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Ensaios de 
Antropologia
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Edgar da Silva Gomes
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Antropologia e Educação: Diálogos
Antropologia e Educação: Diálogos
• Conhecer alguns caminhos para o diálogo entre Antropologia e Educação – ao menos do 
lado da Antropologia;
• Perceber em sua prática cotidiana os potenciais que uma educação diversa pode desem-
penhar para contribuir com processos pedagógicos em sintonia com a realidade brasileira.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Antropologia e Educação: uma Relação Complexa;
• Estratégias de Atuação em Ambientes Educacionais;
• Dificuldades da Aproximação entre Antropologia e Educação;
• Possibilidades de Diálogo.
UNIDADE Antropologia e Educação: Diálogos
Introdução
Não podemos mencionar Educação e Antropologia sem levar em consideração um 
tema caro às duas disciplinas, e que está cada dia mais em evidência no mundo con-
temporâneo: cada uma, ao seu modo, trata da cultura. Diálogos interdisciplinares entre 
ambas também não são novidades. Sabemos, desde pelo menos os antropólogos cul-
turalistas, do impacto que formas de vida em sociedade tem sobre a construção de 
processos de aprendizagem, isto é, como conhecer o mundo depende do modo como 
organizamos culturalmente nossas relações com a natureza, com nossa própria sociedade 
e com outras culturas. 
Nesse sentido, embora os diálogos não sejam recentes, explorar aproximações entre 
ambas as disciplinas têm se mostrado especialmente importante porque muitas vezes 
 ficamos perdidos sobre o lugar que etnicidade, diversidade e herança cultural ocupa nas 
nossas dinâmicas sociais – o que ganha especial relevo quando pensamos no contexto de 
uma sala de aula. Mais do que uma simples “questão étnica”, hoje, no mundo globalizado, 
precisamos nos atentar a como a dimensão cultural faz e fará parte do nosso dia a dia. 
Figura 1
Fonte: Adaptada de Getty Images
Do modo como os jovens se identificam com um “jeito de ser”, até grupos entendidos 
como minorias, a dimensão cultural tem adquirido novos contornos e expressões e está 
por todos os lugares!
De um modo mais leve, vemos distribuída pelos hábitos culturais de consumo, em gru-
pos que se organizam por afinidades diversas – por exemplo, os roqueiros, headbangers 
(aqueles que gostam de heavy metal), e até mesmo os jovens interessados pela cultura 
japonesa e que se vestem de seus personagens preferidos dos mangás (história em 
quadrinhos em estilo japonês) e animes (desenhos animados em estilo japonês), hábito 
curioso chamado de cosplay.
Por outro lado, de modo mais sério, com implicações políticas importantes, podemos 
ver a dimensão cultural em grupos que se organizam em ações como os movimentos 
negros, indígenas, os feminismos diversos e movimentos de pessoas Lésbicas, Gays, 
Bissexuais, Transgêneros, Queers, Intersexuais e das que não se identificam a nenhum 
gênero e tomam ações para promover os direitos e a inclusão (LGBTQI+), que somente 
muito recentemente – e ainda de modo tímido – tiveram o reconhecimento por parte do 
Estado quanto aos abusos que sofreram historicamente, adquirindo o direito de manifes-
tarem livremente a sua identidade cultural e sexual.
8
9
Dessa forma, esta Unidade se propõe explorar as relações nem sempre amistosas 
entre Antropologia e Educação e estimular uma reflexão que possa encontrar caminhos 
frutíferos entre as duas áreas. 
