Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 4 
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO 5 
2.1 CONCEITO MATERIAL 5 
2.2 CONCEITO FORMAL 5 
2.3 CONCEITO SOCIOLÓGICO 5 
2.4 CONCEITO JURÍDICO 5 
2.5 CONCEITO POLÍTICO 6 
2.6 CONTEÚDO 6 
2.7 ALTERABILIDADE 6 
2.8 FORMA 6 
2.9 EXTENSÃO 6 
2.10 MODO DE ELABORAÇÃO 7 
2.11 ORIGEM 7 
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 8 
PODER CONSTITUINTE 10 
4.1 PODER CONSTITUINTE ORIINÁRIO 10 
4.2 PODER CONSTITUINTE DERIVADO 11 
4.2.1 Poder Constituinte derivado reformador 11 
4.2.2 Poder Constituinte Derivado Recorrente 12 
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 13 
5.1 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO 13 
5.2 PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO 13 
5.3 PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS 13 
5.4 PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO 14 
5.5 PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA 14 
5.6 PRINCÍPIO DO EFEITO INTEGRADOR 14 
5.7 PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA OU HARMONIZAÇÃO 14 
5.8 PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE OU DA EFICIÊNCIA (INTERVENÇÃO 
EFETIVA) 14 
5.9 PRINCÍPIO DA CONFORMIDADE FUNCIONAL OU JUSTEZA 15 
5.10 PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 15 
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO 16 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 17 
7.1 ESPÉCIES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS 18 
7.2 DIMENSÕES DOS DIREITO FUNDAMENTAIS 18 
7.3 CARACTERÍSTICAS 19 
7.3.1 Universalidade 20 
7.3.2 Historicidade 20 
7.3.3 Indivisibilidade 20 
7.3.4 Imprescritibilidade / inalienabilidade 20 
7.3.5 Relatividade 21 
7.3.6 Inviolabilidade 21 
7.3.7 Complementariedade 21 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
7.3.8 Efetividade 21 
7.3.9 Interdependência 21 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 22 
8.1 DIVISÃO DA FEDERAÇÃO 24 
8.2 SISTEMAS DE GOVERNO 27 
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR 29 
9.1 LEIS DE INICIATIVA POPULAR 29 
9.2 PLEBISCITO E REFERENDO 29 
9.3 HISTÓRICO DE REFERENDOS E PLEBISCITOS NO BRASIL 30 
AVALIAÇÃO Erro! Indicador não definido. 
REFERÊNCIAS 32 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
4 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
01 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
De início, o Grupo INTRA-EAD deseja aos seus alunos sucesso nos estudos e um excelente 
aprendizado. O presente material visa um estudo introdutório sobre Direito Constitucional, 
apresentando noções gerais e os principais conceitos que compõe o tema. 
O Direito como um todo constitui um sistema normativo reflexo de uma apresentação 
histórico-cultural da realidade. Este sistema pode ser dividido didaticamente em unidades 
estruturais que contemplam diferentes aspectos normativos da realidade. A doutrina os 
denomina ramos da ciência jurídica. O Direito Constitucional constitui um destes ramos, 
pertencendo à subdivisão do direito denominada Direito Público Fundamental, pois abrange a 
organização e o funcionamento do Estado como um todo. 
José Afonso da Silva, renomado doutrinador Brasileiro, assim define o Direito Constitucional: 
“(...) ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios fundamentais 
do Estado.”1 
Nas palavras do mestre Paulo Mascarenhas, temos que o Direito Constitucional é: 
“Ramo do Direito Público que estuda os princípios indispensáveis à organização do Estado, à 
distribuição dos poderes, os órgãos públicos e os direitos individuais e coletivos”. 
 
 
1 SILVA, José Afonso da, Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. 2005. p. 34. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
5 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
02 
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
A Constituição de um Estado pode receber diferentes conceituações a depender da acepção 
sob a qual é vista. 
Na doutrina destacam-se 05 conceitos de Constituição: 
a) Material; b) Formal; c) Sociológico; d) Jurídico e) Político. 
Vejamos de forma sintética estes 05 conceitos: 
 
 
2.1 CONCEITO MATERIAL 
De acordo com esta classificação o que determina a essência constitucional da norma é a sua 
materialidade, a sua natureza, portanto, seriam normas constitucionais todas aquelas que 
tratem sobre: i) Organização do Estado; ii) Aquisição, exercício e transmissão de poder; iii) 
Limitações ao poder do Estado; 
 
 
2.2 CONCEITO FORMAL 
De acordo com esta classificação a forma prevalece sobre a matéria e são normas 
constitucionais aquelas que estão escritas no texto da constituição federal; 
 
 
2.3 CONCEITO SOCIOLÓGICO 
Conceituação clássica de Ferdinand Lassale compreende que a Constituição é a “soma dos 
fatores reais de poder que regem uma nação”. De acordo com esta classificação a constituição 
escrita apenas formaliza a Constituição real; Para esta classificação a Constituição é um fato 
social, não uma norma ou conjunto de normas. 
 
