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1 
 
 
PERÍCIA E AUDITORIA CONTÁBIL 
1 
 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA ................................... Erro! Indicador não definido. 
CONCEITOS E DIFERENÇAS..................................................................3 
AUDITORIA CONTÁBIL............................................................................7 
 PERÍCIA CONTÁBIL.................................................................................9 
 A CONTABILIDADE NO SETOR PÚBLICO............................................16 
 PRINCÍPIOS...........................................................................................19 
 OBJETIVOS............................................................................................21 
 REFERÊNCIAS......................................................................................30 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história, inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a instituição, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
CONCEITOS E DIFERENÇAS 
A perícia é a prova elucidativa dos fatos, já a auditoria é mais revisão, 
verificação, tende a ser necessidade constante repetindo-se de tempo em 
tempo, com menos rigores metodológicos pois utiliza-se da amostragem. 
A perícia repudia a amostragem como critério e tem caráter de 
eventualidade e só trabalha com o universo completo, onde a opinião é 
expressada com rigores de cem por cento de análise. Para melhor visualização, 
apresentamos as principais características de auditoria e perícia: 
A perícia tem em suas entranhas o status de conhecimento notório, 
tratado na lei 9.457 de 5 de maio de 1997, que alterou a lei 6.404-76 no seu art. 
163 parágrafo 8, que trata o profissional com o status de conhecimento notório e 
necessário para apurar fatos. 
No mesmo ordenamento, parágrafo 4, temos a figura contemporânea 
dos auditores independentes, para esclarecimentos ou apuração de fatos 
específicos, que acreditamos ser o relatório ou parecer de auditoria submetido à 
apreciação do conselho fiscal. 
Por isto, entendemos que a lógica do conhecimento, experiência e 
carreira ou educação continuada, no sentido holístico, segue a lógica da 
formação acadêmica de : primeiro contador, segundo auditor e a terceira e maior 
especialização, perito, pois só é possível ser perito o profissional contador que 
domina as técnicas de auditorias, de perícia e tem algum domínio do direito 
tributário, bancário, comercial, financeiro, penal, administrativo, constitucional, 
previdenciário, ambiental, trabalhista e processual, condição desejada para se 
navegar no meio jurídico como auxiliar do juízo. 
Naturalmente que este conhecimento também é bom para o auditor, mas 
se exige com mais propriedade do perito, por ser este junto com o juiz o provedor 
do equilíbrio da Justiça. 
4 
 
 
O status do perito, também é elevado para categoria de cientista, por 
força do CPC art. art. 145 que trata do perito como sendo um cientista para 
assistir o juízo em matérias de ciência e tecnologia. 
A auditoria, também ramo da mesma árvore, contabilidade, tem como 
seu destaque, as revisões de procedimentos relativos às atividades de interesse 
da CVM, pois a lei 6.385-76, art.. 26 e 27, trata do assunto, enfatizando o registro 
do profissional na CVM que está normalizando as condições que considera 
ideais para conceder o registro. 
Naturalmente é importante frisarmos que este registro da CVM só é 
obrigatório quando a empresa auditada está entre aquelas relacionadas na lei, 
ficando fora as auditorias de empresas que não estejam negociando ações na 
bolsa e que não estejam operando com valores mobiliários, como exemplo uma 
montadora de veículos automotores, de capital fechado. 
São duas atividades ótimas. Recomendamos estágios nas duas áreas 
antes de decidir a carreira. Acreditamos que seguir as duas simultaneamente é 
muito difícil, não impossível, pois ambas requerem estudos continuados e 
pesquisas cientificas. As duas bradam por constantes e eternas reciclagens. 
Para uma melhor visualização, apresentamos as principais 
características de auditoria e perícia na tabela abaixo. 
Tabela - QUADRO COMPARATIVO ENTRE AUDITORIA E PERÍCIA 
CONTÁBIL 
Itens P E R Í C I A A U D I T O R I A 
1 Executada somente 
por pessoa física, 
profissional de nível 
universitário (CPC, art. 145). 
Pode ser executada tanto 
por pessoa física quanto por 
jurídica. 
2 A perícia serve a 
uma época, questionamento 
específico, por exemplo 
Tende à necessidade 
constante, como exemplo: auditoria 
5 
 
 
apuração de haveres na 
dissolução de sociedade. 
de balanço, repetindo-se 
anualmente. 
3 A perícia se prende 
ao caráter científico de uma 
prova com o objetivo de 
esclarecer controvérsias. 
Auditoria se prende à 
continuidade de uma gestão; 
parecer sobre atos e fatos 
contábeis. 
4 É específica, restrita 
aos quesitos e pontos 
controvertidos, 
especificados pelo condutor 
judicial. 
Pode ser específica ou não; 
exemplo: auditoria de Recursos 
Humanos, ou em toda empresa. 
5 Sua análise é 
irrestrita e abrangente. 
Feita por amostragem. 
6 As normas técnicas 
são: 
< Resoluções CFC 
n.º 857/99, trata das normas 
profissionais do perito; 
< Resoluções CFC 
n.º 858-99, trata da perícia 
contábil. 
As normas técnicas são: 
< Resoluções CFC n.º 
820/97, trata das normas de 
Auditoria Independente; 
< Resoluções CFC n.º 
821/97, trata das normas 
Profissionais do Auditor 
Independente. 
7 Usuários do serviço 
< As partes e 
principalmente a justiça 
Usuários do serviço 
< Sócios, investidores, 
administradores 
8 As normas técnicas 
são: 
As normas técnicas são: 
< Resoluções CFC n.º 
820/97, trata das normas de 
Auditoria Independente; 
6 
 
