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2
 
SUMÁRIO 
 
1. Veículos de Duas Rodas ................................................................................ 3 
1.1. Símbolos e Comandos de uma Motocicleta .............................................. 3 
1.2. Inspeções Periódicas ................................................................................ 4 
1.3. Cuidados Especiais ................................................................................... 5 
1.4. Capacete ................................................................................................... 7 
1.5. Postura Adequada ao Conduzir a Motocicleta .......................................... 8 
1.5.1. Nas Curvas ...................................................................................................... 9 
1.6. Transporte Remunerado de Carga ........................................................... 9 
1.6.1. Limites Máximos do Dispositivo Tipo Fechado (Baú) ............................. 10 
1.6.2. Limites Máximos do Dispositivo Tipo Aberto (Grelha)............................ 10 
1.7. Acidentes com Motociclistas ................................................................... 11 
1.8. Semirreboques ........................................................................................ 12 
1.9. Motofrete ................................................................................................. 13 
2. Veículos de Quatro ou mais Rodas ............................................................ 14 
2.1. Mecânica ................................................................................................. 14 
2.2. Motor ....................................................................................................... 15 
2.3. Órgãos Fixos ........................................................................................... 17 
2.4. Órgãos Móveis ........................................................................................ 18 
2.5. Tempos do Motor .................................................................................... 20 
2.6. Órgãos de Comando ............................................................................... 22 
2.7. Sistema de Alimentação ......................................................................... 23 
2.8. Sistema de Ignição.................................................................................. 25 
2.9. Sistema de Lubrificação .......................................................................... 26 
2.10. Sistema de Arrefecimento ou Refrigeração ............................................ 27 
2.10.1. Refrigeração a Água: ................................................................................... 27 
2.10.2. Refrigeração a Ar.......................................................................................... 28 
2.11. Sistema de Transmissão ......................................................................... 28 
2.12. Sistema de Suspensão ........................................................................... 30 
2.13. Sistema de Direção ................................................................................. 33 
2.14. Sistema Elétrico ...................................................................................... 34 
2.15. Sistema de Escapamento ....................................................................... 35 
2.16. Sistema de Freio ..................................................................................... 35 
2.17. Pneu ........................................................................................................ 36 
 
 
 
3
 
1. Veículos de Duas Rodas 
 
De fato, os veículos de 2 (duas) rodas apresentam algumas vantagens em relação aos 
veículos de 4 (quatro) rodas, tais como: menor consumo de combustível, maior facilidade 
de deslocamento e estacionamento, menor valor para aquisição etc. Porém, a condução 
de veículos de 2 (duas) rodas requer extremo cuidado e atenção. 
Nos acidentes, os motociclistas geralmente sofrem graves lesões – pois seus corpos não 
se encontram envolvidos por uma carroçaria de aço. As lesões mais comuns são fraturas 
múltiplas, hemorragias, fratura na coluna e traumatismo craniano. 
Observação: 
O capacete protege a parte externa da cabeça, ou seja, a caixa craniana. Porém, 
dependendo do impacto que a cabeça do motociclista recebe, no momento do 
acidente, as suas partes internas podem se lesionar (podendo até se deslocarem) 
causando, assim, um trauma cranioencefálico. 
 
 
1.1. Símbolos e Comandos de uma Motocicleta 
 
Assim como os condutores de carros, os motociclistas devem ter total conhecimento 
sobre o significado dos símbolos do painel de instrumentos, bem como de todos os 
comandos a ele disponibilizados quando na condução, parada e estacionamento de sua 
motocicleta, como por exemplo: 
- a manete da embreagem é acionada com a mão esquerda; 
Observação: 
A embreagem não deve apresentar uma folga superior a 2 cm (dois centímetros). 
- o freio dianteiro é acionado por meio da manete do lado direito; 
 
Observação: 
O freio não deve apresentar uma folga superior a 1 cm (um centímetro). 
- a troca de marcha é feita com o pé esquerdo; 
- o freio traseiro é acionado com o pé direito. 
Observação: 
 
 
 
4
Para maior segurança, ao parar, o motociclista deverá apoiar-se por meio do pé 
esquerdo (no chão), pois o pé direito deverá ser mantido no pedal de freio. 
- dentre outros tantos comandos e seus respectivos meios de acionamento. Vejamos: 
 
 
 
1.2. Inspeções Periódicas 
 
Antes de sair com a motocicleta, o motociclista deve fazer uma inspeção nos seus 
equipamentos e dispositivos de segurança. 
 
 
O óleo do motor (óleo lubrificante) é naturalmente consumido durante o uso da 
motocicleta. Assim, o motociclista deve sempre inspecionar seu nível antes de pilotar (se 
necessário, complete até o nível recomendado). O nível de óleo é verificado por meio da 
tampa/vareta e deve estar entre a marca do nível superior e nível inferior existente na 
tampa/vareta. O motociclista deve trocar o óleo e limpar a tela do filtro de acordo com as 
recomendações do fabricante. 
 
 
 
5
A adequada regulagem dos retrovisores também é extremamente importante. Para isso, o 
motociclista deve sentar-se na motocicleta (em local plano) e virar os espelhos até obter o 
melhor ângulo de visão. O motociclista deve utilizar constantemente os retrovisores, além 
de olhar sobre os ombros (para ter visão da área que o retrovisor não alcança). 
Também deve ser verificado: 
- se a quantidade de combustível será suficiente para o percurso pretendido; 
- o funcionamento de todas as lâmpadas (farol, luz de freio, setas etc.); 
- as condições e a lubrificação dos cabos de embreagem e freio; 
- o estado, a lubrificação e a folga da corrente de transmissão (que não deve apresentar 
uma folga superior a dois centímetros). 
- o estado e a calibragem dos pneus (utilizar a calibragem recomendada pelo fabricante – 
seguir o manual do proprietário); 
- as condições das lonas, das pastilhas e do fluido de freio. 
 
 
 
1.3. Cuidados Especiais 
 
Veja e seja visto – o motociclista jamais deve se colocar nos “pontos cegos” ou “pontos 
mortos” dos motoristas (pontos onde o motorista, de dentro do carro, não consegue 
enxergar o motociclista). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6
 
 
À noite e em dias chuvosos, o motociclista deve usar, de preferência, roupas claras – para 
que os motoristas e demais motociclistas possam enxergá-lo com mais facilidade. 
Durante o percurso, o motociclista não deve fixar o olhar em um só ponto. Deve 
movimentar os olhos constantemente - ter uma atenção difusa. 
Vale ressaltar que o motociclista não deve emprestar a motocicleta a pessoas 
inexperientes. 
Além disso, para maior proteção do corpo, tanto o motociclista quanto o passageiro 
devem utilizar calçado fechado, luvas de motociclismo e roupas de tecido grosso e 
resistente. 
 