 
2.4 CONCEITO JURÍDICO 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
6 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
Conceituação da Escola de Hans Kelsen. De acordo com esta classificação a constituição seria 
uma norma fundamental hipotética, em seu sentido lógico-jurídico, e seria ainda a norma 
positiva suprema, em seu sentido jurídico-positivo; 
 
 
2.5 CONCEITO POLÍTICO 
Conceituação de Carl Schmitt. De acordo com esta acepção Constituição é uma decisão 
política fundamental e não se confunde com as leis constitucionais. 
Vistas as principais acepções de Constituição, faz-se necessário expor de que forma podem 
ser as Constituições classificadas: a) pelo conteúdo; b) pela alterabilidade; c) pela forma; d) 
pela extensão; e) pelo modo de elaboração; f) pela origem. Vejamos: 
 
 
2.6 CONTEÚDO 
De acordo com esta classificação as constituições podem ser materialmente ou formalmente 
constitucionais. O Brasil adota a classificação formal; 
 
 
2.7 ALTERABILIDADE 
De acordo com esta classificação as constituições podem ser: i) imutáveis – não podem ser 
modificadas; ii) rígidas – possuem um rígido procedimento para sua modificação. O Brasil 
adota esta classificação rígida. iii) Flexíveis – O procedimento para sua modificação é igual 
ao das outras leis; iv) Semirrígida ou Semiflexível – Parte da Constituição é rígida, parte 
flexível; 
 
 
2.8 FORMA 
De acordo com esta classificação, a Constituição pode ser: i) escrita – formalizada num único 
documento (O Brasil adota esta classificação); ou ii) não escrita – Não formalizada em um 
único documento; 
 
 
2.9 EXTENSÃO 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
7 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
De acordo com esta classificação a Constituição pode ser: i) Sintética ou concisa - trata 
somente de temas essenciais à organização do Estado; ii) Analítica ou prolixa - trata de temas 
materialmente constitucionais e de temas formalmente constitucionais. O Brasil adota esta 
classificação. 
 
 
2.10 MODO DE ELABORAÇÃO 
De acordo com esta classificação a Constituição pode ser: i) Dogmática - expressa os anseios 
da sociedade em um determinado período da história (O Brasil adota esta classificação); ou ii) 
Histórica – Reflete um longo período de desenvolvimento histórico. 
 
 
2.11 ORIGEM 
De acordo com esta classificação a Constituição pode ser: i) Promulgada – implementada com 
a participação popular. O Brasil adota esta classificação; ii) Outorgada– A Constituição é 
imposta sobre o povo; ou iii) Cesarista – A Constituição é inicialmente outorgada, mas 
posteriormente aceita pelo povo. 
Diante disto, vale sintetizar que consoante o que foi exposto acima, a Constituição Brasileira é 
classificada da seguinte forma: formal, rígida, escrita, analítica, dogmática e promulgada. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
8 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
03 
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
 
 
 
 
Outro tema de fundamental importância no estudo do Direito Constitucional, diz respeito à 
Eficácia das Normas Constitucionais. A Teoria Clássica Brasileira no que tange à Eficácia das 
Normas Constitucionais tem por pai o mestre José Afonso da Silva. De acordo com o citado 
autor, as normas constitucionais podem ser: I) de eficácia plena e aplicabilidade imediata; II) 
de eficácia contida e aplicabilidade imediata; e de III) eficácia limitada ou reduzida, 
subdividindo-se em: definidoras de princípio institutivo/orgânicos e definidoras de princípios 
programáticos. 
Normas de eficácia ilimitada seriam aquelas livres de quaisquer restrições oriundas de outras 
fontes do direito e aptas à produção total de efeitos a partir de sua entrada em vigor. 
Normas de eficácia contida são aquelas sobre as quais o legislador deixou pairar a 
possibilidade de restrição futura pelo legislador através de regras de contenção. São também 
chamadas de normas de eficácia relativa restringível. 
Normas de eficácia limitada são aquelas que possuem uma eficácia mínima com sua entrada 
em vigor, mas que dependem de regulamentação posterior para que possam exercer eficácia 
plena. 
Observe-se a seguir um resumo2 das normas constitucionais no que tange a sua eficácia e 
aplicabilidade: 
 
2 Tabela ilustrativa criada por Roberto Troncoso, Marcelo Leite e Thiago Strauss. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
9 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
10 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
04 
PODER CONSTITUINTE 
 
 
 
 
De Acordo com o doutrinador Alexandre de Morais, “Poder constituinte é a manifestação 
soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado”. A 
doutrina moderna entende que o titular do poder constituinte de forma predominante será 
sempre o povo, pois a própria manutenção do Estado Democrático de Direito decorre 
diretamente da soberania popular, desta forma tem-se que a vontade do constituinte 
originário, imbuído do poder constituinte, é a própria expressão e reflexo da vontade do povo. 
O poder constituinte, por sua vez, possui diferentes espécies e pode apresentar-se de 
diferentes formas numa sociedade a depender do momento em que é exercido e por quem é 
exercido. 
Observe-se a seguir a tabela extraída da obra do doutrinador Alexandre de Morais: 
 
 
 
4.1 PODER CONSTITUINTE ORIINÁRIO 
O poder Constituinte originário é a fonte de todos os poderes e autoridade que estruturarão o 
Estado, sendo responsável por estabelecer a nova Constituição de um Estado. Este poder pode 
decorrer de outorga através de uma declaração unilateral, por meio de um agente 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
11 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
revolucionário, ou pode advir de uma convenção cujo nascedouro se dá em assembleia 
nacional constituinte. 
Como exemplos brasileiros oriundos de outorga destacam-se as Constituições de 1824, 1937 e 
o Ato Institucional nº 1, de 09 de abril de 1964. Como exemplos brasileiros de convenções 
nascidas em assembleias nacionais constituintes destacam-se as Constituições de 1891, 1934, 
1946, 1967 e 1988. 
Vejamos a seguir as principais características do poder constituinte originário: 
Inicial – A Constituição cria os pilares para uma nova ordem jurídica; 
Ilimitado – Não precisa respeitar os limites impostos pela ordem jurídica anterior; 
Incondicionado – Não está condicionado a qualquer procedimento preestabelecido; 
Permanente – É um poder latente que se manifesta sempre que surge um novo ato 
revolucionário ou uma nova assembleia nacional constituinte. 
 
