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gabi_fran_ 
Gabrielle França, CESUPA 
 
 
 
 
Síndrome Vertiginosa 
A vertigem é a ilusão de girar em torno do 
ambiente ou vice-versa. É comum e geralmente 
avaliada pelo médico da atenção primária (MAP). 
Mesmo que os pacientes sempre tragam a 
tontura como sintoma principal: 
Tontura e vertigem NÃO SÃO SINÔNIMOS!!! 
 
Na Anamnese 
Se faz importante elucidar: 
 Tempo de evolução 
 
 Horários mais frequentes 
 
 Fatores de melhora e piora 
 
 Duração das crises 
 
 Sintomas associados 
 
 Uso de medicação 
 
 Sintomas que antecedem ao episódio 
 
 
Classificação de Vertigem 
VERTIGEM CENTRAL 
A vertigem central, ou Síndrome Vestibular 
Central, é ocasionada por alterações no sistema 
nervoso central, como aneurisma, tumor 
cerebral e enxaqueca. 
Espera-se a atenção para os principais sinais de 
alerta de doenças neurológicas, que 
são: a presença associada de cefaleia 
e outros sintomas neurológicos, 
nistagmo não esgotável, falta de 
coordenação dos movimentos do 
corpo, incoordenação da fala e visão 
dupla. 
VERTIGEM PERIFÉRICA 
Associada a outras causas, diferente 
da central o paciente não chega com 
sintomas neurológicos 
especificamente. Referindo além da 
tontura, hipoacusia, tinnitus e nistagmo 
esgotável. 
Exame Físico 
Avaliando o Nistagmo 
A manobra de Dix - Hallpike consiste em 
colocar o paciente sentado com suas pernas 
sobre a maca, tem sua cabeça inclinada a 60 
graus para trás e a 45 graus para um dos lados. O 
examinador deita o tronco do paciente 
rapidamente, sem modificar a posição de sua 
cabeça. 
Durante esse período, o olho do paciente deve 
permanecer aberto e fixo em um alvo, para que 
o examinador possa observar a presença ou 
ausência de movimentação ocular involuntária 
(nistagmo) que será associado à sintomatologia 
relatada. 
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/aneurisma
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tumor-cerebral
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tumor-cerebral
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/enxaqueca
Avaliando o Equilíbrio 
Manobra de Roomberg 
 
Manobras Rinne e Weber 
 
Teste de Rinne 
Resultado: positivo : condução A>condução O 
negativo : D ou E 
Teste de Weber 
Resultado: indiferente 
lateralizado: D ou E 
 
Avaliando a Coordenação 
Index nariz e Index nariz index 
 
Diadococinesia 
 
Resultado normal: Eudiadococinesia Alterado: 
Disdiadococinesia; Ausência: Diadococinesia 
Diagnóstico 
patologias periféricas existem 4 mais comuns 
 Vertigem Posicional Paroxistica Benigna 
 
 Doença de Meniére 
 
 Vertigem medicamentosa 
 
 Labirintite 
 
Patologias centrais 
 Enxaqueca 
 AVE AVC 
 
 
Síndrome Febril 
Febre: aumento da temperatura corporal em 
resposta a uma desregulação causada por 
patologia (neoplasias) ou alteração orgânica 
(medicamentos). É um sinal comum na atenção 
primária, que só deve ser confirmado mediante 
aferição da temperatura. SINAL (só é sintoma se 
confirmado.) 
Nem toda febre significa infecção, uma 
variação de temperatura pode sugerir a etiologia 
 
 
Classificação 
De acordo com a temperatura 
Febre leve ou febrícula: 37ºC a 37,5ºC 
 
Febre moderada: 37,5ºC a 38,5ºC 
 
Febre elevada: > 38,5ºC (a que ocorre na 
dengue) 
Quanto a duração 
 Aguda: Até 10 dias, é geralmente um quadro 
autolimitado ou limitado pelo uso do 
antimicrobiano, logo, é fácil de ser diagnosticado 
e tratado → viroses, arboviroses, pneumonia; - 
Subaguda: de 10 dias a menos de 3 semanas – 
Prolongada: acima de 3 semanas ou 21 dias → 
*Pode evoluir para o quadro de febre de origem 
indeterminada 
Contínua → doenças infecciosas (pneumonia, 
tuberculose, febre tifoide, endocardite 
infecciosa). 
Intermitente→ doença viral; 
 Remitente → doenças infecciosas (pneumonia, 
sepse – podem apresentar hipotermia, 
tuberculose). 
Recorrente ou recidivante → doenças 
neoplásicas (linfoma) e malária; 
Anamnese 
*Idade; *Sexo; *Ocupação; *Procedência; 
*Exposições importantes; *Epidemiologia; 
*Próteses,sondas, cateter; *Cirurgias; *Fármacos; 
*Hábitos alimentares; *Uso de drogas, 
transfusões 
Etiologias 
Infecções: 
Neoplasias: linfomas, tumores renais etc; 
Doenças autoimunes: lúpus eritematoso 
sistêmico (LES), artrite reumatoide (AR); 
Fármacos: deve-se fazer prova 
terapêutica, febre deve desaparecer 48h 
após retirar medicamento, *Os fármacos 
podem liberar substâncias que alteram a 
temperatura, através da desregulação do 
sistema termorregulador. 
Febre aguda 
Infecção de vias aéreas superiores 
Quadro clínico: inflamação localizada, 
coriza, congestão nasal, tosse, odinofagia e 
febre autolimitada, inferior a 38,5ºC. 
Quadros de 3 a 4 dias de duração (máximo 
1 semana); 
Diagnóstico: Clínico! Na maioria dos casos não 
há necessidade de exames complementares 
Pneumonia adquirida na comunidade 
Quadro clínico: Dispneia, febre, tosse com 
expectoração purulenta e dor pleurítica; 
 Ao exame físico, ausculta pulmonar alterada 
(estertores crepitantes), frêmito tóracovocal 
aumentado durante palpação e presença de som 
submaciço durante a percussão; 
 Diagnóstico: Solicitar raio-x de tórax em PA e 
perfil para confirmação diagnóstico 
(hipotransparência heterogênea confirmando 
consolidação pulmonar) 
 
Leptospirose 
Suspeitar quando houver história de 
alagamentos ou condições inadequadas de 
moradia e trabalho. Quadro clínico: Febre alta de 
início súbito com calafrios, cefaleia, olhos 
vermelhos, mialgias intensas nas panturrilhas e 
nas costas. Pode haver dor torácica e hemoptise 
Diagnóstico: Solicitar sorologia. 
Salmonelose 
 Quadro clínico: Náuseas, dor abdominal, 
diarreia aquosa, febre e vômitos; Suspeitar 
quando houver ingestão de alimentos 
contaminados. 
Diagnóstico: Solicitar somente hemograma 
(avaliar leucocitose às custas de neutrofilia) 
Meningite 
Quadro clínico: Cefaleia, rigidez de nuca, 
convulsões, fotofobia e alterações do sensório 
Diagnóstico Solicitar punção lombar com 
análise do líquor e hemograma 
Malária 
Caracterizada por ser uma doença infecciosa 
febril aguda; Quadro clínico: Febre alta 
acompanhada de calafrios e tremor generalizado 
(15-60min) pode atingir 41ºC com cefaleia e 
hemorragias subconjutivais; 
Sudorese profusa com a sensação de alívio da 
doença, caracterizada pelo declínio súbito da 
temperatura. 
Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma 
apresentando anemia normo/normo; leucopenia 
com desvio para esquerda; VHS e PCR elevados; 
hipergamaglobulinemia. 
Exames específicos: gota espessa. 
 
