Prévia do material em texto
gabi_fran_ Gabrielle França, CESUPA Síndrome Vertiginosa A vertigem é a ilusão de girar em torno do ambiente ou vice-versa. É comum e geralmente avaliada pelo médico da atenção primária (MAP). Mesmo que os pacientes sempre tragam a tontura como sintoma principal: Tontura e vertigem NÃO SÃO SINÔNIMOS!!! Na Anamnese Se faz importante elucidar: Tempo de evolução Horários mais frequentes Fatores de melhora e piora Duração das crises Sintomas associados Uso de medicação Sintomas que antecedem ao episódio Classificação de Vertigem VERTIGEM CENTRAL A vertigem central, ou Síndrome Vestibular Central, é ocasionada por alterações no sistema nervoso central, como aneurisma, tumor cerebral e enxaqueca. Espera-se a atenção para os principais sinais de alerta de doenças neurológicas, que são: a presença associada de cefaleia e outros sintomas neurológicos, nistagmo não esgotável, falta de coordenação dos movimentos do corpo, incoordenação da fala e visão dupla. VERTIGEM PERIFÉRICA Associada a outras causas, diferente da central o paciente não chega com sintomas neurológicos especificamente. Referindo além da tontura, hipoacusia, tinnitus e nistagmo esgotável. Exame Físico Avaliando o Nistagmo A manobra de Dix - Hallpike consiste em colocar o paciente sentado com suas pernas sobre a maca, tem sua cabeça inclinada a 60 graus para trás e a 45 graus para um dos lados. O examinador deita o tronco do paciente rapidamente, sem modificar a posição de sua cabeça. Durante esse período, o olho do paciente deve permanecer aberto e fixo em um alvo, para que o examinador possa observar a presença ou ausência de movimentação ocular involuntária (nistagmo) que será associado à sintomatologia relatada. https://www.minhavida.com.br/saude/temas/aneurisma https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tumor-cerebral https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tumor-cerebral https://www.minhavida.com.br/saude/temas/enxaqueca Avaliando o Equilíbrio Manobra de Roomberg Manobras Rinne e Weber Teste de Rinne Resultado: positivo : condução A>condução O negativo : D ou E Teste de Weber Resultado: indiferente lateralizado: D ou E Avaliando a Coordenação Index nariz e Index nariz index Diadococinesia Resultado normal: Eudiadococinesia Alterado: Disdiadococinesia; Ausência: Diadococinesia Diagnóstico patologias periféricas existem 4 mais comuns Vertigem Posicional Paroxistica Benigna Doença de Meniére Vertigem medicamentosa Labirintite Patologias centrais Enxaqueca AVE AVC Síndrome Febril Febre: aumento da temperatura corporal em resposta a uma desregulação causada por patologia (neoplasias) ou alteração orgânica (medicamentos). É um sinal comum na atenção primária, que só deve ser confirmado mediante aferição da temperatura. SINAL (só é sintoma se confirmado.) Nem toda febre significa infecção, uma variação de temperatura pode sugerir a etiologia Classificação De acordo com a temperatura Febre leve ou febrícula: 37ºC a 37,5ºC Febre moderada: 37,5ºC a 38,5ºC Febre elevada: > 38,5ºC (a que ocorre na dengue) Quanto a duração Aguda: Até 10 dias, é geralmente um quadro autolimitado ou limitado pelo uso do antimicrobiano, logo, é fácil de ser diagnosticado e tratado → viroses, arboviroses, pneumonia; - Subaguda: de 10 dias a menos de 3 semanas – Prolongada: acima de 3 semanas ou 21 dias → *Pode evoluir para o quadro de febre de origem indeterminada Contínua → doenças infecciosas (pneumonia, tuberculose, febre tifoide, endocardite infecciosa). Intermitente→ doença viral; Remitente → doenças infecciosas (pneumonia, sepse – podem apresentar hipotermia, tuberculose). Recorrente ou recidivante → doenças neoplásicas (linfoma) e malária; Anamnese *Idade; *Sexo; *Ocupação; *Procedência; *Exposições importantes; *Epidemiologia; *Próteses,sondas, cateter; *Cirurgias; *Fármacos; *Hábitos alimentares; *Uso de drogas, transfusões Etiologias Infecções: Neoplasias: linfomas, tumores renais etc; Doenças autoimunes: lúpus eritematoso sistêmico (LES), artrite reumatoide (AR); Fármacos: deve-se fazer prova terapêutica, febre deve desaparecer 48h após retirar medicamento, *Os fármacos podem liberar substâncias que alteram a temperatura, através da desregulação do sistema termorregulador. Febre aguda Infecção de vias aéreas superiores Quadro clínico: inflamação localizada, coriza, congestão nasal, tosse, odinofagia e febre autolimitada, inferior a 38,5ºC. Quadros de 3 a 4 dias de duração (máximo 1 semana); Diagnóstico: Clínico! Na maioria dos casos não há necessidade de exames complementares Pneumonia adquirida na comunidade Quadro clínico: Dispneia, febre, tosse com expectoração purulenta e dor pleurítica; Ao exame físico, ausculta pulmonar alterada (estertores crepitantes), frêmito tóracovocal aumentado durante palpação e presença de som submaciço durante a percussão; Diagnóstico: Solicitar raio-x de tórax em PA e perfil para confirmação diagnóstico (hipotransparência heterogênea confirmando consolidação pulmonar) Leptospirose Suspeitar quando houver história de alagamentos ou condições inadequadas de moradia e trabalho. Quadro clínico: Febre alta de início súbito com calafrios, cefaleia, olhos vermelhos, mialgias intensas nas panturrilhas e nas costas. Pode haver dor torácica e hemoptise Diagnóstico: Solicitar sorologia. Salmonelose Quadro clínico: Náuseas, dor abdominal, diarreia aquosa, febre e vômitos; Suspeitar quando houver ingestão de alimentos contaminados. Diagnóstico: Solicitar somente hemograma (avaliar leucocitose às custas de neutrofilia) Meningite Quadro clínico: Cefaleia, rigidez de nuca, convulsões, fotofobia e alterações do sensório Diagnóstico Solicitar punção lombar com análise do líquor e hemograma Malária Caracterizada por ser uma doença infecciosa febril aguda; Quadro clínico: Febre alta acompanhada de calafrios e tremor generalizado (15-60min) pode atingir 41ºC com cefaleia e hemorragias subconjutivais; Sudorese profusa com a sensação de alívio da doença, caracterizada pelo declínio súbito da temperatura. Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma apresentando anemia normo/normo; leucopenia com desvio para esquerda; VHS e PCR elevados; hipergamaglobulinemia. Exames específicos: gota espessa. Febre indeterminada - longa Tuberculose Quadro clínico: Febre prolongada, comumente vespertina, Tosse com duração maior que 3 semanas. Pode haver fadiga, sudorese noturna, hemoptoicos e perda de peso e apetite associada. Diagnóstico: Solicitar baciloscopia direta do escarro em duas amostras e raio-x de tórax em PA e perfil (avaliar cavitações) HIV Quadro clínico: Linfonodomegalia, fadiga, anemia, perda de peso, cefaleia, rash não pruriginoso e hepatoesplenomegalia. Além disso, de sintomas associados à infecções oportunistas, como placas esbranquiçadas na cavidade oral. Suspeitar quando houver história de múltiplas parcerias sexuais, relações desprotegidas e drogas injetáveis. Diagnóstico Solicitar sorologia para HIV Colagenoses (lúpus eritematoso sistêmico) Quadro clínico: Febre, fadiga, mialgia, artralgia, rash em áreas fotoexpostas, alopecia, fotossensibilidade. Suspeitar quando houver histórico familiar de doença autoimune; Diagnóstico - Solicitar FAN, VHS e PCR Neoplasia linfática (linfoma) Quadro clínico: Linfonodomegalia com características malignas (tamanho > 2cm, endurecidos, aderidos a planos profundos, superfície irregular e indolor), sudorese noturna hematomegalia, esplenomegalia e perda de peso. Diagnóstico: Solicitar biópsia do linfonodo Outras neoplasiasQuadro clínico: Febre prolongada associada à perda de peso significativa. Arboviroses Provocam exclusivamente febre aguda Dengue Quadro clínico: Febre alta, >38ºC, de início abrupto, seguida de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo; - A doença tem uma duração de 4-7 dias. Com o desaparecimento da febre, há a regressão dos sinais e sintomas. Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma apresentando leucopenia podendo ter linfocitose com atipia linfocitária; trombocitopenia leve; aumento de TGO em até 2-3x o valor de referência Exames específicos: sorologia para dengue e Prova do laço Chikungunya Quadro clínico Febre alta (> 39ºC) de início súbito e surgimento de intensa poliartralgia, acompanhada de dores nas costas, Conjuntivite sem secreção, exantema, cefaleia e fadiga, com duração média de 7 dias; - A mialgia, quando presente, é de intensidade leve a moderada;, Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma apresentando leucopenia com linfopenia < 1000 cel/mm3 , além de trombocitopenia inferior a 100.000 cel/mm3 . Elevação de VHS e PCR. Aumento discreto das enzimas hepáticas, creatinina e CPK. Exames específicos: sorologia para Chikungunya Zika Quadro clínico: Febre baixa (entre 37,8ºC e 38,5ºC) associada à conjuntivite não purulente, cefaleia, artralgia normalmente em mãos e pés, em alguns casos com inflamação das articulações, fadiga ou astenia, exantema maculopapular pruriginoso; Frequência menor de dor reto- orbital, anorexia, vômitos, diarreia e dor abdominal. Trata-se de uma doença autolimitada de modo que os sintomas desaparecem em até 7 dias; Lembrar que o vírus Zika possui correlações com alterações no SNC Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma apresenta leucopenia, trombocitopenia, associados à elevação discreta de LDL, GGT e marcadores inflamatórios como PCR - Exames específicos: sorologia para Zika vírus FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA Presença de temperatura axilar ≥ 37,8ºC em várias ocasiões, pelo tempo mínimo de 3 semanas e após investigação com exames sem causa identificada FOI CLÁSSICA Febre ≥ 37,8ºC em várias ocasiões Duração ≥ 3 semanas FOI NASOCOMIAL Pacientes internados com Febre ≥ 37,8ºC em várias ocasiões. Ausência de infecção ou doença incubada à admissão. FOI NO NEUTROPÊNICO Neutrófilos < 500 mm3. Febre ≥ 37,8ºC em várias ocasiões. FOI ASSOCIADA AO HIV Infecção pelo HIV confirmada. Febre ≥ 37,8ºC em várias ocasiões. Duração ≥ 4 semanas (regime ambulatorial), ou ≥ 3 dias em pacientes internados. Diagnóstico Não há rotina/exame obrigatório!! Hemograma (ajuda a ver se é viral ou bacteriano) VHS e PCR (são exames inespecíficos e que podem estar aumentados diante de um quadro de processo inflamatório. Ex.: lúpus, artrite reumatoide) Glicemia (pode estar associado a diabetes, porque favorece doença fúngica e bacteriana) – Creatinina (ver se tem alteração renal, que pode cursar com quadros febril, quadro neoplásico) TGO, TGP (alterações hepáticas) Urina e urocultura (especialmente para sondados) Raio-x de tórax (é essencial de pedir. Se você tiver disponível pedir tomografia. Porque muitas vezes não é apenas o parênquima que você quer avaliar, podendo ter alargamento do mediastino por conta de enfartamento ganglionar central e não periférico. Síndrome Meníngea Conjunto de manifestações clínicas causados por irritação das meninges e raízes nervosas envolvidas por elas Meningismo: irritação das meninges definido pela tríade: cefaleia + fotofobia + rigidez de nuca. Pode ser causada por soluções de continuidade (amigdalite e sinusite), hemorragias, ou infecções. Meningite: é uma doença inflamatória secundária à invasão do SNC por agentes infecciosos envolvendo a pia-máter, a aracnoide, o espaço subaracnóide e ventrículos. Crise convulsiva: fenômeno neurológico que reflete no tônus da musculatura, movimentos súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos, liberação dos esfíncteres e pode ou não gerar perda da consciência; Etiologia Infecciosa Bacterianas comuns: são as mais comuns, tendo como principais agentes o meningococo, pneumococo, haemophilus influenzae, estafilococos, estreptococos etc. Vírus: HIV, coriomeningitis linfocitária, enterovírus, adenovírus, herpes simples, varicela zoster etc Espiroquetas: sífilis e leptospirose Fungos: histoplasmose e criptococose Neoplásicas: Linfomas, Leucemias, Infiltrações carcinomatosas Hemorragia subaracnóidea (HSA): Traumatismo cranioencefálico (TCE), Aneurisma roto, Distúrbio hemorrágico, Malformações Irritação química: Contrastes radiológicos, Quimioterapia intratecal Doenças autoimunes Tipos Início súbito com cefaleia intensa: hemorragia subaracnóide (HSA) Início súbito + síndrome infecciosa (febre, prostração, calafrio, hipoxemia): meningite aguda (bacterianas – purulentas) Início gradativo + sintomas brandos mistos (febre, emagrecimento, prostração, anorexia, irritação meníngea) + evolução lenta: meningites não purulentas (tuberculose e fungos). Quadro Clínico Cefaleia holocraniana que piora à movimentação da cabeça devido à hipertonia (espasmo muscular) do pescoço Vômitos em jato, sem náuseas Fotofobia e fonofobia Alteração do nível de consciência: sonolência ou até coma – meningoencefalite Febre – em causas infecciosas Convulsões generalizadas Anamnese *Quais sintomas apresentou? (Em casos de cefaleia: já sentiu essa dor antes? Qual a intensidade?) *Há quanto tempo? *Teve febre? (perguntar se foi aferida) *Histórico de trauma? *Faz uso de medicamentos? Exame Físico Exame físico geral: Estado geral e nível de consciência variáveis Força muscular: A força pode ser classificada nos graus 0 a 5 (sempre avaliar os 2 lados dos membros) Manobra dos braços estendidos (ou Mingazini dos MMSS) Manobra de Reimiste Manobra de Mingazzini Manobra de Wartemberg Manobra de Barré Sinais de infecção nas vizinhanças das meninges: seios da face, ouvidos e mastoide, Rash cutâneo (meningococemia) Toxemia e sepses: quadro séptico grave, falência da adrenal, hemorragia, choque Comprometimento de nervos cranianos (meningites crônicas): base de cérebro Nervos oculomotor, troclear e abducente (III, IV e VI) Motilidade extrínseca e intrínseca Nervo facial Pede-se ao paciente para fazer mímicas