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Aplicação de testes de instrumentos 
financeiros de dívida, de capital e de 
investimentos avaliados pelo MEP
Apresentação
Você sabia que o exame de auditoria aplicado sobre os investimentos tem como objetivo o 
desenvolvimento dos trabalhos já determinados de forma antecipada? Isso é denominado programa 
de auditoria. Sua finalidade é prevenir trabalhos desnecessários ou que não correspondam às metas 
estabelecidas. Dentro do programa de auditoria estão definidos os possíveis testes que serão 
aplicados com relação aos instrumentos financeiros de dívida e de capital e sobre os investimentos 
avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai 
estudar os procedimentos essenciais para o desenvolvimento da auditoria, as possibilidades de um 
controle interno dentro do controle de investimentos e os métodos de trabalho dos auditores na 
aplicação de suas funções. Ao final desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Verificar os critérios considerados primordiais para a realização da auditoria.•
Identificar as possibilidades de adoção de controles internos no controle dos investimentos.•
Reconhecer os procedimentos aplicados pelos auditores na execução do seu trabalho.•
Desafio
Você iniciou suas atividades na entidade Super Micro Ltda. e, em seguida, foi convidado para 
participar do quadro de auditores internos da empresa. Após algumas capacitações, você 
compreendeu melhor o processo de auditoria e foi agendada a primeira, na qual você participaria 
auxiliando na execução dos trabalhos.
Durante a auditoria de investimentos que abordava os instrumentos financeiros, você observou 
que uma das aplicações realizadas pelo setor financeiro da empresa havia sido realizada pelo valor 
de R$ 3.000.000,00, mas não constatou nenhum documento de autorização por parte da diretoria 
que indicasse que a aplicação poderia ser feita.
Realizando alguns questionamentos aos diretores, com base nas demonstrações financeiras, você 
verificou que a aplicação estava correta e autorizada, mas não havia nenhum documento que 
confirmasse o fato.
Com base no conhecimento que você adquiriu nas capacitações realizadas sobre os procedimentos 
de auditoria, responda de forma dissertativa o que você recomendaria para alinhar os 
procedimentos da empresa.
Indique onde houve a falha envolvendo o setor financeiro e a diretoria com relação à aplicação 
realizada.
Infográfico
O infográfico apresenta os testes de instrumentos financeiros e investimentos. Serão apresentado 
alguns métodos para a elaboração dos papéis de trabalho. Confira!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Conteúdo do livro
A execução dos processos de auditoria é determinada buscando-se a eficiência do controle interno 
dos investimentos e a matéria abrangente. Se o controle interno for considerado adequado, os 
testes de auditoria podem ser efetivados em datas medianas ao encerramento, bastando que o 
auditor efetue métodos opcionais que garantam o valor do encerramento.
Acompanhe o capítulo Aplicação de testes de instrumentos financeiros de dívida, de capital e de 
investimentos avaliados pelo MEP, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
AUDITORIA A 
CONTÁBIL AVANÇADA
Aplicação de testes de 
instrumentos � nanceiros 
de dívidas, de capital 
e de investimentos 
avaliados pelo MEP
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Veri� car os critérios considerados primordiais para a realização da
auditoria.
 Identi� car as possibilidades de adoção de controles internos no con-
trole dos investimentos.
 Reconhecer os procedimentos aplicados pelos auditores na execução
do seu trabalho.
Introdução
Você sabia que o exame de auditoria aplicado sobre os investimentos 
tem como objetivo o desenvolvimento dos trabalhos já determinados 
de forma antecipada? Isso é denominado programa de auditoria. Sua 
finalidade é prevenir trabalhos desnecessários ou que não correspondam 
às metas estabelecidas. Dentro do programa de auditoria estão definidos 
os possíveis testes que serão aplicados com relação aos instrumentos 
financeiros de dívida e de capital, e sobre os investimentos avaliados 
pelo método de equivalência patrimonial.
Neste texto, você vai estudar os procedimentos essenciais para o 
desenvolvimento da auditoria, as possibilidades de um controle interno 
dentro do controle de investimentos e os métodos de trabalho dos 
auditores na aplicação de suas funções.
Critérios primordiais para a realização de 
auditorias
Teste dos instrumentos financeiros de dívida
Para o teste aplicado em instrumentos fi nanceiros de dívida, é necessário obter 
ou elaborar um papel de trabalho que contenha o saldo das contas relativas 
a aplicações fi nanceiras, ou seja, aos ativos circulante e não circulante. Para 
isso, se usa como base a data do término do exercício social. Também é preciso 
fornecer os seguintes dados por aplicação:
  Essência do título;
  Local custo perante os títulos;
  Data da execução;
  Data estipulada para a restituição, já definida no título ou intuito da 
entidade;
  Taxa de rendimentos, incluindo juros e correção monetária;
  Dinheiro aplicado;
  Dinheiro referente aos rendimentos provisionados;
  Preço de mercado.
O auditor precisa conferir o montante das colunas relativo ao valor aplicado 
e aos rendimentos provisionados. Também é fundamental para o desenvolvi-
mento dos seus trabalhos que se confirme o total das colunas previstas com 
o razão emitido pela contabilidade. Além disso, é necessário examinar toda 
a documentação que será usada como suporte para as aplicações.
Também é preciso que se tenha a carta de confirmação da instituição 
custo perante o título. Isso serve para que seja possível confrontar as informa-
ções disponibilizadas pelo cliente que está sendo auditado com as que foram 
acordadas mediante contrato de investimento. Se a entidade que está sendo 
auditada tiver posse do título, basta examiná-lo por intermédio de extrato de 
movimentação. 
93Aplicação de testes de instrumentos financeiros de dívidas...
A carta de confirmação precisa apresentar as seguintes informações:
  Se o título pertence à instituição;
  Se o título em questão é de propriedade da entidade que está sendo auditada;
  Se existe algum ônus sobre o título.
A seguir, você poderá observar alguns procedimentos que devem ser 
obedecidos. Eles são os mesmos apresentados nas cartas de confirmação de 
saldos de contas movimento: 
a) Realize a conferência do nome da instituição, das respectivas datas em 
que foram efetuadas as aplicações. Também resgate a taxa de rendi-
mento e a quantia em dinheiro que foi empregada juntamente com a 
documentação que serve de suporte.
b) Se for possível, questione a administração da entidade quanto à intenção 
do resgate dos respectivos títulos.
c) Analise se as aplicações foram ordenadas de forma devida no balanço 
patrimonial.
d) Analise se a taxa de rendimentos está de acordo com o mercado.
e) Efetue a conferência dos cálculos relativos aos rendimentos que foram 
provisionados.
f) Confira a classificação dos rendimentos, ou seja, se os mesmos foram 
ordenados como receitas financeiras.
g) Se for aplicável, verifique o resgate em data posterior à do teste, exa-
minando aviso bancário e extrato bancário a fim de conferir o crédito.
h) Examine as aplicações financeiras que foram efetuadas e resgatadas 
durante o exercício.
i) Verifique:
 ■ Os valores que foram registrados a débito nas contas de aplicações 
financeiras e também os débitos efetuados de maneira direta no 
extrato bancário relacionado às respectivas aplicações financeiras 
que geralmente correspondem a valores superiores e arredondados.
 ■ A documentação utilizada como suporte para a aplicação e o resgate.
 Auditoria contábill avançada 94
 ■ A razoabilidade da taxa derendimentos com relação ao mercado. 
É preciso examinar os cálculos da receita e a devida contabilização 
em receitas financeiras. 
j) Verifique o fluxo diário referente aos saldos bancários mediante extratos 
ou controles internos, para o exercício. Além disso, realize um confronto 
com a necessidade de desembolso, com o intuito de confirmar se as 
sobras temporárias de caixa são aplicadas de maneira correta, de acordo 
com as políticas internas da entidade.
k) Averigue a ordenação dos títulos, ou seja, se estão em negociação, 
disponíveis para a venda e conservados até o seu vencimento.
l) Examine o ajuste a valor justo e a contabilização correspondente aos 
títulos que estão em negociação, isto é, o ajuste que foi registrado no 
resultado e os títulos disponíveis para a venda, ou seja, o ajuste efetuado 
na conta “ajustes de avaliação patrimonial”, já deduzidas as referidas 
tributações.
Os instrumentos financeiros são de uso de entidade financeira e não financeira, inde-
pendente do porte, para vários fins. É importante você compreender que algumas 
empresas apresentam uma carteira longa de instrumentos e negociam quantidades 
extensas de transações. Já outras empresas podem possuir poucas transações de 
instrumentos financeiros.
Teste dos instrumentos financeiros de capital
Para que se possam desenvolver testes sobre os instrumentos fi nanceiros de 
capital, o auditor deve elaborar papeis de trabalho que forneçam, de forma 
específi ca, o seguinte:
  O detalhamento de cada um dos investimentos;
  A verificação do saldo inicial do período, em que constem as quantidades 
de ações ou quotas e o valor;
  O que foi adquirido no período com relação às quantidades de ações 
ou quotas e o valor;
95Aplicação de testes de instrumentos financeiros de dívidas...
