AS IL 36 2 NOSSO GRUPO DE TEATRO D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 36D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 36 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 36D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 36 12/08/21 16:3412/08/21 16:34 • Como vocês acham que o Carnaval de Olinda é organizado? Será que tudo acontece em grupo? • O que vocês pensam sobre o traba- lho em grupo nas artes cênicas, como os grupos de teatro? ⊲ +IDEIAS Você pode explorar o patrimônio cul- tural material e imaterial. O patrimônio material são os bens físicos, como cons- truções, conjuntos arquitetônicos, entre outros. O patrimônio imaterial são conhe- cimentos, tradições e ações passados de geração a geração; por exemplo, as dan- ças e as músicas. Em uma conversa com os estudantes, é possível apresentar vários exemplos extraídos das manifestações que compõem a diversidade cultural bra- sileira. Olinda, tombada pelo Iphan (Ins- tituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), considerada uma das mais an- tigas cidades do Brasil, é um exemplo de patrimônio cultural material, assim como muitas das manifestações populares bra- sileiras são exemplos de bens imateriais, como o Carnaval. Você pode pes- quisar com eles mais informações no site do Iphan, indicado em Sugestão para o professor. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS É importante valorizar os processos do fazer teatral e não apenas o pro- duto, isto é, a montagem de peças teatrais para datas comemorativas e festas escolares. Muitas vezes um con- teúdo programado pode ser ministra- do apenas com a representação de uma cena improvisada. Há estudantes que aprendem mais e melhor quando vivenciam com seu corpo o que está sendo exposto. Assim, o teatro é uma linguagem artística com suas próprias características e elementos linguís- ticos, tendo o corpo como suporte e ferramenta expressiva. Criar em grupo pode desenvolver habilidades e competências relacionadas à cons- ciência corporal de si e do outro, por exemplo. Avaliar como os estudantes percebem essas questões e propor que escrevam sobre suas impressões em seus cadernos de artista (diário de bordo do estudante). SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓ- RICO E ARTÍSTICO NACIONAL (Brasil). Patrimônio Material – PE. Disponí- vel em: http://portal.iphan.gov.br/pe/ pagina/detalhes/558. Acesso em: 8 jul. 2021. Página oficial do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Na- cional, que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. • KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2011. Livro que traz informações sobre o teatro e o desenvolvimento da criança. 37 37 Venha criar em grupo! É dia de festa! Bonecos desfilam na rua. Bonecos e bonecões, essa arte vive nas mãos dos artesãos e artistas foliões. Arte do povo, para o povo se divertir. Dá gosto de ver! O teatro é uma arte coletiva. Você sabe por quê? Porque muita gente trabalha para tudo isso acontecer. Pode estar na rua, no palco, na praça... Pode estar por toda parte! Vamos formar um grupo de teatro para criar, atuar e brincar! 37 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 37D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 37 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 ▲ Montagem com ilustração e fotografia de desfile dos bonecos gigantes no Carnaval no município de Olinda, estado de Pernambuco, 2016. 36 PR EF EI TU RA D E O LI N DA /A LA M Y/ FO TO AR EN A IL US TR AÇ ÃO : B RU N A AS SI S BR AS IL 36 2 NOSSO GRUPO DE TEATRO D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 36D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 36 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 37D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 37 12/08/21 16:3412/08/21 16:34 http://portal.iphan.gov.br/pe/pagina/detalhes/558http://portal.iphan.gov.br/pe/pagina/detalhes/558 ⊲ BNCC (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes con- textos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capa- cidade de simbolizar e o repertório ficcional. (EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando ele- mentos teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diver- sidade de personagens e narrativas etc.). (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA As situações de aprendizagem apre- sentadas no Tema 1 têm a intenção de mostrar alguns elementos constitutivos da linguagem teatral, como corpo, figu- rino, cenários, entre outros, além do uso desses elementos nas diferentes formas do fazer teatral. Promover um momento de nutrição es- tética a partir da imagem presente no Livro do Estudante, que retrata uma apresenta- ção de teatro de mamulengos, e do texto que a acompanha. Se possível, apresentar o vídeo Mamulengo Fuzuê – Teatro é Popular, indicado em Sugestão para o professor. Sondar o que os estudantes sabem so- bre o teatro de bonecos. Para expandir o repertório cultural da turma, apresentar aspectos da história do teatro de bonecos. Comentar com os estudantes sobre as ou- tras formas do fazer teatral, como o tea- tro de sombras e a mímica, para que eles comparem essas diferentes expressões e percebam suas diferenças, bem como a teatralidade na vida cotidiana. 