Antropologia e Educação:
uma Relação Complexa
O aparato teórico e metodológico no fazer de outros campos e áreas de sa-
ber, além de implementar o diálogo interdisciplinar, é uma tarefa que expõe 
a situação curricular em que a Antropologia é inserida em diferentes cursos 
e áreas do conhecimento [...] especificamente, a realidade do atual diálogo 
entre Antropologia e Educação [2000-2008], bem como apreender possí-
veis avanços e limites na dimensão da existência de uma Antropologia da 
Educação no Brasil e dos objetos, dos métodos e dos temas que contempla 
[...]. O que se apresenta [...] pelos múltiplos temas e abordagens, pelos proje-
tos, pelas pesquisas e pelas experiências de ensino diz de um debate ainda 
em aberto em termos de uma Antropologia da Educação. No entanto, são 
ainda pequenos os esforços para se pensar criticamente as relações entre 
Antropologia e Educação, em razão das formas de apropriação da Antro-
pologia pelos outros campos e em razão de um humanismo que embota 
a visão e gera uma banalização do fazer antropológico, de seus conceitos 
centrais e de seus respectivos suportes teóricos. (GUSMÃO, 1997) 
Para a especialista no tema, Neusa Gusmão (1997), ainda é preciso percorrer um 
longo caminho para se forjar essa relação mais profunda entre Antropologia e Educação 
no Brasil. Como já mencionado, o diálogo entre Antropologia e Educação não é tarefa 
fácil e exige, de partida, bastante cuidado em sua abordagem. Primeiramente, por ser 
um tema ainda em desenvolvimento. Em segundo lugar, sabemos que tanto as escolas 
antropológicas, quanto as pedagógicas partem de pressupostos complexos e cheios de 
nuances para analisar os seus objetos de estudo, levando, por isto, a modos diferentes 
de entender suas aplicações práticas. Assim, o educador, ao se apropriar do fazer antro-
pológico (e vice-versa), pode gerar alguns conflitos com tais especialistas. 
Figura 2
Fonte: Getty Images
9
UNIDADE Antropologia e Educação: Diálogos
Delinearemos o modo como a relação entre a Antropologia e Educação tem se feito 
ao longo da história da Educação. Para Tania Dauster (1994), antropóloga e pesquisa-
dora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, naquela universidade, “[...] 
o professor deve articular ensino e pesquisa, atuando na Pós e na Graduação”. Ainda 
 segundo essa pesquisadora, a “Antropologia da Educação” não é uma área nova de 
trabalho, uma vez que autores consagrados da Antropologia já deram a sua contribuição 
para esse campo de pesquisa. A questão é que no Brasil apenas muito recentemente esse 
campo passou a ser explorado com mais intensidade, enquanto nos Estados Unidos, por 
exemplo, desde a década de 1930 Margaret Mead fez da Educação um objeto de estudo 
da Antropologia, com enfoque em cultura e personalidade. 
Como nos aponta Dauster (1994), sua obra clássica nesse sentido foi o livro intitulado 
Growing up in New Guinea, trabalho em que Mead buscava entender aspectos da cul-
tura de Nova Guiné, tais como valores, atitudes, crenças e gestos que eram transmitidos 
pelos adultos às crianças, com “[...] o objetivo de formá-las para viver dentro de sua 
sociedade”. Nesse trabalho foi observado como era feita a transmissão do saber pelas 
gerações mais velhas aos seus descendentes, a formação da personalidade e as formas 
de aprendizagem utilizadas para se conseguir esse objetivo. 
Para Tânia Dauster (1994) esse trabalho é importante – além de ter sido elaborado 
por um dos maiores nomes da Antropologia estadunidense de sua época –, pela forma 
como foi conduzido, pois ao lado da dimensão científica havia, da parte da antropóloga, 
a preocupação com aspectos educacionais em sua experiência etnográfica, considerando 
“[...] influenciar as atitudes em face de crianças e adolescentes no seu país, no sentido 
de uma menor repressão”. Para Mead as características dos adolescentes conhecidas 
por nós “[...] é um fenômeno sociocultural e não uma questão fisiológica” (ERNY, 1982 
apud DAUSTER, 1994). Por exemplo, enquanto na Nova Guiné um adolescente acha 
importante ser mãe e deixar uma descendência, garotas norte-americanas normalmente 
estão entrando na universidade. 
Você Sabia?
Culturalismo, em Sociologia, Antropologia e Filosofia é a corrente que defende a im-
portância central da cultura como uma força organizadora nos assuntos humanos. 
A  abordagem culturalista visa eliminar os dualismos como, por exemplo, a crença de 
que a natureza e cultura são realidades opostas. Para os culturalistas, uma vez que nossa 
cultura molda nossa visão do mundo, somentepodemos conhecer o mundo que nos 
cerca a partir de caracteres oferecidos antes pela cultura.
A abordagem realizada por Margaret Mead tendo como objeto de pesquisa os grupos 
de Nova Guiné revelou as especificidades de uma cultura e sustentou a existência de 
“personalidades culturais”, em um diálogo interdisciplinar com a Psicologia e Psicanálise. 
