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GABARITO E COMENTÁRIOS
QUESTÕES DE PORTUGUÊS
01) LETRA B
Toda a música traz essa ideia de contraste, de oposição:
enquanto ele é arredio (afastado; foge do convívio social),
ela é expansiva (comunica-se bem com os outros);
enquanto ele segue as regras, ela vem na contramão; ele
é do subúrbio, ela é do litoral; ele vai com roupas casuais,
ela usa roupas refinadas (scarpin, soarée); ele vive num
estado de nostalgia (apego ao passado), ela vive o omento
presente (contemporânea); ele planeja as próprias
atitudes (pensa em tudo que faz), ela age natural, por
instinto (espontânea).
Essa ideia está resumida na alternativa "B", que é a
opção correta: Personalidades de valores e princípios
distintos.
O termo "distintos" significa, nesse contexto, diferentes.
02) LETRA C
Os termos "escancaro" (aberto) e "contido" (reprimido,
fechado) possuem sentidos opostos, portanto temos aqui
um exemplo de antítese, que é a aproximação de palavras
ou expressões com sentidos contrários. Vejamos outros
exemplos:
Ex: Entre vitórias e derrotas, o time conquistou uma boa
colocação no campeonato.
Ex: Marisa lidava diariamente com a vida e a morte
naquele hospital.
03) LETRA D
QUANDO: Pessoal, a combinação "QU" apenas
representa um único fonema quando seguido de "e" ou
"i", casos em que teremos dígrafo. Na palavra "quando",
o "QU" não é dígrafo. Mas temos aqui o dígrafo vocálico
"AN", que representa um único fonema.
Assim, a palavra possui 6 LETRAS E 5 FONEMAS.
RESPEITO: Cada letra representa um fonema, e apenas
um. Assim, a palavra possui 8 LETRAS E 8 FONEMAS.
CAPACHO: Aqui temos o dígrafo consonantal "CH", que
representa um único fonema. A palavra possui 7 LETRAS
E 6 FONEMAS.
04) LETRA D
Incorreta. Correção: de - mais / su - mi - dou - ro.
05) LETRA A
Incorreta. O termo "catavento" está na grafia antiga. Com
o Novo Acordo Ortográfico, o correto passou a ser: cata-
vento. Usamos hífen nas palavras compostas cujo
primeiro elemento tenha natureza verbal. Exemplos:
tapa-olho, cata-vento, guarda-roupa, lava-louça, guarda-
chuva, conta-gotas, etc.
06) LETRA B
Esta questão envolve conhecimento semântico (sentido
de termos e expressões em determinado contexto).
Devemos indicar o melhor significada para o termo
indicado abaixo, considerando o contexto:
Mas quando ataco de macho,
Você se faz de capacho
E não quer confusão.
Em sentido denotativo (literal), o capacho é um tapete.
No caso do trecho destacado, esse sentido de "tapete"
não seria adequado, já que a música se refere a duas
pessoas.
A música apresenta comportamentos opostos das duas
pessoas em uma discussão ou em uma briga: quando ele
adota uma atitude forte, mais agressiva ("ataca de
macho"), ela se mostra humilde, submissa, para evitar
confusão e dar fim à briga. O termo "capacho" refere-se,
portanto, a uma pessoa servil (alternativa "B" - correta),
subserviente, submissa.
07) LETRA D
Devemos indicar o único elemento destacado que não
funciona como OBJETO DIRETO. O objeto direto é o
elemento que complementa o sentido de um verbo sem
o auxílio de preposição. Esse elemento liga-se a verbos
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos.
Analisando as frases, percebemos que o único elemento
que NÃO completa o sentido de um verbo está
na alternativa "D":
"Você é litorânea..."
O objeto direto completa verbos que indicam ação. Nesse
caso, temos um verbo de ligação, que expressa estado, e
não ação. São geralmente verbos de ligação: ser, estar,
parecer, ficar, continuar, etc.
O termo "litorânea" é PREDICATIVO DO SUJEITO,
elemento que qualifica o sujeito e forma predicados
nominais, acompanhando verbos de ligação. Assim,
temos o seguinte:
Você: sujeito
é: verbo de ligação
litorânea: predicativo do sujeito
As demais alternativas estão incorretas porque destacam
objetos diretos:
a) “Eu sinto muita saudade...”