 
4.2 PODER CONSTITUINTE DERIVADO 
O Poder constituinte derivado, por sua vez, diferentemente do poder constituinte originário, é 
secundário, subordinado e condicionado. Primeiramente deve-se compreender que sua 
classificação como secundário está relacionada ao seu nascimento, já que surge por força do 
poder constituinte originário. É subordinado, pois possui limitações prefixadas expressas e 
tácitas no texto constitucional. É condicionado, pois deve existir pautado nas regras 
constitucionais. 
O poder constituinte derivado divide-se em reformador e decorrente. 
 
4.2.1 Poder Constituinte derivado reformador 
O poder constituinte reformador diz respeito à possibilidade de alteração do próprio texto 
constitucional. Neste sentido destacam-se os artigos 60 e 5º, § 3º, da Constituição Federal. 
Faz-se oportuna a leitura dos dois dispositivos: 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
12 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos 
membros. 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode 
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
Art. 5º (...) 
(...) 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
 
 
4.2.2 Poder Constituinte Derivado Recorrente 
No que diz respeito ao poder constituinte derivado decorrente, este consiste na possibilidade 
dos Estados-membros da Federação, dada a sua autonomia político-administrativa, se 
estruturarem através de suas próprias constituições estaduais, sempre e quando estas 
obedeçam devidamente os limites impostos pela Constituição Federal. 
Um exemplo claro encontra-se no artigo 29, caput, da Constituição Federal, in verbis: 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício 
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do 
respectivo Estado e os seguintes preceitos. 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
13 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR05 
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 
 
 
 
 
Para compreender o texto constitucional, suas nuances, peculiaridades, complexidade e 
contextualização é preciso interpretá-lo de acordo com uma série de princípios consagrados 
pela doutrina pátria. Frise-se ainda que estes princípios não são utilizados apenas para 
interpretar apenas o texto constitucional, mas além deste todo o sistema normativo pátrio, já 
que a Constituição Federal é o pilar supremo que reúne todos os mandamentos princípios 
lógicos aos quais o sistema de normas infraconstitucionais deve obedecer. 
Observemos a seguir os principais princípios de interpretação constitucional: 
 
 
5.1 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO 
Estabelece que toda a estrutura normativa de nosso ordenamento jurídico somente será válida 
se estiver pautada e em acordo com a Constituição Federal; 
 
 
5.2 PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO 
Refere-se às normas plurissignificativas ou polissêmicas. Estabelece que, se a partir de uma 
norma são possíveis leituras interpretativas plúrimas, deve-se considerar como adequada 
aquela que esteja em harmonia com o texto da Constituição Federal. Gera a chamada 
‘interpretação conforme’. 
Nota de concurso: De acordo com o Supremo Tribunal Federal: a interpretação conforme só é 
"utilizável quando a norma impugnada admite, dentre as várias interpretações possíveis, uma 
que a compatibilize com a Carta Magna, e não quando o sentido da norma é unívoco". 
 
 
5.3 PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS 
Considerando que os poderes públicos extraem suas competências diretamente da própria 
Constituição, presume-se que agem em estrita harmonia com a mesma. Esta é, no entanto, 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
14 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
uma presunção relativa, já que as normas infraconstitucionais estão sujeitas ao controle de 
constitucionalidade; 
 
 
5.4 PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO 
Determina que o texto constitucional deve ser compreendido como uma unidade, como um 
todo harmônico e ordenado, constituindo um consistente grupo de paradigmas idealmente 
integrados. É deste princípio que decorre a ideia de ausência de hierarquia normativa entre as 
normas constitucionais; 
 
 
5.5 PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA 
A Constituição Federal não é apenas um símbolo ou um norte que orienta o ordenamento 
jurídico. Seu texto não somente possui força normativa, como em verdade trata-se da norma 
suprema do ordenamento jurídico; 
 
 
5.6 PRINCÍPIO DO EFEITO INTEGRADOR 
A interpretação constitucional deve manter harmonia também com a unidade política 
instituída pelo texto constitucional, desta forma deve-se favorecer a resolução dos problemas 
jurídico-constitucionais sob o prisma da integração da unidade política da nação; 
 
 
5.7 PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA OU HARMONIZAÇÃO 
De acordo com Inocência Coelho este princípio “consiste, essencialmente numa 
recomendação para que o aplicador das normas constitucionais, em se deparando com 
situações de concorrência entre bens constitucionalmente protegidos, adote a solução que 
otimize a realização de todos eles, mas ao mesmo tempo não acarrete a negação de nenhum”; 
 
 
5.8 PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE OU DA EFICIÊNCIA (INTERVENÇÃO 
EFETIVA) 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
15 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
Estabelece que a interpretação constitucional deve ser feita de modo a propiciar a máxima 
efetividade dos direitos e garantias fundamentais, otimizando-os e explorando todo o 
potencial protetivo das normas constitucionais; 
 
 
5.9 PRINCÍPIO DA CONFORMIDADE FUNCIONAL OU JUSTEZA 
Este princípio impede a alteração da organização política do Estado, bloqueando qualquer 
interpretação constitucional que ameace o esquema organizatório funcionado Estado; 
 