 
O farol deve estar aceso durante o dia e durante a noite,ao transitar com a motocicleta. 
O motociclista e o passageiro devem utilizar somente capacetes com selo externo ou 
etiqueta interna, comprovando a certificação do produto, pelo Inmetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
1.4. Capacete 
 
Para conduzir veículos de duas rodas nas vias públicas, é obrigatório o uso de capacete 
motociclístico pelo condutor e passageiro. 
O capacete deve estar certificado por organismo acreditado pelo INMETRO (de acordo 
com regulamento de avaliação da conformidade por ele aprovado). O capacete deve, 
também, conter o selo de identificação da conformidade do INMETRO ou uma etiqueta 
interna com a logomarca do INMETRO (a etiqueta também pode ser afixada no sistema 
de retenção). 
Vale lembrar que o capacete deve estar dentro do prazo de validade (geralmente 3 anos). 
Além disso, deve apresentar viseira ou, na ausência desta, óculos de proteção (aquele 
que permite ao usuário a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol), em boas 
condições de uso. 
Capacetes certificados: 
 
 
 
É proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou de segurança do trabalho (EPI), de 
forma singular, em substituição aos óculos de proteção. 
Quando o veículo estiver em circulação, a viseira (ou óculos de proteção) deverá estar 
posicionada de forma a dar proteção total aos olhos – deverá estar abaixada para 
possibilitar a proteção total frontal dos olhos, considerando-se um plano horizontal, 
permitindo-se, no caso dos capacetes com queixeira, uma pequena abertura para garantir 
a circulação de ar. 
Quando o veículo estiver imobilizado na via, independentemente do motivo, a viseira 
poderá ser totalmente levantada, devendo ser imediatamente restabelecida a posição 
frontal aos olhos quando o veículo for colocado em movimento. 
No caso dos capacetes modulares, além da viseira, a queixeira deverá estar totalmente 
abaixada e travada. 
A viseira é fabricada nos padrões cristal, fumê light, fumê e metalizadas. Para o uso 
noturno, somente a viseira cristal é permitida, as demais são para o uso exclusivo diurno. 
 
 
 
8
É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de proteção. 
O motociclista, assim como o passageiro, deve escolher um capacete de cor clara e com 
os adesivos refletivos de segurança (obrigatórios nas partes traseiras e laterais do 
capacete). 
O capacete tem de estar devidamente afixado à cabeça do motociclista (e passageiro) 
pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do seu maxilar inferior. 
Os capacetes que não estão devidamente presos à cabeça dos motociclistas (e 
passageiro) costumam se soltar em casos de acidentes – o que leva a vítima a sofrer 
lesões mais graves na cabeça. 
 
 
1.5. Postura Adequada ao Conduzir a 
Motocicleta 
 
O Motociclista deve: 
a) manter a cabeça em posição vertical, olhando para frente; 
b) manter os braços e ombros relaxados, semi-inclinados de forma que os cotovelos 
apontem para baixo; 
c) manter as mãos em nível mais alto que os punhos; 
d) sentar-se próximo ao tanque (firme o tanque com as pernas) para maior estabilidade e 
melhor dirigibilidade (o motociclista conseguirá virar o guidom sem esforço dos ombros); 
e) manter os pés paralelos ao chão, durante o percurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9
1.5.1. Nas Curvas 
 
a) moto e condutor inclinados: técnica que dá maior estabilidade e segurança; é utilizada 
nos casos de curvas abertas, velocidade mais baixa, pista seca e limpa. 
b) moto não inclinada e condutor inclinado: técnica que permite que o pneu da moto 
mantenha maior área de contato com a pista evitando derrapagem. É utilizada nos casos 
de chuva, pista suja (areia, resíduos etc.), pista de terra, curva fechada e ao perceber que 
a velocidade é maior que a compatível para a curva. 
c) moto inclinada e condutor não inclinado: técnica que dá maior capacidade de 
direcionamento em menor tempo; é utilizada para manobras rápidas, como desvio de 
buracos, pedras etc. 
Observação: antes de desviar de obstáculos na pista, o motociclista deve verificar 
os retrovisores. 
 
 
 
1.6. Transporte Remunerado de Carga 
 
Para o transporte remunerado de carga, as motocicletas e motonetas deverão ser 
registradas na categoria “aluguel” (placas vermelhas e caracteres brancos) e a espécie 
alterada para “carga”. 
Na motocicleta e motoneta poderão ser instalados dispositivos permanentes ou 
removíveis, tipo fechado (baú) ou aberto (grelha), para transporte de cargas, desde que 
obedecidas as especificações do fabricante do veículo no tocante à instalação e ao peso 
máximo admissível. 
 
 
 
 
 
 
 
10
 
 
 
1.6.1. Limites Máximos do Dispositivo Tipo Fechado (Baú) 
 
Largura – 60 cm (sessenta centímetros). 
Comprimento – não poderá exceder a extremidade traseira do veículo. 
Altura – 70 cm (setenta centímetros) de sua base central, medida a partir do assento do 
veículo. 
 
Observação: 
O equipamento do tipo fechado (baú) deve conter faixas retrorrefletivas de maneira 
a favorecer a visualização do veículo durante sua utilização diurna e noturna. 
 
1.6.2. Limites Máximos do Dispositivo Tipo Aberto (Grelha) 
 
Largura – 60 cm (sessenta centímetros). 
Comprimento – não poderá exceder a extremidade traseira do veículo. 
Altura – a carga acomodada no dispositivo não poderá exceder a 40 cm (quarenta 
centímetros) de sua base central, medida a partir do assento do veículo. 
 
 
 
 
 
11
Observação: 
As dimensões da carga a ser transportada não podem extrapolar a largura e o 
comprimento da grelha. 
A posição do dispositivo e a forma de fixação do objeto a ser transportado não podem 
interferir na utilização, na montagem ou no funcionamento de nenhum equipamento 
original do veículo. 
Quando o dispositivo ocupar parcialmente o assento do veículo, não será permitido o 
transporte de passageiro. 
O condutor deverá permanecer visível aos condutores dos demais veículos em circulação 
na via. 
Os dispositivos de iluminação e sinalização, assim como a placa de identificação do 
veículo, deverão manter-se visíveis e inalterados. 
Nas motocicletas e motonetas é permitida a utilização de alforjes, bolsas ou caixas 
laterais, com limite máximo de: 
Largura – não poderá exceder as dimensões máximas dos veículos, medida entre a 
extremidade do guidom ou das alavancas de freio à embreagem, a que for maior, 
conforme especificação do fabricante do veículo. 
Comprimento – não poderá exceder a extremidade traseira do veículo. 
Altura – não superior à altura do assento em seu limite superior. 
O condutor de motocicleta e motoneta utilizadas para transporte remunerado de cargas 
deverá usar colete para favorecer a sua visualização durante sua utilização diurna e 
noturna. 
Nenhum objeto deve ser preso no guidom da motocicleta. 
O motociclista não deve deixar exceder a capacidade de carga da motocicleta. 
A bagagem deve estar bem fixada e seu peso deve ser mantido próximo ao centro da 
motocicleta. Os pneus devem ser calibrados de acordo com o peso colocado sobre a 
motocicleta (verificar o manual do fabricante). 
 