A expressão em negrito é objeto direto que completa o
sentido do verbo transitivo direto "sentir" (sentir alguma
coisa).
b) “...Teu girassol tem de fora o escondido do Engenho
de Dentro da flor.”
Aqui temos um objeto direto que completa o verbo
transitivo direto "ter" (ter alguma coisa).
c) “Nós não ouvimos conselho...”
Nesse caso, o objeto direto completa o sentido do verbo
transitivo direto "ouvir" (ouvir alguma coisa).
08) LETRA A
A linguagem coloquial é aquela espontânea, que usamos
numa conversa entre amigos, por exemplo. Caracteriza-
se pelo uso de gírias e formas contraídas (pra, tô, etc.).
Esse é o tipo de linguagem mais associado à fala,
justamente por causa da espontaneidade característica
dessa variação. Além disso, na linguagem coloquial não
existe a mesma preocupação com a observância rigorosa
da norma culta, ao contrário do que ocorre na linguagem
formal.
Observem que, na alternativa "A", a construção "Cê tem
um jeito verde de ser" traz o termo "Cê", que é uma
forma contraída de "você". Essa é uma construção típica
da linguagem coloquial oral, portanto esta é a
alternativa correta.
09) LETRA B
A questão envolve a interpretação de uma charge, que
contém imagens e textos curtos. O objetivo geralmente é
fazer uma crítica com tom humorístico ou sarcástico. Para
entendermos a charge, devemos analisar o texto e a
imagem juntos.
Devemos indicar a que a charge se refere. Pessoal, a
imagem traz um computador com o símbolo do Google,
portanto é como se o Google conversasse com Deus,
recomendando-lhe que se atualize para cativar as
próximas gerações.
Assim, a charge faz uma referência à necessidade de
usarmos internet nos dias atuais
(alternativa "B" - correta).
10) LETRA C
O autor explica que nós dependemos da natureza; e ela,
de nós. Nosso organismo é formado por elementos que
compõem a natureza, por isso mantemos essa relação
estreita com o meio natural.
11) LETRA A
CORRETO. O autor parte da seguinte ideia: o organismo
humano mantém uma íntima relação com a natureza,
pois é formado por elementos que a compõem. Ao longo
do texto, o autor aponta vários exemplos dessa
afirmação, traçando um comparativo entre homem e
natureza. Vamos ver?
Trecho: "O mais fundamental dos elementos está
presente em nosso corpo na mesma proporção em que
aparece no globo terrestre. As lágrimas que
derramamos de dor ou de alegria tem o sabor dos
oceanos.
A água do mar tem quase a mesma consistência do soro
fisiológico. Em nosso sangue carregamos a terra,
pulverizada nos sais minerais, que vitalizam tecidos e
órgãos. Ferro, cálcio, manganês, zinco, que jazem nas
profundezas do solo, correm pelas nossas veias.
[...] Nossa principal fonte de energia é o ar.
[...] Enchemos os pulmões de oxigênio e devolvemos gás
carbônico para a atmosfera. Esse gás é absorvido pelas
espécies vegetais, que através da fotossíntese, devolvem
generosamente, oxigênio. Como se vê, interagimos
intensamente com o meio natural. Nos confundimos com
esse meio ambiente. Somos parte dele e ele de nós."
12) LETRA B
O quinto parágrafo traz alguns exemplos de atitudes
(ligadas a nossos "afazeres mais urgentes") que
prejudicam nossa conexão com a natureza que nos cerca.
O sexto parágrafo refere-se aos prejuízos disso: "Será
coincidência que o avanço da destruição da natureza se
dá na mesma velocidade com que registramos o
crescimento das estatísticas de depressão e suicídio?".
13) LETRA B
O autor afirma que o envolvimento em afazeres
cotidianos considerados mais urgentes acaba afastando o
ser humano da essência da vida, da natureza, das coisas
que mais importam.