 
5.10 PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
Aduz que toda e qualquer interpretação Constitucional deve estar pautada pelos subprincípios 
da adequação, da necessidade e da proporcionalidade e sentido estrito. 
Estes são apenas alguns dos princípios constitucionais de interpretação constitucional, 
selecionados por serem os mais citados por diversos doutrinadores. Para conhecer mais, 
aprofunde os estudos na bibliografia proposta. 
Passemos agora ao tema dos Elementos Constitucionais. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
16 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
06 
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO 
 
 
 
 
Os elementos constitucionais correspondem aos tipos de normas que compõe a Constituição 
Federal, devendo ser compreendidos como grupos ou categorias normativas. Estes grupos de 
forma harmoniosa preenchem e constituem a substância do texto constitucional. 
De acordo com a classificação pensada pelo professor José Afonso da Silva, os elementos 
constitucionais podem ser divididos em: a) elementos orgânicos; b) elementos limitativos; c) 
elementos sócio ideológicos; d) elementos de estabilização constitucional; e) elementos 
formais de aplicabilidade. 
Para melhor compreensão observe-se a tabela3 a seguir: 
 
 
3 Tabela ilustrativa criada por Roberto Troncoso, Marcelo Leite e Thiago Strauss. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
17 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
07 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
 
 
 
No Direito Brasileiro a materialidade da Constituição está intimamente relacionada aos 
valores resguardados pela Carta Magna. Estes valores possuem um coração axiológico: a 
dignidade da pessoa humana. Os direitos fundamentais foram um organismo coerente e em 
harmonia com este coração axiológico. Toda a estrutura formada pelos direitos fundamentais 
tem por fundamento e por finalidade a proteção da dignidade humana. 
Faz-se oportuno esclarecer, de antemão, a relação entre direitos fundamentais e direitos 
humanos, estabelecendo semelhanças e ou diferenças. 
Direitos humanos e direitos fundamentais são sinônimos no que tange às suas naturezas, 
entretanto são distintos no que diz respeito à sua exigibilidade. Sobre o tema, observem-se as 
palavras da doutrinadora Nathalia Masson: 
“Doutrinadores de destaque preceituam em seus escritos não haver diferença digna de 
destaque entre as expressões "Direitos Fundamentais" e "Direitos Humanos"; aliás, rotineira é 
a identificação de autores que as têm por sinônimas. 
Como tanto os direitos fundamentais quanto os direitos humanos buscam assegurar e 
promover a dignidade da pessoa humana, e são direitos ligados, sobretudo, a valores caros à 
sociedade - tais como a liberdade e a igualdade -, reconhece-se que, quanto à finalidade, as 
expressões, de fato, se assemelham. 
Nada obstante, majoritariamente a doutrina identifica uma diferença entre os termos, referente 
ao plano em que os direitos são consagrados: enquanto os direitos humanos são identificáveis 
tão somente no plano contrafactual (abstrato), desprovidos de qualquer normatividade, os 
direitos fundamentais são os direitos humanos já submetidos a um procedimento de 
positivação, detentores, pois, das exigências de cumprimento (sanção), como toda e qualquer 
outra norma jurídica "Direitos fundamentais" e "direitos humanos" afastam-se, portanto, 
apenas no que tange ao plano de sua positivação, sendo os primeiros normas exigíveis no 
âmbito estatal interno, enquanto estes últimos são exigíveis no plano do Direito 
Internacional.” 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
18 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
Nota-se, portanto,que se trata apenas de uma distinção conceitual vinculada unicamente à 
positivação das normas. 
Evidentemente que a raiz de diversos direitos humanos internacionalmente reconhecidos 
estará na doutrina dos direitos fundamentais. Esta doutrina, por sua vez, vem sendo dividida 
em gerações, também denominadas de dimensões de direitos fundamentais, como costuma 
falar a moderna doutrina sobre o tema. 
 
 
7.1 ESPÉCIES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Os direitos fundamentais, na Constituição Federal de 1988, estão divididos em 05 espécies 
distintas da seguinte forma: 
Direitos e deveres individuais e coletivos. Topograficamente expostos no Título II, Capítulo I 
da Constituição Federal. Art. 5º, principalmente. – Correspondem à proteção individual e 
coletiva dos indivíduos. São exemplos destes direitos: direito à honra, à vida, à liberdade, 
dentre outros; 
Direitos sociais. Topograficamente expostos no Título II, Capítulo II da Constituição Federal. 
Artigos º aos 11. – Correspondem à proteção das condições de vida dos indivíduos em 
situação de hipossuficiência e almejam à igualdade social; 
Direito de nacionalidade. Topograficamente expostos no Título II, Capítulo III da 
Constituição Federal. Artigos 12 e 13. – Corresponde ao vínculo que une o indivíduo ao 
Estado e possibilita ao indivíduo demandar proteção de seu Estado; 
Direitos políticos. Topograficamente expostos no Título II, Capítulo IV da Constituição 
Federal. Artigos 14 a 16. – Correspondem à cidadania do indivíduo, permitindo-lhe participar 
na vida política de sua sociedade; 
Direitos ligados aos partidos políticos. Topograficamente expostos no Título II, Capítulo V da 
Constituição Federal. Artigo 17. – Correspondem a própria organização e estruturação do 
instrumento (partidos políticos) que possibilita a existência do sistema representativo em 
nosso ordenamento jurídico; 
 