1.7. Acidentes com Motociclistas 
 
Ao se deparar com um motociclista acidentado, de capacete, o socorrista deve verificar se 
ele está conseguindo respirar sem dificuldades. Caso o motociclista apresente sinais de 
parada respiratória ou caso ele apresente dificuldade para respirar (em razão do 
capacete), o socorrista, com o auxílio de mais uma pessoa, deve retirá-lo, com o máximo 
de cuidado possível. 
 
 
 
12
Primeiramente, um dos socorristas deve imobilizar a cabeça da vítima, segurando por 
baixo do capacete (para evitar lesão na medula cervical). Em seguida, o outro socorrista 
deve abrir a viseira do capacete para retirar objetos móveis que estejam em seu interior, 
soltar a jugular e, vagarosamente, puxar o capacete da cabeça da vítima. Logo após 
retirar o capacete, deverá verificar o que será necessário fazer e prestar os primeiros 
socorros. 
 
 
Observação: 
“O capacete só deve ser retirado quandoa sua manutenção trouxer risco de vida 
para a vítima”. 
 
1.8. Semirreboques 
 
As motocicletas e motonetas dotadas de motor com mais de 120 cc poderão tracionar 
semirreboques especialmente projetados para uso exclusivo desses veículos e 
devidamente homologados pelo Denatran. Os semirreboques devem apresentar: 
- Número de identificação veicular (VIN – gravado na estrutura do semirreboque). 
- Ano de fabricação do veículo (gravado em 4 (quatro) dígitos). 
- Plaqueta com os dados de identificação do fabricante, tara, lotação, PBT e dimensões 
(altura, comprimento e largura). 
- Equipamentos obrigatórios (para-choque traseiro; lanternas de posição traseira, de cor 
vermelha; protetores das rodas traseiras; freio de serviço; lanternas de freio, de cor 
vermelha; iluminação da placa traseira; lanternas indicativas de direção traseira, de cor 
âmbar ou vermelha; pneu que ofereça condições de segurança). 
Dimensões do semirreboque, com ou sem carga: 
Largura máxima – 1,15 m (um metro e quinze centímetros). 
Altura máxima – 90 cm (noventa centímetros). 
 
 
 
13
Comprimento total máximo (incluindo a lança de acoplamento) – 2,15 m (dois metros e 
quinze centímetros). 
 
1.9. Motofrete 
 
As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias 
(motofrete) somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou pela 
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: 
I – registro como veículo da categoria de aluguel; 
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado 
a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento; 
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas; 
IV – inspeção semestral, para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança. 
A instalação ou incorporação de dispositivos para transporte de cargas deve estar de 
acordo com a regulamentação. É proibido o transporte de combustíveis, produtos 
inflamáveis ou tóxicos e de galões por motofrete, com exceção do gás de cozinha e de 
galões contendo água mineral, desde que com o auxílio de sidecar. 
 
 
Observação: 
“Desrespeitar as normas anteriores constitui infração grave sujeita a multa e 
apreensão do veículo para regularização”. 
Independente das exigências anteriores, aos Estados e aos Municípios compete aplicar 
as exigências previstas em seus regulamentos, para as atividades de motofrete no âmbito 
de suas circunscrições. 
 
 
 
 
14
2. Veículos de Quatro ou mais 
Rodas 
 
Os condutores devem ter total conhecimento sobre o funcionamento, o significado dos 
símbolos do painel de instrumentos, bem como de todos os comandos a ele 
disponibilizados para condução, parada e estacionamento de seu veículo. Também é 
importante saber sobre a função de cada uma das peças que, somadas, proporcionam 
movimento, força, redução de velocidade, parada e estabilidade ao seu veículo. Esse 
conhecimento é importante para evitar acidentes e para manutenção do correto 
funcionamento do veículo, de forma a preservá-lo. 
Vejamos, primeiramente, a simbologia dos comandos e dispositivos do veículo – que 
normalmente é disposto ao condutor no “painel de instrumentos”. 
 
 
 
 
2.1. Mecânica 
 
Mecânica: ciência que estuda as leis do movimento e do equilíbrio. 
 
 
 
15
Para melhor compreensão da mecânica de um veículo, é necessário dividi-la nos 
seguintes grupos: 
A) MOTOR – responsável pelo movimento do veículo. 
B) TRANSMISSÃO – transmite a força do motor para as rodas. 
 
Observação: 
A roda que recebe a força do motor é denominada “roda motriz”. 
C) SUSPENSÃO – responsável pelo conforto (reduz trepidações) e estabilidade do 
veículo. 
D) DIREÇÃO – responsável pelo direcionamento do veículo. 
E) RODAS, PNEUS E FREIO. 
F) SISTEMA ELÉTRICO. 
G) CARROÇARIA – lataria do veículo. 
 
Observações: 
• as carroçarias são feitas de aço galvanizado ou alumínio (em alguns veículos); 
• a maioria dos carros modernos tem uma estrutura de carroçaria monobloco. 
 
2.2. Motor 
 
Motor é o aparelho capaz de transformar uma energia qualquer em energia mecânica. 
Espécies de motores, de acordo com seu funcionamento: 
- motor movido a ar; 
- motor movido a água; 
- motor elétrico; 
- motor térmico; 
- motor nuclear. 
Observação: 
Os veículos que transitam nas vias públicas apresentam motores elétricos ou 
motores térmicos. 
 
 
 
16
 
 
 
Motor elétrico: é quando a energia mecânica que ele fornece provém de um circuito 
elétrico (baterias ou cabos elétricos). Tem a grande vantagem de não poluir o meio 
ambiente. 
 
 
Motor térmico: é quando a energia mecânica que ele fornece provém de uma fonte 
calorífica – transforma o calor desenvolvido pela combustão (queima) de combustíveis 
(gasolina, óleo, carvão, gás, álcool, querosene, benzina etc.) em energia mecânica. É o 
motor mais utilizado nos veículos. 
 