  As baixas efetuadas no período relativas às quantidades de ações ou 
quotas e o valor;
  Os saldos finais no encerramento do período, também relativos às 
quantidades de ações ou quotas e o valor;
  O respectivo valor da venda efetuada de investimentos que foram bai-
xados no período;
  O lucro ou prejuízo correspondente à baixa dos investimentos, ou seja, 
o valor referente à venda diminuído o valor contábil;
  A cotação no mercado e o ajuste a valor de mercado;
  Os lucros ou dividendos que foram lançados no período como receita;
  O local físico dos investimentos. Na ocorrência de estarem penhorados, 
fornecer detalhes com o intuito de inserção nas notas explicativas.
É de extrema importância verificar a soma referente ao montante das co-
lunas do papel de trabalho. Uma das etapas afirma que é necessário verificar 
as ações para se certificar de que as mesmas foram classificadas de maneira 
correta para negociação, isto é, com o ajuste a valor de mercado compreendido 
no resultado do exercício e disponibilidade para venda. Ou seja: é fundamental 
verificar se o ajuste pelo preço de mercado foi lançado na conta “ajuste de 
avaliação patrimonial”, já deduzido de tributação.
O auditor precisa examinar os saldos iniciais do período em confronto com 
os papeis de trabalho do exercício anterior. Também deve conferir o montante 
das colunas relativas ao saldo do fim do período, o lucro ou prejuízo pela 
baixa de investimentos, os lucros ou dividendos que foram lançados como 
receitas e o ajuste a valor de mercado em contrapartida com o razão contábil 
pertencente ao mesmo período.
As compras, as baixas e o valor de venda referentes aos investimentos 
precisam ser comparados com a documentação que afirme tais fatos. Você 
deve saber que tais transações foram autorizadas de acordo com os limites de 
competência determinados pela entidade que está sendo auditada.
 Auditoria contábill avançada 96
A coluna referente ao papel de trabalho de cotação no mercado precisa ser compa-
rada com divulgações efetivadas pela bolsa de valores. Você precisa estar atento à 
necessidade de investigar se os investimentos tiveram sua avaliação em conformidade 
com os princípios de contabilidade.
O auditor deve argumentar sobre a intenção de alienação das aplicações 
com os administradores da entidade. É relevante conferir se as aplicações 
estão dispostas no ativo circulante e não circulante, conforme a intenção. 
Também cabe ao auditor examinar as transações incorridas posteriores ao 
encerramento das demonstrações financeiras. O objetivo disso é garantir 
que nenhuma aplicação ordenada no ativo não circulante tenha sido alienada.
Ainda é necessário que sejam conferidos os lucros ou dividendos lançados 
como receita em um período com a respectiva documentação que comprove o 
fato, analisando se todos os valores de fato foram contabilizados.
Você deve verificar:
  As divulgações frequentes das bolsas de valores;
  As demonstrações financeiras da entidade investida;
  As atas referentes a reuniões de acionistas da entidade investida;
  A necessidade de obter dados de confirmação diretamente da entidade 
investida.
Também é preciso analisar se os investimentos estão penhorados. Isso é importante 
e pode ser efetivado mediante conversas com os administradores combinadas com 
os métodos de confirmação física de títulos juntamente aos custodiantes, bem como 
por meio de auditoria de passivos.
97Aplicação de testes de instrumentos financeiros de dívidas...
Teste dos investimentos avaliados pelo MEP
Nos testes realizados para investimentos avaliados pelo Método de Equiva-
lência Patrimonial (MEP), também é preciso que se elabore ou que se consiga, 
mediante a entidade que será auditada, papel de trabalho que forneça alguns 
detalhes específi cos. Por exemplo:
  A característica de cada investimento, com informações sobre a compa-
nhia, a essência da ação, o percentual de participação, entre outros dados;
  O saldo inicial do período referente às quantidades de ações ou quotas 
e o valor;
  As compras relativas ao período que abordem as quantidades de ações 
ou quotas e o valor;
  As baixas efetuadas no período com relação às quantidades de ações 
ou quotas e o valor;
  Os dividendos auferidos ou creditados;
  O ajuste da equivalência patrimonial;
  O saldo final no encerramento do período, envolvendo as quantidades 
de ações ou quotas e o valor;
  O valor referente à venda de investimentos que foram baixados no 
período;
  O lucro ou prejuízo relacionado à baixa dos investimentos, ou seja, o 
valor efetivo da venda, reduzido o valor contábil.
Na ocorrência de ágio na entidade, é preciso evidenciar no papel de trabalho a provisão 
constituída ocasionalmente e o referido teste de recuperabilidade. Você deve fazer 
isso conforme o CPC 01 (R1) (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2010), que 
aborda redução e valor recuperável de ativos.
Observe outros procedimentos que os auditores devem utilizar no desen-
volvimento do seu trabalho: 
 Auditoria contábill avançada 98
a) Conferir o cálculo das colunas do papel de trabalho.
b) Verificar o saldo inicial em contrapartida com os papeis de trabalho 
do ano anterior.
c) Verificar o montante das colunas do saldo final do referido período e do 
lucro ou prejuízo oriundo da venda em confronto com o razão contábil, 
considerando o mesmo período.
d) Comparar a documentação suporte das compras, baixas e também o 
valor das vendas dos investimentos.
e) Examinar de modo físico os títulos que correspondem aos investimentos 
ou adquirir confirmação por escrito por meio de carta de confirmação, 
na situação em que os títulos estiverem em poder de terceiros.
f) Na ocorrência de dividendos pagos ou creditados, verificar os cálculos 
e examinar toda documentação que seja comprobatória, demonstrações 
financeiras auditadas e atas resultantes de reuniões de acionistas.
g) No ajuste da equivalência patrimonial, é preciso aplicar os seguintes 
métodos:
 ■ Analisar se o investimento atende a todas as exigências legais para 
ser registrado mediante esse método. Verificar a existência de outros 
investimentos que possam estar avaliados pelo método de valor justo, 
porém deveriamestar avaliados pela equivalência patrimonial.
 ■ Adquirir demonstrações financeiras que já foram auditadas da en-
tidade investida.
 ■ Verificar se as demonstrações financeiras da entidade investida foram 
apuradas de acordo com a data do balanço da entidade investidora 
ou 60 dias antes.
 ■ Observar se o patrimônio líquido da entidade investida sofreu ajuste 
para outras situações, caso aplicáveis:
 ■ Fatos extraordinários que aconteceram no período compreendido 
entre a data da apuração do patrimônio líquido da entidade inves-
tida e a data do término das demonstrações financeiras da entidade 
investidora;
 ■ Métodos contábeis diferentes entre investida e investidora;
 ■ Resultados não realizados.
 ■ Efetuar a conferência do cálculo referente ao ajuste da equivalência 
patrimonial, ou seja, ao patrimônio líquido ajustado da investida que 
deve ser multiplicado pelo percentual de participação.
 ■ Apontar o valor do ajuste referente à equivalência patrimonial na 
demonstração do resultado.
99Aplicação de testes de instrumentos financeiros de dívidas...
h) Sendo a primeira avaliação pela equivalência patrimonial, observar se na 
aquisição do investimento foi realizada a distribuição referente ao valor 
de compra em ágio e equivalência patrimonial. Para isso, se examina 
o cálculo resultante e se verificam as demonstrações financeiras que 
passaram por auditoria da investida.
Revisão do controle interno
As técnicas de controle interno relacionadas aos investimentos precisam for-
necer controle físico e contábil para os bens. O controle físico visa a garantir 
a segurança dos investimentos, com o intuito de prevenir perdas, furto ou uso 
inadequado. Esse controle se obtém, em caso de títulos, assegurando-os fora 
da entidade, isto é, em um banco, por exemplo. Na ocorrência de a própria 
entidade decidir realizar a segurança de tais títulos, eles devem ser alocados 
adequadamente em cofre ou similar.
No máximo duas pessoas devem conseguir acessar os títulos. Uma delas não pode 
conseguir, sozinha, se apropriar deles.
Além disso, você deve saber que os controles contábeis dos investimentos 
e o lucro originário destes últimos necessitam solicitar prestação de contas dos 
investimentos individuais. A efetuação dos registros precisa ser realizada por 
pessoas que não tenham acesso aos investimentos ou registros realizados pela 
contabilidade. É preciso elaborar critérios para análise da guarda relativa ao 
lucro de investimentos. Também é possível elaborar uma programação do lucro 
que se deseja atingir com o referido investimento para um período estimado. 
Nesse caso, esse lucro tem de poder ser confrontado com o que foi efetuado. 
A venda de investimentos deve ser resguardada e as vendas, aquisições, lucros 
e prejuízos necessitam ser metodicamente contabilizados por intermédio de 
métodos compatíveis.
 Auditoria contábill avançada 100
O controle interno possui como finalidades:
  Obter dados adequados.
  Incentivar o respeito e a sujeição às políticas da administração.
  Guardar os ativos.
  Melhorar a eficiência e eficácia operacionais.
A revisão do controle interno possui o intuito de estabelecer para o auditor 
a medida de confiança empregada no controle interno. Isso serve para que se 
consiga definir os métodos de auditoria que precisam ser usados, o instante 
pertinente para sua execução e a sua dimensão.