 
Febre indeterminada - longa 
Tuberculose 
 Quadro clínico: Febre prolongada, comumente 
vespertina, Tosse com duração maior que 3 
semanas. Pode haver fadiga, sudorese noturna, 
hemoptoicos e perda de peso e apetite associada. 
Diagnóstico: Solicitar baciloscopia direta do 
escarro em duas amostras e raio-x de tórax em 
PA e perfil (avaliar cavitações) 
HIV 
Quadro clínico: Linfonodomegalia, fadiga, 
anemia, perda de peso, cefaleia, rash não 
pruriginoso e hepatoesplenomegalia. Além disso, 
de sintomas associados à infecções oportunistas, 
como placas esbranquiçadas na cavidade oral. 
Suspeitar quando houver história de múltiplas 
parcerias sexuais, relações desprotegidas e 
drogas injetáveis. 
Diagnóstico Solicitar sorologia para HIV 
Colagenoses (lúpus eritematoso sistêmico) 
Quadro clínico: Febre, fadiga, mialgia, artralgia, 
rash em áreas fotoexpostas, alopecia, 
fotossensibilidade. Suspeitar quando houver 
histórico familiar de doença autoimune; 
Diagnóstico - Solicitar FAN, VHS e PCR 
Neoplasia linfática (linfoma) 
Quadro clínico: Linfonodomegalia com 
características malignas (tamanho > 2cm, 
endurecidos, aderidos a planos profundos, 
superfície irregular e indolor), sudorese noturna 
hematomegalia, esplenomegalia e perda de peso. 
Diagnóstico: Solicitar biópsia do linfonodo 
Outras neoplasiasQuadro clínico: Febre prolongada associada à 
perda de peso significativa. 
Arboviroses 
Provocam exclusivamente febre aguda 
Dengue 
Quadro clínico: Febre alta, >38ºC, de início 
abrupto, seguida de cefaleia, mialgia, prostração, 
artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, 
náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo; - 
A doença tem uma duração de 4-7 dias. Com o 
desaparecimento da febre, há a regressão dos 
sinais e sintomas. 
Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma 
apresentando leucopenia podendo ter linfocitose 
com atipia linfocitária; trombocitopenia leve; 
aumento de TGO em até 2-3x o valor de 
referência Exames específicos: sorologia para 
dengue e Prova do laço 
Chikungunya 
Quadro clínico Febre alta (> 39ºC) de início 
súbito e surgimento de intensa poliartralgia, 
acompanhada de dores nas costas, Conjuntivite 
sem secreção, exantema, cefaleia e fadiga, com 
duração média de 7 dias; - A mialgia, quando 
presente, é de intensidade leve a moderada;, 
Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma 
apresentando leucopenia com linfopenia < 1000 
cel/mm3 , além de trombocitopenia inferior a 
100.000 cel/mm3 . Elevação de VHS e PCR. 
Aumento discreto das enzimas hepáticas, 
creatinina e CPK. Exames específicos: sorologia 
para Chikungunya 
Zika 
Quadro clínico: Febre baixa (entre 37,8ºC e 
38,5ºC) associada à conjuntivite não purulente, 
cefaleia, artralgia normalmente em mãos e pés, 
em alguns casos com inflamação das articulações, 
fadiga ou astenia, exantema maculopapular 
pruriginoso; Frequência menor de dor reto-
orbital, anorexia, vômitos, diarreia e dor 
abdominal. Trata-se de uma doença autolimitada 
de modo que os sintomas desaparecem em até 7 
dias; Lembrar que o vírus Zika possui correlações 
com alterações no SNC 
Diagnóstico: Exames inespecíficos: hemograma 
apresenta leucopenia, trombocitopenia, 
associados à elevação discreta de LDL, GGT e 
marcadores inflamatórios como PCR - Exames 
específicos: sorologia para Zika vírus 
 
 FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA 
Presença de temperatura axilar ≥ 37,8ºC em 
várias ocasiões, pelo tempo mínimo de 3 
semanas e após investigação com exames sem 
causa identificada 
FOI CLÁSSICA 
Febre ≥ 37,8ºC em várias ocasiões 
Duração ≥ 3 semanas 
FOI NASOCOMIAL 
 Pacientes internados com Febre ≥ 37,8ºC em 
várias ocasiões. 
 Ausência de infecção ou doença incubada à 
admissão. 
FOI NO NEUTROPÊNICO 
Neutrófilos < 500 mm3. Febre ≥ 37,8ºC em 
várias ocasiões. 
FOI ASSOCIADA AO HIV 
 Infecção pelo HIV confirmada. Febre ≥ 37,8ºC 
em várias ocasiões. 
Duração ≥ 4 semanas (regime ambulatorial), ou 
≥ 3 dias em pacientes internados. 
Diagnóstico 
Não há rotina/exame obrigatório!! 
Hemograma (ajuda a ver se é viral ou 
bacteriano) 
VHS e PCR (são exames inespecíficos e que 
podem estar aumentados diante de um quadro 
de processo inflamatório. Ex.: lúpus, artrite 
reumatoide) 
Glicemia (pode estar associado a diabetes, 
porque favorece doença fúngica e bacteriana) – 
Creatinina (ver se tem alteração renal, que 
pode cursar com quadros febril, quadro 
neoplásico) 
TGO, TGP (alterações hepáticas) 
Urina e urocultura (especialmente para 
sondados) 
Raio-x de tórax (é essencial de pedir. 
Se você tiver disponível pedir tomografia. 
Porque muitas vezes não é apenas o parênquima 
que você quer avaliar, podendo ter alargamento 
do mediastino por conta de enfartamento 
ganglionar central e não periférico. 
Síndrome Meníngea 
Conjunto de manifestações clínicas causados 
por irritação das meninges e raízes nervosas 
envolvidas por elas 
Meningismo: irritação das meninges definido 
pela tríade: cefaleia + fotofobia + rigidez de 
nuca. Pode ser causada por soluções de 
continuidade (amigdalite e sinusite), 
hemorragias, ou infecções. 
Meningite: é uma doença inflamatória 
secundária à invasão do SNC por agentes 
infecciosos envolvendo a pia-máter, a aracnoide, 
o espaço subaracnóide e ventrículos. 
Crise convulsiva: fenômeno neurológico que 
reflete no tônus da musculatura, movimentos 
súbitos e incoordenados, involuntários e 
paroxísticos, liberação dos esfíncteres e pode ou 
não gerar perda da consciência; 
Etiologia 
Infecciosa 
Bacterianas comuns: são as mais comuns, 
tendo como principais agentes o meningococo, 
pneumococo, haemophilus influenzae, 
estafilococos, estreptococos etc. 
 
Vírus: HIV, coriomeningitis linfocitária, 
enterovírus, adenovírus, herpes simples, varicela 
zoster etc 
Espiroquetas: sífilis e leptospirose 
Fungos: histoplasmose e criptococose 
Neoplásicas: Linfomas, Leucemias, Infiltrações 
carcinomatosas 
Hemorragia subaracnóidea (HSA): 
Traumatismo cranioencefálico (TCE), Aneurisma 
roto, Distúrbio hemorrágico, Malformações 
Irritação química: Contrastes radiológicos, 
Quimioterapia intratecal 
Doenças autoimunes 
Tipos 
 Início súbito com cefaleia intensa: hemorragia 
subaracnóide (HSA) 
Início súbito + síndrome infecciosa (febre, 
prostração, calafrio, hipoxemia): meningite 
aguda (bacterianas – purulentas) 
Início gradativo + sintomas brandos mistos 
(febre, emagrecimento, prostração, 
anorexia, irritação meníngea) + evolução 
lenta: meningites não purulentas 
(tuberculose e fungos). 
Quadro Clínico 
Cefaleia holocraniana que piora à 
movimentação da cabeça devido à 
hipertonia (espasmo muscular) do pescoço 
Vômitos em jato, sem náuseas 
Fotofobia e fonofobia 
Alteração do nível de consciência: 
sonolência ou até coma – meningoencefalite 
Febre – em causas infecciosas 
Convulsões generalizadas 
Anamnese 
*Quais sintomas apresentou? (Em casos de 
cefaleia: já sentiu essa dor antes? Qual a 
intensidade?) *Há quanto tempo? *Teve febre? 
(perguntar se foi aferida) *Histórico de trauma? 
*Faz uso de medicamentos? 
Exame Físico 
Exame físico geral: Estado geral e nível de 
consciência variáveis 
Força muscular: A força pode ser classificada 
nos graus 0 a 5 (sempre avaliar os 2 lados dos 
membros) 
 
Manobra dos braços estendidos (ou Mingazini 
dos MMSS) 
Manobra de Reimiste 
Manobra de Mingazzini 
Manobra de Wartemberg 
Manobra de Barré 
Sinais de infecção nas vizinhanças das 
meninges: seios da face, ouvidos e mastoide, 
Rash cutâneo (meningococemia) 
Toxemia e sepses: quadro séptico grave, 
falência da adrenal, hemorragia, choque 
Comprometimento de nervos cranianos 
(meningites crônicas): base de cérebro 
Nervos oculomotor, troclear e abducente (III, 
IV e VI) Motilidade extrínseca e intrínseca 
Nervo facial Pede-se ao paciente para fazer 
mímicas facias. 
Fundoscopia 
Aumento de pressão intracraniana (PIC) 
Presença de sinais de irritação meníngea 
RIGIDEZ DA NUCA 
Com o paciente em decúbito dorsal, o 
examinador deve colocar a mão atrás da cabeça 
do paciente e realizar a flexão passiva do 
pescoço, aproximando o mento do tórax. 
 