 
< Resoluções CFC 
n.º 857/99, trata das normas 
profissionais do perito; 
< Resoluções CFC 
n.º 858-99, trata da perícia 
contábil. 
 
< Resolução CFC n.º 
821/97, trata das normas 
Profissionais do Auditor 
Independente. 
< Resolução CFC n.º 
915/01, trata das normas 
profissionais e sigilos 
< Resolução CFC n.º 923-
02, trata da revisão externa pelos 
pares. 
 
Naturalmente temos estimulado os alunos do curso de ciências 
contábeis, para o exercício do direito de livremente escolher a opção profissional 
mais adequada aos seus sonhos, motivo pelo qual recomendamos aos 
pesquisadores, alunos e ex- alunos da ciência contábil, professores e demais 
estudiosos do assunto, a leitura do livro, "Prova Pericial Contábil, aspectos 
praticos & fundamentais", editado pela Juruá em 2001, para que conheçam a 
profissão de perito e exerçam o seu livre arbítrio para decidir sobre uma ou outra 
especialização. 
 
AUDITORIA CONTÁBIL 
No segmento contábil, que tem como objeto o patrimônio das entidades, 
várias são as oportunidades para quem decide atuar profissionalmente. Auditoria 
eperícia contábil, por exemplo, são duas das possibilidades relacionadas à área 
que, embora tenham como base o mesmo ramo, apresentam inúmeras 
diferenças. 
Você consegue identificá-las? Veja a seguir não só a diferença entre 
auditoria e perícia contábil como também os principais pontos e características 
de cada. 
O que é auditoria contábil? 
7 
 
 
A auditoria é considerada uma análise cautelosa e sistemática das 
atividades desempenhadas em certa entidade, tendo como intuito verificar se 
estão conforme o planejado e determinado de forma prévia. 
Dessa forma, o auditor constata se quem atua na parte contábil está 
efetuando os processos de maneira uniforme e com base na legislação, 
colaborando com apontamentos para a evolução dos procedimentos. 
O que é Perícia contábil? 
Já a perícia contábil corresponde a uma série de procedimentos de 
natureza técnica que tem como objetivo esclarecimentos na resolução 
demandas e disputas. 
O perito, assim, examina, de modo global e independente, o segmento 
financeiro de uma entidade, além de vínculos empregatícios ou demandas 
judiciais, gerando um laudo pericial ao concluir o trabalho. 
Auditoria X Perícia 
A seguir, confira um comparativo entre auditoria e perícia, com os 
principais pontos em que essas possibilidades se diferenciam. 
Auditoria 
Pode ser efetuada não só por pessoa física como também jurídica; 
Realizada por amostragem 
Vincula-se ao prosseguimento da gestão; 
Tendência à demanda frequente, renovando-se de tempos em tempos. 
Pode ou não ter caráter específico. 
Perícia 
Efetuada apenas por pessoa física, especificamente profissional de nível 
superior; 
É útil a uma etapa, questão singular, como a verificação de obrigações 
na dissolução empresarial. 
8 
 
 
Realizada por meio de análise abrangente e completa. 
É específica, observa os quesitos e pontos controvertidos, apontados 
judicialmente. 
Possui foco no aspecto científico de uma prova com o intuito de tornar 
clara uma controvérsia. 
Normas técnicas de auditoria e Perícia 
 Resoluções CFC nº 820/97, traz as normas de Auditoria 
Independente; 
 Resolução CFC nº 821/97, traz as normas profissionais do Auditor 
Independente; 
 Resoluções CFC nº 858-99, aborda a perícia contábil. 
 Resoluções CFC nº 857/99, aborda as normas profissionais do 
perito; 
 