 
7.2 DIMENSÕES DOS DIREITO FUNDAMENTAIS 
A doutrina reconhece atualmente a existência de 05 dimensões de direitos fundamentais: 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
19 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
1ª Dimensão: Refere-se à proteção das liberdades negativas. Expliquemos: protege as 
liberdades dos indivíduos consagrando “não fazeres” por parte do Estado, ou seja, a este deve 
ser vedada a interferência na liberdade religiosa do indivíduo, na liberdade política, no direito 
à propriedade, entre outros. Logo, se exige do Estado que se abstenha de negar ao indivíduo 
estas liberdades; 
2ª Dimensão: Refere-se a preservação do princípio da igualdade entre os indivíduos. Está 
intimamente ligada aos direitos econômicos, sociais e culturais, denominados ‘direitos do 
bem-estar’. Por esta geração de direitos fundamentais subtende-se que é possível exigir do 
Estado uma atuação positiva para implementar ações Estatais diretas que tenham por objetivo 
fornecer: trabalho, moradia, saúde, educação, etc. 
3ª Dimensão: Esta geração de direitos fundamentais consagra àqueles direitos ligados à 
fraternidade ou a solidariedade. Está voltada para a coletividade e para uma visão macro 
contextual, holística e voltada para a qualidade da vida humana na Terra. Nas palavras da 
doutrinadora Nathalia Masson: 
“Em síntese, são direitos que não se ocupam da proteção a interesses individuais, ao contrário, 
são direitos atribuídos genericamente a todas as formações sociais, pois buscam tutelar 
interesses de titularidade coletiva ou difusa, que dizem respeito ao gênero humano. É, pois, a 
terceira geração dos direitos fundamentais que estabelece os direitos "transindividuais", 
também denominados coletivos - nos quais a titularidade não pertence ao homem 
individualmente considerado, mas a coletividade como um todo”. 
4ª Dimensão: Nesta geração de direitos fundamentais estão consagrados os direitos 
fundamentais conectados ao desenvolvimento da própria sociedade, à sua maturidade 
enquanto organismo de relações de convivência. Esta dimensão de direitos fundamentais dá 
destaque à democracia, ao pluralismo, à disseminação da informação. Etc. 
5ª Dimensão: Esta dimensão ainda não ocupa predominância na doutrina pátria, muito embora 
seja de importância evidente e esteja absolutamente entrelaçada ao desenvolvimento da 
humanidade. Esta dimensão de direitos fundamentais estaria representada especificamente 
pelo direito à paz. 
 
 
7.3 CARACTERÍSTICAS 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
20 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
Os direitos fundamentais tem por principais características: a) a universalidade; b) a 
historicidade; c) a indivisibilidade; d) a imprescritibilidade, inalienabilidade; e) a relatividade; 
f) a inviolabilidade; g) a complementaridade; h) a efetividade; e por fim i) a interdependência. 
Vejamos o significado de cada uma destas características. 
 
7.3.1 Universalidade 
Refere-se a um núcleo mínimo de direitos aos quais toda e qualquer pessoa deva ter acesso 
em qualquer lugar que esteja; 
 
7.3.2 Historicidade 
Esta característica relaciona-se ao caráter histórico-evolutivo dos direitos fundamentais, dada 
a variação que podem sofrer entre uma época e outra, entre um momento histórico e outro. A 
historicidade está intimamente ligada aos anseios do povo, às suas lutas, às suas necessidades 
humanas e às circunstâncias que caracterizem o momento histórico em que estejam; 
 
7.3.3 Indivisibilidade 
Sobre os direitos fundamentais paira a ideia de unidade. Não podem ser desarmônicos entre 
si. Os direitos fundamentais serão necessariamente dotados de uma coerência estrutural que 
não permite contradições ou indissociabilidades em seu corpo, tanto no que se refere à sua 
concretização como que tange à sua interpretação; 
 
7.3.4 Imprescritibilidade / inalienabilidade 
Todos os direitos fundamentais são indisponíveis, irrenunciáveis, inegociáveis. Não é possível 
alienar, vender ou doar direitos fundamentais. Sua essência não comporta a ideia de 
disponibilidade. Esta vedação advém da própria proteção que paira sobre a dignidade da 
pessoa humana. Observe-se que esta característica não quer dizer que um direito fundamental 
deva se sobrepor sobre o outro. Deve haver um equilíbrio entre os mesmos, para que seus 
núcleos essenciais possam sempre ser preservados, quando contrapostos. Desta forma evita-se 
a mitigação total de um ou de outro direito fundamental. No que diz respeito à 
imprescritibilidade, veja-se o que diz Nathalia Masson sobre o tema: 
“Por fim, são imprescritíveis, eis que a prescrição é instituto jurídico que apenas alcança a 
exigibilidade de direitos de cunho patrimonial, nunca a de direitos personalíssimos. Estes 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
21 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
últimos são sempre exercíveis, de forma que não há intercorrência temporal de não-exercício 
que possa fundamentar a impossibilidade da exigibilidade na prescrição.” 
 
7.3.5 Relatividade 
Esta relatividade refere-se à contraposição de direitos entre si. Diante de conflitos entre 
direitos fundamentais não pode haver a prevalência absoluta e total de um em relação ao 
outro. A partir do confronto aparente ou factual entre direitos fundamentais o intérprete deve 
valer-se da regra da mínima restrição entre direitos, isto é, deve fazer uso da máxima 
observância dos direitos fundamentais preservando ao máximo seus núcleos essenciais. 
 