38 Somos grandes e pequenos, cabemos nas mãos ou nos seus dedos. Desfilamos, andamos e corremos, somos bonecos do povo brasileiro. Mas também estamos no mundo inteiro! Podemos rir, rodopiar e alguma graça dizer. Na mão do artista, podemos viver! No teatro de bonecos, há coisas que não podem faltar: alguém para junto criar, uma boa história para contar e público para essa arte prestigiar! Texto elaborado para esta obra. Você já brincou de teatro de bonecos? Sabe como nasceu essa arte? Vamos descobrir mais sobre a arte do teatro de bonecos? FO TO : A LIC E L IRA ; IL US TR AÇ ÃO : SA NDR A LA VAND EIRA 39 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 39D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 39 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 TÁ NA MÃO! Observe esta imagem. Depois, leia com o professor o texto a seguir. ▼ Montagem com ilustração e fotografia de uma apresentação de teatro de bonecos do Grupo Mamulengo Fuzuê, em 2017, no projeto Teatro é popular. 38 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 38D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 38 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 38D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 38 12/08/21 16:3412/08/21 16:34 A tradição de transformar bonecos em personagens que ganham vida por meio de atores nasceu das mãos de outros artistas: foram os talentosos artesãos que, desde tempos muito antigos, em diferentes loca- lidades, perpetuaram essa magia que nos transporta ao mundo maravilhoso do faz de conta do teatro. Para criar bonecos articu- lados, fantoches e mamulengos são usadas materialidades como pano, papel machê, madeira, chapas de metal e outros materiais. A partir da observação da imagem e do texto poético, você pode ainda con- versar com os estudantes sobre algumas questões: Vocês já assistiram a algum teatro de mamulengo? Será que existe al- gum grupo de mamulengo, ou outra for- ma de teatro de bonecos, na região onde moram? Por que esses bonecos se cha- mam mamulengos? (Porque geralmente são manobrados pelas mãos dos atores como se fossem luvas, daí o nome. No teatro de mamulengos não vemos os ato- res, apenas os bonecos, e ouvimos a voz dos atores que dão vida às personagens por meio do movimento e pela expressão vocal.) Que materialidades são usadas para fazer esses bonecos? (Os fanto- ches e mamulengos geralmente são feitos com madeira, papel machê e panos, entre outros materiais.) Como são articulados os mamulengos? (Ge- ralmente são manipulados por atores que os vestem como uma luva ou usando varetas, hastes ou fios.) Que temas são tratados nesse tipo de peça teatral? (Os temas podem ser os mais variados, porém é comum ver assuntos como situações cômicas, sátiras do cotidiano e contação de lendas e histórias populares.) ⊲ +IDEIAS Historicamente, o conceito de cria- tividade tem sido associado a muitos fatores e causas. Povos antigos acre- ditavam que o poder de criar era um dom concedido por divindades. Em nosso tempo, o tema “criatividade” tem sido abordado em diferentes áreas. No campo da Física, por exem- plo, o próprio Albert Einstein (1879- 1955) dizia que para criar é preciso intuir. Em teatro, os jogos de improvi- sação apresentam problemas a resol- ver, o que propulsiona a criatividade. A educação contemporânea deve ser problematizada, uma vez que no mundo há cada vez mais desafios e exigências em relação à criatividade. Procurar ampliar os conhecimentos, aclarando mais profundamente o conceito de criatividade. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Neste momento inicial, sugerimos a avaliação diagnóstica para sondar o que os estudantes sabem sobre a linguagem do teatro de mamulengos. Aproveite as perguntas sugeridas no Roteiro de aula para iniciar esta ava- liação diagnóstica com eles. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • MAMULENGO Fuzuê - Teatro é Po- pular. Vídeo (10min19s). Disponível em: https://youtu.be/n5n5JHlcPCY. Acesso em: 8 jul. 2021. O vídeo retrata a atuação do gru- po Mamulengo Fuzuê nas escolas, um making-off da apresentação mostran- do a participação do público na mon- tagem do palco, além de entrevistas com os artistas do grupo e cenas da apresentação. 