 
 PERÍCIA CONTÁBIL 
9 
 
 
Se a sua empresa já esteve envolvida em alguma demanda judicial ou 
mesmo se você já participou de algum processo de fusão empresarial, é possível 
que em algum momento já tenha se perguntado como executar uma perícia 
contábil. 
Trata-se de um procedimento bastante rígido por meio do qual 
profissionais especializados e devidamente autorizados para tal fazem a análise 
e a conferências de documentos fiscais e tributários de forma a certificar se eles 
são verdadeiros ou não. 
Conhecer mais detalhes sobre o que é perícia contábil é uma questão 
importante para empresários, gestores e profissionais de contabilidade. Nesse 
artigo, abordaremos mais detalhes sobre essa importante questão. 
O que é perícia contábil? 
De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade, perícia contábil é o 
conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinado a levar à instância 
decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, 
mediante laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em conformidade 
com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for 
pertinente. 
Em outras palavras, trata-se de um instrumento que visa criar os 
elementos comprobatórios necessários para que uma empresa apresente, em 
vias judiciais ou extrajudiciais, provas de que um fato ocorreu (ou não), 
averiguando-se se há ou não desrespeito à legislação vigente. 
Para que seja feita essa averiguação, os procedimentos devem ser 
conduzidos por um perito contábil, profissional que precisa estar habilitado junto 
ao Conselho Regional de Contabilidade. São etapas do processo de verificação 
documental o exame, a vistoria, a indagação, a investigação, o arbitramento, a 
avaliação e a certificação. 
Quais os tipos de perícia contábil existentes? 
Basicamente, as perícias contábeis podem ser divididas em dois tipos: 
as judiciais e as extrajudiciais. Vamos compreender um pouco mais sobre cada 
10 
 
 
uma delas e quais são as particularidades que se aplicam em cada um dos 
casos. 
A perícia contábil judicial é aquela solicitada por um juiz. Ela é indicada 
para casos em que é necessário um laudo especializado, elaborado de forma 
isenta, para a resolução de uma questão jurídica. Nessas circunstâncias, o perito 
contábil é responsável por fazer uma análise e emitir um parecer. Essas 
informações são anexadas ao processo e ajudam o juiz a tomar as suas 
decisões. 
Se o perito contábil é um elemento neutro, as partes têm como 
prerrogativa a indicação de um assistente técnico, que também fornece um 
parecer após o laudo pericial. Assim, são garantidas a lisura e a segurança das 
informações, permitindo que a análise do magistrado seja feita sem nenhum viés. 
Já a perícia contábil extrajudicial, como o nome indica, é aquela que é 
realizada sem que haja um pedido de um juiz ou, ainda, sem que exista um 
processo em andamento no judiciário. Ela pode ser subdividida em três tipos: 
perícia arbitral, perícia no âmbito estatal e perícia voluntária. 
Na perícia arbitral, os objetos de análise são definidos por meio da lei de 
arbitragem. Isso significa que as partes podem, em comum acordo, definir que 
uma questão seja arbitrada e, cabe ao árbitro em questão, determinar a 
necessidade de uma perícia. Deve haver concordância entre as partes na 
escolha de um perito independente. 
Já a perícia no âmbito estatal é aquela executada sob o controle dos 
órgãos do Estado. Isso inclui as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), 
as perícias criminais e aquelas conduzidas pelo Ministério Público da União 
(MPU). 
Por fim, temos ainda as perícias voluntárias. Elas são contratadas por 
uma empresa ou por um conjunto de empresas interessadas em comum acordo. 
Nesse caso, não é necessário que haja uma disputa entre elas. 
Uma empresa que tenha interesse em adquirir outra, por exemplo, 
poderá, em algum momento, solicitar que seja feita uma perícia contábil sobre 
certos documentos de forma a comprovar uma determinada informação. 
11 
 
 
 
Quem pode fazer uma perícia contábil? 
Como já mencionamos, a perícia contábil é uma atribuição exclusiva 
do profissional de contabilidade. Mesmo graduado e habilitado, é fundamental 
que a sua documentação esteja em situação regular junto ao Conselho Regional 
de Contabilidade de determinada jurisdição. 
Na função de perito, o contador deve se manter atualizado sobre as 
Normas Brasileiras de Contabilidade e estar apto a empregar as técnicas 
contábeis que forem necessárias de forma a atestar a veracidade (ou não) de 
determinadas informações. 
Tanto o perito-contador e o perito-contador assistente, em ações 
judiciais, devem comprovar sua habilitação profissional mediante apresentação 
de certidão específica, emitida por Conselho Regional de Contabilidade, na 
forma regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
Por suas características similares, muitas pessoas confundem perícia 
com auditoria. Porém, há uma diferença fundamental entre ambas: as auditorias 
operam sob amostragem, ou seja, não há a necessidade de se analisar todos os 
elementos até que se chegue a uma conclusão. Além disso, a perícia concentra-
se sob um determinado ato, e não sobre o todo. 
As normas de perícias contábeis são reguladas pela Norma Brasileira de 
Contabilidade (NBC TP 01), de 27 de fevereiro de 2015. Nesse texto, são 
relatados os conceitos, as normas de execução, os procedimentos e o 
planejamento necessários para esse tipo de trabalho. 
Os profissionais devem ficar atentos ainda aos termos de diligência, às 
regrasdos laudos e pareceres periciais contábeis bem como as modelos de 
comunicação a serem adotados de forma a se criar uma padronização na 
exposição dos esclarecimentos. 
 
