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TEORIA GERAL DO SEGURO REALIZAÇÃO ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO ASSESSORIA TÉCNICA CLÁUDIO BIZERRA DE OLIVEIRA – 2023/2022/2021 FREDERICO MARTINS PERES – 2023/2022/2021 JOSÉ EDUARDO TEIXEIRA ARIAS – 2023/2022/2021 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO PICTORAMA DESIGN Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros – ENS E73t Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria geral do seguro / Supervisão e Coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de José Eduardo Teixeira Arias, Frederico Martins Peres, Cláudio Bizerra de Oliveira. – 11.ed. -- Rio de Janeiro : ENS, 2023. 4,51 Mb ; PDF 1. Seguro – Teoria. I. Arias, José Eduardo Teixeira. II. Peres, Frederico Martins. III. Oliveira, Cláudio Bizerra de. IV. Título. 0022-2662 CDU 368.01(072) É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola. 11ª EDIÇÃO RIO DE JANEIRO 2023 TEORIA GERAL DO SEGURO A ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e resseguro cada vez mais qualificado. Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida trajetória acadêmica. A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a competitividade é cada vez maior. Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros. TEORIA GERAL DO SEGURO 1. O SEGURO – CONCEITO 8 INTRODUÇÃO 9 IMPORTÂNCIA DO CORRETOR DE SEGUROS 10 O SEGURO NO TEMPO 10 NECESSIDADE DE GERENCIAR OS RISCOS 12 DEFINIÇÕES DE SEGURO 13 OBJETIVO E FINALIDADE DO SEGURO 14 FIXANDO CONCEITOS 1 15 2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SEGURO 18 CARACTERÍSTICAS DO SEGURO 19 Previdência 19 Incerteza 19 Mutualismo 19 ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO 20 Risco 20 Segurado 24 Seguradora 25 Prêmio 25 Indenização 26 DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DO SEGURO 27 Quanto à Responsabilidade pela sua Operação 28 Quanto à Natureza 28 Quanto à Classificação dos Seguros Privados 28 FIXANDO CONCEITOS 2 30 SUMÁRIO INTERATIVO TEORIA GERAL DO SEGURO 3. A OPERAÇÃO DE SEGUROS 33 A OPERAÇÃO DE SEGUROS 34 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO 34 SUBSCRIÇÃO DE RISCO 35 PRECIFICAÇÃO DO SEGURO 35 COMERCIALIZAÇÃO DO SEGURO 38 INSTRUMENTOS CONTRATUAIS 39 Proposta 39 Apólice 42 Outros Instrumentos Contratuais 45 COBRANÇA DE PRÊMIO 46 PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO 46 SINISTRO E INDENIZAÇÃO 47 DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS 47 Condições Contratuais 48 Garantias ou Coberturas 49 Limites Seguráveis 49 RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS 51 Riscos Cobertos 51 Riscos Não Cobertos ou Excluídos 51 FIXANDO CONCEITOS 3 54 4. MECANISMOS DE PULVERIZAÇÃO DO RISCO 57 A PULVERIZAÇÃO DO RISCO 58 Limite de Retenção 59 Transferência de Risco 59 COSSEGURO 59 RESSEGURO 61 Funções do Resseguro 62 RETROCESSÃO 62 FIXANDO CONCEITOS 4 64 TEORIA GERAL DO SEGURO 5. A ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR 66 ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR 67 Importância da Regulação do Mercado de Seguros 68 SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) 68 Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 70 Superintendência de Seguros Privados (Susep) 71 Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados (Seguradoras) 72 Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) – Previdência Privada 72 Sistema Nacional de Capitalização (SNC) 72 Empresas de Resseguro 73 Corretores de Seguros 73 SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE 74 Ministério da Saúde 74 Conselho de Saúde Suplementar (Consu) 74 Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 75 Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS) 75 Operadoras 75 SEGUROS NO BRASIL 75 FIXANDO CONCEITOS 5 77 6. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS PRINCIPAIS RAMOS DE SEGUROS 80 SEGUROS DE AUTOMÓVEIS 81 SEGUROS COMPREENSIVOS (RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS E EMPRESARIAIS) 81 RISCOS NOMEADOS E RISCOS OPERACIONAIS 82 Seguros de Riscos Nomeados 82 Seguro de Riscos Operacionais 82 LUCROS CESSANTES 83 RISCOS DIVERSOS 83 SEGUROS DE TRANSPORTES 84 TEORIA GERAL DO SEGURO SEGUROS DE AERONÁUTICOS 84 SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOS (EMBARCAÇÕES) 84 SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL 85 SEGUROS DE CRÉDITO 85 SEGURO DE GARANTIA 85 SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA 86 SEGURO RURAL 86 SEGUROS DE PESSOAS 87 HABITACIONAL 87 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA 87 RISCOS ESPECIAIS 88 Seguro Riscos de Petróleo 88 Seguros Nucleares 88 Riscos Decorrentes da Operação Nuclear 88 FIXANDO CONCEITOS 6 89 ANEXOS 90 Anexo 1– Modelo de Proposta de Seguro de Pessoas – Vida Individual 90 Anexo 2 – Modelo de Proposta de Seguro de Danos 97 Anexo 3 – Modelo de Apólice de Seguro de Danos 101 Anexo 4 – Modelo de Apólice de Seguro de Automóvel 106 Anexo 5 – Modelo de apólice de responsabilidade civil profissional 112 Anexo 6 – Codificação dos Ramos de Seguros 116 GABARITO 122 GLOSSÁRIO 123 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 129 TEORIA GERAL DO SEGURO 8 UNIDADE 101 O SEGURO – CONCEITO ■ Conhecer o seguro por meio da sua história, entendendo o papel do corretor de seguros na sociedade atual. ■ Compreender a finalidade de uma operação de seguros, considerando seus conceitos básicos e seu objetivo. TÓPICOS DESTA UNIDADE ⊲ INTRODUÇÃO ⊲ IMPORTÂNCIA DO CORRETOR DE SEGUROS ⊲ O SEGURO NO TEMPO ⊲ NECESSIDADE DE GERENCIAR OS RISCOS ⊲ DEFINIÇÕES DE SEGURO ⊲ OBJETIVO E FINALIDADE DO SEGURO ⊲ FIXANDO CONCEITOS 1 Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TEORIA GERAL DO SEGURO 9 UNIDADE 1 INTRODUÇÃO A história nos mostra que o ser humano, ao longo da vida, por meio de sua intelectualidade e seus esforços, tornou-se uma magnífica fonte de gera- ção de receitas, que podem ser convertidas em patrimônio físico, renda ou até mesmo a implementação de novos negócios. Os negócios empresariais, semelhante ao ser humano, seguem o mesmo conceito de “vida”, ou seja, existe um início (nascimento do negócio) e, ao longo da sua existência, há um esforço empregado pelos seus gestores e colaboradores para que ele seja perenizado. Esses negócios, por sua vez, são compostos de patrimônio e vão gerar receitas, considerando os inves- timentos realizados (capital inicial, tecnologia, instalações, máquinas, equi- pamentos etc.). Portanto, podemos afirmar que o “SEGURO” surge da necessidade de proteger a fonte geradora das receitas (ser humano), a própria receita e tudo o quanto ela pode gerar (patrimônio). Olhando para um cenário mais amplo, hoje em dia o Seguro vai muito além, ele pode proteger contratos, responsabilidades, riscos ambientais, planta- ções, animais, cargas e, mais recentemente, os riscos voltados as informa- ções (Cyber Risks). O material de Teoria Geral do Seguro proporcionará a você, futuro Corretor de Seguros, entender a amplitude da indústria do seguro e servirá como base para o desenvolvimento da sua carreira profissional, através de con- ceitos fundamentais abordados de forma a simples e objetiva. Durante o curso, você conhecerá o surgimento do seguro, sua regulação, os termos técnicos utilizados somente no mercado segurador, elementos essen- ciais do seguro, como se faz um seguro, enfim, assuntos que envolvem todas as etapas do seguro, além de conhecer inúmeros ramos de seguros. Saibamais VIDA é o nome que damos “ao espaço de tempo entre o nascimento e a morte do indivíduo”. Nesse período, o ser humano, através da sua intelectualidade e seus esforços, tornou-se uma magnífica fonte de geração de receitas. Saiba mais VIDA – Período de tempo compreendido entre o nascimento e a morte de um ser vivo. Michaelis. 10 UNIDADE 1 TEORIA GERAL DO SEGURO IMPORTÂNCIA DO CORRETOR DE SEGUROS Diante de um mercado em plena evolução, com avanço da tecnologia, aumen- to dos players e flexibilização de produtos, o “Corretor de Seguros” necessita a cada dia se especializar, conhecer a fundo as Condições Contratuais dos Produtos, estar atendo às mudanças e entender sua real responsabilidade no mercado. O Corretor de Seguros representa um papel que vai muito além da proteção de pessoas e bens – ele é um Agente do bem-estar social. Ao longo do curso, também será destacada a importância do Corretor de Seguros no mercado de hoje, que se consolida a cada dia como um mer- cado de “Consultoria”, saindo de cena o profissional “Vendedor de Segu- ros” e entrando o profissional “Consultor de Seguros”, o qual tem como missão ajudar e apoiar seus clientes no processo de “Gerenciamento dos Riscos”, buscando as melhores soluções em proteção. O SEGURO NO TEMPO A necessidade de proteção contra o perigo, a incerteza quanto ao futuro e a possibilidade de perdas acompanham o ser humano em sua evolução. Por consequência dessa necessidade, desde a Pré-História, o ser humano procurava se organizar em grupos para ter mais força e garantir o susten- to e a segurança da comunidade. Se, no passado, o ser humano corria o risco de ser atacado por uma fera ou morrer de frio ou de fome, hoje, enfrenta riscos ambientais que afetam sua saúde, pelo seu estilo de vida, por doenças novas (ex.: Covid-19 – SARS-CoV-2), pelos excessos de alimentação, entre outros. A evolução das atividades comerciais também trouxe a necessidade de proteção contra os prejuízos financeiros. E foi dessa forma, justamente buscando garantir as finanças e diminuir a insegurança nas atividades cotidianas, que o seguro ganhou força, a partir da necessidade de contro- lar ou, considerando um conceito mais atual, gerenciar riscos. Dica Hoje, o Corretor de Seguros já está sendo chamado de Consultor Financeiro. Existem profissionais que, além do seguro, já estão gerando oportunidades de investimentos para seus clientes. 11 UNIDADE 1 TEORIA GERAL DO SEGURO O conhecimento dos fatos históricos que marcaram o desenvolvimento da atividade securitária ao longo dos séculos possibilita, até hoje, o desenvolvi- mento de técnicas capazes de reconhecer os riscos em suas várias formas. Nossa história recente registrou fatos cuja probabilidade foi constatada após a sua ocorrência, e não ao contrário, como deveria ser, para que os indivíduos se prevenissem. Por isso, conhecer um pouco da história do seguro nos mostra o caminho que o mercado segurador trilhou até chegar aos dias de hoje. Se pudéssemos encontrar palavras para definir o surgimento da atividade de seguros, certamente essas palavras seriam “solidariedade” e “mutua- lismo”, princípios aplicados inclusive no contrato de seguros. Saiba mais Outras Curiosidades Cerca de 2.500 anos antes de Cristo, os cameleiros da Babilônia, preocupados com as constantes perdas nas caravanas, instituíram uma forma mutualística de amparar o companheiro prejudicado, mediante um acordo por meio do qual as perdas ocorridas durante a expedição seriam rateadas entre todos. Os navegadores fenícios e hebreus também rateavam os prejuízos ocorridos durante as suas viagens, principalmente nos mares Egeu e Mediterrâneo. No século 12 d.C., surgiu uma modalidade de seguro chamada Contrato de Dinheiro a Risco Marítimo, segundo a qual um financiador emprestava ao navegador o dinheiro no valor da embarcação. Se a embarcação se perdesse, o navegador não devolvia o dinheiro emprestado, mas, se a embarcação chegasse intacta ao seu destino, o dinhei- ro emprestado era devolvido ao financiador, acrescido de juros. No mesmo século 12, o Papa Gregório IX proibiu a realização de Contratos de Dinheiro a Risco Marítimo e, consequentemente, surgiu uma forma similar de seguro denomina- da Feliz Destino, pela qual um banqueiro comprava a embarcação, com a previsão de recompra pelo vendedor. Se a embarcação chegasse sem sofrer qualquer sinistro, a Cláusula de Recompra era acionada, e o banqueiro revendia a embarcação ao proprie- tário original por um valor maior. Se a embarcação ou a carga se perdesse, o dinheiro adiantado pelo banqueiro corresponderia à indenização pelo sinistro. Em 1347, surgiu em Gênova, na Itália, o primeiro contrato de Seguro Marítimo, com a emissão de apólice de seguro. 12 UNIDADE 1 TEORIA GERAL DO SEGURO NECESSIDADE DE GERENCIAR OS RISCOS Atualmente, não há como se pensar em Seguro sem entender que ele deriva da necessidade de Gerenciar Riscos. Para tanto, precisamos primei- ramente entender o que é “Risco”. Segundo a Normativa ABNT NBR ISO 31000, temos uma definição normatizada de risco: “Risco é o efeito da incerteza nos objetivos.” Os indivíduos e as organizações estão sujeitos a Riscos (incertezas), no curso dos objetivos traçados, portanto, o “Gerenciamento de Riscos” entra como uma importante ferramenta de planejamento, visando à mitigação desses riscos. IDENTIFICAR AVALIAR PLANEJAR IMPLEMENTAR MONITORAR REVISAR RISCOS No processo de gerenciamento de riscos, o papel mais importante, seja do indivíduo ou de uma organização, é a “previsibilidade”. Existem riscos que precisam e podem ser controlados, como o risco de uma organização perder um colaborador considerado uma pessoa-chave para os negócios. São usadas técnicas para evitar que essa pessoa deixe a organização, tais como: salário, benefícios, incentivos/participações. Entretanto, o risco de Morte (natural ou acidental) dessa mesma pessoa não pode ser controlado pela organização e pode levá-la a prejuízos, não só nos negócios mas tam- bém com indenizações à família. Nesse ponto, o SEGURO se apresenta como alternativa para suportar esses riscos, que são transferidos para a seguradora através das apóli- ces, por exemplo: a morte ou invalidez do indivíduo, incêndio, roubo que podem atingir o patrimônio, responsabilidades, entre outros. Dica 1. Nem todos os riscos são passíveis de serem tratados por seguros. Mesmo assim, há necessidade de medidas de gerenciamento e controle, o que pode se tornar uma oportunidade a mais para o corretor, ofertando trabalho de consultor de riscos. 2. No mercado de seguros, os riscos acidentais têm maior relevância por serem riscos que, mesmo sendo previstos muitas vezes, não podem ser evitados, sejam eles relacionados a Patrimônio, Responsabilidades ou Pessoas e Receita Líquida. Você terá a oportunidade de conhecer mais conceitos do Gerenciamento de Riscos em matéria específica. 13 UNIDADE 1 TEORIA GERAL DO SEGURO A transferência de risco visa evitar os prejuízos que podem levar ao dese- quilíbrio econômico de um indivíduo, uma família ou uma empresa. DEFINIÇÕES DE SEGURO Seguro é um mecanismo de transferência de risco de uma pessoa ou empresa para uma seguradora que assumirá esse risco. Ao transferir o risco, uma pessoa ou empresa pagará determinado valor à seguradora. Caso esse risco aconteça, a seguradora reembolsará as perdas sofridas. FIGURA 1: TRANSFERÊNCIA DE RISCO O segurado paga o Prêmio Caso ocorra o risco relacionado, a seguradora paga a indenização CONTRATO SEGURADO SEGURADO SINISTRO TRANSFERÊNCIA DO RISCO SEGURADORA Entre as diversas definições de seguro, destacamos as seguintes: “Contrato em virtude do qual um dos contratantes (segu- rador) assume a obrigação de pagar ao outro (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, um capital ou umarenda, no caso em que advenha o risco indicado e temido, obrigando-se o segurado, por sua vez, a lhe pagar o prêmio que se tenha estabelecido.” (Houaiss) 14 UNIDADE 1 TEORIA GERAL DO SEGURO "Operação pela qual, mediante o pagamento de uma peque- na remuneração, uma pessoa se faz prometer para si ou para outrem, no caso da efetivação de um evento determinado, uma prestação de uma terceira pessoa que, assumindo um conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo com as leis da estatística e o princípio do mutualismo.” (Hermard) OBJETIVO E FINALIDADE DO SEGURO Diante dessas definições, podemos dizer que o objetivo do seguro é garantir a reposição de um bem ou minimizar a perda de uma pessoa ou uma empresa por meio do pagamento da quantia estipulada no contrato. A finalidade específica do seguro é restabelecer o equilíbrio econômico perturbado, sendo vedada, por lei, a possibilidade de se revestir do aspecto de jogo ou de dar lucro ao segurado. O seguro foi criado em função da necessidade de proteção contra o peri- go, da incerteza do futuro e da imprevisibilidade dos acontecimentos. Progressivamente, foi aperfeiçoado, constituindo-se, atualmente, em um mecanismo de atuação também no campo macroeconômico, uma vez que promove a acumulação de recursos por meio da formação das reservas inerentes à atividade, além de contribuir para formar poupança interna e para gerar investimentos no país. A finalidade do seguro está, portanto, vinculada à proteção dos indivíduos, da família e da própria sociedade, podendo, assim, ser dita de natureza particular, mas que atinge, consequentemente, objetivo de ordem social ao preservar condições de sustento individual ou familiar. Isto é básico O seguro não pode ser um jogo nem dar lucro ao segurado. Importante Quando um indivíduo morre, pode ser que sua família fique econômica e financeiramente desamparada, o que vem a ser um problema de ordem social. O mesmo acontece em caso de invalidez, com a perda da capacidade laborativa do responsável pelo sustento da família. 15 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO FIXANDO CONCEITOS 1 Marque a alternativa correta 1. A história nos mostra que o ser humano, ao longo da vida, por meio de sua intelectualidade e seus esforços, tornou-se uma magnífica fonte de geração de receitas, que podem ser convertidas em patrimônio físico, ren- da ou até mesmo a implementação de novos negócios. Nesse contexto, a partir da necessidade de proteger a fonte geradora das receitas (ser huma- no), a própria receita e tudo o quanto ela pode gerar (patrimônio), surge: a) A ENS. b) O prêmio. c) O risco. d) O Seguro. e) A ABNT. 2. Diante de um mercado em plena evolução, com avanço da tecnologia, aumento dos players e flexibilização de produtos, existe uma necessidade contínua de especialização dos profissionais que atuam como intermedia- dores de seguros. Nesse sentido, eles precisam conhecer a fundo as Con- dições Contratuais dos Produtos, estar atento às mudanças e entender sua real responsabilidade no mercado. Eles representam um papel que vai muito além da proteção de pessoas e bens, eles são verdadeiros “Agentes do bem-estar social”. Nesse caso, estamos falando de: a) Seguradoras. b) Susep. c) Segurados. d) Seguros. e) Corretores de Seguros. 16 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 3. Na Pré-História, o homem se organizava em grupos de modo a garan- tir o sustento e a segurança da comunidade. Nesse contexto, cada mem- bro do grupo participava com alguma contribuição para apoiar uns aos outros com interesse mútuo. A partir disso, foram surgindo novas formas de garantir segurança ao longo do tempo. Indique duas palavras que podem definir o surgimento da atividade de seguros que são conceitos utilizados nos contratos atuais: a) Patrimônio e saúde. b) Previdência e perigo. c) Solidariedade e mutualismo. d) Fome e incerteza. e) Incerteza e previsão. 4. As pessoas ou empresas estão sujeitas a diversos tipos de eventos imprevisíveis, ou seja, a diversos tipos de riscos, como um incêndio ou acidente de automóvel. O seguro pode ajudar as pessoas ou empresas a diminuírem as preocupações futuras que poderão acarretar prejuízos. Portanto, podemos afirmar que o seguro é definido como: a) Um mecanismo de transferência de risco. b) Um mecanismo de transferência do bem. c) Um mecanismo de restabelecimento do equilíbrio do risco. d) Um mecanismo de enriquecimento do segurado através de uma indenização prevista em contrato. e) Um mecanismo que visa ao lucro por meio da transferência do bem para seguradora. 17 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 5. O Sr. João da Silva tem uma indústria metalúrgica, que apresenta pro- cessos de produção perigosos. Em seu processo de gerenciamento de riscos, apesar de tomar todas as precauções com relação à segurança, ele está preocupado com perdas financeiras causadas por indenizações às famílias, concernentes à morte ou invalidez de funcionários a partir de acidentes no exercício de suas funções. Como o Sr. João pode buscar proteção para tais perdas? a) Não há possibilidades, pois o risco de morte ou invalidez é intrínseco à sua atividade. b) Ele pode treinar melhor os funcionários para que não aconteçam mortes. c) Não há possibilidade de transferir esses tipos de riscos. d) Ele deve transferir os riscos que não consegue controlar para uma seguradora por meio de uma apólice de seguros. e) Não existem seguros para esses tipos de riscos. 6. O objetivo do seguro é garantir a reposição de um bem ou minimizar a perda de uma pessoa ou uma empresa por meio do pagamento da quantia estipulada no contrato. Portanto, podemos afirmar que a finalidade espe- cífica do seguro é: (a) Restabelecer o equilíbrio econômico perturbado. (b) Restabelecer o desequilíbrio econômico. (c) Restabelecer a lucratividade do segurado. (d) Restabelecer a operação do segurado. (e) Devolver o bem ao segurado. Consulte o gabarito clicando aqui. TEORIA GERAL DO SEGURO 18 UNIDADE 202 PRINCÍPIOS BÁSICOS do SEGURO ■ Reconhecer os princípios básicos do seguro por meio de suas características e de seus elementos básicos, aplicando-os em situações reais de comercialização. ■ Conhecer as divisões e classificações dos seguros, considerando a sua natureza, a responsabilidade pela sua operação e a classificação dos seguros privados. TÓPICOS DESTA UNIDADE Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ⊲ CARACTERÍSTICAS DO SEGURO ⊲ ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO ⊲ DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DO SEGURO ⊲ FIXANDO CONCEITOS 2 TEORIA GERAL DO SEGURO 19 UNIDADE 2 CARACTERÍSTICAS DO SEGURO As características básicas do seguro são: Previdência, Incerteza e Mutualismo. — Previdência O seguro oferece proteção às pessoas com relação às perdas e aos danos que venham a sofrer no futuro, atingindo a elas próprias ou às suas propriedades ou bens. Dessa forma, verificamos que uma pessoa que se preocupa em resguardar a si ou aos seus bens contra os prováveis riscos a que estão expostos em seu dia a dia, adotando medidas de prevenção e/ou contratando seguro, está sendo previdente. — Incerteza Na contratação do seguro, sempre há o elemento de incerteza: seja quanto à ocorrência (se vai acontecer) ou quanto à época (quando vai acontecer). Nos Seguros de Vida, a incerteza refere-se somente à época. — Mutualismo Na atividade de seguros, entende-se por Mutualismo a reunião de um grupo de pessoas com interesses seguráveis comuns, que concorrem para a formação de uma massa econômica, com a finalidade de suprir, em determinado momento, necessidades eventuais de algumas daque- las pessoas do grupo ou de parte do grupo. Assim, o impacto financeiro de um evento, que poderia ser fatal ou catastrófico para um indivíduo ou empresa, é distribuído entre os integrantes de um grupo maior por custo relativamentebaixo. 20 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO Exemplos se apresentam de diversas formas em nosso cotidiano, como quando um grupo de estudantes se cotiza para realizar uma festa de formatura ao término de seu curso ou quando os condôminos incluem em suas cotas condominiais mensais um valor destinado à formação de um fundo de reserva para fazer face às despesas eventuais não orçadas de seu condomínio. No caso de Mutualismo, as seguradoras reúnem todos os prêmios que rece- bem em um fundo usado para pagar as perdas que ocorrem com frequência. ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO São cinco os elementos básicos e essenciais para que exista um seguro: Risco, Segurado, Seguradora, Prêmio e Indenização. Serão abordados também, além dos elementos básicos e essenciais do seguro, outros conceitos como: estipulante, beneficiário e corretor de seguros. — Risco Nas operações de seguro, risco é a possibilidade de ocorrência de um evento aleatório que cause dano de ordem material, pessoal ou mesmo de responsabilidades. Ele é assumido pela seguradora, que se obriga a indenizar a importância segurada na ocorrência do risco coberto, mediante o pagamento do prêmio do seguro realizado. Risco é ainda o evento incerto ou de data incerta que independe da von- tade das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. Risco é a expectativa de sinistro. Sem risco, não faz sentido contratar um seguro. Como já vimos, segundo a ABNT NBR ISO 31.000:2009, risco é o efeito da incerteza em relação aos objetivos (das pessoas ou das empresas). Sob o ponto de vista legal, o risco constitui o objeto do seguro, pois o segurado transfere à seguradora, por meio do seguro, o risco, e não o bem. Não se faz seguro de vida, mas sim do evento morte. Não se faz seguro de automóveis, mas sim dos riscos que podem causar danos ao veículo (por colisão) ou a sua perda (por roubo). 21 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO Nas operações de seguro, as condições indispensáveis que definem o risco como segurável são: Ser possível Para que haja a possibilidade de seguro, deve haver uma probabi- lidade de ocorrência. Segurar risco impossível de acontecer seria o mesmo que admitir um contrato sem objeto. Exemplo: para contratar um Seguro de Automóveis, é necessário que a pessoa tenha algum interesse segurável (no caso desse seguro, um veículo). Se a pessoa não tem um veículo próprio ou sob sua responsabilidade, não existe bem a ser segurado. Logo, também não há risco segurável. Ser futuro Considera a possibilidade de um risco futuro. Eventos já ocorridos (sinistros) até o momento da realização do contrato não podem ser admitidos como riscos e, portanto, não são seguráveis. Exemplo: não se pode contratar um Seguro de Vida para garantir a morte de alguém já falecido. Da mesma forma, não se pode contratar o Seguro de Automóveis para garantir o roubo ou furto se o veículo já estiver desaparecido por roubo ou furto. Ser incerto A natureza incerta ou aleatória do risco não pode ser dissociada do contrato do seguro. Logo, só se pode fazer seguro para garantir riscos incertos, que podem ou não ocorrer, ou, no caso de risco certo, que tenha data incerta para a ocorrência. Exemplo: uma pessoa que se atira de um avião em pleno ar, de grande altitude, sem paraquedas sabe as consequências que seu ato pode acarretar. Independer da vontade das partes contratantes O risco deve ocorrer de forma acidental e não intencional. Exemplo: se uma pessoa contrata o seguro de um imóvel para garantir riscos de incêndio, queda de raio e explosão, e tem a intenção de incendiá-lo, está descaracterizando a incerteza quanto à ocorrência dos danos pelo fogo. 22 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO Resultar de sua ocorrência um prejuízo É necessário que o contratante tenha algum interesse segurável para que ele ou seu(s) beneficiário(s) venha(m) a receber indeni- zação, ou seja, a ocorrência do risco deve comportar uma perda ou prejuízo financeiro. Exemplo: a ocorrência de um vendaval que atinja um imóvel e o danifique gera prejuízo financeiro. Ser mensurável Se o risco não puder ser medido, a seguradora não poderá esta- belecer um custo adequado para a sua aceitação. Exemplo: o risco de acidentes na construção civil. Com essas condições atendidas, poderíamos incluir mais duas: Deve ser de interesse do segurador O segurador deve querer subscrever o risco, ou seja, este deve estar entre os demais riscos que o segurador tem como aceitáveis em sua política de atuação. Deve ser economicamente viável Seu preço deve, ao mesmo tempo, ter capacidade de gerar con- tribuição para a manutenção do mútuo e apreço comercial e ser viável para os segurados. Divisão e Classificação dos Riscos Nas operações de seguros, existe a seguinte classificação de riscos: Quanto à Natureza Risco puro Risco generalizado, que afeta a sociedade como um todo, para o qual só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Esse tipo de risco é objeto de análise feita por técnicos de seguro, ou seja, é segurável. Exemplo: A possibilidade de morte dos indivíduos é um risco puro. Se ocorrer a morte de alguém, haverá perda e, se não ocorrer, não haverá perda. Risco especulativo Risco que envolve três possibilidades: perder, não perder ou ganhar. Esse tipo de risco não é segurável no mercado de seguros, uma vez que envolve a possibilidade de ganho, vedado por lei nas opera- ções dessa natureza. Deve ser tratado com técnicas comerciais. 