Assim, seguindo as indicações da professora Tânia Dauster (1994), nas experiências de 
pesquisa da Escola Culturalista da Antropologia existia uma tendência investigativa na 
qual pesquisadores passaram a tomar
[...] as instituições educativas como palco de fenômenos culturais que po-
dem ser examinados, segundo o enfoque antropológico. Acreditando ser 
10
11
este um caminho de acesso aos valores abrangentes da sociedade, dada à 
transmissão de valores, própria do sistema escolar, examinando os con-
flitos de cunho cultural que ocorrem na sociedade, ou ainda, investigando 
os processos de aprendizagem e os efeitos do ensino em contextos pluri-
culturais. (BONTE; IZARD, 1991 apud, DAUSTER, 1994)
Influenciada por essa perspectiva, ao pensar o processo educativo, a Escola Sociológica 
Francesa, especialmente a partir dos trabalhos de Pierre Bourdieu, coloca o conceito de 
habitus no centro de suas análises. Dessa forma, “[...] por intermédio de sua teoria, surge, 
de forma dinâmica, como inculcação de disposições duráveis, uma matriz de percepções, 
juízos e ações que configuram uma ‘razão pedagógica’”. Em outras palavras, é dentro 
de lógicas e estratégias desenvolvidas por uma cultura que se processa a transmissão de 
conhecimentos e valores para gerações futuras. 
 O conceito de habitus foi desenvolvido pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu com o objetivo 
de colocar fim à divisão entre indivíduo/sociedade, que existia na Sociologia Estruturalista. 
Relaciona-se à capacidade de uma determinada estrutura social ser incorporada pelos agen-
tes por meio de disposições para sentir, pensar e agir. Disponível em: https://bit.ly/3cC04SY
Para Dauster (1994) essas escolas – Culturalista e Sociológica Francesa – sinalizam 
possibilidades de abordagem pelas quais pode haver relação entre a Antropologia e Edu-
cação. Considerando as transformações histórico-teóricas nessa relação é importante 
notar as contribuições de Claude Lévi-Strauss:
Ao definir o que é Antropologia, Lévi-Strauss explica que ela emerge de 
uma forma específica de colocar problemas, a partir do estudo das cha-
madas sociedades simples, tendo o seu desenvolvimento se voltado para a 
investigação das sociedades complexas, com o sentido de entender a cul-
tura e a vida social. Uma das vias para a construção deste conhecimento 
é a etnografia concebida como descrição, observação, trabalho de campo 
a partir de uma experiência pessoal. Segundo o mesmo autor, o antro-
pólogo visa elaborar a Ciência Social do observado, a partir deste ponto 
de vista, ultrapassando suas próprias categorias. Construindo um conhe-
cimento fundado na experiência etnográfica, na percepção do “outro” do 
ângulo de suas razões positivas e não de sua privação, buscando o sentido 
emergente das relações entre sujeitos, ele estaria transpondo suas pró-
prias referências como aquelas do contexto observado . (DAUSTER, 1994) 
Para Dauster (1994) este é um legado da Antropologia para a Educação, “[...] é este 
outro olhar, esta forma alternativa de problematização dos fenômenos que busco evocar, 
a princípio, no uso da etnografia dentro do campo da Educação”.
Como podemos perceber no Brasil, entre as pesquisas realizadas e utilizadas para 
fazer o diálogo Antropologia-Educação está o método etnográfico. Mas ainda segun-
do essa pesquisadora, não basta reduzir a etnografia a uma simples técnica, sendo 
neces sário tratar este método de investigação como “[...] uma opção teórico-metodoló-
gica ancorada nas perguntas provenientes da teoria antropológica” (DAUSTER, 1994), 
11
UNIDADE Antropologia e Educação: Diálogos
demonstrando, assim, dificuldade para separar teoria e prática – ao menos quando 
levamos em consideração as formulações provindas da Antropologia.
Figura 3
Fonte: Adaptada de Getty Images
Então, como conciliar a Antropologia, que privilegia os estudos das diferenças cultu-
rais, com um projeto educacional de intervenção na realidade? Para Dauster (1994) pelo 
menos no caso do ensino de elementos culturais, ou mesmo no ensino de Antropologia, 
deve-se permitir ao educador apreender outras relações e posturas, de modo a absorver 
da literatura antropológica o máximo que puder, pois esta é outra linguagem e as suas 
ferramentas podem auxiliar o educador a perceber outras dúvidas sobre os fenômenos 
tidos como educativos, não apenas dentro do ambiente escolar, mas aquilo que está fora. 
