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Apostila_Seguros_de_Transportes_2023

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Questões resolvidas

Um empresário brasileiro resolveu negociar a compra de produtos eletrônicos da China para revender no Brasil. A operação foi realizada entre o Porto de Ningbo (China) e porto de Santos (Brasil). Com base nas informações, é correto afirmar que se trata de uma operação de:
a) Importação por cabotagem.
b) Exportação por cabotagem.
c) Importação marítima.
d) Exportação marítima.
e) Importação fluvial e lacustre.

Qual o objeto adaptado para ser utilizado em transportes de navios, trens e caminhões, sendo conhecido como cofre de carga, porque nele estão instalados dispositivos de segurança previstos por leis nacionais e internacionais?
a) Embalagem primária.
b) Contêiner.
c) Caixa de madeira.
d) Amarração de carga.
e) Embalagem secundária.

Os embarcadores emitem notas fiscais, enquanto os transportadores emitem:
a) Nota promissória.
b) Termo de compromisso.
c) Nota fiscal de simples remessa.
d) Conhecimento do embarque.
e) Oferta de crédito.

Qual é o contrato de compra e venda em que o comprador/importador no Brasil assume a responsabilidade em todo o percurso, da origem até o destino final?
a) FOB.
b) CIF.
c) EXW.
d) FAS.
e) CFR.

Um dos documentos mais utilizados para iniciar a negociação de um seguro de transportes bem como conhecer a operação do cliente é denominado:
a) Proposta.
b) Questionário.
c) Apólice.
d) Averbação.
e) Endosso.

Nas apólices de Transportes, deverão sempre constar as datas de início e fim da vigência do seguro.
Qual é a vigência normal de uma apólice aberta de seguro de transportes?
a- 6 meses
b- 12 meses
c- 24 meses
d- 36 meses

De acordo com o disposto nas condições padronizadas estabelecidas pela Circular no 354/2007, a seguradora é obrigada a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido ou, caso haja concordância com o segurado, poderá repor o bem objeto da cobertura contratada.
O que a seguradora deve fazer em caso de sinistro?
a- Pagar em dinheiro ou repor o bem
b- Apenas repor o bem
c- Apenas pagar em dinheiro
d- Ignorar o sinistro

Quando, na data da ocorrência de um sinistro, existirem outros seguros garantindo os mesmos riscos previstos nesse contrato, a seguradora contribuirá apenas com a quota de indenização das perdas e dos danos sofridos pelo segurado.
O que acontece quando existem múltiplas apólices para o mesmo risco?
a- A seguradora paga o total das indenizações
b- A seguradora paga proporcionalmente
c- A seguradora não paga nada
d- O segurado escolhe qual apólice usar

O contrato de Seguros de Transportes pode ser rescindido, total ou parcialmente, a qualquer tempo, por iniciativa de quaisquer das partes contratantes.
Quais são as situações em que o seguro pode ser cancelado?
I. Quando ocorrer o não pagamento do prêmio.
II. Decorrido o prazo de seis meses sem que o segurado tenha averbado qualquer embarque.
III. No caso de falência ou liquidação judicial ou extrajudicial da empresa segurada.
a- I e II
b- II e III
c- I, II e III
d- Apenas I

Avaria grossa ou avaria comum é o dano, sacrifício ou gasto extraordinário feito, deliberadamente, pelo capitão e principais membros da tripulação para salvar o navio e/ou a carga transportada de um perigo iminente.
O que caracteriza a avaria grossa?
I. Dano intencional para salvar o navio.
II. Gasto extraordinário para salvar a carga.
III. Sacrifício deliberado de parte da carga.
a- I e II
b- II e III
c- I, II e III
d- Apenas I

Uma empresa importadora de bebidas precisa contratar o seguro de transportes de seus produtos e necessita que a cobertura garanta perdas e danos por quaisquer tipos de avarias, independentemente de acontecer algum acidente com o meio de transporte e que também inclua o roubo, furto ou extravio.
A cobertura Básica mais recomendada para essa empresa seria a cobertura Básica:
(a) Restrita C
(b) Restrita B
(c) Ampla A
(d) Especial nº 5
(e) Compreensiva de roubo o risco.

O exportador brasileiro contratou o seguro de exportação no Brasil, e, durante uma viagem de exportação, houve prejuízos em razão da flutuação de preço e perda de mercado.
É correto afirmar que o prejuízo:
a) Não será indenizado.
b) Tem cobertura na garantia básica C.
c) Tem cobertura na garantia básica B.
d) Tem cobertura na garantia básica A.
e) Tem cobertura na garantia adicional de despesas.

Nos seguros de apólices por averbação, em que são emitidas as faturas para a cobrança do prêmio, as seguradoras concedem o prazo de:
a) 7 dias.
b) 15 dias.
c) 25 dias.
d) 30 dias.
e) 45 dias.

No Seguro de Transportes, em qual hipótese a seguradora ficará isenta de qualquer obrigação decorrente do contrato de seguro?
a) Se o segurado procurar obter benefícios ilícitos do seguro.
b) Se ocorrer um acidente envolvendo o meio de transporte.
c) Se acontecer um roubo da mercadoria transportada.
d) Se houver um acidente durante a permanência das mercadorias em aduana.
e) Se ocorrer a avaria grossa.

A avaria grossa ou comum é o grande acidente que tem amparo nos seguros de transportes. O capitão deve tomar decisões no sentido de proteger navio, carga e tripulação.
O alijamento, uma dessas decisões, é definido como:
a) Socorro prestado por outro navio.
b) Lançamento de mercadorias ou partes da embarcação ao mar.
c) Acidente aéreo.
d) Acidente ferroviário.
e) Acidente rodoviário.

É um prejuízo não indenizável no seguro de transportes:
a) Insuficiência ou inadequação de embalagem.
b) Encalhe.
c) Capotagem.
d) Descarga em porto de arribada.
e) Avaria Grossa.

O início da cobertura acontece no momento em que a mercadoria começa a ser carregada no lugar mencionado para o princípio do trânsito, continua durante o seu curso ordinário e termina no marítimo ao fim de:
a) 15 dias após completada a descarga.
b) 30 dias após completada a descarga.
c) 45 dias após completada a descarga.
d) 60 dias após completada a descarga.
e) 120 dias após completada a descarga.

A Cobertura Adicional de Greves cobre as perdas e os danos que sobrevenham ao objeto segurado, direta ou indiretamente causados em função de uma greve. No entanto, não estão cobertas quaisquer perdas, danos e despesas consequentes, direta ou indiretamente, de:
Qual das alternativas abaixo não está coberta pela Cobertura Adicional de Greves?
(a) Tumultos.
(b) Comoção Civil.
(c) Trabalhadores em Lockout.
(d) Distúrbios trabalhistas.
(e) Qualquer reclamação com base na perda ou frustração da viagem.

Para garantir a cobertura por perdas e danos decorrentes de confisco, nacionalização, requisição ou apropriação antecipada, é necessário a inclusão, na apólice de seguro transportes, da Cobertura Adicional de:
Qual é a cobertura adicional necessária para garantir a cobertura por perdas e danos decorrentes de confisco, nacionalização, requisição ou apropriação antecipada?
(a) Riscos de Greves.
(b) Embarque Aéreo sem Valor declarado.
(c) Riscos de Guerra.
(d) Lucros Esperados.
(e) Tributos para Mercadorias Exportadas.

A cobertura adicional de tributos é muito relevante, pois, normalmente, após a nacionalização, ainda existe um trecho rodoviário pelo qual a mercadoria precisa ser transportada para chegar ao destino final. A cobertura adicional de tributos abrange:
Qual dos tributos abaixo é abrangido pela cobertura adicional de tributos?
a) IOF.
b) IPTU.
c) ITR.
d) ICMS.
e) CSLL.

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Questões resolvidas

Um empresário brasileiro resolveu negociar a compra de produtos eletrônicos da China para revender no Brasil. A operação foi realizada entre o Porto de Ningbo (China) e porto de Santos (Brasil). Com base nas informações, é correto afirmar que se trata de uma operação de:
a) Importação por cabotagem.
b) Exportação por cabotagem.
c) Importação marítima.
d) Exportação marítima.
e) Importação fluvial e lacustre.

Qual o objeto adaptado para ser utilizado em transportes de navios, trens e caminhões, sendo conhecido como cofre de carga, porque nele estão instalados dispositivos de segurança previstos por leis nacionais e internacionais?
a) Embalagem primária.
b) Contêiner.
c) Caixa de madeira.
d) Amarração de carga.
e) Embalagem secundária.

Os embarcadores emitem notas fiscais, enquanto os transportadores emitem:
a) Nota promissória.
b) Termo de compromisso.
c) Nota fiscal de simples remessa.
d) Conhecimento do embarque.
e) Oferta de crédito.

Qual é o contrato de compra e venda em que o comprador/importador no Brasil assume a responsabilidade em todo o percurso, da origem até o destino final?
a) FOB.
b) CIF.
c) EXW.
d) FAS.
e) CFR.

Um dos documentos mais utilizados para iniciar a negociação de um seguro de transportes bem como conhecer a operação do cliente é denominado:
a) Proposta.
b) Questionário.
c) Apólice.
d) Averbação.
e) Endosso.

Nas apólices de Transportes, deverão sempre constar as datas de início e fim da vigência do seguro.
Qual é a vigência normal de uma apólice aberta de seguro de transportes?
a- 6 meses
b- 12 meses
c- 24 meses
d- 36 meses

De acordo com o disposto nas condições padronizadas estabelecidas pela Circular no 354/2007, a seguradora é obrigada a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido ou, caso haja concordância com o segurado, poderá repor o bem objeto da cobertura contratada.
O que a seguradora deve fazer em caso de sinistro?
a- Pagar em dinheiro ou repor o bem
b- Apenas repor o bem
c- Apenas pagar em dinheiro
d- Ignorar o sinistro

Quando, na data da ocorrência de um sinistro, existirem outros seguros garantindo os mesmos riscos previstos nesse contrato, a seguradora contribuirá apenas com a quota de indenização das perdas e dos danos sofridos pelo segurado.
O que acontece quando existem múltiplas apólices para o mesmo risco?
a- A seguradora paga o total das indenizações
b- A seguradora paga proporcionalmente
c- A seguradora não paga nada
d- O segurado escolhe qual apólice usar

O contrato de Seguros de Transportes pode ser rescindido, total ou parcialmente, a qualquer tempo, por iniciativa de quaisquer das partes contratantes.
Quais são as situações em que o seguro pode ser cancelado?
I. Quando ocorrer o não pagamento do prêmio.
II. Decorrido o prazo de seis meses sem que o segurado tenha averbado qualquer embarque.
III. No caso de falência ou liquidação judicial ou extrajudicial da empresa segurada.
a- I e II
b- II e III
c- I, II e III
d- Apenas I

Avaria grossa ou avaria comum é o dano, sacrifício ou gasto extraordinário feito, deliberadamente, pelo capitão e principais membros da tripulação para salvar o navio e/ou a carga transportada de um perigo iminente.
O que caracteriza a avaria grossa?
I. Dano intencional para salvar o navio.
II. Gasto extraordinário para salvar a carga.
III. Sacrifício deliberado de parte da carga.
a- I e II
b- II e III
c- I, II e III
d- Apenas I

Uma empresa importadora de bebidas precisa contratar o seguro de transportes de seus produtos e necessita que a cobertura garanta perdas e danos por quaisquer tipos de avarias, independentemente de acontecer algum acidente com o meio de transporte e que também inclua o roubo, furto ou extravio.
A cobertura Básica mais recomendada para essa empresa seria a cobertura Básica:
(a) Restrita C
(b) Restrita B
(c) Ampla A
(d) Especial nº 5
(e) Compreensiva de roubo o risco.

O exportador brasileiro contratou o seguro de exportação no Brasil, e, durante uma viagem de exportação, houve prejuízos em razão da flutuação de preço e perda de mercado.
É correto afirmar que o prejuízo:
a) Não será indenizado.
b) Tem cobertura na garantia básica C.
c) Tem cobertura na garantia básica B.
d) Tem cobertura na garantia básica A.
e) Tem cobertura na garantia adicional de despesas.

Nos seguros de apólices por averbação, em que são emitidas as faturas para a cobrança do prêmio, as seguradoras concedem o prazo de:
a) 7 dias.
b) 15 dias.
c) 25 dias.
d) 30 dias.
e) 45 dias.

No Seguro de Transportes, em qual hipótese a seguradora ficará isenta de qualquer obrigação decorrente do contrato de seguro?
a) Se o segurado procurar obter benefícios ilícitos do seguro.
b) Se ocorrer um acidente envolvendo o meio de transporte.
c) Se acontecer um roubo da mercadoria transportada.
d) Se houver um acidente durante a permanência das mercadorias em aduana.
e) Se ocorrer a avaria grossa.

A avaria grossa ou comum é o grande acidente que tem amparo nos seguros de transportes. O capitão deve tomar decisões no sentido de proteger navio, carga e tripulação.
O alijamento, uma dessas decisões, é definido como:
a) Socorro prestado por outro navio.
b) Lançamento de mercadorias ou partes da embarcação ao mar.
c) Acidente aéreo.
d) Acidente ferroviário.
e) Acidente rodoviário.

É um prejuízo não indenizável no seguro de transportes:
a) Insuficiência ou inadequação de embalagem.
b) Encalhe.
c) Capotagem.
d) Descarga em porto de arribada.
e) Avaria Grossa.

O início da cobertura acontece no momento em que a mercadoria começa a ser carregada no lugar mencionado para o princípio do trânsito, continua durante o seu curso ordinário e termina no marítimo ao fim de:
a) 15 dias após completada a descarga.
b) 30 dias após completada a descarga.
c) 45 dias após completada a descarga.
d) 60 dias após completada a descarga.
e) 120 dias após completada a descarga.

A Cobertura Adicional de Greves cobre as perdas e os danos que sobrevenham ao objeto segurado, direta ou indiretamente causados em função de uma greve. No entanto, não estão cobertas quaisquer perdas, danos e despesas consequentes, direta ou indiretamente, de:
Qual das alternativas abaixo não está coberta pela Cobertura Adicional de Greves?
(a) Tumultos.
(b) Comoção Civil.
(c) Trabalhadores em Lockout.
(d) Distúrbios trabalhistas.
(e) Qualquer reclamação com base na perda ou frustração da viagem.

Para garantir a cobertura por perdas e danos decorrentes de confisco, nacionalização, requisição ou apropriação antecipada, é necessário a inclusão, na apólice de seguro transportes, da Cobertura Adicional de:
Qual é a cobertura adicional necessária para garantir a cobertura por perdas e danos decorrentes de confisco, nacionalização, requisição ou apropriação antecipada?
(a) Riscos de Greves.
(b) Embarque Aéreo sem Valor declarado.
(c) Riscos de Guerra.
(d) Lucros Esperados.
(e) Tributos para Mercadorias Exportadas.

A cobertura adicional de tributos é muito relevante, pois, normalmente, após a nacionalização, ainda existe um trecho rodoviário pelo qual a mercadoria precisa ser transportada para chegar ao destino final. A cobertura adicional de tributos abrange:
Qual dos tributos abaixo é abrangido pela cobertura adicional de tributos?
a) IOF.
b) IPTU.
c) ITR.
d) ICMS.
e) CSLL.

Prévia do material em texto

REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
GIUSEPPE CALABRO FILHO – 2023/ 2022
RICARDO DE LIMA ARMOND – 2022
VANDERLEI ASSAF MOGHETTI - 2021
DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO 
PICTORAMA DESIGN
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros
 E73s Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. 
 Seguros de transportes / Supervisão e coordenação metodológica da 
 Diretoria de Ensino Técnico / Assessoria técnica de Giuseppe Calabro Filho. 
 -- 5.ed. -- Rio de Janeiro: ENS, 2023.
 22,8 Mb ; PDF
 
 1. Seguros transportes. I. Calabro Filho, Giuseppe. II. Título. 
 
 0022-2675 CDU 368.2(072) 
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
5a EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2023
A 
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito 
 educacional, que contribuem para um mercado de seguros, 
previdência complementar, capitalização e resseguro cada 
vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
 Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.
SEGUROS DE TRANSPORTES
 1. ASPECTOS GERAIS DE SEGUROS 
 DE TRANSPORTES 10 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 11
Conhecendo os personagens 12
 DIVISÃO DA CARTEIRA DE SEGUROS DE TRANSPORTES 19
Seguros de Transportes 20
Seguros de Responsabilidade Civil do Transportador 21
 CONTRATO DE SEGURO DE TRANSPORTES 21
 INTERESSE SEGURÁVEL 22
 CONTRATOS DE COMPRA E VENDA E INCOTERMS 24
Obrigatoriedade da Contratação do Seguro de Transportes de Bens 29
 INSTRUMENTOS DE UM CONTRATO DE SEGUROS DE TRANSPORTES 30
Questionário 31
Proposta 31
Apólice 32
Averbação 34
Endosso 35
Fatura ou Conta Mensal 35
Certificado de Seguro 36
 CONCEITOS UTILIZADOS EM SEGUROS DE TRANSPORTES 36
Limite Máximo de Garantia (LMG) 37
Prazo para Pagamento do Prêmio 38
Franquia e Participação Obrigatória do Segurado (POS) 38
Critérios de Taxação 40
SUMÁRIO
INTERATIVO
SEGUROS DE TRANSPORTES
Importância Segurada 40
Moeda do Seguro 41
Vistoria 42
 FIXANDO CONCEITOS 1 43
 2. CONDIÇÕES GERAIS E COBERTURAS 
 BÁSICAS DOS SEGUROS DE TRANSPORTES 46 
 CONDIÇÕES GERAIS 47
Condições contratuais padronizadas 47
Prejuízos Não Indenizáveis 48
Bens e/ou Mercadorias Não Compreendidos no Seguro 48
Pagamento do Prêmio 49
Prazo do Seguro 49
Regulação e Liquidação de Sinistros 50
 CONCORRÊNCIA DE APÓLICES 50
 SUB-ROGAÇÃO DE DIREITOS 50
 RESCISÃO E CANCELAMENTO 51
 OBRIGAÇÕES DO SEGURADO 51
 PERDA DE DIREITOS 53
 COBERTURAS BÁSICAS 54
 COBERTURA BÁSICA RESTRITA C 56
 COBERTURA RESTRITA B 57
 COBERTURA BÁSICA AMPLA A 57
 PREJUÍZOS NÃO INDENIZÁVEIS (RISCOS NÃO COBERTOS) 58
 RISCOS SUJEITOS À CONSULTA PRÉVIA E ESTIPULAÇÃO NA APÓLICE 
(COBERTURAS A, B E C) 59
Início e Fim dos Riscos (Coberturas Básicas A, B e C) 60
 FIXANDO CONCEITOS 2 62
SEGUROS DE TRANSPORTES
 3. COBERTURAS ADICIONAIS DOS 
 SEGUROS DE TRANSPORTES 65 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 66
 COBERTURA ADICIONAL DE FRETE E/OU SEGURO 67
 COBERTURA ADICIONAL DE DESPESAS 67
 COBERTURAS 
 ADICIONAIS DE TRIBUTOS (MERCADORIAS IMPORTADAS) 68
 COBERTURA ADICIONAL DE LUCROS ESPERADOS 69
 COBERTURA ADICIONAL PARA EMBARQUES AÉREOS SEM VALOR DECLARADO 70
 COBERTURA ADICIONAL PARA CLASSIFICAÇÃO 
 DE NAVIOS EM VIAGENS INTERNACIONAIS 70
 COBERTURA ADICIONAL DE RISCOS DE GREVES 71
 COBERTURA ADICIONAL DE RISCOS DE GUERRA 
 PARA EMBARQUES AQUAVIÁRIOS E AÉREOS 72
 FIXANDO CONCEITOS 3 74
 4. SEGURO OBRIGATÓRIO DE RESPONSABILIDADE 
 CIVIL DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO DE 
 CARGA (RCTR-C) 76 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 77
 RISCOS COBERTOS 78
 RISCOS NÃO COBERTOS 79
 BENS OU MERCADORIAS NÃO COMPREENDIDOS NO SEGURO 81
 COBERTURAS DE BENS OU MERCADORIAS SUJEITOS A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 82
 COMEÇO E FIM DOS RISCOS 82
 APÓLICE DE RCTR-C 83
 AVERBAÇÕES 83
Averbação Simples 83
SEGUROS DE TRANSPORTES
 IMPORTÂNCIA SEGURADA E LIMITE MÁXIMO DE GARANTIA 84
 ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE 85
 COBERTURAS ADICIONAIS DO SEGURO DE RCTR-C 86
Cobertura Adicional de Operações de Carga/Descarga/Içamento 86
Cobertura Adicional para Viagem Rodoviária com Percurso Complementar Fluvial 86
Cobertura Adicional para Extensão de Cobertura ao Valor dos Impostos Suspensos e/ou Benefícios 
Internos 87
Cobertura Adicional para o Transporte de Cargas Excepcionais/Especiais 87
 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS DO SEGURO OBRIGATÓRIO DE RCTR-C 87
 CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO 90
 FRANQUIA E PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO 92
 PRÊMIO 92
 FIXANDO CONCEITOS 4 94
 5. SEGURO FACULTATIVO DE RESPONSABILIDADE 
 CIVIL DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO POR 
 DESAPARECIMENTO DE CARGA (RCF-DC) 97 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 98
 RISCOS COBERTOS 99
 RISCOS NÃO COBERTOS 100
 BENS NÃO COMPREENDIDOS NO SEGURO 100
 COBERTURA DE BENS OU MERCADORIAS SUJEITOS A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 101
 COMEÇO E FIM DOS RISCOS 101
 APÓLICE DE RCF-DC 102
 IMPORTÂNCIA SEGURADA E LIMITE MÁXIMO DE GARANTIA 102
 CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO 102
 PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO (POS) 103
 AVERBAÇÕES 104
 PRÊMIO 104
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURAS ADICIONAIS DO SEGURO DE RCF-DC 105
Cobertura Adicional de Roubo no Depósito do Transportador 105
 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS DO SEGURO DE RCF-DC 105
 FIXANDO CONCEITOS 5 108
 6. PROCESSOS DE SINISTROS NOS SEGUROS 
 DE TRANSPORTES 111 
 CONCEITO BÁSICO DE SINISTROS 112
 APURAÇÃO DE DANOS 113
Tipos de Vistoria 114
 REGULAÇÃO 116
Perda Total 116
Salvados 117
 LIQUIDAÇÃO 118
 FIXANDO CONCEITOS 6 120
 7. GERENCIAMENTO DE RISCOS 122 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 123
 GERENCIAMENTO DE RISCO 124
Tipos de Gerenciamento de Riscos 124
Principais Mecanismos 125
Consulta a Cadastro de Motoristas e Proprietários de Veículos de Transportes Terrestres de 
Cargas 125
Rastreamento, Monitoramento e Roteirização 125
Escolta 126
 FIXANDO CONCEITOS 7 129
 ESTUDOS DE CASO 131 
 GLOSSÁRIO 134 
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ANEXOS 139 
Anexo 1 – Modelo de proposta de seguro de transportes 139
Anexo 2 – Modelo de apólice avulsa de seguro de transporte internacional 140
Anexo 3 – Exemplo de de Avaria Grossa 143
Anexo 4 – Modelo de apólice de seguro RCTR-C 146
Anexo 6 – Certificado de Seguro de Transportes 152
Anexo 7 – Coberturas básicas dos Seguros de Transportes 153
Anexo 8 – Coberturas adicionais dos Seguros de Transportes 154
Anexo 9 – Cláusulas específicas para Seguros de Transportes 155
Anexo 10 – Tarifa nacional – Terrestre (rodoviário/ferroviário) – Cobertura C 156
Anexo 11 – Modelo de questionário para análise de aceitação – RCTR-C e RCF-DC 157
 GABARITO 160 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 163 
10
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
01
 ■ Refletir sobre os modais 
de transportes e os 
elementos que precedem 
a demanda por seguros 
de transportes, que irão 
gerar a necessidade e/ou 
obrigação de seguro, bem 
como influenciar na tomada 
de decisão quanto à sua 
contratação, considerando 
as cláusulas contratuais 
aplicadas em transações 
de compra e venda. 
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Compreender os conceitos 
utilizados nos seguros de 
transportes e seus ramos, 
analisando situações 
práticas e considerandoos principais elementos 
de uma operação de 
transporte.
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS
⊲ DIVISÃO DA CARTEIRA 
DE SEGUROS DE TRANSPORTES
⊲ CONTRATO DE SEGURO 
DE TRANSPORTES
⊲ INTERESSE SEGURÁVEL
⊲ CONTRATOS DE COMPRA 
E VENDA E INCOTERMS
⊲ INSTRUMENTOS DE UM 
CONTRATO DE SEGUROS 
DE TRANSPORTES
⊲ CONCEITOS UTILIZADOS 
EM SEGUROS DE TRANSPORTES
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
ASPECTOS GERAIS 
de SEGUROS
de TRANSPORTES
11
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Por definição, o Seguro de Transportes é um contrato pelo qual a segura-
dora se obriga a indenizar o segurado quanto aos prejuízos decorrentes 
de danos materiais causados à carga durante o transporte. 
Antes de começarmos, que tal você dar uma olhada no esquema a seguir?
Ele vai te mostrar, de forma bem simplificada, um esquema global com 
os principais elementos de uma operação que, normalmente, precede e 
demanda um Seguro de Transportes.
FIGURA 1: PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UMA OPERAÇÃO 
Necessidade e 
Obrigação de Seguro 
Seguro do Transportador (RC) 
COMPRA
VENDA OU
TRANSFERÊNCIA
CONTRATO DE 
COMPRA E VENDA
NOTA FISCAL OU 
DOCUMENTO EQUIVALENTE
Ato desencadeador 
da Operação
TRANSPORTE
Define as condições da Transação
Estabelece, entre outros, o 
INCOTERM a ser aplicado (ou
seja, quem tem responsabilidade 
por frete, seguro, entre outros) 
Definição do 
tipo de MODAL 
VEÍCULO PRÓPRIO
TRANSPORTADOR 
(PF/PJ)
Necessidade de Seguro
Seguro de Embarcador
Terceirização da 
etapa de transporte
CONTRATO DE TRANSPORTE/
CONHECIMENTO DE EMBARQUE
Fonte: os autores (2019).
12
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
A carteira de Transportes reúne todos os seguros que visam cobrir os 
riscos relacionados às viagens nacionais e internacionais, por quaisquer 
modais de transportes e também os Seguros de Responsabilidade Civil 
dos Transportadores de Carga.
Nesse material trataremos basicamente, dos dois principais ramos da 
carteira de transporte que se relacionam com as figuras do embarcador 
e transportador.
Já em relação aos Seguros de Responsabilidade Civil dos Transportado-
res, falaremos apenas sobre os seguros mais comercializados, que são:
 ■ Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviá-
rio de Cargas, comumente denominado pela sigla “RCTR-C”, de 
contratação obrigatória.
 ■ Seguro de Responsabilidade Civil Facultativo por Desapare-
cimento de Carga, conhecido como “RCF-DC”, destinado aos 
transportadores rodoviários de carga.
 — Conhecendo os personagens:
Embarcador
Normalmente, é o dono das mercadorias que necessita do desloca-
mento dos produtos entre dois pontos da cadeia de suprimentos. 
Operador Logístico
É o responsável por promover os recursos a fim de realizar as ati-
vidades de logística de forma eficiente, como a gestão de trans-
porte, o armazenamento das mercadorias/produtos e o controle 
de estoque.
Gestão de transportes
O operador logístico atua fortemente no setor de transportes. Entre 
suas principais funções nesse segmento, é possível destacar:
 » Prestação de serviço de transportes para terceiros;
 » Capacitação de transportadoras;
 » Sistematização técnica à chamada de transportadoras;
 » Monitoramento das atividades realizadas pelas transpor-
tadoras frente aos parâmetros estabelecidos;
 » Análise e efetivação de pagamentos de fretes;
 » Formulação e expedição de relatórios de acompanha-
mento na prática dos serviços.
13
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Despachante Aduaneiro
É o profissional, com poder outorgado pelo exportador ou importa-
dor, que se encarrega de apresentar, para Alfândega, a documen-
tação estabelecida nas normas tributárias, relativas ao despacho 
aduaneiro de importação ou exportação.
Transportadoras
Empresas que fazem as entregas de cargas e de encomendas. 
Além disso, essas empresas atuam em diversos locais de uma 
cidade, estado ou país, sendo responsáveis por fazer o envio de 
cargas de um ponto para outro no território nacional.
Comissários de Avarias
Profissional preparado para atender o responsável pela carga 
segurada, sendo contratado, na maioria dos casos, pelas segura-
doras. Além disso, pode também trabalhar em nome do embarca-
dor, destinatário ou transportador.
Modal
Modal é o meio de transporte que será utilizado no transporte de cargas.
É importante que você perceba que uma operação pode envolver mais de um modal.
Os modais mais comuns são:
 ■ Aquaviário – Todos aqueles em que os meios de transportes se deslocam por água, 
podendo ser:
 » Marítimo de longo curso (pelo mar);
 » Cabotagem, pelo mar, entre portos nacionais ao longo da costa;
 » Fluvial (por rios navegáveis); e
 » Lacustre (por lagos/lagoas navegáveis).
 ■ Aéreo – Todos aqueles em que os meios de transportes se deslocam pelo ar.
Basicamente, estamos falando de aeronaves, devidamente regulamentadas pelos 
órgãos nacionais e internacionais de aviação.
 ■ Terrestres – Todos aqueles em que os meios de transportes se deslocam por terra, 
podendo ser:
 » Rodoviário; e
 » Ferroviário.
No Brasil, por razões de políticas de infraestrutura, o modal mais utilizado é o rodoviário.
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UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
65%
TKU: tonaladas quilômetros úteis
15%
11%
5%
0%
Distribuição do sistema logístico brasileiro
Veja como é formado o panorama de movimentação de cargas no Brasil
Rodoviário
1.548 bilhões de TKU
Ferroviário
356,8 bilhões de TKU
Cabotagem
249,9 bilhões de TKU
Hidroviário
125,3 bilhões de TKU
Dutoviário
106,1 bilhões de TKU
Aeroviário
106,1 bilhões de TKU
4%
Agência Brasil
Total
bilhões de TKU
2.386,7
 Fonte: Plano Nacional de Logística – PNL / Ministério da Infraestrutura.
Importante
Diferença entre transporte multimodal e intermodal
O termo multimodal refere-se a um transporte combinado, ou seja, é a utilização de 
mais de um modo de transporte, com operações de transbordo realizadas por um único 
prestador de serviço, por meio de um documento único emitido pelo operador de trans-
porte multimodal (OTM). No processo de transporte multimodal que utiliza contêiner, a 
carga permanece no mesmo contêiner durante toda a viagem. Ou seja, nessa forma de 
transporte, não há manuseio da mercadoria durante a operação.
Já no processo intermodal, o transporte é feito por pelo menos dois meios diferentes e 
com a emissão de vários documentos de transporte. Ou seja, caracteriza-se pela emis-
são individual de documento de transporte para cada modal, bem como pela divisão de 
responsabilidade entre os transportadores.
15
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Os ramos de seguro abrangidos por toda a carteira de transportes estão 
demonstrados no esquema a seguir: 
FIGURA 2: RAMOS DE SEGUROS 
Visto que a estrutura de modais em nossa país é predominantemente rodoviá-
rio, estudaremos, nos capítulos 4 e 5, respectivamente, o RCTR-C e RCF-DC. É 
importante ressaltar que o RCA-C (Responsabilidade Civil do Armador-Carga) 
e o RCTF-C (Responsabilidade Civil do Transportador Ferroviário de Carga) 
vêm ganhando importância em nossa economia, e precisamos acompanhar o 
ritmo desse crescimento.
Aquaviário
TRANSPORTES
Terrestre Aéreo Terrestre Aéreo Aquaviário Terrestre Aéreo
Responsabilidade 
Civil do Operador 
de Transporte 
Multimodal – 
Carga (RCOTM-C) 
Responsabilidade 
Civil do 
Transportador 
Ferroviário – 
Carga (RCTF-C) 
Responsabilidade 
Civil do 
Transportador 
Intermodal – 
Carga (RCTI-C)
Responsabilidade 
Civil do 
Transportador 
Rodoviário – Carga 
(RCTR-C)
Responsabilidade 
Civil do 
Transportador 
Rodoviário – Carga 
Viagem Internacional 
(RCTR-VI)
Responsabilidade 
Civil do 
Transportador 
Aquaviário 
de Carga (RCA-C)
Responsabilidade 
Civil do 
 Transportador 
Aéreo – 
Carga (RCTA-C)
Responsabilidade 
Civil Facultativa por 
Desaparecimento 
de Carga (RCF-DC)
Transportes
Responsabilidade
do Transportador
InternacionaisNacionais
Exportação
Aquaviário
Importação
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UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
ImportanteOs Seguros de Transportes Internacionais referem-se às viagens realizadas do Brasil 
para o exterior (exportações) e do exterior para o Brasil (importações).
O tipo de Seguro de Transporte a ser contratado depende basicamente de três fatores:
 ■ Responsável pela Contratação
 » Embarcador,
 » Transportador.
 ■ Natureza da Operação
 » Nacional,
 » Internacional.
 ■ Modais Utilizados
 » Aquaviário,
 » Terrestre, e
 » Aéreo.
Considerando ainda o processo logístico, é importante ressaltar alguns 
pontos relevantes para o estudo das operações realizados no mercado:
Embalagem
Protege o que vende, e vende o que protege.
A embalagem: acondiciona, protege, conserva, transporta e armazena pro-
dutos ao longo das diversas cadeias de suprimentos. 
A embalagem é a reunião de quatro competências: Marketing, Design, 
Logística e Meio Ambiente.
A logística trata a questão das embalagens da forma que ela merece, trata-
-se de um recipiente de proteção, agrupamento e facilitador no transporte.
Primárias
Envolvem diretamente o produto; é aquela que os clientes tocam e 
da qual extraem as informações contidas acerca do produto.
Secundárias
Protegem a primária; geralmente, são embalagens maiores que 
compactam poucos produtos e são utilizadas para transporte e 
manipulação manual. Por exemplo, a caixa do chocolate Bis.
17
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Terciárias
Caixas de papelão, madeira e plástico, também muito utilizadas na 
movimentação manual e de transporte, pois compacta um maior 
número de produtos em seu interior.
Quaternárias
Facilitam a movimentação, concentram maior unidades. Por exem-
plo, os paletes. Ainda que abertos, acondicionam caixas de pape-
lão e podem facilitar o deslocamento de lugares ou, até mesmo, a 
transposição de um lugar a outro.
Quinto Nível
Conteinerizadas usadas em longas distâncias. Muito utilizadas no 
transporte internacional/nacional aquaviário.
O Contêiner
O contêiner é adaptado para ser utilizado em transportes de navios, trens 
e caminhões, além de ser conhecido como cofre de carga – afinal, nele, 
estão instalados dispositivos de segurança previstos por legislações nacio-
nais e internacionais.
Quanto ao transporte marítimo, é importante entender que o contêiner 
não é uma embalagem. O contêiner utilizado no transporte marítimo é 
parte da embarcação.
Dimensões do modelo 20 pés são:
Tamanho externo é de 6.069 m de comprimento X 2.380 m de lar-
gura X 2.591 m de altura, com capacidade máxima de 34.000 kg. 
Dimensões do modelo de 40 pés são:
Externa: 12.192 m de comprimento X 2.230 m de largura X 2.591 m 
de altura, com capacidade máxima de 45.000 kg e 67m³. Os con-
têineres podem ser utilizados em cargas secas, frigorificadas, 
líquidas, gasosas, em transportes de máquinas, entre outros.
Amarração da Carga
Importante aspecto de segurança. A Resolução 552 (01/01/17), do Conse-
lho Nacional de Trânsito (Contran), regulamenta a amarração de cargas no 
Brasil e proíbe, entre outras coisas, a utilização de cordas para amarração, 
sendo substituídas por cintas, correntes ou cabos de aço.
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UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Consolidação da Carga
Consiste em alocar mercadorias pequenas para formar um único e maior 
montante. Dessa forma, o seu armazenamento e transporte são agilizados, 
podendo ser realizada durante a coleta, armazenagem ou até na distribui-
ção dos fretes.
Cross Docking
É um tipo de preparação de pedidos em que a mercadoria é distribuída 
diretamente ao usuário sem passar por um período de armazenamento 
prévio. Pouco importa se os produtos são matérias-primas, artigos acaba-
dos ou componentes destinados a fábricas, lojas físicas ou clientes finais. 
Ad Valoren (ou Frete Valor)
É uma taxa cobrada dentro da tabela de fretes que representa o custo 
do seguro da carga. Seu cálculo é feito pela porcentagem da mercadoria 
sobre o valor da Nota Fiscal da carga transportada, agregada ao custo 
de frete.
Canais de parametrização de importação 
(Receita Federal)
I – Verde
Desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame 
documental e a verificação da mercadoria.
II – Amarelo
Exame documental e, não sendo constatada irregularidade, efe-
tuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da 
mercadoria.
III – Vermelho
Desembaraçada após a realização do exame documental e da 
conferência física da mercadoria.
IV – Cinza
Verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento espe-
cial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de 
fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da merca-
doria, conforme estabelecido em norma específica. A mercadoria 
poderá ficar retida por até 180 dias para que o indício de fraude 
seja investigado.
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UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Zona Primária
É a parte interna de portos, aeroportos, recintos da alfândega e locais habi-
litados na fronteira terrestre pela autoridade aduaneira para operações de 
carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de passa-
geiros, vindo ou indo ao exterior.
Zona Secundária
Também podem ser conhecidas como Porto Seco, EADI ou Estação Adua-
neira do Interior, que são recintos alfandegados de uso público nos quais 
são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho 
aduaneiro de mercadorias e de bagagem, com controle feito pela Receita 
Federal. Existem, no Brasil, cerca de 63 portos secos.
EADI (Entreposto Aduaneiro do Interior)
Também conhecido como porto seco.
 DIVISÃO DA CARTEIRA 
 DE SEGUROS DE TRANSPORTES 
A carteira de Seguros de Transportes é dividida basicamente em duas 
partes: Seguro de Transportes e Seguro de Responsabilidade Civil do 
Transportador. 
A partir de agora, vamos falar separadamente de cada uma dessas partes 
porque entender a diferença entre uma e outra é fundamental para a com-
preensão desta disciplina. 
Basicamente, o Seguro de Transportes é contratado pelo próprio embar-
cador do bem ou da mercadoria, enquanto que o Seguro de Responsabi-
lidade Civil do Transportador é contratado pela empresa transportadora 
do bem ou mercadoria de propriedade de terceiros (embarcador, empresa 
de Logística), cuja contratação é específica e atende a necessidades dife-
rentes, conforme esclarecido pela Carta Circular nº 2/2015 da Susep, cuja 
leitura recomendamos.
20
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Seguros de Transportes
É o seguro contratado pelo embarcador ou destinatário (recebedor), ou 
seja, pessoa física ou jurídica que possui interesse direto na mercadoria ou 
nos bens transportados. O segurado é, em geral, o proprietário da carga, 
mas também pode ser uma empresa de logística deslocando um bem ou 
uma mercadoria de propriedade de sua contratante.
O seguro de transportes também pode ser contratado por quem tem 
algum interesse direto na mercadoria, como credores ou financiadores da 
compra da mercadoria (comum nas transações internacionais de compra e 
venda de bens e mercadorias).
Esse seguro tem por objetivo repor ao segurado os prejuízos causados aos 
seus bens e/ou mercadorias durante o processo de transporte, de acordo 
com a cobertura contratada e conforme o modal utilizado.
O segurado aqui é o embarcador ou destinatário da mercadoria.
O Seguro de Transportes pode ser:
Nacional
Para operações de compra ou venda feitas exclusivamente dentro 
do território nacional. Ou seja, com origem e destino no Brasil.
Internacional
Para operações de compra ou venda feitas com origem ou destino 
fora do território nacional.
As operações de transporte internacional, por sua vez, são subdivididas de 
acordo com sua origem:
Importação 
Quando a venda e transporte da mercadoria têm origem fora do 
território nacional e o destino é o Brasil.
Exportação 
Quando a venda e o transporte da mercadoria se originam no terri-
tório brasileiro, tendo como destino qualquer outro país.
21
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Seguros de Responsabilidade 
Civil do Transportador
Esse tipo de seguroé contratado obrigatoriamente e exclusivamente pelo 
transportador e cobre a responsabilidade pelo transporte da mercadoria de 
terceiro durante o período de viagem.
Existe um tipo de seguro de responsabilidade do transportador que é 
facultativo, o RCF-DC, complementar ao RCTR-C. Mas não se preocupe, 
falaremos dele com detalhes mais adiante.
O segurado aqui é o transportador, mas o beneficiário do seguro é o Embarca-
dor ou destinatário, contratante do transporte ou seus consignatários.
Os Seguros de Responsabilidade Civil do Transportador são subdivididos 
de acordo com o modal de transporte utilizado (rodoviário, aéreo, ferroviá-
rio, aquaviário). 
O Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador mais comercializado 
no Brasil, o Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga, 
é conhecido por sua sigla RCTR-C e pertence ao modal Rodoviário. Falare-
mos sobre esse seguro mais à frente.
 CONTRATO DE SEGURO 
 DE TRANSPORTES 
O contrato de seguro de Transportes surge, na maioria das vezes, em 
decorrência de dois outros tipos de contratos que o antecede:
Contrato de compra e venda
Documento que formaliza a transação comercial entre um ven-
dedor e um comprador, estabelecendo as obrigações entre as 
partes contratantes.
Conhecimento de Embarque
Documento que formaliza a contratação do frete, que contém as 
características do bem ou mercadoria e o percurso do transporte 
e a confirmação da entrega daquele bem ou mercadoria ao trans-
portador pelo embarcador. 
22
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Portanto, esse é o documento que faz prova da entrada da merca-
doria no meio de transporte, essencial para o seguro, e que será 
emitido de acordo com o modal escolhido.
A exceção à regra da existência de contrato anterior ao contrato 
de Seguro de Transporte ocorre quando, por exemplo, há simples 
transferência de mercadorias entre filiais de uma mesma empresa 
utilizando veículos próprios. Nesses casos, emite-se uma nota fis-
cal de simples remessa, inexistindo o conhecimento de embarque, 
já que não haverá a figura do transportador.
Importante 
 ■ Contrato de compra e venda: representado pela nota fiscal ou fatura comercial; e
 ■ Contrato de transporte de mercadorias: representado pelo conhecimento de 
embarque ou de frete ou de transporte.
 