Os controles internos são diferentes de uma entidade para outra, pois dependem dos 
riscos que a entidade possui quanto à sua materialidade, da quantidade de pessoas 
existentes nela e dos seus investimentos. Mesmo com essa disparidade relativa ao 
controle interno de diferentes entidades, é imprescindível o mínimo de controle 
interno, visando a uma segurança necessária.
Considerando que o controle interno é fundamental, você pode verificar 
a seguir alguns pontos fortes relativos a ele:
  Distribuição de funções entre a custódia de investimentos e o processo 
de escrituração.
  Segurança, mediante uso de cofres de aluguel acessíveis para no máximo 
duas pessoas, situação em que estas devem ser independentes entre si.
  Processo de autorização para compra e baixa de investimentos.
  Controle mediante planilhas de acompanhamento no caso das entidades 
investidas.
  Efetuação da contagem frequente realizada por pessoa independente 
da que realiza a precação de investimentos da guarda física.
101Aplicação de testes de instrumentos financeiros de dívidas...
Procedimentos de auditoria
No processo de auditoria, alguns critérios são extremamente relevantes para 
que se consiga atingir os objetivos determinados. Isso depende da mensuração 
do controle interno e da materialidade compreendida.
A seguir, observe os critérios que o auditor poderá utilizar para o desen-
volvimento do seu trabalho:
Exame físico: 
  Realização da contagem física dos investimentos, se for possível.
Confirmação:
  Confirmação dos investimentos.
  Confirmação dos investimentos guardados por terceiros.
  Confirmação os adiantamentos que foram cedidos.
Documentos originais:
  Exame de documentos relacionados às aquisições efetuadas e às vendas 
efetivas; atas de assembleias realizadas e contratos fechados.
Cálculos:
  Cálculo relacionado à participação acionária; à equivalência patrimonial 
e à relativa provisão para perdas.
Escrituração:
  Exames do razão referente à conta de investimentos, do razão da conta de 
receitas e do razão da contabilização, conforme período de competência.
Investigação:
  Exames específicos dos documentos que envolvem as aquisições; das 
vendas e dos documentos que abrangem as autorizações e aprovações 
das transações efetivas.
 Auditoria contábill avançada 102
Inquérito:
  Esclarecimento relacionado às aquisições ou vendas de investimentos 
efetuados; investigação referente à situação patrimonial das entidades 
investidas.
Registros auxiliares:
  Testes relacionados ao razão analítico de investimentos e do diário 
auxiliar referente ao número de ações.
Correlação:
  Ligação das aquisições de investimentos efetuados com o disponível 
ou o passivo; relação da equivalência patrimonial que foi registrada 
com o resultado.
Observação:
  Ordenação apropriada dos investimentos.
  Verificação dos princípios contábeis.
  Verificação dos controles existentes sobre os investimentos.
103Aplicação de testes de instrumentos financeiros de dívidas...
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 01 (R1): redução ao valor recuperável 
de ativos. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/ CPC/Documentos-
-Emitidos/ Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=2>. Acesso em: 05 fev. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. IAPN 1000: guia prático da auditoria de 
instrumentos financeiros. Brasília, DF, 2012. Disponível em: <http://cfc.org.br/tecnica/ 
normas-brasileiras-de-contabilidade/>. Acesso em: 22 jan. 2017.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Referência
 Auditoria contábill avançada 106
 
Dica do professor
O vídeo a seguir aponta a forma mais precisa sobre a auditoria nos investimentos, abordando 
especificamente os testes de instrumentos financeiros de dívidas, de capital e nos investimentos 
avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Assista ao vídeo!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1d5da65d8e59f2bd79b30a225dde58e1
Exercícios
1) 
Sobre o teste de instrumentos financeiros de dívida, selecione a opção correta.
A) É essencial para a aplicação do trabalho do auditor que se confirme o montante das colunas 
previstascom o razão emitido pela contabilidade.
B) A carta de confirmação deve mostrar se o método de equivalência patrimonial foi obedecido.
C) Conferir os cálculos dos rendimentos que foram excluídos é um dos procedimentos que 
precisam ser obedecidos.
D) Outro procedimento considerado importante se refere à análise da classificação das taxas e a 
verificação se elas foram classificadas como receitas.
E) Dentre as funções do auditor está a análise do fluxo mensal referente aos saldos bancários 
através de extratos ou controle interno.
2) 
Avalie as afirmativas e indique a correta.
A) O auditor deve elaborar papéis de trabalho que detalhem, entre outras informações, somente 
os saldos iniciais relativos às quantidades de ações ou quotas e o valor.
B) É dispensável a verificação do cálculo relacionado ao montante das colunas do papel de 
trabalho.
C) As compras, baixas e o valor de venda relacionado aos investimentos devem ser confrontados 
com o razão contábil, não sendo preciso outras conferências.
D) É preciso realizar exames físicos sobre os investimentos que envolvem as ações ou quotas, 
acompanhado do colaborador depositário.
E) É importante verificar se as aplicações estão demonstradas no passivo circulante e não 
circulante.
3) 
Quanto ao teste dos investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial, 
analise as alternativas e identifique a correta.
A) Na elaboração dos papéis de trabalho, é preciso considerar as baixas realizadas no período 
relativo às quantidades de ações ou quotas e o valor.
B) Outro critério importante a ser considerado na elaboração dos papéis de trabalho é o saldo 
final no início do período, envolvendo as quantidades de ações ou quotas e o valor.
C) O auditor deve examinar os títulos que correspondem aos investimentos mediante relatórios 
e questionamentos feitos aos colaboradores.
D) Referente ao ajuste da equivalência patrimonial, um dos métodos se refere a obter 
demonstrações financeiras que ainda não foram auditadas da entidade investida.
E) Se for a primeira avaliação pela equivalência patrimonial, deve ser observado se, na aquisição 
do investimento, foi efetuada a divisão relativa ao valor de venda em ágio e equivalência 
patrimonial.
4) 
Verifique as afirmativas relacionadas aos procedimentos de auditoria e indique a opção 
correta.
A) No processo de confirmação são conferidos os investimentos, os investimentos mantidos por 
terceiros e os adiantamentos adquiridos.
B) É preciso examinar os documentos referentes a compras realizadas, documentação de 
vendas, atas de assembleias e contrato.
C) Os testes relativos ao razão sintético de investimentos pertencem ao procedimento de 
auditoria de registros auxiliares.
D) O auditor deve verificar os controles existentes somente sobre a venda das ações.
E) É função do auditor examinar o razão da conta de investimentos, o razão das receitas e da 
contabilização de acordo com os pagamentos.
5) 
Com relação ao conteúdo de revisão do controle interno, aponte a alternativa correta.
A) O controle físico tem por finalidade garantir a segurança dos investimentos, mas não 
consegue prevenir possíveis perdas.
B) Os registros podem ser efetuados por qualquer colaborador, mesmo tendo ou não acesso aos 
investimentos.
C) Se a própria entidade decidir fazer a segurança dos títulos, eles precisam ser mantidos de 
maneira correta, como em cofres, por exemplo.
D) É impossível desenvolver uma programação do lucro que se pretende atingir com o referido 
investimento considerando um período estimado.
E) O processo de aprovação referente à compra e à baixa de investimentos pode ser 
considerado um ponto fraco no controle interno, pois pode limitar os rendimentos dos 
investimentos.
Na prática
Eliana trabalha na empresa WK Auditoria há quatro meses. Alguns processos ainda são 
desconhecidos a ela, pois ainda está tomando conhecimento de todas as suas funções para 
desenvolvê-las corretamente. Eliana é auxiliar no processo de auditoria da empresa e, sempre que 
auditorias são realizadas, ela acompanha o grupo de profissionais para ir se habituando às situações 
e aos métodos utilizados por eles.
Durante a auditoria realizada em um cliente, ela percebeu que seus colegas faziam uso de um 
documento no qual constavam todos os pontos que deveriam abordar, simulando um check list. O 
documento usado pelos auditores que analisavam os investimentos incluía os seguintes pontos que 
deveriam ser verificados com relação à existência do investimento, os direitos, a valorização e a 
integridade:
 
Eliana verificou também a existência de outros testes que pertencem aos métodos adotados pela 
auditoria e que precisam ser efetuados para que os objetivos sejam atingidos, como estes:
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Instrumentos financeiros
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Serviços de Auditoria e Asseguração na Prática
Stuart, Iris
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Pronunciamento técnico CPC 14
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Avaliação de investimento pelo Método de Equivalência 
Patrimonial (MEP)
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.sinescontabil.com.br/monografias/artigos/Instrumentos-financeiros-1.pdf
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/229_relatorio_da_audpub_CPC_14.pdf
https://www.inesul.edu.br/professor/arquivos_alunos/doc_1344399485.pdf
Auditoria de imobilizado
Apresentação
O Ativo Iimobilizado, que está classificado no Ativo Não Circulante, corresponde a uma parcela 
significativa de ativos de uma entidade organizacional. Quando se trata de uma indústria, por 
exemplo, os bens são utilizados por vários anos e permanecem por um tempo prolongado na 
empresa, pois são utilizados no desenvolvimento da atividade fabril da empresa.