A etonografia (do grego ethno → nação, povo e, graphein → escrever) é por exce-
lência o método utilizado pela Antropologia na coleta de dados. Baseia-se no con-
tato intersubjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele um grupo indígena 
ou qualquer outro grupo social sob o qual o recorte analítico seja feito. Exemplos 
famosos de etnografias contemporâneas são: Xamanismo, colonialismo e o ho-
mem selvagem, de Michael Taussig e Os araweté: os deuses canibais, de Eduardo 
Viveiros de Castro. 
Fonte: https://bit.ly/3u86BuU
Assim, o diferente passa a ser visto com outros olhos – e não como inferior –; de 
modo que outras culturas podem proporcionar novos aprendizados, inéditas abordagens 
na forma de educar, ou seja, não se “privatiza a cultura” destruindo estereótipos a partir 
de novas referências, “[...] buscando entender uma outra racionalidade nos seus termos. 
Esta atitude de estranhamento visa, por meio da análise de relações sociais concretas, o 
questionamento de categorias abstratas e o conhecimento mais complexo da realidade” 
(DUSTER, 1994).
Estratégias de Atuação em 
Ambientes Educacionais
A proposta de trabalho de Tânia Dauster (1994) passa pelo conhecimento e pela qua-
lificação do profissional que desempenha o papel de utilizar a Antropologia como ferra-
menta na Educação, citando Clifford Geertz (1978), quem diz que “[...] o entendimento 
12
13
do que é uma ciência passa pelo conhecimento de seu exercício [...]”, chegando à conclu-
são de que, segundo a orientação de Geertz (1978 apud DUSTER, 1994), 
[...] como proposta de e nsino o trabalho intensivo sobre as práticas de 
investigação etnográfica, conhecendo diretamente autores e suas mono-
grafias, discutindo escolhas, trabalhando conceitos forjados no âmbito da 
disciplina, no contexto da obra dos autores, com particular destaque para 
as definições de cultura.
O u seja, a Antropologia, na visão da pesquisadora – e na nossa –, oferece uma forma 
eficiente e privilegiada para a pesquisa dos educadores. Em u m mundo globalizado, em 
que ao invés de incorporar as diferenças, tem a tendência de homogeneizar o processo 
educativo e, com isso, os diversos modos de conhecer, o método etnográfico ajudaria a 
repensar os casos e conceitos em torno da Educação. Assim, o educador poderia que-
brar as barreiras com outras culturas e modos de vida, forjados pelo preconceito com 
o desconhecido. 
E sse espaço de diálogo entre Antropologia e Educação tem se mostrado muito im-
portante para a sociedade contemporânea, uma vez que traz à luz discussões necessá-
rias como, por exemplo, a complexidade das relações entre expressões culturais, pro-
vocados por fenômenos como o êxodo rural, as ondas migratórias ou, até mesmo, o 
reconhecimento de identidades antes subjugadas. Para Dauster (1994) também se deve 
“[...] acrescentar outras discussões sobre o trabalho de campo em uma perspectiva dia-
lógica, investindo-se nas polêmicas sobre a descrição etnográfica”.
Figura 4
Fonte: Getty Images
Nesta lógica, para haver diálogo pertinente entre Antropologia e Educação torna-se 
necessário, além do conhecimento da literatura antropológica, de seus métodos, concei-
tos e teorias sobre sociedade e cultura, colocando em prática este aprendizado. Na expe-riência de Dauster (1994), “[...] os trabalhos se passam no meio urbano, e vêm buscando 
a ótica da Antropologia das sociedades complexas”. Segundo Gilberto Velho (1980), “[...] 
as grandes cidades são reveladoras da complexidade institucional e de heterogeneidade 
13
UNIDADE Antropologia e Educação: Diálogos
oriunda de diferentes tradições culturais ou religiosas e daquela proveniente do mundo 
do trabalho”. Esta observação confirma a riqueza que esse diálogo pode proporcionar à 
sociedade, valorizando os aspectos dinâmicos e relacionais entre as culturas.