 
 
 
+ Resistência à movimentação passiva do 
pescoço (sinal de Brudzinski – puxar a perna) 
− Ausência de dor ou limitação funcional 
MANOBRA DE KERNIG 
Com o paciente em decúbito dorsal, o 
examinador deve realizar a flexão passiva da 
coxa sobre a bacia, em ângulo reto, e, logo após, 
realizar a extensão da perna sobre a coxa 
 
+ Resistência e limitação do movimento, 
associada a dor intensa. Além disso, pode haver 
flexão da perna contralateral 
− Ausência de dor ou limitação funcional 
 
PROVA DE BRUDZINSKI 
Com o paciente em decúbito dorsal e membros 
inferiores estendidos, o examinador deve 
posicionar uma mão na porção anterossuperior 
do tórax e outra mão realizando a flexão súbita 
do pescoço 
 
+ Paciente apresenta flexão unilateral ou 
bilateral do membro inferior durante flexão do 
pescoço 
− Ausência de flexão de membro inferior 
 
Diagnóstico 
História: dados epidemiológicos 
Exame físico: Fundoscopia: há aumento da 
pressão intracraniana (PIC) → edema de papila. 
Imagem: *TC: evidencia sangramentos 
*Angiotomografia*RX de tórax 
Laboratório: hemograma, VHS, hemocultura e 
outros de rotina 
Punção lombar e análise do LCR; 
Meningite 
Quadro clínico: Febre alta, mal-estar geral, 
prostração ou agitação psicomotora (síndrome 
toxêmica), sinais de irritação meníngea e 
cefaleia holocraniana intensa, náuseas, vômitos, 
fotofobia e, muitas vezes confusão mental 
(síndrome de hipertensão intracraniana) 
O quadro mais agudo (24-48h) sugere 
meningite bacteriana, um quadro de 7 a 10 dias 
sugere meningite viral e um quadro mais 
arrastado (meses) sugere meningite fúngica, 
mas a etiologia só poderá ser confirmada com a 
análise do LCR 
Diagnóstico: O diagnóstico é confirmado por 
uma punção lombar (LCR) diagnóstica 
(raquicentese). Porém, na presença de 
rebaixamento do nível de consciência, com 
déficits focais novos e/ou papiledema 
(oftalmoscopia – fundoscopia), é recomendado 
um exame de neuroimagem antes da punção. 
Hemorragia subaracnóidea 
Quadro clínico: Sintoma clássico é uma 
cefaleia grave de desenvolvimento muito rápido 
(“a pior da vida”) e algumas vezes acompanhada 
por rigidez de nuca. Quadros agudos causam 
fotofobia e irritação meníngea. A observação 
oftalmológica revela hemorragias pré-retinianas 
bem circunscritas e de cor vermelho-vivo 
(hemorragias sub-hialoides) 
Diagnóstico É feito por meio da TC que sugere 
os focos de sangramento e a angiografia 
cerebral identifica o foco da hemorragia. 
Saúde Mental 
Anamnese 
A História Clínica Psiquiátrica ou Anamnese 
Psiquiátrica objetiva fornecer elementos para a 
formulação diagnóstica, incluindo a 
descrição detalhada dos sintomas e a 
identificação dos fatores 
predisponentes, precipitantes e 
perpetuantes da doença. 
Identificação geral 
Queixa Principal: É importante 
observar quem encaminhou, de quem 
foi a iniciativa de buscar ajuda e com 
que objetivo. 
Antecedentes: Quanto aos 
antecedentes psiquiátricos levantar 
informações sobre os tratamentos 
prévios, especificando há quanto tempo 
ocorreram, o tipo e a duração dos mesmos. 
Antecedentes Familiares: Observar históricos 
de adoção, suicídio, luto, violência, e relação 
dentro da casa e com amigos. 
Exame Físico 
Aqui fazemos a avaliação de 11 aspectos: 
Aspecto Geral, Orientação, Consciência, Atenção 
e concentração, Psicomotricidade, Linguagem e 
Pensamento, Sensopercepcção, Afetividade e 
humor, Memória, Intelecto e Juízo da realidade. 
Aspecto Geral 
Avalia aparência, postura e atitude através da 
comunicação não-verbal. 
APARÊNCIA: idade (aparente ter a idade que 
tem?), vestes (está com as vestes adequadas de 
toda consulta?), higiene, expressão facial, modo 
de andar, adornos, cabelos alinhados etc. 
POSTURA E ATITUDE: relação e atitude perante 
o entrevistador (cooperativo, indiferente, 
passivo, fóbico, agressivo, cabisbaixo, 
dissimulado, inseguro, arrogante, sedutor, 
confuso, manipulador, poliqueixoso, petulante, 
hostil, desconfiado etc.) 
Orientação autopsíquica/alopsíquica; 
Consciência 
É o estado de percepção do ambiente, de si 
mesmo e a capacidade de responder estímulos. 
Plena (normal): 
Sonolência: 
Obnubilação dificuldade de atenção 
Estupor; mutismo e sem movimentos, 
preservação relativa de consciência; 
Delirium; 
Estado crepuscular: estreitamente transitório 
da consciência, clássico em estados pósepiléticos 
OBS: Como responder na anamnese 
psiquiátrica acerca da consciência do paciente → 
resposta: consciência plena simples, soletração 
inversa etc. 
Atenção e Concentração 
Capacidade de focar em uma tarefa ao longo 
do tempo. Questionar série de dígitos, meses de 
ano, dias da semana, cálculos simples, soletração 
inversa etc. avalia a capacidade do paciente de 
focar no que estou perguntando. Pode ser: 
Preservada 
Manutenção prejudicada: o paciente tem 
dificuldade de manter a concentração durante o 
que está sendo conversado; 
Focalização prejudicada: o paciente tem 
dificuldade de começar a focalizar na 
conversa/atividade; 
Desatenção seletiva: o paciente fica desatento 
quando é determinado assunto. Ex.: morte de 
parentes próximos; 
Psicomotricidade 
Avaliação de comportamento e atividade 
motora (velocidade e intensidade) 
Marcha e gesticulação: como ele 
anda/gesticula? 
Atividade motora: pode estar preservada, mas 
com alterações. 
Por exemplo, agitação, lentificação, tremores, 
acatisia (impossibilidade de ficar parado – ex.: 
anda ao redor da mesa, ao redor de si, senta e 
levanta), tiques (movimento involuntário 
espasmótico), estereotipias (movimentos 
involuntários estereotipadas), maneirismos 
(movimentos estereotipados bizarros) etc. 
Sinais características de catatonia: 
flexibilidade cérea (paciente permanece longos 
períodos na mesma posição, como se fosse feito 
de cera, comum em paciente esquizofrênicos) e 
catalepsia (pacientes com aspectos vitais muito 
reduzidos, como parada cardíaca). 
Linguagem 
Avaliada ao dar um comando, leitura, escrita ou 
repetição - DEPENDE DA ESCOLARIDADE !!! 
Características da fala: 
*Espontânea ou apenas se estimulado 
*Mutismo: paciente não fala mesmo 
estimulado 
*Logorreia: produção aumentada e acelerada 
da linguagem verbal, fluxo incessante de 
palavras. Difícil de interromper 
*Mussitação: paciente fala sussurrando, bem 
baixo, quase inaudível 
*Defeitos: afasia, disartria, gagueira, rouquidão 
Progressão da fala: 
*Quantitativamente diminuída: fala o mínimo 
necessário com respostas monossilábicas; 
*Prolixidade: fala muito sobre os tópicos 
perguntados 
Fluxo da fala: 
*Fluxo lento: longas pausas entre as frases ou 
demora para iniciar uma resposta 
*Fluxo acelerado: fala com velocidade 
aumentada, sendo difícil interrompê-lo. 
Pensamento 
Dividido em: forma, conteúdo e capacidade de 
abstração 
1) Forma - Organização do pensamento, 
relação e nexo das ideias entre si; 
Circunstancialidade: Paciente acrescenta 
muitos detalhes, mas consegue chegar ao que foi 
perguntado. Apresenta fala prolixa, mas 
responde ao que foi perguntado; 
Tangencialidade: Acrescenta muitos detalhes, 
porém não consegue responder ao que foi 
perguntado. Fala prolixa, com muitos detalhes e 
não chega ao objetivo principal. 
Perseveração: Não muda de ideia. Repete 
mesma resposta para perguntas diferentes, 
demonstrando que tem dificuldade; 
Fuga das ideias: Aceleração do pensamento, 
ideia se segue a outra extremamente rápida, 
perturbando as associações lógicas. 
Incoerência: Perda na associação lógica de 
frases sem nexo em relação a sintaxe; 
Bloqueios: Interrupção súbita, quando retorna 
fala sobre outro assunto sem conexão. – 
Neologismo: Palavra nova ininteligível que 
apenas ele entende; 
Ecolalia: Repetição de palavras ou frases 
2) Conteúdo 
Conceitos emitidos pelo paciente durante a 
entrevista e sua relação com a realidade . 
Tema predominante: ansioso, depressivo, 
fóbico, obsessivo ou persiste em um só assunto 
 Logicidade: lógico (normal) ou ilógico (alterado: 
delírios); 
Delírios: *Sistematizados: sempre mesmo tema 
*Não sistematizados: mais de um tema; 
*Referência: atribuição de um significado 
pessoal a observações ou comentários neutros. 
*Persecutório: ideia de estar sendo atacado, 
perseguido ou sendo alvo de conspiração 
*Grandiosidade/grandeza: o conteúdo envolve 
poder ou importância exagerados 
*Somático: o conteúdo envolve mudança ou 
distúrbio no funcionamento corporal. O paciente 
acredita que ele tem uma patologia/sintoma, 