facias. Fundoscopia Aumento de pressão intracraniana (PIC) Presença de sinais de irritação meníngea RIGIDEZ DA NUCA Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador deve colocar a mão atrás da cabeça do paciente e realizar a flexão passiva do pescoço, aproximando o mento do tórax. + Resistência à movimentação passiva do pescoço (sinal de Brudzinski – puxar a perna) − Ausência de dor ou limitação funcional MANOBRA DE KERNIG Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador deve realizar a flexão passiva da coxa sobre a bacia, em ângulo reto, e, logo após, realizar a extensão da perna sobre a coxa + Resistência e limitação do movimento, associada a dor intensa. Além disso, pode haver flexão da perna contralateral − Ausência de dor ou limitação funcional PROVA DE BRUDZINSKI Com o paciente em decúbito dorsal e membros inferiores estendidos, o examinador deve posicionar uma mão na porção anterossuperior do tórax e outra mão realizando a flexão súbita do pescoço + Paciente apresenta flexão unilateral ou bilateral do membro inferior durante flexão do pescoço − Ausência de flexão de membro inferior Diagnóstico História: dados epidemiológicos Exame físico: Fundoscopia: há aumento da pressão intracraniana (PIC) → edema de papila. Imagem: *TC: evidencia sangramentos *Angiotomografia*RX de tórax Laboratório: hemograma, VHS, hemocultura e outros de rotina Punção lombar e análise do LCR; Meningite Quadro clínico: Febre alta, mal-estar geral, prostração ou agitação psicomotora (síndrome toxêmica), sinais de irritação meníngea e cefaleia holocraniana intensa, náuseas, vômitos, fotofobia e, muitas vezes confusão mental (síndrome de hipertensão intracraniana) O quadro mais agudo (24-48h) sugere meningite bacteriana, um quadro de 7 a 10 dias sugere meningite viral e um quadro mais arrastado (meses) sugere meningite fúngica, mas a etiologia só poderá ser confirmada com a análise do LCR Diagnóstico: O diagnóstico é confirmado por uma punção lombar (LCR) diagnóstica (raquicentese). Porém, na presença de rebaixamento do nível de consciência, com déficits focais novos e/ou papiledema (oftalmoscopia – fundoscopia), é recomendado um exame de neuroimagem antes da punção. Hemorragia subaracnóidea Quadro clínico: Sintoma clássico é uma cefaleia grave de desenvolvimento muito rápido (“a pior da vida”) e algumas vezes acompanhada por rigidez de nuca. Quadros agudos causam fotofobia e irritação meníngea. A observação oftalmológica revela hemorragias pré-retinianas bem circunscritas e de cor vermelho-vivo (hemorragias sub-hialoides) Diagnóstico É feito por meio da TC que sugere os focos de sangramento e a angiografia cerebral identifica o foco da hemorragia. Saúde Mental Anamnese A História Clínica Psiquiátrica ou Anamnese Psiquiátrica objetiva fornecer elementos para a formulação diagnóstica, incluindo a descrição detalhada dos sintomas e a identificação dos fatores predisponentes, precipitantes e perpetuantes da doença. Identificação geral Queixa Principal: É importante observar quem encaminhou, de quem foi a iniciativa de buscar ajuda e com que objetivo. Antecedentes: Quanto aos antecedentes psiquiátricos levantar informações sobre os tratamentos prévios, especificando há quanto tempo ocorreram, o tipo e a duração dos mesmos. Antecedentes Familiares: Observar históricos de adoção, suicídio, luto, violência, e relação dentro da casa e com amigos. Exame Físico Aqui fazemos a avaliação de 11 aspectos: Aspecto Geral, Orientação, Consciência, Atenção e concentração, Psicomotricidade, Linguagem e Pensamento, Sensopercepcção, Afetividade e humor, Memória, Intelecto e Juízo da realidade. Aspecto Geral Avalia aparência, postura e atitude através da comunicação não-verbal. APARÊNCIA: idade (aparente ter a idade que tem?), vestes (está com as vestes adequadas de toda consulta?), higiene, expressão facial, modo de andar, adornos, cabelos alinhados etc. POSTURA E ATITUDE: relação e atitude perante o entrevistador (cooperativo, indiferente, passivo, fóbico, agressivo, cabisbaixo, dissimulado, inseguro, arrogante, sedutor, confuso, manipulador, poliqueixoso, petulante, hostil, desconfiado etc.) Orientação autopsíquica/alopsíquica; Consciência É o estado de percepção do ambiente, de si mesmo e a capacidade de responder estímulos. Plena (normal): Sonolência: Obnubilação dificuldade de atenção Estupor; mutismo e sem movimentos, preservação relativa de consciência; Delirium; Estado crepuscular: estreitamente transitório da consciência, clássico em estados pósepiléticos OBS: Como responder na anamnese psiquiátrica acerca da consciência do paciente → resposta: consciência plena simples, soletração inversa etc. Atenção e Concentração Capacidade de focar em uma tarefa ao longo do tempo. Questionar série de dígitos, meses de ano, dias da semana, cálculos simples, soletração inversa etc. avalia a capacidade do paciente de focar no que estou perguntando. Pode ser: Preservada Manutenção prejudicada: o paciente tem dificuldade de manter a concentração durante o que está sendo conversado; Focalização prejudicada: o paciente tem dificuldade de começar a focalizar na conversa/atividade; Desatenção seletiva: o paciente fica desatento quando é determinado assunto. Ex.: morte de parentes próximos; Psicomotricidade Avaliação de comportamento e atividade motora (velocidade e intensidade) Marcha e gesticulação: como ele anda/gesticula? Atividade motora: pode estar preservada, mas com alterações. Por exemplo, agitação, lentificação, tremores, acatisia (impossibilidade de ficar parado – ex.: anda ao redor da mesa, ao redor de si, senta e levanta), tiques (movimento involuntário espasmótico), estereotipias (movimentos involuntários estereotipadas), maneirismos (movimentos estereotipados bizarros) etc. Sinais características de catatonia: flexibilidade cérea (paciente permanece longos períodos na mesma posição, como se fosse feito de cera, comum em paciente esquizofrênicos) e catalepsia (pacientes com aspectos vitais muito reduzidos, como parada cardíaca). Linguagem Avaliada ao dar um comando, leitura, escrita ou repetição - DEPENDE DA ESCOLARIDADE !!! Características da fala: *Espontânea ou apenas se estimulado *Mutismo: paciente não fala mesmo estimulado *Logorreia: produção aumentada e acelerada da linguagem verbal, fluxo incessante de palavras. Difícil de interromper *Mussitação: paciente fala sussurrando, bem baixo, quase inaudível *Defeitos: afasia, disartria, gagueira, rouquidão Progressão da fala: *Quantitativamente diminuída: fala o mínimo necessário com respostas monossilábicas; *Prolixidade: fala muito sobre os tópicos perguntados Fluxo da fala: *Fluxo lento: longas pausas entre as frases ou demora para iniciar uma resposta *Fluxo acelerado: fala com velocidade aumentada, sendo difícil interrompê-lo. Pensamento Dividido em: forma, conteúdo e capacidade de abstração 1) Forma - Organização do