Ferramentas de gestão facilitam a comprovação em perícias 
12 
 
 
Por fim, ressaltamos ainda que o uso de ferramentas de gestão 
contábil é de suma importância para os profissionais envolvidos. Além de 
facilitarem o acesso aos dados a serem analisados, os softwares organizam a 
informação, permitindo que se tenha mais agilidade no trabalho. 
A recomendação, portanto, é que nenhuma empresa, 
independentemente do seu tamanho, deixe de lado as possibilidades que a 
adoção de sistemas de gestão contábil trazem para o negócio. Sem sombra de 
dúvidas, esse é um passo fundamental para demonstrar a credibilidade e a 
idoneidade do seu registro financeiro. 
Quem pode realizar perícias contábeis? 
A realização de perícias contábeis (judiciais, arbitrais e extrajudiciais) 
constitui atribuição privativa dos bacharéis em Ciências Contábeis com registro 
ativo no CRC na categoria de contador. A função de assistente técnico também 
é prerrogativa exclusiva de contadores. 
Cabe à Fiscalização do CRCSP verificar se os contadores estão 
procedendo regularmente conforme os preceitos das Normas de Perícia na 
elaboração de seus laudos e pareceres e coibir a atuação de não habilitados e 
técnicos em contabilidade neste segmento específico da profissão contábil, 
tomando as medidas cabíveis quando da constatação da irregularidade. 
Qual a regulamentação específica que norteia o trabalho do 
profissional que atua em função pericial? 
Para elaborar trabalhos de natureza pericial, o profissional deve seguir 
o que está estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade NBC TP 01 
referente ao trabalho técnico elaborado e NBC PP 01 referente à atuação do 
profissional. 
Laudos periciais contábeis e pareceres periciais contábeis devem 
ter Certidão de Regularidade Profissional (CRP)? 
Desde 27 de fevereiro de 2015 é obrigatória anexar aos trabalhos a 
certidão de regularidade ao assinar trabalhos de natureza pericial, seja perícia 
judicial, extrajudicial ou arbitral, de acordo com os itens 7 e 8 da NBC PP 01 e 
item 65, alínea "j" da NBC TP 01. 
13 
 
 
Existe alguma Certidão especial para habilitação do Perito Judicial 
nos Fóruns? 
O CRCSP expede a certidão para habilitação dos peritos nos Fóruns do 
Estado de São Paulo. Esta certidão é expedida pelo Departamento de Registro 
e as informações completas do procedimento podem ser consultadas no portal 
do CRCSP. 
Qual o objetivo do Cadastro Nacional de Peritos Contábeis? 
O Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC), criado pela Resolução CFC n.º 1.502/2016 e alterada 
pela Resolução CFC n.º 1.513/2016 e 1.519/2017, tem o objetivo de oferecer ao 
Judiciário e à sociedade uma lista de profissionais que atuam como peritos 
contábeis, permitindo ao Sistema CFC/CRCs identificá-los com o intuito de dar 
maior celeridade à ação do Poder Judiciário, uma vez que se poderá conhecer 
geograficamente e, também, por especialidade a disponibilidade desses 
profissionais. 
O CNPC se justifica tendo em vista o novo Código de Processo Civil 
Brasileiro (CPC), que entrou em vigor no dia 18 de março de 2016, determinando 
que os juízes sejam assistidos por peritos quando a prova do fato depender de 
conhecimento específico e que os tribunais consultem os conselhos de classe 
para formar um cadastro desses profissionais. 
 
Como ingressar no CNPC? 
O ingresso no CNPC para os profissionais com experiência ou não 
estará condicionado à aprovação prévia em Exame de Qualificação Técnica 
(EQT) para perito contábil, regulamentado pela NBC PP 02, que tem por objetivo 
aferir o nível de conhecimento e a competência técnico-profissional necessário 
ao contador que pretende atuar na atividade de perícia contábil. 
Aos contadores inscritos no CNPC é obrigatório o cumprimento do PEPC 
(Programa de Educação Profissional Continuada) nos termos da NBC PG 12 
(R3). 
14 
 
 
Para consultar ou solicitar cadastro no CNPC 
acesse http://www1.cfc.org.br/sisweb/Registro/AcessoExterno. 
Para emitir a certidão de regularidade no CNPC 
acesse http://www1.cfc.org.br/sisweb/Registro/EmitirCertidaoCNPCInternet?tok
enCRC=6206b553-8530-49bb-9382- 9bc030b8d205. 
Caso julgue necessário, acesse o passo-a-passo http://cfc.org.br/wp-
content/uploads/2016/03/passo-a-passo-CNPC.pdf para auxiliá-lo(a) no correto 
preenchimento do pedido de cadastro no CNPC. 
Para mais esclarecimentos específicos sobre a atividade de perícia 
contábil, deverá ser contatado o CRCSP por meio do e-
mail fiscalizacao@crcsp.org.br. 
*A inscrição no cadastro é voluntária. 
 