como neoplasia, dispneia e cefaleia 
*Culpa: acredita ter cometido uma falta ou 
pecado imperdoável 
*Ciúmes: o paciente acredita que seu parceiro 
é infiel 
*Controle: o paciente acha que seus 
pensamentos, ações e sentimentos são 
controlados por uma força externa 
OBS: Ao descrever que paciente apresenta 
algum tipo de delírio não esquecer de especificar 
qual o tipo de delírio o paciente apresenta 
(persecutório, grandiosidade,ciúme) 
3) Capacidade de abstração 
Formular conceitos e generalizações (relação 
com provérbios e perguntas cotidianas) 
 Normal: Paciente responder que o provérbio 
significa resiliência ou responder corretamente. 
Alterado: Paciente responder de forma literal o 
provérbio ou responder outro assunto. 
Sensopercepção 
São as sensações e percepções que vão resultar 
da estimulação esperada dos órgãos do sentido. 
Podem ter as seguintes alterações: 
*Despersonalização: Pode achar que uma 
determinada parte do corpo não é dele, e sim de 
outra pessoa 
*Desrealização: É relacionado com uma 
situação que ele viveu, que ele acredita que 
viveu. Está muito relacionado a episódios 
traumáticos, como acidentes, mortes etc 
*Ilusão: Paciente vê um objeto, mas diz que é 
outra coisa; 
*Alucinações: Não precisa de um objeto para 
ocorrer, podem ser visuais, auditivas, olfatórias 
(podem estar relacionadas a tumores), táteis 
(sentir toques) ou gustativas; 
OBS: Caso de alucinações auditivas → 
descrever o que o paciente está escutando. 
Afetividade e humor 
Controle e adequação das manifestações dos 
sentimentos. Humor: é o que o paciente está 
sentindo > Depressivo, eufórico, irritado, ansioso. 
Afeto: sentimento que o paciente vai te 
demonstrar → tristeza, alegria, exaltação, raiva, 
indiferença, culpa, amor, saudade. 
Avaliado por meio: 
Tonalidade emocional: pela voz, expressão 
facial, gestos *Ex.: pessoa triste, a voz é mais 
calma, baixa, a expressão facial é triste. 
Modulação: hipomodulação (rigidez afetiva → 
paciente tem o tempo todo aquele mesmo 
humor) e hipermodulação (labilidade afetiva → 
paciente muda o humor toda hora). 
Equivalentes orgânicos: apetite (triste: come 
muito ou pouco), peso, sono, libido.. *Lembrar 
de avaliar as manifestações ou risco de auto e 
heteroagressividade, tais como planos suicidas, 
ou ainda, ideias de homicídio *Considerar a 
autoestima, volição, energia e disposição para 
realização de projetos pessoais. 
Memória 
Avaliada por meio de observações e testes, 
como o registro de informações. Tipos de 
memória: 
Recente: horas a dias (perguntar sobre a 
refeição no dia anterior). Remota: passado 
(perguntar data do casamento, idade do filho 
mais velho, escola que estudou). Imediata: 
minutos (falar 3 palavras para o paciente e pedir 
para ele repetir depois. Ex.: casa, carro e tijolo). 
Capacidade intelectual 
Depende da escolaridade e/ou da experiência 
sociocultural. 
Perguntar se sabe quem é o 
presidente/governador/prefeito atual? Qual 
doença responsável pela pandemia? Testes 
aritméticos. Leitura e compreensão de textos 
Juízo crítico da realidade 
Ações do paciente determinadas por uma 
avaliação coerente da realidade → isso é o 
normal. 
Alterado: decisões determinadas por delírios 
ou alucinações (paciente acredita que não está 
doente quando ele claramente está) *Ex.: 
Paciente que não se acha doente. 
Síndromes em saúde mental 
04 pilares: transtornos de humor, de 
ansiedade, obsessivos compulsivos e psicóticos. 
Transtornos de humor 
DEPRESSÃO MAIOR 
Para caracterizar: tem que ter no mínimo 05 
sintomas por 02 semanas. 
 Humor deprimido. 
 Anedonia (perda de interesse/vontade). 
 Alteração no peso ou apetite 
(perde/ganha). 
 Insônia ou hipersonia. 
 Agitação ou retardo psicomotor. 
 Fadiga ou falta de energia. 
 Desvalia ou culpa. 
 Incapacidade de pensar ou concentrar-se. 
 Pensamentos recorrentes de morte. 
BIPOLAR 
Existem 02 tipos: 
 Tipo I: transtorno bipolar maníaco-
depressivo clássico ou psicose afetiva 
(ter pelo menos 1 episódio maníaco, que 
pode ter sido antecedido ou seguido por 
episódios hipomaníacos ou depressivos.) 
 Tipo II: requer 1 ou + episódios 
depressivos maiores e pelo menos 1 
hipomaníaco durante o curso da vida. 
O que é um episódio maníaco? Paciente tem 
que ter pelo menos 03 sintomas por 01 semana 
 Autoestima insuflada ou grandiosidade. 
 Necessidade de sono reduzida. 
 Verborreia (fala com vários verbos). 
 Fuga de ideias ou pensamento acelerado. 
 Distração fácil. 
 Aumento da atividade dirigida a objetivos. 
 Envolvimento excessivo em atividades 
prazerosas e de alto risco. 
OBS: alguns pacientes bipolares levam >10 
anos para manifestar a primeira mania  
transtorno bipolar normalmente é de 
diagnóstico tardio (antes é tratado como 
depressão). 
Transtorno Bipolar: Pico dos 15-30 anos de 
idade. 25-50% pelo menos tem uma tentativa de 
suicídio. 8,6-18,9% cometem suicídio. Aumenta 
o risco de quadro demencial futuro. 
DISTIMIA/ DEPRESSIVO PERSISTENTE 
Humor deprimido e sintomas durante a maior 
parte do dia, na maioria dos dias, ao longo de 
pelo menos 2 anos (reduz para 01 ano em 
crianças e adolescentes). 
A ausência de sintomas dura no máximo 2 
meses  ou seja, na maioria do tempo ele é 
entristecido, nada está bom o tempo todo. 
TRANSTORNO DISRUPTIVO DA 
DESREGULAÇÃO DO HUMOR 
Explosões de raiva recorrentes e graves 
(violência verbal ou agressão física) 
desproporcionais (sem motivo), inconsistentes, 
> ou = 3x por semana. 
Humor irritável a maior parte do dia, entre as 
explosões  comum chamar os pais na escola. 
> ou = 12 meses, 2 ambientes (escola e casa, 
escola e trabalho), comum dos 06 aos 18 anos 
de idade. 
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-
MENSTRUAL 
> ou = 5 sintomas antes da menstruação: 
labilidade afetiva (hora triste, hora irritada), 
irritabilidade ou raiva, humor deprimido, 
ansiedade/nervosismo, interesse diminuído, 
dificuldade em se concentrar, letargia/fadiga, 
aumento do apetite, alteração do sono, sintomas 
físicos. 
Transtorno de ansiedade 
PÂNICO 
Período de medo ou desconforto intenso, 
abrupto e com o auge de 10 minutos. 
Paciente tem que ter no mínimo 04 sintomas: 
 Dor ou desconforto torácico. 
 Náuseas ou desconforto abdominal. 
 Tontura, instabilidade, desmaio. 
 Dispneia ou sensação de sufocamento. 
 Medo de perder o controle. 
 Medo de morrer. 
 Calafrios ou fogachos. 
 Palpitações. 
 Sudorese. 
 Tremores ou abalos. 
 Despersonalização (paciente acha que 
uma parte do corpo não é seu). 
 Sensação de asfixia. 
 Parestesias. 
É diagnóstico de exclusão, passar primeiros 
exames para confirmar (ECG, laboratório  par 
descartar causas orgânicas, como a possibilidade 
de um infarto por exemplo). 
AGORAFOBIA 
Ansiedade por estar em lugares ou situações 
onde o escape seja difícil ou embaraçoso (ex: 
elevador, multidão). 
FOBIAS ESPECÍFICAS 
Medo intenso, persistente, excessivo ou 
irracional, desencadeado pela presença ou 
antecipação de um objeto ou situação específica. 
A pessoa reconhece o medo (aranha, barata, 
avião...) A exposição ao agente causa ansiedade 
imediata. Causa prejuízo da rotina. 
ESTRESSE AGUDO (PÓS-TRAUMÁTICO) 
Mínimo de 03 sintomas dissociativos: 
 Sensação de entorpecimento. 
 Percepção reduzida do ambiente. 
 Despersonalização. 
 Sensação de irrealidade. 
 Amnésia. 
 Evento persistentemente revivido como 
pensamentos, sonhos, ilusões, 
flashbacks... 
 Ansiedade, hipervigilância. 
 Sofrimento intenso com prejuízo de 
rotina. 
Geralmente surgem em 04 semanas após o 
evento e duram 02 dias ou até 04 semanas  
paciente geralmente tem histórico de alguma 
situação traumática (ex: um assalto). 
ANSIEDADE GENERALIZADA 
Mínimo de 03 sintomas: 
 Inquietação ou nervosismo. 
 Fadiga fácil. 
 Dificuldade em concentrar-se. 
 “Brancos na mente”. 
 Irritabilidade. 
 Tensão muscular. 
 Distúrbio do sono (não dorme ou dorme 
muito). 
Transtorno obsessivo compulsivo 
TOC é apenas uma das patologias do transtorno 
obsessivo compulsivo, é apenas um dos pilares 
dentro dele. Há: vigorexia, transtorno alimentar, 
jogo, tique, piromania, obsessão por sexo, 
piromania... 
TOC 
Obsessões ou compulsões que causam 
ansiedade e sofrimento intenso. Ex: lavar mão, 
organização,coisas milimetradas, limpar a casa. 
Consomem pelo menos 1h por dia e interferem 
na rotina e nos relacionamentos do paciente. 
Ciclo do TOC: paciente tem obsessão  isso 
causa ansiedade  gera compulsão  faz a ação 
= mata a “vontade” = alívio  obsessão. 
 