Vejamos o trecho que traz essa ideia: "Esquecemos de
nos conectar ao que empresta sentido à vida, que é a
própria vida em essência, com um imenso repertório de
ensinamentos. Assim, deixamos de olhar para o céu e
perceber como está o tempo, perder alguns segundos
admirando o esplendor de uma manhã ensolarada, o
prazer do vento que desgrenha os cabelos trazendo alívioe frescor, o horizonte sem limites do mar azul, a
imponência das montanhas, o brilho cintilante de uma
estrela que atravessa milhões de quilômetros na
velocidade da luz, e que depois de driblar as nuvens e a
poluição, aparece no céu sem que percebamos seu
esforço heroico. Mergulhados em afazeres mais urgentes,
nos afastamos de nossa essência."
14) LETRA C
Permansivo significa "que permanece". Como vimos, a
forma verbal "trazemos", nesse contexto, traz uma ideia
de "verdade", de situação que permanece (universal,
condição do ser humano).
15) LETRA A
Essa afirmação não está apoiada em dados científicos ou
em documentos, não tem uma justificativa objetiva.
Trata-se somente de uma opinião do autor.
16) LETRA D
Vejamos as opções incorretas:
a) perda de tempo.
A expressão "perder alguns segundos" não significa que
aquilo seja uma completa perda de tempo. Vimos que o
autor aponta um benefício dessas pequenas atitudes.
b) apropriação de um tempo que se havia perdido.
O autor fala em "gastar tempo", e não em tomar um
tempo perdido de volta (recuperar tempo).
c) que dedicamos o mínimo de tempo àquilo que
realmente tem valor.
O termo "segundos" não representa uma crítica. O texto
não sugere que "perder uns segundos" seja pouco. Na
verdade, o autor destaca que bastam alguns segundos
para que nos aproximemos da essência da vida,
admirando a manhã ensolarada.
17) LETRA D
O adjunto adverbial foi corretamente separado por
vírgula, assim como a oração adjetiva "quando a
humanidade...". A expressão "não por acaso" também foi
adequadamente isolada por vírgula.
18) LETRA D
O ato de "refazer os elos" é a ação concreta mencionada
no trecho. Além disso, o texto afirma que precisamos
perceber que pequenos detalhes considerados pouco
importantes possuem um enorme significado, pois
"encerram as grandes verdades da existência".
19) LETRA C
II. Trecho: "É preciso refazer os elos e perceber com
humildade que as pequenas coisas da vida encerram as
grandes verdades da existência."
Pessoal, expressões como "É preciso", "Convém", "É
necessário", "É importante" e similares podem ser
utilizadas nos textos dissertativos para impessoalizar o
discurso, ou seja, para afastar autor e argumentação
textual.
O problema do item é afirmar que essa oração possui
sujeito indeterminado. Na verdade, o sujeito é oracional,
pois aparece sob a forma de oração: "refazer os elos e
perceber com humildade que as pequenas coisas da vida
encerram as grandes verdades da existência". Todo esse
segmento funciona como sujeito de "É preciso". A ideia é
a seguinte: "isso é preciso".
20) LETRA B
INCORRETA. O sujeito do verbo "ter" é "As lágrimas".
Assim, esse verbo deve flexionar-se na 3ª pessoa do plural
para concordar com "lágrimas" (núcleo do sujeito).
Usamos acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo dos verbos "ter", "vir" e seus
derivados. A forma verbal "tem" está no singular! Assim,
o correto é: As lágrimas que derramamos de dor ou de
alegria têm o sabor dos oceanos.
21) LETRA B
CORRETO. O verbo "conectar" foi empregado como
transitivo direto e indireto (conectar alguém a alguma
coisa). O pronome oblíquo "nos" desempenha a função
de objeto direto. O objeto indireto é "ao que empresta
sentido à vida" (oração subordinada substantiva objetiva
indireta). O termo "ao" é formado por preposição "a"
(exigida pelo verbo) e pronome demonstrativo "o".
Assim, poderíamos substituir "o" por "aquilo" (outro
pronome demonstrativo). A junção entre a preposição
"a" e o pronome "aquilo" exige que seja inserido o sinal
indicativo de crase: a + aquilo = àquilo.
22) LETRA B
NÃO É PRONOME RELATIVO. Trecho: "Assim, deixamos
de olhar para o céu e perceber como está o tempo, perder
alguns segundos admirando o esplendor de uma manhã
ensolarada, o prazer do vento que desgrenha os cabelos
trazendo alívio e frescor, o horizonte sem limites do mar
azul, a imponência das montanhas, o brilho cintilante de
uma estrela que atravessa milhões de quilômetros na
velocidade da luz, e que depois de driblar as nuvens e a
poluição, aparece no céu sem que percebamos seu
esforço heroico."