7.3.6 Inviolabilidade 
Por esta característica temos que a norma infraconstitucional é absolutamente proibida de 
desrespeitar direitos fundamentais; 
7.3.7 Complementariedade 
Esta característica está intimamente ligada à ideia de coerência entre os direitos fundamentais. 
Nenhum direito fundamental pode ser interpretadoisoladamente, devendo sempre ser visto 
dentro de um sistema semântico voltado para a proteção da dignidade humana; 
 
7.3.8 Efetividade 
É possível a utilização de meios coercitivos por parte dos poderes públicos para a efetivação 
dos direitos e garantias fundamentais; 
 
7.3.9 Interdependência 
Todos os direitos fundamentais estão conectados e são interdependentes entre si, formando 
uma verdadeira teia de direitos. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
22 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
08 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
 
 
 
A organização político político-administrativa do Estado Brasileiro pressupõe 
necessariamente a adoção do princípio federativo e está expressamente exposta no artigo 1º da 
Constituição Federal. Observe-se: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
De acordo com o princípio federativo, observa-se a existência de uma descentralização do 
poder político, característica esta própria das federações, dada a sua natureza. Há, portanto, 
uma ordem jurídica primária que envolve todos os indivíduos da nação; uma ordem jurídica 
secundária, referente às parcelas de poder próprias dos entes federados e uma terceira ordem 
jurídica, formada pela comunidade jurídica composta por todos os entes federados, a chamada 
comunidade jurídica total. 
O Estado Brasileiro constitui um Estado Federado, isto é, há uma pluralidade de entes 
federados (entidades políticas autônomas) formando uma unidade denominada Estado 
Federal, através de um vínculo indissolúvel. Esta estrutura política possui características 
próprias. Vejamos algumas destas: 
Descentralização no exercício do poder político: 
Trata-se de divisão política e não de mera divisão administrativa, por esta razão cada estado 
que compõe a federação pode possuir Constituição estadual própria, sempre e desde que 
obedeça aos limites impostos pela Constituição Federal. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
23 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
As unidades federadas são autônomas entre si, inexistindo qualquer tipo de subordinação 
entre as mesmas. Esta autonomia (parcial) que caracteriza as unidades federadas divide-se em 
03 aspectos: 
Auto-organização – refere-se especificamente a capacidade de elaboração de legislação 
própria; 
Autogoverno – refere-se à capacidade de eleição de seus representantes; 
Autoadministração – refere-se à capacidade de exercício de atribuições de ordem 
administrativa, tributária, legislativa, etc; 
Indissolubilidade do vínculo federativo 
Refere-se à vedação absoluta ao direito de secessão. Isto significa que o vínculo entre as 
entidades componentes da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) é 
indissolúvel, ou seja, nenhuma delas pode abandonar o restante para fundar um novo país; 
Rigidez Constitucional 
Refere-se à imutabilidade da forma federativa, sendo defeso ao legislador ordinário realizar 
mutações no núcleo essencial da federação; 
Tribunal Constitucional 
Pressupõe a existência de um Tribunal capaz de interpretar a Constituição. No ordenamento 
jurídico brasileiro a função de intérprete da Constituição Federal é exercida pelo Supremo 
Tribunal Federal; 
Princípio da Participação 
Pressupõe a existência de um órgão ou casa legislativa que assegure a participação do povo na 
formação da vontade nacional. No Brasil o Senado Federal é o órgão legislativo que cumpre 
com tal função. 
O Estado Federado, entretanto é apenas uma das formas sob as quais um Estado pode existir. 
Em todo o mundo existem diversas outras formas de Estado. Citemos algumas: 
Estado unitário; 
Estado regional; 
Estado autônomo; 
Confederação; 
O Estado Brasileiro já foi, no passado, um Estado unitário. A partir de seu desfazimento 
surgiu à possibilidade de um Estado Federado, em 1891, com a Constituição republicana. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
24 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
A Constituição de 1988, por sua vez, consagrou o Estado Brasileiro enquanto federação em 
seu artigo 1º, conforme visto anteriormente e estabeleceu proibição expressa contra o 
desfazimento da federação em seu artigo 60, § 4º, inciso I. Observe-se: 
Art. 60... 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
A forma federativa de Estado constitui, portanto, cláusula pétrea. Os entes que a compõe são: 
a União, os Estados-membro, o Distrito-Federal e os municípios. 
 