 INTERESSE SEGURÁVEL 
Os Seguros de Transportes e de Responsabilidade Civil do Transportador 
se diferenciam pelo interesse segurável. 
No primeiro, o Seguro de Transportes, pode ser contratado por quem deti-
ver a propriedade ou posse direta sobre o bem ou a mercadoria transpor-
tada, pois, nessa hipótese, o segurado possui interesse em preservá-los 
contra os riscos inerentes à viagem, podendo ser:
 ■ o dono da mercadoria ou embarcador;
 ■ o credor ; ou
 ■ o agente logístico.
Portanto, os Seguros de Transportes nacionais e internacionais não 
podem, em nenhuma hipótese, ser contratados pelo transportador ou 
outro depositário, porque o Seguro de Transporte visa garantir o interes-
se da pessoa física ou jurídica que tem interesse segurável (propriedade, 
posse, entre outros) sobre a carga.
O Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador de Carga, por sua 
vez, não poderá ser contratado pelo embarcador da mercadoria, ape-
nas por empresas transportadoras devidamente legalizadas e habilitadas 
pelas normas em vigor.
Credor
É o agente financeiro que tem 
por garantia o bem/mercadoria 
objeto do transporte, podendo 
exigi-lo do devedor para 
saldar sua dívida.
23
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
O interesse segurável do embacador ou do transportador será definido 
pelo contrato que deu origem à necessidade de deslocamento do bem 
ou mercadoria, pois nele será determinada a responsabilidade das partes. 
Para que você entenda melhor, veja esse exemplo: o contrato de compra 
de um veículo importado determinará as obrigações do vendedor para o 
transporte desse bem, desde a fábrica até o local de destino final, poden-
do o comprador (proprietário) assumir parte da obrigação do transporte e 
pelo seguro desde a origem até o local final.
Para finalizarmos esta seção, observe o esquema a seguir, que represen-
ta as relações que precedem o contrato de Seguros de Transportes e o 
de Responsabilidade Civil do Transportador:
FIGURA 3: RELAÇÕES QUE PRECEDEM OS CONTRATOS
:
OPERAÇÃO
DE COMPRA E VENDA DE TRANSPORTE
Contrato de compra e venda
nota fiscal ou outro
documento equivalente
Contrato de transporte 
Conhecimento de embarque ou 
outro documento equivalente
Seguro de transporte
Único embarque ou
vários embarques
Seguro de responsabilidade
civil do transportador
Vários embarques
Fonte: os autores (2021).
O mercado não oferece coberturas de apólices avulsas aos transportado-
res rodoviários em razão da característica de operação ser dinâmica, o que 
pressupõe a cobertura para vários embarques realizados.
24
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONTRATOS DE COMPRA E 
 VENDA E INCOTERMS 
Com o incremento do comércio global, houve a necessidade de padroni-
zação dos contratos de compra e venda. Nesses contratos estão definidas 
as responsabilidades pela contratação do Seguro de Transporte, sejam 
elas do vendedor ou do comprador da mercadoria. Essas cláusulas padrão 
são conhecidas pela sigla Incoterms.
Os Incoterms surgiram em 1936, quando a Câmara Internacional do Comér- 
cio – CCI –, com sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas for- 
mas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional.
Como as mudanças no comércio internacional evoluem com o avanço do 
comércio global, os Incoterms – International Commercial Terms ou termos do 
Comércio Internacional – são revisados e atualizados a cada 10 anos. A 
mais nova revisão ocorreu em 2020.
Os Incoterms servem para definir, na estrutura de um contrato de compra 
e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador/
vendedor e do importador/comprador, estabelecendo um conjunto padrão 
de definições e determinando regras e práticas neutras, como onde o 
exportador deverá entregar a mercadoria, quem pagará o frete ou quem 
será o responsável pela contratação do seguro.
É válido lembrar que os costumes e as leis variam de acordo com 
cada país, por isso, a padronização das regras de comércio evita problemas de 
interpretação das partes contratantes quanto ao custo e risco das transações. 
Assim, é possível reconhecer a necessidade de padronizar previamente o 
entendimento do vendedor e do comprador quanto às tarefas necessárias 
para deslocamento da mercadoria, desde o local de origem até o local de 
destino (zona de consumo).
Esse deslocamento de mercadorias e bens pode ser resumidos pelos pas-
sos representados a seguir:
Saiba mais
 Indicamos a leitura do livro 
Incoterms 2020, que pode ser 
obtido, gratuitamente, no sítio 
do ICC, em: 
https://2go.iccwbo.org/
incoterms-2020-eng-
config+book_version-Book/. 
Elaboração: Câmara de 
Comércio Internacional, 
https://2go.iccwbo.org/incoterms-2020-eng-config+book_version-Book/.
https://2go.iccwbo.org/incoterms-2020-eng-config+book_version-Book/.
https://2go.iccwbo.org/incoterms-2020-eng-config+book_version-Book/.
25
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
FIGURA 4: DESLOCAMENTO DE MERCADORIAS E BENS
 