Tais ativos são apropriados por todos os custos a eles vinculados, tais como a sua aquisição, 
instalação, depreciação ou manutenção, que servem de base para que o bem possa ser utilizado. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre os procedimentos utilizados pela auditoria 
no desenvolvimento dos trabalhos no imobilizado, além de conhecer as normas e processos 
contábeis nesse tipo de auditoria e reconhecer a avaliação do custo do imobilizado.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir os métodos adotados pela auditoria na realização dos trabalhos no imobilizado.•
Identificar normas e procedimentos contábeis na auditoria de imobilizado.•
Reconhecer o processo de mensuração de custo do imobilizado.•
Desafio
Você é um dos auditores designados para a realização da auditoria de imobilizado na empresa 
Orlando Navegação. Foram preparados os papéis de trabalho, incluindo o razão relativo ao período 
em que constam todos os imobilizados da empresa.
 
Com base no que foi detalhado, disserte sobre qual erro foi cometido envolvendo procedimentos e 
normas contábeis com relação aos imobilizados. Identifique como você constatou essa falha e qual 
procedimento deve ser feito pela auditoria.
Observe que a auditoria será realizada nas duas embarcações atracadas no porto para a inspeção.
Infográfico
O infográfico aponta os objetivos da auditoria de imobilizado. Além disso, traz exemplos de bens e 
procedimentos do controle interno destes bens. Confira!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Conteúdo do livro
O estudo dos elementos que compõe o Ativo Imobilizado leva em consideração o custo de 
aquisição e a correspondente depreciação pertinente aos diferentes tipos de ativos adquiridos pela 
empresa.
O processo de auditoria existe para confrontar se os elementos estruturais dos ativos (valor de 
aquisição, quantidade, tempo de vida útil, tempo de depreciação, entre outros) estão deacordo 
com as regras e procedimentos legais instituídos para assegurar a integridade patrimonial das 
organizações.
Desta forma será abordado os métodos adotados, além de normas e procedimentos contábeis e o 
processo de mensuração do custo do imobilizado.
Boa leitura. 
AUDITORIA CONTÁBIL 
AVANÇADA
Aline Alves
Auditoria de imobilizado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  De� nir os métodos adotados pela auditoria na realização dos trabalhos 
no imobilizado.
  Identi� car as normas e procedimentos contábeis na auditoria de 
imobilizado.
  Reconhecer o processo de mensuração de custo do imobilizado.
Introdução
Você sabia que o ativo imobilizado geralmente corresponde a uma parcela 
relevante dos ativos de uma entidade? Quando se trata de uma indústria, 
por exemplo, os bens são utilizados por vários anos e acabam ficando 
por tempo prolongado na empresa, sendo usados na manutenção 
das suas atividades, e não destinados para a venda. Tais ativos são 
apropriados por todos os custos vinculados a sua aquisição ou instalação 
para que o bem possa ser utilizado.
Neste texto, você vai estudar os procedimentos utilizados pela audito-
ria no desenvolvimento dos trabalhos no imobilizado, além de conhecer 
as normas e processos contábeis nesse tipo de auditoria e reconhecer a 
avaliação do custo do imobilizado.
Normas contábeis, objetivos e definições da 
auditoria do imobilizado
Normas contábeis
Os bens do ativo imobilizado geralmente correspondem a uma parte considerá-
vel dos ativos de uma entidade. Pode-se afi rmar que os ativos são apropriados 
com todos os custos que estão ligados à sua aquisição ou à sua instalação. 
Dessa forma, o respectivo bem pode ser utilizado. Os bens do ativo imobilizado 
são deduzidos de depreciação. Ela corresponde à apropriação do custo e da 
despesa, que em decorrência diminuem o valor contábil do bem. O processo 
de depreciação existe em consequência da vida útil estipulada para o bem. 
Em conformidade com os princípios contábeis, você deve registrar o valor 
dos bens do ativo imobilizado como custo ou despesa nos períodos contábeis 
em que eles são utilizados pela entidade.
A disposição do ativo imobilizado no balanço patrimonial está no grupo do 
ativo não circulante. Os critérios básicos de divulgação exigem a publicação 
dos bens nas demonstrações financeiras, nas categorias fundamentais de 
bens. Nesse sentido, é necessário dar destaque para o custo e a depreciação 
acumulada, os critérios de depreciação, a vida útil do bem, os ônus reais 
formados, a responsabilidade considerável atribuída de aquisição, o fluxo das 
contas do custo e da depreciação acumulada no período.
É preciso observar as contas pertencentes ou vinculadas ao ativo imobilizado conforme 
a ocasião de sua auditoria.
Você deve saber que estão vinculados ao ativo imobilizado, entre outros:
  Custo;
  Depreciação acumulada do bem;
  Despesa de depreciação;
  Despesa relativa à manutenção e reparos;
  Valor referente à venda dos bens do ativo imobilizado;
  Valor contábil dos bens do ativo imobilizado que foram baixados.
 Auditoria contábill avançada 108
O CPC 01 (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2010) estabelece que a entidade 
precisa testar para a recuperabilidade o valor contábil dos bens do ativo imobilizado. 
Ante a possibilidade de o valor contábil ser maior que o valor recuperável, será ne-
cessário constituir provisão para perda.
A NBC T 19.1 – Ativo Imobilizado (CONSELHO FEDERAL DE CON-
TABILIDADE, 2012) foi aprovada por meio da Resolução CFC nº 1.177/09 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009). No entanto, a Re-
solução CFC nº 1.329/11 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 
2011) modificou a sigla e a numeração da Norma NBC T 19.1 para NBC TG 
27. Essa norma regulamenta os ativos imobilizados.
Objetivos da auditoria do imobilizado
A fi nalidade da Norma NBC TG 27 (CONSELHO FEDERAL DE CONTA-
BILIDADE, 2009) é defi nir o tratamento contábil para ativos imobilizados. 
Dessa forma, os usuários das demonstrações contábeis conseguem distinguir 
os dados sobre o investimento da empresa em seus ativos imobilizados, assim 
como suas modifi cações. Os pontos fundamentais que você deve observar 
na contabilização do ativo imobilizado correspondem ao reconhecimento 
dos ativos, à defi nição dos seus valores contábeis e aos respectivos valores 
referentes à depreciação e perdas mediante desvalorização. É necessário 
reconhecer essas perdas em relação aos valores.
Você deve utilizar a norma na contabilização de ativos imobilizados. 
Contudo, não pode aplicá-la quando outra norma requerer ou possibilitar um 
tratamento contábil diferente.
Dessa forma, a Norma NBC TG 27 (CONSELHO FEDERAL DE CON-
TABILIDADE, 2009) não se aplica quando houver:
(a) ativos imobilizados classificados como mantidos para venda de 
acordo com a NBC TG 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e 
Operação Descontinuada;
(b) ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola (ver a NBC 
TG 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola); 
109Auditoria de imobilizado
(c) reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação
(ver a NBC TG sobre Exploração e Avaliação de Recursos Minerais); ou
(d) direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás
natural, carvão mineral, dolomita e recursos não renováveis semelhantes.
Na auditoria, o campo de exame do ativo imobilizado contempla os direitos 
que tenham por itens bens com destino à manutenção das atividades da entidade 
ou aplicados com esse intuito. Você deve incluir neles os que são de natureza 
industrial ou comercial, relacionados à Lei Societária. É importante que você 
saiba também que dentro dessa concepção legal são considerados terrenos, 
construções, instalações, benfeitorias ou aprimoramentos, máquinas, equipa-
mentos, ferramentas, embarcações, móveis e utensílios, aeronaves, veículos, 
jazidas ou direitos de exploração, florestamento e reflorestamento, construções 
em processo, bens intangíveis e benfeitorias em imóveis de terceiros.
Os testes de auditoria também compreendem peças ou equipamentos des-
tinados à execução nas imobilizações cuja vida útil prolongada fundamente 
o tratamento.
O exame efetuado pelo auditor inclui ainda as contas retificadoras do ativo
imobilizado que se relacionam às depreciações, amortizações e exaustões.
Definições da auditoria do ativo imobilizado
Analise a seguir alguns conceitos que são comuns e usuais nas auditorias e 
que estão dispostos na NBC TG 27 (CONSELHO FEDERAL DE CONTA-
BILIDADE, 2009):
 Auditoria contábill avançada 110
 Valor contábil: corresponde ao valor pelo qual um ativo é reconhecido
depois do processo de dedução da depreciação e da perda por redução
ao valor recuperável acumulado.
 Custo: se refere ao valor efetivamente pago em espécie ou ao valor
justo de algum outro recurso fornecido para obter um ativo na data da
sua aquisição ou concepção. Pode ser ainda, em tal situação, o valor
conferido ao ativo quando primeiramente reconhecido em conformidade
com as disposições características das demais normas.
 Valor depreciável: se refere ao custo de um ativo ou a qualquer valor
que venha a suprir o custo, diminuído o seu valor residual.
 Depreciação: representa a disposição ordenada do valor depreciável
de um ativo durante sua vida útil.
 Valor específico: considerando, no caso da entidade, o valor que está
em uso, corresponde ao valor presente dos fluxos de caixa que a em-
presa espera:
■ Adquirir mediante o uso contínuo de um ativo e com a alienação no
término da sua vida útil;
■ Incorrer para o pagamento de um passivo.