 
8.1 DIVISÃO DA FEDERAÇÃO 
A União é o chamado ente autônomo e central e conserva funções distintas das dos outros 
entes da Federação. Vajamos algumas destas, de acordo com o que leciona a doutrinadora 
Nathalia Masson: 
“Dentre suas funções identifica-se uma de acentuada importância: a de representar a 
República Federativa do Brasil nas relações internacionais, o que não nos autoriza a confundir 
as duas entidades: muito embora sejam representadas pela mesma pessoa física (o Presidente 
da República, que ora atua como chefe de Estado - representando a República Federativa do 
Brasil; ora atua na chefia de Governo - representando a União) e possuam o mesmo território 
físico (o nacional), são pessoas jurídicas distintas; afinal a República Federativa do Brasil, 
entidade soberana (e não meramente autônoma como a União) é pessoa jurídica de direito 
público internacional.” 
Os Estados-membros, por sua vez, são as denominadas organizações políticas típicas das 
federações, pois é a própria materialização da descentralização do exercício do poder político 
que constitui a essência das federações. Esta sua autonomia possibilita-lhes estruturar seus 
poderes Legislativo (Artigo 27 da CF/88), Executivo (Artigo 28 da CF/88) e Judiciário Artigo 
125 da CF/88). Observemos o conteúdo dos 03 dispositivos constitucionais mencionados: 
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da 
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será 
acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. 
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras 
desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de 
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
25 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia 
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em 
espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, 
II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e 
serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. 
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro 
anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro,em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus 
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, 
quanto ao mais, o disposto no art. 77. 
 § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração 
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o 
disposto no art. 38, I, IV e V. 
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão 
fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, 
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta 
Constituição. 
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de 
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. 
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da 
legitimação para agir a um único órgão. 
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar 
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, 
em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos 
Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. 
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes 
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a 
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a 
perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
26 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os 
crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, 
cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os 
demais crimes militares. 
 § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras 
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do 
processo. 
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e 
demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, 
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
Como se pode observar da leitura dos artigos suso mencionados da Constituição Federal, 
existe de fato e de direito uma autonomia legislativa, executiva e judiciária no âmbito dos 
Estados-membro da Federação. 
No que diz respeitos aos Municípios, estes gozam de plena autonomia. Esta, no entanto, 
recebe severas críticas. Vejamos o pensamento de Nathalia Masson condensando os 
ensinamentos de José Afonso da Silva: 
“Muito criticada foi a opção brasileira de alçar os Municípios ao patamar de ente federado, 
afinal esta escolha traz em si três dificuldades: 
(i) nenhuma outra federação o faz; 
(ii) eles não participarão da formação da vontade nacional (pois não terão membros na Casa 
Legislativa que representa os entes da federação); e 
(iii) tampouco serão objeto de intervenção federal acaso afrontem o princípio da 
indissolubilidade do pacto federativo (são passíveis somente de intervenção estadual).” 
É possível ainda a formação de novos Estados no âmbito da Federação Brasileira. Esta nova 
conformação pode se dar através de incorporação, subdivisão ou desmembramento de Estados 
e são os requisitos que podem possibilitar tais ocorrências: 
A população deve ser previamente consultada através de plebiscito; 
Devem ser realizadas consulta às Assembleias Legislativas dos Estados involucrados; 
Deve haver aprovação do ato, pelo Congresso Nacional, através de Lei Complementar. 
A forma federativa de Estado pressupõe a repartição de competências entre os entes. No que 
diz respeito à União, a Constituição Federal estabeleceu suas competências da seguinte forma: 
Art. 21 – tarefas materiais exclusivas; 
Art. 22 – atribuições privativas de cunho legislativo; 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
27 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
Art. 23 – competências materiais comuns (entre a União e os demais entes da federação); 
Art. 24 – atribuições legislativas concorrentes (com os Estados-membro e o Distrito Federal). 
No que se refere aos Estados-membro, a Constituição Federal estabeleceu suas competências 
da seguinte forma: 
Art. 25, §1º - matérias exclusivas; 
Art. 18, §4º e Art. 25, §1º e §3º; - legislativas privativas; 
Art. 23 – materiais comuns; 
Art. 24 – legislativas concorrentes. 
No que diz respeito aos Municípios, a Constituição Federal estabeleceu suas competências no 
artigo 30 e respectivos incisos (fazer leitura na constituição). 
É importante destacar que para os concursos públicos, merecem destaque duas manifestações 
importantes sobre o tema: 
Súmula 645/STF: É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de 
estabelecimento comercial. 
Súmula 19/STJ: A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da 
competência da União. 
 
 
8.2 SISTEMAS DE GOVERNO 
Enquanto que o Estado Brasileiro é dotado de forma Federativa, o Sistema de governo possui 
natureza de Presidencialismo e o Regime de Governo possui natureza de Democracia. O 
Sistema de governo presidencialista possui por principais caracteristicas: 
A interdependência entre os poderes; 
Chefia monocrática; 
Mandato por prazo certo; 
Responsabilização governamental perante a população. 
O Regime de governo democrático brasileiro é de viez participativo ou semidireto e adota 
mecanismos específicos de participação popular. Vejamos alguns exemplos destes 
mecanismos: 
Sufrágio universal; 
Voto direto e secreto; 
Plebiscito; 
Referendo; 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
28 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
Iniciativa popular. 
No que diz respeito à forma de governo, o ordenamento jurídico pátrio adotou a forma 
republicana de governo. Esta tem por principais características: 
A temporalidade no exercício do poder; 
A legitimidade e representatividade popular; 
O dever (do governante) de prestar contas. 
Portanto, em resumo a tudo o que foi exposto neste subitem, no que tange a Organização do 
Estado Brasileiro, tem que: 
Forma de Estado: Federação; 
Sistema de Governo: Presidencialista; 
Regime de Governo: Democrático; 
Forma de Governo: Republicana. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
29 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
09 
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR 
 
 
 
 
A Constituição Federal e a Lei 9.709/98 estabeleceram e regularam as formas de participação 
popular no Brasil, visando garantir um legítimo poder do povo. Em um discurso democrático, 
o povo é a principal fonte de validação para que a palavra democracia se torne efetivamente 
válida. 
As formas descritas no artigo 14 da Constituição Federal são formas de participação direta, 
uma vez que o povo expõe diretamente sua posição e ela será o resultado final de alguma 
questão que afeta a sociedade. Já na forma indireta, ou semidireta, o povo exerce sua 
soberania através de seus representantes, que são escolhidos mediante voto direto. A 
participação é indireta, pois o representantepopular é que decidirá sobre questões políticas e 
sociais que afetará o cidadão que o elegeu. 
 
 
9.1 LEIS DE INICIATIVA POPULAR 
Na Iniciativa Popular de Lei, os eleitores têm o direito de apresentar projetos ao Congresso 
Nacional desde que reúnam assinaturas de pelo menos 1% do eleitorado nacional, localizado 
em pelo menos cinco estados brasileiros. Esse percentual representa a coletânea de 
aproximadamente 1,3 milhão de assinaturas em todo o País. 
Desde que o instrumento de iniciativa popular foi assegurado pela Constituição, em 1988, 
quatro projetos elaborados pela sociedade foram convertidos em lei. O mais recente foi a Lei 
da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010), resultado de uma ampla mobilização da 
sociedade civil, e que impede que políticos condenados judicialmente possam concorrer nas 
eleições. Além disso, a lei tornou inelegíveis candidatos que tenham renunciado a seus 
mandatos para fugir de cassações. 
 
