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MANUAL DO PROFESSOR 3Ensino Fundamental - Anos Inic iais Component e: Arte ARTE SOLANGE UTUA RI PASCOAL FERRA RI CARLOS KATER BRUNO FISCHER Ensino Fundam ental - A nos Iniciais ARTE 3 9 7 8 6 5 5 7 4 2 4 8 0 3 ISBN 978-65-5742-480-3 C om ponente: A rte 013 0 P 23 01 02 000 06 0 CÓ DI GO D A CO LE ÇÃ O PN LD 2 02 3 • O BJ ET O 1 M at er ia l d e di vu lg aç ão Ve rs ão su bm et id a à av al ia çã o D1-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol3-DIVULGA.indd All PagesD1-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol3-DIVULGA.indd All Pages 25/04/22 23:5825/04/22 23:58 1a edição, São Paulo, 2021 Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 3ARTE MANUAL DO PROFESSOR SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI Educadora, escritora e artista visual. Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura (Mackenzie-SP), mestre em Artes Visuais (Unesp-SP) e licenciada em Educação Artística (UMC-SP), com especialização em Antropologia (FESPSP) e em Arte-Educação (USP-SP). É ilustradora, autora de livros didáticos e de propostas para a formação de educadores. Também atua na assessoria de projetos educativos e culturais e em atualização e implantação de currículos em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. PASCOAL FERNANDO FERRARI Educador, escritor, ator e diretor teatral. Mestre em Ensino de Ciências (Unicsul-SP), licenciado em Pedagogia (Unicastelo-SP) e em Psicologia (UBC-SP), com especialização em Sociologia (FESPSP). É autor de diversos livros de Arte, com foco na linguagem teatral. Também é assessor em propostas curriculares, pesquisador e docente universitário na área de teatro. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. CARLOS ELIAS KATER Educador, musicólogo e compositor. Doutor em História da Música e Musicologia pela Universidade de Paris IV (Sorbonne) e professor titular pela Escola de Música da UFMG. Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem). É membro permanente do Conselho Assessor da Cátedra Livre de Pensamento Pedagógico Musical Latino-Americano (Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires), conferencista, consultor e autor de publicações sobre Musicologia e Educação Musical Contemporânea. Sua produção já recebeu indicação ao Prêmio Jabuti. BRUNO FISCHER DIMARCH Educador, escritor, dançarino e artista multimídia. Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e licenciado em Educação Artística (Famosp-SP). Foi professor em escolas públicas e privadas e em universidades. Atuou como técnico e assessor em Secretarias de Educação e como coordenador de ensino a distância na Fundação Bienal de São Paulo. Foi consultor pedagógico na TV Cultura de São Paulo e educador em ações de formação continuada de professores. Sua produção já foi indicada ao Prêmio Jabuti. D1_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1D1_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1 11/08/21 17:2511/08/21 17:25 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 3o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Roberto Weigand Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Biry Sarkis, Bruna Assis Brasil, Cibele Queiroz, Clau Souza, Claudia Marianno, Edson Faria, Ideário Lab, Osnei Roko, Roberto Weigand, Romont Willy, Sandra Lavandeira, Tel Coelho/Giz de Cera, Thiago Cerca, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 3º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-479-7 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-480-3 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-489-6 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-490-2 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72363 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D1_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2D1_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2 11/08/21 17:2511/08/21 17:25 A arte em toda a sua história mostra a capacidade humana de inventar e misturar dife- rentes linguagens e de buscar novas formas de expressão e de investigação do mundo. A produção da arte está sempre conectada a seu tempo e a contextos socioculturais. Partimos da premissa de que faz parte do desenvolvimento dos estudantes, como cidadãos e seres de cultura, conhecer arte e desenvolver competências e habilidades estéticas e artísticas. Neste Manual do Professor, procuramos expor aos professores as proposições peda- gógicas e os fundamentos para a caminhada de ensinar e aprender Arte. Este material, destinado aos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), constitui, em conjunto com o Livro do Estudante, um instrumento organizado para o ensino das linguagens artísticas, criando possibilidades interessantes de investigação em vários campos concei- tuais da Arte e da Cultura. O Livro do Estudante apresenta rico material visual e textual como oportunidade para fruição, leitura e construção de hipóteses interpretativas por meio de textos verbais e vi- suais. Trazemos diversas propostas que contemplam o fazer artístico – fruição e leitura de imagens, estudos e pesquisas, contextualizações e percepções sensoriais – com o objetivo de tornar os estudantes protagonistas de sua aprendizagem. Para auxiliar o trabalho do professor, respeitando o momento de alfabetização e o processo de conquista da leitura e da escrita em que os estudantes estão mergulhados, a coleção propõe momentos de lei- tura e interpretação de textos poéticos selecionados da literatura ou criados pelos auto- res. Além disso, traz ideias e proposições para a avalição formativa com foco no processo de aprender e se expressar pela arte. Como uma bússola, em meio às inúmeras escolhas e aos recortes de conteúdo na apren- dizagem de Arte, esta coleção indica caminhos possíveis e o professor, mediador do pro- cesso de ensino e aprendizagem, decidirá como os seguirá em sua viagem pedagógica estésica. Essa orientação também apontapara mais escolhas de caminhos quando sugere diferentes publicações, impressas ou digitais, para consulta e pesquisa, ampliando os co- nhecimentos sobre Arte e Cultura. Tendo em foco o respeito pela autonomia e pela autoria do trabalho pedagógico do educador no processo de ensino e aprendizagem de Arte, convidamos você a trilhar per- cursos criativos, poéticos, estésicos e educativos que se propõem lúdicos, sensíveis e signi- ficativos a quem por eles cruzar. Estudante, professor ou familiar, todos seguimos juntos na aventura de sermos aprendizes de Arte. Assim, fazemos um convite a você, professor: vamos caminhar pelo universo da Arte? Os autores APRESENTAÇÃO D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3 10/08/21 09:4510/08/21 09:45 1. ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE ......................................V 1.1. Convite para trilhar os percursos no ensino de Arte .................. V 1.2. Experiências e proposições .......................................................... VII 1.3. Escolhas e caminhos para um currículo de Arte ....................... XII 1.4. Abordagens conceituais e metodológicas para o ensino de Arte .........................................................................XXI 1.5. Faça seu próprio caminho! .......................................................XXIII 1.6. Avaliação, registros e sonhos pedagógicos .......................... XXIV 2. EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 3o ANO .....................................................XXVI 3. MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM ................ XXVIII 4. TEXTOS COMPLEMENTARES ....................................... XXXII 5. REFERÊNCIAS COMENTADAS ........................................... XL 6. CONHEÇA SEU MANUAL ..................................................XLVI 7. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O 3o ANO ..................1 Você já viu? ............................................................................................6 Unidade 1 • Arte criativa ........................................................................8 Unidade 2 • Brincadeirarte ..................................................................56 O que aprendi neste ano ....................................................................108 SUMÁRIO PA RT E IN TR O D U TÓ RI A D1_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4D1_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4 11/08/21 17:2611/08/21 17:26 M on ke y Bu si ne ss Im ag es /S hu tt er st oc k. co m V ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE 1 1.1. CONVITE PARA TRILHAR OS PERCURSOS NO ENSINO DE ARTE Poucos fenômenos são tão difíceis de definir quanto a arte. Uma das razões dessa dificuldade provém do fato de que a arte é uma produção histórica. Isso significa que não existe uma defi- nição universal que dê conta de todas as variações da criação artística no tempo e no espaço. (SANTAELLA, 2012, p. 26) A arte está sempre em transformação. Não existe uma definição fechada ou universal para o que é ou para o que serve, mas podemos criar ideias moventes sobre ela. Nesse sentido, podemos dizer que arte é linguagem, conhecimen- to e percepção de um mundo culturalmente vivido. É pensar, sentir, pronunciar as coisas. A arte pode ser explicada pela Ciência e pela História e sentida pela existência humana. Ela nos ensina a viver com intensidade as múltiplas formas de manifestação de sensações e sentimentos, a encontrar prazer na vida e a compreender a existência humana em sua plenitude. Assim, ensinar Arte é abrir caminhos para aprender a interpretar o mundo. À medida que ensinamos, também aprendemos a interpretar o mundo por meio da arte. Na construção de interpretações, educador, estudantes e familiares descobrem possibilidades de expressão e podem experimentá-las. Outras ideias sobre a arte também são válidas, como dizer que se trata de uma atividade humana ligada a mani- festações estésicas e estéticas realizadas com base naquilo que percebemos, sentimos e pensamos e que os artistas, produtores de arte, criam com a intencionalidade de despertar nos apreciadores/espectadores o interesse pelo trabalho artístico. Entretanto, muitos, assim como Santaella (2012, p. 26), concordam que há múltiplos significados para o sen- tido da arte. Ao perguntar qual é o sentido do ensino de Arte na escola, podemos refletir que a arte é uma atividade e um produto cultural essencial para o ser humano, por isso sua presença na escola é tão importante. Sem ela, o desen- volvimento de muitas competências e habilidades jamais seria alcançado. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VI Outra questão também pode estar presente em nossas reflexões: como os estudantes criam suas expressões criativas e poéticas no encontro com a arte, por meio da fruição, do fazer artístico, das contextualizações, dos es- tudos e das pesquisas? Ao pensar sobre o ensino de Arte, devemos considerar que a interpretação de mundo das crianças de hoje é bem diferente daquela de quando éramos crianças. Quais eram nossos sonhos e desejos? O que gostávamos de aprender? Como aprendíamos? Que imagens, sons, gestos e movimentos percebíamos? Mesmo considerando as diferenças entre tempos e contextos, essa volta ao passado, em exercício de memória, deixa-nos mais sensíveis para compreender a criança, especialmente seus desejos e seus direitos. Ao ensinar Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é preciso compreender o universo infantil e valorizar a curiosidade e o desejo de saber que as crianças possuem. É necessário estimular o processo de criação, produção e expressão artística delas e propor encontros significativos com a arte, de modo a deixar sempre um “gostinho de quero mais”. A curiosida- de e o sentimento de aventura pelo saber abrem possibilidades de expressão. Assim, são importantes os desafios que estimulam os estudantes a investigar muitas linguagens e a construir, por meio da arte, novos discursos que representem sua visão e sua percepção de mundo. Que escolhas fazer? Que caminhos seguir? Assim como um poeta que, entre as muitas palavras existentes, escolhe apenas algumas para criar seus versos e suas rimas, o professor de Arte tem à sua frente um vasto acervo de produções artísticas e manifestações culturais que podem fazer parte de um percurso de ensino e aprendizagem. Neste ponto, é importante esclarecer que o componente curricular Arte está em mudança constante, por se tratar de uma área que se transforma a cada dia. Por isso, existem muitas escolhas e caminhos a seguir. O professor de Arte pode eleger quais produções, temas e proposições pedagógicas são mais pertinentes diante da história, da formação, do repertório e da intenção pedagógica que traz consigo, levando em consideração também o que é importante para os estudantes. Ao fazer essas escolhas, é interessante que o educador tenha a preocupação de ser um propositor e criar processos de ensino e aprendizagem emancipadores e significativos para os estudantes. Nesta coleção, baseamos as escolhas e os caminhos elencando produções artísticas e culturais que possam ser ins- tigantes para o estudo das linguagens artísticas (artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas) e situações de aprendizagem que possam desenvolver competências e habilidades diante das dimensões e dos objetos de conheci- mento e diante dos direitos de aprendizagem das crianças garantidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que nos apresenta diretrizes norteadoras. A coleção também se fundamenta na Política Nacional de Alfabetização (PNA). São escolhas e caminhos cuja premissa é que a experiência com a Arte seja, tanto para os estudantes quanto para o educador e os familiares, uma aventura repleta de experimentações, com ênfase na curiosidade, na alegria e nas descobertas: uma arte-aventura! Embora o ensino de Arte seja flexível e moventena coleção, a cada ano, unidade, capítulo e tema são propostos estudos que dão ritmo de progressão e conquistas do conhecimento em Arte e desenvolvimento de competências e ha- bilidades. No 1o ano, a preocupação é enfatizar a alfabetização nas diferentes linguagens, com foco no conhecimento e no uso de elementos constitutivos de linguagem. No 2o ano, o foco é a materialidade, explorando o conhecimento de como a arte é feita e sustentada por diferentes materiais e recursos. No 3o ano, a ênfase é no processo de criação de artistas e dos próprios estudantes, explorando ideias de trabalho colaborativo e poéticas pessoais. Já no 4o ano as propostas exploram estudos sobre o patrimônio cultural brasileiro e nossas matrizes culturais. No 5o ano, são abordadas as linguagens artísticas, ampliando os estudos sobre a arte contemporânea e suas tecnologias. Ao longo da coleção, buscamos sempre respeitar uma estrutura de pensamento pedagógico que busca crescer por caminhos nutridos pela inteligência, por encontros significativos com a arte, pela afetividade e pela ludicidade que o processo do trabalho com crianças exige. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Pr os to ck -s tu di o/ Sh ut te rs to ck .c om VII 1.2. EXPERIÊNCIAS E PROPOSIÇÕES É experiência aquilo que “nos passa”, ou que nos toca, ou que nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está, portanto, aberto à sua própria transformação. (BONDÍA, 2002, p. 25-26) A filosofia explica a palavra experiência como percepções e saberes que construímos por meio dos sentidos, muitas vezes vividos com sensações de travessia e perigo. Se prestarmos mais atenção, percebemos que todos os dias muitas coisas nos acontecem, mas nem todas nos tocam. Quando algo nos toca, nos afeta, isso pode representar uma expe- riência significativa. O educador contemporâneo, o professor-propositor, pode se constituir pela formação/ação/reflexão, sem ordem definida entre estas, e também por uma experiência vivida. Nesse sentido, experiência é aquela condição especial que “’nos passa’, ou que nos toca, ou que nos acontece”, como expressa Jorge Larrosa Bondía (2002, p. 25-26). Entender arte como conhecimento e linguagem que dialogam com outros saberes e sistemas de linguagem, materialidades, sentimentos, ambientes, tempos, lugares, pessoas, poéticas, entre outros, é um fator importante na concepção con- temporânea de arte-educação. A ideia de “proposição pedagógica” para o ensino de Arte está ligada ao desafio de buscar uma poética pessoal de aprender e ensinar Arte. Trata-se de uma postura pedagógica em que o professor, mesmo tendo como referência um material didático, também reflete e toma decisões que resultam em escolhas autônomas e pensadas para compartilhar com aprendizes de Arte, sempre tendo em vista as necessidades e a realidade dos estudantes. Professores, profissionais que são autores dos seus projetos pedagógicos, uma vez que criam situações de aprendizagem, realizam mediações culturais e curadorias educativas (seleção de imagens, músicas e cenas de espetáculos, por exemplo), de modo a ex- pandir o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes; preparam ambiências criadoras (espaços de criação) para o fazer artístico; ampliam saberes por meio de pesquisas e contextualizações; proporcionam momentos de nutrição estética na apreciação da arte; buscam embasamento teórico nos fundamentos da Arte e da Educação, entre outras ações educativas e de busca de formação constante. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VIII COMO NASCE A IDEIA DE PROFESSOR-PROPOSITOR? A arte propositiva nasce da iniciativa de artistas como Lygia Clark (1920-1988), que dizia que a arte deveria se mover do lugar de contemplação para o de participação; deveria convidar o apreciador a superar o lugar passivo e expandi-lo em atitude ativa, participando ou vivenciando o processo de criação com o artista. Segundo Clark (apud DUNN, 2008, p. 143), para que a arte de nosso tempo tivesse maior sentido, era preciso ser um “artista-propositor”, um “molde”. Assim, o apreciador em sua experiência e sua existência poderia ser “o sopro” que preencheria o “interior desse molde”. Do universo da “arte” para o ensino e a aprendizagem da “arte”, a ideia de artista-propositor expande-se para a de “professor-propositor”, de acordo com pesquisas e publicações das educadoras Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque (2007), ao tratar do professor-pesquisador, “escavador de sentidos”, e da proposição pedagógica no ensino de Arte. Mas o que isso significa? A ideia de “professor-propositor” implica oportunidade para expressar e ativar repertórios culturais; para reconhecer e respeitar lugares de fala (RIBEIRO, 2017), valorizando também a escuta; e para construir espaços para, com liberdade, escolher caminhos nos quais os estudantes possam estar presentes de forma ativa, como protagonistas de seu processo de construção de saberes, de leitura de mundo e de subjetividade. Um professor-pro- positor é pesquisador porque tem sede de saberes; é sensível porque tem desejo por viver e oportunizar ao outro mais experiências estéticas. Ser professor-propositor é escolher e trilhar caminhos, é construir sentidos na vida pedagógica e na atuação no ensino de Arte. Ao propor encontros entre a arte e os estudantes, não é um “explicador” (RANCIÈRE, 2002), mas sabe perguntar, provocar pensamentos, conversações, construção de hipóteses interpretativas e argumen- tos, diante do encontro, da experiência. Com base nessas ideias, convidamos o professor que atua no ensino de Arte a pensar para além do ato de “dar uma aula”. Fazemos o convite para que reflita conosco sobre a criação de percursos criativos, poéticos, estésicos e educati- vos, em que o estado de dúvida e o prazer pela experiência sejam ventos para pensamentos moventes. ⊲ O PROFESSOR CRIADOR DE SITUAÇÕES E AMBIÊNCIAS Ainda sobre o professor-propositor, gostaríamos de trazer a provocação para pensar a dimensão criadora e estésica da vida pedagógica. A BNCC (BRASIL, 2018, p. 194) apresenta a “criação” como o “fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem”. Trata-se de uma dimensão de conhecimento em que se pode “apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, nego- ciações e inquietações”. Já a palavra estesia é citada como uma dimensão do conhecimento que está no campo da “experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais”. O texto ainda realça que essa dimensão “articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo”. Outras dimensões de conhecimento são citadas na BNCC (BRASIL, 2018, p. 194-195) como essenciais para o processo de ensino e aprendizagem em Arte, como a crítica, a expressão, a fruição e a reflexão. Trazemos a reflexão de que, para viver um percurso “criativo, poético, estésico e educativo”, é preciso prever várias situações de aprendizagem, e estas devem ser vividas em um tempo e em um espaço. As ambiências criadora e educadora podem ser ocupadas com vivências em diferentes situações de aprendizagem. A expressão situação de aprendizagem nasce da reflexão de vários autores, como José Carlos Libâneo (2008), e re- fere-se às situações didáticas, momentos educativos, como pontos fundamentais para uma aprendizagem com sentido para os estudantes. Não se trata apenas de realizar uma “atividade” de modo mecânico, mas de vivenciar experiências, como participar de rodas de conversa e de momentos de nutrição estética (SÃO PAULO, 2008), em ambiências criado- ras e educadoras; de viver a “ação criadora” e realizar investigações sensoriais,visitas culturais, pesquisas ampliadas, entre outras situações que o professor pode criar e desenvolver junto aos estudantes, ampliando as possibilidades ao convidar e envolver os familiares nelas. A expressão metodologias ativas tem base na inovação (analógica e digital), na convivência e no planejamento, pilares que funcionam como norteadores na elaboração das proposições pedagógicas em que os professores podem se basear para criar os percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos, as situações de aprendizagem, bem como as ambiências criadoras e educadoras que primam por uma “escola expandida” (LOPES; HARDAGH; VIEIRA, 2017), que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências com a arte possam acontecer. Ao proporcionar ambiências criadoras e educadoras, o professor pode ter como foco a situação de aprendizagem de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 IX “ação criadora”, por exemplo, discutindo com os estudantes tanto os próprios processos de escolha de materialidades, os processos criativos e as poéticas pessoais, como os de colegas e artistas. O professor pode criar, por exemplo, um ateliê móvel ou fixo com a participação dos estudantes e dos familiares. Um espaço pode ser criado na escola ou em casa, quando da existência de sistemas híbridos de ensino (a distância e presencial). Em outras situações de aprendiza- gem, como a nutrição estética, o professor, em conjunto com a gestão da escola, os estudantes e os familiares, pode criar ambiências para apreciar imagens, ouvir músicas, fazer contação de histórias ou assistir a vídeos (que apresentem várias linguagens, como espetáculos de dança, teatro e performances), filmes e documentários, entre outras, que possam ampliar o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes. Também podemos considerar ambiência criadora e educadora os locais frequentados nas visitas culturais, como museus, galerias, ateliês de artistas, bibliotecas, festas culturais, cinema, teatro, locais com arte pública, manifestações culturais regionais e festas populares, que podem acontecer presencial ou virtualmente. Ao citar o meio virtual, este se apresenta como potência para fazer visitas a museus e ambientes on-line que ex- pressem as linguagens artísticas e para conhecer e usar ferramentas digitais em pesquisas ampliadas que possam ser criadoras e educadoras. No entanto, tudo precisa ser estudado, escolhido, planejado e organizado para que o tempo e o espaço vividos na ambiência criativa e educadora sejam potentes e transformadores. As situações de aprendizagem e as ambiências criadoras e educadoras podem desencadear momentos para o desen- volvimento de competências e habilidades e a ampliação de repertórios e poéticas pessoais em Arte. Esperamos que o professor as expanda e complemente com o que existe e acontece na vida contemporânea, pois seu papel é também o de um propositor e dinamizador cultural. Ao longo das orientações para o professor que trazemos nesta coleção, propomos dicas de como criar situações de aprendizagem e ambiências criadoras educadoras na escola e na orientação da família. A MEDIAÇÃO E A DINAMIZAÇÃO CULTURAL O seu olhar lá fora O seu olhar no céu O seu olhar demora O seu olhar no meu O seu olhar, seu olhar melhora Melhora o meu (ANTUNES; TATIT, 1995) Entre os campos de ação potentes para o arte-educador estão a mediação e a dinamização cultural, que propõem estudos e diálogos entre os universos da arte, do mediador e do fruidor, sendo expansivas à família. A dinamização cultural também se amplia para além dos muros da escola e traz proposições aos estudantes para que alcem voos e se relacionem com seu meio fora da escola. Assim, mediação e dinamização cultural incentivam também o educador a ter a preocupação de como apresentar as produções artísticas para os estudantes e a investigar como a arte afeta as pessoas, estimulando-o a ser um mediador, dinamizador entre a arte e o público (estudantes e familiares). A mediação cultural não é um lugar para explicações ou “verdades” sobre as produções artísticas, mas um espaço de conversação, oportunidade para provocar construção de hipóteses interpretativas e trocas de ideias. Ações mediadoras no encontro com arte podem expandir modos de fruição, apreciação e leitura de imagens em que “um olhar” pode provocar e ampliar o “olhar do outro”. Essas ações também podem acontecer na fruição de várias linguagens da arte, como na escuta sensível e atenta de sons e músicas, na audiência de filmes, vídeos ou espetáculos de dança, teatro, performances e outras linguagens. São oportunidades para criar momentos de mediação e dinamização cultural na apreciação artística, seja no espaço escolar, na sugestão de momentos de nutrição estética em família ou ainda na vivência em instituições artísticas culturais por meio de visitas culturais (presencias e virtuais). Quando pensamos na literacia familiar, o professor de Arte tem muito a contribuir, indicando produções artísticas e culturais, orientando ações mediadoras para atividades em família – como ouvir músicas e cantar, ler textos literários, poemas –, disponibilizados, por exemplo, pelo Ministério da Educação no programa Conta pra mim (BRASIL, 2019b) e em um dos materiais que o compõem, o Canta pra mim (BRASIL, 2019a). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 X O professor pode, ainda, criar modos lúdicos para contar histórias e brincar com os estudantes em jogos teatrais, movi- mentos dançados, brincadeiras cantadas, jogos de mãos e outros jogos lúdicos tradicionais da cultura infantil. Também é possível orientar os familiares quanto a imagens, músicas, vídeos e filmes interessantes para serem apreciados juntos e gerar conversas com as crianças em momentos de nutrição estética em família, em casa, com base no que está acon- tecendo na sala de aula, em cada tempo e projeto didático de Arte vivido pela turma. Essas ações são importantes para que os estudantes vivenciem experiências com a arte tanto na escola como fora dela, conversando com os colegas sobre o que estão aprendendo em Arte. O professor-propositor, mediador e dinamizador, também pode orientar os familiares a acessar produtos e produções artísticas e culturais on-line, como shows musicais, vídeos sobre arte em geral, espetáculos de dança e de teatro, contação de histórias e visitas a museus virtuais. Nesta coleção, damos várias sugestões ao longo das orientações para o professor. Ao apresentar a obra de um artista ou de um grupo de artistas para os estudantes, na escola ou em momentos com- partilhados com os familiares, podemos ter várias intenções pedagógicas: mostrar a diversidade de produções artísticas criadas ao longo da História da Arte; comparar duas ou mais linguagens (produções artísticas); apresentar como diferen- tes artistas, em épocas distintas, fazem suas escolhas nas linguagens em que atuam e esclarecer o papel dos elementos constitutivos de cada linguagem, as materialidades e os temas usados como parte do processo de criação de cada artista. Assim como o professor-propositor criador, a presença do professor mediador e dinamizador é muito importante no processo de ensino e aprendizagem de Arte. Dentro de um percurso criativo, poético, estésico e educativo, podemos estabelecer situações de aprendizagem significativas no encontro com a arte, mas é preciso pensar e preparar esses en- contros, ir além do comum e proporcionar experiências provocativas para os estudantes. O professor mediador e dina- mizador pode provocar conversas com eles sobre o que estão aprendendo e a importância de escutar o outro, valorizar o lugar de fala de cada núcleo familiar, sempre orientando e ampliando possibilidades, para que experiências estéticas e significativas aconteçam. Proposições que vão muito além de explicaçõessobre as obras de arte, pois transformam-se em diálogos, em espaço livre para a imaginação, a interpretação e a conversação. CURADORIA EDUCATIVA: VISÕES DE MUNDO E ESCOLHAS DE CAMINHOS Aliado ao trabalho do professor-propositor mediador, também trazemos a importância do professor-curador. O termo curador tem ligação com os termos curar, cuidar. No contexto de criação de situações de aprendizagem em Arte, remete-nos à função de escolher imagens em artes visuais e em outras linguagens que possam ampliar sabe- res sobre determinado tema ou conceito. Vamos analisar mais um pouco o papel de um curador? Nos espaços museo- lógicos, o curador é aquele que cria a concepção da exposição e gerencia a organização, buscando qualidade estética e formas de apresentar as obras, estabelecendo relações entre as criações ali expostas e possíveis recepções, fruições e interpretações do público. Hoje, o curador também pode acompanhar o trabalho do setor educativo, contribuindo em projetos colaborativos de curadoria educativa. No universo do ensino de Arte, o curador educativo é aquele que escolhe um conjunto de imagens com uma in- tenção pedagógica. Nesses momentos de mediação cultural, podemos apresentar vídeos de espetáculos de dança, de teatro; áudios de músicas e imagens que mostrem a produção de artistas de diferentes linguagens e contextos culturais (grupos étnicos, comunidades indígenas, africanas e afrodescendentes ou, ainda, manifestações populares, patrimônios culturais materiais e imateriais, entre outras possibilidades). Para esta coleção de Arte, fizemos uma sele- ção cuidadosa de imagens, poemas, músicas e cenas de espetáculos de dança, de teatro e de linguagens integradas, registros de manifestações regionais e de patrimônios culturais, um acervo que pode ser ampliado de acordo com o projeto da escola ou o contexto cultural local. Essas são algumas pistas para a construção de projetos em proposições pedagógicas e mediação cultural. No entanto, cada educador tem sua história, seu repertório cultural, sua trajetória profissional e seus caminhos para trilhar em suas descobertas como professor-propositor, criador, mediador, dinami- zador e curador. As imagens apresentadas no decorrer desta coleção têm como principal proposta a situação de aprendizagem de nutrição estética, que são momentos de leitura e apreciação de imagens. Para compreender melhor essa situação de aprendizagem, vamos refletir sobre nossas experiências. A cada momento podemos apreciar uma música, uma ima- gem, um gesto ou um movimento, mas, quando o professor sistematiza em uma proposição pedagógica o encontro D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Li de rin a/ Sh ut te rs to ck .c om XI com a arte, seja com qual linguagem for (música, artes visuais, teatro, dança ou em linguagens integradas), ele oportu- niza conhecer arte “alimentando-se” de arte, amplia repertórios culturais e oportunidades de encontros significativos com a arte. Essa situação de aprendizagem não está restrita ao ensino de Arte; professores de diferentes áreas de conhecimento podem fazer uso da nutrição estética com momentos de fruição, apreciação e interpretação de obras artísticas. Esses encontros também alimentam a percepção de arte que pode estar interligada a outros saberes e temas quando ampliamos visões e atitudes pedagógicas interdisciplinares e transdisciplinares. Em meio a tantas produções artísticas, o que escolher trazer para os momentos de nutrição estética? Podemos olhar para alguns aspectos fundamentais no momento de fazer escolhas em nossas curadorias, como observar o contexto dos estudantes; identificar quais são suas necessidades; valorizar a cultura local e familiar e selecionar o que do global é pertinente apresentar a eles. Também é importante mostrar produções que valorizam nossas matrizes culturais e as urgências socioculturais, garantidas em leis, e outras que devem ser debatidas no contexto escolar. Para garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como o acesso à escola e a permanência nela, temas como as culturas afro-brasileiras e indígenas e a formação étnica e cultural tornaram-se objetos de debate no campo das políticas educacionais no Brasil. A Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96), tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena – foram criadas com o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Essas leis determinam que os conteúdos de história das culturas afro-brasileiras e indígenas sejam trabalhados no contexto de todo o currículo escolar, em especial no âmbito do componente curricular Arte (por meio de diferentes linguagens e situações de aprendizagem), Literatura e História do Brasil, como parte do processo de reconhecimento, respeito e apoio à conquista e à garantia de direitos para essas populações, bem como da valorização de suas diversas expressões artísticas e socioculturais. Percebe-se, assim, como o tema diversidade cultural torna-se cada vez mais presente no campo educacional e desa- fia políticos, gestores escolares e professores a organizar o conhecimento por meio de um currículo que contemple a história e as culturas africanas e indígenas, superando a hegemônica influência da matriz cultural europeia. Assim, temas que são tratados na sociedade podem ser trazidos para os momentos de nutrição estética por meio de produções artísticas selecionadas, tendo como base uma análise cuidadosa do professor e permitindo aos estudantes o direito de “ser criança”, podendo vivenciar a cultura infantil. Nesta coleção, tivemos o cuidado de selecionar textos visuais (imagens) e textos verbais com base nessas preocupações, que podem ser ampliadas pelo professor, porque, segundo Martins, Picosque e Guerra (2010, p. 12), a “arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber”. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XII 1.3. ESCOLHAS E CAMINHOS PARA UM CURRÍCULO DE ARTE Sabemos que o Brasil é um grande país, diverso em sua cultura e arte. Então, qual é o sentido de termos um currí- culo em Arte? Mesmo em nossa diversidade, é importante que possamos construir uma identidade como nação justa e democrática e que direitos, princípios educacionais, competências e habilidades sejam garantidos a todos os educandos em diversos níveis escolares. É preciso, ainda, observar as manifestações artísticas e culturais regionais. Além disso, preocupamo-nos com a construção de um currículo em Arte que colabore com políticas de alfabetiza- ção. Em 2019, foi instituído pelo governo federal a Política Nacional de Alfabetização (PNA – Decreto no 9.765, de 11 de abril de 2019), o que trouxe uma série de desafios e novas abordagens que contribuíram para o aprofundamento da alfabetização no Brasil. Entre os novos conceitos trazidos pela PNA estão a literacia e a numeracia. A literacia divide-se em três etapas que se sobrepõem ao longo do desenvolvimento dos estudantes nos nove anos do Ensino Fundamental: a literacia básica, a literacia intermediária e a literacia disciplinar. A primeira etapa está ligada à alfabetização e também a todos os processos de leitura relacionados a ela. Existe um esforço de instrumentalizar os estudantes para que possam ler e desenvolver hábitos de leitura que fortaleçam sua capacidade leitora. Nesse contexto, está presente a literacia familiar, que é um conjunto de práticas que envolvem o mundo para além da sala de aula, com as famílias, nas comunidades, enfim, na sociedade. A segunda etapa, a literaciaintermediária, é o aprofundamento da primeira, pois os estudantes podem desenvolver habilidades e estratégias gerais e variadas para abordar textos de diversos gêneros. Há uma preocupação com a cons- trução do vocabulário, o que exige conhecimento do significado e da ortografia de palavras de uso comum; a leitura oral fluente é também bastante importante. Já a literacia disciplinar, que representa a terceira etapa, está relacionada aos anos finais do Ensino Fundamental. Ela está inserida no contexto de cada uma das áreas de conhecimento: Mate- mática, Arte, Geografia etc. Como essa etapa foge ao escopo dos anos iniciais, acredita-se que seja parte do trabalho do material didático da primeira etapa do Ensino Fundamental construir as bases para o desenvolvimento dessa literacia de terceira ordem, mais especializada. Nas duas primeiras etapas, não há uma clara especialização dos componentes curriculares de cada área de conhecimento. Depreende-se disso que o foco do trabalho de alfabetização está a cargo do componente Língua Portuguesa. No entanto, as outras áreas de conhecimento, sobretudo aquelas ligadas à área de Linguagens, como Arte, podem contribuir oferecendo leituras de textos não verbais por ações de mediação e dinamização cultural, e criar momentos para a nutrição estética com a fruição e a leitura de imagens fixas (desenho, pintura, gravura, fotografia, entre outras) e em movimento (cinema, animação, vídeos, videodança, videoinstalação, entre outras), no contexto das obras artísticas e de outras imagens e símbolos visuais presentes no cotidiano da criança. Distin- guir símbolos e letras é essencial para a alfabetização de primeira hora. Nesse sentido, propor aos estudantes e aos familiares momentos de nutrição estética com linguagens sonoras e corporais, oportunidades de fruição e leitura pela mediação e pela dinamização cultural, que podem acontecer na escola ou com a família, explorando a escuta sensível de sonoridades (por exemplo, a percepção de parâmetros do som, paisagem sonora, fontes sonoras) e músicas, assim como a percepção de movimentos cotidianos e dançados, gestos e expressões corporais e fisio- nômicas, fruição de espetáculos de música, teatro, dança, performance, artes circenses, entre outras linguagens, presencial e virtualmente, é uma atitude que ajuda a criança a perceber os elementos constitutivos e a elaboração de hipóteses interpretativas sobre diferentes linguagens verbais e não verbais e que auxiliam na percepção e no estabelecimento das relações de sentido entre imagens, sons, gestos e movimentos, e símbolos e palavras em gêneros textuais do cotidiano. Ainda sobre a participação da arte no processo de alfabetização, compreendemos a literatura como produção criati- va, poética, estésica e estética, portanto trazemos diversos momentos de fruição, apreciação e interpretação de textos poéticos criados por grandes autores da literatura brasileira e pelos autores desta coleção, com o cuidado de realizar uma curadoria educativa e respeitar o tempo e o direito dos estudantes de “ser criança”, vivendo de modo lúdico sua infância. Também propomos práticas de literacia familiar ao sugerir modos para fazer contação de histórias, jogos teatrais, leitura de letras de canção, momentos de escuta e canto de música, leitura de poemas e produção criativa de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XIII desenhos e textos, respeitando, ainda, os vários momentos em que as crianças se encontram mergulhadas em seus processos de alfabetização. São ações que podem favorecer ambiências criadoras e educadoras propícias ao processo de alfabetização. Para Maria Regina Maluf (apud BRASIL, 2019c, p. 19), “Quando as crianças aprendem a ler e a escre- ver, elas adquirem um meio eficaz para conhecer e agir sobre o mundo à sua volta, possibilitando abertura de novos caminhos para equidade social”. O QUE DIZ A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) Esse é o documento que orienta a base curricular de todas as escolas das redes de ensino (públicas e privadas), em todos os níveis de escolarização do país. Suas diretrizes devem ser contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. Os campos de experiência e os componentes curriculares descrevem direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conhecimentos, competências e habilidades específicas de cada área e ei- xos temáticos, a fim de que o currículo de cada região do Brasil, considerando sua diversidade, seja construído. O objetivo é que os estudantes possam desenvolver competências específicas de cada área, em seus respectivos componentes curriculares, além de aprender e desenvolver habilidades em cada etapa da Educação Básica, respei- tando o tempo e a cultura de cada idade, por exemplo: o direito de ser criança e de aprender de modo lúdico e dentro do tempo e do movimento do desenvolvimento infantil; o respeito às ideias, às necessidades e às escolhas de cada estudante, tendo como foco uma educação inclusiva; o respeito ao protagonismo da criança e do jovem no processo de ensino e aprendizagem; entre outros aspectos que garantam uma educação de qualidade e um aprendizado significativo. Já na Educação Infantil, a BNCC (BRASIL, 2018, p. 41) defende a importância de o estudante “conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar”. Segundo esse documento, isso possibilitará que crianças ainda pequenas tenham diversificadas experiências com as muitas linguagens artísticas, conhecendo e criando hipóteses interpretativas de obras artísticas e de como cada linguagem pode ser criada, e conhecendo e usando elementos de linguagem e materialidades para se expressar. Ao discorrer sobre a Educação Infantil, a BNCC enfatiza a importância de viver a arte e outros saberes nos di- versos campos de experiências, como: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Assim, é importante, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que se analise, por meio de momentos de avaliação diagnóstica, o modo como os estudantes passaram por essas experiências na Educação Infantil e como elas podem ressoar no ritmo de aprendizado e desenvolvimento de competências e habilidades apresentadas. O professor também pode, em processo de avaliação formativa, usar os mais variados meios, instrumentos e práti- cas para observar e analisar como os estudantes se expressam e se desenvolvem pelo contato com as linguagens artísticas. Pode criar, por exemplo, situações de aprendizagem que explorem esses campos de experiências em momentos de fruição de imagens, escuta musical, exercícios e jogos teatrais e corporais, rodas de conversa e ação criadora em várias linguagens. Ou seja, é importante observar como os estudantes se expressam na oralidade, na conquista da escrita e em expressões gráficas (desenhos), sonoras, musicais e corporais. Ao conhecer melhor o desenvolvimento dos estudantes, suas conquistas e dificuldades, o professor pode analisar como desenvolvem competências e habilidades ao passar de um nível de ensino ao outro, estudando e avaliando quais ações pedagógicas são necessárias nos processos de ensino e aprendizagem para garantir condições favoráveis ao de- senvolvimento de autonomia dos estudantes e, assim, seguirem em seus estudos. Voltando ao que a BNCC (BRASIL, 2018, p. 193 e p. 203) expressa sobre ser um documento que “dê base” à cons- trução de um currículo em Arte para o Ensino Fundamental, preocupamo-nos em garantir que os estudantes passem por diversificadas experiências, vivenciadas em seis dimensões de conhecimentos (criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão) e em cinco unidades temáticas (compreendidas como linguagens artísticas: artes visuais, dança, música,teatro e artes integradas), e que explorem os objetos de conhecimentos tratados em cada linguagem, a fim de desenvolver as competências gerais e as específicas de Arte, bem como as 26 habilidades previstas para o ensino de Arte nos anos iniciais. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Kh ak im ul lin A le ks an dr /S hu tt er st oc k. co m XIV A PRESENÇA DAS LINGUAGENS DA ARTE Howard Gardner (1995) escreveu que as inteligências são múltiplas e expressam competências e habilidades a serem exploradas em várias linguagens. São aptidões intelectuais autônomas que devem ser desenvolvidas desde a infância. Nesta coleção, trazemos diversidade nas linguagens artísticas, que podem se manifestar nas formas visual, musical e corporal e em uma simbiose de linguagens, tornando-se linguagens híbridas ou, como citado na BNCC, artes integra- das (BRASIL, 2018, p. 197). Como os estudantes encontram as linguagens artísticas? Será por meio de uma ilustração de livro ou revista, por uma música que toca no rádio, pelo celular, pela televisão ou por outro meio? Será em uma cena de dança na rua, em uma página na internet ou em imagens de filmes ou desenhos animados? Com quais linguagens artísticas eles já tiveram contato? Como apresentar esse universo a eles? Que conceitos e ideias são importantes explorar em um projeto de arte? Essas são algumas questões a serem analisadas na proposta de um currículo de Arte. A arte não está apenas nas instituições culturais, como museus ou casas de espetáculo. A arte está na vida, faz parte dela e é nutrida por ela. Ao observar as produções dos artistas, notamos que memórias e experiências pessoais compõem pinturas, ações dramáti- cas, coreografias, músicas, textos e tantas outras criações artísticas em diferentes linguagens. Conhecer as diferentes linguagens é fundamental para compreender como a arte se manifesta nas culturas e como essa área de conhecimento pode ampliar os repertórios e a visão de mundo. Sua importância também se revela como formas de expressão poética e de comunicação disponíveis para as experimentações dos estudantes. Assim, nesta co- leção, apresentamos as linguagens artísticas tanto em seus conteúdos específicos como em conexões interdisciplinares entre as linguagens da Arte. A abordagem do ensino das linguagens artísticas pela interdisciplinaridade tem como inte- resse superar a questão da polivalência. A proposta é mostrar aos estudantes que diferentes linguagens podem dialogar por meio de objetos de conhecimento (campos, conceitos), materialidades, poéticas e intenções artísticas. Além das conexões entre os saberes presentes em diferentes linguagens artísticas, há grande potencialidade nas relações entre o componente curricular Arte e diferentes saberes do currículo escolar – Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e suas tecnologias –, bem como entre a arte e os temas contemporâneos trabalhados de forma transversal (BRASIL, 2018, p. 19). Essas relações estão presentes em várias passagens dos livros desta cole- ção, porém estão mais acentuadas na seção Diálogos do Livro do Estudante. Neste Manual do Professor, ressaltamos momentos de interdisciplinaridade por meio do boxe Articulação com.... Dessa forma, convidamos você a trilhar os caminhos da interdisciplinaridade entre as linguagens e outros saberes, a transitar por temas contemporâneos, sem perder a profundidade ao tratar de cada conteúdo específico, e a pensar a construção de conhecimento pela arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XV ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES VISUAIS No que se refere às artes visuais, a proposta desta coleção é desenvolver processos de alfabetização visual ampliados e contextualizados à cultura visual e às poéticas visuais. A alfabetização visual é uma abordagem teórica e prática na leitura. Já o estudo da imagem é abordado pela cultura visual. Esse campo de estudo da arte-educação é interdisciplinar e busca referenciais para o ensino de Arte em Arquitetura, Publicidade, Design, Moda, História da Arte, Psicologia, Antropologia, mediação cultural, produções artísticas contemporâneas e outras possibilidades de estudo do universo das imagens. A cultura visual não se organi- za somente com base em nomes de peças, fatos e sujeitos, mas também considera a relação estabelecida com seus significados culturais. Hoje, há vários estudos sobre esse tema. Um dos primeiros autores a publicar, no Brasil, textos sobre essa abordagem foi Fernando Hernández, em 2000. Ele defende uma abordagem para o ensino de Arte que considera “a arte e a cultu- ra como mediadores de significados” e na qual o “significado pode ser interpretado e construído” e as imagens podem “informar àqueles que as veem sobre eles mesmos e sobre temas relevantes no mundo” (HERNÁNDEZ, 2000, p. 54). As poéticas visuais, no contexto de ensino e aprendizagem em Arte, propõem que o professor esteja atento tanto às ações criadoras e poéticas que os estudantes expressam como às situações de aprendizagem e criação de ambiências que possam provocá-los a refletirem sobre suas percepções e seus processos de criação e poéticas pessoais. Nesse sentido, sugerimos propor a eles que construam cadernos de artistas (diários de bordo) e neles anotem reflexões, desenhem ou criem formas próprias de registrar o que sentem, intuem, expressam e criam com base na subjetividade e imaginação deles, e que o professor oportunize momentos para “dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sen- tidos plurais” (BRASIL, 2018, p. 201). Sugerimos situações de aprendizagem para apresentar aos estudantes conceitos e noções que enfatizam que as imagens são constituídas de elementos da linguagem visual, como ponto, linha, forma, cor, luminosidade e espaço. Por isso, é importante mostrar como esses elementos articulados podem criar texturas, tonalidades, variações de luz e sombra, valores cromáticos e movimentos e como o espaço e as formas podem se apresentar em relações de bidimen- sionalidade e tridimensionalidade, entre outras possibilidades. Os estudantes podem desenvolver competências e habilidades na interpretação e na criação de imagens ao serem apresentados, de maneira progressiva, às diversas possibilidades de articulações e combinações entre os elementos constitutivos da linguagem visual, às materialidades, aos diversos processos de criação, além de discursos, poéticas e contextos em que as imagens são criadas. Para Fayga Ostrower (2007), se poucos elementos de linguagem visual estiverem em múltiplas combinações, eles abrirão infinitas possibilidades para criar imagens e, assim, expressar ideias, emoções, sensações. A alfabetização visual e os estudos dos elementos constitutivos dessa linguagem devem ir além de estabelecer técnicas e códigos ou de se perder em explicações verbais. Segundo Santaella (2012, p. 13), “[...] a alfabetização visual significa aprender a ler ima- gens, desenvolver a observação de seus aspectos e traços constitutivos, detectar o que se produz no interior da própria imagem, sem fugir para outros pensamentos que nada têm a ver com ela”. Além de entender as imagens e seus contextos, os estudantes podem aprender por meio da compreensão de como esses elementos constitutivos podem ser combinados; por exemplo, linhas podem ser usadas para a construção de tex- turas e de luminosidade em desenhos. O desenho é uma linguagem tradicionalmente ensinada nas escolas. Entretanto, há muito a ensinar sobre essa linguagem, uma vez que os desenhos em Arte podem ser tanto esboços em processos criativos para a construção de outras linguagens como a própria obra finalizada. Os elementos que compõem um traça- do ou um grafismo podem variar em direção, espessura e forma. Os desenhos dos estudantes têm suas particularidadese suas poéticas em cada momento do desenvolvimento nos anos iniciais do Ensino Fundamental. É preciso potencializar essa expressão visual, ampliando possibilidades poéticas. Nesta coleção, chamamos os instrumentos usados para traçar linhas e formas em desenhos de riscadores, propondo a variação e a experimentação de diversas materialidades. O universo de criação de imagens tem muitas possibilidades, como compreender de que modo os artistas criam cores e matizes, saber como colocam cor ao lado de cor ou de que forma misturam cores e criam nuances. Com base nessas descobertas, os estudantes também podem observar e ler suas próprias produções e as dos colegas e, assim, desenvolver o senso crítico em relação à produção de imagens em pinturas, desenhos, gravuras, fotografias e outras D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVI linguagens visuais. Com a escultura, a arte dos volumes, conceitos de espaço e de forma tridimensional são trabalha- dos, assim como linguagens contemporâneas presentes em intervenções, instalações e outras formas de expressão artística. Enfim, é trabalhada a percepção de que vivemos em um mundo de múltiplas possibilidades de criação de imagens, fixas ou em movimento, traçadas com lápis de cor ou criadas por computador, ou seja, desenhos manuais e digitais podem fazer parte dos processos de criação dos estudantes, utilizando diferentes materialidades, ferramentas e recursos tecnológicos. As formas de manifestação do pensamento estético resultam em muitas linguagens artísticas. É importante que estudantes de diferentes níveis de ensino explorem a potencialidade de expressão das artes visuais em suas diferentes produções, como a pintura, a escultura, o desenho, a gravura, a instalação, a performance, a fotografia, o cinema, a arte digital e tecnológica, entre outras. Nesta coleção, propomos várias oportunidades de criar tintas, massas de modelagem caseiras e fazer artístico nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Também damos dicas de como criar um ateliê fixo ou móvel, de como organizar os materiais para cada linguagem e de como propor aos estudantes a experiência de criar em clubes de arte. Nas artes visuais, o ensino precisa estabelecer relações com o mundo e a cultura visual e promover condições para que ocorram encontros e experiências estéticas e estésicas. Por essa razão, embora exista uma História da Arte que pode ser contada de maneira linear, optamos por conversar com os estudantes sobre arte sem preocupação cronológi- ca, por meio de contextualizações e conexões com conceitos, processos e poéticas. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE DANÇA A dança é a linguagem do movimento expressivo. O corpo humano, ao se movimentar com intenção expressiva, estabelece relações consigo mesmo (suas possibilidades e seus limites), com os outros (pessoas e objetos), com o tempo (pulsação e ritmo), com o peso, com a fluência e com o espaço ao redor. Para Roger Garaudy (1982), a dança é a expressão que potencializamos por meio de movimentos do corpo. Esses movimentos são organizados em sequências coreográficas, movimentos significativos. Dançar é uma experiência, um modo de existir. Uma das formas de ampliar os saberes culturais dos estudantes é apresentar espetáculos de dança para nutrir esteticamente o repertório cultural deles. Hoje, há muitas possibilidades de conhecer dança, como fazer pesquisas na internet ou assistir a espetáculos gravados, mas o caminho mais frutífero é sempre assistir aos espetáculos presencialmente, quando possível. Desde tempos remotos, a dança foi se consolidando de maneira particular nas diferentes culturas e etnias ao redor do mundo. Dessa forma, cada civilização desenvolveu sua lógica, sua mística e sua estética para criar na arte dos mo- vimentos. É fundamental apresentar aos estudantes diferentes manifestações de dança e debater com eles as transfor- mações estéticas e filosóficas da dança ao longo dos tempos, bem como sua manifestação cultural como rito, diversão, expressão individual ou manifestação coletiva de uma comunidade, como as danças étnicas brasileiras, manifestações das culturas indígenas e afrodescendentes, além das de outros povos e culturas. No geral, tem-se por dança étnica a que é produzida por uma comunidade étnica e cultural. A forma e os motivos são passados de geração em geração, com mínimos acréscimos e modificações. Nesse caso, incluem-se as danças ritualísticas, dramáticas e populares de vários grupos culturais, consideradas patrimônio histórico e cultural da huma- nidade. No Brasil, existem ricos acervos de manifestações de dança disponíveis para sua pesquisa e para apresentação aos estudantes. Na dança moderna e contemporânea, surgem concepções dessa arte em que se rompem as barreiras do movimento expressivo tradicional, abrindo espaço para outras formas artísticas na dança que possibilitam um trabalho na escola mais adequado à expressividade corporal dos estudantes. A bailarina alemã Pina Bausch (1940-2009) inovou a dança ao unir linguagens e criar a dança-teatro. Em suas co- reografias expressivas, explorava tanto o corpo dos bailarinos como suas emoções, criando movimentos e expressões diferentes dos vistos na arte clássica do balé. Bausch costumava dizer que até nas pontas dos dedos podemos perceber movimentos belos e expressivos. Acreditava que cada bailarino precisava conhecer o próprio corpo para potencializá-lo ao máximo na arte da dança. Valorizava a investigação dos movimentos, a experiência e a criação de repertórios de mo- vimentos. Ela também acreditava que, para dançar, o dançarino deveria fazer aflorar suas emoções e sua sensibilidade e fazer os movimentos que o corpo convocasse. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVII Rudolf Laban (1879-1958), bailarino e coreógrafo austro-húngaro, analisou de forma sistemática os elementos cons- titutivos do movimento humano (linguagem corporal). Além disso, enfatizou a importância da dança na escola, onde deveriam ser realizadas atividades que reforçassem as faculdades naturais de expressão da criança e que preservassem a espontaneidade do movimento. Nesta coleção, propomos aos estudantes, em vários momentos, que façam movimentos corporais, experimentem e comecem a tomar consciência dos elementos constitutivos dos movimentos estudados por Laban. Além disso, você pode criar outras situações de aprendizagem para conversar com eles sobre a arte da dança, que consiste em propor- cionar o autoconhecimento do corpo, a percepção do que ele pode fazer e o desenvolver de poéticas corporais. Laban realizou vários estudos com base em movimentos cotidianos. Você pode explorar os movimentos realizados pelos estudantes no dia a dia e estimulá-los a criar sequências coreográficas. Convidá-los a formar uma roda em um espaço amplo e depois conversar sobre como eles se movem no dia a dia pode estimular essa atividade. Depois, você pode propor aos estudantes que pesquisem exercícios em que expressem esses movimentos de forma livre e dinâmica e façam combinações entre eles para criar sequências coreográficas. Essa atividade proporciona ricas oportunidades de desenvolver a dança na escola, explorando a linguagem corporal, a arte como área de conhecimento e a expressão poética. De acordo com o que discutimos até aqui, a dança manifesta-se em nosso corpo de maneira natural, basta estarmos atentos à proposta que temos ao utilizar cada linguagem. A dança não implica apenas rebuscadas coreografias; uma simples brincadeira de roda ou um único movimento pode se transformar em uma aula de dança, até mesmo para aqueles mais tímidos. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE MÚSICA A proposição pedagógica para música presente nesta coleção convida professores e educandos a trilharem um per- curso sensível e lúdico pela experiênciacriativa. Temos compromisso com o conhecimento da música e da linguagem musical. No entanto, não estamos seguindo um sentido “técnico” do termo, com foco predominantemente no ensino teórico dessa arte, ou buscando, por exemplo, alfabetizar musicalmente os estudantes. Pesquisas desenvolvidas nos últimos tempos têm nos instigado a considerar a música, a educação musical e o en- sino da música de maneira inventiva e reflexiva, integrando o saber música e os discursos possíveis sobre ela. Desde as contribuições de autores dos métodos ou das pedagogias musicais ditos “ativos” – como Carl Orff (1895-1982), Edgar Willems (1890-1978), Zoltán Kodály (1882-1967), Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950) e Maurice Martenot (1898-1980) –, surgidos no período entre as duas grandes guerras – e apoiados nas contribuições de Maria Mon- tessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966) –, vem sendo perseguido um equilíbrio mais adequado entre a música praticada ou vivenciada, por um lado, e a música ensinada ou abordada teoricamente, por outro. Essas pro- posições consideram a arte não um conteúdo rígido, mas um modo de ser, de estar e de pensar o mundo. Buscamos integrar, na proposta musical que oferecemos nesta coleção, as diversas contribuições desses estudiosos. Agora, convidamos você a conhecer um pouco dessas diversas pesquisas e trajetórias. De Carl Orff, guardamos a dança e o movimento, os instrumentais variados, as percussões e a percussão corporal, o con- tato com o repertório musical tradicional de diferentes culturas e o papel relevante do jogo, da improvisação e da criação. Do músico e pedagogo austro-suíço Émile Jaques-Dalcroze, valorizamos a ligação do movimento corporal com o movimento musical, fundados no ritmo e na improvisação. Essa proposta ficou conhecida como rythmique (rítmica). Com base nessas proposições, podemos fazer brincadeiras musicais, jogos de mãos, percussões corporais e outras propostas que possam abrir caminhos para pensar a possibilidade de criar no fazer musical, posteriormente levando à exploração de leituras e escritas musicais. A voz também é trabalhada como meio de expressão e comunicação. São propostas formas criativas de exploração da voz para que os estudantes experimentem processos de improvisação, composição e interpretação. O educador e músico húngaro Zoltán Kodály nos provoca em suas pesquisas, defendendo o acesso irrestrito à música pela prática do canto (tradicional, em particular, mas não exclusivamente), sem obrigatoriedade da aprendizagem de um instrumento musical. Ele desenvolveu propostas que se baseiam na utilização de gestos para representar sonoridades e potencializou canções populares e folclóricas em material cultural educativo para o ensino de música para crianças. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVIII De Edgar Willems, consideramos alguns princípios fundamentais, como a possibilidade de acesso que toda criança tem a esse importante elemento cultural que é a música – sem qualquer tipo de referência a talento ou dote especial –, com iniciação ativa por meio de canções, jogos de escuta, ritmo e movimentos corporais. De Maurice Martenot, trazemos a importância da improvisação e da criação, praticadas num ambiente de confiança e alegria, criando condições para a escuta sensível dos estudantes, mas também valorizando a observação e a percep- ção e oportunizando experiências auditivas particulares. Por sua vez, o inglês John Paynter (1931-2010) e o canadense Murray Schafer (1933-), por exemplo, adotam a escuta e sobretudo a criação como eixo central da educação musical, utilizando-se dos mais variados recursos e tipos de material sonoro que possam ajudar os educadores a explorar o potencial criativo dos educandos. Murray Schafer apresenta uma proposta educativa ampla, na qual enfoca a percepção da paisagem sonora, que consiste em perceber conscientemente a relação som/silêncio e a existência de sonoridades próprias de diferentes ambientes. Nessa concepção, a paisagem sonora é tudo que está em nosso campo auditivo, dos sons característicos que estão a nossa volta, seja de grandes cidades, locais de trabalho ou equipamentos tecnológicos, às sonoridades humanas e aquelas típicas da natureza. Pode-se acordar o sentido da audição para desenvolver uma escuta inteligente, pensante, consciente e, assim, aprender a ouvir melhor diferentes tipos de música e sons que nos cercam. Ouvindo com maior atenção e curiosidade, os estudantes são capazes de apreender o mundo pela escuta e discernir as características de seus sons tendo por re- ferência não apenas os parâmetros sonoros usuais (como intensidade, altura, duração e timbre), mas também noções importantes, como tipos de textura, de perfil, de plano sonoro, entre outras, de grande utilidade para a criação musical e o entendimento amplo dos processos musicais, contemporâneos ou não. Trata-se, hoje, de oferecer aos estudantes meios adequados e condições favoráveis que propiciem o contato com o universo musical já existente – patrimônio já constituído, em suas múltiplas formas de manifestação – e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de sua própria mu- sicalidade com base em suas necessidades presentes. Para um professor-propositor, esses saberes podem seguir em mais estudos, pois aqui estamos propondo que o professor vivencie a música e seu ensino por meio de encontros significativos. Consideramos que é possível criar e interpretar música com qualidade, mesmo em nível mais inicial e elementar. Nesse sentido, é essencial a sua partici- pação, visando transformar em momento “extraordinário” a realização de atividades musicais aparentemente sim- ples e singelas, de modo que os estudantes construam vivências profundas e significativas. Sugerimos ao professor que procure oportunizar a escuta, o contato e o conhecimento de manifestações musicais de diferentes épocas, gêneros, estilos, tendências e culturas. Para isso, oferecemos uma gama de representações musicais: da exploração de percepção de sonoridades a criações sonoras e musicais contemporâneas; de músicas da tradição brasileira a experimentações sonoras internacionais; de instrumentos usuais ao uso de objetos sonoros e à construção de novos meios expressivos. Ao mesmo tempo, lembramos a importância de não restringir esses momentos apenas à audição ou apenas à fala sobre música, mas que sejam oferecidos espaço, recursos e motivação suficientes para que cada estudante, além de se expressar criativamente pelos sons e pela música, entre em contato consigo e com o outro, com suas sensações, seus sentimentos e seus entendimentos, podendo, assim, exprimi-los com clareza, comparti- lhando-os no coletivo. Sugerimos também estimular a curiosidade dos estudantes a fim de que sejam motivados a pesquisar sobre as músicas apresentadas – autores, estilos, formas de expressão, organização, projeto compositivo, repre- sentação estética e cultural –, instigando-os a perceber e conhecer o mundo pela audição em movimento. Nesse sentido, devem ser aproveitadas todas as oportunidades possíveis para a escuta atenta e a expressão criativa, visando conhecer mais profundamente como as músicas foram concebi- das, organizadas e apresentadas. BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XIX A abordagem de ensino musical proposta aqui procura oferecer atividades prazerosas que tratem de conteúdos relevantes para o conhecimento e a formação musicais, como conceitos de tempo e espaço e noções de ritmo e me- lodia, bem como a prática de interpretação, improvisação, criação e agenciamento de materiais. Sempre que possível, é importante que os diversos conteúdos musicais sejam disponibilizados em sala de maneira lúdica e integrada. Assim, ao longo dos temas, propomos seções e proposições do fazerartístico, para trabalhar várias situações de aprendizagem que transitam entre: • escutar, acolher e conhecer; • apreciar, avaliar e comentar; • experimentar, descobrir e se apropriar; • expressar, cantar e tocar; • interpretar, improvisar e criar; • compreender, comunicar e compartilhar. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE TEATRO A imaginação dramática está no centro da criatividade humana e, assim sendo, deve estar no centro de qualquer forma de educação. (KOUDELA, 2009, p. 27-28) Estudar teatro na escola é investigar a prática da representação, do jogo, do movimento, da percepção do espaço e do corpo em toda sua materialidade, expressividade e poética. Existem muitos gêneros nas manifestações teatrais, como o teatro de formas animadas (objetos, bonecos, máscaras, luz e sombra, entre outros); os espetáculos em que os atores realizam diálogos ou monólogos; as apresentações em movimentos e expressões corporais; a palhaçaria; a performance. Ainda podemos pensar em tipos de espetáculo, como comédia, musical, tragédia, teatro gestual ou dramático, dança dramática, entre outras modalidades. O trabalho do ator e da atriz, a cenografia, o figurino e a exploração de espaços físicos ou imaginários também estão presentes em linguagens audiovisuais, como teledrama- turgia, cinema e vídeo. Na linguagem teatral, os conceitos propõem a aprendizagem sobre movimento, corpo, gesto, comunicabilidade, recursos cênicos, jogos teatrais, improvisação, processo de criação e compreensão dessa linguagem. Conhecer os meandros da linguagem teatral é um grande desafio, pois os estudantes precisam se descobrir, desvendar seus limites e as possibilidades do corpo como materialidade expressiva e poética. A linguagem artística teatral concretiza-se mediante a composição de diversos elementos, embora, mesmo re- nunciando a alguns deles, o espetáculo teatral ainda possa se realizar. Por sua natureza, o teatro agrega linguagens, como a dança, a música, as artes visuais, a arquitetura, o circo, entre outras. Sua composição complexa é repleta de nuances estéticas e poéticas e contribui para a existência dessa multiplicidade de elementos. Há vários criadores na linguagem teatral: cenógrafo, iluminador, figurinista, maquiador, sonoplasta, dramaturgo, encenador, diretor. Conhecer os elementos que compõem o fazer teatral é fundamental para compreender as muitas formas desse fazer. Também é importante, no ensino de teatro na escola, conhecer alguns princípios sobre jogos teatrais. Um bom início para a criação no teatro é investigarmos três perguntas básicas para a criação de uma cena ou de um jogo teatral: Onde?, Quem? e O quê?. Essa abordagem tem como base as ideias de Viola Spolin (1906-1994), autora e diretora de teatro estadunidense que criou uma proposta para tornar possível o trabalho da linguagem teatral em qualquer espaço. O jogo e a improvisação teatral são a forma e o caminho de sua metodologia. Esses três conceitos (onde, quem e o quê) compõem o sistema dos jogos teatrais proposto por Spolin (2010) e podem contribuir muito para o ensino do teatro nas escolas. É possível trabalhá-los em conjunto ou separadamente, dependendo dos objetivos ou das expectativas de aprendizagem estabelecidas. Essa escolha de trabalho em linguagem teatral com a busca pelas respostas para as questões (Onde a cena se passa? Quem é a personagem que vou encenar? O que vou fazer em cena?) é fundamental para desenvolver um trabalho teatral ou outras formas de expressão corpo- ral, como a dança, a performance, a palhaçaria. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om XX Na escola, em cada momento do desenvolvimento dos estudantes, é possível explorar metodologias no ensino de teatro para apresentar as diversas maneiras expressivas dessa linguagem. Não temos a preocupação de apresentar pe- ças teatrais ou espetáculos temáticos para atender, por exemplo, a comemorações da escola, mas sim apresentar essa linguagem como possibilidade de criar, expressar e pensar. Acreditamos que há situações em que você, professor, pode, em uma conversa, saber quais são os interesses dos estudantes e com eles decidir o tema a ser trabalhado ou, ainda, observar o contexto de vida de sua turma, facilitan- do-lhe o acesso a formas estéticas de pensar, sentir e agir em seu mundo. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES INTEGRADAS (LINGUAGENS HÍBRIDAS) Conhecer o instrumento de trabalho e as possibilidades que ele oferece é essencial, mas ir além da mera aplicação dessas possibilidades é fundamental. (PIMENTEL, 2002, p. 117) Para Lucia Gouvêa Pimentel (2002), o universo tecnológico trouxe muitas possibilidades para conhecer e criar arte. É imprescindível proporcionar aos estudantes um ensino de Arte em consonância com seu tempo, já que eles são contemporâneos a essa multiplicidade de linguagens. Entretanto, somente o uso dessas tecnologias, sem um trabalho consistente por parte dos educadores, não vai garantir seu aprendizado e seu desenvolvimento artístico. Consideramos artes integradas aquelas que são híbridas, podendo ser verbais, visuais, sonoras, corporais, tecnoló- gicas, audiovisuais e, ainda, todas elas juntas. São tantas as linguagens artísticas possíveis que precisamos, como edu- cadores, estudar e conhecer como elas nascem e se transformam. Por exemplo, das máquinas fotográficas mecânicas às câmeras digitais altamente tecnológicas muito foi criado e experimentado. Além disso, o uso da fotografia tem alcançado uma proporção inigualável no desenvolvimento da cultura visual da contemporaneidade e tem muitos usos e funções além do artístico. Já o cinema nasceu do fascínio de capturar, movimentar e projetar as imagens. Sendo nar- radores de histórias, os seres humanos associaram imagens a contos, o que vem de muito tempo, desde as primeiras projeções de sombras chinesas na Antiguidade, passando pelas invenções dos primórdios das investigações que deram origem às imagens em movimento do século XIX, até as ferramentas e os recursos tecnológicos atuais. As tecnologias e as novas linguagens, como videoarte, videodança, videoperformance e videoinstalação, feitas com recursos audiovi- suais e programas de computador, podem estar entre as propostas no ensino de Arte, mas é preciso ter objetivos claros e criar situações de aprendizagem que estimulem a compreensão e a produção nas linguagens da arte contemporânea, bem como orientar estudantes e familiares a respeito dos objetivos pedagógicos envolvidos no uso de ferramentas e recursos digitais e a pesquisar em sites confiáveis. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXI 1.4. ABORDAGENS CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTE Para haver escolhas mais conscientes, assim como avaliação e ampliação de concepções sobre Arte e seu ensino, é preciso analisar tanto a história do componente curricular como a história das produções artísticas, incluindo a própria história de vida, seja no papel de aprendiz, de educador ou de fruidor de arte e cultura. Vamos refletir sobre as questões destacadas a seguir. • Como eram as aulas de Arte quando éramos estudantes do Ensino Fundamental? O que mudou? O que e como aprendíamos nessas aulas? • Que concepção de arte e de ensino de Arte temos hoje? • Quais desafios para proposições pedagógicas temos diante do que nos é colocado pela Base Nacional Comum Cur- ricular (BNCC) em Arte, pela Política Nacional de Alfabetização (PNA) e por outros documentos oficiais que visam à construção de currículos e práticas de alfabetização? • Como o estudo de Arte também pode contribuir para as conquistas da alfabetização das crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Essas são perguntas complexas que podem abrir caminho para reflexão, pesquisa e, talvez,escolhas mais conscientes. Não temos respostas exatas para esses questionamentos, mas queremos suscitar novas considerações a respeito da arte e do ensino de Arte, da construção de concepções e da escolha de caminhos, linguagens e conceitos. Apontamos, assim, ao longo do texto deste Manual do Professor, sugestões de percursos e proposições, expressando concepções pautadas em debates, fundamentos teóricos e metodológicos e documentos mais recentes sobre o ensino de Arte. Procuramos trazer consonâncias e reflexões para pensarmos juntos as exigências curriculares da contemporaneidade para o ensino de Arte. ⊲ QUEM NOS INSPIRA NO CAMINHO Cartografar seu próprio fazer pedagógico, como um professor-propositor, é elevar-se à condição de criador dos próprios percursos de aprendizagem junto aos alunos, de tecer a coautoria do seu pensar/fazer pedagógico com escolha de caminhos que possam abrigar e expressar também os desejos de seus alunos. (MARTINS; PICOSQUE; GUERRA, 2010, p. 195) No texto supracitado, as educadoras Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque e Maria Terezinha Telles Guerra (2010) apontam para a autonomia do educador que escolhe caminhos para criar soluções e proposições na sua ação educado- ra, diante de sua história e sua formação profissional, bem como o que o nutre enquanto bases teóricas, metodológicas e experiências estéticas no encontro com a arte. Também é importante que o professor planeje seus caminhos e suas proposições pedagógicas e investigue suas concepções “de arte e de ensino de Arte”. Há autores e proposições pedagógicas e artísticas com as quais nos identificamos e seguimos construindo nosso ca- minho. Sabemos que questionar é sempre um exercício importante tanto para fazer escolhas como para criar caminhos; assim, ao estar diante do desafio de sermos professores-propositores, podemos nos indagar: como aproximar teorias da minha prática docente? Que relações esses fundamentos e proposições pedagógicas têm com a minha história de educador e a realidade dos estudantes? Qual é a minha concepção “de arte e de ensino de Arte”? Qual é o meu “lugar de fala” e o dos estudantes com os quais caminho? É importante dizer que documentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1998) e, mais recen- temente, a BNCC (BRASIL, 2018) e a PNA (BRASIL, 2019c) são frutos de percursos históricos e escolhas de caminhos nas políticas educacionais que ocorrem a cada tempo e contexto. Seguimos olhando para a frente, observando os caminhos e percebendo-nos como criadores e propositores de percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. Na busca por respostas, podemos olhar para nossas experiências e valorizá-las, assim como podemos estudar documentos, teorias, investigar as histórias e as trajetórias do componente curricular Arte e os autores que nos ajudam a compreender, nutrir e trilhar caminhos pedagógicos no ensino de Arte. Trazemos, a seguir, duas proposições e abordagens teóricas e meto- dológicas que nos inspiraram na criação desta coleção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXII A ABORDAGEM TRIANGULAR DO ENSINO DE ARTE Na direção do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), no fim da década de 1980, a professora Ana Mae Barbosa desenvolveu, com base em suas pesquisas e suas ações educativas, a chamada Abordagem Triangular do Ensino de Arte (BARBOSA, 2009). Ainda hoje, essa proposta de ensino de Arte é a base da maioria dos programas de educação de Arte no Brasil, seja em escolas, seja em museus. A proposta consiste em uma proposição pedagógica que aborda três eixos para a construção de saberes artísticos. Esses eixos não apresentam uma ordem preestabelecida. É o educador, diante de seu projeto, que propõe os momentos de ler, fazer e contextualizar. Ao ler, em momentos de fruição para apreciar a Arte, o enfoque dá peso à leitura como construção de sentido de que os estudantes vivem e percebem o mundo em imagens, sons, gestos e movimentos desde seu nascimento. Na es- cola, a sistematização de propostas de leitura de imagens e outras produções em diferentes linguagens deve levar em consideração o repertório cultural dos estudantes, assim como ampliá-lo por meio de rodas de conversa em diálogos provocadores, criando ambientes de mediação e dinamização cultural. Em todos os volumes desta coleção, realizamos curadorias com imagens e textos que são oportunidades para apre- ciar a arte, ou seja, para “ler” imagens e outras produções artísticas. A leitura de obras artísticas é um momento para situações de aprendizagem de “nutrição estética”: alimento para o olhar, o ouvir, o sentir no corpo, e para outras per- cepções da arte como produto do sensível e do intelectual, da intuição e da racionalidade humana. São possibilidades de leituras de obras que se fundem às leituras de mundo dos estudantes (FREIRE, 2011) para estabelecer relações entre arte e vida, construções de interpretações de um mundo culturalmente vivido. O fazer artístico apresenta oportunidades para instituir “ambiências criadoras e educadoras” para a produção criati- va e poética nas linguagens artísticas. A obra de um artista alimenta e nutre o repertório cultural dos estudantes, porém o foco no fazer artístico deve estar sempre na poética e no contexto de criação deles. São bem-vindas as iniciativas experimentais, a pesquisa e a criação de projetos de arte em que os estudantes sejam protagonistas de suas produções. Também são favoráveis as pesquisas de materialidades, procedimentos, ferramentas (analógicas e digitais) e elementos de linguagem que constroem a arte. Nesta coleção, propomos o fazer artístico e a pesquisa em vários momentos, em especial nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Ao contextualizar a produção artística, o ensino de Arte deve ir além da apresentação de fatos históricos. Deve ampliar o âmbito informativo e levar os estudantes a perceberem a história da obra de arte como produção social que abarca dimensões dos conhecimentos histórico e cultural, além de proporcionar relações entre as produções artísticas, a leitura de mundo feita por eles e as conexões com seu repertório e suas experiências culturais. Nesta coleção, o modo como são desenvolvidos os temas, nas seções Diálogos e Arte-aventura, potencializa momentos de rodas de conver- sa e contextualizações. São oportunidades para fazer contextualizações que também permitem o pensar por meio da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, bem como compreender que conhecer a história de produções artísticas possibilita que o passado se conecte com o presente e liberte o pensamento para o futuro. A Abordagem Triangular pode ser potente para desenvolver nos estudantes competências e habilidades ligadas ao conhecer, ao fruir, ao pesquisar e ao analisar criticamente a obra de arte, bem como para a criação em sua poética pessoal. Ana Mae Barbosa ressalta em seus estudos e suas publicações que a arte está, antes de tudo, presente na vida dos estudantes, e ter contato com ela na escola pode desenvolver conceitos de cidadania e de identidade cultural. OS TERRITÓRIOS DE ARTE E CULTURA A proposição dos Territórios de Arte e Cultura engloba ideias disseminadas desde 2004 pelas educadoras Mirian Ce- leste Martins e Gisa Picosque e, assim como a Abordagem Triangular, tem influenciado várias propostas curriculares de Arte em redes públicas e privadas do Brasil. Os Territórios de Arte e Cultura são marcados pela ideia de currículo-mapa, em que o professor traça percursos, escolhe caminhos e é autor do próprio trabalho. Um professor-propositor, escava- dor de sentidos, que cria trajetos percorrendo campos conceituais como: processo de criação; linguagens artísti- cas; forma e conteúdo; mediação cultural; materialidade; patrimônio cultural; saberes estéticos e culturais; conexões transdisciplinares e interdisciplinares, entre outros. São campos conceituaisque nos ajudam a pensar o ensino de Arte de modo ampliado e inter-relacionado. As autoras defendem que os professores também podem criar outros campos conceituais ao “zarpar” para mais aventuras propositoras. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 D as ha P et re nk o/ Sh ut te rs to ck .c om XXIII A proposição de pensar o ensino de Arte por campos conceituais amplia visões e percepções sobre como conhecer a arte por diversas vias. É possível que um campo conceitual se entrelace com outro, porém olhar mais de perto um conhecimento ajuda a objetivar os percursos didáticos e pode facilitar o processo de ensino e aprendizagem em Arte. Os campos conceituais presentes nos Territórios de Arte e Cultura podem nos ajudar a pensar proposições pedagógicas para investigar os objetos de conhecimento que são expressos na Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018, p. 200-203), com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), em várias linguagens (unidades temáticas), como as seguintes. • Artes visuais: contextos e práticas; elementos da linguagem; matrizes estéticas e culturais; materialidades; processos de criação; sistemas da linguagem. • Dança: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Música: contextos e práticas; elementos da linguagem; materialidades; notação e registro musical; processos de criação. • Teatro: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Artes integradas: processos de criação; matrizes estéticas e culturais; patrimônio cultural; arte e tecnologia. 1.5. FAÇA SEU PRÓPRIO CAMINHO! Nesta coleção, abordamos as dimensões e os objetos de conhecimento, as competências e as habilidades pre- sentes na BNCC (BRASIL, 2018) a serem desenvolvidas na fruição, na produção e na contextualização das várias linguagens de arte Arte: artes visuais, dança, teatro, música e artes integradas, desejosos de contribuir com o tra- balho de professores-propositores, mediadores, dinamizadores e curadores culturais que também se comprometem com os processos de alfabetização e seguem se nutrindo de contribuições teóricas e metodológicas historicamente desenvolvidas por autores que são importantes referenciais para as formulações curriculares e as práticas educativas no ensino de Arte no Brasil. Diante das produções de conhecimento que nos inspiram na caminhada ao desenvolver proposições pedagógicas, convidamos você, professor, a ser inventor de ideias e ações, uma vez que a Educação e a Arte estão sempre em transformação. Temos por foco que Arte é “área de conhecimento”, pensamento defen- dido por muitos educadores brasileiros e legitimado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/96). O convite é para que você seja autor de seus trabalhos e que os estudantes também tenham autonomia para trabalhar de forma criativa e poética, aprendendo a interpretar os conhecimentos em Arte e conectá-los com diferentes saberes e contextos. A proposta desta coleção não é apenas ajudar na execução das aulas, mas também inspirar você e os estudantes a inventar percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos no ensinar e aprender Arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXIV 1.6. AVALIAÇÃO, REGISTROS E SONHOS PEDAGÓGICOS É sabido que o professor avalia os estudantes o tempo todo. A cada atividade, a cada proposta de produção, a cada participação. A finalidade dessa avaliação é que o professor possa contribuir com o desenvolvimento deles em vários aspectos acadêmicos e sociais. Quando se trata especificamente de atividades, situações de aprendizagem com foco na avaliação, espera-se que o professor realize um acompanhamento bastante próximo do desenvolvimento das compe- tências e habilidades, que são os objetivos das atividades escolares. Para um acompanhamento permanente, é importante instituir instrumentos práticos de avaliação dos estudantes, bem como um registro permanente dos resultados obtidos. Por exemplo, ao realizar produções artísticas, observar como eles escolhem e utilizam materialidades e procedimentos; como identificam elementos constitutivos de lingua- gem e fazem arranjos, composições de linhas, formas, cores, sons, gestos e movimentos, entre outros; como explicam e se expressam oralmente ou por meio de produções de textos sobre seus processos de criação e poéticas pessoais ou em grupo. Os critérios para a avaliação podem ser “compreendeu e soube narrar, se expressar, sobre o processo criador e poético vivido”. É importante ressaltar que, no componente curricular Arte, a avaliação não deve focar apenas o fazer artístico, já que o trabalho e também os critérios de avaliação devem estar alinhados com os vários eixos de aprendizagem, como a produção, a fruição e a contextualização, mas também deve acompanhar como os estudantes percebem-se como seres de cultura e potência poética. Assim, podemos pensar em critérios, por exemplo, como eles “identificam elementos constitutivos e materialidades em obras de artistas, suas produções e as dos colegas”, como “percebem a arte em seu meio sociocultural e valorizam acervos locais que podem também dialogar com produções globais”. Criar pautas para avaliação com listas de critérios pode ajudar a compor uma planilha que acompanhe o diário de classe ou mesmo um portfólio de cada estudante (ou da turma) e que será “alimentado” a cada nova proposta, situação de aprendizagem e atividade com finalidade de avaliação formativa. Esse planilhamento permite organizar, visualizar e analisar dados da turma com mais rapidez, e esses dados podem também contribuir para decisões visando à contínua aprendizagem dos estudantes. É importante salientar que esses critérios podem ser estabelecidos com os demais docentes e a gestão escolar, para que os estudantes percorram todo o processo de ensino e aprendizagem e não sejam avaliados apenas pela realização de uma tarefa, mas pelo percurso percorrido em um semestre, em um ano ou em todos os anos iniciais do Ensino Fun- damental. Avaliar é uma tarefa coletiva e alinhada com a comunidade escolar. Por essa razão, tomar os objetivos e as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Política Nacional de Alfabetização (PNA) como ponto de partida para definição de critérios formativos pode ser ainda mais produtivo. Por fim, é possível que, no Plano Político-Pedagógico da rede ou da unidade escolar, haja a sugestão das métricas ou das balizas para a avaliação formativa dos estudantes. É importante estar alinhado a isso para que a avaliação de cada critério também converse com a avaliação geral estabelecida previamente, permitindo melhor acompanhamento do professor, da gestão escolar e da comunidade. Além disso, o professor, como educador, assumiu nova postura diante da sala de aula e do conhecimento. A apro- priação e a produção do conhecimento são de responsabilidade do professor e dos estudantes. Diante dessas mudan- ças, a avaliação também assume uma função diferenciada e tem como foco a formação. Observar, anotar e registrar são ações que devem ser realizadas para compor a gama de materiais a ser analisada durante cada percurso de aprendi- zagem e ao seu final. O foco é a avaliação formativa, em que o professor e os estudantes estabelecem diálogos sobre as conquistas de saberes ao longo do trajeto: o que deu certo, que situações de conflito ocorreram. Para que os objetivos em um processo de avaliação formativa aconteçam, é fundamental explorar tempos, ambiências educativas, modos e instrumentos de avaliação. A avaliação diagnóstica, a de processo e a de final de percurso podem se constituir também em situações de aprendizagem significativas, superando ideias negativas sobre a avaliaçãopor parte dos estudantes. Desse modo, conversar com a turma sobre as ansiedades e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para compreender os pensamentos criativos, o que estão aprendendo e desenvolvendo na arte e em seus processos de alfabetização. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXV É importante compartilhar responsabilidades com os estudantes e os familiares, uma vez que a avaliação não é apenas responsabilidade do professor. Um bom percurso de aprendizagem não deve se esgotar em seu término. Ao contrário, deve deixar aquele “gosto de quero mais”. Assim, é imprescindível criar situações e rodas de conversa com os estudantes para debater conquistas de aprendizagem, o que gostariam de conhecer mais ou onde poderiam pesquisar para continuar a aventura de conhecer o universo da arte. Para a ação criadora, sugerimos uma diversidade de propostas e experimentações. Diante delas, nosso desejo é que os estudantes tenham acesso a diferentes situações de aprendizado que estimulam a autonomia, a compreensão e a produção significativa nas aulas de Arte, sendo também capazes de se autoavaliar em situações mais simples, para que, com o tempo, alcancem reflexões mais complexas. As propostas sugeridas podem gerar experiências poéticas significativas, tendo como ponto de partida a problemati- zação e a conexão entre conceitos, promovendo a solução de problemas e o estímulo à criatividade. A ideia é permitir que os estudantes se aventurem na descoberta de processos criativos com a experimentação de materialidades e de lin- guagens. São iniciativas de projetos que possibilitam trabalhar os aspectos experimental e experiencial nas linguagens artísticas. O foco da avaliação deve ser tanto o processo de aprendizagem como o produto e estes podem ser discutidos com cada estudante em momentos de diálogo, estimulando a autoavaliação, como já mencionado. Ao olhar para a experiência, é importante retomar conceitos e debates mobilizados pelos conteúdos temáticos das unidades e dos tópicos abordados. É o momento oportuno para que os estudantes falem a respeito do que aprende- ram, do que acharam do processo, das dificuldades que encontraram e das possibilidades futuras. Debater com a turma as angústias e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para a compreensão dos pensamen- tos criativos e estéticos. A proposta é realizar uma avaliação reflexiva tanto do trabalho individual quanto do coletivo e trabalhá-la de modo construtivo. Ao longo desta coleção, damos dicas sobre como criar portfólios e diários de bordo para o professor e os estudantes e também sobre como compor fichas de avaliação. Você pode desenvolver uma ficha (pauta de avaliação) para acom- panhar as questões a seguir e outras que considerar importantes. • O que os estudantes aprenderam ao estudar esta unidade? • O que sabem sobre arte e processo criador coletivo? • Compreendem a cultura imaterial e material e a importância do acervo brasileiro? • Conhecem a formação do povo brasileiro e a importância das culturas afrodescendentes e indígenas nesse processo? • Expressam-se por meio de movimentos dançados e brincadeiras cantadas? • Expressam-se por meio de pinturas, desenhos, esculturas e modelagens? • Conhecem e analisam várias danças e músicas como patrimônio cultural imaterial? • Quais danças gostaram mais de conhecer? • Constroem argumentos sobre a arte brasileira e se expressam pela oralidade, pela escrita e por desenhos? • Têm autonomia na escolha, na pesquisa e no uso de materialidades? • Aprendem arte e a criar de modo colaborativo e com poéticas pessoais? • Como constroem registros sobre suas produções? É importante avaliar como os estudantes se comportam durante os momentos de ações criadoras previstas nesta coleção. Esses pon- tos devem ser levados em consideração e você pode comple- mentar a lista com outros que julgar convenientes. Com o intuito de contribuir com a prática avaliativa, que deve ser constante, há, neste Manual do Profes- sor, sugestões de fichas de avaliação que podem ser adaptadas por você, professor (veja a seção Monitoramento da aprendizagem). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 2 EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 3o ANO XXVI A fim de facilitar a utilização do conteúdo desta obra, foram organizados Semanários que sugerem uma distribuição dos conteúdos deste volume ao longo das semanas do ano letivo. Semanas Unidades Conteúdos 1a 1 Acolhida conforme a programação da escola 2a 1 Páginas 6 e 7: Você já viu?* 3a 1 Páginas 8 a 13: Arte criativa | Observar, lembrar e imaginar | Imaginar e criar 4a 1 Páginas 14 a 17: Intervir e criar* | Diálogos – Educação Ambiental: Energia limpa* 5a 1 Páginas 18 e 19: Oficina de arte: Criar com ferramentas manuais e tecnológicas* 6a 1 Páginas 20 e 21: Arte-aventura: Misturar desenhos com fotografias* 7a 1 Páginas 22 e 23: Arte em projetos: Parece brincadeira* 8a 1 Páginas 24 e 25: Imagens do imaginário 9a 1 Páginas 26 e 27: Isso é surreal! | Diálogos – Ciências da Natureza: Arte e invenção* 10a 1 Páginas 28 e 29: Oficina de arte: Inventar e desenhar | Arte-aventura: Arte no meu imaginário* 11a 1 Páginas 30 e 31: Arte em projetos: Intervenção visual na escola* 1a 1 Páginas 32 a 35: De onde vem tanta ideia? | Morada da invenção?* 2a 1 Páginas 36 a 37: Diálogos – Ciências da Natureza: Quem é criativo?* 3a 1 Páginas 38 a 41: Oficina de arte: Desenhos ao vento* | Arte-aventura: Você na cena da aventura* 4a 1 Páginas 42 e 43: Arte em projetos: Vamos brincar de performances?* 5a 1 Páginas 44 a 47: Arte viajante* | Diálogos – Língua Portuguesa: A carta* 6a 1 Páginas 48 e 49: Oficina de arte: Arte postal* 7a 1 Páginas 50 e 51: Arte-aventura: Apreciar, criar e divulgar imagens* 8a 1 Páginas 52 e 53: Arte em projetos: Arte postal* 9a 1 Páginas 54 e 55: Vamos recordar?* 1o b im es tr e 2o b im es tr e * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26 12/08/21 14:2612/08/21 14:26 XXVII * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. Semanas Unidades Conteúdos 1a 2 Páginas 56 a 61: Brincadeirarte | Corpo, cada parte da minha arte | Hoje tem espetáculo!* 2a 2 Páginas 62 e 63: Diálogos – Ciências da Natureza: Rir faz bem!* 3a 2 Páginas 64 e 65: Oficina de arte: Minicara de palhaço* 4a 2 Páginas 66 e 67: Arte-aventura: E o meu palhaço, como é?* 5a 2 Páginas 68 e 69: Arte em projetos: Minha mala de palhaçaria* 6a 2 Páginas 70 e 71: É para movimentar? Vamos lá! 7a 2 Página 72: Diálogos – Matemática: Simetria na Matemática e na dança* 8a 2 Página 73: Oficina de arte: Simetrias e movimentos* 9a 2 Páginas 74 e 75: Arte-aventura: Movimentos da dança, movimentos do meu corpo!* 10a 2 Páginas 76 e 77: Arte em projetos: Espetaculaços* 1a 2 Páginas 78 a 81: Arte brincante | Letra e melodia de uma canção* 2a 2 Páginas 82 a 85: Uma linha para a melodia* 3a 2 Páginas 86 a 89: Diálogos – História: Brincadeiras musicais | Oficina de arte: Brincando com música* 4a 2 Páginas 90 a 93: Arte-aventura: Cânone: a minha, a sua e a nossa voz!* | Arte em projetos: Musicando poemas* 5a 2 Páginas 94 a 98: Música, forma e expressão* 6a 2 Páginas 99 a 101: Diálogos – História: Música dos povos indígenas* 7a 2 Páginas 102 e 103: Oficina de arte: Escutar musicalmente* | Arte-aventura: meu mundo sonoro 8a 2 Páginas 104 e 105: Arte em projetos: Criando músicas* 9a 2 Páginas 106 e 107: Vamos recordar?* 10a 2 Páginas 108 a 111: O que aprendi neste ano* 3o b im es tr e 4o b im es tr e D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001a 048_G23.indd 27D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 27 12/08/21 14:2612/08/21 14:26 XXVIII MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM3 As fichas a seguir são sugestões que podem ser adaptadas pelo professor com base na realidade de cada turma. Su- gerimos que sejam replicadas para cada um dos estudantes e utilizadas para o monitoramento da aprendizagem deles no que diz respeito às avaliações sugeridas no Livro do Estudante e neste manual. C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Conhecer obras artísticas e participar de momentos de fruição e leitura de imagem tendo como proposição o trabalho de Yue Minjun, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e se expressar sobre as formas figurativas na obra de Yue Minjun, e como percebe o uso pessoal e criativo em suas produções. Identificar elementos constitutivos da linguagem visual (linhas, formas, cores, efeitos de volumes, luminosidade, tonalidades e espaço bidimensional da pintura) na fruição de imagens e no seu processo criador (ao desenhar, pintar, modelar e outras linguagens visuais). Refletir e conversar sobre as escolhas de elementos de linguagem, materialidades e processos de criação para se expressar em várias linguagens artísticas, percebendo o potencial expressivo do corpo ao criar movimentos dançados, percussão corporal, expressões fisionômicas e corporais, ao cantar, entre outras expressões artísticas. Comunicar-se a respeito de seu processo criativo construído por meio da observação, da imaginação e da memória, nas diferentes expressões artísticas (artes visuais, teatro, dança e música). Expressar-se oralmente sobre como percebe e usa, em suas produções, linhas, cores e formas e como relaciona esses elementos das linguagens artísticas com a vida cotidiana. Conversar sobre como percebe os sons, movimentos, gestos, expressões fisionômicas e corporais para criar e se comunicar pela arte e no cotidiano. Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. VOCÊ JÁ VIU? (AVALIAÇÃO INICIAL) D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28 12/08/21 14:2612/08/21 14:26 XXIX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 1) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição com leitura de textos poéticos e de imagens, com foco na investigação do processo de criação e no desenvolvimento de poéticas pessoais, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem das artes visuais (linha, ponto, cor, forma); da dança, do teatro e da performance (movimentos corporais e narrativas gestuais); e da música (timbres, duração, altura e intensidade dos sons). Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, percebendo inclusive processos que integram várias linguagens, como a instalação, a intervenção artística e a performance. Identificar, explorar e escolher diferentes elementos de linguagem, materialidades e tecnologias para se expressar em diversas expressões artísticas como desenho, pintura, música, dança e teatro, incluindo as artes integradas. Comunicar-se oralmente a respeito das manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como o desenho, a dança, a música, a performance, o jogo teatral, entre outras. Realizar pesquisas acerca de elementos de linguagem, materialidades, processos de criação, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais nacionais e internacionais. D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29 12/08/21 14:2712/08/21 14:27 XXX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 2) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição com leitura de imagens e textos poéticos, com foco na investigação do processo de criação e no desenvolvimento de poéticas pessoais, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos da linguagem da dança – como o uso do espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos), ritmos de movimento (lento, moderado e rápido), formas de movimentos (simetria e assimetria) –, da música – como melodia, duração, altura, intensidade e percussão corporal –, do teatro e das artes circenses – como expressão fisionômica e corporal, criando improvisações na participação de jogos teatrais. Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, participando de ações criadoras nas artes visuais, nos jogos teatrais, na dança, na música e nas brincadeiras circenses. Identificar, explorar e escolher elementos de linguagem e diferentes materialidades para se expressar em diversas linguagens, como as artes visuais, a dança, o teatro, as artes circenses e a música, percebendo o corpo como materialidade expressiva. Comunicar-se oralmente a respeito de manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como o desenho, a dança, o teatro, a música, as artes circenses e as performances. Realizar pesquisas acerca de elementos de linguagem, materialidades, processos de criação e percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas e poéticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais nacionais e internacionais, incluindo as manifestações culturais da arte indígena afrodescendente e linguagens artísticas contemporâneas. D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30 12/08/21 14:2712/08/21 14:27 XXXI O QUE APRENDI NESTE ANO (AVALIAÇÃO FINAL) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Participar de momentos de fruição e leitura de imagem, tendo como proposição o próprio trabalho e os dos colegas, conversando sobre como formulam hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em criações elementos de linguagem das artes visuais (linhas, formas e cores); da dança (uso do espaço, deslocamentos, planos, direções, caminhos, ritmos, movimentos simétricos e assimétricos); da música (ritmo, melodia, timbres, duração, altura, intensidade); do teatro (criação de personagens, uso da voz, gestos, expressões fisionômicas e corporais, improvisações em jogos teatrais e nas artes circenses). Criar nas diferentes linguagens com criatividade e poética, identificando estilos artísticos, explorando a imaginação, os elementos de linguagem e materialidades. Conversar e perceber que os processos de criação, poéticas e expressões acontecem em diferentes linguagens e contextos culturais. Refletir e expressar conhecimentos e habilidades desenvolvidos ao estudar o processo de criaçãoartística e imaginação, arte postal, performance, movimentos e simetrias na dança, artes circenses, canto em cânone, intervenções artísticas, som e vibração e elementos de linguagem musical (ritmo e melodia). Expressar-se oralmente sobre experiências com diferentes linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertório e apreciando o patrimônio cultural nacional e o internacional, percebendo e valorizando as influências das matrizes indígena, africana e europeia na formação da arte e cultura brasileiras. D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31D2_ART-F1-V3-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31 12/08/21 14:2712/08/21 14:27 XXXII TEXTOS COMPLEMENTARES Com o intuito de ampliar os debates sobre alguns temas importantes nos campos da Arte, da Cultura e da Educação, trazemos trechos de textos de legislações e de especialistas que são referências na áreas em que atuam. ⊲ MATRIZES CULTURAIS Como forma de garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como garantir o acesso à escola e a permanência nela, a Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96) – tornaram obrigatório o ensino da história e das culturas afro-brasileiras e indígenas nas escolas brasileiras. Promulgadas após intensa demanda da sociedade, as leis têm o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Assim, após essas alterações, a LDB ficou com a seguinte redação: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. [...] Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. (BRASIL, 1996) ⊲ LUGAR DE FALA O lugar de fala é um conceito que vem sendo construído com a contribuição de várias pessoas. Trata-se de uma ex- pressão que pode possuir vários significados e deve ser estudada a partir de questões complexas. Autoras como Djamila Ribeiro vêm contribuindo com essa reflexão: [...] O falar não se restringe ao ato de emitir palavras, mas de poder existir. Pensamos lugar de fala como refutar a historiografia tradicional e a hierarquização de saberes consequente da hierarquia social. Quando falamos de direito à existência digna, à voz, estamos falando de locus social, de como esse lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendência. [...] [...] entendemos que todas as pessoas possuem lugares de fala, pois estamos falando de locali- zação social. E, a partir disso, é possível debater e refletir criticamente sobre os mais variados temas presentes na sociedade. (RIBEIRO, 2017, p. 36 e 47) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIII ⊲ IGUALDADE E EQUIDADE NA EDUCAÇÃO Na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p. 15-16), afirma-se que, embora se reconheça a legitimidade ao respeito à diversidade cultural de cada localidade do Brasil, na construção dos currículos é preciso haver um esforço comum de todos os educadores brasileiros e da sociedade em sua totalidade para garantir nos currículos escolares de todo o país o compromisso de reverter a situação de exclusão histórica e buscar a construção de uma escola democrá- tica e aberta à pluralidade e à diversidade, esforçando-se para seguir em uma cultura da paz. Ao tratar da igualdade e da equidade, o documento expressa: Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens es- senciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educa- cional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza. O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades educacionais em relação ao aces- so à escola, à permanência dos estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por raça, sexo e condição socioeconômica de suas famílias. Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Edu- cação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigual- dades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudan- tes são diferentes. De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compro- misso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos in- dígenas originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria. Igualmente, requer o compromisso com os alunos com deficiência, reconhecen- do a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146/2015). (BRA- SIL, 2018, p. 15-16) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIV ⊲ DIMENSÕES DO CONHECIMENTO A BNCC faz referência a seis dimensões do conhecimento que devem ser articuladas no ensino de Arte. É importante lembrar que essas dimensões do conhecimento não têm ordem de importância; todas contribuem para uma formação global dos estudantes e devem ser vivenciadas em diversas situações de aprendizagem. São, portanto, um ponto bas- tante relevante a ser estudado e analisado pelos professores que atuam no ensino de Arte. • Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações. • Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas com- preensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais. • Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao própriocorpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão arti- cula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência. • Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada lingua- gem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades. • Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibi- lidade dos sujeitos para a relação continuada com produções artísticas e culturais oriun- das das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais. • Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor. (BRASIL, 2018, p. 194-195) ⊲ A ARTE PROPOSITORA Lygia Clark é sempre lembrada em estudos a respeito da ação propositora. Além dela, mais artistas contemporâneos fizeram esse convite, como Lygia Pape, Hélio Oiticica, Augusto Boal. Artistas que nos apresentaram a ideia de “artista- -propositor”, com a preocupação de nos convidar para percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. A ideia de artista-propositor inspira educadores para a ideia de professor-propositor. Somos os propositores; somos o molde; a vocês cabe o sopro, no interior desse molde: o sentido da nossa existência. Somos os propositores: nossa proposição é o diálogo. Sós, não existimos; estamos a vosso dispor. Somos os propositores: enterramos a obra de arte como tal e solicitamos a vocês para que o pensamento viva pela ação. Somos os propositores: não lhes propomos nem o passado nem o futuro, mas o agora. (CLARK apud DUNN, 2008, p. 143) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXV ⊲ NUTRIÇÕES ESTÉTICAS E CURADORIAS EDUCATIVAS Nesta coleção, trazemos propostas de fruição e leituras de obras artísticas partindo da situação de aprendizagem de nutrição estética e convidamos o professor a ser também um curador educativo. Veja o que expressa Mirian Celeste Martins sobre essas propostas. [...] nutrições estéticas têm gerado múltiplas interpretações e deflagrado discussões que amplia- ram e expandiram para outras direções: quais reproduções de obras nós levamos para nossos alunos? Que músicas escolhemos para que ouçam ou cantem? Que espetáculos de dança ou teatro lhes apresentamos? O que escolhemos para mostrar e com quais critérios? Selecionamos apenas o que gostamos ou obras que nos provocam, que nos causam estranhamento, sobre as quais “sabemos falar” e queremos problematizar para ir além das primeiras impressões? Como propomos os encontros entre educadores/imagens/aprendizes? De onde vêm as imagens que utilizamos? Originais ou reproduções? Essas questões geraram o conceito de curadoria educativa, considerado não uma função ligada aos museus e espaços culturais, mas uma atitude, um modo de operar consciente na escolha criteriosa do que levamos para a sala de aula e das exposições visitadas com nossos alunos. O termo foi cunhado por Luiz Guilherme Vergara, professor dedicado às ações educativas em instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de Niterói, o Centro de Arte Hélio Oiticica/ RJ, o Museu de Arte Moderna/RJ. Para Vergara, a curadoria educativa tem como objetivo: “explo- rar a potência da arte como veículo de ação cultural [...] constituindo-se como uma proposta de dinamização de experiências estéticas junto ao objeto artístico exposto perante um público diversificado”. Para ele, a ideia de experiência estética está intimamente ligada à construção da “consciência do olhar”, como uma “experiência da consciência ativa”. (MARTINS, 2011, p. 313) ⊲ A MEDIAÇÃO CULTURAL Para ressaltar a importância do professor-propositor na mediação e na dinamização cultural, sugerimos a leitura do que escreveram Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque acerca desse tema. No contato com a arte, seja através da leitura de obras, seja através do fazer, como professo- res-pesquisadores nos movemos no território da mediação. Processo delicado que pede uma atenção especial revelada por uma atitude frente à arte e ao outro, seja criança, jovem ou adulto conhecedor ou não do universo artístico. Novas perguntas surgem quando pisamos na seara da mediação. Acreditamos que o outro à nossa frente tem um saber? Confiamos em seu potencial sensível? Compreendemos seus con- ceitos e pré-conceitos desvelados por sua fala, sua gestualidade? Cremos na multiplicidade de leituras da obra de arte? Sobre isso, Pareyson ensina que “a interpretação é sempre, ao mesmo tempo, revelação da obra e expressão de seu intérprete”. E, Panofsky, diz que “a experiência recriativa de uma obra de arte depende não apenas da sensibilidade natural e do preparo visual do espectador, mas também de sua bagagem cultural”. Não há espectador totalmente ingênuo. Portanto, há marcas culturais tatuadas nas pupilas dos olhos dos alunos que não devem ser desprezadas, mas sim incorpo- radas e ampliadas durante a leitura para que novas interpretações e construção de sentido possam ser desveladas. Nesse sentido, o professor-pesquisador enquanto mediador é aquele capaz de alterar as frontei- ras entre o que é conhecido e o que ainda é desconhecido, fazendo com que as informações tran- sitem acopladas aos valores de seu grupo de alunos. (QUARTA BIENAL DO MERCOSUL, 2003, p. 9) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVI ⊲ EXPERIÊNCIAS COM A ARTE Sobre o poder da experiência estética, leia o que pensam os autores Larrosa Bondía e Dewey. Sobre a experiência, Larrosa Bondía escreveu: [...] Começarei com a palavra experiência. Poderíamos dizer, de início, que a experiência é, em espanhol, “o que nos passa”. Em português se diria que a experiência é “o que nos acontece”; em francês a experiência seria “ce que nous arrive”; em italiano, “quello che nos succede” ou “quello che nos accade”; em inglês, “that what is happening to us”; em alemão, “was mir passiert”. A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. Dir-se-ia que tudo o que se passa está organizado para que nada nos aconteça. Walter Benjamin, em um texto célebre, já observava a pobreza de experiências que caracteriza o nosso mundo. Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara. Em primeiro lugar pelo excesso de informação. A informação não é experiência. E mais, a infor- mação não deixa lugar para a experiência, ela é quase o contrário da experiência, quase uma antiexperiência. Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, e toda a retórica destinada a constituir-nos como sujeitos informantes e informados; a informação não faz outra coisa que cancelar nossas possibilidades de experiência. O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo buscando informação, o que mais o preocupa é não ter bastante informação; cada vez sabe mais, cada vez está melhor informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo saber (mas saber não no sentido de “sabedoria”, mas no sentido de “estar informado”), o que consegue é que nada lhe aconteça. [...] (BONDÍA, 2002, p. 21-22) Sobre a experiência estética por Dewey:Vivenciar a experiência, como respirar, é um ritmo de absorções e expulsões. Sua sucessão é pontuada e transformada em um ritmo pela existência de intervalos, períodos em que uma fase é cessada e uma outra é inicial e preparatória. William James fez uma comparação oportuna entre o curso de uma experiência consciente e os voos e pousos alternados de um pássaro. Os voos e pousos ligam-se intimamente uns aos outros; não são um punhado de alçamentos não relacionados, seguidos por alguns saltinhos igualmente não relacionados. Cada lugar de repou- so, na experiência, é um vivenciar em que são absorvidas e incorporadas as consequências de atos anteriores, e, a menos que esses atos sejam de extremo capricho ou pura rotina, cada um traz em si um significado que foi extraído e conservado. Tal como no avanço de um exército, todos os ganhos do que já foi efetuado são periodicamente consolidados, sempre com vistas ao que será feito a seguir. Se nos movemos depressa demais, afastamo-nos da base de suprimen- tos – da acumulação de significados –, e a experiência torna-se agitada, superficial e confusa. Se demoramos demais, depois de haver extraído um valor líquido, a experiência morre de inanição. A forma do todo, portanto, está presente em todos os membros. Realizar e consumar são fun- ções contínuas, e não meros fins localizados em apenas um lugar. O gravador, o pintor ou o escri- tor encontram-se no processo de completar algo a cada etapa de seu trabalho. A cada momento, têm de preservar e resumir o que se deu antes como um todo e com referência a um todo que virá. Caso contrário, não há coerência nem segurança em seus atos sucessivos. A sucessão de feituras no ritmo da experiência confere variedade e movimento; protege o trabalho da mono- tonia e das repetições inúteis. As vivências experimentadas são os elementos correspondentes no ritmo e proporcionam unidade; protegem o trabalho da falta de propósito de uma mera sucessão de excitações. Um objeto é peculiar e predominantemente estético, gerando o prazer característico da percepção estética, quando os fatores determinantes de qualquer coisa que se possa chamar de experiência singular se elevam muito acima do limiar da percepção e se tor- nam manifestos por eles mesmos. (DEWEY, 2010, p. 139-141) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVII ⊲ ABORDAGENS METODOLÓGICAS NO ENSINO DE ARTE Leia o trecho de uma entrevista em que Ana Mae Barbosa fala a respeito da Abordagem Triangular do Ensino de Arte: T.G.S.: Como a senhora percebe a Abordagem Triangular em vista dos conceitos e percepções presentes no termo professor/artista? A.M.B.: Eu vejo a Abordagem Triangular como uma bússola. Essa imagem, na verdade, não é minha, é de Regina Machado. Por onde começar? Problema da relação professor-aluno, é o pro- fessor em relação com o aluno. O professor em uma turma pode começar pelo fazer, em outra turma pela leitura, em outra pela contextualização. A Abordagem Triangular é isso, ela não sai dando receita. E o artista, o que faz? Eu parti um pouco dessa pergunta e do que estava no ar no pós-moder- nismo. E o que estava no ar era a importância da imagem. Portanto, negar a imagem na sala de aula era um absurdo total, como se fazia. O aluno poderia desenhar, pintar, fazer uma insta- lação, fotografar, ver as fotografias de seus colegas, mas não poderia ver as fotografias de um Sebastião Salgado, de um Cartier Bresson. Por quê? Porque havia o medo, o terror da cópia, mas, podemos argumentar com alguns teóricos que não há uma cópia absoluta, não é possível uma cópia idêntica. Portanto, mesmo que você queira copiar, até mesmo sendo um falsário, dá para descobrir que é falsa. O livro Abordagem Triangular no ensino das Artes Visuais, que eu fiz com a Fernanda, foi um livro meio movido a desespero. Eu estava muito desesperada com a tradução que fizeram da Abordagem Triangular, de releitura. Eu não falava no texto do livro A Imagem no Ensino da Arte nenhuma vez em releitura. Caí na bobagem de colocar na legenda “releitura de Maria Martins...”. Como não liam o livro e liam só as legendas, começaram a fazer releitura, cópia mesmo. Eu estou me sentindo um monstro, porque estou fazendo a Arte Educação voltar atrás cinquenta anos, realmente me desesperou. Mas em um congresso em Medellín, na Colômbia, eu vi um professor espanhol dizer isso: “Se a Abordagem Triangular não tivesse sido lançada por uma professora latino-americana, ela já estaria ganhando o mundo”. Falei com Fernanda, vamos procurar! Então, muito animada, comecei a pedir artigos. O livro só tem um artigo que foi escrito especialmente para ele. O resto é tudo artigo que já existia, já estavam escritos. [...] [...] acho a contextualização, eu acho que na Abordagem Triangular é uma coisa absolutamente imprescindível. Para viver no mundo, para estar no mundo, você tem que se contextualizar e contextualizar aquilo que você vive, aquilo que você conhece, enfim. Então, a gente vive depen- dendo dos contextos para tomar posição, e educação é contexto. [...] a contextualização absolutamente básica para qualquer tipo de aprendizagem, especial- mente a da imagem, que você não traduz facilmente por palavras, nem a função do Ensino da Arte é fazer traduzir em palavras as imagens. Mas é importante também que você construa verbalmente um equivalente de interpretação pela imagem. (SILVA, 2016, p. 153-156) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVIII ⊲ A LEITURA DE IMAGEM Há várias tendências sobre abordagens metodológicas pensadas para o momento de fruição e leitura de imagens. Entre eles, destacamos Robert William Ott, que estruturou um sistema de leitura de imagens que ficou conhecido como Image Watching (olhando, observando, trabalhando a imagem). Maria Emilia Sardelich sistematiza os seis momentos do processo proposto por Ott: [...] Sua metodologia foi configurando-se em função dos desafios que enfrentava como profes- sor responsável pela prática de ensino e de estágio supervisionado, no departamento de arte e educação de sua universidade, diante de uma plateia heterogênea quanto ao conhecimento e às vivências artísticas e museológicas. Inspirado em John Dewey e Edmund Feldman, Ott utilizou o gerúndio (watching) para nomear seu sistema de apreciação, para deixar claro que se tratava de um processo, articulado em seis momentos: • aquecendo (ou sensibilizando): o educador prepara o potencial de percepção e de fruição do educando; • descrevendo: o educador questiona sobre o que o educando vê, percebe; • analisando: o educador apresenta aspectos conceituais da análise formal; • interpretando: o educando expressa suas sensações, emoções e ideias, oferece suas respostas pessoais à obra de arte; • fundamentando: o educador oferece elementos da História da Arte, amplia o conhecimento, e não o convencimento do educando a respeito do valor da obra; • revelando: o educando revela através do fazer artístico o processo vivenciado. (SARDELICH, 2006, p. 455) ⊲ O MOVIMENTO NA DANÇA Leia a seguir uma contribuição de Rudolf Laban sobre as possibilidades do movimento. O movimento, portanto, revela evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado ou da bus- ca de um objeto dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas e ritmos mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma reação, como atributos mais constantes da personalidade. O movimento pode ser influenciado pelo meio ambiente do ser que se move. É assim que, por exemplo, o meio no qual ocorre uma ação dará um colorido particular aos movimentos [...]. (LABAN, 1978, p. 20-21) ⊲ OS JOGOS TEATRAIS Sobre os jogos teatrais, Viola Spolin expressa que: [...] A oficina de teatro pode tornar-se um lugar onde professor e alunos encontram-secomo parceiros de jogo, envolvidos um com o outro, prontos a entrar em contato, comunicar, experi- mentar, responder e descobrir. Os jogos teatrais podem trazer frescor e vitalidade para a sala de aula. As oficinas de jogos tea- trais não são designadas como passatempos do currículo, mas sim como complementos para a aprendizagem escolar, ampliando a consciência de problemas e ideias fundamental para o desenvolvimento intelectual dos alunos. [...] As oficinas de jogos teatrais são úteis ao desenvolver a habilidade dos alunos em comunicar-se por meio do discurso e da escrita, e de formas não verbais. São fontes de energia que ajudam os alunos a aprimorar habilidades de concentração, resolução de problemas e interação em grupo. (SPOLIN, 2010, p. 29) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIX ⊲ IDEIAS PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL A seguir, o texto de Fonterrada aborda o pensamento de Murray Schafer, expressando três eixos para a compreensão do pensamento desse músico e educador canadense. [...] Para que o leitor brasileiro possa se aproximar de suas ideias e compreender as posições defendidas por Murray Schafer, destacam-se aqui três eixos que caracterizam seu pensamento e podem ser encontrados, aberta ou veladamente, em sua produção: a relação som/ambiente, a confluência das artes e a relação da arte com o sagrado. [...] O primeiro eixo a ser destacado, a relação entre som e meio ambiente, concentra o foco de in- teresse de Schafer que, para caracterizá-la, criou a palavra soundscape, traduzida nos países de língua latina como “paisagem sonora”. [...] O segundo eixo, a confluência das artes, é um ideal cultivado por Schafer no novo gênero criado por ele, intitulado Teatro de Confluência e que faz questão de diferenciar de outras formas de integração de linguagem. [...] A relação entre a arte e o sagrado constitui o terceiro eixo das caraterísticas da obra schaferiana. Essa temática foi explorada por Fonterrada em duas obras: Música e meio ambiente: a ecologia sonora e O lobo no labirinto: uma incursão à obra de Murray Schafer. [...] (FONTERRADA, 2012, p. 277-280) Nos anos 1970, o educador musical inglês Keith Swanwick formulou sua proposta de desenvolvimento musical espiral, intitulada CLASP, que no Brasil foi traduzida para a sigla “TECLA”. Veja o que ele diz em uma entrevista dada a uma revista brasileira em 2010. Que aspectos devem ser considerados no ensino de música nas escolas? [SWANWICK] O fundamental é que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. Nos anos 1970, resumi essa ideia na expressão inglesa clasp. Além de ser uma sigla, um dos sen- tidos dessa palavra em português é “agregar”. Proponho que há três atividades principais na música, que são compor (a letra C, de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela aquisição de habilidades (S, de skill aquisition). (No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T de técnica, E de execução, C de compo- sição, L de literatura e A de apreciação.) Qual a vantagem de trabalhar nessa perspectiva? [SWANWICK] Um ponto forte é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instru- mentos, por exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está ensinando Música. Acontece que a história não é música – ela é sobre música. O mesmo excesso pode ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpre- tes ou outros que apenas colocam CDs para a apreciação. (GONZAGA, 2010) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XL REFERÊNCIAS COMENTADAS5 • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017a. No livro-CD, são abordadas as tradições dos vários povos indígenas viventes no Brasil, considerando cuida- dosamente a variedade cultural desses povos. O material contém propostas práticas, acompanhadas de áudio e de transcrição em partitura de músicas relacionadas a nove povos indígenas. • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis, 2017b. O livro traz informações e propostas práticas elaboradas com base nas três principais matrizes culturais do Brasil, a indígena, a africana e a portuguesa, explicitando seus papéis, suas histórias e seus diversos instrumentos. As músicas trabalhadas foram disponibilizadas na internet e podem ser acessadas por QR Code. • AMARAL, Ana Maria. O ator e seus duplos: máscaras, bonecos, objetos. São Paulo: Senac, 2004. A obra de Ana Maria Amaral é essencial para o estímulo a situações de aprendizagem e para a elaboração de projetos didáticos teatrais, seja por meio de jogos, improvisações ou apresentações, com máscaras, bonecos e objetos. • ANTUNES, Arnaldo; TATIT, Paulo. O seu olhar. In: ANTUNES, Arnaldo. Ninguém. São Paulo: BMG, 1995. 1 CD, faixa 9. Canção composta por Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, lançada no álbum Ninguém, em 1995. A canção pode ser entendida na perspectiva do amor romântico, ao se perceber a menção ao olhar da pessoa amada, mas a interpretação pode ser ampliada para discutir como a abertura ao olhar do outro pode enriquecer variadas relações interpessoais. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com. br. Acesso em: 10 jun. 2021. O site da Abem publica textos de educadores importantes para o ensino da música, que pesquisam e escrevem sobre esse tema. As várias edições da revista Música na Educação Básica trazem textos que analisam e propõem metodologias e fundamentos para o ensino de música no Brasil. Os professores podem ter acesso aos textos e a outros materiais disponíveis em: http://abemeducacaomusical. com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive (acesso em 10 jun. 2021). • BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2009. A obra é um marco no ensino de arte no Brasil. Nela é apresentada a Abordagem Triangular de Ensino, compre- endendo os contextos social, cultural e educacional, além de serem apresentadas suas propostas metodológicas. Analisa também propostas para desenvolver a fruição e a leitura de imagens com os estudantes. • BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002. Essa obra reúne textos de pesquisadores sobre temas relacionados ao ensino de arte, como formação de professores, uso de tecnologias na educação, interdisciplinaridade e multiculturalidade. • BARBOSA, Ana Mae; AMARAL, Lilian (org.). Interterri- torialidade: mídias, contextos e educação. São Paulo: Senac, 2008. O livro reúne textos de pesquisadores que narram suas experiências ao trabalhar com a noção de espaços frontei- riços – não só entre formas de linguagem, mas também entre meios e contextos. Conta com o texto de Rita Irwin, “A/r/tografia: uma mestiçagem metonímica”, que discute a condição de mestiçagem de ações entre o campo artístico, a investigação e a ação de ensinar. • BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane G. (org.). Arte/ Educação como mediação cultural e social. São Paulo: Editora Unesp, 2009. Essa obra analisa propostas para o ensino de arte e para a mediação cultural no Brasil. • BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000. Um livro básico para quem quer conhecer mais sobre o teatro, seu vocabulário, suas técnicas e sua história. • BOLSANELLO, Débora Pereira. Educaçãosomática: o corpo enquanto experiência. Motriz, Rio Claro, v. 11, n. 2, p. 99- 106, maio/ago. 2005. Disponível em: https://www.rc.unesp. br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. No artigo, Débora Bolsanello apresenta uma definição de educação somática. A autora toma como base a ideia de corpo como experiência. Partindo de uma reflexão do corpo na história do Ocidente, discute três aspectos prin- cipais da educação somática: o aprendizado pela vivência, a sensibilização da pele e a flexibilidade da percepção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 40D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 40 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf XLI • BONDÍA, Jorge Larrosa. Linguagem e educação depois de Babel. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. Nessa conferência proferida no I Seminário Internacional de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação partindo das noções de experiência e sentido. • BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, jan./abr. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. Nessa conferência, proferida no I Seminário Internacio- nal de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação a partir das noções de experiência e sentido. • BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Lei que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, determinando normas para os diferentes segmentos de ensino em todo o território nacional. • BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, incluindo no currículo oficial o estudo obrigatório de história e cultura afro-brasileira. • BRASIL. Lei no 11.645, de 10 março de 2008. Brasília: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do estudo da história e cultura indígena. • BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 9 abr. 2021. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz pro- posições e embasamentos curriculares materializados em competências e habilidades específicas em cada área do conhecimento, para garantir as aprendizagens essenciais. Nas páginas 193 a 203 estão as orientações para o componente curricular Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O documento orienta a base curricular de todas as esco- las das redes de ensino (públicas e privadas) em todos os níveis de escolarização do país e suas diretrizes, a serem contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. • BRASIL. Ministério da Educação. Canta pra mim. In: Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019a. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/ canta-pra-mim. Acesso em: 28 jun. 2021. Iniciativa da Secretaria de Alfabetização (Sealf), do Ministério da Educação (MEC), em que artistas brasileiros interpretam canções populares. • BRASIL. Ministério da Educação. Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019b. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim. Acesso em: 28 jun. 2021. Programa do Ministério da Educação cujo objetivo é incentivar a literacia familiar, promovendo interação, conversa e leitura entre pais e filhos. • BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Seppir, 2004. Esse documento apresenta os marcos legais das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico- -raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, de acordo com a homologação do Parecer no 03/2004, de 10 de março de 2004. • BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: SEF, 1998. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são diretrizes elaboradas para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais concernentes a cada componente curricular. • BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019c. Disponível em: http:// alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. Trata-se do Plano Nacional de Alfabetização, estabele- cido no Decreto no 9.765, que instituiu as diretrizes para a alfabetização no território brasileiro. O documento dá ainda voz a especialistas como Maria Regina Maluf, bus- cando elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro. • BRITO, Teca Alencar de. Um jogo chamado música: escuta, experiência, criação, educação. São Paulo: Peirópolis, 2019. Em uma abordagem pedagógico-musical livre e criativa, o livro traz várias ideias e proposições pedagógicas para explorar a música na educação de crianças. • COSTA, Wagner. Palhaçaria. São Paulo: Moderna, 2012. (Coleção Girassol). A arte brincante do personagem palhaço é trabalhada de modo lúdico para incentivar professores, familiares e estudantes a conhecer mais sobre essa arte. A proposta é aprender a arte da palhaçaria brincando na escola ou com a família. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf XLII • D’AMBROSIO, Ubiratan. A transdisciplinaridade como uma resposta à sustentabilidade. Revista Terceiro Incluído, v. 1, n. 1, p. 1-13, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.5216/ teri.v1i1.14393. Acesso em: 25 jun. 2021. No artigo, o autor questiona conceitos analíticos da perspectiva positivo-cartesiana e propõe como método a transdisciplinaridade, que cruza os limites entre as culturas e os componentes curriculares. • DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimentos. São Paulo: Cosac Naify, 2003. O livro apresenta um panorama da arte moderna a partir do Impressionismo. • DEWEY,John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010. Essa obra é um marco no estudo da experiência estética no Brasil, influenciando pesquisas e ações mediadoras em museus e escolas. O autor observa a recepção do objeto artístico pelo observador, o que possibilita a sua existência e a criação de processos artísticos com base em seus interesses. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. Fundamentos estéticos da educação. 2. ed. Campinas: Papirus, 1988. Nesse livro, o autor explora o tema da aprendizagem considerando as premissas básicas do conhecimento, como o sentir e o pensar. Apresenta, ainda, os conceitos de estesia e de experiência estética. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001. O livro defende uma educação para a sensibilidade que valoriza o pensar, o sensível e os estudos para compreender o estado de estesia e de anestesia. • DUNN, Christopher. “Nós somos os propositores”: vanguarda e contracultura no Brasil, 1964-1974. ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n.17, p. 143-158, jul./dez. 2008. Nesse artigo, o autor parte da questão de como as vanguardas brasileiras atuaram no período da ditadura militar, refletindo sobre a relação entre o neoconcretismo e a contracultura. • ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra reúne ensaios sobre a ambiguidade que os artistas buscam alcançar em suas produções, visando principalmente à indeterminação de resultados. • FAZENDA, Ivani Catarina (org.). O que é interdisciplinari- dade? São Paulo: Cortez, 2008. O livro tem treze capítulos, de vários autores, que apresentam reflexões, premissas e conceitos sobre a interdisciplinaridade, desde a formação do professor até a ação docente. Nesta coleção, na seção Diálogos, é proposta a interdisciplinaridade e o trabalho com temas transversais contemporâneos. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora Unesp, 2008. Apresenta estudos e proposições didáticas para o acesso dos estudantes à linguagem da música, utilizando-se da iniciação ativa e lúdica por meio de canções, jogos de escuta, improvisações, ritmo e movimentos corporais. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Raymond Murray Schafer: o educador musical em um mundo em mudança. In: MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz (org.). Pe- dagogias em educação musical. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 275-303. Em um capítulo que integra a obra Pedagogias em educação musical, a autora apresenta uma análise do pensamento e das proposições pedagógicas do educador musical Raymond Murray Schafer. • FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2011. No livro, Paulo Freire defende a importância da leitura e da alfabetização de jovens e adultos, que considera uma prática fundamental para a compreensão do mundo. A obra trata o ato de ler como uma integração entre a leitura de mundo e a leitura da palavra e serve de base para a abordagem triangular do ensino de arte proposta por Ana Mae Barbosa, que relaciona também o ato de ler com a leitura de imagens ou as leituras em outras linguagens artísticas. • GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Nessa obra, Roger Garaudy reflete sobre a dança como símbolo do ato de viver, destacando as transformações históricas nos modos de dançar e relacionando a dança moderna não apenas à arte, mas a uma expressão do ser humano em sua relação com a sociedade e a natureza. • GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 1995. Nessa obra, Howard Gardner explica como se dá o processo de aprendizagem e apresenta o conceito de inteligências múltiplas na ação pedagógica. • GHIRALDELLI JÚNIOR, P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1990. O livro analisa a história da educação brasileira destacando acontecimentos, políticas, produções de documentos e leis e seus impactos educacionais. • GONZAGA, Ana. Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas. Nova Escola, 1o jan. 2010. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick- fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas. Acesso em: 30 jun. 2021. Entrevista com o educador musical Keith Swanwick em que são abordadas questões importantes sobre o ensino de música nas escolas. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas XLIII • GRADA Kilomba: desobediências poéticas. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019. Trata-se de uma análise da exposição “Grada Kilomba: desobediências poéticas”, realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo. O trabalho de Kilomba questiona as coleções nos museus e as concepções tradicionais sobre a história da arte. • HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000. Nessa obra, o autor narra experiências de alguns professores que contribuíram para a expansão dos conhecimentos sobre a cultura visual na educação básica. • HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2007. Nessa obra, o autor visa transgredir as amarras que impedem o pensamento autônomo instaurando uma nova relação educativa, baseada na colaboração em sala de aula. • HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 34. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004. Trata-se de uma obra que discute a avaliação me- diadora nos diferentes segmentos de ensino, conside- rando metodologia, atuação do professor, correção e elaboração. • IAZZETTA, Fernando. Música e mediação tecnológica. São Paulo: Fapesp: Perspectiva, 2009. O livro aborda acontecimentos ligados à música e à tecnologia no século XX, com foco nas transformações da fonografia, a arte de gravar sons. A obra passa por três períodos: a emergência da tecnologia; o início de seu uso criativo e a difusão dessas possibilidades criativas, com destaque para a popularização dos computadores. • KASTRUP, Virgínia. O funcionamento da atenção no traba- lho do cartógrafo. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. A obra discute a pertinência do método da cartografia, destacando-se o papel da prática e do trabalho de campo para a construção do conhecimento. • KOUDELA, Ingrid D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2009. Nessa obra, Ingrid Koudela apresenta uma série de exercícios e jogos teatrais para crianças e jovens, apoiada em pesquisas brasileiras sobre teatro e educação, com base em grandes autores como Spolin, Piaget e Languer. • LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978. O autor propõe que o conhecimento dos movimentos do corpo, mesmo os cotidianos, e a consciência corpórea podem ampliar a percepção e a expressão de movimentos na dança e na vida. • LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 21. ed. São Paulo: Loyola, 2008. Nessa obra, o autor formula orientações para o fazer pedagógico-crítico, a fim de que o docente da escola pública possa repensar sua didática, levando em consi- deração a psicologia da aprendizagem e a metodologia de ensino. • LOPES, A. L. de S.; HARDAGH, C. C.; VIEIRA, M. M. da S. Formação de professores: espaços colaborativos para experiências de imersão. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. 8. Anais [...]. Aracaju: UniversidadeTiradentes, 2017. A educadora Claudia Coelho Hardagh propõe uma escola expandida, que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências criativas e educativas possam acontecer. • LOUREIRO, Maristela; TATIT, Ana. Brincadeiras cantadas de cá e de lá. São Paulo: Melhoramentos, 2013. (Série Brinco e Canto). Trata-se de uma obra que propõe preservar as tradições lúdicas e musicais da cultura infantil brasileira. • LOURO, Viviane dos Santos; ALONSO, Luís Garcia; ANDRADE, Alex Ferreira de. Educação musical e deficiência: propostas pedagógicas. São José dos Campos: Estúdio Dois, 2006. O livro apresenta ideias e propostas metodológicas para o ensino de música no contexto da inclusão e da educação da pessoa com deficiência. • MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Melhoramentos, 1993. Trata-se de uma obra que apresenta estudos sobre a linguagem do cinema. Aborda importantes aspectos da sétima arte, podendo auxiliar em investigações sobre essa linguagem também no contexto da escola. • MARTINS, Miriam C. Arte, só na sala de aula? In: Revista Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 3, p. 311-316, set./dez. 2011. O artigo convida a refletir sobre percorrer trajetos em encontros com a arte, analisando tendências e proposições para o ensino de arte na escola e fora dela. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. A aventura de planar numa DVDteca. Instituto Arte na Escola, 3 dez. 2012. Disponível em: http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/ artigos/artigo.php?id=69345. Acesso em: 25 jun. 2021. O artigo investiga a produção de material educativo e as escolhas envolvidas na DVDTeca Arte na Escola, explorando os conceitos de “rizoma” e “desterritorialização” formulados pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 XLIV • MARTINS, Mirian. C.; PICOSQUE, Gisa. Cadernos para o professor-propositor. São Paulo: Instituto Arte na Escola, 2004. Os cadernos foram criados para orientar professores quanto ao uso do material da DVDteca do Instituto Arte na Escola. Eles trazem discussões sobre professor-propositor, cartografias e pensamento rizomático. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. Travessia para fluxos desejantes do professor-propositor. In: OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org.). Arte, educação e cultura. Santa Maria: UFSM, 2007. Do universo da arte para o ensino e a aprendizagem da arte, a ideia de artista-propositor é ampliada para a de professor-propositor, definido com base em pesquisas e publicações das educadoras, que entendem o professor como um escavador de sentidos na proposição pedagógica no ensino de arte. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Mediação cultural para professores andarilhos na cultura. São Paulo: Intermeios, 2012. As autoras abordam as diferentes formas de atuação envolvidas na mediação cultural, considerando a diversidade de situações e lugares em que ela ocorre. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 2010. A obra propõe construções e reflexões sobre conceitos para o ensino contemporâneo de arte, considerando aspectos próprios das linguagens artísticas. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. • MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene. Cultura visual e infância: quando as imagens invadem a escola. Santa Maria: UFSM, 2010. O livro apresenta estudos e análises da relação entre cultura visual e infância, ressaltando a influência das imagens na fruição e nas ações criativas de crianças. • MONTEIRO, Marianna Francisca Martins. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: Terceiro Nome, 2011. Discute a dança no contexto da cultura popular tra- dicional brasileira, debruçando-se especialmente sobre o folguedo do congo, em sua história e contemporaneidade. • OSTROWER, Fayga. Criatividade e processo de criação. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. Nessa obra, a criatividade, que envolve percepção, intuição e imaginação, é vista como potencial existente em todos os seres humanos. • OTT, Robert Wilson. Ensinando crítica nos museus. In: BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997. O capítulo apresenta metodologias para a leitura de imagens. Já o livro como um todo reúne pesquisas de relevantes autores que analisam o impacto da influência estrangeira na passagem do ensino modernista da arte para o seu ensino contemporâneo. • PILLAR, Analice Dutra (org.). Educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. Essa obra reúne textos sobre o papel do docente na prática de leitura de imagens das artes plásticas, considerando seus debates teóricos. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. A prática artística docente como metodologia para a formação de professores. Revista Clea, v. 1, p. 50-57, 2015. Esse artigo frisa a importância das pesquisas sobre as relações pedagógicas contidas no ensino de arte, conside- rando experiências em diferentes espaços de aprendizagem. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Tecnologias contemporâneas e o ensino da arte. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. Para Lucia Gouvêa Pimentel, surgiram muitas possibilidades para conhecer e criar arte por meio do uso de tecnologias. Entretanto, sem um trabalho consistente por parte dos edu- cadores, somente o uso dessas tecnologias não garantirá o aprendizado do estudante nem seu desenvolvimento artístico. • QUARTA BIENAL DO MERCOSUL. Inventário dos achados: o olhar do professor-escavador de sentidos. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2003. Material de ação educativa elaborado para a 4a Bienal do Mercosul, em que Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque discutem o papel do professor na mediação cultural. • RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. O livro discute as práticas pedagógicas com base na trajetória do professor e militante Joseph Jacotot, o que leva à reflexão sobre o princípio de igualdade das inteligências. • REILY, Lucia. O ensino de artes visuais na escola no contexto da inclusão. Cadernos Cedes, Campinas, v. 30, n. 80, p. 84- 102, jan.-abr. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/ pdf/ccedes/v30n80/v30n80a07.pdf. Acesso em: 11 jun. 2021. Esse artigo aborda o ensino de artes visuais levando em conta a inclusão e apresenta ao professor uma proposta de trabalho de ateliê e fruição para ser desenvolvida com os estudantes. • RENGEL, Lenira Peral et al. Elementos do movimento na dança. Salvador: UFBA, 2017. Disponível em: https://repositorio. ufba.br/ri/handle/ri/26148. Acesso em: 10 abr. 2021. Publicação produzida no contexto do curso de licenciatura em Dança da UFBA, em modalidade a distância, que aborda os elementos do movimento na dança e é fundamentada principalmente no legado de Rudolf Laban. • RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. (Feminismos Plurais). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44 08/08/21 10:3408/08/21 10:34 https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 XLV O livro explora o conceito de “lugar de fala” a fim de romper com o discurso hegemônico, viabilizando a multiplicidade de opiniões. • RIOS, Terezinha Azerêdo. Compreendere ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2013. A autora trabalha conceitos relacionados à prática educativa propondo uma discussão sobre as formas de avaliar a qualidade da educação nas escolas. • SALLES, Cecília A. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: Fapesp: Annablume, 2007. O livro apresenta reflexões sobre o processo de criação e as poéticas artísticas. • SANTAELLA, Lúcia. Como eu ensino: leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012. Nesse livro, a autora oferece recursos didáticos para que os professores conheçam conceitos fundamentais para a interpretação e a percepção de imagens. • SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Proposta curricular do estado de São Paulo: Arte. São Paulo: SEE, 2008. Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/ Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010. pdf. Acesso em: 2 jul. 2021. Esse documento traz a voz de especialistas a fim de atender à necessidade do ensino em todo o estado. Propõe uma ação integrada e articulada, dando subsídios para que os profissionais se aprimorem. • SARDELICH, Maria Emilia. Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 128, p. 451-472, maio/ago. 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-15742006000200009. Acesso em: 30 jun. 2021. Nesse artigo, a autora apresenta alguns conceitos que embasam propostas de leitura de imagens e cultura visual, comparando referenciais teóricos de diversas áreas do conhecimento. • SCARASSATTI, Marco Antônio F. Walter Smetak: o alquimista dos sons. São Paulo: Perspectiva: Edições Sesc, 2008. O autor faz uma análise do trabalho do músico, artista e autor de esculturas sonoras e instrumentos Walter Smetak, que nasceu na Suíça, mas viveu e desenvolveu boa parte de sua obra no Brasil. O texto chama a atenção para a importância desse músico na área da pesquisa musical e sonora conhecida como plásticas sonoras. • SCHAFER, Murray. A afinação do mundo. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2012. O autor apresenta o termo “paisagem sonora” e analisa como vivemos em meio ao ambiente sonoro contemporâneo, submerso em sons agradáveis e desagradáveis, fortes e fracos, percebidos ou ignorados. Faz comparações entre sons naturais e sons artificiais atuais e antigos, relacionando mundo, som, indivíduo e sociedade. • SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2000. Apresenta proposições para o ensino da música, com a intenção de desenvolver uma escuta sensível, atenta e, ao mesmo tempo, lúdica, uma escuta baseada em experiências significativas, que proporcione a percepção e a fruição de sons e de música. • SILVA, Tharciana Goulart da. Entrevista com Ana Mae Barbosa. Revista Apotheke, Santa Catarina, v. 2, n. 2, p. 143-156, jul. 2016. Nessa entrevista, Ana Mae Barbosa fala sobre a importância da prática poética na atuação docente. • SOUZA, Jusamara. Aprender e ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2016. Os textos analisam o ensino contemporâneo da música, em especial no Brasil. Apresenta ideias e propostas que defendem a educação musical em todos os níveis da educação básica. • SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra apresenta os fundamentos para o trabalho com jogos teatrais na escola, bem como ressalta sua importância. Além disso, mostra como é estruturado e praticado o jogo teatral. • SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. Trata-se de um livro que tem ajudado os professores a compreender e trabalhar com jogos teatrais na escola. A obra oferece inúmeros exercícios e jogos teatrais, para que, praticando o teatro, seja possível avaliar de forma prática a construção de competências e habilidades do educando. • VERGARA, Luiz Guilherme. Curadoria educativa: percepção imaginativa/consciência do olhar. In: CERVETTO, Renata; LÓPEZ, Miguel A. (org.). Agite antes de usar. São Paulo: Edições Sesc, 2018. Nesse texto, o autor explora as relações entre filosofia, arte e educação, discutindo a recepção e a interpretação da arte pelos observadores. • VIADEL, Ricardo Marín; ROLDÁN, Joaquín. Arte para aprender. Granada: Editorial de la Universidad de Granada, 2017. Trata-se de um projeto de ensino artístico realizado em museus de arte contemporânea na cidade de Granada, na Espanha, seguindo a abordagem da a/r/tografia visual. • VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas: Papirus, 2004. O livro discute as possibilidades de uso do portfólio como modo de avaliação formativa, que deve refletir o processo de aprendizagem do estudante em vez de classificá-lo. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf https://www.scielo.br/j/cp/a/tQws4zsftqmGxhq3XqVJTWL/?lang=pt XLVI CONHEÇA SEU MANUAL INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, são trabalhados campos conceituais que propõem es- tudos das linguagens artísticas (músi- ca, dança e teatro), além da integra- ção interdisciplinar com as artes visuais por meio de leituras de obras artísti- cas, imagens de cenas de espetáculos e objeto artístico e pela criação de de- senhos e esculturas sonoras. Apresentamos os elementos de linguagem básicos nestas áreas e a noção de que cada linguagem tem os próprios códigos. Assim, conhecê-los abre espaço tanto para fruição e este- sia como para criação, crítica, expres- são e reflexão. A arte é estudada como produ- ções culturais e estéticas que têm suas materialidades e formas nas quais podemos conhecer e expressar mo- vimentos, parâmetros sonoros, ritmo e pulso, expressões corporais, linhas, formas, cores, espaços etc. A arte contemporânea é apresen- tada em construções de experimentos musicais, dança e espetáculos, assim como a música popular tradicional, as brincadeiras cantadas e as manifesta- ções culturais também são trabalhadas. Os conceitos em foco nesta unidade são: corpo; movimento; ritmo; pulsa- ção; música e dança; expressão corpo- ral; onomatopeia; silêncio; percussão corporal; fontes sonoras; objetos so- noros; parâmetros sonoros; elementos constitutivos e as propriedades sonoras da música; instrumentos musicais da cultura brasileira; brincadeira musical; formas e gêneros de expressão musical; arte contemporânea; manifestações ar- tísticas e culturais; jogos e brincadeiras; ações, consciência e expressão corporais; gestos, improvisos, imitação e contação de histórias; imaginação e encenação; produção de instrumentos; elementos teatrais, entonações de voz e diferentes fisicalidades; desenho como forma de expressão artística; e cantiga popular. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de frui- ção com leitura de imagens e textos poéticos, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões e respei- tando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem da música (pa- râmetros sonoros como timbres, dura- ção, altura, intensidade dos sons, ritmo e melodia); do teatro (entonações de voz, diferentes fisicalidades, construção de personagens, narrativas, expressões e gestos); e da dança (uso do espaço para deslocamentos, planos, direções, caminhos, ritmos de movimento lento, moderado, rápido, entre outros). • Criar com autonomia, criatividade e po- ética em diferentes linguagens, participan- do de ações criadoras nas artes visuais, nos jogos teatrais, na dança, em brincadeiras musicais e com notações musicais criativas. • Identificar,explorar e escolher dife- rentes materialidades para se expressar em diversas linguagens como as artes visuais, a música, o teatro, a dança, in- cluindo as manifestações em artes inte- gradas como as esculturas e instalações sonoras, percebendo também que o corpo é materialidade expressiva. • Comunicar-se oralmente a respeito de manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como a dança, a música, o teatro, as artes visuais e as propostas lú- 64 Coisas e sons 1101-ART-V1-U2-C3-LA-F008 Movimento Música e dança INSTI TU TO C AR YB É / C O PY RI G JH TS C O N SU LT O RI A MAURO KURY IN ÊS C O RR EA EXPRESSÃO CORPORAL 82 80 90 106 G UT O M UN IZ 6565 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 CAPÍTULO 3 • CORPO, SOM E MOVIMENTO CAPÍTULO 4 • CORPO EXPRESSIVO OBSERVE AS IMAGENS E ACOMPANHE A LEITURA DAS PALAVRAS. O QUE SERÁ QUE VAMOS ESTUDAR? JÁ PENSOU EM TUDO O QUE O NOSSO CORPO É CAPAZ DE FAZER, VER, OUVIR, CANTAR? EM COMO SE MOVIMENTA E SENTE O MUNDO? COM O CORPO, DESCOBRIMOS A ARTE QUE ESTÁ EM NÓS. O QUE VOCÊ SABE SOBRE O CORPO E A ARTE? 1. VAMOS PROCURAR ESTAS IMAGENS NO LIVRO? ESCREVA, NO QUADRINHO PERTO DE CADA IMAGEM, O NÚMERO DA PÁGINA EM QUE VOCÊ A ENCONTROU. Ritmo e PulsaçãoCorpo CL AU DI A M AR IA N N O AC ER VO D O G RU PO Â N G EL O M AD UR EI RA & AN A CA TA RI N A VI EI RA 94 79 6464 2 unidade O corpo e a arte D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64 09/08/21 20:5309/08/21 20:53 ⊲ INTRODUÇÃO À UNIDADE Indica os objetivos pedagógicos da unida- de e os pré-requisitos pedagógicos. Introduz conteúdos, conceitos e atividades e como es- tas se relacionam com os objetivos e os pré- -requisitos pedagógicos para sua realização. ⊲ BNCC Indica as habilidades da Base Nacional Co- mum Curricular trabalhadas nas propostas do Livro do Estudante e nos desdobramentos sugeridos neste manual. ⊲ ORGANIZE-SE Sugestões didáticas para o levantamento de saberes dos estudantes ou para contextualizar a sequência de conteúdos e atividades. Pode con- ter a relação de materiais que o professor terá de providenciar com antecedência para realizar as propostas. ⊲ ROTEIRO DE AULA Comentários e orientações para apoiar o pla- nejamento docente. Nesse tópico, também são aprofundados conceitos trabalhados no Livro do Estudante e são apresentadas informações com- plementares. Respostas, sugestões de respostas e algumas orientações didáticas mais específicas, isto é, aquelas que auxiliam no dia a dia da sala de aula, encontram-se em magenta em cada página do Manual do Professor, mas podem ser mais de- talhadas nesse tópico. ⊲ BNCC (EF15AR13) Identificar e apreciar cri- ticamente diversas formas e gêneros de expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de cir- culação, em especial, aqueles da vida cotidiana. (EF15AR14) Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brinca- deiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apre- ciação musical. (EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corpo- ral), na natureza e em objetos cotidia- nos, reconhecendo os elementos cons- titutivos da música e as características de instrumentos musicais variados. (EF15AR17) Experimentar improvisa- ções, composições e sonorização de histórias, entre outros, utilizando vo- zes, sons corporais e/ou instrumentos musicais convencionais ou não con- vencionais, de modo individual, cole- tivo e colaborativo. ORGANIZE-SE Serão propostas atividades em que o próprio corpo será a materialidade. Propor um espaço amplo que permita aos estudantes realizar movimentos corporais livres. ROTEIRO DE AULA Conversar sobre o termo percus- são, explicando aos estudantes que se refere a um choque resultante da ação de um corpo sobre outro. Na música, percussão é criar sons por meio de impacto, raspagem ou agita- ção, como bater em um tambor, agi- tar um chocalho, tocar um reco-reco. Outras ações também podem fazer nascer um som de percussão, por exemplo: usar objetos do cotidiano como objetos sonoros. Diferenciar a percussão corporal (bater palmas, estalar os dedos) da percussão com instrumentos musicais (pandeiro, tambor ou outros objetos sonoros). Retomar a imagem das páginas 66 e 67, do grupo Barbatuques. Convidar os estudantes para a fruição a partir da imagem na página 74, provocando-os a se expressarem sobre o que já sabem e o que ainda podem descobrir pela leitura de imagens (registro fotográfico do grupo Barbatuques). Nas atividades 1 e 2, levar exemplos de trabalho do Barbatuques. No espetá- culo Tum pá, por exemplo, eles escolhe- ram como título uma onomatopeia do som de uma pisada seguido do som de uma palma. Jogar com os sons é uma característica do Barbatuques, que brinca com a plateia e a envolve no espetáculo. Propor este jogo aos estudantes, bem como propor que realizem experiências para percebe- rem como é possível criar na arte usando o seu “corpo sonoro” por meio de ex- plorações de sons de percussão corporal, com a voz, assobios e outras ações. Na atividade 3, depois de explorar as possibilidades do corpo sonoro, propor uma roda de conversa para comentarem o que aconteceu na brincadeira. 74 4. Resposta pessoal. Retomar com os estudantes o conceito de onomatopeia e exercitar o conhecimento alfabético deles, levando-os a relembrar os sons das letras, das sílabas e das palavras para que, assim, consigam compor onomatopeias que remetam aos sons criados por eles e pelos colegas na proposta anterior. Esta proposta também é um momento oportuno para exercitar a consciência fonológica e fonêmica. 1. Espera-se que os estudantes percebam que, por meio das ações descritas no início desta seção, é possível fazer um som de percussão com o próprio corpo, ou seja, fazer sons a partir da percussão corporal. 1. DE QUE MANEIRA PODEMOS USAR O NOSSO CORPO COMO UM INSTRUMENTO DE PERCUSSÃO? 2. QUANTOS SONS PODEMOS FAZER USANDO O CORPO COMO INSTRUMENTO MUSICAL? CONVIDE OS COLEGAS E DESCUBRAM JUNTOS. 3. O QUE ACONTECEU NA BRINCADEIRA DE CRIAR SONS COM O CORPO? QUAIS SONS VOCÊ E OS COLEGAS INVENTARAM? 4. NO ESPAÇO A SEGUIR, REPRESENTE OS SONS QUE VOCÊ FEZ COM OS COLEGAS USANDO ONOMATOPEIAS. 5. CONVIDE AMIGOS E FAMILIARES PARA CRIAR SONS A PARTIR DA PERCUSSÃO CORPORAL. DEPOIS, EM SALA DE AULA, CONTE AOS COLEGAS COMO FOI A EXPERIÊNCIA. Resposta pessoal. 2. Resposta pessoal. Incentivar os estudantes a participarem da brincadeira. Se necessário, apresentar alguns exemplos de sons extraídos da percussão de partes de seu corpo. Explorar também sons obtidos com o sopro e o uso da voz, como assobio e canto. 3. Resposta pessoal. Estimular os estudantes a perceberem as possibilidades de criar sons explorando o próprio corpo, assobiando, usando a voz, as mãos, os dedos, os pés. 75 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75 06/07/21 10:2406/07/21 10:24 VOCÊ SABIA QUE TODOS NÓS POSSUÍMOS UM INSTRUMENTO MUSICAL EXPRESSIVO? É O NOSSO CORPO! OS ARTISTAS DO GRUPO BARBATUQUES TOCAM MUITO BEM ESSE INSTRUMENTO! OBSERVE ESTA IMAGEM. CORPO E SOM PERCUSSÃO É A CRIAÇÃO DE SONS DE DIFERENTES MANEIRAS. ELA PODE SER FEITA: • POR IMPACTO, COMO BATER EM UM TAMBOR; • POR RASPAGEM, COMO TOCAR UM RECO-RECO; • POR AGITAÇÃO, COMO TOCAR UM CHOCALHO; • USANDO OUTROS OBJETOS E INSTRUMENTOS, INCLUINDO O PRÓPRIO CORPO. TA TI W EX LE R ▲ MÚSICOS DO GRUPO BARBATUQUES EM APRESENTAÇÃODO ESPETÁCULO SÓ +1 POUQUINHO AO VIVO, 2019. AO BATER PALMAS, ESTALAR OS DEDOS E BATER AS MÃOS EM VÁRIAS PARTES DO CORPO, ELES EXPLORAM SONS DE PERCUSSÃO. ALÉM DISSO, CANTAM, ASSOBIAM E CRIAM OUTROS SONS, EXPLORANDO ESSE EXPRESSIVO INSTRUMENTO MUSICAL: O CORPO. arte-AVENTURA 74 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74 06/07/21 10:2406/07/21 10:24 D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74 09/08/21 20:5409/08/21 20:54 6 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 46D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 46 09/08/21 21:0709/08/21 21:07 XLVII ⊲ ARTICULAÇÃO COM... Explicita os momentos de interdisci- plinaridade com outros componentes curriculares ou áreas do conhecimento propostos no Livro do Estudante. a invenção do cinema transformou como vemos imagens que podem ser fixas, por exemplo, uma fotografia, ou em movimen- to, como em um vídeo. A partir da invenção das imagens em movimento, essa linguagem passou a fazer parte da nossa cultura e de- senvolveu-se para a linguagem audiovisual, integrando tecnologias de vídeo e de som. Já apresentamos de modo introdutório a obra dos artistas Ceci Soloaga e Ygor Marotta, que formam a dupla VJ Suave e criam animações digitais coloridas que fazem parte de instalações audiovisuais e grafites digitais em intervenções em várias cidades. A instalação A natureza invade a cidade provoca uma reflexão sobre como a natureza faz falta em espaços urbanos e sobre como encontrar soluções para transformar esses espaços. Conversar com eles sobre como percebem a natureza onde vivem e como viver próximo ou distante da natureza afeta a vida deles. Articulação com Ciências da Natureza Nesta proposta a articulação entre Arte e Ciências da Natureza é feita por meio da investigação de formas na natureza e na apreciação da exploração dessas formas na arte. Também é realizada por meio do trabalho com noções de sustentabilidade e conservação am- biental em centros urbanos. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade 3 trabalha com litera- cia familiar ao propor uma conversa com um familiar, incentivando a troca de conhecimentos sobre a conserva- ção ambiental. ⊲ +IDEIAS São muitas as linguagens e as mí- dias que exploram a cultura audiovisual na arte, desenvolvidas com linguagens integradas, híbridas, em que o som e a imagem estão a serviço da poética. São linguagens como a videoarte, a videoinstalação, o videoclipe, a video- dança e a videointervenção. Conversar com os estudantes sobre a cultura au- diovisual: o mundo é repleto de cores e sons. Vocês já pensaram sobre isso? Que tal vermos e ouvirmos mais? Sugerimos que nesta conversa seja introduzida a noção de paisagem so- nora enquanto conjunto de sons que podemos perceber à nossa volta: os produzidos pela voz humana e de outros animais, os da natureza, os de máquinas e os produzidos por instru- mentos musicais. No dia a dia e na arte, podemos criar e apreciar paisa- gens sonoras. Alguns artistas utilizam esses sons para criar ambientes e sen- sações, como foi feito na instalação A natureza invade a cidade. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se expressam ao conversarem em mo- mentos de nutrição estética. Se hou- ver estudantes mais silenciosos, convi- dá-los para se expressar fazendo com- binados para que todos respeitem os momentos de fala e escuta no grupo. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • VJ SUAVE. A natureza invade a cidade. Disponível em: https://vjsuave.com/projects/ a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br. Acesso em: 6 jul. 2021. O site apresenta algumas fotos e um vídeo sobre a instalação audiovisual que convida o público a interagir com um mundo imaginário e animado com per- sonagens que percorrem o ambiente. 27 EM UMA INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL, A DUPLA VJ SUAVE CRIOU, COM SONS, FORMAS E CORES, UMA OBRA QUE EXPRESSA A PREOCUPAÇÃO COM A VIDA NAS CIDADES. INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL É UM AMBIENTE CRIADO COM RECURSOS DE IMAGENS (FIXAS OU EM MOVIMENTO) E SONS. ▲ A NATUREZA INVADE A CIDADE, INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL CRIADA PELA DUPLA VJ SUAVE. OBRA EXPOSTA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2014. 1. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS NAS CASAS, NOS EDIFÍCIOS E EM OUTRAS CONSTRUÇÕES? 2. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS DA NATUREZA NO LUGAR ONDE VIVE? 3. CONVERSE COM UM FAMILIAR SOBRE O QUE É PRECISO FAZER PARA SE TER MAIS NATUREZA NAS CIDADES. DEPOIS, CONTE PARA OS COLEGAS DA TURMA SOBRE AS SUGESTÕES. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam as formas geométricas e orgânicas nas construções e nos espaços em que moram ou frequentam. Sugere-se convidar a família a participar, Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem as formas, em especial as orgânicas, em folhas no jardim, flores, frutas, animais, nuvens e em outros elementos da paisagem. Resposta pessoal. Incentivar a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares. O foco dessa proposta é levá-los a refletir sobre a conservação ambiental, seguindo os normativos referentes à educação ambiental. VJ S UA VE para os estudantes perceberem que essas formas fazem parte da arquitetura e do design do local onde vivem. 27 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 FORMAS DA NATUREZA NA ARTE OBSERVE ESTA OBRA DE REGINA SILVEIRA. NESSA INSTALAÇÃO COM FORMAS ORGÂNICAS, A ARTISTA RECRIOU IMAGENS DO CÉU EM UM DIA ENSOLARADO DENTRO DE UMA SALA DE UM MUSEU DE ARTE. VOCÊ JÁ IMAGINOU CAMINHAR COMO SE ESTIVESSE ANDANDO SOBRE AS NUVENS? A ARTE TORNA POSSÍVEL VIVER ESSA SENSAÇÃO! ▲ MONTAGEM DE ILUSTRAÇÃO COM FOTOGRAFIA DA OBRA ENTRECÉU, INSTALAÇÃO DE REGINA SILVEIRA, 2007. VINIL ADESIVO. MUSEU VALE DO RIO DOCE, ESPÍRITO SANTO/ DING MUSA. ILUSTRAÇÃO: WANDSON ROCHA REGINA SILVEIRA (1939-) É UMA ARTISTA QUE GOSTA DE CRIAR COM MUITAS FORMAS. ACE RV O P ES SO AL 26 diAlogos CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 vemos nas ondas do mar ou no movimen- to de uma fita a voar com o vento. Os estudantes estão em fase de alfabe- tização, descobrindo as letras, as palavras e as funções sociais de textos. Consideramos importante trabalhar as informações das legendas das obras, mas, ao final da me- diação, como um modo de ampliar infor- mações sobre a obra apresentada. Por uma escolha didática, foram abreviadas as uni- dades de medida referentes às dimensões das obras de arte. Abreviamos metros (m) e centímetros (cm) em todas as legendas. O uso de letras maiúsculas nas unidades de medida possui fins meramente didáticos, uma vez que neste volume do Livro do Es- tudante e no Capítulo 1 do 2o volume não se utilizam letras minúsculas. Na atividade 5, os estudantes são desafiados a refletir sobre que materia- lidades podemos usar para criar linhas e movimentos. ⊲ +IDEIAS Após o momento de nutrição estética e da roda de conversa, propor exercícios lúdicos em que os estudantes te- nham acesso a materiais como fitas de tecido para brincar e dançar. O corpo pode fazer movimentos com base nas linhas que eles perceberam nas duas obras artísticas apreciadas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se mostram interessados na leitura de imagens e como se expressam oral- mente. Identificar se acolhem a fala dos colegas na construção coletiva e colaborativa de hipóteses interpreta- tivas. Registrar as falas em seu diário de bordo. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • FUNDAÇÃO JOAN MIRÓ (Fundación Joan Miró, Barcelona).Disponível em: https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/. Acesso em: 5 jul. 2021. Site oficial da Fundação Miró (em catalão, espanhol e inglês), localizada em Barcelona, na Espanha. Além de informações sobre a fundação, é pos- sível conhecer a biografia de Miró e acessar imagens de obras do artista. • INSTITUTO TOMIE OHTAKE. Disponível em: https://www.institutotomieohtake. org.br. Acesso em: 5 jul. 2021. No site é possível acessar um amplo acervo de imagens de obras da artista Tomie Ohtake. • LEYTON, Daina (org.). Educação e acessibilidade: experiências do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Pau- lo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2018. Disponível em: https://mam. org.br/wp-content/uploads/2018/09/ E d u c a c % C C % A 7 a % C C % 8 3 o - e - Acessibilidade_experie%CC%82ncias- do-MAM-QRcode.pdf. Acesso em: 5 jul. 2021. Há outras formas de estimular o aprendizado e a percepção de linhas na fruição de obras artísticas e na prá- tica de educação inclusiva. Por isso, sugerimos a leitura desse material que apresenta ações de educação inclu- siva do Museu de Arte Moderna de São Paulo. 15 ▲ SEM TÍTULO, ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE, NO MUNICÍPIO DE SANTOS, ESTADO DE SÃO PAULO, 2008. AÇO, 15 M x 20 M x 2 M. PA RQ UE D O EM IS SÁ RI O SU BM AR IN O, SA NT OS . L EO F RA NC IN I/A LA M Y/ FO TO AR EN A A ARTISTA CRIOU LINHAS EM SUA ESCULTURA DE AÇO EM COR VERMELHA QUE OCUPA O ESPAÇO DA PAISAGEM À BEIRA DO MAR. 4. AS LINHAS EM OBRAS DE ARTE PODEM REPRESENTAR IDEIAS E SENSAÇÕES? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. 5. QUE TIPOS DE LINHAS PERCEBEMOS NESSA OBRA DE TOMIE OHTAKE? A) SERÁ QUE PODEMOS CRIAR ESSAS LINHAS COM OUTROS MATERIAIS? VAMOS EXPERIMENTAR? B) QUE TAL FAZER MOVIMENTOS CORPORAIS PARA IMITAR OS MOVIMENTOS DESSAS LINHAS? TOMIE OHTAKE (1913-2015) NASCEU NO JAPÃO. AINDA JOVEM, VEIO MORAR NO BRASIL, ONDE DESENVOLVEU SUA ARTE. MUITAS DE SUAS ESCULTURAS PODEM SER VISTAS EM RUAS, PRAÇAS E PARQUES. Resposta pessoal. 5. a) Resposta pessoal. É possível criar essas linhas com outros materiais, como argila, linhas, tecidos, papéis, entre outros. Levar fitas de tecido para a sala de aula e oferecê-las aos estudantes para que brinquem e percebam que podemos criar linhas com elas. 5. b) Resposta pessoal. Propor aos estudantes que reproduzam os movimentos das linhas com o próprio corpo, trabalhando de modo lúdico a fruição, a percepção visual e a expressão corporal. DENISE ANDRADE AGORA, OBSERVE A IMAGEM DESTA ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE. 15 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 ARTE EM LINHAS NA ARTE, MUITOS ARTISTAS USAM LINHAS E FORMAS. OBSERVE ESTA PINTURA DE JOAN MIRÓ. ▲ O DIAMANTE SORRI AO CREPÚSCULO, DE JOAN MIRÓ, 1947. ÓLEO SOBRE TELA, 97 CM x 130 CM. VOCÊ PERCEBEU AS LINHAS E AS FORMAS NA IMAGEM? PASSE UM DEDO OU UM LÁPIS SOBRE ELAS E DESCUBRA OS CAMINHOS DOS GESTOS E DOS TRAÇADOS REALIZADOS POR MIRÓ. 1. ONDE ESTÃO AS LINHAS NA PINTURA? COMO ELAS SÃO? 2. ALÉM DAS LINHAS, QUE OUTROS ELEMENTOS VOCÊ PERCEBEU NA OBRA? 3. SERÁ QUE ELEMENTOS VISUAIS, COMO LINHAS, FORMAS E CORES, SÃO ENCONTRADOS APENAS NA ARTE? OBSERVE AO SEU REDOR E CONVERSE COM OS COLEGAS A RESPEITO. e de direções das linhas criadas pelo artista Joan Miró na pintura e, também, que identifiquem © S UC CE SS IÓ M IR Ó / A UT VI S, B RA SI L, 2 02 1. JOAN MIRÓ (1893-1983) FOI UM ARTISTA QUE ADORAVA CRIAR MUNDOS IMAGINÁRIOS COM LINHAS, FORMAS E CORES. GILB ER T UZ AN /G AM M A- RA PH O /G ET TY IM AG ES a percepção para seu meio, por exemplo, em elementos da arquitetura, em objetos, em estampas de roupas, entre outros. pontos, formas e cores na imagem, a fim de ampliar 1, 2 e 3. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam as variedades de formatos O uso de unidade de medida com letras maiúsculas é uma escolha didática, tendo em vista que os alunos estão em processo de alfabetização. 14 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14 09/07/21 08:3609/07/21 08:36 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 ⊲ PNA Explicita como o conteúdo abordado ou as propostas apresentadas no Livro do Estudante e neste manual contribuem no desenvolvimento de habilidades para a alfabetização dos estudan- tes à luz da Política Nacional de Alfabetização. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Compreendendo o processo de avaliação como algo contínuo, são indicados possíveis momentos de avaliação. Essas indicações não estão neces- sariamente relacionadas à elaboração de provas, mas têm como objetivo chamar a atenção para o processo de desenvolvimento de conhecimentos específicos, relacionados à aquisição de valores, às atitudes e às habilidades, tanto individuais como em grupo. ⊲ +IDEIAS São sugestões de atividades complementares para ampliar e aprofundar conceitos desenvolvi- dos. Podem ser utilizadas como um momento a mais no processo de avaliação contínua, em que alguns conteúdos são retomados para verificar possíveis dúvidas dos estudantes. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf XLVIII A proposta de criar desenhos a partir de observações em janelas também pode ser feita em casa. No entanto, é preciso alertar os familiares de que os estudantes devem realizar essas observações e pesquisas senso- riais sempre com a presença de um adulto. ⊲ +IDEIAS Para mostrar as produções dos estudan- tes, sugere-se a proposta Janelas pelas ja- nelas. Oferecer a eles folhas maiores como suportes e propor a criação de mais dese- nhos inspirados no que veem pela janela. Em uma parede, colocar placas de papelão e fixar as criações deles. Assim, os colegas de turma e outras pessoas da comunidade escolar poderão apreciar essas produções. Contar sobre o processo de criação de Matisse. Ele dizia que, para pintar, era ne- cessário olhar o mundo como se fosse a primeira vez que abrimos os olhos. Assim, podemos perceber todas as suas cores, formas e belezas. Matisse gostava de pes- quisar os efeitos dos tons das cores e as formas. Às vezes, ele usava vários tons de uma única cor em suas pinturas. Outras vezes, criava imagens bem coloridas. Matisse inventou uma técnica que ficou conhecida como “desenho com tesoura”, em que fazia recortes de formas de papéis coloridos e criava composições em colagens. Pesquisar mais sobre os desenhos de tesoura e propor aos estudantes novas expe- riências a fim de que criem arte usan- do cores e formas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A dica aqui é acompanhar como os estudantes participam de momentos de apreciação de imagens, se expres- sam oralmente, colocam suas hipóte- ses e se expressamde modo criativo e poético a partir de percepções e leitu- ras de mundo. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA • CURTAS que arrebatam #57: inspira- dos em artistas. Laboratório de educação, 20 jul. 2020. Disponível em: https:// labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57- inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse. Acesso em: 2 jun. 2021. Artigo em que são indicados e disponibilizados vídeos de animação para fruir em família. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • O BOLERO de Matisse: timbre ou a cor do som. Vídeo (9min04s). Dispo- nível em: https://www.youtube.com/ watch?v=kcqTCgCQ3FU. Acesso em: 20 jun. 2021. A animação O bolero de Matisse é uma linda viagem ao mundo desse artista. O vídeo trabalha sons e cores, e permite perceber as relações das artes visuais e musicais, entender o conceito de timbre, ou a cor do som, por meio da composição de Ravel “Bolero”. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • MARINHO, Patrícia. Pintar com tesou- ra, uma arte inspirada em Matisse. Tempojunto, 26 out. 2014. Disponível em: https://www.tempojunto.com/2014/10/26/ pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada- em-matisse/. Acesso em: 2 jun. 2021. Essa matéria traz informações so- bre Matisse e sua obra, além de uma proposta de oficina que pode ser rea- lizada com os estudantes e visa fazer pinturas com tesoura inspiradas na criação de Matisse. 45 1. AGORA, OLHE PELA JANELA. QUAIS CORES VOCÊ VÊ HOJE? 2. FECHE OS OLHOS POR ALGUNS SEGUNDOS. QUAIS SONS VOCÊ OUVE DA JANELA? 3. NO ESPAÇO A SEGUIR, VOCÊ VAI CRIAR DESENHOS QUE EXPRESSEM CORES, FORMAS E SONS A PARTIR DO QUE VOCÊ VÊ, OUVE OU PERCEBE DA JANELA. DICA: LEMBRE QUE VOCÊ PODE SEMPRE IMAGINAR E TAMBÉM INVENTAR! Resposta pessoal. Orientar os estudantes, ou combinar com os familiares, sobre a realização desta proposta. A ideia é que eles (com segurança) se aproximem da janela da escola ou de casa para observar a paisagem. É importante que identifiquem cores, formas e sons e que depois, com liberdade, se expressem pelo desenho, trazendo elementos da observação com abertura para exercícios de imaginação e invenção. Deixá-los livres para escolherem os riscadores com os quais realizarão a atividade. CL AU DI A M AR IA N N O 1. e 2. Respostas pessoais. Sugere-se criar uma lista de cores e outra de sons na lousa para os estudantes perceberem a diversidade de percepções. Aproveitar o momento para valorizar a diversidade de percepções. 45 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 OBSERVE ESTA IMAGEM FEITA POR HENRI MATISSE. CORES E SONS NA SUA JANELA ▲ A JANELA ABERTA, DE HENRI MATISSE, 1905. ÓLEO SOBRE TELA, 55,3 CM x 46 CM. SERÁ QUE O ARTISTA CRIOU ESSA PINTURA COM BASE NO QUE ESTAVA OBSERVANDO PELA JANELA? OU SERÁ QUE ELE INVENTOU CORES E FORMAS A PARTIR DA SUA IMAGINAÇÃO? VAMOS REFLETIR UM POUCO MAIS SOBRE AS CORES E OS SONS QUE VOCÊ VÊ E OUVE DA JANELA? HENRI MATISSE (1869-1954) FOI UM ARTISTA QUE CRIOU PINTURAS E COLAGENS BEM COLORIDAS. ELE FEZ PARTE DE UM MOVIMENTO DE ARTE CHAMADO FAUVISMO. OS ARTISTAS DO FAUVISMO EXPLORAVAM MUITO AS CORES E TAMBÉM ERAM CONHECIDOS COMO “FERAS DA COR”. © S UC CE SS IO N H . M AT IS SE / AU TV IS , B RA SI L, 2 02 1. C AP TI O N : A JA N EL A AB ER TA , D E HE N RI M AT IS SE , 1 90 5 AU TV IS TH E LI FE P IC TU RE C O LL EC TI O N / G ET TY IM AG ES arte-AVENTURA 44 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nessa seção, propõe-se um mo- mento para uma avaliação proces- sual. Na parte geral do Manual do Professor, no item Monitoramento da aprendizagem, há uma ficha de avaliação dos estudantes em que constam os objetivos pedagógicos da unidade. Com o acompanhamento da aprendizagem, é possível identi- ficar conhecimentos individuais con- quistados nos estudos ao longo da unidade, retomar e avaliar habilidades e conteúdos estudados e identificar possíveis dificuldades. Sugere-se olhar e avaliar os objetivos pedagógicos da unidade tendo como base todas as situações avaliativas propostas. Além das atividades da seção, os portfólios físicos e/ou eletrônicos, os cadernos de artista, as anotações em seu diário de bordo e outras produções e regis- tros criados podem ser considerados. Nesse sentido, é importante também retomar situações avaliativas em que a presença do corpo se fez potente nos estudantes, principalmente em propostas com dança, teatro, música, performance e outras linguagens. Tendo em vista que cada pessoa pode ter experiências diversas com a Arte, é importante avaliar a qualidade dos encontros que os estudantes tive- ram com essa área de conhecimento em suas diferentes linguagens. Caso identifique que algumas experiências não foram vividas, sugere-se oferecer novas oportunidades de ação criadora em que desenvolvam competências e habilidades e criem com autonomia a partir de poéticas autorais. Pro- porcionar conversas em grupo sobre as próprias produções pode ser uma ação positiva para a autoavaliação e a percepção da potência expressiva de cada um. suas produções de imagens são diferen- tes das representações feitas pelos adul- tos. Portanto, é necessário analisar essas produções com o olhar de quem conhece e estuda a infância. Além disso, é importante perceber como as crianças criam hipóteses inter- pretativas das leituras de imagens; como percebem as sonoridades, as paisagens sonoras e criam partituras não convencio- nais com desenhos e sons onomatopeicos; como se expressam corporalmente a partir do encontro estésico e estético com ima- gens (fixas e em movimento), sons, mú- sicas, poemas; e como aprendem juntas, em colaboração com os colegas, o profes- sor e os familiares. Embora se saiba que as crianças carregam consigo suas leituras de mundo e poéticas, é preciso oportunizar tempos, espaços, materialidades para que, em ambiências criadoras e educadoras, elas sejam provocadas com experiências estéticas e estésicas que potencializem a expressão de suas poéticas pessoais. 63 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CLAU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL- -ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-se que eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ SUGESTÃO Sugestões de sites, livros, revistas, artigos, músicas e/ou outros recursos que instrumen- talizam o professor para a utilização de dados e fatos, ampliando a formação e o trabalho docente. Além disso, sugere materiais que podem ser indicados aos estudantes e seus familiares. ⊲ PARA CASA Indica os momentos de atividades que podem ser desenvolvidas em casa, além de estratégias para o trabalho em conjunto com os familiares. ⊲ CONCLUSÃO DA UNIDADE Orienta a avaliação formativa e o monito- ramento da aprendizagem. ROTEIRO DE AULA Na atividade 1, os estudantes de- vem criar um desenho usando elemen- tos constitutivos da linguagem visual, como ponto, linha, forma e cor. Como a proposta nesta unidade foca o traba- lho com a alfabetização nas linguagens da Arte, é importante observar se eles ampliaram o uso desses elementos após vivenciarem momentos de leitura de imagens, de conversas, de criação de imagens para expressar o que estavam aprendendo. Aproveitar, também, para analisar se são expressos, nos desenhos, formatos, posições, espessuras e outros aspectos de construção de variados ti- pos de linhas. Observar se usam formas orgânicas e geométricas e, ainda, se es- colhem cores para compor suas criações e se surgem composições com autoria, criatividade e poéticas pessoais. A ativi- dade 2 propõe avaliar se os estudantes fazem escolhas sensíveis e conscientes desses elementos e de outros, como tex- turas, movimentos, espaços tridimen- sional ou bidimensional. Na atividade 3, é retomado o estudo das cores e suas misturas. As propostas 3a e 3b visam avaliar como os estudantes percebem a progressão de misturas entre cores na ordem das cores primárias, secundárias e terciárias. Na atividade 4, a propos- ta é avaliar como os estudantes obser- vam e descrevem sons relacionando e identificando fontes sonoras (naturais e artificiais). Na atividade 5, explora-se a investigação de sons naturais e artificiais representados por onomatopeias. Na atividade 6, a proposta é retomar os estudos sobre os parâmetros sonoros e avaliar competências e habilidades que os estudantes aprendem e expressam ao estudar o conceito de intensidade, na atividade 6a, e de duração na ati- vidade 6b. CONCLUSÃO DA UNIDADE Ao se preocupar em desenvolver com- petências e habilidades no ensino e apren- dizagem de Arte, tendo como foco a al- fabetização em linguagens artísticas, tam- bém são trazidas inquietações sobre como os estudantes se desenvolvem na relação entre arte e vida, e como são suas leituras de mundo e suas poéticas pessoais. Cada criança carrega em si sua poética, ou seja, sua forma de expressão. Nesse contexto, a palavra poética refere-se ao discurso expressivo (visual, corporal ou musical) de um indivíduo ou de uma coletividade, às escolhas feitas e aos arranjos criados entre elementos constitutivos de linguagens, materialida- des, assuntos, aspectos estéticos e pen- samentos imagéticos. Nos contextos das produções, é importante lembrar que as crianças, ao criar desenhos, passam por diferentes momentos de desenvolvimen- to em suas representações gráficas e que 62 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CL AU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL- -ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-se que eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI Educadora, escritora e artista visual. Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura (Mackenzie-SP), mestre em Artes Visuais (Unesp-SP) e licenciada em Educação Artística (UMC-SP), com especialização em Antropologia (FESPSP) e em Arte-Educação (USP-SP). É ilustradora, autora de livros didáticos e de propostas para a formação de educadores. Também atua na assessoria de projetos educativos e culturais e em atualização e implantação de currículos em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. PASCOAL FERNANDO FERRARI Educador, escritor, ator e diretor teatral. Mestre em Ensino de Ciências (Unicsul-SP), licenciado emPedagogia (Unicastelo-SP) e em Psicologia (UBC-SP), com especialização em Sociologia (FESPSP). É autor de diversos livros de Arte, com foco na linguagem teatral. Também é assessor em propostas curriculares, pesquisador e docente universitário na área de teatro. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. CARLOS ELIAS KATER Educador, musicólogo e compositor. Doutor em História da Música e Musicologia pela Universidade de Paris IV (Sorbonne) e professor titular pela Escola de Música da UFMG. Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem). É membro permanente do Conselho Assessor da Cátedra Livre de Pensamento Pedagógico Musical Latino-Americano (Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires), conferencista, consultor e autor de publicações sobre Musicologia e Educação Musical Contemporânea. Sua produção já recebeu indicação ao Prêmio Jabuti. BRUNO FISCHER DIMARCH Educador, escritor, dançarino e artista multimídia. Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e licenciado em Educação Artística (Famosp-SP). Foi professor em escolas públicas e privadas e em universidades. Atuou como técnico e assessor em Secretarias de Educação e como coordenador de ensino a distância na Fundação Bienal de São Paulo. Foi consultor pedagógico na TV Cultura de São Paulo e educador em ações de formação continuada de professores. Sua produção já foi indicada ao Prêmio Jabuti. 1a edição, São Paulo, 2021 Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 3ARTE D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 1D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 1 30/07/21 17:3530/07/21 17:35 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 1D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 1 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 2 APRESENTAÇÃO Querido estudante, Você já parou para pensar que vivemos em um mundo repleto de imagens? Que ouvimos sons o tempo todo? Que fazemos gestos e movimentos para nossa comunicação e expressão? A arte é uma forma de criar imagens, sons, gestos e movimentos. Ela é, também, uma maneira de nós percebermos o mundo ao nosso redor e de nele criarmos formas de expressão. Por isso, temos um convite para fazer a você: que tal embarcar com a gente em uma aventura pelo universo da arte, conhecer alguns artistas e descobrir do que é feita a arte? Então, ficou curioso? Aprender por meio da música, das artes visuais, da dança, do teatro, das artes integradas e ainda criar arte usando esses conhecimentos pode ser uma “arte-aventura” inesquecível! Vamos nessa? Convide seus familiares também! Os autores. Estes ícones indicam a forma como você vai realizar as propostas de Arte: Oralmente Em grupo Para casaTecnologiasDesenho Investigação D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 3D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 3 22/07/21 09:5022/07/21 09:50 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 3o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Roberto Weigand Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Biry Sarkis, Bruna Assis Brasil, Cibele Queiroz, Clau Souza, Claudia Marianno, Edson Faria, Ideário Lab, Osnei Roko, Roberto Weigand, Romont Willy, Sandra Lavandeira, Tel Coelho/Giz de Cera, Thiago Cerca, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 3º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-479-7 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-480-3 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-489-6 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-490-2 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72363 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2 30/07/21 17:3630/07/21 17:36 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 2D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 2 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 3 APRESENTAÇÃO Querido estudante, Você já parou para pensar que vivemos em um mundo repleto de imagens? Que ouvimos sons o tempo todo? Que fazemos gestos e movimentos para nossa comunicação e expressão? A arte é uma forma de criar imagens, sons, gestos e movimentos. Ela é, também, uma maneira de nós percebermos o mundo ao nosso redor e de nele criarmos formas de expressão. Por isso, temos um convite para fazer a você: que tal embarcar com a gente em uma aventura pelo universo da arte, conhecer alguns artistas e descobrir do que é feita a arte? Então, ficou curioso? Aprender por meio da música, das artes visuais, da dança, do teatro, das artes integradas e ainda criar arte usando esses conhecimentos pode ser uma “arte-aventura” inesquecível! Vamos nessa? Convide seus familiares também! Os autores. Estes ícones indicam a forma como você vai realizar as propostas de Arte: Oralmente Em grupo Para casaTecnologiasDesenho Investigação D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 3D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 3 22/07/21 09:5022/07/21 09:50 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 3o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjuntaLuiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Roberto Weigand Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Biry Sarkis, Bruna Assis Brasil, Cibele Queiroz, Clau Souza, Claudia Marianno, Edson Faria, Ideário Lab, Osnei Roko, Roberto Weigand, Romont Willy, Sandra Lavandeira, Tel Coelho/Giz de Cera, Thiago Cerca, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 3º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-479-7 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-480-3 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-489-6 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-490-2 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72363 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2 30/07/21 17:3630/07/21 17:36 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 3D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 3 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 ORGANIZAÇÃO DOS VOLUMES ⊲ VOCÊ JÁ VIU? Esta seção abre todos os volumes e objetiva realizar uma avaliação diag- nóstica dos conhecimentos esperados para o ano de ensino. Com base nessa sondagem, o professor pode definir seu planejamento anual, elaborando intervenções específicas para auxiliar os estudantes a resolverem possíveis faltas de pré-requisitos. ⊲ ABERTURA DA UNIDADE Trata-se de uma apresentação dinâmica e visual das ideias-chave propostas nos percursos de aprendi- zagem de cada unidade. As palavras- -chave e as imagens apresentam as linguagens artísticas e o vocabulário de arte a ser trabalhado. ⊲ ABERTURA DE CAPÍTULO Todo início de capítulo é com- posto de imagem e boxe com tex- to que provocam a interpretação e convidam os estudantes a entrar no estudo dos saberes tratados no capítulo. A proposta não é explicar, mas mediar por meio da conversa- ção e da provocação de ideias. É um momento que propicia a criação de situações interessantes de nutrição estética e escuta sensível. ⊲ DIÁLOGOS Nesta seção, são propostas re- lações entre arte e vida cotidiana. As conexões têm a preocupação de trazer temas contemporâneos como saúde, ética, educação ambiental, pluralidade cultural etc., além de es- tabelecer conexões interdisciplinares entre Arte e outros componentes cur- riculares. ⊲ OFICINA DE ARTE Seção que apresenta possibilidades para que os estudantes explorem, jo- guem, brinquem, interpretem, ence- nem, dancem, desenhem, pesquisem, experimentem, inventem, manipulem materialidades e resolvam problemas em diferentes situações no desafio de descobrir o fazer artístico. QUEM É? Apresenta os produtores de arte aos es- tudantes por meio de pequenas biografias desses artistas. BOXE CONCEITO Os principais conceitos trabalhados são apresentados em destaque para facilitar o estudo e a retomada durante a realização das atividades. 4 UNIDADE 2 • Brincadeirarte .........................................56 3 Corpo, cada parte da minha arte ....................................... 58 Hoje tem espetáculo! ................................................................................60 Diálogos | Ciências da Natureza • Rir faz bem! .......................................... 62 Oficina de arte • Minicara de palhaço ......................................................... 64 Arte-aventura • E o meu palhaço, como é? .......................................................66 Arte em projetos • Minha mala de palhaçaria .............................................. 68 É para movimentar? Vamos lá! ................................................................70 Diálogos | Matemática • Simetrias na Matemática e na dança ...................... 72 Oficina de arte • Simetrias e movimentos ..................................................... 73 Arte-aventura • Movimentos da dança, movimentos do meu corpo! ............ 74 Arte em projetos • Espetaculaços ................................................................. 76 4 Arte brincante ........................................................................ 78 Letra e melodia de uma canção ...............................................................80 Diálogos | História • Brincadeiras musicais ................................................... 86 Oficina de arte • Brincando com música ...................................................... 88 Arte-aventura • Cânone: a minha, a sua e a nossa voz! ............................... 90 Arte em projetos • Musicando poemas ....................................................... 92 Música, forma e expressão .......................................................................94 Diálogos | História • Música dos povos indígenas ........................................ 99 Oficina de arte • Escutar musicalmente ..................................................... 102 Arte-aventura • Meu mundo sonoro ......................................................... 103 Arte em projetos • Criando músicas .......................................................... 104 VAMOS RECORDAR? ................................................................106 o que aprendi neste ano ........................................ 108 Referências comentadas ....................................................................................112 Leituras complementares para o professor .......................................................112 D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 5D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 5 21/07/21 07:5721/07/21 07:57 VA N ES SA A LE XA N DR E SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? .....................................6 Unidade 1 • Arte criativa ............ 8 1 Observar, lembrar e imaginar ...................................10 Imaginar e criar ......................................................................... 12 Diálogos | Educação ambiental • Energia limpa ..........................16 Oficina de arte • Criar com ferramentas manuais e tecnológicas ..............................................................................18 Arte-aventura • Misturar desenhos com fotografias .....................20 Arte em projetos • Parece brincadeira .........................................22 Imagens do imaginário ............................................................ 24 Diálogos | Ciências da Natureza • Arte e invenção ....................27 Oficina de arte • Inventar e desenhar ..........................................28 Arte-aventura • Arte no meu imaginário .....................................29 Arte em projetos • Intervenção visual na escola ..........................30 2 De onde vem tanta ideia? ......................................32 Morada da invenção? .............................................................. 34 Diálogos | Ciências da Natureza • Quem é criativo? ...................36Oficina de arte • Desenhos ao vento ...........................................38 Arte-aventura • Você na cena da aventura ..................................40 Arte em projetos • Vamos brincar de performances?.... ..................42 Arte viajante ............................................................................. 44 Diálogos | Língua Portuguesa • A carta .....................................46 Oficina de arte • Arte postal .......................................................48 Arte-aventura • Apreciar, criar e divulgar imagens .......................50 Arte em projetos • Arte postal ....................................................52 VAMOS RECORDAR? ....................................................54 D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 4D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 4 21/07/21 07:5721/07/21 07:57 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 4D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 4 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 DESCUBRA MAIS Apresenta indicações de livros, si- tes, vídeos, músicas etc., acompanha- das de uma breve sinopse. Tem por objetivo apoiar o desenvolvimento da competência leitora, complemen- tar os assuntos abordados e ampliar o repertório linguístico e cultural dos estudantes. GLOSSÁRIO O objetivo do glossário é sanar difi- culdades e enriquecer o vocabulário dos estudantes. Próximo ao texto aparecem palavras, possivelmente desconhecidas, e seu significado contextualizado. ESTA É A MINHA ARTE! Traz dicas de como realizar mostras e exposições presencias ou virtuais, visando apresentar as produções dos estudantes. ⊲ ARTE-AVENTURA Para que haja criação, é fundamen- tal observar. Por isso, um dos convites desta seção é fazer pesquisas senso- riais para perceber imagens, sons e gestos na arte e na vida cotidiana. Nela, os estudantes podem explorar a realidade em que vivem e relacionar aos conhecimentos de Arte. ⊲ ARTE EM PROJETOS Nesta seção, são propostas diversas situações de ação criadora. São várias possibilidades de desafios para os es- tudantes que se ampliam em projetos mais aprofundados, explorando o que foi estudado e vivenciado nas dife- rentes situações de aprendizagem do capítulo. ⊲ VAMOS RECORDAR? Visando apoiar a avaliação proces- sual, esta seção foi organizada para que os estudantes possam fazer a re- visão de conceitos estudados na uni- dade. As atividades são certificadoras e dão parâmetro para o professor de quanto os estudantes avançaram na aprendizagem. ⊲ O QUE APRENDI NESTE ANO Ao final de cada volume, são apre- sentadas atividades que visam reto- mar os diagnósticos realizados ao lon- go do ano. Assim, o professor poderá analisar os avanços e os resultados obtidos acerca dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes. ⊲ REFERÊNCIAS COMENTADAS Apresenta referências bibliográfi- cas comentadas e complementares para pesquisa ou consulta. 5 UNIDADE 2 • Brincadeirarte .........................................56 3 Corpo, cada parte da minha arte ....................................... 58 Hoje tem espetáculo! ................................................................................60 Diálogos | Ciências da Natureza • Rir faz bem! .......................................... 62 Oficina de arte • Minicara de palhaço ......................................................... 64 Arte-aventura • E o meu palhaço, como é? .......................................................66 Arte em projetos • Minha mala de palhaçaria .............................................. 68 É para movimentar? Vamos lá! ................................................................70 Diálogos | Matemática • Simetrias na Matemática e na dança ...................... 72 Oficina de arte • Simetrias e movimentos ..................................................... 73 Arte-aventura • Movimentos da dança, movimentos do meu corpo! ............ 74 Arte em projetos • Espetaculaços ................................................................. 76 4 Arte brincante ........................................................................ 78 Letra e melodia de uma canção ...............................................................80 Diálogos | História • Brincadeiras musicais ................................................... 86 Oficina de arte • Brincando com música ...................................................... 88 Arte-aventura • Cânone: a minha, a sua e a nossa voz! ............................... 90 Arte em projetos • Musicando poemas ....................................................... 92 Música, forma e expressão .......................................................................94 Diálogos | História • Música dos povos indígenas ........................................ 99 Oficina de arte • Escutar musicalmente ..................................................... 102 Arte-aventura • Meu mundo sonoro ......................................................... 103 Arte em projetos • Criando músicas .......................................................... 104 VAMOS RECORDAR? ................................................................106 o que aprendi neste ano ........................................ 108 Referências comentadas ....................................................................................112 Leituras complementares para o professor .......................................................112 D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 5D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 5 21/07/21 07:5721/07/21 07:57 VA N ES SA A LE XA N DR E SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? .....................................6 Unidade 1 • Arte criativa ............ 8 1 Observar, lembrar e imaginar ...................................10 Imaginar e criar ......................................................................... 12 Diálogos | Educação ambiental • Energia limpa ..........................16 Oficina de arte • Criar com ferramentas manuais e tecnológicas ..............................................................................18 Arte-aventura • Misturar desenhos com fotografias .....................20 Arte em projetos • Parece brincadeira .........................................22 Imagens do imaginário ............................................................ 24 Diálogos | Ciências da Natureza • Arte e invenção ....................27 Oficina de arte • Inventar e desenhar ..........................................28 Arte-aventura • Arte no meu imaginário .....................................29 Arte em projetos • Intervenção visual na escola ..........................30 2 De onde vem tanta ideia? ......................................32 Morada da invenção? .............................................................. 34 Diálogos | Ciências da Natureza • Quem é criativo? ...................36 Oficina de arte • Desenhos ao vento ...........................................38 Arte-aventura • Você na cena da aventura ..................................40 Arte em projetos • Vamos brincar de performances?.... ..................42 Arte viajante ............................................................................. 44 Diálogos | Língua Portuguesa • A carta .....................................46 Oficina de arte • Arte postal .......................................................48 Arte-aventura • Apreciar, criar e divulgar imagens .......................50 Arte em projetos • Arte postal ....................................................52 VAMOS RECORDAR? ....................................................54 D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 4D3-ART-F1-1101-V3-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU2.indd 4 21/07/21 07:5721/07/21 07:57 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 5D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 5 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 OBJETIVOS • Conhecer obras artísticas e par- ticipar de momentos de fruição e leiturade imagem tendo como pro- posição o trabalho de Yue Minjun, expressando suas hipóteses inter- pretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e espaço de fala dos colegas. • Identificar e se expressar sobre as formas figurativas na obra de Yue Minjun, e como percebe o uso pes- soal e criativo em suas produções. • Identificar elementos constitu- tivos da linguagem visual (linhas, formas, cores, efeitos de volumes, luminosidade, tonalidades e espaço bidimensional da pintura) na frui- ção de imagens e no seu processo criador (ao desenhar, pintar, mode- lar e outras linguagens visuais). • Refletir e conversar sobre as es- colhas de elementos de linguagem, materialidades e processos de cria- ção para se expressar em várias linguagens artísticas, percebendo o potencial expressivo do corpo ao criar movimentos dançados, per- cussão corporal, expressões fisionô- micas e corporais, ao cantar, entre outras expressões artísticas. • Comunicar-se a respeito de seu processo criativo construído por meio da observação, da imagina- ção e da memória, nas diferentes expressões artísticas (artes visuais, teatro, dança e música). • Expressar-se oralmente sobre como percebe e usa, em suas pro- duções, linhas, cores e formas e como relaciona esses elementos das linguagens artísticas com a vida co- tidiana. • Conversar sobre como percebe os sons, movimentos, gestos, ex- pressões fisionômicas e corporais para criar e se comunicar pela arte e no cotidiano. • Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. ROTEIRO DE AULA Nessa seção, propõe-se um momento para a avaliação diagnóstica. Na parte ge- ral do Manual do Professor, no item Mo- nitoramento da aprendizagem, há uma ficha que pretende auxiliar na construção de indicadores que poderão direcionar o planejamento e o trabalho a ser realizado durante o ano escolar. A fim de investigar o que os estudan- tes já sabem sobre a identificação e o uso de elementos de linguagem, como linhas, formas e cores, você pode perguntar, por 6 5 Escolha um objeto e deixe-o em um lugar próximo a você. Observe o objeto que você escolheu com atenção e desenhe neste espaço. 1. Respostas pessoais. Perguntar aos estudantes o que pensam sobre atitudes e produções criativas na vida e na arte. A partir das experiências deles com o estudo da arte em anos anteriores, perguntar o que consideram ser importante para criar na arte. Investigar quais ideias eles têm sobre os trabalhos artísticos já apreciados antes e como fazem compara- ções e criam hipóteses interpretativas da imagem Memória-2, de Yue Minjun. 2. Resposta pessoal. Sugere-se observar os estudantes em momentos de nutrição estética e reflexão para avaliar como desenvolvem argumentações e compartilham suas ideias. Conversar com eles sobre as cores, as formas figurativas e o modo como o artista criou sua composição a partir de sua imaginação e intenção artística. 3. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes se expressem oralmente criando hipóte- ses interpretativas e socializem suas ideias com os colegas e o professor. 4. Respostas pessoais. Observar como os estudantes conversam sobre seus processos de criação em desenhos e avaliar o repertório cultural e artístico já adquirido. 5. Resposta pessoal. Incentivar e orientar os estudantes a fazerem um desenho de observa- ção de um objeto que esteja próximo a eles. 6. Resposta pessoal. Provocar os estudantes a se lembrarem de algo de que tenham memória, por exemplo, imagens de objetos, pessoas, animais, lugares. Resposta pessoal. Orientar os estudantes a pensarem em algo que só existe na imaginação deles. Observar e analisar como se expressam graficamente. 6 Pense em algumas lembranças e faça um desenho de memória no espaço a seguir. 7 Agora, neste espaço, faça um desenho usando sua imaginação. 8 Como você cria e se expressa nas demais linguagens artísticas (tea- tro, dança, música e artes integradas)? Resposta pessoal. 7 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 7D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 7 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 1 Você considera essa imagem criativa? O que é ser criativo para você? 2 O que chamou a sua atenção nessa obra de arte? 3 Do que será que o homem retratado na obra de arte tanto ri? Vamos imaginar e conversar a respeito? 4 Quando você decide desenhar algo e não sabe como é exatamente, o que você costuma fazer? Você faz uma pesquisa, observa ou se lembra de coisas que já fez antes e explora sua imaginação? ▲ Memória-2, de Yue Minjun, 2000. Óleo sobre tela, 140 cm x 108 cm. Yue Minjun (1962-) nasceu na China. Ele faz pinturas e esculturas. As figuras que ele desenha têm características do próprio rosto. Observe esta imagem criada por Yue Minjun. O artista Yue Minjun adora pintar figuras retra- tando seu rosto e dando grandes gargalhadas. O exercício da observa- ção é importante em seu processo de criação, mas o artista também usa a me- mória e a imaginação para criar suas obras. FO N DA TI O N C AR TI ER , P AR IS . VC G / G ET TY IM AG ES 6 VOCE ^ JA VIU? AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 6D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 6 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 6D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 6 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 exemplo, sobre a diferença entre formas abstratas e figurativas, orgânicas e geo- métricas, tendo por nutrição estética a obra do artista Yue Minjun. Sobre as atividades de 1 a 3, a ima- gem pode ser explorada como um dis- parador para conversas sobre expressões fisionômicas, a linguagem da pintura, criatividade e poéticas pessoais na cria- ção artística. Na atividade 4, analisar como os es- tudantes compreendem seu modo de de- senhar, como percebem a intervenção dos da linguagem visual. Incentivá-los a se expressar sobre o que consideram ne- cessário para criar um desenho origi- nal, bem como o que pensam e como criam arte. Provocá-los a refletir que, na arte, criar é estar atento a tudo que está ao redor; e que a observação, a memória, a imaginação, a escolha de linguagens e de materiais são formas de fazer a arte acontecer. Na atividade 8, para realizar uma avaliação diagnóstica em outras lin- guagens, como teatro, dança e mú- sica e artes integradas, você pode propor jogos: fazer expressões fisio- nômicas que mostrem emoções e sensações, criar movimentos dança- dos a partir de um tema, criar nar- rativas gestuais a partir de imagens, entre outras explorações. Você pode solicitar a eles que imaginem e criem sons a partir da apreciação e leitura de textos visuais. Conversar com eles sobre suas experiências na escuta sensível de músicas, cantos e brinca- deiras musicais e o que sabem sobre as artes integradas e a presença do corpo na arte. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nesse momento de avaliação diag- nóstica, propõe-se olhar para as vá- rias linguagens artísticas. Além disso, é importante ouvir os relatos dos es- tudantes e criar mais situações avalia- tivas em que o corpo esteja presente, principalmente quando houver pro- postas com dança, teatro, música, performance e outras linguagens. Assim, será possível avaliar mais as- pectos e refletir sobre os objetivos. Ao longo do Manual do Professor, há sugestões para realizar registros e produções em diversas linguagens, subsídios estes que podem ser usa- dos para a criação de portfólios físi- cos e/ou eletrônicos e de cadernos de artista (diário de bordo do estudan- te) que serão importantes em outros momentos de avaliação. Esses ma- teriais podem ser produzidos com a ajuda dos familiares e, também, com- partilhados com eles. adultos e como gostam de criar seus de- senhos. Tudo isso é importante para pre- parar futuras situações de aprendizagem com foco na ação criadora e para perceberem que momento de expressão gráfica os estudantes estão. Para as atividades de 5 a 7, orien- tar os estudantes quanto ao uso de ris- cadores. Sugere-se perceber como eles se expressam em seus desenhos, como exploram seus repertórios de imagens e habilidades ao desenhar, e ainda como escolhem e usam elementos constitutivos 7 5 Escolha um objeto e deixe-o em um lugar próximo a você. Observe o objeto que você escolheu com atenção e desenhe neste espaço. 1. Respostas pessoais. Perguntar aos estudantes o que pensam sobre atitudes e produções criativas na vida e na arte. A partir das experiências deles com o estudo da arte em anos anteriores, perguntar o que consideram ser importante para criar na arte. Investigar quais ideias eles têm sobre os trabalhos artísticos já apreciados antes e como fazem compara- ções e criam hipóteses interpretativas da imagem Memória-2, de Yue Minjun. 2. Resposta pessoal. Sugere-se observar os estudantes em momentos de nutrição estética e reflexão para avaliar como desenvolvem argumentações e compartilham suas ideias. Conversar com eles sobre as cores, as formas figurativas e o modo como o artista criou sua composição a partir de sua imaginação e intenção artística. 3. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes se expressem oralmente criando hipóte- ses interpretativas e socializem suas ideias com os colegas e o professor. 4. Respostas pessoais. Observar como os estudantes conversam sobre seus processos de criação em desenhos e avaliar o repertório cultural e artístico já adquirido. 5. Resposta pessoal. Incentivar e orientar os estudantes a fazerem um desenho de observa- ção de um objeto que esteja próximo a eles. 6. Resposta pessoal. Provocar os estudantes a se lembrarem de algo de que tenham memória, por exemplo, imagens de objetos, pessoas, animais, lugares. Resposta pessoal. Orientar os estudantes a pensarem em algo que só existe na imaginação deles. Observar e analisar como se expressam graficamente. 6 Pense em algumas lembranças e faça um desenho de memória no espaço a seguir. 7 Agora, neste espaço, faça um desenho usando sua imaginação. 8 Como você cria e se expressa nas demais linguagens artísticas (tea- tro, dança, música e artes integradas)? Resposta pessoal. 7 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 7D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 7 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 1 Você considera essa imagem criativa? O que é ser criativo para você? 2 O que chamou a sua atenção nessa obra de arte? 3 Do que será que o homem retratado na obra de arte tanto ri? Vamos imaginar e conversar a respeito? 