O "que" em "uma estrela que atravessa" retoma "uma
estrela", portanto esse primeiro "que" é um recurso de
coesão.
Já o "que" em "e que depois de driblar" poderia ser
eliminado sem prejuízos para a correção gramatical ou
para o sentido. Vejamos:
→ o brilho cintilante de uma estrela que atravessa
milhões de quilômetros na velocidade da luz e, depois de
driblar as nuvens e a poluição, aparece no céu...
Viram como o "que" destacado pela alternativa não é
absolutamente necessário? Ele não é indispensável, por
isso não é considerado um referencial que contribui para
a progressão textual. Nesse contexto, devemos
considerar que o "que" destacado é uma partícula
expletiva.
23) LETRA C
I. O período é composto por três orações
justapostas. - INCORRETO.
Cada oração deve ter um verbo ou uma locução verbal, e
somente um(a). O período em destaque tem somente
uma locução verbal e um verbo: "é absorvido" e
"devolvem". Assim, temos somente duas orações. O
segmento "através da fotossíntese" é adjunto adverbial.
II. Em uma das orações, ao paciente da ação verbal é
atribuído o papel de sujeito. - CORRETO.
No segmento "Esse gás é absorvido pelas espécies
vegetais" é uma oração na voz passiva. O elemento "Esse
gás" é sujeito paciente, que sofre a ação de ser absorvido.
O segmento "pelas espécies vegetais" é agente da
passiva, que pratica a ação verbal.
Assim, realmente temos um elemento paciente (com
sentido de passividade) que exerce a função de sujeito.
III. Na última oração do período, a voz reflexiva
demonstra o sujeito como agente e paciente ao mesmo
tempo da ação verbal. - INCORRETO.
A voz reflexiva é aquele em que o sujeito pratica e sofre a
ação ao mesmo tempo. Ex: João olhou-se no espelho.
(João olhou a si próprio)
O período em destaque não tem voz reflexiva. Já vimos
que a locução verbal "é absorvido" está na voz passiva. O
sujeito de "devolvem" é o pronome relativo "que", que
retoma "espécies vegetais". Essa expressão referente
pratica a ação de devolver, portanto temos uma oração
na voz ativa.
24) LETRA A
A) CORRETA. A primeira oração indica que o tempo do
relógio se impõe sobre o tempo natural. A segunda
oração (oração subordinada adjetiva explicativa) indica
que não há angústia nem ansiedade no tempo natural.
Afirmativa correta.
B) INCORRETA. A frase indica que o tempo do relógio não
impede que as coisas aconteçam na hora exata no tempo
natural.
C) INCORRETA. As coisas acontecem no momento certo
no tempo natural, e não no tempo do relógio.
D) INCORRETA. Essa afirmativa extrapola completamente
o sentido da frase, portanto está errada.
25) LETRA B
(V) Demonstra valorizar a emoção que se sobrepõe à
razão.
O grande problema aqui é entender que o verbo
"sobrepor" não significa somente "colocar-se por cima,
como uma preferência". Se considerarmos apenas esse
significado, a afirmativa será falsa, pois o texto não
aponta uma preferência entre a razão e a emoção.
O autor não afirma que a emoção vale mais que a razão,
mas apenas que ele UNE esses dois elementos. E é aí que
entra outro sentido possível para o verbo "sobrepor"!
Esse verbo também pode significar "acrescentar",
"juntar", e é exatamente este o sentido do verbo na
afirmativa. Assim, ela é VERDADEIRA.
Vejamos: "Casar assim o pensamento com o
sentimento – o coração com o entendimento – a ideia
com a paixão".
(F) Estabelece e retoma antigos paradigmas com relação
ao seu modo de vida, fazendo um retorno às suas
antigas memórias.
O trecho está no presente do indicativo: "vivo", "gosto",
"compreendo", "sinto". O autor compartilha um hábito
dele. Não há nesse trecho um retorno a memórias
antigas.