 
O motor térmico divide-se em: 
 
 
 
17
a) motor térmico a vapor – a combustão ocorre, continuamente, em um local 
nitidamente separado do motor (geralmente chamado de fornalha). Isso permite que seja 
utilizado qualquer combustível (sólido ou líquido). 
Observação: 
Os motores a vapor foram utilizados nos primeiros veículos automotores. 
b) motor térmico de combustão interna (motores utilizados atualmente) – a combustão 
ocorre dentro do motor, na parte superior de um local chamado cilindro. Para a 
combustão é utilizada a mistura oxigênio X combustível. 
Observação: 
A parte superior do cilindro, onde ocorre a combustão, é denominada câmara de 
combustão. 
O motor térmico de combustão interna apresenta órgãos (peças) que não se movimentam 
(órgãos fixos) e órgãos (peças) que se movimentam (órgãos móveis). 
 
2.3. Órgãos Fixos 
(aqueles que não se movimentam) 
 
A) BLOCO DO MOTOR OU BLOCO DE CILINDROS: parte mais pesada do motor, 
fabricada, geralmente, em ferro fundido e que serve para alojar os cilindros e prender 
grande parte dos órgãos anexos. 
Tipos de bloco: o tipo de bloco varia de acordo com a posição dos cilindros; são eles: 
I. em linha: cilindros assentados em linha e em posição vertical (mais usado nos veículos 
atuais); 
II. em V: cilindros dispostos em dois planos que formam um “V”; 
III. boxer: cilindros horizontalmente opostos; 
IV. radial: cilindros em vários planos em forma de estrela (usados em aviões, veículos de 
combate etc.). 
B) CABEÇOTE OU TAMPÃO: parte superior do motor, parafusado no bloco. Em seu 
interior encontramos a câmara de combustão (ou câmara de explosão) onde a mistura ar 
X combustível é queimada. No cabeçote estão alojadas as válvulas e velas (ou bicos 
injetores – se o veículo for movido a óleo diesel). 
 
 
 
18
C) CÁRTER: parte inferior do motor. É onde se concentra o óleo lubrificante (no cárter há 
um bujão que possibilita o total escoamento do óleo – no momento da troca, feita, em 
geral, a cada 5.000 km (cinco mil quilômetros)). 
D) CILINDROS OU CAMISAS: peças cilíndricas, de aço especial, com a parte interna 
polida, onde a mistura (ar X combustível) é admitida, comprimida e queimada. 
Os cilindros são prensados dentro do bloco do motor e servem para guiar os êmbolos 
(pistões) em seus movimentos, sempre retilíneos, de vai e vem. A pequena parte superior 
do cilindro se localiza no cabeçote do motor e é chamada de câmara de combustão – 
local onde ocorre a combustão da mistura ar X combustível. O diâmetro interno do cilindro 
e o curso (trajeto) do pistão definem a cilindrada do motor. Devido a alta temperatura a 
que são submetidos, os cilindros devem ser refrigerados a ar ou a água – daí a 
importância do sistema de refrigeração. 
E) MANCAIS FIXOS: peças de aço parafusadas na parte inferior do bloco do motor, 
servindo para prender a árvore de manivela (virabrequim). Também são conhecidos por 
“casquilhos fixos”. 
F) JUNTAS DE VEDAÇÃO: vedam as partes do motor. As juntas podem ser de amianto 
(localizada entre o cabeçote e o bloco) e de cortiça (localizadaentre o bloco e o cárter). 
 
 
 
2.4. Órgãos Móveis 
(aqueles que se movimentam dentro do bloco do motor) 
 
A) ÊMBOLO OU PISTÃO: peça móvel, acoplada à biela, que se desloca no interior do 
cilindro. A pressão (produzida pela inflamação da mistura ar X combustível) exercida na 
cabeça do pistão faz com que ele se movimente linearmente no interior do cilindro. 
O trajeto do êmbolo (pistão), no interior do cilindro, é denominado “curso do êmbolo” e 
suas posições são: ponto morto superior (PMS) e ponto morto inferior (PMI). O êmbolo 
apresenta menor diâmetro na parte superior para compensar a dilatação provocada pelo 
calor das sucessivas explosões. 
 
 
 
19
Observações: 
O êmbolo (ou pistão) possui 3 (três) ranhuras horizontais para receber os “anéis de 
segmento” que servem para evitar a perda de compressão no interior do cilindro e 
impedir a queima de óleo lubrificante – os anéis ajustam o pistão no cilindro. 
Os anéis são: 
- de compressão – veda a câmara de combustão para melhor aproveitamento da 
energia gerada com a queima da mistura ar x combustível; 
- raspador de óleo – raspa o óleo lubrificante do interior do cilindro; 
- de lubrificação – lubrifica o interior do cilindro deixando, por ele, uma película de 
óleo. 
 
 
B) BIELA: serve para prender o pistão na árvore de manivela (virabrequim). 
A biela possibilita a transformação dos movimentos retilíneos do pistão em movimentos 
de rotação contínua da árvore de manivela (virabrequim). A biela é acoplada à árvore de 
manivela por meio dos mancais móveis. 
Observação: 
O número de pistões e de bielas é proporcional ao número de cilindros, ou seja, 4 
(quatro) cilindros = 4 (quatro) pistões e 4 (quatro) bielas. 
C) MANCAIS MÓVEIS: servem para acoplar a biela na árvore de manivela. Também são 
conhecidos por “casquilhos móveis”. 
D) PINO DO ÊMBOLO: serve para prender o pistão na biela. 
E) ÁRVORE DE MANIVELA (VIRABREQUIM): é a peça vital de coordenação dos tempos 
do motor e da captação do trabalho útil do motor. Tem, também, a função de movimentar 
as peças dos órgãos de comando. O virabrequim fica preso ao bloco do motor pelos 
mancais fixos. Na parte da frente do virabrequim há uma engrenagem de movimentação 
 
 
 
20
da árvore de comando das válvulas e do comando do distribuidor (sem-fim). Na parte de 
trás do virabrequim localiza-se o volante do motor. 
F) VOLANTE DO MOTOR: peça circular, pesada, que auxilia no equilíbrio dos 
movimentos do virabrequim. Do volante do motor sai o movimento para as rodas do 
veículo (o conjunto de embreagem, que pertence ao sistema de transmissão, é acoplado 
ao volante do motor). 
“O movimento dos pistões (geralmente 4) gira o virabrequim que, por sua vez, gira o 
volante do motor que, por sua vez, gira o disco de embreagem – que, juntamente com as 
demais peças do sistema de transmissão, levam a força do motor para as rodas”. 
 