4 Quando você decide desenhar algo e não sabe como é exatamente, o que você costuma fazer? Você faz uma pesquisa, observa ou se lembra de coisas que já fez antes e explora sua imaginação? ▲ Memória-2, de Yue Minjun, 2000. Óleo sobre tela, 140 cm x 108 cm. Yue Minjun (1962-) nasceu na China. Ele faz pinturas e esculturas. As figuras que ele desenha têm características do próprio rosto. Observe esta imagem criada por Yue Minjun. O artista Yue Minjun adora pintar figuras retra- tando seu rosto e dando grandes gargalhadas. O exercício da observa- ção é importante em seu processo de criação, mas o artista também usa a me- mória e a imaginação para criar suas obras. FO N DA TI O N C AR TI ER , P AR IS . VC G / G ET TY IM AG ES 6 VOCE ^ JA VIU? AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 6D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 6 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 7D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 7 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, são propostos momentos de nutrição estética com leitura de imagens e ação criadora explorando materiais, inclusive o uso de tecnologias. Iremos trabalhar em vários momentos com a questão do observar, memorizar e imaginar. Su- gerimos que durante as aulas sejam propostas rodas de conversas para elaboração de hipóteses e sociali- zação de ideias, a fim de ajudar os estudantes a resolverem as questões trazidas no livro e a criar projetos de arte, além de momentos de frui- ção estética. Os conceitos em foco nesta unida- de são: arte contemporânea; arte pú- blica; processo de criação; percepção e imaginação; texturas, movimentos, sobreposições, tonalidades; mate- rialidades; exploração de diferentes tecnologias para fazer arte; obser- vação, memória e imaginação; arte e invenção; desenho como forma de registro; leituras e análises; recursos digitais; arte e tecnologia; artista multimídia; arte postal; elementos constitutivos das artes visuais; o cor- po como material expressivo; recur- sos e técnicas convencionais e não convencionais; desenho e comunica- ção; performance; e história visual. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de frui- ção com leitura de textos poéticos e de imagens, com foco na investi- gação do processo de criação e no desenvolvimento de poéticas pesso- ais, expressando suas hipóteses in- terpretativas e opiniões respeitando o ritmo do diálogo e espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produ- ções elementos de linguagem das artes visuais (linha, ponto, cor, for- ma); da dança, do teatro e da per- formance (movimentos corporais e narrativas gestuais); e da música (timbres, duração, altura e intensi- dade dos sons). • Criar com autonomia, criativida- de e poética em diferentes lingua- gens, percebendo inclusive proces- sos que integram várias linguagens, como a instalação, a intervenção artística e a performance. • Identificar, explorar e escolher diferen- tes elementos de linguagem, materiali- dades e tecnologias para se expressar em diversas expressões artísticas como dese- nho, pintura, música, dança e teatro, in- cluindo as artes integradas. • Comunicar-se oralmente a respeito das manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como o desenho, a dança, a música, a performance, o jogo teatral, entre outras. • Realizar pesquisas acerca de elemen- tos de linguagem, materialidades, pro- cessos de criação, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cul- tura e vida cotidiana. • Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. • Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialida- des e processos, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais na- cionais e internacionais. 8 Arte e brincadeiras INVENÇÃO E CRIATIVIDADE BIBLIOTECA DO INSTITUTO DA FRANÇA, PARIS/GRANGER/BRIDGEMAN IMAGES/FOTOARENA CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R Imaginação Performances VAN ESS A A LEX AN DR E ©T AR SIL A DO A M AR AL E M PR EE ND IM EN TO S/ M US ÉE D E GR EN OB LE , G RE NO BL E, FR AN ÇA . XI CÂ G . L IM A 43 2324 27 ARTE POSTAL 48 CO LE CA O P AR TI CU LA R 99 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 9D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 9 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 Sua criatividade se desenvolve o tempo todo! Quando você fica curioso sobre algo. Quando você ob- serva o mundo ao seu redor. Quando você enfrenta desafios. Quando se aventura a mergulhar em sua imaginação. Inventar e se expressar faz parte da vida! 1. Observe as imagens e leia as palavras a seguir. Você sabe o que elas significam? Vamos procurar estas imagens no livro? Escreva, no quadrinho perto de cada imagem, o nú- mero da página em que você a encontrou. INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS Capítulo 1 • Observar, lembrar e imaginar Capítulo 2 • De onde vem tanta ideia? M US EU D E AR TE M O DE RN A DE S ÃO P AU LO . SÃ O P AU LO , B RA SI L Observação e memória CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R 14 18 88 1 unidade ARTE CRIATIVA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 8D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006a 031-LA-G23-AVU1.indd 8 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 8D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 8 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório imagético. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Em roda de conversa, apresentar as imagens e as palavras-chave da aber- tura da Unidade 1 e propor aos estu- dantes que expressem o que pensam e sabem, criando hipóteses interpreta- tivas a respeito delas. Como forma de exploração, propor um jogo de “caça ao tesouro”, orientando-os a procu- rar nas páginas do livro as imagens apresentadas na abertura de unidade. Depois, eles deverão anotar no espa- ço próximo à palavra-chave o número da página em que encontraram a ima- gem, relacionando imagens, palavras e a localização dos assuntos e temas a partir da numeração das páginas. É in- teressante levantar os conhecimentos prévios da turma e sensibilizá-la para os próximos estudos, assim a dupla de páginas também oferece oportuni- dade para mais um momento de ava- liação diagnóstica e o trabalho com o conceito de palavra-chave, ampliando o vocabulário. ⊲ PNA • Conhecimento alfabético A atividade oportuniza a leitura de palavras, incluindo palavras com dife- rentes sinais gráficos. ⊲ +IDEIAS Organizar os estudantes em pe- quenos grupos e propor a eles que folheiem o livro, observando aquilo que já conhecem e o que parece iné- dito. Pedir que registrem no caderno de artista (diário de bordo do estudan- te) as palavras-chave, com a intenção de pesquisar mais e criar, ao longo dos estudos no livro, uma espécie de di- cionário com termos sobre Arte. ⊲ PRÉ-REQUISITOS PEDAGÓGICOS É desejável que os estudantes tenham tido diferentes formas de contato com a arte: apreciando e experimentando materialidades, identificando e usando elementos de linguagem e participando de experiências estésicas e artísticas. Ao identificar que eles não viveram expe- riências como essas, propor situações de aprendizagem em que possam de- senvolver habilidades em diferentes lin- guagens. Promover rodas de conversas para observar como os estudantes per- cebem a arte em diferentes contextos e o que sabem sobre processos criativos. Nesta unidade são propostas produções em grupo, por isso, é necessário que os estudantes reconheçam o valor do tra- balho colaborativo. 9 Arte e brincadeiras INVENÇÃO E CRIATIVIDADE BIBLIOTECA DO INSTITUTO DA FRANÇA, PARIS/GRANGER/BRIDGEMAN IMAGES/FOTOARENA CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R Imaginação Performances VAN ESS A A LEX AN DR E ©T AR SIL A DO A M AR AL E M PR EE ND IM EN TO S/ M US ÉE D E GR EN OB LE , G RE NO BL E, FR AN ÇA . XI CÂ G . L IM A 43 2324 27 ARTE POSTAL 48 CO LE CA O P AR TI CU LA R 99 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 9D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 9 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 Sua criatividade se desenvolve o tempo todo! Quando você fica curioso sobre algo. Quando você ob- serva o mundo ao seu redor. Quando você enfrenta desafios. Quando se aventura a mergulhar em sua imaginação. Inventar e se expressar faz parte da vida! 1. Observe as imagens e leia as palavras a seguir. Você sabe o que elas significam? Vamos procurar estas imagens no livro? Escreva, no quadrinho perto de cada imagem, o nú- mero da página em que você a encontrou. INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS Capítulo 1 • Observar, lembrar e imaginar Capítulo 2 • De onde vem tanta ideia? M US EU D E AR TE M O DE RN A DE S ÃO P AU LO . SÃ O P AU LO , B RA SI L Observação e memória CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R 14 18 88 1 unidade ARTE CRIATIVA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 8D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 8 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 9D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 9 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório imagético. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.) ORGANIZE-SE Pedir aos estudantes que pesquisem imagens de desenhos de invenções, como as máquinas voadoras de Leonardo da Vinci e Alberto Santos Dumont. Pode-se sugerir ainda que busquem também ou- tros inventores. ROTEIRO DE AULA Propor um momento de nutrição estéti- ca a partir da leitura da imagem da obra Ex Orbis. O professor é o mediador e o cura- dor de aprendizagens que estimula con- versações e desperta o olhar do estudante para as obras de arte. É positivo que os estudantes expressem muitas ideias e hi- póteses, que ativem memórias e ampliem o repertório cultural pelo encontro com a arte. À medida que eles conversarem sobre a imagem, apresentar informações sobre o processo de criação de Regina Sil- veira. A artista faz pesquisas de imagens, apropriações e ressignificações que resul- tam em um acervo visual rico para a rea- lização de suas obras, atribuindo poéticas 10 11 RO BE RT O W EI GA ND 11 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 11D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 11 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 Venha observar, memorizar, imaginar e criar! Há muito tempo criamos coisas e modos inovadores de viver. Observe a obra Ex Orbis, de Regina Silveira. Há vários desenhos nela. Você já viu desenhos como esses antes? Você sabia que muitas invenções incríveis nascem a partir de ideias desenhadas em uma folha de papel? Venha descobrir mais sobre arte, invenções e criatividade! 10 ▲ Ex Orbis, de Regina Silveira, 2001. Painel de cerâmica, 7 m x 11 m. Painel criado para o saguão do aeroporto do município de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. AE RO PO RT O D E PO RT O A LE G RE /E DU AR DO V ER DE RA M E 10 1 OBSERVAR, LEMBRAR E IMAGINAR D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 10D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 10 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 10D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 10 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 pessoais. No projeto Ex Orbis, um painel de cerâmica foi criado para ser colocado no prédio do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, RS. Para tanto, Regina Silveira pesquisou esboços e desenhos de máquinas voadoras de vários contextos culturais e épocas. ⊲ +IDEIAS Estimular os estudantes a lerem legen- das de imagens e de textos visuais (obras de arte, ilustrações, partituras, fotografias, tabelas e outras) como possibilidade para guns desses projetos se tornaram rea- lidade, outros são invenções de ficção científica em filmes, ficaram no sonho ou são parte da imaginação de mentes criativas. A partir das imagens, conver- sar com os estudantes sobre o concei- to de criatividade na Arte, na Ciência e em outras áreas do conhecimento. Os estudantes podem montar um portfó- lio virtual e compartilhá-lo nas redes sociais da escola, por exemplo. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Realizar uma avaliação diagnóstica para descobrir os conhecimentos pré- vios dos estudantes em relação aos saberes aqui propostos e para definir qual trajeto será interessante seguir. Combinar sobre os materiais e proce- dimentos que podem ajudar a compor um caderno individual de registros, como um caderno de artista (diário de bordo do estudante). Explicar aos es- tudantes que vários artistas costumam ter diários de anotações para registrar suas descobertas,pesquisas, dúvidas, modos de criar e outras experiências. O material que eles venham a criar pode, inclusive, ter participações de familiares. Outra proposta é fazer combinados sobre os materiais que podem compor um portfólio coletivo, registrando e contando as arte-aven- turas da turma. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • REGINA SILVEIRA. Disponível em: https://reginasilveira.com/. Acesso em: 28 maio 2021. Site oficial, no qual pode-se conhe- cer melhor a artista Regina Silveira e suas obras por meio de imagens, ví- deos e textos. o desenvolvimento da competência leito- ra, da apreciação sensível e da interpreta- ção das obras. Esses textos podem funcio- nar como provocações para momentos de apreciação e nutrição estética e, posterior- mente, serão contextualizados em seções e propostas didáticas. Sugerimos que a turma realize uma curadoria de desenhos criados por inven- tores de máquinas voadoras, em especial do artista Leonardo da Vinci. Pensar com os estudantes em diferentes suportes para a exposição dos desenhos encontrados. Al- 11 11 RO BE RT O W EI GA ND 11 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 11D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 11 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 Venha observar, memorizar, imaginar e criar! Há muito tempo criamos coisas e modos inovadores de viver. Observe a obra Ex Orbis, de Regina Silveira. Há vários desenhos nela. Você já viu desenhos como esses antes? Você sabia que muitas invenções incríveis nascem a partir de ideias desenhadas em uma folha de papel? Venha descobrir mais sobre arte, invenções e criatividade! 10 ▲ Ex Orbis, de Regina Silveira, 2001. Painel de cerâmica, 7 m x 11 m. Painel criado para o saguão do aeroporto do município de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. AE RO PO RT O D E PO RT O A LE G RE /E DU AR DO V ER DE RA M E 10 1 OBSERVAR, LEMBRAR E IMAGINAR D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 10D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 10 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 11D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 11 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 https://reginasilveira.com/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e ima- terial, de culturas diversas, em es- pecial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e euro- peias, de diferentes épocas, favore- cendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Ler o poema de Manoel de Barros, convidando alguns estudantes para ler alguns trechos. Na atividade 1, propor aos estu- dantes que explorem as palavras pre- sentes no texto ao relerem, em silên- cio e com calma, o poema. Disponibi- lizar para a turma alguns dicionários. A pesquisa do significado das palavras escolhidas pelos estudantes propiciará ampliar o vocabulário e o repertório cultural. Sugere-se a criação, com os estudantes, de um caderno que seja um dicionário de termos descobertos ao longo do ano letivo. Conversar com eles a respeito da criatividade no cotidiano, a partir de perguntas como: Para você, o que é ser criativo? Em que situações você se con- sidera criativo? Você conhece alguém muito criativo? Por que será que os ar- tistas costumam ser muito criativos? O que é preciso para ser mais criativo? No decorrer da conversa, falar sobre as di- ferenças entre as preferências pessoais e valorizar a individualidade, a fim de respeitar e valorizar a opinião de todos. Apresentar também o grafite dos ar- tistas Telmo Pieper e Miel Krutzmann. Na atividade 2, ao relacionar o poema com grafite apresentado, é im- portante conversar com a turma sobre as diversidades presentes no ato criador, valorizando os diferentes processos de criação e linguagens artísticas. Realizar uma mostra com mais obras da dupla de artistas e conversar a respeito das criações realizadas por “coletivos” de artistas. Articulação com Língua Portuguesa A atividade 1 propicia o trabalho de localização de palavras no dicionário e es- clarecimento de seu significado de acordo com o contexto de origem, no caso o poe- ma de Manoel de Barros. ⊲ PNA • Fluência em leitura oral A proposta da atividade 1 trabalha a leitura compartilhada com ritmo e expres- são durante a leitura do trecho do poema. • Desenvolvimento de vocabulário Na atividade 1, o trabalho com busca de significados de palavras em dicionários permite a ampliação do vocabulário dos estudantes. 12 13 Telmo Pieper (1989-) nasceu na Holanda. Ele é um artista visual e cria ilustrações, pinturas digitais e a óleo, além de grafites fantásticos. Miel Krutzmann (1984-) é um artista visual que nasceu na Holanda. Trabalha com Telmo Pieper no estúdio TelmoMiel e, lá, eles produzem arte ins- pirada nos mundos humano e animal. Agora, observe esta imagem criada por Telmo Pieper e Miel Krutzmann. ▲ Se eu fosse uma mariposa (If I Was a Moth), grafite de TelmoMiel. Os artistas visuais Telmo Pieper e Miel Krutzmann se uniram em 2012 para criar painéis em construções como prédios, casas e fábricas. Esse painel foi feito na Islândia. O poeta Manoel de Barros usou as palavras para nos provocar e nos convidar a pensar em meninas e meninos e suas travessuras imaginárias. Os artistas visuais Telmo Pieper e Miel Krutzmann também nos convi- daram a observar a criação deles e a voar por nossa imaginação, assim como a menina que se aventura pelo ar montada em uma mariposa. 2. Você acha que a arte é uma forma de expressar nossa criatividade? Releia o poema, observe novamente a imagem e conver- se com os colegas e o professor a respeito. 2. Resposta pessoal. Os estudantes partirão de hipóteses interpretativas com base na fruição e na interpretação do poema e da imagem. Sugere-se reler o poema com os estudantes, intercalando a leitura entre eles, e fazer a leitura da imagem explorando detalhes. TE LM O P IE PE R/ RE YK JA VI K, IS LÂ N DI A. AC ER VO P ES SO AL AC ER VO P ES SO AL RO BE RT O W EI G AN D 13 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 13D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 13 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto no final da frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor! A mãe reparava o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho, você vai ser poeta. Manoel de Barros. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2013. p. 470. 1. Releia o poema de Manoel de Barros e circule duas palavras que você não conhece. a) Pesquise os significados dessas palavras em um dicionário. b) Descobriu o que as palavras significam? Escreva os significados delas neste espaço. 1. a) e b) Respostas pessoais. Aproveitar o momento para trabalhar o uso do dicionário com os estudantes. Manoel de Barros (1916-2014) nasceu no município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. Ele foi um poeta que criou vários poemas inspirados na imaginação das crianças. ES B PR O FE SS IO N AL /S HU TT ER ST O CK .C O M ED ER C HI O DE TT O /F O LH AP RE SS IMAGINAR E CRIAR Leia com o professor um trecho do poema O menino que carregava água na peneira, de Manoel de Barros. Apesar de as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinarem outra regra, optamospor usar a ordem direta dos nomes dos autores nas referências desta obra, para apoiar o processo de leitura dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 12 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 12D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 12 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 12D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 12 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 ⊲ +IDEIAS Faz parte do processo criativo de mui- tos artistas convidar outros artistas para criar em conjunto. Pedir à turma que rea- lize uma pesquisa sobre artistas que criam em duplas, trios, ou que fazem parte de “coletivos”. A turma pode pesquisar ainda o que motiva os artistas a criarem essas parcerias. As descobertas podem ser regis- tradas e apresentadas em aula. Sugerimos conversar com os estudan- tes a respeito de outros poetas brasileiros e fazer uma curadoria de poemas escritos por diferentes autores, incluindo mulheres e homens. A turma pode pesquisar poe- mas que tratem dos temas apresentados na Unidade 1, como a criatividade e a ima- ginação, por exemplo. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Para que haja avaliações em processo é importante ter materiais e realizar regis- tros sistemáticos e frequentes. Combinar com os estudantes e familiares que pro- videnciem o “caderno de artista”, expli- cando a eles que irão usar este ma- terial para registrar suas descobertas, pesquisas, dúvidas, modos de criar e outras experiências no aprender so- bre arte. A família pode ser convida- da, criando desenhos com o estudan- te, colocando imagens e produzindo textos escritos. Outra proposta é que o caderno seja confeccionado pelos próprios estudantes durante uma ofi- cina de encadernação artesanal. Registar suas impressões na traje- tória pedagógica é importante, assim sugerimos que você, professor, tam- bém tenha o seu caderno de artista (diário de bordo do professor). SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA SITE • ERA VIRTUAL. Disponível em: https://www.eravirtual.org/visitas-virtuais/. Acesso em: 3 jul. 2021. Site que traz várias opções para realizar visitação virtual em museus e exposições, apreciando poemas, ima- gens e canções em momentos de nu- trição estética. LIVRO • BARROS, Manoel de. Exercí- cios de ser criança. Rio de Janeiro: Sala- mandra, 1999. Este livro apresenta o pensamento criativo das crianças em um mundo fantástico a partir de leituras de mun- do. Muito indicado para momentos de fruição em família. 13 13 Telmo Pieper (1989-) nasceu na Holanda. Ele é um artista visual e cria ilustrações, pinturas digitais e a óleo, além de grafites fantásticos. Miel Krutzmann (1984-) é um artista visual que nasceu na Holanda. Trabalha com Telmo Pieper no estúdio TelmoMiel e, lá, eles produzem arte ins- pirada nos mundos humano e animal. Agora, observe esta imagem criada por Telmo Pieper e Miel Krutzmann. ▲ Se eu fosse uma mariposa (If I Was a Moth), grafite de TelmoMiel. Os artistas visuais Telmo Pieper e Miel Krutzmann se uniram em 2012 para criar painéis em construções como prédios, casas e fábricas. Esse painel foi feito na Islândia. O poeta Manoel de Barros usou as palavras para nos provocar e nos convidar a pensar em meninas e meninos e suas travessuras imaginárias. Os artistas visuais Telmo Pieper e Miel Krutzmann também nos convi- daram a observar a criação deles e a voar por nossa imaginação, assim como a menina que se aventura pelo ar montada em uma mariposa. 2. Você acha que a arte é uma forma de expressar nossa criatividade? Releia o poema, observe novamente a imagem e conver- se com os colegas e o professor a respeito. 2. Resposta pessoal. Os estudantes partirão de hipóteses interpretativas com base na fruição e na interpretação do poema e da imagem. Sugere-se reler o poema com os estudantes, intercalando a leitura entre eles, e fazer a leitura da imagem explorando detalhes. TE LM O P IE PE R/ RE YK JA VI K, IS LÂ N DI A. AC ER VO P ES SO AL AC ER VO P ES SO AL RO BE RT O W EI G AN D 13 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 13D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 13 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto no final da frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor! A mãe reparava o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho, você vai ser poeta. Manoel de Barros. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2013. p. 470. 1. Releia o poema de Manoel de Barros e circule duas palavras que você não conhece. a) Pesquise os significados dessas palavras em um dicionário. b) Descobriu o que as palavras significam? Escreva os significados delas neste espaço. 1. a) e b) Respostas pessoais. Aproveitar o momento para trabalhar o uso do dicionário com os estudantes. Manoel de Barros (1916-2014) nasceu no município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. Ele foi um poeta que criou vários poemas inspirados na imaginação das crianças. ES B PR O FE SS IO N AL /S HU TT ER ST O CK .C O M ED ER C HI O DE TT O /F O LH AP RE SS IMAGINAR E CRIAR Leia com o professor um trecho do poema O menino que carregava água na peneira, de Manoel de Barros. Apesar de as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinarem outra regra, optamos por usar a ordem direta dos nomes dos autores nas referências desta obra, para apoiar o processo de leitura dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 12 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 12D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 12 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 13D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 13 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 https://www.eravirtual.org/visitas-virtuais/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). proposta de alterar, intervir em determina- do espaço por um tempo. Esta atitude tira o ambiente do lugar-comum e pro- voca, em quem passa por esses espa- ços, encontros e experiências com arte. O objetivo desta proposta é apresentar possibilidades de criação de trabalhos ar- tísticos de modo lúdico, para que os es- tudantes tenham a oportunidade de exer- citar a fruição de textos visuais e verbais. Conversar com os estudantes sobre o Pro- jeto Parede, do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Na passagem que dá acesso às ROTEIRO DE AULA Aproveitar este momento de nutri- ção estética e apreciação como uma possibilidade de leitura lúdica da ima- gem. Para abrir a atividade, os estu- dantes podem executar movimentos corporais que expressem as trajetórias representadas pelas linhas definidas com as marcas de pneus. Propor aos estudantes que expres- sem suas hipóteses sobre a materiali- dade presente em Derrapagem. Nes- sa instalação, a artista fez pesquisas e reproduziu marcas de diferentes tipos de veículos em vinil adesivo. Na mediação cul- tural, conversar com os estudantes sobre as marcas deixadas por pneus de diferentes veículos automotores e as marcas de pneus que os carrinhos de brinquedo podem criar. Caso seja necessário, retome o conceito de instalação, que já pode ter sido estudado em anos anteriores, mostrando que a insta- lação artística é uma linguagem em queos artistas ocupam e modificam espaços usan- do os mais variados processos e materiali- dades. Aqui também trazemos o conceito de intervenções artísticas: trabalhos com a 14 ▼ Derrapagem, de Regina Silveira, 2004. Instalação com adesivo e carrinhos de madeira. Intervenções artísticas são obras que mudam um espaço ou lugar por um tem- po com desenhos, pinturas, instalações e outros meios de expressão artística. Existem muitos modos de criar na arte e um deles é fazer intervenções artísticas em diversos espaços. Foi no Projeto Parede, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, que a artista Regina Silveira criou a instala- ção Derrapagem. Regina Silveira (1939-) nasceu no município de São Paulo. Ela é uma artista que se expressa em gravuras, pinturas e instalações. ROBERTO WEIGAND M US EU D E AR TE M O DE RN A DE S ÃO P AU LO .S ÃO P AU LO ,B RA SI L 1. Você reconhece essas marcas na pare- de? O que mais chama a sua atenção nessa imagem? Respostas pessoais. É provável que os estudantes concluam que são reproduções de marcas de pneus, mas é importante consi- derar as observações individuais. ACERVO PESSOAL 15 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 15 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 INTERVIR E CRIAR Observe esta obra de Regina Silveira. O que passou por aqui? Quem deixou essas marcas? Linhas... Formas... Texturas... Derraparam na parede. É um jeito de desenhar? É um modo de escorregar o olhar? Texto elaborado para esta obra. RO BER TO WE IGA ND RO O BC IO /S HU TT ER ST O CK .C O M 14 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 14D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 14 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 14D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 14 11/08/21 18:2711/08/21 18:27 salas de exposição, há um corredor, onde os artistas são convidados a fazer intervenções, explorando materialidades e ideias criativas e construindo um espaço interativo de arte. Ao trabalhar a atividade 1, reservar um tempo para que os estudantes expres- sem suas hipóteses interpretativas. Não há respostas exatas, a proposta é estimular modos de pensar a arte e os processos de criação da artista Regina Silveira. Despertar a atenção dos estudantes para os elemen- tos formais (constitutivos de linguagem) das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, ⊲ +IDEIAS Nas obras da artista Regina Silveira estão presentes desenhos traçados por linhas. A partir da obra apresentada, pode-se explorar com os estudantes os diversos tipos de linha: grossa, longa, curva, reta e sobreposição de linhas e formas, entre outros aspectos visuais. Estimular os estudantes a falarem quais tipos de linha conhecem e regis- trar na lousa o nome e a representação de cada uma delas. Criar um dicionário com os tipos de linha encontrados na natureza ou criados pelo ser humano. Propor mais um momento de investi- gação sensorial ao observar e analisar a presença de linhas, formas e texturas no mobiliário, nos padrões das roupas, em nossos corpos etc. Levantar questões como: Onde encontramos linhas no dia a dia? De linhas nascem formas e texturas? O que são texturas? Onde encontramos formas e texturas? Conversar com os estudantes so- bre texturas, explicando que podem ser criadas a partir do uso de mate- riais que deixam impressões (texturas táteis) ou usando linhas (texturas sen- soriais visuais). ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Como instrumento de avaliação, organizar rodas de conversa para fa- zer sondagens a respeito do que os estudantes observam na cultura visual e como trazem essas experiências em momentos de apreciação de imagens em sala de aula. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • DERRAPAGEM, de Regina Silveira. Disponível em: https://reginasilveira.com/ DERRAPAGEM. Acesso em: 8 jul. 2021. A página, pertencente ao site ofi- cial da artista, apresenta comentários e mais imagens da intervenção artísti- ca Derrapagem. textura, relação figura e fundo) e os obje- tos que foram colocados na parede, como pequenos carros. Será que eles também podem criar arte utilizando brinquedos? Conversar ainda sobre a leitura e a inter- pretação das imagens ilustrativas. Mais à frente propomos uma ação criadora lúdica com a ideia: brinquedos e arte. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. 15 ▼ Derrapagem, de Regina Silveira, 2004. Instalação com adesivo e carrinhos de madeira. Intervenções artísticas são obras que mudam um espaço ou lugar por um tem- po com desenhos, pinturas, instalações e outros meios de expressão artística. Existem muitos modos de criar na arte e um deles é fazer intervenções artísticas em diversos espaços. Foi no Projeto Parede, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, que a artista Regina Silveira criou a instala- ção Derrapagem. Regina Silveira (1939-) nasceu no município de São Paulo. Ela é uma artista que se expressa em gravuras, pinturas e instalações. ROBERTO WEIGAND M US EU D E AR TE M O DE RN A DE S ÃO P AU LO .S ÃO P AU LO ,B RA SI L 1. Você reconhece essas marcas na pare- de? O que mais chama a sua atenção nessa imagem? Respostas pessoais. É provável que os estudantes concluam que são reproduções de marcas de pneus, mas é importante consi- derar as observações individuais. ACERVO PESSOAL 15 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 15 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 INTERVIR E CRIAR Observe esta obra de Regina Silveira. O que passou por aqui? Quem deixou essas marcas? Linhas... Formas... Texturas... Derraparam na parede. É um jeito de desenhar? É um modo de escorregar o olhar? Texto elaborado para esta obra. RO BER TO WE IGA ND RO O BC IO /S HU TT ER ST O CK .C O M 14 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 14D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 14 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 15D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 15 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 https://reginasilveira.com/DERRAPAGEM https://reginasilveira.com/DERRAPAGEM ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório imagético. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Propor uma roda de conversa com os estudantes. Levantar os conhecimentos prévios e sensibilizá-los para o estudo da seção a partir da exploração de pergun- tas iniciais. Perguntar: Na abertura desta seção, você conheceu uma obra de Guto Lacaz. Você sabia que ele é um artista multimídia, ilustrador, designer, desenhis- ta, inventor e cenógrafo? Na sua opinião, quais são os ingredientes necessários para criar, inventar? Quais são as relações pos- síveis entre Arte e Ciências? Falar sobre as invenções humanas, as criações artísticas e a participação direta do público na obra de arte. Destacar a obra Ciclocine, de Guto Lacaz, em que o artista usa uma bicicleta adaptada para projetar a imagem em uma parede, como em uma sala de cinema. Comentar que a obra precisa de alguém para se concreti- zar plenamente e criar o significado pro- posto pelo artista. Chamar a atenção dos estudantes sobre como o projetor con- segue energia por meio de um gerador de energiaalternativo. Nessa obra, Guto 16 suporte da bicicleta lente projeção dínamo farol O SN EI R O KO E o que foi que Guto Lacaz inventou? Ele inventou uma forma de produzir energia elétrica com a bici- cleta. Por isso, a obra Ciclocine é um projeto de arte e também é uma forma de gerar energia limpa! Energia limpa é aquela que não altera nem prejudica o ambiente durante seu processo de produção ou consumo. Entenda o funcionamento dessa obra. Se alguém pedalar essa bicicleta, uma peça chamada dínamo trans- forma a força feita para movimentar a bicicleta em energia elétrica. Essa energia acende a lâmpada do farol e projeta as imagens desenha- das pelo artista. A projeção das imagens na parede funciona como em uma tela de cinema. E é da mistura das palavras bicicleta e cinema que o artista criou o nome da obra: Ciclocine. EDSON KUMASAKA ES B PR O FE SS IO N AL /S HU TT ER ST O CK .C O M 17 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 17D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 17 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 ▲ Ciclocine, de Guto Lacaz, 1995. ENERGIA LIMPA Quem é que está sempre criando? Artista, cientista ou alguém que se arrisca? Observe esta imagem com uma criação de Guto Lacaz. A imagem mostra o artista Guto Lacaz usando sua invenção. Ele transformou uma bicicleta em um projetor de imagens! Além disso, o artista explorou seu processo artístico e criativo para reinventar a função desse objeto do cotidiano, a bicicleta, e, assim, inventar na arte! ED SO N K UM AS AK A Guto Lacaz (1948-) nasceu no município de São Paulo. Ele é formado em arquite- tura e cria obras com materiais do cotidiano de um modo bem divertido. EDSON KUMASAKA diAlogos 16 EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO AMBIENTALAMBIENTAL D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 16D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 16 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 16D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 16 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 Lacaz criou uma maneira de produzir energia elétrica com uma bicicleta. Quan- do se pedala a bicicleta, é possível trans- ferir energia para uma peça chamada dí- namo; esta aciona uma lâmpada que pro- jeta imagens desenhadas por ele. A obra funciona como em uma tela de cinema, daí o nome Ciclocine. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito am- plia o vocabulário dos estudantes. acetato, vidros de janelas, entre ou- tras, orientando-os a usar tinta gua- che de várias cores e pincéis macios para criar desenhos diretamente sobre esses suportes. Outra experiência possível é criar imagens desenhadas com canetas em uma folha de plástico transparente e colocá-la sobre o vidro de um retro- projetor. Os estudantes podem ser convidados a inventar histórias a partir das imagens projetadas, em narrativas e poéticas visuais. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Sugerimos fazer registros com foto- grafias e filmagens, pois essas criações com projeção de imagens são efême- ras. Os registros feitos por você e os estudantes podem compor um port- fólio coletivo (físico ou digital) – um material que registre as experiências, ações criadoras e as investigações dos estudantes. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • GUTO LACAZ. Disponível em: http://www.gutolacaz.com.br/. Acesso em: 8 jul. 2021. Site oficial do artista, que apre- senta suas produções em desenhos, instalações, performances e outras linguagens. SITE • KAC. Disponível em: http://www. ekac.org/. Acesso em: 2 jul. 2021. Site oficial do artista Eduardo Kac, que apresenta suas produções explo- rando a interdisciplinaridade entre Arte e Ciências. Você deve acessá-lo previamente e selecionar o que é ade- quado trazer para a apreciação dos estudantes. SITE • LUCIA KOCK. Disponível em: http://luciakoch.com. Acesso em: 8 jul. 2021. O site oficial da artista apresenta cartografias com suas produções, em que trabalha principalmente com a luz, transparências e cor. ⊲ +IDEIAS Ilustrar a relação entre Arte e Ciências pesquisando sobre sistemas de energia alternativa com os estudantes. Há vários artistas que estabelecem estas relações, como Lucia Kock, Eduardo Kac e Guto Lacaz. Pesquisar mais sobre a arte desses artistas e apresentar aos estudantes (ver Sugestão para o professor). Você também pode propor aos estu- dantes que pesquisem na escola superfí- cies transparentes que possam ser usadas como suporte, como placas de acrílico ou 17 suporte da bicicleta lente projeção dínamo farol O SN EI R O KO E o que foi que Guto Lacaz inventou? Ele inventou uma forma de produzir energia elétrica com a bici- cleta. Por isso, a obra Ciclocine é um projeto de arte e também é uma forma de gerar energia limpa! Energia limpa é aquela que não altera nem prejudica o ambiente durante seu processo de produção ou consumo. Entenda o funcionamento dessa obra. Se alguém pedalar essa bicicleta, uma peça chamada dínamo trans- forma a força feita para movimentar a bicicleta em energia elétrica. Essa energia acende a lâmpada do farol e projeta as imagens desenha- das pelo artista. A projeção das imagens na parede funciona como em uma tela de cinema. E é da mistura das palavras bicicleta e cinema que o artista criou o nome da obra: Ciclocine. EDSON KUMASAKA ES B PR O FE SS IO N AL /S HU TT ER ST O CK .C O M 17 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 17D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 17 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 ▲ Ciclocine, de Guto Lacaz, 1995. ENERGIA LIMPA Quem é que está sempre criando? Artista, cientista ou alguém que se arrisca? Observe esta imagem com uma criação de Guto Lacaz. A imagem mostra o artista Guto Lacaz usando sua invenção. Ele transformou uma bicicleta em um projetor de imagens! Além disso, o artista explorou seu processo artístico e criativo para reinventar a função desse objeto do cotidiano, a bicicleta, e, assim, inventar na arte! ED SO N K UM AS AK A Guto Lacaz (1948-) nasceu no município de São Paulo. Ele é formado em arquite- tura e cria obras com materiais do cotidiano de um modo bem divertido. EDSON KUMASAKA diAlogos 16 EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO AMBIENTALAMBIENTAL D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 16D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 16 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 17D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 17 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 http://www.gutolacaz.com.br/ http://www.ekac.org/ http://www.ekac.org/ http://luciakoch.com/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertó- rio imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Propor que os estudantes pesqui- sem com seus familiares desenhos e pinturas que fizeram quando eram menores e os levem para a aula. Pesquisar previamente aplicativos de fácil acesso para a criação de de- senhos digitais. ROTEIRO DE AULA Organizaruma roda de conversa para o momento de nutrição estética e leitura da obra de Telmo Pieper. Dizer aos estudantes que o artista criou a pintura digi- tal da baleia tendo como modelo um dese- nho que fez quando era criança. Explicar a eles que uma pintura digital é uma imagem criada com recursos tecnológicos. Alguns smartphones possuem aplicativos de sim- ples acesso para a criação de desenhos di- gitais; se você tiver acesso a algum, mostrar para a turma. Os estudantes podem se inspirar em de- senhos feitos por eles quando eram mais jovens ou criar a partir de outras inspira- ções. Relembrar, com os estudantes, que é possível desenhar com lápis de cor ou com outros tipos de riscadores, bem como usar tintas ou ferramentas digitais para criar na linguagem visual. Nas etapas de trabalho 1 a 4 da ativi- dade, o desenho é proposto enquanto processo de criação autoral e poética dos estudantes. Oferecer a eles folhas avulsas em diferentes formatos e suportes. Nas etapas de trabalho 5 a 7 da pro- posta, o desenho é também uma forma de incentivar o acesso a ferramentas di- 18 Podemos criar imagens usando ferramentas manuais ou digitais. Então, que tal criar dese- nhos e pinturas usando diversas ferramentas? atenção: Peça ajuda a um adulto para pesquisar qual é a melhor ferramenta para criar desenhos e pinturas digitais em um computa- dor, celular ou tablet.COMO FAZER 1. Escolha um tema que você quer desenhar. 2. Decida quais ris- cadores, suportes e outros materiais você vai usar. 3. Crie o desenho. Lembre que ele pode ser feito a partir da sua obser- vação, memória ou imaginação. . Você pode escolher colorir ou não o seu desenho. 5. Com a ajuda de um adulto, fotografe o dese- nho ou a pintura que você fez de modo manual. Transfira a imagem para o computador, celular ou tablet. 6. Usando a ferra- menta digital que você escolher, crie traços e formas sobre sua imagem. 7. Salve a imagem e com- partilhe com seus cole- gas e familiares! esta e a minha arte! BR UN A AS SI S BR AS IL Com a ajuda do professor, você e seus colegas de turma podem organizar uma exposição virtual. Já pensou que legal compartilhar com tantas pessoas os desenhos e as pinturas manuais e digitais criados por vocês? 