 
 
 
A CONTABILIDADE NO SETOR PÚBLICO 
 
Quando se trata sobre a Contabilidade aplicada no Setor Público, há que 
fazer a relação também com o Orçamento Público, pois existe a necessidade 
dos dois caminharem juntos, um complementando o outro. 
Quando se insere o tema Contabilidade aplicada ao Setor Público com 
os temas Auditoria e Controladoria mostra-se sua importância na governança na 
Administração Pública, que de acordo com o Decreto n. 9.203, de 22 de 
Novembro de 2017, tem como definição de acordo com o art. 2º, inciso I “[...] 
conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática 
para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas 
públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade” (BRASIL, 2017). 
15 
 
 
Citando-se Contabilidade Pública, vem a ideia de ser uma contabilidade 
diferente. 
Na verdade, ela não é diferente daquela aplicada nas empresas 
privadas, pois a contabilidade é uma só. O diferencial entre a Contabilidade 
Pública e a Contabilidade aplicada nas organizações não governamentais são 
alguns aspectos e algumas particularidades e, por isso, chamada de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público e, recentemente, com as convergências 
às normas Internacionais. 
Conceitualmente é o ramo da Contabilidade que estuda o Patrimônio à 
disposição das entidades públicas, fornecendo elementos para a tomada e 
prestação de contas dos responsáveis por bens e valores a eles confiados e para 
a organização dos balanços e respectivos anexos Mais especificamente, 
segundo o Art. 83, da Lei n. 4.320, de 17/03/64, 
“A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de 
todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, 
administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados”. (BRASIL, 
1964). Lei n. 4.320, de 17 de Março de 1964 Para informar, um pouco da história 
da Contabilidade Pública no Brasil, Castro (2010) expõe: A Contabilidade Pública 
no Brasil foi marcada por fases bem distintas. A primeira fase teve início após 
um fato de proporção política e econômica que acabou por produzir o Código de 
Contabilidade Pública. 
Tudo começou quando em 1914, o então Ministro da Fazenda não teve 
condições de realizar operações de crédito com banqueiros ingleses por 
incapacidade de oferecer garantias para os empréstimos. O motivo era a falta de 
uma Contabilidade organizada que produzisse informações consistentes sobre 
a situação financeira, econômica e patrimonial do Governo. (2010, p. 101). 
Foi um acontecimento que, de certa forma, impulsionou o Governo da 
época para viabilizar técnicas de Contabilidade na área Pública, padronizando 
registros, orientações e controle de atos da gestão pública. 
Atualmente, o Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, 
publicou o Manual de contabilidade aplicada ao setor público, a aplicar-se à 
16 
 
 
União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, válido a partir do 
exercício de 2019, regulamentado pela Portaria Conjunta STN/SOF n. 06, de 18 
de dezembro de 2018, Portaria Conjunta STN/SPREV n. 07, de 18 de dezembro 
de 2018 e pela PortariaSTN n. 877, de 18 de dezembro de 2018. Manual de 
contabilidade aplicada ao setor público A justificativa do Ministério da Fazenda, 
Secretaria do Tesouro Nacional é de que: 
A ciência contábil no Brasil vem passando por significativas transformações rumo à 
convergência aos padrões internacionais. O processo de evolução da contabilidade do setor 
público deve ser analisado de forma histórica e contextualizada com o próprio processo de 
evolução das finanças públicas. (BRASIL, 2019, p. 20). 
Em complemento ainda, o Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro 
Nacional, afirma que: 
Dessa forma, a STN editou o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e o 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), com abrangência nacional, que 
permitem e regulamentam o registro da aprovação e execução do orçamento, resgatam o objeto 
da contabilidade – o patrimônio, e buscam a convergência aos padrões internacionais, tendo 
sempre em vista a legislação nacional vigente e os princípios da ciência contábil. (BRASIL, 2019, 
p. 20) 
A contabilidade no Brasil, principalmente no Setor Público, evolui no 
sentido de acompanhar a complexidade das atividades econômicas que cada 
vez mais requerem novas habilidades e competências do profissional contábil. 
Assim o seu ensino passa por diversas reformulações e inovações. 
De acordo com o MCASP Edição de 2019, essas inovações, 
principalmente no Setor Público, são assim descritas: 
As inovações trazidas pelos processos de padronização dos registros contábeis com 
vistas à consolidação nacional das contas públicas e de convergência às normas internacionais 
de contabilidade aplicada ao setor público (CASP) impactam, principalmente, a Parte II – 
Procedimentos Contábeis Patrimoniais (PCP), a Parte IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor 
Público (PCASP) e a Parte V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público – (DCASP) 
deste Manual. (BRASIL, 2019, p. 23) 
Ainda na linha de inovações no Setor Público, no que se refere às 
diretrizes, normas e procedimentos contábeis aplicáveis aos entes da 
Federação, com vistas à consolidação das contas públicas da União, dos 
17 
 