 
Sabemos que os pistões se movimentam dentro dos cilindros – movimento do pistão é o 
espaço que ele percorre do “ponto morto superior” ao “ponto morto inferior” (e vice-versa). 
Como se dá esse movimento? 
Consideremos um motor de 4 (quatro) cilindros (que é o mais comum); os 4 (quatro) 
pistões estão presos à mesma manivela (virabrequim). Portanto, se um pistão se 
movimenta, os outros se movimentarão. 
O movimento de um pistão ocorre devido a uma explosão que acontece sobre ele (na 
câmara de combustão) – que o pressiona e o faz se deslocar de uma extremidade do 
cilindro para a outra. Porém, para que haja a explosão, a mistura ar X combustível deverá 
entrar na câmara de combustão e ser comprimida – daí vem a necessidade dos pistões 
se moverem simultaneamente, pois cada um estará em um determinado tempo, 
realizando uma determinada função, quais sejam: 
“admissão, compressão, combustão (explosão) e escapamento (escape).” 
 
2.5. Tempos do Motor 
 
Em cada cilindro acontece um tempo do motor. 
 
 
 
 
 
21
 
 
 
Admissão – a válvula de admissão se abre, a de escapamento permanece fechada, o 
pistão desce e o gás entra na câmara de combustão (o virabrequim gira 180º - meia 
volta). 
Compressão – as válvulas permanecem fechadas, o pistão sobe e comprime o gás (o 
virabrequim gira 180º - meia volta). 
Explosão – as válvulas permanecem fechadas, a vela solta faísca, ocorre a explosão e o 
pistão desce (o virabrequim gira 180º - meia volta). 
Escape – a válvula de admissão permanece fechada, a de escapamento se abre, o pistão 
sobe e o gás queimado sai da câmara de combustão (o virabrequim gira 180º - meia 
volta). 
Sendo assim, sempre um dos cilindros estará no tempo de “combustão” e essa 
combustão (que ocorre alternadamente em cada um dos cilindros) é que faz com que os 
outros 3 (três) pistões se movimentem no cilindro (pois o virabrequim vai mexer) e 
realizem os demais tempos do motor (admissão, compressão e escapamento). 
Portanto: 
• em cada cilindro ocorrem os 4 (quatro) tempos; 
• nos 4 (quatro) cilindros ocorrem alternadamente e simultaneamente os 4 (quatro) 
tempos, ou seja: enquanto um cilindro está no tempo de admissão, o outro está no tempo 
de compressão, o outro está no tempo de combustão e o outro está no tempo de 
escapamento. 
Em cada cilindro há 1 (uma) vela e 2 (duas) válvulas (admissão e escapamento). Assim, 
em um motor de 4 (quatro) cilindros há 4 (quatro) velas e 8 (oito) válvulas. Há motores de 
4 (quatro) cilindros que apresentam 4 (quatro) válvulas em cada cilindro (duas de 
admissão e duas de escapamento) – são os famosos motores de 16 (dezesseis) válvulas. 
No motor a gasolina e a álcool, a ignição se dá por centelha (faísca produzida pela vela) e 
a formação da mistura ar X combustível se realiza de fora do cilindro – no carburador ou 
 
 
 
22
na unidade de comando eletrônico (se o veículo for de injeção eletrônica). Esse motor é 
conhecido por motor de ciclo Otto. 
No motor a diesel a ignição se dá por meio da injeção, em alta pressão, de combustível 
(óleo diesel) diretamente na câmara de combustão. Desse modo, a formação da mistura 
ar X combustível ocorre dentro do cilindro. Esse motor é conhecido por motor de ciclo 
Diesel. 
Vimos que as válvulas (admissão e escapamento) devem abrir no momento correto: no 
tempo de admissão (em que abre a válvula de admissão para a entrada da mistura 
explosiva) e no tempo de escapamento (em que abre a válvula de escapamento para a 
saída dos gases queimados). 
As válvulas e todo o seu mecanismo de acionamento recebem o nome de “órgãos de 
distribuição do motor” ou “órgãos de comando”. 
 
2.6. Órgãos de Comando 
 
As peças que compõem os órgãos de comando são: 
A) árvore ou eixo de comando de válvulas (árvore de ressaltos); 
B) tuchos com hastes; 
C) balancins; 
D) válvulas. 
 
 
Para cada válvula existe um ressalto no eixo de comando que, por meio dos tuchos, 
hastes e balancins, abrirão e fecharão as válvulas no momento correto. Para que as 
válvulas possam abrir e fechar no momento correto, o eixo de comando de válvulas é 
sincronizado com o virabrequim (ambos ligados por uma correia – conhecida por “correia 
dentada”). O eixo de comando de válvulas também é responsável pelo movimento de 
todos os demais órgãos de comando: 
 
 
 
23
- a bomba de óleo lubrificante; 
- a bomba de combustível; 
- o distribuidor. 
Para que o motor possa funcionar são necessários 4 (quatro) sistemas: sistema de 
alimentação, sistema de ignição, sistema de lubrificação e sistema de arrefecimento 
(refrigeração). 
 
2.7. Sistema de Alimentação 
 
Conduz o combustível (que está no tanque) e o ar atmosférico (oxigênio) até a parte 
superior do cilindro – câmara de combustão. 
Peças: 
Tanque de Combustível: armazena o combustível. 
Tubulações: tubos de cobre que conduzem o combustível do tanque ao carburador (ou 
unidade de comando eletrônico). 
Bomba de Combustível: dá pressão no combustível para que ele possa sair do tanque e 
chegar ao carburador (ou unidade de comando eletrônico). Seu funcionamento é 
mecânico. 
Filtro de Ar:filtra o ar que será misturado ao combustível. 
Filtro de Combustível: filtra o combustível que será misturado ao ar. 
Carburador: realiza a mistura explosiva: ar X combustível. 
Tubo ou Coletor de Admissão: conduz o gás (mistura explosiva) do carburador até a 
câmara de combustão. 
 
 
 
 
 
 
24
Observação: 
A octanagem do combustível representa o seu poder antidetonante, ou seja, a 
capacidade da mistura gasosa resistir a elevadas pressões sem entrar em 
combustão espontânea. 
Funcionamento: a bomba suga o combustível que, por meio das tubulações, chega ao 
carburador e se mistura com o ar, formando um gás. Por meio do coletor de admissão, o 
gás sai do carburador e entra na câmara de combustão – onde explodirá. 
 