1. Embalagem e marcação.
2. Carregamento.
3. Transporte interno (país do exportador).
4. Desembaraço aduaneiro na exportação (partida).
5. Movimentação em terminal (partida).
6. Seguro da viagem principal; transporte da viagem principal.
7. Movimentação em terminal (chegada).
8. Desembaraço aduaneiro na exportação (chegada); 
9. Transporte interno no destino.
10. Descarga no destino.
Fonte: os autores (2021).
No ano 2020, foi realizada uma atualização dos Incoterms. Essa atualização 
levou em consideração o crescimento das zonas de livre comércio, o aumento 
de comunicações eletrônicas em transações comerciais e as mudanças nas prá-
ticas relativas ao transporte de mercadorias,além de oferecer uma visão mais 
simples e mais clara dos 11 incoterms, que são divididos em grupos, você pode 
observar no quadro a seguir.
26
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
QUADRO 1: ATUALIZAÇÃO DOS INCOTERMS
Grupo E 
(Oigem / Partida)
EXW Ex Works
Grupo F 
(Livre no Transporte)
FCA 
FAS 
FOB
Free Carrier 
Free Alongside Ship 
Free on Board
Grupo C 
(Transporte Principal Pago)
CPT 
CIP 
CFR 
CIF
Carriage Paid to 
Carriage and Insurance Paid to 
Cost and Freight 
Cost, Insurance and Freight
Grupo D 
(Chegada)
DAP 
DPU 
DDP
Delivered at Place 
Delivered at Place Unloaded 
Delivered Duty Paid
Fonte: os autores (2021).
Neste material, iremos estudar apenas os três Incoterms mais utilizados no 
Brasil, procurando apresentar os níveis de responsabilidade de cada uma 
das partes envolvidas no contrato de compra e venda. São eles:
 ■ EX (Ex Works).
 ■ FOB (Free On Board).
 ■ CIF (Cost, Insurance and Freight).
O quadro a seguir traz a síntese da distribuição das responsabilidades na 
relação entre comprador/importador e vendedor/exportador durante o 
deslocamento das mercadorias ou bens, desde a origem até o destino.
Observe que, para cada modalidade, há diferenças entre as responsabili-
dades do vendedor, sinalizadas com a cor preta, e as responsabilidades do 
comprador, sinalizadas com a cor cinza.
27
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
QUADRO 2: TABELA INCOTERMS 2021
CUSTOS EX FOB CIF
Embalagem e marcação
Carregamento
Transporte interno 
(país do exportador)
Desembaraçado aduaneiro na exportação 
(partida)
Movimentação em 
terminal (partida)
Seguro de viagem 
principal
Transporte de viagem principal
Movimentação em 
terminal (chegada)
Desembaraçado aduaneiro na exportação 
(entrada)
Transporte interno 
no destino
Descarga no destino
Modalidade de transporte Qualquer Marítimo Marítimo
Transferência de riscos: do vendedor para 
o comprador
No local de 
origem
Ao cruzar a murada do na-
vio, no porto de embarque
Comprador Vendedor
Fonte: os autores (2021).
Preste atenção no resumo a seguir. Nele, você vai encontrar listadas as 
obrigações assumidas pelas partes do contrato de compra e venda, de 
acordo com o Incoterms especificado.
A seguir, apresentamos o resumo das obrigações assumidas pelas partes 
do contrato de compra e venda, de acordo com o Termo Internacional de 
Comércio especificado.
28
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
QUADRO 3: RESUMO DAS OBRIGAÇÕES DE CONTRATAR FRETE E SEGURO 
NOS PRINCIPAIS TIPOS DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA
CONTRATO PROVIDÊNCIAS DO VENDEDOR Exportador
PROVIDÊNCIAS DO COMPRADOR 
Importador
EXW 
(Ex Works)
Entregar a mercadoria ao comprador 
no seu estabelecimento.
Contratar o seguro e o transporte 
(frete), a partir do estabelecimento do 
vendedor.
FOB 
(Free on Board)
Contratar o transporte interno e o 
seguro até o porto de embarque, in-
clusive a colocação da carga a bordo 
(dentro) do navio.
Contratar o transporte e o seguro, 
principais, do porto de embarque 
(com a carga já a bordo) até o local de 
destino.
CIF 
(Cost, Insurance and 
Freight)
Contratar o transporte e o seguro do 
início até o porto de destino final.
Contratar o transporte até o destino 
final.
Fonte: os autores (2021).
Você percebeu que, quando comparadas as responsabilidades atribuídas aos 
termos acima descritos, a Cláusula Ex Works é aquela que impõe a menor 
quantidade de obrigações ao vendedor e maiores obrigações ao comprador? 
Por outro lado, o Incoterm CIF é o tipo que determina ao vendedor o maior 
número de obrigações em comparação ao Incoterm anteriormente citado.
Para que não fique nenhuma dúvida, dê uma olhada no exemplo a seguir.
Considere que um exportador brasileiro de soja do Centro-Oeste tem a 
intenção de vender sua produção agrícola para Shanghai, na China, esco-
ando-a via Porto de Santos. Nesse caso, o contrato internacional celebrado 
entre o vendedor/exportador brasileiro e o comprador/importador chinês 
prevê no Contrato a aplicação do Incoterm FOB (free on board). 
Nessa hipótese, a empresa brasileira ficará responsável por contratar o 
frete em território nacional (transporte interno) desde o local da produção, 
além do seguro, até o porto de embarque (Porto de Santos), inclusive a 
colocação da carga a bordo (dentro) do navio que fará o transporte de 
Santos (SP) até o porto de Shangai, na China.
Em contrapartida, na hipótese acima descrita, o importador deverá con-
tratar o transporte principal (do Brasil até a China), além do seguro desse 
trajeto, bem como do Porto de Shanghai até o local de destino.
29
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Saiba mais
Apesar de as bases dos contratos de Incoterms serem gerais, algumas disposições es-
peciais incluídas pelas partes no contrato prevalecem sobre as regras do Incoterm. Por-
tanto, ainda que adotem determinado Incoterm, as partes contratantes podem estipular 
variações ou adições em relação a elas, atendendo às necessidades de seus negócios 
e às conveniências do momento.
 — Obrigatoriedade da Contratação 
do Seguro de Transportes de Bens
Seguro de Transporte Nacional
As pessoas jurídicas de direito público ou privado são obrigadas a segurar 
os bens e as mercadorias de sua propriedade contra os riscos de força 
maior e caso fortuito inerentes aos transportes rodoviários, ferroviários, 
aéreos e aquaviários. 
Essa obrigatoriedade encontra-se disposta no art. 12 do capítulo VI do 
Decreto nº 61.867/1967, combinado com o inciso III do art. 2o do Decreto 
85.266/1980.
Esta modalidade de seguro é regulamentada pela Circular Susep 354, de 2007.
Mesmo considerando que os conceitos de força maior e caso fortuito são 
excludentes de responsabilidade dos transportadores, podemos dizer, 
que no campo prático, a diferenciação é de pouca relevância. Assim, o 
manual adotou a seguinte definição:
Força maior/caso fortuito
Acontecimento inevitável, irresistível, imprevisto e independente 
da vontade humana. 
Exemplo: roubo com utilização de arma, tempestade, furacão, 
inundação, queda de raio, entre outros fenômenos da natureza.
Seguro de Responsabilidade 
Civil do Transportador
O art. 10, no capítulo IV do Decreto nº 61.867/1967, também estabelece que 
as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que se incumbi-
rem do transporte de carga e mercadorias de terceiros, são obrigadas a con-
30
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
tratar Seguro de Responsabilidade Civil em garantia contra perdas e danos 
que sobrevenham às cargas que lhes tenham sido confiadas para transporte 
em território nacional, contra a emissão de conhecimento de embarque. 
Segundo o mesmo decreto, os transportadores são obrigados a segurar 
suas responsabilidades contra riscos que não se enquadrem como força 
maior ou de caso fortuito.
.
Importante
Essas normas estão em vigor até hoje. Em 05 de janeiro de 2007, o art. 13 da Lei 11.442 
ratificou os dispositivos do Decreto nº 61.867/1967, mantendo a obrigatoriedade da 
contratação do seguro prevista no artigo 20 da Lei 73/1966.
Seguros de Importação e 
Seguros de Exportação
A contratação dessas modalidades de seguro não é obrigatória. O que 
vai determinar a necessidade de contratar o seguro para as mercadorias 
importadas ou exportadas será a modalidade do contrato de Compra e 
Venda praticado pelas partes envolvidas – Incoterms.
Estas modalidades de seguro também são regulamentadas pela circular 
Susep nº 354/ 2007.
 INSTRUMENTOS DE UM 
 CONTRATO DE SEGUROS 
 DE TRANSPORTES 
Os documentos fundamentais para efetuar o contrato de Seguros de 
Transportes são o questionário, a proposta, a apólice, o endosso, a aver-
bação e a fatura ou conta mensal. Falaremos detalhadamente sobre cada 
um deles a seguir.
Também podemos acrescentar a essa lista o certificado de seguro, usado 
em Seguros de Transportes Internacionais – Exportações.
Quando falamos em instrumentos de contratação, estamos nos referindoaos documentos oficiais de uma seguradora que irão permitir que o con- 
trato de Seguros de Transportes exista.
Saiba mais
Leia a Resolução CNSP 197, de 
16 de dezembro de 2008, que 
trata do tema contratação de 
seguro no exterior.
31
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Questionário
Um dos documentos mais utilizados para iniciar uma negociação de um 
Seguro de Transportes é o Questionário para Análise de Aceitação – 
Anexo 10.
O questionário é o documento que acompanha a proposta em que o 
segurado responde a perguntas feitas pela seguradora sobre o risco. 
Cada seguradora tem o seu modelo, mas, de modo geral, as informações 
solicitadas são as mesmas.
O questionário contém todas as informações necessárias para a análise do 
risco e, ao solicitar a cotação à seguradora, ele é utilizado para acompa-
nhar a proposta de seguro. 
É a partir dos elementos desse questionário que a seguradora avalia as 
condições do risco, faz o enquadramento necessário e decide se irá ou 
não assumi-lo e qual o prêmio adequado aquela operação.
O preenchimento correto e completo do questionário, com informações pre-
cisas e claras sobre o risco, pode evitar que a seguradora venha a fazer 
outros questionamentos. Além disso, também permite que a cotação ou 
proposta a ser apresentada esteja adequada às necessidades do segurado.
Contudo, recomenda-se que o questionário, após preenchido adequada-
mente com as informações sobre o risco a ser proposto, seja assinado pelo 
segurado e corretor. Além de servir para avaliação e enquadramento do 
risco pela Seguradora trata-se de um documento oficial das informações 
fornecidas pelo segurado.
 — Proposta
A proposta (Anexo 1) é o documento que contém todas as informações 
acerca dos riscos propostos, inclusive as condições particulares, especiais 
e demais cláusulas do contrato de seguro. Normalmente, ela é emitida pela 
seguradora ou pelo corretor, mas sempre deve ser assinada pelo interes- 
sado em contratar o seguro e também pelo corretor.
A proposta precisa refletir fielmente tudo o que foi negociado com o segu-
rado, culminando na cotação que a seguradora lhe apresentou.
Ao assinar a proposta, o segurado concordará com tudo o que estiver ali 
descrito e, por esse motivo, é importante que ele se certifique de estar 
assinando a proposta que contém as condições negociadas.
Algumas seguradoras podem se recusar a apresentar uma proposta ou 
cotação por falta de informações ou informações imprecisas. Podem, ain-
Saiba Mais
A qualidade das informações 
a cerca das operações dos 
clientes serão importantes 
para definição da proposta 
em termos de condições e 
também a precificação. Dessa 
forma, deve-se observar: 
a) Tipo de mercadorias 
– tipo e aplicação;
b) Valores por embarques e 
somatório mensal (volumetria);
c) Regiões de operação 
(viagens);
d) Tipo de gerenciamento de 
risco utilizado;
e) Experiência em termos 
de sinistralidade (acidente e 
roubos) nos últimos 12 meses.
32
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
da, elaborar uma proposta com condições que não condizem com o risco 
ou não atendam às necessidades do segurado.
A proposta do Seguro de Transportes não segue um modelo específico, 
pois cada seguradora adota um critério de elaboração.
Prazo de Aceitação da Proposta pela Seguradora
A seguradora dispõe de 7 (sete) dias corridos, nos casos de propostas para 
seguros de apólices avulsas e de 15 (quinze) dias corridos, nos demais 
seguros, contados a partir da data do recebimento da proposta, para recu- 
sar, por escrito, o risco que lhe foi proposto.
Entretanto, no caso de solicitação de documentos complementares, para 
análise e aceitação do risco, ou alteração proposta, o prazo de 15 dias 
ficará suspenso e voltará a correr a partir da data em que a documentação 
solicitada for entregue.
Atenção
A ausência de manifestação da seguradora, por escrito, com relação a esses prazos 
caracteriza a aceitação tácita (automática) do risco proposto. Ou seja, caracteriza a con-
tratação da proposta de seguro apresentada.
 — Apólice 
A apólice é um instrumento básico que formaliza a contratação de um 
seguro. É na apólice que são registradas as condições e taxas dos Seguros 
de Transportes e sua forma de operação.
As apólices de Seguros de Transportes possuem uma página de capa, cha- 
mada frontispício, na qual estão dispostos: os dados do segurado, a identi-
ficação da sucursal ou filial da seguradora, além do ramo e do número da 
apólice. Quando a apólice for avulsa, constará, também, o prêmio do seguro.
Ao frontispício é anexada uma especificação de seguro, que é separada 
por itens (limite de responsabilidade, garantias/riscos cobertos, objeto do 
seguro). Também devem ser anexadas à apólice todas as cláusulas e con-
dições de cobertura que forem ratificadas em seu texto.
33
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Nos Seguros de Transportes, são utilizados quatro tipos de apólices:
Apólice Avulsa
A apólice avulsa (Anexo 2) visa à cobertura de um único embarque, con-
templando toda a especificação da mercadoria segurada (marca, núme-
ro de série, espécie, quantidade, embalagem, valor, meio de transporte, 
locais de início e destino, cobertura, taxas, prêmio e importância segurada). 
A contratacão desta apólice é recomendada para empresas que não efetu-
am embarques com frequência. 
As apólices contêm as condições gerais, especiais e particulares aplicáveis 
ao embarque efetuado pelo segurado.
Apólice de Averbação ou Aberta
A apólice de averbação, ou aberta, é a forma mais utilizada e recomen-
dada para segurados que efetuam embarques com frequência ao longo 
da vigência, em datas incertas e imprevisíveis, com valores segurados 
variáveis e igualmente imprevisíveis. As apólices também contêm as con-
dições gerais, especiais e particulares que regem todos os embarques 
efetuados pelo segurado.
A especificação das mercadorias seguradas constará das averbações, que 
poderão ser emitidas pelo segurado em formulário impresso ou por meio 
eletrônico mediante acordo prévio com a seguradora.
Apólice Anual com Prêmio Fracionado 
(ou Apólice Ajustável)
A apólice anual com prêmio fracionado, ou simplesmente apólice ajus-
tável, é aquela destinada a cobrir diversos embarques, com prêmio fixo 
ou ajustável.
A importância segurada e o prêmio inicial serão calculados com base em esti-
mativa anual de embarques, fornecida pelo segurado. O prêmio nor- malmen-
te é cobrado em até 11 parcelas, a critério do segurador.
Em geral, o ajustamento do prêmio é feito ao final da vigência da apólice, ou 
em períodos menores, se assim for negociado, e tem base nos embarques 
efetivamente realizados pelo segurado, que se compromete a informá-los 
mensalmente à seguradora. 
Nessa apólice também poderá ser negociada a entrega, ao término da 
vigência, da relação dos embarques realizados.
34
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Apólice Sem Averbação para Empresas de 
Pequeno Porte (micro e pequenas empresas)
Algumas seguradoras do mercado brasileiro, pensando em simplificar a con-
tratação do seguro de transportes para micro e pequenas empresas, desen-
volvem o seguro sem a necessidade de averbação. No processo de subs-
crição, as seguradoras definem um valor máximo de faturamento anual para 
definição do porte da empresa. Trata-se de relevante modelo de negócio que 
visa à inclusão de empresas que tem sua importância no cenário econômico.
 — Averbação
A averbação é o ato de o segurado informar à seguradora, por qualquer 
meio de comunicação acordado entre as partes, a realização dos seus 
embarques no caso de apólices abertas. 
Das averbações devem constar os principais dados sobre o embarque: 
data de saída, local de início e destino, identidade do veículo transportador, 
importância segurada, coberturas ou garantias pretendidas, tipo de merca-
doria, embalagem.
O mais importante a ser observado em relação às averbações são seus 
prazos de entrega. Isso porque nãoentregar a averbação dentro do prazo 
estabelecido nas condições do seguro pode acarretar perda do direito à 
indenização pelo segurado.
Nos Seguros de Transportes, geralmente, adota-se um dos seguintes tipos 
de averbação:
Simples
Deve ser entregue à seguradora antes do início do embarque. Reco-
mendada a segurados com reduzida frequência de embarques; 
Simplificada
Pode ser entregue à seguradora até o dia 15 do mês subsequente 
ao da realização ou da data de chegada das viagens, no caso de 
transportes de importação. Indicada para segurados que possuam 
considerável volume de embarques. 
A averbação simplificada é apresentada em forma de relação de 
embarques, contendo todas as informações relativas aos embar-
ques efetuados pelo segurado.
Nos Seguros de Transportes Nacionais são utilizadas averbações simples 
e/ou simplificadas.
35
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Nos Seguros de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de 
Carta (RCTR-C), são utilizadas apenas averbações simples, estando proibi-
das as averbações simplificadas, conforme Resolução CNSP 247/2011.
Todavia, nos Seguros de Transportes Internacionais, as averbações obede- 
cem as regras um pouco diferenciadas.
 ■ Nas importações são utilizadas averbações provisórias, definitivas 
e provisórias únicas.
 ■ Nos Seguros de Transporte Internacional de Exportação são uti-
lizadas averbações do tipo simples, e a utilização da averbação 
simplificada pode ser negociada.
A maioria das seguradoras criou sistemas informatizados para que o segurado 
proceda à comunicação de embarques por meio de averbações eletrônicas. 
Esses sistemas consistem no envio às seguradoras, pelos segurados, de infor-
mações sobre os embarques às seguradoras, por meio de coletor de dados 
ou redes de informática, inclusive pela Internet. A transmissão de arquivos 
também é utilizada, agilizando a comunicação dos embarques e, consequen-
temente, o trabalho operacional dos segurados e das seguradoras.
 — Endosso
É o documento emitido pela seguradora para complementar, prorrogar, 
cancelar ou realizar qualquer tipo de alteração no contrato de seguro em 
vigor. Uma vez emitido, o endosso passa a ser parte integrante e insepa-
rável da apólice.
 — Fatura ou Conta Mensal
É o documento emitido pela seguradora para cobrança do prêmio do seguro 
nas apólices por averbação. As faturas são emitidas mensalmente e compre- 
endem o somatório dos prêmios das averbações entregues à seguradora.
 — Certificado de Seguro
É utilizado nos Seguros de Exportação e tem a finalidade de comprovar, 
junto ao importador ou bancos financiadores, que o seguro foi contratado.
O certificado é quase uma averbação, pois dele deverão constar todos os 
dados sobre o embarque, como em uma averbação. Ele deve ser solicita-
do pelo segurado, sempre antes do início do risco.
Saiba mais
Veja um modelo de averbação 
utilizado nos Seguros de 
Transportes no Anexo 4.
36
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
O certificado de seguro (Anexo 5) é usado somente em Seguros de 
exportações e tem a finalidade de comprovar a contratação do segu-
ro, por parte do exportador, a contratação do seguro para bancos finan-
ciadores, compradores de mercadorias (importadores) ou terceiros com 
algum interesse nos bens.
Essa comprovação será necessária quando o contrato de compra e venda 
estabelecer que a contratação do seguro deve ser feita pelo vendedor 
(exportador), como nos contratos na modalidade CIF.
Importante
O certificado de seguro obedece a um modelo padronizado e é acompanhado de ins-
truções em português e inglês sobre como o recebedor das mercadorias deve proce-
der em caso de sinistro. 
Se houver o pedido formal do cliente junto à seguradora/corretor, pode-se emitir o cer-
tificado também para as operações de importação.
 CONCEITOS UTILIZADOS 
 EM SEGUROS DE TRANSPORTES 
Muitos conceitos e terminologias utilizados no Seguro de Transportes 
são comuns a outros tipos de seguros, mas alguns guardam certas parti-
cularidades. Veja a seguir a definição de limite máximo de garantia (LMG), 
prazo para pagamento do prêmio, franquia e participação obrigatória do 
segurado (POS), critérios de taxação, importância segurada, moeda do 
seguro e vistoria.
 — Limite Máximo de Garantia (LMG)
Entende-se por limite máximo de garantia (LMG) de uma apólice o valor 
máximo para a qual a seguradora garante cobertura, por viagem, em 
um mesmo meio de transporte ou por acúmulo de bens ou mercadorias, 
decorrentes de uma ou mais viagens, ainda que tal acúmulo não seja do 
conhecimento do segurado.
37
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Importante
Entende-se por Limite Máximo de Garantia (LMG) – previsto na apólice. O LMG corres-
ponde ao limite de responsabilidade da apólice em cada embarque/veículo/viagem ou 
por acúmulo em qualquer local coberto pela apólice.
Saiba mais:
Além do LMG, temos ainda o LMI e o IS. Veja o que significa cada uma dessas siglas:
Limite Máximo de Garantia (LMG): valor máximo garantido pela seguradora em um mes-
mo embarque/veículo/viagem ou por acúmulo em qualquer local coberto na apólice.
Limite Máximo de Indenização (LMI): é um valor estipulado na apólice em que, na 
hipótese de a soma das indenizações pagas atingir tal limite, a apólice será automatica-
mente cancelada.
Importância Segurada (IS): é o valor averbado pelo segurado, em conformidade com os 
conhecimentos de embarques rodoviários emitidos pelo segurado ou outro documento 
da mesma importância e conteúdo, entregues no modo de averbações à seguradora.
Para melhor compreensão, vamos considerar o seguinte exemplo em uma 
operação de transportes:
1) Mesma data de viagem;
2) Um veículo com 100 mil reais em viagem de São Paulo para Rio 
de Janeiro;
3) Outro veículo com 100 mil reais em viagem de Santa Catarina 
para Minas Gerais;
4) Outro veículo com 100 mil reais em viagem de Pernambuco para 
Fortaleza;
5) Considerando que os três veículos se envolvam em sinistros 
cobertos pelo seguro, em que o LMG ou LMI tenha sido contra-
tados em 100 mil reais;
6) No LMG, haverá cobertura para as três viagens;
7) No LMI, haverá cobertura para 100 mil, e a apólice e/ou cobertu-
ra será automaticamente cancelada.
38
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Importante
A aceitação de eventuais embarques de valor superior ao LMG constante na apólice 
dependerá de concordância da seguradora, prévia e expressa, que deverá ser consul-
tada, por escrito, pelo menos três dias úteis antes do início da viagem ou do acúmulo.
Muitas vezes, as ampliações que são feitas por endosso referem-se apenas a deter-
minados embarques e acabam sendo chamadas de embarques esporádicos. Após a 
conclusão da viagem, a apólice retorna automaticamente aos limites anteriores.
 — Prazo para Pagamento do Prêmio
O prêmio do seguro deve ser pago até o 30º (trigésimo) dia após a emis-
são da fatura ou nota de seguro, exceto para as apólices avulsas, cujo 
prêmio deve ser pago à vista e antes do início do risco.
 — Franquia e Participação 
Obrigatória do Segurado (POS)
Em algumas modalidades são aplicadas franquias, já em outras modalida-
des são utilizadas participações obrigatórias dos segurados (POS).
Vale esclarecer que a franquia à qual estamos nos referindo corresponde 
ao valor inicial fixado no contrato, cuja responsabilidade é do segurado e 
está associada à perda parcial. Já a POS é o percentual fixado sobre even-
tual sinistro, podendo ou não ser associado a um valor mínimo.
Nesse ponto, cabe esclarecer a diferença entre franquia e POS:
A franquia é representada por um percentual definido na contratação do 
seguro e é calculada sobre o valor da IS do embarque – por exemplo, 
2% sobre o valor da Importância Segurada. Já a POS é a participação do 
segurado sobre o prejuízo – por exemplo, 10% calculado sobre o valor do 
prejuízo apurado em eventual sinistro.
Em relação à POS nos Seguros de Transportes Nacionais, temos uma situ-
ação diferente para cada tipo deviagem:
39
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Viagens terrestres
Geralmente não se aplicam franquias, exceto quando previamen-
te negociadas com o segurado. Atualmente, o mais praticado é 
a aplicação de POS (Participação Obrigatória do Segurado), em 
especial quando o risco proposto envolver mercadorias conside-
radas de alta atratividade para o roubo, como:
 ■ Autopeças;
 ■ Aparelhos celulares, partes e acessórios;
 ■ Bebidas;
 ■ Brinquedos;
 ■ Calçados;
 ■ Charque e carnes in natura;
 ■ Confecções e tecidos;
 ■ Couro beneficiário;
 ■ Eletrodomésticos/eletrônicos;
 ■ Leite em pó ou condensado;
 ■ Medicamentos;
 ■ Óleos comestíveis;
 ■ Óleos lubrificantes;
 ■ Pneus e câmaras de ar; e
 ■ Tintas.
Essa relação de mercadorias pode variar entre as seguradoras, 
que, de modo geral, possuem um número muito maior de merca-
dorias postas sob sua cobertura.
Viagens aquaviárias
São utilizadas franquias dedutíveis, aplicáveis ao valor do embarque, 
que variam de 1% a 3% em função da mercadoria e da embalagem.
Viagens aéreas
Não são aplicadas franquias nem POS, exceto quando negociado 
com o segurado.
Já nos Seguros de Transportes Internacionais, temos:
Importação
Para as viagens terrestres, aquaviárias e aéreas são utilizadas 
franquias dedutíveis, aplicáveis ao valor total do embarque e que 
variam de 1% a 3% em função da mercadoria e da embalagem.
Comentário
Nos Seguros de Exportação, 
não são utilizadas franquias, 
pois, em geral, os beneficiários 
são compradores no exterior 
e dificilmente aceitam a 
aplicação de franquias que 
acabam por ser deduzidas de 
suas indenizações, em caso de 
verificação do risco.
40
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Exportação
Usualmente, não são aplicadas franquias ou POS, exceto nos casos 
preestabelecidos entre seguradora e segurado.
 — Critérios de Taxação
Com o fim do monopólio do resseguro, as seguradoras passaram a poder 
firmar contratos com o ressegurador de sua preferência, o que trouxe para 
elas uma liberdade tarifária, ou seja, a possibilidade de adotarem critérios 
próprios para taxar um risco de transporte.
 — Importância Segurada
A importância segurada, estipulada pelo segurado, deve corresponder 
ao valor real do objeto segurado (custo) constante da nota fiscal, fatura 
ou outro documento hábil, mas não implica reconhecimento, por parte da 
seguradora, de prévia determinação de seu valor real.
A definição da importância segurada nos Seguros de Transportes apresen- 
ta algumas peculiaridades. Ao valor da nota fiscal podem ser adicionadas 
outras verbas seguráveis, mediante a contratação de coberturas adicio-
nais, que são:
 ■ Frete e/ou seguro.
 ■ Despesas.
 ■ Lucros esperados.
 ■ Tributos para mercadorias importadas (impostos, taxas e contribuições).
Os valores relativos às verbas seguráveis deverão ser separadamente dis-
criminados na apólice ou averbação.
Exemplo
Vejamos como seria um seguro em que o contratante optasse por todas as 
coberturas adicionais:
Custo (nota fiscal) R$ 90.000,00
Frete R$ 10.000,00
Despesas R$ 10.000,00
Lucros Esperados R$ 11.000,00
Tributos R$ 40.000,00
Importância segurada total R$ 161.000,00
41
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Importante
O exemplo mostrado anteriormente é mais comum de se observar em Seguros de 
Transportes Internacionais de Importação, pois, para haver inclusão das coberturas de 
Lucros Esperados e Tributos nos Seguros de Exportação, é necessária a solicitação 
expressa do importador.
Nos Seguros de Transportes Nacionais também não é muito comum a contratação des-
tas coberturas adicionais, uma vez que, ao emitir a nota fiscal, o vendedor já considerou 
o seu lucro, bem como os impostos incidentes sobre o produto.
Na hipótese de contratação do seguro com importância segurada inferior ao valor real 
do objeto segurado (averbação com valor a menor), será aplicado rateio, e o segura-
do, para todos os fins e efeitos, será considerado segurador da diferença e participará 
proporcionalmente dos prejuízos verificados.
Se, por ocasião de um sinistro, a seguradora detectar que houve exagero na importân-
cia segurada (averbação com valor maior), poderá reduzi-la (IS) ao valor real do objeto 
segurado, sem a devolução de prêmio.
 — Moeda do Seguro
Os Seguros de Transportes Nacionais, seja qual for o modal de transpor-
te, e os Seguros de Responsabilidade Civil dos Transportadores deve-
rão ser sempre contratados em moeda corrente, ou seja, em reais.
A importância segurada é informada em reais, e os prêmios, pagos na mes-
ma moeda. Eventuais indenizações decorrentes de sinistros também serão 
liquidadas da mesma forma.
Seguro de Importação
O Seguro de Importação, por envolver relações comerciais com outros 
países, permite ao segurado optar por duas formas para contratar a sua 
apólice: em moeda nacional ou moeda estrangeira. Veja a diferença entre 
essas duas formas a seguir.
Em moeda nacional
Nesta opção, ocorre a conversão dos valores que se encontram em 
moeda estrangeira nos documentos de compra e venda, bem como no 
conhecimento de transporte. A conversão é realizada considerando-se 
a paridade do câmbio vigente na data de saída do meio de transporte.
42
UNIDADE 1
SEGUROS DE TRANSPORTES
Toda e qualquer indenização será sempre paga ao segurado/ 
beneficiário, no Brasil, em moeda corrente. Caso haja necessidade 
de se fazer uma substituição do bem avariado, todos os custos 
para transferência do numerário para o exterior correrão por conta 
do importador.
Nessa modalidade, não existe cobrança do IOF.
Em moeda estrangeira
Nessa opção, o segurado tem o direito de declarar a importância 
segurada na moeda estrangeira original (exemplo: dólar, euro, libra).
Nessa modalidade não existe cobrança do IOF.
A cobrança do prêmio e a liquidação de sinistros em moeda estran-
geira estarão subordinadas às normas estabelecidas pelo Banco 
Central, por meio da Circular nº 3.691/2013, que permite às segu-
radoras a manutenção de contas em moeda estrangeira, conforme 
previsto no art. 187 do normativo.
Atenção
O pagamento do prêmio do seguro em moeda estrangeira obedecerá ao previsto no 
art. 118, inciso I da Circular 3.691 do Bacen.
“O prêmio e a indenização relativos ao contrato de seguro celebrado em moeda 
estrangeira, inclusive de crédito a exportação, são pagos por transferência ban-
cária, em moeda estrangeira, com utilização de recursos disponíveis no exterior 
ou mediante celebração e liquidação de contrato de câmbio, efetivando- se a 
entrega da moeda estrangeira para crédito na conta da empresa seguradora.”
 — Vistoria
Nos Seguros de Transportes, não são realizadas vistorias prévias, pois seria 
inviável devido à grande movimentação de cargas que é realizada diariamente.
A vistoria só é realizada em caso de sinistros para apuração dos danos, 
conforme veremos adiante.
43
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 FIXANDO CONCEITOS 1 
Marque a alternativa correta:
1. Os seguros de transportes podem ser contratados para quaisquer 
tipos de modais utilizados no transporte de carga. O tipo de transporte 
conhecido por “cabotagem” se refere às viagens realizadas: 
(a) Em rodovias e/ou ferrovias.
(b) Entre aeroportos internacionais.
(c) Em rios e lagos ou lagoas navegáveis.
(d) Pelo mar, entre portos nacionais ao longo da costa.
(e) Em viagens internacionais marítimas.
2. O transporte de mercadorias pode envolver mais de um modal de 
transporte (terrestre, aéreo, marítimo). Assinale a alternativa que apre-
senta o tipo de transporte combinado que se caracteriza pela emissão 
individual dos documentos de transporte para cada modal utilizado, bem 
como pela divisão de responsabilidade entre os transportadores.
(a) Transporte Rodofluvial.
(b) Transporte Multimodal.
(c) Transporte Rodoaéreo.
(d) Transporte Flexível.
(e) Transporte Intermodal. 
3. Os seguros de transportes nacionais e internacionais podem ser con-
tratados por quem detiver a propriedade ou possedireta sobre o bem 
ou a mercadoria transportada, ou seja, por quem possui o interesse em 
preservar seus bens contra os riscos inerentes ao transporte, entre os 
quais podemos citar:
(a) O transportador rodoviário.
(b) O importador de uma mercadoria.
(c) O transportador marítimo.
(d) O operador portuário.
(e) O fiel depositário. 
44
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
4. De acordo com o Decreto nº 61.867/1967, as pessoas jurídicas de direi-
to público ou privado são obrigadas a segurar os bens e as mercadorias 
de sua propriedade contra os riscos de força maior e caso fortuito ine-
rente ao transporte desses bens e mercadorias. Considerando as moda-
lidades de seguros transportes existentes, o seguro que essas pessoas 
jurídicas precisam contratar é o seguro de:
(a) Responsabilidade Civil de Transporte de Carga.
(b) Responsabilidade Civil decorrente de caso fortuito ou força maior.
(c) Transporte Nacional. 
(d) Transporte Internacional.
(e) Riscos empresariais (compreensivo).
5. Uma indústria de doces que, além de fabricá-los, também faz a distri-
buição em todo o Brasil pode ser definida, no mercado de seguros, como:
a) Embarcador.
b) Operador logístico.
c) Despachante aduaneiro.
d) Transportador.
e) Comissário de avarias.
6. Um empresário brasileiro resolveu negociar a compra de produtos ele-
trônicos da China para revender no Brasil. A operação foi realizada entre o 
Porto de Ningbo (China) e porto de Santos (Brasil). Com base nas informa-
ções, é correto afirmar que se trata de uma operação de:
a) Importação por cabotagem.
b) Exportação por cabotagem.
c) Importação marítima.
d) Exportação marítima.
e) Importação fluvial e lacustre.
7. Qual o objeto adaptado para ser utilizado em transportes de navios, 
trens e caminhões, sendo conhecido como cofre de carga, porque nele 
estão instalados dispositivos de segurança previstos por leis nacionais e 
internacionais?
a) Embalagem primária.
b) Contêiner.
c) Caixa de madeira.
d) Amarração de carga.
e) Embalagem secundária.
45
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
8. Os embarcadores emitem notas fiscais, enquanto os transportadores 
emitem:
a) Nota promissória.
b) Termo de compromisso.
c) Nota fiscal de simples remessa.
d) Conhecimento do embarque.
e) Oferta de crédito.
9. Qual é o contrato de compra e venda em que o comprador/importador 
no Brasil assume a responsabilidade em todo o percurso, da origem até o 
destino final?
a) FOB.
b) CIF.
c) EXW.
d) FAS.
e) CFR.
10. Um dos documentos mais utilizados para iniciar a negociação de um 
seguro de transportes bem como conhecer a operação do cliente é deno-
minado:
a) Proposta.
b) Questionário.
c) Apólice.
d) Averbação.
e) Endosso.
Consulte o gabarito clicando aqui.
46
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
02
 ■ Conhecer as principais 
cláusulas das condições 
gerais e específicas dos 
Seguros de Transportes, 
considerando situações 
práticas da comercialização 
de seguros de transportes.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Compreender o 
funcionamento e a 
aplicabilidade das 
principais coberturas 
básicas e das cláusulas 
específicas dos Seguros 
de Transportes, analisando 
situações práticas.
⊲ CONDIÇÕES GERAIS
⊲ CONCORRÊNCIA DE APÓLICES
⊲ SUB-ROGAÇÃO DE DIREITOS
⊲ RESCISÃO E CANCELAMENTO
⊲ OBRIGAÇÕES DO SEGURADO
⊲ PERDA DE DIREITOS
⊲ COBERTURAS BÁSICAS
⊲ COBERTURA BÁSICA RESTRITA C
⊲ COBERTURA RESTRITA B
⊲ COBERTURA BÁSICA AMPLA A
⊲ PREJUÍZOS NÃO INDENIZÁVEIS 
(RISCOS NÃO COBERTOS)
⊲ RISCOS SUJEITOS À CONSULTA 
PRÉVIA E ESTIPULAÇÃO 
NA APÓLICE (COBERTURAS 
A, B E C)
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
CONDIÇÕES 
GERAIS e 
COBERTURAS 
BÁSICAS dos
SEGUROS de TRANSPORTES
47
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONDIÇÕES GERAIS 
As condições gerais possuem cláusulas que regulamentam os direitos e as 
obrigações do segurado e da seguradora.
Uma única condição geral aplica-se aos Seguros de Transportes nacionais 
e internacionais, independentemente da modalidade de transporte (terres-
tre, aérea ou aquaviária).
 — Condições contratuais padronizadas
Por meio da Circular Susep nº 621, de 12 de fevereiro de 2021, a Susep 
revogou a Circular Susep nº 265, de 16 de agosto de 2004, que dispunha 
sobre planos padronizados e planos não padronizados.
As condições contratuais padronizadas são de uso facultativo pelas socie-
dades seguradoras e se referem a normativos ainda vigentes, que serão 
progressivamente revisados e revogados, seguindo os objetivos estraté-
gicos de simplificar a regulação dos mercados e promover um ambiente 
favorável ao desenvolvimento de um mercado competitivo, transparente, 
inovador e com maior cobertura.
Atenção
As condições contratuais padronizadas do seguro de transporte foram originariamente 
elaboradas de forma a abranger tanto o ramo 0621 (transporte nacional) quanto o ramo 
0622 (transporte internacional). A atual legislação estipula que os planos de seguro de 
transporte contemplem apenas um desses ramos. Em consequência, as condições con-
tratuais padronizadas devem ser revisadas de forma a se adequarem a cada ramo.
Vale a pena ler
na íntegra
Circular Susep nº 354/2007, 
que disponibiliza no sítio da 
Susep as condições contratuais 
do plano padronizado para o 
Seguro de Transportes
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/circular-susep-n-621-de-12-de-fevereiro-de-2021-303756056
48
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Prejuízos Não Indenizáveis
Para fins desse seguro, consideram-se prejuízos não indenizáveis aqueles 
expressamente convencionados nas condições especiais, que fazem par-
te integrante e inseparável desta apólice, bem como:
a) Medidas sanitárias, desinfecções ou fumigações, invernada, 
quarentena, demora, estadia e sobrestadia em porto, imprópria 
preparação do navio para o carregamento, flutuações de preço e 
perda de mercado.
b) Atos decorrentes de riscos políticos, de crédito e de garantia 
financeira.
 — Bens e/ou Mercadorias Não 
Compreendidos no Seguro
Este item estabelece que não podem ser segurados em Transportes os 
seguintes bens e/ou mercadorias:
 ■ Qualquer bem, quando compreender outros riscos além dos exclu-
sivamente de Transporte.
 ■ Filmes e/ou equipamentos cinematográficos, fotográficos e simi-
lares, quando abrangerem os riscos de permanência em cinemas, 
estúdios, filmotecas, depósitos ou lojas de vendedores ou locado-
res e locais de filmagens.
 ■ Bens de terceiros recebidos para transporte.
 ■ Dinheiro (em moeda ou papel), cheques, contas e comprovantes 
de débito; metais preciosos e semipreciosos e suas ligas, trabalha-
das ou não, pedras preciosas, semipreciosas e pérolas, em geral, 
engastadas ou não; notas e notas promissórias; cartões de crédito, 
cartões telefônicos, cartões de estacionamento em geral; talões 
de cheques, vales e outros assemelhados e registros; títulos, apó-
lices, diamantes industriais, documentos e obrigações de qualquer 
espécie e escrituras; bilhetes de loteria, selos e estampilhas; salvo 
pelo seu valor material (intrínseco).
 ■ Bens em exposições, quando estiver incluído o risco de perma-
nência no local de exposição.
 ■ Joias, salvo quando se tratar de bagagem, nos termos da cobertu-
ra básica para Seguros de Bagagem.
Também não poderão ser segurados em Transportes os bens e/ou mer-
cadorias listados a seguir, a não ser que haja estipulação expressa, conti-
da na especificação da apólice, mediante inclusão de cobertura adicional 
ou cláusula específica, confirmando a cobertura. São eles:
49
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Equipamentos móveis, nos casos de autolocomoção.
 ■ Mercadorias em devolução ou redespachadas.
 ■ Mercadorias e/ou bens usados.
 ■ Mercadorias sem valor declarado no conhecimento de embarque.
 ■ Mercadorias embarcadas em navios com denominação a avisar.
 ■ Chapas galvanizadas e/ou folhas de ferro zincadas (folha de flan-
dres), sempre que o documento de compra estabelecer especifi-cações inferiores às mínimas previstas pela Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), quanto a peso, aderência e uniformi-
dade da camada de zinco.
 ■ Mercadorias transportadas no convés do navio.
 ■ Material radioativo.
 ■ Mercadorias embarcadas em navios com as seguintes características:
 » Estejam excluídos da 1a classe das sociedades de classificação 
reconhecidas ou de classes desconhecidas.
 » Tenham mais de 20 anos (a contar a partir do ano de constru-
ção do navio, inclusive conforme seu registro de classificação) 
ou de idade desconhecida.
 » Tenham menos de 1.000 toneladas de arqueação bruta TAB.
 » Não tenham autopropulsão.
 » Sejam construídos com outros materiais que não sejam ferro 
ou aço.
 » Sejam utilizados em linhas regulares de características des-
conhecidas.
 — Pagamento do Prêmio
A data limite para o pagamento do prêmio à vista ou da primeira parcela 
não poderá ultrapassar o 30o (trigésimo) dia da emissão da apólice, endos-
so, fatura ou conta mensal. 
 — Prazo do Seguro
Nas apólices de Transportes, deverão sempre constar as datas de início e 
fim da vigência do seguro.
No caso de apólice aberta, a vigência normalmente é de 12 (doze) meses, 
mas a seguradora pode, a seu critério, emitir apólices com vigência inferior 
a esse prazo.
50
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
As apólices terão início e término de vigência às 24 horas das datas indi-
cadas na proposta. Não havendo data especificada na proposta, valerá a 
data de entrada da proposta na seguradora.
Nas apólices do tipo avulsa, o prazo do seguro será o tempo de duração 
da viagem, o que não é possível especificar em apólice.
 — Regulação e Liquidação de Sinistros
De acordo com o disposto nas condições padronizadas estabelecidas 
pela Circular no 354/2007, a seguradora é obrigada a pagar em dinheiro 
o prejuízo resultante do risco assumido ou, caso haja concordância com o 
segurado, poderá repor o bem objeto da cobertura contratada. Importante 
observar as regras contidas na Circular 621, de 2021, da Susep.
Valor do Objeto Segurado
O valor do objeto segurado é o valor de custo constante na fatura comer-
cial ou documento equivalente.
Na falta da fatura comercial ou documento equivalente, o custo deve 
corresponder ao valor de mercado do objeto segurado no local e data 
do embarque.
 CONCORRÊNCIA DE APÓLICES 
Quando, na data da ocorrência de um sinistro, existirem outros seguros garan-
tindo os mesmos riscos previstos nesse contrato, a seguradora contribuirá 
apenas com a quota de indenização das perdas e dos danos sofridos pelo 
segurado na proporção existente entre a importância que houver garantido 
para os riscos ocorridos e a totalidade da importância segurada por todas as 
apólices em vigor naquela data.
 SUB-ROGAÇÃO DE DIREITOS 
Efetuado o pagamento da indenização, o comprovante valerá como ins-
trumento de cessão, a seguradora ficará sub-rogada, até o valor da inde-
nização paga, em todos os direitos e ações do segurado contra aqueles 
que, por ato, fato ou omissão, tenham causado os prejuízos indenizados 
pela seguradora ou para eles concorrido.
51
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
Salvo dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano for causado pelo côn-
juge do segurado, seus descendentes ou ascendentes, consanguíneos 
ou afins.
É ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou extinga, em prejuízo 
do segurador, os direitos de sub-rogação.
 RESCISÃO 
 E CANCELAMENTO 
O contrato de Seguros de Transportes pode ser rescindido, total ou par-
cialmente, a qualquer tempo, por iniciativa de quaisquer das partes contra-
tantes, mas sempre com concordância recíproca, ressalvados os riscos em 
curso, ou seja, as viagens já iniciadas.
O seguro poderá ser cancelado nas seguintes situações:
 ■ Quando ocorrer o não pagamento do prêmio.
 ■ Decorrido o prazo de seis meses sem que o segurado tenha aver-
bado qualquer embarque.
 ■ No caso de falência ou liquidação judicial ou extrajudicial da 
empresa segurada.
Na prática, as seguradoras comunicam previamente a intenção 
de cancelar uma apólice em um prazo mínimo de 30 dias.
 OBRIGAÇÕES DO SEGURADO 
São obrigações a serem cumpridas pelo segurado, seus empregados e 
agentes, em caso de sinistro coberto pelas condições do seguro:
 ■ Dar imediato aviso à seguradora, por escrito, sobre todo e qual-
quer sinistro, inclusive declaração de avaria grossa, mesmo que o 
fato seja público e notório.
 ■ Independentemente das medidas legais e administrativas a que 
está sujeito, tomar todas as providências para defesa, salvaguar-
da e preservação do objeto segurado, bem como para minorar as 
consequências do sinistro e, ainda, agir em conformidade com as 
instruções que receber da seguradora.
52
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
Os eventuais desembolsos decorrentes das providências anterior-
mente mencionadas, bem como as despesas ou custos de salva-
mento devidos a terceiros, serão de responsabilidade da segura-
dora até o limite da importância segurada.
 ■ Instruir seu pedido de indenização com os documentos compro-
batórios da causa, natureza e extensão da perda ou dano material 
sofrido pelo objeto segurado.
 ■ Assegurar que todos os direitos contra transportadores, depositá-
rios ou terceiros estejam devidamente preservados e exercidos, 
observado o disposto na legislação em vigor.
A seguradora reembolsará o segurado por quaisquer despesas que 
tenham sido efetuadas, de maneira correta e razoável, no cumpri-
mento das obrigações previstas até o limite da importância segurada.
 ■ Havendo indícios de perdas, avarias, violação, falta de peso ou qual-
quer outra forma de dano às mercadorias seguradas, antes da retira-
da dos armazéns de descarga, deverá ser efetuada a vistoria obriga-
tória para a constatação do montante da perda, roubo ou avaria.
No caso de avaria ou falta em mercadorias importadas, obriga-se 
o segurado (ou seus prepostos) a requerer, dentro do mais curto 
prazo e antes do desembaraço aduaneiro, a competente vistoria 
aduaneira, a menos que haja expressa dispensa dessa providên-
cia por parte da seguradora.
A vistoria será realizada em conjunto com o representante da segu-
radora, do transportador e da entidade responsável que detiver a 
guarda ou custódia das mercadorias. Devem ser observados prazos 
e procedimentos previstos nas condições especiais do seguro.
Nos casos de mercadorias importadas, a seguradora não se res-
ponsabilizará por despesas normais ou extraordinárias com guarda, 
vigilância, capatazias e armazenagens que venham a incidir sobre o 
objeto segurado, salvo no caso em que essas despesas sejam, direta 
e exclusivamente, decorrentes de vistoria aduaneira não dispensada.
Muito embora ainda conste das Condições Gerais como uma obriga-
ção do segurado, a Vistoria Aduaneira foi extinta pela Lei Ordinária 
12.350/2010; portanto, as seguradoras deixaram de exigir tal providência.
 ■ Agir com razoável presteza em todas as circunstâncias que esti-
verem sob seu controle. As medidas tomadas pelo segurado ou 
pela seguradora com o objetivo de salvar, proteger ou recuperar o 
objeto segurado não serão consideradas como renúncia ou acei-
tação de abandono, nem de outro modo prejudicarão os direitos 
de qualquer parte.
53
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
O segurado obriga-se, ainda, a:
 ■ Comunicar à seguradora, com exatidão, todas as circunstâncias 
que, por algum modo, direta ou indiretamente, possam influir na 
aceitação do seguro ou na fixação da taxa do prêmio, não apenas 
contemporâneas à contratação, mas também as que se tenham 
verificado, ou cuja verificação for previsível durante a vigência da 
apólice.
 ■ Dar aviso imediato à seguradora, por escrito, ao longo de toda a 
vigência da apólice, acerca de toda e qualquer alteração relati-
va às informações contidas na proposta de seguro que originou 
a emissão da apólice, bem como toda e qualquer circunstância 
que, direta ou indiretamente, possa influirno estado do risco, alte-
rando-o, modificando-o ou ampliando-o, além de toda e qualquer 
circunstância cujo conhecimento possa ser útil para a seguradora 
atuar, por ações diretas ou mediante orientações, a fim de evitar a 
caracterização de sinistro ou o agravamento dos riscos.
 PERDA DE DIREITOS 
Além dos casos previstos em lei e nas condições da apólice, a seguradora 
ficará isenta de qualquer obrigação decorrente do contrato de seguro se:
 ■ O segurado fizer declarações falsas ou incompletas, ou, ainda, se 
omitir circunstâncias do seu conhecimento capazes de influir na 
aceitação da proposta.
 ■ O segurado deixar de cumprir as obrigações convencionadas na 
apólice.
 ■ O sinistro for devido à culpa grave ou dolo do segurado e/ou do 
beneficiário do seguro que, agindo em nome do próprio segu-
rado, ou com o seu conhecimento, tenham contribuído para a 
causa do sinistro.
 ■ O segurado fizer uso de qualquer comunicação fraudulenta ou de má-fé.
 ■ O segurado, por qualquer meio, procurar obter benefícios ilícitos 
do seguro.
 ■ O segurado se recusar a apresentar qualquer documentação que 
seja exigida pela seguradora, para o correto esclarecimento do 
fato ocorrido.
 ■ O segurado não declarar à seguradora a existência de quaisquer 
outros seguros que garantam, contra os mesmos riscos, os bens 
segurados.
54
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ O segurado não comunicar, imediatamente, à seguradora a efetiva-
ção posterior de outros seguros, conforme definido no item anterior.
 ■ Houver a inobservância ou negligência do consignatário ou de 
seus representantes no cumprimento das obrigações que tenham 
como propósito evitar ou reduzir perdas, bem como assegurar o 
direito de ressarcimento da seguradora contra transportadores, 
depositários ou outras partes envolvidas em sinistro indenizável 
pelas coberturas do seguro.
 COBERTURAS BÁSICAS 
Existem, ao todo, 23 coberturas básicas disponíveis, à escolha do segura-
do, que variam em função da amplitude dos riscos cobertos e/ou da mer-
cadoria ou bem a ser segurado.
Veja alguns exemplos:
 ■ Cobertura ampla para mercadorias/bens congelados.
 ■ Cobertura restrita para mercadorias/bens congelados.
 ■ Cobertura ampla para batata e outros bulbos raízes.
 ■ Cobertura ampla para madeiras.
São três principais coberturas básicas disponíveis:
 ■ Cobertura básica restrita C.
 ■ Cobertura básica restrita B.
 ■ Cobertura básica ampla A.
Essas coberturas podem ser contratadas para praticamente todo tipo de 
mercadoria, exceto para aquelas que possuem uma cobertura específica.
No Anexo 6 deste manual, estão relacionadas todas as coberturas básicas 
disponíveis.
Para analisarmos cada uma das coberturas básicas, é necessário enten-
dermos antes os conceitos e as características da avaria grossa, uma vez 
que se trata de um evento incluído em praticamente todas as coberturas 
básicas dos Seguros de Transportes e em algumas coberturas adicionais.
Avaria grossa ou avaria comum
Avaria grossa ou avaria comum é o dano, sacrifício ou gasto 
extraordinário feito, deliberadamente, pelo capitão e principais 
membros da tripulação para salvar o navio e/ou a carga transpor-
tada de um perigo iminente, comum a ambos.
55
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
Os procedimentos de avaria grossa, no Brasil, são regulados pelo 
Código Comercial Brasileiro.
A avaria grossa tem dois objetivos básicos:
 ■ O salvamento do navio e/ou da carga.
 ■ A continuação da viagem programada até o porto de des-
tino, no próprio navio ou por outros meios, com o carrega-
mento total ou parcial, perfeito ou avariado.
Os prejuízos classificáveis como avaria grossa podem ser dividi-
dos, de acordo com suas origens, em sacrifícios e despesas.
Sacrifícios são danos materiais sofridos por um bem, seja devido a um ato 
direto ou em consequência de ato de avaria grossa, provocados intencio-
nalmente para que se salve do perigo o restante dos interesses envolvi-
dos na aventura marítima comum.
Um bom exemplo disso é o lançamento de parte da carga ao mar para 
aliviar o peso do navio e salvar a expedição (este ato é denominado 
alijamento da carga).
Despesas são os gastos extraordinários realizados para salvar o navio, a 
carga, o frete ou todo o conjunto que compõe a expedição marítima.
Observe esse exemplo de despesas: despesas com a contratação extra-
ordinária de um rebocador para salvar a expedição em caso de perigo imi-
nente de colisão, encalhe ou outro dano, em virtude da perda da máquina 
propulsora do navio.
O sacrifício ou a despesa que resulta em avaria grossa deve ser feito para 
a segurança comum, contra risco imediato e grave, presente, atual e certo 
que afete a expedição marítima, e não apenas o navio.
O sacrifício imposto deve ser deliberado, ou seja, provocado por decisão 
expressa do capitão e dos principais tripulantes. É necessário, também, 
que o sacrifício apresente resultado útil, ou seja, pelo sacrifício imposto 
devem ser salvos, no todo ou em parte, navio e mercadoria.
Para que as cargas possam ser liberadas após a avaria grossa, indepen- 
dentemente da conclusão de todos os procedimentos de regulação, o 
armador tem o direito de exigir uma garantia dos embarcadores, ou seja, 
só entregar a carga mediante fiança que garanta o pagamento posterior, 
eventualmente devido pelo proprietário da carga. Essa fiança, em princí- 
pio, deve ser paga através de depósito em dinheiro. Na prática, entretanto, 
é substituída por um termo de compromisso.
Os danos e despesas ocasionados pela avaria grossa são repartidos, pro-
porcionalmente, entre o navio, o frete e a carga.
Alijamento
É o lançamento ao mar
de mercadorias ou partes da 
embarcação. É, geralmente, 
praticado em ocasiões de 
perigo para evitar mal maior e, 
por isso, constitui caso típico de 
avaria grossa.
56
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
O levantamento dos danos e despesas da avaria grossa é feito por um pro-
fissional especializado em avarias marítimas, chamado árbitro regulador. 
Cabe a ele calcular as partes devidas a cada um dos interessados, isto é, 
navio e cargas, na liquidação do sinistro.
Para conhecer um exemplo de avaria grossa, acesse o anexo 3 desta apostila.
 COBERTURA BÁSICA RESTRITA C 
A cobertura básica restrita C cobre, basicamente, os prejuízos que o segu-
rado venha a sofrer em consequência de perdas e danos causados ao 
objeto segurado, descrito na apólice e averbações, exclusivamente por:
 ■ Incêndio, raio ou explosão.
 ■ Encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio ou embarcação.
 ■ Capotagem, colisão, abalroamento, tombamento ou descarrila-
mento de veículo terrestre.
 ■ Abalroamento, colisão ou contato do navio, embarcação, aeronave 
ou veículo de terra com qualquer objeto externo que não seja água.
 ■ Colisão, queda e/ou aterrissagem forçada da aeronave devida-
mente comprovada.
 ■ Descarga da carga em porto de arribada.
 ■ Carga lançada ao mar.
 ■ Perda total de qualquer volume durante as operações de carga e 
descarga do navio.
 ■ Perda total decorrente de fortuna do mar e de arrebatamento 
pelo mar.
 ■ Sacrifício de avaria grossa e despesas de salvamento.
 ■ Despesas que o segurado venha a ser obrigado a pagar ao trans-
portador, por força da cláusula de “Colisão por Ambos Culpados”.
 ■ Despesas de remessa do objeto segurado para seu destino cor-
reto, quando, em decorrência de um risco coberto pelo seguro, o 
trânsito segurado terminar em um porto ou local que não seja o 
mesmo para o qual o objeto segurado estiver destinado. Porém, 
neste caso, não são aplicáveis as despesas de avaria grossa ou 
as despesas de salvamento, nem as despesas resultantes de 
culpa, insolvência ou inadimplemento financeiro do segurado ou 
seus empregados.
57
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
Podemos dizer, assim, que a Cobertura Básica Restrita “C” garante perdas e 
danos às mercadorias decorrentes de acidentes com o meio de transporte.
 COBERTURA RESTRITA B 
A cobertura restritaB envolve as mesmas perdas e danos relacionados na 
cobertura restrita C, acrescidos dos seguintes riscos:
 ■ Inundação, transbordamento de cursos de água, represas, lagos 
ou lagoas durante a viagem terrestre.
 ■ Desmoronamento ou queda de pedras, terras, obras de arte de 
qualquer natureza, ou outros objetos, durante a viagem terrestre.
 ■ Terremoto, erupção vulcânica.
 ■ Entrada de água do mar, lago ou rio no navio, embarcação, veículo, 
contêiner, furgão (liftvan) ou local de armazenagem.
 ■ Perda total ou parcial decorrente de fortuna do mar e/ou arrebata-
mento pelo mar.
 ■ Perda total de qualquer volume durante as operações de carga e 
descarga de qualquer meio de transporte.
Em resumo, a cobertura básica restrita “B” garante perdas e danos às mer-
cadorias decorrentes de acidentes com o meio de transporte, incluindo 
eventos decorrentes de atos da natureza.
 COBERTURA BÁSICA AMPLA A 
Diferentemente das coberturas restritas C e B, que necessitam especificar 
quais riscos estarão cobertos, na Cobertura Ampla A, são cobertos todos os 
riscos de perdas ou danos materiais sofridos pelo objeto segurado em con-
sequência de quaisquer causas externas, com exceção daquelas expres-
samente excluídas na cláusula de prejuízos não indenizáveis. Isto é, estará 
coberto aquilo que não for excluído expressamente pela apólice.
Esse tipo de cobertura também abrange sacrifício de avaria grossa, des-
pesas de salvamento, de remessa e aquelas causadas por força da cláu-
sula de “colisão por ambos culpados”.
58
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 PREJUÍZOS NÃO INDENIZÁVEIS 
 (RISCOS NÃO COBERTOS) 
A cobertura básica ampla A e as coberturas básicas restritas B e C não 
garantem, em hipótese alguma, perdas e danos ou despesas, direta ou 
indiretamente, causados por:
 ■ Atos ilícitos do segurado, beneficiários e/ou de seus representan-
tes ou prepostos.
 ■ Vazamento comum, perda e/ou diferença natural de peso ou volu-
me e desgaste natural do objeto segurado.
 ■ Insuficiência ou inadequação de embalagem ou preparação impró-
pria do objeto segurado. Inclui-se no conceito de embalagem o 
acondicionamento em contêiner ou liftvan, quando tal acondicio-
namento for realizado antes do início da cobertura do presente 
seguro ou quando feito pelo segurado ou seus prepostos.
 ■ Vício próprio ou decorrente da natureza do objeto segurado.
 ■ Atraso, mesmo que seja causado por risco coberto, exceto des-
pesas indenizáveis sob cobertura de avaria grossa e despesas 
de salvamento.
 ■ Insolvência ou inadimplemento financeiro dos proprietários, admi-
nistradores, fretadores ou operadores do navio ou aeronave.
 ■ Falta de condições de navegabilidade do navio ou embarcação, 
e/ou inaptidão do navio, da embarcação, da aeronave, do veículo, 
do contêiner ou de liftvan, ou de outro meio de transporte utilizado, 
para transportar, com segurança, o objeto segurado, se o segura-
do ou seus prepostos tiverem conhecimento de tais condições de 
inavegabilidade ou inaptidão no momento em que o objeto segu-
rado é embarcado. A seguradora relevará qualquer violação das 
garantias implícitas de navegabilidade e aptidão para transportar 
com segurança o objeto segurado até o seu destino final, a menos 
que o segurado ou seus prepostos tenham conhecimento dessa 
falta de condições de navegabilidade ou capacidade.
 ■ Uso de qualquer arma de guerra, fissão e/ou fusão, atômica ou 
nuclear, ou outra reação similar, ou força ou matéria radioativa.
 ■ Poluição, contaminação e perigo ambiental causados pelo objeto 
segurado.
 ■ Danos morais.
 ■ Multas, assim como obrigações fiscais e/ou judiciais.
59
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Quaisquer eventos durante a permanência do objeto segurado 
nos armazéns de propriedade, administração, controle ou influên-
cia do segurado, do embarcador, do consignatário, do destinatário, 
do despachante ou de seus agentes, representantes ou prepostos.
 ■ Ato terrorista, independentemente de seu propósito, quando reconhe-
cido como atentatório à ordem pública pela autoridade competente.
 ■ Armas químicas, biológicas, bioquímicas, eletromagnéticas e de 
ataque cibernético.
 ■ Falha ou mau funcionamento de qualquer equipamento e/ou progra-
ma de computador e/ou sistema de computação eletrônica de dados 
em reconhecer e/ou corretamente interpretar e/ou processar e/ou 
distinguir e/ou salvar qualquer data como a real e exata data de calen-
dário, ainda que continue a funcionar corretamente após aquela data.
 ■ Aflatoxina, nos seguros de amendoim, castanhas, amêndoas, ave-
lãs, nozes, soja e outros grãos.
 ■ Quebra de filamento nos seguros de lâmpadas.
 ■ Oxidação e ferrugem nos seguros de arame, ferro, aço, zinco, 
folhas de flandres e metais em geral.
 ■ Variação de temperatura.
 ■ Paralisação de máquinas frigoríficas ou motores de refrigeração, 
por qualquer causa.
Além das exclusões acima, acrescentam-se para as coberturas restritas B e C:
 ■ Danificação ou destruição voluntária do objeto segurado, ou parte 
dele, por ato ilícito de qualquer pessoa ou pessoas, inclusive atos 
de má-fé, vandalismo e sabotagem.
 RISCOS SUJEITOS À CONSULTA 
 PRÉVIA E ESTIPULAÇÃO 
 NA APÓLICE (COBERTURAS A, B e C) 
Os riscos listados a seguir poderão estar cobertos no seguro mediante 
consulta prévia à seguradora e expressa estipulação na apólice, formali-
zada por inclusão de cláusula especificando a cobertura e o pagamento 
de prêmio adicional:
 ■ Transbordo e desvio de rota voluntários.
60
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Guerra, guerra civil, revolução, rebelião, insurreição ou comoção 
civil delas resultantes, ou qualquer ato de hostilidade de/ou contra 
uma potência beligerante.
 ■ Captura, apreensão, arresto, restrição ou detenção (exceto pirata-
ria), e suas consequências, ou qualquer tentativa visando a essas 
atividades.
 ■ Confisco, nacionalização, requisição ou apropriação antecipada.
 ■ Minas, torpedos e bombas ou outras armas de guerra abandonadas.
 ■ Grevistas, trabalhadores em lockout, pessoas participantes de dis-
túrbios trabalhistas, tumultos ou comoções civis.
 ■ Greve, lockouts, distúrbios trabalhistas, tumultos ou comoções civis.
 ■ Obrigações tributárias.
Exclusivamente para a cobertura básica restrita B acrescentam-se mais 
dois riscos:
 ■ Roubo oriundo de assalto à mão armada ou desaparecimento 
de carregamento total do veículo devidamente comprovado por 
registro policial.
 ■ Extravio de volumes inteiros, quando o transporte não for efetuado 
em veículos do próprio segurado.
 — Início e Fim dos Riscos 
(Coberturas Básicas A, B e C)
Observados os riscos constantes da cobertura contratada, o início da 
cobertura acontece no momento em que a mercadoria começa a ser carre-
gada no lugar mencionado para o princípio do trânsito, continua durante o 
seu curso ordinário e termina quando ocorrer uma das situações a seguir:
 ■ A mercadoria for entregue no armazém do consignatário, ou em 
outro armazém ou em outro lugar de estocagem, no destino indi-
cado na apólice ou averbação.
 ■ A mercadoria for entregue em qualquer outro armazém ou lugar 
de estocagem antes, ou no destino indicado na apólice ou averba-
ção, e que o segurado tenha escolhido para:
 » Armazenamento diferente do usado no curso normal do trân-
sito; ou
 » Colocação ou distribuição.
61
UNIDADE 2
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Ao fim de 60 dias, após completada a descarga da mercadoria 
segurada no porto de destino final; ou
 ■ Ao fim de 30 dias, após completada a descarga da mercadoria 
segurada no aeroporto final de descarga; ou
 ■ Ao fim de 30 dias, após a chegada do veículo terrestre à fronteira 
entre países, nos casos de viagens internacionais, e, ao fim de dez 
dias, após a chegada do veículo terrestre à localidade de destino, 
em caso de viagens nacionais; ou
 ■ Com a venda ou transferência de direitos sobre o objeto segurado, 
antes do término da viagem, salvo estipulação em contrário; ou
 ■ Como fato que primeiro ocorrer entre as possibilidades previstas 
nos itens anteriores.
62
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 FIXANDO CONCEITOS 2 
Marque a alternativa correta
1. De acordo com as Condições Gerais dos Seguros de Transportes 
Nacionais e Internacionais, alguns bens e mercadorias não estão com-
preendidos nestes seguros, dentre eles podemos citar: 
(a) Matéria prima para fabricação de medicamentos.
(b) Produtos agrícolas.
(c) Pedras preciosas e semipreciosas.
(d) Carne “in natura” de qualquer tipo.
(e) Eletroeletrônicos em geral.
2. Efetuado o pagamento de uma indenização nos seguros de transportes, 
o comprovante valerá como instrumento de cessão. O instrumento legal 
que permite que a seguradora ingresse com ações de ressarcimento con-
tra aqueles que, por ato, fato ou omissão, tenham causado os prejuízos 
indenizados pela seguradora ou para eles concorrido é denominado:
(a) Sub-rogação de diretos.
(b) Substituição de direitos.
(c) Ação regressiva.
(d) Acordo judicial.
(e) Procuração. 
3. Uma empresa importadora de bebidas precisa contratar o seguro de 
transportes de seus produtos e necessita que a cobertura garanta perdas 
e danos por quaisquer tipos de avarias, independentemente de acontecer 
algum acidente com o meio de transporte e que também inclua o roubo, 
furto ou extravio. A cobertura Básica mais recomendada para essa empre-
sa seria a cobertura Básica: 
(a) Restrita C
(b) Restrita B
(c) Ampla A
(d) Especial nº 5
(e) Compreensiva de roubo 
63
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
4. De acordo com a cláusula de Início e fim dos riscos das coberturas bási-
cas dos seguros de transportes, caso ocorra a venda ou transferência de 
direitos sobre o objeto segurado, antes do término da viagem, a cobertura 
do seguro:
(a) Será mantida normalmente até o destino final.
(b) Se encerrará, salvo estipulação em contrário.
(c) Permanecerá somente até o próximo ponto de parada.
(d) Será cancelada desde o início do risco.
(e) Será mantida durante a armazenagem da mercadoria no porto.
5. O exportador brasileiro contratou o seguro de exportação no Brasil, e, 
durante uma viagem de exportação, houve prejuízos em razão da flutua-
ção de preço e perda de mercado. É correto afirmar que o prejuízo:
a) Não será indenizado.
b) Tem cobertura na garantia básica C.
c) Tem cobertura na garantia básica B.
d) Tem cobertura na garantia básica A.
e) Tem cobertura na garantia adicional de despesas.
6. Nos seguros de apólices por averbação, em que são emitidas as faturas 
para a cobrança do prêmio, as seguradoras concedem o prazo de:
a) 7 dias.
b) 15 dias.
c) 25 dias.
d) 30 dias.
e) 45 dias.
7. No Seguro de Transportes, em qual hipótese a seguradora ficará isenta 
de qualquer obrigação decorrente do contrato de seguro?
a) Se o segurado procurar obter benefícios ilícitos do seguro.
b) Se ocorrer um acidente envolvendo o meio de transporte.
c) Se acontecer um roubo da mercadoria transportada.
d) Se houver um acidente durante a permanência das mercadorias em 
aduana.
e) Se ocorrer a avaria grossa.
64
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
8. A avaria grossa ou comum é o grande acidente que tem amparo nos 
seguros de transportes. O capitão deve tomar decisões no sentido de pro-
teger navio, carga e tripulação. O alijamento, uma dessas decisões, é defi-
nido como:
a) Socorro prestado por outro navio.
b) Lançamento de mercadorias ou partes da embarcação ao mar.
c) Acidente aéreo.
d) Acidente ferroviário.
e) Acidente rodoviário.
9. É um prejuízo não indenizável no seguro de transportes:
a) Insuficiência ou inadequação de embalagem.
b) Encalhe.
c) Capotagem.
d) Descarga em porto de arribada.
e) Avaria Grossa.
10. O início da cobertura acontece no momento em que a mercadoria 
começa a ser carregada no lugar mencionado para o princípio do trânsito, 
continua durante o seu curso ordinário e termina no marítimo ao fim de:
a) 15 dias após completada a descarga.
b) 30 dias após completada a descarga.
c) 45 dias após completada a descarga.
d) 60 dias após completada a descarga.
e) 120 dias após completada a descarga.
Consulte o gabarito clicando aqui.
65
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
03
 ■ Reconhecer as principais coberturas adicionais 
dos Seguros de Transportes compreendendo o 
funcionamento e a aplicabilidade dessas coberturas, 
sendo capaz de oferecer a melhor cobertura adicional 
ao segurado de acordo com o risco.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS
⊲ COBERTURA ADICIONAL 
DE FRETE E/OU SEGURO
⊲ COBERTURA ADICIONAL 
DE DESPESAS
⊲ COBERTURAS ADICIONAIS 
DE TRIBUTOS (MERCADORIAS 
IMPORTADAS)
⊲ COBERTURA ADICIONAL 
DE LUCROS ESPERADOS
⊲ COBERTURA ADICIONAL 
PARA EMBARQUES AÉREOS 
SEM VALOR DECLARADO
⊲ COBERTURA ADICIONAL 
PARA CLASSIFICAÇÃO 
DE NAVIOS EM VIAGENS 
INTERNACIONAIS
⊲ COBERTURA ADICIONAL 
DE RISCOS DE GREVES
⊲ COBERTURA ADICIONAL 
DE RISCOS DE GUERRA 
PARA EMBARQUES 
AQUAVIÁRIOS E AÉREOS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
COBERTURAS 
ADICIONAIS dos
SEGUROS de TRANSPORTES
66
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
As coberturas adicionais para os Seguros de Transportes são adotadas 
em complemento às condições gerais e às coberturas básicas contratadas 
pelos segurados.
Ao todo, são 20 coberturas adicionais. Entre essas, as mais utilizadas são:
 ■ Cobertura Adicional de Frete e/ou Seguro.
 ■ Cobertura Adicional de Despesas.
 ■ Cobertura Adicional de Tributos (Mercadorias Importadas).
 ■ Cobertura Adicional de Lucros Esperados.
 ■ Cobertura Adicional para Embarques Aéreos sem Valor Declarado.
 ■ Cobertura Adicional para Classificação de Navios em Viagens 
Internacionais.
 ■ Cobertura Adicional de Riscos de Greves.
 ■ Cobertura Adicional de Riscos de Guerra para Embarques Aqua-
viários e Aéreos.
Atenção
A relação completa das 
coberturas adicionais 
encontra-se no Anexo 7.
67
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURA ADICIONAL 
 DE FRETE E/OU SEGURO 
Essa Cobertura Adicional garante ao segurado o reembolso do frete e/ou 
do seguro por ele pago caso ocorra dano material aos bens segurados 
como consequência de qualquer um dos riscos garantidos pelas cobertu-
ras contratadas.
Os valores segurados relativos a essa cobertura adicional serão os corres- 
pondentes aos valores reais gastos pelo segurado no pagamento de frete 
e/ou seguro.
 COBERTURA ADICIONAL 
 DE DESPESAS 
Para fins dessa cobertura, o valor a ser estabelecido na apólice deverá 
ser definido em termos percentuais, como 10% do somatório de custo e 
frete.
Esse percentual, na verdade, pode ser escolhido livremente pelo segura-
do. Porém, se for superior a um determinado valor (geralmente 10%), em 
caso de sinistro, será obrigatória a sua comprovação.
Riscos Cobertos
A Cobertura Adicional de Despesas estabelece que, mediante o paga-
mento de prêmio adicional e discriminação de verba própria na apólice, 
quando esta for avulsa ou na averbação, as coberturas contratadas são 
estendidas às despesas direta e exclusivamente vinculadas às operações 
de despacho, desembaraço e translado do objeto segurado. 
Isso acontece em virtude da ocorrência de danos materiais aos bens segu-
rados como consequência de qualquer um dos riscos garantidos pelas 
coberturas contratadas e desde que a seguradora tenha indenizado ou 
reconhecido a responsabilidade com relação a esses danos.
Prejuízos Não Indenizáveis
Além dos prejuízos previstos na cobertura básica contratada, não são 
admitidas como despesas seguráveis aquelas relativas a custos financei- 
ros de qualquer espécie, ainda que exigidos na carta de crédito.
Importante
O percentual mínimo para 
Cobertura Adicional de 
Despesas pode variar entre 
as seguradoras.
68
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
Liquidação de Sinistros
Além das regras para liquidação de sinistros contidas em suas respectivas 
condições de contratação do seguro,é importante observar que, se o valor 
segurado a título de despesas for superior ao valor estabelecido na espe-
cificação da apólice, o segurado precisa comprovar a integral efetivação 
dessas despesas por meio de documentos hábeis, que serão exigidos por 
ocasião da regulação do sinistro.
 COBERTURAS 
 ADICIONAIS DE TRIBUTOS 
 (MERCADORIAS IMPORTADAS) 
Essa cobertura é concedida mediante pagamento de prêmio adicional e 
discriminação de verba própria na apólice avulsa ou averbação. 
O objetivo da Cobertura Adicional de Tributo (mercadorias importadas) é 
garantir ao segurado o reembolso dos tributos incidentes sobre o objeto 
segurado, em virtude da ocorrência de danos materiais aos bens segu-
rados como consequência de qualquer um dos riscos garantidos pelas 
coberturas contratadas e desde que a seguradora tenha indenizado ou 
reconhecido a responsabilidade com relação a esses danos.
A cobertura concedida por esta cláusula limita-se ao valor segurado decla-
rado separadamente por tributo, e é ratificada na apólice, como:
 ■ Imposto de Importação – II;
 ■ Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;
 ■ Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
sobre as Prestações de Serviços de Transporte e de Comunicação 
– ICMS;
 ■ PIS; e
 ■ COFINS.
Para os efeitos dessa Cobertura Adicional, são abrangidos pela cobertura 
do seguro os tributos expressamente discriminados e ratificados na apó-
lice, incidentes sobre o objeto segurado, devidos e efetivamente pagos 
pelo segurado ou pelo importador e por eles não recuperáveis da Fazenda 
Nacional ou Estadual.
69
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
Início e Fim dos Riscos
Por se tratar de Seguro de Tributos, a cláusula da cobertura básica contra-
tada é aplicada, exclusivamente, às ocorrências comprovadamente havidas 
com o objeto segurado, após o seu desembaraço aduaneiro e antes do ter-
mo final de cobertura desse seguro.
Na hipótese de perdas ou danos decorrentes de incêndio, no armazém do 
porto ou aeroporto de descarga, a cobertura do seguro relativo ao valor 
declarado como Imposto de Importação (II) não será prejudicada, mesmo 
que o sinistro tenha ocorrido antes do desembaraço aduaneiro.
Os valores a serem discriminados, na apólice avulsa ou averbação, deve-
rão corresponder aos valores efetivamente recolhidos pelo segurado, a 
título desses impostos.
 COBERTURA ADICIONAL 
 DE LUCROS ESPERADOS 
A Cobertura Adicional de Lucros Esperados visa cobrir o risco da perda 
do lucro esperado pelo segurado com a comercialização ou industrializa-
ção dos objetos segurados, em virtude da ocorrência de danos materiais 
causados como consequência de qualquer um dos riscos garantidos pelas 
coberturas contratadas e desde que a seguradora tenha indenizado ou 
reconhecido a responsabilidade com relação a esses danos.
Importante
Para a concessão da cobertura adicional de lucros esperados, deverá haver o paga-
mento de prêmio adicional e discriminação de verba própria, na apólice ou averbação. 
Essa discriminação deve ser percentual (geralmente 10% sobre o somatório de custo, 
frete e despesas) quando a apólice for do tipo aberta.
É importante observar que, se o valor segurado a título de lucros esperados for superior 
ao valor estabelecido na especificação da apólice, obriga-se o segurado, em caso de 
sinistro, a comprovar sua razoabilidade.
Importante
A cobertura dos impostos é 
relevante para as ocorrências 
posteriores à nacionalização 
(acidente e roubo), por isso, é 
fundamental alertar o cliente 
sobre a importância da 
contratação.
70
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURA ADICIONAL 
 PARA EMBARQUES AÉREOS 
 SEM VALOR DECLARADO 
Mediante pagamento de prêmio adicional, essa cobertura revoga a limi-
tação da responsabilidade da seguradora em virtude daquela prevista 
para os transportadores aéreos pela Convenção de Montreal e pelo Códi-
go Brasileiro de Aeronáutica, nos casos de embarques aéreos, sem valor 
declarado, no conhecimento de embarque.
Isso significa que a seguradora será responsável pelo valor integral averba-
do, mesmo não tendo sido declarado no conhecimento de embarque aéreo.
 COBERTURA ADICIONAL 
 PARA CLASSIFICAÇÃO 
 DE NAVIOS EM VIAGENS 
 INTERNACIONAIS 
Essa Cobertura Adicional estende a cobertura do seguro aos embarques 
marítimos de mercadorias embarcadas em navios que possuam as seguin-
tes características:
 ■ Estejam excluídos da pirmeira classe das sociedades de classificação 
reconhecidas ou de classes desconhecidas.
 ■ Tenham mais de 20 anos (a contar a partir do ano de constru-
ção do navio, conforme seu registro de classificação) ou de 
idade desconhecida.
 ■ Tenham menos de 1.000 toneladas de arqueação bruta (TAB).
 ■ Não tenham autopropulsão.
 ■ Sejam construídos com outros materiais que não sejam ferro ou aço.
 ■ Sejam utilizados em linhas regulares de características desconhecidas.
Saiba mais
Para as viagens internacionais, 
a Convenção de Montreal 
estabelece como Limite 
Máximo de Indenização pelas 
empresas de transportes 
aéreos, nos casos de 
embarque aéreo sem valor 
declarado da mercadoria no 
conhecimento de transporte, 
o correspondente a 17 Direitos 
Especiais de Saque por 
quilograma de mercadoria 
transportada.
71
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURA ADICIONAL 
 DE RISCOS DE GREVES 
Riscos Cobertos
Mediante pagamento de prêmio adicional, a seguradora toma, a seu cargo, 
as perdas e danos que sobrevenham ao objeto segurado, causados por:
 ■ Grevistas, lockout, pessoas participando em distúrbios trabalhistas, 
tumultos ou comoções civis.
 ■ Greve, lockout, distúrbios trabalhistas, tumultos ou comoções civis.
Ainda estão abrangidos por essa cobertura adicional o sacrifício de avaria 
grossa e despesas de salvamento, ajustadas ou determinadas de acordo 
com o contrato de afretamento e/ou a lei e costumes brasileiros que as 
regulem, e que tenham sido incorridas para evitar a perda proveniente de 
um risco coberto por essa cobertura adicional.
Prejuízos Não Indenizáveis
Além das exclusões constantes das demais coberturas contratadas, a 
cobertura adicional de risco de greve não cobre, em hipótese alguma, per-
das, danos e despesas consequentes, direta ou indiretamente, de:
 ■ Má conduta intencional do segurado;
 ■ Falta total, parcial ou obtenção de mão de obra de qualquer natu-
reza que seja resultante de qualquer greve, lockout, distúrbio traba-
lhista, tumulto ou comoção civil;
 ■ Qualquer reclamação com base na perda ou frustração da viagem 
ou aventura.
 ■ Guerra, guerra civil, revolução, rebelião, insurreição ou comoção 
civil delas resultantes, ou qualquer ato de hostilidade de, ou con-
tra, uma potência beligerante.
Prazo de Cancelamento
A Cobertura Adicional de Riscos de Greves poderá ser cancelada, ressal-
vados os riscos em curso, mediante aviso prévio, por escrito, com antece-
dência mínima em relação ao embarque:
 ■ Para viagens de ou para os Estados Unidos da América do Norte: 
48 horas.
 ■ Para demais viagens: 7 (sete) dias.
72
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURA ADICIONAL 
 DE RISCOS DE GUERRA 
 PARA EMBARQUES 
 AQUAVIÁRIOS E AÉREOS 
Riscos Cobertos
 ■ Guerra, guerra civil, revolução, rebelião, insurreição ou comoção 
civil delas resultantes, ou qualquer ato de hostilidade de, ou con- 
tra, uma potência beligerante.
 ■ Captura, apreensão, arresto, restrição ou detenção, decorrentes 
de riscos cobertos no item anterior, e suas consequências ou qual- 
quer tentativa visando a essas atividades.
 ■ Minas, torpedos e bombas abandonados ou outras armas de guer- 
ra abandonadas.
 ■ Confisco, nacionalização, requisição ou apropriação antecipada.
Saiba mais
Nos embarques aquaviários, esse seguro também cobre avaria grossa e despesas de 
salvamento, ajustadas ou determinadas de acordo com o contrato de afretamento e/ou 
a lei e os costumes brasileiros que as regulem e que tenham sido incorridas para evitar 
perdasou danos provenientes de risco coberto por essa cobertura adicional.
Prejuízos Não Indenizáveis
Além das exclusões constantes das demais coberturas contratadas, esse 
seguro não cobre, em hipótese alguma, perdas, danos e despesas conse-
quentes, direta ou indiretamente, de qualquer reclamação com base na 
perda ou frustração da viagem ou aventura.
Prazo de Cancelamento
Essa Cobertura Adicional Riscos de Guerra poderá ser cancelada pela 
seguradora, ressalvados os riscos em curso, mediante aviso prévio, por 
escrito, que não poderá exceder o prazo de 7 (sete) dias de antecedência, 
em relação ao embarque.
73
UNIDADE 3
SEGUROS DE TRANSPORTES
Além das coberturas adicionais avaliadas neste capítulo, é importante 
mencionar a existência de algumas cláusulas específicas que são relevan-
tes para personalizar os seguros que serão oferecidos aos clientes. Nesse 
sentido, segue uma tabela com as principais cláusulas e seus objetivos:
CLÁUSULA ESPECÍFICA OBJETIVO
Para averbação provisória única para 
os seguros de importação. 
Simplificar o processo de averbação, em que o cliente pode 
fazer uma estimativa anual de importações. 
De franquia e/ou POS – participação obrigatória do 
segurado.
Estabelecer valores ou percentuais que serão aplicados 
sobre os prejuízos, e deverá ter destaque no processo de 
negociação.
De Dispensa do Direito de Regresso – DDR. Estabelecer uma negociação entre embarcador e trans-
portadora sobre a responsabilidade da contratação do 
seguro, bem como a adoção sobre as regras de gerencia-
mento de riscos.
Para cobertura de avarias e/ou danos que ocorram 
com as mercadorias sem, necessariamente, terem 
como fato gerador o acidente envolvendo o meio 
de transportes.
Personalizar a cobertura para o cliente de forma mais 
expansiva, na qual eventuais avarias ocorridas durante 
as viagens tenham amparo no seguro. Normalmente, as 
seguradoras estabelecem LMI (limite máximo de indeniza-
ção) específico, franquia e exigência de aviso de sinistro de 
forma pontual para que a seguradora possa avaliar causa, 
natureza e extensão dos prejuízos. 
Para cobertura de limpeza de pista ou atendimento 
emergencial em caso de acidente rodoviário.
No formato de reembolso ou atendimento pela própria 
seguradora, refere-se ao apoio ao cliente para minimizar 
possíveis danos ambientais em casos de acidentes durante 
o transporte.
Importante
As seguradoras têm inovado em algumas coberturas e/ou serviços que são essenciais 
às operações dos clientes, de modo que é relevante estarmos em sintonia com as se-
guradoras para personalizar os produtos de forma abrangente. Nesse sentido, o papel 
do corretor de seguros se torna fundamental.
74
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 FIXANDO CONCEITOS 3 
Marque a alternativa correta
1. Para que a seguradora assuma a responsabilidade pelo valor integral 
averbado, mesmo não tendo sido declarado no conhecimento de embar-
que aéreo, é necessária a contração da cobertura adicional de:
(a) Riscos de greves.
(b) Classificação de navios.
(c) Embarque aéreo sem valor declarado.
(d) Lucros esperados.
(e) Frete e/ou seguro.
2. A Cobertura Adicional de Greves cobre as perdas e os danos que sobre-
venham ao objeto segurado, direta ou indiretamente causados em função 
de uma greve. No entanto, não estão cobertas quaisquer perdas, danos e 
despesas consequentes, direta ou indiretamente, de:
(a) Tumultos.
(b) Comoção Civil.
(c) Trabalhadores em Lockout.
(d) Distúrbios trabalhistas.
(e) Qualquer reclamação com base na perda ou frustração da viagem.
3. Para garantir a cobertura por perdas e danos decorrentes de confis-
co, nacionalização, requisição ou apropriação antecipada, é necessário 
a inclusão, na apólice de seguro transportes, da Cobertura Adicional de:
(a) Riscos de Greves.
(b) Embarque Aéreo sem Valor declarado.
(c) Riscos de Guerra.
(d) Lucros Esperados.
(e) Tributos para Mercadorias Exportadas.
75
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
4. A cobertura adicional de tributos é muito relevante, pois, normalmente, 
após a nacionalização, ainda existe um trecho rodoviário pelo qual a mer-
cadoria precisa ser transportada para chegar ao destino final. A cobertura 
adicional de tributos abrange:
a) IOF.
b) IPTU.
c) ITR.
d) ICMS.
e) CSLL.
5. A cobertura adicional de embarques aéreos sem valor declarado para 
as viagens internacionais tem como base a Convenção de:
a) Antuérpia.
b) Montreal.
c) Lisboa.
d) Madri.
e) Paris.
6. A cobertura adicional de classificação de navios estende a cobertura do 
seguro aos embarques marítimos de mercadorias embarcadas em navios 
que:
a) Pesem mais de 1.000 toneladas.
b) Sejam construídos com ferro e aço.
c) Tenham mais de 20 anos.
d) Sejam utilizados em rotas regulares e conhecidas.
e) Tenham sociedade classificadora.
Consulte o gabarito clicando aqui.
76
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
04
 ■ Reconhecer os riscos 
cobertos e os não 
cobertos pelo seguro de 
RCTR-C, compreendendo o 
funcionamento desse tipo 
de seguro.
 ■ Identificar as coberturas 
adicionais do seguro de 
RCTR-C, considerando o 
risco do segurado.
Após ler esta unidade, 
você deverá ser capaz de:
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS
⊲ RISCOS COBERTOS
⊲ RISCOS NÃO COBERTOS
⊲ BENS OU MERCADORIAS 
 NÃO COMPREENDIDOS 
 NO SEGURO
⊲ COBERTURAS DE BENS OU 
MERCADORIAS SUJEITOS A 
CONDIÇÕES PRÓPRIAS
⊲ COMEÇO E FIM 
 DOS RISCOS
⊲ APÓLICE DE RCTR-C
⊲ AVERBAÇÕES
⊲ IMPORTÂNCIA SEGURADA 
E LIMITE MÁXIMO 
DE GARANTIA
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
SEGURO 
OBRIGATÓRIO de 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
do TRANSPORTADOR
RODOVIÁRIO de CARGA (RCTR-C)
⊲ ISENÇÃO DE 
RESPONSABILIDADE
⊲ COBERTURAS ADICIONAIS 
DO SEGURO DE RCTR-C
⊲ CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
DO SEGURO OBRIGATÓRIO 
DE RCTR-C
⊲ CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO
⊲ FRANQUIA E PARTICIPAÇÃO 
 OBRIGATÓRIA DO SEGURADO
⊲ PRÊMIO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 4
77
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
O seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Car-
ga, ou RCTR-C, cobre a responsabilidade civil do transportador por even-
tuais perdas ou danos, sofridos pelos bens ou mercadorias de terceiros 
que lhe são entregues para transporte rodoviário no território nacional e 
pelos quais os transportadores tornam-se responsáveis.
Trata-se de um seguro de contratação obrigatória pelas transportadoras, 
conforme vimos no início deste manual.
No seguro de RCTR-C, o segurado será sempre o transportador rodoviário 
de carga, devidamente registrado no Registro Nacional de Transportado-
res Rodoviários de Carga (RNTRC) da Agência Nacional de Transportes 
Terrestres (ANTT).
A responsabilidade do transportador é expressa no contrato de transporte. 
Nesse contrato o transportador possui a obrigação de receber, transportar, 
conservar e entregar no local de destino os bens ou mercadorias entre-
gues para transporte nas mesmas condições em que os recebeu.
A cobertura básica restringe-se aos danos sofridos pela carga causados 
diretamente por acidentes (colisão, capotamento, tombamento e incêndio) 
com o veículo transportador em vias permitidas para o uso.
Esse seguro também prevê o reembolso das despesas de socorro e salva-
mento efetuadas pelo segurado, visando evitar o sinistro e minimizar os 
danos, limitado o montante da indenização e do reembolso ao valor da 
Importância Segurada do embarque.
Não são cobertas as perdas da carga resultante de roubo, extravio ou 
simples manipulação da carga. Podemos dizer que não existe responsa-
bilidade do transportador em casos de culpa do próprio embarcador, vício 
próprio da carga transportada, casos fortuitos ou de força maior.
Você Sabia?
As seguradoras realizam 
a consulta no site da antt.
gov.br, por meio do CNPJ, 
para identificar se o registro 
encontra-se ativo.
Vale a pena ler
na íntegra
Indicamos a leitura da 
Resolução CNSP nº 219/2010, 
que dispõe sobre o RCTR-C.
antt.gov.br
antt.gov.br
78
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTESVeja os exemplos abaixo para entender melhor cada um dos casos:
 ■ Caso fortuito/Força maior – danos à carga por queda de raios em 
tempestades; roubo da carga através de assalto à mão armada.
 ■ Culpa do próprio embarcador – carga transportada em embala-
gens inadequadas.
 ■ Vício próprio: Carga de soja embarcada com mofo.
Existe a possibilidade de contratação de coberturas adicionais que se refe-
rem a operações especiais, como carga e descarga de mercadorias ou até 
mesmo içamento, e ainda cláusulas específicas que se referem a determi-
nadas cargas, como animais vivos ou objetos de arte.
Saiba mais
Para efeito do contrato de Seguro RCTR-C, os motoristas são considerados prepostos 
do segurado.
Vale lembrar que as mercadorias de propriedade do segurado (transportador) não pode-
rão ser incluídas nesse seguro, já que se trata de seguro contratado para cobrir a respon-
sabilidade do segurado por danos causados aos bens e/ou mercadorias de terceiros.
 RISCOS COBERTOS 
O Seguro de RCTR-C cobre a responsabilidade civil do transportador por 
eventuais perdas ou danos sofridos pelos bens ou mercadorias de terceiros, 
entregues para transporte contra a emissão de conhecimento do embarque.
Tais perdas ou danos estarão cobertos, desde que ocorram durante o 
transporte e sejam causados diretamente por:
 ■ Colisão, capotagem, abalroamento e/ou tombamento do veículo 
transportador; e
 ■ Incêndio ou explosão no veículo transportador.
O Seguro RCTR-C cobre a responsabilidade do transportador por even-
tuais perdas ou danos sofridos pelos bens ou mercadorias em consequên-
cia de: incêndio ou explosão nos depósitos, armazéns ou pátios usados 
pelo segurado, nas localidades de início, pernoite, baldeação e destino 
da viagem, mesmo que tais bens ou mercadorias encontrem-se fora do 
veículo transportador.
79
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
Atenção
A Cobertura do Seguro RCTR-C não é interrompida quando o tráfego pela rodovia 
sofrer interrupções por motivo de obras de conservação, desmoronamento de taludes 
(terreno inclinado) ou por efeito de fenômenos da natureza, ou, ainda, por solução de 
continuidade e, quando na falta de pontes ou viadutos, houver necessidade da utiliza-
ção de serviços regulares de balsas ou embarcações congêneres, adequadas para a 
transposição de cursos de água.
O pagamento das perdas e danos de que trata o seguro de RCTR-C será 
feito, pela seguradora, diretamente ao terceiro proprietário dos bens ou 
mercadorias, com a anuência do segurado.
Esse seguro não pode ser contratado coletivamente, devendo as apólices 
ser individualizadas por segurado.
É proibida a emissão de mais de uma apólice desse seguro na mesma, ou 
em outra seguradora, salvo nas seguintes situações:
I – Quando o segurado possuir filiais, em algum estado da Federação, 
não cobertas pela apólice principal, e desde que fique caracteri-
zado, em cada uma das apólices adicionais, o local de início da 
viagem.
II – Quando as apólices adicionais forem específicas para um deter-
minado tipo de mercadoria, não abrangida pela apólice principal.
III – Quando o valor do embarque for superior ao Limite Máximo de 
Garantia por veículo/acúmulo e, consultada a seguradora, esta 
tiver recusado o risco, desde que a consulta e a recusa tenham 
sido formuladas dentro dos prazos previstos na apólice principal.
IV – Quando as apólices adicionais forem estipuladas por um determi-
nado embarcador, em nome do transportador, nos termos da Lei 
nº 11.442/2007.
 RISCOS NÃO COBERTOS 
De acordo com o art. 4o das condições gerais, o Seguro RCTR-C exclui a 
cobertura da responsabilidade do transportador pelas perdas ou danos 
provenientes direta ou indiretamente de:
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UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Dolo em ato praticado, exclusiva e comprovadamente, pelo segu-
rado ou beneficiário do seguro ou pelo representante de um ou de 
outro. Se o segurado for pessoa jurídica, a exclusão se aplica aos 
sócios controladores da empresa segurada, aos seus dirigentes e 
administradores legais, aos beneficiários e, também, aos represen-
tantes de cada uma dessas pessoas.
 ■ Inobservância das disposições que disciplinam o transporte de 
carga por rodovia.
 ■ Contrabando.
 ■ Comércio e/ou embarque ilícitos ou proibidos; mau acondiciona-
mento, insuficiência ou impropriedade da embalagem.
 ■ Medidas sanitárias ou desinfecções; fumigações; invernada, qua-
rentena, demora, contratos e convenções de outra natureza; flu-
tuações de preço e perda de mercado.
 ■ Vício próprio ou da natureza dos objetos transportados; influência 
da temperatura; mofo; diminuição natural de peso, exsudação; roe-
duras ou outros estragos causados por animais, vermes, insetos 
ou parasitas.
 ■ Terremotos, ciclones, erupções vulcânicas e, em geral, quaisquer 
convulsões da natureza.
 ■ Arresto, sequestro, detenção, embargo, penhora, apreensão, con-
fisco, ocupação, apropriação, requisição, nacionalização ou des-
truição decorrente(s) de qualquer ato de autoridade, de direito ou 
de fato, civil ou militar; presa ou captura, hostilidades ou operações 
bélicas, quer tenham sido precedidas de declaração de guerra ou 
não; guerra civil, revolução, rebelião, insurreição ou consequentes 
agitações civis, bem como pirataria, minas, torpedos, bombas e 
outros engenhos de guerra.
 ■ Greves, lockouts, tumultos, motins, arruaças, desordens e quais-
quer outras perturbações da ordem pública.
 ■ Radiações ionizantes ou contaminação pela radioatividade de 
qualquer combustível nuclear ou de qualquer resíduo nuclear, 
resultante de combustão de matéria nuclear.
 ■ Extravio, quebra, derrame, vazamento, arranhadura, amolgamento, 
amassamento, má arrumação e/ou mau acondicionamento, água 
doce ou de chuva, oxidação ou ferrugem, mancha de rótulo, para-
lisação de máquinas frigoríficas, furto, roubo total ou parcial; con-
taminação ou contato com outras mercadorias, a não ser que se 
verifiquem em virtude de ocorrência prevista e coberta nos termos 
do Título I das condições gerais.
 ■ Acidentes ocorridos com veículos transportadores em vias proibidas 
ao trânsito de veículos automotores pelas autoridades competentes.
Fumigação
Polvilhamento de produto químico 
que venha causar dano à carga.
 Invernada
Período de recolhimento por 
ordem de autoridade sanitária.
Arresto
Apreensão judicial de bem, em 
virtude de dívida, para garantia 
de execução.
Lockout
É a interrupção transitória das 
atividades empresariais por 
iniciativa de seus dirigentes, 
também conhecida como greve 
dos patrões e greve patronal.
Amolgamento
Amassamento.
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UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Acidentes ocorridos com veículos transportadores com excesso 
de carga, peso ou altura, desde que tal(is) excesso(s) seja(m) a cau-
sa determinante do evento.
 ■ Multas, assim como obrigações fiscais, tributárias e/ou judiciárias, 
à exceção do valor dos impostos suspensos e/ou benefícios inter-
nos relativos aos bens ou mercadorias transportados, desde que 
contratada a cobertura adicional específica, prevista na Resolução 
no 123/2005.
 ■ Operações de carga e descarga, com ou sem içamento, a não ser 
que seja contratada a cobertura adicional específica.
 ■ Ato terrorista, independentemente de seu propósito, quando reconhe-
cido como atentatório à ordem pública pela autoridade competente.
Essa também expressamente excluída desse seguro a cobertura da res-
ponsabilidade do segurado por danos morais e lucros cessantes, oriundos 
de qualquer causa, ainda que de ocorrência prevista e coberta nos termos 
do Capítulo I – Condições Gerais do Seguro de RCTR-C.
 BENS OU MERCADORIAS 
 NÃO COMPREENDIDOS 
 NO SEGURO 
Conforme previsto nas condições gerais, os bens e/ou mercadorias que 
não estão compreendidos pela cobertura do Seguro RCTR-C são os 
seguintes:
 ■ Apólices, bilhetes de loteria, cartões de crédito, cartões telefônicos 
e cartões de estacionamento em geral.
 ■ Cheques, contas, comprovantesde débitos e dinheiro, em moeda 
ou papel.
 ■ Diamantes industriais, documentos e obrigações de qualquer 
espécie, e escrituras.
 ■ Joias, pérolas em geral, pedras preciosas ou semipreciosas, metais 
preciosos e semipreciosos e suas ligas (trabalhadas ou não), notas 
e notas promissórias.
 ■ Registros, títulos, selos e estampilhas.
 ■ Talões de cheque, vales-alimentação e vales-refeição.
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UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURAS DE BENS 
 OU MERCADORIAS SUJEITOS 
 A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 
De acordo com o art. 6º das condições gerais do Seguro de RCTR-C, está 
sujeito a condições próprias, devidamente discriminadas na apólice e median-
te inclusão de cláusula específica, o transporte das seguintes mercadorias:
 ■ Objetos de arte (quadros, esculturas, antiguidades e coleções).
 ■ Mudanças de móveis e utensílios (residenciais ou de escritório).
 ■ Animais vivos.
 ■ Contêineres.
 ■ Veículos trafegando por meios próprios.
Para ratificação da cobertura de bens ou mercadorias sujeitos a condições 
próprias, é necessária a inclusão de cláusula específica, conforme iremos 
abordar à frente.
 COMEÇO E FIM DOS RISCOS 
Os riscos assumidos pelo transportador têm início no momento em que os 
bens ou mercadorias são recebidos por ele no local de início da viagem 
contratada e terminam no momento em que são entregues ao destinatário, 
no local de destino da viagem, ou quando depositados em juízo, se o des-
tinatário não for encontrado.
O segurado deve exigir que o destinatário confira, contra recibo, os bens 
ou mercadorias entregues, sob pena de perda da garantia, em caso de 
reclamações posteriores.
A Cobertura do Seguro RCTR-C se estende aos percursos urbanos e 
suburbanos de coleta e entrega dos bens ou mercadorias, quando efetua-
dos pelo segurado como complementares à viagem principal, comprova-
dos pelo documento fiscal do embarcador ou pela minuta de despacho.
Os riscos de incêndio ou explosão durante a permanência dos bens ou 
mercadorias nos depósitos, armazéns ou pátios usados pelo segurado têm 
um prazo de cobertura de 15 dias, contados da data de entrada do bem ou 
mercadoria nesses locais.
83
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 APÓLICE DE RCTR-C 
A apólice de RCTR-C (Anexo 3) é emitida em conformidade com as decla-
rações constantes da proposta de seguro, que passa a fazer parte inte-
grante do contrato de seguro, conforme vimos na unidade 1.
O segurado tem a obrigação de comunicar por escrito à seguradora, qual-
quer alteração que ocorra nos dados constantes da proposta original do 
seguro, com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, a contar da data 
de início da vigência da alteração pretendida.
Cabe à seguradora pronunciar-se, dentro de três dias úteis após o recebi-
mento da comunicação, sobre sua aceitação ou não. A ausência de mani-
festação da seguradora, por escrito, caracterizará a aceitação tácita da 
alteração proposta.
Não é admitida a presunção de que a seguradora possa ter conhecimen-
to de circunstâncias que não constem da proposta e daquelas que não 
tenham sido comunicadas, posteriormente, por escrito.
 AVERBAÇÕES 
No Seguro RCTR-C, somente poderá ser adotada a averbação do tipo sim-
ples, por força do art. 2o da Resolução CNSP 247/2011.
 — Averbação Simples
O segurado assume a obrigação de comunicar à seguradora todos os 
embarques abrangidos pela apólice. Essa comunicação deve ser realiza-
da antes da saída do veículo transportador, com base nos conhecimentos 
emitidos, em rigorosa sequência numérica, mediante a transmissão ele-
trônica do arquivo do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), no 
padrão estabelecido na legislação, ou documento fiscal equivalente.
Após a averbação do seguro, nos casos em que for obrigatória a emissão 
do Manifesto Eletrônico do Documentos Fiscais (MDF-e), deve o segurado, 
mediante transmissão eletrônica, efetuar a entrega do arquivo completo 
no padrão estabelecido na legislação, também em rigorosa sequência 
numérica e antes do início da viagem.
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UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
Importante
O conhecimento de embarque (contrato de transporte) é um documento imprescindível 
ao despacho da mercadoria. A mercadoria transportada só é entregue ao destinatá-
rio mediante a apresentação do conhecimento original de embarque. É obrigação do 
transportador rodoviário examinar a carga embarcada e registrar, no conhecimento de 
embarque, as ressalvas necessárias sobre o estado da mercadoria que recebeu.
A comunicação do embarque também poderá ser feita por meio de trans-
missão eletrônica, diariamente, mediante acordo prévio com a seguradora.
O não cumprimento do compromisso de averbar todos os embarques 
abrangidos pela apólice, quaisquer que sejam seus valores, isentará a 
seguradora de efetuar o pagamento de qualquer indenização decorrente 
desse seguro, ainda que o embarque sinistrado tenha sido averbado.
A obrigação de realizar a averbação é do segurado, mas é muito importan-
te que o corretor de seguros apoie o cliente no cumprimento dessa obri-
gação, desde o momento da implantação e durante a vigência da apólice.
O segurado assume a obrigação de fornecer à seguradora os elementos e 
provas que lhe forem solicitados para a verificação do fiel cumprimento da 
obrigação de averbar todos os embarques realizados.
 IMPORTÂNCIA SEGURADA E 
 LIMITE MÁXIMO DE GARANTIA 
A importância segurada a ser indicada na averbação deverá ser igual ao 
valor dos bens ou mercadorias constantes do conhecimento de embarque 
ou manifesto de carga.
A seguradora fixará, nas condições particulares da apólice, o Limite Máximo 
de Garantia por acúmulo (acidente, incêndio ou explosão em armazém).
Esse limite máximo de garantia poderá ser elevado, desde que o segurado 
dê aviso, por escrito, à seguradora, com antecipação mínima de três dias 
úteis, contados da data de embarque. 
A seguradora deverá se pronunciar no prazo de até três dias úteis após o 
recebimento da comunicação sobre a aceitação ou não do risco propos-
to. A ausência de manifestação por escrito da seguradora caracterizará a 
aceitação tácita do risco proposto.
85
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
Os impostos suspensos e/ou benefícios internos podem ser incluídos no 
seguro mediante a contratação de cobertura adicional, desde que esses 
valores constem expressamente do conhecimento do embarque.
 ISENÇÃO DE 
 RESPONSABILIDADE 
A seguradora ficará isenta de toda e qualquer responsabilidade ou obriga-
ção perante o segurado, não sendo devido qualquer pagamento ao tercei-
ro prejudicado (proprietário das mercadorias), ou reembolso ao segurado, 
quando este:
 ■ Praticar qualquer fraude e/ou falsidade que possa ter influenciado 
na aceitação do risco ou nas condições do seguro.
 ■ Não observar os prazos previstos nas normas e na legislação em 
vigor e/ou não cumprir quaisquer das obrigações contratuais e/ou 
legais relacionadas ao objeto do contrato de seguro.
 ■ Agir de má-fé com relação à ocorrência de um sinistro e aos danos 
causados por ele, desviando ou ocultando, no todo ou em parte, 
os bens ou mercadorias sinistrados.
 ■ Dificultar qualquer exame necessário para a ressalva de direitos 
em relação a terceiros ou para a redução dos riscos e/ou prejuízos.
 ■ Não se enquadrar na definição de Transportador Rodoviário de car-
ga, conforme disposto nas condições gerais do Seguro RCTR-C.
 ■ Agravar intencionalmente o risco.
Saiba mais
Nos casos de embarques acima do Limite Máximo de Garantia (LMG) e/ou de bens ou mer-
cadorias não cobertos pela apólice, o segurado deverá solicitar a anuência da seguradora 
com antecedência de 72 (setenta e duas) horas. 
Ao final desse prazo, a seguradora deverá se pronunciar pela aceitação ou não do pedido.
Esse procedimento se chama Embarque Esporádico.
86
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURAS ADICIONAIS 
 DO SEGURO DE RCTR-C 
O segurado deverá solicitar expressamente a inclusão da cobertura adicio-
nal desejada,e a seguradora deverá se pronunciar sobre sua aceitação ou 
não dentro dos seguintes prazos:
a) Quinze dias após o recebimento da comunicação, quando se tratar 
de seguro novo.
b) Três dias úteis após o recebimento da comunicação, quando a 
apólice já estiver em vigor, situação em que a inclusão da cobertu-
ra será feita mediante emissão de endosso.
A ausência de manifestação, por escrito, da seguradora, dentro dos prazos 
acima citados caracterizará a aceitação tácita do risco proposto, ou seja, a 
inclusão da cobertura adicional.
 — Cobertura Adicional de Operações 
de Carga/Descarga/Içamento
É uma cobertura apropriada para transportadores que realizam transportes 
de máquinas e equipamentos pesados.
Ela garante a cobertura da responsabilidade do segurado em virtude de 
danos materiais sofridos pelos bens ou mercadorias durante as operações 
de carga e descarga, com ou sem içamento, desde que tais operações 
sejam executadas exclusivamente por aparelhagem e máquinas especiais, 
adequadas à natureza e ao peso da carga.
 — Cobertura Adicional para 
Viagem Rodoviária com Percurso 
Complementar Fluvial
Essa cobertura adicional estende a cobertura do seguro aos percursos flu-
viais complementares ou preliminares à viagem rodoviária nos estados do 
Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima.
Observe, a seguir, os condicionantes da concessão dessa cobertura:
 ■ O transporte hidroviário deve ser parte integrante do transporte 
rodoviário, como seu complemento.
 ■ Os riscos garantidos no percurso fluvial serão os mesmos que, por 
analogia, se enquadram no conceito dos riscos cobertos das con-
dições gerais.
87
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Cobertura Adicional para Extensão 
de Cobertura ao Valor dos Impostos 
Suspensos e/ou Benefícios Internos
Essa cobertura adicional estende a cobertura do seguro ao valor dos 
impostos suspensos e/ou benefícios internos, no caso de transporte de 
mercadorias que, por disposições legais, gozem de benefícios fiscais 
(geralmente mercadorias destinadas à exportação).
Observe as condições da concessão dessa cobertura:
 ■ O valor dos impostos suspensos e/ou benefícios internos deverá 
constar expressamente do conhecimento de embarque.
 — Cobertura Adicional para 
o Transporte de Cargas 
Excepcionais/Especiais
Para fins desta cobertura são consideradas cargas excepcionais/especiais 
todas aquelas de grandes dimensões (largura, comprimento e altura) e/ou 
peso que, diante de suas peculiaridades, somente possam trafegar em veí-
culos apropriados e mediante autorização especial de trânsito, expedida 
pelos órgãos competentes.
Os danos materiais cobertos por essa cobertura devem ocorrer durante o 
transporte e devem ter sido causados diretamente por:
 ■ Operações de carga e descarga, com ou sem içamento.
 ■ Deslizamento ou tombamento da carga.
 ■ Amassamento ou amolgamento da carga.
 ■ Má arrumação e/ou mau acondicionamento da carga.
 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
 DO SEGURO OBRIGATÓRIO 
 DE RCTR-C 
Existem cinco cláusulas específicas: transporte de mudanças de móveis e 
utensílios, transporte de animais vivos, transporte de objetos de arte, trans-
porte de contêineres e transporte de veículos trafegando por meios próprios.
88
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
As cláusulas específicas do Seguro RCTR-C garantem e regulamentam a 
cobertura dos bens e mercadorias sujeitos às seguintes condições:
Cláusula específica para Transporte de Mudanças de 
Móveis e Utensílios (Residenciais ou de Escritório)
Concede cobertura ao transporte de móveis e utensílios, enten-
dendo-se como tais o conjunto de todos os objetos que guarne-
cem uma residência ou escritório, quer acondicionados ou não, 
desde que seu valor seja, separadamente, mencionado no conhe-
cimento de embarque ou documento fiscal equivalente.
Porém, não se enquadram no conceito de móveis e utensílios 
quaisquer objetos que se destinem a fins comerciais ou represen-
tem valores negociáveis, como apólices, bilhetes de loteria, car-
tões de crédito, cartões telefônicos, cartões de estacionamento 
em geral, cheques, contas, comprovantes de débito e dinheiro, em 
moeda ou papel, diamantes industriais, documentos e obrigações 
de qualquer espécie, escrituras, joias e pedras preciosas ou semi-
preciosas, metais preciosos e semipreciosos e suas ligas (trabalha-
das ou não), notas, notas promissórias, pérolas em geral, registros, 
selos e estampilhas, talões de cheque, títulos, vales-alimentação, 
vales-refeição, valores e objetos de arte (quadros, esculturas, anti-
guidades e coleções).
Os objetos de arte poderão ser enquadrados no conceito de 
mudança, desde que seu valor total seja, no máximo, equivalente 
a 10% do valor total da mudança.
O segurado tem a obrigação de efetuar o seguro sobre o valor de 
todos os móveis e utensílios, objetos de transporte que compõem 
a mudança, no estado em que se encontram.
Antes do início dos riscos, deverá ser anexada ao conhecimento 
de embarque uma relação específica ou documento equivalente 
contendo todos os bens e/ou objetos do transporte, com a anota-
ção dos seus respectivos valores unitários.
Na falta de declaração dos valores unitários, a indenização refe- 
rente a cada objeto não poderá ultrapassar 1% do valor total segu- 
rado para o embarque.
Cláusula específica para Transporte de Animais Vivos
A cobertura concedida por esta cláusula se destina a cobrir a res- 
ponsabilidade do segurado em virtude de morte ou fuga de aves 
ou outros animais vivos, desde que transportados em veículos 
adequados, e que tenham sido diretamente causadas pelos riscos 
cobertos previsto nas condições gerais do Seguro RCTR-C.
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UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
Em caso de morte, inclusive decorrente de sacrifício do animal, obje-
to do seguro, a seguradora somente será responsável pelos prejuí-
zos devidamente comprovados por documento hábil, emitido por 
autoridade pública competente, do qual conste a causa mortis.
Nos casos de fuga de animais, a responsabilidade da seguradora 
ficará limitada a ¾ do valor segurado para cada animal.
Se o(s) animal(ais) for(em) recapturado(s), os desembolsos neces- 
sários e razoáveis, decorrentes das providências tomadas pelo 
segurado ou seus prepostos, serão também reembolsados pela 
seguradora, na proporção de ¾ dessas despesas, cujo total fica 
limitado a 50% do valor segurado para cada animal.
Essa cláusula não se aplica a animais reprodutores e/ou de raça, 
cuja cobertura ficará sujeita à inspeção prévia e avaliação por peri- 
to designado pela seguradora.
Cláusula específica para Transporte de Objetos de Arte
Estende a cobertura concedida pela apólice ao transporte de obje- 
tos de arte, tais como quadros, esculturas, antiguidades e coleções.
Os objetos de arte somente poderão ser transportados em veícu- los 
de carroceria fechada, de propriedade do segurado, e conduzi- dos 
por motorista empregado do segurado, sob pena de nulidade da pre-
sente cobertura.
Deverá ser anexada ao conhecimento de embarque, antes do início 
dos riscos, uma relação específica, contendo todos os objetos de arte 
segurados, com a anotação de seus respectivos valores unitários.
Cláusula específica para Transporte de Contêineres
Mediante a contratação dessa cláusula, a cobertura concedida pela 
apólice estende-se ao transporte de contêineres que sejam de pro-
priedade de terceiros, conforme disposto nas condições gerais.
Além dos riscos não cobertos relacionados nas condições gerais 
do Seguro de RCTR-C, está expressamente excluída a cobertura 
da responsabilidade do segurado por danos materiais provenien- 
tes direta ou indiretamente do uso, desgaste ordinário e/ou dete- 
rioração gradual dos contêineres.
O segurado se obriga a indicar o número, a marca e o valor correspon-
dentes na documentação fiscal hábil que acompanhar o contêiner.
Cláusula específica para Transporte de Veículos Tra-
fegando por Meios Próprios
Essa cláusula garante a cobertura da responsabilidadedo segura-
do pelo transporte de veículos terrestres automotores, de proprie-
dade de terceiros, trafegando por meios próprios.
90SEGUROS DE TRANSPORTES
UNIDADE 4
O segurado se obriga a indicar a marca, o modelo, o tipo, o ano, 
o chassi, a placa (se cabível) e a importância segurada dos veí- 
culos a serem transportados na documentação fiscal hábil que 
os acompanhar.
Para os efeitos dessa cobertura, a importância segurada de cada 
veículo deverá ser igual ao valor constante da nota fiscal (no caso 
de veículos novos, zero km, sem licença) ou igual ao valor constan- 
te em tabela de referência, divulgada em jornais de grande circu- 
lação ou em revistas especializadas (no caso de veículos usados), 
estipulada nas condições particulares das apólices.
É importante salientar que os motoristas que conduzirão os veícu-
los objeto dessa cláusula específica deverão ter vínculo contratual 
com o segurado.
 CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO 
Nos Seguros de RCTR-C, as taxas da cobertura básica variam de acordo 
com a origem e o destino da mercadoria transportada, conforme Tabela 
Referencial de Taxas (Quadro 4).
Para as coberturas adicionais, existem taxas específicas, exceto para 
impostos suspensos – em que se aplica a mesma taxa da cobertura bási- 
ca e para as cláusulas especiais utilizam-se agravações sobre a taxa da 
cobertura básica.
Exemplo de como utilizar a tabela de Taxas por Percurso:
Um embarque saindo do Rio de Janeiro com destino a São Paulo, no valor de 
R$ 100.000,00.
Origem: Rio de Janeiro 
Destino: São Paulo 
Valor: R$ 100.000,00 
Taxa: 0,04%
Prêmio deste embarque: R$ 40,00 (R$ 1000.000,00 × 0,04%)
QUADRO 4: CONDIÇÕES GERAIS PARA O SEGURO OBRIGATÓRIO DE 
RESPONSABILIDADE 
CIVIL DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO – CARGA TABELA DE TAXAS POR 
PERCURSO, APLICADA AO RCTR-C
91
AC AL AP AM BA CE DF ES GO MA MT MS MG PA PB PR PE PI RJ RN RS RO RR SC SP SE TO
Acre 0,04 0,3 0,26 0,09 0,3 0,28 0,18 0,26 0,18 0,28 0,12 0,16 0,22 0,24 0,3 0,24 0,3 0,26 0,26 0,3 0,28 0,05 0,14 0,26 0,24 0,3 0,23
Alagoas 0,3 0,04 0,16 0,3 0,06 0,07 0,14 0,11 0,14 0,1 0,2 0,22 0,11 0,14 0,05 0,18 0,05 0,08 0,14 0,05 0,22 0,26 0,32 0,2 0,16 0,05 0,12
Amapá 0,26 0,16 0,08 0,26 0,16 0,11 0,14 0,22 0,14 0,09 0,2 0,26 0,2 0,09 0,16 0,22 0,16 0,09 0,22 0,16 0,28 0,22 0,3 0,24 0,2 0,16 0,13
Amazonas 0,09 0,3 0,26 0,08 0,3 0,28 0,2 0,28 0,2 0,28 0,18 0,2 0,24 0,24 0,3 0,26 0,3 0,24 0,28 0,3 0,3 0,09 0,09 0,28 0,26 0,32 0,2
Bahia 0,3 0,06 0,16 0,3 0,05 0,08 0,14 0,08 0,14 0,1 0,16 0,18 0,09 0,12 0,07 0,14 0,06 0,08 0,1 0,08 0,18 0,26 0,32 0,16 0,12 0,06 0,11
Ceará 0,28 0,07 0,11 0,28 0,08 0,04 0,18 0,14 0,18 0,07 0,24 0,24 0,16 0,1 0,05 0,22 0,06 0,07 0,18 0,05 0,26 0,26 0,32 0,24 0,2 0,08 0,13
Distrito Federal 0,18 0,14 0,14 0,2 0,14 0,18 0,03 0,09 0,05 0,16 0,07 0,08 0,06 0,12 0,16 0,09 0,16 0,18 0,09 0,18 0,11 0,14 0,26 0,09 0,06 0,12 0,07
Espírito Santo 0,26 0,11 0,22 0,28 0,08 0,14 0,09 0,03 0,09 0,16 0,14 0,12 0,05 0,2 0,12 0,09 0,12 0,14 0,04 0,14 0,12 0,22 0,32 0,1 0,07 0,09 0,14
Goiás 0,18 0,14 0,14 0,2 0,14 0,18 0,05 0,09 0,05 0,16 0,07 0,08 0,06 0,12 0,16 0,09 0,16 0,18 0,09 0,18 0,11 0,14 0,26 0,09 0,06 0,12 0,08
Maranhão 0,28 0,1 0,09 0,28 0,1 0,07 0,16 0,16 0,16 0,06 0,2 0,24 0,16 0,09 0,11 0,24 0,1 0,07 0,2 0,1 0,28 0,24 0,32 0,26 0,2 0,11 0,11
Mato Grosso 0,12 0,2 0,2 0,18 0,16 0,24 0,07 0,14 0,07 0,2 0,06 0,07 0,1 0,14 0,22 0,11 0,22 0,18 0,14 0,24 0,16 0,09 0,24 0,12 0,11 0,18 0,1
Mato Grosso do Sul 0,16 0,22 0,26 0,2 0,18 0,24 0,08 0,12 0,08 0,24 0,07 0,05 0,09 0,18 0,24 0,07 0,24 0,2 0,09 0,26 0,11 0,14 0,26 0,09 0,07 0,2 0,14
Minas Gerais 0,22 0,11 0,2 0,24 0,09 0,16 0,06 0,05 0,06 0,16 0,1 0,09 0,04 0,18 0,14 0,07 0,14 0,14 0,05 0,14 0,1 0,2 0,3 0,08 0,05 0,1 0,13
Pará 0,24 0,14 0,09 0,24 0,12 0,1 0,12 0,2 0,12 0,09 0,14 0,18 0,18 0,08 0,14 0,2 0,12 0,09 0,2 0,12 0,26 0,2 0,28 0,22 0,18 0,14 0,12
Paraíba 0,3 0,05 0,16 0,3 0,07 0,05 0,16 0,12 0,16 0,11 0,22 0,24 0,14 0,14 0,04 0,2 0,05 0,08 0,16 0,05 0,24 0,28 0,32 0,22 0,18 0,05 0,13
Paraná 0,24 0,18 0,22 0,26 0,14 0,22 0,09 0,09 0,09 0,24 0,11 0,07 0,07 0,2 0,2 0,03 0,2 0,2 0,06 0,22 0,06 0,2 0,3 0,04 0,04 0,16 0,18
Pernambuco 0,3 0,05 0,16 0,3 0,06 0,06 0,16 0,12 0,16 0,1 0,22 0,24 0,14 0,12 0,05 0,2 0,04 0,08 0,16 0,05 0,24 0,26 0,32 0,24 0,16 0,05 0,12
Piauí 0,26 0,08 0,09 0,24 0,08 0,07 0,18 0,14 0,18 0,07 0,18 0,2 0,14 0,09 0,08 0,2 0,08 0,06 0,16 0,08 0,24 0,22 0,3 0,22 0,18 0,09 0,1
Rio de Janeiro 0,26 0,14 0,22 0,28 0,1 0,18 0,09 0,04 0,09 0,2 0,14 0,09 0,05 0,2 0,16 0,06 0,16 0,16 0,02 0,18 0,1 0,22 0,32 0,08 0,04 0,12 0,14
Rio Grande do Norte 0,3 0,05 0,16 0,3 0,08 0,05 0,18 0,14 0,18 0,1 0,24 0,26 0,14 0,12 0,05 0,22 0,05 0,08 0,18 0,04 0,26 0,28 0,32 0,24 0,18 0,06 0,13
Rio Grande do Sul 0,28 0,22 0,28 0,3 0,18 0,26 0,11 0,12 0,11 0,28 0,16 0,11 0,1 0,26 0,24 0,06 0,24 0,24 0,1 0,26 0,03 0,24 0,32 0,04 0,07 0,2 0,2
Rondônia 0,05 0,26 0,22 0,09 0,26 0,26 0,14 0,22 0,14 0,24 0,09 0,14 0,2 0,2 0,28 0,2 0,26 0,22 0,22 0,28 0,24 0,04 0,1 0,22 0,2 0,28 0,2
Roraima 0,14 0,32 0,3 0,09 0,32 0,32 0,26 0,32 0,26 0,32 0,24 0,26 0,3 0,28 0,32 0,3 0,32 0,3 0,32 0,32 0,32 0,1 0,08 0,32 0,3 0,32 0,24
Santa Catarina 0,26 0,2 0,24 0,28 0,16 0,24 0,09 0,1 0,09 0,26 0,12 0,09 0,08 0,22 0,22 0,04 0,24 0,22 0,08 0,24 0,04 0,22 0,32 0,03 0,05 0,18 0,18
São Paulo 0,24 0,16 0,2 0,26 0,12 0,2 0,06 0,07 0,06 0,2 0,11 0,07 0,05 0,18 0,18 0,04 0,16 0,18 0,04 0,18 0,07 0,2 0,3 0,05 0,02 0,14 0,14
Sergipe 0,3 0,05 0,16 0,32 0,06 0,08 0,12 0,09 0,12 0,11 0,18 0,2 0,1 0,14 0,05 0,16 0,05 0,09 0,12 0,06 0,2 0,28 0,32 0,18 0,14 0,04 0,11
Tocantis 0,23 0,12 0,13 0,2 0,11 0,13 0,07 0,14 0,08 0,11 0,1 0,14 0,13 0,12 0,13 0,18 0,12 0,1 0,14 0,13 0,2 0,2 0,24 0,18 0,14 0,11 0,06
 