 Valor justo: corresponde ao valor pelo qual um ativo pode ser negociado
entre partes interessadas, entendedoras do negócio e autônomas entre
si. Não há elementos que obriguem a liquidação da transação ou que
indiquem uma transação compulsória.
 Perda por redução ao valor recuperável: representa o valor cujo valor
contábil referente a um ativo ou deuma unidade geradora de caixa
ultrapassa seu valor recuperável.
 Ativo imobilizado tangível: corresponde ao elemento que é mantido
para fins de uso na produção ou para fornecer produtos ou serviços,
bem como para aluguel a outros ou para fins administrativos. Também
se refere a um ativo imobilizado que se pretende usar por mais de um
período. Os ativos imobilizados tangíveis são bens de propriedade da
entidade palpáveis, ou seja, que podem ser tocados. Exemplo são os
imóveis, as máquinas, entre outros. Equivalem aos direitos que visam
bens corpóreos designados ao reparo das atividades da empresa ou pra-
ticados com essa finalidade. Isso inclui os resultantes de transações que
transfiram a ela os privilégios, os riscos e o monitoramento desses bens.
 Valor recuperável: corresponde ao maior valor entre o valor justo,
diminuídos os custos relativos à venda de um ativo, e seu valor em uso.
 Valor residual de um ativo: representa o valor previsto que a entidade 
teria mediante a venda do ativo, posterior à dedução das despesas pre-
111Auditoria de imobilizado
vistas correspondentes à venda. Contudo, apenas se o ativo já tivesse 
atingido a condição esperada para o fim de sua vida útil.
  Vida útil: é o tempo durante o qual a entidade estima utilizar o ativo. 
Também pode ser a quantidade de unidades produzidas ou semelhantes 
que a empresa estima obter mediante o uso do respectivo bem.
A seguir, você pode conferir exemplos de bens que são classificados no ativo imobilizado:
  Terrenos
  Edifícios
  Máquinas
  Instalações
  Móveis e utensílios
  Bibliotecas
  Veículos
  Computadores
  Ferramentas
  Construções em andamento
  Adiantamentos a fornecedores para aquisição de bens do ativo imobilizado
Métodos adotados pela auditoria
Revisão do controle interno
A revisão do controle interno possui o intuito de determinar ao auditor a 
credibilidade que foi empregada no controle interno. O objetivo disso é es-
tabelecer os métodos de auditoria, a dimensão dos trabalhos e o instante em 
que serão executados.
Os tipos de controle interno mudam de uma empresa para outra. Contudo, 
é relevante que a empresa defina pontos fortes de controle que lhe forneçam 
segurança.
A seguir, observe exemplos de pontos fortes de controle interno que podem 
ser visualizados no ativo imobilizado:
 Auditoria contábill avançada 112
  Contagem física frequente, em que se possam conferir:
 ■ A classificação que deve conter numeração identificada por plaquetas, 
localização, entre outros.
 ■ A descrição que especifique o nome do bem, seu tamanho e demais 
informações pertinentes.
 ■ O método de aquisição do bem, detalhando fornecedor e nota fiscal, 
por exemplo.
 ■ O custo de aquisição que apresente o valor da nota fiscal, informações 
sobre seguro do transporte, frete, despesas alfandegárias, se houver, 
e outros dados que forem necessários.
 ■ Informações relativas à duração e aos custos de reparo dos bens.
 ■ Taxa de depreciação.
 ■ Fluxo em reais referente ao custo e de depreciação acumulada.
 ■ Informação de baixa com dados do comprador, valor de venda, 
entre outras.
O controle físico de bens oferece dados que favorecem a compra de outro bem e 
evidenciam valores de baixas e apuração dos inventários físicos. Isso facilita a localização 
do bem, das sobras, faltas e outros dados importantes.
  Balanceamento frequente.
  Controle de autorização de compras e vendas de imobilizados.
  Controle de transferência, baixas e obsolescência.
  Restrições relativas à capitalização de valores e vida útil.
  Divisão de tarefas nos setores de compras e de recebimento dos bens.
O auditor deverá verificar se os controles internos apresentados pela empresa são 
eficazes, medir os possíveis riscos e apontar os métodos de auditoria praticáveis para 
a elaboração de opinião pertinente.
113Auditoria de imobilizado
Custos iniciais, subsequentes e componentes de custo
Custos iniciais
Os elementos do ativo imobilizado podem ser obtidos por motivos ambientais ou 
relacionados à segurança. Você deve saber que a compra de ativos imobilizados 
não refl ete no aumento direto das vantagens econômicas futuras de qualquer 
elemento exclusivo já existente do ativo imobilizado. Tais elementos do ativo 
imobilizado são classifi cados para o reconhecimento como ativo. Isso ocorre 
pois possibilitam à empresa obter vantagens econômicas futuras referentes 
aos ativos indicados anteriormente acima das vantagens; contudo, como se 
ela não tivesse contraído esses elementos.
Custos subsequentes
Conforme os fundamentos do reconhecimento, a entidade, no valor contábil 
de um elemento do ativo imobilizado, não calcula os custos referentes ao 
reparo frequente do elemento. Em vez disso, reconhece tais custos no re-
sultado, quando incorridos. Os custos considerados no reparo periódico são 
especialmente aqueles relativos à mão de obra e às mercadorias consumíveis, 
situação em que é possível inserir os custos de pequenas peças. O objetivo 
de tais despesas normalmente é detalhado como reparo e manutenção dos 
elementos relacionados ao ativo imobilizado.
Uma parcela referente a elementos do ativo imobilizado pode solicitar 
manutenção durante períodos regulares. Por exemplo: um veículo que é uti-
lizado no transporte de pessoas e que em algum momento pode precisar de 
um reparo nas peças que permitem sua atuação. Também se podem obter 
elementos de ativo imobilizado com o intuito de realizar a recolocação habitual 
com menor frequência.
 Auditoria contábill avançada 114
A circunstância para que se possa continuar a operar um elemento do ativo imobilizado 
pode ocorrer mediante manutenção periódica relevante. Isso independe da troca 
ou não das peças desse elemento, pois a inspeção tem o intuito de buscar possíveis 
falhas antes que elas apareçam. Após a vistoria considerada fundamental ocorrer, se 
reconhece o custo no valor contábil do elemento do ativo imobilizado como uma 
recolocação. Isso se os métodos de reconhecimento forem suficientes.
Componentes de custo
Observe os itens que o custo de um elemento do ativo imobilizado contem-
pla: 
a) O valor de aquisição, somados os tributos de importação e os tributos 
não recuperáveis relativos à compra, depois da redução referente aos 
descontos comerciais e abatimentos.
b) Todo custo contraído diretamente para que o ativo imobilizado esteja 
em condições de uso.
c) A previsão inicial referente aos custos de desmontagem e remoção do 
elemento e de reparação do local onde o ativo está situado. Os custos 
correspondem à responsabilidade em que a empresa incorre quando 
o elemento é obtido ou quando ela o utiliza por um período para fins 
distintos de fabricação de estoque.
Mensuração de custo
O custo de um elemento do ativo imobilizado é compatível com o valor à vista 
na data do reconhecimento. Na ocorrência de o prazo de pagamento ultrapassar 
os prazos normais de crédito, a distinção existente entre o valor equivalente à 
vista e o montante dos pagamentos precisa ser reconhecida mediante despesa 
com juros no decorrer do período. Isso não ocorre caso ela seja suscetível de 
capitalização, conforme a NBC TG 20 – Custos de Empréstimos (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2012).
115Auditoria de imobilizado
Com relação à avaliação do custo do ativo imobilizado, observe (CONSE-
LHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009):
Um ativo imobilizado pode ser adquirido por meio de permuta por ativo 
não monetário, ou conjunto de ativos monetários e não monetários. Os 
ativos objetos de permuta podem ser de mesma natureza ou de nature-
zas diferentes. O texto a seguir refere-se apenas à permuta de ativo não 
monetário por outro; todavia, o mesmo conceito pode ser aplicado a 
todas as permutas descritas anteriormente. O custo de tal item do ativo 
imobilizado é mensurado pelo valor justo a não ser que (a) a operação 
de permuta não tenha natureza comercial ou (b) o valor justo do ativo 
recebido e do ativo cedido não possam ser mensurados com segurança. 
O ativo adquirido é mensuradodessa forma mesmo que a entidade não 
consiga dar baixa imediata ao ativo cedido. Se o ativo adquirido não for 
mensurável ao valor justo, seu custo é determinado pelo valor contábil 
do ativo cedido.
É preciso que a empresa estabeleça se a operação de troca possui natureza 
comercial. Para isso, ela deve observar o quanto seus fluxos de caixa futuros 
passarão por alterações por consequência da operação.
O auditor precisar saber que a operação de permuta terá essência comercial 
quando:
  A composição dos fluxos de caixa do ativo auferido for distinta da 
composição dos fluxos de caixa do ativo ofertado;
  O valor específico para a empresa de parte das suas atividades sofrer 
reflexos mediante alterações decorrentes da permuta;
  Apresentar alteração relevante nos itens citados, referente ao valor justo 
dos ativos permutados.