Transtornos psicóticos 
ESQUIZOFRENIA 
Comprometimento funcional no trabalho, 
escola, relações interpessoais ou autocuidado. 
No mínimo 02 sintomas na maior parte de um 
mês: 
 Delírios (alteração da logicidade do 
conteúdo dos pensamentos). 
 Alucinações (alteração de senso-
percepção). 
 Fala desorganizada. 
 Catatonia (flexibilidade cérea, bloqueios). 
 Embotamento afetivo (triste o tempo 
todo), anedonia, alogia ou avolia. 
Persistem por no mínimo 6 meses. 
DELIRANTE 
Sintoma apenas de delírios (alteração da 
logicidade do conteúdo dos pensamentos) que 
envolvem situações da vida real, que persiste 
por no mínimo 1 mês. 
Não tem alucinação, não tem sinal de catatonia, 
não tem fala desorganizada. É SÓ DELÍRIO. 
Funcionalidade pouco prejudicada. 
Comportamento normal. 
Subtipos: erotomaníaco, grandioso, ciumento, 
persecutório (principal), somático, misto. 
PSICÓTICO BREVE 
Precisa ter pelo menos 01 dos sintomas 
presentes, com duração > ou = 1 dia, porém que 
dure menos de 1 mês (logo, retorna ao nível 
funcional prévio). 
 Delírios. 
 Alucinações. 
 Discurso desorganizado. 
 Catatonia/comportamento 
desorganizado. 
Síndrome Dispneica 
Dispneia: sensação respiratória desconfortável, 
dificuldade em respirar. Pode se destrinchar em: 
 *Dispneia de esforço: surgimento ou 
agravamento da sensação de dispneia por 
atividades físicas 
 *Ortopneia: dispneia em decúbito dorsal, 
com alívio do sintoma ao elevar a parte 
superior do tórax, como ocorre na ICC, 
asma e DPOC 
 *Dispneia Paroxística Noturna: sono 
interrompido em virtude da sensação de 
falta de ar 
 *Platipneia: dispneia em ortostase. Pode 
estar presente em pacientes com 
pericardite ou doenças que causam shunt 
 *Trepopneia: dispneia em decúbito lateral. 
Exemplos de condições que cursam com 
trepopneia: derrame pleural unilateral ou 
paralisia diafragmática unilateral 
 *Taquipneia: aumento do número de 
incursões respiratórias por unidade de 
tempo. Em condições fisiológicas, gira 
entre 12-22 irpm 
 *Hiperpneia: elevação da ventilação 
alveolar secundária ao aumento da 
frequência respiratória e aumento da 
amplitude dos movimentos respiratórios 
 *Bradipneia: redução do número de 
incursões respiratórias < 8 irpm 
 *Apneia: interrupção de movimentos 
respiratórios por período prolongado 
 *Dispneia suspirosa: presença de 
inspirações profundas, esporádicas, em 
meio a um ritmo respiratório normal 
 
ANAMNESE 
Identificação: o paciente é criança, jovem, 
adulto ou idoso? 
Ocupação: *Inalação de agentes inorgânicos: 
está relacionado com as pneumoconioses – 
silicose (pó de sílica, areia – mineiros), asbestose 
(pós de asbestos – presente em caixas d’água, 
telha, tubulações, plástico), intoxicação por 
metais pesados; *Inalação de agentes orgânicos: 
está relacionado à pneumonite por 
hipersensibilidade (doença dos criadores de 
pássaros, pulmão do fazendeiro) 
HDA: Início dos sintomas; *Modo de instalação: 
pode ser súbita (pneumotórax, embolia 
pulmonar) ou progressiva (DPOC, fibrose 
pulmonar) *Duração: início do sintoma e 
duração das crises *Fatores desencadeantes: 
tipos de esforços, exposições ambientais e 
ocupacionais, estresse, clima *Comparação: 
sensação de cansaço, esforço, sufocação, aperto 
no peito *Número de crises e periodicidade: 
questionar sobre a ocorrência de dispneia ao 
longo do dia, semana e meses *Sintomas 
associados: tosse, chiado, edema, palpitações, 
perda ponderal, sudorese noturna, dentre outros 
sintomas *Fatores que melhoram: tipo de 
medicamento, repouso, posições assumidas e 
relação com decúbito. 
Hábitos de vida: tabagismo; 
Antecedentes pessoais: HAS e dislipidemia, 
além de imobilização ou cirurgia recente, viagens 
de longa distância, câncer, gestação, uso de 
contraceptivo oral (para mulheres em idade 
reprodutiva); 
Antecedentes familiares: neoplasia de pulmão, 
tuberculose G; 
Graduação da dispneia 
Escala do Conselho Britânico de Pesquisa 
Médica Modificada (mMRC). 
 