19 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 19D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 19 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 CRIAR COM FERRAMENTAS MANUAIS E TECNOLÓGICAS ▲ Walvis, de Telmo Pieper, 2009. Pintura digital feita em tablet. Quando o artista Telmo Pieper era criança, ele gostava de ficar ob- servando o mundo ao seu redor e criava desenhos e pinturas em folhas de papel. Ao se tornar adulto, descobriu que poderia transformar os dese- nhos, criados por ele na infância, em pinturas digitais. Pinturas digitais e, também, desenhos digitais são imagens cria- das com programas de computador. CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R Muitos artistas criam com base no que observam no dia a dia. Ou- tros artistas recorrem à memória para criar. Há quem imagine e invente mundos novos. São mundos feitos por imagens do imaginário! Observe esta imagem criada por Telmo Pieper. OFICINA de arte 18 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 18D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 18 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 18D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 18 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 gitais e desenvolver habilidades e compe- tências tecnológicas. Há vários aplicativos e programas gra- tuitos na internet para desenhar e pintar, mas é preciso fazer uma pesquisa antes para saber se estão funcionando bem e se a interface é segura para o acesso dos estudantes. Quanto à participação da família, é importante enviar um tutorial (escrito, em áudio ou em vídeo) de como acessar os endereços e explicar o modo de uso das ferramentas (ver Sugestão para o professor). ⊲ +IDEIAS Atualmente, artistas e ilustradores que trabalham com pinturas digitais expõem suas obras, fotos e vídeos de processos criativos em redes sociais. Com a turma, você pode realizar uma busca em redes sociais ou outros sites de pesquisa, com o objetivo de com- por uma curadoria das obras digitais de que mais gostaram. Procurar en- volver os familiares nessa iniciativa. Em momentos de ação criadora, os estudantes podem explorar materiali- dades como tintas. Propor a eles a cria- ção de suas próprias tintas plásticas, da seguinte maneira: 1. Misturar duas co- lheres (sopa) de cola branca a uma co- lher (café) de corante alimentício usa- do para colorir bolos e doces. 2. Mexer bem e, se desejar, adicionar algumas gotas de água. 3. Fazer esse processo para cada cor criada para pintar. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Ao exercitarem a observação e o contato com o processo criativo de diferentes artistas, os estudantes am- pliam seus repertórios com a arte. Observar como eles desenvolveram seus desenhos digitalmente e se com- preenderam o processo de criação do artista Telmo Pieper. No momento da ação criativa, instigá-los a transformar e a explorar possibilidades do dese- nho. Em processo de autoavaliação, propor a eles que reflitam sobre seu aprendizado e se já haviam tido con- tato com a pintura digital antes. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • SAFETEC. Ferramentas digitais para professores. Disponível em: https://admin. sinprosp.org.br/upl/arq/Ferramentas%20 Digitais%20para%20Professores_ pdf%20(1).pdf. Acesso em: 8 de jul. de 2021. O arquivo apresenta orientações para uso de ferramentas digitais desti- nadas ao contexto escolar. No boxe Esta é a minha arte!, orientar os estudantes sobre plataformas gratuitas de exposição de imagens. Outras ideias podem ser criar um blog intitulado “Gale- ria virtual de arte da turma” ou usar uma página do site da escola para este fim. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. 19 Podemos criar imagens usando ferramentas manuais ou digitais. Então, que tal criar dese- nhos e pinturas usando diversas ferramentas? atenção: Peça ajuda a um adulto para pesquisar qual é a melhor ferramenta para criar desenhos e pinturas digitais em um computa- dor, celular ou tablet.COMO FAZER 1. Escolha um tema que você quer desenhar. 2. Decida quais ris- cadores, suportes e outros materiais você vai usar. 3. Crie o desenho. Lembre que ele pode ser feito a partir da sua obser- vação, memória ou imaginação. . Você pode escolher colorir ou não o seu desenho. 5. Com a ajuda de um adulto, fotografe o dese- nho ou a pintura que você fez de modo manual. Transfira a imagem para o computador, celular ou tablet. 6. Usando a ferra- menta digital que você escolher, crie traços e formas sobre sua imagem. 7. Salve a imagem e com- partilhe com seus cole- gas e familiares! esta e a minha arte! BR UN A AS SI S BR AS IL Com a ajuda do professor, você e seus colegas de turma podem organizar uma exposição virtual. Já pensou que legal compartilhar com tantas pessoas os desenhos e as pinturas manuais e digitais criados por vocês? 19 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 19D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 19 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 CRIAR COM FERRAMENTAS MANUAIS E TECNOLÓGICAS ▲ Walvis, de Telmo Pieper, 2009. Pintura digital feita em tablet. Quando o artista Telmo Pieper era criança, ele gostava de ficar ob- servando o mundo ao seu redor e criava desenhos e pinturas em folhas de papel. Ao se tornar adulto, descobriu que poderia transformar os dese- nhos, criados por ele na infância, em pinturas digitais. Pinturas digitais e, também, desenhos digitais são imagens cria- das com programas de computador. CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R Muitos artistas criam com base no que observam no dia a dia. Ou- tros artistas recorrem à memória para criar. Há quem imagine e invente mundos novos.São mundos feitos por imagens do imaginário! Observe esta imagem criada por Telmo Pieper. OFICINA de arte 18 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 18D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 18 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 19D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 19 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 https://admin.sinprosp.org.br/upl/arq/Ferramentas%20Digitais%20para%20Professores_pdf%20(1).pdf https://admin.sinprosp.org.br/upl/arq/Ferramentas%20Digitais%20para%20Professores_pdf%20(1).pdf https://admin.sinprosp.org.br/upl/arq/Ferramentas%20Digitais%20para%20Professores_pdf%20(1).pdf https://admin.sinprosp.org.br/upl/arq/Ferramentas%20Digitais%20para%20Professores_pdf%20(1).pdf ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertó- rio imagético. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística ROTEIRO DE AULA Refletir com a turma sobre as possibi- lidades de representação, perguntando: Vocês já pensaram em criar uma arte mis- turando fotografia e desenho? Conversar com os estudantes sobre as diferentes possibilidades de se expressar em arte e de representar um sentimento ou ideia: pintando, desenhando, expres- sando-se corporalmente, entre outras. Perguntar a eles de que maneira mais 20 1. Recorte uma fotografia de jornal, revista ou folheto de propaganda e cole sobre um desenho, ou faça o contrário. Pense, estude e faça combinações interessantes. Você também pode criar desenhos e misturar com uma paisagem real registrada em fotografia. Para fazer isso, use ferramentas digitais em um computador ou celular. 2. Crie imagens de situações impossíveis ou de elementos reais. Solte a imaginação! 3. Cole sua criação neste espaço! MATERIAIS E COMO FAZER Resposta pessoal. Sugerir aos estudantes que se expressem por meio de desenhos e colagens aqui, mas também em folhas avulsas, suportes maiores e outras propostas de criação. IU N EW IN D/ SH UT TE RS TO CK .C O M 21 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 21D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 21 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 MISTURAR DESENHOS COM FOTOGRAFIAS O artista belga Ben Heine cria imagens combinando fotografias e desenhos. Veja os efeitos que essa combinação traz à arte dele. Que tal fazer essa experiência artística também?Ben Heine (1983-) nasceu na Costa do Marfim, mas mora na Bélgica. É artista visual e cria imagens incríveis misturando desenhos com fotografias. Lápis versus câmera ⊲ – 58, de Ben Heine, 2011, Bélgica. ⊳ Oficinas Lápis versus câmera (Pencil vs. Câmera), de Ben Heine, 2019, Bélgica, na Biblioteca Provincial de La Louvière. BE N H EI N E BE N H EI N E PHOTKA/SHUTTE RSTOCK.COM, M 88/SHUTTERSTOC K.COM 1101-ART-V3-U1-C1-LA-F014 arte-AVENTURA 20 BE N HE IN E D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 20D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 20 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 20D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 20 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 gostam de se expressar. Depois, conversar com eles sobre as diferenças entre as pre- ferências e valorizar as individualidades. O artista plástico e produtor musical Ben Heine criou, em 2018, a CulturArt, uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo desenvolver projetos criativos, principalmente nas escolas: cur- sos, oficinas, treinamentos, performances ao vivo, criação de materiais educacionais. Essa associação realiza atividades nos se- tores cultural e educacional, visando cons- cientizar as pessoas sobre a importância da arte e da criatividade no desenvolvi- mento da sociedade. A proposta da seção é criar desenhos e combiná-los com fotografias, ou o con- trário: escolher fotografias e fazer a inter- venção com os desenhos. Conversar com os estudantes sobre o processo de criar imagens dessa natureza. Pedir a eles que pensem sobre o que seria interessante desenhar e em que cenas colocar o desenho. As propostas podem ser fei- tas a partir de recortes de revistas ou folhetos utilizando a colagem, dobras de papéis e desenhos. Se achar ade- quado para a maturidade da turma, é possível propor a eles a produção das fotografias com uma câmera fotográ- fica digital ou de celular e imprimi-las. Verificar as condições de acesso da escola e da turma e, caso não seja possível realizar as colagens di- gitalmente, em computadores ou smartphones, pedir aos estudantes que façam em casa, com a família. É importante observar se os estudan- tes e suas famílias possuem acesso às diferentes tecnologias e pensar em alternativas simples, que permitam a participação de todos. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Ao realizar as propostas, observar como os estudantes desenvolveram seus desenhos e se o fato de exercitarem a observação e a imaginação fez diferen- ça na riqueza de detalhes. No momento da ação criativa, incentivar os estudan- tes a pensarem em elementos das artes visuais, como linhas, formas e cores. É possível ainda sugerir que elejam um tema para ser explorado, caso apresen- tem dificuldades em suas escolhas. Em processo de autoavaliação, propor que reflitam sobre como es- tão explorando a imaginação ao criar imagens. É interessante estimulá-los a experimentar diferentes técnicas e lin- guagens artísticas, valorizando o per- curso de criação individual e coletivo. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • BEN HEINE. Disponível em: https://benheine.com/. Acesso em: 8 jul. 2021. Site oficial (em inglês) de Ben Heine, com suas produções em várias técnicas e temas. VÍDEO • 18 PENCIL Vs Camera Images in Progress. Vídeo (8min42s). Disponível em: https://youtu.be/2JQYUwskc_I. Acesso em: 8 jul. 2021. O vídeo apresenta alguns trabalhos de Ben Heine que misturam as lingua- gens de desenho e fotografia em cria- ções de poéticas visuais. 21 1. Recorte uma fotografia de jornal, revista ou folheto de propaganda e cole sobre um desenho, ou faça o contrário. Pense, estude e faça combinações interessantes. Você também pode criar desenhos e misturar com uma paisagem real registrada em fotografia. Para fazer isso, use ferramentas digitais em um computador ou celular. 2. Crie imagens de situações impossíveis ou de elementos reais. Solte a imaginação! 3. Cole sua criação neste espaço! MATERIAIS E COMO FAZER Resposta pessoal. Sugerir aos estudantes que se expressem por meio de desenhos e colagens aqui, mas também em folhas avulsas, suportes maiores e outras propostas de criação. IU N EW IN D/ SH UT TE RS TO CK .C O M 21 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 21D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 21 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 MISTURAR DESENHOS COM FOTOGRAFIAS O artista belga Ben Heine cria imagens combinando fotografias e desenhos. Veja os efeitos que essa combinação traz à arte dele. Que tal fazer essa experiência artística também?Ben Heine (1983-) nasceu na Costa doMarfim, mas mora na Bélgica. É artista visual e cria imagens incríveis misturando desenhos com fotografias. Lápis versus câmera ⊲ – 58, de Ben Heine, 2011, Bélgica. ⊳ Oficinas Lápis versus câmera (Pencil vs. Câmera), de Ben Heine, 2019, Bélgica, na Biblioteca Provincial de La Louvière. BE N H EI N E BE N H EI N E PHOTKA/SHUTTE RSTOCK.COM, M 88/SHUTTERSTOC K.COM 1101-ART-V3-U1-C1-LA-F014 arte-AVENTURA 20 BE N HE IN E D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 20D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 20 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 21D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 21 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 https://benheine.com/ https://www.youtube.com/watch?v=2JQYUwskc_I ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Providenciar um espaço amplo para que os estudantes possam pintar com os carrinhos, preferencialmente explorando outros espaços da escola, além da sala de aula. Combinar com a gestão escolar, se necessário, e cuidar para que seja um local seguro para os estudantes. ROTEIRO DE AULA Em roda de conversa, perguntar: Vocês já repararam nos pneus de carros, cami- nhões e bicicletas? Se esses pneus pas- sassem por cima de tinta colorida, o que apareceria no chão? Conversar mais uma vez com os estudantes sobre o processo de criação da artista Regina Silveira. A proposta é que este projeto seja feito em suportes grandes. Orientá-los a emen- dar folhas de papel com fita adesiva para obter bases maiores para o percurso dos carrinhos. Caso eles não tenham carrinhos 22 COMO FAZER Dica: Se você não tiver um carrinho de controle remoto ou de fricção, conduza um carrinho com as mãos ou amarre um cordão no carrinho para puxar. O importante é a arte que resultará da sua criação! 3. Para pintar o desenho que criou, você pode molhar as rodas do seu carrinho em tinta guache. Na imagem, as crianças criam pinturas usando carrinhos de controle remoto como pincéis. 2. Coloque o carrinho sobre um papel branco. Uma dica é emendar várias folhas de papel com fita adesiva, para deixar maior a base do percurso. Dependendo do modelo de carrinho que você estiver usando, o movi- mento pode ser mais ou menos aleatório e isso determinará os traços produzidos no seu desenho. 1. Vamos adaptar um mecanis- mo para desenhar e pintar com carrinhos de brinquedo. Use fita adesiva para prender o giz de cera ou as canetas na parte lateral do carrinho. XI CÂ G . L IM A XI CÂ G . L IM A XI CÂ G . L IM A 23 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 23D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 23 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 Veja um detalhe da instala- ção Derrapagem, que a artista Regina Silveira criou. Você já notou quantas textu- ras os carros deixam em estradas e ruas? Alguns brinquedos tam- bém têm rodas que podem dei- xar marcas sobre as superfícies. Vamos pesquisar essas linhas e formas? Podemos criar textu- ras, movimentos e mais marcas. Esse modo de pintar pode ser bem divertido! Separe os materiais e siga os passos. Você vai ver como é legal pintar com brinquedos! PARECE BRINCADEIRA ▲ Detalhe da instalação Derrapagem, de Regina Silveira, 2004. MATERIAIS Carrinho de brinquedo (de controle remoto, manual ou de fricção) Fita adesiva Tinta guache de várias cores Canetas hidrográficas ou giz de cera de várias cores Papel branco (cartolina, papel-cartão ou outro tipo) MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO. SÃO PAULO,BRASIL ROBERTO WEIGAND 22 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 22D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 22 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 22D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 22 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 de controle remoto, podem usar carrinhos comuns de brinquedo. Ressaltamos a im- portância do trabalho colaborativo, por isso, sugerir a eles que realizem obras co- letivas, além das individuais, dividindo a autoria com os colegas da turma. Para am- pliar o repertório dos estudantes e também motivá-los a criar seus próprios inventos, apresentar a eles trabalhos do artista britâ- nico Dominic Wilcox, que recriou projetos de inventos desenhados por crianças (ver Sugestão para o professor ). Sugerimos a realização de uma curadoria para verificar as imagens mais adequadas à faixa etária. ⊲ +IDEIAS A turma pode realizar uma expedição pela escola com o objetivo de coletar ou- tros materiais – de uso cotidiano – que sirvam como riscadores ou produtores de texturas. Os estudantes podem expe- rimentar elementos da natureza, como gravetos e folhas. Ao longo do processo de criação, a turma pode realizar um catá- logo de texturas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Como já citamos, é importante que os estudantes realizem registros e ano- tações de suas experiências com arte, expressando suas leituras de mundo, investigações, descobertas e traje- tórias na criação de poéticas visuais. Aqui a proposta é reservar alguns mi- nutos para o registro das principais ideias, técnicas e artistas explorados no decorrer da aula. É possível ainda convidar os familiares para ajudar nos registros do caderno de artista do es- tudante. Eles podem fazer anotações sobre as pesquisas de texturas e reso- luções de problemas ao criar usando brinquedos eletrônicos. Avaliar o momento em que é ne- cessário intervir e planejar novos ca- minhos. É importante realizar para- das para avaliação e conversar com os estudantes sobre: como estão compreendendo os conceitos; como estão se desenvolvendo nas situações de aprendizagem; o que estão gos- tando de fazer e conhecer; e quais as dificuldades e as facilidades que identificam nos percursos. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • DOMINIC WILCOX. Disponível em: http://dominicwilcox.com/. Acesso em: 8 jul.2021. O site oficial do artista, designer e inventor Dominic Wilcox apresenta suas criações, textos e comentários sobre processo artísticos e produção de portfólios. LIVRO • EDWARDS, Carolyn; FORMAN, George E. As cem linguagens da criança: a experiência de Reggio Emilia em transformação. Porto Alegre: Artmed, 2015. O autor propõe o desenvolvimen- to intelectual da criança pequena pela focalização sistemática na repre- sentação simbólica. 23 COMO FAZER Dica: Se você não tiver um carrinho de controle remoto ou de fricção, conduza um carrinho com as mãos ou amarre um cordão no carrinho para puxar. O importante é a arte que resultará da sua criação! 3. Para pintar o desenho que criou, você pode molhar as rodas do seu carrinho em tinta guache. Na imagem, as crianças criam pinturas usando carrinhos de controle remoto como pincéis. 2. Coloque o carrinho sobre um papel branco. Uma dica é emendar várias folhas de papel com fita adesiva, para deixar maior a base do percurso. Dependendo do modelo de carrinho que você estiver usando, o movi- mentopode ser mais ou menos aleatório e isso determinará os traços produzidos no seu desenho. 1. Vamos adaptar um mecanis- mo para desenhar e pintar com carrinhos de brinquedo. Use fita adesiva para prender o giz de cera ou as canetas na parte lateral do carrinho. XI CÂ G . L IM A XI CÂ G . L IM A XI CÂ G . L IM A 23 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 23D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 23 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 Veja um detalhe da instala- ção Derrapagem, que a artista Regina Silveira criou. Você já notou quantas textu- ras os carros deixam em estradas e ruas? Alguns brinquedos tam- bém têm rodas que podem dei- xar marcas sobre as superfícies. Vamos pesquisar essas linhas e formas? Podemos criar textu- ras, movimentos e mais marcas. Esse modo de pintar pode ser bem divertido! Separe os materiais e siga os passos. Você vai ver como é legal pintar com brinquedos! PARECE BRINCADEIRA ▲ Detalhe da instalação Derrapagem, de Regina Silveira, 2004. MATERIAIS Carrinho de brinquedo (de controle remoto, manual ou de fricção) Fita adesiva Tinta guache de várias cores Canetas hidrográficas ou giz de cera de várias cores Papel branco (cartolina, papel-cartão ou outro tipo) MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO. SÃO PAULO,BRASIL ROBERTO WEIGAND 22 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 22D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 22 20/07/21 15:0220/07/21 15:02 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 23D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 23 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 http://dominicwilcox.com/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacida- de de simbolizar e o repertório ima- gético. (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar acon- tecimentos cênicos, por meio de mú- sicas, imagens, textos ou outros pon- tos de partida, de forma intencional e reflexiva. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e ima- terial, de culturas diversas, em es- pecial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e euro- peias, de diferentes épocas, favore- cendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Por mais que os estudantes já tenham estudado outras obras de Tarsila do Ama- ral em outros anos, e, portanto, já a co- nheçam, é bom relembrá-los de que ela é considerada uma das maiores artistas brasileiras. Suas pinturas são coloridas e expressam sua memória e a nossa cultura. Para a leitura da obra A Cuca, pedir aos estudantes que organizem uma roda e apresentar a eles a imagem. Perguntar: • O que vocês veem na pintura? 24 2. Depois de se inspirar com a pintura e com o trecho da música, chegou a hora de criar um desenho de uma personagem do fol- clore brasileiro neste espaço. Use sua imaginação! Agora, leia com o professor um trecho da canção A Cuca te pega, de Dori Caymmi e Geraldo Casé. Cuidado com a Cuca Que a Cuca te pega E pega daqui E pega de lá A Cuca é malvada E se fica irritada A Cuca é zangada Cuidado com ela Dori Caymmi e Geraldo Casé. A Cuca te pega. Em: Sítio do Picapau Amarelo. Rio de Janeiro: Som Livre, 1979. v. 2. LP. Resposta pessoal. Sugerir aos estudantes que se expressem por meio de desenhos aqui, em folhas avulsas, suportes maiores e outras propostas de criação. O LE KS AN DR A N AU M EN KO /S HU TT ER ST O CK .C O M 25 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 25D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 25 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 IMAGENS DO IMAGINÁRIO Observe esta imagem, criada por Tarsila do Amaral. ▲ A Cuca, de Tarsila do Amaral, 1924. Óleo sobre tela, 73 cm x 100 cm. Cada artista cria com base em suas ideias e em seus estilos. Será que a arte imi- ta a realidade ou as imagens criadas pelos artistas podem sair da imaginação deles? A artista Tarsila do Amaral, quando criança, ouviu histórias sobre a Cuca, uma personagem do folclore brasileiro. Veja, na imagem, como ela criou essa personagem e outros seres do seu imaginário infantil. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes digam que é necessário usar a imaginação, a criatividade, para pintar um ser que nunca viram. 1. O que temos de usar para desenhar um ser que nunca vimos? Será que é difícil? Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma im- portante artista brasileira. Ela criou muitas pinturas com imagens do seu imaginário. © TA RS IL A DO A M AR AL E M PR EE N DI M EN TO S/ M US ÉE D E G RE N O BL E, G RE N O BL E, F RA N ÇA . © TA RS IL A DO A M AR AL E M PR EE N DI M EN TO S 24 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 24D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 24 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 24D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 24 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 • São animais ou pessoas? • Que animais aparecem na obra? • Vocês já conheciam esses animais? • Quantas figuras há na imagem? • Há animais assim na natureza? Para a atividade 1 propor aos estudan- tes uma conversa sobre imaginação, criativi- dade e realidade expressas em imagens na arte. Perguntar como eles percebem os pró- prios processos de criação e poéticas visuais. Na atividade 2, para ampliar possibi- lidades de compartilhamento de saberes entre os estudantes, perguntar a eles se pergunta: Vocês gostam mais de pin- tar, desenhar ou de se expressar por meio de movimentos do corpo? ⊲ PNA • Fluência em leitura oral A proposta de leitura do trecho da canção A Cuca te pega, de Dori Caymmi e Geraldo Casé, explora a fluência de leitura e pode ser feita de modo lúdico, trabalhando com altera- ções de ritmo de leitura e pronúncia dos versos. ⊲ +IDEIAS A proposta de leitura de imagem da obra A Cuca, de Tarsila do Ama- ral, pode envolver expressão corporal, possibilitando a integração de dife- rentes linguagens da arte. Ao final da conversa, pedir que eles, ainda em roda, se levantem e façam uma apre- ciação com dramatização dessa obra. Eles podem criar, por meio de impro- visações, histórias e situações que se transformarão em pequenas cenas. Eles também podem criar movimentos inspirados nas figuras. Esta é uma boa oportunidade para propor aos estudantes a reflexão so- bre as possibilidades de representação de um sentimento ou de uma ideia. Comentar que é possível expressar-se pintando, desenhando, com o corpo e com movimentos, e por meio de ou- tras linguagens artísticas. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA SITE • TARSILA DO AMARAL. Disponí- vel em: http://tarsiladoamaral.com.br/. Acesso em: 28 maio 2021. Site oficial da artista em que estão disponíveis imagens de suas obras para compor momentos de nutrição estética em família. conhecem outras histórias da tradição oral, como a da Cuca.Orientá-los a es- colher uma dessas histórias e propor que, inspirados nela, criem narrativas visuais baseadas. Se considerar necessário, apre- sentar alguns exemplos de personagens folclóricos, como Saci-pererê, Iara, Caipo- ra, Boto e Lobisomem. Conversar com os estudantes sobre a forma preferida deles de criar na arte. Questioná-los sobre os motivos da prefe- rência, acolher as respostas e valorizar a individualidade. Iniciar a conversa com a 25 2. Depois de se inspirar com a pintura e com o trecho da música, chegou a hora de criar um desenho de uma personagem do fol- clore brasileiro neste espaço. Use sua imaginação! Agora, leia com o professor um trecho da canção A Cuca te pega, de Dori Caymmi e Geraldo Casé. Cuidado com a Cuca Que a Cuca te pega E pega daqui E pega de lá A Cuca é malvada E se fica irritada A Cuca é zangada Cuidado com ela Dori Caymmi e Geraldo Casé. A Cuca te pega. Em: Sítio do Picapau Amarelo. Rio de Janeiro: Som Livre, 1979. v. 2. LP. Resposta pessoal. Sugerir aos estudantes que se expressem por meio de desenhos aqui, em folhas avulsas, suportes maiores e outras propostas de criação. O LE KS AN DR A N AU M EN KO /S HU TT ER ST O CK .C O M 25 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 25D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 25 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 IMAGENS DO IMAGINÁRIO Observe esta imagem, criada por Tarsila do Amaral. ▲ A Cuca, de Tarsila do Amaral, 1924. Óleo sobre tela, 73 cm x 100 cm. Cada artista cria com base em suas ideias e em seus estilos. Será que a arte imi- ta a realidade ou as imagens criadas pelos artistas podem sair da imaginação deles? A artista Tarsila do Amaral, quando criança, ouviu histórias sobre a Cuca, uma personagem do folclore brasileiro. Veja, na imagem, como ela criou essa personagem e outros seres do seu imaginário infantil. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes digam que é necessário usar a imaginação, a criatividade, para pintar um ser que nunca viram. 1. O que temos de usar para desenhar um ser que nunca vimos? Será que é difícil? Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma im- portante artista brasileira. Ela criou muitas pinturas com imagens do seu imaginário. © TA RS IL A DO A M AR AL E M PR EE N DI M EN TO S/ M US ÉE D E G RE N O BL E, G RE N O BL E, F RA N ÇA . © TA RS IL A DO A M AR AL E M PR EE N DI M EN TO S 24 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 24D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 24 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 25D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 25 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 http://tarsiladoamaral.com.br/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.) ROTEIRO DE AULA Para a leitura da imagem da obra Vaca com sombrinha, do artista Marc Chagall, sugerimos trabalhar com a percepção e a expressão corporal dos estudantes, explorando os sons dos animais e criando histórias a partir da imagem. Iniciar com uma roda de con- versa sobre os aspectos visuais: as for- mas, as cores, a figura e o fundo. Quais elementos da imagem parecem mais próximos ou mais distantes; os efeitos de luz e sombra; as texturas e outros elementos visuais. Explicar o conceito de surrealismo e, para esse momento, se possível, fazer uma curadoria com mais imagens de pinturas surrealistas para apresentar para a turma. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário A investigação proposta na página sobre o significado do termo surreal e da arte surrealista possibilita que os estudantes desenvolvam o vocabulá- rio de maneira contextualizada. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Sugerimos observar como os estu- dantes estão se desenvolvendo e fa- zer registros para compor portfólios e anotações em seu diário de bordo. Propor que, ao estudar conceitos e in- vestigar palavras do universo da arte, os estudantes façam anotações nos cadernos de artista. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • SELECTED Marc Chagall Paintings. Disponível em: https://www.marcchagall. net/marc-chagall-paintings.jsp. Acesso em: 19 jul. 2021. O site (em inglês) pode ser útil na com- posição de uma curadoria de imagens, já que são disponibilizadas reproduções de diversas obras de Marc Chagall. 26 ▲ Aqui, Da Vinci projetou uma máquina voadora que lembra um helicóptero, não é mesmo? Aqui, Santos Dumont desenhou ⊲ dois aviões e um dirigível. Você já viu outra imagem de um dirigível? ARTE E INVENÇÃO Artistas e inventores, como Leonardo da Vinci e Alberto Santos Dumont, criaram inúmeros desenhos que inspiraram o desenvolvi- mento de inventos que hoje fazem parte da nossa vida cotidiana, como as aeronaves. 1. Você consegue imaginar como era o mundo antes dessas invenções? Resposta pessoal. Leonardo da Vinci (1452- 1519), artista e inventor ita- liano, criou muitos desenhos. Ele sonhava que as pessoas um dia pudessem voar. Isso foi muito antes de inventarem as primeiras máquinas voadoras, como o avião e o helicóptero, ou os aparelhos de voo, como a asa-delta e o paraquedas. O brasileiro Alberto Santos Dumont (1873- 1932) criou desenhos de balões, dirigíveis e aviões. Ele ficou conheci- do mundialmente como o inventor do avião. BI BL IO TE CA D O IN ST IT UT O D A FR AN ÇA , P AR IS /G RA N G ER / BR ID G EM AN IM AG ES /F OT O AR EN A CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R diAlogos 27 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 27 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 ISSO É SURREAL! Você já ouviu a expressão que está no título desta página? Sabe o que ela significa? Vamos refletir um pouco? Observe a reprodução desta pintura de Marc Chagall. ▲ Vaca com sombrinha, de Marc Chagall, 1946. Óleo sobre tela, 81,3 cm x 108 cm. Uma vaca com sombrinha? Ela pode voar sobre uma cidade? Na pin- tura surrealista do artista Marc Chagall, ela pode sim! E por que não? Pintura surrealista é uma obra com imagens criadas com base no imaginário do artista. Parece que elas foram retiradas de sonhos, do mundo da imaginação, onde tudo é possível. Então, surreal é algo ou alguma situação que provoca estranhamento, que parece existir apenas no mundo da imaginação. Marc Chagall (1887- 1985) nasceu na Rússia. Ele criou pinturas com imagens fantásticas, carregadas com as memórias das histórias dos lugares onde viveu. TH E LI FE IM AG ES C O LL EC TI O N /G ET TY IM AG ES © C HA G AL L, M AR C/ AU TV IS , B RA SI L, 2 02 1. E AS YP IX B RA SI L 26 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 26 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 26D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 26 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 https://www.marcchagall.net/marc-chagall-paintings.jsp https://www.marcchagall.net/marc-chagall-paintings.jsp ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacida- de de simbolizar e o repertório ima- gético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas,africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Iniciar o trabalho com esta seção conversando com os estudantes sobre artistas e designers. Fazer perguntas como: O que faz um designer? Um ar- tista pode ser considerado um desig- ner? Já ouviram falar em Leonardo da Vinci e em Santos Dumont? O que eles inventaram? Vocês saberiam dizer qual a importância deles para a história? Co- nhecem outros inventores? O termo designer refere-se atualmente a desenhista industrial, profissional habili- tado em programação visual e concepção de produtos. Sugerimos conversar com os estudantes sobre a importância do dese- nho em muitas áreas do conhecimento e sobre a importância da imaginação em processos de criação na arte e nas ciências. Retomar a leitura da imagem que abre este capítulo: o painel Ex Orbis, de Regina Silveira. Propor aos estudantes que obser- vem e procurem encontrar imagens como o desenho da máquina voadora de Leo- nardo da Vinci e desenhos que se asseme- lhem aos de Alberto Santos Dumont. Articulação com História Esta seção apresenta invenções que envolvem conhecimentos de diferentes áreas e a abordagem do tema possibilita a compreensão da historicidade dessas criações e rela- ciona acontecimentos e processos de transformação social. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Propor aos estudantes a realização de registros para compor os cadernos de artista. Observar como compreen- dem a importância do desenho para as invenções humanas e para as dife- rentes áreas do conhecimento. 27 ▲ Aqui, Da Vinci projetou uma máquina voadora que lembra um helicóptero, não é mesmo? Aqui, Santos Dumont desenhou ⊲ dois aviões e um dirigível. Você já viu outra imagem de um dirigível? ARTE E INVENÇÃO Artistas e inventores, como Leonardo da Vinci e Alberto Santos Dumont, criaram inúmeros desenhos que inspiraram o desenvolvi- mento de inventos que hoje fazem parte da nossa vida cotidiana, como as aeronaves. 1. Você consegue imaginar como era o mundo antes dessas invenções? Resposta pessoal. Leonardo da Vinci (1452- 1519), artista e inventor ita- liano, criou muitos desenhos. Ele sonhava que as pessoas um dia pudessem voar. Isso foi muito antes de inventarem as primeiras máquinas voadoras, como o avião e o helicóptero, ou os aparelhos de voo, como a asa-delta e o paraquedas. O brasileiro Alberto Santos Dumont (1873- 1932) criou desenhos de balões, dirigíveis e aviões. Ele ficou conheci- do mundialmente como o inventor do avião. BI BL IO TE CA D O IN ST IT UT O D A FR AN ÇA , P AR IS /G RA N G ER / BR ID G EM AN IM AG ES /F OT O AR EN A CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R diAlogos 27 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 27 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 ISSO É SURREAL! Você já ouviu a expressão que está no título desta página? Sabe o que ela significa? Vamos refletir um pouco? Observe a reprodução desta pintura de Marc Chagall. ▲ Vaca com sombrinha, de Marc Chagall, 1946. Óleo sobre tela, 81,3 cm x 108 cm. Uma vaca com sombrinha? Ela pode voar sobre uma cidade? Na pin- tura surrealista do artista Marc Chagall, ela pode sim! E por que não? Pintura surrealista é uma obra com imagens criadas com base no imaginário do artista. Parece que elas foram retiradas de sonhos, do mundo da imaginação, onde tudo é possível. Então, surreal é algo ou alguma situação que provoca estranhamento, que parece existir apenas no mundo da imaginação. Marc Chagall (1887- 1985) nasceu na Rússia. Ele criou pinturas com imagens fantásticas, carregadas com as memórias das histórias dos lugares onde viveu. TH E LI FE IM AG ES C O LL EC TI O N /G ET TY IM AG ES © C HA G AL L, M AR C/ AU TV IS , B RA SI L, 2 02 1. E AS YP IX B RA SI L 26 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 26 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 27D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 27 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 ⊲ BNCC (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. ORGANIZE-SE Propor que os estudantes organizem os materiais. Explicar que, para dese- nhar no livro, é melhor utilizar materiais secos como lápis, canetas e giz de cera. ROTEIRO DE AULA Propor aos estudantes uma roda de conversa a respeito da construção do processo criativo. Comentar que se trata de um processo que requer dife- rentes vivências, muitos estudos e pes- quisas. Propor que reflitam sobre como a criação é uma construção coletiva e processual, e como nos tornamos mais criativos na medida em que comparti- lhamos conhecimento. Apontar que, ao conhecermos a história de grandes artistas e inventores, vemos que suas criações envolvem muito trabalho, estudo e, muitas vezes, contribuições de pessoas que não se tornam conhecidas. ⊲ +IDEIAS Uma visita a exposições em museus e ga- lerias em sua localidade pode ampliar mo- mentos de experiências estésicas e nutrição estética. Visitar um ateliê de um artista local também pode ser uma proposta interessan- te. Outra ideia é convidar um artista para ir até a escola e conversar com os estudantes sobre seu processo de criação. Para ampliar saberes sobre o proces- so de criação, realizar perguntas que le- vem à reflexão sobre o lugar para criar. Por meio dessas perguntas mediadoras, é possível realizar uma sondagem acerca do que os estudantes conhecem e pen- sam sobre os espaços do fazer: Onde vocês costumam fazer arte? Como são esses espaços? Em quais outros espaços poderiam fazer arte? Imagens de ateliês de artistas podem ser apresentadas para a apreciação dos estu- dantes em momento de nutrição estética. 28 ARTE NO MEU IMAGINÁRIO As imagens surrealistas são como imagens sonhadas. Inven- tar uma arte surreal é criar um mundo fantástico de imagens. Você pode inventar na lingua- gem do desenho, da pintura, da escultura e da colagem. Essa arte não tem uma lógica racional! MATERIAIS E COMO FAZER Resposta pessoal. Estimular os estudantes a criarem imagens a partir de suas intenções e poéticas pessoais. Sugerir que se expressem por meio de desenhos aqui, em folhas avulsas, em suportes maiores e outras propostas de criação. ROBERTO WEIGAND Que tal inventar histórias visuais criando também imagens surrealistas? 1. Você vai criar um desenho que mostre as imagens do seu imaginário! Para isso, separe os materiais que você quer usar em sua criação. Depois, escolha um suporte para criar seu desenho. 2. Antes de criar sua arte no suporte que escolheu, faça um esboço dela neste espaço. 2929 arte-AVENTURA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 29D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 29 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 INVENTAR E DESENHAR A imaginação e o registro das ideias são importantes. Os artistas criam desenhos para expressar suas ideias artísticas. Já os inventores fazem desenhos que mostram como suas invenções podem funcionar. 1. O que você pode inventar? Desenhe neste espaço. Resposta pessoal. Sugerir aos estudantes que se expressem por meio de desenhos aqui, em folhas avulsas, suportes maiores e outras propostas de criação de inventos. 2. Agora, escreva como o seu invento funciona. Resposta pessoal.O importante nesta proposta é como os estudantes apresentam suas ideias; por isso, sugerimos avaliar a articulação das informações apresentadas, a desenvoltura e a poética pessoal na criação. OFICINA de arte 28 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 28D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 28 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 28D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 28 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.) (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. ORGANIZE-SE Pesquisar previamente e preparar uma curadoria de imagens de obras de artis- tas pertencentes ao Surrealismo ou que passaram por fase surrealista em suas produções. ROTEIRO DE AULA Conversar com os estudantes sobre as imagens de obras do Surrealismo. Apre- sentar novamente as imagens das obras A Cuca, de Tarsila do Amaral, e Vaca com sombrinha, de Marc Chagall. Mostrar também a eles as imagens previamente pesquisadas. Propor a criação de histórias em nar- rativas visuais como ampliação dessa proposta. Os estudantes podem ser convidados a escrever nos cadernos de artista sobre seus desenhos, narrando as histórias visuais inventadas por eles. Além disso, sugere-se que façam suas criações em suportes maiores, exploran- do materialidades diversas. Estimular os estudantes a criarem mais e, se possí- vel, incentivá-los a criar histórias visuais usando ferramentas digitais. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar o que os estudantes gostam de desenhar ou pintar; quais materiais usam e o que gostariam de inventar. Observar aqueles estudantes que precisam de apoio nos momen- tos de criação. Incentive-os a criar em grupos a fim de promover a criação colaborativa. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • ROCHA, Maria Clara Martins. Caderno de artista: um meio de reflexão. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 19. Anais [...]. Cachoeira, BA, set. 2010. Disponível em: http://www.anpap.org.br/anais/2010/ pdf/chtca/maria_clara_martins_rocha. pdf. Acesso em: 10 jun. 2021. O artigo apresenta uma análise do uso de cadernos de artista para o pro- cesso criador e poético na arte. 29 ARTE NO MEU IMAGINÁRIO As imagens surrealistas são como imagens sonhadas. Inven- tar uma arte surreal é criar um mundo fantástico de imagens. Você pode inventar na lingua- gem do desenho, da pintura, da escultura e da colagem. Essa arte não tem uma lógica racional! MATERIAIS E COMO FAZER Resposta pessoal. Estimular os estudantes a criarem imagens a partir de suas intenções e poéticas pessoais. Sugerir que se expressem por meio de desenhos aqui, em folhas avulsas, em suportes maiores e outras propostas de criação. ROBERTO WEIGAND Que tal inventar histórias visuais criando também imagens surrealistas? 1. Você vai criar um desenho que mostre as imagens do seu imaginário! Para isso, separe os materiais que você quer usar em sua criação. Depois, escolha um suporte para criar seu desenho. 2. Antes de criar sua arte no suporte que escolheu, faça um esboço dela neste espaço. 2929 arte-AVENTURA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 29D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 29 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 INVENTAR E DESENHAR A imaginação e o registro das ideias são importantes. Os artistas criam desenhos para expressar suas ideias artísticas. Já os inventores fazem desenhos que mostram como suas invenções podem funcionar. 1. O que você pode inventar? Desenhe neste espaço. Resposta pessoal. Sugerir aos estudantes que se expressem por meio de desenhos aqui, em folhas avulsas, suportes maiores e outras propostas de criação de inventos. 