Nota: será aplicada a taxa de 0,015% às viagens dentro do perímetro urbano e/ou suburbano das cidades, bem como às realizadas nas 
Regiões Metropolitanas (supramencionadas).
SEGUROS DE TRANSPORTES
UNIDADE 5
92
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
 FRANQUIA E PARTICIPAÇÃO 
 OBRIGATÓRIA DO SEGURADO 
Nos sinistros de RCTR-C decorrentes da cobertura básica, não são aplica-
das franquias e nem POS (Participação Obrigatória do Segurado).
Para algumas coberturas adicionais e/ou especiais, as seguradoras costu- 
mam aplicar uma POS ou franquia:
 ■ Cobertura Adicional de Operações de Carga/Descarga/Içamento 
– POS de 2%, incidentes sobre o total do prejuízo reclamado.
 ■ Cobertura Adicional para o Transporte de Cargas Excepcionais/
Especiais – POS de 2%, incidentes sobre o total do prejuízo recla-
mado; e
 ■ Cláusula Específica para Transporte de Veículos Rodando por 
Meios Próprios – franquia dedutível de 1,5%, aplicável sobre o valor 
do veículo.
É importante lembrar que esses percentuais podem sofrer alterações de 
uma seguradora para outra ou conforme negociação com o segurado.
 PRÊMIO 
No ato da emissão da apólice, é cobrado um prêmio inicial (depósito), calculado 
sobre o valor estipulado como Limite Máximo de Garantia (LMG), previamente 
acordado pelas partes, de forma facultativa, por ocasião da emissão de uma 
apólice de averbação, correspondente a uma estimativa do prêmio total, calcu-
lado com base em uma previsão das movimentações dos negócios do segura-
do vinculadas à apólice de averbação, durante todo o período de sua vigência.
O prêmio inicial será reajustado sempre que o segurado solicitar aumento 
do LMG.
O valor atualizado do prêmio inicial (depósito) será creditado para o segu-
rado em sua última fatura de pagamento, referente à vigência da apólice.
Haverá também a estipulação de um Prêmio Mínimo Mensal (PMM). Esse 
PMM é a garantia mínima de fatura estabelecida pela seguradora. Sempre 
que o prêmio mensal das averbações não atingir esse valor, será cobrado 
o valor mínimo de fatura constante da apólice.
93
UNIDADE 4
SEGUROS DE TRANSPORTES
O prêmio mensal, por sua vez, é calculado sobre o valor dos bens ou 
mercadorias declarados nas averbações, mediante a aplicação das taxas 
previstas em umaTabela Referencial de Taxas RCTR-C e nas respectivas 
coberturas adicionais, quando houver.
Qualquer indenização, por força do contrato de seguro somente passa a 
ser devida depois de feito o pagamento do prêmio até a data-limite previs- 
ta para tal fim na nota de seguro.
A data-limite para pagamento do prêmio (inicial ou mensal) não pode- rá 
ultrapassar o 30o dia da emissão da apólice, da fatura ou do endosso. Se 
a data limite vencer em dia sem expediente bancário, o pagamento do 
prêmio deverá ser efetuado no 1o dia útil subsequente.
Se não houver a quitação da respectiva nota de seguro dentro do prazo 
referido (endosso), o contrato ou aditamento a ele referente ficará, automa- 
ticamente e de pleno direito, cancelado.
Se ocorrer algum sinistro dentro do prazo para pagamento do prêmio, sem 
que este se encontre efetuado, o direito à indenização não ficará prejudi- 
cado se ele for pago ainda no prazo limite.
A cobrança do prêmio será feita através de fatura ou conta mensal e 
correspondente nota de seguro, englobando todo o movimento averbado 
pelo segurado no mês.
Prêmio Mínimo Mensal 
O PMM é cobrado mesmo que não haja movimentação de averbações do segurado, obje-
tivando a manutenção da apólice. O valor estipulado na apólice deve ser acrescido de IOF 
e juros (adicional de fracionamento) se for o caso.
A cobrança e/ou o pagamento do PMM de manutenção não desobrigam o segurado de 
averbar todos os embarques que se constituem objeto do seguro. A falta de averbação 
implicará a aplicação da perda de direitos ao segurado.
O pagamento do prêmio mínimo não garante ao segurado o pagamento de indeniza-
ção, que dependerá da análise e regulação do sinistro, nos termos da apólice e condi-
ções do seguro.
A cobrança do Prêmio Inicial, mais conhecido como Prêmio Depósito, caiu em desuso, 
não sendo mais realizada no mercado de seguros. Existe apenas a sua menção no contra-
to com a indicação de Isento.
94
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 FIXANDO CONCEITOS 4 
Marque a alternativa correta
1. O seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Car-
ga, ou RCTR-C, cobre a responsabilidade civil do transportador por even-
tuais perdas ou danos sofridos pelos bens ou mercadorias de terceiros. No 
entanto, o transportador estará isento de responsabilidade em casos de 
culpa do próprio embarcador, por exemplo:
(a) Colisão do veículo transportador.
(b) Incêndio no depósito do transportador.
(c) Tombamento do veículo transportador. 
(d) Explosão do veículo transportador.
(e) Danos à carga por queda de raios em tempestades. 
2. Cobertura básica do Seguro RCTR-C restringe-se aos danos sofridos 
pela carga causados diretamente por acidentes envolvendo o veículo 
transportador. Desse modo, podemos afirmar que não estarão cobertos 
nesse seguro as perdas e os danos resultantes de:
(a) Colisão.
(b) Capotamento.
(c) Incêndio do veículo.
(d) Extravio da carga.
(e) Tombamento.
3. De acordo com as Condições Gerais do seguro de RCTR-C, a cobertura 
para o transporte de alguns tipos de mercadoria está sujeita às condições 
próprias, devidamente discriminadas na apólice e mediante inclusão de 
cláusula específica. Entre essas mercadorias, podemos citar:
(a) Produtos Agrícolas.
(b) Objetos de Arte.
(c) Apólices de seguro.
(d) Instrumentos musicais.
(e) Cartões de crédito.
95
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
4. Conforme estabelecido nas Condições Gerais dos seguros de RCTR-C, 
a seguradora ficará isenta de toda e qualquer responsabilidade ou obriga-
ção perante o segurado, não sendo devido qualquer pagamento ao tercei-
ro prejudicado, quando o segurado:
(a) Avisar imediatamente sobre um sinistro ocorrido.
(b) Agir com presteza na preservação dos bens sinistrados.
(c) Agravar intencionalmente o risco.
(d) Observar todas as obrigações do contrato de seguro.
(e) Apresentar toda documentação relativa ao um sinistro.
5. O seguro obrigatório de RCTR-C não garante:
a) Capotamento.
b) Tombamento.
c) Vício próprio.
d) Incêndio no veículo.
e) Colisão.
6. No Seguro RCTR-C, quais categorias de bens e mercadorias estão sujei-
tas a condições próprias?
a) Eletrônicos.
b) Alimentos.
c) Embalagens.
d) Mudanças.
e) Confecções.
7. Uma transportadora, ao contratar o seguro de RCTR-C, e indagou o cor-
retor de seguros sobre o prazo de cobertura de incêndio em depósitos, e 
o corretor afirmou que tal prazo é de:
a) 3 dias.
b) 7 dias.
c) 10 dias.
d) 15 dias.
e) 30 dias.
96
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
8. A averbação é um obrigação muito importante do segurado para garan-
tir a cobertura. No seguro de RCTR-C, a averbação que deve ser realizada 
antes do embarque é denominada de:
a) Simples.
b) Simplificada.
c) Provisória.
d) Definitiva.
e) Provisória única.
9. No seguro de RCTR-C, qual o fator considerado como critério de taxação?
a) O veículo.
b) A mercadoria.
c) A origem e o destino.
d) O perfil do motorista.
e) O modal.
10. No seguro de RCTR-C, a cobrança do prêmio ocorre por meio de fatu-
ras, nas quais a seguradora concede, para pagamento, o prazo de:
a) 3 dias.
b) 5 dias.
c) 7 dias.
d) 15 dias.
e) 30 dias.
Consulte o gabarito clicando aqui.
97
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
05
 ■ Compreender o 
funcionamento do seguro 
RCF-DC, identificando 
os riscos cobertos e não 
cobertos, bem como as 
coberturas adicionais 
desse tipo de seguro.
Após ler esta unidade, 
você deverá ser capaz de:
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS
⊲ RISCOS COBERTOS
⊲ RISCOS NÃO COBERTOS
⊲ BENS NÃO COMPREENDIDOS 
NO SEGURO
⊲ COBERTURA DE BENS OU 
MERCADORIAS SUJEITOS 
A CONDIÇÕES PRÓPRIAS
⊲ COMEÇO E FIM DOS RISCOS
⊲ APÓLICE DE RCF-DC
⊲ IMPORTÂNCIA SEGURADA 
E LIMITE MÁXIMO DE 
GARANTIA
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
SEGURO FACULTATIVO 
de RESPONSABILIDADE 
CIVIL do TRANSPORTADOR 
RODOVIÁRIO por
DESAPARECIMENTO DE CARGA (RCF-DC)
⊲ CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO
⊲ PARTICIPAÇÃO 
OBRIGATÓRIA DO 
SEGURADO (POS)
⊲ AVERBAÇÕES
⊲ PRÊMIO
⊲ COBERTURAS 
ADICIONAIS DO 
SEGURO DE RCF-DC
⊲ CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
DO SEGURO DE RCF-DC
⊲ FIXANDO CONCEITOS 5
98
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
O Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa por Desaparecimento 
de Carga, ou simplesmente RCF-DC, como o próprio nome sugere, é um 
seguro facultativo e só pode ser contratado em conjunto com o RCTR-C. 
Nesse seguro, está coberto o desaparecimento total de carga – desde que 
ocorra concomitantemente com o desaparecimento do veículo transporta-
dor –, assim como o roubo oriundo de assalto à mão armada.
O RCF-DC garante ao segurado, até o valor da Importância Segurada, o 
reembolso das reparações pecuniárias pelas quais, por disposições legais, 
for ele responsável pelas perdas ou danos causados a bens de terceiros 
que lhe tenham sido entregues para transporte, decorrente dos Riscos 
Cobertos previstos nas condições gerais.
Refere-se, ainda, a bens transportados por rodovias em território nacional, 
mediante a garantia dos conhecimentos de embarque.
De acordo com as condições gerais dos Seguros de RCF-DC, o segurado, 
no contrato de seguro, é o transportador rodoviário de carga, devidamen-
te inscrito no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga 
(RNTRC) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a exemplo 
do que é exigido no Seguro de RCTR-C.
99
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
Saiba mais
Atualmente, os Seguros de RCF-DC encontram-se regulamentados pela Circular Susep no 
422/2011. 
Sua movimentação se faz por averbações, da mesa forma que ocorre no Seguro de RCTR-C.
Sua comercialização é em conjunto com a apólice de RCTR-C e somente em apólices 
abertas.
Não estão cobertos nesse seguro a responsabilidade do segurado por danos corpo-
rais, danos morais e/ou lucros cessantes decorrentes de qualquer causa, ainda que 
previstos nas Condições Gerais.
 RISCOS COBERTOS 
Desde que averbados no seguro de RCTR-C, os bens e mercado-rias decorrentes do desaparecimento da carga podem também ser 
cobertos no RCF-DC em consequência de:
 ■ Desaparecimento total da carga, concomitantemente com o do 
veículo transportador, durante o transporte, em decorrência de:
 » Apropriação indébita e/ou estelionato.
 » Furto simples ou qualificado.
 » Extorsão simples ou mediante sequestro.
 ■ Roubo durante o trânsito, entendendo-se como tal o desapareci-
mento total ou parcial da carga, desde que o autor do delito tenha 
assumido o controle do veículo transportador, mediante grave 
ameaça ou emprego de violência;
 ■ Roubo de bens ou mercadorias carregados nos veículos transpor-
tadores, durante a sua permanência no interior dos depósitos ou 
da área do terreno onde estiverem localizados os depósitos do 
segurado, ou sob seu controle e/ou administração, desde que tais 
depósitos tenham sido previamente relacionados na apólice e que 
sejam observadas, cumulativamente, as seguintes condições:
 » Os bens ou mercadorias carregados estejam acompanhados 
do respectivo conhecimento de transporte rodoviário de carga 
e/ou de outro documento hábil; e
 » Os referidos bens ou mercadorias não tenham permanecido, 
no depósito, por mais de 15 dias corridos.
Vale a pena ler
na íntegra
Circular Susep 422/2011
100
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Roubo praticado durante viagem fluvial complementar à viagem 
rodoviária, exclusivamente na Região Amazônica, desde que haja 
abertura de inquérito policial e ocorra o desaparecimento total ou 
parcial da carga, concomitantemente ou não com o do veículo no 
qual as cargas foram embarcadas.
 RISCOS NÃO COBERTOS 
O Seguro de RCF-DC não cobre o desaparecimento total ou parcial da 
carga, mesmo que decorrente de risco coberto, quando estiver associado:
 ■ A dolo praticado, exclusiva e comprovadamente, pelo segurado ou 
beneficiário do seguro ou pelo representante de um ou de outro. 
No caso de pessoa jurídica, a exclusão se aplica aos sócios contro-
ladores da empresa segurada, aos seus dirigentes e administrado-
res legais, aos beneficiários e também aos representantes de cada 
uma dessas pessoas.
 ■ A bens ou mercadorias contrabandeados, ainda que parcialmente, 
roubados ou furtados, ou ainda, cuja comercialização e/ou embar-
que sejam proibidos ou de natureza ilícita.
 BENS NÃO COMPREENDIDOS 
 NO SEGURO 
Não estão abrangidos pela cobertura desse seguro:
 ■ O veículo transportador.
 ■ Apólices, bilhetes de loteria, cartões de crédito, cartões telefônicos 
e cartões de estacionamento em geral.
 ■ Ações, cheques, contas, comprovantes de débitos, conhecimen-
tos, ordens de pagamento, saques e dinheiro em moeda ou papel.
 ■ Diamantes industriais, documentos e obrigações de qualquer 
espécie, além de escrituras.
 ■ Joias, pérolas em geral, pedras preciosas ou semipreciosas, metais 
preciosos e semipreciosos, e suas ligas (trabalhadas ou não), notas 
e notas promissórias.
 ■ Registros, títulos, selos e estampilhas.
101
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Talões de cheque, vales-alimentação, vales-refeição e similares.
 ■ Cargas radioativas e cargas nucleares.
 ■ Aqueles não averbados no Seguro Obrigatório de Responsabilida-
de Civil do Transportador Rodoviário – Carga (RCTR-C).
 ■ Quaisquer outros bens ou mercadorias, relacionados na apólice, 
mediante acordo entre partes.
Consequentemente, são seguráveis no Seguro RCF-DC todos os bens não 
relacionados acima, com exceção, evidentemente, dos bens de proprieda-
de do próprio segurado.
 COBERTURA DE BENS OU 
 MERCADORIAS SUJEITOS 
 A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 
Estão sujeitos a taxas e condições próprias, devidamente discriminadas na 
apólice e mediante inclusão de cláusula específica, os bens ou mercado-
rias a seguir mencionados:
 ■ Objetos de arte (quadros, esculturas, antiguidades e coleções).
 ■ Mudanças de móveis e utensílios (residenciais ou de escritório).
 ■ Animais vivos.
 ■ Contêineres.
 ■ Veículos trafegando por meios próprios.
 COMEÇO E FIM DOS RISCOS 
Os riscos assumidos têm início no momento em que os bens ou mercado-
rias são colocados no veículo transportador, no local de início da viagem 
contratada, e terminam quando são retirados do veículo transportador no 
local de destino da mesma viagem.
Essa cobertura também abrange as operações de coleta e entrega, com-
provadas pelo documento fiscal ou pela minuta de despacho.
102
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
O segurado deve exigir que o destinatário confira, contra recibo, os bens 
ou mercadorias entregues, sob pena de perda da garantia do seguro, em 
caso de reclamações posteriores.
A cobertura concedida pelo Seguro de RCF-DC se estende aos percursos 
urbanos e suburbanos de coletas e entregas dos bens ou mercadorias que 
são efetuadas pelo segurado como complementares à viagem principal, 
desde que comprovadas pelo documento fiscal do embarcador ou pela 
minuta de despacho.
 APÓLICE DE RCF-DC 
O segurado não poderá manter mais do que uma apólice desse seguro, seja 
em uma ou mais seguradoras, sob pena de suspensão de seus efeitos e 
perda do direito à restituição do prêmio que houver pago.
Não obstante, será permitida a emissão de mais de uma apólice para as 
mesmas situações previstas para o Seguro de RCTR-C, como vimos na 
unidade 5.
 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
 E LIMITE MÁXIMO 
 DE GARANTIA 
A Importância Segurada corresponde aos valores dos bens ou mercadorias 
declarados nos conhecimentos de embarque e será indicada nas averba-
ções. Essa importância representará os prejuízos máximos indenizáveis pela 
seguradora em caso de sinistro amparado pelas coberturas do seguro.
 CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO 
Geralmente, aplicam-se taxas únicas, que são definidas pelas seguradoras 
com base no perfil de cada risco proposto.
Saiba mais
A apólice do Seguro RCF- DC 
tem sua vigência limitada a um 
ano. Sua movimentação se faz 
por averbações e somente por 
contratos de apólices abertas.
103
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
Algumas mercadorias são consideradas específicas, pois possuem atrati- 
vidade ao roubo. Para essas mercadorias poderá ser negociada a aplica-
ção de uma taxa mais agravada (mais cara).
Algumas mercadorias consideradas específicas:
 ■ Armas, armamentos e munições.
 ■ Autopeças.
 ■ Brinquedos.
 ■ Calçados.
 ■ Charque e carnes in natura.
 ■ Confecções e tecidos.
 ■ Couro beneficiado.
 ■ Cigarro.
 ■ Eletrodomésticos/eletrônicos.
 ■ Leite em pó ou condensado.
 ■ Medicamentos.
 ■ Óleos comestíveis.
 ■ Óleos lubrificantes.
 ■ Pneus e câmaras de ar.
 ■ Tintas.
É importante entender que a relação de mercadorias específicas pode variar 
entre as seguradoras.
 PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA 
 DO SEGURADO (POS) 
Pelas características dos riscos cobertos pelo Seguro de RCF-DC, aplica-se 
a POS em praticamente todos os seguros contratados.
O mais comumente praticado pelas seguradoras é o chamado escalona-
mento da POS, aplicando-se percentuais crescentes a partir do primeiro 
sinistro, mas sempre com um valor mínimo, conforme o exemplo abaixo:
 ■ 1o sinistro: 5%, com mínimo de R$ 500,00.
 ■ 2o sinistro: 10%, com mínimo de R$ 1.000,00.
 ■ 3o sinistro em diante: 20%, com mínimo de R$ 1.500,00.
104
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
Importante
Os percentuais da POS e o seu valor mínimo podem variar. Essa variação percentual tam-
bém pode ser fixada a partir de um determinado número de sinistros. Ocorre, por exemplo, 
a partir do quarto ou quinto sinistro, porém o mais comum é a partir do terceiro sinistro.
Os valores mínimos pretendem evitar que sejam feitas várias pequenas reclamações, 
que podem vir a prejudicar o resultado da apólice.
 AVERBAÇÕES 
São adotadas as mesmas averbações de RCTR-C, ou seja, apenas averba-
ção simples.
 PRÊMIO 
O Seguro de RCF-DC prevê o mesmo sistema de cobrança de prêmios que 
o Seguro de RCTR-C, ou seja, é cobrado um prêmio mínimo mensal.
O prêmio mensal será calculado aplicando-se às importâncias seguradas 
das averbações ataxa ou taxas previstas na apólice.
O prêmio deverá ser pago até o 30º dia após a emissão da fatura mensal.
O não pagamento do prêmio no prazo estipulado implicará o cancelamen- 
to automático da apólice sem qualquer restituição de prêmios já pagos.
105
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
 COBERTURAS ADICIONAIS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
 — Cobertura Adicional de Roubo 
no Depósito do Transportador
É a extensão da cobertura do seguro para cobrir a responsabilidade do 
segurado por perdas e danos materiais sofridos pelos bens ou mercado-
rias por ele transportados, decorrentes de roubo em seu depósito.
O roubo de bens ou mercadorias depositados que ainda não tenham sido 
carregados no veículo transportador somente estará abrangido se o autor 
do delito tiver agido mediante grave ameaça ou emprego de violência con-
tra a pessoa e desde que sejam observadas, cumulativamente, as seguin-
tes disposições:
 ■ As mercadorias ou bens depositados estejam acompanhados do 
respectivo conhecimento de transporte rodoviário de carga e/ou 
de outro documento hábil.
 ■ Os locais de depósito do segurado tenham sido relacionados, pre-
viamente, na apólice.
 ■ As mercadorias ou bens não tenham permanecido em depósito 
por mais de 15 dias.
 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
As cláusulas específicas regulam a cobertura das mercadorias sujeitas a 
condições próprias e são as mesmas aplicadas ao Seguro de RCTR-C:
 ■ Cláusula específica para transporte de mudanças de móveis e 
utensílios (residenciais ou de escritório).
 ■ Cláusula específica para transporte de animais vivos.
 ■ Cláusula específica para transporte de objetos de arte.
 ■ Cláusula específica para transporte de contêineres.
 ■ Cláusula específica para transporte de veículos trafegando por 
meios próprios.
106
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
QUADRO 5: DEMONSTRATIVO – SEGUROS DE RCTR-C E RCF-DC
ESPECIFICAÇÕES RCTR-C RCF-DC
Riscos Cobertos ■ Colisão, capotagem, tombamento e/ou 
abalroamento, incêndio e explosão do 
veículo transportador.
 ■ Incêndio ou explosão nos armazéns, 
pátios, pernoites, baldeação, mesmo fora 
dos veículos transportadores (não cobre 
queda de raio).
 ■ Apropriação indébita e estelionato, furto 
simples ou qualificado, extorsão simples 
ou mediante sequestro.
 ■ Desaparecimento total ou parcial da carga.
 ■ Roubo de bens ou mercadorias 
carregados nos veículos transportadores, 
durante sua permanência no interior dos 
depósitos do segurado.
 ■ Roubo praticado durante viagem fluvial 
complementar à viagem rodoviária, 
exclusivamente na Região Amazônica.
Bens Não 
Compreendidos 
no Seguro
 ■ Apólices, bilhetes de loteria, cartões de 
crédito, cartões telefônicos e cartões de 
estacionamento.
 ■ Cheques, contas, comprovantes de débito 
e dinheiro.
 ■ Diamantes industriais, documentos 
e obrigações de qualquer espécie e 
escrituras.
 ■ Joias, pérolas, pedras preciosas e 
semipreciosas, metais preciosos e 
semipreciosos e suas ligas e notas 
promissórias.
 ■ Registros, títulos, selos e estampilhas.
 ■ Talões de cheque, vales-alimentação e 
vales-refeição.
 ■ O veículo transportador.
 ■ Apólices, bilhetes de loteria, cartões de 
crédito, cartões telefônicos e cartões de 
estacionamento em geral.
 ■ Ações, cheques, contas, comprovantes de 
débitos, conhecimentos, ordens de pagamento, 
saques, e dinheiro em moeda ou pape.
 ■ Diamantes industriais, documentos e 
obrigações de qualquer espécie, e 
escrituras.
 ■ Joias, pérolas em geral, pedras preciosas 
ou semipreciosas, metais preciosos e 
semipreciosos e suas ligas (trabalhadas ou 
não), e notas promissórias.
 ■ Registros, títulos, selos e estampilhas.
 ■ Talões de cheque, vales-alimentação, 
vales-refeição e similares.
 ■ Cargas radioativas e cargas nucleares.
 ■ Aqueles não averbados no Seguro 
Obrigatório de Responsabilidade Civil do 
Transportador Rodoviário – Carga (RCTR-C).
 ■ Quaisquer outros bens ou mercadorias 
relacionados na apólice, mediante acordo 
entre partes.
Condições Próprias ■ Objetos de arte (quadros, esculturas, 
antiguidades e coleções).
 ■ Mudanças de móveis e utensílios 
(residenciais ou de escritório).
 ■ Animais vivos.
 ■ Contêineres.
 ■ Veículos trafegando por meios próprios.
 ■ Objetos de arte (quadros, esculturas, 
antiguidades e coleções).
 ■ Mudanças de móveis e utensílios 
(residenciais ou de escritório);
 ■ Animais vivos.
 ■ Contêineres.
 ■ Veículos trafegando por meios próprios.
Averbações ■ Simples – antes da saída do embarque. ■ Idênticas às de RCTR-C.
107
UNIDADE 5
SEGUROS DE TRANSPORTES
Critério de Taxação ■ Varia de acordo com os estados da 
Federação, de origem e destino da viagem 
segurada. Para coberturas adicionais e 
mercadorias sujeitas a condições próprias, 
existem critérios específicos.
 ■ Taxas únicas ou diferenciadas se o seguro 
envolver mercadorias consideradas 
específicas (mais visadas para roubo).
Prêmio ■ Cobrança mensal por fatura.
 ■ Prêmio depósito cobrado sobre o valor do 
LMG, atualizado e devolvido na última fatura.
 ■ Cobrança mensal por fatura.
 ■ Prêmio depósito cobrado sobre o valor do 
LMG, atualizado e devolvido na última fatura.
Franquia/ 
Participação 
Obrigatória
 ■ Cobertura Adicional de Operações de 
Carga/Descarga/Içamento: POS de 2% 
sobre os prejuízos reclamados.
 ■ Cobertura adicional para o Transportes de 
Cargas Excepcionais/Especiais: POS de 
2% sobre os prejuízos reclamados.
 ■ Cláusula específica para Transporte de 
Veículos Rodando por Meios Próprios: 
franquia dedutível de 1,5%, aplicável sobre 
o valor do veículo.
 ■ Geralmente escalonadas de forma 
crescente (5%, 10% e 20%).
108
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 FIXANDO CONCEITOS 5 
Marque a alternativa correta
1. O Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa por Desaparecimen-
to de Carga, ou simplesmente RCF-DC, como o próprio nome sugere, é 
um seguro de contatação facultativa para o transportador rodoviário. No 
entanto, esse seguro só pode ser contratado em conjunto com seguro de: 
(a) Transporte Internacional de Importação.
(b) Transporte Intermodal de Carga.
(c) Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga – 
RCTR-C. 
(d) Transporte Multimodal de Carga.
(e) Transporte Nacional. 
2. A cobertura básica do seguro de RCF-DC cobra o roubo praticado 
durante viagem fluvial complementar à viagem rodoviária, desde que:
(a) Haja abertura de inquérito policial.
(b) Ocorra o desaparecimento concomitante da embarcação transportadora.
(c) As mercadorias estejam fora do caminhão.
(d) O(s) autor(es) do delito utilize(m) arma de fogo. 
(e) Tenha ocorrido o encalhe da embarcação.
3. De acordo com as condições gerais dos seguros de RCF-DC, o segura-
do é o transportador rodoviário de carga, devidamente inscrito no Registro 
Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC), do agente 
regulador denominado(a): 
a) ANTT.
b) Susep.
c) ANAC.
d) CNSP.
e) CVM.
109
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
4. No seguro de RCF-DC, existe cobertura para:
a) Colisão.
b) Tombamento.
c) Capotamento.
d) Incêndio.
e) Desaparecimento total da carga concomitantemente com o veículo 
transportador.
5. Determinada transportadora, com apólice de RCF-DC em vigência 
durante alguns anos, procurou o corretor de seguros porque conseguiu 
um novo cliente/embarcador que trabalha com diamantes e deseja saber 
se está coberto. O corretor deve informar que:
a) Diamantes são bens não compreendidos no seguro.
b) Há cobertura em caso de acidente envolvendo o veículo transportador.
c) Para ter garantia, deve-se contratar uma cobertura adicional.
d) Há cobertura no caso de roubo.
e) Há cobertura no caso de apropriação indébita.
6. O critério de taxação no seguro de RCF-DC considera qual fator?
a) Origem e destino (viagem).
b) Tipo de veículo.
c) Tipo de mercadoria.
d) Perfil das estradas.
e) Participação Obrigatória do Segurado.
7. No seguro de RCF-DC,a Participação Obrigatória do Segurado (POS) é:
a) Escalonada.
b) Sem aplicação.
c) De acordo com o tipo de veículo.
d) A partir do valor das mercadorias.
e) De acordo com a cobertura adicional contratada.
110
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
8. No seguro de RCF-DC, a taxa é negociada conforme o tipo de merca-
doria. As mercadorias consideradas específicas são aquelas mais visadas 
para roubo. É um exemplo de mercadoria específica:
a) Máquinas industriais.
b) Algodão.
c) Morangos.
d) Calçados.
e) Produtos químicos.
9. No RCF-DC, a cobertura de roubo em depósito garante as mercadorias 
desde que não permaneçam nos depósitos por mais de:
a) 3 dias.
b) 5 dias.
c) 7 dias.
d) 10 dias.
e) 15 dias.
10. Com relação ao seguro de RCF-DC, é relevante orientar o segurado 
sobre o prazo para solicitar alterações na apólice em vigor, especialmente 
o aumento esporádico do limite. Sendo assim, é fundamental reconhecer 
que o prazo referido é de:
a) 1 dia.
b) 2 dias.
c) 3 dias.
d) 10 dias.
e) 15 dias.
Consulte o gabarito clicando aqui.
111
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
06
 ■ Entender os processos de sinistros nos Seguros de 
Transportes, reconhecendo o trabalho do comissário de 
avarias e o funcionamento de cada etapa de um processo 
de sinistros de seguros de Transportes ou de RCTR-C.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ CONCEITO BÁSICO 
DE SINISTROS
⊲ APURAÇÃO DE DANOS
⊲ REGULAÇÃO
⊲ LIQUIDAÇÃO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 6
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
PROCESSOS 
de SINISTROS 
nos SEGUROS
de TRANSPORTES
112
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONCEITO BÁSICO 
 DE SINISTROS 
Sinistro é a ocorrência do risco (evento) previsto no contrato de seguro e 
que produz perdas ou danos ao objeto segurado.
O processo de sinistro é o conjunto de documentos necessários para 
que se possa regular e liquidar o sinistro, ou seja, é o meio pelo qual 
podemos examinar a cobertura, os procedimentos, o cálculo da indeni-
zação e a documentação.
As seguradoras, na fase inicial do processo, costumam fazer algumas ava-
liações conforme transcrito abaixo:
 ■ Os documentos que comprovam que as operações comercial e 
de transporte devem ser coerentes e compatíveis com o seguro 
contratado.
 ■ O risco ocorrido deve estar previsto na apólice.
 ■ A importância segurada não pode ser inferior ao valor real do obje-
to segurado e nem superior ao valor máximo admitido como segu-
rável (hipótese em que a importância segurada e a indenização 
são reduzidas).
 ■ Definição de data e local da ocorrência.
 ■ Verificação da existência, ou não, de ressalva nos conhecimentos de 
transporte (mercadorias que embarcam já danificadas ou faltando 
peso ou volume), bem como se houve transporte no convés a risco 
do embarcador, hipótese em que o sinistro pode ficar a descoberto.
 ■ Identificação das provas de que a averbação foi entregue dentro do 
prazo ou de que o prêmio da apólice avulsa foi pago antes do sinistro.
113
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Ter a confirmação de que estão documentadas as ações relativas a:
 » Protesto contra os responsáveis pelos danos.
 » Convocação de vistoriador.
 » Proteção e preservação dos bens (por exemplo, no caso de 
um tombamento na estrada, pode ser necessária a contrata-
ção de um frete complementar para a proteção dos salvados, 
evitando saques por populares).
O processo de sinistro abrange três etapas ou operações interdependen-
tes: a apuração de danos, a regulação e a liquidação.
 APURAÇÃO DE DANOS 
A etapa de apuração dos danos causados por um sinistro consiste, basica-
mente, no levantamento da causa, natureza e extensão das avarias. 
Nessa fase é feito o levantamento da documentação que deverá compor 
o processo de sinistro.
A documentação varia conforme o caso e os principais documentos são:
 ■ Nota fiscal.
 ■ Fatura comercial.
 ■ Nota de transferência.
 ■ Conhecimentos (aéreos, marítimos ou terrestres).
 ■ Manifestos de carga.
 ■ Listas de peças (packing lists).
 ■ Apólice.
 ■ Averbação.
 ■ Fatura.
 ■ Certificado de seguro.
 ■ Endossos.
 ■ Declaração dos armadores (naufrágios).
 ■ Certificados de vistoria.
 ■ Auto de arbitragem (sinistros ferroviários).
 ■ Certidões policiais.
 ■ Declarações de depositários (casos de incêndio em armazém)
114
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ■ Atestado de extravio.
 ■ Certidões de portos ou aeroportos.
 ■ Reclamação dos beneficiários.
A seguradora poderá exigir atestados ou certidões de autoridades com-
petentes, bem como o resultado de inquéritos ou processos instaurados 
em virtude do fato que produziu o sinistro, sem prejuízo do pagamento 
da indenização no prazo devido. Alternativamente, a seguradora poderá 
solicitar cópia da certidão de abertura de inquérito que porventura tiver 
sido instaurado.
Essa etapa também é chamada de vistoria, por ser esse o procedimento 
mais comum para a apuração dos danos.
Qualquer perda ou avaria deverá ser sempre verificada em conjunto com 
os representantes da seguradora, do transportador e da entidade respon-
sável que detiver a guarda ou custódia das mercadorias.
 —
Importante
Qualquer que seja a forma de apuração de danos, seu objetivo é apenas descrevê-los, 
identificar suas causas e definir a sua extensão, e nunca decidir se estão ou não cobertos 
pelo seguro contratado.
Dependendo da natureza da ocorrência, as causas dos danos podem ser apuradas por 
meio de declarações feitas por transportadores, certidões de autoridades aeronáuticas, 
navais e/ou policiais, registros efetivados por instituições oficiais (corpo de bombeiros, 
autoridades sanitárias, patrulhas rodoviárias).
Tipos de Vistoria
A forma de apuração de danos de um sinistro depende da sua causa, 
natureza e extensão.
Uma das formas mais utilizadas é a vistoria, definida como o ato de ver. 
Os prejuízos são constatados por meio de exame do objeto sinistrado, com 
a presença dos envolvidos.
Vale lembrar que a intervenção do vistoriador, cujas funções se limitam à 
apuração da causa, da natureza e da extensão do sinistro, não implica prévio 
reconhecimento de responsabilidade da seguradora para com o segurado.
Em casos de perda total, pode ou não ser cabível a vistoria.
115
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
No caso de extravio de volumes inteiros, a vistoria é impossível, pois não 
há possibilidade de se vistoriar algo que desapareceu. O mesmo se pode 
dizer na maioria dos casos de naufrágio ou de destruição total de aeronave 
que conduzia bens não localizados.
Ao examinar objetos não destruídos totalmente, é fundamental que se 
faça vistoria nos remanescentes ou salvados, isso se for viável, técnica 
e economicamente.
Na situação de perda total por avaria grossa não se podem vistoriar os 
bens jogados ao mar. Todavia, nada impede que se vistoriem os bens dani-
ficados pela ação de salvamento. Pode-se, por exemplo, constatar danos 
causados por água usada para apagar incêndio a bordo.
Considera-se, basicamente, a existência de dois tipos de vistorias:
 ■ Particular ou administrativa, feita pelos comissários de avarias.
 ■ Judicial, feita por peritos nomeados por juiz.
Vistoria Particular
A vistoria particular ou administrativa é realizada pelo comissário de ava-
rias. Esse profissional é preparado e legalmente habilitado para emitir cer-
tificados de vistorias em formulário padrão aprovado pelo segurador.
Cabe ao comissário orientar o segurado sobre como proceder com relação 
aos salvados e documentos necessários à regulação do sinistro.
A vistoria pode ser feita no local do acidente e nos depósitos para onde 
forem transportados os bens avariados.
A vistoria particular ou administrativa é prevista nas condições gerais dos 
Seguros de Transportes.
Vistoria Judicial
A vistoria particular pode ser objeto de contestação por parte dos interes-
sados. Os resultados afetam o segurado importador e os transportadores 
ou depositários responsabilizados pelos danos.
Assim, a vistoriajudicial só é realizada se não houver acordo entre os inte-
ressados, com base nas vistorias oficial e/ou particular, e deverá ser previa-
mente autorizada pela seguradora. 
O laudo de vistoria judicial que vier a ser emitido, desde que aprovado 
pelo juiz, é considerado como sentença e prevalece sobre o certificado de 
vistoria particular ou administrativa.
116
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
 REGULAÇÃO 
Na etapa da regulação, a seguradora analisa o certificado de vistoria e 
solicita informações e/ou documentos ao segurado/comissário de avarias, 
se for o caso. 
A regulação é, em linhas gerais, a apuração de informações sobre as cir-
cunstâncias em que ocorreu o sinistro, a fim de que se possam verificar a 
existência de cobertura e a extensão dos danos.
Em seguida, são feitas as seguintes verificações:
 ■ Se há coerência entre as informações contidas nos documentos do 
seguro, nota fiscal, conhecimentos de embarque, laudos periciais.
 ■ Se foram cumpridos ou não os prazos de entrega das averbações, 
pagamento do prêmio e protesto.
 ■ Se a natureza do sinistro tem cobertura de seguro, observadas as 
condições/garantias da apólice.
 ■ Se há viabilidade de ressarcimento pelo transportador ou terceiros 
responsáveis.
 —
Importante
A regulação tem por objetivo verificar se o sinistro está ou não coberto.
Caso o sinistro esteja coberto, é necessário calcular a indenização, que abrange:
 ■ Os prejuízos sofridos pelo objeto.
 ■ As despesas inerentes (apuração de danos, socorro e salvamento).
 ■ No caso de reembolso de despesas efetuadas no exterior, deverão ser aceitos para 
liquidação de sinistro os documentos na língua do país de origem do gasto (art. 45 da 
Circular 621 da Susep de 2021).
Perda Total
Durante a regulação pode-se apurar a perda total que ocorre sempre 
que o prejuízo indenizável for igual ou superior a 75% do valor do objeto 
segurado (Perda Total Construtiva) ou quando o objeto segurado é des-
truído de tal forma que deixa de ter suas características (Perda Total Real).
117
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
Nesse sentido, pode-se concluir que a Perda Total se dá de duas formas:
1. Perda total construtiva
É a Perda Total que ocorre sempre que o prejuízo indenizável for 
igual ou superior a 75% do valor do objeto segurado.
2. Perda total real
Quando o objeto segurado é destruído de tal forma que deixa de 
ter suas características.
O conceito de perda total poderá ser aplicado volume por volume, desde 
que esses volumes sejam suscetíveis de avaliação em separado e não se 
trate de mercadorias a granel, sem embalagem ou que constituam uma 
unidade, ou, ainda, volumes faturados, englobadamente, sem discrimina-
ção do conteúdo e do valor de cada um deles.
Mesmo que não tenha havido identificação individual na respectiva fatura 
comercial ou documento equivalente, quando o volume for suscetível de 
avaliação em separado, e constituído indivisivelmente pelo conteúdo e 
sua respectiva embalagem, o conceito de perda total poderá ser aplicado 
volume por volume.
 — Salvados
Outra etapa importante durante a regulação é identificação e proteção 
dos salvados existentes com vistas a evitar a agravação dos prejuízos.
O segurado não tem o direito de abandonar à seguradora objetos salva-
dos ou danificados, qualquer que seja a extensão dos prejuízos verifica-
dos, exceto nos casos previstos nas condições contratadas.
A seguradora poderá, de comum acordo com o segurado, diligenciar 
para aproveitamento dos salvados, o que, no entanto, não implicará reco-
nhecimento, por parte da seguradora, de que o sinistro esteja coberto.
Ao final, é elaborado o relatório da regulação e calculada a indenização devida.
Importante
 ■ A regulação, no seu sentido restrito, é a análise dos documentos relativos ao risco, 
ao seguro e ao sinistro para fins de levantamento dos prejuízos indenizáveis.
 ■ Um sinistro só pode ser encerrado sem indenização se ficar demonstrado que não 
há cobertura ou que os prejuízos encontram-se abaixo da franquia. Compete à segu-
radora comprovar tais fatos.
118
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
 LIQUIDAÇÃO 
A liquidação é a etapa final do processo de sinistro. Em linhas gerais, a 
liquidação é a etapa de pagamento dos valores equivalentes aos prejuízos 
cobertos pela apólice suportados pelo segurado.
De acordo com as condições gerais do Seguro de Transportes, a segura- 
dora é obrigada a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumi- 
do ou, caso haja uma concordância com o segurado, poderá repor o bem.
É importante também atentar para os contratos de compra e venda, e 
de transporte, bem como recorrer a especialistas para a apuração exata 
dos prejuízos.
Apurados os danos e concluído o processo de regulação, cabe, então:
 ■ Definir quanto deve ser pago.
 ■ Verificar quem deve receber.
 ■ Negociar eventuais salvados.
 ■ Tentar o ressarcimento por parte dos causadores do sinistro.
As condições gerais para Seguros de Transportes estabelecem que, uma 
vez entregue, pelo segurado, toda a documentação exigida para a perfei-
ta instrução do processo de sinistro, a seguradora efetuará o pagamen-
to da indenização no prazo máximo de 30 dias. No entanto, esse prazo 
será suspenso e terá sua contagem reiniciada no caso de solicitação de 
outros documentos, além daqueles considerados básicos para a liquida-
ção de sinistros. 
A Indenização abrange o valor do prejuízo sofrido pelo proprietário dos 
bens, deduzida a franquia, se cabível.
Existem ainda outros valores que podem vir a ser pagos por ocasião da 
liquidação do sinistro:
 ■ O prejuízo sofrido pelo proprietário dos bens, deduzida a franquia, 
se cabível.
 ■ O custo de apuração dos danos (honorários e despesas dos visto- 
riadores comissários de avarias).
 ■ Os gastos efetivados com medidas de preservação, proteção e 
salvamento.
 ■ A contribuição em avarias grossas.
Indenização
Entende-se por indenização 
o valor que deve ser pago em 
consequência do sinistro.
119
UNIDADE 6
SEGUROS DE TRANSPORTES
A indenização e demais valores devem ser pagos a quem de direito, 
a saber:
 ■ Pelos prejuízos à carga: o respectivo proprietário/segurado ou 
quem ele designar expressamente.
 ■ Por despesas: o comissário de avarias e/ou o próprio dono da 
carga, se provar que pagou, a quem de direito, tais despesas.
 ■ Por contribuição de avaria grossa: o armador ou o árbitro 
regulador.
 ■ Outras entidades: no caso de mercadorias exportadas. 
Exemplo: bancos financiadores ou importadores estrangeiros.
Saiba mais
Na liquidação de sinistros de Seguros de RC do Transportador de Carga, a seguradora 
liquidará o sinistro, pagando diretamente ao terceiro reclamante, com a devida anuên-
cia do segurado, mas poderá autorizar o segurado a efetuar o pagamento, ficando, no 
entanto, obrigada a reembolsá-lo no prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da apresenta-
ção do comprovante desse pagamento.
Liquidação de Sinistros nos Seguros 
Contratados em Moeda Estrangeira
Nos seguros em moeda estrangeira, deverão ser observadas as seguintes 
regras no pagamento das indenizações, conforme estabe- lecido no art. 
205 da Circular Bacen 3.691/2013:
“Para o pagamento, no país, da indenização de seguro 
em moeda estrangeira contratado no país, a sociedade 
seguradora deve emitir ordem de pagamento em moeda 
estrangeira diretamente ao beneficiário, que promoverá a 
celebração e/ou a liquidação de contrato de câmbio.”
Tanto os sinistros relativos a Transportes quanto aqueles ligados à Respon-
sabilidade Civil dos Transportadores envolverão a análise da observância 
das cláusulas contratuais constantes da apólice.
Importante
Pagamento a mais 
de um beneficiário
Nos casos em que houver 
interesse no objeto segurado 
de mais de um beneficiário, a 
indenização ou despesa com si-
nistros referidos, nessa cláusula, 
será paga a eles na proporção 
dos seus interesses, conforme o 
domicílio 
do beneficiário.
120
FIXANDO CONCEITOSSEGUROS DE TRANSPORTES
 FIXANDO CONCEITOS 6 
Marque a alternativa correta
1. Em um processo de sinistro de transporte, a etapa que consiste, basi-
camente, no levantamento da causa, natureza e extensão das avarias é a 
etapa de: 
(a) Regulação. 
(b) Liquidação.
(c) Indenização. 
(d) Pagamento.
(e) Apuração de danos. 
2. A etapa de Apuração de Danos, nos sinistros de transportes, também 
é chamada de vistoria, por ser esse o procedimento mais comum para a 
verificação dos prejuízos, considerando-se, basicamente, a existência de 
dois tipos de vistoria, que são: 
(a) Vistoria Aduaneira e Vistoria Oficial.
(b) Vistoria Particular ou Administrativa e Vistoria Judicial.
(c) Vistoria Prévia e Vistoria Complementar. 
(d) Vistoria Conjunta e Vistoria Fiscal. 
(e) Vistoria Provisória e Vistoria Definitiva. 
3. O levantamento da causa, natureza e extensão das avarias de um sinis-
tro de transporte é realizado por meio de uma vistoria. Existe um profis-
sional devidamente preparado e legalmente habilitado para emitir certifi-
cados de vistoria, bem como a orientar o segurado sobre como proceder 
com relação aos salvados e documentos necessários à regulação do sinis-
tro. Esse profissional é o:
(a) Comissário de avarias.
(b) Despachante aduaneiro.
(c) Agente de carga.
(d) Árbitro Regulador.
(e) Subscritor de risco.
121
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
4. Na etapa de apuração de danos, a seguradora define causa, natureza e 
extensão dos prejuízos. A vistoria judicial é feita por qual agente?
a) Comissário de avarias.
b) Perito nomeado pelo juiz.
c) Árbitro regulador.
d) Corretor de seguros.
e) Técnico da seguradora.
5. Analise as proposições a seguir:
( ) No seguro de transportes fazem parte da indenização os prejuízos 
e as despesas inerentes ao sinistro.
( ) A perda total construtiva atinge 75% de prejuízos, mas não 100%.
( ) Após a entrega de toda a documentação, a seguradora deve res-
peitar o prazo máximo de 30 dias para o fechamento do sinistro.
Agora, marque a opção correta sobre quais proposições são verda-
deiras ou falsas:
a) VFV
b) FVF
c) VVV
d) FFF
e) VVF
Consulte o gabarito clicando aqui.
122
UNIDADE 7
SEGUROS DE TRANSPORTES
07
 ■ Conhecer as medidas de gerenciamento 
de risco mais exigidas pelas seguradoras, 
aplicando tais medidas na comercialização 
dos Seguros de Transportes.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS
⊲ GERENCIAMENTO 
DE RISCO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 7
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
GERENCIAMENTO 
de RISCOS
123
UNIDADE 7
SEGUROS DE TRANSPORTES
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Considerando que os riscos são dinâmicos e em face da necessidade de 
prevenção aos riscos de acidente, roubo e avarias, o gerenciamento de ris-
cos é uma etapa importante na logística e, como consequência, nos seguros 
de transportes. O gerenciamento de riscos é de responsabilidade dos clien-
tes, ou seja, das organizações, mas os seguradores, corretores de seguros e 
as gerenciadoras de riscos atuantes no mercado (empresas especializadas 
neste segmento) têm papéis relevantes no aspecto de apoio, orientação é, 
até mesmo, no oferecimento de produtos e serviços. 
Neste capítulo, trataremos de forma resumida do Gerenciamento de Riscos, 
uma vez que, na prática, os profissionais envolvidos ou que pretendam se 
envolver nessa área devem investir maior tempo na pesquisa e busca do 
conhecimento, bem como em sua atualização nas práticas do dia a dia.
Um caminho interessante é buscar informações na ISO 3100. No ano de 
2009, foi publicada a ISO 31000 Risk Management – Principles and Guidelines, que 
foi traduzida integralmente para o português e publicada como Norma Brasi-
leira ABNT NBR ISO 31000. Essa norma internacional e sua tradução para o 
português tiveram uma segunda edição publicada em 2018.
A ISO 31000 estabelece diretrizes para a gestão de riscos sem caráter 
mandatório, ou seja, sua aplicação não é obrigatória. No entanto, por seu 
caráter internacional, suas diretrizes são seguidas pelos países que têm 
representação nessa organização.
124
UNIDADE 7
SEGUROS DE TRANSPORTES
 GERENCIAMENTO DE RISCO 
Entende-se por Gerenciamento de Riscos (GR) o conjunto de técnicas que 
visa eliminar ou, pelo menos, reduzir ao mínimo os efeitos de perdas.
Para isso, um Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) deve buscar 
atacar e tratar as causas e os fatores concorrentes de exposições, usando, 
para isso, toda ordem disponível e razoável de recursos humanos e mate-
riais (incluindo-se tecnologias).
Os principais objetivos do GR sob o ponto de vista dos seguradores são:
 ■ Melhorar resultados da carteira de seguros.
 ■ Agregar valor para os segurados.
 ■ Certificar gerenciadoras de risco e tecnologias.
 ■ Dar suporte às áreas de subscrição.
 ■ Criar sinergia com o departamento de sinistros.
 ■ Realizar auditoria em processos de subscrição, sinistros e geren 
ciadoras de riscos.
 — Tipos de Gerenciamento de Riscos
Os procedimentos de GR se dividem em:
Corretivo
Consiste no cruzamento das informações apuradas nos even- tos 
com as características da operação, não só identificando o fator 
causador como também alinhando novos procedimentos, treina-
mentos e adequações.
Preventivo
É o conjunto de ações que visa garantir melhorias na operação e 
minimização de perdas que possam vir a ocorrer.
Fiscalizador
São as inspeções para verificação do cumprimento dos procedi-
mentos estabelecidos.
Com a elevação substancial da sinistralidade, principalmente em razão 
do roubo de carga, várias empresas vêm se especializando em gerencia- 
mento de riscos de transportes de carga.
125
UNIDADE 7
SEGUROS DE TRANSPORTES
Existem várias empresas especializadas em gestão de risco que são capa-
zes de apresentar aos embarcadores ou aos transportadores planos de 
gerenciamento de risco específicos e de acordo com suas necessidades.
 — Principais Mecanismos
Com um resultado tão crítico, as seguradoras exigem certos cuidados por 
parte dos clientes. Para isso, elas determinam a adoção de mecanismos 
que reduzam os riscos de ocorrência de sinistros, em especial os de roubo 
e furto das cargas seguradas.
Alguns dos principais mecanismos atualmente adotados por todos os 
sujeitos envolvidos na operação de transportes para viabilizar a aceitação 
de riscos pelas seguradoras são:
 ■ Consulta a cadastro de motoristas e proprietários de veículos de 
transportes terrestres de cargas.
 ■ Rastreamento, monitoramento e roteirização.
 ■ Escolta.
 — Consulta a Cadastro de Motoristas 
e Proprietários de Veículos de 
Transportes Terrestres de Cargas
Essa consulta é organizada e gerenciada por empresas especializadas.
A consulta pode ser realizada no banco de dados das gerenciadoras e 
com agilidade, permitindo que os clientes tomem as decisões sobre a con-
tratação ou não dos profissionais. Uma vez efetuada, o segurado conhe-
cerá o perfil do futuro contratado para transportar sua carga, evitando-se, 
assim, surpresas desagradáveis.
Os cadastros possuem informações sobre motoristas, ajudantes, veículos 
e seus proprietários.
 — Rastreamento, Monitoramento 
e Roteirização
Esses mecanismos permitem o acompanhamento do veículo por todo o 
trajeto da viagem.
126
UNIDADE 7
SEGUROS DE TRANSPORTES
No contexto dos sistemas de gerenciamento de transportes, a introdução 
dos sistemas de rastreamento, monitoramento e roteirização de veículos 
representa importante inovação na área. Cada um desses elementos pode 
ser definido como:
Rastreamento
Consiste na localização por satélite, rádio ou telefonia celular, com o 
apontamento das coordenadas geográficas de latitude e longitude 
e acompanhamento dos veículos por todo o trajeto a ser percorrido;
Monitoramento
É geralmente realizado por empresa especializada. Essa empresa 
recebe o sinal da empresa de rastreamento e passa a acompa- 
nhar a viagem trecho a trecho, identificando com precisão, além de 
sua localização,a rua onde o veículo se encontra. 
O monitoramento possibilita também a obtenção de outros dados, 
como consumo de combustível, número de ocupantes da cabine 
de veículos e peso da carga transportada. 
Ele possibilita ainda a adoção de medidas que podem vir a evitar a 
perda de uma carga por roubo, acionando por exemplo, os dispo-
sitivos de segurança “embarcados” (corte de combustível, trava de 
rodas, trava de baús) e também as autoridades policiais, imediata-
mente após a identificação de uma situação problema (parada não 
programada, desvio de rota, abertura de portas e baú, entre outros).
Roteirização
Define as melhores rotas possíveis por onde os veículos devem 
circular para chegar ao seu destino, tentando evitar ao máximo 
locais de alto risco ou, pelo menos, buscando alertar para horários 
mais seguros.
 — Escolta
Em determinados casos, faz-se necessária a utilização de escolta, além do 
rastreamento e do monitoramento, o que dependerá da mercadoria trans-
portada e do percurso previsto para o veículo.
É importante que você saiba, entretanto, que todas as providências relacio-
nadas à implantação de gerenciamento do risco devem partir do próprio 
interessado (embarcador ou transportador).
A empresa contratada irá, primeiramente, fazer um levantamento completo 
da operação, não só da parte de transportes, mas também de toda a movi- 
mentação da carga, desde a sua origem.
Você Sabia?
Existem operações em 
que o uso de tecnologia 
denominada “isca eletrônica” 
pode viabilizar projetos em 
que aumenta a possibilidade 
de recuperação de 
mercadorias. É aconselhável 
o Corretor de Seguros 
obter informações junto às 
gerenciadoras de riscos, 
bem como fornecedores 
de tecnologias para auxiliar 
os clientes nos planos de 
gerenciamento de riscos.
127
UNIDADE 7
SEGUROS DE TRANSPORTES
Às vezes, o problema está localizado nas dependências do contratante, e 
não durante o transporte. Nesse caso, a gerenciadora de risco irá fornecer 
subsídios para a solução do problema e também para viabilizar a operação 
de transporte com o respectivo seguro.
Veja a seguir um esquema simplificado que ajudará você a entender o 
cenário de gerenciamento de risco.
FIGURA 5: GERENCIAMENTO DE RISCO – ANÁLISE DA LOGÍSTICA DO CLIENTEGERENCIAMENTO DE RISCO – ANÁLISE DA LOGÍSTICA DO CLIENTE
Fábricas
Distribuidores
CD Distribuição
Exportação
Fornecedores 
de matéria-prima
Importação
Armazéns
Portos
 