 Auditoria contábill avançada 116
O custo de um elemento constante no ativo imobilizado conservado por arrendatário 
por meio de operação de arrendamento mercantil financeiro é definido conforme a 
NBC TG 06 – Operações de Arrendamento Mercantil (CONSELHO FEDERAL DE CON-
TABILIDADE, 2012).
O valor contábil de um elemento relativo ao ativo imobilizado pode ser diminuído 
mediante apoios governamentais, em conformidade com a NBC TG 07 – Subvenção 
e Assistência Governamentais (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2012).
Depois do reconhecimento com o ativo, é necessário evidenciar o elemento do ativo 
imobilizado ao custo. Para isso, se deve observar a redução da depreciação e a perda 
mediante redução ao valor recuperável acumulado, conforme NBC TG 01 – Redução 
ao Valor Recuperável de Ativos (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2012).
Reavaliação de Bens
Até 31.12.2007, por meio da Lei 6.404/76 - conhecida como Lei das S/A, 
declarava no artigo 8º, a possibilidade de se avaliarem os bens (ativos) de 
uma entidade (empresa) através de seu valor de mercado, chamando isto de 
reavaliação.
A partir de 01/Jan/2008 a Reserva de Reavaliação foi extinta pelo advento 
da Lei 11.638/2007, e desta forma ficou impossibilitado a reavaliação de 
bens pelo valor de mercado, a partir de um laudo de avaliação, emitido por 
peritos ou empresas da área.
Desta maneira os bens pertencentes ao Ativo Imobilizado no Brasil, sofrem 
apenas a correção monetária com base em seu custo original, visando manter 
o poder aquisitivo no decorrer do tempo.
117Auditoria de imobilizado
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 01 (R1): redução ao valor recuperável 
de ativos. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
-Emitidos/ Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=2>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TG - Geral: normas completas. Brasília, 
DF, 2012. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uplo-
ads/2012/12/NBC_TG_GERAL_ COMPLETAS_271112.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.329/11. Brasília, DF, 2011. 
Disponível em: <http://cfc.org.br/sisweb/ sre/docs/RES_1329.doc>. Acesso em: 13 
fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.177/09. Brasília, DF, 2009. 
Disponível em: <cfc.org.br/sisweb/sre/docs/ RES_1177.doc>. Acesso em: 24 jan. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas brasileiras de contabilidade. Brasília, 
DF, c2013. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/coordenadorias/ camara_tec-
nica/normas_ brasileiras_de_contabilidade/>. Acesso em: 24 jan. 2017.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
DANTAS, I. Depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado intangível: con-
tabilidade societária e fiscal. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2016.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Ativo imobilizado. São Paulo, 2007. Disponível em: <http://
www.portaldecontabilidade.com.br/ guia/imobilizado.htm>. Acesso em: 24 jan. 2017.
120Auditoria de imobilizado
Dica do professor
O vídeo a seguir apresenta os bens que são examinados e estão classificados no imobilizado, sobre 
o controle interno e os campos abordados pelo auditor. Assista!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/389be00384b8b453ac06d894e1b40e8c
Exercícios
1) Dentre as questões apresentadas sobre o Ativo Imobilizado, avalie cada sentença e aponte 
qual é a alternativa correta. 
A) Os bens do ativo imobilizado são deduzidos de depreciação que representa os ganhos 
relativos com o uso do bem.
B) A depreciação existe em virtude da vida útil estipulada para o bem.
C) Os custos estão relacionados ao ativo imobilizado que está disposto no ativo circulante do 
balanço patrimonial.
D) Os bens do ativo imobilizado representam, normalmente, a parte de menor importância dos 
ativos de uma entidade.
E) O valor contábil dos bens que foram baixados não tem relação com as contas do ativo 
imobilizado.
2) Alguns pontos são abordados na verificação dos objetivos da auditoria do imobilizado. 
Analise as alternativas e indique a correta. 
A) O objetivo da Norma NBC TG 27 é orientar os usuários sobre como realizar aplicações 
financeiras na entidade através das informações das demonstrações contábeis.
B) Os pontos relevantes que precisam ser verificados na contabilização do ativo imobilizado 
contemplam também a apuração dos passivos.
C) A área de testes de auditoria do ativo imobilizado corresponde aos direitos que tenham bens 
com designação à manutenção das atividades da empresa ou executados com este objetivo.
D) Os exames de auditoria desconsideram peças ou equipamentos que são destinados à 
aplicação nas imobilizações.
E) As contas retificadoras não entram no exame de auditoria.
3) Com relação aos conceitos usuais no ativo imobilizado e comuns aos auditores, analise e 
identifique a única resposta correta. 
A) O valor depreciável corresponde ao custo do ativo ou valor que substitua o custo, somados 
ao valor residual.
B) O valor recuperável se refere ao menor valor entre o valor justo somado aos custos da venda 
de um ativo e seu valor em uso.
C) Os ativos imobilizados tangíveis correspondem aos bens de propriedade de terceiros e não 
corpóreos que são emprestados à entidade.
D) O valor justo compreende o valor pelo qual um ativo pode ser acordado entre partes 
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de itens que 
exijam a liquidação da transação.
E) O ativo imobilizado tangível corresponde a um bem que se pretende utilizar por determinado 
período.
4) Verifique as afirmativas sobre o controle interno e aponte a opção correta. 
A) As espécies de controle interno são as mesmas para todas as empresas, qualquer que seja o 
seu segmento.
B) Os dados relativos ao tempo de duração e aos custos de manutenção dos bens não são 
relevantes.
C) A distribuição de funções nas áreas de compras e de recebimento dos bens representa um 
ponto forte no controle interno do imobilizado.
D) No processo de contagem física de bens, o critério que abrange a aquisição do bem é 
irrelevante.
E) Na descrição do respectivo bem, se estiver detalhado somente o nome do bem, já é 
satisfatório e considerado um ponto forte de controle interno na contagem física.
5) A partir das afirmativas apresentadas, responda qual a questão correta. 
A) A reavaliação de bens deve ser realizada levando em conta seu custo original de aquisição e a 
correção monetária correspondente.
B) A frequência das reavaliações independe de modificações dos valores justos do ativo 
imobilizado que está sendo reavaliado.
C) Alguns itens do ativo imobilizado sofrem modificações variáveis e importantesno valor justo, 
precisando de reavaliação mensal.
D) Os itens do ativo imobilizado são reavaliados separadamente.
E) O valor justo referente a terrenos e edifícios normalmente é determinado a partir de fatos 
baseados no mercado.
Na prática
Mariana é estagiária do famoso jornal “Notícias da Hora”, no qual atua realizando a publicação de 
artigos e acompanhando alguns de seus colegas em trabalho. Ela foi convidada para acompanhar 
Joana, uma jornalista mais antiga da empresa, em uma entrevista com o presidente do Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC), na qual abordaria o tema de auditoria do imobilizado. A estagiária 
acompanharia a entrevista, mas poderia sugerir questões à Joana, caso não fossem abordadas.
A jornalista questionou o presidente do CFC sobre os papéis de trabalho do auditor que foram 
detalhados pelo entrevistado, dando o devido valor de cada um dos procedimentos para o alcance 
dos objetivos da auditoria. Entre outros assuntos, a jornalista questionou sobre o custo inicial dos 
ativos imobilizados, o que também foi explicado pelo presidente, mas Mariana, por não 
compreender muito sobre a área contábil, mostrou-se confusa perante os conceitos.
Ao constatar isso no semblante da menina, ele imaginou que mais pessoas poderiam não 
compreender. Por isso, detalhou com mais precisão, usando um bom exemplo para esclarecer o 
assunto.
Mariana compreendeu que se a empresa não atendesse a estas exigências, não conseguiria 
continuar desenvolvendo suas atividades, já que essas benfeitorias estão vinculadas ao ativo 
imobilizado, que é responsável pelo desenvolvimento operacional da empresa, mesmo que estas 
benfeitorias não elevem de modo direto os privilégios futuros econômicos de itens já existentes do 
ativo imobilizado.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Auditoria interna operacional em bens patrimoniais
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Controle do ativo imobilizado
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Reorganização patrimonial - Levantamento e emplaquetamento
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/dEiBuD7Cvz0?rel=0
https://www.youtube.com/embed/8h8J2JI9m8w?rel=0
https://www.youtube.com/embed/DCT2WqmyFTM?rel=0
A auditoria nos métodos de depreciação, 
amortização e exaustão
Apresentação
Você sabia que, em se tratando da primeira auditoria, é necessário que o auditor concentre suas 
verificações referentes às adições do imobilizado com relação a um exercício? É função do auditor 
realizar análises dos débitos lançados no exercício com o auxílio da documentação que gerou os 
registros, assegurando que os lançamentos efetuados pela entidade correspondem, de fato, ao 
aumento do imobilizado e que os lançamentos foram apropriados de maneira correta. O auditor 
deve estar atento para a existência de lançamentos indevidos, pois podem estar registrados no 
ativo imobilizado alguns lançamentos que deveriam estar em despesas. Nesta Unidade de 
Aprendizagem, você vai estudar a diferença entre depreciação, amortização e exaustão, reconhecer 
os critérios para cálculo de depreciação e baixa de imobilizado e indicar os procedimentos adotados 
na realização da auditoria no imobilizado. Ao final desta unidade, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a diferença entre depreciação, amortização e exaustão.•
Reconhecer os critérios para o cálculo de depreciação e baixa de imobilizado, ou seja, se estes 
foram executados adequadamente, e sua contabilização.