23 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO Exemplo: Uma sapataria adquire determinada quantidade de sapatos com a intenção de vendê-los por preço maior. Caso isso aconteça, haverá ganho. Se a mercadoria for vendida pelo mesmo preço, não haverá perda nem ganho. Entretanto, se o preço de venda for inferior ao da compra, haverá perda. Importante Embora as expressões “riscos puros” e “riscos particulares” geralmente sejam utilizadas com o mesmo significado, nos riscos particulares, os riscos se limitam a situações particularizadas, enquanto, nos riscos puros, os riscos são generalizados. Observamos que em ambos só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Portanto, são riscos seguráveis. Exemplos: o risco de explosão de uma indústria é um risco puro, enquanto o risco de explo- são da indústria “X” é um risco particular. A possibilidade de choque entre automóveis é um risco puro, enquanto o choque entre os veículos de dois indivíduos identificados é um risco particular. Quanto à Origem Riscos fundamentais Riscos impessoais que resultam de mutações sociais e econômi- cas, afetando a coletividade. O tratamento desses riscos compete ao Estado. Exemplo: perdas decorrentes de guerra ou inflação. Riscos particulares Aqueles que afetam somente os indivíduos ou empresas em parti- cular, e não a sociedade, e para os quais também só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Esses são riscos seguráveis, a serem tratados por seguradores particulares. Exemplo: morte ou invalidez de um cidadão. 24 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO FIGURA 4: ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO — Segurado RISCO Quanto à Natureza Quanto à Origem ELEMENTOS DIVISÃO DOS RISCOS Ser Possível Ser Futuro Risco Puro Especulativo Risco Fundamentais Risco Particulares Ser Incerto SEGURADO SEGURADORA PRÊMIO INDENIZAÇÃO Ser Mensurável Independer da Vontade das Partes Resultar em um Prejuízo Ser de interesse do Segurador Ser Economica- mente Viável CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS É a pessoa física ou jurídica em nome da qual o seguro é contratado. É quem tem interesse economicamente no bem exposto ao risco e que trans- fere para a seguradora, mediante o pagamento de certa quantia ( prêmio), o risco de um determinado evento atingir o bem de seu interesse ou gerar uma responsabilidade. Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem existir adicionalmente as figurasdo estipulante e do beneficiário, assim qualificados: ■ Estipulante – é a pessoa física (natural) ou jurídica que contrata apólice coletiva de seguros, ficando investida dos poderes de representação dos segurados perante a sociedade seguradora nos termos da regulamentação em vigor – art. 801 do Código Civil Brasileiro; ■ Beneficiário – é a pessoa física (natural) ou jurídica designada pelo segurado para receber as indenizações devidas pelo segurador ou, ainda, as pessoas legalmente reconhecidas como habilitadas para este fim. 25 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO — Seguradora É a pessoa jurídica que assume a responsabilidade por riscos contratados e responde junto ao segurado pelas obrigações assumidas. É responsável por emitir a apólice — em caso de ocorrência de sinistro — e pagar indeni- zação ao segurado ou ao(s) seu(s) beneficiário(s). As principais obrigações da seguradora são: gerenciar corretamente os riscos que lhe são confiados e pagar o prejuízo resultante de risco coberto assumido na ocorrência de sinistro, ou seja, indenizar o beneficiário de acordo com as condições estabelecidas no contrato. Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem existir adicionalmente as figuras do estipulante, do beneficiário e do tomador. — Prêmio É a prestação paga pelo segurado para a contratação do seguro, efetivada com a emissão da apólice por parte da empresa seguradora. É o mesmo que custo ou preço do seguro. O prêmio deve ser especificado no contrato de seguro, de forma a garantir que o segurador assuma a responsabilidade de um determinado risco. Com o pagamento do prêmio, o segurado adquire o direito à indenização previamente combinada e devidamente estabelecida, desde que o sinistro corresponda ao risco coberto pelo contrato de seguro. O prêmio é um dos elementos essenciais do contrato de seguro. A falta de pagamento, nas condições legais e contratualmente estabelecidas, implica a dispensa da obrigação de indenizar por parte da seguradora, na forma do art. 763 do Código Civil e conforme regras a seguir (quadro "importante"). O prêmio do seguro pode ser pago de uma só vez pelo segurado ou pelo estipulante, podendo ainda ser fracionado ou dividido em parcelas (com ou sem juros, por decisão do segurador). 26 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO Importante A falta de pagamento do prêmio à vista ou da 1ª parcela, em seguros parcelados, nas condições estabelecidas, implica o cancelamento automático do contrato, independen- temente de qualquer interpelação judicial ou extrajudicial. A falta de pagamento de demais parcelas que não a primeira, em seguros parcelados, pode implicar no cancelamento do seguro, dependendo da relação entre o prêmio pago e a vigência já transcorrida pelo seguro. Decorrida a vigência a que o segurado tem direi- to pelo prêmio pago, o contrato será cancelado pela inadimplência das demais parcelas. — Indenização É a contraprestação do segurador ao segurado que, com a efetivação do risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a sofrer prejuízos de natureza econômica, tendo direito à indenização acordada. A indenização é considerada um dos elementos do seguro por ser a con- traprestação da seguradora ao segurado, caso ocorra um sinistro coberto. Dessa forma, se, por um lado, o segurado tem por obrigação pagar um prêmio à seguradora quando contrata um seguro, por outro, a seguradora tem por obrigação efetuar o pagamento de uma indenização ao segurado quando ocorre um risco coberto pelo contrato de seguro (sinistro). Saiba mais O prêmio pago pelo segurado se refere a todo o período de vigência do seguro. Entretanto, as seguradoras denominam prêmio ganho à parcela de prêmio relativa ao período de tempo do risco já passado. Exemplo: se a seguradora emitiu uma apólice anual e decorreram 210 dias do prazo do seguro sem a ocorrência de sinistro no período, o prêmio correspondente a 210/365 do prêmio anual é denominado prêmio ganho.. 27 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO Exemplo Suponha que uma empresa X tenha negociado com a Seguradora Imaginária um seguro de vida em grupo, para todos os seus funcionários, com cobertura de morte (qualquer causa) e invalidez permanente, ao custo mensal de R$ 12.000,00. Suponha também que, durante a vigência do seguro, houve o óbito de um funcionário, cabendo à esposa e aos filhos uma indenização de R$ 100.000,00. Identificamos, nesse exemplo, os seguintes elementos: ■ Estipulante: empresa X. ■ Seguradora: Imaginária. ■ Segurados: todos os funcionários da empresa X. ■ Riscos cobertos: morte (qualquer causa) e invalidez permanente. ■ Prêmio Mensal: R$ 12.000,00. ■ Indenização: R$ 100.000,00. ■ Beneficiários: esposa e filhos do funcionário falecido. Não esqueça: Seguro é um contrato entre duas partes — o segurador (pessoa jurídica) e um segurado (uma empresa ou pessoa física) —, no qual está prevista a possibilidade de um determinado acontecimento, o risco, pelo qual se paga uma quantia, o prêmio, para que, quando ocorra esse acontecimento (sinistro), haja a reparação dos danos, que é a indenização ao segurado ou a terceiros (os beneficiários). DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DO SEGURO Os seguros são classificados de acordo com vários pontos de vista, entre eles: quanto à responsabilidade pela sua operação, quanto à sua natureza e quanto aos ramos de seguros. 28 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO — Quanto à Responsabilidade pela sua Operação São divididos em Seguros Sociais e Seguros Privados: Seguros Sociais São aqueles operados pelo Estado por meio da Previdência Social. Incluem assistência médica, aposentadoria, pensão, acidentes de trabalho e outros benefícios, como os concedidos no âmbito do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Seguros Privados São os operados por empresas privadas de seguro. Podem ou não ser obrigatórios e podem apresentar ainda características sociais, como é o caso do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). — Quanto à Natureza Seguros de Danos Destinam-se à reparação, à compensação de um dano sofrido. É a reparação de perdas materiais em consequência de risco coberto e prejuízos aos bens de propriedade do segurado. São consideradas coberturas nos Seguros de Danos: incêndio, roubo, furto, por exemplo. Seguros de Pessoas Garantem pessoas contra os riscos a que estão expostas: sua existência, sua integridade física e sua saúde. No Seguro de Pes- soas, não há o conceito de reparação de danos. São consideradas coberturas dos Seguros de Pessoas: morte, invalidez, por exemplo. — Quanto à Classificação dos Seguros Privados O Código Civil Brasileiro instituiu uma nova divisão dos seguros em Seguros de Danos e Seguros de Pessoas. A legislação atual classifica os seguros da seguinte forma: Ramos Elementares São aqueles seguros que visam garantir perdas e danos ou responsabi lidades provenientes de riscos de fogo, transporte, aciden- tes pessoais e outros eventos que possam ocorrer e afetar pessoas, coisas e bens, responsabilidades, obrigações, garantias e direitos. Saiba mais Sobre Seguros de Danos – art. 778 a 788 do Código Civil Brasileiro. 29 UNIDADE 2 TEORIA GERAL DO SEGURO Pessoas (Vida) São os seguros que, com base na duração da vida humana, visam garantir a segurados ou a terceiros o pagamento, dentro de determi- nado prazo e condições, de quantia certa, renda ou outro benefício. Como exemplos de Seguros de Pessoas, temos: Seguro de Vida, Seguro Funeral, Seguro de Acidentes Pessoais, Seguro Educacional, Seguro Viagem, Seguro Prestamista, Seguro de Diária por Internação Hospitalar, Seguro-Desemprego (perda de renda), Seguro de Diária de Incapacidade Temporária, Seguro de Perda de Certificado de Habilitação de Voo. As sociedades seguradoras autorizadas a operar Seguros de Pessoas podem também operar Seguro de AcidentesPessoais e Seguro Habitacional, na forma regulamentada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). No que se refere à classificação dos Seguros Privados, esta foi inicialmente determinada pelo Decreto n° 61.589/1967, que mais recentemente foi modificado pela MP n° 2.177-44/2001. Com a cria- ção da ANS pela Lei nº 9.961, as atribuições que eram do CNSP e da Susep passaram para o Conselho de Saúde Suplementar (CON- SU) e para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tendo como resultado dessa mudança a retirada do ramo Saúde da regu- lamentação da Susep. Atenção Saúde Suplementar / Plano de Saúde / Seguro Saúde A saúde suplementar é o ramo da atividade que envolve a operação de planos e seguros privados de assistência médica à saúde, regulada e fiscalizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Plano de saúde é um serviço que fornece atendimento de assistência médica à saúde, por meio de exames, consultas e procedimentos, de modo contínuo, mediante ao pagamento de um valor mensal pelo cliente e podem ser operados tanto por empresas seguradoras quanto por operadoras. Apesar da confusão que boa parte da população faz ao se referir aos planos de saúde como seguro saúde, existem diferenças bem específicas entre eles. No seguro saúde, o consumi- dor não fica limitado à rede credenciada de profissionais, clínicas, hospitais e laboratórios, podendo escolher os locais e profissionais de sua preferência, sendo o custo de utilização reembolsado posteriormente de acordo com o plano escolhido. 30 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO FIXANDO CONCEITOS 2 Marque a alternativa correta 1. Durante a Pandemia de Covid-19, muitas pessoas no mundo perderam seus empregos, tiveram mudanças significativas em seus padrões de vida e precisaram recorrer ao atendimento público de saúde. Quando ocorrem mutações sociais e econômicas que afetam toda a coletividade, diz-se que surgem riscos cujo tratamento compete ao Estado. Nesse caso, tais riscos são chamados de: a) Riscos fundamentais. b) Riscos particulares. c) Riscos estaduais. d) Riscos originais. e) Riscos especulativos. 2. Um empresário que atua no setor de tecnologia (venda de notebooks), comprou uma grande remessa de equipamentos. Ele estima vendê-los num curto espaço de tempo e com um preço que lhe garantirá uma boa lucratividade. Entretanto, ele tem medo de que seu plano não flua como esperado e demore muito para vender, gerando risco de perda financeira. Apesar de ser um risco, não há como se garanti-lo por meio dos seguros. Esse tipo de risco é definido como: a) Risco Puro. b) Risco Particular. c) Risco Especulativo. d) Risco Decorrido. e) Risco Fundamental. 31 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 3. Uma indústria metalúrgica teve, recentemente, uma morte de funcioná- rio, e ela não tinha contratado nenhuma proteção para essa eventualidade. A partir desse evento, chamou seu corretor e contratou uma apólice de seguros de Vida Coletivo através de uma seguradora. O corretor fez con- trato pelo CNPJ da empresa. Como a empresa figurará na apólice? a) Segurado. b) Beneficiário. c) Responsável financeiro. d) Estipulante. e) A empresa não figurará na apólice. 4. Manoel contratou seguro para sua residência, pois teme por riscos que possam lhe causar prejuízos, tais como incêndio e roubo. A Susep classifi- ca os seguros sob vários pontos de vista, seja pela sua operação, pela sua natureza ou, no segmento privado, de acordo com destinação dos ramos. Portanto, podemos afirmar que, de acordo com a sua natureza, o seguro residencial é um seguro de: a) Pessoas. b) Danos. c) Social. d) Benefícios. e) Especulação. 5. Ao longo dos estudos já entendemos que os seguros têm a sua defi- nição, seus objetivos e finalidade, além dessas definições o seguro tem algumas características que são intrínsecas a ele, são elas: a) Apólice, indenização e prêmio. b) Incerteza, mutualismo e previdência. c) Indenização, teoria das probabilidades e sinistro. d) Solene, boa-fé e fundamental. e) Risco puro, fundamental e especial. 32 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 6. Para que o risco seja segurável, são indispensáveis alguns parâmetros. Desse modo, podemos destacar que o risco: a) Deve apenas depender da vontade das partes. b) Deverá causar prejuízo de ordem financeira e ser imensurável. c) Deve ser possível, futuro e incerto. d) Deve ser mensurável e incerto em alguns casos. e) Deve ser impossível, futuro e incerto. Consulte o gabarito clicando aqui. TEORIA GERAL DO SEGURO 33 UNIDADE 3 A OPERAÇÃO 03 ■ Entender o processo de operação do seguro e suas partes integrantes, desde o desenvolvimento do produto e seus elementos integrantes, sua comercialização até a regulação de sinistros, identificando os riscos cobertos e excluídos. TÓPICOS DESTA UNIDADE de SEGUROS ⊲ A OPERAÇÃO DE SEGUROS ⊲ DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO ⊲ SUBSCRIÇÃO DE RISCO ⊲ PRECIFICAÇÃO DO SEGURO ⊲ COMERCIALIZAÇÃO DO SEGURO ⊲ INSTRUMENTOS CONTRATUAIS ⊲ COBRANÇA DE PRÊMIO ⊲ PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO ⊲ SINISTRO E INDENIZAÇÃO ⊲ DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS ⊲ RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS ⊲ FIXANDO CONCEITOS 3 Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TEORIA GERAL DO SEGURO 34 UNIDADE 3 A OPERAÇÃO DE SEGUROS Vimos, em sua definição, que seguro é uma transferência de risco de uma pessoa ou empresa para uma companhia de seguros. Veremos, agora, como ocorre essa transferência, ou seja, como se contrata um seguro. A contratação de um seguro envolve a conjugação de diversas partes inte- grantes desse processo e que serão alvo dos estudos dessa unidade: ■ Desenvolvimento do Produto; ■ Subscrição do Risco; ■ Precificação do Seguro; ■ Comercialização do Seguro; ■ Instrumentos Contratuais; ■ Cobrança de Prêmio; ■ Prazo de Vigência; ■ Sinistros e Indenizações; ■ Disposições Contratuais; ■ Riscos Cobertos e Não Cobertos ou Excluídos. DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO A concepção de determinado produto de seguros se dá com base na demanda de mercado percebida e para o público alvo definido (clientes potenciais). Nesse momento, são definidos pontos fundamentais, como: os bens e riscos cobertos e excluídos; as coberturas a oferecer para o segmento focado; as políticas de precificação (tarifas) e subscrição; suas condições contratuais; a nota técnica atuarial. Antes de sua comerciali zação, a seguradora precisa registrar produto na Susep. 35 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO O desenvolvimento de um produto pressupõe ainda a definição e desenvol- vimento de processos (rotinas operacionais) e ferramentas sistêmicas que representarão os alicerces de toda sua operação. As seguradoras acompanham constantemente o desempenho de seus produtos, verificando se suas rotinas estão fluindo de forma satisfatória e se seus resultados atingidos estão dentro dos objetivos planejados. Como consequência, os produtos de seguros são constantemente ajus tados pelas seguradoras para que sejam mantidos em consonância com os obje- tivos de performance para eles traçados. SUBSCRIÇÃO DE RISCO Subscrição é o processo pelo qual uma seguradora determina se deve ou não aceitar uma proposta de seguro e, se optar por aceitar, define quais termos e condições serão aplicados além do nível de prêmio a cobrar. Esse processo é executado por um profissional chamado de subscritor de riscos, que, a partir dos elementos da proposta, avalia e mensura os riscos, decidindo se irá aceitá-los ou recusá-los. São atividades desse processo: ■ Decidir quais riscos são aceitáveis; ■ Determinar qual o prêmio será cobrado; ■ Decidir quais os termos e as condições do contrato de seguro; ■ Monitorar cada uma dessas decisões. PRECIFICAÇÃO DO SEGURO Como são calculados os produtos de seguros? Na comercialização de qualquer produto ouserviço, o preço é um dos fatores decisivos para o consumidor fechar uma compra. Em seguros, não é diferente. Quanto mais coberturas e serviços uma seguradora oferece, mais a qualidade dos serviços reflete no custo do seguro. Saiba mais As ferramentas de cálculo e contratação de seguros massificados disponibilizadas pelas seguradoras aos corretores contemplam, em seus parâmetros, as políticas de precificação (tarifas) e subscrição dos respectivos produtos. Ao utilizar tais ferramentas, o corretor acessa tais parâmetros de forma eletrônica, o que permite uma maior rapidez e praticidade na oferta de seguros aos clientes. Para as seguradoras, tal processo representa um ganho de escala quanto à captação de seguros massificados de forma otimizada e a custos viáveis de contratação. 36 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO É importante, para o corretor de seguros, entender como funciona a preci- ficação do seguro, porque esse conhecimento o ajudará a esclarecer seus clientes na decisão ou no fechamento de uma venda, fazendo com que este adquira um seguro adequado às suas necessidades por um preço justo. Parâmetros gerais utilizados para calcular o prêmio Prazo do seguro (período de vigência do seguro): quanto maior o prazo de vigência do seguro, maior será seu custo. Importância segurada/LMI ou Capital Segurado: quanto maior a verba segurada de uma cobertura, maior será seu custo na apólice. Exposição ao risco: consequência direta da probabilidade de ocorrência de sinistro (valor matemático do risco) e da severidade de prejuízos, caso esse sinistro venha a ocorrer (custo médio dos sinistros). Exemplo: quanto maior o índice de roubo de um veículo, maior será o custo da cobertura contra roubo e furto na apólice. Elementos que compõem o prêmio O prêmio que será efetivamente cobrado do segurado pela seguradora é composto por elementos que são particulares de cada ramo, por exemplo: no Vida, a tábua de mortalidade; nos seguros de Ramos Elementares, o prêmio estatístico (princípio do mutualismo). Alguns elementos são comuns a todos os seguros, pois eles definem aspectos importantes da composição do prêmio. São eles: a) Prêmio de risco: é o prêmio mínimo necessário para suportar a sinis- tralidade de uma carteira ou grupo de segurados. b) Despesas: » Administrativas: responsabilidade do segurador, destinadas à administração do seu negócio (pessoal, aluguel, comunica- ções, investimentos em sistemas); » Comerciais: gastos decorrentes do processo comercial de dis- tribuição e venda do seguro (comissão do corretor, material de propaganda, custos com veiculação de propaganda na mídia); c) Remuneração do capital: remuneração esperada pelos sócios investidores = Lucratividade da Seguradora; d) Encargos e impostos: juros de parcelamentos e impostos (Ex.: IOF – Imposto sobre operações financeiras). 37 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO O prêmio de cada seguro deve ser estabelecido em um nível adequado, de forma a permitir que o total de prêmios pagos por um grupo de segura- dos similares pague as perdas e despesas desse grupo, além de garantir financeiramente toda a cadeia produtiva (seguradores, corretores, repre- sentantes, empresas de serviços e acionistas etc.). O que as seguradoras fazem com os prêmios que arrecadam? Por determinação legal, as seguradoras não podem dispor livremente dos prêmios recebidos. As características dos negócios das seguradoras exigem que elas tenham condições de honrar com os compromissos assumidos, ou seja, elas são obrigadas a constituir provisões para isso. Essas provisões são denominadas RESERVAS TÉCNICAS. Os prêmios arrecadados com o seguro são utilizados para diversos fins pelas seguradoras. Por exemplo: ■ Constituem uma reserva para pagamento dos sinistros. ■ Pagam as despesas envolvidas em vender e disponibilizar a proteção do seguro. ■ Investem o dinheiro que não será necessário de imediato. As receitas desses investimentos ajudam a limitar o custo do seguro para os segurados. Classificação do Prêmio O prêmio pode ser classificado como: Contributário Quando pago total ou parcialmente pelo segurado. Exemplo: seguro contratado por uma empresa para seus empre- gados, sendo parte do prêmio paga pelos funcionários e parte pela empresa; ou seguro contratado por uma empresa para seus empregados, com 100% do prêmio pago pelo segurado. Não contributário Quando o segurado não tem responsabilidade ou o ônus do pagamento. Exemplo: seguro contratado por uma empresa para seus empre- gados, com 100% do prêmio pago pela empresa. 38 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO COMERCIALIZAÇÃO DO SEGURO Como formas de comercialização de seguros, temos: Venda direta A venda direta de seguros, sem a intermediação de corretores, é permitida por lei. O seguro pode ser contratado diretamente pelo proponente, porém, por meio de representantes devida- mente autorizados pelas sociedades seguradoras. O representante do seguro é a pessoa jurídica que assume a obri- gação de promover, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a realização de contratos de seguro à conta e em nome da seguradora e de acordo com os poderes delimitados no contrato firmado com ela (Resolução CNSP n° 431/2021). A figura do representante não se confunde com a do corretor de seguros nem com a do estipulante. É também vedado ao represen tante o exercício da atividade de corretagem de seguros ou atuação como estipulante. Venda intermediada pelo corretor de seguros É a forma mais comum de contratação de seguros. O mercado de seguros é um mercado muito técnico e exige especialização/ formação técnica de quem irá atender ao segurado devido à complexidade dos contratos de seguros. O corretor de seguros é um profissional habilitado, especializado, autorizado a comercializar os produtos das seguradoras. Por meio de um corretor oficial, uma pessoa encaminha uma pro- posta para uma seguradora, que avalia o risco e decide se aceitará ou não. Caso aceite, emitirá uma apólice. O papel principal do corretor de seguros é identificar as necessi- dades do cliente, ajudando-o a analisar e a avaliar os riscos aos quais está exposto, e a buscar planos de seguros mais adequados, visando reduzir possíveis perdas financeiras. 