Dificuldades da Aproximação 
entre Antropologia e Educação
Apesar da tentativa cada vez maior de aproximar Antropologia e Educação, faz-se 
neces sário observar que para se superar processos mais “universalizantes e democráti-
cos”, com tantas mudanças na sociedade que não estão resolvidas e que renascem com 
mais intensidade nos contextos em transformação, “[...] o interesse central é trazer o 
aluno da Pedagogia para uma aproximação no campo teórico da Antropologia, que lhe 
é inteiramente desconhecido [...], por outro lado [o antropólogo] também desconhece o 
itinerário da Antropologia no campo da Educação” (GUSMÃO, 1997). Este desconhe-
cimento mútuo é caracterizado pelo descaso em fazer da Educação um campo privile-
giado de suas pesquisas.
Veja uma reportagem sobre uma escola em São Paulo com um projeto de inclusão de imi-
grantes bem interessante, disponível em: https://youtu.be/JwzxoBkFcZM
Há, portanto, um distanciamento. Gusmão (1997) argumenta que uma das causas 
para esse distanciamento é “[...] uma certa distorção de visão de que somos todos aco-
metidos e que nos leva a considerar a priori e/ou críticas insuficientes, deixando de 
entender a constituição da Ciência de que somos herdeiros”; mais ainda, 
[...] ser herdeiros não nos torna culturalistas, acríticos ou conservadores, 
mas exige que reconheçamos que o conhecimento, como Ciência, não 
nasce e morre dentro de um tempo determinado, senão se alimenta do 
que existe antes dele e fornece alimento ao que lhe sucede, sem nunca 
deixar de existir como referência. (GUSMÃO, 1997)
Gusmão (1997) defende o resgate do que está na origem da relação entre Antropo-
logia e Educação como, por exemplo, a Escola Culturalista Estadunidense representada 
por Franz Boas, que pensava a Educação como meio de transmissão da cultura, ou seja, 
defendia a relação Antropologia/Educação, ao invés de fomentar preconceitos entre as 
Ciências por falta do conhecimento.
Seguindo esse raciocínio, a relação entre Educação e cultura é fundamental e – por 
que não dizer? – elemento central para que esta relação se dê de forma a superar pre-
conceitos e elevar o nível da relação no patamar científico, com métodos e conceitos que 
signifiquem ganhos para as duas Ciências Humanas. A cultura é o que está na base das 
sociedades humanas, de modo que para Brandão (1997) “[...] a Educação é uma dimen-
são, uma esfera interativa e interligada a outras, um elo, uma trama na teia de símbolos 
e saberes [...] de instituições que configuram uma cultura”.
14
15
Possibilidades de Diálogo
Para adentrarmos a esta análise, usaremos basicamente os textos e comentários 
das pesquisadoras Neusa Maria Mendes de Gusmão (1997) da Universidade Estadual 
de Campinas (Unicamp), e de Janirza Cavalcante da Rocha Lima ([20--]), da Funda-
ção Joaquim Nabuco (Fundaj) – outra referência nas pesquisas sobre o diálogo entre a 
 Antropologia e Educação.
Figura 5
Fonte: mirim.org
A interdisciplinaridade realizada entre a Antropologia e Educação não está isenta de 
conflitos e desconfianças. Contudo, as diferenças podem ser superadas se respeitados os 
limites de cada Ciência no que pode oferecer de “ferramentas” de análise à outra – no 
caso específico desta Unidade, da Antropologia para a Educação.
A ntropologia e Educação constituem hoje, um campo de confrontação 
em que a compartimentação do saber atribui à Antropologia a condição 
de Ciência e a Educação, a condição de prática. Dentro dessa divergência 
primordial, profissionais de ambos os lados se acusam e se defendem 
com base em pré-noções, práticas reducionistas e muito desconhecimento. 
Muitas coisas separam antropólogos e educadores, mas muitas outras os 
une [...] o que há de comum e de diferente em ambas as áreas com base 
na existência de um diálogo do passado que possibilite um diálogo futuro. 
Considera-se assim, a possibilidade de superação dos preconceitos e, nes-
te sentido, apontar para um avanço do conhecimento. (GUSMÃO, 1997)
É difícil, de partida, o ato de se colocar no “lugar do outro” e, neste caso, é uma aven-
tura complicada, se não for bem fundamentada.
 O papel do educador no diálogo com a Antropologia não pode prescindir de lições 
metodológicas como as elaboradas pela Escola Culturalista, ou ainda por Malinowski, o 
15
UNIDADE Antropologia e Educação: Diálogos
“Pai da Antropologia Social”, que aponta caminhos a serem seguidos, onde o pesquisa-
dor deve se colocar no lugar do outro e enxergar o mundo com o “olhar do outro”, como 
também propunha Clifford Geertz. 