(V) Afirma que a paisagem é responsável por despertar
nele ideias, ou seja, o que é externopode provocar
sentimentos interiores e subjetivos.
Vejamos: "Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar
os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha
alma, reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o
pensamento que me vem de improviso, e as ideias que em
mim desperta a vista de uma paisagem ou do oceano –
o aspecto enfim da natureza."
O autor afirma que "o aspecto da natureza" (a vista de
uma paisagem ou do oceano) desperta ideias nele. Assim,
é correto afirmar que elementos externos (a natureza)
provocam sentimentos no autor.
26) LETRA A
Devemos indicar os motivos da acentuação das palavras
"manganês", "está" e "lágrimas", nessa ordem.
Manganês:palavra acentuada por ser oxítona terminada
em "e(s)". Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s),
e(s), o(s), em, ens: armazém, avó, avô, refém, ninguém,
sofá, etc.
está: palavra acentuada por ser oxítona terminada em
"a".
lágrimas: palavra acentuada por ser proparoxítona (a
sílaba tônica é a antepenúltima). Todas as proparoxítonas
são acentuadas.
27) LETRA B
Devemos encontrar a alternativa que mostra, pela
linguagem utilizada, a diferença social e cultural que
existe entre as personagens. Vamos lá?
a) “que eu vinha fazendo,” (1º§) / “gemia somente estas
únicas palavras:” (1º§)
MESMA LINGUAGEM. Ambos os trechos são do narrador,
que é uma única pessoa. Assim, não podemos falar em
diferença social. Os dois segmentos seguem o padrão
culto da língua portuguesa.
b) “Interrompeu-mas um ajuntamento” (1º§) / “Ainda
hoje deixei ele na quitanda,” (8º§)
LINGUAGENS DIFERENTES. O primeiro segmento é do
narrador e segue a linguagem culta, o que pode ser
claramente observado no termo "interrompeu-mas".
A forma pronominal "mas" praticamente não é utilizada
atualmente, muito menos na linguagem informal. Temos
aqui a combinação dos pronomes oblíquos átonos "me"
(referindo-se ao narrador) e "as" (referindo-se às
reflexões que o narrador fazia naquele momento). A ideia
é a seguinte:
→ Um ajuntamento interrompeu as minhas reflexões.
O segundo segmento é uma fala do rapaz que batia no
outro e representa a linguagem coloquial. A construção
"deixei ele" não observa as regras da norma culta. Nesse
caso, o termo "ele" é um pronome oblíquo tônico! Os
pronomes oblíquos tônicos devem ser empregados
somente depois de uma preposição.
Ex: Entreguei o livro para ele.
Ex: Prometi à minha mãe que iria com ela ao teatro.
Na fala do personagem, o pronome oblíquo tônico "ele"
é empregado como objeto direto que complementa o
verbo "deixar", o que está incorreto. A construção
correta, de acordo com a norma culta, seria:
→ Deixei-o na quitanda.
c) “Cheguei-me; ele deteve-se logo e pediu-me a
bênção;” (5º§) / “— Fez-te alguma cousa?” (7º§)
MESMA LINGUAGEM. As duas falas representa a
linguagem culta, ambas ditas pelo narrador. Merecem
destaque os pronomes oblíquos empregados em posição
de ênclise e a palavra "cousa", forma antiga da palavra
"coisa". Na linguagem informal, principalmente na fala, é
mais comum o uso da próclise (pronomes oblíquos antes
dos verbos).
d) “— Meu senhor! gemia o outro.” (3º§) / “— ‘Não,
perdão, meu senhor; meu senhor, perdão!’” (1º§)
MESMA LINGUAGEM. As duas falas pertencem à mesma
personagem (ao rapaz que apanhava do outro), por isso
não existe uma diferença social representada nesta
alternativa.
28) LETRA C
a) punção, louça, ascenção.
INCORRETA. A palavra "ascenção" está errada. O correto
é "ascensão".
b) açafrão, distenção, paçoca.
INCORRETA. O correto é: distensão.
c) estação, miçanga, sentença.
CORRETA. Todas as palavras estão corretas!
d) excanção, calabouço, precaução.