pensamento, relação e nexo das ideias entre si; Circunstancialidade: Paciente acrescenta muitos detalhes, mas consegue chegar ao que foi perguntado. Apresenta fala prolixa, mas responde ao que foi perguntado; Tangencialidade: Acrescenta muitos detalhes, porém não consegue responder ao que foi perguntado. Fala prolixa, com muitos detalhes e não chega ao objetivo principal. Perseveração: Não muda de ideia. Repete mesma resposta para perguntas diferentes, demonstrando que tem dificuldade; Fuga das ideias: Aceleração do pensamento, ideia se segue a outra extremamente rápida, perturbando as associações lógicas. Incoerência: Perda na associação lógica de frases sem nexo em relação a sintaxe; Bloqueios: Interrupção súbita, quando retorna fala sobre outro assunto sem conexão. – Neologismo: Palavra nova ininteligível que apenas ele entende; Ecolalia: Repetição de palavras ou frases 2) Conteúdo Conceitos emitidos pelo paciente durante a entrevista e sua relação com a realidade . Tema predominante: ansioso, depressivo, fóbico, obsessivo ou persiste em um só assunto Logicidade: lógico (normal) ou ilógico (alterado: delírios); Delírios: *Sistematizados: sempre mesmo tema *Não sistematizados: mais de um tema; *Referência: atribuição de um significado pessoal a observações ou comentários neutros. *Persecutório: ideia de estar sendo atacado, perseguido ou sendo alvo de conspiração *Grandiosidade/grandeza: o conteúdo envolve poder ou importância exagerados *Somático: o conteúdo envolve mudança ou distúrbio no funcionamento corporal. O paciente acredita que ele tem uma patologia/sintoma, como neoplasia, dispneia e cefaleia *Culpa: acredita ter cometido uma falta ou pecado imperdoável *Ciúmes: o paciente acredita que seu parceiro é infiel *Controle: o paciente acha que seus pensamentos, ações e sentimentos são controlados por uma força externa OBS: Ao descrever que paciente apresenta algum tipo de delírio não esquecer de especificar qual o tipo de delírio o paciente apresenta (persecutório, grandiosidade,ciúme) 3) Capacidade de abstração Formular conceitos e generalizações (relação com provérbios e perguntas cotidianas) Normal: Paciente responder que o provérbio significa resiliência ou responder corretamente. Alterado: Paciente responder de forma literal o provérbio ou responder outro assunto. Sensopercepção São as sensações e percepções que vão resultar da estimulação esperada dos órgãos do sentido. Podem ter as seguintes alterações: *Despersonalização: Pode achar que uma determinada parte do corpo não é dele, e sim de outra pessoa *Desrealização: É relacionado com uma situação que ele viveu, que ele acredita que viveu. Está muito relacionado a episódios traumáticos, como acidentes, mortes etc *Ilusão: Paciente vê um objeto, mas diz que é outra coisa; *Alucinações: Não precisa de um objeto para ocorrer, podem ser visuais, auditivas, olfatórias (podem estar relacionadas a tumores), táteis (sentir toques) ou gustativas; OBS: Caso de alucinações auditivas → descrever o que o paciente está escutando. Afetividade e humor Controle e adequação das manifestações dos sentimentos. Humor: é o que o paciente está sentindo > Depressivo, eufórico, irritado, ansioso. Afeto: sentimento que o paciente vai te demonstrar → tristeza, alegria, exaltação, raiva, indiferença, culpa, amor, saudade. Avaliado por meio: Tonalidade emocional: pela voz, expressão facial, gestos *Ex.: pessoa triste, a voz é mais calma, baixa, a expressão facial é triste. Modulação: hipomodulação (rigidez afetiva → paciente tem o tempo todo aquele mesmo humor) e hipermodulação (labilidade afetiva → paciente muda o humor toda hora). Equivalentes orgânicos: apetite (triste: come muito ou pouco), peso, sono, libido.. *Lembrar de avaliar as manifestações ou risco de auto e heteroagressividade, tais como planos suicidas, ou ainda, ideias de homicídio *Considerar a autoestima, volição, energia e disposição para realização de projetos pessoais. Memória Avaliada por meio de observações e testes, como o registro de informações. Tipos de memória: Recente: horas a dias (perguntar sobre a refeição no dia anterior). Remota: passado (perguntar data do casamento, idade do filho mais velho, escola que estudou). Imediata: minutos (falar 3 palavras para o paciente e pedir para ele repetir depois. Ex.: casa, carro e tijolo). Capacidade intelectual Depende da escolaridade e/ou da experiência sociocultural. Perguntar se sabe quem é o presidente/governador/prefeito atual? Qual doença responsável pela pandemia? Testes aritméticos. Leitura e compreensão de textos Juízo crítico da realidade Ações do paciente determinadas por uma avaliação coerente da realidade → isso é o normal. Alterado: decisões determinadas por delírios ou alucinações (paciente acredita que não está doente quando ele claramente está) *Ex.: Paciente que não se acha doente. Síndromes em saúde mental 04 pilares: transtornos de humor, de ansiedade, obsessivos compulsivos e psicóticos. Transtornos de humor DEPRESSÃO MAIOR Para caracterizar: tem que ter no mínimo 05 sintomas por 02 semanas. Humor deprimido. Anedonia (perda de interesse/vontade). Alteração no peso ou apetite (perde/ganha). Insônia ou hipersonia. Agitação ou retardo psicomotor. Fadiga ou falta de energia. Desvalia ou culpa. Incapacidade de pensar ou concentrar-se. Pensamentos recorrentes de morte. BIPOLAR Existem 02 tipos: Tipo I: transtorno bipolar maníaco- depressivo clássico ou psicose afetiva (ter pelo menos 1 episódio maníaco, que pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos.) Tipo II: requer 1 ou + episódios depressivos maiores e pelo menos 1 hipomaníaco durante o curso da vida. O que é um episódio maníaco? Paciente tem que ter pelo menos 03 sintomas por 01 semana Autoestima insuflada ou grandiosidade. Necessidade de sono reduzida. Verborreia (fala com vários verbos). Fuga de ideias ou pensamento acelerado. Distração fácil. Aumento da atividade dirigida a objetivos. Envolvimento excessivo em atividades prazerosas e de alto risco. OBS: alguns pacientes bipolares levam >10 anos para manifestar a primeira mania transtorno bipolar normalmente é de diagnóstico tardio (antes é tratado como depressão). Transtorno Bipolar: Pico dos 15-30 anos de idade. 25-50% pelo menos tem uma tentativa de suicídio. 