 
9.2 PLEBISCITO E REFERENDO 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
30 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
Recebem o nome de plebiscito e referendo duas modalidades de consulta ao povo para decidir 
sobre matéria de relevância nacional. As regras de ambos os institutos estão na lei 9.709, de 
18 de novembro de 1998, que regulamenta o artigo 14 da constituição federal. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, 
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
A lei 9.709/98 estabelece que nas questões de relevância nacional e nas previstas no § 3º do 
artigo 18 da constituição (que aborda incorporação, subdivisão ou desmembramento dos 
estados), o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo. Nas demais 
questões, de competência dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, o plebiscito e o 
referendo respeitam os dispositivos previstos nas constituições estaduais e com a lei orgânica. 
Outro dispositivo constitucional fundamental sobre o tema é o artigo 49 da carta magna diz 
que o congresso nacional é o responsável por decidir se uma medida de interesse nacional 
deve ser submetida a plebiscito ou referendo. É o congresso também que convoca a consulta e 
enumera as perguntas que serão realizadas. Isso tudo deixa claro a limitação de poderes do 
presidente da república, como chefe do Executivo, neste caso em particular. O presidente 
pode mesmo sugerir um plebiscito ou um referendo, mas só deputados e senadores podem 
aprová-lo. 
Tanto o plebiscito como o referendo são formas de consulta popular que ocorrem através de 
votação secreta e direta. Em ambos os tipos não há impedimento para incluir quantas 
perguntas forem necessárias em um questionário a ser respondido pela população. 
A diferença entre o plebiscito e o referendo está na perspectiva que cada uma privilegia da 
mesma questão. No plebiscito, o cidadão se manifesta sobre um assunto antes de uma lei ser 
constituída. Quando há uma consulta popular sobre lei que já foi aprovada pelo Congresso 
Nacional, a modalidade adequada é o referendo. 
 
 
9.3 HISTÓRICO DE REFERENDOS E PLEBISCITOS NO BRASIL 
Referendo sobre a escolha da forma de governo de 1963: em 1961, no calor da disputa entre 
esquerda e direita no Brasil, reflexo da Guerra Fria a nível mundial, o congresso nacional 
aprovou a Emenda Constitucional nº 4, que garantiu a posse do então presidente João Goulart. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
31 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
A mesma medida também instituiu o parlamentarismo no país, uma forma de neutralizar as 
ações do presidente, que despertava o terror dos setores mais à direita da política nacional. 
Dois anos depois, em janeiro de 1963, a população foi consultada sobre a manutenção do 
regime parlamentarista ou do presidencialismo. Realizado o referendo, os eleitores decidiram 
pelo retorno ao presidencialismo. Muitos historiadores e juristas, porém, não consideram essa 
consulta popular um referendo, e sim um plebiscito. 
Plebiscito parlamentarismo x presidencialismo e monarquia x república de 1993: Ocorreu no 
dia 21 de abril de 1993, e nele, o eleitor deveria responder a duas questões: escolher entre a 
forma de governo, república ou monarquia e o sistema de governo, presidencialismo ou 
parlamentarismo. Como resultado, a república e o sistema presidencialista de governo foram 
mantidos pela população. O plebiscito fora determinado pelo artigo 2º do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988. A consulta popular 
estava marcada para ocorrer no dia 7 de setembro de 1993, mas foi antecipada para 21 de abril 
de 1993 pela Emenda Constitucional nº 2, de 25 de agosto de 1992. 
Referendo sobre o estatuto do desarmamento de 2005:No dia 23 de outubro de 2005 foi 
realizado o referendo envolvendo o Estatuto do Desarmamento (lei nº 10.826/2003), que já 
havia sido aprovado na câmara dos deputados e no senado. Um de seus artigos previa uma 
consulta para que a população opinasse sobre a proibição da venda de armas. A alteração no 
art. 35 do tornava proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território 
nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º do estatuto. Como as modificações 
causariam impacto sobre a indústria de armas do país e sociedade brasileira, o povo deveria 
concordar ou não com ele. O resultado foi contra a alteração da lei, por cerca de 63,94% dos 
eleitores; 
Plebiscitos no estado do Pará: Dois plebiscitos foram realizados no estado do Pará, no dia 
11/12/2011, e tratavam da possibilidade de divisão do estado e a consequente criação de mais 
dois estados na região: Carajás e Tapajós. Pelo projeto de criação dos novos estados, Tapajós 
ocuparia 58% do atual território do Pará e teria 27 municípios; Carajás teria 25% do território 
com 39 cidades. O Pará ficaria com 17% do território. Nas urnas eletrônicas, os paraenses 
responderam a duas perguntas: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do 
estado do Carajás?” e “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do estado 
do Tapajós?”. O resultado foi desfavorável à criação desses dois novos estados, com cerca de 
66% da população assinalando a opção “não” em ambas as questões. 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
32 
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
COELHO, Inocêncio Mártires. Curso de Direito Constitucional. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 
2010. 
Constituição Federal, disponível em: 
. 
DINIZ, Maria Helena. Norma Constitucional e seus Efeito. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 1997. 
Lei nº 9.709, de 18 de Novembro de 1998. Disponível em:. 
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 3ª ed. Salvador: JusPodvm Editora, 
2015. 
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; 
MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. 32ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 25ª ed. São Paulo: 
Malheiros Editora, 2005.

Mais conteúdos dessa disciplina