Observações: 
• Injeção eletrônica: atualmente grande parte dos veículos, a gasolina e a álcool, 
utilizam a injeção eletrônica de combustível, que é um sistema de alimentação 
controlado por uma unidade de comando eletrônico. Este sistema calcula, 
automaticamente, a quantidade de combustível necessária para o funcionamento 
do motor. Isto permite o controle da mistura ar X combustível com melhor 
performance na combustão, redução da emissão de gases poluentes, facilidades 
nas partidas do motor e eliminação do afogador e do carburador. 
• A mistura ideal para o motor funcionar perfeitamente bem é denominada mistura 
ótima. Será ótima quando se encontrar na seguinte proporção: 
veículo a gasolina: 15/01 (quinze partículas de oxigênio para uma de gasolina); 
veículo a álcool: 09/01 (nove partículas de oxigênio por uma de álcool). 
• Se a quantidade de ar for maior do que a indicada anteriormente, a mistura será 
considerada pobre ou muito pobre. Se a quantidade de ar for menor do que a 
indicada acima, a mistura será considerada rica ou muito rica. Esses tipos de 
mistura impossibilitam o correto funcionamento do motor. 
• A gasolina líquida não queima. Para queimar, é necessário que ela esteja sob 
forma de vapor. Por isso, é necessário que o combustível seja otimizado, diluído no 
comburente para ser dividido em minúsculas partículas – vaporizando-se e 
queimando-se totalmente. 
 
 
 
25
• Nos veículos a diesel o carburador é substituído pela bomba injetora – não há 
produção de gás, pois o próprio combustível é injetado na câmara de combustão (a 
mistura ar X combustível ocorre dentro da câmara de combustão). 
• Atualmente, os veículos apresentam sistema de alimentação flex (flex fuel, 
bicombustível, total flex) e multicombustível. 
 
2.8. Sistema de Ignição 
 
Produz faísca por meio da vela de ignição. 
Peças: 
1 - Bateria: acumulador de energia. 
2 - Chave de Ignição: aciona todos os elementos que consomem energia. 
3 - Bobina de Ignição: transforma a baixa voltagem da energia, que vem da bateria, em 
alta voltagem. 
4 - Distribuidor: nele está o rotor que distribui a alta voltagem da bobina para as velas de 
ignição. Contém condensador (que aumenta a tensão da energia que vem da bobina) e 
platinado (que abre e fecha o circuito). 
5 - Velas de Ignição: montadas na parte superior do cilindro (câmara de combustão), 
com a função de produzir centelha (faísca) de alta voltagem (cerca de 18000 a 25000 
volts). 
6 - Fios de Alta Voltagem ou Cabos de Ignição: cabos que levam a alta voltagem do 
distribuidor às velas. 
Funcionamento: 
Ao ligar a chave de ignição a energia passa da bateria para a bobina – que aumenta a 
sua voltagem. Da bobina a energia, de alta voltagem, chega até o distribuidor que a 
distribui, alternadamente, para as velas (para que possam soltar faísca e provocar 
explosão dentro da câmara de combustão). 
Observação: 
Ao ligar a chave de ignição, parte da energia vai para o motor de arranque (motor de 
partida). Ao receber a energia, o motor de arranque gira o volante do motor (por 
meio do contato em sua cremalheira) para dar o movimento inicial aos pistões. Isso 
porque é necessário que um dos pistões desça sugando a mistura ar X 
combustível, de forma que no momento em que as velas soltarem as primeiras 
 
 
 
26
faíscas haja gás no interior de pelo menos uma das câmaras de combustão e ocorra 
a primeira explosão (e o motor passe a funcionar sem a necessidade do motor de 
arranque). 
 
 
 
2.9. Sistema de Lubrificação 
 
Evita o desgaste das peças do motor, pois reduz o atrito entre elas. 
Peças: 
1 – Cárter: reservatório do óleo. 
2 – Pescador do óleo: se encontra dentro do cárter e afixado na bomba de óleo. Serve 
para sugar o óleo do cárter e enviá-lo para o motor – manda para a galeria superior 
(cabeçote), que em seguida desce para o bloco. 
3 – Bomba de óleo: mantém o óleo circulando pelo motor – em seus canais de 
lubrificação. 
4 – Válvula reguladora (interruptor do óleo): regula e indica a pressão do óleo no 
motor. 
5 – Filtro de óleo: elimina as impurezas (resíduos de carvão e partículas metálicas) do 
óleo. O filtro de óleo deve ser trocado junto com o óleo – em geral, a cada 5000 km. 
6 – Canais de lubrificação: orifícios, existentes no cabeçote e bloco, que permitem que o 
óleo circule pelo motor. 
7 – Galeria superior: parte superior do motor (cabeçote) que recebe o óleo enviado pela 
bomba de óleo. 
 
 
 
 
 
 
27
 
 
 
Funcionamento: 
A bomba de óleo, por meio do pescador de óleo, suga o óleo que se encontra 
armazenado no cárter. O óleo, sugado, passa pelo filtro de óleo e sobe até chegar à 
galeria superior (cabeçote). Chegando à galeria superior, o óleo alcança os canais de 
lubrificação e desce pelo bloco. Ao passar pelo bloco, o óleo lubrifica as peças internas do 
motor e em seguida cai novamente no cárter – recomeçando todo o processo. 
 
2.10. Sistema de Arrefecimento ou 
Refrigeração 
 
Evita o superaquecimento do motor, para não fundir. Esse sistema mantém as peças do 
motor em uma temperatura relativamente baixa: 75º a 80º C. 
Tipos de refrigeração: a água e a ar. 
 
2.10.1. Refrigeração a Água 
 
Peças: 
Radiador: refrigera a água que vem quente do motor. 
Reservatório de Compensação: mantém o nível de água no radiador. Atualmente, 
existem fluidos anticorrosivos recomendados para serem colocados no reservatório de 
compensação (misturando com a água), para maior conservação das peças do sistema 
de refrigeração. 
Bomba de Água: mantém a água circulando no sistema de arrefecimento. 
Ventilador: é acionado (por sensores de temperatura) quando a pressão de vento que o 
veículo recebe, em sua dianteira, não é suficiente para refrigerar a água que está no 
radiador. Assim, o ventilador provoca a passagem de ar pelo radiador, esfriando a água. 
 
 
 
28
Válvula Termostática: regula a temperatura ideal da água para um bom funcionamento 
do motor. 
Mangueiras: transporta a água do radiador para o motor e do motor para o radiador. 
Câmara de Água ou Canais de Arrefecimento: orifícios existentes no cabeçote e no 
bloco, que permitem que a água passe dentro do motor, para refrigerá-lo. 
Funcionamento: 
No interior do motor existem canais de arrefecimento, cheios de água. Quando o motor 
começa a funcionar, a água, em seu interior, vai se esquentando. Essa água quente sai 
do motor e, por meio de mangueiras, é conduzida até o radiador – que a refrigera. A 
bomba d’água é que a impulsiona para circulação no sistema. 
 
 
 
2.10.2. Refrigeração a Ar 
 
(por ser pouco eficiente, não está sendo mais utilizada nos automóveis nacionais) 
 
Ventoinha – o sistema de refrigeração a ar apresenta essa única peça que tem a função 
de produzir ar (a ventoinha). O ar que ela produz é direcionado diretamente para os 
cilindros do motor. 
Observação: 
Os motores radiais são refrigerados a ar. 
 