FIGURA 6: GERENCIAMENTO DE RISCO – RASTREAMENTOGERENCIAMENTO DE RISCO – RASTREAMENTO
Veículos e cargas 
monitorados pela central 
de monitoramento
Equipes realizam inspeção visual,
buscando identificar detalhes da 
situação de emergência 
Alguns fatores são monitorados e rastrea-
dos pelos clientes ou gerenciadoras de 
riscos, tais como: abertura de portas, desvio 
de rotas, paradas em locais suspeitos dentre 
outros estabelecidos no PGR – Programa de 
Gerenciamento de Riscos.
Equipe informada da situação, 
realiza procedimentos 
(bloqueios, acionamento de órgãos 
de segurança pública, equipes de 
apoio e empresas de escolta) 
Ações coordenadas para 
localizar e apreender as 
mercadorias e o veículo
Operador faz confirmação através de 
senhas e contrassenhas. Se a situação de 
emergência é confirmada, os procedimentos 
de pronta resposta são iniciados
128
UNIDADE 7
SEGUROS DE TRANSPORTES
Em resumo, podemos citar alguns passos relevantes no processo de 
Gerenciamento de Riscos:
PASSO 1 – Identificação e análise 
das exposições a perdas
Levando em consideração:
a) mercadorias e aplicação;
b) tipo de frota (se própria ou terceirizada);
c) rotas realizadas;
d) horário das viagens;
e) recursos humanos; 
f) tecnologia.
PASSO 2 – Exame das técnicas de gestão 
de riscos acidentais disponíveis
a) tecnologia;
b) processos;
c) pessoas.
PASSO 3 – Seleção do melhor 
conjunto de técnicas
Em face dos riscos e da disponibilidade de recursos (investimento).
PASSO 4 – Implantação das técnicas escolhidas
Estabelecimento do cronograma de tarefas com os papéis e as responsa-
bilidades estabelecidos de forma clara, transparente e com compromisso.
PASSO 5 – Monitoramento e melhoria 
do Programa de Gestão de Riscos
Como os riscos são dinâmicos, a propositura do monitoramento e melhoria 
constantes são fundamentais.
129
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 FIXANDO CONCEITOS 7 
Marque a alternativa correta
1. O procedimento que consiste no cruzamento das informações apuradas 
nos eventos com as características da operação, não só identificando o 
fator causador como também alinhando novos procedimentos, treinamen-
tos e adequações é denominado: 
(a) Gerenciamento de Risco Corretivo.
(b) Gerenciamento de Risco Fiscalizador.
(c) Gerenciamento de Risco Preventivo. 
(d) Planejamento de Risco Autônomo. 
(e) Estudo preliminar.
2. Existe um mecanismo utilizado no Gerenciamento de Risco em transpor-
tes que possibilita a adoção de medidas que podem evitar a perda de uma 
carga por roubo – por exemplo, acionando, os dispositivos de segurança 
“embarcados”, tais como: corte de combustível, trava de rodas, trava de 
baús, entre outros. Tal mecanismo é denominado:
(a) Cadastro de motoristas.
(b) Liberação remota.
(c) Fiscalização ativa.
(d) Monitoramento.
(e) Escolta armada. 
3. O gerenciamento de riscos em transportes é de suma importância para 
a prevenção de acidentes e roubo. Nesse contexto, o mecanismo que con-
siste em acompanhar a viagem trecho a trecho é denominado:
a) Cadastro.
b) Rastreamento.
c) Monitoramento.
d) Escolta ostensiva.
e) Escolta velada.
130
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
4. Existe um mecanismo de gerenciamento de riscos em que o segurado 
pode conhecer o perfil dos motoristas, ajudantes e proprietários dos veícu-
los. Qual é esse mecanismo?
a) Consulta ao cadastro.
b) Rastreamento.
c) Monitoramento.
d) Escolta.
e) Roteirização.
5. No gerenciamento de riscos, qual passo visa iniciar o processo, conside-
rando, dentre outros, as rotas realizadas e o horário das viagens?
a) Identificação e análise de risco.
b) Exame das técnicas.
c) Escolha das técnicas.
d) Implantação.
e) Monitoramento.
Consulte o gabarito clicando aqui.
131
ESTUDOS DE CASOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ESTUDOS DE CASO 
Caso 1
A empresa Bites & Bytes, fabricante de produtos eletroeletrônicos, jamais 
contratou um Seguro de Transportes para suas cargas, apesar de sempre 
se responsabilizar pela entrega de seus produtos a seus clientes. Eram 
contratadas transportadoras para realizar tais transportes (coletas/entre- 
gas) no território brasileiro, ficando o seguro por conta dessas empresas.
Ao longo dos anos, os negócios da Bites & Bytes cresceram e, consequen-
temente, o seu volume de embarques, o que trouxe mais gastos com as 
transportadoras, as quais passaram a cobrar um frete maior, alegando que 
seus custos com seguro e gerenciamento de risco haviam aumentado.
Você é chamado à empresa para prestar assessoria e apresentar uma 
solução em seguros, de forma que seja possível para a Bites & Bytes con-
tratar sua própria apólice de seguros e, ao mesmo tempo, reduzir os custos 
de frete, seguro e gerenciamento de risco, que se tornaram altos demais 
com as transportadoras.
Apresente um modelo de seguro no qual a empresa embarcadora possa 
contratar o seu seguro e, ao mesmo tempo, obter a redução de seus gas-
tos com as transportadoras, sem, é claro, prejudicar a relação comercial 
com estas transportadoras, abordando:
1) tipo de seguro a ser contratado;
2) coberturas a serem oferecidas;
3) como obter um custo menor do que o pago aos transportadores;
4) o que fazer em relação ao gerenciamento de risco, uma vez que, 
para o tipo de produto da empresa, ele é indispensável; e
5) como manter as transportadoras na operação sem que se sintam 
prejudicadas.
Caso 2
Você é o corretor de seguros da empresa Geradores S/A, cuja atividade 
é o aluguel de geradores. A empresa possui uma apólicede Seguro de 
Transportes nacionais há muitos anos em uma seguradora, sem sinistros. 
A entrega e o retorno dos equipamentos alugados são de sua responsabi-
lidade, cujo transporte é realizado por frota própria.
132
ESTUDOS DE CASOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Os equipamentos são transportados sem embalagem, presos sobre cami-
nhões do tipo prancha.
A cobertura da apólice é a restrita C, tendo em vista que os equipamentos 
são usados. Cobre basicamente os danos à carga decorrentes de aciden-
tes com o veículo transportador.
Em uma determinada viagem, ao trafegar por uma avenida, a carga colidiu 
com um galho de uma árvore que estava projetada sobre a avenida, cau-
sando danos ao gerador.
O segurado abriu o sinistro, e a estimativa dos prejuízos era de R$ 
200.000,00.
Após analisar os fatos e o relato do ocorrido, a seguradora negou a indeni-
zação, justificando que não houvera acidente com o veículo transportador, 
mas apenas com a carga, e, como a cobertura era a restrita C, o risco não 
estava coberto.
Desenvolva uma defesa para apresentar à seguradora na tentativa de 
reverter a situação, a fim de que o segurado possa receber a indenização.
Caso 3
Uma transportadora recentemente constituída busca orientações sobre os 
seguros que deve contratar. Com relação à sua operação, sabe-se que 
possui cinco veículos próprios; eventualmente contrata motoristas autôno-
mos (carreteiros); pretende transportar as mercadorias pela região sudeste 
do país; os principais tipos de mercadorias que transporta são alimentos, 
eletrônicos e máquinas.
1) Que outras informações adicionais sobre o perfil da transportadora são 
necessárias para recomendar os seguros mais adequados?
a) Coberturas:
b) Limites de coberturas:
c) Coberturas básicas:
d) Coberturas adicionais:
e) Averbação:
f) Gerenciamento de Riscos:
133
ESTUDOS DE CASOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Caso 4
Uma transportadora contratou o seguro de RCTR-C, em seu primeiro ano 
de existência, bem como de contratação do seguro. Durante a vigência da 
apólice, ela foi contatada para transportar uma máquina pesada, devendo, 
para tanto, realizar operações de carga, descarga e içamento. Ao final da 
operação (no destino), ao executar a descarga e o içamento, houve um 
acidente que gerou um prejuízo de 400 mil reais. Nessa situação, qual a 
cobertura indicada e como a transportadora deve proceder para que o 
prejuízo tenha cobertura?
Consulte o gabarito clicando aqui.
134
GLOSSÁRIO
SEGUROS DE TRANSPORTES
 GLOSSÁRIO 
TERMOS TÉCNICOS DE SEGUROS DE TRANSPORTES*
Abandono – faculdade que tem o segurado de, em determinadas condi-
ções, fazer ao segurador o abandono das coisas seguradas e reclamar a 
indenização total.
Aceitação – aprovação da proposta apresentada pelo segurado e a emis-
são da competente apólice.
Agravação do risco – circunstâncias que aumentam a intensidade ou a 
probabilidade da ocorrência do risco assumido pelo segurador, indepen-
dentes ou não da vontade do segurado.
Alijamento – é o lançamento ao mar de mercadorias ou de partes da 
embarcação. É, normalmente, praticado em ocasiões de perigo para evitar 
mal maior e, por isso, constitui caso típico de avaria grossa.
Apólice – instrumento do contrato de seguro que contém as condições 
gerais e cláusulas que o regem, assim como as informações sobre o objeto 
ou bem segurados.
Arrebatamento – ato de arrebatar; arrancar; tirar com violência.
Arresto – apreensão judicial da coisa, em virtude de dívida, para a garantia 
da sua execução.
Arribada – diz-se do ato de entrada de um navio ou embarcação em um 
porto que não o de escala ou de destino. A reentrada no porto de saída 
também é considerada arribada. A arribada pode ser voluntária ou forçada. 
Voluntária é aquela que é feita por simples vontade ou capricho do capitão 
ou comandante. Forçada é aquela provocada por motivo de força maior.
Ato doloso – ato intencional, praticado com o intuito de prejudicar outrem.
Ato ilícito – toda ação ou omissão voluntária, negligência, imperícia ou 
imprudência que viole direito alheio ou cause prejuízo a outrem.
Avaliação – na contratação do seguro, é a determinação do valor do obje-
to a segurar. Na liquidação dos sinistros, é a determinação dos prejuízos 
causados pelo risco coberto.
Avaria – termo empregado, no Direito Comercial, para designar os danos 
às mercadorias.
Avaria grossa – dano ou gasto extraordinário feito com o propósito deli-
berado de salvar o que for possível do navio ou da carga transportada com 
resultado útil.
* Circular Susep 178, 
de 26/12/2001.
135
GLOSSÁRIO
SEGUROS DE TRANSPORTES
Avaria particular – acontece quando a ocorrência do risco segurado oca-
siona apenas a perda ou diminuição de parte ou fração do objeto segurado.
Aviso – comunicação da ocorrência de um sinistro que o segurado é obri-
gado a fazer ao segurador, assim que tenha dele conhecimento.
Beligerante – que faz guerra ou está em guerra; nações ou governos que 
guerreiam.
Bens – todas as coisas, direitos e ações que podem ser objeto de 
propriedade.
Cancelamento – é a dissolução antecipada do seguro, de comum acordo, 
ou em razão do pagamento de indenização ao segurado. O cancelamento 
decidido só pelo segurado ou pela seguradora, quando o contrato o per-
mite, chama-se rescisão.
Cancelamento automático – resulta da falta de pagamento do prêmio 
nos prazos estipulados.
Cancelamento integral – dissolução do contrato de seguro antes que 
tenha produzido qualquer efeito. Este cancelamento obriga à devolução 
de prêmio.
Capatazia – custos relativos à atividade de movimentação de mercadorias 
nas instalações de uso público, compreendendo recebimento, conferência, 
transporte interno, abertura de volumes para conferência aduaneira, manipu-
lação, arrumação e entrega, quando efetuados por aparelhamento portuário.
Caso fortuito – acontecimento imprevisto e independente da vontade 
humana, cujos efeitos não são possíveis evitar ou impedir. Exemplos: tem-
pestade, furacão, inundação, queda de raio.
Causa – no seguro, é o antecedente indispensável de qualquer acidente 
ou sinistro.
Cobertura adicional – corresponde à cobertura de outros riscos, além 
daqueles cobertos automaticamente pela cobertura básica e contra os 
quais o segurado, opcionalmente, pode se garantir, mediante o pagamen-
to de prêmio adicional.
Cobertura básica – corresponde aos riscos básicos contra os quais é 
automaticamente oferecida a cobertura do ramo de seguro.
Comissão – porcentagem sobre os prêmios recebidos com que as segu-
radoras remuneram o trabalho de agentes e corretores.
Comissário de avarias – profissional indicado para realizar os trabalhos 
de apuração da causa, natureza e extensão das avarias.
Condições gerais – conjunto de cláusulas contratuais que estabelece 
obrigações e direitos do segurado e da seguradora.
136
GLOSSÁRIO
SEGUROS DE TRANSPORTES
Contrato de afretamento – contrato pelo qual o aluguel de navios é 
celebrado e no qual estão especificadas todas as condições referentes 
ao acordo. O fretador pode ser aquele que aluga navios para explorá-los 
comercialmente ou um exportador ou importador com o qual o espaço de 
carga do navio fica comprometido.
Corretor de seguro – profissional habilitado e autorizado a angariar e pro-
mover contratos de seguros, remunerado mediante comissões estabeleci-
das nas tarifas.
Dano – no seguro, é o prejuízo sofrido pelo segurado, indenizável ou não, 
de acordo com as condições do contrato de seguro.
Danos morais – toda e qualquer ofensa ou violação que não venha a ferir 
os bens patrimoniais de uma pessoa, mas os seus princípios de ordem 
moral, como os que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua pessoa 
ou à sua família.
Dolo – artifício fraudulento empregado, pelo segurado, para constituir à 
seguradora uma obrigação que esta não assumiu. Se provado, cancela 
automaticamente o seguro.
Endosso – documento pelo qual o segurado e o segurador alteramdados, 
modificam condições de uma apólice ou a transferem a outrem.
Força maior – acontecimento inevitável e irresistível, ou seja, o evento 
que poderia ser previsto, porém não controlado ou evitado.
Fortuna do mar – denominação dada a todos os eventos oriundos de 
casos fortuitos ou força maior acontecidos no mar ou por causa do mar.
Franquia – porcentagem predeterminada nas apólices, que a seguradora 
deduz da indenização devida ao segurado.
Franquia dedutível – aquela que o segurador sempre deduz, ainda quan-
do o prejuízo excede a porcentagem determinada.
Furto qualificado – subtração, para si ou para outrem, de coisa alheia móvel, 
sem ameaça ou violência à pessoa, mas deixando vestígios, seja pela des-
truição de obstáculos, abuso da confiança ou emprego de chave falsa.
Furto simples – subtração, para si ou para outrem, de coisa alheia móvel, 
sem ameaça ou violência à pessoa, e sem deixar vestígios.
Garantia – designação genérica dos riscos assumidos pelo segurador. 
Também é empregada como sinônimo de cobertura.
Importância segurada – quantia manifestada na apólice como o valor do 
contrato, representando o limite máximo de responsabilidade do segurador.
Indenização – reparação devida ao segurado. Pode ser prestada pela 
reposição do bem ou em dinheiro.
137
GLOSSÁRIO
SEGUROS DE TRANSPORTES
Liquidação de sinistros – processo de apuração dos prejuízos sofridos 
pelo segurado. Tem por finalidade fixar a responsabilidade do segurador e 
as bases das indenizações.
Liquidador, ajustador ou regulador – técnico indicado, pelos segurado-
res, para proceder à liquidação dos sinistros.
Negligência – omissão, descuido ou desleixo no cumprimento de encargo 
ou obrigação. No seguro, é considerada, especialmente, na prevenção do 
risco ou minoração dos prejuízos.
Objeto do seguro – designação genérica de qualquer interesse segura-
do; sejam coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos 
ou garantias.
Ocorrência – no seguro, é qualquer caso ou acontecimento que altera ou 
agrava o risco e deve ser comunicado ao segurador.
Prejuízo – qualquer dano ou perda que reduz, na quantidade ou qualida-
de, o valor dos bens. Aplicado em apólices cobrindo responsabilidade, o 
termo significa pagamentos feitos em nome do segurado.
Prêmio – importância paga pelo segurado ou estipulante proponente à 
seguradora, em troca da transferência do risco a que ele está exposto.
Prescrição – no seguro, é a perda da ação para reclamar os direitos ou a 
extinção das obrigações previstas nos contratos, em razão do transcurso 
dos prazos fixados em lei.
Proponente – pessoa que pretende fazer o seguro, preenchendo e assi-
nando uma proposta.
Proposta – documento preenchido e assinado pelo proponente, na for-
mação do seguro, no qual estão contidos os dados que devem constar da 
apólice, além de informações verdadeiras e completas sobre os riscos a 
serem cobertos.
Pro rata – cálculo do prêmio do seguro, em proporção aos dias de vigên-
cia do contrato.
Reclamação – apresentação, pelo segurado, ao segurador, do seu pedi-
do de indenização. A reclamação deve vir acompanhada de prova da 
ocorrência do risco, do seguro do bem e também do prejuízo sofrido pelo 
reclamante.
Rescisão – rompimento do seguro antes do término.
Risco – evento cuja ocorrência desperta a responsabilidade do segurador.
Risco agravado – aquele que, em virtude de qualquer deficiência ou 
característica intrínseca, apresenta maiores probabilidades de sinistro.
138
GLOSSÁRIO
SEGUROS DE TRANSPORTES
Riscos excluídos – riscos que o contrato retira da responsabilidade do 
segurador. Os riscos excluídos podem ser genéricos, quando enumerados 
nas condições gerais da apólice, e específicos, quando constam das con-
dições especiais.
Roubo – subtração, para si ou para outrem, de coisa móvel alheia, median-
te grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer 
meio, reduzido à impossibilidade sua resistência.
Salvados – coisas com valor econômico que escapam ou sobram do sinistro.
Segurado – pessoa física ou jurídica que, tendo interesse segurável, con-
trata o seguro em seu benefício pessoal ou de terceiro.
Segurador – aquele que emite uma apólice, assumindo a responsabili-
dade dos riscos dela constantes, mediante o pagamento de prêmio pelo 
segurado.
Seguro – contrato mediante o qual uma pessoa denominada segurador 
obriga-se, frente ao recebimento de um prêmio, a indenizar outra pessoa, 
denominada segurado, do prejuízo resultante de riscos futuros, previstos 
no contrato.
Sinistro – ocorrência do risco previsto no contrato (apólice).
Soçobramento – Ato ou efeito de soçobrar (fazer que naufrague ou nau-
fragar); virar de borco.
Sub-rogação – direito que a lei confere, ao segurador que pagou a indeni-
zação ao segurado, de assumir seus direitos contra terceiros, responsáveis 
pelos prejuízos indenizados.
Taxa – elemento necessário à fixação do prêmio.
Transbordo – passar a carga de um meio de transporte para outro.
Vício próprio ou intrínseco – condição natural de certas coisas, que as 
tornam suscetíveis à destruição ou avaria, sem intervenção de qualquer 
causa externa.
Vistoria de sinistro – inspeção efetuada por peritos habilitados, após o 
sinistro, de modo a verificar e estabelecer os danos ou prejuízos sofridos 
pelo objeto segurado.
139
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 ANEXOS 
 — Anexo 1 – Modelo de proposta 
de seguro de transportes
 roterroC od arutanissA lageL etnatneserpeR uo etnenoporP od arutanissA ataD e lacoL
 