39 Somos grandes e pequenos, cabemos nas mãos ou nos seus dedos. Desfilamos, andamos e corremos, somos bonecos do povo brasileiro. Mas também estamos no mundo inteiro! Podemos rir, rodopiar e alguma graça dizer. Na mão do artista, podemos viver! No teatro de bonecos, há coisas que não podem faltar: alguém para junto criar, uma boa história para contar e público para essa arte prestigiar! Texto elaborado para esta obra. Você já brincou de teatro de bonecos? Sabe como nasceu essa arte? Vamos descobrir mais sobre a arte do teatro de bonecos? FO TO : A LIC E L IRA ; IL US TR AÇ ÃO : SA NDR A LA VAND EIRA 39 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 39D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 39 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 TÁ NA MÃO! Observe esta imagem. Depois, leia com o professor o texto a seguir. ▼ Montagem com ilustração e fotografia de uma apresentação de teatro de bonecos do Grupo Mamulengo Fuzuê, em 2017, no projeto Teatro é popular. 38 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 38D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 38 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 39D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 39 12/08/21 16:3412/08/21 16:34 https://www.youtube.com/watch?v=n5n5JHlcPCY ⊲ BNCC (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes con- textos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e ima- terial, de culturas diversas, em es- pecial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e euro- peias, de diferentes épocas, favore- cendo a construção de vocabulárioe repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Inicialmente, dedicar um momento para a observação das imagens das pá- ginas 40 e 41, comparando os tipos de bonecos, observando diferenças em seu tamanho, no material usado, na forma de manipulação. Em seguida, abrir espa- ço para que os estudantes respondam às perguntas sugeridas. O teatro de bonecos é uma das modali- dades do teatro de formas animadas (tam- bém conhecido como teatro de animação). Nessa modalidade de teatro, o ator assume 40 ⊳ Teatro com boneco de vara. Yangzhou, China, 2017. ▲ Teatro com bonecos de luva. Montreal, Canadá, 2017. ▲ Teatro com bonecos de fios. Mandalai, Birmânia, 2012. 1. Será que também podemos criar bonecos para brincar no teatro? a) Com quais materiais podemos fazer esses bonecos? b) Quais histórias você e os colegas gostariam de contar? 1. a) e b) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes formulem hipóteses interpretativas com base nos textos verbais e visuais apresentados na dupla de páginas. Ao avaliar os resultados, sugerimos valorizar a expressão artística e poética de cada criança. Agora, observe as imagens a seguir. M CP HO TO /L OV EL L/ AL AM Y/ FO TO AR EN A ANNE RIC HARD/EY EEM/GET TY IMAGE S AN X IN /V IS UA L CH IN A G RO UP /G ET TY IM AG ES 41 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 41D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 41 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 SOMOS MUITOS Observe esta imagem. ▲ Bonecos gigantes no Carnaval do Pelourinho, no município de Salvador, estado da Bahia, 2014. Teatro de bonecos é uma das modalidades do teatro de formas ani- madas. No teatro de formas animadas, os atores manipulam materiais ou bonecos e, com isso, as personagens ganham vida na imaginação de quem assiste ao espetáculo teatral. Os bonecões (ou bonecos gigantes) são criados para o teatro e para festas populares, como o Carnaval. Eles também são chamados de bonecos habitáveis e recebem esse nome porque as pessoas que manipulam os bonecos (atores ou brincantes) ficam dentro deles. Existem muitos tipos de bonecos: marionetes, fantoches, dedoches... Cada tipo de boneco tem um modo de ser feito e de ser manipulado. Muitos deles são utilizados no teatro de bonecos. SERGIO PEDREIRA/PULSAR IMA GENS 40 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 40D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 40 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 40D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 40 12/08/21 16:3412/08/21 16:34 o papel de manipulador de bonecos e cria movimentos com as mãos e o corpo, po- dendo, também, usar a voz para dar vida às personagens. O teatro de formas animadas pode ser feito com várias materialidades (tecidos, papéis, objetos diversos) e recur- sos, incluindo o teatro de sombras e de bo- necos em seus diferentes tipos. Na mediação cultural da imagem, chamar a atenção dos