2. Agora, escreva como o seu invento funciona. Resposta pessoal. O importante nesta proposta é como os estudantes apresentam suas ideias; por isso, sugerimos avaliar a articulação das informações apresentadas, a desenvoltura e a poética pessoal na criação. OFICINA de arte 28 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 28D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 28 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 29D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 29 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/chtca/maria_clara_martins_rocha.pdf http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/chtca/maria_clara_martins_rocha.pdf http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/chtca/maria_clara_martins_rocha.pdf ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e ima- terial, de culturas diversas, em es- pecial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e euro- peias, de diferentes épocas, favore- cendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Para o trabalho com a atividade 1, em uma roda de conversa, retomar o conceito de instalação. Apresentar a obra Motos, da artista Leda Catunda, e propor um convite para uma visita, presencial ou virtual, a al- gum museu ou outros espaços culturais do município onde vivem. Propor um momento de fruição estética a partir da obra de Leda Catunda, falando brevemente a respeito do processo de criação da artista. Os momentos de nutrição estética são oportunidades de encontros sensíveis com obras de arte, ima- 30 Agora, que tal criar uma intervenção visual na escola com ima- gens do imaginário? Convide os colegas, preparem os materiais e soltem a imaginação. MATERIAIS Fita adesiva; folhas de cartolina branca; riscadores diversos (lápis grafite, lápis de cor, giz de cera); tinta guache; pincel; revistas e jornais velhos; cola; tesoura escolar. COMO FAZER 1. Com a ajuda do professor, vocês vão escolher uma parede da escola: ou uma parede na entrada, ou uma parede no cor- redor, ou uma parede no pátio. 2. Usem fita adesiva para forrar a pare- de com folhas de cartolina. Escolham riscadores e tintas e recortem ima- gens de revistas e jornais velhos para compor essa imagem coletiva. 3. Quando finaliza- rem, convidem estudantes de outras turmas para apreciarem a obra dearte de vocês. ID EÁ RI O L AB 31 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 31D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 31 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 Os artistas visuais criam suas imagens em diversos tamanhos e com várias materialidades. Suas produções podem ser expostas em museus, em galerias e também em outros locais, como nas ruas. Nesta imagem, uma criança está fazendo uma visita a um museu e observando uma obra artística criada por Leda Catunda. INTERVENÇÃO VISUAL NA ESCOLA ▲ Criança apreciando a obra Motos, de Leda Catunda, 2012. Colagem, 200 cm x 450 cm. Leda Catunda (1961-) nasceu no muni- cípio de São Paulo. Ela estudou artes plásti- cas e hoje atua como artista visual, criando imagens com pintura, colagens e objetos. 1. Faça um convite a seus familiares para visitar museus, presencial ou virtual- mente, ou outros espaços culturais da cidade onde vocês vivem. IN ST IT UT O TO M IE O HT AK E/ X IC Â G. L IM A 2. Escreva no caderno como foi essa experiência. 3. Depois, compartilhe o que você escreveu com os colegas e o professor. GREG SALIBIAN/FOLHAPRESS 1., 2. e 3. Respostas pessoais. Sugerimos incentivar a troca de experiências entre os estudantes para o enriquecimento de seus repertórios. 30 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 30D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 30 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 30D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 30 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 gens da natureza e do cotidiano, percepção de sons, músicas, conhecimento do próprio corpo, além de mostrar as produções artísti- cas em diversas linguagens. Para complementar a atividade 2 su- gerir que os estudantes registrem em seus cadernos ou fotografem o que mais cha- mou a atenção deles durante as visitas. Na atividade 3 organizar um momento para que possam compartilhar ideias, experiên- cias e produções de texto. Ao iniciar a realização da proposta de intervenção visual na escola da página ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar ao longo das aulas a in- teração entre os estudantes com o objetivo de promover o trabalho cola- borativo entre eles. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • SALLA, Fernanda. Livro de artista: arte contemporânea encarada de frente. Nova Escola, 1o maio 2014. Disponível em: https://novaescola.org. br/conteudo/3538/livro-de-artista-arte- contemporanea-encarada-de-frente. Acesso em: 8 jun. 2021. O artigo apresenta o conceito de livro de artista analisando o potencial pedagógico dos registros do próprio percurso criativo nas aulas de arte. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA Propor que os estudantes e os fa- miliares visitem sites de museus na- cionais e internacionais que disponibi- lizam visitas virtuais: SITE • MUSEU de Arte de São Paulo. Disponível em: https://masp.org.br/. Acesso em: 4 jul. 2021. O site oficial do museu apresenta imagens das obras do acervo da ins- tituição e textos de apoio ao estudo da arte. SITE • MUSEU do Louvre. Disponível em: https://www.louvre.fr/en. Acesso em: 4 jul. 2021. Site oficial (em francês, inglês e es- panhol) que apresenta imagens dos acervos e disponibiliza visitas virtuais imersivas ao museu. 31, verificar se todos compreenderam o conceito de intervenção. Organizar uma ambiência criadora educadora com mate- rialidades em um espaço adequado para ser feita a intervenção. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade 1 trabalha com literacia familiar ao propor que os estudantes vi- sitem com seus familiares, presencial ou virtualmente, museus ou outros espaços culturais do município onde vivem. 31 Agora, que tal criar uma intervenção visual na escola com ima- gens do imaginário? Convide os colegas, preparem os materiais e soltem a imaginação. MATERIAIS Fita adesiva; folhas de cartolina branca; riscadores diversos (lápis grafite, lápis de cor, giz de cera); tinta guache; pincel; revistas e jornais velhos; cola; tesoura escolar. COMO FAZER 1. Com a ajuda do professor, vocês vão escolher uma parede da escola: ou uma parede na entrada, ou uma parede no cor- redor, ou uma parede no pátio. 2. Usem fita adesiva para forrar a pare- de com folhas de cartolina. Escolham riscadores e tintas e recortem ima- gens de revistas e jornais velhos para compor essa imagem coletiva. 3. Quando finaliza- rem, convidem estudantes de outras turmas para apreciarem a obra de arte de vocês. ID EÁ RI O L AB 31 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 31D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 31 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 Os artistas visuais criam suas imagens em diversos tamanhos e com várias materialidades. Suas produções podem ser expostas em museus, em galerias e também em outros locais, como nas ruas. Nesta imagem, uma criança está fazendo uma visita a um museu e observando uma obra artística criada por Leda Catunda. INTERVENÇÃO VISUAL NA ESCOLA ▲ Criança apreciando a obra Motos, de Leda Catunda, 2012. Colagem, 200 cm x 450 cm. Leda Catunda (1961-) nasceu no muni- cípio de São Paulo. Ela estudou artes plásti- cas e hoje atua como artista visual, criando imagens com pintura, colagens e objetos. 1. Faça um convite a seus familiares para visitar museus, presencial ou virtual- mente, ou outros espaços culturais da cidade onde vocês vivem. IN ST IT UT O TO M IE O HT AK E/ X IC Â G. L IM A 2. Escreva no caderno como foi essa experiência. 3. Depois, compartilhe o que você escreveu com os colegas e o professor. GREG SALIBIAN/FOLHAPRESS 1., 2. e 3. Respostas pessoais. Sugerimos incentivar a troca de experiências entre os estudantes para o enriquecimento de seus repertórios. 30 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 30D3-ART-F1-1101-V3-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU1.indd 30 20/07/21 15:0320/07/21 15:03 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 31D2-ART-F1-1101-V3-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 31 11/08/21 18:2811/08/21 18:28 https://novaescola.org.br/conteudo/3538/livro-de-artista-arte-contemporanea-encarada-de-frente https://novaescola.org.br/conteudo/3538/livro-de-artista-arte-contemporanea-encarada-de-frente https://novaescola.org.br/conteudo/3538/livro-de-artista-arte-contemporanea-encarada-de-frente https://masp.org.br/ https://www.louvre.fr/en ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. ROTEIRO DE AULA Pedir que os estudantes observem a imagem da página 32, que mostra uma montagem de ilustração com fotografia de Guto Lacaz e sua asa mecânica, que faz parte da performance L U D O V O O – 20 Aeroperformances. Propor um momento de fruição e nutrição es- tética apresentando esta performance aos estudantes para que conheçam e analisemnovas formas de fazer arte. Conversar com eles sobre o conceito de criação na arte e em outras áreas do co- 32 33 Venha inventar e brincar! Somos criativos! Na Arte, há quem inventa imagens, objetos, performances... Transforma sons em músicas, palavras em poemas. Inventa com gestos, movimentos e expressões corporais. É preciso ser curioso, observar, imaginar, perguntar e seguir criando. Venha inventar e brincar! Acompanhar a leitura do texto com os estudantes. Orientar para que circulem palavras novas em seu vocabulário, como performance. O conceito dessa palavra está na próxima página. 33 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 33D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 33 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 32 ▲ Montagem de ilustração com fotografia de Guto Lacaz e sua asa mecânica, da performance L U D O V O O – 20 Aeroperformances. M US EU D E AR TE M O DE RN A/ AL O ÍS IO M AG AL HÃ ES . I LU ST RA ÇÃ O : B RU N A AS SI S BR AS IL 32 2 DE ONDE VEM TANTA IDEIA? D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 32D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 32 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 32D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 32 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 nhecimento. Perguntar se os estudantes conhecem algum invento que conside- raram criativo. Instigá-los a comentar se sabiam que algumas criações artísticas exigem do artista conhecimentos de áreas como Matemática, Física, História e Geografia. Fazer perguntas que des- pertem a curiosidade acerca da imagem de abertura do capítulo. Acompanhar a leitura do boxe Venha inventar e brincar! e pedir que os estu- dantes observem a imagem. Eles poderão perceber que o artista pode ser inventor e investigador, fazendo uso de diversos ma- teriais e formas de criar arte. Pedir aos estudantes que circulem pa- lavras que sejam novas para eles e sugeri- mos a criação de um glossário que explore o novo vocabulário. Eles podem escrever as novas palavras, descobertas durante os estudos em Arte, e, na medida que forem descobrindo significados, podem voltar a este material e registrá-los. Este pode ser um modo de desenvolver o vocabulário e a capacidade de utilização do contexto para compreender os significados de palavras. ⊲ PNA • Compreensão de textos Ler legendas das imagens (obras de arte, ilustrações, partituras, fotogra- fias, tabelas e outras) é uma proposta para o desenvolvimento da interpreta- ção e da competência leitora. • Desenvolvimento de vocabulário A criação de um glossário ajuda os estudantes a desenvolver vocabu- lário e a capacidade de utilização do contexto para compreender os signi- ficados de palavras. ⊲ +IDEIAS Guto Lacaz cria utilizando diver- sos materiais e usa vários princípios científicos para criar suas invenções. Sugere-se articular conhecimentos com a área de Ciências da Natureza para a elaboração de projetos de arte com princípios mecânicos, robóticos e elétricos que podem ser criados pe- los estudantes. Pedir a eles que, com caixas de papelão vazias, construam objetos para criar brincadeiras e fa- zer performances como as do artis- ta. Para trabalhar a ressignificação de objetos e materialidades, citar a obra L U D O V O O – 20 Aeroper- formances. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS É importante combinar com os es- tudantes como serão feitos os regis- tros dos processos e da produção das propostas de ação criadora. Sugeri- mos filmagens, gravações de áudio ou de depoimentos dos estudantes para compor um portfólio eletrônico. Também é possível registrar as expe- riências em desenhos para a criação de um portfólio físico. No momento da fruição, observar como os estudantes se manifestam. Avaliar a compreensão deles sobre a integração da Arte com outras áreas e linguagens. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE SITE • GUTO Lacaz. Disponível em: http://www.gutolacaz.com.br. Acesso em: 3 jul. 2021. No site oficial de Guto Lacaz os es- tudantes terão acesso a imagens de obras e registros de performances do artista. 33 33 Venha inventar e brincar! Somos criativos! Na Arte, há quem inventa imagens, objetos, performances... Transforma sons em músicas, palavras em poemas. Inventa com gestos, movimentos e expressões corporais. É preciso ser curioso, observar, imaginar, perguntar e seguir criando. Venha inventar e brincar! Acompanhar a leitura do texto com os estudantes. Orientar para que circulem palavras novas em seu vocabulário, como performance. O conceito dessa palavra está na próxima página. 33 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 33D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 33 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 32 ▲ Montagem de ilustração com fotografia de Guto Lacaz e sua asa mecânica, da performance L U D O V O O – 20 Aeroperformances. M US EU D E AR TE M O DE RN A/ AL O ÍS IO M AG AL HÃ ES . I LU ST RA ÇÃ O : B RU N A AS SI S BR AS IL 32 2 DE ONDE VEM TANTA IDEIA? D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 32D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 32 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 33D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 33 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 http://www.gutolacaz.com.br/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. ORGANIZE-SE Para que os estudantes possam acessar o canal do artista Guto Lacaz, combinar o uso dos computadores da escola com o professor de informática. É possível propor a realização de uma aula conjunta. ROTEIRO DE AULA Levantar os conhecimentos prévios dos estudantes e sensibilizá-los para o estu- do do assunto do capítulo: a criança e a invenção na arte. Estimular os estudan- tes a conversarem sobre o que já sabem sobre Guto Lacaz e perguntar: Será que ele é um artista com a mente inquieta? O que isto significa? Comentar que, além de criar obras muito criativas, o artista atribui nomes sugestivos e instigantes aos obje- tos, como Helicubo (nome de uma per- formance criada por ele). Instigar os estu- dantes a refletir: O que vocês imaginam que seja um helicubo? Como será que ele funciona? Acolher as diferentes opiniões e valori- zar a individualidade. Ler com os estudan- tes o conceito de performance e perguntar como acham que foi o processo de criação 34 35 Agora, vamos ler este poema. Morada do inventor A professora pedia e a gente levava, achando loucura ou monte de lixo: latas vazias de bebidas, caixas de fósforo, pedaços de papel de embrulho, fitas, brinquedos quebrados, xícaras sem asa, recortes e bichos, pessoas, luas e estrelas, revistas e jornais lidos, retalhos de tecido, rendas, linhas, penas de aves, cascas de ovo, pedaços de madeira, de ferroou de plástico. Um dia, a professora deu a partida e transformamos, colamos e colorimos. E surgiram bonecos esquisitos, bichos de outros planetas, bruxas e coisas malucas que Deus não inventou. Tudo o que nascia ganhava nome, pais, casa, amigos, parentes e país. E nasceram histórias de rir ou de arrepiar!… E a escola virou morada de inventor! Elias José. Escola: moradade inventor e outros contos de escola. São Paulo: Paulus, 2009. A escola pode ser um lugar em que a invenção mora? Objetos e materiais que seriam descartados podem virar arte? Será que para criar é preciso ter uma mente esperta, inquieta e curiosa? Respostas pessoais. Sugere-se criar um ambiente acolhedor e realizar uma roda de conversa para que todos possam compartilhar suas ideias. 1. E você, tem muitas ideias de criação na cabeça? Que tal contar al- gumas delas para os colegas? TH IA G O C ER CA 35 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 35D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 35 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 Veja este outro trabalho do artista Guto Lacaz. MORADA DA INVENÇÃO? Performance é uma forma de arte em que o artista faz uma ação, como uma brincadeira, um jogo, uma dança, uma atitude, entre outras. Performance de Guto ⊲ Lacaz com o objeto artístico Helicubo. BR UN N O A N TU N ES BR UN N O A N TU N ES N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M NIROWORLD/SHUT TERSTOCK.COM Nessa performance, o artista prendeu um helicóptero de controle remoto a uma estrutura de material leve, em forma de cubo. Ao acionar o helicóptero, ele sobe e levanta também a estrutura, assim o cubo parece flutuar no ar. Como será que o artista chegou a essa ideia? 34 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 34D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 34 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 34D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 34 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 do artista na performance Helicubo. É im- portante considerar os relatos pessoais, se já presenciaram alguma performance. Pro- por em seguida a fruição do vídeo da per- formance Helicubo (ver Sugestão para o estudante) para que os estudantes pos- sam comentar suas impressões e análises acerca dessa criação de Guto Lacaz. Se achar adequado, apresentar aos estudan- tes outras obras do artista. Retomar temas como criação, invenção, relação de arte e ciências e processos de criação. Ler com os estudantes o poema Mora- da do Inventor, de Elias José, e pedir que circulem palavras que sejam novas para eles e conversem sobre os significados de- las. Ao fazer a leitura, é importante que os estudantes percebam relações existentes entre o poema e as obras de Guto Lacaz, tanto pela invenção quanto pelo uso de diversas materialidades. Para trabalhar a atividade 1, é inte- ressante propor um ambiente descontraí- do como uma roda de conversa para que os estudantes possam refletir e pensar em ideias e criações e compartilhá-las com a turma. Articulação com Língua Portuguesa Estabelecer uma relação interdisci- plinar entre Arte e Língua Portuguesa, conversando com os estudantes sobre o título da obra de Guto Lacaz, Heli- cubo. Explicar que o termo é um neo- logismo criado pelo artista por meio da junção de duas palavras. Perguntar o que os estudantes acham da ideia de criar palavras para intitular obras de arte. Propor que criem outros neo- logismos para dar nome a criações ar- tísticas deles. ⊲ PNA • Fluência em leitura oral A leitura compartilhada dos versos do poema Morada do inventor pos- sibilita o desenvolvimento da fluência em leitura oral. • Desenvolvimento do vocabulário As situações de aprendizagem pro- postas trabalham novos conceitos do universo da arte e possibilitam que os estudantes desenvolvam vocabulário e utilizem o contexto para compreen- der palavras. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes es- tão se desenvolvendo e fazer registros para compor o portfólio e anotações em seu diário de bordo. Propor que os estudantes criem registros em seus portfólios ou cadernos de artistas. Os registros potencializam o proces- so avaliativo e fornecem detalhes do processo criativo, compreensão e de- senvolvimento do estudante ao longo das situações de aprendizagem. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE VÍDEO • GUTO Lacaz – Helicubo. Vídeo (4min7s). Disponível em: https://youtu. be/9OyWtdelrWw. Acesso em: 16 jul. 2021. No vídeo o artista Guto Lacaz apre- senta sua criação Helicubo. 35 35 Agora, vamos ler este poema. Morada do inventor A professora pedia e a gente levava, achando loucura ou monte de lixo: latas vazias de bebidas, caixas de fósforo, pedaços de papel de embrulho, fitas, brinquedos quebrados, xícaras sem asa, recortes e bichos, pessoas, luas e estrelas, revistas e jornais lidos, retalhos de tecido, rendas, linhas, penas de aves, cascas de ovo, pedaços de madeira, de ferro ou de plástico. Um dia, a professora deu a partida e transformamos, colamos e colorimos. E surgiram bonecos esquisitos, bichos de outros planetas, bruxas e coisas malucas que Deus não inventou. Tudo o que nascia ganhava nome, pais, casa, amigos, parentes e país. E nasceram histórias de rir ou de arrepiar!… E a escola virou morada de inventor! Elias José. Escola: moradade inventor e outros contos de escola. São Paulo: Paulus, 2009. A escola pode ser um lugar em que a invenção mora? Objetos e materiais que seriam descartados podem virar arte? Será que para criar é preciso ter uma mente esperta, inquieta e curiosa? Respostas pessoais. Sugere-se criar um ambiente acolhedor e realizar uma roda de conversa para que todos possam compartilhar suas ideias. 1. E você, tem muitas ideias de criação na cabeça? Que tal contar al- gumas delas para os colegas? TH IA G O C ER CA 35 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 35D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 35 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 Veja este outro trabalho do artista Guto Lacaz. MORADA DA INVENÇÃO? Performance é uma forma de arte em que o artista faz uma ação, como uma brincadeira, um jogo, uma dança, uma atitude, entre outras. Performance de Guto ⊲ Lacaz com o objeto artístico Helicubo. BR UN N O A N TU N ES BR UN N O A N TU N ES N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M NIROWORLD/SHUT TERSTOCK.COM Nessa performance, o artista prendeu um helicóptero de controle remoto a uma estrutura de material leve, em forma de cubo. Ao acionar o helicóptero, ele sobe e levanta também a estrutura, assim o cubo parece flutuar no ar. Como será que o artista chegou a essa ideia? 34 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 34D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 34 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 35D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 35 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 https://www.youtube.com/watch?v=9OyWtdelrWw https://www.youtube.com/watch?v=9OyWtdelrWw ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas.ORGANIZE-SE Combinar com os estudantes uma pesquisa prévia sobre a biruta: o que é, qual a função dela e como é feita. Se não for possível pesquisarem em casa, verificar a possibilidade de realizarem a pesquisa no laboratório de informática da escola. ROTEIRO DE AULA Observar com os estudantes a imagem da escultura Ulysses, o elefante biruta, de Guto Lacaz. Para a mediação cultural, perguntar: Por que será que o artista cha- mou de biruta a escultura em formato de elefante? De que material é feita esta es- cultura? A escultura está em uma parque. Trata-se, então, de uma obra pública? Explicar que o nome Ulysses foi dado à obra em referência ao nome do parque em que ela foi instalada. Apoiada pela tromba, a escultura se move com o vento e, por isso, ao nomear a escultura, Guto Lacaz fez uma analogia com o instrumen- to aeronáutico chamado biruta, que indica a direção dos ventos. 36 A escultura tem a forma de um elefante e cerca de 400 quilos de chapas de metal. Ela fica suspensa apenas pela “tromba” e gira de acordo com a força e a direção do vento ou conforme a interação dos visitantes. DESCUBRA MAIS • Guto Lacaz: Ulysses, o elefante biruta (2015). Publicado por: Edson Kumasaka. Disponível em: https://youtu.be/N_yuZGh0Mws. Acesso em: 10 maio 2021. Acompanhe esse vídeo com o processo de montagem e de instalação da obra Ulysses, o elefante biruta, do artista Guto Lacaz. 1. Por que será que o artista deu o nome de Ulysses, o elefante biruta para a escultura? Resposta pessoal. Estimular os estudantes a levantarem hipóteses interpretativas a partir da poética pessoal e do repertório próprio. 2. Vamos saber mais sobre a biruta? Em grupo, pesquisem o que é, como funciona e para que serve esse aparelho. a) Quantos tipos de biruta vocês encontraram? Respostas pessoais. b) Todos funcionam da mesma maneira? Como? Respostas pessoais. Orientar os estudantes para que pesquisem em livros na biblioteca da escola e na internet. Podem também pedir ajuda aos familiares. 3. Será que a criatividade está apenas na criação artística? 4. Será que para criar na arte também precisamos conhecer sobre ciência? Biruta é um instrumento utilizado para perceber a direção do vento. A escultura de Guto Lacaz se chama Ulysses, o elefante biru- ta porque também se move com a força do vento. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que a criatividade está ligada a Resposta pessoal. Explicar que arte e ciência podem estar juntas em um mesmo projeto artístico, como conhecer a química das tintas, a matemática da música, a física em projetos de arte con- temporânea, como o projeto de Guto Lacaz. competências e habilidades humanas, podendo estar presentes em várias atividades. 37 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 37D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 37 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 QUEM É CRIATIVO? Os artistas são considerados pessoas criativas, com muita imaginação. Você concorda? O que é preciso para criar arte? Para Guto Lacaz, é preciso ter curiosidade e gostar de observar e imaginar. Observe esta imagem. ▲ A escultura Ulysses, o elefante biruta (2014), de Guto Lacaz, está em um parque no município de Campinas, estado de São Paulo. ED SO N K U M AS AK A diAlogos 36 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 36D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 36 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 36D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 36 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 Neste momento de nutrição estética, propor uma leitura sensível e significativa da escultura, destacando o processo de criação, a relação entre arte e tecnologia, a noção de arte multimídia, e o uso de materialidades convencionais e não con- vencionais para criar arte. Conversar com os estudantes sobre como os artistas con- temporâneos criam aplicando saberes de outras áreas do conhecimento, como as Ciências da Natureza. É importante men- cionar que o artista Guto Lacaz utiliza os conhecimentos da Física para a criação de sua escultura, ao fazer com que o corpo do elefante, construído com cerca de 400 quilos de metal, seja sustentando apenas pela tromba. Observar se os estudantes percebem as conexões e integrações entre a Arte e outras áreas. Propor que os estudantes respondam às questões da página 37. A partir das in- formações pesquisadas previamente pelos estudantes, retomar a leitura de imagem da obra e comparar as características entre uma biruta e a escultura: instigá-los a ob- servar as materialidades, diferenças, seme- lhanças e o processo criativo. É importante observar se eles percebem por que o artista chamou a escultura de biruta. Como complemento às pesquisas feitas pelos estudantes, e para que eles aprendam mais sobre o instrumento de uma biruta, pode ser interessante assistir com eles ao vídeo indicado em Sugestão para o estudante. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A produção de cadernos de artis- ta ou diário de bordo – com relatos dos estudantes e suas principais im- pressões e conquistas na construção de saberes em arte – pode mostrar a essência do percurso vivido pelo edu- cador e pelos estudantes. As questões a seguir podem nortear o processo avaliativo: O artista Guto Lacaz cria sozinho ou a partir do trabalho cola- borativo? Quais técnicas e materiali- dades foram utilizadas pelo artista? A arte pode se conectar a outras áreas? De que maneira é possível estabelecer essas conexões? O local em que a es- cultura foi instalada tem relação com sua poética? Procurar avaliar como os estudan- tes participam e interagem durante os momentos de nutrição estética e se conseguiram assimilar e com- preender os conceitos e conteúdos abordados. Para compor os cadernos de artista ou portfólio, os estudantes podem realizar registros escritos ou desenhos que ilustrem o processo de aprendizagem e suas impressões so- bre a leitura de imagem. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE VÍDEO • QUINTAL da Cultura – Biruta. Vídeo (11min19s). Disponível em: https:// youtu.be/Tsxf3bPTQkU. Acesso em: 7 jun. 2021. O vídeo mostra, de forma lúdica, o que é, como funciona e como fazer uma biruta. 37 A escultura tem a forma de um elefante e cerca de 400 quilos de chapas de metal. Ela fica suspensa apenas pela “tromba” e gira de acordo com a força e a direção do vento ou conforme a interação dos visitantes. DESCUBRA MAIS • Guto Lacaz: Ulysses, o elefante biruta (2015). Publicado por: Edson Kumasaka. Disponível em: https://youtu.be/N_yuZGh0Mws. Acesso em: 10 maio 2021. Acompanhe esse vídeo com o processo de montagem e de instalação da obra Ulysses, o elefante biruta, do artista Guto Lacaz. 1. Por que será que o artista deu o nome de Ulysses, o elefante biruta para a escultura? Resposta pessoal. Estimular os estudantes a levantarem hipóteses interpretativas a partir da poética pessoal e do repertório próprio. 2. Vamos saber mais sobre a biruta? Em grupo, pesquisem o que é, como funciona e para que serve esse aparelho. a) Quantos tipos de biruta vocês encontraram? Respostas pessoais. b) Todos funcionam da mesma maneira? Como? Respostas pessoais. Orientar os estudantes para que pesquisem em livros na biblioteca da escola e na internet. Podem também pedir ajuda aos familiares. 3. Será que a criatividade está apenas na criação artística? 4. Será que para criar na arte também precisamos conhecer sobre ciência? Biruta é um instrumento utilizado para perceber a direção do vento. A escultura de Guto Lacaz se chama Ulysses, o elefante biru- ta porque também se move com a força do vento. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que a criatividade está ligada a Resposta pessoal. Explicar que arte e ciência podem estar juntas em um mesmoprojeto artístico, como conhecer a química das tintas, a matemática da música, a física em projetos de arte con- temporânea, como o projeto de Guto Lacaz. competências e habilidades humanas, podendo estar presentes em várias atividades. 37 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 37D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 37 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 QUEM É CRIATIVO? Os artistas são considerados pessoas criativas, com muita imaginação. Você concorda? O que é preciso para criar arte? Para Guto Lacaz, é preciso ter curiosidade e gostar de observar e imaginar. Observe esta imagem. ▲ A escultura Ulysses, o elefante biruta (2014), de Guto Lacaz, está em um parque no município de Campinas, estado de São Paulo. ED SO N K U M AS AK A diAlogos 36 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 36D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 36 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 37D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 37 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 https://www.youtube.com/watch?v=N_yuZGh0Mws https://www.youtube.com/watch?v=Tsxf3bPTQkU https://www.youtube.com/watch?v=Tsxf3bPTQkU ⊲ BNCC (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. ORGANIZE-SE Para a roda de conversa, se possível, criar um ambiente estimulante em sala de aula, usando almofadas ou tecidos, no qual os estudantes sintam-se confor- táveis. Para a situação de aprendizagem proposta e para a atividade comple- mentar, serão utilizados papéis de sulfi- te coloridos, retalhos de papel de seda ou crepom coloridos, barbante, tesoura escolar, cola ou fita adesiva e riscadores diversos. 38 Dica: Para mostrar o colori- do das fitas e dos seus dese- nhos, movimente sua biruta balançando, correndo com ela ou a prenda em algum lugar em um dia com vento. 3. Agora, recorte tiras coloridas de papel de seda ou crepom. . Cole as tiras por dentro de uma das extremidades do cilindro com desenhos. 5. Na outra extremidade, faça dois furos na biruta. 6. Passe o barbante pelos furos e dê um nó para que ele não saia pelos furos. Pronto! Aguarde um momento que tenha ven- to para descobrir como sua biruta funciona. esta e a minha arte! Que tal convidar os colegas e combinar de prender as birutas em outros espaços da esco- la onde tenha correntes de ar? Peça orientação ao professor. ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE 39 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 39D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 39 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 Que tal inventar maneiras de criar e mostrar seus desenhos explorando o movimento, a direção e a força do vento? Então, vamos criar desenhos que voam com o vento! O que acha de chamá-los de desenhos birutas? Crie uma biruta e veja como ela funciona. O vento irá ajudar a mostrar as imagens que você criou. DESENHOS AO VENTO MATERIAIS Folhas coloridas de papel sulfite, 1 metro de barbante, retalhos coloridos de folhas de papel de seda ou crepom, cola, tesoura escolar e riscadores diversos. COMO FAZER 1. Faça desenhos ou colagens na folha de papel sulfite. 2. Depois, cole os lados maiores do papel formando um cilindro. ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE OFICINA de arte 38 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 38D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 38 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 38D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 38 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 ROTEIRO DE AULA A proposta desta ação criadora é que os estudantes se aproximem do processo de criação do artista Guto Lacaz na obra Ulysses, o elefante biruta, apreciada na seção Diálogos. Com base nesta re- lação e respeitando o tempo da infância e modos de aprender Arte e Ciências da Natureza, estimular que eles percebam as relações entre essas áreas e que de- senvolvam competências e habilidades ao realizar descobertas sobre o vento de modo lúdico. A proposta é proporcionar momentos de observação de fenômenos da nature- za, exploração de criação de desenhos e colagens, além de proporcionar desen- volvimento de vocabulário, linguagem oral, a comunicação e a participação em brincadeiras e ações colaborativas. Outra intenção pedagógica é propor modos con- temporâneos de fazer, expor e fruir arte. Orientar os estudantes a fazer os dese- nhos que desejarem em um dos lados da folha de papel sulfite. Pedir que enrolem a folha e passem cola branca para unir a ex- tremidades. É possível substituir a cola branca por fita adesiva ou grampo, se preferir. Na sequência, os estudantes deverão cortar os retalhos de papel de seda ou crepom em tiras longas e co- lar essas tiras ao redor do fundo da bi- ruta, pelo lado de dentro. Depois que as tiras estiverem coladas, orientar os estudantes a fazer dois furos no topo da biruta, um de frente para o outro, e passar o barbante através deles. Procurar um local com bastante passagem de ar e aguardar para que os estudantes possam ver o vento mo- vimentar as birutas. Explicar que os de- senhos feitos por eles serão apresen- tados por meio de uma performance realizada em um local com correntes de vento. Eles poderão ver as fitas co- loridas em movimento, conforme cir- culam e se deslocam pelo espaço. Trabalhar com o boxe Esta é a mi- nha arte! dando ideias de como ex- por os trabalhos dos estudantes. Ao final da experiência, combinar com eles uma forma de pendurar as biru- tas em um local da escola que tenha forte corrente de ar para que elas se movimentem de acordo com o vento. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Os critérios de avaliação devem sempre remeter aos objetivos peda- gógicos. Observar como os estudan- tes estão se desenvolvendo e fazer registros para compor o portfólio e anotações no diário de bordo. Ava- liar como eles se comportam e se expressam em momentos de ação criadora. Pode-se criar uma ficha de avaliação com alguns critérios a serem levados em consideração no momento de avaliar, como, por exemplo: a experimentação de ma- terialidades; processos e procedi- mentos artísticos; a investigação de técnicas; resolução de problemas; poética pessoal; trabalho colaborati- vo; organização dos materiais. Os registros realizados pelos es- tudantes ao longo das aulas são também uma ferramenta muito im- portante para auxiliar no processo avaliativo, pois contêm as impres- sões dos estudantes, desenhos, ano- tações ou fotografias que fazem das atividades. 39 Dica: Para mostrar o colori- do das fitas e dos seus dese- nhos, movimente sua biruta balançando, correndo com ela ou a prenda em algum lugar em um dia com vento. 3. Agora, recorte tiras coloridas de papel de seda ou crepom. . Cole as tiras por dentro de uma das extremidades do cilindro com desenhos. 5. Na outra extremidade, faça dois furos na biruta. 6. Passe o barbante pelos furos e dê um nó para que ele não saia pelos furos. Pronto! Aguarde um momento que tenha ven- to para descobrir como sua biruta funciona. esta e a minha arte! Que tal convidar os colegas e combinar de prender as birutas em outros espaçosda esco- la onde tenha correntes de ar? Peça orientação ao professor. ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE 39 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 39D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 39 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 Que tal inventar maneiras de criar e mostrar seus desenhos explorando o movimento, a direção e a força do vento? Então, vamos criar desenhos que voam com o vento! O que acha de chamá-los de desenhos birutas? Crie uma biruta e veja como ela funciona. O vento irá ajudar a mostrar as imagens que você criou. DESENHOS AO VENTO MATERIAIS Folhas coloridas de papel sulfite, 1 metro de barbante, retalhos coloridos de folhas de papel de seda ou crepom, cola, tesoura escolar e riscadores diversos. COMO FAZER 1. Faça desenhos ou colagens na folha de papel sulfite. 2. Depois, cole os lados maiores do papel formando um cilindro. ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE OFICINA de arte 38 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 38D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 38 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 39D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 39 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explo- rando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elemen- tos de diferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lu- gar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma inten- cional e reflexiva. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Para esta situação de aprendizagem, combinar com os estudantes e preparar os suportes onde irão desenhar (lousa, chão ou paredes forrados com papéis ou outros materiais). 40 3. As aventuras vividas por você e os colegas têm um nome? Qual é? Escreva aqui. Respostas pessoais. 4. Quais histórias você e seus colegas inventaram? Registre no caderno as aventuras vividas nesta brincadeira. Depois, entrando em um mundo de imaginação, convide um familiar para viver essa aventura com você. 2. Como foi criar e interagir brincando com os seus desenhos? Que tal fazer neste espaço um desenho sobre suas aventuras? 4. Resposta pessoal. Ao criar momentos e situações de aprendizagem lúdicas explorando pro- cessos de criação e imaginação, os estudantes podem desenvolver várias narrativas de histórias em desenhos que também podem ser exploradas em registros e expressões na escrita. A ideia aqui é explorar a construção de textos com sequências narrativas trabalhando sentidos, ritmo e encadeamento (começo, meio e fim) de histórias. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes desenhem como forma de registro da brincadeira, narrando de modo visual sua experiência na criação e interação com os desenhos. 41 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 41D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 41 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 ▲ Menina interagindo com cenário. Faça de conta que você é cientista, super-herói ou super-heroína, detetive, astronauta, mágico ou a personagem que quiser. Imagine uma cena para a sua história. Por exemplo, você está na frente de um castelo, no fundo do mar, em uma floresta, em uma escola de magia, em um centro de pesquisa, em outro planeta... É hora de soltar a imaginação! Quais outras cenas e histórias você pode inventar? Resposta pessoal. Estimular os estudantes para que criem desenhos e narrativas explorando seu imagi- nário e repertório cultural. atenção: Combine com o professor sobre como usar a lousa, o piso e ou- tros espaços e recursos na escola. Peça orientação sobre quais são os materiais mais adequados para fazer os desenhos nesses suportes. 1. Que tal criar cenários desenhados na lousa ou em outros suportes para interagir com eles? VOCÊ NA CENA VOCÊ NA CENA DA AVENTURADA AVENTURA ELI_ASENOVA/ISTOCK/GETTY IMAGES arte-AVENTURA 40 D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 40D3-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 A 055-LA-G23-AVU1.indd 40 20/07/21 15:0920/07/21 15:09 D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 40D2-ART-F1-1101-V3-U1-C2-032 a 055-MPE-G23.indd 40 11/08/21 20:1311/08/21 20:13 ROTEIRO DE AULA Provocar a imaginação dos estudantes contando histórias, lendo trechos de tex- tos e poemas e perguntando a eles o que podem inventar em suas aventuras. Para a atividade 1 pedir que os estudantes ob- servem a imagem que remete a invenção, ideias e criatividade. Explicar que a pro- posta aqui é criar narrativas visuais e cená- rios para brincar. É possível promover um momento de nutrição estética apresentan- do imagens que estimulem a criatividade dos estudantes ou deixá-los criar a partir de seu repertório imagético. O objetivo é que eles inventem narrativas orais e escri- tas para criar imagens desenhadas, pinta- das ou modeladas. Orientá-los quanto aos espaços e super- fícies (lousa por exemplo) permitidos para esta proposta. Se não for possível usar um suporte direto, como a parede, lousa ou piso, oriente-os a forrar o local em que serão criados os desenhos. É interessante que os suportes sejam grandes para que os estudantes possam interagir com eles e criar suas aventuras imaginárias. Para a atividade 2 propor aos es- tudantes que desenhem as histórias na página 41 do livro, de modo a regis- trarem não só os cenários criados, mas como foi interagir com este cenário. A narrativa dessa história visual também pode conter textos que ampliem e in- tegrem as diversas linguagens. Instigar os estudantes a responde- rem à atividade 3 discutindo cole- tivamente como foram essas aven- turas, se elas têm nomes e como as criaram. Ao final dos registros escri- tos e desenhados, os estudantes po- dem circular pela sala, interagindo com diferentes desenhos e cenários criados pelos colegas, imaginando novas histórias. ⊲ PNA • Produção de escrita Com a proposta de registrar as aven- turas vividas, os estudantes são estimu- lados a realizar a escrita independente. • Literacia familiar A atividade 4 trabalha a literacia familiar ao propor que os estudantes convidem um familiar para vivenciar as aventuras registradas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS O desenho pode ser explorado como processo, produto ou registro. Neste sentido, observar esses três aspectos do desenho e sugerir que os estudantes se expressem nesta linguagem. Este mate- rial também pode ser um instrumento de análise em suas avaliações. Avaliar como os estudantes se comportam em momentos de ação criadora. Esta situação de aprendiza- gem propõe: experimentação de ma- terialidades; processos e procedimen- tos artísticos; investigação de técnicas; resolução de problemas; trabalho com poética pessoal; trabalho colaborati- vo; organização do material. Espera- -se que os estudantes explorem seu repertório imagético, a imaginação e a criatividade ao criar os desenhos e as narrativas. Ao final, pode-se pedir que relatem