ogidóC .60omaR .50 07. Proposta no Vigência da 
Apólice
08. Das 24:00 h 09. Às 24:00 h
10. Tipo de Apólice
 1 Aberta 2 Avulsa
Em caso de renovação, informar
sobre a apólice anterior 
11. Seguradora 12. Sucursal 13. Apólice 14. Item 15. Vencimento
01. Proponente Tipo de Pessoa 02. Tipo 03. CPF/CGC
04. Por conta de 1 – Física
2 – Jurídica 
05. Tipo 06. CPF/CGC
01. Endereço
PEC .40odatsE .30edadiC .20 05. Telefone
06. Prazo de Pagamento
1 30 Dias 2 45 Dias
ogidóC .01arodarboC aicnêgA .90ogidóC .80rodarboC ocnaB .70
PESUS ogidóC .20roterroC .10 03. Código Interno
04. Inspetoria 05. Comissão 06. No Ata de Sorteio Ano 07. Data da Ata 08. Cosseguro
 1 Sim (conforme anexo) 2 Não 
Para Tipo de Apólice Aberta 
Âmbito do
Transporte 
Internacional
1. Importação
2. Export.
01. Códigos
Meios de
Transporte
1. Marítimo 2. Fluvial 7. Demais
3. Lacustre 4. Rodoviário 8. Rodofluvial
5. Ferroviário 6. Aéreo
02. Códigos
05. Mercadorias a serem Averbadas 
Garantia(s) 06. Garantias Solicitadas 
oãçabreva ed adeoM .80 edadilibasnopseR ed etimiL .70
 1 R$ 2 Só Moeda Estrangeira 3 Qualquer Moeda
1. O proponente abaixo assinado declara assumir a responsabilidade pela exatidão 
das respostas declaradas neste documento, embora não sejam escritas por seu 
próprio punho, e reconhece que qualquer reticência, declaração falsa ou errônea 
produzirá a caducidade do seguro. Declara, ainda, ter conhecimento das condições 
gerais e particulares da apólice de seguro, aceitando-as incondicionalmente. 
Obriga-se, outrossim, a aceitar a apólice que for emitida em conformidade com 
a presente, bem como a pagar o prêmio devido.
2. As propostas serão obrigatoriamente assinadas pelo interessado, seu representante legal ou 
corretor registrado. A seguradora fornecerá ao proponente protocolo que identifique data e 
hora do recebimento da proposta. O eventual recebimento antecipado do prêmio, no todo ou 
em parte, não caracterizará a responsabilidade da seguradora. O início da cobertura do risco 
constará do documento emitido e coincidirá com a aceitação da proposta ou indicações nela 
expressa. Para efeito de indenização, aplicar-se-á o disposto na cláusula pagamento de prêmio, 
das condições gerais da apólice. 
140
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Anexo 2 – Modelo de apólice avulsa 
de seguro de transporte internacional
Dados do Segurado 
Nome: CNPJ: 
Órgãos Emissores 
Nome: CNPJ: 
Nome: CNPJ:Dados do Seguro
Importância Segurada
1) US$ 
 a) US$ ..................................... Custo (FOB)
 b) US$ ..................................... Frete
 c) US$ ..................................... Despesas
 d) US$ ..................................... Lucros Esperados
 e) US$ ..................................... Impostos
OU
2) R$
 a) R$ ....................................... Custo (FOB)
 b) R$ ....................................... Frete
 c) R$ ....................................... Despesas
 d) R$ ....................................... Lucros Esperados
 e) R$ ....................................... Impostos
Objeto do Seguro
Viagens
Meio de Transportes
Data de Saída
CNPJ 99.999.999/0001-99
141
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Riscos Cobertos
COBERTURA BÁSICA:
Consideram-se riscos cobertos os prejuízos que o segurado venha a sofrer oriundos de todos os riscos de perda 
ou dano material sofridos pelo objeto segurado, em consequência de quaisquer causas externas de conformidade 
com a cobertura básica ampla (A).
COBERTURAS ADICIONAIS:
Acham-se incluídas no presente seguro as coberturas adicionais abaixo relacionadas, observada, ainda, a 
Cláusula XIV – Liquidação de Sinistros, das condições gerais, que condiciona à comprovação do valor do 
objeto segurado.
a) Cobertura Adicional de Despesas – 10% de Custo e Frete
b) Cobertura Adicional de Lucros Esperados – 10% de Custo, Frete e Despesas
c) Cobertura Adicional de Impostos sobre Mercadorias Importadas
d) Cobertura Adicional de Riscos de Greves para Embarques Aquaviários e Terrestres
e) Cobertura Adicional de Riscos de Guerra para Embarques Marítimos
f) Cobertura Adicional de Classificação de Navios
Taxas
Básica:
........, sobre os valores das alíneas “a”, “b”, “c” e “d” acima.
........, sobre o valor da alínea “e” acima.
Adicional de Guerra e Greves:
.......... sobre os valores das alíneas “a”, “b”, “c” e “d” acima.
.......... sobre o valor da alínea “e” acima.
Adicional de Classificação de Navios ou Adicional de Embarque Aéreo sem Valor Declarado
........ sobre os valores das alíneas “a” e “b” acima.
Franquia
Aplicar-se ao presente seguro uma franquia dedutível de ......... nos termos da cláusula específica de Franquia 
para Seguros de Transportes Internacionais e Nacionais (Exceto Operações Isoladas e Transportes Terrestres 
Nacionais).
Participação Obrigatória do Segurado
O presente seguro está isento de participação obrigatória.
Cláusula de Dispensa de Direito de Regresso
Aplicável somente ao percurso rodoviário principal, inicial ou complementar às viagens marítimas. 
“Não obstante a Cláusula XVIII Sub-rogação de Direitos, das condições gerais do referido seguro, declaramos que 
não exerceremos o direito de regresso contra a Transportadora Ltda. e/ou seus prepostos em sinistros indenizados 
por esta seguradora, exceto se forem decorrentes de:
• riscos cobertos pelos Seguros de RCTR-C;
• de roubo no depósito dos transportadores de mercadorias, com permanência superior a 15 dias;
• de incêndio em armazém dos transportadores de mercadorias, com permanência superior a 30 dias; 
• dolo, culpa grave ou má-fé do transportador e/ou seus prepostos;
• inobservância das leis que disciplinam o transporte rodoviário de carga;
• má conservação de lonas ou similares e/ou do veículo transportador.
A concessão mencionada nesta cláusula limita-se a prejuízos indenizados por esta seguradora até o valor máximo 
de R$ ............., por evento.
142
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Gerenciamento de Risco
Obrigatoriedade de consulta ao Cadastro de Motoristas e Proprietários de Veículos Automotores – Cláusula no 1 
e obrigatoriedade de utilização de veículos rastreados por satélite para todos os embarques.
O descumprimento de qualquer das condições estabelecidas implicará a perda do direito à indenização em caso 
de sinistro.
Cláusulas Particulares
COBERTURA PARA CONTÊINER
A cobertura da presente apólice estende-se ao transporte de contêiner, observando-se as condições a seguir:
a) tanto o valor do contêiner quanto sua identificação deverão constar no conhecimento de transporte;
b) ao averbar o embarque, o segurado considere o valor total do conhecimento (somatório dos valores 
correspondentes aos bens ou mercadorias transportadas, acrescido do valor do contêiner);
c) em caso de sinistro, a indenização será paga em moeda nacional ao proprietário do contêiner ou, a título de 
reembolso ao segurado, tomando por base o valor do contêiner usado declarado em nota fiscal/conhecimento 
de embarque;
d) nenhuma indenização poderá ser superior ao valor do contêiner declarado na averbação;
e) nos prejuízos indenizáveis por esta cláusula, haverá aplicação de uma POS de 5% (cinco por cento) sobre o total 
dos prejuízos por evento, observando o valor mínimo de R$ 2.500,00. 
Cláusula Adicional de Exclusão de Armas Químicas, Biológicas, Bioquímicas, Eletromagnéticas e 
Ataque Cibernético
Não obstante o que em contrário possam dispor as condições gerais e especiais do presente seguro, fica entendido 
e concordado que, para efeito indenitário, não estarão cobertos perdas, danos, responsabilidades ou despesas 
direta ou indiretamente causados por ou atribuídas a ou resultantes de:
– qualquer arma química, biológica, bioquímica ou eletromagnética;
– utilização ou operação, como um meio de causar prejuízo, de qualquer computador, sistema de computador, 
 programa de computador, vírus de computador ou processo ou qualquer outro sistema eletrônico.
Pagamento dos Sinistros
À vista e sem desconto, após a apresentação dos documentos comprobatórios da responsabilidade da seguradora, 
observado o disposto na cláusula específica para Seguros Transportes de Viagens Internacionais Contratados em 
Moeda Estrangeira.
Pagamento de Prêmio
O presente seguro foi pago através do recibo provisório no 123.345, no valor de R$ 1.060,34, em 12/09/2002.
Vistorias
Deverão ser requeridas a esta companhia, observadas as disposições da alínea “e” da Cláusula XX – Obrigações 
do Segurado das Condições Gerais e Cláusula 6 – Vistorias da Cobertura Básica Ampla (A).
Declaração
 