39 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO Para ajudar um futuro cliente a identificar as necessidades de cobertura, o primeiro passo é a compreensão de exposição aos riscos a que ele está sujeito. Não é uma tarefa simples — especialmente quando se trata de uma indústria que tem atuação em vários estados, por exemplo. Por isso, a intermediação de um profissional com especialização técnica é fundamental. INSTRUMENTOS CONTRATUAIS Para se contratar um seguro, alguns instrumentos contratuais são essenciais: a proposta e a apólice. — Proposta A proposta de seguro é um formulário específico de cada produto de seguro, que advém da cotação prévia realizada, e que pode contemplar as respostas de um questionário detalhado a ser preenchido pelo propo- nente que se candidata à contratação de um seguro. Da proposta, devem constar dados do proponente, dados do bem a ser segurado, forma de exposição ao risco relativo à pessoa ou ao bem a ser segurado, formas de contratação e outras informações que influenciarão o custo do seguro. O corretor de seguros deve orientar o proponente no preenchimento da proposta. É importante frisar que a análise e a aceitação do risco, feitas pela seguradora, tomam por base os dados da proposta. Por isso, são de fundamental importância os dados ali contidos, considerando os princípios da boa-fé e a veracidade das declarações que caracterizam o contrato. A boa-fé é uma característica do contrato do seguro. Saiba mais Com o avanço da tecnologia, a contratação de seguros por “meios remotos” vem cres- cendo entre as seguradoras. A Circular Susep 408/2021, que regulamenta esse tipo decontratação, estabelece: Art. 4º É permitido o uso de meios remotos para emissão, envio e disponibilização, con- forme o caso, de documentos relativos à contratação do produto, tais como propostas, documentos contratuais, documentos de cobrança, notificações, extratos, condições contratuais, regulamentos, materiais informativos e comunicados. Art. 5º As propostas de seguro e de previdência complementar aberta poderão ser preenchidas e formalizadas por meio remoto seguro aceito pelas partes como válido, ne- cessariamente de forma autenticada e passível de comprovação da autoria e integridade. Importante Cabe destacar que somente aquele que possua legitimidade e capacidade jurídica para preencher e assinar a proposta poderá fazê-lo, ou seja, o proponente, o estipulante ou o corretor de seguros habilitados (estes dois últimos em certas situações específicas autorizadas por lei). 40 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO Por meio da análise dos elementos da proposta, a seguradora mensura o risco e avalia se poderá assumi-lo ou não. Sua finalidade é, portanto, satis- fazer uma necessidade técnica. A proposta servirá de base para a emissão da apólice de seguro, caso o risco seja aceito pela seguradora. Ela é indispensável, conforme determi- nado no art. 759 do Código Civil Brasileiro, e seus critérios de aceitação encontram-se regulamentados por legislações da Susep. O artigo cita a proposta, como segue: “A emissão da apólice deverá ser precedida da proposta escrita com a declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco”. A proposta é dispensada em caso de seguro contratado por meio de bilhete. Regras de Aceitação da Proposta Sobre a Aceitação do Seguro, a Circular Susep 642/2021, estipula: Art. 3º A celebração, a alteração ou a renovação não auto- mática do contrato de seguro somente poderão ser feitas mediante proposta preenchida e assinada pelo proponen- te, seu representante legal ou corretor de seguros, exceto quando a contratação se der por meio de bilhete. § 1º A proposta deverá conter os elementos essenciais ao exame e aceitação do risco. § 2º Caberá à sociedade seguradora fornecer ao propo- nente, seu representante legal ou corretor de seguros, o protocolo que identifique a proposta por ela recepcionada, com indicação da data e hora de seu recebimento. Art. 4º A proposta e as condições contratuais deverão prever, de forma clara, objetiva e em destaque, o prazo máximo para aceitação ou recusa da proposta, bem como as eventuais hipóteses de suspensão do referido prazo, devendo a sociedade seguradora se manifestar expressa- mente sobre o resultado da análise. § 1º A emissão e o envio da apólice ou certificado individual dentro do prazo de que trata caput substitui a manifesta- ção expressa de aceitação da proposta pela sociedade seguradora. Atenção Confira modelos de proposta nos anexos 1 e 2. Atenção Caso a aceitação da proposta dependa de contratação ou alteração da cobertura de resseguro facultativo, os prazos mencionados serão suspensos até que o ressegurador se manifeste formalmente. 41 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO § 2º A proposta e as condições contratuais poderão prever que a ausência de manifestação da sociedade segurado- ra no prazo previsto no caput caracterizará a aceitação tácita da proposta. § 3º Caso as condições contratuais não estipulem a acei- tação tácita ao término do prazo estabelecido no caput, a ausência de manifestação expressa sobre o resultado da análise sujeitará a sociedade seguradora às penalidades administrativas cabíveis, bem como caracterizará a recusa da proposta. § 4º Em qualquer hipótese, a sociedade seguradora deverá comunicar formalmente ao proponente, ao seu represen- tante legal ou corretor de seguros, a decisão de não aceita- ção da proposta, com a devida justificativa da recusa. Art. 5º A data de aceitação da proposta será aquela que ocorrer primeiro entre: I – a data da manifestação expressa pela sociedade segu- radora; II – a data de emissão da apólice ou certificado individual com consequente envio e/ou disponibilização do docu- mento contratual; ou III – a data de término do prazo previsto no caput do art. 4º, quando caracterizada a aceitação tácita da proposta prevista no § 2º do mesmo artigo. Art. 6º Caso o prazo de que trata o caput do art. 4º seja maior do que quinze dias, se aceita a proposta, a socieda- de seguradora não poderá efetivar cobrança de qualquer valor a título de prêmio, antes da confirmação de manuten- ção de interesse e autorização expressa pelo proponente. Art. 7º A cobrança total ou parcial de prêmio antes da acei- tação da proposta somente é admitida em caso de ofere- cimento de cobertura provisória ao proponente, para sinis- tros ocorridos no período de análise da proposta, e desde que expressamente prevista nas condições contratuais e solicitada pelo proponente na proposta. 42 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO § 1º No caso de aceitação da proposta, a seguradora poderá considerar o período de cobertura provisória como de efetiva vigência, desde que haja tal previsão nos docu- mentos contratuais. § 2º No caso de recusa do risco, a cobertura provisória poderá ser encerrada imediatamente, devendo o critério de encerramento da mesma estar, de forma clara e em destaque, indicado na proposta e nas condições contra- tuais do seguro. § 3º No caso previsto no §2º deste artigo, deverá ser res- tituído ao proponente, no prazo máximo de dez dias cor- ridos a contar da data de formalização da recusa da pro- posta, pelo menos, a diferença entre o valor pago pelo proponente e o valor correspondente ao período em que tiver prevalecido a cobertura. Art. 8º A proposta deverá indicar a data de início de vigên- cia do seguro ou o critério para sua determinação, poden- do coincidir com a data de aceitação da proposta. — Apólice A apólice é o contrato do seguro assinado entre o segurado e a seguradora. O contrato de seguro tem as seguintes características fundamentais: ■ Nominado: os contratos previstos em lei são classificados como nominados, e o contrato de seguro está previsto nos arts. 757 a 802 do Código Civil Brasileiro. ■ Adesão: o contrato de seguro é contrato de adesão, pois a seguradora, na maioria dos casos, redige unilateralmente as cláusulas e as submete à aprovação do órgão regulador competente, restando ao proponente aderir ao seu conteúdo sem possibilidade de propor mudanças no clausulado. A exceção ocorre nos seguros de grandes riscos, nos quais as partes, em razão da complexidade do risco e do envolvimento econômico do interesse segurável, discutem e ajustam conjunta e previamente as cláusulas contratuais. ■ Bilateral: o contrato de seguro é assim definido, pois segurado e segurador detêm obrigações recíprocas. ■ Oneroso: o contrato de seguro será sempre oneroso, ocorrendo ou não o sinistro, pois o segurado paga um prêmio, havendo a ocorrência de um risco coberto, e o segurador sempre pagará uma indenização. Atenção Confira exemplos de apólices nos Anexos 3, 4 e 5. 43 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO ■ Aleatório: o contrato de seguro é também aleatório, porque se encon- tra fundamentado na possibilidade de ocorrência ou não do risco. ■ Formal ou solene: os contratos de seguro são assim compreendi- dos porque exigem formato previsto em lei. ■ Da máxima boa-fé: o contrato de seguro é assim caracterizado porque obriga as partes a atuarem com a máxima honestidade na interpretação de seus termos e na determinação do significado dos compromissos assumidos. É fundamental que o segurado faça declarações verdadeiras e completas, não omitindo nada sobre as circunstâncias que envolvem o risco, objeto do seguro, sob pena de perder o direito ao recebimento da indenização (art. 766 do Código Civil). É justamente com base nas informações e nas declarações do segurado que aseguradora mensura o risco proposto e faz sua taxação, fixando o respectivo prêmio. A seguradora pode, inclu- sive, rejeitar a proposta do seguro, a partir da análise de informações e declarações do segurado. Se, posteriormente, na vigência do contrato de seguro, for descober- ta alteração no risco por omissão do segurado na contratação, isso pode acarretar a perda de direito indenizatório, uma vez que a seguradora foi indu- zida ao erro, podendo ter recusado o risco ou ter agravado a taxa do prêmio. Definição de apólice A Apólice é o documento que formaliza o contrato de seguro, estabele- cendo os direitos e as obrigações da seguradora e do segurado. A Apóli- ce de seguro caracteriza a aceitação dos itens discriminados na Proposta e o compromisso formal da seguradora em atender todas as obrigações advindas das cláusulas contidas na Proposta. É o documento emitido pela seguradora que se traduz no contrato de seguro propriamente dito e que contém as cláusulas e Condições Gerais, Especiais e/ou Particulares do contrato. O art. 757 do Código Civil estabelece que contrato de seguro é um acor- do em que o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa ou ao bem, contra riscos predeterminados. O art. 758 do Código Civil Brasileiro cita a apólice: “O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete de seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio”. A emissão da apólice, do certificado ou do endosso será feita em até 15 (quinze) dias, contados a partir da data da aceitação da proposta. Tipos de apólices No que se refere às apólices, além das tradicionais, utilizadas pelos diversos ramos de seguro, existem outros tipos que servem para 44 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO atender a situações específicas. Entre esses tipos específicos de apólice, destacamos as seguintes: ■ Apólice de averbação ou aberta: adotada principalmente nos Ramos de Seguros de Transportes, sendo também denominada “apólice de averbações”. Destina-se à inclusão por averbações de verbas e bens a segurar. É recomendada para segurados que efe- tuam embarques com frequência. ■ Apólice ajustável: típica de seguro de armazéns ou depósitos, em que o valor em risco é variável no decorrer da vigência do seguro. Nesse tipo de apólice, geralmente, o segurado paga um prêmio de depósito, que é ajustado periodicamente em função do valor real do estoque segurado. ■ Apólice avulsa: destinada a cobrir riscos eventuais e transitórios, é muito comum no Ramo Transportes e visa à cobertura de um único embarque. A contratação dessa apólice é recomendada para empresas que não efetuam embarques com frequência. Alterações na apólice – endosso Durante a vigência de um contrato de seguro, é comum a necessi- dade da emissão de um documento denominado endosso ou aditivo para o processamento de alterações, de complementações e até mesmo do cancelamento do contrato. Os endossos podem ser de três tipos diferentes, em função da movimentação ou não de prêmio, a saber: ■ Endosso de cobrança: usado para cobrar eventuais diferenças de prêmio, em função dos riscos que resultem no agravamento de taxa, ou quando o segurado desejar aumentar a importância segurada, ampliar as coberturas anteriormente contratadas ou substituir por outro bem cujo custo do seguro é mais elevado. Exemplo: um segurado substitui seu veículo por um modelo idêntico, mas um ano mais novo do que o anterior. Nesse caso, o valor da respectiva importância segurada será aumentado e, provavelmente, também o prêmio do seguro, gerando a cobrança de prêmio adicional. ■ Endosso de restituição: usado para proceder a eventuais devoluções de prêmio resultantes de alterações de taxas, por modificações nos riscos do contrato ou extinção de garantias. Exemplo: um segurado que deseja cancelar seu seguro anual, após terem decorrido dois meses do início do contrato. ■ Endosso sem movimento: utilizado quando a modificação efe- tuada não resulta em qualquer alteração de prêmio ou taxa. Exemplo: endosso de alteração ou retificação do nome do segurado. 45 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO — Outros Instrumentos Contratuais Para complementar o contrato de seguro, podem ainda ser adotados outros instrumentos contratuais, como a averbação, o bilhete de seguro e o certificado de seguro. ■ Averbação: documento emitido pelo segurado para informar à seguradora sobre bens e verbas a garantir, genericamente previs- tos nas apólices abertas. É utilizada apenas em determinados tipos de seguros. Exemplo: em Seguros de Transportes, por meio de apólice de averbação ou aberta, na qual o segurado comunica à seguradora a realização de seus embarques. ■ Bilhete de seguro: documento jurídico, emitido pela seguradora, que dispensa a obrigatoriedade da proposta e substitui a apólice. É utilizado para agilizar a contratação de determinada modalidade de seguro. Exemplo: DPVAT – Bilhete de Seguro para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. ■ Certificado de seguro: documento emitido pela seguradora e enviado aos segurados, contendo a certificação da contratação do seguro. Exemplo: nos Seguros de Vida, são emitidos certificados individuais. FIGURA 5: RESUMO DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DE SEGURO SÍNTESE DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO E EMISSÃO Seguradora emite apólice ou certificado para o aceite ou carta-recusa em caso de negação da proposta mite apólice para o aceite a em caso de roposta A seguradora decide se aceita ou recusa a proposta a decide recusa a O cliente, por meio de corretor, formaliza interesse pela contratação do seguro nte, por meiont retor, formaliza sse pela tação do o O corretor encaminha a proposta à seguradora r encaminha a à seguradora A seguradora analisa a proposta, considerando riscos e regulamentação Atenção Confira um modelo de Certificado de Seguro no Anexo 5. 46 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO COBRANÇA DE PRÊMIO A cobrança de prêmio dos seguros é efetuada, obrigatoriamente, por meio da rede bancária. É permitido, também, que o pagamento e a cobrança de prêmio de seguro sejam efetivados por meio de cartão de crédito, desde que haja a concor- dância expressa do segurado e sejam respeitadas as formalidades legais, como a indicação no extrato de cobrança do nome do segurado, do valor do prêmio e do número do documento de seguro a que se refere, entre outros. Também é permitido o débito em conta-corrente. É da competência das seguradoras indicar ao segurado os bancos e as respectivas agências, além de enviar os documentos para pagamento do prêmio, até a data limite prevista na nota de seguro. O prêmio do seguro pode ser pago de uma só vez pelo segurado ou pelo estipulante, podendo, ainda, ser fracionado ou dividido em parcelas (com ou sem juros, por decisão do segurador). PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO De acordo com a Circular Susep 642/2021, a vigência do seguro é o inter- valo contínuo de tempo durante o qual está em vigor o contrato de segu- ro, podendo ser fixada em anos, meses, dias, horas, minutos, jornada, via- gem ou trecho, ou outros critérios, conforme estabelecido no plano de seguro. O mais comum é o período anual. Os seguros poderão ser estruturados com qualquer período de vigência e/ou com período intermitente de cobertura dentro de seu período de vigência. As condições contratuais, as propostas e os documentos contratuais deverão especificar, de forma clara, as regras relacionadas ao período intermitente de cobertura dentro do período de vigência do seguro, quando aplicável. Atenção As datas e os horários de início e término da vigência do seguro deverão estar indicados nos documentos contratuais. Na falta de indicação expressa de horário nas condições contratuais, o horário de início e términode vigência do seguro será às vinte e quatro horas das datas para tal fim neles indicadas. 47 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO SINISTRO E INDENIZAÇÃO O sinistro é a manifestação concreta do risco previsto no contrato de segu- ro e ocasiona prejuízo ou responsabilidade. Ele somente tem amparo téc- nico quando previsto no contrato do seguro. O processo de sinistro se baseia no levantamento e na coleta de um conjunto de documentos necessários para que se possa regular e liquidar o sinistro. É o meio pelo qual examinam se a cobertura, os procedimentos, o cálculo da indenização e a documentação. É nesse momento que se percebe a importância do corretor de seguros, uma vez que o segurado precisa lidar com uma situação adversa (roubo, furto, colisão, incêndio, entre outros) e, em muitos casos, não tem ideia de como proceder. O corretor, por sua experiência e seu conhecimento técnico, deve ser capaz de auxiliá-lo durante o processo de sinistro. A indenização é a contraprestação da seguradora, diante do pagamento do prêmio pelo segurado. O processo de indenização é o pagamento que a seguradora faz ao segurado ou aos seus beneficiários, decorrente de um sinistro, obser- vando as condições estabelecidas no contrato de seguro. DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS Veremos, agora, o conteúdo das apólices. Como existem vários tipos de seguros, as apólices também podem variar. Porém, qualquer tipo de apólice deverá conter, entre outros, os seguintes elementos: ■ Condições Contratuais do seguro; ■ Nomes, endereços e obrigações (do segurado e do segurador); ■ Objeto do seguro (bens ou pessoas); ■ Riscos Cobertos e Não Cobertos; ■ Coberturas/garantias; ■ Prazo do seguro; ■ Prêmio; ■ Área geográfica; ■ Limites Seguráveis. 48 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO Veremos alguns desses elementos. O artigo 757 do Código Civil estabelece que contrato de seguro é um a cordo em que o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir o interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa ou ao bem, contra riscos predeterminados. A operação de seguro se efetiva, portanto, por meio do contrato de seguro, representado pela exibição da apólice ou do bilhete de seguro e, na falta deles, por documento que comprove o pagamento do prêmio. O contrato é norteado por cláusulas expressas por meio de Condições Contratuais. — Condições Contratuais As apólices (contratos de seguro) contêm um conjunto de cláusulas, cha- madas de Condições Contratuais, que estabelecem as obrigações e os direitos do segurado e do segurador. Com a edição da Circular nº 621 de 17/02/2021, a Susep tornou opcional a estruturação de planos de seguros com inclusão de condições especiais e condições particulares. O termo Condições Gerais também deixou de exis- tir na estruturação dos seguros de danos, dando lugar à expressão Condi- ções Contratuais, definida como o conjunto de disposições que regem a contratação de um mesmo plano de seguro. Porém, ainda é praticado pelo mercado apresentar as condições do seguro no seguinte formato: Condições gerais É o conjunto das cláusulas comuns a todas as coberturas de um plano de seguro, que estabelecem as obrigações e os direitos das partes contratantes. Exemplo: todos os seguros do Ramo Vida terão as Condições Gerais do Ramo Vida. As Condições Gerais devem apresentar a definição dos termos técnicos utilizados no contrato de seguro. Condições especiais Constituem o conjunto das disposições específicas relativas a cada modalidade e/ou cobertura de um ramo de seguro, que eventualmente alteram as Condições Gerais. São disposições inseridas na apólice que ampliam ou restringem parte das dispo- sições constantes das condições gerais. Exemplo: no ramo Riscos Diversos, é sempre necessária a existência de condições especiais para definir as modalidades de cobertura. 49 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO Condições particulares Constituem o conjunto de cláusulas que alteram as condições gerais ou especiais de um plano ou ramo de seguro, modificando ou can- celando disposições já existentes ou, ainda, introduzindo novas dis- posições e, eventualmente, ampliando ou restringindo a cobertura. Exemplo: as condições particulares definem beneficiários da indenização que não são os segurados, muito comuns nos seguros residenciais e empresariais de prédios realizados pelos locadores em favor dos locatários. — Garantias ou Coberturas Garantia ou cobertura é a natureza da obrigação pecuniária assumida pelo segurador, que, dependendo do ramo do seguro, pode ser a de pagar uma soma segurada, renda, indenização, diferença de rendimento, reparação ou um reembolso, tendo em vista a consequência do aconteci- mento: morte, invalidez, incapacidade, doença, perda, prejuízo, insolvên- cia de clientes, avaria ou dano. As seguradoras podem ofertar produtos que as diferenciam no mercado para atender às necessidades específicas de diferentes segurados. Por isso, exis- tem diferentes tipos de apólices, com diferentes tipos de garantias. Em uma apólice, poderá haver várias garantias e um valor estabelecido para cada uma delas. No momento da contratação, o segurado deve esta- belecer um limite máximo de garantia ou importância segurada para cada cobertura contratada. — Limites Seguráveis Nos Seguros de Pessoas (VIDA) Especialmente nos Seguros de Pessoas (Vida), a importância segurada recebe o nome de capital segurado, que é o pagamento a ser efetuado ao assistido ou beneficiário sob a forma de pagamento único ou de renda (Resolução CNSP n° 348/2017). Nos seguros de Danos (Ramos Elementares): Limite Máximo de Garantia (LMG) Representa o limite máximo de responsabilidade da socieda- de seguradora, de indicação opcional pela seguradora, aplicado quando uma reclamação, ou série de reclamações decorrentes do mesmo fato gerador, e garantida por mais de uma das cober- turas contratadas. Na hipótese de a soma das indenizações, decorrentes do mesmo fato gerador, atingir o LMG, a apólice será cancelada. 50 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO Limite Máximo de Indenização (LMI) O Limite Máximo de Indenização é o valor fixado para cada uma das coberturas contratadas pelo segurado, que representa o valor máximo a ser pago pela seguradora, em decorrência de um sinistro ou série de sinistros garantidos por aquela cobertura, res- peitado o limite máximo de garantia da apólice. Os limites máximos de indenização fixados são específicos de cada cobertura, não sendo admissível a transferência de valores de uma cobertura para outra. Atenção Dependendo do ramo de seguro e observadas as disposições do Código Civil Brasileiro, encontramos outras expressões, como: importância segurada, soma segurada e limite máximo de responsabilidade. De qualquer forma, estamos falando da verba que se desti- na à cobertura. O conceito de LMG (Limite Máximo de Garantia) pode variar de acordo com o produ- to e a seguradora, mas sempre fará referência à verba contratada ou ao conjunto de verbas contratadas. No caso de contratação de várias coberturas em uma mesma apólice, é comum o contrato estabelecer, para cada uma delas, um distinto limite máximo de responsabilidade por parte da seguradora. Cada um deles é denominado Limite Máximo de Indenização de cada cobertura contra- tada. Ressalte-se que esses limites são independentes, não se somando nem se comunicando. Exemplo: as coberturas de roubo de bens, danos elétricos e responsa- bilidade civil, nos Seguros Compreensivos, podem trazer limites distintos que não se somam. Nos Seguros de Danos, a verba a ser segurada (LMI – Limite Máximo de Indenização) é atribuída pelo segurado, mas não deve ser superior ao valor do bem (artigo 781 CC). No Seguro de Pessoas, como não se pode estimar o valor em risco, não há limite para determinação do capital segurado. Por isso, para evitar uma exposição demasiada ao risco, as seguradoras estabelecemum limite máximo de aceitação de capital segurado por vida. 51 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS — Riscos Cobertos São os riscos que a seguradora cobrirá em caso de sinistro, observadas as cláusulas e condições contratadas. Exemplos ■ No Seguro de Vida, a morte do segurado por causa natural estaria coberta, levan- do a seguradora a proceder ao pagamento do capital segurado ao(s) beneficiário(s), respeitadas as cláusulas do contrato de seguro firmado. ■ Na cobertura de Incêndio, no Ramo Seguro Compreensivo Residencial, estariam cobertos também os danos causados pela queda de raio na área do edifício segurado, gerando o pagamento de indenização ao segurado. — Riscos Não Cobertos ou Excluídos São riscos não cobertos pelo contrato de seguro, podendo ser excluídos por força da lei ou por força do contrato. ■ Por força da lei De acordo com o art. 762 do Código Civil, são riscos excluídos aqueles decorrentes de atos ilícitos dolosos ou de culpa grave equiparável ao dolo praticados pelo segurado, beneficiário ou pelo representante legal, de um ou de outro. Nos casos de seguros contratados por pessoas jurídicas, a exclu- são aplica-se a atos ilícitos, dolosos ou culpa grave praticados pelos sócios controladores, seus dirigentes e administradores legais, beneficiários e seus respectivos representantes legais. Exemplo: Seguro de Transporte de carga roubada. ■ Por força do contrato São riscos excluídos em função do ramo de seguro e para os quais a seguradora não tem interesse em conceder a cobertura securitária na eventualidade de sua ocorrência. 52 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO Exemplo: no Seguro de Automóvel (Casco), estão excluídos os danos causados ao veículo segurado cuja causa tenha sido tumulto. Existem ainda dois tipos de riscos não cobertos: ■ Riscos fundamentais ou catastróficos: que devem ser tratados pelo Estado, pois podem dar margem a perdas desmensuradas, tanto de vidas quanto de bens materiais. Exemplo: risco de explosão nuclear que poderá ocasionar mortes e perdas de caráter catastrófico. ■ Riscos que constituem carteiras específicas: cada risco possui um ramo de seguro específico, portanto, riscos diferentes podem e devem ser objetos de apólices distintas. Exemplo: no Seguro de Vida, não estará coberto o roubo de um veículo. Para ter o risco de roubo do veículo coberto, o segurado deverá contratar um seguro do Ramo Automóvel (Casco). 