•
Indicar os procedimentos adotados na realização da auditoria no imobilizado, com foco na 
depreciação, amortização e exaustão.
•
Desafio
Você está executando a auditoria do imobilizado na empresa Desk Haup e precisa averiguar se as 
depreciações evidenciadas nas demonstrações financeiras estão adequadas. Para isso, solicita os 
relatórios contábeis referentes ao segundo semestre do ano anterior, para conferir os cálculos 
apresentados e as taxas de aplicação na depreciação.
As informações que você obtém mediante o relatório são as seguintes:
A Desk Haup fez aquisição referente a móveis e utensílios pelo valor de R$ 8.000,00 em 03 de 
julho de 2016. Tais equipamentos seriam alocados na recepção do prédio administrativo. Repare 
que bens relativos a móveis e utensílios têm vida útil de 10 anos.
A partir das informações apresentadas, realize o cálculo referente à depreciação que deve ser 
aplicada sobre a aquisição dos bens, demonstre como é realizado o cálculo e apresente a 
contabilização da depreciação calculada.
Infográfico
O infográfico mostra os procedimentos de auditoria na depreciação, exaustão e amortização. 
Confira!
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Conteúdo do livro
O ativo imobilizado contempla bens e direitos que estão ordenados em três grandes grupos. O 
primeiro deles corresponde a bens que não estão sujeitos à depreciação ou a exaustão, como os 
terrenos. O segundo corresponde aos bens que estão submetidos à depreciação, como edificações, 
máquinas e ferramentas. O terceiro tem relação com os bens submetidos à exaustão, como 
recursos minerais e florestais.
Para aprender mais, leia o capítulo A auditoria nos métodos de depreciação, amortização e 
exaustão, base téorica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
AUDITORIA 
CONTÁBIL 
AVANÇADA 
Aline Alves
A auditoria nos métodos 
de depreciação, 
amortização e exaustão
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identi� car a diferença entre depreciação, amortização e exaustão.
  Reconhecer os critérios para cálculo de depreciação e baixa de imo-
bilizado, ou seja, avaliar se eles foram executados adequadamente e 
sua contabilização.
  Indicar os procedimentos adotados na realização da auditoria no 
imobilizado, com foco em depreciação, amortização e exaustão.
Introdução
Você sabia que, na primeira auditoria, o auditor deve concentrar suas 
verificações referentes às adições relativas ao imobilizado em um exercí-
cio? Também é função do auditor realizar análises referentes aos débitos 
lançados no exercício com o auxílio da documentação que gerou os 
registros. Assim, ele assegura que os lançamentos efetuados pela 
entidade de fato correspondem ao aumento do imobilizado e que 
os mesmos foram apropriados de maneira correta.
Além disso, o auditor deve estar atento à existência de lançamentos 
indevidos. Isso é importante pois lançamentos que deveriam estar em 
despesas podem ser registrados no ativo imobilizado.
Processo de depreciação, amortização e 
exaustão
Processo de depreciação
A Resolução CFC nº 1.136/08 aprovou a NBC T 16.9 – Depreciação, Amorti-
zação e Exaustão (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008). 
Essa norma estabelece os métodos e procedimentos para o registro contábil 
relativo à depreciação, à amortização e à exaustão.
A norma apresenta alguns conceitos importantes (CONSELHO FEDERAL 
DE CONTABILIDADE, 2008):
Depreciação: corresponde à redução do valor dos bens tangíveis por meio 
de desgaste ou perda resultante de uso, ações da natureza ou obsolescência.
Amortização: representa a diminuição do valor aplicado na compra de 
direitos de posse ou qualquer outro. Isso inclui os ativos intangíveis, com 
existência ou exercício de tempo limitado, cujo item se refira a bens de uso 
mediante prazo legal ou com acordo limitado.
Exaustão: representa a diminuição do valor, oriunda de exploração, dos re-
cursos minerais, florestais e demais recursos naturais considerados esgotáveis.
Valor bruto contábil: se refere ao valor do bem que está registrado conta-
bilmente, em data definida, deduzido da respectiva depreciação, amortização 
ou exaustão acumulada.Valor depreciável, amortizável e exaurível: corresponde ao valor carac-
terístico de um ativo subtraído do seu valor residual.
Valor líquido contábil: se refere ao valor do bem lançado contabilmente, 
em data definida, subtraído da respectiva depreciação, amortização ou exaustão 
acumulada.
Valor residual: corresponde ao total líquido esperado pela empresa, com 
segurança razoável, adquirido mediante um ativo no término de sua vida útil 
econômica, já deduzidas as despesas aguardadas para sua alienação.
Vida útil econômica: demonstra o espaço de tempo determinado ou 
previsto, pelo qual se aguarda adquirir movimentos de benefícios futuros 
relativos a um ativo.
Você pode compreender melhor o processo de depreciação a partir dos 
artigos 305 a 323, dispostos no Decreto nº 3.000/1999 (BRASIL, 1999):
123A auditoria nos métodos de depreciação, amortização e exaustão
Art. 307. Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a des-
gaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive:
I – edifícios e construções, observando-se que (Lei nº 4.506, de 1964, 
art. 57, § 9º):
a) a quota de depreciação é dedutível a partir da época da conclusão 
e início da utilização;
b) o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de 
aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial;
II – projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos 
(Decreto-Lei nº 1.483, de 6 de outubro de 1976, art. 6º, parágrafo único).
Parágrafo único. Não será admitida quota de depreciação referente 
a (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, §§ 10 e 13):
I – terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções;
II – prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo pro-
prietário na produção dos seus rendimentos ou destinados a revenda;
III – bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como 
obras de arte ou antiguidades;
IV – bens para os quais seja registrada quota de exaustão.
 Art. 308. No cálculo da depreciação dos bens do ativo imobilizado 
das concessionárias de serviços portuários, serão também levados em 
conta os valores correspondentes a investimentos feitos no porto pelo 
poder concedente, diretamente ou por órgão descentralizado, ou a in-
vestimentos feitos por conta de custeio, visando à reposição, substituição 
ou conservação dos bens objeto dos projetos de obras aprovados pelo 
Departamento Nacional de Transportes Aquaviários (Decreto-Lei nº 973, 
de 20 de outubro de 1969, art. 1º, §§ 2º e 3º, e Lei nº 6.222, de 10 de julho 
de 1975, art. 4º).
Parágrafo único. No caso de novos investimentos a serem feitos pelas 
concessionárias de serviços portuários e que resultarem em parcela de 
capital reconhecido, o Ministro de Estado da Fazenda poderá fixar, para 
determinados bens, o respectivo período de vida útil (Decreto-Lei nº 
973, de 1969, art. 10).
A grande parte dos bens pertencentes ao ativo imobilizado possui vida útil 
restrita. Os terrenos são uma exceção. A vida útil se refere ao período pelo qual 
o bem será usado pela entidade em situações normais. Os elementos que res-
tringem a vida útil de um bem correspondem à deterioração e à obsolescência. 
 Auditoria contábill avançada 124
A deterioração compreende o desgaste físico do bem. Já a obsolescência representa o 
bem que se tornou obsoleto em virtude do desenvolvimento de inovações tecnológicas 
ou de melhoria dos processos.
A depreciação está vinculada ao processo de deterioração e obsolescência. 
Você deve levar em consideração que um bem pode ser usado por 15 anos, no 
entanto sua vida útil é estipulada em 10 anos. Nesse sentido, se avalia que após 
esse período o bem passa a ser economicamente inviável e, por esse motivo, 
a entidade terá que obter um bem novo.
Os bens do ativo imobilizado possuem uma vida útil limitada. Por isso, 
os princípios contábeis – nesse caso o princípio da prudência – determinam 
que as despesas incorridas no momento da sua compra sejam apropriadas à 
despesa ou ao custo (estoque) nos exercícios contábeis relativos ao seu uso.
Para realizar os cálculos referentes às depreciações, o profissional contábil faz uso de 
duas variáveis. Uma corresponde ao período de vida útil e outra ao método de destinar 
o valor do bem nos exercícios contábeis.
Você pode conferir o tempo de vida útil referente às principais categorias 
de bens do ativo imobilizado. A tabela que determina o tempo de vida útil de 
um bem pode ser visualizada mediante a Instrução de Trabalho INT/VPCI nº 
004/2012 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2012a):
  Edifícios: 25 anos
  Máquinas: 10 anos
  Instalações: 10 anos
  Móveis e utensílios: 10 anos
125A auditoria nos métodos de depreciação, amortização e exaustão
  Veículos: 5 anos
  Ferramentas: 5 anos
  Computadores: 5 anos
O método de depreciação usado demonstra quanto dos benefícios econô-
micos futuros a empresa consumiu.
É preciso que o método de depreciação aplicado ao ativo seja conferido ao 
final de cada exercício. Na ocorrência de modificações relevantes no padrão 
de consumo estimado, o método de depreciação deverá ser modificado para 
que reflita essa alteração. A respectiva variação precisa ser registrada como 
mudança na perspectiva contábil, conforme a NBC T 19.11 – Políticas Contá-
beis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro (CONSELHO FEDERAL 
DE CONTABILIDADE, 2012b).