 
estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive quanto aos prazos para 
sua implantação, são definidas pela Portaria STN n. 634/2013. 
Art. 11 O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP e as 
Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público – DCASP deverão ser 
adotados por todos os entes da Federação até o término do exercício de 2014. 
[...] Art. 13 Os Procedimentos Contábeis Patrimoniais – PCP, definidos 
no MCASP e de observância obrigatória pelos entes da Federação, terão prazos 
finais de implantação estabelecidos de forma gradual por meio de ato normativo 
da STN. (BRASIL, Portaria 634/2013). 
PRINCÍPIOS 
De acordo com Heckert e Wilson (apud SANTOS, 2012), os princípios 
que norteiam as funções do controller se resumem às características 
profissionais que contribuem para melhor execução das atividades de maneira 
eficiente e eficaz. 
Iniciativa 
Prenuncia situações que ocasionem problemas no campo da gestão 
econômica global e provisionar informações que afetam diretamente a área 
administrativa. 
Visão econômica 
Serve para assessorar outros gestores, tendo visão dos feitos 
econômicos de atividades de qualquer área, estudando e assimilando métodos 
utilizados no desempenho de atividades, sugerindo propostas que alterem de 
forma positiva o resultado econômico. 
Comunicação 
racional Objetiva viabilizar informação às áreas, transmitindo uma 
linguagem com- preensível a todos os setores, simples, objetiva e direta, 
possibilitando assim, a minimização da dificuldade do trabalho e a interpretação. 
 
Síntese 
18 
 
 
Traduz fatos e estatísticas de forma mais dinâmica, seja em gráficos de 
tendências ou em índices, visando comparar o planejado com o resultado dos 
períodos anteriores. 
Visão de Futuro 
Analisa o desempenho dos períodos passados visando executar 
alterações a partir deles, exercendo ações que proporcionem melhor 
performance no futuro. 
Oportunidade 
Este princípio viabiliza informações aos administradores das áreas, em 
tempo competente para mudanças nos planos padrões, a partir de alterações no 
âmbito coletivo, que seja cooperativo para as áreas distintas e favoreçam o 
ambiente geral. 
Persistência 
Conduz os resultados das áreas adjuntas dos seus estudos para fazer 
as interpretações que exigem ações para otimizar o desempenho econômico 
geral. 
Cooperação 
Auxilia os demais setores contribuindo para a otimização dos pontos 
fracos, sem limitar-se apenas para criticá-los, mas para melhorá-los. 
Imparcialidade 
Este princípio oferece informações à administração geral sobre os 
resultados do desempenho econômico de todas as áreas, mesmo quando 
apontam sinais de ineficiência dos administradores. Há possibilidade de 
dificuldade no relacionamento interpessoal. Mas, aspirando o controle 
organizacional mesmo diante de opiniões pessoais, visa sempre a otimização do 
resultado econômico, independente de qualquer fato ou situação. 
Persuasão 
Resumido na ação e habilidade de convencer os administradores da 
validade de suas opiniões, compreendendo os desempenhos de forma global. 
19 
 
 
Consciência das limitações 
Ter ciência da responsabilidade de assessorar os administradores com 
informações de gestão econômica para a eficácia corporativa, que tem pouca 
influência em questões de estilos gerenciais. 
Cultura geral 
Ter conhecimento sobre as diferentes culturas, entre raças e nações, 
questões sociais e econômicas de países e blocos econômicos é importante para 
a manu- tenção e planejamento do meio em que está inserido, tornando-se 
relevante no contexto. 
Liderança Influenciar e comandar pessoas de maneira correta, 
motivando os subordinados para atividades mais eficientes. 
Ética 
Uma das principais a ser destacada, pois é ter conduta profissional 
voltada pautada em valores morais aceitos. 
 
OBJETIVOS 
Para Santos (2012), o objetivo da controladoria é apoiar administração, 
a economia, a estatística e a contabilidade, porque controla informações, 
estabelece teorias e conceitos para a formulação e manutenção dos sistemas de 
informações a serem implementados na gestão, visando eficiência e eficácia. 
Diante disso, a controladoria tem como principal objetivo a eficácia da 
forma mais primorosa possível, a fim de amparar o controle interno quanto às 
tomadas de decisão, conforme Santos explicita: 
Tem como objetivo alcançar eficiência (relação a custos por unidade de medida) e 
eficácia – relação com resultados pretendidos e resultados alcançados através de normatizações 
que auxiliem o controle interno, supervisionando áreas e subsidiando o processo decisório 
através de técnicas de análise contábil-financeira e estatística, e de técnicas de percepções 
através de simulações empresariais. (2012, p. 5) 
Nessa perspectiva, o controle interno faz estudos que concretizem a 
manutenção de resultados, fato citado por Figueiredo e Caggiano, (2008, p. 10) 
20 
 