53 UNIDADE 3 TEORIA GERAL DO SEGURO PASSO A PASSO DO SEGURO+ + EFETIVAÇÃO DO RISCO 5 Ocorre uma situação que caracteriza o sinistro. SEGURADO PAGA O PRÊMIO O segurado realiza o pagamento do prêmio. 4 ANÁLISE DO RISCO3 3.1 3.2 A seguradora analisa o risco. Se o risco é aceito, a seguradora emite a Apólice contendo: nome e domicílio do segurado, objeto ou pessoa segurada, natureza dos riscos garantidos, prazo de vigência, valor segurado, prêmio etc. ENCAMINHAMENTO DA PROPOSTA O corretor encaminha a proposta a uma seguradora. 2 1 COMUNICAÇÃO DE SINISTRO O segurado comunica a ocorrência do sinistro à seguradora. 6 A seguradora paga a indenização ao segurado. PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO8 A seguradora aciona seus peritos para apurar e quantificar a extensão dos prejuízos. 7REGULAÇÃO DO SINISTRO PREENCHIMENTO DA PROPOSTA O proponente, intermediado pelo corretor de seguros, preenche a proposta: um questionário com condições do contrato. 54 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO FIXANDO CONCEITOS 3 Marque a alternativa correta 1. Uma indústria de calçados procurou a corretora de seguros XPTO Ltda para contratar um Seguro de Vida coletivo para proteger seus funcionários. Devido ao alto custo, a empresa fez um acordo com os funcionários para que eles pagassem 50% do valor do seguro. Quando o prêmio do seguro é pago pelo segurado, total ou parcialmente, é classificado como: a) Prêmio dividido. b) Prêmio não contributário. c) Prêmio contributário. d) Prêmio participativo. e) Prêmio coletivo. 2. A seguradora Live Seguros quer atuar no segmento de Seguros Empre- sariais e está trabalhando nas etapas do desenvolvimento do seu produto. Entre as etapas, a seguradora precisa definir quais atividades serão aceitas pelo seu produto. Tal etapa é definida como: a) Subscrição de risco. b) Emissão da apólice. c) Processo de regulação de sinistro. d) Elaboração da proposta. e) Pagamento de prêmio. 3. Márcio contratou uma apólice de Seguro Residencial, durante o período mais chuvoso do ano. Entre as coberturas, contratou básica de Incêndio e acessória de Vendaval. Posteriormente, seu imóvel foi atingido por uma queda de raio, que danificou consideravelmente seu telhado. Considerando o seguro contratado, podemos afirmar que a queda de raio é um: a) Risco excluído. b) Risco não contratado. c) Risco desnecessário. d) Risco coberto. e) Risco sem amparo. 55 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 4. Mário está contratando um Seguro de Vida e questiona o corretor, pois entende que deveria ter a oportunidade de negociar quais coberturas e condições seriam interessantes na sua apólice, ou seja, ele gostaria de alterar cláusulas das condições contratuais. Alberto, seu corretor de segu- ros, muito experiente, explica que a unilateralidade das cláusulas do con- trato é uma característica dos produtos de seguro no mercado, com algu- mas exceções a grandes riscos. Com essa explicação, Alberto está ratificando que os contratos de seguros são: a) Contratos não previstos em leis. b) Contratos unilaterais. c) Contratos desonerados. d) Contratos de má-fé. e) Contratos de Adesão. 5. A empresa Vale do Sol Logística está com um problema para segurar seu depósito, pois ele tem uma grande imprevisibilidade quanto ao estoque – em alguns momentos e dependendo dos contratos, o depósito está cheio, e em outros momentos, abaixo da média. Ele conversou com Carlos, corretor de seguros, que lhe disse que existe uma alternativa viável para segurar seu depósito. Nesse caso, sabemos que Carlos está falando do seguinte tipo de seguro: a) Seguro de Automóvel. b) Seguro de Acidentes Pessoais. c) Seguro Ajustável. d) Seguro Averbação. e) Seguro Avulso. 6. Nos Seguros de Danos, ele é o valor fixado para cada uma das coberturas contratadas pelo segurado, que representa o valor máximo a ser pago pela seguradora, em decorrência de um sinistro ou série de sinistros garantidos por aquela cobertura, respeitado o limite máximo de garantia da apólice: a) Limite Máximo de Indenização. b) Limite Máximo de Garantia. c) Dano máximo provável. d) Indenização. e) Capital Segurado. 56 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 7. Quanto à classificação dos Seguros Privados, podemos citar como exemplos de Seguros de “Ramos Elementares”: a) Penhor Rural / Saúde / Vida. b) Prestamista / Vida / Saúde. c) Automóvel / Compreensivo Empresarial / Resp. Civil Geral. d) Saúde / Crédito / DPEM. e) Prestamista / DPVAT / DPEM. 8. Nos Seguros de Danos, ele representa o limite máximo de responsabi- lidade da sociedade seguradora, de indicação opcional pela seguradora, aplicado quando uma reclamação, ou série de reclamações decorrentes do mesmo fato gerador, e garantida por mais de uma das coberturas con- tratadas: (a) Limite Máximo de Indenização. (b) Limite Máximo de Garantia. (c) Importância Segurada. (d) Indenização. (e) Capital Segurado. Consulte o gabarito clicando aqui. TEORIA GERAL DO SEGURO 57 UNIDADE 404 MECANISMOS ■ Compreender os mecanismos e as operações de pulverização (repartição) de risco, identificando, para fins de aceitação dos seguros, a melhor técnica a ser empregada no processo de aceitação. de PULVERIZAÇÃO do RISCO TÓPICOS DESTA UNIDADEApós ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ⊲ A PULVERIZAÇÃO DO RISCO ⊲ COSSEGURO ⊲ RESSEGURO ⊲ RETROCESSÃO ⊲ FIXANDO CONCEITOS 4 TEORIA GERAL DO SEGURO58 UNIDADE 4 A PULVERIZAÇÃO DO RISCO A técnica das operações de seguros baseia-se em vários princípios, entre os quais se destaca o princípio da distribuição das responsabilidades decor- rentes dos negócios segurados. Esse princípio também é conhecido como princípio de pulverização das responsabilidades ou pulverização dos riscos. A pulverização dos riscos é a repartição do risco pertencente a uma apólice ou carteira de seguros entre o maior número possível de participantes, com o objetivo de aumentar a capacidade técnica do tomador do risco. Assim, é possível estruturar a aceitação de um seguro de grande porte com condições e custos adaptados às suas características. E como funciona? Todas as seguradoras têm uma capacidade máxima de retenção de riscos que não deve ser ultrapassada, denominada Limite de Retenção. Importante O Limite de Retenção de cada ramo de seguro não deve ser confundido com os valores de aceitação ou com a importância segurada do risco. Ou seja, a segurado- ra pode aceitar seguros com valores superiores ao seu Limite de Retenção, porém, nestes casos, ela necessariamente deverá recorrer aos processos para pulverização do risco, especificamente o cosseguro e/ou resseguro. 59 UNIDADE 4 TEORIA GERAL DO SEGURO — Limite de Retenção Com bases em critérios atuariais, as seguradoras calculam os valores que cada ramo de seguro possui como a sua capacidade máxima de retenção em cada risco isolado, os quais não podem ser ultrapassados. Essa capacidade máxima é chamada de Limite de Retenção (LR), e seus valores são determinados com base no valor do Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) da Seguradora. Antes de darmos mais detalhes sobre os Limites de Retenção, precisamos conhecer os seguintes conceitos: Risco Isolado: pode ser definido como o objeto ou conjunto de objetos de seguro (bens segurados) cuja probabilidade de serem atingidos por um mesmo evento gerador de perdas seja relevante. Patrimônio Líquido Ajustado (PLA): Patrimônio líquido contábil da Seguradora ajustado por adições e exclusões realizadas para apurar mais qualitativamente os recursos disponíveis que possibilitem resguar- dar sua solvência. Os Limites de Retenção de cada ramo são calculados com base em critérios atuariais muito específicos e, ao final dos cálculos aplicados, representam um percentual do Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) da Seguradora. — Transferência de Risco Os riscos assumidos por uma seguradora ou resseguradora, quando superarem os respectivos limites técnicos, deverão ser transferidos pelas cedentes a outras congêneres por meio de operações de cosseguro, resseguro ou retrocessão. Por cedente, entende-se a sociedade seguradora que contrata a operação de resseguro ou o ressegurador que contrata a operação de retrocessão. COSSEGURO É uma operação de seguro em que duas ou mais sociedades seguradoras, com a anuência (o consentimento) do segurado, distribuem entre si, percen- tualmente, os riscos de determinada apólice, sem solidariedade entre elas. 60 UNIDADE 4 TEORIA GERAL DO SEGURO FIGURA 6: COSSEGURO SEGURADORA 1 SEGURADORA 2 APÓLICE O cosseguro poderá ocorrer pela emissão de apólice única com a participação de todas as seguradoras. A seguradora encarregada da emissão denomina-se líder, e as demais são apenas cosseguradoras. Saiba mais O art. 761 do Código Civil Brasileiro, ao citar o cosseguro, consagra a prática adotada pelo mercado ao prescrever que a seguradora líder administrará o contrato e repre- sentará as demais seguradoras para todos os seus efeitos: “Art. 761: Quando o risco for assumido em cosseguro, a apólice indicará o segurador que administrará o contrato e representará os demais, para todos os seus efeitos”. Exemplo Em cosseguro, três seguradores assumiram uma responsabilidade de R$ 10.000.000,00, da seguinte forma: ■ segurador 1 – 20% (líder) ■ segurador 2 – 30% ■ segurador 3 – 50% Considerando as responsabilidades assumidas por cada seguradora, aplicando: ■ Taxa do seguro de 1%; ■ Eventual prejuízo ocasionado por sinistro de R$ 1.500.000,00. Teremos a seguinte distribuição:: RESPONSABILIDADE PRÊMIO (1% DE R$ 10.000.000,00 = R$ 100.000,00) INDENIZAÇÃO (R$) SEGURADOR % VALOR (R$) 1 20 2.000.000,00 20.000,00 300.000,00 2 30 3.000.000,00 30.000,00 450.000,00 3 50 5.000.000,00 50.000,00 750.000,00 61 UNIDADE 4 TEORIA GERAL DO SEGURO RESSEGURO É uma operação de transferência de riscos/responsabilidade de um cedente para um ressegurador. É a operação pela qual o segurador (cedente), com o objetivo de ade- quar a responsabilidade assumida na aceitação de um risco, transfere parte dele e do prêmio recebido para um ressegurador. Resseguro, portanto, é seguro da seguradora para cobrir os riscos que ela assumiu perante os segurados e que não pode ou não deseja garantir sozinha. FIGURA 7: RESSEGURO SEGURADORA RESSEGURADORA A diferença básica do resseguro para o cosseguro é que as partes contra- tantes do resseguro são o segurador e o ressegurador, sem conhecimento ou qualquer interferência do segurado. O ressegurador pode efetuar um repasse de parte das responsabilidades rece- bidas, procedendo, assim, a uma cessão que recebe o nome de retrocessão. Exemplo Uma importância segurada (responsabilidade) de R$ 5.000.000,00 foi dividida da se- guinte forma em resseguro: Segurador = R$ 1.000.000,00 ⊲ 20% Ressegurador = R$ 4.000.000,00 ⊲ 80% Se houver pagamento de uma indenização de R$ 500.000,00, será dividido assim: Segurador = R$ 100.000,00 Ressegurador = R$ 400.000,00 Se o prêmio do seguro foi de R$ 50.000,00, teremos: Segurador = R$ 10.000,00 Ressegurador = R$ 40.000,00 62 UNIDADE 4 TEORIA GERAL DO SEGURO — Funções do Resseguro O resseguro é a ferramenta mais importante para a proteção da carteira de riscos aceitos de uma seguradora. O resseguro assume várias funções, entre as quais destacamos: ■ Aumentar a capacidade de aceitação de riscos da seguradora, uma vez que a parte que superar o seu limite de retenção será transferida ao ressegurador (função mercadológica). ■ Estabilizar os resultados e proteger a seguradora contra catástrofes e prejuízos financeiros elevados. ■ Possibilitar a especialização da seguradora em um segmento de mer- cado, ficando a cargo do ressegurador atuar de forma diversificada. ■ Fornecer uma proteção de resultados, em função da oscilação entre períodos bons e ruins (função gerencial). ■ Permitir à seguradora a concentração geográfica de seus esforços de negócios. ■ Melhorar a compreensão de novos mercados, uma vez que o ressegurador, que tem uma visão ampla de mercado, troca expe- riências com os seguradores e auxilia na criação de inovações técnicas a partir de banco de dados e experiências do ressegurador (função educacional). RETROCESSÃO É uma operação de transferência de riscos de resseguro de resseguradores para outros resseguradores ou para sociedades seguradoras locais. Dessa forma, para limitar e equilibrar o seu risco, o ressegurador cede par- te da cobertura de resseguro por ele assumida a um retrocessionário, que poderá ser um segurador ou um ressegurador. Os contratos de retrocessão podem utilizar todas as formas de resseguro existentes. A retrocessão funciona de forma semelhante aos resseguros, em que as retrocessionárias assumem riscos excedentes dos retrocedentes e pagam uma comissão de retrocessão sobre o prêmio recebido. Em suma, retroces- são é um resseguro de segundo grau, que absorve apenas determinados ris- cos, que, após saturar a capacidade do ressegurador, vão para retrocessão. 63 UNIDADE 4 TEORIA GERAL DO SEGURO FIGURA 8: RETROCESSÃO SOCIEDADES SEGURADORAS LOCAIS RESSEGURADORA RESSEGURADORA A abertura do mercado de resseguro no Brasil foi realizada por meio da Lei Complementar nº 126, de 15/07/2007, e de um conjunto de resolu- ções subsequentes, os quais regulam todas as operaçõesde resseguro e retrocessão no mercado brasileiro. 64 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO FIXANDO CONCEITOS 4 Marque a alternativa correta 1. A seguradora XYZ precisou distribuir as responsabilidades decorrentes de seus negócios segurados com outras empresas. Nesse caso, as segu- radoras participam desse tipo de negociação seguindo regras específicas. Sobre a participação das seguradoras em uma operação de pulverização de riscos, é correto afirmar que: a) Os limites de retenção de cada ramo representam o mesmo valor do patrimônio da seguradora. b) No cosseguro, a distribuição de riscos é realizada sem a anuência do segurado. c) Por cedente, entende-se a sociedade seguradora que contrata a operação de retrocessão. d) As seguradoras podem aceitar seguros com valores superiores ao seu limite de retenção, mas deverão recorrer ao cosseguro e/ou resseguro. e) As seguradoras locais jamais poderão participar de operações de retrocessão, nem como cedentes nem como retrocessionárias. 2. A KWZ foi a seguradora escolhida por uma indústria de autopeças para segurar sua apólice de seguros. Devido aos altos valores da importância segurada, a KWZ recorreu à pulverização de riscos. Sobre os princípios envolvidos em operações de pulverização de riscos, podemos afirmar que: a) O cosseguro é uma operação de transferência de riscos entre segu- radoras. b) A retrocessão é uma operação de transferência de riscos de uma seguradora para outra seguradora. c) O resseguro é uma operação de transferência de riscos de uma resseguradora para uma seguradora. d) O cosseguro é uma operação de transferência de riscos de uma seguradora para uma resseguradora. d) No resseguro, as partes contratantes devem ser apenas resseguradores. e) Na retrocessão, as partes contratantes devem ser cosseguradores. 65 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 3. A Lei Complementar 126, de 15/01/2007, estabelece que: “A operação de seguro que duas ou mais seguradoras, com anuência do segurado, dis- tribuem, entre si, percentualmente, os riscos de determinada apólice, sem solidariedade entre elas”. Podemos afirmar que tal definição refere-se à(ao): a) Resseguro. b) Cosseguro. c) Retrocessão. d) Seguradora Líder. e) Pulverização. 4. É a operação pela qual o segurador, denominado cedente, com o fim de diminuir sua responsabilidade na aceitação de um risco considerado exces- sivo ou perigoso, cede a um ressegurador uma parte da responsabilidade e do prêmio recebido”. É correto afirmar que tal definição refere-se à(ao): (a) Resseguro. (b) Cosseguro. (c) Retrocessão. (d) Seguradora Líder. (e) Pulverização. Consulte o gabarito clicando aqui. TEORIA GERAL DO SEGURO 66 UNIDADE 5 A ESTRUTURA 05 ■ Conhecer a estrutura do mercado segurador, entendendo a importância de sua regulação. TÓPICOS DESTA UNIDADE do MERCADO SEGURADOR ⊲ ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR ⊲ SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) ⊲ SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE ⊲ SEGUROS NO BRASIL ⊲ FIXANDO CONCEITOS 5 Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ■ Conhecer a estrutura do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Saúde, reconhecendo seus respectivos integrantes e atribuições. TEORIA GERAL DO SEGURO 67 UNIDADE 5 ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR O mercado de seguros é regulado em todo o processo produtivo do seguro. Desde a criação de um produto (serviço), o seu registro junto ao órgão regulador, sua comercialização, a atuação de quem desenvolve e de quem comercializa e o relacionamento com o cliente desde a compra até a utilização dos serviços. O processo produtivo do seguro abrange clientes, seguradoras, fornece- dores e corretores de seguros. Todos os elos dessa cadeia de suprimentos são regulados por órgãos estabelecidos pelo Governo, consolidando o SNSP (Sistema Nacional de Seguros Privados). FIGURA 2: CADEIA DE SUPRIMENTOS Automóveis Incêndio Danos Responsabilidades FABRICANTESPRODUTOSMATÉRIA-PRIMA DISTRIBUIDOR CONSUMIDORÓRGÃOS REGULADORES SEGURADOCORRETORESSEGURADORAS E RESSEGURADORAS SEGUROSRISCO MINISTÉRIO DA FAZENDA CNSP – CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS SUSEP – SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS Vida 68 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO — Importância da Regulação do Mercado de Seguros Por que o seguro é regulado? A regulação é fundamental para garantir o bom funcionamento do mercado em todos os elos da cadeia. Resguarda o setor de seguros dos riscos sistêmicos, diminuindo a probabilidade de "quebra" de empresas de empresas de seguros e resseguros. Um dos objetivos é preservar a solvência das empresas, garantindo que elas cumpram os compromissos financeiros assumidos. O monitoramento do mercado, especificamente quanto aos consumido- res, tem por objetivo evitar propagandas enganosas, impedindo fraudes e comportamentos antiéticos no mercado. Se um processo é bem regulado, traz impactos positivos. Da mesma forma, um mau regulamento também gera impactos negativos em toda a cadeia. Vimos os benefícios que o seguro proporciona para a sociedade. Esses benefícios somente são possíveis pela regulação eficaz do mercado. SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) Embora seguros, previdência complementar e capitalização sejam ativi- dades exercidas por empresas privadas, tais atividades são normatizadas, reguladas e fiscalizadas pelo Governo. A atividade seguradora é regula- da não apenas no Brasil, mas nos demais mercados desenvolvidos em outros países. A necessidade de regulação surgiu em razão do crescimento desse mer- cado no mundo. Cada país tem sua regulação própria. No Brasil, foi criado o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP). 69 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO FIGURA 3: ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) Empresas de Resseguro Corretores de Seguros Empresas de Seguro, Previdência Privada e Capitalização CNSP CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS SUSEP SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS MINISTÉRIO DA FAZENDA Os órgãos do SNSP estão subordinados ao Ministério da Fazenda, que cuida, basicamente, da formulação e da execução da política econômica. Suas áreas de competências incluem a moeda, o crédito, as instituições financeiras, a poupança popular, os seguros privados e a Previdência Complementar Aberta, excluindo-se a Saúde Privada e Suplementar. O Sistema de Saúde Privada e Suplementar é da competência do Ministério da Saúde, que atua por meio do Conselho Nacional de Saúde Suplementar (CONSU) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O órgão que integra as empresas de Capitalização é o Sistema Nacional de Capitalização (SNC). Isto é básico CNSP: fixa as diretrizes e normas da política de seguros privados no Brasil. Susep: regula, supervisiona, controla, fiscaliza e incentiva as atividades de seguro no Brasil. Sistema Nacional de Seguros Privados O SNSP foi instituído pelo Governo Federal por meio do Decreto-Lei n° 73/1966, art. 8°: Art. 8º Fica instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, regulado pelo presente Decreto-lei e constituído: 70 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO a) do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; b) da Superintendência de Seguros Privados – Susep; c) dos resseguradores (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007); d) das Sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e) dos corretores habilitados. A promulgação da Lei Complementar n° 126/2007 processou a abertura do resseguro e, portanto, o IRB-Brasil Resseguros S.A. deixou de ser o único ressegurador no mercado. Em 1998, foi criado o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Complementar Aberta e de Capitali zação (CRSNSP) como órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Ministério da Fazenda, que tem por finalidade o julgamento, em última instância adminis- trativa, dos recursosde decisões dos órgãos fiscalizados do SNSP. A Capitalização é regulamentada pelo Decreto-Lei n° 261/1967, que criou o “Sistema Nacional de Capitalização”, entretanto, a fiscalização e a regula- mentação da Capitalização estão a cargo da Susep e do CNSP, da mesma forma que ocorre com as sociedades seguradoras, uma vez que diversos artigos do Decreto-Lei n° 73/1966, que criou o SNSP, são também aplicá- veis à Capitalização. — Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) É o órgão governamental encarregado da fixação das diretrizes e normas da política de Seguros Privados no Brasil, entre outras atribuições: ■ Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados. ■ Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscali- zação dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas. ■ Fixar as características gerais dos contratos de Seguro, Previdência Privada Aberta, Capitalização e Resseguro. ■ Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro. ■ Conhecer dos recursos de decisão da Susep e do IRB. 71 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO ■ Prescrever os critérios de constituição das sociedades segura- doras, de Capitalização, entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações. ■ Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão do corretor. O CNSP é composto por representantes dos seguintes órgãos: ■ Ministério da Fazenda; ■ Ministério da Justiça; ■ Ministério da Previdência e Assistência Social; ■ Superintendência de Seguros Privados (Susep); ■ Banco Central do Brasil; ■ Comissão de Valores Mobiliários (CVM). — Superintendência de Seguros Privados (Susep) São atribuições da Susep: ■ Fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a ope- ração das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP. ■ Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio das operações de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. ■ Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados. ■ Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do SNSP e do Sistema Nacional de Capitalização. ■ Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegu rando a sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem. ■ Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. ■ Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas. ■ Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP, e exercer as ativi dades que por este forem delegadas. ■ Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 72 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO A esse órgão são encaminhadas as denúncias dos segurados contra seguradoras e outros órgãos do mercado de seguros. — Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados (Seguradoras) São empresas legalmente constituídas sob a forma de sociedade anônima, que assumem e gerem os riscos de acordo com critérios técnicos e admi- nistrativos regulamentados pela Susep. Para se contratar um seguro, é preciso existir alguém que queira se pro- teger de possíveis riscos que possam acarretar prejuízo financeiro, uma empresa que queira assumir esse risco e alguém que faça intermediação entre as partes. Uma seguradora é uma empresa que comercializa seguros. Existem várias empresas seguradoras no mercado que criam seus próprios produtos. Estes, quando estão na fase de projeto, são submetidos ao órgão regu- lador, que é a Susep. Essa submissão também se aplica a um Plano de Previdência ou a um Título de Capitalização. — Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) – Previdência Privada De acordo com a Lei Complementar 109/2001, as Entidades Abertas de Previdência Complementar, são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário, concedidos em forma de renda con- tinuada ou pagamento único e acessíveis a quaisquer pessoas físicas. As sociedades seguradoras autorizadas a operar no ramo vida também poderão ser autorizadas a operar os planos de benefícios a que se refere a mencionada lei complementar. — Sistema Nacional de Capitalização (SNC) Nos termos do Decreto-Lei n° 261, o Sistema Nacional de Capitalização, cria- do em 28 de fevereiro de 1967, tem a seguinte composição: CNSP, Susep, Sociedades de Capitalização e Corretores de Capitalização. A atividade de capitalização tem por objeto a colocação pública de títulos de capitalização. O Título de Capitalização é uma economia programada de pra- zo definido, com um pagamento único ou em parcelas periódicas. Durante a vigência do título, o consumidor tem o direito de participar de sorteios. Atenção O SNC e suas características serão abordados de forma detalhada no material de Capitalização. 73 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO — Empresas de Resseguro São as empresas legalmente constituídas com a finalidade de operar o Resseguro, entendido como transferência de riscos de uma seguradora para um ressegurador. Entende-se como Empresas de Resseguro as resseguradoras nacionais, as estrangeiras autorizadas a operar no País e as corretoras de resseguro. Saiba mais A importância do resseguro O resseguro tem por função preliminar garantir que as seguradoras possam fazer frente aos riscos que lhes são oferecidos, cedendo parte desses riscos de forma proporcional ou não a resseguradores. Em caso de sinistros, os resseguradores auxiliam as segu- radoras financeiramente a indenizarem os segurados. Além disso, fornecem expertise técnica e muitos outros serviços às seguradoras. — Corretores de Seguros Pessoas físicas ou jurídicas são intermediários legalmente autorizados a angariar e promover contratos de seguros entre as seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Saiba mais O corretor é peça fundamental do mercado e parte integrante do SNSP (Sistema Nacional de Seguros Privados – instituído pela Lei 73/66), tendo a sua profissão regulamentada pelo Decreto Lei 4594/1964. 