8,6-18,9% cometem suicídio. Aumenta o risco de quadro demencial futuro. DISTIMIA/ DEPRESSIVO PERSISTENTE Humor deprimido e sintomas durante a maior parte do dia, na maioria dos dias, ao longo de pelo menos 2 anos (reduz para 01 ano em crianças e adolescentes). A ausência de sintomas dura no máximo 2 meses ou seja, na maioria do tempo ele é entristecido, nada está bom o tempo todo. TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR Explosões de raiva recorrentes e graves (violência verbal ou agressão física) desproporcionais (sem motivo), inconsistentes, > ou = 3x por semana. Humor irritável a maior parte do dia, entre as explosões comum chamar os pais na escola. > ou = 12 meses, 2 ambientes (escola e casa, escola e trabalho), comum dos 06 aos 18 anos de idade. TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ- MENSTRUAL > ou = 5 sintomas antes da menstruação: labilidade afetiva (hora triste, hora irritada), irritabilidade ou raiva, humor deprimido, ansiedade/nervosismo, interesse diminuído, dificuldade em se concentrar, letargia/fadiga, aumento do apetite, alteração do sono, sintomas físicos. Transtorno de ansiedade PÂNICO Período de medo ou desconforto intenso, abrupto e com o auge de 10 minutos. Paciente tem que ter no mínimo 04 sintomas: Dor ou desconforto torácico. Náuseas ou desconforto abdominal. Tontura, instabilidade, desmaio. Dispneia ou sensação de sufocamento. Medo de perder o controle. Medo de morrer. Calafrios ou fogachos. Palpitações. Sudorese. Tremores ou abalos. Despersonalização (paciente acha que uma parte do corpo não é seu). Sensação de asfixia. Parestesias. É diagnóstico de exclusão, passar primeiros exames para confirmar (ECG, laboratório par descartar causas orgânicas, como a possibilidade de um infarto por exemplo). AGORAFOBIA Ansiedade por estar em lugares ou situações onde o escape seja difícil ou embaraçoso (ex: elevador, multidão). FOBIAS ESPECÍFICAS Medo intenso, persistente, excessivo ou irracional, desencadeado pela presença ou antecipação de um objeto ou situação específica. A pessoa reconhece o medo (aranha, barata, avião...) A exposição ao agente causa ansiedade imediata. Causa prejuízo da rotina. ESTRESSE AGUDO (PÓS-TRAUMÁTICO) Mínimo de 03 sintomas dissociativos: Sensação de entorpecimento. Percepção reduzida do ambiente. Despersonalização. Sensação de irrealidade. Amnésia. Evento persistentemente revivido como pensamentos, sonhos, ilusões, flashbacks... Ansiedade, hipervigilância. Sofrimento intenso com prejuízo de rotina. Geralmente surgem em 04 semanas após o evento e duram 02 dias ou até 04 semanas paciente geralmente tem histórico de alguma situação traumática (ex: um assalto). ANSIEDADE GENERALIZADA Mínimo de 03 sintomas: Inquietação ou nervosismo. Fadiga fácil. Dificuldade em concentrar-se. “Brancos na mente”. Irritabilidade. Tensão muscular. Distúrbio do sono (não dorme ou dorme muito). Transtorno obsessivo compulsivo TOC é apenas uma das patologias do transtorno obsessivo compulsivo, é apenas um dos pilares dentro dele. Há: vigorexia, transtorno alimentar, jogo, tique, piromania, obsessão por sexo, piromania... TOC Obsessões ou compulsões que causam ansiedade e sofrimento intenso. Ex: lavar mão, organização,coisas milimetradas, limpar a casa. Consomem pelo menos 1h por dia e interferem na rotina e nos relacionamentos do paciente. Ciclo do TOC: paciente tem obsessão isso causa ansiedade gera compulsão faz a ação = mata a “vontade” = alívio obsessão. Transtornos psicóticos ESQUIZOFRENIA Comprometimento funcional no trabalho, escola, relações interpessoais ou autocuidado. No mínimo 02 sintomas na maior parte de um mês: Delírios (alteração da logicidade do conteúdo dos pensamentos). Alucinações (alteração de senso- percepção). Fala desorganizada. Catatonia (flexibilidade cérea, bloqueios). Embotamento afetivo (triste o tempo todo), anedonia, alogia ou avolia. Persistem por no mínimo 6 meses. DELIRANTE Sintoma apenas de delírios (alteração da logicidade do conteúdo dos pensamentos) que envolvem situações da vida real, que persiste por no mínimo 1 mês. Não tem alucinação, não tem sinal de catatonia, não tem fala desorganizada. É SÓ DELÍRIO. Funcionalidade pouco prejudicada. Comportamento normal. Subtipos: erotomaníaco, grandioso, ciumento, persecutório (principal), somático, misto. PSICÓTICO BREVE Precisa ter pelo menos 01 dos sintomas presentes, com duração > ou = 1 dia, porém que dure menos de 1 mês (logo, retorna ao nível funcional prévio). Delírios. Alucinações. Discurso desorganizado. Catatonia/comportamento desorganizado. Síndrome Dispneica Dispneia: sensação respiratória desconfortável, dificuldade em respirar. Pode se destrinchar em: *Dispneia de esforço: surgimento ou agravamento da sensação de dispneia por atividades físicas *Ortopneia: dispneia em decúbito dorsal, com alívio do sintoma ao elevar a parte superior do tórax, como ocorre na ICC, asma e DPOC *Dispneia Paroxística Noturna: sono interrompido em virtude da sensação de falta de ar *Platipneia: dispneia em ortostase. Pode estar presente em pacientes com pericardite ou doenças que causam shunt *Trepopneia: dispneia em decúbito lateral. Exemplos de condições que cursam com trepopneia: derrame pleural unilateral ou paralisia diafragmática unilateral *Taquipneia: aumento do número de incursões respiratórias por unidade de tempo. Em condições fisiológicas, gira entre 12-22 irpm *Hiperpneia: elevação da ventilação alveolar secundária ao aumento da frequência respiratória e aumento da amplitude dos movimentos respiratórios *Bradipneia: redução do número de incursões respiratórias < 8 irpm *Apneia: interrupção de movimentos respiratórios por período prolongado *Dispneia suspirosa: presença de inspirações profundas, esporádicas, em meio a um ritmo respiratório normal ANAMNESE Identificação: o paciente é criança, jovem, adulto ou idoso? Ocupação: *Inalação de agentes inorgânicos: está relacionado com as pneumoconioses – silicose (pó de sílica, areia – mineiros), asbestose (pós de asbestos – presente em caixas d’água, telha, tubulações, plástico), intoxicação por metais pesados; *Inalação de agentes orgânicos: está relacionado à pneumonite por hipersensibilidade (doença dos criadores de pássaros, pulmão do fazendeiro) HDA: Início dos sintomas; *Modo de instalação: pode ser súbita (pneumotórax, embolia pulmonar) ou progressiva (DPOC, fibrose pulmonar) *Duração: início do sintoma e duração das crises *Fatores desencadeantes: tipos de esforços, exposições ambientais e ocupacionais, estresse, clima *Comparação: sensação de cansaço, esforço, sufocação, aperto no peito *Número de crises e periodicidade: questionar sobre a ocorrência de dispneia ao longo do dia, semana e meses *Sintomas associados: tosse, chiado, edema, palpitações, perda ponderal, sudorese noturna, dentre outros sintomas *Fatores que melhoram: tipo de medicamento, repouso, posições assumidas e relação com decúbito. Hábitos de vida: tabagismo; Antecedentes pessoais: HAS e dislipidemia, além de imobilização ou cirurgia recente, viagens de longa distância, câncer, gestação, uso de contraceptivo oral (para mulheres em idade reprodutiva); Antecedentes familiares: neoplasia de pulmão, tuberculose G; Graduação da dispneia Escala do Conselho Britânico de Pesquisa Médica Modificada (mMRC). Exame Físico Inspeção; Palpação; Percussão; E Ausculta; HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Hipótese diagnóstica → diagnósticos principal e diferencial; Situações de demanda de ventilação aumentada (porém não patológico): gravidez, exercício, elevadas altitudes; Má performance do aparelho respiratório *Complacência diminuída → fibrose, edema, congestão, inflamação *Resistência aumentada → inflamação e hipereatividade das vias aéreas, destruição alveolar *Disfunção tóraco-muscular → cifoescoliose, obesidade, doença neuromuscular CAUSAS Causas pulmonares: DPOC, bronquite, pneumonia, enfisemas pulmonares, pneumotórax, asma, fibrose intersticial. Causas cardíacas: Insuficiência cardíaca, coronariopatias, valvopatias, IAM, pericardite, arritmias. Causas mistas: pulmonares e cardíacas. Causas não cardíacas e não pulmonares: *Neurológicas: hipertensão intracraniana *Neuromusculares: esclerose sistêmica, miastenia gravis *Otorrino: pólipos nasais, desvio de septo *Gastro: DRGE *Metabólicas: cetoacidose diabética, hipertireoidismo, anemia *Diafragmáticas: paralisias, hérnias *Funcionais: ansiedade, pânico *Dor Exames complementares Devem ser solicitados de acordo com a sua hipótese diagnóstica Gasometrial arterial → hipoxemia, hipecapnia, alcalose, acidose Raio-X de tórax → hiperinsuflação, condensação, cardiomegalia, rebaixamento diafragmático, derrame pleural, congestão ECG → taquicardia sinusal, HVE, elevação de ST, inversão T Outros → ECO, TC, RNM, Cintilografia, Espirometria, Baciloscopia (Pesquisa de BAAR no escarro, 2 amostras, quando suspeita de tuberculose) Síndrome De Dor Torácica Dor ou desconforto em qualquer região entre a mand bula e a cicatri umbilical, incluindo-se membros superiores e dorso. CARACTERIZAC O DA DOR Anginosa: Dor precordial com irradiação para pescoço, mandíbula ou membro superior esquerdo→ Pensar em Insuficiência coronariana; n ina estável Dor presente há pelo menos 2 meses, desencadeada por exercício ou estresse emocional, alivia com repouso ou uso de nitratos; n ina instável Dor em aperto no repouso, com duração superior a 2 minutos, não melhora com repouso ou uso de nitratos. o an inosa Não apresenta os padrões acima. Possui dois grandes grupos: ➔ or n o an inosa→Causas n o amea adoras vida Pneumonia, doença do refluxo gastroesofágico, dor osteomuscular; ➔ or n o an inosa→Causas potencialmente amea adoras vida Tromboembolismo pulmonar, pneumotórax, dissecção de aorta, pericardite; ANAMNESE Descrição da dor Característica (aperto, pontada, queimação...); Intensidade (escala numérica de 0-10) Localização (precórdio, retroesternal...) Irradiação (cervical, costas, membros superiores...) Duração (aguda ou crônica) Fatores de alívio (uso de medicações, paciente fica em alguma posição) Sintomas associados (palpitação, sudorese, mau estado geral, tontura...) Fatores desencadeantes e agravantes ✓ Esforço físico ✓ Estresse ✓ Ansiedade ✓ Mudança de posição ✓ Ingesta alimentar ✓ Respiração ✓ Tosse Antecedentes Patológicos: 1. Doenças cardíacas 2. Doenças pulmonares 3. Trauma torácico 4. Doenças intestinais 5. Medicamentos. EXAME FÍSICO Sinais Vitais → buscar (oscilações de) • Pressão Arterial • Taquicardia (TC) • Taquipneia (TP) • Febre • Saturação de O2 Ausculta cardíaca: Descrição normal Bulhas cardíacas normofonéticas, rítmicas em 2T sem sons patológicos e frequência de bpm; alpa o de pulsos ocalização, frequência, ritmo,estado da parede, tensão, amplitude e simetria (L + FRETAS); alpa o de ictus cordis ocalização, extensão, ritmo, frequência, intensidade, mobilidade (LERFIM); Ausculta vascular de focos abdominais: Artéria aorta, artérias renais e artérias ilíacas e artérias femorais. Buscar sopros→indicativos de aneurismas. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Causas Cardíacas n arto udo do iocárdio Dor de início s bito, em aperto, bastante intensa, não melhora no repouso irradia para mandíbula, pescoço, membros superiores, com palidez, sudorese, dispneia, fraqueza; • issec o de aorta Dor s bita, dilacerante, em pontada, pulsos paradoxais, diferença de pressão arterial entre braços e pernas, pode estar associada síncope e hemiplegia. • Pericardite: Dor de início s bito, intensa e pleurítica, ou se a, piora ao tossir e durante a inspiração profunda. A dor melhora ao paciente se inclinar para a frente, o atrito pericárdico é um achado importante na ausculta cardíaca; Causas Não Cardíacas • Digestivas → DRGE, esofagite, lcera péptica, litíase biliar, pancreatite... • Mediastinais → tumores, aneurisma, dissecção de aorta torácica... • Neuralgias → herpes-zoster, compressões • Pleuropulmonares → pneumonia, bronquite, pneumotórax, embolia pulmonar, pleurite... • Osteomuscular → osteocondrite, mieloma múltiplo... • Psiquiátricas → ansiedade, pânico, depressão... DOR ANGINOSA X DOR NÃO ANGINOSA Dor Anginosa → dor precordial com irradiação para pescoço, mandíbula, ou membro superior esquerdo – Insuficiência Coronariana (diagnóstico principal). Dor Não Anginosa → podem ter causas não ameaçadoras de vida OU potencialmente ameaçadoras de vida. EXAMES COMPLEMENTARES Solicitação depende do diagnóstico principal. 1. Radiografia 2. ECG; 3. Bioquímica: eletrólitos, amilase, bilirrubinas, FA, gasometria arterial... OBS: Quando a hipótese principal for Dor Anginosa - Insuficiência Coronariana (ou seja, IAM), o laboratório precisa contemplar a dosagem dos marcadores de necrose miocárdica → as enzimas mioglobina, troponina e CK-MB. Ficar atento ao tempo de início do quadro do paciente e o tempo de pico dessas enzimas no sangue. Síndrome Anêmica Anemia é a diminuição da massa eritrocitária. O grau de anemia pode ser determinado pelo volume de eritrócitos expresso em porcentagem do volume sanguíneo (hematócrito) e pela concentração plasmática de hemoglobina; *↓ Hematócrito *↓ Hemo lobina *↓ Hemácias ANAMNESE Idade: idosos tem mais tendência; Sexo: mulheres têm níveis de hemoglobina mais baixos; Raça: a anemia falciforme é mais comum em negros; Fase do desenvolvimento: os níveis hematimétricos variam; Estímulo hormonal; Tempo de instalação dos sintomas: *Insidioso: característico de anemia aplásica, mielodisplasias, anemias de doenças crônicas *Agudo: característico de anemias hemorrágicas. Sintomas associados: crises álgicas (à anemia ferropriva); perda de sangue nas fezes Outros Fatores de risco: Histórico de sangramentos e infecções; Tensão de O2 no ambiente; Cirurgias, internações; Câncer; Doenças crônicas. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FISIOPATOLOGIA 1)Diminuição da Produção: Pode ocorrer por diversos fatores: *Falta de tecido eritropoiético → destruição tecidual, baixos níveis de estimulante, anormalidades congênitas *Invasão da medula óssea por elementos malignos → células cancerígenas invadindo a medula e ocupando o espaço onde haveria produção celular *Diminuição da concentração de elementos essenciais eritropoese → ferro, folato (ácido fólico), vitamina B12, vitamina B6 e vitamina C 2) Hemólise Aumentada: Pode ocorrer por diversos fatores *Agressão ao eritrócito → toxinas, parasitas, agressão imunológica *Hiperesplenismo → função aumentada do baço (hemocaterese) *Defeito no eritrócito → arquitetura da membrana, defeitos enzimáticos ou hemoglobina anormal (como na anemia falciforme) 3) Perdas hemorrágicas: Podem ser: *Agudas → traumas, cirurgias, hemorragias no TGI (ou TGU *Crônicas → lceras, tumores intestinais, parasitas intestinais, menstrução abundante; QUANTO À MORFOLOGIA Microcítica; macrocítica; normocítica. DIAGNÓSTICO CLÍNICO As manifestações clínicas são decorrentes da redução da capacidade de transporte de O2 no sangue e menor oxigenação dos tecidos (hipóxia) Sinais e sintomas: *Palidez *Tontura *Astenia *Falta de interesse e atenção *Perversão do apetite e anorexia *Irritabilidade *Cefaleia *Debilidade física *Dispneia aos esforços *Depressão imunológica DIAGNÓSTICO LABORATORIAL- ÍNDICES HEMANTIMÉTRICOS VCM (volume corpuscular médio): volume médio das hemácias - *Macrocítica *Microcítica *Normocítica HCM (hemoglobina corpuscular média): Classifica as anemias: *Hipercrômica *Hipocrômica *Normocrômica. CHCM (concentração da hemoglobina corpuscular média): % de cada hemácia que é composta por hemoglobina. Determina a cor da hemácia junto com o HCM. RDW (red cell distribution width): avalia a variação de tamanho entre as hemácias → índice de anisocitose Reticulócitos: são precursoras das hemácias que contêm resíduos de organelas citoplasmáticas *Avalia a integridade funcional da medula óssea → serve como média da eritropoiese em resposta à EPO *Auxilia na diferenciação de uma anemia hiperproliferativa (anemias hemolíticas) de uma anemia hipoproliferativa (anemia de doença crônica) *Avalia a resposta ao tratamento de reposição de ferro na anemia ferropriva ou nas anemias megaloblásticas, em geral 7-10 dias após o início do tratamento. Com o passar da idade, espera-se uma redução nos níveis de hemoglobina e hemácia, sem necessariamente diagnosticar o paciente com anemia, pelo fato de a medula óssea do idoso não ter uma capacidade de produção tão efetiva. Pode ser pedido também: *Contagem de reticulócitos (“hemácias grandes”) → ,5-2% (ou em nº absolutos de 25.000 a 75.000) *Mielograma: a. Normoblástica = anemia por carência de ferro, hemólise ou infecção b. Hiperplasia de série vermelha = evolução da anemia por carência de ferro e hemólise c. Hipoplasia = fibrose ou redução de função medular d. Eritropoiese megaloblástica = por carência de folato e vitamina B12 e. Invasão de células anormais na medula = podem gerar anemia por invasão de local onde deveria estar sendo produzido hemácias ANEMIA FERROPRIVA De instalação gradual (de acordo com o estágio de redução do ferro corporal). Microcítica, hipocrômica e pode haver poiquilocitose/anisocitose. Diminuição do ferro, aumento da transferrina, dimiuição da ferritina. Sintomas característicos: *Sintomas gerais de anemia *Glossite atrófica *Perversão alimentar *Disfagia intensa *Amenorreia *Diminuição da libido *Queda do rendimento intelectual *Coiloníquia (unha em “colher”). MEGALOBLÁSTICA Carência de ácido fólico ou vitamina B12, Eritropoese ineficaz por baixa biossíntese de DNA. Resulta em: macrócitos, com VCM e HCM aumentados Macrocítica, hipercrômica. Causada por: Bariatrica, IBP. DEFICIÊNCIA DE B12 Sintomas hematológicas: dispneia, cefaleia, fadiga, palidez. Sintomas digestivos: glossite, queilite, diarreia, má absorção. Sintomas neurológicos: neuropatia periférica, neurite óptica, ↓ sensibilidade vibratória e proprioceptiva, ataxia, romberg +. Outros: depressão, psicose, demência. DEFICIÊNCIA DE B9 Semelhante à deficiência de vitamina B12, mas com repercussões mais acentuadas no TGI e sem alterações neurológicas relevantes; HEMOLÍTICA Causada por defeitos intrínsecos ou extrínsecos dos eritrócitos, que alteram a integridade celular. Destruição excessiva de hemácias, com redução da sua sobrevida. Ocorre em: enzimopatias (deficiência de G6PD – interação com dipirona pode causar pancitopenia nos indivíduos comessa deficiência), hemoglobinopatias (anemia falciforme e talassemia). Sintomas associados: icterícia, hepatomegalia, esplenomegalia e litíase biliar - Reticulócitos presentes; APLÁSTICA Pancitopenia – diminui todas as linhagens celulares – anemia, leucopenia e trombocitopenia. Quadro grave. Gera aplasia/hipoplasia de MO. Causas: a maioria dos casos é idiopática, mas pode estar relacionada com exposição a agentes tóxicos, infecções e gravidez e genética (anemia de Fanconi). ANEMIA DE DOENÇA CRONICA Causada por deficiência de produção ou resistência à EPO (por causa de uma doença crônica que libera citocina e outras substâncias que geram redução de produção de EPO). Associada a inflamações e neoplasias; É normocítica e normocrômica, com ferritina aumentada. Causas: infecções, doenças reumatológicas, neoplasias, insuficiência cardíaca, DM. Síndrome Ictérica ANAMNESE Idade: *Crianças e adolescentes → hepatite A (viral) *Idosos → câncer de vias biliares – Profissão: infecções virais, substâncias tóxicas Procedência/viagens: regiões endêmicas de esquistossomose, hepatites, febre amarela, lepstopirose Raça: anemia falciforme frequente em negros → hemólise → icterícia Hábitos de vida: bebida alcoólica e drogas Antecedentes: transfusões sanguíneas ou derivados, contato com ictéricos, história familiar de hepatite, anemia, cirurgia, tumores, tatuagens, tratamento dentário. Uso de medicamentos: exposição a tóxicos, uso de chás ou medicamentos feitos a partir de plantas ou ervas SINTOMAS Pródromos: quando a náusea e a anorexia precedem o surgimento da icterícia → sugere hepatite viral. Febre: *Sem calafrio → hepatite aguda viral e hepatite alcoólica *Com calafrio → colangite com ou sem hepatomegalia dolorosa. Anemia: hemólise, hipertensão portal, cirrose e neoplasia. Colúria: hiperbilirrubinemia às custas da fração conju ada (urina “cor de coca-cola”) Acolia/hipocolia fecal: indica deficiência de excreção de bilirrubina para o intestino *Acolia persistente sugere obstrução biliar extra- hepática. Prurido cutâneo: em doenças hepáticas colestáticas intra ou extra-hepáticas, cirrose biliar primária. Dor abdominal: *Cólica biliar: cálculo biliar *Dor ou desconforto no hipocôndrio direito: hepatites agudas, tumores e congestão hepática, abscesso hepático *Dor pancreática: pancreatite e tumores pancreáticos que obstruem as vias biliares ou pode ser uma complicação da obstrução das vias biliares extrahepáticas por cálculos; Perda de peso: doenças hepáticas agudas e crônicas (fases finais) e malignidade; *Sugere outro diagnóstico sindrômico → síndrome consumptiva. EXAME FÍSICO SINAIS Cor amarelada em conjuntiva ocular e pele: em conjuntivas, mucosa oral, frênulo da língua e pele. Vesícula biliar palpável indolor (sinal de CourvoisierTerrier): obstrução biliar extra- hepática → sugestivo de neoplasia peri-ampolar *Cabeça do pâncreas *Ampola de Vater *Via biliar principal *Papila *Duodeno – Manifestações