2.11. Sistema de Transmissão 
 
Transmite a força do motor para as rodas do veículo. 
Peças: 
Embreagem: conecta e desconecta (por meio do disco de embreagem) o motor ao 
sistema de transmissão. Permite unir o motor em rotação a uma transmissão parada. 
 
 
 
29
Observação: 
Pisando no pedal da embreagem o disco de embreagem desencosta do volantedo 
motor; tirando o pé da embreagem o disco de embreagem encosta no volante do 
motor. Portanto, para jogar a força do motor para as rodas é necessário que o 
condutor do veículo solte o pedal da embreagem. 
 
 
Caixa de Câmbio (caixa de transmissão, caixa de marcha): serve para aumentar e 
diminuir a velocidade do veículo e possibilitar as manobras com utilização da marcha à ré. 
Alavanca de Câmbio: permite que o condutor troque de marcha. 
Eixo Cardan ou Árvore de Transmissão: usado em veículos com tração traseira e motor 
na frente. Serve para levar a força do motor, que está na frente do veículo, para o 
diferencial, que se encontra atrás do veículo. 
Diferencial: produz uma mudança, em ângulo reto, na direção da força, e direciona a 
força até as rodas, por meio dos semieixos. 
Servem também para compensar as diferenças de velocidade das rodas, nas curvas. 
Semieixo ou Semiárvore: conduz a força que sai do diferencial até as rodas. 
Juntas Homocinéticas: servem para transmitir a força, que se encontra nos semieixos, 
às rodas de forma constante, sem variações e vibrações. 
 
TIPOS DE TRANSMISSÃO: 
 
 
 
 
30
Mecânica – o condutor seleciona e faz a troca de todas as marchas, manualmente – tem 
sistema de embreagem convencional. 
Semiautomática – o condutor apenas seleciona as mudanças de marcha – não tem 
sistema de embreagem convencional. 
Automática – as marchas são selecionadas e trocadas automaticamente, de acordo com 
a velocidade do veículo e com a utilização do acelerador – não tem sistema de 
embreagem convencional. 
 
2.12. Sistema de Suspensão 
 
Reduz as trepidações que resultam do contato das rodas com o solo, além de 
proporcionar segurança, pois compreende todos os elementos que participam da 
estabilidade e da firmeza do veículo. 
Tipos: 
• De eixo rígido – as rodas (direita e esquerda) são ligadas, transversalmente, por uma 
peça rígida (eixo) que as tornam dependentes uma da outra. 
• De eixos (ou rodas) independentes – cada roda é ligada ao chassi por sistema de 
braços articulados, no sentido vertical. É mais segura, pois a passagem de uma das rodas 
por um obstáculo, por ser independente das outras rodas, não causa desvio lateral e o 
veículo permanece em sua trajetória. 
• Pneumática – baseia-se na elasticidade dos gases comprimidos em uma câmara. Faz 
com que a altura do veículo permaneça constante em relação ao solo. 
Peças: 
 
Eixo Dianteiro: principal peça da suspensão dianteira, onde serão agregadas as demais 
peças. 
Amortecedor: absorve os impactos e as vibrações causadas pelas irregularidades das 
vias, além de manter o veículo o mais estável possível. 
Molas (helicoidais): dão, ao veículo, suavidade de rodagem. 
Braços Oscilantes: absorvem as irregularidades da via, em cada roda em separado. 
Estabilizador: diminui a tendência ao balanço do veículo e dá mais estabilidade. 
Manga de eixo: ponta do eixo, aonde vai o cubo de freio e da roda. 
Ponteiras (Pivô): ligam os braços oscilantes nas mangas de eixo. 
 
 
 
31
Batentes: evitam atritos entre as peças do sistema de suspensão. 
Eixo Traseiro: principal peça da suspensão traseira. 
Rodas e Pneus. 
 
 
Observações: 
É importante que o condutor faça o balanceamento e o alinhamento das rodas de 
seu veículo. O alinhamento e o balanceamento das rodas são fundamentais para a 
garantia de uma maior vida útil dos pneus e a segurança dos passageiros e do 
condutor do veículo. 
O balanceamento (compensação feita para equilibrar o conjunto pneus e rodas, que 
consiste na aplicação de contrapesos de chumbo na roda) evita vibrações 
(trepidações) no volante, perda de estabilidade do veículo e desgaste irregular dos 
pneus. Portanto, deve ser feito sempre que o pneu for desmontado da roda (para o 
conserto), na troca do pneu por um novo, quando o volante apresentar vibrações, 
no caso de desgaste irregular dos pneus e nas manutenções preventivas (a cada 
10.000 km). 
O alinhamento (correção dos ângulos na suspensão e direção – pivôs e terminais) 
também proporciona maior estabilidade e dirigibilidade do veículo, além de evitar o 
desgaste irregular e prematuro dos pneus. É aconselhável nos casos de troca dos 
pneus, no seu desgaste irregular ou prematuro, quando o veículo estiver “puxando” 
para um dos lados, ao realizar o rodízio dos pneus e nas revisões (a cada 10.000 
km). 
No alinhamento é verificada a “geometria da suspensão”, onde se averigua 
cambagem, divergência e convergência das rodas. 
Cambagem: inclinação da roda do veículo em relação ao plano horizontal do solo. 
Quando a parte superior da roda estiver inclinada para fora a cambagem será 
considerada positiva. Quando a parte superior da roda estiver inclinada para dentro 
a cambagem será considerada negativa. A cambagem deve estar dentro dos valores 
estabelecidos pelo fabricante do veículo, pois caso esteja fora dos valores originais 
poderá ocorrer perda de estabilidade do veículo, desgaste irregular dos pneus, 
aumento de consumo de combustível, perda da dirigibilidade, dentre outros 
 
 
 
32
problemas. A leitura do “ângulo de camber” faz parte da geometria da suspensão, 
utilizada para o adequado alinhamento da suspensão de um veículo. 
 
 
Divergência: é quando a distância entre a parte anterior das rodas (do lado 
esquerdo e direito) é maior do que a distância da parte posterior dessas mesmas 
rodas. Olhando o veículo, de frente, notamos que a roda do lado direito e a roda do 
lado esquerdo ficam viradas para dentro. 
 
 
Convergência: é quando a distância entre a parte posterior das rodas (do lado 
esquerdo e direito) é maior do que a distância da parte anterior dessas mesmas 
rodas. Olhando o veículo, de frente, notamos que a roda do lado direito e a roda do 
lado esquerdo ficam viradas para fora. 
 