74 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE No Brasil, o Sistema Nacional de Saúde é formado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Sistema de Saúde Suplementar. A estrutura da Saúde Suplementar é formada por: — Ministério da Saúde Órgão de assessoramento da Presidência da República, integrante do Poder Executivo. Tem ação direta sobre os componentes do Sistema Nacional de Saúde (SUS e Saúde Suplementar). — Conselho de Saúde Suplementar (Consu) Criado pela Lei n° 9.656/1998 e recentemente alterado pelo Decreto n° 10.236/2020, o Consu é um órgão colegiado integrante da estrutura regimental do Ministério da Saúde – que o preside, sendo composto pelo Ministro da Saúde, pelo Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República, pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública e pelo Ministro da Fazenda, além do Presidente da ANS, que atua como Secretário-Executivo das reuniões O Consu tem competência para desempenhar as seguintes atividades: ■ Estabelecer e supervisionar a execução de políticas e diretrizes gerais do setor de Saúde Suplementar. ■ Aprovar o contrato de gestão da ANS. ■ Supervisionar e acompanhar as ações e o funcionamento da ANS. ■ Fixar diretrizes gerais para a constituição, organização, funciona- mento e fiscalização das empresas operadoras de produtos de que trata a Lei n° 9.656/1998. ■ Deliberar sobre a criação de câmaras técnicas, de caráter consulti- vo, de forma a subsidiar as decisões. 75 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DOSEGURO — Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) A ANS é autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. Sua missão é promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde no País. — Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS) Câmara de caráter consultivo da estrutura da ANS, conforme a Lei n° 9.961/2000, que tem como principal objetivo promover a discussão de temas relevantes para o setor de saúde suplementar no Brasil, além de dar subsídios às decisões da ANS. — Operadoras As operadoras que compõem a estrutura empresarial do setor de saúde suple- mentar se classificam em diferentes modalidades de atuação no mercado: ■ Medicinas de grupo; ■ Seguradoras especializadas em saúde; ■ Cooperativas médicas; ■ Filantropias; ■ Autogestões; ■ Odontologias de grupo; ■ Cooperativas odontológicas; ■ Administradoras de benefício. 76 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO SEGUROS NO BRASIL SÉCULO 19 – Início Chegada da Família Real Portuguesa – Criação da Boa Fé Seguradora. Promulgação do 1º Código Comercial Brasileiro – Regulamen- tação do seguro Marítimo e abrindo oportunidade para outras seguradoras Cia. Tranquilidade, a primeira Seguradora de Vida a entrar em Atividade. SÉCULO 20 – Grandes avanços O Decreto n° 4.270/1901 regulou as operações de seguros no Brasil e criou as Inspetorias de Seguros, subordinadas ao Ministério da Fazenda. Maior avanço de ordem jurídica no campo do contrato de seguro com a promulgação do Código Civil brasileiro. Surgiu a capitalização, com a criação da SulAmérica Capitalização S.A. Fundado o primeiro Sindicato dos Corretores de Seguros e, em 1933, foi fundado o primeiro Sindicato das Seguradoras, ambos no Rio de Janeiro. Fundado o IRB – Instituto de Resseguros do Brasil – hoje IRB-Bra- sil Resseguros S.A. Criada a Federação Nacional de Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), entidade de representação sindical do mercado segurador. Publicado o Decreto-Lei n° 73/66, que reformulou a política de seguros no Brasil e criou o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP). Fundada a Fenacor – Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados. Fundação da Funenseg – Escola Nacional de Seguros – hoje ENS – Escola de Negócios e Seguros. 1808 1850 1855 1901 1916 1929 1932 1939 1951 1966 1968 1971 77 UNIDADE 5 TEORIA GERAL DO SEGURO SÉCULO 21 – Abertura do mercado Lei Complementar n° 126, que, entre outras matérias, dispôs sobre a política de resseguros e retrocessão, promovendo a aber- tura do mercado ressegurador brasileiro. Criação da CNseg – Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização. A normatização e a regulamentação do microsseguro, cuja opera- ção tem um mercado. No mesmo momento, a Saúde Suplementar passa a ter vida própria, tendo a ANS como Órgão Regulador (fundada pela lei 9.961/2000 CNSP nº 294/2013, alterada pela Resolução CNSP nº 359/2017. É o início da regulamentação de práticas mais modernas de comer- cialização de seguros por meios remotos. Susep regulamentou a possibilidade da comercialização de segu- ros com vigência reduzida ou período de cobertura intermitente, por meio da Circular Susep nº 592/2019, estimulando a prática de seguros tecnológicos, modernos e mais aderentes às necessida- des do consumidor. Sandbox Regulatório, por meio da Circular Susep nº 598/2020 que visa atrair empresas de tecnologia em seguros (Insurtechs), para operar no mercado de seguros como seguradoras e ofere- cendo produtos de tecnologia diferenciada ao mercado. Circular Susep 620/2020 – Permitiu a flexibilização dos Seguros do Grupo Patrimonial (Compreensivos, Riscos de Engenharia, Lucros Cessantes, Riscos Diversos). Dando continuidade ao processo de flexibilização, mais duas importantes circulares foram emitidas: Circular Susep 621/2021, instituindo novas regras para os seguros de danos e a Resolução CNSP 407/2021, definindo o enquadramento de seguros na cate- goria de "Grandes Riscos". 2007 2008 2012 2013 2019 2020 2021 78 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO FIXANDO CONCEITOS 5 1. O Sr. Antônio decidiu contratar uma apólice de seguros para sua residên- cia. Após a contratação, no entanto, seu corretor de seguros se negou a fornecer a apólice de seguros e a prestar informações sobre alguns itens da contratação. Nesse caso, o Sr. Antônio poderá efetuar uma reclamação formal junto ao órgão regulatório, responsável por zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados. Podemos afirmar que o órgão junto ao qual Sr. Antônio fará a reclamação é o(a): a) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). b) Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados (CRSNSP). c) Ministério da Justiça. d) Ministério da Fazenda. e) Superintendência de Seguros Privados (Susep). 2. A regulação é fundamental para garantir o bom funcionamento do mer- cado em todos os elos da cadeia. No que diz respeito à regulação, no mercado de seguros, podemos afirmar que: a) Aumenta a probabilidade de falência de empresas de seguros. b) Não existe relação com medidas de proteção aos consumidores. c) É independente da análise de solvência das seguradoras. d) Resguarda o setor de seguros dos riscos sistêmicos. e) Incentiva a venda de seguros desnecessários. 3. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, ele é o órgão que determina as diretrizes e normas da política de seguros privados no Brasil. a) CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados. b) Susep – Superintendência de Seguros Privados. c) Sociedade autorizada a operar em Seguros Privados. d) Ministério da Infraestrutura. e) Ministério do Desenvolvimento Econômico. 79 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO 4. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, o responsável por assumir e gerir os riscos que lhe são transferidos pelos segurados, de acordo com os critérios técnicos e administrativos regulamentados, é: a) O CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados. b) A Susep – Superintendência de Seguros Privados. c) A Sociedade autorizada a operar em Seguros Privados. d) O Ministério da Infraestrutura. e) O Ministério do Desenvolvimento Econômico. 5. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, o órgão que faz cumprir as deliberações do CNSP, zela pela defesa dos interesses dos con- sumidores dos mercados supervisionados e pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado é: a) O CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados. b) A Susep – Superintendência de Seguros Privados. c) A Sociedade autorizada a operar em Seguros Privados. d) O Ministério da Infraestrutura. e) O Ministério do Desenvolvimento Econômico. Consulte o gabarito clicando aqui. TEORIA GERAL DO SEGURO 80 UNIDADE 606NOÇÕES BÁSICAS SOBRE os PRINCIPAIS ■ Conhecer as noções básicas e os objetivos dos principais ramos de seguros patrimoniais e de pessoas disponíveis no mercado segurador brasileiro. Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: RAMOS de SEGUROS ⊲ SEGUROS DE AUTOMÓVEIS ⊲ SEGUROS COMPREENSIVOS (RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS E EMPRESARIAIS) ⊲ RISCOS NOMEADOS E RISCOS OPERACIONAIS ⊲ LUCROS CESSANTES ⊲ RISCOS DIVERSOS ⊲ SEGUROS DE TRANSPORTES ⊲ SEGUROS DE AERONÁUTICOS ⊲ SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOS (EMBARCAÇÕES) ⊲ SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL TÓPICOS DESTA UNIDADE ⊲ SEGUROS DE CRÉDITO ⊲ SEGURO DE GARANTIA ⊲ SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA ⊲ SEGURO RURAL ⊲ SEGUROS DE PESSOAS ⊲ HABITACIONAL ⊲ PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA ⊲ RISCOS ESPECIAIS ⊲ FIXANDO CONCEITOS 6 TEORIA GERAL DO SEGURO 81 UNIDADE 6 SEGUROS DE AUTOMÓVEIS OBJETIVO: indenizar o Seguradopelos prejuízos que o mesmo venha a sofrer, em virtude de danos ocasionados ao veículo ou veículos, inclusive, prejuízos causados a terceiros, discriminados na apólice e decorrentes de: ■ colisão; ■ abalroamentos; ■ capotagem acidental; ■ incêndio, explosão, raio e suas consequência; ■ roubo. Assim, podem ser segurados não só particulares de PASSEIO, como também CAMINHÕES, ÔNIBUS e DEMAIS VEÍCULOS AUTOMOTORES. Para complementar esse seguro, é comum a comercialização do seguro do casco com os seguros de danos a terceiros, por meio do ramo de seguro RCF-V — Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos e com o seguro de APP — Acidentes Pessoais de Passageiros. SEGUROS COMPREENSIVOS (RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS E EMPRESARIAIS) A finalidade dos seguros compreensivos é garantir ao segurado, até o limi- te das importâncias seguradas em cada uma das garantias contratadas e de acordo com as condições do contrato, o pagamento de indenização por 82 UNIDADE 6 TEORIA GERAL DO SEGURO prejuízos, devidamente comprovados, diretamente decorrentes de perdas e danos aos bens segurados, ocorridos no local segurado, em consequência de risco coberto. Cobertura básica dos seguros compreensivos: ■ Incêndio de qualquer natureza. ■ Queda de raio dentro da área do terreno ou edifício segurado. ■ Explosão (conforme prática do mercado, explosão de qualquer causa ou de gás de uso doméstico dentro da área do terreno ou edifício, desde que o gás não tenha sido gerado no local e/ou o local segurado não faça parte de uma fábrica de gás). ■ Além da cobertura básica, os produtos de seguros compreensivos oferecem um conjunto de coberturas adicionais a serem contra- tadas conforme a necessidade do segurado, como por exemplo: danos elétricos, responsabilidade civil, vendaval e roubo de bens. RISCOS NOMEADOS E RISCOS OPERACIONAIS — Seguros de Riscos Nomeados Riscos Nomeados é um seguro feito sob medida (tailor made) para um determinado local, com base na análise dos riscos, a partir da qual serão nomeados os riscos considerados como possíveis de serem seguráveis. O segurado escolhe (nomeia) as coberturas que deseja segurar, com ampla liberdade, a seguradora analisa caso a caso e submete à apre- ciação do ressegurador, que estabelece as normas e condições para a aceitação do risco. — Seguro de Riscos Operacionais O Seguro de Riscos Operacionais se caracteriza por sua cobertura do tipo all risks, isto é, por uma cobertura que abrange todas as perdas ou danos materiais causados aos bens segurados. Exceto os formalmente conside- rados excluídos em suas condições. Seguro de riscos operacionais, assim como o seguro de riscos nomeados, exigem a avaliação individual de cada negócio e são formatados com base nas necessidades de cada segurado em particular, ou seja, prevalece a com- posição “sob medida”, sendo normalmente utilizados apenas para cobertu- ras de grandes riscos, sendo muito comum em complexos industriais. 83 UNIDADE 6 TEORIA GERAL DO SEGURO LUCROS CESSANTES O Seguro de Lucros Cessantes é aquele que tem por finalidade garantir a situação financeira da empresa segurada após um sinistro de Danos Materiais (prática de mercado) que tenha perturbado ou paralisado o movimento normal de seus negócios. Esse seguro tem por objeto a manutenção da operacionalidade e lucratividade da empresa, sendo as perdas ocorridas identificadas por meio da análise dos relatórios finan- ceiros elaborados pela contabilidade. Logo, é fundamental e obrigatório que a contabilidade esteja perfeitamente organizada para comprovar as perdas oriundas do sinistro. As perdas cobertas por esse seguro incluem a não efetivação do lucro líquido operacional – o lucro que o segurado deixou de obter em virtude da paralisação causada pelo sinistro – e as despesas fixas (aquelas que não podem deixar de ser realizadas mesmo após a ocorrência do sinistro). RISCOS DIVERSOS Existem várias modalidades de seguros agrupadas no Ramo de Riscos Diversos. Cada uma delas possui condições especiais, critérios específicos de taxação e determinado número de riscos cobertos. A indenização, por parte da seguradora, é garantida em função da ocorrên- cia de um dos riscos previstos nas respectivas apólices. São vários os tipos de seguros enquadrados no Ramo de Riscos Diversos, tais como: ■ equipamentos: móveis (incluído o risco de translado e viagens de entrega); cinematográficos; fotográficos e de televisão (exclusi- vamente em estúdio e laboratórios ou em reportagens externas); anúncios luminosos; em exposição (podendo incluir ou excluir o risco de transporte); estacionários (cobertura limitada no local indi- cado na apólice); em operações sobre água; instrumentos musi- cais e equipamentos de som; arrendados ou cedidos a terceiros; ■ valores em veículos de entrega de mercadorias ou valores transportados em carros-fortes; ■ obras de arte; ■ roubo. Importante A Circular Susep nº 620/2020 permite o oferecimento de seguros de Lucros Cessantes, em que o sinistro não esteja restrito a uma ocorrência de Danos Materiais. O mercado ainda não pratica esse tipo de seguro. 84 UNIDADE 6 TEORIA GERAL DO SEGURO SEGUROS DE TRANSPORTES A carteira de transportes abrange o conjunto de seguros relativos a bens e mercadorias transportadas. Compreende, assim, todos os seguros que visam cobrir os riscos relacionados às viagens nacionais, internacio- nais, realizadas por quaisquer meios de transporte regular, e também os Seguros de Responsabilidade Civil dos Transportadores de Carga. Nesses ramos de seguro, existem diversas coberturas básicas, adicionais e cláusulas específicas. SEGUROS DE AERONÁUTICOS Este seguro oferece cobertura para riscos do transporte aéreo. Abrange a aeronave e a responsabilidade civil contra tercei ros e acidentes pessoais, de que resultem morte, invalidez ou tratamento médico de passa geiros e tripulantes. Garante também as indenizações por prejuí- zos, reembolsos de despesas e responsabili dades legais à aeronave. SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOS (EMBARCAÇÕES) Este seguro cobre perdas e danos causados a embarcações, de carga ou lazer, que atinjam o casco, máquinas e equipamentos, estando as embar- cações em operação, construção ou em reparos. As coberturas podem incluir: ■ Perda total (por naufrágio ou outros motivos); ■ Assistência e Salvamento; ■ Avaria Grossa e Avaria Particular; ■ Responsabilidade Civil por Albaroação; ■ Desembolso etc. 85 UNIDADE 6 TEORIA GERAL DO SEGURO SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL O seguro de responsabilidade civil geral garante ao segurado o reembol- so das quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente, relativas à reparação por danos involuntários, corporais e/ou materiais causados a terceiros e que decorram de riscos cobertos pela apólice. SEGUROS DE CRÉDITO O seguro de crédito é uma modalidade de seguro que tem por objetivo ressarcir o segurado (credor), nas operações de crédito realizadas den- tro do território nacional, das perdas líquidas definitivas causadas por devedor insolvente. Em outras palavras, o objetivo do seguro de crédito é garantir ao segurado (credor) as perdas líquidas definitivas resultantes do não recebimento de valores relativos às operações de crédito realizadas pelo credor aos seus diversos clientes (devedores). SEGURO DE GARANTIA Seguro garantia é o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações contraídas pelo tomador junto ao segurado em contratos privados e/ou públicos, bem como em licitações, como definido pela legislação em vigor. 86 UNIDADE 6 TEORIA GERAL DO SEGURO SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA O Seguro de Riscos de Engenharia garante proteção contra perigos que afetam todo tipo de obra civil, com: ■ Incêndio; ■ Erro de execução; ■ Sabotagens; ■ Roubo e furto qualificado; ■ Danos decorrentes de vendaval, queda de granizo;■ Entre outros, inclusive, prejuízos causados a terceiros. Cobre, ainda, máquinas e equipamentos em fase de instalação e montagem, além do maquinário em operação. SEGURO RURAL Protege o produtor contra perdas causadas por fenômenos adversos da natureza até o limite máximo de indenização contratado. Além da atividade agrícola, o seguro rural abrange também: ■ a atividade pecuária; ■ o patrimônio do produtor rural; ■ seus produtos; ■ o crédito para comercializar a produção; ■ o risco de morte dos produtores. 87 UNIDADE 6 TEORIA GERAL DO SEGURO SEGUROS DE PESSOAS Estes Seguros têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao Segurado ou aos seus beneficiários quando ocorrer um evento coberto especificado nas condições contratuais. Eles podem ser contratados: ■ de forma individual; ■ de forma coletiva. Nesse caso, os Segurados aderem a uma apóli- ce contratada pelo estipulante. HABITACIONAL Objetivo: oferecer garantias adicionais às operações de financiamento para aquisição ou para a construção de imóvel residencial. Contratação: é obrigatória em financiamentos habitacionais. Coberturas: contempla, no mínimo, coberturas que prevejam os riscos de morte e invalidez permanente do mutuário (Segurado) e os riscos de danos físicos no imóvel financiado. Além dessas, podem ser contratadas, de forma facultativa, outras coberturas. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA A previdência complementar é facultativa e tem a finalidade de propor- cionar ao indivíduo proteção adicional àquela fornecida pela previdência social (INSS e instituições semelhantes). Exemplo Seguro de vida, Seguro funeral, Seguro de acidentes pessoais, Seguro educacional, Seguro viagem, Seguro prestamista, Seguro de diária por internação hospitalar, Seguro perda de renda, Seguro de diária de incapacidade temporária, entre outros. 88 UNIDADE 6 TEORIA GERAL DO SEGURO A decisão de participar de um plano de previdência significa fazer uma poupança mensal “forçada” durante o período de acumulação (data de contratação até data escolhida para início do recebimento do benefício), visando juntar recursos para receber de uma única vez ou sob a forma de renda mensal. RISCOS ESPECIAIS — Seguro Riscos de Petróleo Este Seguro cobre bens e responsabilidade civil relativo às atividades liga- das às operações de prospecção, perfuração e produção de petróleo e/ou gás no mar e na terra. — Seguros Nucleares São oferecidas coberturas de danos materiais e de responsabilidade civil relacionados à energia nuclear. — Riscos Decorrentes da Operação Nuclear Eles são objeto de seguro específico no Brasil e nos demais países do mundo, inclusive com a pulverização dos referidos riscos através de pools de empresas internacionais. No mercado mundial, existem pools de seguradoras especializadas em riscos nucleares que aceitam e repassam riscos das usinas entre si. 89 FIXANDO CONCEITOS TEORIA GERAL DO SEGURO FIXANDO CONCEITOS 6 Marque a alternativa correta 1. Uma das lojas de uma grande rede de fast food sofreu um incêndio de grandes proporções. Como consequência, a loja precisou interromper seu movimento normal de negócios. Podemos afirmar que o seguro que tem por objeto a manutenção da ope- racionalidade e lucratividade da empresa, tendo as perdas ocorridas iden- tificadas por meio da análise dos relatórios financeiros elaborados pela contabilidade, é o: a) Seguro de riscos de engenharia. b) Seguro de diária de incapacidade temporária. c) Seguro prestamista. d) Seguro de perda de renda. e) Seguro de lucros cessantes. 2. É o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações contraídas pelo tomador junto ao segurado em contratos privados e/ou públicos, bem como em licitações, como definido pela legislação em vigor: a) Seguro de crédito. b) Seguro prestamista. c) Seguro de pessoas. d) Seguro habitacional. e) Seguro de garantia. 3. Gabriela deseja contratar um seguro para sua residência e gostaria de saber qual é a cobertura básica desse seguro. Podemos afirmar que a cobertura básica, nesse caso, é: a) Incêndio, queda de raio e explosão. b) Incêndio, danos elétricos e furto simples. c) Danos elétricos, vendaval e furto qualificado. d) Impacto de veículos, responsabilidade civil e desmoronamento. e) Vazamentos, quebra de vidros e explosão. Consulte o gabarito clicando aqui. 90 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO ANEXOS — ANEXO 1– MODELO DE PROPOSTA DE SEGURO DE PESSOAS – VIDA INDIVIDUAL XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação Dados do Seguro Proposta Versão Data da Proposta Válido até Vigência Total de Itens De 24 hrs 04/08/2021 até 24 hrs 04/08/2022 Tipo de Prazo Tipo de Seguro Número de Protocolo (PI) Identificador Anual Parcelado Seguro Novo Não transmitido. Dados do Proponente Nome CPF Tipo de Documento Número Data de Emissão Orgão Emissor Nacionalidade RG Renda Mensal (R$) Correio Eletrônico Atividade Econômica Código Operação Empresário Endereço Residencial Logradouro Complemento Telefone Cidade UF CEP Bairro Dados do Risco Titular Nome CPF Tipo de Documento Número Data de Emissão Orgão Emissor Nacionalidade RG Data de Nascimento Idade Sexo Estado Civil Fumante Altura (m) Peso (Kg) Atividade / Ocupação Renda Mensal (R$) Detalhamento da Atividade / Ocupação Prática de Esportes Nenhum esporte da lista acima Pessoa Politicamente Exposta É uma pessoa politicamente exposta conforme previsto na Circular SUSEP 445/2012? ( ) Sim ( ) Não Se sim, em qual cargo/função? Cônjuge Nome CPF Data: 02/08/2021 3:09 PM Matriz: (endereço) CNPJ. Central de Atendimento: Capitais e Regiões Metropolitanas Deficientes Auditivos SAC (informações, cancelamentos e reclamações) Página: 1 / 7 www.xxx.com.br Demais Localidades 0800 Ouvidoria: 0800 SUSEP: 0800 | www.susep.gov.br Vida Individual Produto 91 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação Data: 02/08/2021 3:09 PM Matriz: (endereço) - CNPJ. Central de Atendimento: Deficientes Auditivos 0800 SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 Página: 2 / 7 www.xxx.com.br Demais Localidades 0800 Ouvidoria: 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br Capitais e Regiões Metropolitanas Dados do Risco (continuação) Cônjuge Data de Nascimento Idade Sexo Estado Civil Fumante Altura (m) Peso (Kg) Atividade / Ocupação Renda Mensal (R$) Prática de Esportes Pessoa Politicamente Exposta É uma pessoa politicamente exposta conforme previsto na Circular SUSEP 445/2012? ( ) Sim ( ) Não Se sim, em qual cargo/função? Coberturas Cobertura Capital Individual Prêmio Individual Morte com Pagamento Antecipado por IFPD-MIFPD 200.000,00 834,64 Morte Acidental 200.000,00 190,35 Invalidez Perm. Total ou Parcial por Acidente 100.000,00 59,49 Doenças Graves Master - 20 Tipos 50.000,00 266,68 Morte Cônjuge 200.000,00 271,40 Doenças Graves Master - 20 Tipos (Cônjuge) 50.000,00 84,06 Morte Acidental (Cônjuge) 200.000,00 190,35 Invalidez Perm. Total ou Parcial por Acidente (Cônjuge) 100.000,00 59,49 Coberturas - Informações Adicionais Cobertura Capital Individual Franquia Prêmio Total Assistência Funeral Familiar - Com Reembolso - 5000.00 - - 17,31 Demonstrativo de Prêmio Total Prêmio Líquido R$ Prêmio de Assistência R$ Adicional de Fracionamento R$ IOF R$ Prêmio Total R$ 1.966,30 0,00 0,00 7,47 1.973,77 Forma e Periodicidade de Pagamento Tipo Pagto 1a Parcela: Boleto Avulso, Demais: Débito em Conta Dia Vencimento: 10 Periodicidade de Pagamento Prêmio 1ª Parcela Prêmio Demais Parcelas IOF R$ Prêmio Total R$ Mensal 164,49 164,48 7,47 1.973,77 Autorização de Débito Banco Agência Digito Nome da Agência Número da Conta Digito - Autorizo a XXX Seguros S/A a efetuar débito na conta corrente de minha titularidade acima descrita.Data CPF Correntista Assinatura do Correntista O recebimento do crédito não caracteriza em hipótese alguma a aceitação automática do risco, a qual se dará exclusivamente conforme disposto nas referidas Condições Gerais do Seguro dentro do prazo de 15 dias nela previsto. 92 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação Data: 02/08/2021 3:09 PM Matriz: (endereço) - CNPJ. Central de Atendimento: Deficientes Auditivos 0800 SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 Página: 3 / 7 www.xxx.com.br Demais Localidades 0800 Ouvidoria: 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br Capitais e Regiões Metropolitanas Observações As parcelas somente serão consideradas quitadas após a confirmação pelo banco. A inexistência de saldo suficiente na conta corrente ou a impossibilidade de efetuar o débito por encerramento da conta ou transferência de agência, pelo período determinado nas Condições Gerais do Seguro, implicará no cancelamento deste seguro por parte da XXXX Seguros S/A. Sr.(a) Corretor / Sr.