Clifford Geertz (1926-2006), foi um antropólogo estadunidense, professor emérito da Uni-
versidade de Princeton, onde lecionou por 30 anos. Com mais de 20 livros publicados, Geertz 
foi um dos antropólogos mais importantes do século XX e contribuiu de modo significativo 
para o desenvolvimento de uma teoria interpretativa dos fenômenos simbólicos. Entre os 
seus trabalhos mais importantes estão: Observando o Islã: o desenvolvimento religioso 
no Marrocos e na Indonésia (1968) e A interpretação das culturas (1973).
Tratar-se-ia de obstáculo não muito complicado de ser transposto, buscando conhe-
cer melhor o que lhe é estranho e com isso se beneficiar do diálogo interdisciplinar para 
enriquecer o seu conhecimento. Gusmão (1997) salienta que: “A Ciência como conheci-
mento é movimento que se constrói, define-se e redefine-se vinculada ao contexto histó-
rico que a origina”. Se, neste contexto em que vivemos, a possibilidade de se enriquecer 
mutuamente faz parte da atualidade das Ciências, por que não haver o diálogo? Afinal, 
ainda parafraseando Gusmão (1997), “[...] não se faz ciência do nada”. 
Tal diálogo não é uma “novidade” da década de 1970. Como já comentamos, Margaret 
Mead, nos Estados Unidos, fez ótimo trabalho ao analisar a Educação da população da 
Nova Guiné que a levou a considerar a Educação como parte da cultura/aprendizado 
desse povo. O que não é mais possível fazer, ainda hoje, é tentar instrumentalizar uma 
ciência em vantagem de outra. No tempo medieval isso foi possível principalmente em 
relação à Teologia, subordinando outros saberes, onde, na dúvida, a “razão teológica” 
estaria no controle, como se esta tivesse a palavra, a verdade a priori. O diálogo hodier-
no requer o conhecimento interdisciplinar com os outros saberes e uma aplicação corre-
ta de métodos e conceitos como, por exemplo, a cultura de uma determinada sociedade.
Gusmão (1997) cita, na relação necessária entre Antropologia e Educação, um dos 
mais eficazes meios de fazer esse diálogo se tornar profícuo, que é a intersecção da 
cultura, conceito muito trabalhado – e nem por isso pouco polêmico – na Antropologia. 
A Educação está presente na vida, sendo da natureza humana, de modo que precisamos 
ser “educados” para a vida. 
Ninguém escapa da Educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, 
de um modo ou de muitos todos nos envolvermos pedaços da vida com 
ela: para aprender, para ensinar para aprender e ensinar. Para saber, para 
fazer, para ser e para conviver todos os dias misturamos a vida com a 
Educação. Com uma ou com várias: Educação? Educações. E já que pelo 
menos por isso sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre a 
Educação que nos invade a vida, por que não começar a pensar sobre ela 
com o que uns índios uma vez escreveram? (BRANDÃO, 2007, p. 7-8)
O diálogo Antropologia/Educação é, segundo Gusmão (1997), “[...] espaço para 
 debate, reflexão e intervenção,que acolhe desde o contexto cultural da aprendizagem, 
os efeitos sobre a diferença cultural [...] até os sucessos e insucessos do sistema escolar 
16
17
em face de uma ordem social em mudança”. A Antropologia no passado e presente, 
está preocupada com o universo das diferenças e práticas educativas. Para Galli (apud
GUSMÃO, 1997) tais questões fazem convergir os estudos da cultura, no caso da 
 Antropologia, e dos mecanismos educativos, no caso da Pedagogia, o que possibilita 
uma “Antropologia da Educação”. 
Figura 6
Fonte: Getty Images
Na história ocidental, Antropologia como Ciência e Pedagogia prática justificaram 
o colonialismo, onde o diferente esteve sob controle do dominador, onde a diversidade 
caminha para a homogeneidade, “[...] vinculadas e determinadas pela lógica impositiva 
dessa história comum, defrontam-se ambas com o desafio de resgatar e redimensionar o 
universo das diferenças [...]” – referindo-se aos antropólogos, Carvalho (1989) diz que o 
hoje “[...] exige renovar a visão de mundo e das coisas [...]”. Seguindo essa lógica, o diálogo 
Antropologia/Educação pode saldar uma dívida histórica com a sociedade e cultura.