Exame Físico 
Inspeção; Palpação; Percussão; E Ausculta; 
 
 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS 
Hipótese diagnóstica → diagnósticos principal e 
diferencial; 
Situações de demanda de ventilação 
aumentada (porém não patológico): gravidez, 
exercício, elevadas altitudes; 
Má performance do aparelho respiratório 
*Complacência diminuída → fibrose, 
edema, congestão, inflamação 
*Resistência aumentada → 
inflamação e hipereatividade das vias 
aéreas, destruição alveolar 
*Disfunção tóraco-muscular → 
cifoescoliose, obesidade, doença 
neuromuscular 
CAUSAS 
Causas pulmonares: DPOC, bronquite, 
pneumonia, enfisemas pulmonares, 
pneumotórax, asma, fibrose intersticial. 
Causas cardíacas: Insuficiência cardíaca, 
coronariopatias, valvopatias, IAM, pericardite, 
arritmias. 
Causas mistas: pulmonares e cardíacas. 
Causas não cardíacas e não pulmonares: 
*Neurológicas: hipertensão intracraniana 
*Neuromusculares: esclerose sistêmica, 
miastenia gravis *Otorrino: pólipos nasais, desvio 
de septo *Gastro: DRGE *Metabólicas: 
cetoacidose diabética, hipertireoidismo, anemia 
*Diafragmáticas: paralisias, hérnias *Funcionais: 
ansiedade, pânico *Dor 
Exames complementares 
Devem ser solicitados de acordo com a sua 
hipótese diagnóstica 
 Gasometrial arterial → hipoxemia, 
hipecapnia, alcalose, acidose 
 
 Raio-X de tórax → hiperinsuflação, 
condensação, cardiomegalia, rebaixamento 
diafragmático, derrame pleural, congestão 
 
 ECG → taquicardia sinusal, HVE, elevação de 
ST, inversão T 
 
 Outros → ECO, TC, RNM, Cintilografia, 
Espirometria, Baciloscopia (Pesquisa de 
BAAR no escarro, 2 amostras, quando 
suspeita de tuberculose) 
 
Síndrome De Dor Torácica 
Dor ou desconforto em qualquer região entre a 
mand bula e a cicatri umbilical, incluindo-se 
membros superiores e dorso. 
CARACTERIZAC O DA DOR 
Anginosa: Dor precordial com irradiação para 
pescoço, mandíbula ou membro superior 
esquerdo→ Pensar em Insuficiência coronariana; 
 n ina estável Dor presente há pelo menos 2 
meses, desencadeada por exercício ou estresse 
emocional, alivia com repouso ou uso de nitratos; 
 n ina instável Dor em aperto no repouso, 
com duração superior a 2 minutos, não melhora 
com repouso ou uso de nitratos. 
 
 o an inosa Não apresenta os padrões 
acima. Possui dois grandes grupos: 
➔ or n o an inosa→Causas n o 
amea adoras vida Pneumonia, doença do 
refluxo gastroesofágico, dor osteomuscular; 
➔ or n o an inosa→Causas potencialmente 
amea adoras vida Tromboembolismo 
pulmonar, pneumotórax, dissecção de aorta, 
pericardite; 
ANAMNESE 
Descrição da dor 
Característica (aperto, pontada, queimação...); 
Intensidade (escala numérica de 0-10) 
Localização (precórdio, retroesternal...) 
Irradiação (cervical, costas, membros 
superiores...) 
Duração (aguda ou crônica) 
Fatores de alívio (uso de medicações, paciente 
fica em alguma posição) 
Sintomas associados (palpitação, sudorese, 
mau estado geral, tontura...) 
Fatores desencadeantes e agravantes 
✓ Esforço físico ✓ Estresse ✓ Ansiedade ✓ 
Mudança de posição ✓ Ingesta alimentar ✓ 
Respiração ✓ Tosse 
Antecedentes Patológicos: 
1. Doenças cardíacas 
2. Doenças pulmonares 
3. Trauma torácico 
4. Doenças intestinais 
5. Medicamentos. 
EXAME FÍSICO 
Sinais Vitais → buscar (oscilações de) • 
Pressão Arterial • Taquicardia (TC) • Taquipneia 
(TP) • Febre • Saturação de O2 
Ausculta cardíaca: Descrição normal Bulhas 
cardíacas normofonéticas, rítmicas em 2T sem 
sons patológicos e frequência de bpm; 
 alpa o de pulsos ocalização, frequência, 
ritmo,estado da parede, tensão, amplitude e 
simetria (L + FRETAS); 
 alpa o de ictus cordis ocalização, 
extensão, ritmo, frequência, intensidade, 
mobilidade (LERFIM); 
Ausculta vascular de focos abdominais: Artéria 
aorta, artérias renais e artérias ilíacas e artérias 
femorais. Buscar sopros→indicativos de 
aneurismas. 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS 
Causas Cardíacas 
 n arto udo do iocárdio Dor de início 
s bito, em aperto, bastante intensa, não 
melhora no repouso irradia para mandíbula, 
pescoço, membros superiores, com palidez, 
sudorese, dispneia, fraqueza; 
 
• issec o de aorta Dor s bita, dilacerante, 
em pontada, pulsos paradoxais, diferença de 
pressão arterial entre braços e pernas, pode 
estar associada síncope e hemiplegia. 
 
• Pericardite: Dor de início s bito, intensa e 
pleurítica, ou se a, piora ao tossir e durante 
a inspiração profunda. A dor melhora ao 
paciente se inclinar para a frente, o atrito 
pericárdico é um achado importante na 
ausculta cardíaca; 
 
Causas Não Cardíacas 
• Digestivas → DRGE, esofagite, lcera 
péptica, litíase biliar, pancreatite... 
 
• Mediastinais → tumores, aneurisma, 
dissecção de aorta torácica... 
 
• Neuralgias → herpes-zoster, compressões 
 
• Pleuropulmonares → pneumonia, 
bronquite, pneumotórax, embolia 
pulmonar, pleurite... 
 
• Osteomuscular → osteocondrite, mieloma 
múltiplo... 
 
• Psiquiátricas → ansiedade, pânico, 
depressão... 
 