 
que evidencia que o objetivo da controladoria é zelar pela continuidade da 
empresa, assegurando a otimização do resultado global. 
Já Almeida, Parise e Pereira (1999 apud SILVA; CARNEIRO; RAMOS, 
2015, p. 77) argumentam que os principais objetivos da controladoria são: “ 
a) a promoção da eficácia organizacional; 
b) a viabilização da gestão econômica; e 
c) a promoção da integração das áreas sob sua responsabilidade.” 
(Almeida, Parise e Pereira 1999 apud SILVA; CARNEIRO; RAMOS, 2015, p. 77. 
Com visão voltada ao setor público, segundo Catelli (2012 apud SILVA; 
CARNEIRO; RAMOS, 2015) a controladoria objetiva coordenar a gestão 
econômica da organização pública, sendo responsável pela elaboração dos 
planos estratégicos e operacionais, assim como da execução do controle. 
Portanto, os objetivosda controladoria são apoiar a administração, 
favorecer a interação entre os diversos setores, fornecer informações úteis para 
alcançar resultados, de maneira eficiente e eficaz, a fim de apoiar a tomada de 
decisão. 
Os fatos a seguir comprovam a relação do Brasil com o mercado 
internacional: Capital estrangeiro no País Na década de 1990, um grande volume 
de capital estrangeiro ingressou no Brasil. 
Várias indústrias do setor automobilístico se instalaram em distintos 
pontos geográficos do país, além de instituições financeiras que antes não 
estavam em solo brasileiro e outras empresas pertencentes a distintos setores 
da economia. 
Ademais, havia a previsão de novas entradas em território nacional. 
Esse foi, então, o período de abertura da economia brasileira. Compra de 
empresas brasileiras Algumas empresas brasileiras começaram a ser 
compradas por grupos estrangeiros, formando, muitas vezes, joint ventures em 
todo tipo de negócio. 
21 
 
 
Capital brasileiro no exterior O caminho inverso ao anterior também 
aconteceu: organizações do Brasil ingressaram em mercados de capitais 
estrangeiros. 
Em 1996, mais de 40 empresas brasileiras já negociavam seus títulos e 
valores mobiliários em bolsas de valores internacionais. 
 Na segunda década dos anos 2000, esse número aumentou muito. 
Veja, a seguir, quais foram as consequências dessas mudanças no mundo dos 
negócios. 
Globalização na economia 
Os efeitos da globalização, que afetavam a economia brasileira de fora 
para dentro, obrigavam o mercado nacional a se adaptar a uma nova realidade. 
No Brasil, quase não havia concorrência: os produtos eram desenvolvidos com 
base em uma tecnologia pouco avançada. 
Logo, as empresas não apresentavam alta eficiência produtiva. Antes da 
abertura de capital Como resultado desse cenário, os custos e os preços finais 
eram muito elevados para os consumidores, que acabavam sendo os grandes 
prejudicados nessa história, pois pagavam caro por produtos de baixa qualidade. 
Depois da abertura de capital 
No entanto, depois da abertura do capital do Brasil para a entrada de 
produtos estrangeiros no país, o brasileiro passou a pagar menos por produtos 
similares, mas de melhor qualidade. Impacto na indústria nacional 
 A situação a que nos referimos anteriormente a respeito da abertura do 
capital brasileiro causou grande impacto na indústria nacional, afetando os 
setores da economia que menos tinham concorrência, tais como os de: 
• Brinquedos; 
• Informática; 
• Automóveis etc. 
Diante disso, empresas locais – como a manufatureira de brinquedo 
Estrela, por exemplo – se sentiram obrigadas a mudar totalmente seu processo 
22 
 
 
produtivo e a forma de trabalhar com o modelo empresarial antigo. Essa 
mudança foi focada, basicamente, na área de produção, o que impactou na 
estrutura de custos gerenciada pelas organizações. 
Essas empresas identificaram que, se não realizassem tal modificação 
financeira, comprometeriam sua continuidade no mundo dos negócios. 
Controladoria Toda a contextualização anterior a respeito do ambiente 
empresarial foi feita para que você compreendesse a organização das 
empresas. 
A necessidade de criar um sistema contábil mais adequado ao controle 
gerencial surgiu de uma série de fatores que tiveram origem no cenário então 
exposto, tais como: 
• A complexidade das organizações empresariais atuais; 
• A interferência governamental nesses ambientes; 
• A busca crescente por diferentes fontes de financiamento; 
• O dever de observar padrões éticos e melhores práticas de gestão nos 
negócios. 
Tudo isso contribuiu para que o gerenciamento das finanças passasse a 
exercer um diferente e cada vez mais importante papel dentro das empresas, o 
que impactou na função do executivo financeiro: cargo que assumiu maior 
responsabilidade e múltiplas funções. 
Nesse momento de separação das áreas financeira e contábil, era 
necessário aperfeiçoar o processo de gestão. Disso resultou o nascimento da 
controladoria como ferramenta de negócios! 
Entendimento da controladoria 
De acordo com Mosimann, Alves e Fisch (1993), a controladoria pode 
ser entendida de duas formas: Órgão administrativo Nesse caso, a controladoria 
tem como principal missão a continuidade da empresa, que deve ser assegurada 
pela otimização de seu resultado. 
23 
 