Franz Boas foi revolucionário no sentido de abandonar grande parte do preconceito 
existente no pensamento antropológico – e por que não dizer também pedagógico? – ao 
questionar o pensamento evolucionista, cujo mestre, L. Morgan, era o principal expoente. 
Segundo Neusa Maria Mendes de Gusmão (1997), para Boas:
A possibilidade de que a história da humanidade não tenha seguido um 
único caminho e direção [...] como história múltipla e variada, elimina o 
viés do pensamento evolucionista etnocêntrico [...] mostra a imensa riqueza 
do social humano e a natureza da cultura como não determinada biologi-
camente. A cultura, e não a biologia, torna-se referência para pensar as 
diferenças e compreendê-las em suas bases constitutivas [...] possibilita tam-
bém a crítica aos valores liberais e de igualdade postos pelo campo político 
do século XIX, como modelo autocentrado para as sociedades humanas e 
suas instituições, entre elas, a escola e seu modelo pedagógico ocidental.
Nesta linha de contestação do modelo institucional escolar ocidental, podemos citar 
mais uma vez Margaret Mead e o seu estudo sobre a cultura de Nova Guiné, mostrando 
as possibilidades de Educação. Boas foi um duro crítico do sistema de Educação 
17
UNIDADE Antropologia e Educação: Diálogos
estadunidense de sua época, por tomar parte em uma ideologia que confirma a domi-
nação e reprodução de uma sociedade centrada na ideia de liberdade, mas com uma 
prática educativa de cunho conformista e coercitivo, no intuito de moldar os sujeitos 
sociais adequados ao sistema produtivo, idealizando o modelo de cidadão. Para Boas 
a diversidade social era desrespeitada no modelo político evolucionista estadunidense.
O culturalismo de Boas e o funcionalismo de Malinowski, “pais fundadores da etno-
grafia”, sistematizadores dos caminhos pelos quais “[...] o pesquisador deve ele mesmo 
efetuar no campo a própria pesquisa” (LAPLANTINE, 1987, p. 75). O trabalho de 
campo, ainda segundo Laplantine (1987), torna-se a própria fonte de pesquisa e a con-
dição modular da Antropologia, fazendo-se Ciência da alteridade, onde o outro tem a 
sua lógica particular de cultura respeitada. No campo da Educação, as alunas de Boas, 
Ruth Benedict e a tantas vezes mencionada Margaret Mead dedicaram-se ao campo 
da Educação e à diversidade cultural, com contribuições salutares para que o diálogo 
 Antropologia/Educação não seja deixado para segundo plano.
Outros antropólogos que discutiam a escola e Educação nesse mesmo período foram 
M. Herskovitz, R. Redfield e C. Kluckhol, críticos dos “testes de inteligência” e da visão 
etnocêntrica da organização escolar muito em voga nas décadas de 1930 e 1940, o que 
dificultava a integração cultural no âmbito do ensino, entre outras críticas direcionadas 
à forma de Educação. 
Veja como escolas de fronteiras no Brasil têm promovido a integração cultural. 
Disponível em: https://bit.ly/2O4ruYi
Para os antropólogos as práticas educativas sempre foram preocupações, afinal, uma 
cultura só sobrevive se for passada para as gerações futuras, mesmo com as suas adapta-
ções e modificações naturais, realizadas pelas gerações mais novas, devidas ao encontro 
entre as culturas. A Educação é um dos elementos responsáveis pela manutenção de 
certas peculiaridades de uma cultura em relação à outra.
Para Rocha Lima (2011) “[...] a importante questão interdisciplinar no âmbito das 
Ciências Sociais encontra, na relação entre Educação (o campo educacional) e Antro-
pologia, talvez a mais profícua das experiências interdisciplinares hoje existentes”; para 
essa pesquisadora a Antropologia influencia inúmeras experiências de profissionais da 
Educação, assim como a forma de abordar os temas que são importantes para a expe-
riência desse profissional (da Educação).