(a) Segurado(a) A veracidade das informações aqui prestadas, bem como a autorização para débito automático na conta bancária informada, são de suma importância e de sua exclusiva responsabilidade. Caso os dados informados estejam incorretos, haverá a possibilidade de prejuízo das coberturas do seguro. A XXXX Seguros S/A não se responsabiliza por eventual inadimplemento do prêmio motivado pela indicação incorreta da conta bancária para débito automático. As devoluções em conta corrente ocorrerão apenas quando o titular da conta for o próprio segurado. Caso este seguro tenha sido contratado com pagamento em débito automático através do Banco do Brasil, por exigência da instituição bancária, o débito deve ser autorizado pelo titular da conta junto aos canais do Banco. Essa autorização será necessária somente para a primeira parcela do seguro. Se não houver autorização junto ao Banco, o débito não será efetuado o que implicará em cancelamento do seguro. É importante manter os dados cadastrais atualizados para que as comunicações de débito e demais informações não sejam interrompidas. Ao contrário do que consta na alínea “d” do item 4.1. da cláusula 4 das Condições Gerais do Seguro, estão garantidos pelo presente seguro os eventos exclusivamente decorrentes da Pandemia relativa ao novo Coronavírus e à doença Covid-19. Esta condição é exclusiva para os eventos relativos ao novo Coronavírus e à doença Covid-19, permanecendo excluídas quaisquer outras Pandemias ou Epidemias declaradas por órgão competente. Em caso de morte por acidente, os capitais segurados das coberturas de Morte e Morte Acidental, desde que contratadas, se acumulam. DECLARAÇÃO DO PROPONENTE Declaro, para todos os fins, ter tido conhecimento prévio das Condições Gerais e Especiais do seguro, suas coberturas e limitações (riscos excluídos e perda de direitos), com as quais concordo plena e integralmente. Declaro que todas as informações prestadas nesta proposta são verdadeiras, completas, exatas e precisas com relação às circunstâncias por mim conhecidas e que possam influir na avaliação do risco a ser feita pela XXXX Seguros S/A, sob pena de perder o direito à eventual cobertura securitária (artigo 766 do Código Civil Brasileiro). Assumo o compromisso de comunicar de forma imediata à XXXX Seguros S/A quaisquer outras que possam modificar o risco ora garantido, em conformidade com as Condições Gerais e Especiais, concordando plenamente com eventuais ajustes de prêmio. Estou ciente e de acordo que não haverá cobertura para eventos ou doenças preexistentes à contratação deste seguro, conforme previsto nas Condições Gerais e Especiais. Estou ciente que a XXXX Seguros S/A poderá solicitar o envio ou a realização de exames médicos e laboratoriais e informações adicionais, e que somente após o recebimento de todos os exames e informações requeridas, a XXXX Seguros S/A decidirá quanto à aceitação integral ou parcial desta proposta. Estou ciente que a inexistência de saldo suficiente em minha conta corrente ou a impossibilidade de efetuar o débito por encerramento da conta ou transferência de Forma e Periodicidade de Pagamento (continuação) 93 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação Central de Atendimento: Deficientes Auditivos 0800 Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800 Ouvidoria: 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 Notas Importantes agência, pelo período determinado nas Condições Gerais do seguro implicará no cancelamento por parte da XXXX Seguros S/A. O Proponente declara que teve acesso prévio a todas as informações de seu interesse sobre o presente seguro, incluindo informações relativas à intermediação, sem prejuízo do direito de poder solicitá-las na forma estabelecida pela legislação e regulamentação em vigor. Local e Data Assinatura do Proponente ou Representante Legal Local e Data Assinatura do Cônjuge Dados do Corretor Código Nome Registro SUSEP Filial Produtor Telefone +55(0011) DECLARAÇÃO DO CORRETOR Estou ciente de minha responsabilidade pela conferência dos documentos de identificação do proponente, bem como pela autenticidade de sua assinatura e veracidade dos dados cadastrais, sob as penas da legislação civil e penal, especialmente da Lei nº. 4594/64, Capítulo V. Declaro que entreguei ao Proponente as Condições Gerais e Especiais deste seguro, o qual está ciente de seu conteúdo, que a Declaração Pessoal de Saúde e Atividade e a indicação de beneficiários foram preenchidas de próprio punho pelo proponente titular, ou seu responsável, se menor, e que, segundo meu conhecimento, todas as informações, repostas e declarações desta proposta refletem a verdade, não contendo incorreções ou omissões. O(s) intermediário(s) da presente Proposta declara(m) sua conformidade com os princípios e regras de conduta estabelecidas na Resolução CNSP 382/20, bem como que disponibilizam ao cliente as informações mínimas previstas no art. 4º, antes da contratação do produto de seguro. Local e Data Assinatura do Corretor Processo SUSEP: 15414.004129/2006-04 Código do ramo: 1381; 1391 O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. O proponente poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site www.susep.gov.br, por meio de seu numero de registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF. As condições contratuais/regulamento deste produto protocoladas pela sociedade/entidade junto à SUSEP poderão ser consultadas no endereço eletrônico www.susep.gov.br, de acordo com o número de processo constante da apólice/proposta. Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 4 / 7 Matriz: ( endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br 94 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação Central de Atendimento: Deficientes Auditivos 0800 Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800 Ouvidoria: 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 Declaração Pessoal de Saúde e Atividade Este seguro é por prazo determinado tendo a sociedade seguradora a faculdade de não renovar a apólice na data de vencimento, sem devolução dos prêmios pagos nos termos da apólice. Esta declaração deve ser integralmente preenchida, utilizando as expressões "SIM" ou "NÃO", ou ainda "S" para SIM ou "N" para NÃO, completando também todos os dados e informações necessárias à análise e aceitação da proposta, ainda que não expressamente solicitadas, mas de conhecimento do proponente. As respostas e informações serão incluídas em bancos de dados que poderão ser consultados para fins de análise de riscos e de liquidação de processos de indenização,inclusive de Cosseguro e Resseguro podendo ainda a XXXX Seguros S/A estender as consultas a bancos de dados de entidades de perfil de crédito e proceder ao registro destas consultas junto a tais entidades. Se o proponente for menor de 18 (dezoito) anos, esta declaração deverá ser respondida e assinada pelo responsável legal. Questões Titular Cônjuge 1 - Encontra-se em plena atividade de trabalho? Se responder não, esclarecer porque não está trabalhando. Se responder não por estar aposentado, informe o motivo e a data da aposentadoria no campo informações adicionais. 2 - Sofre atualmente ou sofreu nos últimos 5 (cinco) anos de alguma moléstia que o tenha obrigado a consultar médico, hospitalizar-se, submeter-se a exames laboratoriais (tomografia, ressonância magnética, biópsias ou qualquer outro exame de diagnóstico), intervenções cirúrgicas e tratamento médico como por exemplo, diabetes, câncer, hipertensão, AIDS, doenças neurológicas ou psiquiátricas, digestivas, renais, hepáticas, circulatórias, pulmonares, cardíacas ou a se afastar de suas atividades normais? Informe o(s) motivo(s), datas, exames, testes laboratoriais, resultados e os dados do médico que fez/faz o tratamento. Caso positivo para qualquer indicação acima Informe o(s) motivo(s), datas, exames, testes laboratoriais, resultados e os dados do médico que fez/faz o tratamento. 3 - Está sob observação, controle ou tratamento médico? Faz uso de medicação contínua? Especifique o(s) tipo(s) de tratamento(s), médico(s),medicamento(s) e dose(s) diária(s). 4 - Foi submetido a tratamento em regime hospitalar ou intervenção cirúrgica ou ainda em clínica médica ou de reabilitação nos últimos 10 anos? Em caso afirmativo informar qual(is) o(s) diagnóstico(s) e período(s) de internação. 5 - É ou foi portador de alguma doença ou lesão produzida pelo trabalho (doença profissional)? Possui deficiência de órgãos, Membros ou sentidos? Em caso afirmativo, esclareça. 6 - É piloto em competições automobilísticas ou motociclísticas? Pratica esportes Radicais ou possui Hobby de alto risco? Esclareça e especifique qualquer item afirmativo. 7 - É condutor habilitado de motocicleta ou ciclo motor? Em caso afirmativo, informar freqüência, periodicidade e finalidade (ida e volta ao trabalho/escola ou no exercício do trabalho/ocupação). Caso a finalidade seja a trabalho, detalhar qual é o trabalho executado e o local de circulação. Dados de Beneficiários Titular Nome CPF Data Nasc. Parentesco % Particip. Cônjuge 100,00 Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 5 / 7 Matriz: (endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br Notas Importantes (continuação) 95 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação Central de Atendimento: Deficientes Auditivos 0800 Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800 Ouvidoria: 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 Beneficiário(s) não indicado(s) Cônjuge Na falta de indicação de pessoa ou beneficiário, ou se por qualquer motivo não prevalecer a que for feita, o Capital Segurado será pago metade ao Cônjuge não separado judicialmente e o restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem de vocação hereditária, conforme art. 792 do Código Civil Brasileiro. O segurado poderá a qualquer tempo, substituir o(s) beneficiário(s), desde que o faça mediante informação por escrito, entregue à XXXX Seguros S/A, para a qual valerá sempre a última comunicação efetivamente recebida e assinada pelo segurado. Dados de Beneficiários (continuação) Titular Nome CPF Data Nasc. Parentesco % Particip. Informações Adicionais - Declaração Pessoal de Saúde, Atividade e Beneficiários Item Titular Cônjuge Descrição Atenção: A contar da data de recebimento desta proposta pela XXXX Seguros S/A, devidamente acompanhada de toda a documentação eventualmente necessária a análise do risco, a XXXX Seguros S/A terá 15 ( quinze) dias para avaliar se aceita ou não esta proposta, obedecidas as suas exclusivas regras de aceitação, que são aplicáveis indistintamente em todas as propostas. Para aceitação deste seguro a XXXX Seguros S/A poderá solicitar outros documentos necessários a análise do risco. Caso a proposta não seja aceita pela XXXX Seguros S/A, e tenha havido algum adiantamento do prêmio, este será devolvido corrigido pela variação do IPC-FIPE, pro rata die. Nos casos em que a aceitação da proposta dependa de contratação ou alteração da cobertura de resseguro, os prazos previstos acima serão suspensos até que o ressegurador se manifeste formalmente. Declaro que todas as informações prestadas nesta proposta, foram fornecidas por mim ou a partir de minhas indicações,sendo verdadeiras, completas, exatas e precisas com relação às circunstâncias por mim conhecidas e que possam influir naavaliação do risco a ser feita pela XXXX Seguros S/A, sob pena de perder o direito à eventual cobertura securitária(artigo 766 do Código Civil Brasileiro). Assumo o compromisso de comunicar de forma imediata à XXXX Seguros S/A quaisquer alterações nas informações ora prestadas ou ainda quaisquer outras que possam modificar o risco ora garantido,em conformidade com as Condições Gerais e Especiais, concordando plenamente com eventuais ajustes de prêmio. Autorizo a XXXX Seguros S/A a obter de qualquer médico, hospital, clínica, consultórios, ambulatórios ou seguradoras,documentos e informações referentes e sobre minha condição de saúde mental e física, anterior e atual, dispensando-os de qualquer impedimento ligado ao sigilo profissional. Local e Data Assinatura do Proponente Titular ou Resp. Legal (proponente menor) Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 6 / 7 Matriz: (endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br 96 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO XXXX SEGUROS DE VIDA Proposta de Contratação Central de Atendimento: Deficientes Auditivos 0800 Capitais e Regiões Metropolitanas Demais Localidades 0800 Ouvidoria: 0800 SUSEP: 0800 021 8484 | www.susep.gov.br SAC (informações, cancelamentos e reclamações) 0800 Local e Data Assinatura do Cônjuge Data: 02/08/2021 3:09 PM Página: 7 / 7 Matriz: (endereço) CNPJ. www.XXXX.com.br 97 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO — ANEXO 2 – MODELO DE PROPOSTA DE SEGURO DE DANOS PÁGINA 1 de 4 PROPOSTA DE SEGURO DATA DE CÁLCULO: ORIGEM N. PROPOSTA COMPANHIA 22/10/2019 11 - 17024733 VIGÊNCIA DAS 24H DO DIA TIPO DE SEGURO:22/10/2019 NOVO ATÉ AS 24H DO DIA IMPRESSÃO:22/10/2020 22/10/2019 - 14:40:23 C.N.P.J. SUSEP N.: RAMO: 118 MODALIDADE: 0 - PRINT WEB EMPRESA DADOS GERAIS PROPONENTE TIPO DE PESSOA JURÍDICA CNPJ ATIVIDADE ECONÔMICA TIPO DE EMPRESA E-MAIL DO SEGURADO ENVIAR CÓPIA DA APÓLICE PARA O E-MAIL DO CORRETOR ? ENVIAR APÓLICE FÍSICA PARA TELEFONE RESIDENCIAL TELEFONE CELULAR TELEFONE COMERCIAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO Não desejo informar RECEITA OPERACIONAL BRUTA ANUAL Não desejo informar CONTROLADORES Não desejo informar os Administradores, Controladores e Procuradores QUESTIONÁRIO GERAL QUESTÕES RESPOSTAS POSSUI RISCOS MAIORES DE R$ 5.000.000,00 ? NÃO ENDEREÇO EMPRESARIAL CEP CIDADE ESTADO ENDEREÇO NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO ENDEREÇO DE COBRANÇA CEP CIDADE ESTADO SP ENDEREÇO NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO INFORMAÇÕES CADASTRAIS DO CORRETOR SUSEP NOME DA CORRETORA TELEFONE () % PART. 100,00 E-MAIL TELEFONE PARA FUTUROS CONTATOS DE INSPEÇÃO TELEFONE RAMAL CONTATO LOCAL DE RISCO 1 LOCAL DE RISCO NÚMERO BAIRRO CEP COMPLEMENTO CIDADE ESTADO ATIVIDADE ECONÔMICA QUESTIONÁRIO Importante: Declarações falsas, inexatas ou omissas implicarão na perda de indenização e cancelamento da apólice, conforme itens 23 e 25 das Condições Gerais. QUESTÕES RESPOSTAS EXPERIÊNCIA DO RISCO SEM BÔNUS O LOCAL DE RISCO POSSUI ISOPAINELEM SUA CONSTRUÇÃO ? NÃO POSSUI SEGUROS VIGENTES PARA O MESMO LOCAL DE RISCO ? NÃO O IMÓVEL POSSUI UM PROGRAMA CONTÍNUO DE REUSO, REAPROVEITAMENTO OU USO EFICIENTE DE ÁGUA ? NÃO CONTRATAR VALOR DE NOVO (SEM DEPRECIAÇÃO) ? SIM 98 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO PÁGINA 2 de 4 DESCONTOS DESCONTO RESPOSTA DESCONTO POR AGRUPAMENTO DE COBERTURAS (%) 10 L.M.I. DISCRIMINADO L.M.I. DISCRIMINADO NÃO DESEJO L.M.I DISCRIMINADA COBERTURAS COBERTURA L.M.I. PRÊMIO P.O.S. INCENDIO, EXPLOSÃO, FUMAÇA E QUEDA DE AERONAVE 250.000,00 209,83 POS não contratada. DANOS ELETRICOS 20.000,00 80,81 10% das indenizações com o mínimo de R$900,00 CHUVEIROS AUTOMÁTICOS 70.000,00 100,13 Não há. SUBTRAÇÃO DE BENS 10.000,00 113,91 POS não contratada. PERDA DE ALUGUEL 15.000,00 26,94 Não há. DESPESAS FIXAS 50.000,00 26,94 5 dias de paralisação do estabelecimento RESPONSABILIDADE CIVIL 10.000,00 38,62 10% das Indenizações com mínimo de R$ 500,00. RC EMPREGADOR 10.000,00 20,39 10% das Indenizações com mínimo de R$ 500,00. VAZAMENTO TANQUES TUBULACOES 10.000,00 101,77 15% das indenizações com mínimo de R$1.000,00. COBERTURA DE DESPESAS FIXAS DECORRENTES DE: Incêndio (X) Danos Elétricos ( ) Vendaval ( ) Tumultos ( ) CLÁUSULA DE SERVIÇOS PLANO PRATA - REDE REFERENCIADA - EMP SERVIÇOS DE SINISTRO LIMPEZA GUARDA DA RESIDENCIA COBERTURA PROVISÓRIA DE TELHADOS COBERTURA PROVISORIA PORTAS JANELAS DIVISAS E VITRINES SERVIÇOS EMERGENCIAIS SUBSTITUIÇÃO DE TELHAS E CUMEEIRAS ELETRICISTA REPAROS DE TELEFONIA DESENTUPIMENTO REPAROS AR CONDICIONADO REPAROS EM BEBEDOURO VIGIA ENCANADOR CHAVEIRO COMUM REPAROS EM PORTA DE AÇO ONDULADA CLÁUSULAS PARTICULARES ADMISSÃO VIA FONE /CHAT/E-MAIL A PRESENTE PROPOSTA FOI EMITIDA CONFORME SOLICITAÇÃO TELEFÔNICA, CHAT OU E-MAIL FEITA EM NOME DO SEGURADO PELO CORRETOR DE SEGUROS. OS VALORES DAS COBERTURAS, PARTICIPAÇÕES OBRIGATÓRIAS DO SEGURADO, PRÊMIOS E DEMAIS CONDIÇÕES, FORAM ESTABELECIDAS CUJA DATA ESTÁ REGISTRADA NO CAMPO PRÓPRIO. OS DADOS E INFORMAÇÕES FORNECIDOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE E DO CORRETOR, OS QUAIS DEVEM OBRIGATORIAMENTE COINCIDIR COM A REGULAR DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA. É FACULTADO AO SEGURADO, ATRAVÉS DO SEU CORRETOR DE SEGUROS, O DIREITO DE ARREPENDIMENTO EM 07 (SETE) DIAS DA DATA DE EMISSÃO DA APÓLICE CONFORME PREVISTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, O QUE DEVERÁ SER FEITO MEDIANTE ENTREGA DE CARTA DEVIDAMENTE PROTOCOLADA EM QUALQUER ESCRITÓRIO DA SEGURADORA. PARA EMISSÕES COM FORMA DE PAGAMENTO DÉBITO EM CONTA CORRENTE OU CARTÃO DE CRÉDITO: AS INFORMAÇÕES E DADOS FORNECIDOS (BANCO, AGÊNCIA, CONTA CORRENTE, DADOS DO CARTÃO DE CRÉDITO), SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO CORRETOR DE SEGUROS, O QUAL DECLAROU TER OBTIDO ANUÊNCIA DO SEGURADO PARA FORNECÊ-LAS. 99 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO PÁGINA 3 de 4 CLÁUSULA PARTICULAR DE RATEIO CÁLCULO DE RATEIO ESTOU CIENTE E DE ACORDO QUE SOMENTE NOS CASOS EM QUE O VALOR EM RISCO DECLARADO (VRD) FOR INFERIOR A 80% (OITENTA POR CENTO) DO VALOR EM RISCO APURADO (VRA) NO MOMENTO DO SINISTRO, O SEGURADO PARTICIPARÁ PROPORCIONALMENTE DOS PREJUÍZOS CORRESPONDENTES A ESTA DIFERENÇA, CONFORME DETERMINA AS CONDIÇÕES GERAIS DO XXX SEGURO EMPRESA PARA LOCAIS COM VALOR CONTRATADO PARA A COBERTURA DE INCÊNDIO (LMI) INFERIOR A R$2.000.000,00 (DOIS MILHÕES DE REIAS) NÃO SERÁ SOLICITADO O VRD, NESTES CASOS O CÁLCULO DO RATEIO SERÁ FEITO UTILIZANDO O LMI CONTRATADO. QUANDO NA OCASIÃO DO SINISTRO O VALOR EM RISCO APURADO (VRA) FOR INFERIOR A R$2.000.000,00 (DOIS MILHÕES DE REIAS) A CONTRATAÇÃO SERÁ A PRIMEIRO RISCO ABSOLUTO. IA - CONSTRUÇÕES ISOPAINEL INCÊNDIO FICA ENTENDIDO E ACORDADO QUE CONFORME DESCRITO NO ITEM EMPRESAS ABRANGIDAS PELO SEGURO DAS CONDIÇÕES GERAIS. CASO SEJA CONSTATADO QUE NO LOCAL DE RISCO POSSUA CONSTRUÇÃO EM ISOPAINEL OU "PAINEL SANDUÍCHE" CONSTITUÍDO POR CHAPAS METÁLICAS UNIDAS POR UM MATERIAL ISOLANTE, SERÁ COBRADO PRÊMIO ADICIONAL E PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA, CONSIDERANDO O LIMITE MÁXIMO DE INDENIZAÇÃO CONTRATADO PARA A COBERTURA DE INCÊNDIO, EXPLOSÃO E FUMAÇA, CONFORME SEGUE: 10% DAS INDENIZAÇÕES COM MÍNIMO DE R$ 25.000,00. RATIFICAM-SE OS DEMAIS DIZERES DAS CONDIÇÕES GERAIS QUE NÃO TENHAM SIDO ALTERADAS PELA PRESENTE CLÁUSULA. DEMONSTRATIVO DE PRÊMIO DO ITEM PRÊMIO LÍQUIDO COBERTURAS 719,34 PRÊMIO LÍQUIDO CLÁUSULAS 301,66 PRÊMIO LÍQUIDO TOTAL 1.021,00 CUSTO DE APÓLICE 0,00 PRÊMIO TOTAL 1.096,35 DESCONTOS DESCONTO PERCENTUAL DESCONTO DE NEGOCIAÇÃO 10.50 CLÁUSULAS PARTICULARES ADMISSÃO VIA FONE /CHAT/E-MAIL A PRESENTE PROPOSTA FOI EMITIDA CONFORME SOLICITACcedil;Atilde;O TELEFOcirc;NICA, CHAT OU E-MAIL FEITA EM NOME DO SEGURADO PELO CORRETOR DE SEGUROS. OS VALORES DAS COBERTURAS, PARTICIPACcedil;Otilde;ES OBRIGATOacute;RIAS DO SEGURADO, PREcirc;MIOS E DEMAIS CONDICcedil;Otilde;ES, FORAM ESTABELECIDAS CUJA DATA ESTAacute; REGISTRADA NO CAMPO PROacute;PRIO. OS DADOS E INFORMACcedil;Otilde;ES FORNECIDOS SAtilde;O DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE E DO CORRETOR, OS QUAIS DEVEM OBRIGATORIAMENTE COINCIDIR COM A REGULAR DOCUMENTACcedil;Atilde;O APRESENTADA. Eacute; FACULTADO AO SEGURADO, ATRAVEacute;S DO SEU CORRETOR DE SEGUROS, O DIREITO DE ARREPENDIMENTO EM 07 (SETE) DIAS DA DATA DE EMISSAtilde;O DA APOacute;LICE CONFORME PREVISTO NO COacute;DIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, O QUE DEVERAacute; SER FEITO MEDIANTE ENTREGA DE CARTA DEVIDAMENTE PROTOCOLADA EM QUALQUER ESCRITOacute;RIO DA SEGURADORA. PARA EMISSOtilde;ES COM FORMA DE PAGAMENTO DEacute;BITO EM CONTA CORRENTE OU CARTAtilde;O DE CREacute;DITO: AS INFORMACcedil;Otilde;ES E DADOS FORNECIDOS (BANCO, AGEcirc;NCIA, CONTA CORRENTE, DADOS DO CARTAtilde;O DE CREacute;DITO), SAtilde;O DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DO CORRETOR DE SEGUROS, O QUAL DECLAROU TER OBTIDO ANUEcirc;NCIA DO SEGURADO PARA FORNECEcirc;-LAS. DEMONSTRATIVO DE PRÊMIO GERAL PRÊMIO LÍQUIDO COBERTURAS PRÊMIO LÍQUIDO CLÁUSULAS PRÊMIO LÍQUIDO TOTAL CUSTO DE APÓLICE I.O.F. PRÊMIO TOTAL 719,34 301,66 1.021,00 0,00 75,35 1.096,35 INFORMAÇÃO DE COBRANÇA. FORMA DE PAGAMENTO 41 - 4 x BOLETO BANCARIO VALOR DAS PARCELAS 1º PARCELA DEMAIS PARCELAS(R$) JUROS I.O.F. ENCARGOS 274,08 274,09 0,00 75,35 0,00 100 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO PÁGINA 4 de 4 AVISOS Além das garantias de Incêndio, Raio (danos físicos), Explosão e Fumaça, a cobertura básica também ampara despesas decorrentes de medidas tomadas para redução dos prejuízos e desentulho, em caso de sinistro coberto. Atividades inspecionáveis ( conforme Manual ) estão sujeitas a inspeção para Análise de Aceitação. A Participação Obrigatória do Segurado (POS) será deduzida da indenização de cada sinistro, em moeda corrente de acordo com o valor estabelecido na especificação deste documento. OBSERVAÇÕES A aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação a sua comercialização. O segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF. Este orçamento terá validade por 15 (quinze) dias corridos a contar da data de sua realização perdendo sua validade na data de início da vigência do risco constante no orçamento. As condições contratuais/regulamento deste produto protocolizadas pela sociedade/entidade junto à Susep poderão ser consultadas no endereço eletrônico www.susep.gov.br, de acordo com o número de processo constante da apólice/proposta. DECLARAÇÕES DO PROPONENTE Declaro que as informações foram prestadas com exatidão, boa fé e verdade e assumo integral responsabilidade, inclusive poles não escritas de próprio punho. Tomei conhecimento prévio das Condições Gerais da Apólice correspondente a esta proposta. Estou ciente e de acordo que a Seguradora tem o prazo de 15 dias contados do protocolo da Proposta de Seguro com o respectivo pagamento do prêmio ou da 1ª parcela do prêmio,para se manifestar sobre a concretização ou não do seguro. No case de não aceitação da Proposta de Seguro o eventual pagamento de prêmio efetuado será devolvido devidamente corrigido polo IPCA/IBGE proporcional aos dias decorridos. Havendo indenização, autorizo que o valor seja creditado em minha conta bancária a ser indicada no momento oportuno. Declaro estar ciente e expressamente autorizo a inclusão de todos os dados e informações relacionadas ao presente seguro, assim como de todos os eventuais sinistros e ocorrências referentes ao mesmo, em banco de dados, aos quais a seguradora poderá repórter pare análise de riscos atuais e futuros e na liquidação de processos de sinistros. Conforme estabelece o artigo 10, II, "e" da Circular Susep 445/2012, o proponente pessoa jurídica deve informar a seguradora os nomes dos controladores até o nível de pessoa física, dos principais administradores e procuradores. Na qualidade de representante legal da pessoa jurídica proponente, garanto a veracidade e completude dos dados fornecidos nos termos do artigo 766 do Código Civil. LOCAL E DATA ASSINATURA DO PROPONENTE ASSINATURA DO CORRETOR 101 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO — ANEXO 3 – MODELO DE APÓLICE DE SEGURO DE DANOS DADOS DO CORRETOR Nome: SUSEP: Telefone: E-mail: Participação (%): 50 DEMAIS CORRETORES (CO-CORRETAGEM) Nome: SUSEP: E-mail: Telefone: Participação (%): 50 DADOS DA APÓLICE Apólice: *NOVA* Número da proposta: Número da apólice: Ramo: 114 Vigência: A partir das 24h do dia 02/12/2021 até as 24h do dia 02/12/2022. Processo SUSEP. Código C.I.: DADOS DO SEGURADO Nome: CPF: Endereço: Bairro: Cidade: Sao Paulo Estado: SP CEP: Telefone: Não informado Celular: E-mail: LOCAL SEGURADO Endereço: Bairro: 102 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO NOME DA COBERTURA INCÊNDIO, EXPLOSÃO, FUMAÇA E QUEDA DE AERONAVE DANOS ELÉTRICOS PERDA OU PAGAMENTO DO ALUGUEL PREÇO LÍQUIDO DAS COBERTURAS PREÇO (R$) R$ R$ R$ R$ L.M.I.1 (R$) R$ R$ R$ LOCAL SEGURADO Cidade: Estado: CEP: Tipo de residência: Casas de alvenaria COBERTURAS CONTRATADAS 1. Limite máximo de indenização. PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO INCÊNDIO, EXPLOSÃO, FUMAÇA E QUEDA DE AERONAVE DANOS ELÉTRICOS PERDA OU PAGAMENTO DO ALUGUEL SERVIÇOS CONTRATADOS PLANO ESSENCIAL GRATUITO EM CASO DE SINISTRO - 2 UTILIZAÇÕES POR SERVIÇO Caçamba Cuidador de crianças e idosos Hospedagem Limpeza Cobertura provisória de telhados Guarda da residencia Hospedagem de animais domésticos Transferência de móveis Não há 10% das indenizações com mínimo de R$500,00. Não há 103 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO PREÇO LÍQUIDO DO PLANO DE SERVIÇOS R$ 0,00 SERVIÇOS CONTRATADOS PLANO ESSENCIAL GRATUITO EMERGENCIAIS - ATÉ 3 UTILIZAÇÕES NA VIGÊNCIA Chaveiro comum Encanador Rep. máq. de lavar roupa Rep. de fogão, cook top e forno, a gás Rep. de máq. de lavar louça Reparos de telefonia Rep. em geladeira modelo side by side Reversão de gás para fogão Eletricista Lav. de roupas lava e seca Rep. de congelador freezer Rep. de forno microondas Rep. de máq. de secar roupa Rep. em depurador e exaustor de ar Rep. em geladeira e frigobar Vidraceiro QUESTIONÁRIO Importante: declarações falsas, inexatas ou omissas implicarão a perda de indenização e o cancelamento da apólice. LMI Discriminada L.M.I. SEPARADA PARA EDIFÍCIO E CONTEÚDO A residencia encontra-se localizada em condomínio horizontal? Sim Houve sinistro no local nos últimos 12 meses? Não Edifício R$ Conteúdo R$ Contratar Valor de Novo (Sem Depreciação)? Não INFORMAÇÕES ADICIONAIS LIMITE MÁXIMO DE INDENIZAÇÃO DISCRIMIDADO Valor do imóvel: R$ Valor do conteúdo: R$ CLÁUSULAS PARTICULARES Valor de novo Foi optado pelo segurado a contratação do seguro com aplicação da depreciação nas coberturas. Em caso de sinistro será aplicada a regra de depreciação conforme previsto no item 20 apuração dos prejuízos das 104 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO R$ PREÇO TOTAL DO SEGURO R$ IOF R$ Preço líquido das coberturas VALOR (R$) DESCRIÇÃO INFORMAÇÕES ADICIONAIS CLÁUSULAS PARTICULARES condições gerais. Foi optado pelo segurado a contratação do seguro comaplicação da depreciação nas coberturas. Em caso de sinistro será aplicada a regra de depreciação conforme previsto no item apuração dos prejuízos das condições gerais. Ratificam-se os dizeres das condições gerais deste seguro que não tenham sido alterados pela presente cláusula. Ratificam-se os dizeres das condições gerais do presente seguro que não tenham sido alterados pela presente cláusula. Proteção de dados pessoais 1. A ( Seguradora) (aqui compreendida por todas as empresas pertencentes ao seu grupo econômico), tem o compromisso de respeitar e garantir a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos titulares e por isso, declara que o tratamento de dados pessoais se dá para o desempenho de suas atividades legais, observando a legislação aplicável sobre segurança da informação, privacidade e proteção de dados e demais normas setoriais ou gerais sobre o tema. 2. A coleta de dados pessoais pode ocorrer de diversas formas, como por exemplo: na cotação e/ou contratação de seus diversos produtos e serviços, utilizações do site e aplicativos, bem como nas interações com os diversos canais de comunicação, mas sempre respeitando os princípios finalidade, adequação, necessidade, transparência, livre acesso, segurança, prevenção e não discriminação e obrigações legais. 3. A Seguradora implementará as medidas técnicas e organizacionais apropriadas para proteger os dados pessoais, levando em conta técnicas avançadas disponíveis, o contexto e as finalidades do tratamento. As medidas de segurança atenderão as (i) exigências das leis de proteção de dados; e (ii) medidas de segurança correspondentes com as boas práticas de mercado. 4. Os dados pessoais serão, em regra, armazenados pelo tempo que perdurará a relação entre as partes. Entretanto, há situações em que esses dados deverão ser armazenados além do período de relacionamento e essas situações advêm de exigências legais e/ou regulatórias, ou quando for necessário para exercer direitos em processos judiciais ou administrativos. 5. A Seguradora possui uma política de privacidade, a qual encontra-se disponível no seguinte endereço www. com. b r VALORES DO SEGURO 105 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO R$ 224,69 DADOS DO PAGAMENTO FORMA DE PAGAMENTO BOLETO BANCARIO PARCELAMENTO DO SEGURO Parcela Valor (R$) Vencimento 01 12/12/2021 INFORMAÇÕES E CLÁUSULAS GERAIS Admissão via fone /chat/e-mail A presente proposta foi emitida conforme transmissão eletrônica realizada pelo corretor de seguros em nome do segurado. os valores das coberturas, participações obrigatórias do segurado, prêmios e demais condições, foram estabelecidas na data registrada nesta apólice. Os dados e informações fornecidos são de inteira responsabilidade do proponente e do corretor, os quais devem obrigatoriamente coincidir com a regular documentação apresentada. é facultado ao segurado, através do seu corretor de seguros, o direito de arrependimento em 07 (sete) dias da data de emissão da apólice conforme previsto no código de defesa do consumidor, caso não tenha sido utilizado nenhum serviço da apólice. Os dados fornecidos (banco, agência, conta corrente, dados do cartão de crédito) para as emissões com forma de pagamento débito em conta corrente ou cartão de crédito, são de inteira responsabilidade do corretor de seguros, o qual declarou ter obtido anuência do segurado para fornecê-las. Para validade do presente contrato, a seguradora, representada por seu diretor - presidente,assina esta apólice Local e Data. Assinaturas Seguradora 106 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO — ANEXO 4 – MODELO DE APÓLICE DE SEGURO DE AUTOMÓVEL Logo C.N.P.J: Número Código: Seguro Auto Sucursal: SÃO PAULO Proposta Individual de Renovação NR Registro: 19/11/2021 15.48.37 (Tarifa:Novembro/2021) Na Renovação Seguradora não é obrigatória vistoria prévia. Evite perder tempo realizando vistoria desnecessária. Cálculo válido até 14/12/2021 desde de que não seja excluído. Email: Pessoa exposta politicamente : Não. Banco: Agência: Conta: CPF: Agrupamento: 00000 Vigência Apólice às 24h de: 23/11/2021 até às 24h de: 23/11/2022 Renova Cia: Qt. Parc: 01 À Vista: Sim Data Recibo: 00/00/0000 Valor: R$ 0,00 Cobrança: Débito em Conta Corretor(es): Perc.Div: 100,00% Tel: 0011- Ramal: (0000) Fax: - Ramal ( ) Susepinha: SUSEP: Insp.reg: SAC : 0800 Ouvidoria: 0800 SAC /Ouvidoria Deficientes Auditivos: 0800 Assistência e/ou sinistro: Capitais e Grandes Centros 4004 Outras Regiões 0800 Dados do Veículo Item: 1 Data de saída: Número da nota fiscal: Cobertura provisória: Número agendamento para instalação dispositivo: 0 Dispositivo já instalado: Não Cód.FIPE:00014039-2 Modelo: FIT LX-MT 1.4 8V Fabricante: HONDA Ano/Model: 2005 / 2005 0KM: Não - 76670 Veículo Alienado: Não Capacidade: 05 Portas: 5 Kit Gás: Não Perc de desconto de IPI/ICMS: S/Isenção Vistoria Especial: Não Chassi remarcado: Não Câmbio Automático: Não Franquia: 50% Básica - 3 Placa: Chassi: Renavam: Combustível: Blindado: Não Cobert/Categ: Compreensiva / Bônus: Classe 01 Beneficiário: Classe Localização: CEP de Pernoite: Acessórios/Equipamentos: Número da Vistoria: 000000000 Data da Vistoria: Dentre as formas de contratação oferecidas pela Seguradora, foi selecionada a modalidade abaixo, nos termos das Condições Contratuais do Seguro de Automóvel, conforme Processo SUSEP n. 15414.001055/2004-84 (X) VMR-Valor de Mercado Referenciado (Cláusula 52),com fator de ajuste de 100,00% em relação à tabela FIPE. Franquias: Dedutível(is) a cada sinistro indenizável, em caso de perda parcial: Automóvel (casco): R$ 2.537,00 / Equipamentos: Não contratado /Acessórios: Não contratado Franquia de Vidro Para Brisa e traseiro: R$ 170,00 Franquia de Vidro Lateral: R$ 90,00 Franquia de Retrovisor R$ 170,00 Franquia de Farol e Lanterna convencional: R$ 210,00 Franquia de Farol de xenônio / Farol de Led (Item de série): R$ 890,00 Franquia de lanterna de LED(Item de série): R$ 290,00 Dados do Cliente: Nascimento: Pessoa: Física CPF: Celular: Profissão: Renda Mensal: End. Cobrança: Env. Digital R.G.: Nacionalidade: Brasileira Emissor: Reside no Brasil? Emissão: End. Cliente: Nr.: Compl: Bairro: Cidade: CEP: DDD: (0011) Tel: 107 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO Proposta Individual de Renovação 19/11/2021 15.48.37 Seguro Auto Sucursal: C.N.P.J: Número Código: NR Registro: (Tarifa:Novembro/2021) QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO "(CLÁUSULA 57A)" Principal condutor com idade superior a 24 anos - Versão 24 O principal condutor utiliza o veículo dois ou mais dias da semana, para prestação de serviços e/ou visitar clientes e/ou fornecedores? Não O principal condutor possui garagem ou estacionamento fechado exclusivo para o veículo: Na residência? Sim, com portão automático ou Porteiro. No trabalho? Não trabalha ou não utiliza o veículo como meio de transporte ao trabalho. No colégio/faculdade/pós-graduação? Não estuda ou o veículo não é utilizado como meio de transporte ao colégio/faculdade/pós-graduação. Possui dispositivo Antifurto/Anti-roubo instalado? Comum Residem com o principal condutor, pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos? Sim e utiliza o veículo até 15% do tempo da semana, e seja do sexo masculino. Nome do Principal condutor: (O principal condutor é a pessoa que utiliza o veículo pelo menos 85% do tempo da semana, caso não exista um principal condutor informar o condutor mais jovem.) Principal Condutor Sexo CPF Nascimento E. Civil Moradia 2-Casado(a) 3-Apartamento/Flat Garantias Contratadas Cláusulas nrs L.M.I Prêmio R$ 11-Automóvel (Casco) 1 Valor Referenciado FIPE 1.011,72 14-RCFV DM 118 100.000,00 394,35 15-RCFV DC 119 200.000,00 76,74 190-APP Morte Acidental 10.000,00 13,75 191-APP Invalidez Permanente 10.000,00 13,75 38-Vidros,retr.,faróis e lant. 38N Rede Referenciada 76,57 33-Carro Extra 58I 07 Dias - Referenciada 33,91 35-Danos Morais e estéticos 135 10.000,00 16,73 37-Assistência ao Veículo 37H Gratuita 0,00 Cálculo de Prêmio Total R$ Prêmio Automóvel+Demais: 1.011,72 Parcelamento: 1 parcela de R$ 1.758,37 Prêmio RCF(DM + DC): 487,82 Serviços assistência 0,00 Prêmio APP: 27,50 Prêmio Gar.Opc.: 110,48 Prêmio Líquido: 1.637,52 Adic.Frac. ( 0,00%): 0,00 IOF: 120,85 Custo de Apólice: 0,00 Prêmio Total: 1.758,37 (Qualquer divergência no parcelamento com relação a vigência a proposta será devolvida) AVISOS: Para proposta com forma de pagamento Debito em Conta, o respectivo banco somente validara o debito cujo CPF/CNPJ informado seja do proprio correntista. A utilizacao do carro extra esta sujeita as regras da locadora no ato da solicitacao. Para maiores informacoes consultar as Condicoes Gerais do Produto. Veículos com 11 anos ou mais de uso tem direito ao parcelamento do prêmio total em até 10 vezes fixas nas opções de pagamento em débito em conta..Em caso de pagamento a vista no débito em conta, cartão de crédito ou ficha de compensação é concedido o desconto de 5%. O recebimento da apolice sera por meio digital. Cliente Correntista Itau Uniclass tem desconto de 7% no premio liquido do seguro. Desconto concedido no calculo. Na Renovacao XXXX nao e obrigatoria vistoria previa. Evite perder tempo realizando vistoria desnecessaria. "Declaro, como Corretor responsável por esta intermediação, que, na forma da legislação vigente, dei cumprimento integral às disposições contidas na Resolução CNSP n° 382/2020, inclusive quanto à prévia disponibilização ao proponente das informações previstas no art. 4°, § 1°, da referida Resolução." 108 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO Proposta Individual de Renovação 19/11/2021 15.48.37 Seguro Auto Sucursal: C.N.P.J: Número Código: NR Registro: (Tarifa:Novembro/2021) As peças avariadas que necessitem de substituição serão substituídas por outras de reposição genuínas ou originais não genuínas, da mesma especificação do fabricante, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. Nos reparos dos veículos segurados, quando realizados em oficinas referenciadas, serão empregadas peças automotivas genuínas nos seguintes itens: (a) sistemas de freios e seus subcomponentes; (b) caixa de direção e eixos; (c) as peças de suspensão; (d) o sistema de airbags; (e) os cintos de segurança; e (f) lataria de porta, paralama, capô, tampa traseira, lateral, painel dianteiro e traseiro. Com relação às demais peças empregadas no reparo dos veículos, em itens que não sejam os especificados acima, poderão ser empregadas, além das peças genuínas, peças automotivas originais não genuínas. Peças genuínas: são aquelas vendidas pelo fabricante à montadora de veículos e distribuídos para os concessionários ou para distribuidoras de peças que a representam e que, em geral, trazem o logotipo, símbolo ou marca da montadora. Peças originais não genuínas: são aquelas vendidas pelo fabricante à rede de varejo independente, que não ostentam o logo, marca ou símbolo da montadora em suas estruturas e que mantenham todas as suas especificações técnicas e funcionalidades originais. PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS 1. XXXX SEGUROS tem o compromisso de respeitar e garantir a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos titulares e por isso, declara queo tratamento de dados pessoais se dá para o desempenho de suas atividades legais, observando a legislação aplicável sobre segurança da informação, privacidade e proteção de dados e demais normas setoriais ou gerais sobre o tema. 2. A coleta de dados pessoais pode ocorrer de diversas formas, como por exemplo: na cotação e/ou contratação de seus diversos produtos e serviços, utilizações do site e aplicativos, bem como nas interações com os diversos canais de comunicação, mas sempre respeitando os princípios finalidade, adequação, necessidade, transparência, livre acesso, segurança, prevenção e não discriminação e obrigações legais. 3. XXXX SEGUROS implementará as medidas técnicas e organizacionais apropriadas para proteger os dados pessoais, levando em conta técnicas avançadas disponíveis, o contexto e as finalidades do tratamento. As medidas de segurança atenderão as (i) exigências das leis de proteção de dados; e (ii) medidas de segurança correspondentes com as boas práticas de mercado. 4. Os dados pessoais serão, em regra, armazenados pelo tempo que perdurará a relação entre as partes. Entretanto, há situações em que esses dados deverão ser armazenados além do período de relacionamento e essas situações advêm de exigências legais e/ou regulatórias, ou quando for necessário para exercer direitos em processos judiciais ou administrativos. 5. XXXX SEGUROS possui uma Política de Privacidade, a qual encontra-se disponível no seguinte endereço https://www.XXXXseguros.com.br/institucional/politica-de-privacidade/ 109 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO Proposta Individual de Renovação 19/11/2021 15.48.37 Seguro Auto Sucursal: C.N.P.J: Número Código: NR Registro: (Tarifa:Novembro/2021) Cláusulas Ratificadas na Proposta QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO - CLÁUSULA 57A: Os dados do Questionário de Avaliação de Risco, devem ser preenchidos com as informações de utilização do veículo durante a vigência do seguro. Quando na ocorrência de sinistro com o veículo segurado, for apurado que as informações prestadas pelo cliente, seu representante legal ou pelo Corretor de Seguros no Questionário de Avaliação de Risco, não correspondem às declarações verdadeiras e completas, ou omitem circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta, ou no cálculo do prêmio o cliente PERDERÁ O DIREITO À INDENIZAÇÃO, conforme disposto na Cláusula 12 - Alínea "a" - Perda de Direitos. IMPORTANTE Fica entendido e acordado que, o presente seguro somente será emitido nas condições desta proposta. Caso sejam constatadas no laudo de vistoria a existência de avarias no veículo, até o limite aceito pela XXXX, as mesmas serão registradas no Relatório de Vistoria Prévia do Risco, como também a apólice será emitida com Cláusula 59 - Cláusula Especial de Avarias Preexistentes, das Condições Gerais do XXXX Seguro Auto. A aceitação do seguro estará sujeita a análise do risco. A XXXX Seguros tem 15 (quinze) dias para considerar aceito os termos e condições da presente proposta. No caso de recusa da presente proposta pela XXXX Seguros e o cliente ou proponente tenha efetuado qualquer pagamento, reconhecido e comprovado, o mesmo será restituído ao cliente ou proponente. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação a sua comercialização. O Segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF. "Não serão aceitos como PARTE INTEGRANTE DO VALOR DO VEÍCULO: acessórios (rádios, toca-fitas, CD, etc) e/ou equipamentos e/ou carrocerias, devendo os mesmos serem indicados nos campos específicos para cobertura." "Se a tabela FIPE, divulgada no site www.fipe.org.br for extinta ou deixar de ser publicada a indenização integral terá como base o valor que constar na tabela Molicar." Não serão aceitos neste seguro os veículos utilizados como Transporte de Passageiros por Aplicativo. Quando da ocorrência do sinistro, for constatado que o veículo é utilizado como Transporte de Passageiros por Aplicativo e na proposta for informado o tipo de uso como particular, ou ainda, a utilização do mesmo tenha sido alterada durante a vigência do seguro para Transporte de Passageiros por Aplicativo sem que a seguradora tivesse sido previamente comunicada, o segurado perderá o direito a indenização conforme disposto na Cláusula 13 - alínea "a" - Perda de Direitos. "Em caso de sinistro, segurado e terceiro terão direito à livre escolha de oficina para reparo de seu veículo, sem que isso implique por si só na negativa da indenização ou reparação." Em atendimento à regulamentação vigente, informamos que incidem as alíquotas PIS 0,65% e COFINS 4% sobre a formação de preço. As condições contratuais/regulamento deste produto protocolizadas pela sociedade/entidade junto à Susep poderão ser consultadas no endereço eletrônico www.susep.gov.br, de acordo com o número de processo constante da apólice/proposta. 110 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO Proposta Individual de Renovação 19/11/2021 15.48.37 Seguro Auto Sucursal: C.N.P.J: Número Código: NR Registro: (Tarifa:Novembro/2021) Declaro que : 1. Recebi as orientações sobre esta proposta, bem como o acesso às condições gerais do seguro e suas cláusulas por meio da página da XXXX Seguros na internet (www.XXXXseguros.com.br), e tomei ciência desse material e não tenho dúvidas sobre as referidas cláusulas. Estou ciente que posso solicitar a qualquer momento as Condições Gerais impressas ao meu Corretor de Seguros. 2. Esta proposta foi preenchida com dados informados por mim, inclusive o Questionário de Avaliação de Risco. 3. Estou ciente que a seguradora poderá utilizar meus dados cadastrais e que restrições financeiras, tais como ações, cheques sem fundos, protestos, pendências financeiras e similares, sejam em nome do proponente, ou em nome do proprietário legal do veículo, ou em nome do condutor indicado nesta proposta, poderão implicar na recusa imediata do risco. 4. Solicito expressamente que o respectivo endosso e o carne de pagamento, sejam encaminhados diretamente ao corretor indicado nesta proposta, que enviará aos meus cuidados. 5. Estou ciente e expressamente autorizo a inclusão de todos os dados e informações relacionadas ao presente seguro, assim como de todos os eventuais sinistros e ocorrências referentes ao mesmo, em banco de dados, aos quais a seguradora poderá recorrer para análise de riscos atuais e futuros e na liquidação de processos de sinistros. 6. Conforme estabelece o artigo 7, II, 'e' da Circular Susep 445 de 02 de julho de 2012, o proponente pessoa jurídica deve informar à seguradora os nomes dos controladores até o nível de pessoa física, dos principais administradores e procuradores. Essas informações devem ser prestadas em formulário anexo. Na qualidade de representante legal da pessoa jurídica proponente, garanto a veracidade e completude dos dados fornecidos, nos termos do artigo 766 do Código Civil. Declaro que : 1. Tomei ciência das Condições Contratuais e dei conhecimento das mesmas ao meu Cliente / Proponente. 2. Prestei as devidas orientações sobre a proposta e as Condições Contratuais ao meu Cliente/Proponente, que leu e não tem dúvidas. 3.Esta proposta foi preenchida por mim, representante legal do meu Cliente/Proponente, com os dados fornecidos e aceitos pelo mesmo. PROPONENTE CORRETOR(ES) LOCAL E DATA 111 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO C.N.P.J: SEGURO AUTO Versão 21.11 (2111) AUTORIZAÇÃO PARA DÉBITO EM CONTA CORRENTE ATUALIZADA Pela presente, autorizo(amos), a XXXX SEGUROS, a efetuar o débito automático em minha(nossa) conta corrente abaixo mencionada, para pagamento das parcelas subsequentes deste seguro do ramo Automóvel. Proposta número N° da apólice (no caso de endosso) Qtd. de parcelas01 Valor da primeira parcela R$ 1.758,37 Datas para débito Todo dia 30 Nome do cliente CPF/CNPJ Banco Itaú N° do banco Nome da agência Cód. agência - débito N° conta corrente - débito CPF/CNPJ - correntista Endereço CEP Cidade UF Telefone para contato Declaro também que tenho(temos) ciência de que, caso os débitos não sejam efetuados nas datas previstas, por quaisquer dos motivos abaixo marcados , os quais poderão ocasionar o cancelamento automático da apólice de seguro em questão, e/ou perda do direito à indenização securitária, conforme art.763 do código civil. Nos pagamentos em atraso, serão acrescidos ao valor da parcela, juros mais taxa de vistoria no valor de R$60,00 (sessenta reais). • Encerramento da conta • Insuficiência de saldo na conta • Número de conta inválida • Encerramento da agência detentora da conta • CPF/CNPJ não ser do titular da conta • Divergência de assinatura • Contra-ordem do correntista • Débito não efetuado por se tratar de conta salário ou conta poupança • A falta de autorização prévia para débito em conta corrente, quando esta for uma exigência do Banco no qual a conta corrente é mantida. LOCAL E DATA ASSINATURA CORRENTISTA/CLIENTE *Este formulário deve ser enviado à sucursal, com a respectiva proposta de seguro até a data de início de vigência. O débito referente à primeira parcela ocorrerá até o 5º (quinto) dia da data da emissão. O débito automático das demais parcelas será feito na data escolhida pelo cliente e/ou corretor. Caso a data do débito da 2ª parcela seja superior a 30 dias da data do débito da 1ª parcela, será acrescido ao valor taxa de 0,16% para cada dia excedido. Caso o n° de dias entre a data de débito da 1ª Parcela e a data escolhida para a 2ª Parcela seja superior a 20 dias, os dois débitos poderão ocorrer no mesmo mês (consulte seu corretor). ATENÇÃO: A presente autorização de débito é válida, para emissão de apólice bem como de seus aditamentos (endossos) subsequentes que venham a ser gerados ao longo do Contrato de Seguro. 112 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO — ANEXO 5 – MODELO DE APÓLICE DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL Página: 1/4 Ao SILVA SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS A BBBB International do Brasil Seguros S/A tem a satisfação em tê-lo como Segurado. Segue em anexo a apólice de Seguro nº 1003715278000, emitida em conformidade com a MP nº 2.200-2/2001 que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, ICP - Brasil, a qual garante a autenticidade, a integridade e a validade de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais. Isto significa que a apólice digital, que V. Sas agora recebe, tem a mesma validade jurídica da apólice impressa, todavia com as vantagens e segurança das transações eletrônicas certificadas digitalmente. Além da segurança do processo de certificação digital, a autenticidade deste documento poderá ser verificada através de nosso site www.berkley.com.br. Atenciosamente BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414 TÍTULO: APÓLICE RC PROFISSIONAL Nº1007800371520 - ENDOSSO 0000000 Documento eletrônico digitalmente assinado por: Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001, que instituiu a infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP - Brasil por: Signatários(as): LEANDRO EZEQUIEL GARCIA OKITA Nº de Série do Certificado: 11DE200108660C8A Data e Hora Atual Dec 9 2021 2:47PM ALEXANDRO BARBOSA SANXES Nº de Série do Certificado: 11DE20010865FA68 Data e Hora Atual Dec 9 2021 2:47PM O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe oferece o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art 1º - Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. Logomarca da Seguradora Nº Apólice: 1007800371520 - ENDOSSO 0000000 Controle Interno: 1687380 Publicado por: Seguradora BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414 113 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO Página: 2/4 APÓLICE RC PROFISSIONAL Filial Emissora SÃO PAULO Apolice 1007800371520 Endosso 0000000 Proposta 23167414 Dt. Emissão 09/12/2021 Grupo RESPONSABILIDADES Ramo 78 - R. C. PROFISSIONAL Processo Susep 15414.900083/2013-77 Moeda REAL Cosseguro NÃO DADOS DO ESTIPULANTE/SEGURADO Nome SILVA COSTA E BARBOSA SOCIEDADE DE ADVOGADOS CPF / CNPJ 23.937.433/0001-73 Atividade Principal Desenvolvida Endereço RUA Inácio Número 702 Complemento SALA 05 CEP 03142-001 Bairro Vila Prudente Cidade São Paulo UF SP CO-SEGURADO Nome SILVA COSTA E BARBOSA SOCIEDADE DE ADVOGADOS VIGÊNCIA DO SEGURO A PARTIR DAS 24H DO DIA 15/11/2021 ATÉ ÀS 24HORAS DO DIA 15/11/2022 A BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA a seguir denominada ”SEGURADORA”, tendo em vista as declarações constantes da proposta de seguro mencionada, que lhe foi apresentada pelo “Estipulante / Segurado” acima identificado, proposta esta que, servindo de base para a Emissão da presente Apólice, fica fazendo parte integrante deste contrato, obriga-se a indenizar nos termos e sob as Condições Gerais, Especiais e Particulares anexas e que fazem parte integrante da presente apólice, as reparações pecuniárias decorrentes dos riscos do seguro, tudo de acordo com as condições gerais, especiais e particulares anexa. CONDIÇÕES DE COBERTURA DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL GARANTIAS / MODALIDADES / COBERTURAS CONTRATADAS IMPORTÂNCIA SEGURADA - (R$) (EM GARANTIA ÚNICA) FRANQUIAS POR RECLAMANTE (PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO EM CASO DE SINISTRO) PRÊMIO R$ 2.976,16 RC PROFISSIONAL R$ 400.000,00 10% dos prejuízos com o mínimo de R$ 5.000,00 para importância segurada de até R$ 500.000,00 acima 10% dos prejuízos com o mínimo de R$ OUTROS SEGUROS : Não há SUSEP - Superintendência de Seguros Privados - Autarquia Federal responsável pela fiscalização, normatização e controle dos mercados de seguro, previdência complementar aberta, capitalização, resseguro e corretagem de seguros - site www.susep.gov.br - Atendimento gratuito ao público Susep 0800-021-8484 CORRETOR Código Corretor Registro Susep Parti.