 
DOR ANGINOSA X DOR NÃO ANGINOSA 
Dor Anginosa → dor precordial com irradiação 
para pescoço, mandíbula, ou membro superior 
esquerdo – Insuficiência Coronariana 
(diagnóstico principal). 
Dor Não Anginosa → podem ter causas não 
ameaçadoras de vida OU potencialmente 
ameaçadoras de vida. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Solicitação depende do diagnóstico principal. 
1. Radiografia 
2. ECG; 
3. Bioquímica: eletrólitos, amilase, bilirrubinas, 
FA, gasometria arterial... 
OBS: Quando a hipótese principal for Dor Anginosa - 
Insuficiência Coronariana (ou seja, IAM), o 
laboratório precisa contemplar a dosagem dos 
marcadores de necrose miocárdica → as enzimas 
mioglobina, troponina e CK-MB. Ficar atento ao 
tempo de início do quadro do paciente e o tempo de 
pico dessas enzimas no sangue. 
Síndrome Anêmica 
Anemia é a diminuição da massa eritrocitária. O 
grau de anemia pode ser determinado pelo 
volume de eritrócitos expresso em porcentagem 
do volume sanguíneo (hematócrito) e pela 
concentração plasmática de hemoglobina; 
*↓ Hematócrito *↓ Hemo lobina *↓ 
Hemácias 
ANAMNESE 
Idade: idosos tem mais tendência; Sexo: 
mulheres têm níveis de hemoglobina mais baixos; 
Raça: a anemia falciforme é mais comum em 
negros; Fase do desenvolvimento: os níveis 
hematimétricos variam; Estímulo hormonal; 
Tempo de instalação dos sintomas: *Insidioso: 
característico de anemia aplásica, mielodisplasias, 
anemias de doenças crônicas 
*Agudo: característico de anemias 
hemorrágicas. 
Sintomas associados: crises álgicas (à anemia 
ferropriva); perda de sangue nas fezes 
Outros Fatores de risco: Histórico de 
sangramentos e infecções; Tensão de O2 no 
ambiente; Cirurgias, internações; Câncer; 
Doenças crônicas. 
CLASSIFICAÇÃO 
QUANTO À FISIOPATOLOGIA 
1)Diminuição da Produção: Pode ocorrer por 
diversos fatores: *Falta de tecido eritropoiético 
→ destruição tecidual, baixos níveis de 
estimulante, anormalidades congênitas *Invasão 
da medula óssea por elementos malignos → 
células cancerígenas invadindo a medula e 
ocupando o espaço onde haveria produção 
celular *Diminuição da concentração de 
elementos essenciais eritropoese → ferro, 
folato (ácido fólico), vitamina B12, vitamina B6 e 
vitamina C 
2) Hemólise Aumentada: Pode ocorrer por 
diversos fatores *Agressão ao eritrócito → 
toxinas, parasitas, agressão imunológica 
*Hiperesplenismo → função aumentada do baço 
(hemocaterese) *Defeito no eritrócito → 
arquitetura da membrana, defeitos enzimáticos 
ou hemoglobina anormal (como na anemia 
falciforme) 
3) Perdas hemorrágicas: Podem ser: *Agudas 
→ traumas, cirurgias, hemorragias no TGI (ou 
TGU *Crônicas → lceras, tumores intestinais, 
parasitas intestinais, menstrução abundante; 
QUANTO À MORFOLOGIA 
 Microcítica; macrocítica; normocítica. 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
As manifestações clínicas são decorrentes da 
redução da capacidade de transporte de O2 no 
sangue e menor oxigenação dos tecidos (hipóxia) 
Sinais e sintomas: *Palidez *Tontura *Astenia 
*Falta de interesse e atenção *Perversão do 
apetite e anorexia *Irritabilidade *Cefaleia 
*Debilidade física *Dispneia aos esforços 
*Depressão imunológica 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL- 
ÍNDICES HEMANTIMÉTRICOS 
VCM (volume corpuscular médio): volume 
médio das hemácias - *Macrocítica *Microcítica 
*Normocítica 
HCM (hemoglobina corpuscular média): 
Classifica as anemias: *Hipercrômica 
*Hipocrômica *Normocrômica. 
CHCM (concentração da hemoglobina 
corpuscular média): % de cada hemácia que é 
composta por hemoglobina. Determina a cor da 
hemácia junto com o HCM. 
RDW (red cell distribution width): avalia a 
variação de tamanho entre as hemácias → índice 
de anisocitose 
Reticulócitos: são precursoras das hemácias 
que contêm resíduos de organelas 
citoplasmáticas *Avalia a integridade funcional 
da medula óssea → serve como média da 
eritropoiese em resposta à EPO *Auxilia na 
diferenciação de uma anemia hiperproliferativa 
(anemias hemolíticas) de uma anemia 
hipoproliferativa (anemia de doença crônica) 
*Avalia a resposta ao tratamento de reposição 
de ferro na anemia ferropriva ou nas anemias 
megaloblásticas, em geral 7-10 dias após o início 
do tratamento. 
Com o passar da idade, espera-se uma redução 
nos níveis de hemoglobina e hemácia, sem 
necessariamente diagnosticar o paciente com 
anemia, pelo fato de a medula óssea do idoso 
não ter uma capacidade de produção tão efetiva. 
Pode ser pedido também: *Contagem de 
reticulócitos (“hemácias grandes”) → ,5-2% (ou 
em nº absolutos de 25.000 a 75.000) 
*Mielograma: a. Normoblástica = anemia por 
carência de ferro, hemólise ou infecção b. 
Hiperplasia de série vermelha = evolução da 
anemia por carência de ferro e hemólise c. 
Hipoplasia = fibrose ou redução de função 
medular d. Eritropoiese megaloblástica = por 
carência de folato e vitamina B12 e. Invasão de 
células anormais na medula = podem gerar 
anemia por invasão de local onde deveria estar 
sendo produzido hemácias 
ANEMIA FERROPRIVA 
De instalação gradual (de acordo com o 
estágio de redução do ferro corporal). 
Microcítica, hipocrômica e pode haver 
poiquilocitose/anisocitose. Diminuição do ferro, 
aumento da transferrina, dimiuição da ferritina. 
Sintomas característicos: *Sintomas gerais de 
anemia *Glossite atrófica *Perversão alimentar 
*Disfagia intensa *Amenorreia *Diminuição da 
libido *Queda do rendimento intelectual 
*Coiloníquia (unha em “colher”). 
MEGALOBLÁSTICA 
Carência de ácido fólico ou vitamina B12, 
Eritropoese ineficaz por baixa biossíntese de 
DNA. Resulta em: macrócitos, com VCM e HCM 
aumentados Macrocítica, hipercrômica. 
Causada por: Bariatrica, IBP. 
DEFICIÊNCIA DE B12 
Sintomas hematológicas: dispneia, cefaleia, 
fadiga, palidez. Sintomas digestivos: glossite, 
queilite, diarreia, má absorção. 
Sintomas neurológicos: neuropatia periférica, 
neurite óptica, ↓ sensibilidade vibratória e 
proprioceptiva, ataxia, romberg +. Outros: 
depressão, psicose, demência. 
DEFICIÊNCIA DE B9 
Semelhante à deficiência de vitamina B12, mas 
com repercussões mais acentuadas no TGI e sem 
alterações neurológicas relevantes; 
HEMOLÍTICA 
Causada por defeitos intrínsecos ou extrínsecos 
dos eritrócitos, que alteram a integridade celular. 
Destruição excessiva de hemácias, com redução 
da sua sobrevida. 
Ocorre em: enzimopatias (deficiência de G6PD 
– interação com dipirona pode causar 
pancitopenia nos indivíduos comessa 
deficiência), hemoglobinopatias (anemia 
falciforme e talassemia). 
 
 
Sintomas associados: icterícia, hepatomegalia, 
esplenomegalia e litíase biliar - Reticulócitos 
presentes; 
APLÁSTICA 
Pancitopenia – diminui todas as linhagens 
celulares – anemia, leucopenia e 
trombocitopenia. Quadro grave. Gera 
aplasia/hipoplasia de MO. 
Causas: a maioria dos casos é idiopática, mas 
pode estar relacionada com exposição a agentes 
tóxicos, infecções e gravidez e genética (anemia 
de Fanconi). 
ANEMIA DE DOENÇA CRONICA 
Causada por deficiência de produção ou 
resistência à EPO (por causa de uma doença 
crônica que libera citocina e outras substâncias 
que geram redução de produção de EPO). 
Associada a inflamações e neoplasias; 
É normocítica e normocrômica, com ferritina 
aumentada. Causas: infecções, doenças 
reumatológicas, neoplasias, insuficiência 
cardíaca, DM. 
 
Síndrome Ictérica 
ANAMNESE 
Idade: *Crianças e adolescentes → hepatite A 
(viral) *Idosos → câncer de vias biliares – 
Profissão: infecções virais, substâncias tóxicas 
Procedência/viagens: regiões endêmicas de 
esquistossomose, hepatites, febre amarela, 
lepstopirose 
 Raça: anemia falciforme frequente em negros 
→ hemólise → icterícia 
Hábitos de vida: bebida alcoólica e drogas 
Antecedentes: transfusões sanguíneas ou 
derivados, contato com ictéricos, história familiar 
de hepatite, anemia, cirurgia, tumores, 
tatuagens, tratamento dentário. 
Uso de medicamentos: exposição a tóxicos, uso 
de chás ou medicamentos feitos a partir de 
plantas ou ervas 
SINTOMAS 
 Pródromos: quando a náusea e a anorexia 
precedem o surgimento da icterícia → sugere 
hepatite viral. 
Febre: *Sem calafrio → hepatite aguda viral e 
hepatite alcoólica *Com calafrio → colangite com 
ou sem hepatomegalia dolorosa. 
Anemia: hemólise, hipertensão portal, cirrose e 
neoplasia. 
Colúria: hiperbilirrubinemia às custas da fração 
conju ada (urina “cor de coca-cola”) 
Acolia/hipocolia fecal: indica deficiência de 
excreção de bilirrubina para o intestino *Acolia 
persistente sugere obstrução biliar extra-
hepática. 
Prurido cutâneo: em doenças hepáticas 
colestáticas intra ou extra-hepáticas, cirrose 
biliar primária. 
Dor abdominal: *Cólica biliar: cálculo biliar 
*Dor ou desconforto no hipocôndrio direito: 
hepatites agudas, tumores e congestão hepática, 
abscesso hepático *Dor pancreática: pancreatite 
e tumores pancreáticos que obstruem as vias 
biliares ou pode ser uma complicação da 
obstrução das vias biliares extrahepáticas por 
cálculos; 
Perda de peso: doenças hepáticas agudas e 
crônicas (fases finais) e malignidade; *Sugere 
outro diagnóstico sindrômico → síndrome 
consumptiva. 
EXAME FÍSICO 
SINAIS 
Cor amarelada em conjuntiva ocular e pele: 
em conjuntivas, mucosa oral, frênulo da língua e 
pele. 
Vesícula biliar palpável indolor (sinal de 
CourvoisierTerrier): obstrução biliar extra-
hepática → sugestivo de neoplasia peri-ampolar 
*Cabeça do pâncreas *Ampola de Vater *Via 
biliar principal *Papila *Duodeno – 
Manifestações de insuficiência hepática: 
diminuição dos pelos, atrofia testicular, hálito 
hepático, encefalopatia hepática, eritema palmar, 
aranhas vasculares, ginecomastia, telangectasias. 
PALPAÇÃO ABDOMINAL 
Fígado – Hepatomegalia dolorosa, figado 
nodular, diminuição do tamanho. Inspeção, 
percussão, palpação (lemos-torres e mathiew). - 
Localização, consistência, superfície, borda e 
sensibilidade. 
Sinal de Torres Homem: paciente refere dor à 
percussãoo hepática (ex.: abcesso hepático); 
Sinal de Jobert: percussão timpânica na loja 
hepática (ex.: pneumoperitônio); 
Sinal de Chilaiditi: sinal radiológico que 
evidencia transposição de alças intestinais sobre 
a loja hepática, que à percussão se torna 
timpânica; 
Baço – percussão esplência (espaço de traube 
+ linha de Piorry), palpação esplênica (técnica de 
shuster); 
Ascite: Sinal da poça, semicírculo de skoda, 
macicez móvel dos flancos e piparote. 
Edema periférico; 
Manifestação de colestase crônica: 
baqueteamento, hiperceratose, xantelasma e 
pigmentação da pele; 
CAUSAS DE HIPERBILIRRUBINEMIA 
Aumento da produção: hemólise (falciforme, 
esferocitose hereditária, deficiência de G6PD); 
Diminuição da captação (da BI no hepatócito): 
jejum prolongado, infecções, drogas 
Diminuição da conjugação: síndromes 
genéticas, como a síndrome de Gilbert e 
CligerNajar 
3 mecanismos provocam aumento 
predominante de bilirrubina indireta: 
*Diminuição da excreção: síndromes que 
dificultam a excreção de BD (Síndrome de Rotor 
e Dubin-Johnson) *Obstrução biliar: cálculos, 
estenose, câncer 
2 mecanismos provocam aumento 
predominante de bilirrubina direta: *Nas 
doenças hepatocelulares, ocorre diminuição da 
captação e diminuição da conjugação de forma 
leve, porém o maior comprometimento é da 
excreção, pois ela depende de ATP e o insulto ao 
hepatócito compromete os estoques de ATP. 
Portanto, doenças hepatocelulares provocam 
aumento predominante de bilirrubina direta. 
 
COMO INVESTIGAR? 
Anamnese + Exame Físico - Exames 
laboratoriais: 
*Predomínio do BI: pesquisar hemólise e 
síndromes genéticas 
*Predomínio de BD: pesquisar lesão 
hepatocelular (hepatite viral, hepatite alcoólica, 
cirrose, dentre outras causas) e colestase 
(coledocolitíase, colangite) 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Laboratório: Concentração sérica de bilirrubina 
total e frações; Transaminases (avaliar 
parênquima hepático); Fosfatase alcalina e gama 
GT (enzimas canaliculares); Hemograma; 
Proteínas totais e frações; 
Imagem: USG, tomografia, ressonância (a 
depender da minha hipótese diagnóstica). 
Síndrome De dor abdominal 
Dor visceral: imprecisa – tipo cólica – distensão 
e contração de vísceras ocas – o paciente fica 
inquieto. 
Produzidas por problemas na própria víscera. É 
uma dor difusa 
Dor parieral (somática): precisa – constante e 
fixa – intensifica com a movimentação → o 
paciente fica quieto. Dor localizada 
Dor referida ou irradiada: localização a 
distância. Exemplo: paciente com IAM e dor 
abdominal, colelitíase e dor no ombro; - Dor 
aguda ou Dor crônica. 
ANAMNESE 
Dados de identificação: idade, sexo, profissão, 
procedência; 
Sobre a dor: difusa ou bem localizada? - 
Quando iniciou (insidiosa ou súbita)? Como 
iniciou? Caracterização da dor? Evolução? 
Irradiação? Intensidade da dor (escala de 0 a 10), 
Fatores de melhora/piora (deglutição, digestão, 
defecação, posição de decúbito, sentado, tipos 
de alimentos)? 
Sintomas associados/isda (anorexia, alteração 
de peso, febre, calafrios, artralgia, alterações 
cutâneas, náusea, vômitos, disfagia, odinofagia, 
plenitude gástrica, azia, hábito intestinal alterado, 
hematêmese, melena, hematoquesia, 
esteatorreia, icterícia, disúria, polaciúria, dor 
lombar, hematúria, tenesmo vesical, 
dismenorreia, amenorreia, menorragia, 
metrorragia, corrimento vaginal, dispaurenia). 
 Estado atual? Quadros semelhantes?, 
comorbidades, hábitos alimentares, álcool, 
drogas, medicamentos (antiácidos, AINE’s, BCC, 
AAS, corticoides); Estresse e exercício físico – 
Antecedentes pessoais (infância com 
gastroenteropatias, cirurgias prévias, transfusão 
de sangue, internações, problemas ginecológicos, 
alergias, H. Pylori, DM, HAS, medicação de uso 
contínuo, hepatite, malária, tuberculose, HIV). 
Antecedentes familiares (DM, HAS, hepatites, 
tuberculose, neoplasias, cólon irritável, doença 
inflamatória intestinal, pólipos. 
EXAME FÍSICO 
1. Geral 
2. Atentar para sinais de instabilidade 
hemodinâmica 
3. Avaliação cardiológica 
4. Avaliação respiratória 
5. Avaliação abdominal – Inspeção estática e 
dinâmica, ausculta rh e vascular, percussão, 
palpação, sinais de irrritação peritonial (murphy, 
blumberg, descompressão, rovsing, pssoas ilíaco, 
obturador, lapinsky), palpação e punho 
percussão renal; Propedêutica do fígado,baço; 
6. Sinais: cullen, grey turner, nódulo irmã maria 
josé, jobert, torres-homem); 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS 
ABDÔMEN AGUDO 
Inflamatório: início insidioso seguido de piora 
progressiva associada à febre e sinais de 
peritonite localizada ou difusa. Exemplos: 
apendicite, colecistite, pancreatite, diverticulite – 
Perfurativo: dor abdominal súbita, intensa, 
persistente, com sinais de peritonite difusa e 
instabilidade hemodinâmica com choque séptico, 
se não houver intervenção cirúrgica. Exemplos: 
perfurações de vísceras ocas, colangite 
supurativa (pentade de reynalds); 
Hemorrágico: dor súbita associada a sinais de 
hipovolemia. Ex: pancreatite necrosante aguda 
(sinal de cullen/grey turner) 
Vascular: dor abdominal súbita, intensa, em 
cólica e sinais de peritonite. Exemplos: trombose 
mesentérica, infarto mesentérico. 
 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
 Colecistite aguda; Colangite aguda; DRGE; 
Úlcera péptica; 
Pancreatite aguda: dor epigástrica intensa, 
irradia para costa, náusea vomito, inst 
hemodinamica (hipotensão, taquicardia), 
apresenta sinal de cullen e grey turner – 
Pancreatite cronica: dor cronica com periodos 
de alívio, diabsorção, esteatorreia, desnutrição, 
DM secundário. 
Neoplasia maligna gástrica 
Obstrução intestinal do delgado 
Doença de crohn – inflamação tgi 
 Isquemia e Infarto mesentérico - Dor intensa, 
diarreia, vômitos, sangramento digestivo baixo – 
Aneurisma dissecante de aorta – dor lanciante, 
irradia p hipogástrio e dorso e associado a 
hipertensão; 
 Apendicite aguda 
Diverticulite aguda – dor em cólica no flanco 
esquerdo com irradiação para coxa, lombar ou 
periumbilical. Febre. Descompressão brusca em 
fossa ilíaca esquerda. 
DIP –doença inflamatória pélvica: dor abd 
inferior à mobilização do colo uterino; febre, 
secreção purulenta; dor + corrimento + 
dispareunia + febre + náusea + vomito 
 Gravidez ectópica rota – obturador+; 
Amenorreia ou atraso mentrual; Fazer beta HCG 
e imagem. - Cálculo renal - Pielonefrite; 
EXAMES COMPLEMENTARES 
*Laboratório: Hemograma, Urina EAS *TGO, 
TGP, Gama-GT, Fosfatase alcalina, bilirrubina... 
*Teste de gravidez; 
*Radiografia de abdome, USG (fígado, vias 
biliares, pélvica), TC de abdome *Endoscopia 
digestiva alta.

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