 
Além disso, sua função e os princípios que a norteiam são definidos no 
modelo de gestão da empresa para a melhoria contínua do processo de 
gerenciamento. O objetivo é propor e aperfeiçoar instrumentos de planejamento 
e controle gerencial por meio das diversas ciências advindas da controladoria. 
Área do conhecimento humano Nesse caso, a controladoria possui 
fundamentos, princípios e métodos oriundos de outras ciências. Controladoria 
na gestão empresarial Como já vimos, a principal missão da controladoria é a 
continuidade das empresas, e o profissional responsável por cumpri-la é o 
executivo denominado controller. 
Suas funções não se limitam somente à área contábil mas também às 
aplicações gerenciais da organização. De forma geral, as atividades e 
responsabilidades básicas do controller incluem: 
Planejamento Estabelecimento e manutenção de objetivos e de metas 
da companhia – tanto em curto quando em longo prazo –, que deverão passar 
por análise periódica, bem como comunicação com os diversos níveis de 
gerência. 
Controle Desenvolvimento e revisão dos sistemas de controle 
relacionados aos padrões de avaliação e de desempenho, que servirão para que 
outros gestores possam medir e comparar seus resultados. 
Informação Preparação, análise e, principalmente, interpretação de 
resultados financeiros que serão utilizados no processo de gestão, além da 
gerência da informação exigida pelo governo, por órgãos reguladores acionistas, 
pelas instituições financeiras e por outros interessados em geral. 
Contabilidade Manutenção do sistema de contabilidade e de custos. 
Essas informações devem ser úteis para as contabilidades gerencial e financeira 
– que representam, respectivamente, o processo de decisão e os usuários 
externos. 
A instituição e funcionamento de um Sistema de Controle Interno em 
cada Poder e esfera é um mandamento constitucional insculpido nos artigos 70 
e 74 da Lei Maior, cujas competências relativas ao controle e transparência dos 
24 
 
 
gastos públicos foram ampliadas significativamente pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
De acordo com as Diretrizes para o Controle Interno no Setor Público 
(CONACI, 2009), o controle interno deve abranger quatro macro funções: 
auditoria governamental, controladoria, corregedoria e ouvidoria. 
A propósito, o resultado deste trabalho cominou na Emenda nº 1-CCJ 
(Substitutivo) ao Projeto de Lei Complementar nº 229/2009 e no PEC nº 45/2009, 
que contemplam essas funções de controle, as quais requerem a existência de 
instituições sólidas e adequadas para o desempenho dessas funções exclusivas 
de Estado. 
Nesse contexto, o Governo Federal foi precursor, ao criar em 2001, a 
Controladoria-Geral da União (CGU), órgão central de seu Sistema de Controle 
Interno, ao qual compete assistir direta e imediatamente ao presidente da 
República, no âmbito do Poder Executivo Federal, nos assuntos relativos "à 
defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria pública, à correição, 
à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao 
incremento da transparência da gestão no âmbito da administração pública 
federal" (art. 17, da Lei nº 10.683/2003). 
Segundo informações do CONACI, atualizadas neste trabalho, das 27 
unidades federativas estaduais e distrital, 16 já adotam o modelo de 
Controladoria Geral, ou seja, quase 60%, sendo que a maioria delas evoluiu da 
forma tradicional de Auditoria Geral. 
A título de exemplo, somente em 2011, as Auditorias Gerais dos Estados 
de Minas Gerais e Goiás transformaram-seem Controladorias Gerais, segundo 
a Lei Delegada nº 180/2011 e Lei nº 17.257/2011, respectivamente. 
Com efeito, as mudanças nas estruturas administrativas e nas 
competências das então Auditorias Gerais, incorporando as funções de ouvidoria 
e correição, têm influência direta e incontestável das ações e trabalhos realizado 
pela CGU, que durante os 10 anos de sua existência conquistou respeito e 
credibilidade junto às instituições públicas e à sociedade. 
25 
 
 
Nessa vertente, o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Lei 
Complementar nº 413/2010, reestruturou a organização da administração 
pública do Poder Executivo Estadual, transferindo a Auditoria Geral do Estado 
às funções de ouvidoria e corregedoria (art. 8º), visando à eficiência dos serviços 
públicos prestados à sociedade. 
Ademais, o Governo do Estado tem demonstrado seu compromisso em 
fortalecer o órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo ao 
realizar, em 2009, o concurso público para Auditor do Estado e, em 2010, de 
criar mais 30 vagas para este cargo e nomear 32 novos Auditores do Estado, 
suprindo, parcialmente, seu quadro funcional. 
Por fim, a transformação da Auditoria Geral do Estado em Controladoria 
Geral do Estado de Mato Grosso representará não somente o comprometimento 
do Governo com o controle da coisa pública, mas também do Estado para com 
a sociedade mato-grossense. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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Paulo: Pioneira, 1976. 
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2002. 
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REGO, Fernando Cunha. A natureza da auditoria interna e as questões 
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sucesso empresarial. In: SEMINÁRIO USP DE CONTABILIDADE, 2, 2002, São 
Paulo. Anais… CD-ROM. 
 
 
 
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