estudantes para o modo como os bonecos são mani- pulados. O boneco de fio, também co- nhecido como marionete, possuiu uma construção mais complexa e apresenta articulações corporais como as de uma pessoa ou um animal. A quantidade de fios e a habilidade de quem os manipula (artista chamado de marionetista) de- termina a naturalidade dos movimentos do boneco. Em relação aos bonecos de luva, contar aos estudantes que esse tipo de boneco pode receber diferentes nomes mundo afo- ra. No Brasil, por exemplo, são conhecidos como fantoches ou mamulengos (este úl- timo presente principalmente no Nordeste brasileiro). Na Inglaterra, são conheci- dos como Senhor Punch e Judy. Ao trabalhar com a atividade 1, os estudantes podem reunir-se em grupos e pesquisar sobre diferentes materialidades e formas de confec- cionar bonecos. Conversar com eles sobre os gestos, os movimentos de manipulação e o uso da voz no teatro de bonecos, recursos expressivos que “dão vida” a eles, estimulando a ima- ginação dos espectadores. Serão da- das algumas ideias práticas para criar bonecos e, também, para pesquisar histórias que poderão ser contadas. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar se os estudantes estão construindo conhecimentos a respeito do mamulengo e do teatro de formas animadas. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • APOSTILA para teatro de bonecos. Pedagogia ao Pé da Letra, 2012. Disponível em: https://pedagogiaaopedaletra.com/ apostila-para-teatro-de-bonecos/. Acesso em: 21 jul. 2021. O site apresenta uma oficina de apresentações de teatro de bone- cos, dicas e informações sobre essa linguagem. Contém ainda exercícios de preparação de voz para os mani- puladores e orientações para confec- cionar bonecos. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • COMO fazer um Mamulengo? Vídeo (13min47s). Disponível em: https://youtu. be/XKp2djwfRDA. Acesso em: 12 jul. 2021. O vídeo demonstra como fazer um mamulengo: corpo, rosto e adereços para o personagem criado. 41 ⊳ Teatro com boneco de vara. Yangzhou, China, 2017. ▲ Teatro com bonecos de luva. Montreal, Canadá, 2017. ▲ Teatro com bonecos de fios. Mandalai, Birmânia, 2012. 1. Será que também podemos criar bonecos para brincar no teatro? a) Com quais materiais podemos fazer esses bonecos? b) Quais histórias você e os colegas gostariam de contar? 1. a) e b) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes formulem hipóteses interpretativas com base nos textos verbais e visuais apresentados na dupla de páginas. Ao avaliar os resultados, sugerimos valorizar a expressão artística e poética de cada criança. Agora, observe as imagens a seguir. M CP HO TO /L OV EL L/ AL AM Y/ FO TO AR EN A ANNE RIC HARD/EY EEM/GET TY IMAGE S AN X IN /V IS UA L CH IN A G RO UP /G ET TY IM AG ES 41 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 41D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 41 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 SOMOS MUITOS Observe esta imagem. ▲ Bonecos gigantes no Carnaval do Pelourinho, no município de Salvador, estado da Bahia, 2014. Teatro de bonecos é uma das modalidades do teatro de formas ani- madas. No teatro de formas animadas, os atores manipulam materiais ou bonecos e, com isso, as personagens ganham vida na imaginação de quem assiste ao espetáculo teatral. Os bonecões (ou bonecos gigantes) são criados para o teatro e para festas populares, como o Carnaval. Eles também são chamados de bonecos habitáveis e recebem esse nome porque as pessoas que manipulam os bonecos (atores ou brincantes) ficam dentro deles. Existem muitos tipos de bonecos: marionetes, fantoches, dedoches... Cada tipo de boneco tem um modo de ser feito e de ser manipulado. Muitos deles são utilizados no teatro de bonecos. SERGIO PEDREIRA/PULSAR IMA GENS 40 D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 40D3-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-LA-G23.indd 40 30/07/21 11:3130/07/21 11:31 D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 41D2-ART-F1-1101-V4-U1-C2-036 a 059-MPE-G23.indd 41 12/08/21 16:3412/08/21 16:34 https://pedagogiaaopedaletra.com/apostila-para-teatro-de-bonecos/ https://pedagogiaaopedaletra.com/apostila-para-teatro-de-bonecos/ https://www.youtube.com/watch?v=XKp2djwfRDA https://www.youtube.com/watch?v=XKp2djwfRDA ⊲ BNCC (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes con- textos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional. (EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando ele- mentos teatrais (variadas entona- ções de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narra- tivas etc.). (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas,