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Aula 09
Direito Constitucional 
 (Curso Regular)
Autor:
Equipe Materiais Carreiras
Jurídicas, Nelma Fontana
16 de Fevereiro de 2022
Bons estudos -Bons Estudos
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Sumário ........................................................................................................................................................ 1 
Considerações Iniciais .................................................................................................................................. 3 
Composição.................................................................................................................................................. 4 
Reuniões ....................................................................................................................................................... 7 
Órgãos .......................................................................................................................................................... 9 
1 – Comissão parlamentar de inquérito ....................................................................................................... 12 
Atribuições ................................................................................................................................................. 20 
1 – Congresso Nacional ................................................................................................................................ 20 
2 – Câmara dos Deputados .......................................................................................................................... 25 
3 – Senado Federal ....................................................................................................................................... 27 
Deputados e Senadores ............................................................................................................................. 30 
1 – Imunidade material ................................................................................................................................ 31 
2 – Imunidade Formal e foro por prerrogativa de função ........................................................................... 34 
3 - Imunidade Probatória, testemunhal e outras garantias ........................................................................ 38 
4 – Vedações ................................................................................................................................................ 40 
5 – Perda de mandato .................................................................................................................................. 41 
Fiscalização contábil, financeira e orçamentária ........................................................................................ 44 
1 – Tribunal de Contas da União .................................................................................................................. 44 
2 – Tribunais de Contas Estaduais, Distrital e Municipais ........................................................................... 51 
Resumo ...................................................................................................................................................... 54 
Destaques da Legislação ............................................................................................................................ 57 
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Destaques da Jurisprudência ...................................................................................................................... 67 
Considerações Finais .................................................................................................................................. 69 
Questões Comentadas ............................................................................................................................... 69 
Lista de Questões ..................................................................................................................................... 139 
Gabarito ................................................................................................................................................... 180 
 
 
 
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PODER LEGISLATIVO 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Na antiguidade grega, Aristóteles, em sua obra Política, identificou que o poder soberano exercia três 
distintas funções: administrar, legislar e julgar. Charles de Montesquieu, no século XVIII, acompanhou o 
pensamento do filósofo grego quanto à existência das três funções, mas divergiu do fato de serem 
exercidas pela mesma pessoa ou instituição. Assim, com o propósito de dividir o exercício dessas funções 
entre órgãos distintos, para impor limites à atuação do poder soberano, propugnou por uma separação de 
poderes, dando origem à teoria da tripartição de poderes. 
O poder estatal deve ser contido pelo próprio exercício do poder, na concepção de Montesquieu, porque 
se as funções de administrar, legislar e julgar são exercidas por órgãos distintos e não subordinados, um 
acaba restringindo a atuação do outro, nos limites legais. 
Consolidada na Revolução Francesa, as premissas dessa teoria estão presentes em boa parte das 
Constituições, mormente no mundo ocidental. Entretanto, a separação de poderes que hoje se adota não 
é tal qual fora idealizada pelo filósofo francês, porque não está carregada de rigidez absoluta como 
apregoado. 
Nos tempos atuais, é preciso haver entre os órgãos que exercem as funções estatais harmonia, interação e 
coordenação. Dessa forma, cada órgão exerce com preponderância uma função, mas sem exclusividade, 
de modo que atipicamente um poder exerce função típica de outro. Esse modelo flexível de separação de 
poderes foi adotado pela Constituição Federal, como se nota no artigo 2º: “São Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” A harmonia e a independência 
entre os Poderes é o que permite o mecanismo de controles recíprocos, denominado sistema de freios e 
contrapesos (cheks and balances). 
As funções típicas do Poder Legislativo são legislar e fiscalizar, exercidas com a mesma importância, 
sem nenhuma hierarquia. Atipicamente, o Legislativo administra e julga. 
O Poder Legislativo cumpre papel de fundamental relevo para o País, pois desempenha três atribuições 
primordiais para a consolidação da democracia: representar o povo brasileiro, legislar sobre os assuntos de 
interesse nacional, regional ou local e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. 
Como os entes federativos são todos autônomos, cada unidade federativa tem a sua representação de 
Legislativo. A União, o Congresso Nacional; os Estados-membros, as Assembleias Legislativas; o Distrito 
Federal, a Câmara Legislativa; os Municípios, a Câmara de Vereadores. 
As normas gerais de organização do Legislativo da União estão contidas na Constituição Federal. Estados, 
Distrito Federal e Municípios organizam o próprio Legislativo, ora guardando simetria com a Constituição 
Federal, ora agindo com autonomia, como se verá adiante. 
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O Estudo do Poder Legislativo será feito em duas partes: 1. organização, estrutura, atribuições, garantias e 
vedações; 2. processo legislativo. 
Iniciemos. 
 
COMPOSIÇÃO 
No âmbito da União, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal. A Câmarados Deputados é composta de representantes do povo. 
Senado Federal representa os Estados e o Distrito Federal. Esse bicameralismo resulta do modelo 
federativo de Estado adotado pelo Brasil, que requer um órgão atuante como representante das unidades 
autônomas, para que participem do processo de formação da vontade nacional. 
No Brasil, a representatividade de Estados e do Distrito Federal no Senado é igualitária, uma vez que cada 
ente elege três senadores, independentemente de sua população. Note que não obstante sejam entes 
federativos autônomos, os municípios não têm representatividade nacional, razão pela qual são 
chamados entes anômalos (ou atípicos). 
República e democracia exigem a representatividade popular, papel exercido pela Câmara dos 
Deputados, no âmbito da União; pela Assembleia Legislativa, no âmbito dos Estados; pela Câmara de 
Vereadores, nos municípios e pela Câmara Legislativa, no Distrito Federal. 
Perceba que o Legislativo da União é bicameral, em razão do modelo federativo de Estado. Os demais 
entes federativos têm Legislativo unicameral, porque não há razão para falar em bicameralismo, uma vez 
que um ente federativo não tem qualquer ingerência sobre outro, isto é, um estado não participa do 
processo legislativo de outro, tampouco os municípios participam do processo legislativo dos estados. 
As Casas do Congresso Nacional atuam, normalmente, em separado, conforme o regimento interno de 
cada uma, sem nenhuma interferência de uma sobre a outra. Entretanto, há situações em que o trabalho 
se dá em sessão conjunta, nos termos do artigo 57 da Constituição Federal. 
O Congresso Nacional, a Câmara e o Senado têm competências distintas e cada órgão tem a sua própria 
organização interna, nos termos do Regimento Comum, do Regimento Interno da Câmara e do 
Regimento do Senado. Entretanto, o processo legislativo federal é bicameral, de modo que a criação de 
uma lei depende da manifestação das duas Casas do Congresso Nacional. 
As deliberações de cada Casa e de suas Comissões devem, em regra, ser tomadas por maioria dos votos, 
presente a maioria absoluta de seus membros (artigo 47 da CRFB/88). Nota-se a regra dos quóruns é a de 
maioria relativa. O quórum somente será outro quando a Constituição Federal expressamente assim 
dispuser. É o que acontece, por exemplo, com emendas constitucionais, que exigem quórum de três 
quintos (art. 60); lei complementar, que requer maioria absoluta (art. 69); dois terços para que a Câmara 
dos Deputados autorize processo contra o Presidente da República. 
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Diz-se legislatura o período de atuação do Poder Legislativo. No Brasil, a legislatura é de quatro anos. 
Assim, o mandato de um deputado dura uma legislatura e o do senador dura duas legislaturas. 
Os deputados, representantes do povo, são eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada 
Território e no Distrito Federal. No sistema proporcional, regulamentado pelo Código Eleitoral, não 
necessariamente o candidato mais votado será o candidato eleito. 
 
No sistema proporcional, o resultado final da eleição depende da aplicação dos chamados quocientes 
eleitoral (QE) e partidário (QP). O quociente eleitoral é definido pela soma do número de votos válidos, 
dividida pelo número de cadeiras em disputa. Apenas os partidos que atingem o quociente eleitoral têm 
direito a alguma vaga. Em seguida, será calculado o quociente partidário, que é o resultado do número de 
votos válidos obtidos pelo partido, dividido pelo quociente eleitoral. O resultado dessa conta corresponde 
ao número de cadeiras a serem ocupadas. 
Havendo sobra de vagas, divide-se o número de votos válidos do partido pelo número de lugares obtidos 
mais um. Quem alcançar o maior resultado assume a cadeira restante. Somente depois de tudo isso, são 
encontrados os mais votados dentro de cada partido e esses são os eleitos. 
A dificuldade do sistema proporcional foi o que levou a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal a 
entenderem que, quando a eleição é proporcional, o mandato é do partido, de modo que por infidelidade 
partidária, o deputado poderá perder o seu mandato. Na mesma linha, a Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos 
Políticos) e a Resolução 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral estabelecem que deputados e 
vereadores podem mudar de legenda, sem perda de mandato, nas seguintes hipóteses: a) incorporação ou 
fusão do partido; b) criação de novo partido; c) desvio no programa partidário ou grave discriminação 
pessoal. A Lei 13.165/2015 acrescentou outra possibilidade: troca de legenda nos 30 dias anteriores ao 
último dia do prazo para a filiação partidária, que ocorre seis meses antes do pleito. 
Atualmente, nos termos da Lei complementar 78/1993, o número total de deputados federais é o de 513. É 
de se notar que esse número não é estabelecido pela Constituição Federal, mas por lei complementar, de 
modo a tratar-se de número fixo, mas que pode ser aumentado ou diminuído sem a necessidade de 
emendar a Constituição Federal. 
A Lei Maior preceitua no artigo 45, § 1º, que o número total de Deputados e a representação por Estado e 
pelo Distrito Federal devem ser definidos por lei complementar. No cálculo do número de deputados 
federais por Estado e pelo Distrito Federal, é preciso respeitar a proporcionalidade da população de cada 
um, respeitados o limite mínimo de oito deputados e máximo de setenta. Território também elege 
deputados federais, mas a quantidade é fixa, independente da população. Cada Território elege quatro 
deputados. 
Com efeito, Estados mais populosos elegerão mais deputados e os menos populosos, proporcionalmente, 
menos deputados, já que estes representam o povo. Por exemplo: o Estado de São Paulo, nas eleições de 
2018, elegeu 70 deputados (limite máximo). O Distrito Federal, por sua vez, elegeu o limite mínimo, qual 
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seja, o de oito deputados. Por outro lado, Território, independentemente do número de habitantes, elege 
quatro deputados. 
No ano que antecede as eleições, cabe ao Congresso Nacional proceder aos ajustes necessários, para que 
nenhuma unidade da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados e se respeite a 
proporcionalidade exigida pela Constituição. Se constatado que houve crescimento populacional em um 
Estado e redução em outro, os ajustes deverão ser feitos, por lei complementar. 
Convém esclarecer que o Tribunal Superior Eleitoral, no ano de 2013, editou a Resolução 23.389, para 
redistribuir a quantidade de deputados por Estado, em razão dos novos índices apresentados pelo IBGE. A 
Resolução, entretanto, foi alvo de ação direta de inconstitucionalidade, porque a matéria é reservada à lei 
complementar. Na ocasião, ao julgar a ação procedente (ADI 4.963), o Supremo Tribunal Federal 
esclareceu que o artigo da LC 78/1993 que autoriza o TSE a tratar do assunto, não se compatibiliza com a 
Constituição, pois compete ao legislador complementar definir, dentre as possibilidades existentes, o 
critério de distribuição do número de deputados dos Estados e do Distrito Federal, proporcionalmente à 
população, observados os demais parâmetros constitucionais. Assim, é inviável transferir a escolha de tal 
critério ao Judiciário, porque envolve juízo de valor. 
Deputados têm mandato de quatro anos. Como o mandato coincide com a periodicidade das eleições, a 
renovação das vagas também se dá a quatro anos, 100% delas, isto é, a cada quatro anos, são renovadas 
as 513 cadeiras na Câmara dos Deputados. 
A idade mínima para ser deputado é a de 21 anos. 
Suplente de deputado é o candidato que não atingiu o número de votos necessáriospara ser eleito, mas 
figura, na ordem decrescente dos votos recebidos, na lista de suplência do partido e aguarda ser 
convocado para substituir o titular, temporariamente, nos seus afastamentos e licenças, ou, 
definitivamente, nas hipóteses de morte, renúncia ou perda do mandato. 
Senador representa os Estados e do Distrito Federal e são eleitos segundo o princípio majoritário (o 
candidato mais votado é o candidato eleito). Diferentemente do que se aplica aos deputados, que têm 
eleição proporcional, "a perda do mandato em razão da mudança de partido não se aplica aos candidatos 
eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo 
eleitor." Esse é o entendimento do Supremo Tribunal Federal firmado na ADI 5081. 
Cada Estado e o Distrito Federal elegem três Senadores, independentemente de sua população. Note que 
em razão de o senador não representar o povo, mas sim os Estados e o Distrito Federal, a Constituição 
assegura o equilíbrio federativo ao fixar a mesma quantidade de senadores para cada ente federativo. 
Como o mandato do senador é de oito anos (duas legislaturas), a representação de cada Estado e do 
Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Assim, a 
cada quatro anos, Estados e DF elegem cada qual ora dois senadores, ora um. Em 2018, foram eleitos por 
Estado dois senadores, de modo que em 2022, será eleito um; em 2026, serão eleitos dois e assim 
sucessivamente. 
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Cada Senador é eleito com dois suplentes. Observe que diferentemente dos suplentes de deputado, os 
suplentes de senador têm o registro de suas candidaturas junto com o titular. Por exemplo: O candidato 
João é o titular; a Maria, a 1ª suplente; o José, o 2º suplente. 
 
REUNIÕES 
 
O Congresso Nacional é composto de Câmara dos Deputados e Senado Federal e atua, em regra, por meio 
da manifestação separada de cada uma de suas Casas, sem nenhuma relação de dependência ou de 
subordinação entre elas. Entretanto, há situações em que a atuação das Casas se dá em sessão conjunta, 
isto é, deputados e senadores se reúnem num mesmo espaço geográfico, para uma finalidade comum. 
O § 3º do artigo 57 da Constituição Federal enumera algumas hipóteses exemplificativas em que a Câmara 
dos Deputados e o Senado Federal reúnem-se em sessão conjunta. São elas: 
✓ inaugurar a sessão legislativa; 
✓ elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; 
✓ receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; 
✓ conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
Cuidado! Sessão conjunta não é sinônima de sessão unicameral. 
Na sessão conjunta, a atuação do Congresso Nacional é bicameral (separada), embora as discussões e as 
votações ocorram no mesmo ambiente. Por exemplo: é da competência do Congresso Nacional, em 
sessão conjunta, decidir sobre os vetos do Presidente da República a projetos de lei. No caso, a análise é 
feita pelas Casas em conjunto, mas a votação é separada, de maneira que será preciso que 257 deputados 
e 41senadores votem pela derrubada do veto, já que o quórum exigido é o de maioria absoluta. 
Por outro lado, na sessão unicameral, deputados e senadores passam a ser considerados apenas 
parlamentares, sem distinção, de maneira que as decisões serão tomadas pelos 594 parlamentares, em 
conjunto (votação conjunta). Assim, na sessão unicameral, o quórum de maioria absoluta considera a 
manifestação favorável de 298 parlamentares, independentemente de ser deputado ou senador. 
A sessão conjunta é comum e compatível com o modelo de bicameralismo brasileiro, mas a sessão 
unicameral á atípica e só constou do artigo 3º do ADCT (revisão simplificada da Constituição), norma já 
exaurida, e do artigo 81 da Constituição, que prevê que o Congresso Nacional eleja Presidente e Vice-
Presidente da República, quando os cargos ficam vagos nos dois últimos anos do mandato. 
Evidentemente, a sessão unicameral fragiliza o Senado, já que a quantidade de deputados e muito maior 
do que a de senadores. Assim, a sessão unicameral é excepcional. 
Nos termos do artigo 57 da Constituição Federal, o Congresso Nacional realiza o seu trabalho em Sessões 
Legislativas Ordinárias, Sessões Legislativas Extraordinárias e Sessões Preparatórias. 
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Os trabalhos legislativos são desenvolvidos em encontros no âmbito dos respectivos órgãos: Câmara dos 
Deputados e Senado Federal. Os encontros no Plenário são chamados sessões. 
A Sessão Legislativa Ordinária (SLO) corresponde ao período habitual e anual de trabalho do Congresso 
Nacional, que compreende o período de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil 
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados (§ 1º do artigo 57 da CF). 
Note: a SLO vai do dia 02/02 ao dia 22/12, com um recesso em julho. Cada Sessão Legislativa Ordinária é 
composta de dois períodos (02/02 a 17/07 e 1º/08 a 22/12). O intervalo entre os períodos legislativos é 
chamado de recesso parlamentar. 
A Constituição Federal proíbe a interrupção da Sessão Legislativa sem a aprovação do projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias (57, § 2º). Assim, até o dia 17/07, deve o Congresso Nacional ter apreciado e 
aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO) enviado pelo Presidente da República, porque 
do contrário, os trabalhos deverão ser prorrogados até que ocorra a aprovação e envio do projeto à sanção 
presidencial. Frise-se: se não for aprovado o projeto da LDO, não haverá recesso, pois a SLO será 
automaticamente prorrogada. 
Se houver a necessidade de o Congresso Nacional atuar nos períodos de recesso parlamentar, poderá ser 
convocado extraordinariamente e o trabalho desenvolvido nesse período integrará a chamada Sessão 
Legislativa Extraordinária (SLE). 
A depender do assunto, a convocação extraordinária poderá ser feita pelo Presidente da República, 
Presidente da Câmara, Presidente do Senado e pela maioria dos membros de ambas as Casas. 
Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a 
decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da 
República, a convocação extraordinária será feita pelo Presidente do Senado. Nesses casos, os 
parlamentares não poderão recusar a convocação extraordinária. 
Em caso de urgência ou interesse público relevante, a convocação extraordinária poderá ser feita pelo 
Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, mas o atendimento da convocação será feito 
pela maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
Independentemente do motivo da Sessão Legislativa Extraordinária, o Congresso Nacional somente 
poderá deliberar sobre o assunto que gerou a sua convocação, exceto as medidas provisórias que 
estiverem em vigor na data da convocação extraordinária, que deverão ser automaticamente incluídas na 
pauta. 
Na sessão legislativa extraordinária, é vedado o pagamento de parcela indenizatória aos parlamentares, 
em razão da convocação. O Supremo Tribunal Federal, na ADI 4.587, entendeu que essa vedação é norma 
de reprodução obrigatória pelos Estados, de forma que as Assembleias Legislativas não poderão fazer o 
pagamento de indenizações (jetons) aos seus parlamentares em decorrência de convocação 
extraordinária. 
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Antes da abertura da Sessão Legislativa Ordinária, para dar posse aos parlamentares e para eleição dos 
membros da Mesa Diretora da Câmara e da Mesa Diretora do Senado, acontece a Sessão Preparatória. 
O § 4º do artigo 57 da Constituição Federal determina que cada uma das Casas do Congresso Nacional se 
reúna em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura. Como os 
membros das Mesas têm mandato de dois anos, na prática, durante a legislatura, ocorrem duas sessões 
preparatórias, uma no primeiro ano da legislatura e outra no terceiro ano, já que é necessário eleger novos 
membros para as Mesas. 
 
Sessão Preparatória SLO SLE 
A partir de 1º/02 do primeiro ano 
da legislatura; 
Finalidades: posse de 
parlamentares; eleição da Mesa. 
 
02/02 a 17/07 
recesso 
1º/08 a 22/12 
Finalidade: período de trabalho 
do Congresso Nacional. 
Acontece nos recessos 
Finalidades: 
1. assuntos de urgência e de 
interesse público relevante; 
2. dar posse e receber o 
compromisso do PR; estado de 
defesa; estado de sítio; 
intervenção federal. 
 
ÓRGÃOS 
As Casas do Congresso Nacional, para o exercício de suas atribuições, organizam-se em órgãos 
colegiados. Os principais são o Plenário, a Mesa Diretora e as Comissões, dentre outros criados pelos seus 
respectivos regimentos internos. 
O Plenário é instância máxima de deliberação e é composto de todos os parlamentares da Casa. Nele, os 
parlamentares, reunidos em sua totalidade, discutem e votam soberanamente as proposições em 
tramitação, no cumprimento da função constitucional conferida ao Poder Legislativo de elaboração do 
ordenamento jurídico e de fiscalização financeira e orçamentária. 
As Mesas Diretoras dirigem os trabalhos legislativos e os serviços administrativos das Casas. Cabe à 
Câmara e ao Senado, por meio do Regimento Interno, definir a composição desses órgãos colegiados. 
Atualmente, cada Mesa é integrada por Presidente, 1º Vice-presidente; 2º Vice-presidente e quatro 
secretários. Esses membros são eleitos em sessão preparatória, para mandato de dois anos, vedada a 
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. 
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Perceba: o mandato é de dois anos e é vedada a recondução para o mesmo cargo. Não há impedimento de 
que alguém seja eleito 1º Secretário da Mesa da Câmara e na eleição subsequente seja eleito 2º Vice-
presidente, por exemplo. 
Outro ponto que merece destaque é o de que a vedação de recondução para o mesmo cargo alcança 
apenas a legislatura. Assim, é possível que uma pessoa tenha dois mandatos consecutivos de Presidente 
do Senado, desde que em legislaturas diferentes. Exemplifiquemos: 
56ª Legislatura 
Fevereiro/2019 2020 2021 Janeiro/2023 
✓ 
João: 3º secretário João: 3º secretário João: 1º secretário João: 1º secretário 
João: Presidente João: Presidente João: Presidente João: Presidente X 
Em legislaturas diferentes, pode ocorrer de uma pessoa ter dois mandatos iguais e consecutivos na Mesa 
Diretora: 
56ª Legislatura 57ª Legislatura 
✓ 
2021 Janeiro/2023 Fevereiro/2023 2024 
João: Presidente João: Presidente João: Presidente João: Presidente 
Cuidado! O Supremo Tribunal Federal, em decisão proferida na ADI 6.524, em dezembro de 2020, 
consolidou o entendimento de que membros da Mesa Diretora da Câmara e do Senado não poderão ser 
reeleitos ao mesmo cargo na mesma legislatura. Em decorrência desse entendimento, o Tribunal, em 
sede de medida cautelar concedida nos autos da ADI 6674 (Relator Alexandre de Moraes) e da ADI 
6721 Relator Roberto Barroso), declarou a inconstitucionalidade de dispositivos de Constituição 
estadual que permitiam a reeleição de membros da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Assim, 
ao que parece, restou superado o posicionamento anterior da Corte, de modo que as normas 
estaduais deverão guardar simetria com a Constituição Federal, isto é, deverão impedir a reeleição de 
membros da Mesa Diretora dentro da mesma sessão legislativa. 
 Na constituição das Mesas, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos 
partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 
Uma vez feita a eleição dos membros das Mesas da Câmara e do Senado, automaticamente, far-se-á a 
composição da Mesa do Congresso Nacional, porque nos termos do § 5º do artigo 57 da Constituição 
Federal, a Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais 
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos 
Deputados e no Senado Federal. Ilustremos: 
Mesa da Câmara Mesa do Congresso Mesa do Senado 
Rodrigo Davi Davi 
Marcos Marcos Antônio 
Luciano Lasier Lasier 
Soraya Soraya Sérgio 
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Fábio Fábio Flavio 
André Luís Carlos Luís Carlos 
Note: a) o Presidente do Senado é o Presidente do Congresso; b) o Presidente da Câmara não integra a 
Mesa do Congresso; c) o 1º Vice-Presidente da Câmara é o 1º Vice-Presidente do Congresso; o 2º Vice-
Presidente do Senado é o 2º Vice-Presidente do Congresso e assim segue. 
Por último, tratemos das Comissões. O artigo 58 da Constituição Federal dispõe que o Congresso Nacional 
e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias. Comissões são órgãos colegiados da Câmara, 
do Senado ou do Congresso Nacional, compostos de um pequeno número de membros, para o exercício 
das atribuições definidas pela Constituição Federal e por regimentos internos. 
Na composição de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional 
dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 
As comissões permanentes são criadas pelo regimento interno, possuem caráter técnico e são 
destinadas, dentre outras coisas, a apreciar as proposições, emitir parecer e fiscalizar a ações 
governamentais. São exemplos de comissões permanentes da Câmara dos Deputados: Comissão de 
Constituição, Justiça e Cidadania e Comissão de Direitos Humanos e Minorias. 
Nos termos do § 2º do artigo 58 da Constituição Federal, as comissões permanentes, em razão da matéria 
de sua competência, têm as seguintes atribuições: 
✓ discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, 
salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; 
✓ realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
✓ convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas 
atribuições; 
✓ receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou 
omissões das autoridades ou entidades públicas; 
✓ solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
✓ apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre 
eles emitir parecer. 
As comissões temporárias são criadas para uma finalidade específica, por ato próprio, por prazo 
determinado, e são extintas após a conclusão de seus trabalhos. São espécies de comissões temporárias: 
A Comissão Parlamentar de Inquérito e a Comissão Mista Representativa do Congresso Nacional. A 
respeito da primeira, dadas as suas peculiaridades, trataremos em tópico específico. Quanto à segunda 
(Comissão Mista Representativa do Congresso Nacional), nos termos § 4º do artigo 58 da Constituição 
Federal, suas atribuições serão definidas no regimento comum, para atuação durante os recessos 
parlamentares. A eleição dos membros dessas comissões deve ocorrer na últimasessão ordinária do 
período legislativo, em cada Casa Legislativa. 
Tanto as Comissões permanentes quanto as temporárias podem convocar Ministro de Estado ou 
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, 
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado. Note: as Comissões fazem 
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requisição e não convite. Sendo assim, o não comparecimento sem justificativa plausível importa crime de 
responsabilidade. 
No mesmo sentido, as Mesas Diretoras poderão encaminhar aos Ministros de Estado e aos titulares de 
órgãos diretamente subordinados à Presidência pedidos escritos de informação. Caso haja recusa, 
inobservância do prazo de 30 dias ou prestação de informações falsas, a autoridade responderá por crime 
de responsabilidade. 
Vale dizer que os Ministros de Estado poderão comparecer a qualquer das Casas do Congresso Nacional, 
ou a qualquer de suas Comissões, por iniciativa própria e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, 
para expor assunto de relevância de seu Ministério. 
 
Dois aspectos devem ser observados a respeito da possibilidade de convocação de Ministro de Estado e de 
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República: 
1. O direito de requerer informações foi conferido pela Constituição às Mesas da Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal, às Casas e às Comissões, e não a parlamentares individualmente. Dessa forma, 
parlamentar individualmente não possui legitimidade para impetrar mandado de segurança para defender 
prerrogativa concernente à Casa Legislativa à qual pertence (STF. RMS 28.251). 
2. É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que permite a Assembleia Legislativa convocar o 
presidente do Tribunal de Justiça para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente 
determinado (ADI 2.911). 
 
1 – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO 
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é órgão temporário da Câmara, do Senado ou do Congresso 
Nacional (CPMI), destinado a investigar fato determinado e de interesse público. 
A investigação feita pela CPI tem natureza político-administrativa e reflete função típica do Poder 
Legislativo: fiscalizar. 
 
Criação 
Nos termos do § 3º do artigo 58 da Constituição Federal, a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito 
requer a observância de três requisitos: a) requerimento de, pelo menos, um terço dos membros da Casa 
(Princípio da Formalidade); b) o objeto da investigação deve ser fato determinado; c) prazo certo para 
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conclusão da investigação e apresentação de um relatório. Essa norma constitucional é de observância 
obrigatória nos Estados e nos Municípios (ADI 3.619), isto é, os estados e os municípios não podem 
definir outros requisitos para instauração de CPI, além dos que foram previstos na Constituição Federal. 
Em atendimento ao Princípio da Formalidade, a instauração de CPI, na Câmara, depende de 
requerimento de 171 deputados (1/3); no Senado, de 27 senadores (1/3). Se a Comissão for mista, o 
requerimento deve ser de um terço dos membros de cada uma das Casas. 
Vale dizer que, em tese, é possível a criação simultânea de CPI na Câmara e no Senado, para investigar 
um mesmo assunto, em razão da autonomia das Casas Legislativas. 
A CPI não pode ser instaurada para investigar fato genérico, impreciso, abstrato. O fato deve ser 
previamente determinado, para que o trabalho de investigação obtenha êxito e possa ser apresentado 
um relatório conclusivo. Acrescente-se, ainda, que uma CPI genérica prejudicaria a pessoa eventualmente 
investigada, que não poderia ser constrangida a ter que prestar depoimento a respeito de assunto incerto, 
situação que poderia gerar autoincriminação. 
Fato determinado não significa fato único. É possível que uma CPI trate de mais de um fato, desde que 
sejam todos determinados. É possível também que uma CPI tenha sido instaurada para a investigação de 
um fato e que, ao longo da investigação, outros fatos interligados ao primeiro tenham surgido. Nesse 
caso, basta aditar o objeto inicial da Comissão. 
Não é da alçada da CPI investigar assunto de interesse exclusivamente privado, para tão simplesmente 
atender a algum tipo de curiosidade. É preciso haver interesse público, existir algum nexo causal com a 
gestão da coisa pública. Outro ponto a ser observado é o de que se respeite a separação de Poderes, 
quando da atuação da CPI. Dessa feita, não poderia a Comissão ter por objeto, por exemplo, os 
fundamentos de uma sentença judicial. 
As Comissões Parlamentares de Inquérito Federais devem tratar de assuntos de interesse público 
geral ou de interesse da União. Caso o fato seja de interesse público vinculado exclusivamente às 
atribuições dos Estados ou dos Municípios, em respeito ao princípio federativo, a atribuição investigativa 
será da respectiva Assembleia Legislativa ou da Câmara Municipal. Por outro lado, se houver interesse 
comum, o Legislativo da União poderá atuar concomitantemente ao Legislativo Estadual/Municipal. 
Cabe ressaltar que o trabalho de uma CPI não obsta a atuação da Polícia, dos Tribunais de Contas e nem 
do Ministério Público. De igual sorte, a instauração de uma CPI não impede a atuação do Judiciário, 
quando provocado a tratar do mesmo fato apurado pela Comissão. 
Por ser comissão temporária, em atendimento ao Princípio da Transitoriedade, a CPI deve ter prazo 
certo para a conclusão da investigação e apresentação de um relatório. Tal prazo não está fixado na 
Constituição, de modo que cabe a cada Casa do Congresso defini-lo, admitindo-se, inclusive, 
prorrogações, desde que não ultrapasse a legislatura. 
Com efeito, atendidos aos requisitos (requerimento de um terço, fato determinado e prazo certo), nos 
termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por ser uma prerrogativa das minorias, a criação 
de CPI deve ocorrer no ato de apresentação do requerimento ao Presidente da Casa, 
independentemente de deliberação plenária (MS 24.831). Dito de outra forma, caso atendidos aos 
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requisitos, deve a casa instaurar a CPI, ainda que a maioria absoluta delibere em sentido contrário. Não 
cabe ao Presidente da Casa (e nem ao Plenário) fazer a apreciação de mérito acerca do objeto de 
investigação; cabe a ele apenas determinar que o requerimento seja numerado e publicado. 
Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal entendeu que não contraria o texto constitucional 
dispositivo de Regimento Interno da Câmara dos Deputados (artigo 35, § 4º), que limita em cinco a 
criação simultânea de CPIs (ADI 1.635/DF), uma vez tratar-se de ato interna corporis destinado à 
organização do trabalho das Casas Legislativas. 
 
Poderes 
As Comissões Parlamentares de Inquérito, nos termos do § 3º do artigo 58 da Constituição Federal, além 
de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, têm Poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais. 
A CPI não substitui o Judiciário e nem pode fazer tudo que o Poder Judiciário faz. As Comissões 
Parlamentares de Inquérito têm poderes instrutórios e investigativos, mas não possuem poder geral de 
cautela. Assim, embora bastante amplos, esses poderes não são ilimitados, de forma que as medidas 
coercitivas protegidas por reserva de jurisdição estão fora do alcance dessas Comissões. 
A eficácia das deliberações de uma CPI, notadamente daquelas relacionadas à restrição de direitos, em 
atendimentoao disposto no artigo 47 da Constituição Federal, deve ser pautada pelo Princípio da 
Colegialidade. Assim, apenas por decisão da maioria de votos, presente a maioria absoluta dos membros 
da CPI, poderá o órgão aplicar medidas restritivas de direitos a pessoas investigadas, como por exemplo, a 
quebra de sigilo de dados. 
O Princípio da Motivação rege as atividades de uma CPI, de forma que todas as suas decisões, à 
semelhança do que ocorre com as decisões judiciais, devem ser devidamente motivadas, sob risco de 
ineficácia. 
Com efeito, convém enumerar o que pode e o que não pode ser praticado por uma Comissão Parlamentar 
de Inquérito, sempre à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Vejamos: 
 
1. Pode a CPI intimar particulares e autoridades públicas a prestarem depoimento na condição de 
testemunhas ou de investigados? Sim. 
A intimação de investigados e de testemunhas deve seguir o regramento contido na legislação penal, de 
maneira que o privilégio assegurado a determinadas autoridades de, no processo penal, marcarem dia 
e hora para serem ouvidas deve ser respeitado pela CPI (HC 80.1536). 
Autoridades públicas federais, estaduais e municipais, incluídos os Ministros de Estado, os membros do 
Ministério Público e os do Poder Judiciário, podem, observados os pressupostos legais, ser intimadas a 
prestarem depoimentos perante CPI. 
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Cuidado! O fato de os poderes de investigação de uma CPI federal não alcançarem os assuntos de 
interesse estritamente estadual ou municipal não impede a convocação de autoridades estaduais ou 
municipais, desde que, evidentemente, para tratar de tema de interesse nacional ou da União. 
Quanto a magistrados é preciso também ficar atento. Essas autoridades poderão ser intimadas a depor 
perante CPI a respeito de atos de natureza administrativa, aqueles praticados na gestão da coisa pública, 
mas nunca sobre atos de natureza jurisdicional (sobre as sentenças por eles proferidas), pois é vedado o 
controle externo da atividade jurisdicional (STF. HC 80.539). Essa mesma ressalva se aplica aos membros 
do Ministério Publico, que não podem ser convocados a depor sobre atos relativos à sua atuação 
institucional típica (STF. MS 35.354). Na mesma linha, em obediência ao princípios da separação de 
Poderes e da autonomia dos entes federativos, os chefes do Executivo (Presidente, Governadores e 
Prefeitos) não podem ser convocados por CPI, nem como investigados e nem como testemunhas (STF. 
MS 31574). É cabível apenas o convite, de maneira que poderá ser ou não atendido. 
Segundo posicionamento do Supremo Tribunal Federal (HC 80.240), para que a CPI possa ouvir alguém da 
comunidade indígena, deverá respeitar aos seguintes requisitos: 1) o depoimento deverá ser prestado em 
área indígena (não pode ser no Congresso Nacional, por exemplo); 2) o dia e o horário do depoimento 
deverão ser combinados com a comunidade indígena; 3) um representante da FUNAI (Fundação Nacional 
do Índio) e um antropólogo devem acompanhar o depoimento. 
É preciso deixar claro que a Comissão Parlamentar de Inquérito deve respeitar os direitos dos depoentes, 
sob risco de nulidade de seus atos. Dessa sorte, é garantido ao depoente o direito ao silêncio, o direito 
de não responder àquelas perguntas capazes de gerar a autoincriminação (HC 150.411), 
independentemente de estar na condição de investigado ou de testemunha. 
Frise-se: o direito de permanecer calado também é extensível à testemunha, uma vez que ninguém 
pode ser obrigado a produzir contra si prova (HC 79.589/DF). Por certo que em relação aos fatos que 
não sejam relacionados à autoincriminação, persiste o dever de prestar informações, sob compromisso de 
dizer a verdade, sob pena de falso testemunho. 
Os detentores do direito de sigilo profissional (advogado, médico, jornalista, dentre outros) não estão 
desobrigados de comparecer perante CPI, quando convocados. Apenas estão dispensados de responder 
aos questionamentos que ferem o sigilo profissional. 
O depoente tem o direito de estar acompanhado de advogado, mesmo quando se tratar de reunião 
secreta, na condição de investigado ou de testemunha. Ressalte-se: o advogado não pode ser impedido de 
se comunicar com o cliente durante os depoimentos. 
Agora, é preciso ficar claro que a natureza da investigação parlamentar é meramente inquisitória, anterior 
a uma acusação formal, razão pela qual o depoente não possui direito de ao contraditório, embora lhe 
seja assegurado o conhecimento dos documentos que instruíram a investigação, ainda que sigilosos. 
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Os investigados, em uma CPI, têm direito: 
✓ de permanecerem calados ou de não responderem a perguntas autoincriminadoras ou que 
possam quebrar o sigilo profissional; 
✓ de não assinarem termo de compromisso como testemunhas; 
✓ de serem assistidos por advogado; 
✓ de acesso a documentos que instruíram o inquérito parlamentar. 
 
2. Pode a CPI promover, diretamente, sem a intervenção do Judiciário, a condução coercitiva do 
depoente que injustificadamente não comparecer para prestar esclarecimentos? Não, em regra. 
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar as ADPFs 395 e 444, declarou a não recepção do artigo 260 do 
Código de Processo Penal, segundo o qual cabe a condução coercitiva de acusado que não atende à 
intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser 
realizado. Assim, em garantia da não culpabilidade e da liberdade de locomoção, o investigado não pode 
ser levado à força para prestar esclarecimentos, até porque se não é obrigado a falar, não faz sentido ser 
obrigado a comparecer à sessão. 
Agora, questão controversa é a condução coercitiva de testemunha. A Lei 1.579/62, que trata do 
funcionamento de CPI, prescreve que a intimação de testemunha, em caso de não comparecimento 
injustificado, será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou onde se encontre. Tal 
dispositivo legal embasa o argumento daqueles que dizem ser necessária a atuação do Judiciário, para 
intimação e condução da testemunha, por oficial de justiça. Esse tem sido o posicionamento do Supremo 
Tribunal Federal (Pet. 3556/MG; MS 23.454/DF; HC 99.893) 
Por outro lado, tem-se posicionamento doutrinário contrário, segundo o qual o dispositivo da Lei 1.579/62 
não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, uma vez que a atual Carta deu à Comissão 
Parlamentar de Inquérito poderes próprios das autoridades judiciais (Alexandre de Moraes, 2017, página 
463. Pedro Lenza, 2017, página 607). 
Como deve, pois, o candidato se posicionar nos certames públicos? 
Orientamos assim: 1) Investigados não podem ser conduzidos coercitivamente para prestarem 
depoimento perante CPI; 2) Embora não haja consenso doutrinário a respeito da matéria, a condução 
forçada de testemunha que, injustificadamente, se recusa a comparecer perante CPI, deve ser objeto de 
requisição ao Poder Judiciário, nos termos do artigo 3º, § 1º, da Lei 1.579/52 e do artigo 218 do Código de 
Processo Penal. 
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3. Pode a CPI determinar a quebra de dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da pessoa investigada? 
Sim, desde que devidamente fundamentada, limitada por tempo e decidida pela maioria absoluta de 
seus membros. 
A Constituição Federal assegura a inviolabilidade do sigilo de dados (artigo 5º, inciso XII). Entretanto, tal 
proteção não é absoluta e poderá ser relativizada, desde quehaja a motivação necessária, por ordem 
judicial ou por determinação de Comissão Parlamentar de Inquérito. 
É preciso ficar atento para não confundir a possibilidade de quebra de sigilo de telefônico (registro 
telefônico) com a quebra de sigilo da comunicação telefônica (conversa). O sigilo telefônico diz respeito 
aos registros das comunicações já registrados e armazenados, tais como dia, horário e duração das 
chamadas, número do telefone para o qual se destinou a chamada. Por outro lado, a quebra de sigilo das 
comunicações telefônicas afeta o conteúdo da conversa, no momento em que ocorre. A primeira garantia 
constitucional (sigilo de dados telefônicos) pode ser quebrada por determinação de CPI, a segunda, não 
(sigilo da comunicação telefônica), porque tem reserva de jurisdição. 
Os dados obtidos, embora possam ser utilizados pela CPI em seu relatório final e enviados ao Ministério 
Público, não podem, durante a investigação, segundo posicionamento do Supremo Tribunal Federal, ser 
revelados a terceiros destituídos de interesse jurídico quanto ao seu teor (MS 23.452/RJ). 
 
4. Pode a CPI determinar a prisão de alguém? Em regra, não. 
A Comissão Parlamentar de Inquérito não tem poderes para decretar a prisão de ninguém, ressalvada a 
prisão em flagrante, que pode ser determinada por qualquer do povo. 
 
5. A CPI tem poderes para aplicar medidas cautelares de ordem penal ou civil? Não. 
A Comissão Parlamentar de Inquérito não tem poderes para aplicar medidas cautelares, de que são 
exemplos a indisponibilidade de bens, o arresto, o sequestro, o recolhimento de passaporte e a proibição 
de se ausentar do País, pois tudo isso depende de ordem judicial. Entretanto, a Comissão poderá solicitar 
ao Juízo criminal competente a medida cautelar necessária para garantir a investigação. 
 
6. Pode a CPI determinar busca e apreensão? Domiciliar, não. 
Em razão da garantia constitucional de inviolabilidade da casa (artigo 5º, inciso XI), a CPI não pode 
determinar a busca e apreensão domiciliar. Por outro lado, poderá promover a busca e apreensão não 
domiciliar de documentos indispensáveis à investigação, bem como requisitar informações e documentos 
de órgãos públicos e autarquias. 
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Tem ainda a CPI a prerrogativa para fazer a busca e apreensão pessoal, quando, por exemplo, tiver razões 
para acreditar que alguém está portando indevidamente arma de fogo. 
 
7. A CPI pode promover investigação ou realizar audiência em qualquer ponto do território nacional? 
Sim. 
 
8. A CPI tem poderes para pedir perícia, exames e vistorias? Sim, bem como requisitar servidores de 
qualquer Poder para ajudar nas investigações, inclusive policiais. 
 
9. Pode a CPI determinar a quebra de sigilo judicial? Não, o segredo de justiça só pode ser retirado por 
determinação judicial. 
 
10. Pode a CPI acusar, processar, julgar ou punir alguém? Não. 
As Comissões Parlamentares de Inquérito apenas têm poderes instrutórios e investigatórios. Não possuem 
a prerrogativa de acusar, processar e julgar, pois não substituem o Poder Judiciário e nem assumem as 
atribuições do Ministério Público e nem do Tribunal de Contas da União. 
Uma vez tendo concluído a investigação, cabe à CPI elaborar um relatório final com as conclusões acerca 
do Trabalho e enviá-lo à Casa Legislativa. 
Havendo indícios de crime ou de ilícito civil, a CPI enviará o relatório ao Ministério Público, à Advocacia 
Pública, à Receita Federal, ou ao Tribunal de Contas da União, conforme a circunstância, para que 
promova, se for o caso, a acusação e/ou a responsabilização da pessoa investigada. 
 
(2019/CESPE/TJ-SC/Juiz Substituto) Com relação à disciplina constitucional das comissões 
parlamentares de inquérito (CPI), assinale a opção correta de acordo com a doutrina e a jurisprudência 
do STF. 
A) Para o STF, é nula a intimação de indígena não aculturado para oitiva em CPI, na condição de 
testemunha, fora de sua comunidade. 
B) É constitucional a criação de CPI por assembleia legislativa de estado federado ficar condicionada à 
aprovação de seu requerimento no plenário do referido órgão. 
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C) À CPI não é oponível o sigilo imposto a processos judiciais que tramitem sob o segredo de justiça. 
D) Diferentemente do que ocorre com as investigações policiais, o procedimento das CPI não é 
caracterizado pela unilateralidade. 
E) É inconstitucional norma regimental da Câmara dos Deputados que limite o número de CPI em 
funcionamento simultâneo. 
Gabarito: A 
Comentário: 
A) Certo. O STF decidiu no HC 80.240/RR que a intimação de indígena para prestar depoimento na 
condição de testemunha, fora do seu habitat, viola as normas constitucionais que conferem proteção 
específica aos povos indígenas. 
B) Errado. Segundo posicionamento do STF, o modelo federal de criação e instauração das comissões 
parlamentares de inquérito constitui matéria a ser compulsoriamente observada pelas casas legislativas 
estaduais, de modo que criação de CPI por assembleia legislativa depende de requerimento de um terço 
da Casa, não havendo necessidade de aprovação pelo Plenário (ADI 3.619/SP). 
C) Errado. A CPI não tem poderes para “revogar, cassar, compartilhar, ou de qualquer outro modo quebrar 
sigilo legal e constitucionalmente imposto a processo judiciário, haja vista tratar-se de competência 
privativa do Poder Judiciário, ou seja, matéria da chamada reserva jurisdicional, onde o Judiciário tem a 
primeira e a última palavra” (STF. MS 27.483/DF). 
D) Errado. Para o STF, a investigação parlamentar reveste-se de caráter unilateral, à semelhança do que 
ocorre no âmbito da investigação penal realizada pela Polícia Judiciária (MS 25.617). 
E) Errado. Para o STF, é constitucional norma regimental que limite o número de CPI em funcionamento 
simultâneo (ADI 1.635/DF). 
 
Aqueles que, de alguma forma, se sentirem prejudicados pelas ações de uma CPI poderão buscar socorro 
junto ao Judiciário, uma vez que legalidade e devido processo legal também permeiam as ações da 
Comissão Parlamentar de Inquérito. 
Compete ao Supremo Tribunal Federal (MS 23.452/RJ) processar e julgar, originariamente, mandado de 
segurança e habeas corpus impetrados contra CPI federal, porque a Comissão Parlamentar de Inquérito é 
a projeção orgânica do Poder Legislativo da União (Congresso Nacional, Câmara ou Senado). 
As ações de habeas corpus e mandado de segurança contra CPI são prejudicadas quando a Comissão 
conclui o seu trabalho de investigação e apresenta um relatório, independentemente de sua aprovação. 
Assim, encerrados os trabalhos de CPI, extingue-se, sem julgamento de mérito, o processo de mandado 
de segurança ou de habeas corpus. 
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CPI estadual, CPI distrital e CPI municipal 
A função fiscalizatória exercida pelo Poder Legislativo não se dá apenas no âmbito da União, mas também 
dos Estados, Distrito Federal e Municípios, motivo pelo qual há Comissão Parlamentar de Inquérito 
estadual, distrital e municipal. 
A criação de CPI estadual, distrital ou municipal deve seguir o mesmo regramento já apontado para a CPI 
federal: requerimento de 1/3 da Casa, fato determinado e prazo certo. 
As CPIs estaduais e distritais também têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e 
podem, inclusive, promover a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de seus investigados, nos 
exatos termos já apontados para a CPI federal. 
Compete ao Tribunal de Justiçaprocessar e julgar mandado de segurança e habeas corpus contra ato 
dessas comissões. 
Por outro lado, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, a CPI municipal não pode agir à 
semelhança do Poder Judiciário, porque município não possuiu Poder Judiciário, de modo que não 
pode a Comissão promover a quebra do sigilo bancário, por exemplo. 
Com efeito, a CPI municipal não possui poderes instrutórios, mas apenas investigatórios (ACO 730). 
A competência para processar e julgar mandado de segurança e habeas corpus contra CPI municipal é do 
Juízo de primeiro grau. 
 
ATRIBUIÇÕES 
 
1 – CONGRESSO NACIONAL 
A Constituição Federal elencou as atribuições do Congresso Nacional em dois artigos distintos: 48 e 49. É 
indispensável que se faça a diferenciação dos dois dispositivos. 
As competências listadas no artigo 48 são exercidas pelo Congresso Nacional mediante lei ordinária ou 
complementar, a depender da matéria. Essa é a conclusão lógica a respeito do caput do dispositivo, que 
assim dispõe: "cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República (...) dispor sobre todas 
as matérias de competência da União." Ora, as espécies normativas que se sujeitam à sanção presidencial 
são as leis complementares e as leis ordinárias. 
Noutro giro, o artigo 49 trata das competências exclusivas do Congresso Nacional, exercidas sem a sanção 
presidencial, isto é, por decreto legislativo. 
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Note: a finalidade de dividir as competências do Legislativo da União em dois artigos foi a de evidenciar 
aquilo que depende de lei e o que pode ser disciplinado por decreto legislativo, isto é, feito apenas pelo 
Congresso Nacional, sem interferência do Executivo. 
Perceba algumas peculiaridades: 
Compete ao Congresso Nacional, com a sanção 
do Presidente da República (art. 48) 
Lei 
Compete ao Congresso Nacional, sem a sanção 
do Presidente da República (art. 49) 
Decreto Legislativo 
✓ Transferência temporária da sede do 
Governo Federal; 
✓ Mudança temporária de sua sede 
✓ Fixação do subsídio dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal 
✓ Fixação de subsídio de Deputados Federais, 
Senadores, Presidente e Vice-Presidente da 
República e Ministros de Estado. 
✓ Dispor sobre radiodifusão ✓ Apreciar os atos de concessão e 
renovação de concessão de emissoras 
de rádio e televisão; 
Nos termos do artigo 48 da Constituição Federal, cabe ao Congresso Nacional dispor sobre todas as 
matérias de competência da União, de forma que o rol contido no artigo é apenas exemplificativo. São 
competências do Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre: 
"I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida 
pública e emissões de curso forçado; 
III - fixação e modificação do espaço aéreo efetivo das Forças Armadas; 
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; 
V - limites do território nacional, e marítimo e bens do domínio da União; 
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas 
as respectivas Assembleias Legislativas; 
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; 
VIII - concessão de anistia; 
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da 
União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito 
Federal; 
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o 
que estabelece o art. 84, VI, b; 
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; 
XII - telecomunicações e radiodifusão; 
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; 
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem 
os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I." 
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De acordo com o artigo 49 da Constituição Federal, é da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
Compete privativamente ao Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais 
(artigo 84, VIII). Cabe ao Congresso Nacional referendá-los, por decreto legislativo, para que sejam 
incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro com força de lei. Se o tratado for sobre direitos humanos 
e for aprovado pelo Legislativo da União em dois turnos em cada Casa, com quórum de 3/5 do total de 
membros, terá o valor de emenda constitucional (artigo 5º, parágrafo 3º). 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os 
casos previstos em lei complementar; 
Para que o Presidente da República declare guerra, no caso de agressão estrangeira, deverá ser autorizado 
pelo Congresso Nacional. Entretanto, se a agressão estrangeira ocorrer durante o intervalo das sessões 
legislativas, poderá o Presidente declarar a guerra, sujeitando o seu ato ao referendo do Congresso 
Nacional. Nas mesmas condições, compete ao Presidente da República decretar, total ou parcialmente, a 
mobilização nacional (XIX) e celebrar a paz (XX). 
Nos casos previstos em lei complementar, o Presidente da República pode permitir que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, sem a necessidade 
de autorização do Congresso Nacional. 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência 
exceder a quinze dias; 
Para que o Presidente se ausente do País, não há a necessidade de autorização do Congresso Nacional, 
exceto quando o afastamento for maior do que 15 dias. 
O Supremo Tribunal Federal, na ADI 738, entendeu afrontar “os princípios constitucionais da harmonia e 
independência entre os Poderes e da liberdade de locomoção norma estadual que exige prévia licença da 
assembleia legislativa para que o governador e o vice-governador possam ausentar-se do País por 
qualquer prazo.” No caso, é preciso guardar simetria com a Constituição Federal. 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer 
uma dessas medidas; 
Nos termos do artigo 84, incisos IX e X, da Constituição Federal, compete ao Presidente da República 
decretar o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal. 
A decretação de estado de sítio depende da autorização do Congresso Nacional, por maioria absoluta. Já a 
decretação do estado de defesa e da intervenção federal não depende de autorização do Legislativo, mas 
apenas de sua aprovação, para ter continuidade. A primeira medida é aprovada por maioria absoluta 
(estado de defesa) e a segunda por maioria simples (intervenção federal). 
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V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de 
delegação legislativa; 
Nos termos do artigo 84, IV, da Constituição, compete ao Presidente da República expedir decretos e 
regulamentos para a fiel execução das leis. Esses decretos regulamentaressão espécies normativas 
infralegais e não podem, portanto, inovar o ordenamento jurídico criando direitos e/ou obrigações. 
Caso o Presidente da República ultrapasse o poder regulamentar ao editar um decreto, para a garantia da 
legalidade e da separação de Poderes, poderá o Congresso Nacional sustar (e não declarar a 
inconstitucionalidade!), por decreto legislativo, o ato do Executivo. 
Na mesma linha, nos termos do artigo 68 da Constituição Federal, o Presidente da República poderá 
receber do Congresso Nacional delegação de competência para legislar sobre um determinado assunto 
(lei delegada). Se ultrapassar os limites dessa delegação, o Legislativo sustará a aplicação da lei delegada. 
Nos dois casos, o decreto legislativo opera efeitos "ex nunc". 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 
37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, 
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo; 
O Presidente da República deve prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias 
após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior (artigo, XXIV, da CRFB/88). 
Cabe ao Tribunal de Contas da União apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da 
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu 
recebimento (artigo 71, I, da CRFB/88). 
Se o Presidente da República perder o prazo de 60 dias contado da abertura da sessão legislativa para 
enviar as suas contas ao Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados procederá a tomada de contas 
(artigo 51, II, da CRFB/88). 
Compete ao Congresso Nacional julgar as contas do Chefe do Executivo. 
Cuidado! O STF não admite que dispositivo de Constituição Estadual aumente a competência da 
Câmara Municipal para julgar, além das contas do Prefeito, também as contas do Presidente da 
Câmara de Vereadores (ADI 1.964). 
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X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos 
os da administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros 
Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão; 
Nos termos do artigo 223 da Constituição Federal, compete ao Poder Executivo outorgar e renovar 
concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens. 
O Congresso Nacional deve apreciar o ato no prazo do regime de urgência (45 dias para cada Casa, a 
contar do recebimento da mensagem). 
A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do 
Congresso Nacional, em votação nominal. 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; 
O Tribunal de Contas da União, nos termos do artigo 73 da Constituição Federal, é composto por nove 
Ministros, um terço escolhido pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal e dois 
terços pelo Congresso Nacional. 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e 
lavra de riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e 
quinhentos hectares. 
XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-
D, 167-E, 167-F e 167-G da Constituição. 
A competência para decretar o estado de calamidade pública foi acrescentada pela EC 109/2021. Fique 
atento: Cabe ao Presidente da República solicitar e ao Congresso Nacional decretar o estado de 
calamidade pública. 
 
 
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(2018/VUNESP/Prefeitura de Pontal/Procurador) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional: 
A) sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas. 
B) planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 
C) zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros 
Poderes. 
D) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado. 
E) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
Gabarito: C 
A) Errado. Sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas são competências do Congresso 
mediante lei, isto é, dependem de sanção presidencial (artigo 48, I, da CF). 
B) Errado. Planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento são competências 
privativas do Congresso Nacional, mediante lei (artigo 48, IV, da CF). 
C) Certo. Redação do artigo 49, XI, da CF. 
D) Errado. Compete à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração 
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado (artigo 51, I, da 
CF). 
e) Errado. Compete ao Senado autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios (artigo 52, V). 
 
2 – CÂMARA DOS DEPUTADOS 
O artigo 51 da Constituição Federal elencou as competências privativas da Câmara dos Deputados, 
exercidas sem a sanção do Presidente da República. Como a atribuição é da Casa e sem a participação do 
Executivo, conclui-se que são exercidas por meio de Resoluções, com exceção do disposto no inciso IV, 
que depende de lei de iniciativa da Casa. São elas: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado; 
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A instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República depende de autorização 
da Câmara dos Deputados, por 2/3 de seus membros, tanto no crime comum, da competência de 
julgamento do Supremo Tribunal Federal, quanto no crime de responsabilidade, da competência do 
Senado Federal. 
Por outro lado, embora não esteja explícita no texto constitucional, a competência da Câmara para 
autorizar processo contra Ministro de Estado só se dá no caso de crime de responsabilidade conexo com o 
do Presidente da República (QCRQO 427/DF), hipótese em que o Senado é competente para julgar. 
Compete ao Supremo Tribunal Federal, sem a necessidade de autorização da Câmara dos Deputados, 
processar e julgar os Ministros de Estado por crime comum e por crime de responsabilidade não conexo 
com o do Presidente da República. 
O Supremo Tribunal Federal, na ADI 4.362, entendeu que a Constituição estadual não pode 
condicionar a instauração de processo judicial por crime comum contra governador à licença prévia da 
Assembleia Legislativa. 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessãolegislativa; 
A Câmara promove a tomada de contas do Presidente da República, quando este não o faz ao Congresso 
Nacional dentro de 60 dias da abertura da sessão legislativa. Entretanto, quem julga as contas do 
Presidente é o Congresso Nacional. 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
A Câmara dos Deputados não pode sozinha, por resolução, desde a Emenda à Constituição 19/1998, fixar a 
remuneração dos cargos, empregos e funções de seus serviços; antes, depende de lei (votada e aprovada 
pelas duas Casas Legislativas e sancionada pelo Presidente da República. Entretanto, sobre o assunto, o 
projeto de lei é de sua inciativa privativa. 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
No Conselho da República, seis vagas são preenchidas por cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos 
de idade. Dois deles são eleitos pela Câmara, dois pelo Senado e dois escolhidos pelo Presidente da 
República, todos para mandato de três anos, vedada a recondução. 
 
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3 – SENADO FEDERAL 
O artigo 52 enumera as competências do Senado Federal, que são exercidas sem a sanção presidencial e 
sem a participação da Câmara, isto é, por resolução do Senado, exceto, assim como já dito em relação à 
Câmara dos Deputados, o disposto no inciso XIII (remuneração de seus cargos, empregos e funções), que 
depende de lei de iniciativa da Casa. 
Vejamos as competências privativas do Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem 
como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da 
mesma natureza conexos com aqueles; 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de 
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade; 
Para que o Senado possa processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado nos crimes de responsabilidade conexos com os do 
Presidente da República, é necessário que a Câmara dos Deputados autorize por 2/3 de seus membros. 
Cabe dizer que a autorização da Câmara não vinculará o Senado, isto é, não obrigará o Senado a 
formalizar o processo contra tais autoridades, uma vez que a Casa Legislativa também tem a prerrogativa 
de analisar os fatos e decidir por fazer ou não a pronúncia que, se for caso, culminará em julgamento da 
acusação. 
Note que não há exigência de autorização da Câmara para que o Senado possa julgar os Comandantes 
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente 
da República. De igual monta, não se fala de autorização para julgar os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o 
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade. 
Todas essas autoridades, quando julgadas pelo Senado, estão sujeitas ao chamado processo de 
impeachment, inclusive os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em que pese o fato de serem vitalícios. 
No processo por crime de responsabilidade dessas autoridades, a presidência dos trabalhos no Senado 
Federal será assumida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Note: quem preside o processo de 
impeachment não é o Presidente do Senado, mas sim o Presidente do STF, que não possui, todavia, poder 
decisório. Cabe ao Presidente da Corte fazer cumprir o devido processo legal, mas não cabe a ele votar. 
A competência para julgar é do Senado e depende de decisão de 2/3 de seus membros (pelo menos 54 
votos) para haver condenação de qualquer das autoridades citadas. 
Os condenados, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis, sofrerão a perda do cargo, com 
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública. 
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III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
Compete ao Presidente da República nomear, após aprovação pelo Senado Federal, por voto secreto, 
após arguição pública, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os 
Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco 
central e outros servidores, quando determinado em lei; 
Como já dito, dos nove Ministros do TCU, três são nomeados pelo Presidente da República, após a 
aprovação do Senado, por voto secreto, após arguição pública. 
Atenção! A arguição é pública e o voto é secreto. 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de 
missão diplomática de caráter permanente; 
Atenção para não confundir com o dispositivo anterior! Compete ao Senado aprovar previamente a 
escolha de chefes de missão diplomática de caráter permanente, após arguição em sessão secreta, por 
voto secreto. 
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo 
Poder Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito 
externo e interno; 
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios; 
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X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal; 
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 3406 e a ADI 3470, trouxe para o artigo 52, X, da Constituição 
Federal, nova interpretação (mutação constitucional), segundo a qual suas decisões, tanto no controle 
incidental quanto no controle abstrato, têm eficácia contra todos e efeito vinculante, 
independentemente de resolução do Senado Federal. 
Com efeito, uma vez declarada a inconstitucionalidade de lei, no controle incidental, pelo Supremo 
Tribunal Federal, a Corte comunicará sua decisão ao Senado, para que a Casa Legislativa apenas 
intensifique a publicidade da decisão ao fazer a resolução. 
Perceba: a partir desse posicionamento do STF, a resolução do Senado, caso feita, apenas divulgará a 
decisão do STF, que já possui eficácia vinculante desde a decisão do Tribunal. 
Com efeito, o STF passou a adotar a “teoria da abstrativizaçãodo controle difuso de 
constitucionalidade”, de modo que não mais é necessário aguardar a resolução do Senado Federal para 
que a decisão produza efeitos vinculante e erga omnes, tal como ocorre no controle concentrado e 
abstrato de constitucionalidade. 
Maiores detalhes a respeito do assunto podem ser acessados na aula sobre controle de 
constitucionalidade. 
 
(2019/MPE-SC/MPE-SC/Promotor de Justiça) Compete privativamente ao Senado Federal suspender a 
execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do controle difuso-abstrato. 
Gabarito: E 
Excelente item! O art. 52, X, da CF/88, sofreu mutação constitucional, de maneira que atualmente a sua 
interpretação é outra. Segundo entendimento do STF, cabe ao Senado apenas dar publicidade à sua 
decisão, uma vez que, ainda que em controle difuso, a decisão do STF possui efeito erga omnes (STF. 
Informativo 886). 
Cuidado! O erro da questão não é a utilização da expressão "controle difuso-abstrato". Quando é aplicada 
a cláusula da reserva de plenário contida no artigo 97 da Constituição, nem o Pleno e nem o órgão especial 
julga o caso concreto, mas apenas a lei em abstrato, a lei em tese, para que os órgãos fracionários 
apliquem a decisão aos casos concretos. Daí falar-se em controle difuso abstrato. 
 XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da 
República antes do término de seu mandato; 
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O Procurador-Geral da República é nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, 
maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do 
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução (artigo 128, § 1º, da CF). 
Antes do término de seu mandato, a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do 
Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal, por 
voto secreto. 
XII - elaborar seu regimento interno; 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
Duas vagas de cidadãos que nesta qualidade integram o Conselho da República são preenchidas por 
eleição do Senado, dentre brasileiros natos maiores de 35 anos. 
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus 
componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal 
e dos Municípios. 
 
DEPUTADOS E SENADORES 
 
O Poder Legislativo exerce as suas atividades com independência. Para assegurar a livre atuação do 
Legislativo e de seus membros, a Constituição Federal estabeleceu algumas prerrogativas, garantias e 
vedações aos parlamentares. Esse regramento constitucional é denominado "Estatuto dos 
Congressistas". 
Os parlamentares têm liberdade para exercer o mandato eletivo, para defender ideologias, propostas e 
programas de ação, sem que por isso venham a sofrer perseguição política, uma vez que atuam como 
representantes do povo e o poder é do povo. 
Com efeito, as prerrogativas constitucionais dos parlamentares não podem ser vistas como privilégios 
pessoais, mas como garantias de exercício da democracia, para que haja a representatividade popular. As 
imunidades e garantias são próprias do cargo e não da pessoa, são de ordem pública e por tal motivo 
indisponíveis, irrenunciáveis. 
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Nessa toada, as imunidades parlamentares objetivam a proteção da liberdade de consciência, de 
convicção ideológica e política e de manifestação do pensamento. Tudo em defesa da soberania popular, 
que é exercida essencialmente por meio de sufrágio universal. 
O foro por prerrogativa de função busca impedir constrangimentos, inibições para o exercício do mandato 
eletivo. 
1 – IMUNIDADE MATERIAL 
Nos termos do artigo 53 da Constituição Federal, Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
A inviolabilidade por opiniões, palavras e votos, evidentemente, não é absoluta e não contempla qualquer 
opinião ou qualquer palavra, não obstante o texto constitucional tenha utilizado a expressão "quaisquer". 
Como a imunidade é prerrogativa que objetiva o exercício do mandato eletivo, as opiniões e as palavras 
precisam ter relação com o mandato. Evidentemente, se um parlamentar proferir palavras ofensivas 
direcionadas a um vizinho, amigo, familiar, ou prestador de serviço, por exemplo, nas situações 
corriqueiras do dia, não estará acobertado por imunidade. 
A imunidade material exclui a natureza delituosa do fato, protege o parlamentar da incriminação civil, 
penal e disciplinar em relação aos chamados crimes de opinião (ou de palavra). Assim, nas hipóteses em 
que a palavra dita ou a opinião proferida puderem gerar para a pessoa comum o dever de indenizar e a 
responsabilização penal, para o parlamentar, no exercício do mandato, não representará nenhum ilícito 
civil e nem crime. 
Perceba que a imunidade não objetiva fazer com que o parlamentar não venha a responder por suas 
palavras durante o mandato. O que se tem, na verdade, é a exclusão da ação repressiva ou condenatória, 
mesmo após o fim do mandato. 
Para o Supremo Tribunal Federal, a incidência da imunidade parlamentar material, por tornar inviável o 
ajuizamento da ação penal de conhecimento e da ação de indenização civil, afeta a possibilidade jurídica 
de formulação da medida cautelar da interpelação judicial, dada a sua natureza meramente acessória 
(AC 3.883 AgR). 
A garantia constitucional não está adstrita ao recinto das Casas Legislativas, de maneira que poderá o 
parlamentar estar em qualquer ponto do território nacional e ser acobertado pela imunidade material, 
desde que esteja agindo na qualidade de deputado ou de senador. Destarte se um deputado federal 
eleito por São Paulo estiver, por exemplo, em Minas Gerais, no curso de uma investigação de uma CPI, e 
der à imprensa local entrevista, para explanar a respeito da investigação, e acabar ofendendo a alguma 
autoridade alvo do inquérito, não haverá qualquer responsabilização civil, penal ou administrativa, uma 
vez que estará sob o manto da imunidade material. 
Nessa toada, o STF entende ser aplicável a cláusula de inviolabilidade constitucional às entrevistas 
jornalísticas, à transmissão, para a imprensa, do conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios 
produzidos nas Casas Legislativas e as declarações feitas aos meios de comunicação social, porque tais 
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manifestações, desde que vinculadas ao desempenho do mandato, qualificam-se como natural projeção 
do exercício das atividades parlamentares (Inquérito 2.332 AgR). 
Agora, é preciso ter cuidado, pois é possível que o parlamentar seja também jornalista e que venha a ser 
questionado pela manifestação de suas opiniões. No caso, será preciso considerar se as palavras foram 
ditas na condição exclusiva de jornalista ou se como parlamentar, pois no primeiro caso, não se fala de 
imunidade (Inquérito 2.134). 
Por outro lado, para a Corte Constitucional, como a inviolabilidadenão está limitada territorialmente, a 
divulgação, em informativo eletrônico gerado em gabinete de deputado federal, na Câmara dos 
Deputados, de fatos que, em tese, configuram crimes contra a Administração Pública, não pode ser tida 
como desvinculada do exercício parlamentar, principalmente quando tais fatos ocorrem no Estado que o 
parlamentar representa no Congresso Nacional (Inquérito 2.130). 
Palavra ofensiva em entrevistas a meios de comunicação de massa e em postagens na rede 
social WhatsApp vinculada com o desempenho do mandato (debate de ideias, fiscalização de outros 
Poderes e elaboração de leis) também está abarcada pela imunidade material (AO 2.002). 
Conquanto a prerrogativa constitucional da inviolabilidade civil e penal contemple expressão não 
protocolar, manifestações ácidas, jocosas, ou até impiedosas, não permite o direito de empregar 
expediente fraudulento, artificioso ou ardiloso, voltado a alterar a verdade da informação, com o fim 
de desqualificar ou imputar fato desonroso à reputação de terceiros. Esse entendimento foi aplicado 
pelo STF, na Petição 5.705, quando um parlamentar foi acusado de ter publicado no Facebook, trecho 
cortado de um discurso do querelante, para conferir-lhe conotação racista. A frase cortada foi: “uma 
pessoa negra e pobre é potencialmente perigosa”. Na verdade, a frase completa seria: “há um imaginário 
impregnado, sobretudo nos agentes das forças de segurança, de que uma pessoa negra e pobre é 
potencialmente perigosa”. 
A imunidade material não se estende ao congressista, quando, na condição de candidato a qualquer 
cargo eletivo, vem a ofender, moralmente, a honra de terceira pessoa, inclusive a de outros candidatos, 
em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não guarda qualquer conexão 
com o exercício das funções congressuais (inquérito 1.400 QO). 
Acrescente-se que a imunidade material, como está vinculada ao exercício do mandato, não pode ser 
estendida a suplentes e nem a terceiros não detentores de mandatos letivos. 
 
Deputados estaduais e distritais também têm imunidade material, nos mesmos termos dos 
deputados federais (artigo 27, parágrafo 1º, da CF). Entretanto, os vereadores só possuem imunidade 
material dentro de seus respectivos municípios e agindo, evidentemente, no exercício do mandato 
(artigo 29, VIII, da CF). 
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(2019/IADES/AL-GO/Procurador) No que se refere à imunidade parlamentar, considerando-se o 
previsto na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), 
assinale a alternativa correta. 
A) Para que haja imunidade material aos deputados estaduais, é necessário que as respectivas opiniões, as 
palavras e os votos tenham relação com o exercício do mandato e que tenham sido proferidas dentro dos 
limites territoriais do respectivo Estado. 
B) Em relação à imunidade material, vigora o princípio da disponibilidade, permitindo-se ao parlamentar, 
livremente, renunciar a certas garantias conferidas constitucionalmente. 
C) A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material se estende ao congressista, 
quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a ofender, moralmente, a honra de 
terceira pessoa, em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não tem 
relação com o exercício das funções congressuais. 
D) A ofensa irrogada em plenário, independente de conexão com o mandato, elide a responsabilidade civil 
por dano moral. 
E) Segundo a jurisprudência do STF, a Constituição da República atribui ao suplente de deputado federal 
ou de senador a prerrogativa de foro perante essa Corte. 
 
Gabarito: D 
A) Errado. A imunidade material dos deputados estaduais não sofre limitação territorial. Eles têm as 
mesmas garantias, prerrogativas e vedações dos deputados federais (artigo 27, parágrafo 1º, da CF). 
B) Errado. A imunidade é prerrogativa do cargo, é de ordem pública e não pode ser renunciada. 
C) Errado. Segundo o STF, quando o congressista age, apenas na condição de candidato a mandato 
eletivo, não está protegido pela imunidade material (Inquérito 1.400QO). 
D) Certo. Para o STF, ofensa irrogada em Plenário, independente de conexão com o mandato, elide a 
responsabilidade civil por dano moral (RE 210.917). 
E) Errado. Suplentes não têm foro por prerrogativa de função e nem imunidade. 
 
 
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2 – IMUNIDADE FORMAL E FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO 
A imunidade formal tem duas finalidades: 1) proteger o mandato do parlamentar contra medidas que 
possam restringir a sua liberdade de locomoção e, consequentemente, impedi-lo de exercer a função para 
a qual foi eleito e 2) impedir o prosseguimento de processos judiciais criminais eventualmente motivados 
por perseguição política. 
Prisão 
O § 2º do artigo 53 da Constituição Federal dispõe que desde a expedição do diploma, os membros do 
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
A proteção constitucional alcança o parlamentar antes mesmo de sua posse (momento em que o 
parlamentar é investido do mandato), sendo suficiente que a Justiça Eleitoral já tenha expedido o diploma 
(documento que atesta a eleição). 
Deputados e senadores (suplentes não têm imunidade) não se submetem, em regra, a prisões cautelares. 
A única hipótese permitida de prisão, diferente daquela que é fruto de uma sanção (aplicada após a 
condenação), é a prisão em flagrante de crime inafiançável. 
Com efeito, as prisões temporária, preventiva e flagrante de crime afiançável não alcançam os 
parlamentares, independentemente de o crime ter sido praticado antes ou após a expedição do 
diploma. Por exemplo: João respondia a processo criminal antes de concorrer e vencer as eleições. Se 
após a expedição do diploma ocorrer fato que poderia gerar a prisão preventiva, diferente do que se aplica 
a pessoa comum, João não poderia ser preso, dada a imunidade formal. 
Note que a Constituição Federal assegura que os membros do Congresso Nacional não poderão ser 
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, de modo que fica afastada a possibilidade de prisão 
civil por dívida decorrente de inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. 
No caso de prisão em flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro 
horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros (maioria absoluta), resolva 
sobre a prisão. 
É de se concluir então que até mesmo na hipótese de prisão em flagrante de crime inafiançável, a 
continuidade da medida privativa de liberdade depende de formação de culpa pela Casa legislativa (se 
deputado preso, Câmara; se senador, Senado), que poderá, pelo voto da maioria absoluta (maioria de seus 
membros), em votação aberta, decidir pela liberdade do congressista, independentemente da gravidade 
de sua conduta. 
É preciso deixar claro que a imunidade formal não exclui a ilicitude da conduta do parlamentar, mas 
apenas assegura o direito de exercer o mandato para o qual foi eleito. Assim, se o congressista praticar 
crime, ainda que não possa ser submetido à prisão cautelar ou que venha a ser posto em liberdade pela 
Casa Legislativa, poderá, normalmente, responder a processo criminal e vir a ser condenado durante o 
mandato. 
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Em decorrência da imunidade formal relativa à prisão, o Supremo Tribunal Federal decidiu que, na 
hipótese deaplicação, pelo Judiciário, de medidas cautelares diversas da prisão (listadas no artigo 319 
do CPP) capazes de limitar, direta ou indiretamente, o pleno e regular exercício do mandato 
parlamentar, a decisão judicial de imposição das medidas deverá ser remetida à Casa Legislativa, em 
até vinte e quatro horas, para que pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a aplicação da 
medida cautelar (ADI 5.526). 
Com efeito, do posicionamento do Supremo Tribunal Federal, é possível chegar a duas conclusões: 
1) o Poder Judiciário dispõe de competência para impor aos parlamentares, por autoridade própria, as 
medidas cautelares a que se refere o artigo 319 do Código de Processo Penal, seja em substituição de 
prisão em flagrante delito por crime inafiançável, por constituírem medidas individuais e específicas 
menos gravosas; seja autonomamente, em circunstâncias de excepcional gravidade. 
2) se a medida cautelar aplicada puder impossibilitar, direta ou indiretamente, o pleno e regular 
exercício do mandato parlamentar e de suas funções legislativas, os autos da prisão em flagrante delito 
por crime inafiançável ou a decisão judicial de imposição de medidas cautelares serão remetidos dentro de 
24 horas a Casa respectiva, nos termos do § 2º do artigo 53 da Constituição Federal, para que, pelo voto 
nominal e aberto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão ou a medida cautelar. 
Por força do artigo 27, parágrafo 1º, da Constituição Federal, deputados estaduais e distritais, de igual 
forma, desde a expedição do diploma, estão amparados pela imunidade formal. De outra sorte, 
vereadores não possuem imunidade formal, razão pela qual poderão ser presos nas mesmas hipóteses 
em que a privação da liberdade de locomoção puder alcançar o cidadão comum. 
 
✓ A imunidade formal relativa à prisão é adquirida após a expedição do diploma, portanto, antes da 
posse. 
✓ O congressista não se submete à prisão civil por dívida e nem à prisão cautelar, exceto em flagrante 
de crime inafiançável. 
✓ Ainda que preso em flagrante de crime inafiançável, poderá ser posto em liberdade por decisão da 
Casa, tomada por maioria absoluta, em votação aberta. 
✓ O Poder Judiciário tem autoridade para aplicar medida cautelar diversa à prisão, mas deverá 
remeter a decisão à Casa legislativa para análise, quando puder restringir o exercício do mandato 
parlamentar. 
✓ Deputados estaduais e distritais também têm imunidade formal relativa à prisão, nos mesmos 
termos dos deputados federais. Por outro lado, vereador não faz jus a tal prerrogativa. 
Foro por prerrogativa de função 
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Nos termos do § 1º do artigo 53 da Constituição Federal, deputados e senadores, desde a expedição do 
diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. Na mesma linha, o artigo 
102, I, "b", dispõe que compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente, nas 
infrações penais comuns, os membros do Congresso Nacional. 
A competência do STF descrita na Constituição alcança todas as infrações penais, mesmo que 
contravenções penais, crimes eleitorais ou mesmo crimes dolosos contra a vida, mas não contempla ações 
de natureza cível intentadas contra parlamentar (improbidade administrativa, ação popular, ação civil 
pública, dentre outras). Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 937 QO, em 2018, 
trouxe nova interpretação ao dispositivo, para limitar o foro privilegiado apenas para os casos que 
guardarem relação com o mandato. 
Com efeito, o foro por prerrogativa de função, na interpretação adotada pelo Supremo Tribunal Federal 
até o julgamento da questão de ordem na Ação Penal 937, alcançava todos os crimes de que são acusados 
os parlamentares, inclusive os praticados antes da investidura no cargo e os que não guardavam qualquer 
relação com o seu exercício. No entanto, o Tribunal, para garantir uma efetividade mínima ao sistema 
penal, a moralidade administrativa e a probidade, alterou a sua linha de entendimento para restringir o 
foro privilegiado aos crimes praticados no cargo e em razão do cargo. 
Se a prerrogativa de foro objetiva garantir o livre exercício das funções parlamentares, deve ter relação de 
causalidade entre o crime imputado e o exercício do cargo. Nota-se que o Tribunal, ao restringir o foro 
privilegiado, adequou as suas competências constitucionais às suas finalidades. Assim, quando o crime de 
que foi acusado o parlamentar não tiver relação com o mandato, o Ministro Relator determinará a baixa da 
ação penal ao Juízo competente (estadual, federal ou eleitoral). 
A prerrogativa de foro impõe que os inquéritos policiais contra congressistas sejam instaurados após 
análise do Supremo Tribunal, que definirá se o fato tem ou não relação com o mandato, a fim de que 
se defina o foro. Na hipótese de a competência ser do próprio Tribunal, o STF ordenará as providências 
necessárias à demonstração da alegada prática delituosa, mas se a competência for de Juízo de primeira 
instância da Justiça Comum ou Especializada, o Relator apontará a quem cabe a condução da 
investigação. 
A partir do novo posicionamento do Supremo Tribunal Federal, uma vez reconhecido o foro privilegiado e 
encerrada a instrução processual, ainda que o mandato termine ou que o parlamentar o renuncie, a 
competência do Tribunal não será afetada. 
 
✓ Deputados e senadores, por crime comum, só serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal se 
atendidos cumulativamente os seguintes requisitos: 1) crime praticado durante o mandato (após a 
expedição do diploma); 2) crime praticado em razão do cargo, relacionado às funções 
desempenhadas. Nas demais hipóteses, serão processados pela primeira instância da Justiça. 
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✓ Cabe ao Ministro Relator do Supremo Tribunal Federal analisar os fatos e decidir de quem é a 
competência, se do STF ou de Juízo singular. 
✓ Uma vez reconhecida a competência do STF, após o final da instrução processual, com a 
publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para 
processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o congressista vir a ocupar cargo 
ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. 
 
Processo 
Desde a Emenda Constitucional 35/2001, a instauração de processo criminal contra deputados e senadores 
não depende de prévia autorização legislativa, de modo que uma vez oferecida a denúncia ou a queixa, 
caberá ao órgão do Judiciário competente, após análise dos pressupostos processuais, admitir ou não a 
formalização do processo. 
A imunidade formal relativa ao processo apenas autoriza a sustação do andamento da ação penal pela 
Casa Legislativa, quando o crime é praticado após a expedição do diploma, e não mais prevê 
autorização do Legislativo para instauração (ou continuidade) de processo contra parlamentar. 
Nos termos do § 3ºdo artigo 53 da Constituição Federal, uma vez recebida a denúncia contra o senador ou 
deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa 
respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus 
membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
A competência para sustar o andamento da ação é do Plenário da Câmara ou do Senado, conforme o réu 
seja deputado ou senador. Sustar a ação não é arquivar a ação e nem implica em absolvição. A sustação 
apenas impede o prosseguimento do feito, enquanto durar o mandato do parlamentar. Uma vez 
encerrado o mandato, por qualquer motivo, a ação será retomada do ponto em que parou. 
O pedido de sustaçãosó poderá ser feito por partido político naquela Casa representado. Perceba: o 
pedido não pode ser feito por qualquer partido político, mas somente por aquele que tem representação 
na Casa. O partido político não precisa ser aquele ao qual está filiado o réu. 
Importa saber que o pedido de sustação do processo poderá ser feito a qualquer tempo, desde que não 
tenha ainda havido o julgamento (até a decisão final). Entretanto, uma vez formulado, deverá ser 
apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela 
Mesa Diretora. 
A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato (artigo 53, § 5º, da CF). 
A ação penal contra parlamentar, em resumo, tem os seguintes passos: 
1. Análise e recebimento de denúncia ou queixa, sem a necessidade de autorização da Casa. 
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2. Se o crime tiver sido praticado após a expedição do diploma, o STF comunicará a Casa Legislativa da 
existência da ação penal e, em seguida, dará continuidade ao feito. Note: não fica o Tribunal à espera de 
qualquer manifestação da Casa para dar prosseguimento à ação penal. Se o crime tiver sido praticado 
antes da expedição do diploma, não haverá comunicação à Casa. 
3. O Plenário da Casa, se o crime for praticado após a expedição do diploma, para atender a pedido de 
partido político nela representado, no prazo de 45 dias do recebimento do pedido, por decisão da maioria 
dos membros, poderá sustar o andamento da ação, hipótese em que a prescrição ficará também suspensa. 
4. Se o parlamentar for julgado e condenado, poderá ser preso (prisão sanção). 
5. A condenação não gera perda automática do mandato. Se a pena aplicada for privativa de liberdade, 
superior a 120 dias, cumprida inicialmente em regime fechado, a perda do mandato será certa, cabendo à 
Mesa Diretora apenas fazer a sua declaração. Nas demais hipóteses, a perda de mandato dependerá de 
decisão da Casa, tomada por maioria absoluta (maiores considerações no tópico 5 desta aula). 
6. O parlamentar condenado pode exercer o mandato e cumprir concomitantemente a sua pena, ainda 
que privativa de liberdade, obedecido ao regramento anterior. 
 
Deputados estaduais e distritais também têm a garantia de imunidade formal relativa ao processo. 
Vereadores apenas têm imunidade material e com limitação territorial. 
 
3 - IMUNIDADE PROBATÓRIA, TESTEMUNHAL E OUTRAS 
GARANTIAS 
A Constituição Federal assegurou aos deputados e senadores a imunidade probatória ao garantir que não 
serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do 
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações (artigo 53, § 6º). 
Caso queiram, os congressistas poderão, a fim de contribuir com alguma investigação, revelar 
informações obtidas em razão do mandato eletivo, mas não poderão ser obrigados a fazê-lo. Perceba que 
a proteção constitucional diz respeito a informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do 
mandato, motivo pelo qual noutras hipóteses poderão ser compelidos a testemunhar, como funciona com 
qualquer cidadão comum. 
Ressalte-se que os parlamentares, nos termos do artigo 221 do CPP, têm prerrogativa testemunhal, de 
maneira que ajustarão com a autoridade competente local, dia e hora para serem inqueridos. 
 
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O § 7º do artigo 53 da Constituição Federal dispõe que a incorporação às Forças Armadas de Deputados e 
Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa 
respectiva. 
Com o objetivo de resguardar a livre atuação do Poder Legislativo e o exercício do mandato parlamentar, a 
Lei Maior garantiu a deputados e senadores as suas prerrogativas, mesmo diante da aplicação da medida 
excepcionalíssima de estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos 
membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que 
sejam incompatíveis com a execução da medida (artigo 53, § 8º). 
 
(FCC/DPE-MA/Defensor Público) A imunidade parlamentar que consiste na não obrigatoriedade do 
parlamentar em testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do 
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações, é conhecida 
como imunidade 
A) probatória. 
B) testemunhal. 
C) foro especial. 
D) prisional. 
E) processual. 
 
Gabarito: A 
Comentário: 
A imunidade probatória é a que garante a não obrigatoriedade de testemunhar sobre informações 
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou 
deles receberam informações (CF, art. 53, § 6.º). 
A imunidade testemunhal assegura ao parlamentar, na qualidade de testemunhas, o direito de combinar 
com o juiz o dia, hora e local de sua oitiva (CPP, art. 221). 
Foro especial por prerrogativa de função garante que os parlamentares sejam submetidos a julgamento 
perante o STF nas infrações comuns (CF, art. 53, § 1.º), quando vinculadas ao mandato. 
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A prerrogativa de, desde a expedição do diploma, ser preso apenas em flagrante de crime inafiançável é 
chamada munidade prisional: (artigo 53, § 2.º, da CF). 
Imunidade processual é a garantia de a Casa, pelo voto da maioria de seus membros, sustar o andamento 
da ação (artigo 53, § 3.º, da CF). 
 
4 – VEDAÇÕES 
O artigo 54 da Constituição Federal, com o propósito de primar pela moralidade administrativa, pela 
impessoalidade e pelo interesse público, trouxe uma série de vedações a deputados e senadores, algumas 
aplicadas desde a expedição do diploma e outras desde a posse. Tais vedações, entretanto, conforme já 
analisado pelo Supremo Tribunal Federal, não se estendem aos suplentes, de forma que a eleição e o 
mandato de prefeito não geram automaticamente a perda da condição de suplente de parlamentar. 
Entretanto, caso convocado a substituir o titular, deverá renunciar ao mandato eletivo municipal (STF. MS 
21.266). 
Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, não poderão: 
✓ firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, 
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o 
contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
 
✓ aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam 
demissíveis "ad nutum" (livre nomeação e livre exoneração), com pessoa jurídica de direito 
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de 
serviço público. 
 
 
Os Deputados e Senadores, desde a posse, não poderão: 
✓ ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de 
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; 
 
✓ ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", bem como patrocinar causa em 
que seja interessada, pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de 
economia mista ou empresa concessionária de serviço público; 
 
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✓ ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
O parlamentar que infringirqualquer das proibições acima enumeradas perderá o mandato, por decisão da 
maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa (Câmara ou Senado), mediante provocação da 
respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada, evidentemente, 
a ampla defesa. 
Perceba que a perda do mandato não se dá automaticamente, pois depende de análise de natureza 
política do Plenário da Casa Legislativa. 
 
5 – PERDA DE MANDATO 
Além de perder o mandato em decorrência de descumprimento das proibições enumeradas no artigo 54 
da Constituição, o artigo 55 ainda define outras cinco hipóteses. 
A perda de mandato, conforme a circunstância, poderá ocorrer por duas formas diferentes: a) decisão da 
Casa, tomada por maioria absoluta e b) declaração da Mesa Diretora. No primeiro caso, a perda de 
mandato não é certa, porque depende de decisão política da Casa. No segundo caso, a perda é certa. Em 
qualquer delas, fica assegurada a ampla defesa. 
Vale dizer que a renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do 
mandato, nos termos do § 4º do artigo 55 da Constituição Federal, terá seus efeitos suspensos até as 
deliberações finais. Assim, se o parlamentar renunciar ao mandato antes do início do processo, o ato de 
renúncia será válido e o processo não chegará a ser instaurado, mas se a renúncia ocorrer depois, ficará 
suspensa, até as deliberações finais da Casa. 
Passemos a enumerar os casos de perda de mandato: 
1. Por decisão da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, por maioria absoluta, em votação 
aberta, em decorrência de provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional. 
A. Procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. 
O decoro parlamentar é o que rege a conduta dos deputados e senadores, é o que configura princípios 
éticos e as regras básicas de decoro que devem orientar a conduta dos que estejam no exercício do cargo 
de deputado ou de senador. 
O § 1º do artigo 55 da Constituição Federal dispõe que é incompatível com o decoro parlamentar, além dos 
casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso 
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. 
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Segundo posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o membro do Congresso Nacional que se licencia 
do mandato para investir-se no cargo de ministro de Estado não perde os laços que o unem, 
organicamente, ao Parlamento, razão pela qual permanece sujeito às normas definidoras de decoro 
parlamentar (MS 25.579 MC). 
B. Condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
Segundo posicionamento do Supremo Tribunal Federal (AP 694/MT), se a condenação resultar em pena 
privativa de liberdade, em regime fechado, superior a 120 dias, o parlamentar perderá o mandato, por 
mera declaração da Mesa, porque não comparecerá, na sessão legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias, nos termos do artigo 55, § 3º, da Constituição Federal. 
Agora se pena não for privativa de liberdade, ou se for cumprida em regime inicial aberto ou semiaberto, a 
perda do mandato não será automática e dependerá de decisão da maioria absoluta da Casa. 
 
2. Por declaração da Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus 
membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional. 
A. Não comparecimento, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a 
que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada. 
B. Perda ou suspensão dos direitos políticos. 
C. Decreto da Justiça Eleitoral; 
 
O artigo 56 da Constituição Federal assegura que o parlamentar investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital 
(Cuidado! Não é prefeitura de qualquer município, mas de Capital) ou chefe de missão diplomática 
temporária (Atenção! Não é chefe de missão diplomática permanente e sim temporária) não perderá o 
mandato o Deputado ou Senador. Em qualquer dessas hipóteses, o parlamentar poderá optar pela 
remuneração. 
De igual sorte, o parlamentar que estiver licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença (por 
qualquer prazo), ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, por até cento e vinte dias, por 
sessão legislativa, não perderá o mandato. 
Nos casos de vaga, ou de investidura em qualquer das funções acima citadas, ou de licença superior a 
cento e vinte dias, será convocado o suplente. 
Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze 
meses para o término do mandato (artigo 56, § 2º, da CF). 
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(2019/VUNESP/Prefeitura de Ribeirão Preto/Procurador) Sobre as hipóteses de impedimento, 
suspensão e perda de mandato de parlamentares, a Constituição Federal assevera que 
A) perderá o mandato o deputado ou senador que seja investido no cargo de Ministro de Estado, por 
implicar em nítida violação da separação de poderes. 
B) perderá o mandato o deputado ou senador que faltar a 10% (dez por cento) das sessões ordinárias 
realizadas pela respectiva Casa Legislativa. 
C) desde a expedição do diploma os deputados e senadores não poderão ser proprietários, controladores, 
diretores de empresas que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, 
ou nela exercer função remunerada. 
D) no caso de senador ou deputado que pratique procedimento declarado incompatível com o decoro 
parlamentar, a perda do mandato será declarada pela Mesa da casa respectiva, de ofício ou mediante 
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político com ou sem representação no Congresso 
Nacional, assegurada ampla defesa. 
E) não perderá o seu mandato o deputado ou senador, licenciado pela respectiva Casa por motivo de 
doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento 
não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
Gabarito : E 
Comentário: 
A) Errado. Nos termos do artigo 56, I, da Constituição Federal, não perderá o mandato o Deputado ou 
Senador investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária. 
B) Errado. O Deputado ou Senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das 
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada, perderá o 
mandato (artigo 55, III, da Constituição Federal). 
C) Errado. Os Deputados e Senadores não poderão, desde a posse, ser proprietários, controladores ou 
diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou 
nela exercer função remunerada (artigo 54, II, “a”, da CRFB/88). 
D) Errado. Nos termos do artigo 55, II, § 2º , da Constituição Federal, por quebra de decoro parlamentar, a 
perda de mandato dependerá de decisão da maioria absoluta da Casa. 
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E) Certo. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador “ licenciado pela respectiva Casa por motivo de 
doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento 
não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa” (artigo 56, II, da CRFB/88). 
 
FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRAE ORÇAMENTÁRIA 
 
1 – TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 
O Poder Legislativo exerce duas funções precípuas: legislar e fiscalizar. 
No âmbito da União, cabe ao Congresso Nacional atuar como legislador federal (criar leis aplicáveis à 
União), nacional (criar leis aplicáveis a todos os entes federativos) e constituinte derivado (criar emendas 
à Constituição). 
No exercício da função fiscalizadora, compete ao Congresso Nacional exercer o controle externo de 
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas da União e 
das entidades da administração direta e indireta. O controle interno é exercido por cada um dos Poderes. 
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, da responsabilidade do Congresso Nacional, é exercida com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União. 
Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que por alguma razão utiliza, arrecada, guarda, 
gerencia ou administra dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em 
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária está sujeita ao controle externo e deve prestar 
contas. 
Note que o que legitima a ação fiscalizadora do Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas 
da União (TCU), não é o enquadramento do ente, da entidade ou da pessoa jurídica (da União, dos 
Estados, dos Municípios?), mas sim a origem dos recursos públicos. Dito de outra forma, se os bens, 
valores e dinheiros pertencerem à União ou a qualquer de suas entidades da Administração direta e 
indireta, a ação fiscalizadora do TCU alcançará pessoas físicas e jurídicas, Estados, Municípios, particulares 
e autoridades públicas. 
 
(2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado I) Não é a natureza ou a instância federativa a que se vincula 
determinado ente que atrai ou não a competência do TCU, mas sim a origem dos recursos versados. 
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Gabarito: C 
Em decorrência da amplitude das competências fiscalizadoras da Corte de Contas, tem-se que não é a 
natureza do ente envolvido na relação que permite, ou não, a incidência da fiscalização da Corte de 
Contas, mas sim a origem dos recursos envolvidos, conforme dispõe o art. 71, II, da CF. (STF. MS 24.379). 
 
O Tribunal de Contas da União auxilia o Congresso Nacional a promover o controle externo, mas não se 
subordina ao Congresso Nacional, de modo que não pode ser classificado como desmembramento do 
Legislativo da União, nem como órgão delegatário e nem como mero auxiliar técnico. 
Não há qualquer relação de subordinação, dependência ou hierarquia entre o TCU e o Congresso Nacional. 
O Tribunal de Contas tem a garantia constitucional de autonomia, de autogoverno, de predicados e 
garantias de seus membros, como é a vitaliciedade de seus Ministros, por exemplo. 
O Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em 
todo o território nacional (artigo 73, caput, da CF). A utilização da expressão "jurisdição" causa grandes 
divergências doutrinárias. Para alguns, as decisões da Corte de Contas têm natureza jurisdicional, para 
outros, só administrativa. 
Para os adeptos da corrente defensora da função jurisdicional, a revisão das decisões do TCU por parte do 
Judiciário somente alcançaria os pressupostos extrínsecos do ato e a verificação de sua conformidade, ou 
não, com a lei. Para a segunda, a revisão poderia, inclusive, adentrar no mérito do ato deliberativo da 
Corte. 
O certo é que o Tribunal de Contas não integra o Poder Judiciário, não obstante seja denominado 
“tribunal”. Entretanto, faz a dicção do direito a ser aplicado aos casos por ele analisados e não pode ser 
considerado “a primeira instância do Judiciário”. 
Com efeito, o Tribunal de Contas não julga pessoas e sim contas. As suas decisões não fazem coisa 
julgada, pois são de cunho administrativo e podem ser revistas pelo Judiciário, mas tem prevalecido a 
corrente segundo a qual a análise do Judiciário diz respeito à lesão ou ameaça a direito e não propriamente 
acerca da regularidade ou da irregularidade das contas. Assim, o julgamento das contas, por parte do TCU, 
quanto ao mérito, é soberano, privativo e definitivo. 
No exercício de sua autonomia, compete ao Tribunal de Contas elaborar o seu regimento interno; 
organizar as suas secretarias e serviços; prover, por concurso público os cargos necessários ao exercício de 
suas atribuições (servidores públicos do Tribunal e não os seus Ministros); conceder licença, férias e outros 
afastamentos a seus membros e servidores; propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos e 
a remuneração dos seus serviços. 
O Tribunal de Contas da União é composto por nove Ministros, sendo seis (dois terços) escolhidos pelo 
Congresso Nacional e três (um terço) escolhidos pelo Presidente da República, com a aprovação do 
Senado, por maioria simples. 
Os Ministros do TCU serão escolhidos dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: 
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✓ mais de 35 e menos de 65 anos de idade; 
✓ idoneidade moral e reputação ilibada; 
✓ notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração 
pública; 
✓ mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os 
conhecimentos mencionados anteriormente 
Dentre os três Ministros que são escolhidos pelo Presidente da República, dois são definidos 
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista 
tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento. 
Perceba que o TCU elabora lista tríplice para indicar tanto auditores quanto membros do Ministério 
Público junto ao Tribunal de Contas, independentemente de o critério ser antiguidade ou merecimento 
(há lista tríplice mesmo quando o critério é antiguidade). Dentre os integrantes da lista, o Presidente 
escolhe um. Note ainda que o Presidente da República apenas tem liberdade para escolher um dos 
Ministros, porque os outros dois constam cada qual de lista tríplice elaborada pelo Tribunal. De qualquer 
forma, todos eles são aprovados pelo Senado. 
Ministro Ministro Ministro Ministro Ministro Ministro Ministro 
(Auditor) 
Ministro 
(MP-TC) 
Ministro 
(Livre) 
Escolhidos pelo Congresso Nacional, dentre os brasileiros que 
preencham os requisitos acima citados. 
Escolhidos pelo Presidente da 
República, com a aprovação do 
Senado, por voto secreto, após 
arguição pública. 
Todos devem preencher os 
requisitos acima citados. 
O Tribunal possui ainda três auditores, nomeados após aprovação em concurso público de provas e títulos, 
para fazer a substituição dos Ministros em seus afastamentos, impedimentos e hipóteses de vacância. 
Esses auditores, nos termos do § 4º do artigo 73 da Constituição Federal, quando em substituição a 
Ministro, possuem as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais 
atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. 
O § 3° do artigo 73 da Constituição Federal dispõe que os Ministros do Tribunal de Contas da União, 
embora não integrantes do Poder Judiciário, têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, 
vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à 
aposentadoria e pensão, as normas definidoras do regime próprio de previdência social dos servidores 
titulares de cargos efetivos constantes do artigo 40 da Lei Maior. 
As garantias da magistratura aplicáveis aos Ministros do TCU são: inamovibilidade, vitaliciedade(adquirida na posse) e irredutibilidade de subsídio. 
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As vedações são: o exercício da advocacia; o acúmulo de cargos públicos, salvo uma função de magistério; 
exercício de atividade político-partidária; receber a qualquer título ou pretexto custas e participação no 
processo, auxílios e contribuições. 
O subsídio corresponde a 95% do valor pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Por crime 
comum e de responsabilidade são processados e julgados pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Competências 
O Controle externo, da responsabilidade do Congresso Nacional, é exercido com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União. O controle interno é exercido por cada Poder. Entretanto, Executivo, Legislativo e 
Judiciário devem apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
Nos termos do artigo 74 da Constituição Federal, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem 
manter, de forma integrada, sistema de controle interno para: 
1. avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e 
dos orçamentos da União; 
2. comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado; 
3. exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da 
União. 
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou 
ilegalidade, deverão dar ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 
Cabe ao Tribunal de Contas da União encaminhar ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, 
relatório de suas atividades. 
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, 
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União, mas o Tribunal também 
age de ofício. 
As competências do Tribunal de Contas da União podem ser divididas em fiscalizadora, judicante, 
sancionatória, consultiva, informativa e corretiva. 
A competência consultiva está contida no artigo 71, I, da Constituição Federal, e consiste na apreciação 
das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá 
ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. 
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O parecer tem o objetivo de fornecer informações para que o Congresso Nacional possa julgar as contas 
do Presidente da República. 
Note: Cabe ao Congresso Nacional julgar as contas do Presidente da República. O TCU tão somente 
aprecia as contas e emite relatório. 
Em sentido diverso, a competência judicante contida no inciso II do artigo 71 da Lei Maior autoriza o 
Tribunal de Contas a julgar das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e 
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 
A fiscalização do Tribunal de Contas alcança as empresas públicas e as sociedades de economia mista, 
independentemente de os seus empregados estarem submetidos ao regime celetista ou de a sociedade de 
economia mista não ter sido criada por lei. 
A competência fiscalizadora diz respeito à realização de auditorias e inspeções em órgãos e entidades da 
Administração Pública da União e das entidades de direito privado que recebem recursos de origem 
pública. Em caso de identificação de irregularidades ou de abusos, compete ao Tribunal fazer a devida 
representação ao Poder competente. 
Com efeito, compete ao TCU: 
✓ apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório; (artigo 71, III, da CF); 
 
A respeito da competência para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão inicial 
de aposentadorias, reformas ou pensões, o Supremo Tribunal Federal, ao editar a Súmula Vinculante 03, 
excepcionou o exercício de contraditório e de ampla defesa nos processos perante o Tribunal de Contas da 
União. Veja: 
"Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a 
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato 
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato 
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão." 
Observe que quando o Tribunal de Contas aprecia a legalidade de um ato concessivo de pensão, 
aposentadoria ou reforma, ele não precisa ouvir a parte diretamente interessada, porque a relação jurídica 
travada, nesse momento, é entre o Tribunal de Contas e a Administração Pública, uma vez que, nos 
termos da jurisprudência do STF, o ato de concessão de aposentadoria é complexo, aperfeiçoando-se 
somente após a sua apreciação pela Corte de Contas. Num segundo momento, porém, concedida a 
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aposentadoria, reconhecido o direito à pensão ou à reforma, passa a existir o ato jurídico presumido 
válido, até que se prove o contrário. 
 
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 636.553, em fevereiro de 2020, reformulou a sua 
jurisprudência, invocando a princípio da segurança jurídica, e passou a aplicar aos processos que tramitam 
no Tribunal de Contas relativos aos atos de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão o prazo de 
cinco anos contido na Lei 9.784/99, para que a Administração Pública anule atos administrativos dos 
quais resulte efeitos favoráveis aos destinatários. 
Dito de outra forma, o STF, em importante decisão, passou a fixar um prazo de cinco anos para que o TCU 
exerça o seu papel fiscalizatório, de maneira que ultrapassado o prazo, não haverá mais a possibilidade de 
mudança do ato. Para o caso, foi formulada a seguinte tese: 
“Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, o TCU está 
sujeito ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão 
inicial de aposentadoria, reforma ou pensão a contar da chegada do processo a aquela 
Corte.” 
 
 
✓ realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica 
ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional 
e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e das 
entidades da Administração Pública; (artigo 71, IV, da CF); 
✓ fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, 
de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; (artigo 71, V, da CF); 
✓ fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, 
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; (artigo 71, 
VI, da CF). 
A competência informativa é exercida quando o Tribunal presta informações solicitadas pelo Congresso 
Nacional,por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções 
realizadas (artigo 71, VII, da CF). 
A competência sancionatória é a que permite a aplicação das sanções previstas em lei aos responsáveis 
pela prática de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas. Dentre outras cominações admitidas 
por lei, o Tribunal poderá aplicar multa proporcional ao dano causado ao erário público (artigo 71, VIII). 
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As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa têm eficácia de título executivo. 
Entretanto, a Corte de Contas não possui competência para promover a execução judicial do devedor, 
cabendo à Advocacia-Geral da União fazê-lo. 
Note: quem executa o devedor judicialmente é o credor, no caso, o ente federativo: a União. 
Por fim, a competência corretiva é exercida quando é detectada irregularidade na formação de um ato e 
autoriza o Tribunal a tomar duas providências: 
a) Em caso de ilegalidade, compete ao Tribunal de Contas fixar prazo para que o órgão ou entidade adote 
as providências necessárias ao exato cumprimento da lei; 
b) Na hipótese de o órgão ou entidade não cumprir o prazo dado pelo Tribunal para o cumprimento das 
exigências legais, caberá ao TCU sustar a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara 
dos Deputados e ao Senado Federal. 
No caso de contrato, o ato de sustação não será praticado pelo TCU, mas pelo Congresso Nacional 
diretamente, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Entretanto, se o 
Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar tais, o Tribunal decidirá 
a respeito. 
Cuidado! O TCU susta ato. 
O TCU não susta contrato, salvo quando o Congresso Nacional ou o Executivo não o faz, no prazo de 
90 dias. 
No caso de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não 
programados ou de subsídios não aprovados, cabe à Comissão Mista Permanente (Comissão composta 
por deputados e senadores destinada a participar do processo legislativo da lei orçamentária) solicitar à 
autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos 
necessários. 
Se os esclarecimentos não forem prestados ou se forem insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal de 
Contas da União pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. Se o Tribunal 
apontar irregularidade na despesa, a Comissão proporá ao Congresso Nacional sua sustação, se julgar que 
o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública. 
Perceba: no caso de despesa não autorizada, compete ao Congresso Nacional promover a sustação do 
ato. O Tribunal de Contas apenas se pronuncia a respeito e a Comissão Mista é que propõe ao 
Legislativo a adoção de providências. 
Segundo posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o Tribunal de Contas possui atribuições implícitas 
outorgadas pela Constituição Federal, sendo uma delas o poder geral de cautela (MS 33.092/DF). Assim, 
as competências do TCU enumeradas no artigo 71 da Constituição Federal não são taxativas, uma vez que, 
com vistas ao atingimento das funções fiscalizatórias contidas na Lei Maior, medidas cautelares poderão 
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ser aplicadas pelo Tribunal, quando indispensáveis à neutralização imediata de situações de lesividade ao 
interesse público. 
 
(2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado I) Ao TCU é garantida a possibilidade do exercício de poder geral de 
cautela para indisponibilidade de bens de possíveis responsáveis por lesão ao erário. 
Gabarito: C 
A concessão de medidas cautelares, para assegurar o exercício de suas competências, embora não 
expressa na Constituição Federal (teoria dos Poderes Implícitos), é admitida pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
Na mesma linha, embora não possua a Corte de Contas poderes para promover a quebra de sigilo de 
dados, o Supremo Tribunal Federal admite que o Tribunal obtenha dados bancários, sem ordem judicial, 
quando as operações envolverem recursos públicos. O acesso é a dados bancários de ente público, mas 
por extensão, chegará a dados de particulares. No caso, segundo o STF, a operação não está abrangida 
por sigilo, já que envolve recursos públicos (RHC 133.118/CE), razão pela qual não há que falar em quebra 
de sigilo. 
Vale ressaltar que, conquanto a Súmula 347 do Supremo Tribunal Federal estabeleça que "o Tribunal de 
Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder 
Público," o Ministro Alexandre de Moraes, em decisão monocrática proferida no MS 35.410, em fevereiro 
de 2018, entendeu que a Súmula 347, editada em 1963, ficou comprometida após a promulgação da 
Constituição de 1988, de maneira que órgãos administrativos não têm jurisdição e não podem declarar 
inconstitucionalidade de lei. Esse posicionamento já vinha sendo defendido pelo Ministro Gilmar Mendes 
também (MS 25.888). 
Por outro lado, em tese defendida pela Ministra Cármem Lúcia na Petição 4.656 e acatada pelo Tribunal, 
deixar de aplicar uma norma por entendê-la inconstitucional é diferente de declará-la inconstitucional, de 
forma que órgãos administrativos autônomos (CNJ, TCU e MPU) podem decretar a invalidade de ato 
administrativo pela inaplicabilidade do texto legal no qual se baseia, por contrariar a Constituição Federal. 
 
2 – TRIBUNAIS DE CONTAS ESTADUAIS, DISTRITAL E MUNICIPAIS 
A Constituição Federal estabelece em seu artigo 75 que as normas estabelecidas pela própria Constituição 
ao Tribunal de Contas da União também se aplica, no que couber, à organização, composição e 
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e 
Conselhos de Contas dos Municípios. 
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O controle externo, nos Estados, é exercido pela Assembleia Legislativa, com o auxílio do Tribunal de 
Contas do Estado. No Distrito Federal, exercido pela Câmara Legislativa, com o auxílio do Tribunal de 
Contas do Distrito Federal. Nos Municípios, pela Câmara de Vereadores, com o auxílio do Tribunal de 
Contas dos Municípios, se houver, ou do Tribunal de Contas do Estado ou do Tribunal de Contas do 
Município. 
Cabe às Constituições estaduais dispor sobre os Tribunais de Contas respectivos. Entretanto, a 
Constituição Federal definiu que são sete os seus Conselheiros e estes devem ser escolhidos por meio de 
modelo semelhante ao que se aplica ao TCU, ou seja, um terço escolhidos pelo Governador e dois terços 
pela Assembleia Legislativa. 
Ocorre que como o número total de membros não é divisível por três, o STF firmou entendimento de que 
quatro Conselheiros devem ser escolhidos pelo Legislativo e três pelo Executivo, sendo um de sua livre 
escolha, um juiz auditor e um membro do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (STF. Súmula 
653). 
Nos termos do artigo 31, parágrafo 4º, da Constituição Federal, Municípios não podem criar Tribunal de 
Contas. No entanto, os Municípios que já tinham Tribunal de Contas à data de promulgação da 
Constituição de 1988 (Rio de Janeiro e São Paulo), mantiveram os órgãos. 
Os Estados, se quiserem, poderão criar Tribunal de Contas dos Municípios (órgão estadual, que auxilia a 
Câmara de Vereadores a fazer o controle externo). Caso não queiram e o Município não tenha Tribunal de 
Contas, caberá aoTribunal de Contas do Estado auxiliar a Câmara de vereadores a exercer o controle 
externo. 
Perceba que estamos falando de três órgãos distintos: 1) Tribunal de Contas do Estado; 2) Tribunal de 
Contas dos Municípios (órgão estadual) e 3) Tribunal de Contas do Município (órgão municipal). 
Como a Constituição Federal não exige a criação de Tribunal de Contas dos Municípios, o Supremo 
Tribunal Federal admite que o órgão venha a ser extinto por emenda à Constituição estadual (ADI 
5.763/CE). 
Diferentemente do que ocorre com as contas dos Governadores e do Presidente da República, o parecer 
emitido pelo órgão competente sobre as contas do Prefeito só poderá ser rejeitado por decisão de dois 
terços dos membros da Câmara de Vereadores. Note que o parecer não é vinculativo. Perceba também 
que cabe ao Legislativo julgar as contas do Prefeito. 
 
(2019/CESPE/TCE-RO/Procurador do Ministério Público de Contas) Considerando as disposições da CF 
e o entendimento do STF acerca dos tribunais de contas, julgue os itens a seguir. 
I É possível a extinção de tribunal de contas dos municípios mediante promulgação de emenda à 
Constituição estadual. 
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II É vedado aos tribunais de contas sustar diretamente procedimento licitatório realizado pelo Poder 
Executivo. 
III É possível a criação de tribunal de contas municipal, desde que seja observado o princípio da simetria. 
IV É vedado aos tribunais de contas requisitar documentos relativos a operações que envolvam recursos 
públicos, uma vez que esse tipo de documento é protegido pelo sigilo bancário. 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas o item I está certo. 
B) Apenas o item II está certo. 
C) Apenas os itens I, III e IV estão certos. 
D) Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
Gabarito: A 
Comentários: 
I – Certa. Segundo entendimento do STF, a partir de uma interpretação sistemática dos parágrafos 1º e 4º 
do artigo 31 da Constituição Federal, é possível a extinção de tribunal de contas dos municípios mediante 
promulgação de emenda à Constituição estadual. (ADI 5763) 
II - Errada. “O Tribunal de Contas da União - embora não tenha poder para anular ou sustar contratos 
administrativos - tem competência, conforme o art. 71, IX, para determinar à autoridade administrativa 
que promova a anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se originou.” (STF. MS 23.550/DF). 
III - Errada. É vedada a criação de novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais (art. 31, §4º 
da CF). 
IV - Errada. “Sigilo bancário que não se aplica a dados inerentes a sociedade de economia mista, enquanto 
entidade integrante da administração pública indireta, nem a operações que envolvam recursos públicos. 
[...] Inviabilidade de invocar sigilo empresarial para sonegar documento requisitado por órgão de controle 
externo.” (STF. MS 23.168-AgR) 
 
 
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RESUMO 
O Poder Legislativo da União é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal. 
Veja as principais diferenças entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal: 
 
 
 
 
Dentre outras competências, cabe ao Congresso Nacional, nos termos do artigo 48 da Constituição, 
com a sanção do Presidente da República, isto é, mediante lei: 
➢ Fazer a transferência temporária da sede do Governo Federal; 
➢ Conceder anistia; 
➢ Fixar o subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Câmara
1. Representa o povo;
2. Tem 513 membros, número fixado por lei
complementar;
3. Mínimo 8 e máximo 70 deputados por
Estado/DF. Território elege 4 deputados;
4. A eleição é proporcional;
5. A renovação das vagas ocorre a cada 4 anos,
100%;
6. Suplente de deputado é o próximo mais
votado do partido;
7. O mandato é do partido.
Senado
1. Representa os Estados e o DF;
2. Tem 81 senadores, mas o número não fixo,
depende da quantidade de Estados;
3. Cada Estado/DF elege 3 Senadores,
independenteente da população;
4. A eleição é majoritária;
5. A renovação das vagas ocorre a cada 4 anos,
por 1/3 e 2/3, alternadamente;
6. Cada Senador é eleito com 2 suplentes;
7. O mandato da pessoa.
LEGISLATURA 4 ANOS
SESSÃO LEGISLATIVA 02/02 a 17/07 ------ 1º/08 A a 22/12
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Compete exclusivamente ao Congresso Nacional, sem a sanção do Presidente da República (por 
decreto legislativo), nos termos do artigo 49, dentre outras hipóteses: 
➢ resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
➢ autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, decretar o estado de sítio, a 
permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente; 
➢ aprovar o estado de defesa e a intervenção federal 
➢ autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias; 
➢ sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites 
de delegação legislativa; 
➢ mudar temporariamente sua sede; 
➢ fixar subsídio para os Deputados Federais, Senadores, Presidente, Vice-Presidente da República e 
Ministros de Estado. 
➢ julgar anualmente as contas do Presidente da República. 
Compete privativamente à Câmara dos Deputados, nos termos do artigo 51 da Constituição Federal, 
por resolução, dentre outras atribuições: 
➢ autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado; 
➢ proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
Compete privativamente ao Senado Federal, nos termos do artigo 52 da Constituição Federal, por 
resolução, dentre outras atribuições: 
 
➢ processar e julgar nos crimes de responsabilidade: o Presidente e o Vice-Presidente da República; 
os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes de 
responsabilidade conexos com os praticados pelo Presidente e pelo Vice-presidente da República; 
o Procurador-Geral da República; o Advogado-Geral da União; os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal; os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério 
Público. 
➢ autorizar operações externas de natureza financeira; 
➢ fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida 
consolidada dos entes federativos; 
➢ avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional. 
A competência do Senado contida no artigo 52, X, da Constituição Federal (suspender a execução, no todo 
ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal) sofreu 
mutação constitucional, de forma que a resolução do Senado tem apenas o propósito de dar publicidade 
à decisão do STF, que já tem efeito erga omnes. 
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Os Deputados e Senadores têm imunidade material e formal. Diz-se imunidade material a inviolabilidade 
civil e penal por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Essa proteção é valida em todo o território 
nacional. A imunidadeformal, por sua vez, está relacionada a prisão e processo. 
Desde a expedição do diploma, deputados e senadores só poderão ser presos em flagrante de crime 
inafiançável (além da prisão para cumprimento de pena). Caso presos, os autos serão remetidos dentro de 
24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 
A respeito do processo, se o crime tiver sido praticado após a expedição do diploma, a Casa Legislativa 
poderá, por maioria de seus membros, por iniciativa de partido político nela representado, sustar o 
andamento da ação. Se houver sustação do processo, ficará suspensa a prescrição do crime. 
Por crime comum, deputados e senadores são julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Entretanto, o STF 
restringiu a prerrogativa de foro dos parlamentares a crimes vinculados ao mandato, isto é, praticados 
em razão do cargo. 
O parlamentar que sofrer condenação criminal transitada em julgado só perderá o mandato por decisão 
da Casa, por maioria absoluta, em votação aberta. Entretanto, segundo o STF, se a pena aplicada for em 
regime fechado e superior a 120 dias, caberá à Mesa apenas declarar a perda do mandato. 
A criação de Comissão Parlamentar de Inquérito depende de requerimento de um terço da Casa 
Legislativa. Deve ser criada para apurar fato determinado e deve ter prazo certo para finalizar os seus 
trabalhos. 
As comissões parlamentares de inquérito têm poderes de investigação próprios das autoridades 
judiciais, mas não são todos. Assim, pode a CPI quebrar o sigilo de dados (bancário, fiscal e telefônico) dos 
investigados; fazer condução coercitiva de testemunhas; requisitar a presença de Ministros de Estado e de 
autoridades federais; ter acesso a inquéritos policiais; requisitar documentos e relatórios. Não pode a CPI: 
quebrar o sigilo da comunicação telefônica (interceptação telefônica); aplicar pena e cautelares 
processuais; fazer busca e apreensão domiciliar; prender, salvo em flagrante; quebrar o segredo de justiça. 
O controle externo é da responsabilidade do Congresso Nacional, exercido com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União. O controle interno deve ser exercido por cada Poder. Deve prestar contas qualquer 
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que tenha acesso a dinheiros, bens e valores públicos ou pelos 
quais a União responda. 
O Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em 
todo o território nacional. 
O TCU é composto de 9 Ministros, nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: 
➢ mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 
➢ idoneidade moral e reputação ilibada; 
➢ notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração 
pública; 
➢ mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os 
conhecimentos mencionados no tópico anterior. 
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Do total de membros, 3 Ministros (um terço) são escolhidos pelo Presidente da República, com 
aprovação do Senado, sendo um de sua livre indicação, obedecidos os requisitos já enumerados, e dois 
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista 
tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento. Seis Ministros (dois terços) são 
escolhidos pelo Congresso Nacional. 
Os Ministros do Tribunal de Contas da União têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, 
vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, 
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
Compete ao TCU apreciar (e não julgar!) as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. Quem 
julga as contas do Presidente da República é o Congresso Nacional. 
Cabe ao TCU sustar, se não atendidas as exigências feitas, a execução do ato impugnado, comunicando 
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. No caso de contrato, o ato de sustação será 
adotado diretamente pelo Congresso Nacional, no prazo de noventa dias. Se o Congresso não agir 
dentro do prazo, o Tribunal decidirá a respeito. 
As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. 
O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas 
atividades. 
 
 
DESTAQUES DA LEGISLAÇÃO 
 
TÍTULO IV 
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
CAPÍTULO I 
DO PODER LEGISLATIVO 
SEÇÃO I 
DO CONGRESSO NACIONAL 
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo 
Congresso Nacional, que se compõe da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal. 
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração 
de quatro anos. 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de 
representantes do povo, eleitos, pelo sistema 
proporcional, em cada Estado, em cada Território 
e no Distrito Federal. 
§ 1º O número total de Deputados, bem como a 
representação por Estado e pelo Distrito Federal, 
será estabelecido por lei complementar, 
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proporcionalmente à população, procedendo-se 
aos ajustes necessários, no ano anterior às 
eleições, para que nenhuma daquelas unidades 
da Federação tenha menos de oito ou mais de 
setenta Deputados. 
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados. 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de 
representantes dos Estados e do Distrito Federal, 
eleitos segundo o princípio majoritário. 
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão 
três Senadores, com mandato de oito anos. 
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito 
Federal será renovada de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. 
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. 
Art. 47. Salvo disposição constitucional em 
contrário, as deliberações de cada Casa e de suas 
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, 
presente a maioria absoluta de seus membros. 
Seção II 
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO 
NACIONAL 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a 
sanção do Presidente da República, não exigida 
esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, 
dispor sobre todas as matérias de competência 
da União, especialmente sobre: 
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição 
de rendas; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, 
orçamento anual, operações de crédito, dívida 
pública e emissões de curso forçado; 
III - fixação e modificação do efetivo das Forças 
Armadas; 
IV - planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento; 
V - limites do território nacional, espaço aéreo e 
marítimo e bens do domínio da União; 
VI - incorporação, subdivisão ou 
desmembramento de áreas de Territórios ou 
Estados, ouvidas as respectivas Assembléias 
Legislativas; 
VII - transferência temporária da sede do 
Governo Federal; 
VIII - concessão de anistia; 
IX - organização administrativa, judiciária, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública da 
União e dos Territórios e organização judiciária e 
do Ministério Público do Distrito Federal 
X – criação, transformação e extinção de cargos, 
empregos e funções públicas, observado o que 
estabelece o art. 84, VI, b; 
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública; 
XII - telecomunicações e radiodifusão; 
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, 
instituições financeiras e suas operações; 
XIV - moeda, seus limites de emissão, e 
montanteda dívida mobiliária federal. 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, observado o que 
dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 
2º, I 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso 
Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, 
acordos ou atos internacionais que acarretem 
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encargos ou compromissos gravosos ao 
patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar 
guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou 
nele permaneçam temporariamente, ressalvados 
os casos previstos em lei complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção 
federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender 
qualquer uma dessas medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo 
que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados 
Federais e os Senadores, observado o que 
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 
153, § 2º, I 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de 
Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo 
Presidente da República e apreciar os relatórios 
sobre a execução dos planos de governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por 
qualquer de suas Casas, os atos do Poder 
Executivo, incluídos os da administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência 
legislativa em face da atribuição normativa dos 
outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação 
de concessão de emissoras de rádio e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do 
Tribunal de Contas da União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo 
referentes a atividades nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração 
e o aproveitamento de recursos hídricos e a 
pesquisa e lavra de riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou 
concessão de terras públicas com área superior a 
dois mil e quinhentos hectares. 
XVIII - decretar o estado de calamidade pública 
de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 
167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta 
Constituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 109, de 2021) 
 
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado 
Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão 
convocar Ministro de Estado ou quaisquer 
titulares de órgãos diretamente subordinados à 
Presidência da República para prestarem, 
pessoalmente, informações sobre assunto 
previamente determinado, importando crime de 
responsabilidade a ausência sem justificação 
adequada. 
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer 
ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou 
a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e 
mediante entendimentos com a Mesa respectiva, 
para expor assunto de relevância de seu 
Ministério. 
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal poderão encaminhar pedidos 
escritos de informações a Ministros de Estado ou 
a qualquer das pessoas referidas no caput deste 
artigo, importando em crime de responsabilidade 
a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de 
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trinta dias, bem como a prestação de 
informações falsas. 
Seção III 
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos 
Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a 
instauração de processo contra o Presidente e o 
Vice-Presidente da República e os Ministros de 
Estado; 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da 
República, quando não apresentadas ao 
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após 
a abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV – dispor sobre sua organização, 
funcionamento, polícia, criação, transformação 
ou extinção dos cargos, empregos e funções de 
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da 
respectiva remuneração, observados os 
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias; 
V - eleger membros do Conselho da República, 
nos termos do art. 89, VII. 
Seção IV 
DO SENADO FEDERAL 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado 
Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-
Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade, bem como os Ministros de 
Estado e os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma 
natureza conexos com aqueles; 
II processar e julgar os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, os membros do Conselho 
Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do 
Ministério Público, o Procurador-Geral da 
República e o Advogado-Geral da União nos 
crimes de responsabilidade; 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após 
argüição pública, a escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta 
Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União 
indicados pelo Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após 
argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes 
de missão diplomática de caráter permanente; 
V - autorizar operações externas de natureza 
financeira, de interesse da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
VI - fixar, por proposta do Presidente da 
República, limites globais para o montante da 
dívida consolidada da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para 
as operações de crédito externo e interno da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, de suas autarquias e demais 
entidades controladas pelo Poder Público 
federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a 
concessão de garantia da União em operações de 
crédito externo e interno; 
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IX - estabelecer limites globais e condições para o 
montante da dívida mobiliária dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, 
de lei declarada inconstitucional por decisão 
definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto 
secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-
Geral da República antes do término de seu 
mandato; 
XII - elaborar seu regimento interno; 
XIII - dispor sobre sua organização, 
funcionamento, polícia, criação, transformação 
ou extinção dos cargos, empregos e funções de 
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da 
respectiva remuneração, observados os 
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias 
XIV - eleger membros do Conselho da República, 
nos termos do art. 89, VII. 
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do 
Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e 
seus componentes, e o desempenho das 
administrações tributárias da União, dos Estados 
e do Distrito Federal e dos Municípios. 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I 
e II, funcionará como Presidente odo Supremo 
Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que 
somente será proferida por dois terços dos votos 
do Senado Federal, à perda do cargo, com 
inabilitação, por oito anos, para o exercício de 
função pública, sem prejuízo das demais sanções 
judiciais cabíveis. 
Seção V 
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são 
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de 
suas opiniões, palavras e votos. 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a 
expedição do diploma, serão submetidos a 
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros 
do Congresso Nacional não poderão ser presos, 
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse 
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e 
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo 
voto da maioria de seus membros, resolva sobre 
a prisão. 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou 
Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, 
o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa 
respectiva, que, por iniciativa de partido político 
nela representado e pelo voto da maioria de seus 
membros, poderá, até a decisão final, sustar o 
andamento da ação. 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela 
Casa respectiva no prazo improrrogável de 
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela 
Mesa Diretora. 
§ 5º A sustação do processo suspende a 
prescrição, enquanto durar o mandato. 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão 
obrigados a testemunhar sobre informações 
recebidas ou prestadas em razão do exercício do 
mandato, nem sobre as pessoas que lhes 
confiaram ou deles receberam 
informações. 
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de 
Deputados e Senadores, embora militares e 
ainda que em tempo de guerra, dependerá de 
prévia licença da Casa respectiva. 
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores 
subsistirão durante o estado de sítio, só podendo 
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ser suspensas mediante o voto de dois terços dos 
membros da Casa respectiva, nos casos de atos 
praticados fora do recinto do Congresso 
Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida. 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica 
de direito público, autarquia, empresa pública, 
sociedade de economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, salvo quando o 
contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego 
remunerado, inclusive os de que sejam 
demissíveis "ad nutum", nas entidades 
constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de 
empresa que goze de favor decorrente de 
contrato com pessoa jurídica de direito público, 
ou nela exercer função remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que sejam 
demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas 
no inciso I, "a"; 
c) patrocinar causa em que seja interessada 
qualquer das entidades a que se refere o inciso I, 
"a"; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato 
público eletivo. 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou 
Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições 
estabelecidas no artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível 
com o decoro parlamentar; 
III - que deixar de comparecer, em cada sessão 
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da 
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por 
esta autorizada; 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos 
políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos 
casos previstos nesta Constituição; 
VI - que sofrer condenação criminal em sentença 
transitada em julgado. 
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, 
além dos casos definidos no regimento interno, o 
abuso das prerrogativas asseguradas a membro 
do Congresso Nacional ou a percepção de 
vantagens indevidas. 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do 
mandato será decidida pela Câmara dos 
Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria 
absoluta, mediante provocação da respectiva 
Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla 
defesa. 
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a 
perda será declarada pela Mesa da Casa 
respectiva, de ofício ou mediante provocação de 
qualquer de seus membros, ou de partido político 
representado no Congresso Nacional, assegurada 
ampla defesa. 
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a 
processo que vise ou possa levar à perda do 
mandato, nos termos deste artigo, terá seus 
efeitos suspensos até as deliberações finais de 
que tratam os §§ 2º e 3º 
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou 
Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, 
do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de 
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Capital ou chefe de missão diplomática 
temporária; 
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de 
doença, ou para tratar, sem remuneração, de 
interesse particular, desde que, neste caso, o 
afastamento não ultrapasse cento e vinte dias 
por sessão legislativa. 
§ 1º O suplente será convocado nos casos de 
vaga, de investidura em funções previstas neste 
artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. 
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-
se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 
quinze meses para o término do mandato. 
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou 
Senador poderá optar pela remuneração do 
mandato. 
Seção VI 
DAS REUNIÕES 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, 
anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro 
a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. 
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão 
transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, 
quando recaírem em sábados, domingos ou 
feriados. 
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida 
sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
§ 3º Além de outros casos previstos nesta 
Constituição, a Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta 
para: 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a 
criação de serviços comuns às duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do 
Vice-Presidente da República; 
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões 
preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no 
primeiro ano da legislatura, para a posse de seus 
membros e eleição das respectivas Mesas, para 
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução 
para o mesmo cargo na eleição imediatamente 
subsequente. 
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida 
pelo Presidente do Senado Federal, e os demais 
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos 
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos 
Deputados e no Senado Federal. 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso 
Nacional far-se-á 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso 
de decretação de estado de defesa ou de 
intervenção federal, de pedido de autorização 
para a decretação de estado de sítio e para o 
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-
Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos 
Presidentes da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal ou a requerimento da maioria 
dos membros de ambas as Casas, em caso de 
urgência ou interesse público relevante, em todas 
as hipóteses deste inciso com a aprovação da 
maioria absoluta de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional. 
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária,o 
Congresso Nacional somente deliberará sobre a 
matéria para a qual foi convocado, ressalvada a 
hipótese do § 8º deste artigo, vedado o 
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pagamento de parcela indenizatória, em razão da 
convocação. 
§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na 
data de convocação extraordinária do Congresso 
Nacional, serão elas automaticamente incluídas 
na pauta da convocação. 
Seção VII 
DAS COMISSÕES 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão 
comissões permanentes e temporárias, 
constituídas na forma e com as atribuições 
previstas no respectivo regimento ou no ato de 
que resultar sua criação. 
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada 
Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a 
representação proporcional dos partidos ou dos 
blocos parlamentares que participam da 
respectiva Casa. 
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na 
forma do regimento, a competência do Plenário, 
salvo se houver recurso de um décimo dos 
membros da Casa; 
II - realizar audiências públicas com entidades da 
sociedade civil; 
III - convocar Ministros de Estado para prestar 
informações sobre assuntos inerentes a suas 
atribuições; 
IV - receber petições, reclamações, 
representações ou queixas de qualquer pessoa 
contra atos ou omissões das autoridades ou 
entidades públicas; 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade 
ou cidadão; 
VI - apreciar programas de obras, planos 
nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, 
que terão poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, além de outros previstos 
nos regimentos das respectivas Casas, serão 
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, 
mediante requerimento de um terço de seus 
membros, para a apuração de fato determinado e 
por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o 
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para 
que promova a responsabilidade civil ou criminal 
dos infratores. 
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão 
representativa do Congresso Nacional, eleita por 
suas Casas na última sessão ordinária do período 
legislativo, com atribuições definidas no 
regimento comum, cuja composição reproduzirá, 
quanto possível, a proporcionalidade da 
representação partidária. 
Seção IX 
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da 
União e das entidades da administração direta e 
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo 
Congresso Nacional, mediante controle externo, 
e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa 
física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, 
arrecade, guarde, gerencie ou administre 
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais 
a União responda, ou que, em nome desta, 
assuma obrigações de natureza pecuniária. 
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso 
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal 
de Contas da União, ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo 
Presidente da República, mediante parecer 
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias 
a contar de seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos da administração direta e indireta, 
incluídas as fundações e sociedades instituídas e 
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao 
erário público; 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade 
dos atos de admissão de pessoal, a qualquer 
título, na administração direta e indireta, 
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, excetuadas as nomeações para 
cargo de provimento em comissão, bem como a 
das concessões de aposentadorias, reformas e 
pensões, ressalvadas as melhorias posteriores 
que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório; 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, de Comissão 
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de 
natureza contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial, nas unidades 
administrativas dos Poderes Legislativo, 
Executivo e Judiciário, e demais entidades 
referidas no inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas 
supranacionais de cujo capital social a União 
participe, de forma direta ou indireta, nos termos 
do tratado constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos 
repassados pela União mediante convênio, 
acordo, ajuste ou outros instrumentos 
congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município; 
VII - prestar as informações solicitadas pelo 
Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, 
ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre 
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial e sobre resultados de 
auditorias e inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de 
ilegalidade de despesa ou irregularidade de 
contas, as sanções previstas em lei, que 
estabelecerá, entre outras cominações, multa 
proporcional ao dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade 
adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato 
impugnado, comunicando a decisão à Câmara 
dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre 
irregularidades ou abusos apurados. 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será 
adotado diretamente pelo Congresso Nacional, 
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as 
medidas cabíveis. 
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder 
Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar 
as medidas previstas no parágrafo anterior, o 
Tribunal decidirá a respeito. 
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte 
imputação de débito ou multa terão eficácia de 
título executivo. 
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso 
Nacional, trimestral e anualmente, relatório de 
suas atividades. 
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se 
refere o art. 166, §1º, diante de indícios de 
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despesas não autorizadas, ainda que sob a forma 
de investimentos não programados ou de 
subsídios não aprovados, poderá solicitar à 
autoridade governamental responsável que, no 
prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos 
necessários. 
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou 
considerados estes insuficientes, a Comissão 
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo 
sobre a matéria, no prazo de trinta dias. 
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a 
Comissão, se julgar que o gasto possa causar 
dano irreparável ou grave lesão à economia 
pública, proporá ao Congresso Nacional sua 
sustação. 
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado 
por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, 
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o 
território nacional, exercendo, no que couber, as 
atribuições previstas no art. 96. 
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União 
serão nomeados dentre brasileiros que 
satisfaçamos seguintes requisitos: 
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e 
cinco anos de idade; 
II - idoneidade moral e reputação ilibada; 
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, 
econômicos e financeiros ou de administração 
pública; 
IV - mais de dez anos de exercício de função ou 
de efetiva atividade profissional que exija os 
conhecimentos mencionados no inciso anterior. 
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União 
serão escolhidos: 
I - um terço pelo Presidente da República, com 
aprovação do Senado Federal, sendo dois 
alternadamente dentre auditores e membros do 
Ministério Público junto ao Tribunal, indicados 
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os 
critérios de antigüidade e merecimento; 
II - dois terços pelo Congresso Nacional. 
§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União 
terão as mesmas garantias, prerrogativas, 
impedimentos, vencimentos e vantagens dos 
Ministros do Superior Tribunal de Justiça, 
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e 
pensão, as normas constantes do art. 40. 
§ 4º O auditor, quando em substituição a 
Ministro, terá as mesmas garantias e 
impedimentos do titular e, quando no exercício 
das demais atribuições da judicatura, as de juiz 
de Tribunal Regional Federal. 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema 
de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no 
plano plurianual, a execução dos programas de 
governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os 
resultados, quanto à eficácia e eficiência, da 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial 
nos órgãos e entidades da administração federal, 
bem como da aplicação de recursos públicos por 
entidades de direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, 
avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua 
missão institucional. 
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao 
tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência 
ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária. 
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§ 2º Qualquer cidadão, partido político, 
associação ou sindicato é parte legítima para, na 
forma da lei, denunciar irregularidades ou 
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da 
União. 
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção 
aplicam-se, no que couber, à organização, 
composição e fiscalização dos Tribunais de 
Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem 
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos 
Municípios. 
Parágrafo único. As Constituições estaduais 
disporão sobre os Tribunais de Contas 
respectivos, que serão integrados por sete 
Conselheiros. 
 
DESTAQUES DA JURISPRUDÊNCIA 
Comissão Parlamentar de Inquérito é o assunto mais atual do debate político e do debate jurídico. A CPI 
da COVID já impulsionou dezenas de questionamentos ao Supremo Tribunal Federal, sobretudo para 
assegurar o direito ao silêncio e o direito à intimidade. 
Colaciono abaixo decisão monocrática do Presidente do Supremo Tribunal Federal nos autos do HC 
204.422, para reforçar que o depoente tem o direito de permanecer em silêncio quando os 
questionamentos feitos puderam gerar para si alguma implicação, ainda que tenha sido convocado 
inicialmente na condição de testemunha. 
Vejamos. 
CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS PREVENTIVO. “CPI DA PANDEMIA”. NEMO TENETUR SE 
DETEGERE. O DIREITO DE PERMANECER EM SILÊNCIO É CONSTITUCIONALMENTE GARANTIDO AO 
RÉU OU INDICIADO, NÃO À TESTEMUNHA. DEVER DE COMPARECER, DE DEPOR E DE DIZER A 
VERDADE QUANTO AOS FATOS EM TESE CRIMINOSOS QUE NÃO INCRIMINEM A PACIENTE. LIMINAR 
PARCIALMENTE DEFERIDA. 
DECISÃO: Trata-se de habeas corpus preventivo, com pedido de liminar, impetrado em favor de Emanuela 
Batista de Souza Medrades, diretora técnica da importadora Precisa Medicamentos, com o propósito de 
ver garantido o direito constitucional de permanecer em silêncio e de não comparecer ao ato de inquirição 
perante o Senado Federal, desdobramentos do princípio da não autoincriminação. Narram os impetrantes 
que “A convocação da paciente, segundo o requerimento apresentado, seria necessária ‘para que seja 
possível esclarecer os detalhes de potencial beneficiamento da Bharat Biotech, representada no Brasil 
pela Precisa Medicamentos, na negociação de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde’”. Afirmam 
que, “em que pese o nome da Paciente não estar expressamente mencionado como investigada no ofício 
nº 019/2021– no qual o Senador Renan Calheiros, de maneira arbitrária, qualificou quais seriam as pessoas 
investigadas pela CPI – é evidente a sua condição perante a ilustre comissão parlamentar”. Sustentam, em 
síntese, que “a paciente pode e deve ter respeitado o seu direito ao silêncio e à não autoincriminação, 
ambos constitucionalmente assegurados a todo e qualquer cidadão investigado”. É o relatório do 
necessário. 
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DECIDO. À luz do art. 58, § 3º, da Constituição Federal, as comissões parlamentares de inquérito possuem 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciárias. (...) O contexto apresentado na justificação 
do ato é, prima facie, indicativo de dúvida sobre a condição em que a paciente será ouvida (testemunha ou 
indiciado). Aliás, o fito da CPI é, ao que parece, o de descortinar o exato teor das denúncias veiculadas nos 
sites jornalísticos, tendo em vista a gravidade das acusações. Sob a ótica jurídica, o ordenamento pátrio 
impõe a tutela liminar do que se pretende neste writ. O artigo 5º, LXIII, da Constituição Federal garante 
ao paciente o direito de permanecer em silêncio exclusivamente quanto aos fatos que possam 
incriminá-lo. Os precedentes do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, alguns específicos sobre a 
mesma CPI narrada nestes autos, são uníssonos no sentido da preservação do direito a não 
autoincriminação pretendido pelo impetrante, na linha de trechos extraídos da decisão exarada no HC 
113.548, Min. Celso de Mello, in verbis: Reconheço, desse modo, a adequação do meio processual ora 
utilizado, pois se busca, com o presente "writ” constitucional, proteção jurisdicional ao "status libertatis" 
do ora paciente, o que permite afastar eventual alegação de impropriedade do "habeas corpus", eis que, 
diversamente do que se decidiu no HC 75.232/RJ, Rel. p/ o acórdão Min. MAURÍCIO CORRÊA, não 
conhecido por esta Corte (porque, nele, se pretendia salvaguardar apenas "o direito à intimidade" de 
determinado paciente, alegadamente lesado por deliberação de Comissão Parlamentar de Inquérito, visa-
se, no caso ora em exame, tornar efetivo o amparo ao direito de defesa (com projeção no plano processual 
penal) e à prerrogativa contra a autoincriminação, cujo desrespeito - ninguém o ignora - pode gerar 
consequências prejudiciais à liberdade de locomoção física daquele que sofre investigação por parte de 
órgãos estatais. Cabe acentuar, de outro lado, examinada a pretensão dos impetrantes na perspectiva da 
espécie ora em análise, que as Comissões Parlamentares de Inquérito, à semelhança do que ocorre com 
qualquer outro órgão do Estado ou com qualquer dos demais Poderes da República, submetem-se, no 
exercício de suas prerrogativas institucionais, às limitações impostas pela autoridade suprema da 
Constituição. Isso significa, portanto, que a atuação do Poder Judiciário, quando se registrar alegação de 
ofensa a direitos e a garantias assegurados pela Constituição da República, longe de configurar situação 
de ilegítima interferência na esfera de outro Poder do Estado, traduzválido exercício de controle 
jurisdicional destinado a amparar qualquer pessoa nas hipóteses de lesão, atual ou iminente, a direitos 
subjetivos reconhecidos pelo ordenamento positivo. Em uma palavra: uma decisão judicial - que restaura a 
integridade da ordem jurídica e que torna efetivos os direitos assegurados pelas leis e pela Constituição da 
República - não pode ser considerada um ato de indevida interferência na esfera do Poder Legislativo, 
consoante já o proclamou o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em unânime julgamento: O 
CONTROLE JURISDICIONAL DE ABUSOS PRATICADOS POR COMISSÃO PARLAMENTAR DE 
INQUÉRITO NÃO OFENDE O PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES. (...) Por outro lado, o art. 58, § 
2º, V, da Constituição Federal assevera que às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe 
“solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão”. Por sua vez, o art. 206 do CPP dispõe que “A 
testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o 
ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, 
ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a 
prova do fato e de suas circunstâncias”. Consectariamente, na qualidade de testemunha de fatos em tese 
criminosos, a depoente tem o dever de comparecer e de dizer a verdade, não lhe assistindo, quanto a tais 
fatos, quer o direito ao silêncio, quer o não comparecimento perante Comissão Parlamentar de Inquérito. 
5 Nesse sentido, e referindo-se à mesma CPI da Pandemia, cito o HC 203.800/DF, Rel. Min. Rosa Weber, 
do qual destaco o seguinte trecho: “Ao contrário das pessoas investigadas, às quais se reconhecem as 
prerrogativas de ficar em silêncio e até mesmo de deixar de comparecer ao interrogatório (ADPF 395/DF, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 22.5.2019), as testemunhas, via de regra, estão sujeitas à obrigação 
de comparecer perante o órgão de investigação parlamentar, quando regularmente intimadas, sob pena 
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de serem submetidas à condução coercitiva, podendo o comportamento faltoso resultar na aplicação de 
multa e na condenação por crime de desobediência (Lei 1.579/52, art. 3º, § 1º, c/c CPP, arts. 218 e 219), 
além de caracterizar delito de falso testemunho o silêncio injustificado manifestado pela testemunha 
inquirida sobre os fatos indagados pelos membros das CPI’s”. Desse modo, satisfeitos apenas em parte os 
requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, a concessão parcial da ordem é medida que se 
impõe. 
Ex positis, e firme nos precedentes desta Corte, concedo, em parte, a liminar pretendida, a fim de que, no 
seu depoimento perante a CPI da Pandemia, e exclusivamente em relação aos fatos que o incriminem, a 
paciente tenha o direito de: i) permanecer em silêncio sobre o conteúdo das perguntas formuladas; ii) 
não ser obrigada a assinar termo de compromisso de dizer a verdade, uma vez que os fatos indicam 
que será ouvida na condição de investigada; iii) de ser assistida por advogado e iv) de se comunicar, 
livremente e em particular, com este, garantindo-se o direito contra a autoincriminação (art. 5º, inciso 
LXIII, da CRFB), excluída possibilidade de ser submetida a qualquer medida privativa de liberdade ou 
restritiva de direitos em razão do exercício dessas prerrogativas constitucionais. Por outro lado, à luz 
dos fundamentos anteriormente lançados, indefiro o pedido de não comparecimento, impondo-se, 
quanto aos fatos, em tese, criminosos de que a paciente seja meramente testemunha, o dever de depor e 
de dizer a verdade, nos termos da legislação processual penal. Comunique-se, com urgência, à autoridade 
coatora (STF – HC 204.422 MC). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Encerramos a parte geral do estudo o Poder Legislativo. Exercite-se bastante. Esse é o segredo de uma 
aprovação mais rápida. Priorize o estudo das imunidades parlamentares e da CPI, pois são os dois temas 
mais abordados nas provas a respeito do Poder Legislativo. 
Na próxima aula, ainda no Capítulo I, do Título IV, da Constituição Federal, estudaremos o processo 
legislativo, importante tema cobrado em praticamente todos os editais de concursos voltados às carreiras 
jurídicas. 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (2019/CESPE/TCE-RO/Procurador do Ministério Público de Contas) No município X, emancipado 
politicamente em 2016, as contas da prefeitura foram publicadas em jornal local e afixadas no mural 
da câmara municipal, onde permaneceram por quarenta dias. Em sessão plenária da câmara de 
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vereadores, as despesas do prefeito foram mencionadas e questionadas por um cidadão com 
domicílio eleitoral em outro município. 
Considerando o exercício do controle da atuação administrativa na situação hipotética apresentada, julgue 
os itens seguintes. 
I A atitude do referido cidadão encontra amparo legal, pois está no limite do prazo regulamentar de exame 
e apreciação das contas, portanto, a reinvindicação deve ser recepcionada pelo Poder Legislativo local. 
II É lícito o município ter um conselho de contas municipal; na situação em apreço, cabe a esse conselho 
apreciar as contas do prefeito, e à câmara municipal julgá-las. 
III A câmara municipal poderá desconstituir o parecer do controle externo e julgar as contas do prefeito 
segundo a sua vontade, respeitados os preceitos legais. 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas o item II está certo. 
B) Apenas o item III está certo. 
C) Apenas os itens I e II estão certos. 
D) Apenas os itens I e III estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
Comentários: 
Apenas o item III está correto, razão pela qual a opção correta é a B. 
I. Errado. Nos termos do artigo 31, § 3º, da CF, as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, 
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-
lhes a legitimidade, nos termos da lei. 
II. Errado. A Constituição da República não permite que os Municípios criem os seus próprios 
tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º). 
III. Certo. Nos termos do artigo 31, § 2º, da CF, “o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as 
contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos 
membros da Câmara Municipal.” 
 
2. (2019/CESPE/MPC-PA/Procurador de Contas) De acordo com a CF, assinale a opção correta. 
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A) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do TCU, de modo 
subordinado ao Poder Legislativo. 
B) Com o advento da CF, o controle exercido sobre a gestão pública restringiu-se ao aspecto da legalidade. 
C) As decisões administrativas provenientes dos tribunais de contas estão sujeitas ao controle 
jurisdicional. 
D) As decisões administrativas provenientes dos tribunais de contas não têm natureza vinculatória ante a 
administração pública. 
E) O TCU é um órgão vinculado à estrutura dos três poderes. 
Comentários: 
A) Errado. O Tribunal de Contas da União não está subordinado ao Congresso Nacional e nem a qualquer 
outro Poder. Trata-se de órgão autônomo. 
B) Errado. O Tribunal de Contas auxilia o Congresso Nacional a promover a fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e 
indireta. 
C) Certo. As decisões do Tribunal de Contas têmnatureza administrativa e, portanto, não fazem coisa 
julgada, de modo que podem ser revistas judicialmente. 
D) Errado. As decisões do TCU não são definitivas, mas são vinculantes em relação à Administração 
Pública. 
E) Errado. O TCU não integra nenhum dos Poderes. 
 
3. (2019/CESPE/MPC-PA/Procurador de Contas) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta será exercida 
A) pelo Congresso Nacional, somente. 
B) pelo sistema de controle de cada entidade, somente. 
C) pelos tribunais de conta de cada estado. 
D) pelo Congresso Nacional e pelo sistema de controle de cada entidade. 
E) pelo TCU. 
Comentário: 
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Nos termos do artigo 70 da Constituição Federal, “a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto 
à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida 
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.” 
Assim, a alternativa correta a D. 
 
4. (2019/FCC/MPE-MT/Promotor de Justiça Substituto) Os membros do Conselho Nacional de Justiça 
são processados e julgados pelo Senado Federal nos crimes comuns e de responsabilidade. 
Comentário: 
A Competência do Senado para julgar os membros do CNJ é só para crimes de responsabilidade (artigo 52, 
II, da CF). Assim, a assertiva está errada. 
 
5. (2019/FCC/MPE-MT/Promotor de Justiça Substituto) O Presidente da Câmara dos Deputados, na 
vigência do seu mandato, não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício da sua 
função. 
Comentário: 
A imunidade contida artigo 86, § 4º, da CF/88 é aplicável apenas ao Presidente da República. Assim, a 
assertiva está errada. 
 
6. (2019/FCC/MPE-MT/Promotor de Justiça Substituto) Com exceção de processos em que se apurem 
eventuais práticas de crime, os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que 
lhes confiaram ou deles receberam informações. 
Comentário: 
Inexiste a exceção mencionada na alternativa. (Art. 53, § 6º, da CF). Assim, a assertiva está errada. 
 
7. (2019/VUNESP/Prefeitura de Ribeirão Preto/Procurador) Analise as seguintes situações: 
I. Bartolomeu, vereador do Município de Ribeirão Preto, está no interior da Câmara Municipal de sua 
circunscrição discutindo um projeto de lei e, após ser provocado por Ramiro, também vereador, o chama 
de “incompetente e ladrão”; 
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II. Raimunda, vereadora do Município de São Paulo, está no Município de São José dos Campos a serviço 
da Câmara Legislativa e, em discurso acalorado na Câmara deste Município (São José), exacerba-se e 
afirma que todos os parlamentares da localidade são corruptos. 
A partir dos casos mencionados e considerando o tema das imunidades parlamentares conferidas aos 
Vereadores, assinale a alternativa correta. 
A) Bartolomeu e Raimunda terão reconhecida a imunidade material para ações civis e penais por conta de 
suas falas. 
B) Bartolomeu e Raimunda terão reconhecida a imunidade material para eventuais ações civis ou penais e, 
por gozarem de imunidade formal, o seu julgamento se dará obrigatoriamente perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
C) Apenas Raimunda terá direito à imunidade formal, o que significa dizer que ela poderá ser julgada 
somente pelo Superior Tribunal de Justiça. 
D) Bartolomeu e Raimunda não possuirão imunidade material ou formal, já que as suas falas não possuem 
relação com o mandato. 
E) Apenas Bartolomeu não poderá ser processado criminalmente ou civilmente por sua opinião, já que a 
imunidade material de vereadores se limita exclusivamente à sua circunscrição e exige pertinência com o 
mandato. 
Comentários: 
I. Bartolomeu é vereador e, portanto, está amparado por imunidade material, dentro do município, que 
lhe assegura inviolabilidade civil e penal por quaisquer opiniões, palavras e votos, no exercício do 
mandato. Como ele estava discutindo um projeto de lei, não há dúvidas de que agiu na qualidade de 
vereador, mesmo que tenha proferido palavras ofensivas a outro vereador. 
Nesse sentido, posicionamento do STF: “nos limites da circunscrição do Município e havendo pertinência 
com o exercício do mandato, garante-se a imunidade prevista no art. 29, VIII, da CF aos vereadores (RE 
600063). 
II. Raimunda é vereadora do Município de São Paulo, mas estava no Município de São José dos Campos 
quando proferiu palavras ofensivas aos parlamentares, de maneira que não estava amparada por 
imunidade, uma vez que tal proteção está adstrita à circunscrição do município de São Paulo. 
Com efeito, Bartolomeu está amparado por imunidade material e não poderá ser processado nem civil e 
nem penalmente. Por outro lado, Raimunda responderá por suas palavras. Vereador não tem foro por 
prerrogativa assegurado pela Constituição Federal. Assim, a assertiva correta é a E. 
 
8. (2019/MPE-SC/MPE-SC/Promotor de Justiça) O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, cabendo a tais comissões, em razão da matéria de sua competência, 
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discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do plenário, salvo 
se houver recurso de um décimo dos membros da Casa. 
Comentário: 
O artigo 58 da Constituição Federal dispõe que “o Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento 
ou no ato de que resultar sua criação.” O parágrafo 2º do mesmo artigo assevera que as comissões, em 
razão da matéria de sua competência, podem discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa. 
Assim, a assertiva está certa. 
 
9. (2019/CEV-URCA/Prefeitura de Mauriti/Advogado) A imunidade parlamentar terá vigência a partir: 
A) Da eleição. 
B) Do registro da candidatura. 
C) Da posse. 
D) Do início da legislatura. 
E) Da expedição do diploma. 
Comentário: 
A imunidade formal relativa à prisão e ao processo è adquirida após a expedição do diploma, nos termos 
do artigo 53, parágrafos 2º e 3º da Constituição Federal. Assim, a resposta correta é a letra E. 
 
10. (2019/CESPE/PGM - Campo Grande/Procurador Municipal) Compete privativamente ao Senado 
Federal avaliar periodicamente o desempenho das administrações tributárias dos municípios. 
Comentário: 
O artigo 52, XV, da CF dispõe que é competência privativa do Senado “avaliar periodicamente a 
funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho 
das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.”Assim, a 
assertiva está correta. 
 
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11. (2019/CESPE/Prefeitura de Boa Vista/Procurador Municipal) Cabe ao Congresso Nacional o 
exercício do controle externo dos atos administrativos de concessões e permissões de emissoras de 
rádio e televisão. 
Comentário: 
O artigo 52, XII, da CF, dispõe que é da competênciaexclusiva do Congresso Nacional apreciar os atos de 
concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. Assim, a assertiva está correta. 
 
12. (2019/VUNESP/Prefeitura de Arujá/Advogado) A partir do quanto preceituado pela Constituição 
Federal de 1988 a respeito das prerrogativas, imunidades e incompatibilidades concernentes aos 
parlamentares, assinale a alternativa correta. 
A) Os deputados e senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um 
cargo eletivo. 
B) Perderá o mandato o deputado ou senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a um 
quarto das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada. 
C) A investidura de um deputado ou senador no cargo de Ministro de Estado implicará automaticamente 
na sua renúncia ao cargo eletivo e, consequentemente, no preenchimento de sua vaga pelo suplente. 
D) Os deputados e senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
E) Caso seja investido no cargo de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, um deputado ou senador 
receberá, cumulativamente, a remuneração por ambas as funções. 
Comentários: 
A) Errado. Os Deputados e Senadores não poderão desde a posse ser titulares de mais de um cargo ou 
mandato público eletivo (artigo 54, II, da CF). 
B) Errado. Perderá o mandato o Deputado ou Senador que deixar de comparecer, em cada sessão 
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta 
autorizada (artigo 55, III, da CF). 
C) Errado. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital 
ou chefe de missão diplomática temporária (artigo 56, III, da CF). 
D) Certo. Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento 
perante o Supremo Tribunal Federal (artigo 53, § 1º, CF). 
E) Errado. O parlamentar poderá optar pela remuneração do mandato (§ 3º do artigo 56 da CF). 
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13. (2019/NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba/Procurador) O Poder Legislativo brasileiro possui um 
conjunto de regras de organização bastante detalhado na Constituição da República. Considerando 
tal regime jurídico, assinale a alternativa correta. 
A) O Congresso Nacional é a pessoa jurídica de Direito público ao qual foi atribuída a competência 
legislativa federal. 
B) Cada legislatura tem duração anual. 
C) É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou 
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 
D) É da competência exclusiva da Câmara dos Deputados julgar anualmente as contas da Presidência da 
República. 
E) Os deputados e senadores são invioláveis civil e administrativamente por quaisquer de suas opiniões, 
palavras ou votos, nesses casos podendo apenas ser responsabilizados penalmente. 
Comentários: 
A) Errado. O Congresso Nacional não tem personalidade jurídica, pois é um órgão. 
B) Errado. Cada legislatura tem duração de quatro anos. 
C) Certo. É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, 
acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional 
(artigo 49, I, da CF). 
D) Errado. É da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as contas da Presidência 
da República (artigo 49, IX, da CF). 
E) Errado. Deputados e senadores são invioláveis civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos, 
desde que proferidos no exercício do mandato (artigo 53 da CF). 
 
14. (2019/VUNESP/TJ-AC/Juiz de Direito Substituto) Considerando o disposto na Constituição Federal 
no tocante às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), à luz do direito pátrio vigente, assinale a 
alternativa correta. 
A) Diferentemente do entendimento que se aplica às CPIs em âmbito federal, uma CPI estadual não pode 
requerer a quebra de sigilo de dados bancários do investigado. 
B) As ações de mandado de segurança e de habeas corpus impetradas contra CPIs não se extinguem em 
virtude da conclusão dos seus trabalhos investigatórios se não aprovado seu relatório final. 
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C) A CPI tem poderes para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que 
essa diligência não se efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares. 
D) Tem competência a CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, como medida 
de instrução a embasar futura medida cautelar perante o Poder Judiciário. 
Comentários: 
A) Errado. A CPI estadual tem as mesmas prerrogativas da CPI federal, sendo uma delas a quebra de sigilo 
de dados. A CPI municipal é que não tem tal prerrogativa. 
B) Errado. As ações de mandado de segurança e de habeas corpus impetradas contra CPIs são extintas 
quando há conclusão dos trabalhos investigatórios, em razão de a Comissão não possuir mais legitimidade 
passiva, por se tratar de órgão temporário. 
C) Certo. A CPI não tem poderes para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores 
no âmbito da casa, dada a proteção constitucional. Entretanto, pode a CPI fazer busca e apreensão em 
lugares abertos ao público, como órgãos da Administração Pública, por exemplo. 
D) Errado. A CPI não tem poderes para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, nem 
qualquer outra cautelar processual. 
 
15. (2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado) A fiscalização orçamentária e financeira desempenhada pelo 
TCU alcança a possibilidade legal de revisão preventiva e prévia da validade de contratos 
administrativos celebrados pelo Poder Público. 
Comentário: 
A assertiva está errada. O artigo 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para 
examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder público. Atividade 
que se insere no acervo de competência da função executiva. É inconstitucional norma local que 
estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos 
firmados com o poder público (ADI 916). 
 “No sistema brasileiro, a atividade de fiscalização contábil, financeira e orçamentária, mediante controle 
externo do Tribunal de Contas, é, de regra, exercida a posteriori, e não a priori, logo, não tem apoio 
constitucional qualquer controle prévio sobre atos ou contratos da Administração Direta ou Indireta, nem 
sobre a conduta de particulares que tenham gestão de bens ou valores públicos.” 
 
16. (2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado) É vedado aos tribunais de contas, que são estranhos à 
estrutura do Poder Judiciário, realizar controle de constitucionalidade. 
Comentário: 
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A Banca adotou a Súmula 347 STF: o tribunal de contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. A Assertiva está errada. 
 
17. (2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado) Não colide com as atribuições do TCU a competência da 
Controladoria‐Geral da União de fiscalizar, internamente, a aplicação de verbas federais provenientes 
do orçamento do Executivo. 
Comentário: 
O TCU auxilia o Congresso Nacional a promover o controle externo. O controle interno fica a cargo de 
cada Poder. Assim, a assertiva estácerta. 
 
18. (2019/FCC /AFAP/Advogado) Nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil e da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as comissões parlamentares de inquérito 
A) podem, por conta de seus poderes de investigação, determinar busca e apreensão domiciliar. 
B) podem requerer quebra do sigilo bancário, por se tratar de competência sujeita à cláusula de reserva de 
jurisdição. 
C) têm como limite intransponível de duração o termo final da legislatura em que foram constituídas, em 
razão da necessidade de desenvolverem seus trabalhos por prazo certo. 
D) terão poderes de investigação próprios das autoridades policiais, além de outros previstos nos 
regimentos das respectivas Casas, e serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em 
conjunto ou separadamente. 
E) poderão adotar medidas restritivas de direitos por determinação de seu presidente, 
independentemente de deliberações dos membros da Comissão. 
Comentário: 
As comissões parlamentares de inquérito não podem, embora tenham poderes de investigação próprios 
das autoridades judiciais (e não policiais!), determinar busca e apreensão domiciliar e adotar medidas 
restritivas de direitos. Por outro lado, podem quebrar sigilo de dados de investigados, já que tal proteção à 
intimidade não se sujeita a reserva de jurisdição. Por último, sendo comissões temporárias, devem ter 
prazo pré-estabelecido para apresentação do relatório, prazo esse que será definido pelo próprio 
Legislativo, desde que não ultrapasse a legislatura. Assim, a alternativa correta é a C. 
 
19. (2019/IADES/AL-GO/Procurador) Conforme disposto na Constituição Federal de 1988, o 
Congresso Nacional e as respectivas Casas terão comissões permanentes constituídas na forma e com 
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as atribuições previstas no próprio regimento ou no ato de que resultar a respectiva criação. A 
respeito de tais comissões permanentes, assinale a alternativa correta. 
A) A Constituição Federal confere às comissões permanentes iniciativa privativa para apresentação de 
projetos de lei acerca de determinadas matérias. 
B) Às comissões permanentes cabe, independentemente da matéria da respectiva competência, solicitar 
depoimento de qualquer autoridade ou cidadão. 
C) As deliberações das comissões permanentes, salvo disposição constitucional em contrário, serão 
tomadas por maioria dos votos, presentes, no mínimo, um terço dos respectivos membros. 
D) Embora seja assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos 
blocos parlamentares na constituição de cada comissão, tal garantia não se aplica na constituição das 
Mesas das Casas do Congresso Nacional. 
E) A Constituição Federal atribuiu ao Regimento Interno de cada Casa do Congresso Nacional a 
possibilidade de prever situações excepcionais nas quais não se aplica o princípio da reserva de plenário, 
permitindo a discussão e a votação, em caráter final, de projetos de lei nas comissões, salvo se houver 
recurso de um décimo dos membros da respectiva Casa. 
 
Comentários: 
A) Errado. A Constituição confere às Comissões a prerrogativa de apresentação de projeto de lei (artigo 
61), mas não reservou assuntos de iniciativa privativa de Comissão. 
B) Errado. Comissões permanentes, em razão da matéria, podem solicitar depoimento de qualquer 
autoridade ou cidadão. 
C) Errado. As deliberações das comissões permanentes, salvo disposição constitucional em contrário, 
serão tomadas por maioria dos votos, presentes, no mínimo, a maioria absoluta dos respectivos membros 
(artigo 47 da CF). 
D) Errado. Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a 
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa 
(artigo 58, § 1º, da CF ). 
E) Certo. Conforme artigo 58, § 2º, da CF). 
 
20. (2019/IADES/AL-GO/Procurador) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, na 
legislação federal específica e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, acerca da criação e do 
funcionamento das comissões parlamentares de inquérito no âmbito das Assembleias Legislativas 
(CPI estadual), assinale a alternativa correta. 
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A) Em função do princípio federativo, a CPI estadual não pode convidar autoridade federal para prestar 
depoimento. 
B) Para a constituição válida da CPI estadual, é necessário haver correlação entre o respectivo objeto e a 
competência conferida constitucionalmente à Assembleia Legislativa. 
C) Em relação às deliberações tomadas pela CPI estadual, vigora o princípio da colegialidade, embora 
algumas decisões urgentes relacionadas ao poder geral de cautela, como a indisponibilidade de bens dos 
investigados, possam ser definidas de forma isolada pelo presidente da CPI. 
D) Em função do requisito da temporariedade, o prazo de funcionamento da CPI estadual, embora possa 
ser prorrogado, não pode ultrapassar a sessão legislativa em curso, na qual a CPI estadual tenha sido 
criada. 
E) As conclusões da CPI estadual, após deliberação plenária da Assembleia Legislativa, serão 
encaminhadas para as devidas providências, entre outros órgãos, ao Ministério Público. 
Comentários: 
A) Errado. A CPI estadual pode convidar (e não intimar) autoridades federais para prestarem depoimento. 
B) Certo. Nos termos da jurisprudência do STF, a CPI estadual não pode invadir a autonomia de outro ente 
federativo, a pretexto de exercer o seu poder fiscalizatório, de modo que o assunto a ser investigado deve 
se de interesse do próprio Estado. 
C) Errado. A CPI não tem poderes para decretar a indisponibilidade de bens dos investigados. 
D) Errado. O prazo limite para encerramento das atividades de uma CPI é o final da legislatura (e não da 
sessão legislativa). 
E) Errado. Após a conclusão da investigação, havendo indícios de crime, a CPI encaminhará diretamente as 
conclusões ao Ministério Público. Não precisa passar pela Assembleia legislativa. 
 
21. (2018/VUNESP/Prefeitura de Pontal/Procurador) A Câmara dos Deputados compõe-se de 
representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no 
Distrito Federal. Dessa forma, é correto afirmar que 
A) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei ordinária, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no 
ano subsequente às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de dez ou 
mais de setenta Deputados. 
B) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
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necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos 
de oito ou mais de setenta Deputados. 
C) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado, será estabelecido por lei 
complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, regularmente 
nos anos das eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de seis ou mais de 
sessenta Deputados. 
D) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado, será estabelecido por lei 
ordinária, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano da eleição, para 
que nenhuma daquelas unidadesda Federação tenha menos de cinco ou mais de sessenta Deputados. 
E) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos 
de sete ou mais de setenta Deputados. 
Comentário: 
O artigo 45 da Constituição Federal dispõe que “a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes 
do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.” O § 
1º do mesmo artigo assevera que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e 
pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, 
procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades 
da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. Assim, a alternativa correta é a B. 
 
22. (2018/INAZ do Pará/FunGota de Araraquara – SP/Advogado) “É a subtração da responsabilidade 
penal, civil, disciplinar ou política do parlamentar, por suas opiniões, palavras e votos. Trata-se de 
cláusula de irresponsabilidade geral de Direito Constitucional material e garante que o congressista 
exerça a sua atividade com a mais ampla liberdade de manifestação. A isenção de responsabilidade é 
total, não podendo o parlamentar responder por qualquer dos chamados delitos de opinião (calúnia, 
injúria, difamação, desacato...). Refere-se somente a atos funcionais, ainda que não exercidos 
exclusivamente no âmbito do Congresso Nacional. ” (BAHIA, Flavia. Descomplicando Direito 
Constitucional. 3 ed. Recife: Editora Armador, 2017) 
Assinale das alternativas o enunciado acima se refere: 
A) Imunidade formal 
B) Prerrogativa de foro 
C) Imunidade material 
D) Imunidade em estado de sítio 
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Comentário: 
A questão aborda a imunidade material, contida no artigo 53, caput, da Constituição Federal. Dessa forma, 
a alternativa correta é a letra C. 
 
23. (2018/Quadrix/CRM-PR/Advogado) Em que pese ostentem poderes investigatórios próprios de 
autoridade policial, as CPIs não podem acessar inquérito ainda sob sigilo, evitando-se, com isso, o 
vazamento de informações por vezes sensíveis. 
Comentário: 
A CPI tem poderes próprios das autoridades judiciais (e não policiais!), mas não pode fazer todas as coisas 
que são próprias do Judiciário. De acordo com o STF, existindo inquérito policial em andamento, ainda que 
contenha documentos sigilosos, a CPI poderá acessá-los, até porque, a CPI tem poder de investigação 
próprio das autoridades judiciais, entre os quais a competência para ter acesso a dados sigilosos (STF, HC 
100.341/AM). A assertiva está errada. 
 
24. (2018/Quadrix/CRM-PR/Advogado) As CPIs somente podem existir validamente para a apuração 
de fato específico, determinado, concreto, individual, com precisão material e que seja de interesse 
público, vedada a investigação de fatos múltiplos que ampliem demasiadamente o escopo dos 
trabalhos. 
Comentário: 
As comissões parlamentares de inquérito são legitimadas a apurar fato determinado e por prazo certo. 
Não está restrita a fatos individuais, podendo investigar fatos múltiplos, desde que entre si relacionados. 
O que é vedado é a CPI genérica, aquela que não tem foco de investigação. A assertiva está errada. 
 
25. (2018/Quadrix/CRM-PR/Advogado) As CPIs podem encaminhar suas conclusões não apenas ao 
Ministério Público, mas também à advocacia pública e a outros órgãos de controle para que, dentro 
de suas searas de competência, possam aprofundar as operações e, eventualmente, pleitear a 
responsabilização de agentes. 
Comentário: 
Nos termos do artigo 6-A da Lei 1.579/52, a Comissão Parlamentar de Inquérito encaminhará relatório 
circunstanciado, com suas conclusões, para as devidas providências, entre outros órgãos, ao Ministério 
Público ou à Advocacia-Geral da União, com cópia da documentação, para que promovam a 
responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adotem outras medidas decorrentes de suas 
funções institucionais. A assertiva está certa. 
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26. (2018/FCC/DPE-MA/Defensor Público) A avaliação periódica da funcionalidade do Sistema 
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações 
tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios, compete 
A) ao Presidente da República. 
B) à Câmara dos Deputados. 
C) às Assembleias dos Estados. 
D) ao Senado Federal. 
E) à Comissão de Finanças e Orçamento do Congresso Nacional. 
Comentário: 
Compete privativamente ao Senado Federal “avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema 
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações 
tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios” (artigo 52, XV, da CF). A 
alternativa D é a resposta correta. 
 
27. (2018/FCC/DPE-MA/Defensor Público) São características das comissões parlamentares de 
inquérito, no âmbito federal: 
A) temporariedade; criação por requerimento de pelo menos um terço do total de membros da Casa; 
poder de requerer a audiência de Ministros de Estado. 
B) função atípica do Estado; não necessitar de objeto de investigação definido, podendo iniciar com 
diligências para delimitá-lo; poder de requerer a audiência de Deputados e Senadores, mas não de 
Ministros, exceto se autorizado pelo Presidente da República. 
C) investigar fatos relacionados às atribuições fiscalizatórias da Casa; poder requerer audiência de 
autoridades municipais; não possuir prazo definido para conclusão dos trabalhos. 
D) não possuir prazo definido para a conclusão dos trabalhos; criação por requerimento de pelo menos um 
terço do total de membros da Casa; poder de requerer a audiência de Ministros de Estado. 
E) criação por requerimento de pelo menos metade mais um do total de membros da Casa; 
temporariedade; poder de requerer a audiência de Deputados e Senadores, mas não de Ministros, exceto 
se autorizado pelo Presidente da República. 
Comentários: 
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A) Certo. A CPI tem prazo certo (temporariedade), é criada por requerimento de, pelo menos, um terço da 
Casa e pode requerer audiência de Ministro de Estado (artigos 50 e 58, parágrafo 3º, ambos da CF). 
B) Errado. O trabalho de uma CPI é parte da função fiscalizatória do Legislativo, isto é, função típica. Deve 
ter objeto de investigação definido. Pode requisitar a presença de Ministro de Estado. 
C) Errado. A CPI deve ter prazo para concluir a investigação. Não pode requisitar a presença de 
autoridades municipais. 
D) Errado. A CPI deve ter prazo pré-estabelecido para concluir as investigações. 
E) Errado. Basta um terço da Casa para requerimento de CPI. Pode convocar Ministros de Estado. 
 
28. (2018/VUNESP/TJ-MT/Juiz Substituto) No tocante ao Poder Legislativo, a Constituição Federal 
estabeleceu que as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) terão poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. 
Nesse sentido, portanto, no que diz respeito às CPIs, assinale a alternativa correta. 
A) Com base no seu poder geral de cautela, as CPIs podem decretar a indisponibilidade de bens do 
indiciado. 
B) As CPIS têm poderes para quebrar sigilobancário, fiscal e de dados, inclusive telefônico do indiciado. 
C) As CPIs têm poderes para impor medida judicial determinando a proibição do indiciado deixar o 
território nacional. 
D) É garantido ao indiciado o direito de contar com a presença de seu advogado durante seu interrogatório 
na CPI, mas o causídico não pode intervir no curso do depoimento. 
E) A decretação de prisão pelas CPIs somente se admite no caso de crime em estado de flagrância. 
Comentários: 
A) Errado. A CPI não tem poderes para aplicar penalidade a ninguém, nem mesmo as cautelares 
processuais. 
B) Errado. A CPI pode fazer quebra de sigilo de dados, inclusive telefônicos, embora não possa promover a 
quebra de sigilo da comunicação telefônica. Entretanto, CPI municipal não possuiu tal prerrogativa, 
porque o município não possuiu Poder Judiciário, de modo que a CPI municipal não pode agir à 
semelhança do Judiciário. 
C) Errado. A CPI não pode aplicar cautelares processuais. 
D) Errado. O indiciado tem o direito de ser assistido por advogado, que poderá orientá-lo a falar ou a 
permanecer calado. 
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E) Certo. A CPI não pode prender ninguém, exceto em caso de flagrante delito, porque na hipótese, 
qualquer do povo pode dar voz de prisão. 
 
29. (VUNESP/Prefeitura de São Bernardo do Campo/Procurador) Compete privativamente ao Senado 
Federal: 
A) conferir condecorações e distinções honoríficas, eleger membros do Conselho da República e elaborar 
seu regimento interno. 
B) aprovar, por maioria absoluta e por voto aberto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da 
República antes do término de seu mandato. 
C) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
D) permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente. 
E) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus 
componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal 
e dos Municípios. 
Comentário: 
A) Errado. A Competência para conferir condecorações e distinções honoríficas é privativa do Presidente 
da República (artigo 84, XXI). 
B) Errado. Compete ao Senado aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, 
do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato (artigo 52, XI, da CF). 
C) Errado. Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao 
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa é competência da 
Câmara (artigo 51, II, da CF). 
D) Errado. Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam temporariamente é competência do Presidente da República 
(artigo 84, XXII, da CF). 
E) Certo. Conforme artigo 52, XV, da CF. 
 
30. (2018/FAUEL/AGEPAR/Advogado) O Art. 52 da Constituição Federal estabelece que compete 
privativamente ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
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inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Acerca da mais recente 
interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal sobre o tema, é correto afirmar que: 
A) A suspensão da execução, pelo Senado, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal, é requisito indispensável para que os efeitos da decisão tenha efeito vinculante 
e eficácia erga omnes. 
B) A decisão de inconstitucionalidade operada em sede de controle incidental de inconstitucionalidade 
pelo Supremo Tribunal Federal é dotada de eficácia erga omnes e efeito vinculante, de modo que o 
Senado tem apenas o papel de dar publicidade à decisão, mas os efeitos transcendentes do decidido dele 
não dependem. 
C) Não pode o Supremo Tribunal Federal, sequer por mutação constitucional, extrapolar os limites 
semântico-gramaticais da Constituição Federal, sendo inadmissível interpretação que, em sede de 
controle incidental de constitucionalidade, reduza o papel do Senado Federal a mero órgão publicador, em 
razão da literalidade do Art. 52 da Carta Magna. 
D) A decisão do Supremo Tribunal Federal que declara a inconstitucionalidade de uma lei tem eficácia erga 
omnes e efeito vinculante somente em sede de controle abstrato de constitucionalidade. 
Comentários: 
No julgamento da ADI 3406, de relatoria da ministra Rosa Weber, o STF deu ao artigo 52, X, da 
Constituição, nova interpretação, de maneira que declaração de inconstitucionalidade feita pelo Tribunal, 
ainda que no controle difuso, tem efeito erga omnes e vinculante. Ocorreu a denominada mutação 
constitucional: mudança na interpretação sem alterar a redação da Constituição. Assim, a resolução do 
Senado tem apenas o papel de dar publicidade à decisão, mas os efeitos transcendentes do decidido dele 
não dependem. A alternativa B é a correta. 
 
31. (2020/FUNDATEC/Câmara de Imbé – RS Advogado) De acordo com o que estabelece a 
Constituição Federal, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, 
sistema de controle interno com a finalidade de: 
I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e 
dos orçamentos dos Municípios, Estados e da União. 
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado. 
III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres dos 
Municípios, Estados e da União. 
Quais estão corretas? 
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A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas I e II. 
D) Apenas I e III. 
E) Apenas II e III. 
Comentários: 
A questão trata do art. 74, I, II e III, CF/88, onde: 
I. Errado. Apenas os orçamentos da União. 
II. Correto. Literalidade do art.74, II, CF/88. 
III. Errado. Apenas da União. 
Gabarito: B. 
 
32. (2020/FAUEL/Câmara de Apucarana – PR/Advogado) Assinale a alternativa CORRETA, 
considerando a Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal Federal: 
A) O Poder Legislativo estadual tem a prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, 
precárias e efêmeras (prisões preventivas, por exemplo), cujo teor resulte em afastamento ou limitação da 
função parlamentar. 
B) Em que pese a Constituição Federal não ter assegurado aos vereadores imunidade material, outorgou-
lhes foro especial, garantindo que sejam julgados perante o Tribunal de Justiça. 
C) Uma vez atribuída aos Tribunais de Justiça a competência para o julgamento dos prefeitos pela prática 
de crimes comuns, aí incluídos os crimes de responsabilidade próprios (art. 1º do DL 201/1967), incumbe a 
essas Cortes definir, em seus respectivos regimentos, o órgão interno responsável pela instrução e 
julgamento dessas ações. 
D) O total da despesa com a remuneração dos vereadores e servidores do Poder Legislativo não poderá 
ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do município. 
Comentários: 
A. Correto. Informativo 939 STF, “Assembleia Legislativa pode rejeitar a prisão preventiva e as medidas 
cautelares impostas pelo PoderJudiciário contra Deputados Estaduais.” 
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B. Errado. A CF/88 assegura aos vereadores apenas a imunidade material, dentro da sua circunscrição 
municipal. 
C. Errado. É competência do Tribunal de Justiça julgar os Prefeitos apenas pela prática de crimes comuns. 
A competência para julgar pela prática de crimes de responsabilidade é da Câmara dos Vereadores. DL 
201/1967, Súmulas 702 e 703-STF. 
D. Errado. O total das despesas com a remuneração engloba apenas os vereadores. Art.29, VII, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
33. (2020/UFPR/Câmara de Curitiba – PR/Procurador Jurídico) Não há como aceitar que as Cortes de 
Contas brasileiras, pela própria estrutura organizacional conferida pela Constituição, integrem o 
Poder Judiciário. Por outro lado, o seu mero enquadramento ao lado de tribunais administrativos 
comuns (mencione-se os Tribunais Tributários existentes na órbita da Administração) não condiz com 
a estatura constitucional que foi conferida à Corte. (CABRAL, Flávio Garcia. O Tribunal de Contas da 
União na Constituição Federal de 1988, 2014.) 
Levando em consideração o assunto proposto, assinale a alternativa correta. 
A) Segundo o texto da Constituição Federal, os Tribunais de Contas estão incluídos na estrutura orgânica 
do Poder Judiciário. 
B) É compatível com a posição do autor a tese de que os Tribunais de Contas não pertencem à estrutura 
orgânica dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, possuindo autonomia constitucional especial. 
C) Infere-se do texto que o autor entende o Tribunal de Contas como um órgão integrante da estrutura do 
Poder Legislativo, haja vista não pertencer ao Judiciário nem ao Poder Executivo. 
D) A estatura constitucional da Corte de Contas referida no texto diz respeito primordialmente ao 
conjunto de atribuições destinadas ao controle interno da Administração Pública, com a finalidade de 
verificar o cumprimento das metas do plano plurianual e o acompanhamento da execução dos programas 
de governo. 
E) O autor refere-se em seu texto apenas ao Tribunal de Contas da União, haja vista que a Constituição 
Federal reconhece o princípio da plena autonomia organizacional e funcional dos Tribunais de Contas dos 
Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. 
Comentários: 
O Tribunal de Contas da União não integra o Poder Judiciário, o Poder Executivo e nem o Poder 
Legislativo. A função do Tribunal de Contas é auxiliar o Poder Legislativo no exercício do controle 
externo. Auxilia o Congresso Nacional no exercício da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, mas não há 
qualquer relação de subordinação, dependência ou hierarquia entre o TCU e o CN. É um órgão autônomo 
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e independente. A CF/88, em seu art.75, estabelece que as normas estabelecidas pela Constituição ao 
TCU, aplicam-se também, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de 
Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. 
Por tudo exposto: 
Gabarito: B. 
 
34. (2020/Instituto/Prefeitura de Santo Antônio do Sudoeste – PR/Advogado) Conforme disposto na 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Do Poder Legislativo, assinale a alternativa 
incorreta. 
A) Se tratando de senado federal, a representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de 
quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. 
B) Cada Senador será eleito com um suplente. 
C) Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. 
D) O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal. 
Comentários: 
A questão trata do art.46, §§ 1°, 2° e 3°, CF/88. Logo, a alternativa incorreta é a letra B onde cada senador 
será eleito dois suplentes. 
Gabarito: B. 
 
35. (2020/IBADE/Câmara de São Felipe D'Oeste – RO/Advogado) Com base nas informações contidas 
na CF sobre o Poder Legislativo, no que tange às fiscalizações contábil, orçamentária e financeira, a 
opção correta é: 
A) apoia o controle interno no exercício da sua missão institucional. 
B) o controle externo possui como uma das suas finalidades exercer o controle de operações de crédito, 
débitos, avais e garantias. 
C) os ministros do TCU serão nomeados entre brasileiros natos que possuam idade entre 25 a 32 anos. 
D) o controle interno exerce o controle de operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres da União. 
E) representa o Poder competente sobre quaisquer irregularidades investigadas. 
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Comentários: 
A. Errado. O controle interno apoia o controle externo no exercício de sua missão institucional. Art.74, 
IV, CF/88. 
B. Errado. O controle de operações de crédito, débitos, avais e garantias é realizado no âmbito do controle 
interno. Art.74, III, CF/88. 
C. Errado. Conforme art.73, § 1º, I, CF/88, “Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados 
dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: mais de trinta e cinco e menos de sessenta e 
cinco anos de idade.” 
D. Correto. Literalidade do art.74, III, CF/88. 
E. Errado. Não só o Poder Legislativo, mas quaisquer dos poderes responsáveis pelo controle interno, ao 
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, deverão dar ciência ao TCU, sob pena 
de responsabilidade solidária. Art.74, §1º. CF/88. 
Gabarito: D. 
 
36. (2020/IBADE/Prefeitura de Vila Velha – ES/Procurador) De acordo com a Constituição Federal do 
Brasil, compete ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República: 
A) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos 
os da administração indireta. 
B) autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e 
lavra de riquezas minerais. 
C) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 
D) aprovar, previamente, a alienação ou concessão e terras públicas com área superior a dois mil e 
quinhentos hectares. 
E) dispor sobre fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observando os ditames 
constitucionais. 
Comentários: 
Letras A, B, C e D, estão erradas pois são competências exclusivas do Congresso Nacional, prevista no 
art. 49, X, XIV, XII e XVII, CF/88, respectivamente, mediante decreto legislativo. 
E. Correto. Conforme art. 48, XV, CF/88, mediante lei ordinária, com sanção do Presidente da República. 
Gabarito: Letra E. 
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37. (2020/MPT/MPT/Procurador do Trabalho) Examine as seguintes assertivas acerca das 
prerrogativas e vedações parlamentares: 
I – Em tema de responsabilização civil de parlamentar, na hipótese de as declarações ofensivas à honra da 
pessoa terem sido assacadas no recinto da Casa Legislativa, notadamente da tribuna parlamentar, já 
decidiu o Supremo Tribunal Federal pelo reconhecimento da natureza absoluta da imunidade material. 
II – Mesmo antes da Emenda Constitucional nº 35/2001, que alterou a redação do artigo 53, caput, da 
Constituição de 1988, a jurisprudênciado Supremo Tribunal Federal já reconhecia que a regra imunizante 
abrangia a exclusão de ilicitude do tipo penal e vedava a responsabilização civil do parlamentar por ato 
que, nessa exclusiva condição, tivesse praticado. 
III – O princípio da unidade de legislatura reveste-se de efeito preclusivo em tema de cassação de mandato 
eletivo, representando obstáculo constitucional a que as Casas Legislativas venham, por fatos anteriores à 
legislatura em curso, a instaurar procedimento de caráter político-administrativo, destinado a viabilizar a 
decretação da perda do mandato. 
IV – As incompatibilidades dos parlamentares podem ser classificadas em funcionais, contratuais, políticas 
e temporais. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
B) Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
C) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
D) Todas as assertivas estão corretas. 
Comentários: 
I. Correto. Vide RE 463671 AgR, Relator Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, julgado em 
19/06/2007, DJe 03-08-2007. A ofensa proferida em Plenário ou no recinto da Casa Legislativa, 
independente de conexão com o mandato, estará protegida civil e penalmente, pela inviolabilidade 
constitucional. 
II. Correto. Conforme Inq 168 SP, de relatoria do Ministro Celso de Mello, em 9-3-1994, DJ de 22-4-1994. 
“O STF tem acentuado que a prerrogativa constitucional da 
imunidade parlamentar em sentido material protege o congressista em todas as 
suas manifestações que guardem relação com o exercício do mandato, ainda que 
produzidas fora do recinto da própria Casa Legislativa (RTJ 131/1039 – RTJ 
135/509 – RT 648/318), ou, com maior razão, quando exteriorizadas no Âmbito do 
Congresso Nacional (RTJ 133/90). 
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III. Errado. Conforme MS 24.458 STF, Ministro Relator Celso de Mello, 
julgado em 21-2-2003. “O princípio da unidade de legislatura não impede a instauração de procedimento 
de cassação de mandato legislativo, ainda que por atos atentatórios ao decoro parlamentar cometidos, 
por titular de mandato legislativo, na legislatura anterior”. 
IV. Errado. Segundo o doutrinador José Afonso da Silva as incompatibilidades são classificadas em quatro 
espécies: negociais, profissionais, funcionais e políticas. Estão elencadas no art.54, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
38. (2020/MPT/MPT/Procurador do Trabalho) Analise as assertivas abaixo: 
I - São brasileiros naturalizados os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que 
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. 
II - São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a idade de 21 anos, pela nacionalidade brasileira, pois a 
opção, por decorrer da vontade, tem caráter personalíssimo. Exige-se, então, que o optante tenha 
capacidade plena para manifestar a sua vontade. 
III - Os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, de Presidente da Câmara dos Deputados, de 
Presidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira diplomática, de Ministro 
de Estado da Defesa e de oficial das Forças Armadas são privativos de brasileiro nato. 
IV - A competência da Justiça do Trabalho alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias 
relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. 
B) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. 
C) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. 
D) Apenas as assertivas III e IV estão corretas. 
Comentários: 
I. Errado. São brasileiros natos. Art.12, I, b., CF/88. 
II. Errado. Após atingida a maioridade. Art12, I, c, CF/88. 
III. Correto. Conforme art.12, § 3º, CF/88. 
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IV. Correto. Conforme Súmula Vinculante 53. 
Gabarito: D. 
 
39. (2020/VUNESP/AVAREPREV-SP/Procurador Jurídico) Assinale a alternativa que contempla, 
corretamente, uma atribuição do Tribunal de Contas da União. 
A) Fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União a Estado, ao Distrito Federal ou a Município. 
B) Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. 
C) Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. 
D) Apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. 
E) Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal na administração, incluindo nomeações para 
cargos em comissão. 
Comentários: 
A. Correto. Conforme texto constitucional, art.71, VI, CF/88. 
B. Errado. Competência exclusiva do Congresso Nacional. Art.49, V, CF/88. 
C e D. Errado. Competência exclusiva do Congresso Nacional. Art.49, IX, CF/88. 
E. Errado. Excetuadas as nomeações para cargos em comissão. Art.71, III, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
40. (2020/VUNESP/AVAREPREV-SP/Procurador Jurídico) Segundo o disposto na Constituição Federal, 
na hipótese de o Tribunal de Contas da União se deparar com um contrato administrativo que 
entenda ilegal, o órgão de contas 
A) mandará sustá-lo de imediato e tomará as medidas cabíveis contra o gestor do contrato. 
B) intimará o órgão público responsável para suspender a sua execução no prazo de 30 dias. 
C) deverá assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei. 
D) remeterá cópias ao Ministério Público para que este tome as medidas para a sua sustação. 
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E) não poderá sustá-lo, uma vez que o ato de sustação deve ser adotado diretamente pelo Congresso 
Nacional. 
Comentários: 
A questão trata sobre a competência corretiva do Tribunal de Contas diante de um contrato ilegal. 
Conforme literalidade do art.71, §1º, CF/88, “ No caso de contrato, o ato de sustação será adotado 
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas 
cabíveis.” Logo: 
Gabarito: E. 
 
41. (2020/FCC/TJ-MS/Juiz Substituto) A Câmara Municipal de uma Capital estadual pretende instalar 
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possível ilicitude na conduta de empresas 
que, embora prestem serviço na Capital, recolhem o Imposto sobre Serviços em Município vizinho, 
onde tais empresas têm filiais, e no qual a alíquota incidente sobre a base de cálculo do imposto é 
menor, prática que, entendem os Vereadores, tem redundado em sonegação fiscal vultosa, causadora 
de prejuízos à Prefeitura da Capital. Nesse caso, considerada a disciplina da matéria na Constituição 
Federal e a jurisprudência pertinente do Supremo Tribunal Federal, 
A) se instalada, a CPI estará impedida de exigir informações contábeis das empresas investigadas, por não 
dispor de poderes para determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal das empresas contribuintes 
investigadas, ambas matérias sujeitas à reserva jurisdicional. 
B) os atos de investigação da CPI estarão sujeitos a controle jurisdicional, mediante provocação dos 
interessados, inclusive por meio de mandado de segurança, em defesa de direito líquido e certo próprio, 
não se aplicando, nessa hipótese, a regra da prejudicialidade por perda de objeto, ainda que haja a 
extinção da CPI em virtude da conclusão dos trabalhos investigatórios. 
C) para ser instalada, a CPI dependerádo requerimento de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara 
dos Vereadores, sujeitando-se ainda a eventual aprovação do Plenário, caso assim previsto na Lei 
Orgânica municipal ou Regimento Interno do órgão legislativo respectivo. 
D) para seu funcionamento, a CPI estará sujeita ao prazo determinado em seu ato de instalação, admitidas 
prorrogações, igualmente determinadas e devidamente justificadas, dentro da legislatura respectiva, 
cabendo-lhe, se for o caso, o encaminhamento de suas conclusões ao Ministério Público, para promoção 
da responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
E) a CPI não poderá ser instalada, uma vez que o objeto de investigação não se insere dentro das 
competências do Município, mas sim do Estado, seja por recair sobre conduta que extrapola os limites 
territoriais municipais, seja por existir suspeita da prática de crime, sujeita, portanto, à investigação e 
persecução penal. 
Comentários: 
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A. Errado. A quebra de sigilo bancário e fiscal podem ser determinadas por CPI, não estando abrangidas 
por cláusula de reserva de jurisdição. Todos os atos de uma CPI precisam estar devidamente 
fundamentados, limitados por tempo e decididos pela maioria absoluta de seus membros. MS n. 23.452-
RJ, Rel. Min. Celso de Mello. 
B. Errado. Conforme entendimento jurisprudencial do STF, “Os poderes atribuídos às CPIs não retiram do 
Poder Judiciário a possibilidade de apreciação da matéria. Em outras palavras, uma CPI no âmbito do 
Congresso Nacional sujeita-se a controle judicial, por meio de habeas corpus ou de mandado de 
segurança, cuja competência para processar e julgar é do STF. Todavia, a jurisprudência do STF, por 
regra, determina a prejudicialidade das ações de MS e HC sempre que – impetrados tais writs 
constitucionais contra CPIs – vierem estas a extinguir-se em virtude da conclusão de seus trabalhos 
investigatórios, independentemente da aprovação, ou não, de seu relatório final”. MS 25.459 AgR, Rel. 
Min. Cezar Peluso, HC 95.277, Rel. Min. Cármen Lúcia. 
C. Errada. Segundo entendimento do STF, é inconstitucional que se estabeleça o requerimento de criação 
de CPI à deliberação pelo Plenário. O requerimento por 1/3 dos membros da Casa Legislativa é suficiente 
para a instauração de CPI. ADI 3619/SP. 
D. Correto. Conforme art.58, §3º, CF/88 e entendimento jurisprudencial do STF, no RE 194.346 AgR, Rel. 
Min. Joaquim Barbosa, "A duração do inquérito parlamentar – com o poder coercitivo sobre particulares, 
inerentes à sua atividade instrutória e à exposição da honra e da imagem das pessoas a desconfianças e 
conjecturas injuriosas – e um dos pontos de tensão dialética entre a CPI e os direitos individuais, cuja 
solução, pela limitação temporal do funcionamento do órgão, antes se deve entender matéria apropriada 
à lei do que aos regimentos: donde, a recepção do art. 5º, § 2º, da Lei. 1.579/1952, que situa, no termo 
final de legislatura em que constituída, o limite intransponível de duração, ao qual, com ou sem 
prorrogação do prazo inicialmente fixado, se há de restringir a atividade de qualquer CPI". 
E. Errado. Em obediência ao princípio federativo (pacto federativo), a CPI nacional investiga questões 
nacionais (de interesse ou impacto nacional) e não devem investigar questões estaduais ou locais 
(municipais). As empresas que prestam serviço na capital do Município recolhem o Imposto sobre 
Serviços em Município vizinho, ou seja, fato local. O fato de existir suspeita de prática de crime, 
sujeita à investigação e persecução penal, não impede o trabalho investigatório da CPI, que após 
concluído seus trabalhos, emitirá relatório final e encaminhará ao Ministério Público ou aos órgãos 
competentes. 
Gabarito: D. 
 
42. (2020/VUNESP/Prefeitura de São Roque – SP/Advogado) A respeito dos Tribunais de Contas, de 
acordo com a Constituição Federal e com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a 
alternativa correta. 
A) O Tribunal de Contas da União não possui competência para fiscalizar a aplicação de recursos 
repassados pela União mediante convênio a Município. 
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B) O Tribunal de Contas possui competência para direta e imediatamente suspender a execução de 
contrato administrativo, sempre que verificada ilegalidade capaz de gerar prejuízo ao interesse público. 
C) O Tribunal de Contas possui competência para realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de 
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas do 
Poder Executivo. 
D) Deverão ser obedecidos os princípios do contraditório e da ampla defesa pelo Tribunal de Constas na 
apreciação da legalidade do ato de concessão de aposentadoria. 
E) O Ministério Público de Contas possui competência privativa para executar multa resultante de sanção 
aplicada pelo Tribunal de Contas. 
Comentários: 
A. Errado. Conforme art.71, VI, CF/88, o TCU possui competência para fiscalizar a aplicação de quaisquer 
recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a 
Estado, ao Distrito Federal ou a Município. 
B. Errado. No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional. 
Art.71, § 1º, CF/88. 
C. Correto. Conforme art.71, IV, CF/88. 
D. Errado. Conforme Súmula Vinculante 03, O STF excepcionou o contraditório e a ampla defesa na 
apreciação da legalidade do ato de concessão de aposentadoria, reforma e pensão. 
E. Errado. Conforme informativo 522 do STJ, “A execução de título executivo extrajudicial decorrente de 
condenação patrimonial proferida por tribunal de contas somente pode ser proposta pelo ente público 
beneficiário da condenação, não possuindo o Ministério Público legitimidade ativa para tanto.” 
Gabarito: C. 
 
43. (2020/VUNESP/FITO/Advogado) De acordo com a Constituição Federal, o controle externo, a 
cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Sobre o 
tema, é correto afirmar que 
A) o Poder Legislativo manterá sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo 
exercido pelo Tribunal de Contas, no exercício de sua missão institucional. 
B) os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou 
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade subsidiária. 
C) as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por 
nove Conselheiros. 
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D) os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, 
vencimentos e vantagens dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
E) compete ao Tribunal de Contas da União julgar, em sessenta dias a contar do recebimento, as contas 
prestadas anualmente pelo Presidente da República. 
Comentários: 
A. Correto. Conforme art.74, IV, CF/88. 
B. Errado. A responsabilidade será solidária. Art.74, § 1º, CF/88. 
C. Errado. A composição do Tribunal de Contas dos Estados será de sete conselheiros. Art.75, § único, 
CF/88. 
D. Errado. Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, 
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Art.73, § 3º, 
CF/88. 
E. Errado. O TCU aprecia as contas do presidente da República mediante parecer prévio. Art.71, I, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
44. (2020/CESPE/CEBRASPE/MPE-CE/Promotorde Justiça) Mudança no regime de imunidade 
parlamentar no plano federal 
A) é aplicável imediatamente aos deputados estaduais. 
B) será aplicável aos deputados estaduais depois de implementada a adaptação formal das constituições 
estaduais. 
C) não repercute nas imunidades de parlamentares estaduais, que são definidas nas constituições 
estaduais. 
D) repercute imediatamente nos deputados estaduais se for mais benéfica que o regime da respectiva 
constituição estadual. 
E) repercute nos deputados estaduais se for mais restritiva que o regime da respectiva constituição 
estadual, após adaptação formal desta. 
Comentário: 
Conforme art. 27, § 1º, CF/88, os deputados estaduais e distritais possuem as mesmas imunidades dos 
deputados federais. "Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as 
regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de 
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mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.” Vide também informativo 939-STF, 
ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin. Por tudo exposto: 
Gabarito: A. 
 
45. (2020/VUNESP/Valiprev – SP/Procurador) No que diz respeito à função de fiscalização do Tribunal 
de Contas, a Constituição Federal estabelece que 
A) uma das suas atribuições é apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. 
B) é sua competência apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal, incluídas as nomeações para 
cargo em comissão, na administração direta e indireta. 
C) o Tribunal de Contas tem o poder-dever de sustar atos e contratos que considerar irregulares, devendo 
solicitar, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis. 
D) compete ao Tribunal de Contas executar as multas impostas ao administrador ou ao particular que 
incidirem em ilegalidade ou em abuso de poder e que tenham causado prejuízo ao erário. 
E) a Carta Magna lhe atribuiu a competência para julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Presidente 
da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. 
Comentário: 
A. Correto. Literalidade do texto constitucional em seu art.71, I, CF/88. 
B. Errado. Segundo art.71, III, CF/88, “excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão”. 
C. Errado. O TCU não susta contrato. O ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso 
Nacional. Art.71, §1º, CF/88. 
D. Errado. As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título 
executivo. Contudo, o TCU não possui competência para promover a execução judicial do devedor. Cabe 
a AGU fazê-lo. Art. 71, § 3º, CF/88. 
E. Errado. O TCU não julga, aprecia as contas do Presidente da República. Art.71, I, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
46. (2019/Crescer Consultorias/Prefeitura de Brejo de Areia – MA/Procurador do Município) O Poder 
Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do 
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Senado Federal. Assinale a alternativa que apresente matéria de competência exclusiva do Congresso 
Nacional. 
A) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. 
B) Resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 
C) Telecomunicações e radiodifusão. 
D) Matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações. 
Comentário: 
Letras A, C e D estão erradas. São competências que dependem da edição de lei ordinária ou 
complementar, com a sansão do Presidente da República. Art.48, XI, XII, XIII, CF/88, respectivamente. 
Logo, letra B está correta. Literalidade do art.49, I, CF/88, competência exclusiva do Congresso Nacional. 
Gabarito: B. 
 
47. (2019/VUNESP/Prefeitura de Birigui – SP/Advogado) A respeito do controle financeiro externo, é 
correto afirmar com base na Constituição Federal que 
A) as decisões dos tribunais de contas de que resulte imputação de débito ou multa não terão eficácia de 
título executivo, devendo se sujeitar à cobrança mediante prévia ação de conhecimento. 
B) os tribunais de contas encaminharão ao Congresso Nacional, quadrimestralmente, relatório de suas 
atividades, sob pena de ação de improbidade administrativa. 
C) comissão mista de senadores e deputados, diante de indícios de despesas não autorizadas, poderá 
solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos 
necessários. 
D) é facultada a criação de novos tribunais de contas municipais, além daqueles atualmente existentes, 
desde que criados por meio de aprovação de no mínimo ⅔ (dois terços) das respectivas Câmaras de 
Vereadores. 
E) o controle externo, a cargo dos tribunais de contas, será exercido com o auxílio das casas legislativas, a 
quem cabe a análise dos atos do Poder Executivo quanto à legalidade, legitimidade, economicidade. 
Comentários: 
A. Errado. As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título 
executivo. Art.74, §3º, CF/88. 
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B. Errado. Conforme art.74, §4, CF/88- “O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e 
anualmente, relatório de suas atividades”. O texto constitucional não menciona “ sob pena de ação de 
improbidade administrativa”. 
C. Correto. Conforme art.72, CF/88. 
D. Errado. Municípios não podem criar Tribunal de Contas. Art.31, §4º, CF/88. 
E. Errado. Conforme art.71, CF/88, O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com 
o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
Gabarito: C 
 
48. (2019/VUNESP/Prefeitura de Birigui – SP/Advogado) No que se refere à remuneração dos 
parlamentares integrantes do Poder Legislativo Federal, de acordo com a Constituição Federal, o 
valor do subsídio 
A) é o mesmo para deputados federais e senadores. 
B) dos deputados corresponde a 90,25% da remuneração do ministro do STF. 
C) dos senadores não pode extrapolar o salário do governador do Estado que representam. 
D) dos deputados federais e senadores corresponde a 95% da remuneração do ministro do STF. 
E) dos deputados federais e senadores corresponde a 90,25% da remuneração do Presidente da República. 
Comentário: 
A. Correto. Conforme art.49, VII, CF/88, os subsídios de deputados federais e senadores são idênticos. 
Lembrando que o teto é o valor do subsídio dos ministros do STF. Não há que se falar, portanto, em limites 
percentuais de acordo com as demais alternativas. Logo, 
Gabarito: A. 
 
49. (2019/Método Soluções Educacionais/Prefeitura de Planalto da Serra – MT/Procurador Jurídico) 
Acerca dos Tribunais de Contas, assinale a alternativa correta: 
A) Os Tribunais de Contas têm competência para fiscalização de quaisquer pessoas, físicas ou jurídicas, 
públicas ou privadas que utilizem dinheiro público. 
B) Não cabe aos Tribunais de Contas apreciar a constitucionalidade de leis ou de atos do poder público. 
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C) As decisões dos Tribunais de Contas que resultam na imputação de débito têm força de título executivo 
judicial e são executadas por meio da Leide Execuções Fiscais (Lei n. 6.830/80). 
D) Os Tribunais de Contas são órgãos de controle interno auxiliares do Poder Executivo nas suas atuações 
administrativas. 
Comentários: 
A. Correto. Conforme art.71, II, CF/88, "o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido 
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete julgar as contas dos administradores e 
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as 
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem 
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário”. 
B. Errado. Súmula 347 STF, "o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.". 
C. Errado. Conforme art.71, §3º, CF/88, “As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou 
multa terão eficácia de título executivo”, apenas. 
D. Errado. Os Tribunais de Contas são órgãos de controle externo auxiliares do Poder Legislativo. Art.71, 
CF/88. 
Gabarito: A. 
 
50. (2019/Método Soluções Educacionais/Prefeitura de Nortelândia – MT/Advogado) Acerca dos 
Tribunais de Contas, assinale a alternativa correta: 
A) Os Tribunais de Contas têm competência para fiscalização apenas dos entes da administração pública 
direta. 
B) Não cabe aos Tribunais de Contas apreciar a constitucionalidade de leis ou de atos do poder público. 
C) Os Tribunais de Contas dos Municípios, órgãos auxiliares das Câmaras Municipais, foram extintos pela 
Constituição .Federal de 1988. 
D) Os Tribunais de Contas são órgãos auxiliares do Poder Legislativo no controle externo. 
Comentários: 
A. Errado. Conforme art.71, II, CF/88, "o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido 
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete julgar as contas dos administradores e 
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as 
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem 
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário”. 
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B. Errado. Súmula 347 STF, "o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.". 
C. Errado. A Constituição Federal de 88 vedou a criação de tribunais, Conselhos ou órgãos de contas 
municipais. Art.31, §4º, CF/88. 
D. Correto. Conforme art.71, II, CF/88. 
Gabarito: D 
 
51. (2019/CETREDE/Prefeitura de São Gonçalo do Amarante – CE/Procurador Municipal) De acordo 
com Constituição Federal de 1988, compete, privativamente, à Câmara dos Deputados Federais 
A) o sistema tributário, a arrecadação e a distribuição de rendas. 
B) a fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas. 
C) a incorporação, a subdivisão ou o desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as 
respectivas Assembleias Legislativas. 
D) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado. 
E) aprovar, previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de 
missão diplomática de caráter permanente. 
Comentários: 
Letras A, B e C estão erradas. São competências atribuídas ao Congresso Nacional. Art.48, I, III e VI, CF/88, 
respectivamente. 
Letra D. Correto. Literalidade do texto constitucional, conforme art.51, I, CF/88. 
Letra E. Errado. Competência privativa do Senado Federal. Art.52, IV, CF/88. 
Gabarito: D. 
 
52. (2019/CPCON/Câmara de Santa Rita – PB/Procurador Jurídico) De acordo com a Constituição 
Federal de 1988 (CF/88), compete privativamente ao Senado Federal: 
A) Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer 
uma dessas medidas. 
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B) Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
C) Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado. 
D) Apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 
E) Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
Comentários: 
A e D. Errado. Competências exclusivas do Congresso Nacional. Art.49, I e XII, CF/88, respectivamente. 
B e C. Errado. Competências privativas da Câmara dos Deputados. Art.51, II e I, CF/88, respectivamente. 
E. Correto. Competência privativa do Senado Federal, conforme art.52, V, CF/88. 
Gabarito: E. 
 
53. (2019/Itame/Prefeitura de Senador Canedo – GO/Procurador Municipal) O Poder Legislativo é 
exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Nesse contexto, marque a alternativa que está em desacordo com as disposições da Constituição 
Federal: 
A) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em 
cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal; 
B) O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o 
princípio majoritário; 
C) Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos; 
D) A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de dois em dois anos, 
alternadamente, por um e dois terços. 
Comentários: 
Letras A, B e C. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.45/CF/88 e Art.46, §1º, CF/88, 
respectivamente. 
D. Errado. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. Art.46, §2º, CF/88. 
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Gabarito: D. 
 
54. (2019/FUNDATEC/Prefeitura de Palmeira das Missões – RS/Procurador) Em relação ao Direito 
Municipal, é correto afirmar que: 
A) A aplicação de recursos oriundos de convênio por meio do qual a União repassa verbas ao Município 
será fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União. 
B) A aplicação de recursos oriundos de convênio por meio do qual a União repassa verbas ao Município 
será fiscalizada apenas pelo Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete a análise da regularidade 
financeira do Município. 
C) Todo Município deve possuir um Tribunal de Contas, com conselheiros nomeados pelo Poder 
Legislativo Municipal. 
D) Todo Município deve possuir um Tribunal de Contas, com conselheiros nomeados pelo Prefeito. 
E) É obrigatória a existência de Tribunal de Contas nos Municípios com mais de duzentos mil habitantes. 
Comentários: 
A. Correto. O controle externo será exercido pelo Congresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas 
da União sobre todos os entes da federação. Art.71, VI, CF/88. 
B. Errado. Vide motivo exposto do item A. 
C, D e E. Errado. É vedado aos Municípios criar Tribunal de Contas. Art.31, §4º, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
55. (2019/IMAGINE/Câmara de Parisi – SP/Procurador) Analise as assertivas abaixo e assinale aquela 
cujo conteúdo refere-se corretamente à uma atribuição das Comissões Parlamentares de inquérito: 
A) Determinar medida cautelar, como prisões,indisponibilidade de bens, arresto, sequestro. 
B) Determinar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias. 
C) Determinar interceptação telefônica e quebra de sigilo de correspondência. 
D) Expedir mandado de busca e apreensão domiciliar. 
Comentários: 
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As letras A, C e D estão erradas. CPI não tem competência para determinar a aplicação de medidas 
cautelares, submetidas à cláusula de reserva de jurisdição, tais como indisponibilidade de bens, arrestos, 
sequestro, hipoteca judiciária, decretar prisões (exceto em flagrante delito), determinar a interceptação 
telefônica e a quebra de sigilo de correspondência, bem como expedir mandado de busca e apreensão 
domiciliar. 
B. Correto. Conforme art.71, IV, CF/88, o TCU pode realizar inspeções e auditorias, por determinação da 
CPI, em unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, além da administração 
direta e indireta. 
Gabarito: B. 
 
56. (2019/IMAGINE/Câmara de Parisi – SP/Procurador Legislativo) As CPIs e CPMIs destinam-se a 
investigar fato de relevante interesse para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, 
econômica ou social do País. Assinale a alternativa correta que refere-se exclusivamente às CPMIs: 
A) São temporárias, podendo atuar também durante o recesso parlamentar. 
B) Têm o prazo de cento e vinte dias, prorrogável por até metade, mediante deliberação do Plenário, para 
conclusão de seus trabalhos. 
C) É composta por igual número de membros das duas Casas legislativas. 
D) Têm poderes de investigação equiparados aos das autoridades judiciais. 
Comentários: 
A. Errado. As CPIs e CPMIs não atuam durante o recesso parlamentar. Durante esse período, haverá uma 
Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do 
período legislativo. Art. 58, §4º, CF/88. 
B. Errado. O texto constitucional não fixou um prazo determinado para a duração das CPIs e CPMIs. 
Conforme art.58, §3º, CF/88, apenas dispôs que as mesmas têm por finalidade apurar fato determinado 
e prazo certo. Desse modo, cabe a cada Casa do Congresso definir tal o prazo, admitindo-se 
prorrogações, desde que não ultrapasse a legislatura. 
C. Correto. Conforme art.58, §3º, CF/88, as Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas em 
conjunto ou separadamente. A composição é expressa no texto regimental do Congresso Nacional, 
art.10, caput-”. As Comissões Mistas, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 21, no art. 90 e no § 
2º do art. 104, compor-se-ão de 11 (onze) Senadores e 11 (onze) Deputados, obedecido o critério da 
proporcionalidade partidária, incluindo-se sempre um representante da Minoria, se a proporcionalidade 
não lhe der representação “. 
D. Errado. As CPIs, conforme art.58, §3º, CF/88, têm poderes de investigação próprios das autoridades 
judiciais, poderes instrutórios e investigativos, mas não possuem poder geral de cautela. 
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Gabarito: C. 
 
57. (2019/IMAGINE/Câmara de Parisi – SP/Procurador Legislativo) Considerando a previsão 
constitucional quanto à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das 
entidades da administração direta e indireta, pela Controladoria Geral da União, quanto à aplicação 
do dinheiro da União, em caso de repasse de verbas federais ao município, assinale a alternativa 
correta: 
A) É possível devido ao caráter interno da fiscalização uma vez que é exercida exclusivamente sobre verbas 
provenientes do orçamento do executivo destinados a repasse aos entes federados. 
B) Nos termos do artigo 76 do texto constitucional o poder executivo da União é exercido exclusivamente 
pelo presidente da república não havendo a possibilidade do auxílio dos ministros de estado. 
C) A fiscalização dos recursos federais configura atribuição do congresso nacional não podendo ser 
exercido com o auxílio do TCU no caso de controle externo. 
D) O Congresso Nacional tem competência para anular o ato caso o repasse exorbite o poder 
regulamentar. 
Comentários: 
A. Correto. O STF tem o entendimento consolidado de que a Controladoria Geral da União, órgão central 
de controle interno do Poder Executivo Federal, tem competência para fiscalizar a aplicação de recursos 
da União onde quer que ela ocorra. Essa fiscalização tem a natureza de controle interno. Embora incida 
sobre verbas destinadas a repasse a outros entes federados, esta é exercida exclusivamente sobre verbas 
originárias do Poder Executivo federal. RMS 25943, Relator(a): Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal 
Pleno, julgado em 24/11/2010. 
B. Errado. Conforme texto constitucional, art.76, CF/88- “O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da 
República, auxiliado pelos Ministros de Estado”. 
C. Errado. O controle externo é exercido pelo Congresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas da 
União. Art.71, VI, CF/88. 
D. Conforme art.49, V, CF/88, o Congresso Nacional tem competência exclusiva para sustar os atos 
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. 
Gabarito: A. 
 
58. (2019/Instituto UniFil/Prefeitura de Sengés – PR/Procurador) Conforme disposto na Constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988 – Do Poder Legislativo, assinale a alternativa correta. 
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A) Cada Senador será eleito com um suplente. 
B) O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal. 
C) Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de quatro anos. 
D) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, sendo vinte e cinco em cada Estado e 
no Distrito Federal. 
Comentários: 
A. Errado. Cada senador será eleito com dois suplentes. Art.43, §3º, CF/88. 
B. Correto. O Poder Legislativo é bicameral, representado pelo Congresso Nacional, que é composto pelo 
Senado (composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal) e pela Câmara dos Deputados 
(composta por representantes do povo). 
C. O mandato dos senadores é de 8 anos. Art.46, §1º, CF/88. 
D. Errado. Conforme art.45,CF/88, a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
Gabarito: B. 
 
59. (2019/CPCON/Prefeitura de Monte Horebe – PB/Procurador Jurídico) De acordo com a 
Constituição Federal de 1988 (CF/88), compete privativamente ao Senado Federal 
A) Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer 
uma dessas medidas. 
B) Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
C) Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado. 
D) Apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 
E) Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
Comentários: 
A. Errado. Competência privativa do Congresso Nacional. Art.49, IV, CF/88. 
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B e C. Errado. Competência privativa da Câmara dos Deputados. Art.51, I e II, CF/88 
D. Errado. Competência exclusiva do Congresso Nacional. Art.49, XII, CF/88. 
E. Correto. Conforme texto constitucional, art.52, V, CF/88. 
Gabarito: E. 
 
60. (2019/CPCON/Prefeitura de Boa Ventura - PB /Advogado) De acordo com a Constituição Federal 
de 1988 (CF/88), compete privativamente ao Senado Federal: 
A) Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer 
uma dessas medidas. 
B) Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
C) Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado. 
D) Apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 
E) Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
Comentários: 
Questão idêntica à anterior, só mudou a instituição e o cargo. 
A. Errado. Competência privativa do Congresso Nacional. Art.49, IV, CF/88. 
B e C. Errado. Competência privativa da Câmara dos Deputados. Art.51, I e II, CF/88 
D. Errado. Competência exclusiva do Congresso Nacional. Art.49, XII, CF/88. 
E. Correto. Conforme texto constitucional, art.52, V, CF/88. 
Gabarito: E. 
61. (2019/IDCAP/Câmara de Boa Esperança – ES/Procurador Legislativo) De acordo com a 
Constituição Federal, é certo dizer que o Deputado ou Senador investido no cargo de Ministro de 
Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de 
Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária: 
A) Não perderá o mandato. 
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B) Poderá perder o mandato após sabatina. 
C) Perderá o mandato como regra. 
D) Será reconduzido em novo mandato após sair do cargo de Ministro de Estado. 
E) Perderá o mandato por critérios de discricionariedade. 
Comentário: 
Conforme texto constitucional, art.56, I, CF/88- “Não perderá o mandato o Deputado ou Senador 
investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito 
Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária.” 
Gabarito: A. 
 
62. (2019/Instituto UniFil/Câmara de Jataizinho – PR/Advogado) Conforme disposto na Constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988, Título IV – Da Organização dos Poderes, Seção II – Das 
Atribuições do Congresso Nacional, assinale a alternativa incorreta. 
A) É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou 
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 
B) É da competência exclusiva do Congresso Nacional sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem 
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução 
C) É da competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, 
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas. 
D) É da competência exclusiva do Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer 
de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta. 
Comentários: 
As letras A, C e D estão corretas. São competências exclusivas do Congresso Nacional. Art.49, I, IV, e X, 
CF/88, respectivamente. 
B. Incorreto. É uma competência privativa do Presidente da República. Art.84, IV, CF/88. 
Gabarito: B. 
 
63. (2019/VUNESP/DAEM/Procurador Jurídico) Ao disciplinar sobre a função fiscalizatória exercida 
pelo Poder legislativo e pelo Tribunal de Contas, a CF/88 estabelece que a fiscalização do Município 
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será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de 
controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. Assim, é correto afirmar que 
A) o controle interno da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos 
Estados ou do Município. 
B) o controle interno da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Conselhos ou Tribunais de 
Contas dos Municípios, onde houver. 
C) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente 
prestar, só deixará de prevalecer por decisão da maioria simples dos membros da Câmara Municipal. 
D) as contas dos Municípios ficarão, durante 90 (noventa) dias, anualmente, à disposição de qualquer 
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 
E) é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. 
Comentários: 
A e B. Errado. Conforme art.31, §1º, CF/88, “o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o 
auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios, onde houver”. 
C. Errado. O parecer emitido pelo órgão competente sobre as contas do Prefeito só poderá ser rejeitado 
por decisão de dois terços dos membros da Câmara dos Vereadores. Art.31, §2º, CF/88. 
D. O prazo é 60 dias. Art.31, §3º, CF/88. 
E. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.31, §4º, CF/88. 
Gabarito: E 
 
64. (2019/FUNDEP (Gestão de Concursos)/Prefeitura de Contagem – MG/Procurador Municipal) 
Analise as seguintes afirmativas acerca do entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal e 
assinale com V as verdadeiras e com F as falsas: 
( ) Integrante de lista de candidatos a determinada vaga da composição de tribunal é parte legítima para 
impugnar a validade da nomeação de concorrente. 
( ) O Tribunal de Contas, ainda que no exercício de suas atribuições, não pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. 
( ) A imunidade parlamentar não se estende ao corréu sem essa prerrogativa. 
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( ) Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta interventiva por 
inconstitucionalidade de lei municipal. 
Assinale a sequência correta. 
A) V F V V 
B) V V F V 
C) F V F F 
D) F F V F 
Comentários: 
(V) Súmula 628 STF- “Integrante de lista de candidatos a determinada vaga da composição de tribunal é 
parte legítima para impugnar a validade da nomeação de concorrente”. 
(F) Súmula 347 STF- “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. 
(V) Súmula 245 STF- “A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa prerrogativa”. 
(V) Súmula 614 STF- “Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta 
interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal”. 
Gabarito: A. 
 
65. (2019/VUNESP/SERTPREV – SP/Procurador Jurídico) A Constituição Federal, a respeito dos 
Tribunais de Contas e suas funções, estabelece que 
A) suas decisões de que resulte imputação de débito ou multa não terão eficácia de título executivo. 
B) deve fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, 
ajuste ou outros instrumentos congêneres, aos Estados e ao Distrito Federal, excetuados os Municípios. 
C) é de sua competência fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capitalsocial a 
União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. 
D) os partidos políticos com representação no Congresso Nacional, as associações ou sindicatos, desde 
que devidamente autorizados, são os legitimados para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou 
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
E) as constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por 
nove conselheiros. 
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Comentários: 
A. Errado. Conforme art.71, §3º, CF/88, “as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou 
multa terão eficácia de título executivo”. 
B. Errado. Conforme, art.71, VI, CF/88, incluso os Municípios. 
C. Correto. Literalidade do art.71, V, CF/88. 
D. Errado. Conforme art.74, §2º, CF/88, “Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é 
parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de 
Contas da União”. 
E. Errado. A composição é de sete conselheiros. Art.75, § único, CF/88. 
Gabarito: C. 
 
66. (2019/VUNESP/Câmara de São Miguel Arcanjo – SP/Procurador Legislativo) Segundo o disposto 
na Constituição Federal, compete, expressamente, ao Tribunal de Contas da União 
A) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. 
B) apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. 
C) apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e as nomeações para cargo em comissão na 
administração direta e indireta. 
D) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos 
Deputados e ao Senado Federal. 
E) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 
Comentários: 
A, B e E. Errado. Conforme art.49, IX e XII, CF/88, são competências exclusivas do Congresso Nacional. 
C. Errado. Excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão . Art.71, III, CF/88. 
D. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.71, X, CF/88. 
Gabarito: D. 
 
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67. (2019/MPE-GO/MPE-GO/Promotor de Justiça) A respeito da Comissões Parlamentares de 
Inquérito, assinale a alternativa incorreta: 
A) Terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos 
regimentos das respectivas casas. 
B) Serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, 
mediante requerimento de um terço dos seus membros. 
C) As comissões não poderão praticar determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao Poder 
Judiciário, devendo sempre ser respeitado o postulado da reserva constitucional da jurisdição. 
D) Toda deliberação da Comissão deverá ser motivada, sob pena de padecer do vício de ineficácia, mesmo 
quando a comissão for permanente e investigar fato indeterminado. 
Comentários: 
As letras A e B estão corretas. Conforme art.58, §3º, CF/88, “As comissões parlamentares de inquérito, que 
terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos 
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou 
separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato 
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, 
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”. 
C. Correto. As CPIs têm poderes instrutórios e investigativos, mas não tem poder geral de cautela. 
D. Errado. CPI só investiga fato determinado e por prazo certo. Art.58, §3º, CF/88. 
Gabarito: D. 
 
68. (2019/MPE-GO/MPE-GO/Promotor de Justiça) Durante uma sessão extraordinária da Câmara de 
Vereadores, cuja convocação se deu em virtude da discussão de projeto de lei sobre o novo plano de 
carreira do magistério local, um dos vereadores, ao lhe ser devidamente dada a palavra, defendeu a 
valorização dos professores e, em visível estado de ânimo exaltado, discursou sobre a necessidade de 
incremento de incentivos financeiros para a educação. O povo, ainda disse o mesmo vereador, 
precisava se libertar, por meio de uma educação qualitativa, das amarras políticas construídas pelo 
atual prefeito, já que este era pessoa que "apoiava a corrupção e a ladroeira " no Município. Supondo 
que a convocação e a sessão extraordinárias ocorreram segundo os parâmetros constitucionais e 
legais estabelecidos, assinale a assertiva correta: 
A) Não se verifica, no caso, o preenchimento dos requisitos da imunidade parlamentar em sentido 
material. Conforme expressamente assentado pelo STF, a inviolabilidade dos Vereadores por suas 
opiniões, palavras e votos condiciona-se á chamada finalidade legislativa do exercício da função. Nesse 
sentido, o STF reconhece que a interpretação da locução " no exercício do mandato " não engloba 
eventuais ofensas que francamente se desviam da matéria justificadora da convocação extraordinária. 
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B) Em razão de induvidoso "excesso de eloquência", não prosperaria, em futura demanda judicial , a 
alegação, pelo vereador do caso, de imunidade parlamentar material. Isso porque o STF assentou que a 
imunidade parlamentar de Vereador é afastada quando ocorrem ofensas pessoais indesejáveis, uma vez 
que se configura o abuso de prerrogativa. 
C) O mencionado vereador, segundo o STF, estará protegido pela imunidade parlamentar em sentido 
material. Embora se trate de ofensas pessoais indesejáveis, estaria caracterizada a imunidade material, 
pois a manifestação foi proferida no desempenho do mandato (in officio) e na circunscrição municipal. 
D) Segundo os precedentes do STF, a inviolabilidade do vereador por suas palavras e opiniões, no caso 
dado, seria a princípio reconhecida, a não ser que o ofendido demonstrasse a ausência de acusações 
razoáveis e, consequentemente, o abuso da mencionada prerrogativa parlamentar. 
Comentário: 
A Constituição não concedeu foro especial aos Vereadores. Vereadores não possuem imunidade formal, 
apenas imunidade material, ou seja, são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do 
mandato e na circunscrição do município, independente de se tratarem ou não de acusações consideradas 
como sendo razoáveis ou ofensas pessoais proferidas no âmbito da discussão política. Art.29, VIII, CF/88 
e RE 600063/SP, Rel. Min. Marco Aurélio. Pelo exposto: 
Gabarito: C. 
 
69. (2019/VUNESP/TJ-RJ/Juiz Substituto) Considerando a disciplina constitucional acerca do tema da 
fiscalização contábil, financeira e orçamentária, bem como a distinção entre prestação de contas de 
gestão e de contas de governo, é correto afirmar que 
A) ambas são apreciadas e julgadas pelo Tribunal de Contas, mas este somente pode impor sanção ao 
administrador no tocante às ilegalidades das contas de gestão, não podendo impor sanção quanto às 
contas de governo. 
B) o Tribunal de Contas aprecia e julga as contas de gestão, podendo aplicar sanção diretamente ao 
administrador, mas não julga as contas de governo, as quais são apreciadas e julgadas pelo Poder 
Legislativo. 
C) ambas são apreciadas e julgadas pelo Poder Legislativo, com base em parecer do Tribunal de Contas, e 
este não pode impor sanção diretamente ao administrador, mas faz apenas recomendações por meio de 
parecer. 
D) o Poder Legislativo aprecia e julga as contas de governo, com base em parecer do Tribunalde Contas, 
enquanto este aprecia as contas de gestão para posterior julgamento do Poder Legislativo, não podendo 
impor sanções ao administrador. 
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E) o Poder Legislativo aprecia e julga as contas de gestão, impondo as sanções cabíveis, enquanto o 
Tribunal de Contas aprecia e julga as contas de governo, emitindo o competente parecer e impondo ao 
administrador as sanções previstas na Constituição Federal. 
Comentários: 
As contas de gestão, as quais são julgadas pelo TCU por força do art. 71, II, CF/88, são avaliadas as 
atividades do gestor público e o compasso delas com as leis, sendo analisados os aspectos 
econômicos, contábeis e financeiros das despesas. Nas contas de gestão há a possibilidade de 
sancionamento por parte do Tribunal de Contas. São analisados, de forma técnica, os atos praticados 
pelos ordenadores de despesa na gerência dos recursos públicos, com base nos documentos e 
informações de natureza contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional. Nas contas de 
governo, avalia-se a gestão política dos chefes do Poder Executivo, estando inserta nessas contas a 
avaliação do desempenho da administração direta e indireta. As contas de governo não são julgadas pelo 
TCU, este apenas emite um parecer prévio, quem julga e aplica sanções específicas é o Poder 
Legislativo. Art.71, I, CF/88. Por tudo exposto; 
Gabarito: B. 
 
70. (2019/VUNESP/Câmara de Mauá – SP/Procurador Legislativo) Sobre a fiscalização financeira e 
orçamentária na Constituição Federal de 1988 e o papel dos Tribunais de Contas, assinale a 
alternativa correta. 
A) Os Tribunais de Contas são órgãos auxiliares do poder legislativo, motivo pelo qual o julgamento das 
Contas e a imposição de sanções são passíveis de revisão pela casa legislativa. 
B) Compete ao Tribunal de Contas assinar prazo para que o órgão adote as providências necessárias ao 
cumprimento da lei, quando verificada ilegalidade, não podendo, no entanto, sustar a execução do ato 
impugnado. 
C) O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e 
dos atos do poder público. 
D) A Constituição de 1988 proibiu a instituição de novos Tribunais de Contas Municipais e determinou a 
extinção dos até então existentes. 
E) O parecer prévio, emitido pelo órgão competente, sobre as contas que o Prefeito deve anualmente 
prestar, só deixará de prevalecer por decisão da maioria simples dos membros da Câmara Municipal. 
Comentários: 
A. Errado. Não há essa previsão no texto constitucional. Art.71, II, CF/88. 
B. Errado. O TCU pode sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à 
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Art.71. X. CF/88. 
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C. Correto. A assertiva faz referência à súmula 347 do STF: “'O Tribunal de Contas, no exercício de suas 
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público''. 
D. Errado. Conforme art.31, §4º, CF/88, é vedada a criação de tribunais, Conselhos ou órgãos de contas 
municipais. Contudo, o texto constitucional não determinou a extinção dos até então existentes. 
E. Errado. O quórum é de 2/3 dos membros da Câmara Municipal. Art.31, §2º, CF/88. 
Gabarito: C. 
 
71. (2019/Instituto Consulplan/CODESG – SP/Advogado) Em relação às atribuições do Congresso 
Nacional, analise as afirmativas a seguir. 
I. A Constituição da República estipula as competências – privativas e exclusivas – do Congresso Nacional, 
bem como das duas casas legislativas que o compõe, sendo certo que umas das principais diferenças entre 
estas é que, nas privativas, pode haver delegação aos Estados- -Membros, enquanto que as exclusivas não 
permitem essa prática. 
II. Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a 
qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para 
expor assunto de relevância de seu Ministério. 
III. É competência privativa do Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei 
declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Estão corretas as 
afirmativas 
A) I, II e III. 
B) I e II, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
Comentários: 
I. Errado. As competências privativas e exclusivas do Congresso Nacional se diferenciam pelo fato de que 
as privativas são as que necessitam da sanção do Presidente da República, ou seja, são atribuições que 
necessitam de edição de lei e as exclusivas são as que não necessitam da sanção do Presidente da 
República. 
II. Correto. Conforme texto constitucional. Art.50, §1º, CF/88. 
III. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.52, X, CF/88. 
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Gabarito: D. 
 
72. (2019/VUNESP/Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá/Procurador) Em se tratando do 
Poder Legislativo Federal, entre as competências privativas da Câmara dos Deputados, arroladas na 
Constituição, está: 
A) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
B) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
C) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo 
Poder Público federal. 
D) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição, a escolha de ministros do Tribunal de Contas da 
União indicados pelo Presidente da República. 
E) processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de 
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República e o advogado-geral 
da União nos crimes de responsabilidade. 
Comentários: 
A. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.51, II, CF/88. 
B, C, D e E. Errado. São competências privativas do Senado Federal, elencadas no art. 52, V, VII, III, “b”; II, 
CF/88, respectivamente. 
Gabarito: A. 
 
73. (2019/VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos – SP/Procurador) A Constituição Federal, sobre 
o Poder Legislativo, estabelece que 
A) é de competência exclusiva do Senado Federal sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. 
B) salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão 
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. 
C) é de competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar, por dois terços de seus membros, a 
instauração de processo contra o Presidente e o Vice- -Presidente da República e os Ministros de Estado. 
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D) os Deputados e Senadores, desde a posse, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
E) é de competência privativa da Câmara dos Deputados julgar anualmente as contas prestadas pelo 
Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. 
Comentários: 
A. Errado. Competência exclusivado Congresso Nacional. Art.49, V, CF/88. 
B. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.47, CF/88. 
C. Errado. Competência privativa da Câmara dos Deputados. Art.51, I, CF/88. 
D. Errado. os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento 
perante o Supremo Tribunal Federal. Art. 53, §1º, CF/88. 
E. Errado. Competência exclusiva do Congresso Nacional. Art.49, IX, CF/88. 
Gabarito: B. 
 
74. (2019/IBFC/Emdec/Advogado Jr) A respeito das disposições da Constituição Federal de 1988, 
sobre o Poder Legislativo, analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F). 
( ) O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal. 
( ) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em 
cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
( ) Cada Território elegerá três deputados, sendo um suplente. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. 
A) V, V, V 
B) V, V, F 
C) F, F, V 
D) F, V, F 
Comentários: 
(V) Literalidade do texto constitucional, conforme art.44, CF/88. 
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(V) Literalidade do texto constitucional, conforme art.45, CF/88. 
(F) Cada território elegerá 4 deputados. Art.45, §2º, CF/88. 
Gabarito: B. 
 
75. (2019/IDIB/CREMERJ/Advogado) De acordo com as disposições constitucionais sobre a Câmara 
dos Deputados e o Senado Federal, assinale a alternativa correta: 
A) As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser 
suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados 
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 
B) É de competência exclusiva da Câmara dos Deputados autorizar o estado de sítio. 
C) Compete privativamente ao Senado Federal sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. 
D) É da competência exclusiva do Senado Federal aprovar o estado de defesa. 
Comentários: 
A. Correta. Literalidade do texto constitucional. Art.53, §8º, CF/88. 
B, C e D. Errado. Competências exclusivas do Congresso Nacional. Art.49, IV, V,CF/88. 
Gabarito: A. 
 
76. (2017/Quadrix/CRF-RS/Advogado) Relativamente às Comissões Parlamentares de Inquérito, 
assinale a alternativa incorreta. 
A) Segundo texto constitucional, as comissões parlamentares de inquérito terão poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. 
B) As comissões parlamentares de inquérito podem ordenar a quebra do sigilo bancário, sempre com 
indicação concreta de fatos específicos e necessidade da medida. 
C) Segundo jurisprudência do Supremo, o investigado intimado para depor perante CPI pode permanecer 
em silêncio, evitando-se a autoincriminação. 
D) A comissão parlamentar de inquérito é competente para expedir decreto de indisponibilidade de bens 
de particular, consoante jurisprudência do STF. 
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E) De acordo com o STF, há impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula 
constitucional de reserva de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar. 
Comentários: 
A. Correto. Conforme art.58, §3º, CF/88. 
B. Correto. As CPIs podem determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico, não estando 
abrangidas por cláusula de reserva de jurisdição e qualquer medida restritiva de direitos determinada, 
deve ser fundamentada sob pena de nulidade da decisão. 
C. Correto. Com base no direito à não autoincriminação, um investigado não pode ser constrangido a 
produzir provas contra si mesmo, sendo-lhe garantido o direito ao silêncio. HC 171438. 
D. Incorreto. As CPIs não têm competência para determinar a aplicação de medidas cautelares, tais como 
indisponibilidade de bens, arrestos, sequestro, hipoteca judiciária, etc. 
E. Correto. Há necessidade de ordem judicial para que se possa realizar a busca e apreensão domiciliar. A 
inviolabilidade domiciliar não pode ser violada por ato de CPI. 
Gabarito: D. 
 
77. (2017/FAUEL/Câmara de Manfrinópolis – PR/Procurador Jurídico) De acordo com o art. 3 da 
Constituição Federal a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, 
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na 
forma da lei. Com base nisso, assinale a alternativa correta. 
A) Todos os municípios devem ter Tribunal de Contas Municipal após a Constituição de 1988. 
B) O município só deve prestar contas ao Legislativo se apresentar saldo negativo de suas contas, caso 
seja positivo a prestação de contas está dispensada. 
C) A análise do controle interno do Poder Executivo Municipal dispensa a análise das contas municipais 
pelo controle externo. 
D) O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos 
Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver 
Comentários: 
A. Errado. Conforme art. 31, §4º, CF/88, “é vedada a criação de tribunais, Conselhos ou órgãos de contas 
municipais”. 
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B. Errado. Não há essa previsão no texto constitucional. Os Municípios devem apresentar sua prestação de 
contas anualmente, independente de saldo positivo ou negativo, e colocar à disposição do contribuinte 
para exame e apreciação durante sessenta dias. Art. 31, §3º, CF/88. 
C. Errado. Conforme art.31, caput, CF/88, o controle externo será exercido pelo Poder Legislativo 
Muncipal, ou seja, a Câmara de Vereadores. 
D. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.31, §1º, CF/88. 
Gabarito: D. 
 
78. (2017/IOPLAN/Câmara Municipal de Sarandi – RS/Procurador Jurídico) De acordo com a 
Constituição Federal, compete privativamente ao Senado Federal: 
A) Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente da 
República. 
B) Autorizar referendo e convocar plebiscito. 
C) Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. 
D) Zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros 
Poderes. 
E) Processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal por crimes de responsabilidade. 
Comentários: 
A. Errado. Competência privativa da Câmara dos Deputados. Art.51, I, CF/88. 
B, C e D. Errado. Competências exclusivas do Congresso Nacional. Art. 49, XV, IX e XI, CF/88, 
respectivamente. 
E. Correto. Conforme art.52, II, CF/88. 
Gabarito: E. 
 
79. (2017/UERR/CODESAIMA/Advogado) Assinale a alternativa incorreta. 
A) Ao Deputado ou Senador que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, a perda 
do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, 
mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
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B) Para o STF, se o Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em regime fechado, a perda do 
cargo será uma consequência lógica da condenação. Neste caso, caberá à Mesa da Câmara oudo Senado 
apenas declarar que houve a perda, sem poder discordar da decisão do STF. 
C) Se o Deputado ou Senador for condenado a uma pena em regime aberto ou semiaberto, a condenação 
criminal não gera a perda automática do cargo, sendo que o Plenário da Câmara ou do Senado irá, neste 
caso, deliberar se o condenado deverá ou não perder o mandato. 
D) Perderá o mandato o Deputado ou Senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à 
quarta parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada. 
E) É vedado às unidades federativas instituírem normas que condicionem a instauração de ação penal 
contra o Governador, por crime comum, à prévia autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior 
Tribunal de Justiça dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive 
afastamento do cargo. 
Comentários: 
A. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.55, VI e §2º, CF/88. 
B. Correto. Caso a condenação resultar em pena privativa de liberdade, em regime fechado, superior a 120 
dias, o parlamentar não conseguirá comparecer à terça parte das sessões legislativas, nos termos do 
art.55, §3º, CF/88, ou seja, perderá o mandato automaticamente, por mera declaração da Mesa. AP 
694/MT. 
C. Correto. Na mesma AP694/MT, o STF entendeu que se a pena não for privativa de liberdade, ou se a 
condenação for cumprida em regime aberto ou semiaberto, a perda do mandato não é automática, 
dependerá de decisão de maioria absoluta da Casa. 
D. Errado. Conforme o texto constitucional, é a terça parte das sessões ordinárias. Art.55, §3º, CF/88. 
E. Correto. A alternativa reproduz a tese firmada na ADI 4764, Relator Ministro Celso de Mello, 4 de Maio 
de 2017. 
Gabarito: D. 
 
80. (2017/INSTITUTO AOCP/Câmara de Maringá- PR/Advogado) Sobre os Ministros nomeados para o 
Tribunal de Contas da União, assinale a alternativa correta. 
A) Serão escolhidos um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo 
dois, alternadamente, dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal e dois terços 
pelo Congresso Nacional. 
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B) Serão escolhidos dois terços pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, 
alternadamente, dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal e um terço pelo 
Congresso Nacional. 
C) Devem possuir mais de 30 e menos de 70 anos de idade. 
D) Devem possuir mais de 15 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os 
conhecimentos mencionados em dispositivo constitucional. 
E) Não contam com nenhum tipo de prerrogativa, garantias, impedimentos e vencimentos quando 
comparados com Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
Comentários: 
O Tribunal de Contas da União é composto por 9 Ministros, sendo 6 (dois terços) escolhidos pelo 
Congresso Nacional e 3 (um terço) escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação no Senado 
Federal, por maioria simples. Conforme art.73, §1º, CF/88, os Ministros do Tribunal de Contas da União 
serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: mais de 35 e menos de 65 anos 
de idade; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos 
e financeiros ou de administração pública; mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva 
atividade profissional que exija os conhecimentos citados anteriormente. Dos 3 Ministros escolhidos pelo 
PR, 2 são definidos alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao 
Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento. Os 
Ministros do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens 
dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Art.73, §3º, CF/88. Por tudo exposto: 
Gabarito: A. 
 
81. (2017/FADESP/Câmara de Capanema – PA/Procurador Jurídico) Sobre o regime constitucional das 
imunidades parlamentares, é possível afirmar que 
A) os membros do Congresso Nacional, desde a expedição do diploma, somente poderão ser presos em 
caso de flagrante de crime inafiançável. 
B) o Supremo Tribunal Federal, antes de receber denúncia contra Senador da República, aguardará 
autorização dos membros do Senado Federal por maioria de dois terços de votos dos integrantes da Casa 
Legislativa. 
C) o Superior Tribunal de Justiça, antes de receber denúncia contra Deputado Federal, aguardará 
autorização dos membros da Câmara dos Deputados por maioria absoluta de votos dos integrantes da 
Casa Legislativa. 
D) é garantida imunidade material e processual aos Vereadores. 
Comentários: 
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A. Correto. Conforme art.53, §2º, CF/88. 
B e C. Errado. Desde a EC 35/2011, a instauração de processo criminal contra deputados e senadores não 
depende mais de prévia autorização da Casa Legislativa. Oferecida a denúncia, o órgão do Judiciário 
analisará os pressupostos e admitirá ou não a formalização do processo. 
D. Errado. Vereadores possuem apenas imunidade material. Art.29, VIII, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
82. (2017/CPCON/Câmara de Ouro Branco – RN/Advogado) Sobre a fiscalização contábil, financeira e 
orçamentária, coloque V para verdadeira e F para falsa. 
( ) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle 
interno com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos orçamentos da União. 
( ) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado. 
( ) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou 
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 
( ) Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, 
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
( ) As normas estabelecidas na seção constitucional da fiscalização contábil, financeira e orçamentária 
aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados 
e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. 
Marque a alternativa que contém a resposta CORRETA: 
A) V F V V F 
B) V V F F V 
C) F V F V F 
D) V V F V F 
E) V V V V V 
Comentário: 
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Todas as assertivas são verdadeiras e expressam a literalidade do texto constitucional em seu artigo 74, I, 
II, §§ 1º e 2º, CF/88; e art.75/CF88. 
Gabarito: E 
 
83. (2017/VUNESP/Câmara de Porto Ferreira – SP/Procurador Jurídico) Mediante o requerimento de 
1/3 (um terço) dos vereadores que compõem a Câmara Municipal de Porto Ferreira foi criada uma 
Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar todos os contratos que a Prefeitura firmou com 
empresas terceirizadas nos últimos quatro anos, para investigar possíveis atos de corrupção dos 
servidores municipais e para inspecionar a cobrança da dívida ativa municipal por parte da 
Procuradoria do citado Município. Com o fim de investigar amplamente os fatos, tal CPI determinou a 
quebra dos sigilos fiscais, bancários e telefônicosdas empresas terceirizadas, bem como a 
interceptação telefônica de diversos servidores municipais e determinou a condução coercitiva de 
cinco procuradores do município para prestarem esclarecimentos sobre diversos processos de 
execução fiscal. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta. 
A) Com fundamento no princípio da simetria, comissão parlamentar de inquérito municipal pode decretar 
a quebra de sigilos fiscais, bancários e telefônicos, além da interceptação telefônica. 
B) Com o fim de preservar os direitos fundamentais, a CPI deve ter por objeto um fato determinado, que 
pode ser singular ou múltiplo, mas delimitado por um ponto comum. Desse modo, a CPI instaurada não 
pode ter por objeto os três fatos mencionados. 
C) A comissão parlamentar de inquérito municipal pode ser utilizada para reunir informações necessárias 
para a elaboração de leis, para apurar responsabilidades e também para efetuar julgamentos das condutas 
investigadas. 
D) Se a CPI instaurada concluir pela ilegalidade dos contratos firmados pela Prefeitura com as empresas 
terceirizadas, poderá anular diretamente os ajustes ou determinar a rescisão, sob pena de cometimento 
de crime de responsabilidade pelo prefeito. 
E) Mesmo contando com o requerimento de 1/3 (um terço) dos membros da Câmara, a Mesa Diretora da 
Casa, havendo lei autorizativa, pode decidir pela não instauração de CPI. 
Comentários: 
A. Errado. As CPIs não possuem poder geral de cautela, ou seja, não decreta interceptação telefônica. A 
Comissão Parlamentar de Inquérito Municipal não tem poderes próprios de investigação. Como não 
há Poder Judiciário municipal, o município não tem competência para promover poderes inerentes a 
atividade judicial. 
B. Correto. Conforme art.58, §3º, CF/88, as CPIs fazem apuração de fato determinado e por prazo certo. 
Fato determinado não quer dizer fato único. CPI pode tratar de mais de um fato, desde que todos sejam 
fatos determinados. Pode ser que durante a investigação, outros fatos conexos ao primeiro tenham 
surgido. Nesse caso, basta aditar o objeto da inicial da Comissão. 
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C. Errado. CPI não acusa, processa, julga ou pune ninguém. A CPI apenas emite um relatório final com as 
conclusões acerca do trabalho, encaminha ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil 
ou criminal dos infratores. 
D. Errado. CPI não tem poder geral de cautela, que é exclusivo do Poder Judiciário. Sua função é 
meramente investigatória. 
E. Errado. O requerimento de 1/3 dos membros da Casa Legislativa é suficiente para a instauração de CPI. 
MS 24831/DF, MS 24845/DF, MS 24846/DF. 
Gabarito: B. 
 
84. (2017/CKM Serviços/EPTC/Advogado) De acordo com Tavares (2012), constitui hipótese de perda 
de mandato para senadores, exceto: 
A) Figurar como réu em processo de competência do Supremo Tribunal Federal (STF). 
B) Declaração de incompatibilidade de procedimento com o decoro parlamentar. 
C) Ausência à terça parte das sessões ordinárias em uma sessão legislativa. 
D) Ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
A. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.55, VI, CF/88. 
B e C. Estão corretas, conforme o art.55, II e III, CF/88. 
D. Errada. É uma vedação constitucional, conforme art.54, II, d, CF/88. 
Gabarito: A. 
 
85. (2017/VUNESP/Câmara de Altinópolis – SP/Procurador Jurídico) Considerando a disposição da 
Constituição Federal de 1988 acerca dos direitos, deveres e funções dos parlamentares, assinale a 
alternativa correta. 
A) Os deputados e senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um 
cargo ou mandato público eletivo. 
B) Perderá o mandato o deputado ou senador que sofrer condenação criminal, imposta ou confirmada por 
decisão colegiada de 2° grau. 
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C) O deputado ou senador que seja investido no cargo de Secretário de Território perderá o seu mandato, 
vez que se trata de atribuição incompatível com o cargo. 
D) As imunidades de deputados ou senadores podem ser suspensas, a qualquer tempo, mediante o voto 
de dois terços dos membros da Casa respectiva, caso deixe de comparecer à terça parte das sessões 
legislativas. 
E) A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, se 
protocolada antes da decisão final, terá os seus efeitos suspensos até as deliberações finais sobre a perda 
ou não do mandato. 
Comentários: 
A. Errado. Os deputados e senadores não poderão, desde a posse, ser titulares de mais de um cargo ou 
mandato público eletivo. Art.54. II, d, CF/88. 
B. Errado. Perderá o mandato o deputado ou senador que sofrer condenação criminal em sentença 
transitada em julgado. Art.54, VI, CF/88. 
C. Errado. Conforme art.56, I, CF/88, não perderá o mandato o Deputado ou Senador investido no cargo 
de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, 
de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária. 
D. Errado. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo 
ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva. Art.53, §8, CF/88. 
E. Correto. Conforme art.55, §4º, CF/88. 
Gabarito: E 
86. (2017/CS-UFG/DEMAE – GO/Procurador Autárquico) Nos termos da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, é da competência exclusiva do Congresso Nacional 
A) resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 
B) autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência 
exceder a vinte dias. 
C) decretar o estado de defesa e o estado de sítio. 
D) decretar e executar a intervenção federal. 
Comentários: 
A. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.49, I, CF/88. 
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B. Errado. Quando a ausência exceder a quinze dias. Art.49, III, CF/88. 
C. Errado. O Congresso Nacional aprova o estado de defesa e autoriza o estado de sítio. Art.49, IV, CF/88. 
D. Errado. O Presidente da República é quem decreta e executa a intervenção federal e o Congresso 
Nacional aprova a intervenção federal. Art.84, X, CF/88 e art.49, IV, CF/88. 
Gabarito: A 
 
87. (2017/CONSULPLAN/Prefeitura de Sabará – MG/Advogado) Cabe ao Congresso Nacional, com a 
sanção do Presidente da República, dispor sobre: 
A) Autorizar referendo e convocar plebiscito. 
B) Sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas. 
C) Apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 
D) O estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma 
dessas medidas. 
Comentários: 
A, C e D. Errado. São competências exclusivas do Congresso Nacional, depende da sanção do Presidente 
da República. Estão elencadas no art.49, XV, XII e IV, CF/88, respectivamente. 
B. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.48, I, CF/88. 
Gabarito: B. 
 
88. (2017/VUNESP/Câmara de Barretos – SP/Advogado) Assinale a alternativa que corresponda à 
previsão constitucional relacionada às atribuições da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
A) Compete à Câmara dos Deputados aprovar, previamente, por voto secreto, após arguição em sessão 
secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente. 
B)É competência privativa do Senado Federal a eleição dos membros do Conselho da República. 
C) É competência comum da Câmara dos Deputados e do Senado Federal aprovar, previamente, após 
arguição pública, a escolha de Governador de Território. 
D) É competência concorrente entre a Câmara dos Deputados e do Senado Federal dispor sobre limites e 
condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno. 
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E) Compete privativamente ao Senado Federal proceder à tomada de contas do Presidente da República, 
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa. 
Comentários: 
A. Errado. Competência privativa do Senado Federal. Art.52, IV, CF/88. 
B. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.52, XIV, CF/88. 
C. Errado. Competência privativa do Senado Federal. Art.52, III, c, CF/88. 
D. Errado. Competência privativa do Senado Federal. Art.52, VIII, c, CF/88. 
E. Errado. Competência privativa da Câmara dos Deputados. Art.51, II, CF/88. 
Gabarito: B. 
 
89. (2017/VUNESP/Câmara de Barretos – SP/Advogado) Suponha que Otelo, vereador do Município 
de Barretos, tenha viajado para o Município de Campinas para tratar de questões de interesse do 
município. Ocorre que, durante uma de suas falas em reunião de sessão legislativa com outros 
vereadores, Otelo ofende um dos vereadores do Município de Campinas, afirmando que este apoiou a 
corrupção. Nesse caso, sob a ótica das prerrogativas, direitos e imunidades asseguradas aos 
vereadores pela Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
A) Como os Vereadores também possuem imunidade formal, por aplicação analógica daquela assegurada 
aos Deputados e Senadores, eventual julgamento de Otelo deverá ocorrer perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
B) Por também possuir imunidade formal, Otelo somente poderá ser processado perante o Superior 
Tribunal de Justiça. 
C) Otelo possui tanto imunidade formal como material, razão pela qual não poderá ser processado, já que 
atuou no exercício do seu mandato. 
D) Por possuir imunidade material, Otelo não poderá ser processado, já que lhe é garantida a 
inviolabilidade por quaisquer de suas palavras, votos e opiniões. 
E) Muito embora possua imunidade material, Otelo não estará açambarcado por ela, pois esta somente 
seria aplicável por suas palavras, opiniões e votos no Município de Barretos. 
Comentários: 
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A, B e C. Errado. A Constituição não concedeu foro especial aos Vereadores. Vereadores não possuem 
imunidade formal, apenas imunidade material, ou seja, são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos 
no exercício do mandato e na circunscrição do município. 
D. Errado. Os Vereadores são julgados civil e penalmente pelo Tribunal de Justiça e pelo Tribunal do Júri 
quando praticam crimes dolosos contra a vida. 
E. Correto. Conforme art.29, VIII, CF/88. 
Gabarito: E 
 
90. (2017/Quadrix/CONTER/Advogado) Nos termos da Constituição, os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, nos casos de crime de responsabilidade, serão julgados pelo(a): 
A) Conselho Nacional de Justiça. 
B) Plenário do Supremo Tribunal Federal. 
C) Câmara dos Deputados. 
D) Senado Federal. 
E) Superior Tribunal de Justiça. 
Comentário: 
Competência privativa do Senado Federal, conforme art.52, II, CF/88,- “processar e julgar os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do 
Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade;”. 
Gabarito: D 
 
91. (2017/MPE-SP/MPE-SP/Promotor de Justiça) Vinte e oito Senadores da República Federativa do 
Brasil firmaram, em conjunto, requerimento para a instauração de Comissão Parlamentar de 
Inquérito, com o objetivo de investigar fato determinado, por prazo certo. Suponha que o Presidente 
da Casa Legislativa, em face de hipotético preceito constante do respectivo Regimento Interno, tenha 
determinado fosse o tema previamente submetido ao Plenário, sede em que a maioria dos Senadores 
votou contra a Instauração da CPI, o que levou ao arquivamento do pleito formulado. 
A propósito, é possível afirmar que a decisão de arquivamento encontra-se: 
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A) correta, vez que o Plenário é o órgão deliberativo máximo do Senado Federal, competindo-lhe decidir 
de forma soberana acerca de qualquer questão da alçada da Casa Legislativa que seja submetida a seu 
crivo, vinculando o Presidente. 
B) correta, pois a Constituição Federal confere ao Senado o poder de livremente dispor, em seu 
Regimento Interno, sobre a instauração e o funcionamento das Comissões Parlamentares de Inquérito, 
submetendo-se o Presidente, no caso, à decisão da maioria. 
C) incorreta, vez que o número de Senadores requerentes não atingiu o quórum mínimo previsto pela 
Constituição Federal, motivo por que a matéria sequer poderia ser submetida ao Plenário da Casa. 
D) incorreta, vez que, inexistindo óbice de outra natureza, é direito subjetivo das minorias parlamentares 
requererem a instauração de Comissões Parlamentares de Inquérito, vedando-se a interferência do 
Plenário no sentido de derrubar a iniciativa pelo critério da maioria. 
E) correta, vez que o número de Senadores requerentes não atingiu o quórum mínimo previsto pela 
Constituição Federal, motivo por que a respectiva remessa ao Plenário ocorreu exclusivamente em virtude 
da hipotética previsão regimental citada. 
Comentários: 
O STF entende que as CPIs são um direito das minorias. Por esse motivo, é suficiente e basta apenas o 
quorum de um terço (27 senadores ou 171 deputados) dos membros da Casa Legislativa, ou no caso de 
Comissão Mista, um terço dos membros de cada uma das Casas para ter a CPI instaurada. Ou seja, é 
inconstitucional que se estabeleça o requerimento de criação de CPI à deliberação pelo Plenário. 
Atendidos os requisitos constitucionais, deve a Casa instaurar a CPI, ainda que a maioria absoluta 
delibere em sentido contrário. Não cabe ao Presidente da Casa e nem ao Plenário fazer a apreciação de 
mérito acerca do objeto da investigação. MS 24831/DF, MS 24845/DF, MS 24846/DF. Por tudo exposto: 
Gabarito: D. 
 
92. (2017/FCC/TST/Juiz do Trabalho Substituto) Sobre a competência do Poder Legislativo e sobre a 
edição de medidas provisórias, é correto afirmar que 
A) é competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar referendo e convocar plebiscito. 
B) a matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada não 
poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, salvo por iniciativa de, no mínimo, um 
terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 
C) é constitucional a edição de medidas provisórias relativas a partidos políticos e a direito eleitoral. 
D) compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto aberto, após arguição 
pública, a escolha do Procurador-Geral da República. 
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E) compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por 3/5 de seus membros, a instauração de 
processo contra o Presidente da República e o Vice-Presidente da República. 
Comentários: 
A. Correto. Conforme art.49, XV, CF/88.B. Errado. É o Princípio da Irrepetibilidade Absoluta, segundo o art.60, §5º, CF/88, a matéria constante 
de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na 
mesma sessão legislativa. 
C. Errado. É vedada a edição de medida provisória que sobre matéria de direito eleitoral e partidos 
políticos. Art.62, §1º, I, a, CF/88. 
D. Errado. O voto é secreto. Art.52, III, e, CF/88. 
E. Errado. O quorum é de 2/3. Art.51, I, CF/88. 
Gabarito: A. 
93. (2017/VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos – SP/Procurador) Considerando as regras 
constitucionais acerca da imunidade parlamentar, a respeito da prisão processual de Deputado 
Federal, é correto afirmar que o parlamentar 
A) não poderá ser preso em flagrante, independentemente do crime que cometeu, devendo ser obtida a 
licença da respectiva Casa Legislativa para que possa ser processado criminalmente. 
B) poderá ser preso em flagrante, independentemente do crime que cometeu, mas deverá ser obtida a 
licença da respectiva Casa Legislativa para que possa ser processado criminalmente. 
C) poderá ser preso em flagrante se o crime cometido for inafiançável e a manutenção da prisão 
independerá de autorização da Câmara dos Deputados. 
D) poderá ser preso em flagrante, independentemente do crime cometido, mas a manutenção da prisão 
dependerá de autorização da respectiva Casa Legislativa no caso de crime afiançável. 
E) poderá ser preso em flagrante se o crime cometido for inafiançável, devendo os autos ser remetidos em 
24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 
Comentário: 
Desde a EC 35/2011, a instauração de processo criminal contra deputados e senadores independe de 
prévia autorização legislativa. Conforme art.53, §2, CF/88, desde a expedição do diploma, os membros do 
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os 
autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da 
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. Por tudo exposto: 
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Gabarito: E. 
 
94. (2017/VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos – SP/Procurador) Assinale a alternativa correta 
a respeito das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). 
A) São comissões destinadas a investigar fato certo, a serem instaladas por tempo indeterminado, mas 
devendo ser extintas com o término da respectiva legislatura. 
B) Serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, 
mediante requerimento de pelo menos dois terços de seus respectivos membros. 
C) De acordo com o que estabelece a Constituição Federal, não poderão ser criadas mais de uma CPI para 
apuração de um mesmo fato. 
D) Possuem poderes próprios das autoridades judiciais, podendo, inclusive, determinar quebra de sigilos 
bancário, fiscal e de dados. 
E) Têm competência para requerer a quebra de registros telefônicos pretéritos, determinar a 
interceptação telefônica de investigados e a busca e apreensão domiciliar. 
Comentários: 
A. Errado. CPIs apuram fato determinado e por prazo certo. Art.58, §3º, CF/88. 
B. Errado. O quorum para a instalação de uma CPI é de 1/3. Art.58, §3º, CF/88. 
C. Errado. As CPIs podem ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou 
separadamente. Art.58, §3º, CF/88. 
D. Correto. A quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico podem ser determinadas por CPI, não estando 
abrangidas por cláusula de reserva de jurisdição. MS 23454, Rel. Min. Marco Aurélio, 19.08.1999. 
E. Errado. CPIs não têm competência para determinar a interceptação telefônica e a busca e apreensão 
domiciliar, pois estão abrangidas pela cláusula de reserva de jurisdição, necessitam de ordem judicial. 
Gabarito: D. 
 
95. (2017/CESPE/CEBRASPE/Delegado de Polícia Substituto) De acordo com o entendimento dos 
tribunais superiores, a condenação criminal de um parlamentar federal em sua sentença transitada 
em julgado resultará na 
A) perda de seus direitos políticos, cabendo à casa legislativa a decisão acerca da manutenção de seu 
mandato legislativo. 
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B) suspensão de seus direitos políticos, mas a perda de seu mandato legislativo dependerá de decisão da 
Câmara dos Deputados. 
C) suspensão de seus direitos políticos, com a consequente perda automática de seu mandato. 
D) cassação de seus direitos políticos, o que levará também à perda automática de seu mandato 
legislativo. 
E) perda de seus direitos políticos, o que acarretará a perda automática de seu mandato legislativo. 
Comentários: 
Conforme art.55, VI e §2, CF/88, em caso de condenação criminal em sentença transitada em julgado, a 
perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria 
absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso 
Nacional, assegurada ampla defesa. Como a questão não faz menção se a condenação criminal foi em 
regime fechado e superior a 120 dias, não podemos extrapolar a resposta quanto ao entendimento do STF 
de que a perda do mandato será automática. Por tudo exposto: 
Gabarito: B. 
 
96. (2017/FCC/PC-AP/Delegado de Polícia) De acordo com o regime constitucional de proteção dos 
direitos fundamentais, 
A) o direito à inviolabilidade de domicílio abrange a casa em que o indivíduo mantém residência, mas não 
impede que a autoridade policial ingresse em estabelecimento profissional de acesso privativo, contra a 
vontade de seu proprietário, sendo desnecessária ordem judicial nesse caso. 
B) o sigilo bancário e o sigilo fiscal não podem ser afastados por ato de comissões parlamentares de 
inquérito, mas apenas por atos praticados por autoridades judiciais. 
C) as comissões parlamentares de inquérito podem determinar a interceptação telefônica de conversas 
mantidas entre pessoas por elas investigadas, desde que seja demonstrada a existência concreta de causa 
provável que legitime a medida excepcional, justificando a necessidade de sua efetivação, sem prejuízo de 
ulterior controle jurisdicional. 
D) é constitucional lei que autorize as autoridades e os agentes fiscais tributários examinar documentos, 
livros e registros de instituições financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou 
procedimento fiscal em curso, se tais exames forem considerados indispensáveis pela autoridade 
administrativa competente. 
E) a omissão do dever de informar o preso, no momento oportuno, do direito de ficar calado, gera mera 
irregularidade, não se impondo a decretação de nulidade e a desconsideração das informações 
incriminatórias dele obtidas. 
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Comentários: 
A. Errado. Segundo entendimento do STF, o conceito normativo de casa se estende a qualquer 
compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. HC 82788 
B. Errado. As CPIs têm competência para determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do 
investigado. MS 23454, Rel. Min. Marco Aurélio, 19.08.1999. 
C. Errado. CPIs não têm competência para determinar a interceptação telefônica, pois está abrangida pela 
cláusula de reserva de jurisdição, necessita de ordem judicial. 
D. Correto. Conforme entendimento do STF, “o Plenário da Corte decidiu pela constitucionalidade do art. 
6º da LC nº 105/01, o qual permite ao Fisco, conforme sejam preenchidos certos requisitos,requisitar 
diretamente às instituições financeiras informações sobre movimentações bancárias, o que não viola a 
isonomia, a capacidade contributiva nem o direito aos sigilos bancário e fiscal”. RE 599235 AgR 
E. Errado. Segundo o posicionamento do STF, a falta da advertência do direito ao silêncio implica em 
nulidade da audiência ou das provas obtidas. HC 80.949, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 
30/10/2001. A nulidade pode ser relativa ou absoluta, a depender do prejuízo causado. RHC 123890 AgR, 
HC 472683/ SC. 
Gabarito: D. 
 
97. (2017/FCC/PC-AP/Delegado de Polícia) Prefeito e Vereador de determinado Município 
participaram de congresso nacional sobre reforma política realizado em Município vizinho, no qual 
manifestaram opiniões divergentes a respeito da conveniência da reeleição para o cargo de Prefeito, 
ocasião em que se ofenderam mutuamente em público. Se a conduta moralmente ofensiva praticada 
por eles caracterizar crime comum, 
A) poderá ser responsabilizado penalmente o Prefeito, cabendo ao Tribunal de Justiça processá-lo e julgá-
lo, sendo que o Vereador não poderá ser responsabilizado penalmente, por gozar de imunidade 
parlamentar. 
B) poderá ser responsabilizado penalmente o Prefeito, cabendo ao Tribunal de Justiça processá-lo e julgá-
lo durante vigência do mandato, sendo que o Vereador também poderá ser responsabilizado penalmente, 
uma vez que vereadores, diferentemente de deputados federais, senadores e deputados estaduais, não 
gozam de imunidade. 
C) poderá ser responsabilizado penalmente o Prefeito, cabendo ao Tribunal de Justiça processá-lo e julgá-
lo durante vigência do mandato, sendo que o Vereador também poderá ser responsabilizado penalmente, 
uma vez que Vereadores não gozam de imunidade parlamentar fora da circunscrição do Município. 
D) poderá ser responsabilizado penalmente o Prefeito apenas após o término do mandato, sendo 
competente para processá-lo e julgá-lo o órgão judiciário estadual previsto na Constituição do Estado, que 
não necessariamente deve ser o Tribunal de Justiça, podendo o Vereador também ser responsabilizado 
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penalmente, uma vez que vereadores não gozam de imunidade parlamentar fora da circunscrição do 
Município. 
E) poderão ser responsabilizados penalmente o Prefeito e o Vereador apenas após o término dos 
respectivos mandatos, sendo possível, todavia, a responsabilização política de ambos durante o exercício 
dos mandatos eletivos. 
Comentário: 
A Constituição não concedeu foro especial aos Vereadores. Vereadores não possuem imunidade formal, 
apenas imunidade material, ou seja, são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do 
mandato e na circunscrição do município. Como o Prefeito praticou crime comum, a competência para 
processar e julgar é do Tribunal de Justiça. Art.29, X, CF/88 e Súmula 702 STF. 
Gabarito C. 
 
98. (2017/FAFIPA/Fundação Araucária – PR/Advogado) O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso 
Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Com relação às atribuições 
do Congresso Nacional e de suas casas legislativas, é CORRETO afirmar o seguinte: 
A) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração 
de processo contra o Presidente e Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado. 
B) Compete privativamente à Câmara dos Deputados suspender a execução, no todo ou em parte, de lei 
declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 
C) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias. 
D) Compete privativamente ao Congresso Nacional processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República nos crimes de responsabilidade. 
Comentários: 
A. Errado. Competência privativa da Câmara dos Deputados. Art.51, I, CF/88. 
B. Errado. Competência privativa do Senado Federal. Art.52, X, CF/88. 
C. Correto. Conforme texto constitucional. Art.49, III, CF/88. 
D. Errado. Competência privativa do Senado Federal. Art. 52, I, CF/88. 
Gabarito: C 
 
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99. (2017/BANPARÁ/BANPAR/Advogado) Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Após anos divergindo acerca do alcance da punição prevista no inciso III, do art. 87, da Lei nº 8.666/93 
(suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração), 
STJ e TCU, recentemente, consolidaram o entendimento no sentido de que tal sanção não produz efeitos 
somente em relação ao órgão ou ente federado que determinou a punição, mas a toda Administração 
Pública, ou seja, toda a administração direta e indireta, das três esferas de governo (Legislativo, Executivo 
e Judiciário). 
B) Em relação à Tomada de Contas Especial (TCE) é possível afirmar que, consoante o entendimento do 
Tribunal de Contas da União (TCU), os processos de TCE, junto ao TCU, que concluírem pela irregularidade 
das contas, culminarão com a imputação de débito e/ou multa ao responsável. Tal decisão final tem 
eficácia de título executivo extrajudicial, pelo quem nestes casos, desnecessária a emissão de Certidão de 
Dívida Ativa para que seja feita sua cobrança. 
C) A jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal entendeu que não poderá ser afastada a 
desapropriação de terra na qual foram cultivadas plantas psicotrópicas, nem em casos onde se comprove 
que o proprietário não teve culpa em tal plantio. Trata-se de exigir, do proprietário, a responsabilidade 
pela fiscalização do uso correto de sua propriedade e de sua função social. 
D) A legislação federal estabelece a possibilidade de que os bens do domínio dos Estados, Municípios, 
Distrito Federal e Territórios possam ser desapropriados pela União; os bens do domínio dos Municípios 
possam ser desapropriados pelos Estados, e, em casos excepcionais, os bens do domínio da União possam 
ser desapropriados, mas apenas pelos Estados. 
Comentários: 
A. Errado. STJ e TCU até o presente momento, ainda não consolidaram entendimento. O STJ entende 
que a suspensão temporária de participação em licitação se aplica a toda a administração pública 
enquanto que o TCU entende que a sansão incide apenas ao órgão ou entidade contratante. MS 
19.657/DF, Acórdão 2.962/2015- Plenário. 
B. Correto. Conforme art.71, §3º, CF/88, “as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou 
multa terão eficácia de título executivo”. 
C. Errado. Conforme o STF, no RE 635336, entendeu que “a expropriação prevista no art. 243 da CF pode 
ser afastada, desde que o proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in 
eligendo”. 
D. Errado. Conforme entendimento do STF, “ a União pode desapropriar bens dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e dos territórios e os Estados, dos Municípios, sempre com autorização legislativa 
específica. A lei estabeleceu uma gradação de poder entre os sujeitos ativos da desapropriação, de modo a 
prevalecer o ato da pessoa jurídica de mais alta categoria, segundo o interesse de que cuida: o interesse 
nacional, representado pela União, prevalece sobre o regional, interpretado pelo Estado, e este sobre o 
local, ligado ao Município, não havendo reversão ascendente; os Estados e o Distrito Federal não podem 
desapropriar bens da União, nem os Municípios, bens dos Estados ou da União”. Decreto-lei nº 3.365/41, 
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180art. 2º, § 2º ( STF RE 172816, Relator Ministro Paulo Brossard, Tribunal Pleno, julgamento em 
9.2.1994, DJ de 13.5.1994) 
Gabarito: B. 
 
100. (2017/VUNESP/Câmara de Sumaré – SP/Procurador Jurídico) Ao tratar sobre o exercício da 
função dos parlamentares e reconhecer algumas prerrogativas, impedimentos e incompatibilidades, a 
Constituição Federal prevê que 
A) os deputados e senadores empossados poderão ser titulares de mais de um cargo ou mandato público 
eletivo. 
B) as imunidades de deputados ou senadores podem ser suspensas, a qualquer tempo, mediante o voto de 
dois terços dos membros da Casa respectiva, caso verificada a quebra de decoro parlamentar. 
C) a renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, se 
protocolada antes da decisão final, culminará no encerramento do processo. 
D) os deputados e senadores poderão perder o mandato caso deixem de comparecer à terça parte das 
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo no caso de licença ou missão por esta autorizada. 
E) o Deputado ou o Senador licenciado, com remuneração, pela respectiva Casa, por motivo de doença, ou 
para tratar de interesse particular, não perderá o seu mandato, desde que, neste caso, o afastamento não 
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
Comentários: 
A. Errado. Os Deputados e Senadores não poderão, desde a posse, ser titulares de mais de um cargo ou 
mandato público eletivo. Art.54, II, d, CF/88. 
B. Errado. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo 
ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos 
praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 
Art.53, §8º, CF/88 
C. Errado. A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, 
nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. 
Art. 55, §4º, CF/88. 
D. Correto. Literalidade do texto constitucional. Art.55, III, CF/88. 
E. Errado. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador licenciado pela respectiva Casa por motivo de 
doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento 
não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. Art.56, II, CF/88. 
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Gabarito: D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUESTÕES 
1. (2019/CESPE/TCE-RO/Procurador do Ministério Público de Contas) No município X, emancipado 
politicamente em 2016, as contas da prefeitura foram publicadas em jornal local e afixadas no mural 
da câmara municipal, onde permaneceram por quarenta dias. Em sessão plenária da câmara de 
vereadores, as despesas do prefeito foram mencionadas e questionadas por um cidadão com 
domicílio eleitoral em outro município. 
Considerando o exercício do controle da atuação administrativa na situação hipotética apresentada, julgue 
os itens seguintes. 
I A atitude do referido cidadão encontra amparo legal, pois está no limite do prazo regulamentar de exame 
e apreciação das contas, portanto, a reinvindicação deve ser recepcionada pelo Poder Legislativo local. 
II É lícito o município ter um conselho de contas municipal; na situação em apreço, cabe a esse conselho 
apreciar as contas do prefeito, e à câmara municipal julgá-las. 
III A câmara municipal poderá desconstituir o parecer do controle externo e julgar as contas do prefeito 
segundo a sua vontade, respeitados os preceitos legais. 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas o item II está certo. 
B) Apenas o item III está certo. 
C) Apenas os itens I e II estão certos. 
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D) Apenas os itens I e III estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
 
2. (2019/CESPE/MPC-PA/Procurador de Contas) De acordo com a CF, assinale a opção correta. 
A) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do TCU, de modo 
subordinado ao Poder Legislativo. 
B) Com o advento da CF, o controle exercido sobre a gestão pública restringiu-se ao aspecto da legalidade. 
C) As decisões administrativas provenientes dos tribunais de contas estão sujeitas ao controle 
jurisdicional. 
D) As decisões administrativas provenientes dos tribunais de contas não têm natureza vinculatória ante a 
administração pública. 
E) O TCU é um órgão vinculado à estrutura dos três poderes. 
 
3. (2019/CESPE/MPC-PA/Procurador de Contas) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta será exercida 
A) pelo Congresso Nacional, somente. 
B) pelo sistema de controle de cada entidade, somente. 
C) pelos tribunais de conta de cada estado. 
D) pelo Congresso Nacional e pelo sistema de controle de cada entidade. 
E) pelo TCU. 
 
4. (2019/FCC/MPE-MT/Promotor de Justiça Substituto) Os membros do Conselho Nacional de Justiça 
são processados e julgados pelo Senado Federal nos crimes comuns e de responsabilidade. 
 
5. (2019/FCC/MPE-MT/Promotor de Justiça Substituto) O Presidente da Câmara dos Deputados, na 
vigência do seu mandato, não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício da sua 
função. 
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6. (2019/FCC/MPE-MT/Promotor de Justiça Substituto) Com exceção de processos em que se apurem 
eventuais práticas de crime, os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que 
lhes confiaram ou deles receberam informações. 
 
7. (2019/VUNESP/Prefeitura de Ribeirão Preto/Procurador) Analise as seguintes situações: 
I. Bartolomeu, vereador do Município de Ribeirão Preto, está no interior da Câmara Municipal de sua 
circunscrição discutindo um projeto de lei e, após ser provocado por Ramiro, também vereador, o chama 
de “incompetente e ladrão”; 
II. Raimunda, vereadora do Município de São Paulo, está no Município de São José dos Campos a serviço 
da Câmara Legislativa e, em discurso acalorado na Câmara deste Município (São José), exacerba-se e 
afirma que todos os parlamentares da localidade são corruptos. 
A partir dos casos mencionados e considerando o tema das imunidades parlamentares conferidas aos 
Vereadores, assinale a alternativa correta. 
A) Bartolomeu e Raimunda terão reconhecida a imunidade material para ações civis e penais por conta de 
suas falas. 
B) Bartolomeu e Raimunda terão reconhecida a imunidade material para eventuais ações civis ou penais e, 
por gozarem de imunidade formal, o seu julgamento se dará obrigatoriamente perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
C) Apenas Raimunda terá direito à imunidade formal, o que significa dizer que ela poderá ser julgada 
somente pelo Superior Tribunal de Justiça. 
D) Bartolomeu e Raimunda não possuirão imunidade material ou formal, já que as suas falas não possuem 
relação com o mandato. 
E) Apenas Bartolomeu não poderá ser processado criminalmente ou civilmente por sua opinião, já que a 
imunidade material de vereadores se limita exclusivamente à sua circunscrição e exige pertinência com o 
mandato. 
 
8. (2019/MPE-SC/MPE-SC/Promotor de Justiça) O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, cabendo a tais comissões, em razão da matéria de sua competência, 
discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do plenário,salvo 
se houver recurso de um décimo dos membros da Casa. 
 
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9. (2019/CEV-URCA/Prefeitura de Mauriti/Advogado) A imunidade parlamentar terá vigência a partir: 
A) Da eleição. 
B) Do registro da candidatura. 
C) Da posse. 
D) Do início da legislatura. 
E) Da expedição do diploma. 
 
10. (2019/CESPE/PGM - Campo Grande/Procurador Municipal) Compete privativamente ao Senado 
Federal avaliar periodicamente o desempenho das administrações tributárias dos municípios. 
 
11. (2019/CESPE/Prefeitura de Boa Vista/Procurador Municipal) Cabe ao Congresso Nacional o 
exercício do controle externo dos atos administrativos de concessões e permissões de emissoras de 
rádio e televisão. 
 
12. (2019/VUNESP/Prefeitura de Arujá/Advogado) A partir do quanto preceituado pela Constituição 
Federal de 1988 a respeito das prerrogativas, imunidades e incompatibilidades concernentes aos 
parlamentares, assinale a alternativa correta. 
A) Os deputados e senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um 
cargo eletivo. 
B) Perderá o mandato o deputado ou senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a um 
quarto das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada. 
C) A investidura de um deputado ou senador no cargo de Ministro de Estado implicará automaticamente 
na sua renúncia ao cargo eletivo e, consequentemente, no preenchimento de sua vaga pelo suplente. 
D) Os deputados e senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
E) Caso seja investido no cargo de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, um deputado ou senador 
receberá, cumulativamente, a remuneração por ambas as funções. 
 
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13. (2019/NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba/Procurador) O Poder Legislativo brasileiro possui um 
conjunto de regras de organização bastante detalhado na Constituição da República. Considerando 
tal regime jurídico, assinale a alternativa correta. 
A) O Congresso Nacional é a pessoa jurídica de Direito público ao qual foi atribuída a competência 
legislativa federal. 
B) Cada legislatura tem duração anual. 
C) É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou 
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 
D) É da competência exclusiva da Câmara dos Deputados julgar anualmente as contas da Presidência da 
República. 
E) Os deputados e senadores são invioláveis civil e administrativamente por quaisquer de suas opiniões, 
palavras ou votos, nesses casos podendo apenas ser responsabilizados penalmente. 
 
14. (2019/VUNESP/TJ-AC/Juiz de Direito Substituto) Considerando o disposto na Constituição Federal 
no tocante às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), à luz do direito pátrio vigente, assinale a 
alternativa correta. 
A) Diferentemente do entendimento que se aplica às CPIs em âmbito federal, uma CPI estadual não pode 
requerer a quebra de sigilo de dados bancários do investigado. 
B) As ações de mandado de segurança e de habeas corpus impetradas contra CPIs não se extinguem em 
virtude da conclusão dos seus trabalhos investigatórios se não aprovado seu relatório final. 
C) A CPI tem poderes para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que 
essa diligência não se efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares. 
D) Tem competência a CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, como medida 
de instrução a embasar futura medida cautelar perante o Poder Judiciário. 
 
15. (2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado) A fiscalização orçamentária e financeira desempenhada pelo 
TCU alcança a possibilidade legal de revisão preventiva e prévia da validade de contratos 
administrativos celebrados pelo Poder Público. 
 
16. (2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado) É vedado aos tribunais de contas, que são estranhos à 
estrutura do Poder Judiciário, realizar controle de constitucionalidade. 
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17. (2019/Quadrix/CRA-PR/Advogado) Não colide com as atribuições do TCU a competência da 
Controladoria‐Geral da União de fiscalizar, internamente, a aplicação de verbas federais provenientes 
do orçamento do Executivo. 
 
18. (2019/FCC /AFAP/Advogado) Nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil e da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as comissões parlamentares de inquérito 
A) podem, por conta de seus poderes de investigação, determinar busca e apreensão domiciliar. 
B) podem requerer quebra do sigilo bancário, por se tratar de competência sujeita à cláusula de reserva de 
jurisdição. 
C) têm como limite intransponível de duração o termo final da legislatura em que foram constituídas, em 
razão da necessidade de desenvolverem seus trabalhos por prazo certo. 
D) terão poderes de investigação próprios das autoridades policiais, além de outros previstos nos 
regimentos das respectivas Casas, e serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em 
conjunto ou separadamente. 
E) poderão adotar medidas restritivas de direitos por determinação de seu presidente, 
independentemente de deliberações dos membros da Comissão. 
 
19. (2019/IADES/AL-GO/Procurador) Conforme disposto na Constituição Federal de 1988, o 
Congresso Nacional e as respectivas Casas terão comissões permanentes constituídas na forma e com 
as atribuições previstas no próprio regimento ou no ato de que resultar a respectiva criação. A 
respeito de tais comissões permanentes, assinale a alternativa correta. 
A) A Constituição Federal confere às comissões permanentes iniciativa privativa para apresentação de 
projetos de lei acerca de determinadas matérias. 
B) Às comissões permanentes cabe, independentemente da matéria da respectiva competência, solicitar 
depoimento de qualquer autoridade ou cidadão. 
C) As deliberações das comissões permanentes, salvo disposição constitucional em contrário, serão 
tomadas por maioria dos votos, presentes, no mínimo, um terço dos respectivos membros. 
D) Embora seja assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos 
blocos parlamentares na constituição de cada comissão, tal garantia não se aplica na constituição das 
Mesas das Casas do Congresso Nacional. 
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E) A Constituição Federal atribuiu ao Regimento Interno de cada Casa do Congresso Nacional a 
possibilidade de prever situações excepcionais nas quais não se aplica o princípio da reserva de plenário, 
permitindo a discussão e a votação, em caráter final, de projetos de lei nas comissões, salvo se houver 
recurso de um décimo dos membros da respectiva Casa. 
 
20. (2019/IADES/AL-GO/Procurador) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, na 
legislação federal específica e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, acerca da criação e do 
funcionamento das comissões parlamentares de inquérito no âmbito das Assembleias Legislativas 
(CPI estadual), assinale a alternativa correta. 
A) Em função do princípio federativo, a CPI estadual não pode convidar autoridade federal para prestar 
depoimento. 
B) Para a constituição válida da CPI estadual, é necessário haver correlação entreo respectivo objeto e a 
competência conferida constitucionalmente à Assembleia Legislativa. 
C) Em relação às deliberações tomadas pela CPI estadual, vigora o princípio da colegialidade, embora 
algumas decisões urgentes relacionadas ao poder geral de cautela, como a indisponibilidade de bens dos 
investigados, possam ser definidas de forma isolada pelo presidente da CPI. 
D) Em função do requisito da temporariedade, o prazo de funcionamento da CPI estadual, embora possa 
ser prorrogado, não pode ultrapassar a sessão legislativa em curso, na qual a CPI estadual tenha sido 
criada. 
E) As conclusões da CPI estadual, após deliberação plenária da Assembleia Legislativa, serão 
encaminhadas para as devidas providências, entre outros órgãos, ao Ministério Público. 
 
21. (2018/VUNESP/Prefeitura de Pontal/Procurador) A Câmara dos Deputados compõe-se de 
representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no 
Distrito Federal. Dessa forma, é correto afirmar que 
A) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei ordinária, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no 
ano subsequente às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de dez ou 
mais de setenta Deputados. 
B) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos 
de oito ou mais de setenta Deputados. 
C) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado, será estabelecido por lei 
complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, regularmente 
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nos anos das eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de seis ou mais de 
sessenta Deputados. 
D) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado, será estabelecido por lei 
ordinária, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano da eleição, para 
que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de cinco ou mais de sessenta Deputados. 
E) o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos 
de sete ou mais de setenta Deputados. 
 
22. (2018/INAZ do Pará/FunGota de Araraquara – SP/Advogado) “É a subtração da responsabilidade 
penal, civil, disciplinar ou política do parlamentar, por suas opiniões, palavras e votos. Trata-se de 
cláusula de irresponsabilidade geral de Direito Constitucional material e garante que o congressista 
exerça a sua atividade com a mais ampla liberdade de manifestação. A isenção de responsabilidade é 
total, não podendo o parlamentar responder por qualquer dos chamados delitos de opinião (calúnia, 
injúria, difamação, desacato...). Refere-se somente a atos funcionais, ainda que não exercidos 
exclusivamente no âmbito do Congresso Nacional. ” (BAHIA, Flavia. Descomplicando Direito 
Constitucional. 3 ed. Recife: Editora Armador, 2017) 
Assinale das alternativas o enunciado acima se refere: 
A) Imunidade formal 
B) Prerrogativa de foro 
C) Imunidade material 
D) Imunidade em estado de sítio 
 
23. (2018/Quadrix/CRM-PR/Advogado) Em que pese ostentem poderes investigatórios próprios de 
autoridade policial, as CPIs não podem acessar inquérito ainda sob sigilo, evitando-se, com isso, o 
vazamento de informações por vezes sensíveis. 
 
24. (2018/Quadrix/CRM-PR/Advogado) As CPIs somente podem existir validamente para a apuração 
de fato específico, determinado, concreto, individual, com precisão material e que seja de interesse 
público, vedada a investigação de fatos múltiplos que ampliem demasiadamente o escopo dos 
trabalhos. 
 
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25. (2018/Quadrix/CRM-PR/Advogado) As CPIs podem encaminhar suas conclusões não apenas ao 
Ministério Público, mas também à advocacia pública e a outros órgãos de controle para que, dentro 
de suas searas de competência, possam aprofundar as operações e, eventualmente, pleitear a 
responsabilização de agentes. 
 
26. (2018/FCC/DPE-MA/Defensor Público) A avaliação periódica da funcionalidade do Sistema 
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações 
tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios, compete 
A) ao Presidente da República. 
B) à Câmara dos Deputados. 
C) às Assembleias dos Estados. 
D) ao Senado Federal. 
E) à Comissão de Finanças e Orçamento do Congresso Nacional. 
 
27. (2018/FCC/DPE-MA/Defensor Público) São características das comissões parlamentares de 
inquérito, no âmbito federal: 
A) temporariedade; criação por requerimento de pelo menos um terço do total de membros da Casa; 
poder de requerer a audiência de Ministros de Estado. 
B) função atípica do Estado; não necessitar de objeto de investigação definido, podendo iniciar com 
diligências para delimitá-lo; poder de requerer a audiência de Deputados e Senadores, mas não de 
Ministros, exceto se autorizado pelo Presidente da República. 
C) investigar fatos relacionados às atribuições fiscalizatórias da Casa; poder requerer audiência de 
autoridades municipais; não possuir prazo definido para conclusão dos trabalhos. 
D) não possuir prazo definido para a conclusão dos trabalhos; criação por requerimento de pelo menos um 
terço do total de membros da Casa; poder de requerer a audiência de Ministros de Estado. 
E) criação por requerimento de pelo menos metade mais um do total de membros da Casa; 
temporariedade; poder de requerer a audiência de Deputados e Senadores, mas não de Ministros, exceto 
se autorizado pelo Presidente da República. 
 
28. (2018/VUNESP/TJ-MT/Juiz Substituto) No tocante ao Poder Legislativo, a Constituição Federal 
estabeleceu que as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) terão poderes de investigação 
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próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. 
Nesse sentido, portanto, no que diz respeito às CPIs, assinale a alternativa correta. 
A) Com base no seu poder geral de cautela, as CPIs podem decretar a indisponibilidade de bens do 
indiciado. 
B) As CPIS têm poderes para quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados, inclusive telefônico do indiciado. 
C) As CPIs têm poderes para impor medida judicial determinando a proibição do indiciado deixar o 
território nacional. 
D) É garantido ao indiciado o direito de contar com a presença de seu advogado durante seu interrogatório 
na CPI, mas o causídico não pode intervir no curso do depoimento. 
E) A decretação de prisão pelas CPIs somente se admite no caso de crime em estado de flagrância. 
 
29. (VUNESP/Prefeitura de São Bernardo do Campo/Procurador) Compete privativamente ao Senado 
Federal: 
A) conferir condecorações e distinções honoríficas, eleger membros do Conselho da República e elaborar 
seu regimento interno. 
B) aprovar, por maioria absoluta e por voto aberto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da 
República antes do término de seu mandato. 
C) proceder à tomadade contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
D) permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente. 
E) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus 
componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal 
e dos Municípios. 
 
30. (2018/FAUEL/AGEPAR/Advogado) O Art. 52 da Constituição Federal estabelece que compete 
privativamente ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Acerca da mais recente 
interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal sobre o tema, é correto afirmar que: 
A) A suspensão da execução, pelo Senado, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal, é requisito indispensável para que os efeitos da decisão tenha efeito vinculante 
e eficácia erga omnes. 
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B) A decisão de inconstitucionalidade operada em sede de controle incidental de inconstitucionalidade 
pelo Supremo Tribunal Federal é dotada de eficácia erga omnes e efeito vinculante, de modo que o 
Senado tem apenas o papel de dar publicidade à decisão, mas os efeitos transcendentes do decidido dele 
não dependem. 
C) Não pode o Supremo Tribunal Federal, sequer por mutação constitucional, extrapolar os limites 
semântico-gramaticais da Constituição Federal, sendo inadmissível interpretação que, em sede de 
controle incidental de constitucionalidade, reduza o papel do Senado Federal a mero órgão publicador, em 
razão da literalidade do Art. 52 da Carta Magna. 
D) A decisão do Supremo Tribunal Federal que declara a inconstitucionalidade de uma lei tem eficácia erga 
omnes e efeito vinculante somente em sede de controle abstrato de constitucionalidade. 
 
31. (2020/FUNDATEC/Câmara de Imbé – RS Advogado) De acordo com o que estabelece a 
Constituição Federal, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, 
sistema de controle interno com a finalidade de: 
I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e 
dos orçamentos dos Municípios, Estados e da União. 
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado. 
III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres dos 
Municípios, Estados e da União. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas I e II. 
D) Apenas I e III. 
E) Apenas II e III. 
32. (2020/FAUEL/Câmara de Apucarana – PR/Advogado) Assinale a alternativa CORRETA, 
considerando a Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal Federal: 
A) O Poder Legislativo estadual tem a prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, 
precárias e efêmeras (prisões preventivas, por exemplo), cujo teor resulte em afastamento ou limitação da 
função parlamentar. 
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B) Em que pese a Constituição Federal não ter assegurado aos vereadores imunidade material, outorgou-
lhes foro especial, garantindo que sejam julgados perante o Tribunal de Justiça. 
C) Uma vez atribuída aos Tribunais de Justiça a competência para o julgamento dos prefeitos pela prática 
de crimes comuns, aí incluídos os crimes de responsabilidade próprios (art. 1º do DL 201/1967), incumbe a 
essas Cortes definir, em seus respectivos regimentos, o órgão interno responsável pela instrução e 
julgamento dessas ações. 
D) O total da despesa com a remuneração dos vereadores e servidores do Poder Legislativo não poderá 
ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do município. 
 
33. (2020/UFPR/Câmara de Curitiba – PR/Procurador Jurídico) Não há como aceitar que as Cortes de 
Contas brasileiras, pela própria estrutura organizacional conferida pela Constituição, integrem o 
Poder Judiciário. Por outro lado, o seu mero enquadramento ao lado de tribunais administrativos 
comuns (mencione-se os Tribunais Tributários existentes na órbita da Administração) não condiz com 
a estatura constitucional que foi conferida à Corte. (CABRAL, Flávio Garcia. O Tribunal de Contas da 
União na Constituição Federal de 1988, 2014.) 
Levando em consideração o assunto proposto, assinale a alternativa correta. 
A) Segundo o texto da Constituição Federal, os Tribunais de Contas estão incluídos na estrutura orgânica 
do Poder Judiciário. 
B) É compatível com a posição do autor a tese de que os Tribunais de Contas não pertencem à estrutura 
orgânica dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, possuindo autonomia constitucional especial. 
C) Infere-se do texto que o autor entende o Tribunal de Contas como um órgão integrante da estrutura do 
Poder Legislativo, haja vista não pertencer ao Judiciário nem ao Poder Executivo. 
D) A estatura constitucional da Corte de Contas referida no texto diz respeito primordialmente ao 
conjunto de atribuições destinadas ao controle interno da Administração Pública, com a finalidade de 
verificar o cumprimento das metas do plano plurianual e o acompanhamento da execução dos programas 
de governo. 
E) O autor refere-se em seu texto apenas ao Tribunal de Contas da União, haja vista que a Constituição 
Federal reconhece o princípio da plena autonomia organizacional e funcional dos Tribunais de Contas dos 
Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. 
34. (2020/Instituto/Prefeitura de Santo Antônio do Sudoeste – PR/Advogado) Conforme disposto na 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Do Poder Legislativo, assinale a alternativa 
incorreta. 
A) Se tratando de senado federal, a representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de 
quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. 
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B) Cada Senador será eleito com um suplente. 
C) Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. 
D) O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal. 
 
35. (2020/IBADE/Câmara de São Felipe D'Oeste – RO/Advogado) Com base nas informações contidas 
na CF sobre o Poder Legislativo, no que tange às fiscalizações contábil, orçamentária e financeira, a 
opção correta é: 
A) apoia o controle interno no exercício da sua missão institucional. 
B) o controle externo possui como uma das suas finalidades exercer o controle de operações de crédito, 
débitos, avais e garantias. 
C) os ministros do TCU serão nomeados entre brasileiros natos que possuam idade entre 25 a 32 anos. 
D) o controle interno exerce o controle de operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres da União. 
E) representa o Poder competente sobre quaisquer irregularidades investigadas. 
 
36. (2020/IBADE/Prefeitura de Vila Velha – ES/Procurador) De acordo com a Constituição Federal do 
Brasil, compete ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República: 
A) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do PoderExecutivo, incluídos 
os da administração indireta. 
B) autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e 
lavra de riquezas minerais. 
C) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. 
D) aprovar, previamente, a alienação ou concessão e terras públicas com área superior a dois mil e 
quinhentos hectares. 
E) dispor sobre fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observando os ditames 
constitucionais. 
 
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37. (2020/MPT/MPT/Procurador do Trabalho) Examine as seguintes assertivas acerca das 
prerrogativas e vedações parlamentares: 
I – Em tema de responsabilização civil de parlamentar, na hipótese de as declarações ofensivas à honra da 
pessoa terem sido assacadas no recinto da Casa Legislativa, notadamente da tribuna parlamentar, já 
decidiu o Supremo Tribunal Federal pelo reconhecimento da natureza absoluta da imunidade material. 
II – Mesmo antes da Emenda Constitucional nº 35/2001, que alterou a redação do artigo 53, caput, da 
Constituição de 1988, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal já reconhecia que a regra imunizante 
abrangia a exclusão de ilicitude do tipo penal e vedava a responsabilização civil do parlamentar por ato 
que, nessa exclusiva condição, tivesse praticado. 
III – O princípio da unidade de legislatura reveste-se de efeito preclusivo em tema de cassação de mandato 
eletivo, representando obstáculo constitucional a que as Casas Legislativas venham, por fatos anteriores à 
legislatura em curso, a instaurar procedimento de caráter político-administrativo, destinado a viabilizar a 
decretação da perda do mandato. 
IV – As incompatibilidades dos parlamentares podem ser classificadas em funcionais, contratuais, políticas 
e temporais. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
B) Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
C) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
D) Todas as assertivas estão corretas. 
 
38. (2020/MPT/MPT/Procurador do Trabalho) Analise as assertivas abaixo: 
I - São brasileiros naturalizados os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que 
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. 
II - São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a idade de 21 anos, pela nacionalidade brasileira, pois a 
opção, por decorrer da vontade, tem caráter personalíssimo. Exige-se, então, que o optante tenha 
capacidade plena para manifestar a sua vontade. 
III - Os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, de Presidente da Câmara dos Deputados, de 
Presidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira diplomática, de Ministro 
de Estado da Defesa e de oficial das Forças Armadas são privativos de brasileiro nato. 
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IV - A competência da Justiça do Trabalho alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias 
relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. 
B) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. 
C) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. 
D) Apenas as assertivas III e IV estão corretas. 
 
39. (2020/VUNESP/AVAREPREV-SP/Procurador Jurídico) Assinale a alternativa que contempla, 
corretamente, uma atribuição do Tribunal de Contas da União. 
A) Fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União a Estado, ao Distrito Federal ou a Município. 
B) Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. 
C) Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. 
D) Apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. 
E) Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal na administração, incluindo nomeações para 
cargos em comissão. 
 
40. (2020/VUNESP/AVAREPREV-SP/Procurador Jurídico) Segundo o disposto na Constituição Federal, 
na hipótese de o Tribunal de Contas da União se deparar com um contrato administrativo que 
entenda ilegal, o órgão de contas 
A) mandará sustá-lo de imediato e tomará as medidas cabíveis contra o gestor do contrato. 
B) intimará o órgão público responsável para suspender a sua execução no prazo de 30 dias. 
C) deverá assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei. 
D) remeterá cópias ao Ministério Público para que este tome as medidas para a sua sustação. 
E) não poderá sustá-lo, uma vez que o ato de sustação deve ser adotado diretamente pelo Congresso 
Nacional. 
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41. (2020/FCC/TJ-MS/Juiz Substituto) A Câmara Municipal de uma Capital estadual pretende instalar 
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possível ilicitude na conduta de empresas 
que, embora prestem serviço na Capital, recolhem o Imposto sobre Serviços em Município vizinho, 
onde tais empresas têm filiais, e no qual a alíquota incidente sobre a base de cálculo do imposto é 
menor, prática que, entendem os Vereadores, tem redundado em sonegação fiscal vultosa, causadora 
de prejuízos à Prefeitura da Capital. Nesse caso, considerada a disciplina da matéria na Constituição 
Federal e a jurisprudência pertinente do Supremo Tribunal Federal, 
A) se instalada, a CPI estará impedida de exigir informações contábeis das empresas investigadas, por não 
dispor de poderes para determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal das empresas contribuintes 
investigadas, ambas matérias sujeitas à reserva jurisdicional. 
B) os atos de investigação da CPI estarão sujeitos a controle jurisdicional, mediante provocação dos 
interessados, inclusive por meio de mandado de segurança, em defesa de direito líquido e certo próprio, 
não se aplicando, nessa hipótese, a regra da prejudicialidade por perda de objeto, ainda que haja a 
extinção da CPI em virtude da conclusão dos trabalhos investigatórios. 
C) para ser instalada, a CPI dependerá do requerimento de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara 
dos Vereadores, sujeitando-se ainda a eventual aprovação do Plenário, caso assim previsto na Lei 
Orgânica municipal ou Regimento Interno do órgão legislativo respectivo. 
D) para seu funcionamento, a CPI estará sujeita ao prazo determinado em seu ato de instalação, admitidas 
prorrogações, igualmente determinadas e devidamente justificadas, dentro da legislatura respectiva, 
cabendo-lhe, se for o caso, o encaminhamento de suas conclusões ao Ministério Público, para promoção 
da responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
E) a CPI não poderá ser instalada, uma vez que o objeto de investigação não se insere dentro das 
competências do Município, mas sim do Estado, seja por recair sobre conduta que extrapola os limites 
territoriais municipais, seja por existir suspeita da prática de crime, sujeita, portanto, à investigação e 
persecução penal. 
 
42. (2020/VUNESP/Prefeitura de São Roque – SP/Advogado) A respeito dos Tribunais de Contas, de 
acordo com a Constituição Federal e com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a 
alternativa correta. 
A) O Tribunal de Contas da União não possui competência

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