O presente seguro está isento do Imposto sobre Operações de Seguro, de acordo com o que dispõe a Resolução 
B.C.B. no 1.301, de 06/04/90.
143
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Cosseguro
 
Fazem parte do presente seguro as companhias seguradoras a seguir relacionadas:
OÃÇAPICITRAP SAIHNAPMOC 
Condições/Cláusulas Aplicáveis
 
Ratificam-se os dizeres das cláusulas específicas, bem como os das condições gerais, ficando entendido e acordado 
que as condições particulares prevalecem sobre as específicas e estas sobre as gerais.
Condições Gerais;
Cobertura Básica Ampla (A);
Cobertura Adicional de Despesas;
Cobertura Adicional de Lucros Esperados;
Cobertura Adicional de Impostos sobre Mercadorias Importadas;
Cobertura Adicional de Riscos de Greves para Embarques Aquaviários e Terrestres;
Cobertura Adicional de Riscos de Guerra para Embarques Marítimos;
Cobertura Adicional de Classificação de Navios;
Cláusula Específica para Seguros Transportes de Viagens Internacionais Contratados em Moeda Estrangeira;
Cláusula Específica para Aparelhos, Máquinas e Equipamentos;
Cláusula Específica para Mercadorias Transportadas em Contêineres Padrão ISO;
Cláusula Específica de Franquia para Seguros de Transportes Internacionais e Nacionais (Exceto Operações 
Isoladas e Transportes Terrestres).
 — Anexo 3 – Exemplo de 
de Avaria Grossa
Encalhe do ‘Ever Given’: o mais complexo 
caso de Avaria Grossa dos tempos modernos
O navio “Ever Given” foi desencalhado, o canal de Suez retornou às ativi-
dades e muitos acharam que seria a última vez que ouviríamos falar sobre 
o assunto.
Entretanto, na última semana, mais de vinte mil empresas com carga a bor-
do do navio “Ever Given” dormiram e acordaram com a surpresa de que o 
proprietário da embarcação havia declarado avaria grossa.
Surgindo uma dúvida para muitos: afinal de contas, o que é avaria grossa?
144
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTESA avaria grossa é um antigo instituto do Direito Marítimo que prevê que 
todos os sacrifícios e despesas intencionais, extraordinárias e razoavel-
mente feitas e incorridas para salvar o navio, carga e outras propriedades 
a bordo, e qualquer frete que esteja em risco de um perigo comum, devem 
ser compartilhados por esses interesses na proporção de seus respectivos 
valores no final da viagem.
O instituto foi criado como forma de mitigar e compartilhar os riscos envol-
vidos em uma aventura marítima, diante de todas as intempéries da nature-
za. Servindo, também, como incentivo à exploração do transporte marítimo, 
ora, estamos falando de uma atividade de alto risco em que navios muitas 
vezes transportam carga mais valiosa que a própria embarcação, sendo 
necessário instrumentos que permitam o compartilhamento de riscos.
Apesar de não haver possíveis danos à carga e os danos ao navio parece-
rem mínimos, ainda resta o custo da operação de salvamento que deman-
dou a utilização de 13 rebocadores e duas dragas, bem como possíveis 
pedidos de indenização de uma variedade de interesses.
Na realidade, o encalhe do “Ever Given” está se desenhando um dos mais 
complexos casos de Avaria Grossa dos tempos modernos. A LLodys List 
já divulgou que o caso possui um potencial de litígio envolvendo mais de 
20.000 contêineres, com alguns possuindo até 20 consignatários distintos.
Do outro lado, temos a própria autoridade do Canal de Suez, que pleiteia 
US$ 1 bilhão de indenização, e outros armadores que tiveram suas embar-
cações retidas durante diversos dias em razão do encalhamento no canal. 
Além de possível dano a cargas perecíveis nos navios que aguardavam 
passagem.
Esse cenário fez o proprietário da embarcação “Ever Given” ingressar com 
ação judicial em Londres visando assegurar limitação de responsabilidade 
contra todas as possíveis partes que ficaram prejudicadas com a paralisa-
ção do Canal de Suez.
Sem dúvidas, o mercado securitário deverá sofrer enorme pressão com as 
primeiras demandas e com a busca de segurados por uma mitigação de 
prejuízos.
Diante da declaração de avaria grossa, será designado o regulador da ava-
ria, que avaliará o valor de cada carga a bordo e aplicará uma fórmula que 
determina a contribuição financeira de cada proprietário da carga.
A contribuição é considerada como Cargo Lien por boa parte da legislação 
estrangeira, bem como pela legislação brasileira. Assim, consignatários 
precisarão apresentar uma garantia de sua contribuição à avaria grossa 
para poderem receber a mercadoria.
Entretanto, o custo total do sinistro para seus proprietários provavelmen-
te levará algum tempo para ser determinado, principalmente se envolver 
145
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
reivindicações de terceiros, o que significa que os reguladores poderão 
permanecer incapazes de fixar o índice de contribuição, o que poderá 
acarretar maior lentidão para a liberação das cargas.
E aqui entram as seguradoras, pois os consignatários que tiverem contrata-
do apólice de seguro poderão solicitar que seja apresentada uma Carta de 
Garantia do pagamento de eventual contribuição que venha a ser regulada 
em sede de avaria grossa, e assim, acelerar a liberação de carga.
Já os consignatários sem seguro ficarão em situação extremamente delica-
da, pois terão que aguardar a regulamentação ser finalizada para poderem 
apresentar garantia em dinheiro, o que poderá demorar meses. Enquanto 
isso, a carga provavelmente permanecerá retida em razão do lien existente.
Para se ter noção, o último grande caso de avaria grossa declarada foi o do 
navio ”Maersk Honam“, em que o regulador de avarias avaliou a garantia 
de salvamento fixada em 42,5% do valor da carga e 11,5% como um depó-
sito de avaria grossa. 
Portanto, para cargas avaliadas em US$ 100.000, o depósito para obter a 
liberação da carga foi de US$ 54.000, permitindo, justamente, que o arma-
dor exerça seu direito ao cargo lien, inclusive podendo vir a vender a carga 
caso o depósito, caução ou garantia não seja apresentado pelo proprietá-
rio da carga.
A grande verdade é que o caso do navio “Ever Given” deverá repercutir 
por diversos anos. Ainda não é possível sequer prever o prejuízo sofrido 
por todas as partes, muito menos a quantidade de “claims” que serão apre-
sentados em diversas jurisdições e tribunais.
Estamos somente diante da ponta do iceberg que, em um futuro próximo, 
deverá se revelar em sua totalidade.
Os próximos anos deverão ser de enorme dor de cabeça e uma longa 
batalha jurídica por todos aqueles envolvidos na aventura marítima da 
embarcação, além de todas as outras partes que possam ter vindo a sofrer 
danos em razão do encalhamento.
Quem viver, viverá! Como diria o grande poeta: Navegar é preciso!
E, sem dúvida alguma, continuaremos a navegar!
Larry Carvalho é advogado e árbitro com vasta experiência em litígios e 
ênfase em transporte marítimo.
Fonte: CARVALHO, Larry. Encalhe do ‘Ever 
Given’: o mais complexo caso de Avaria Grossa 
dos tempos modernos. Portos e Navios. 14 abr. 
2021, 14:31. Disponível em: https://www.portose-
navios.com.br/artigos/artigos-de-opiniao/encalhe-
-do-ever-given-o-mais-complexo-caso-de-avaria-
-grossa-dos-tempos-modernos. 
Acesso em: 27 jan. 2023.
Nota: O texto original foi revisado e corrigido pela Escola Nacional de 
Seguros, mantendo-se seu sentido e as ideias do autor.
https://www.portosenavios.com.br/artigos/artigos-de-opiniao/encalhe-do-ever-given-o-mais-complexo-caso-de-avaria-grossa-dos-tempos-modernos
https://www.portosenavios.com.br/artigos/artigos-de-opiniao/encalhe-do-ever-given-o-mais-complexo-caso-de-avaria-grossa-dos-tempos-modernos
https://www.portosenavios.com.br/artigos/artigos-de-opiniao/encalhe-do-ever-given-o-mais-complexo-caso-de-avaria-grossa-dos-tempos-modernos
https://www.portosenavios.com.br/artigos/artigos-de-opiniao/encalhe-do-ever-given-o-mais-complexo-caso-de-avaria-grossa-dos-tempos-modernos
146
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Anexo 4 – Modelo de apólice 
de seguro RCTR-C
CNPJ 99.999.999/0001-99
Dados do Segurado 
Nome: CNPJ: 
Órgãos Emissores 
 :JPNC :emoN
Nome: CNPJ: 
Dados do Seguro
Importância Segurada
Corresponderá aos valores integrais de bens ou mercadorias declarados nos conhecimentos de transportes 
ou outro documento hábil, objeto das averbações e representará, em qualquer hipótese, o prejuízo máximo 
indenizável em um sinistro, respeitada a responsabilidade assumida pela seguradora, constante do tópico “Limite 
de Responsabilidade” abaixo.
Prazo do Seguro
A presente apólice vigorará pelo prazo de 1 (um) ano, a partir das 24:00 h do dia ___/___/___ até às 24:00 h do 
dia ___/___/___.
Objeto do Seguro
Bens ou mercadorias pertencentes a terceiros, entregues ao segurado para transportes, sob conhecimento 
rodoviário de cargas.
Viagens/Meio de Transportes
Dentro do território brasileiro, por via pública ou rodovia, através de veículos licenciados e em perfeito estado de 
funcionamento de propriedade do segurado ou de terceiros, dirigidos por motoristas – empregados ou agregados 
ou de terceiros contratados (autônomos e carreteiros), devidamente habilitados, incluindo percursos fluviais na 
região amazônica.
147
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Riscos Cobertos
COBERTURAS BÁSICAS:
Nos termos do art. 1o das condições gerais para o Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador 
Rodoviário – Carga.
COBERTURAS ADICIONAIS:
Mediante solicitação prévia do segurado, estão abrangidas pelo presente seguro as seguintes coberturas 
adicionais:
Cobertura Adicional de Operações de Carga/Descarga/Içamento
Em conformidade com o disposto nesta cobertura, estão garantidas as perdas ou danos às mercadorias objeto 
deste seguro, durante as operações de carga e descarga, com ou sem içamento, efetuadas pelo segurado, desde 
que tais operações sejam executadas por aparelhagem e máquinas especiais adequadas à natureza e ao peso 
da carga transportada.
Cobertura Adicionalpara Viagem Rodoviária com Percurso Complementar Fluvial
A cobertura deste seguro está estendida aos percursos fluviais nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, 
Rondônia e Roraima, ficando entendido e acordado que:
– os riscos garantidos no percurso fluvial são os mesmos que, por analogia, se enquadram no conceito de 
riscos cobertos das condições gerais deste seguro; e
– torna-se obrigatório que o transporte hidroviário faça parte integrante do transporte rodoviário, como seu 
complemento. 
Começo e Fim dos Riscos
Os riscos assumidos na presente apólice, durante o transporte propriamente dito, têm início no momento em que 
os bens ou mercadorias são colocados no veículo transportador, no local do início da viagem contratada. Terminam 
quando são retirados do veículo transportador, no local de destino da mesma viagem.
Os riscos de incêndio ou explosão, durante a permanência dos bens ou mercadorias nos depósitos, armazéns ou pátios 
usados pelo segurado, conforme definido no art. 2o das condições gerais, têm um prazo de cobertura de 15 (quinze) 
dias, improrrogáveis, contados da data da entrada naqueles depósitos, armazéns ou pátios.
A cobertura concedida por esta apólice estende-se aos percursos urbanos e suburbanos de coleta e entrega de 
bens ou mercadorias, efetuadas pelo segurado como complementares à viagem principal, comprovadas pelo 
documento fiscal do embarcador ou pela minuta de despacho.
Taxas
Básicas: 
Conforme tarifa em vigor, respeitando-se suas eventuais alterações.
Adicionais:
Serão aplicadas as taxas da tarifa em vigor, respeitando-se suas eventuais alterações, a saber:
– Cobertura Adicional de Operações de Carga e Descarga: 0,10% (por operação)
– Cobertura Adicional de Operações de Carga e Descarga, com Içamento: (0,15% por operação)
– Cobertura Adicional para Viagem Rodoviária com Percurso Complementar Fluvial: 0,02%.
Limite de Responsabilidade por Evento
O limite máximo de responsabilidade desta seguradora é de R$ .................. (............................................de reais), 
por evento em qualquer local coberto por esta apólice. 
Os embarques com valores superiores ao acima estipulado somente estarão cobertos mediante consulta prévia a 
esta seguradora, por escrito, com antecedência mínima de três dias úteis antes do início dos riscos e após expressa 
autorização desta seguradora e/ou IRB.
148
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Averbações
Os embarques devem ser comunicados à seguradora através de averbações eletrônicas, transmitidas antes do 
início das viagens (dia e hora), sob pena de perda do direito à indenização, no caso de sinistro em que se constate 
a inobservância do procedimento aqui escrito.
Prêmio Mínimo
Não obstante o prêmio resultante da aplicação da taxa de seguro às importâncias seguradas, fica entendido e 
concordado que o prêmio líquido mensal não poderá ser inferior a R$ 1.000,00 (Um mil reais).
Cláusula Adicional de Exclusão de Armas Químicas, Biológicas, Bioquímicas, 
Eletromagnéticas e Ataque Cibernético
Não obstante o que em contrário possam dispor as condições gerais e especiais do presente seguro, fica entendido 
e concordado que, para efeito indenitário, não estarão cobertas as perdas, danos, responsabilidades ou despesas 
direta ou indiretamente causadas por ou atribuídas a, ou resultantes de:
– qualquer arma química, biológica, bioquímica ou eletromagnética;
– utilização ou operação, como um meio de causar prejuízo, de qualquer computador, sistema de computador, 
programa de computador, vírus de computador ou processo, ou qualquer outro sistema eletrônico.
Cláusula Revisional
Cláusula de revisão facultando à seguradora a revisão trimestral das condições concedidas para a apólice, quando 
o somatório de sinistros/indenizações/despesas/honorários/despesas de comercialização (condição comercial: 
comissão + desconto) for superior a 85% do valor do prêmio emitido.
Cosseguro
 
Fazem parte do presente seguro as companhias seguradoras a seguir relacionadas:
OÃÇAPICITRAP SAIHNAPMOC 
 
Pagamento dos Sinistros
Em reais, à vista e sem desconto, contra a apresentação dos documentos comprobatórios de responsabilidade da 
seguradora conforme Capítulos XV e XIX das condições gerais desta apólice.
Pagamento de Prêmio
Os prêmios serão pagos pelo segurado, dentro dos prazos estabelecidos no Capítulo XIX – Pagamento do Prêmio 
das Condições Gerais, através da rede bancária, contra entrega da respectiva fatura, endosso e/ou aditivo emitidos 
por esta companhia.
Fica entendido e concordado que os prêmios cobrados através das faturas, endossos e/ou aditivos também estarão 
sujeitos à cobrança de juros, que constarão da respectiva fatura, endosso e/ou aditivo de seguro. Podem, ainda, 
ser cobrados juros de mora, caso a respectiva fatura, endosso e/ou aditivo não seja pago no prazo predeterminado 
na nota de seguro.
149
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Condições/Cláusulas Aplicáveis
 
Ratificam-se os dizeres das seguintes cláusulas anexas, que fazem parte integrante e inseparável da presente apólice.
– Condições Gerais para o Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário – Carga;
– Cobertura Adicional de Operações de Carga/Descarga/Içamento;
– Cobertura Adicional para Viagem Rodoviária com Percurso Complementar Fluvial;
– Cláusula Específica de Averbação Eletrônica.
150
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Anexo 5 – Modelo de Averbação de 
Seguros de Transportes
CNPJ 99.999.999/0001-99
n ecilópA :odarugeS o n oãçabrevA : o:
 
Tipo de Averbação: 
N amitlÚ avitinifeD airósivorP o da averbação provisória:
Avisa-se o embarque abaixo para ser segurado de acordo com o termos da apólice.
Meio de Transporte
:rodatropsnart olucíev od oãçacifitnedI :etropsnarT ed opiT
 Marítimo Lacustre Fluvial 
 oeréA oiráivorreF oiráivodoR 
Conhecimento de embarque com valor declarado? 
 lanoicida moc oãN lanoicida mes oãN miS 
Viagem Segurada
:adías ed ataD :síap/odatse/edadic/otroP oicínI
 
 :adagehc ed ataD :síap/odatse/edadic/otroP onitseD
Objeto do Seguro
:megalabmE :edaditnauQ :acraM
 
Mercadoria:
151
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
Garantias
:)%( aiuqnarF :aitnaraG
 
:sairótagirbo seõçidnoC 
Moeda do Seguro
Moeda do seguro: Câmbio da moeda do seguro: Câmbio dólar norte-americano: 
Valores Segurados/Prêmio
Item
Verbas na 
moeda do 
seguro
Taxa Básica % Adicional GTM/GMCC Total
Prêmio na 
moeda do 
seguro
Custo
Frete
Subtotal
Despesas
Subtotal
Lucros 
Esperados
Subtotal
Impostos
oivan ed oãçacifissalc ed lanoicidAlatoT
Classificação 
de navios
Total na 
moeda do 
seguro
Taxa média Prêmio total
 
 
 
Código do Corretor: Nome do Corretor: 
 arodaruges an otnemibecer ed obmiraC :ataD
____________________________________
 Assinatura do segurado
 
152
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Anexo 6 – Certificado de 
Seguro de Transportes
153SEGUROS DE TRANSPORTES
ANEXOS
 — Anexo 7 – Coberturas básicas 
dos Seguros de Transportes
NÚMERO TIPO DE COBERTURA
001 Cobertura Básica Restrita (C)
002 Cobertura Básica Restrita (B)
003 Cobertura Básica Ampla (A)
004 Cobertura Restrita para Embarques de Mercadorias/Bens 
Acondicionados em Ambiente Refrigerados
005 Cobertura Ampla para Embarques de Mercadorias/Bens 
Acondicionados em Ambiente Refrigerados
006 Cobertura Restrita para Mercadorias/Bens Congelados
007 Cobertura Ampla para Mercadorias/Bens Congelados
008 Cobertura Ampla para Bovinos Incluindo Reprodução
009 Cobertura Ampla para Animais Vivos (Exceto Embarques Aéreos de 
Aves Vivas)
010 Cobertura Ampla para Seguros de Transportes Aéreos de Aves Vivas
011 Cobertura Ampla para Batata e Outros Bulbos-Raízes
012 Cobertura Ampla para Embarques a Granel (Aquaviários e Terrestres)
013 Cobertura Restrita para Transporte de Óleo (Petróleo) a Granel 
(Embarques Aquaviários e Terrestres)
014 Cobertura Restrita para Carvão (Embarques Aquaviários e Terrestres)
015 Cobertura Restrita para Madeiras (Carga no Convés)
016 Cobertura Ampla para Madeiras(Carga não Acondicionada no Convés)
017 Cobertura Restrita para Borracha Natural (Excluindo Látex Líquido)
018 Cobertura Restrita para Juta
019 Cobertura para Seguros de Operações Isoladas
020 Cobertura para Seguros de Bagagem
021 Cobertura para Seguros de Mercadorias Conduzidas por Portadores
022 Cobertura para Seguros de Mostruários sob a Responsabilidade de 
Viajantes Comerciais
023 Cobertura para Seguros de Transportes de Títulos em Malotes
154
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Anexo 8 – Coberturas adicionais 
dos Seguros de Transportes
NÚMERO TIPO DE COBERTURA
200 Cobertura Adicional de Frete e/ou de Seguro
201 Cobertura Adicional de Despesas
202 Cobertura Adicional de Tributos (Mercadorias Importadas)
203 Cobertura Adicional de Tributos (Mercadorias Exportadas)
204 Cobertura Adicional de Lucros Esperados
205 Cobertura Adicional para Mercadorias em Devolução ou 
Redespachadas
206 Cobertura Adicional para Embarques Aéreos sem Valor Declarado
207 Cobertura Adicional para Embarques em Navios com Denominação a 
Avisar em Viagens Nacionais
208 Cobertura Adicional para Classificação de Navios em Viagens 
Internacionais
209 Cobertura Adicional de Transbordo e Desvio de Rota
210 Cobertura Adicional de Riscos de Greves
211 Cobertura Adicional de Riscos de Guerra para Embarques 
Aquaviários e Aéreos
212 Cobertura Adicional de Prorrogação de Prazo de Duração dos Riscos
213 Cobertura Adicional de Extensão de Cobertura e Abertura de 
Volumes
214 Cobertura Adicional de Benefícios Internos
215 Cobertura Adicional de Destruição
216 Cobertura Adicional para Mercadorias Transportadas em Veículos do 
Segurado
217 Cobertura Adicional de Roubo (somente com a Cobertura Básica 
Restrita B)
218 Cobertura Adicional de Extravio (somente com a Cobertura Básica 
Restrita B)
219 Cobertura Adicional para os Riscos de Quebra (somente com a 
Cobertura Básica Ampla A)
155
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Anexo 9 – Cláusulas específicas 
para Seguros de Transportes
NÚMERO TIPO DE CLÁUSULA
301 Cláusula Específica para Bens Usados
302 Cláusula Específica para Embarques Aéreos sem Valor Declarado
303 Cláusula Específica para Seguros de Importação Chapas 
Galvanizadas e/ou Folhas de Ferro Zincadas (Folha de Flandres)
304 Cláusula Específica para Embarques Efetuados no Convés dos Navios
305 Cláusula Específica de Averbações para os Seguros Transportes de 
Importação
306 Cláusula Específica de Averbações Simplificadas para os Seguros 
Transportes de Importação
307 Cláusula Específica de Averbação Provisória Única para os Seguros 
Transportes de Importação
308 Cláusula Específica de Averbações para os Seguros Transportes de 
Exportação e Transportes Nacionais
309 Cláusula Específica de Averbações Simplificadas para os Seguros de 
Transportes Nacionais e para os Seguros de Exportação
310 Cláusula Específica de Franquia para os Seguros de Transportes 
Internacionais e Nacionais (Exceto Operações Isoladas e Transportes 
Terrestres Nacionais)
311 Cláusula Específica de Participação Obrigatória/Franquia para os 
Seguros de Operações Isoladas e Transportes Terrestres Nacionais
312 Cláusula Específica para Aparelhos, Máquinas e Equipamentos
313 Cláusula Específica para Quebra (faltas) em Mercadorias a Granel
314 Cláusula Específica para Mercadorias Transportadas em Contêineres 
“Padrão Iso”
315 Cláusula Específica de Estipulação de Seguros de Transportes
316 Cláusula Específica de Beneficiário
317 Cláusula Específica de Dispensa do Direito de Regresso
156
 — Anexo 10 – Tarifa nacional – Terrestre 
(rodoviário/ferroviário) – Cobertura C
AC AL AP AM BA CE DF ES GO MA MT MS MG PA PB PR PE PI RJ RN RS RO RR SC SP SE TO
1. AC 0,100 0,750 0,650 0,230 0,750 0,700 0,450 0,650 0,450 0,700 0,300 0,400 0,550 0,600 0,750 0,600 0,750 0,650 0,600 0,750 0,700 0,130 0,350 0,650 0,550 0,750 0,450
2. AL 0,100 0,400 0,750 0,150 0,180 0,350 0,280 0,350 0,250 0,500 0,550 0,280 0,350 0,130 0,450 0,130 0,200 0,350 0,130 0,550 0,650 0,800 0,500 0,400 0,130 0,300
3. AP 0,200 0,650 0,400 0,280 0,350 0,550 0,350 0,230 0,500 0,650 0,500 0,230 0,400 0,550 0,400 0,230 0,550 0,400 0,700 0,550 0,750 0,600 0,500 0,400 0,330
4. AM 0,200 0,750 0,700 0,500 0,700 0,500 0,700 0,450 0,500 0,600 0,500 0,750 0,650 0,750 0,600 0,700 0,750 0,750 0,230 0,230 0,700 0,650 0,800 0,500
5. BA 0,150 0,200 0,350 0,200 0,340 0,250 0,400 0,450 0,230 0,300 0,180 0,350 0,150 0,200 0,250 0,200 0,400 0,650 0,800 0,400 0,300 0,150 0,280
6. CE 0,100 0,450 0,350 0,440 0,180 0,600 0,600 0,400 0,250 0,130 0,550 0,150 0,180 0,450 0,130 0,650 0,650 0,800 0,600 0,500 0,200 0,330
7. DF 0,050 0,230 0,060 0,300 0,180 0,200 0,150 0,300 0,400 0,230 0,400 0,400 0,230 0,450 0,280 0,350 0,650 0,230 0,150 0,300 0,070
8. ES 0,060 0,230 0,400 0,350 0,300 0,130 0,500 0,300 0,230 0,300 0,350 0,100 0,350 0,300 0,550 0,800 0,250 0,170 0,230 0,270
9. GO 0,060 0,270 0,180 0,200 0,140 0,300 0,400 0,160 0,400 0,400 0,170 0,450 0,270 0,350 0,650 0,220 0,140 0,300 0,150
10. MA 0,150 0,500 0,500 0,400 0,230 0,280 0,600 0,250 0,180 0,500 0,250 0,700 0,600 0,800 0,650 0,500 0,280 0,260
11. MT 0,150 0,180 0,250 0,350 0,550 0,280 0,550 0,450 0,350 0,600 0,400 0,230 0,600 0,300 0,280 0,450 0,230
12. MS 0,150 0,230 0,450 0,600 0,180 0,600 0,500 0,230 0,650 0,280 0,350 0,650 0,230 0,180 0,500 0,260
13. MG 0,050 0,450 0,350 0,180 0,350 0,350 0,130 0,350 0,250 0,500 0,750 0,200 0,130 0,250 0,150
14. PA 0,200 0,350 0,500 0,300 0,230 0,500 0,300 0,650 0,500 0,700 0,550 0,450 0,300 0,300
15. PB 0,100 0,500 0,130 0,200 0,400 0,130 0,600 0,700 0,800 0,550 0,450 0,130 0,330
16. PR 0,050 0,500 0,500 0,150 0,550 0,150 0,500 0,750 0,100 0,100 0,400 0,250
17. PE 0,100 0,200 0,400 0,130 0,600 0,650 0,800 0,590 0,400 0,130 0,300
18. PI 0,100 0,400 0,200 0,600 0,550 0,750 0,550 0,450 0,230 0,250
19. RJ 0,050 0,450 0,250 0,500 0,800 0,200 0,100 0,300 0,210
20. RN 0,100 0,650 0,700 0,800 0,600 0,450 0,150 0,330
21. RS 0,050 0,600 0,800 0,100 0,180 0,500 0,390
22. RO 0,100 0,250 0,550 0,450 0,700 0,310
23. RR 0,200 0,800 0,750 0,800 0,600
24. SC 0,050 0,130 0,450 0,290
25. SP 0,050 0,350 0,210
26. SE 0,100 0,280
27. TO 0,060
Para as viagens nos Seguros de Transportes Terrestres, feitas nos perímetros 
urbanos ou suburbanos das cidades, aplicar-se-á taxa de 0,015%.
157
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 — Anexo 11 – Modelo de 
questionário para análise de 
aceitação – RCTR-C e RCF-DC
CNPJ 99.999.999/0001-99
JPNCASERPME AD LAICOS OÃZAR
ENOFODATSEEDADICEDES AD OÇEREDNE
FAX INSCR. ESTADUAL REG. DNER CATEGORIA ESPECIALIDADE
DATA DA CONSTITUIÇÃO PRÉDIO PRÓPRIO SEDE? QUANTIDADE DE 
FUNCIONÁRIOS
QUANTIDADE 
DE FILIAIS
OTATNOCTENRETNIOTNEMARUTAFLAICOS LATIPAC
%%SEROTERID UO SOICÓS
31
42
ETNERROC ATNOCAICNÊGAOCNAB
FROTA
CAMINHÕES REBOCADORES REBOQUES UTILITÁRIOS AUTOMÓVEIS MOTOS
QUANTIDADE DE VEÍCULOS MONITORADOS POR SATÉLITE
CAMINHÕES REBOCADORES UTILITÁRIOS Outros
VIAGENS
% SORIETERRAC% SODAGERGA% AIRPÓRP ATORF
BENS E MERCADORIAS TRANSPORTADAS
% – CREPOPIT% – CREPOPIT
SOCINÔRTELEORTELESARBIF/SOIF/OÃDOGLA
SIETXÊT SOIFOINÍMULA
OHNATSESOVIV SIAMINA
ARMAS/ARMAMENTOS/MUNIÇÕES LÂMPADAS
ARTIGOS DE HIGIENE E LIMPEZA LEITE EM PÓ, CONDENSADO OU LONGA VIDA
LENARG A SOVISORROC SODIUQÍLSOCIFÁRGOTOF SOGITRA
158
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
SAIRÁTINAS SAÇUOLSAÇEP OTUA
LAREG ME SODARUTAFUNAMSOHLIRDAL/SOJELUZA
SODASEP SOTNEMAPIUQE E SANIUQÁMUAHLACAB
SOTNEMACIDEMSADIBEB
 SOILÍSNETU E SIEVÓM/SAÇNADUMSODEUQNIRB
DOMÉSTICOS
SETIEZA E LEVÍTSEMOC OELÓODAICIFENEB ÉFAC
ETNACIFIRBUL OELÓSOÃRG ME ÉFAC
SAHLIPAIRETISSAC
CDs (COMPACT DISC) E 
LDs (LASER DISC)
PNEUS E CÂMARAS DE AR
SOICÍTNEMILA SOTUDORPETALOCOHC
SODACIFIROGIRF SOTUDORPSORRAGIC
)ETESSAC SATIF( SOCIFÁRGONOF SOTUDORPERBOC
COMPUTADORES, PERIFÉRICOS 
E ACESSÓRIOS
PRODUTOS SIDERÚRGICOS
)OTANAICOSI ID ONEULOT( I.D.TSODICET E SEÕÇCEFNOC
SOIRÓSSECA E SERALULEC SENOFELETSOCITÉMSOC
OTNEMICORBIF ED SAHLETODAICIFENEB UO URC ORUOC
SALOCÍRGA SOTNEMELPMI E SEROTARTLATNEDEMERC
SEZINREV E SATNITSALOCÍRGA SOVISNEFED
SOLUCÍEVOTIEFEUQIL SÁG
SONALP SORDIVLENARG A LEVÁMALFNI
ELETRODOMÉSTICOS
DESCRIÇÃO DE CARGAS COMPLETAS:
TIPO EMBARCADOR DE PARA PERCURSO(*) VALOR MÉDIO
(*) – COLETA/VIAGEM PRINCIPAL/ENTREGA
PERCURSOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
DE PARA % DE PARA %
DE PARA % DE PARA %
DE PARA % DE PARA %
POSSUI TRÁFEGO MÚTUO?
QUAIS EMPRESAS?
DE PARA TIPO DE MERCADORIA VALOR MÉDIO
 
 
159
ANEXOS
SEGUROS DE TRANSPORTES
SEGUROS
CIA CORRETOR TIPO AVERBAÇÃO VENCIMENTO APL. MÊS REF.
RCTR-C
PRÊMIO VALOR MERCADORIA QUANT. VIAGENS TAXA MÉDIA DESCONTO L.M.R
RCF-DF
PRÊMIO PRÊMIO POS OUTROS TAXA FINAL L.M.R.
SINISTROS DOS ÚLTIMOS 12 MESES
DATAS RAMO MERCADORIA LOCAL VALOR
PROPOSTA L.M.R. 
RAMO TAXA P O S VEÍCULO DEPÓSITO
:OTNEMAGAP ED OZARP:OTNEMARUTAF
PRÊMIO MÍNIMO: (INFORMAR SOMENTE SE FOR SUPERIOR A R$ 1.000,00)
GERENCIAMENTO DE RISCO MERCADORIA: NORMAS E PROCEDIMENTOS
OBSERVAÇÕES:
)OBMIRAC ERBOS( ETNENOPORP OD ARUTANISSAATAD E LACOL
 
160
GABARITO
SEGUROS DE TRANSPORTES
 GABARITO 
Fixando Conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4
1 – D 1 – C 1 – C 1 – E
2 – E 2 – A 2 – E 2 – D
3 – B 3 – C 3 – C 3 – B
4 – C 4 – B 4 – D 4 – C
5 – A 5 – A 5 – B 5 – C
6 – C 6 – D 6 – C 6 – D
7 – B 7 – A 7 – D
8 – D 8 – B 8 – A
9 – C 9 – A 9 – C
10 – B 10 – D 10 – E
UNIDADE 5 UNIDADE 6 UNIDADE 7
1 – C 1 – E 1 – A
2 – A 2 – B 2 – D 
3 – A 3 – A 3 – C
4 – E 4 – B 4 – A
5 – A 5 – C 5 – A
6 – C
7 – A
8 – D
9 – E
10 – C
161
GABARITO
SEGUROS DE TRANSPORTES
Estudos de Caso
Caso 1
Resposta: (lembrando que não existe resposta 100% correta: é um caso no 
qual o entendimento da matéria e o bom-senso devem prevalecer).
1) Seguro de Transportes Nacionais.
2) Cobertura básica ampla A mais os riscos adicionais de greves.
3) Descobrindo o custo cobrado pelos transportadores e negocian-
do com a seguradora um seguro cotado a um “preço” (taxa) menor.
4) Buscar, na seguradora, uma relação de empresas que operem 
com gerenciamento de risco e, em conjunto com o segurado, 
entrar em contato para negociar a implantação de um PGR (plano 
de gerenciamento de risco).
5) Negociar, com a seguradora, a concessão da DDR (dispensa do 
direito de regresso), na qual as transportadoras não sejam aciona-
das em sinistros cobertos pela apólice do embarcador.
Caso 2
Em uma das possíveis opções de resposta, o primeiro ponto a ser aborda-
do é a sinistralidade. O segurado está há vários anos na empresa e é o pri-
meiro sinistro. A possibilidade de pagamento da indenização por interesse 
comercial deve ser cogitada pelo corretor junto à seguradora.
Caso 3
1) Deve-se levantar mais informações sobre as mercadorias, valo-
res transportados, experiência de sinistros anteriores, se houver, e 
verificar se o cliente tem algum plano de GR.
a) RCTR-C acidentes; RCF-DC roubo.
b) Com os valores em mãos, deve-se definir o LMG /LMI.
c) Acidente e roubo.
d) OCD/I, fluvial, impostos suspensos, carga especial e as merca-
dorias sujeitas às condições próprias.
e) Averbação: simples antes do risco.
f) É possível trabalhar com cadastro, rastreamento e escolta.
162
GABARITO
SEGUROS DE TRANSPORTES
Caso 4
A cobertura adicional a ser aplicada é Operação de Carga, Descarga e 
Içamento.
A transportadora deve comunicar o sinistro, oportunamente, para que a 
seguradora realize a avaliação. É importante sempre avaliar se os equi-
pamentos usados na operação são compatíveis em relação ao peso e às 
dimensões.
163
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEGUROS DE TRANSPORTES
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DI GROPELLO, Giulio, et al. Princípios da técnica de resseguro: resseguro 
financeiro e derivativos em resseguro. Colaboração de Giovanni Manghetti. 
Tradução de Maria Elena Bidino. Rio de Janeiro: Funenseg, 1997. 231 p. 
(Tradução de Principi di tecnica riassicurativa: la riassicurazione finanziaria e iderivati 
in riassicurazione).
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino e Produtos. 
Direito e legislação de seguro de transportes. Assessoria técnica de 
Jonas Stipp de Andrade. 5. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2007. 66 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Segu-
ros de transportes e de responsabilidade civil do transportador. 
Assessoria técnica de Raphael Saydi Macedo Mussi. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Funenseg, 2015. 182 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Segu-
ros de transportes e de responsabilidade civil do transportador. 
Assessoria técnica de Raphael Saydi Macedo Mussi. 13. ed. Rio de Janeiro: 
Funenseg, 2016. 184 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguros 
de transportes e de responsabilidade civil do transportador. Asses-
soria técnica de Luiz André Ferreira Lima. 14. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 
2017. 192 p.
ESCOLA DE NEGOCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguros 
de transportes. Assessoria tecnica de Vanderlei Assaf Moghetti. 3. ed. Rio 
de Janeiro: Funenseg, 2021. 157 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. 
 Gerenciamento de Riscos. Assessoria técnica de Luiz Macoto Sakamoto. 
4. ed. Rio de Janeiro: ENS, 2022. 92 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguros-
de transportes. Assessoria técnica de Giuseppe Calabro Filho e Ricardo de 
Lima Armond. 4. ed. Rio de Janeiro: ENS, 2022.
MIRANDA FILHO, Ferdinand Verardy. O que você deve saber sobre ava-
ria grossa. Rio de Janeiro: FEMAR, 1995. 121 p.
Sites
www.susep.gov.br 
www.irbbrasilre.com
www.iccbrasil.org/
www.agenciabrasil.ebc.com.br
http://www.susep.gov.br/
http://www.irbbrasilre.com
http://www.iccbrasil.org/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/
	 Considerações Iniciais 
	 RISCOS COBERTOS 
	 RISCOS NÃO 
 cobertos 
	 BENS NÃO compreendidos 
 NO SEGURO 
	 COBERTURA DE BENS OU 
 MERCADORIAS SUJEITOS 
 A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 
	 COMEÇO E FIM 
 DOS RISCOS 
	 APÓLICE 
 DE RCF-DC 
	 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
 E LIMITE MÁXIMO DE
 GARANTIA 
	 CRITÉRIOS DE 
 TAXAÇÃO 
	 PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA 
 DO SEGURADO (POS) 
	 AVERBAÇÕES 
	 PRÊMIO 
	 COBERTURAS ADICIONAIS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	Cobertura Adicional de Roubo no Depósito do Transportador
	 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	 FIXANDO CONCEITOS 6 
	PROCESSOS de SINISTROS nos SEGUROS
	DE TRANSPORTES
	 CONCEITO BÁSICO 
 DE SINISTROS 
	 APURAÇÃO 
 DE danos 
	Tipos de Vistoria
	 REGULAÇÃO 
	Perda Total
	Salvados
	 LIQUIDAÇÃO 
	 FIXANDO CONCEITOS 7 
	ASPECTOS da COMERCIALIZAÇÃO
dos SEGUROS
	DE TRANSPORTES
	 Considerações Iniciais 
	 GERENCIAMENTO 
 DE RISCO 
	Tipos de Gerenciamento de Riscos
	Principais Mecanismos
	Consulta a Cadastro de Motoristas e Proprietários de Veículos de Transportes Terrestres de Cargas
	Rastreamento, Monitoramento e Roteirização
	Escolta
	 FIXANDO CONCEITOS 8 
	 estudos de caso 
	 glossário 
	 anexos 
	Anexo 1 – Modelo de proposta de seguro de transportes
	Anexo 2 – Modelo de apólice avulsa de seguro de transporte internacional
	Anexo 3 – Modelo de apólice de seguro RCTR-C
	Anexo 4 – Modelo de Averbação de Seguros de Transportes
	Anexo 5 – Certificado de Seguro de Transportes
	Anexo 6 – Coberturas básicas dos Seguros de Transportes
	Anexo 7 – Coberturas adicionais dos Seguros de Transportes
	Anexo 8 – Cláusulas específicas para Seguros de Transportes
	Anexo 10 – Modelo de questionário para análise de aceitação – RCTR-C e RCF-DC
	 gabarito 
	 Referências Bibliográficas 
	Anexo 3 - Modelo de apólice de seguro RCTR-C
	 Considerações Iniciais 
	 RISCOS COBERTOS 
	 RISCOS NÃO 
 cobertos 
	 BENS NÃO compreendidos 
 NO SEGURO 
	 COBERTURA DE BENS OU 
 MERCADORIAS SUJEITOS 
 A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 
	 COMEÇO E FIM 
 DOS RISCOS 
	 APÓLICE 
 DE RCF-DC 
	 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
 E LIMITE MÁXIMO DE
 GARANTIA 
	 CRITÉRIOS DE 
 TAXAÇÃO 
	 PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA 
 DO SEGURADO (POS) 
	 AVERBAÇÕES 
	 PRÊMIO 
	 COBERTURAS ADICIONAIS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	CoberturaAdicional de Roubo no Depósito do Transportador
	 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	 FIXANDO CONCEITOS 6 
	PROCESSOS de SINISTROS nos SEGUROS
	de TRANSPORTES
	 CONCEITO BÁSICO 
 DE SINISTROS 
	 APURAÇÃO 
 DE danos 
	Tipos de Vistoria
	 REGULAÇÃO 
	Perda Total
	Salvados
	 LIQUIDAÇÃO 
	 FIXANDO CONCEITOS 7 
	ASPECTOS da COMERCIALIZAÇÃO
dos SEGUROS
	DE TRANSPORTES
	 Considerações Iniciais 
	 GERENCIAMENTO 
 DE RISCO 
	Tipos de Gerenciamento de Riscos
	Principais Mecanismos
	Consulta a Cadastro de Motoristas e Proprietários de Veículos de Transportes Terrestres de Cargas
	Rastreamento, Monitoramento e Roteirização
	Escolta
	 FIXANDO CONCEITOS 8 
	 estudos de caso 
	 glossário 
	 anexos 
	 gabarito 
	 Referências Bibliográficas 
	 Considerações Iniciais 
	 RISCOS COBERTOS 
	 RISCOS NÃO cobertos 
	 BENS NÃO compreendidos 
 NO SEGURO 
	 COBERTURA DE BENS OU 
 MERCADORIAS SUJEITOS 
 A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 
	 COMEÇO E FIM DOS RISCOS 
	 APÓLICE DE RCF-DC 
	 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
 E LIMITE MÁXIMO 
 DE GARANTIA 
	 CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO 
	 PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA 
 DO SEGURADO (POS) 
	 AVERBAÇÕES 
	 PRÊMIO 
	 COBERTURAS ADICIONAIS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	Cobertura Adicional de Roubo no Depósito do Transportador
	 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	 FIXANDO CONCEITOS 6 
	PROCESSOS de SINISTROS nos SEGUROS
	de TRANSPORTES
	 CONCEITO BÁSICO 
 DE SINISTROS 
	 APURAÇÃO DE danos 
	Tipos de Vistoria
	 REGULAÇÃO 
	Perda Total
	Salvados
	 LIQUIDAÇÃO 
	 FIXANDO CONCEITOS 7 
	GERENCIAMENTO 
de RISCOS
dos SEGUROS
	de TRANSPORTES
	 Considerações Iniciais 
	 GERENCIAMENTO DE RISCO 
	Tipos de Gerenciamento de Riscos
	Principais Mecanismos
	Consulta a Cadastro de Motoristas e Proprietários de Veículos de Transportes Terrestres de Cargas
	Rastreamento, Monitoramento e Roteirização
	Escolta
	 FIXANDO CONCEITOS 8 
	 estudos de caso 
	 glossário 
	 anexos 
	 gabarito 
	 Referências Bibliográficas 
	ASPECTOS GERAIS de SEGUROS
	de TRANSPORTES
	 Considerações iniciais 
	Conhecendo os personagens:
	 DIVISÃO DA CARTEIRA 
 DE SEGUROS DE TRANSPORTES 
	Seguros de Transportes
	Seguros de Responsabilidade Civil do Transportador
	 CONTRATO DE SEGURO 
 DE TRANSPORTES 
	 iNTERESSE SEGURÁVEL 
	 CONTRATOS DE COMPRA E 
 VENDA E INCOTERMS 
	Obrigatoriedade da Contratação do Seguro de Transportes de Bens
	 INSTRUMENTOS DE UM 
 CONTRATO DE SEGUROS 
 DE TRANSPORTES 
	Questionário
	Proposta
	Apólice

	Averbação
	Endosso
	Fatura ou Conta Mensal
	Certificado de Seguro
	 CONCEITOS UTILIZADOS 
 EM SEGUROS DE TRANSPORTES 
	Limite Máximo de Garantia (LMG)
	Prazo para Pagamento do Prêmio
	Franquia e Participação Obrigatória do Segurado (POS)
	Critérios de Taxação
	Importância Segurada
	Moeda do Seguro
	Vistoria
	 FIXANDO CONCEITOS 1 
	CONDIÇÕES
GERAIS e COBERTURAS BÁSICAS dos
	SEGUROS de TRANSPORTES
	 cONDIÇÕES GERAIS 
	Condições contratuais padronizadas
	Prejuízos Não Indenizáveis
	Bens e/ou Mercadorias Não Compreendidos no Seguro
	Pagamento do Prêmio
	Prazo do Seguro
	Regulação e Liquidação de Sinistros
	 CONCORRÊNCIA DE APÓLICES 
	 SUB-ROGAÇÃO DE DIREITOS 
	 RESCISÃO 
 E CANCELAMENTO 
	 OBRIGAÇÕES DO SEGURADO 
	 PERDA DE DIREITOS 
	 COBERTURAS BÁSICAS 
	 COBERTURA BÁSICA RESTRITA C 
	 COBERTURA RESTRITA b 
	 COBERTURA básica ampla a 
	 PREJUÍZOS NÃO INDENIZÁVEIS 
 (RISCOS NÃO COBERTOS) 
	 RISCOS SUJEITOS À CONSULTA 
 PRÉVIA E ESTIPULAÇÃO 
 NA APÓLICE (COBERTURAS A, B e C) 
	Início e Fim dos Riscos (Coberturas Básicas A, B e C)
	 FIXANDO CONCEITOS 2 
	COBERTURAS ADICIONAIS dos
	SEGUROS de TRANSPORTES
	 Considerações Iniciais 
	 COBERTURA ADICIONAL 
 DE FRETE E/OU SEGURO 
	 COBERTURA ADICIONAL 
 DE DESPESAS 
	 COBERTURAS 
 ADICIONAIS DE TRIBUTOS 
 (MERCADORIAS IMPORTADAS) 
	 COBERTURA ADICIONAL 
 DE LUCROS ESPERADOS 
	 COBERTURA ADICIONAL 
 PARA EMBARQUES AÉREOS 
 SEM VALOR DECLARADO 
	 COBERTURA ADICIONAL 
 PARA CLASSIFICAÇÃO 
 DE NAVIOS EM VIAGENS 
 INTERNACIONAIS 
	 COBERTURA ADICIONAL 
 DE RISCOS DE GREVES 
	 COBERTURA ADICIONAL 
 DE RISCOS DE GUERRA 
 PARA EMBARQUES 
 AQUAVIÁRIOS E AÉREOS 
	 FIXANDO CONCEITOS 3 
	SEGURO 
OBRIGATÓRIO de RESPONSABILIDADE CIVIL do TRANSPORTADOR
	RODOVIÁRIO de CARGA (RCTR-C)
	 Considerações iniciais 
	 RISCOS COBERTOS 
	 RISCOS NÃO COBERTOS 
	 BENS OU MERCADORIAS 
 NÃO COMPREENDIDOS 
 NO SEGURO 
	 coberturas de BENS 
 OU MERCADORIAS SUJEITOS 
 A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 
	 COMEÇO E FIM DOS RISCOS 
	 APÓLICE de rctr-c 
	 AVERBAÇÕES 
	Averbação Simples
	 IMPORTÂNCIA SEGURADA e 
 LIMITE MÁXIMO DE GARANTIA 
	 ISENÇÃO de 
 RESPONSABILIDADE 
	 COBERTURAS ADICIONAIS 
 DO SEGURO DE RCTR-C 
	Cobertura Adicional de Operações de Carga/Descarga/Içamento
	Cobertura Adicional para Viagem Rodoviária com Percurso Complementar Fluvial
	Cobertura Adicional para Extensão de Cobertura ao Valor dos Impostos Suspensos e/ou Benefícios Internos
	Cobertura Adicional para o Transporte de Cargas Excepcionais/Especiais
	 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
 DO SEGURO OBRIGATÓRIO 
 DE RCTR-C 
	 CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO 
	 FRANQUIA E PARTICIPAÇÃO 
 OBRIGATÓRIA DO SEGURADO 
	 PRÊMIO 
	 FIXANDO CONCEITOS 4 
	DESAPARECIMENTO DE CARGA (RCF-DC)
	SEGURO FACULTATIVO 
de RESPONSABILIDADE 
CIVIL do TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO por
	 Considerações Iniciais 
	 RISCOS COBERTOS 
	 RISCOS NÃO cobertos 
	 BENS NÃO compreendidos 
 NO SEGURO 
	 COBERTURA DE BENS OU 
 MERCADORIAS SUJEITOS 
 A CONDIÇÕES PRÓPRIAS 
	 COMEÇO E FIM DOS RISCOS 
	 APÓLICE DE RCF-DC 
	 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
 E LIMITE MÁXIMO 
 DE GARANTIA 
	 CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO 
	 PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA 
 DO SEGURADO (POS) 
	 AVERBAÇÕES 
	 PRÊMIO 
	 COBERTURAS ADICIONAIS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	Cobertura Adicional de Roubo no Depósito do Transportador
	 CLÁUSULAS ESPECÍFICAS 
 DO SEGURO DE RCF-DC 
	 FIXANDO CONCEITOS 5 
	PROCESSOS de SINISTROS nos SEGUROS
	de TRANSPORTES
	 CONCEITO BÁSICO 
 DE SINISTROS 
	 APURAÇÃO DE danos 
	Tipos de Vistoria
	 REGULAÇÃO 
	Perda Total
	Salvados
	 LIQUIDAÇÃO 
	 FIXANDO CONCEITOS 6 
	GERENCIAMENTO 
	de RISCOS
	 Considerações Iniciais 
	 GERENCIAMENTO DE RISCO 
	Tipos de Gerenciamento de Riscos
	Principais Mecanismos
	Consulta a Cadastro de Motoristas e Proprietários de Veículos de Transportes Terrestres de Cargas
	Rastreamento, Monitoramento e Roteirização
	Escolta
	 FIXANDO CONCEITOS 7 
	 estudos de caso 
	 glossário 
	 anexos 
	Anexo 1 – Modelo de proposta de seguro de transportes
	Anexo 2 – Modelo de apólice avulsa de seguro de transporte internacional
	Anexo 3 – Exemplo de de Avaria Grossa
	Anexo 4 – Modelo de apólice de seguro RCTR-C
	Anexo 6 – Certificado de Seguro de Transportes
	Anexo 7 – Coberturas básicas dos Seguros de Transportes
	Anexo 8 – Coberturas adicionais dos Seguros de Transportes
	Anexo 9 – Cláusulas específicas para Seguros de Transportes
	Anexo 10 – Tarifa nacional – Terrestre (rodoviário/ferroviário) – Cobertura C
	Anexo 11 – Modelo de questionário para análise de aceitação – RCTR-C e RCF-DC
	 gabarito 
	 Referências Bibliográficas

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