Trilhar novos caminhos pressupõe ultrapassar umbrais para um percurso 
iniciático, uma porta entreaberta que convida ao devaneio, à imaginação 
criadora ou, às vezes, percorrer inusitadas veredas nas instigantes encru-
zilhadas da vida profissional. Desnudar a presença da Antropologia nos 
fenômenos educacionais analisados pelos profissionais da Educação [...] é 
entender que ali se encontra expressado, de forma inequívoca, as interfa-
ces, os diálogos possíveis estabelecidos com a Antropologia.
Segundo Edgar Morin (2003, p. 149 apud LIMA, 2011), “[...] os setores especializados 
do saber são compartimentados e fecham-se em um domínio, muitas vezes delimitado 
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de maneira artificial, ao passo que deveriam estar unidos em um tronco comum e se 
comunicar entre si”.
Para Rocha Lima (2011) nos últimos anos tem brotado esforços no sentido de se 
estreitar o diálogo, no Brasil, entre a Antropologia e Educação como, por exemplo, nos 
encontros acadêmicos bianuais de Educação realizados no Norte e Nordeste. Nesses 
eventos são apresentados avanços, além de se dirimirem dúvidas teóricas e metodológi-
cas e o “[...] lugar conferido à interdisciplinaridade no campo da pesquisa educacional”.
A relativização dos saberes e as conexões entre saberes diversos só se 
fizeram em razão das experiências vividas e da integração no mundo e na 
cultura de cada um. A exigência, portanto, de se pensar um saber e uma 
aprendizagem diversa, porém de igual valor, coloca em vigência uma 
ética no fazer antropológico e lhe dá uma dimensão política afinada com 
seu tempo [...] a perspectiva de que o homem não apenas vive, mas que, 
ao viver, questiona, cria sentidos, valores, mitos, artes e ideologias, que 
ordenam sua compreensão de mundo, revoluciona o fazer etnográfico, 
pois impõe o trabalho empírico, de campo, como fundamental na com-
preensão de outros povos e de nós mesmos . (GUSMÃO, 1997) 
É desta forma que ao trazer para a realidade da escola este sentido de inserir-se na 
vida da comunidade que ela representa é que se pode fazer da Educação algo real para 
quem educa e a quem aprende; mas reafirmamos que este inserir-se deve obedecer a 
teorias e métodos adequados, de modo que neste fazer interdisciplinar a Antropologia 
pode colaborar com a Educação.
Figura 7
Fonte: Adaptada de Getty Images
Em Síntese
O objetivo desta Unidade não é esgotar um tema inesgotável como a questão da inter-
disciplinaridade. Neste sentido, a Antropologia pode ser uma das protagonistas do diá-
logo “interciências”, oferecendo ferramenta de análise teórico-metodológica adequada 
para a Educação, principalmente através dos estudos culturais. 
Vimos também que neste percurso a relação nem sempre é harmoniosa, mas como tudo 
na vida, as Ciências Humanas precisam superar os obstáculos que se impõem para en-
contrar senão o melhor caminho, pelo menos o mais adequado para fazer o que é seu 
sentido último, melhorar a vida e relação das pessoas.
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UNIDADE Antropologia e Educação: Diálogos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre osassuntos abordados nesta Unidade:
 Filmes
Entre os muros da escola
François Marin trabalha como professor de língua francesa em uma escola, locali-
zada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na di-
fícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. Marin 
tem na escola alunos problemáticos, violência, tensões étnicas entre os alunos, o 
que testa sua paciência e, mais importante, sua determinação como um educador.
https://youtu.be/SIdal2w1K1U
Rita
Rita é uma série dinamarquesa de comédia dramática criada por Christian Torpe 
para a TV 2. Estreou na Dinamarca em 9 de fevereiro de 2012 e foi concluída em 
20 de julho de 2020, com 40 episódios transmitidos em cinco emporadas.
https://youtu.be/Jq0hwEXhnJ0
Amigas para Sempre
Firefly Lane é uma série de televisão americana dramática, estrelada por Katherine 
Heigl e Sarah Chalke e desenvolvida por Maggie Friedman. A série é baseada no 
romance de mesmo nome escrito por Kristin Hannah e estreou na Netflix em 3 de 
fevereiro de 2021.
https://youtu.be/IREMcPoGb5g
Sex Education
O inexperiente Otis entede tudo de aconselhamento sexual, graças à sua mãe sexóloga. 
Ele se junta com a rebelde Maeve para abrir uma clínica de terapia sexual na escola.
https://youtu.be/46DLtYfJ6WI
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Referências
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