INCORRETA. Existem as palavras "escanção" (palavra
antiga que se refere à pessoa encarregada do vinho
servido ao rei) e "escansão" (termo relacionado à
literatura que se refere ao ato de escandir, decompor um
verso). Nenhuma das duas palavras deve ser grafada com
"x".
29) LETRA D
Neste caso, o termo destacado expressa ideia
de EXPLICAÇÃO. Trata-se de uma conjunção
coordenativa explicativa. Justamente por isso, a
substituição de "embora" por esse termo provoca forte
alteração de sentido...
Quem expressa ideia de explicação são as conjunções
coordenativas explicativas: que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto etc. Exemplo: "Ele só passou no
concurso porque estudou muito!".
30) LETRA D
I. “A própria senhora com quem ele contava para o jardim
de crianças!” (5º§)
Nesse trecho, não ocorre a aproximação de elementos
distintos, já que nele não é feito nenhum tipo de
comparação entre elementos distintos (nem direta, nem
subentendida).
A expressão jardim de crianças foi empregada em
substituição a jardim de infância.
II. “Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre
universal de sua obra.” (7º§)
A expressão como um deus caipora representa uma
figura de palavra chamada comparação, em que se
atribui a um ser (Ele) característica de um outro (deus
caipora) em decorrência de alguma semelhança entre os
dois elementos comparados.
A expressão desastre universal é uma metáfora que
compara, de forma subentendida, a imagem da escola
destruída a um desastre universal. Portanto, aproxima
esses elementos considerando algumas de suas
características (a cena de uma tragédia, de tristeza,
desolamento, etc.).
III. “Em redor do diretor muitos discípulos tinham ficado
desde a véspera, inabaláveis e compadecidos.” (4º§)
Nesse trecho, não ocorre a aproximação de elementos
distintos, já que nele não é feito nenhum tipo de
comparação entre elementos distintos (nem direta, nem
subentendida).
IV. “Lá estava, a uma cadeira em que passara a noite,
imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente, [...]”
(4º§)
A expressão como um penitente representa a figura de
palavra chamada comparação, em que se atribui a um ser
(o personagem Aristarco) característica de um outro (um
penitente, uma pessoa que cumpre penitência) em
decorrência de alguma semelhança entre os dois
elementos comparados (sujos de cinza). Ocorre, então, a
aproximação entre o personagem Aristarco e a figura de
um penitente em virtude de ambos se mostrarem sujos
de cinza.
31) LETRA A
"O que agora é provado foi uma vez..."
" ...foi uma vez apenas imaginado" (um dia, em dado
momento ja foi imaginado)
“Pagar o IPVA já..." (nesse momento, pagando agora sai
mais barato)
"... já custa mais barato.” (hoje em dia o ipva ta barato)
32) LETRA B
Por que: equivale a “por qual razão/motivo” ou “pelo
qual” (e variações). Ex.: Por que você não resolve mais
questões? / A rua por que passamos estava cheia de
buracos.
Por quê: vem antes de um ponto (final, interrogativo,
exclamação) e continua com o significado de “por qual
motivo”, “por qual razão”. É utilizado em perguntas no
fim das frases Ex.: Vocês não se inscreveram por quê?
Porque: conjunção com valor de “pois” ou “uma vez
que”... É utilizado em respostas. Ex.: Não fiz a prova
porque não me senti preparada.
Porquê: substantivo com significado de “motivo”,
“razão”. Vem acompanhado de determinante: artigo,
pronome, adjetivo ou numeral. Ex.: Gostaria de saber o
porquê dessa resposta.
33) LETRA D
Altera porque modifica a cronologia dos fatos.
Para resolver essa questão pensei assim, qual troca causa
uma mudança de sentido lógica, avanço de sinal é a causa
do atropelamento, se trocarmos o atropelamento vai ser
a causa do avanço de sinal. O fato de fez com que.
34) LETRA C
Prover indica, principalmente, o ato de providenciar
ou fornecer com o que é necessário. Já o
verbo provir indica, principalmente, o ato de ser
proveniente, consequência ou descendente de.
35) LETRA E
No caso da alternativa correta, tem-se um advérbio
de CURTA EXTENSÃO, o que torna a VÍRGULA
FACULTATIVA.
Longa extensão (03 ou mais palavras)
= Vírgula OBRIGATÓRIA.
