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Resumo sobre Prescrição Médica Hospitalar A prescrição médica hospitalar é um documento essencial que orienta o tratamento de pacientes internados ou em observação em um hospital. Este tipo de prescrição é diferente da ambulatorial, pois abrange todas as condutas que o médico deve seguir, exceto solicitações de exames. A prescrição deve ser realizada assim que o paciente é admitido, e deve incluir informações como o nome do paciente, unidade de atendimento, leito, número de registro do prontuário e data de admissão. Além disso, a prescrição deve ser assinada e carimbada pelo médico responsável, garantindo a autenticidade e a responsabilidade sobre as condutas prescritas. A estrutura da prescrição pode ser dividida em três componentes principais: A, B e C. O componente A é destinado ao preenchimento dos dados do paciente, enquanto o componente B é onde são registradas as condutas e o aprazamento, que inclui a ordem das intervenções, como repouso, dieta, oxigenoterapia e medicações. A ordem das medicações deve seguir a via de administração, começando pelas intravenosas, seguidas pelas orais e outras. Para facilitar a memorização, utiliza-se o mnemônico "DEVO", que representa Dieta, Endovenoso, Via Oral e Outras vias. O componente C é reservado para a assinatura do médico responsável. Os itens da prescrição são organizados de forma a garantir um cuidado multidisciplinar eficaz. O primeiro item, que trata do repouso e da dieta, é crucial, pois a dieta pode variar em sua via de administração e composição, exigindo a colaboração do nutricionista. O segundo item aborda as medicações, onde é importante especificar a droga, a dose e a via de administração. O terceiro item refere-se aos controles gerais e específicos, que incluem monitoramento de sinais vitais, controle glicêmico, fisioterapia e profilaxia para tromboembolismo. O mnemônico FAST HUG, criado pelo intensivista Jean Louis Vincent, é uma ferramenta útil para garantir que todos os aspectos necessários da prescrição sejam considerados durante as visitas de terapia intensiva. Prescrição de Medicamentos e Receituário Médico O receituário médico é um documento que resulta do atendimento médico e inclui a prescrição de medicamentos e dietas, especificando a via de administração. Existem diferentes categorias de receituários, como o Receituário Branco, que é o mais comum, e o Controle Especial (C1), que é utilizado para medicamentos que requerem um controle mais rigoroso. A prescrição deve ser feita de forma clara e legível, evitando abreviações que possam confundir o paciente. O cabeçalho do receituário deve conter informações do profissional, como nome, endereço e registro no conselho de medicina. O preenchimento do receituário deve seguir normas específicas, como a utilização do nome genérico dos medicamentos e a inclusão de orientações claras para o paciente. A validade territorial das receitas foi ampliada pela lei 13.732/2018, permitindo que um receituário emitido em uma unidade da Federação seja válido em todo o território nacional. Embora a assinatura do médico seja obrigatória, o carimbo não é uma exigência legal, exceto para notificações de receitas de medicamentos controlados, que devem ser carimbadas. Além disso, o receituário deve conter informações detalhadas sobre a medicação, como a forma farmacêutica, concentração e quantidade a ser fornecida. Para medicamentos de uso controlado, a quantidade deve ser expressa em algarismos arábicos e por extenso. O verso do receituário pode ser utilizado para registrar medidas não farmacológicas, como orientações sobre dieta e atividade física, além de reações adversas e aprazamento de consultas de retorno. A clareza e a precisão na prescrição são fundamentais para garantir a segurança e a eficácia do tratamento do paciente. Destaques A prescrição médica hospitalar orienta o tratamento de pacientes internados e deve ser realizada imediatamente após a admissão. A estrutura da prescrição é dividida em três componentes: dados do paciente, condutas e aprazamento, e assinatura do médico. O mnemônico "DEVO" ajuda a organizar a prescrição de forma eficaz, priorizando a dieta e as vias de administração das medicações. O receituário médico deve ser claro e legível, com informações detalhadas sobre medicamentos e orientações ao paciente. A validade das receitas foi ampliada para todo o território nacional, e a assinatura do médico é obrigatória, enquanto o carimbo é opcional na maioria dos casos.