% Lider 756822 Thiga Consultoria e Corretagem de Seguros Eireli - ME 202051989 100,00 SIM Para a validade do presente contrato, a "SEGURADORA", representada de conformidade com o seu Estatuto Social, assina esta apólice em única via original, na cidade de São Paulo, estado de São Paulo em 09/12/2021. Seguradora: BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414 Para falar com a Ouvidoria Berkley ligue para: 0800-797-3444 Endereço: AV PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHEK, 1455 15 AND ou envie um e_mail para: ouvidoria@berkley.com.br CNPJ: 07.021.544/0001-89 SAC: 0800-777-3123 BERKLEY INTERNATIONAL DO BRASIL SEGUROS SA - 01414 Logomarca da Seguradora 114 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO Página: 3/4 APÓLICE RC PROFISSIONAL Filial Emissora SÃO PAULO Apolice 1007800371520 Endosso 0000000 Proposta 23167414 Dt. Emissão 09/12/2021 Grupo RESPONSABILIDADES Ramo 78 - R. C. PROFISSIONAL Processo Susep 15414.900083/2013-77 Moeda REAL Cosseguro NÃO DESCRIÇÃO DO OBJETO DO SEGURO - ANEXO Data da cobertura retroativa: 15/11/2019 Prazo Complementar: 12 meses Prazo Suplementar: até 3 anos – 1 ano - cobrança de 75% do valor do prêmio / 2 anos - cobrança de 100% do valor do prêmio / 3 anos - cobrança de 125% do valor do prêmio Informar as Condicionantes: - Lucros Cessantes decorrentesde um risco coberto pela apólice. - Despesas de Defesa nas esferas administrativas, judiciais e criminais, incluindo custas judiciais e periciais. - Despesas de Publicidade. - Quebra não intencional de propriedade intelectual. - Perda, Roubo ou Furto de Documentos de terceiros em posse do Segurado. - Atos intencionais de funcionários que resultem danos a terceiros 10% do LMG. - Quebra de sigilo profissional desde que cometido involuntariamente pelo Segurado na execução dos serviços profissionais. Exclusão de reclamações por danos e / ou perdas causadas por qualquer tipo de transmissão e/ou contágio, real ou alegado, de doenças, epidemias e/ou pandemias, especialmente as decorrentes do contágio do vírus Corona COVID 19. É expressamente excluído qual quer reclamação derivada direta ou indiretamente, ou como consequência da falta de implementação de políticas ou gerenciamento na prevenção de infecções, em relação a seus produtos, bens e serviços perante funcionários, clientes e/ou terceiros. Não obstante as condições dispostas nesta proposta, todos os termos, condições e exclusões da apólice encontram-se devidamente elencados nas condições gerais, particulares e especiais do seguro, parte integrante e inseparável desta proposta, com as quais o segurado expressamente concorda. Disponíveis também no site www.berkley.com.br Seguradora não se responsabilizará, pelas Reclamações ou circunstâncias ou Fatos Geradores que pudessem ser conhecidos pelo Segurado antes da data de início do período de vigência do seguro nesta Cia. Aceitação do risco e ratificação dos valores estão condicionados ao preenchimento e envio dos questionários ATUALIZADOS, DATADOS e ASSINADOS pelo proponente. Cobertura Nacional – Foro Brasileiro Logomarca da Seguradora 115 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO Página: 4/4 APÓLICE RC PROFISSIONAL Filial Emissora SÃO PAULO Apolice 1007800371520 Endosso 0000000 Proposta 23167414 Dt. Emissão 09/12/2021 Grupo RESPONSABILIDADES Ramo 78 - R. C. PROFISSIONAL Processo Susep 15414.900083/2013-77 Moeda REAL Cosseguro NÃO CONDIÇÕES GERAIS As Condições Gerais da Apólice encontram-se disponíveis em nosso site: Acesse www.berkley.com.br Logomarca da Seguradora 116 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO — ANEXO 6 – CODIFICAÇÃO DOS RAMOS DE SEGUROS A Circular Susep nº 536/2016, alterada pelas Circulares nº 550/2017, 554/2017, 565/2017 e 579/2018, determina os seguintes ramos de seguros: GRUPO NOME DO GRUPO IDENTIFICADOR DO RAMO NOME DO RAMO 01 Patrimonial 12 Assistência – Bens em Geral 01 Patrimonial 14 Compreensivo Residencial 01 Patrimonial 16 Compreensivo Condomínio 01 Patrimonial 18 Compreensivo Empresarial 01 Patrimonial 41 Lucros Cessantes 01 Patrimonial 67 Riscos de Engenharia 01 Patrimonial 71 Riscos Diversos 01 Patrimonial 73 Global de Bancos 01 Patrimonial 95 Garantia Estendida – Bens em Geral 01 Patrimonial 96 Riscos Nomeados e Operacionais 03 Responsabilidades 10 Responsabilidade Civil de Administradores e Diretores – D&O 03 Responsabilidades 13 Responsabilidade Civil Riscos Ambientais 03 Responsabilidades 27 Compreensivo Riscos Cibernéticos 03 Responsabilidades 51 Responsabilidade Civil Geral 03 Responsabilidades 78 Responsabilidade Civil Profissional 05 Automóvel 20 Acidentes Pessoais de Passageiros – APP 05 Automóvel 24 Garantia Estendida – Auto 05 Automóvel 25 Carta Verde 117 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO GRUPO NOME DO GRUPO IDENTIFICADOR DO RAMO NOME DO RAMO 05 Automóvel 26 Seguro Auto Popular 05 Automóvel 31 Automóvel – Casco 05 Automóvel 42 Assistência e Outras Coberturas – Auto 05 Automóvel 53 Responsabilidade Civil Facultativa Veículos – RCFV 05 Automóvel 88 DPVAT 06 Transportes 21 Transporte Nacional 06 Transportes 22 Transporte Internacional 06 Transportes 23 Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Passageiros em Viagem Interestadual ou Internacional 06 Transportes 28 Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Passageiros em Viagem Municipal ou Intermunicipal 06 Transportes 32 Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga em Viagem Internacional – RCTR-VI-C 06 Transportes 38 Responsabilidade Civil do Transportador Ferroviário Carga – RCTF-C 06 Transportes 44 Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário em Viagem Internacional pessoas transportadas ou não – Carta Azul 06 Transportes 52 Responsabilidade Civil do Transportador Aéreo Carga – RCTA-C 06 Transportes 54 Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário Carga – RCTR-C 118 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO GRUPO NOME DO GRUPO IDENTIFICADOR DO RAMO NOME DO RAMO 06 Transportes 55 Responsabilidade. Civil do Transportador Desvio de Carga – RCF-DC 06 Transportes 56 Responsabilidade Civil do Transportador Aquaviário Carga – RCA-C 06 Transportes 58 Responsabilidade Civil do Operador do Transporte Multimodal – RCOTM-C 07 Riscos Financeiros 11 Riscos Diversos – Financeiros 07 Riscos Financeiros 43 Stop Loss 07 Riscos Financeiros 46 Fiança Locatícia 07 Riscos Financeiros 48 Crédito Interno 07 Riscos Financeiros 49 Crédito à Exportação 07 Riscos Financeiros 75 Garantia Segurado – Setor Público 07 Riscos Financeiros 76 Garantia Segurado – Setor Privado 09 Pessoas Coletivo 29 Funeral 09 Pessoas Coletivo 36 Perda do Certificado de Habilitação de Voo – PCHV 09 Pessoas Coletivo 69 Viagem 09 Pessoas Coletivo 77 Prestamista (exceto Habitacional e Rural) 09 Pessoas Coletivo 80 Educacional 09 Pessoas Coletivo 82 Acidentes Pessoais 09 Pessoas Coletivo 83 Dotal Misto 09 Pessoas Coletivo 84 Doenças Graves ou Doença Terminal 09 Pessoas Coletivo 86 Dotal Puro 09 Pessoas Coletivo 87 Desemprego/ Perda de Renda 09 Pessoas Coletivo 90 Eventos Aleatórios 09 Pessoas Coletivo 93 Vida 119 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO GRUPO NOME DO GRUPO IDENTIFICADOR DO RAMO NOME DO RAMO 09 Pessoas Coletivo 94 VGBL/VAGP/VRGP/VRSA/ VRI 10 Habitacional 61 Seguro Habitacional em Apólices de Mercado – Prestamista 10 Habitacional 65 Seguro Habitacional em Apólices de Mercado – Demais Coberturas 10 Habitacional 66 Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação 11 Rural 01 Seguro Agrícola sem cobertura do FESR 11 Rural 02 Seguro Agrícola com cobertura do FESR 11 Rural 03 Seguro Pecuário sem cobertura do FESR 11 Rural 04 Seguro Pecuário com cobertura do FESR 11 Rural 05 Seguro Aquícola sem cobertura do FESR 11 Rural 06 Seguro Aquícola com cobertura do FESR 11 Rural 07 Seguro Florestas sem cobertura do FESR 11 Rural 08 Seguro Florestas com cobertura do FESR 11 Rural 09 Seguro da Cédula do Produto Rural 11 Rural 30 Seguro Benfeitorias e Produtos Agropecuários 11 Rural 62 Penhor Rural 11 Rural 64 Seguros Animais 11 Rural 98 Seguro de Vida do Produtor Rural 13 Pessoas Individual 29 Funeral 13 Pessoas Individual 36 Perda do Certificado de Habilitação de Voo – PCHV 120 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO GRUPO NOME DO GRUPO IDENTIFICADOR DO RAMO NOME DO RAMO 13 Pessoas Individual 69 Viagem 13 Pessoas Individual 77 Prestamista (exceto Habitacional e Rural) 13 Pessoas Individual 80 Educacional 13 Pessoas Individual 81 Acidentes Pessoais 13 Pessoas Individual 83 Dotal Misto 13 Pessoas Individual 84 Doenças Graves ou Doença Terminal 13 Pessoas Individual 86 Dotal Puro 13 Pessoas Individual 87 Desemprego/ Perda de Renda 13 Pessoas Individual 90 Eventos Aleatórios 13 Pessoas Individual 91 Vida 14 Marítimos 17 Seguro Compreensivo para Operadores Portuários 14 Marítimos 28 Responsabilidade Civil Facultativa para Embarcações – RCF 14 Marítimos 33 Marítimos (Casco) 14 Marítimos 57 DPEM 15 Aeronáuticos 28 Responsabilidade Civil Facultativapara Aeronaves – RCF 15 Aeronáuticos 35 Aeronáuticos (Casco) 15 Aeronáuticos 37 Responsabilidade Civil Hangar 15 Aeronáuticos 74 Satélites 15 Aeronáuticos 97 Responsabilidade do Explorador ou Transportador Aéreo – RETA 16 Microsseguros 01 Pessoas 16 Microsseguros 02 Danos 16 Microsseguros 03 Previdência 17 Petróleo 34 Riscos de Petróleo 121 ANEXOS TEORIA GERAL DO SEGURO GRUPO NOME DO GRUPO IDENTIFICADOR DO RAMO NOME DO RAMO 18 Nucleares 72 Riscos Nucleares 19 Saúde 85 Saúde – Ressegurador Local 20 Aceitações do Exterior 79 Aceitações do Exterior 22 Pessoas EFPC 93 Vida 22 Pessoas EFPC 01 Sobrevivência de Assistido 22 Pessoas EFPC 02 Fluxo Biométrico 22 Pessoas EFPC 03 Índice Biométrico 122 GABARITO TEORIA GERAL DO SEGURO GABARITO Fixando conceitos UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 1 – D 1 – A 1 – C 2 – E 2 – C 2 – A 3 – C 3 – D 3 – D 4 – A 4 – B 4 – E 5 – D 5 – B 5 – C 6 – A 6 – C 6 – A 7 – C 8 – B UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6 1 – D 1 – E 1 – E 2 – A 2 – D 2 – E 3 – B 3 – A 3 – A 4 – A 4 – C 5 – B 123 GLOSSÁRIO TEORIA GERAL DO SEGURO GLOSSÁRIO ACEITAÇÃO: ato pelo qual o segurador aceita o seguro que lhe foi proposto. ACIDENTE: todo caso fortuito, especialmente aquele do qual deriva um dano. ADESÃO: termo utilizado para definir características do contrato de segu- ro, contrato de adesão, ato ou efeito de aderir. ADITIVO: termo utilizado para definir instrumento do contrato de seguro, utilizado para alterar a apólice, sem, contudo, alterar a cobertura básica contida nela; o mesmo que endosso. AGRAVAÇÃO: termo utilizado para definir ato do segurado em tornar o risco mais grave do que originalmente se apresenta no momento de con- tratação do seguro, podendo, por isso, perder o direito a este. APÓLICE: instrumento do contrato de seguro pelo qual o segurado repas- sa à seguradora a responsabilidade sobre os riscos estabelecidos na apólice. A apólice contém as cláusulas e condições gerais, especiais e/ou particulares do contrato. Constitui-se, assim, no contrato de seguro pro- priamente dito. AVISO DE SINISTRO: comunicação da ocorrência de um evento (sinistro) que o segurado é obrigado a fazer à seguradora, assim que dele tenha conhecimento. Pode-se dizer que é a comunicação oficial à seguradora sobre a ocorrência do sinistro, sua natureza e gravidade. BENEFICIÁRIO: pessoa física ou jurídica à qual é devida a indenização em caso de sinistro. O beneficiário pode ser certo (determinado), quando constituído nominalmente na apólice, ou incerto (indeterminado), quando desconhecido na formação do contrato. É a pessoa que recebe a indenização prevista em caso de ocorrência de sinistro com risco coberto. O segurado pode escolher quantas e quais pes- soas deseja como beneficiárias, bastando indicá-las no ato da contratação do seguro, desde que o segurado preveja a figura do beneficiário. BILATERAL: é assim também chamado o contrato de seguro em que duas partes tomam, sobre si, obrigações recíprocas. BOA-FÉ: convicção ou persuasão de ter agido dentro da lei ou de estar por ela amparado. O contrato de seguro é de estrita boa-fé. BÔNUS: termo que define o desconto a ser concedido ao segurado, na renovação de certos e determinados seguros, por não ter reclamado inde- nização ao segurador, durante o período de vigência do seguro; direito intransferível; desconto progressivo; redução no prêmio. 124 GLOSSÁRIO TEORIA GERAL DO SEGURO CADUCIDADE: perecimento de um direito pelo seu não exercício, em deter- minado intervalo de tempo, marcado pela lei ou pela vontade das partes. CANCELAMENTO: baixa do seguro, no registro geral de apólice, por falta de pagamento do prêmio, anulação do contrato ou pelo pagamento de indenização pela perda total do bem segurado. CAPITAL SEGURADO: termo utilizado pelo segurador para definir a impor- tância segurada no seguro de vida e de acidentes pessoais. CERTIFICADO DE SEGURO: nos seguros em grupo, é o documento expe- dido pela seguradora provando a existência do seguro para cada indivíduo componente do grupo segurado. CLASSE DO RISCO: expressão empregada para designar a situação do risco, quando encarada sob determinado aspecto. CLÁUSULA: disposição particular. Parte de um todo que é o contrato. CLÁUSULA ADICIONAL: cláusula suplementar, adicionada ao contrato, estabelecendo condições suplementares. COMISSÃO: modo de pagamento empregado pelas sociedades segura- doras para remunerar o trabalho dos corretores de seguros. COMISSÃO DE RESSEGURO: percentagem que o ressegurador paga ao segurador pela cessão total ou parcial do seguro. CONDIÇÕES (GERAIS, ESPECIAIS OU ADICIONAIS) DO SEGURO: cláu- sulas que definem os riscos cobertos, riscos não cobertos e demais direi- tos e obrigações das partes contratantes do seguro. CORRETOR DE SEGUROS: intermediário, pessoa física ou jurídica, legal- mente autorizada a angariar e promover contratos de seguro entre as seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, podendo ser brasileiro ou estrangeiro e, se pessoa física, com residência permanen- te no País. COSSEGURO: operação que consiste na repartição de um mesmo risco, de um mesmo segurado, entre duas ou mais seguradoras. DANO: todo prejuízo material ou pessoal sofrido por um segurado, pas- sível de indenização, de acordo com as condições de cobertura de uma apólice de seguro. DENÚNCIA: base de processo administrativo para verificação de infrações cometidas pelas sociedades de seguros. DEPRECIAÇÃO: diz-se que há depreciação quando um bem, móvel ou imóvel, sofre redução em seu valor. 125 GLOSSÁRIO TEORIA GERAL DO SEGURO DOLO: falta intencional para ilidir uma obrigação. DURAÇÃO DO SEGURO: expressão usada para indicar o prazo de vigên- cia do seguro. ENDOSSO OU ADITIVO: documento expedido pelo segurador durante a vigência do contrato, pelo qual aquele e o segurado acordam quanto à alteração de dados, modificam condições ou objetos da apólice ou os transferem a outrem. ESTIPULANTE: pessoa física (natural) ou jurídica que contrata apólice coletiva de seguros, ficando investida dos poderes de representação dos segurados perante a sociedade seguradora. EVENTO: acontecimento futuro, possível, incerto, desvinculado de ilícito das partes, que causa prejuízos econômicos para o segurado e que acon- tece independentemente de sua vontade. EXTINÇÃO DO CONTRATO: o contrato de seguro extingue-se, normal- mente, na data do vencimento fixada na apólice ou quando é paga indeni- zação pelo seu todo pelo segurador. FRANQUIA: valor previsto na apólice, pelo qual o segurado fica responsá- vel em cada sinistro. Pode ser dedutível ou simples. GARANTIA: designação genérica utilizada para indicar as responsabilida- des pelos riscos assumidos por um segurador ou ressegurador. É também empregada como sinônimo de cobertura. IMPORTÂNCIA SEGURADA: é o valor monetário atribuído ao patrimônio ou às consequências econômicas do risco sob expectativa de prejuízos, para o qual o segurado deseja a cobertura de seguro, ou seja, é o limite de responsabilidade da seguradora, que, nos seguros de coisas, não deverá ser superior ao valor do bem. Também designada por Capital Segurado, Quantia Segurada e Soma Segurada. INDENIZAÇÃO: contraprestação do segurador ao segurado que, com a efetivação do risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a fazer jus a um recebimento pactuado. INTERESSE SEGURÁVEL: legítimo interesse econômico ou pecuniário que as pessoas físicas ou jurídicas podem ter com relação a si próprias, outras pessoas ou bens seguráveis. JURISPRUDÊNCIA: modo uniforme pelo qual os tribunais interpretam e aplicam determinadas leis. LEI DOS GRANDES NÚMEROS: princípio geral das ciências de observa- ção, segundo o qual a frequência de determinados acontecimentos, veri- ficada em um grande número de casos análogos, tende a se estabilizar cada vez mais à medida que aumenta o número de casosobservados, aproximando-se dos valores previstos pela Teoria das Probabilidades. 126 GLOSSÁRIO TEORIA GERAL DO SEGURO LIMITE TÉCNICO: valor básico da retenção, que a companhia de segu- ros deve adotar em cada ramo ou modalidade que operar, fixado pela ciência atuarial. MÁ-FÉ: agir de modo contrário à lei ou ao direito, propositadamente de má-fé, considerada e consubstanciada na legislação de quase todos os países. Assume, nos contratos de seguros, excepcional relevância. NOTA DE SEGURO: documento de cobrança que acompanha as apólices e endossos remetidos ao banco cobrador. PERDA TOTAL: dá-se a perda total do objeto segurado, quando este pere- ce completamente ou quando se torna, de forma definitiva, impróprio ao fim a que era destinado. PRÊMIO: é a soma em dinheiro paga pelo segurado ao segurador para que este assuma a responsabilidade de um determinado risco. PRÊMIO ADICIONAL: é um prêmio suplementar pago pelo segurado, para extensão de cobertura de riscos não prevista na apólice ou para extensão de prazos de vigência. PRÊMIO FRACIONADO: prêmio anual, dividido em parcelas, para efeito de pagamento. PRÊMIO GANHO: parcela do prêmio referente ao período de tempo de risco decorrido. PRESCRIÇÃO: meio pelo qual, de acordo com o transcurso do tempo, adquirem-se direitos e se extinguem obrigações. PROBABILIDADE: diz-se da possibilidade de realização de um determina- do evento. A probabilidade pode ser matemática ou estatística. PROPOSTA: formulário impresso, contendo um questionário detalhado que deve ser preenchido pelo segurado, ou seu representante de direito, ao candidatar-se à cobertura do seguro. A proposta é a base do contrato de seguro, geralmente fazendo parte dele. PULVERIZAÇÃO DO RISCO: distribuição do seguro, por um grande núme- ro de seguradores, de modo que o risco, assim disseminado, não venha a constituir, por maior que seja a sua importância, perigo iminente para a estabilidade da carteira. REINTEGRAÇÃO: restabelecimento da importância segurada após o sinistro parcial e o pagamento de uma indenização. A reintegração visa restabelecer o valor da importância segurada para as coberturas dos Seguros de Bens Materiais e de Responsabilidades. É prevista em alguns ramos de seguro. 127 GLOSSÁRIO TEORIA GERAL DO SEGURO RESERVA TÉCNICA: termo utilizado para definir valores matematicamente calculados pelo segurador, com base nos prêmios recebidos dos segura- dos, para garantia dos pagamentos eventuais dos riscos assumidos e não expirados. Ex.: Reserva de Sinistros a Liquidar. RISCO: evento incerto ou de data incerta, que independe da vontade das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. O risco é a expectativa de sinistro. Sem risco, não pode haver contrato de seguro. SEGURADO: pessoa física ou jurídica que, tendo interesse segurável, con- trata o seguro em seu benefício pessoal ou de terceiros. Pode também ser definido como “a pessoa ou empresa protegida pela cobertura de uma apólice de seguro, para os casos de perdas materiais ou eventos relacio- nados com a vida”. SEGURADORA: pessoa jurídica que assume a responsabilidade por riscos contratados e paga indenização ao segurado ou ao(s) seu(s) beneficiário(s) no caso de ocorrência de sinistro coberto. São empresas legalmente cons- tituídas para assumir e gerir coletividades de riscos, obedecidos os crité- rios técnicos e administrativos específicos. SEGURO: denomina-se contrato de seguro aquele que estabelece para uma das partes, mediante recebimento de um prêmio da outra parte, a obrigação de pagar a esta, ou à pessoa por ela designada, determinada importância, no caso da ocorrência de um evento futuro e incerto, ou de data incerta, previsto no contrato. SINISTRALIDADE: relação entre os valores indenizados, ou a indenizar, e os prêmios pagos pelo segurado. Mede a expectativa de perda, que é impres- cindível para estabelecer o prêmio estatístico ou o custo puro de proteção. SINISTRO: ocorrência de acontecimento previsto no contrato de seguro e que, legalmente, obriga a seguradora a indenizar. SUB-ROGAÇÃO: ocorre no seguro quando, após a ocorrência do sinistro e o pagamento da indenização pelo segurador, este substitui o segurado nos direitos e ações que tem de demandar o terceiro responsável pelo sinistro. TARIFA: relação das taxas correspondentes a cada classe de risco. É de acordo com a taxa constante da tarifa que o segurador calcula o prêmio relativo ao seguro que lhe é proposto. TARIFAÇÃO: avaliação do risco de pessoa física ou jurídica. TAXA: elemento necessário à fixação das tarifas de prêmios, cálculos de juros, reservas matemáticas. A taxa é um percentual fixo que se aplica a cada caso determinado, estabelecendo a importância necessária ao fim visado. TERCEIRO: pessoa que, envolvida em um sinistro, não represente nenhu- ma das duas partes do contrato de seguro (segurado e seguradora). Não 128 GLOSSÁRIO TEORIA GERAL DO SEGURO se incluem no conceito de terceiros parentes, cônjuge, funcionários, sócios ou representantes do segurado, bem como objetos ou bens de sua pro- priedade ou posse. VIGÊNCIA: período de tempo fixado para validade do seguro (ou cobertu- ra). É o prazo que determina o início e o fim da duração das coberturas ou garantias contratadas. VISTORIA DE SINISTRO: inspeção feita por profissionais habilitados, após o sinistro, para verificar e estabelecer os danos ou prejuízos sofridos pelo objeto segurado. VISTORIA DO RISCO: inspeção feita por profissionais habilitados para avaliar as condições do risco a ser segurado, com a finalidade de estabe- lecer o valor em risco. 129 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TEORIA GERAL DO SEGURO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, Hamilcar S. C. de. Teoria geral do seguro. Rio de Janeiro: MIC/IRB, [s.d.]. ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria geral do seguro. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 13. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2014. 196 p. ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria geral do seguro I. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 13. ed. Rio de Janei- ro: Funenseg, 2014. 116 p. ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria geral do seguro I. Assessoria técnica de Alessandra de Souza Teixeira. 14. ed. 1a reimpressão. Rio de Janeiro: Funenseg, 2015. 116 p. ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria geral do seguro II. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 14. ed. Rio de Janei- ro: Funenseg, 2015. 154 p. ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria geral do seguro. Assessoria técnica de Alessandra de Souza Teixeira. Rio de Janeiro: Funenseg, 2016. 214 p. ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teo- ria geral do seguro. Assessoria técnica de Manoela Louise Assayag de Magalhães Souza. 2. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2017. 214 p. ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria geral do seguro. Assessoria técnica de de José Eduardo Tei- xeira Arias, Frederico Martins Peres, Cláudio Bizerra de Oliveira. 10. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2021. 3,35 Mb. RIBEIRO, Paulo Gomes. História do seguro: um resumo. Rio de Janei- ro: Funenseg, 1994. SOUZA, Antonio Lober Ferreira et al. Dicionário de seguros: vocabulá- rio conceituado de seguros. Rio de Janeiro: IRB-Brasil Re S/A/Funenseg, 2000. TEIXEIRA, Antonio Carlos. Contrato de seguro, danos, risco e meio ambiente. Rio de Janeiro: Funenseg, 2004 (T264 C). Sites https://www.gov.br/fazenda/pt-br http://novosite.susep.gov.br/ https://www.irbre.com/ https://www.gov.br/fazenda/pt-br http://novosite.susep.gov.br/ https://www.irbre.com/ O SEGURO NO BRASIL O Surgimento e o Desenvolvimento da Indústria do Seguro SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS – SNSP CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados SUSEP – Superintendência de Seguros Privados Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados(Seguradoras) Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC Empresas de Resseguro Corretores de Seguros Sistema Nacional de Capitalização – SNC O CONTRATO do SEGURO DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO TIPOS DE PLANO DE SEGURO E NOVA CODIFICAÇÃO PARA RAMOS INSTRUMENTOS CONTRATUAIS Proposta Apólice Tipos de Apólices Endosso Outros instrumentos contratuais Fixando Conceitos 3 Fixando Conceitos 4 COBRANÇA DE PRÊMIO CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE PRÊMIO IMPORTÂNCIA SEGURADA (IS), LIMITE MÁXIMO DE INDENIZAÇÃO (LMI) E LIMITE MÁXIMO DE GARANTIA (LMG) RISCOS NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS RISCOS COBERTOS MECANISMOS de PULVERIZAÇÃO do RISCO COSSEGURO Cosseguro Facultativo Cosseguro Obrigatório RESSEGURO glossário Anexos ANEXO 1– MODELO DE PROPOSTA DE SEGURO DE PESSOAS – VIDA INDIVIDUAL ANEXO 2 – MODELO DE APÓLICE DE SEGURO DE PESSOAS – ACIDENTES PESSOAIS Gabarito ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR Importância da Regulação do Mercado de Seguros SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados (Seguradoras) Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) Empresas de Resseguro Corretores de Seguros Sistema Nacional de Capitalização (SNC) SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE Ministério da Saúde Conselho de Saúde Suplementar (CONSU) Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS) Operadoras Beneficiário O CONTRATO do SEGURO Etapas da operação de Seguro Desenvolvimento do produto Comercialização do seguro INSTRUMENTOS CONTRATUAIS Proposta Apólice COBRANÇA DE PRÊMIO PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO Seguro a Prazo Curto Seguro a Prazo Longo OUTROS INSTRUMENTOS CONTRATUAIS Fixando Conceitos 3 Fixando Conceitos 4 FORMAS DE CONTRATAÇÃO – SEGUROS PROPORCIONAIS E NÃO PROPORCIONAIS Seguros Proporcionais RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS Riscos Cobertos Riscos Não Cobertos ou Excluídos DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS Condições Gerais, Especiais e Particulares Garantias ou Coberturas MECANISMOS de PULVERIZAÇÃO do RISCO A PULVERIZAÇÃO DO RISCO Limite Operacional e Limite Técnico COSSEGURO RESSEGURO Funções do Resseguro RETROCESSÃO Anexos Anexo 1– Exemplo de Apóloce O Seguro Introdução IMPORTÂNCIA DO CORRETOR DE SEGUROS O SEGURO NO TEMPO NECESSIDADE DE GERENCIAR OS RISCOS DEFINIÇÕES DE SEGURO OBJETIVO E FINALIDADE DO SEGURO FIXANDO CONCEITOS 1 Princípios Básicos do Seguro CARACTERÍSTICAS DO SEGURO Previdência Incerteza Mutualismo ELEMENTOS BÁSICOS e ESSENCIAIS DO SEGURO Risco Segurado Seguradora Prêmio Indenização DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DO SEGURO Quanto à Responsabilidade pela sua Operação Quanto à Natureza Quanto à Classificação dos Seguros Privados Fixando Conceitos 2 A Operação de SEGUROS A OPERAÇÃO DE SEGUROS Desenvolvimento do produto Subscrição de risco Precificação do Seguro Comercialização do seguro INSTRUMENTOS CONTRATUAIS Proposta Apólice Outros Instrumentos Contratuais COBRANÇA DE PRÊMIO PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO Sinistro e Indenização DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS Condições Contratuais Garantias ou Coberturas Limites Seguráveis RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS Riscos Cobertos Riscos Não Cobertos ou Excluídos Fixando Conceitos 3 MECANISMOS de PULVERIZAÇÃO do RISCO A PULVERIZAÇÃO DO RISCO Limite de Retenção Transferência de Risco COSSEGURO RESSEGURO Funções do Resseguro RETROCESSÃO Fixando Conceitos 4 a estrutura do Mercado Segurador ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR Importância da Regulação do Mercado de Seguros SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) Superintendência de Seguros Privados (Susep) Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados (Seguradoras) Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) – Previdência Privada Sistema Nacional de Capitalização (SNC) Empresas de Resseguro Corretores de Seguros SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE Ministério da Saúde Conselho de Saúde Suplementar (Consu) Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS) Operadoras Seguros no Brasil Fixando Conceitos 5 NOÇÕES BÁSICAS SOBRE os PRINCIPAIS RAMOS de SEGUROS SEGUROS DE AUTOMÓVEIS SEGUROS COMPREENSIVOS (RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS E EMPRESARIAIS) RISCOS NOMEADOS e RISCOS OPERACIONAIS Seguros de Riscos Nomeados Seguro de Riscos Operacionais LUCROS CESSANTES Riscos DIVERSOS SEGUROS DE TRANSPORTES SEGUROS DE AERONÁUTICOS SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOs (EMBARCAÇÕES) SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL SEGUROS de CRÉDITO SEGURO DE GARANTIA SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA SEGURO RURAL SEGUROS DE PESSOAS HABITACIONAL PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA RISCOS ESPECIAIS Seguro Riscos de Petróleo Seguros Nucleares Riscos Decorrentes da Operação Nuclear Fixando Conceitos 6 Anexos Anexo 1– Modelo de Proposta de Seguro de Pessoas – Vida Individual Anexo 2 – Modelo de Proposta de Seguro de Danos Anexo 3 – Modelo de Apólice de Seguro de Danos Anexo 4 – Modelo de Apólice de Seguro de Automóvel Anexo 5 – Modelo de apólice de responsabilidade civil profissional Anexo 6 – Codificação dos Ramos de Seguros Gabarito glossário Referências Bibliográficas