Pequena extensão (até duas palavras)
= Vírgula FACULTATIVA.
Vou tentar explicar cada alternativade forma mais
sucinta.
A) Aqui há um TERMO ADVERBIAL de longa
extensão. Vírgula OBRITGATÓRIA.
Obs: B, C e D, há orações adverbiais deslocadas com a
alteração feita pela questão, e nesse caso o uso da vírgula
é OBRIGATÓRIO.
36) LETRA B
Qualquer objeto com existência concreta: 1 objeto,
peça, acessório, utensílio, produto, instrumento,
elemento, ente, cousa. Exemplo: Já não compro uma
coisa nova para mim há muito tempo.
37) LETRA E
Enganar-se é uma característica humana, por isso objetos
não se enganam.
38) LETRA C
"meu time perdeu"
39) LETRA D
Ousadia: que possui valentia ou coragem; audácia
40) LETRA D
41) LETRA E
"Gosto de lembrar das pessoas vivas e não me sinto à
vontade naquele quase convescote em que as pessoas
falam de amenidades em torno de um corpo inerte,
cercado por flores à espera de ser carregado para a cova."
Nesse trecho, podemos perceber a argumentação do
autor, portanto gabarito E.
42) LETRA B
Os termos "gosto", "não me sinto à vontade", dão a
entender que se trata da opinião (posicionamento) do
autor.
43) LETRA C
44) LETRA C
"mas só gente de bem." A expressão "só", aliada a
conjunção coordenativa adversativa "mas" dá ideia de
exclusividade. Perceba bem o contexto! Não analise a
conjunção sozinha, mas todo o período da frase.
45) LETRA D
Empréstimo linguístico é a incorporação ao léxico de uma
língua de um termo pertencente a outra língua.
Ex: playground, piercing, notebook, scanner, mouse,
shopping, marketing, office, online, hot-dog, delete etc.
46) LETRA A
Gabarito letra A! Os verbos no presente o indicativo tem
esse teor de ordem ou, a depender do contexto,
conselho.
"A tradição manda que a gente vá dar uma conferida
final naquele parente, amigo ou camarada que se foi, mas
eu também evito. Gosto de lembrar das pessoas vivas e
não me sinto à vontade naquele quase convescote em
que as pessoas falam de amenidades em torno de um
corpo inerte, cercado por flores à espera de ser carregado
para a cova.
47) LETRA C
al - mo - cá - bar
Acentuam-se as terminadas em ditongo
crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e
-ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r,
ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -
o(s), -em(-ens).
48) LETRA D
O aposto é o nome que se dá ao termo que exemplifica
ou especifica melhor outro de valor substantivo, ou
pronominal, já mencionado anteriormente na oração.
Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem
separado dos demais termos da oração por vírgula, dois
pontos, parênteses ou travessão.
Exemplos:
• Maria, irmã de Bernadete, vendeu todos seus
bordados.
• Gosto de tudo o que servem no restaurante: os
peixes, as carnes e as sobremesas.
Tipos de aposto
Segundo a intenção do discurso, o aposto pode ser
classificado em:
1. Explicativo
• Oferece uma explicação sobre o termo anterior:
2. Distributivo
• Retoma as explicações sobre os termos, contudo,
de maneira separada na oração:
• Enumera as explicações sobre o termo, sendo
separado por vírgulas:
• Compara o termo da oração:
• Resume os termos anteriores do enunciado:.
• Especifica um termo da oração:
• Consiste numa oração que depende da outra em
termos sintáticos:
49) LETRA B
Gabarito: B
"Perder o rebolado" é uma expressão que significa ficar
sem graça, não saber como agir diante de uma situação
constrangedora. Neste caso tem um sentido conotativo,
ou seja, o uso da linguagem é figurado, metafórico ou
subjetivo.
Metáfora é uma figura de linguagem que produz sentidos
figurados por meio de comparações. Também é um
recurso expressivo. Portanto, a expressão É de perder o
rebolado foi utilizada como uma metáfora para fazer
referência a uma situação em que alguém fica
desconcertado.
50) LETRA C
Trata-se de sujeito elíptico, desinencial ou oculto.
Falamos de futebol (nós falamos), o sujeito não está ali
presente, mas é identificável pelo contexto da frase.