 
O ângulo de giro das rodas deve ser o especificado pelo fabricante, pois caso 
esteja fora das recomendações os pneus podem se arrastar nas curvas, causando 
 
 
 
33
desgaste irregular dos mesmos, perda de estabilidade e perda da dirigibilidade do 
veículo. 
2.13. Sistema de Direção 
 
Transmite os movimentos do volante para as rodas dianteiras, direcionando o veículo. A 
direção é um dos mais importantes componentes de segurança do veículo, um dos 
responsáveis pela dirigibilidade. 
Peças: 
Volante de Direção: direciona o veículo. 
Árvore da Direção (Coluna da Direção): faz a ligação do volante à caixa de direção. 
Caixa de Direção (Setor de Direção): recebe todo o comando do volante e o transfere 
para as rodas, oferecendo, junto com o sistema de suspensão, alinhamento ao veículo e 
absorção de impactos. 
 
 
Observação: 
Atualmente, inúmeros veículos são equipados com caixa de direção hidráulica – o 
que torna o volante mais leve para virar, melhorando a dirigibilidade e o conforto 
aos condutores. É necessário, neste caso, que o condutor esteja atento no nível de 
óleo (no reservatório de óleo para direção hidráulica). 
Barras da Direção: faz ligação da caixa de direção com as rodas, por meio das ponteiras. 
Estabilizador de Direção: dá maior estabilidade direcional ao veículo. 
Rodas e Pneus. 
Observação: 
Folgas no sistema de direção fazem o veículo “puxar” para os lados, podendo levar 
o condutor a perder o seu controle. 
 
 
 
34
 
2.14. Sistema Elétrico 
 
Gera e armazena toda energia que será utilizada pelo veículo. 
Peças: 
Bateria: tem a função de armazenar a energia gerada pelo gerador (alternador) e fornecê-
la às peças e aos dispositivos que necessitarem. 
 
 
Observação: 
Os polos da bateria podem apresentar oxidações, fazendo com que a energia deixe 
de ser transmitida. O condutor deve fazer a limpeza dos polos oxidados utilizando 
bicabornato de sódio (diluído em água), “laranjinha capeta” ou limão. 
Gerador, Alternador ou Dínamo: transforma a energia mecânica em energia elétrica, 
que será armazenada pela bateria. 
Regulador de Voltagem (Relé): controla a tensão elétrica do gerador (alternador). 
Motor de Arranque: aciona o volantedo motor proporcionando o movimento inicial do 
motor. 
Caixa de fusível: os fusíveis impedem a passagem de excesso de corrente elétrica, 
impedindo assim que os componentes do sistema se queimem. 
Observações: 
No sistema elétrico entram todas as demais peças envolvidas com energia, tais 
como: distribuidor, velas, bobina, farol, setas, buzina, som, limpador de para-brisa 
etc. 
No sistema elétrico está contido o sistema de iluminação do veículo que é fundamental 
tanto para o condutor enxergar bem o seu trajeto como para ser visto por todos os outros 
usuários da via – garantindo, assim, a segurança no trânsito. 
 
 
 
35
 
2.15. Sistema de Escapamento 
 
Reduz o nível de poluição do ar e sonora emitido pelos veículos. 
Peças: coletor de escapamento, tubo de descarga (escapamento), conversor catalítico 
(catalisador), silenciador de ruído do motor. 
 
 
 
2.16. Sistema de Freio 
 
Permite reduzir a velocidade e imobilizar o veículo. O sistema de freio se desgasta com o 
uso do veículo e tem sua eficiência reduzida. 
Peças: 
Pedal de Freio: peça que aciona todo o sistema de freio. 
Tirante: conduz a pressão da força utilizada pelo condutor, ao pisar no pedal de freio, até 
o cilindro mestre. 
Cilindro Mestre: converte a força aplicada ao pedal de freio em pressão hidráulica, que é 
transmitida a todo o sistema, de maneira uniforme, por meio do fluido de freio. 
Fluido de freio: óleo de freio. 
Conduíte: conduz o fluido de freio para os cilindros auxiliares. 
Cilindro Auxiliar: encontrado próximo às rodas; recebe o fluido de freio, aumenta sua 
pressão e aciona as sapatas ou pinças, com as lonas ou pastilhas de freio. 
Disco de Freio: recebe o atrito das pastilhas para imobilização ou parada do veículo. 
 
 
 
36
Sapatas com Lonas de freio (freio a tambor): peças que acionam as rodas por meio do 
tambor de freio. 
Pinças com Pastilhas de freio (para freio a disco): peças que acionam as rodas por 
meio do disco de freio. 
Tambor e Disco: peças finais do sistema de freio que permitem a imobilização ou 
redução da velocidade do veículo. 
 
 
Observação: 
Freio a disco: a pressão hidráulica fecha as pinças que pressionam as pastilhas no 
disco de freio. Freio a tambor: a pressão hidráulica abre os patins que pressionam 
as lonas no tambor de freio. 
 
2.17. Pneu 
 
Para maior segurança e resistência, os pneus são compostos de vários componentes. 
São eles: 
Talões: cabos de aço, revestidos de cobre (para evitar oxidação), que servem para 
manter o pneu fixado no aro da roda. 
Carcaça: é a armadura do pneu, composta de lonas e fibras (cordonéis) de poliéster, 
nylon ou aço. Serve para reter o ar (sob pressão) que suporta o peso total do veículo. A 
carcaça determina o formato do pneu e a sua resistência às deformações. 
Observação: 
As fibras podem estar dispostas em posição transversal (pneu radial), em posição 
oblíqua (pneu diagonal) ou em posição paralela (pneu cinturado), em relação à 
banda de rodagem do pneu. 
Flancos: envolvimento da carcaça, que lhe fornece a rigidez necessária. 
 
 
 
37
Cintas Estabilizadoras: feixe de cintas que são dimensionadas para suportar o peso da 
carga, quando o pneu estiver em movimento. 
Parede Lateral: parte da carcaça que vai da banda de rodagem aos talões. 
Banda de Rodagem: parte de borracha que entra em contato com o solo. 
Sulcos ou Frisos: desenhos ou texturas, da banda de rodagem, que possibilita a tração, 
segurança e conforto, ao transitar. Os sulcos permitem que a banda de rodagem se 
agarre firmemente à superfície da pista e drene a água e outros materiais nela existentes. 
Ombro: parte da banda de rodagem que serve como apoio do pneu nas curvas e 
manobras. 
Com o tempo, pela ação do oxigênio do ar atmosférico, os pneus se deterioraram e sua 
borracha passa a não apresentar mais a resistência necessária à utilização. Por isso, 
dentre os fabricantes de pneu, ficou estabelecido que o seu prazo de validade fosse de 5 
(cinco) anos. 
Para que o estepe também seja utilizado (pois, após 5 (cinco) anos ele vencerá, mesmo 
estando aparentemente bom) e para que haja um desgaste por igual entre todos os pneus 
do veículo, é importante que seja feito o rodízio.

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