de insuficiência hepática: diminuição dos pelos, atrofia testicular, hálito hepático, encefalopatia hepática, eritema palmar, aranhas vasculares, ginecomastia, telangectasias. PALPAÇÃO ABDOMINAL Fígado – Hepatomegalia dolorosa, figado nodular, diminuição do tamanho. Inspeção, percussão, palpação (lemos-torres e mathiew). - Localização, consistência, superfície, borda e sensibilidade. Sinal de Torres Homem: paciente refere dor à percussãoo hepática (ex.: abcesso hepático); Sinal de Jobert: percussão timpânica na loja hepática (ex.: pneumoperitônio); Sinal de Chilaiditi: sinal radiológico que evidencia transposição de alças intestinais sobre a loja hepática, que à percussão se torna timpânica; Baço – percussão esplência (espaço de traube + linha de Piorry), palpação esplênica (técnica de shuster); Ascite: Sinal da poça, semicírculo de skoda, macicez móvel dos flancos e piparote. Edema periférico; Manifestação de colestase crônica: baqueteamento, hiperceratose, xantelasma e pigmentação da pele; CAUSAS DE HIPERBILIRRUBINEMIA Aumento da produção: hemólise (falciforme, esferocitose hereditária, deficiência de G6PD); Diminuição da captação (da BI no hepatócito): jejum prolongado, infecções, drogas Diminuição da conjugação: síndromes genéticas, como a síndrome de Gilbert e CligerNajar 3 mecanismos provocam aumento predominante de bilirrubina indireta: *Diminuição da excreção: síndromes que dificultam a excreção de BD (Síndrome de Rotor e Dubin-Johnson) *Obstrução biliar: cálculos, estenose, câncer 2 mecanismos provocam aumento predominante de bilirrubina direta: *Nas doenças hepatocelulares, ocorre diminuição da captação e diminuição da conjugação de forma leve, porém o maior comprometimento é da excreção, pois ela depende de ATP e o insulto ao hepatócito compromete os estoques de ATP. Portanto, doenças hepatocelulares provocam aumento predominante de bilirrubina direta. COMO INVESTIGAR? Anamnese + Exame Físico - Exames laboratoriais: *Predomínio do BI: pesquisar hemólise e síndromes genéticas *Predomínio de BD: pesquisar lesão hepatocelular (hepatite viral, hepatite alcoólica, cirrose, dentre outras causas) e colestase (coledocolitíase, colangite) EXAMES COMPLEMENTARES Laboratório: Concentração sérica de bilirrubina total e frações; Transaminases (avaliar parênquima hepático); Fosfatase alcalina e gama GT (enzimas canaliculares); Hemograma; Proteínas totais e frações; Imagem: USG, tomografia, ressonância (a depender da minha hipótese diagnóstica). Síndrome De dor abdominal Dor visceral: imprecisa – tipo cólica – distensão e contração de vísceras ocas – o paciente fica inquieto. Produzidas por problemas na própria víscera. É uma dor difusa Dor parieral (somática): precisa – constante e fixa – intensifica com a movimentação → o paciente fica quieto. Dor localizada Dor referida ou irradiada: localização a distância. Exemplo: paciente com IAM e dor abdominal, colelitíase e dor no ombro; - Dor aguda ou Dor crônica. ANAMNESE Dados de identificação: idade, sexo, profissão, procedência; Sobre a dor: difusa ou bem localizada? - Quando iniciou (insidiosa ou súbita)? Como iniciou? Caracterização da dor? Evolução? Irradiação? Intensidade da dor (escala de 0 a 10), Fatores de melhora/piora (deglutição, digestão, defecação, posição de decúbito, sentado, tipos de alimentos)? Sintomas associados/isda (anorexia, alteração de peso, febre, calafrios, artralgia, alterações cutâneas, náusea, vômitos, disfagia, odinofagia, plenitude gástrica, azia, hábito intestinal alterado, hematêmese, melena, hematoquesia, esteatorreia, icterícia, disúria, polaciúria, dor lombar, hematúria, tenesmo vesical, dismenorreia, amenorreia, menorragia, metrorragia, corrimento vaginal, dispaurenia). Estado atual? Quadros semelhantes?, comorbidades, hábitos alimentares, álcool, drogas, medicamentos (antiácidos, AINE’s, BCC, AAS, corticoides); Estresse e exercício físico – Antecedentes pessoais (infância com gastroenteropatias, cirurgias prévias, transfusão de sangue, internações, problemas ginecológicos, alergias, H. Pylori, DM, HAS, medicação de uso contínuo, hepatite, malária, tuberculose, HIV). Antecedentes familiares (DM, HAS, hepatites, tuberculose, neoplasias, cólon irritável, doença inflamatória intestinal, pólipos. EXAME FÍSICO 1. Geral 2. Atentar para sinais de instabilidade hemodinâmica 3. Avaliação cardiológica 4. Avaliação respiratória 5. Avaliação abdominal – Inspeção estática e dinâmica, ausculta rh e vascular, percussão, palpação, sinais de irrritação peritonial (murphy, blumberg, descompressão, rovsing, pssoas ilíaco, obturador, lapinsky), palpação e punho percussão renal; Propedêutica do fígado,baço; 6. Sinais: cullen, grey turner, nódulo irmã maria josé, jobert, torres-homem); HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS ABDÔMEN AGUDO Inflamatório: início insidioso seguido de piora progressiva associada à febre e sinais de peritonite localizada ou difusa. Exemplos: apendicite, colecistite, pancreatite, diverticulite – Perfurativo: dor abdominal súbita, intensa, persistente, com sinais de peritonite difusa e instabilidade hemodinâmica com choque séptico, se não houver intervenção cirúrgica. Exemplos: perfurações de vísceras ocas, colangite supurativa (pentade de reynalds); Hemorrágico: dor súbita associada a sinais de hipovolemia. Ex: pancreatite necrosante aguda (sinal de cullen/grey turner) Vascular: dor abdominal súbita, intensa, em cólica e sinais de peritonite. Exemplos: trombose mesentérica, infarto mesentérico. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Colecistite aguda; Colangite aguda; DRGE; Úlcera péptica; Pancreatite aguda: dor epigástrica intensa, irradia para costa, náusea vomito, inst hemodinamica (hipotensão, taquicardia), apresenta sinal de cullen e grey turner – Pancreatite cronica: dor cronica com periodos de alívio, diabsorção, esteatorreia, desnutrição, DM secundário. Neoplasia maligna gástrica Obstrução intestinal do delgado Doença de crohn – inflamação tgi Isquemia e Infarto mesentérico - Dor intensa, diarreia, vômitos, sangramento digestivo baixo – Aneurisma dissecante de aorta – dor lanciante, irradia p hipogástrio e dorso e associado a hipertensão; Apendicite aguda Diverticulite aguda – dor em cólica no flanco esquerdo com irradiação para coxa, lombar ou periumbilical. Febre. Descompressão brusca em fossa ilíaca esquerda. DIP –doença inflamatória pélvica: dor abd inferior à mobilização do colo uterino; febre, secreção purulenta; dor + corrimento + dispareunia + febre + náusea + vomito Gravidez ectópica rota – obturador+; Amenorreia ou atraso mentrual; Fazer beta HCG e imagem. - Cálculo renal - Pielonefrite; EXAMES COMPLEMENTARES *Laboratório: Hemograma, Urina EAS *TGO, TGP, Gama-GT, Fosfatase alcalina, bilirrubina... *Teste de gravidez; *Radiografia de abdome, USG (fígado, vias biliares, pélvica), TC de abdome *Endoscopia digestiva alta.