Existem diversos métodos de depreciação que são aplicados ao ativo imo-
bilizado. Esses métodos correspondem ao método de linha reta, dos saldos 
decrescentes e de unidades produzidas. A depreciação mediante o método 
linear ocasiona despesa constante durante a vida útil do ativo. Isso se o valor 
residual não se modificar. 
No método dos saldos decrescentes, a despesa decrescente é resultante do 
tempo de vida útil do bem. Já o método de unidades produzidas resulta em 
despesa que tem base no uso ou na produção prevista. A empresa escolhe o 
método que contemple o padrão do consumo referente aos benefícios econô-
micos futuros previstos integrados no ativo. O referido método é executado 
constantemente entre os períodos; contudo, pode variar em função de ocorrer 
modificação nesse padrão.
Processo de amortização
Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações (artigo 183) (BRASIL, 
1976), a redução do valor dos itens do imobilizado necessita ser registrada 
frequentemente na conta de amortização. Isso se aplica quando a redução se 
referir à perda do valor empregado na aquisição de direitos de propriedade 
industrial ou comercial e a qualquer perda ou exercício com prazo limitado, 
em que a fi nalidade seja de uso por prazo legal ou que tenha sido acordada 
de modo limitado.
Os métodos utilizados na amortização são os mesmos aplicados na de-
preciação referente aos imobilizados, que são reduzidos ao longo do período. 
Também se incluem aí situações de benfeitorias em propriedades de terceiros, 
nas quais a amortização deverá ser considerada mediante prazo contratual. 
 Auditoria contábill avançada 126
Contudo, isso não se aplica se sua vida útil for menor do que o prazo definido 
em contrato.
A amortização contempla a relevância correspondente à recuperação do 
capital aplicado sobre bens intangíveis. Também considera a recuperação 
dos recursos aplicados em gastos que favoreçam a formação do resultado de 
mais de um exercício social, que deve ser lançada como custo ou encargo, 
em cada exercício.
A seguir, você pode ver exemplos de bens intangíveis sujeitos à amortização 
e pertencentes ao ativo não circulante: 
a) Marcas e patentes;
b) Fórmulas ou métodos de fabricação, direitos autorais, aprovações ou 
concessões;
c) Ponto comercial;
d) Benfeitorias efetuadas em prédios de terceiros;
e) Custo de projetos técnicos;
f) Despesas pré-operacionais, pré-industriais, de organização, reorgani-
zação, reestruturação ou remodelação de organizações.
Processo de exaustão
A exaustão contempla a importância relativa à redução do valor dos recursos 
naturais não renováveis – ou seja, minerais e outros– decorrente da sua 
exploração. Essa importância precisa ser registrada como custo ou encargo, 
conforme cada período de apuração. Além disso, esse processo precisa obedecer 
às mesmas condições dos cálculos dos encargos de depreciação e amortização. 
Assim, se deve observar o custo de aquisição ou análise referente aos recursos 
explorados.
A quota anual terá sua definição conforme a quantidade da produção no 
período e a sua relação com a potência conhecida da mina. Também pode 
estar em conformidade com o prazo de permissão estabelecido pela autoridade 
governamental.
A Lei das Sociedades por Ações (BRASIL, 1976) reconhece que a redução 
do valor dos itens do imobilizado necessita ser registrada usualmente na conta 
de exaustão. Isso quando se referir à perda do valor relativo à exploração de 
direitos que tenham por finalidade os recursos minerais ou florestais, ou ainda 
bens que foram aplicados nessa exploração.
127A auditoria nos métodos de depreciação, amortização e exaustão
A finalidade da exaustão é dividir o custo relativo aos recursos naturais durante o 
tempo em que forem extraídos.
O procedimento de cálculo de exaustão normalmente usado corresponde à 
quantidade de unidades extraídas, até mesmo de bens aplicados na exploração.
Processo de baixas
Em algum momento, os bens deixam de ser utilizados na manutenção das 
atividades da entidade. Isso ocorre devido à sua deterioração ou obsolescência, 
por terem sidos colocados à venda ou ainda vendidos. Nesses casos, você deve 
baixar esses bens das contas do ativo imobilizado. 
O valor referente à baixa corresponde ao valor pelo qual o bem está registrado no 
ativo, isto é, o custo menos o valor correspondente à depreciação acumulada. 
Você deve lançar o valor referente à baixa do bem em uma conta de despesa. 
Se ocorrer uma venda, é necessário lançar o valor correspondente à alienação 
em uma conta de receita. Assim, você deve estimar os dois valores no grupo 
de contas de outras receitas e outras despesas por meio do resultado das 
operações continuadas da entidade.
Com relação ao processo de cálculo de baixa, analise o seguinte:
  Custo: o reconhecimento do custo de aquisição ocorre mediante registro 
individual do bem.
  Depreciação acumulada: é necessário calcular a taxa referente à de-
preciação acumulada relativa a um período existente entre a data de 
aquisição e a data do balanço correspondente ao exercício anterior. Para 
 Auditoria contábill avançada 128
descobrir o valor da depreciação, é preciso multiplicar o valor do bem 
pela taxa acumulada de depreciação. Se tiver ocorrido depreciação no 
exercício em que foi efetuada a baixa, o valor da depreciação também 
deverá ser baixado.
A seguir, você pode verificar um exemplo de contabilização referente a uma baixa:
  Quando houver recebimento referente a uma venda efetuada:
 ■ Débito – Caixa/bancos conta movimento
 ■ Crédito – Ganhos ou perdas de capital
  Quando houver baixa do valor contábil do bem:
 ■ Débito – Ganhos ou perdas de capital
 ■ Crédito – Móveis e utensílios
  Quando houver baixa da depreciação acumulada do bem:
 ■ Débito – Depreciação acumulada de móveis e utensílios
 ■ Crédito – Ganhos ou perdas de capital
Critérios para divulgação
No processo de divulgação, é necessário que as demonstrações contábeis 
apresentem, para cada categoria do ativo imobilizado: 
a) Os métodos de avaliação usados para definir o valor contábil bruto.
b) Os critérios de depreciação usados.
c) A vida útil e as taxas de depreciação usadas.
d) O valor contábil bruto e a depreciação acumulada, considerando o 
início e o término do período.
e) A conciliação relativa ao valor contábil no início e no término do período, 
em que sejam apresentados (CONSELHO FEDERAL DE CONTABI-
LIDADE, [2011]):
 ■ (i) Adições; (ii) Baixas; (iii) Aquisições por meio de combinações de 
negócios; (iv) Aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações 
nos termos dos parágrafos 44, 54 e 55 e perdas por redução ao valor 
129A auditoria nos métodos de depreciação, amortização e exaustão
recuperável de ativos (se houver) reconhecidas ou revertidas direta-
mente no patrimônio líquido de acordo com a NBC TSP 21; (v) Perdas 
por desvalorização de ativos, reconhecidas no resultado de acordo 
com a NBC TSP 21; (vi) Reversão das perdas por desvalorização 
de ativos, reconhecidas no resultado de acordo com a NBC TSP 21; 
(vii) Depreciações; (viii) Variações cambiais líquidas geradas pela 
conversão das demonstrações contábeis da moeda funcional (cor-
rente) para a moeda de apresentação (na qual o balanço é elaborado), 
incluindo a conversão de uma operação estrangeira para a moeda de 
apresentação da entidade; e (ix) Outras alterações.
Processos de auditoria
Em atendimento aos objetivos dos exames específi cos nesta área, os métodos 
de auditoria precisam atender aos seguintes critérios:
  Mensuração dos bens, incluindo a correção monetária.
  Existência, propriedade e posse do bem.
  Ocasional existência de ônus.
  Métodos e dimensão das depreciações ou amortizações.
Se for a primeira auditoria realizada em um cliente, será preciso abordar todo 
o imobilizado e efetuar a conferência do controle paralelo e contábil. Depois 
de realizada a primeira auditoria e obedecendo a esse método de abrangência, 
você pode efetuar as demais por meio de amostragem.
Para fins de controle, em função do inventário anual, é necessário que os 
exames incluam os bens do ativo imobilizado para afirmar sua existência, 
localização, uso e conservação.
As contas do imobilizado precisam estar em conformidade com os controles 
patrimoniais da entidade. Se não existirem controles, é necessário manter 
relatórios por meio de planilhas que comprovem as despesas de depreciação 
e amortização contabilizadas. Da mesma maneira, se deve verificar mediante 
o razão contábil se estão corretos os registros de aquisição do imobilizado. 
Também é necessário conferir se no processo de vendas foram feitas as baixas 
das depreciações e o custo contábil dos bens vendidos.
 Auditoria contábill avançada 130
Observe a seguir alguns dos erros mais relevantes que podem ser constatados na 
auditoria do imobilizado:
  A inexistência de relatório do ativo imobilizado.
  No confronto de informações, as incongruências entre o relatório entregue aos 
auditores e as informações constantes na contabilidade.
  A ocorrência de bens do ativo imobilizado estarem contabilizados como despesas 
a fim de reduzir IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido).
  A apuração das despesas no ativo imobilizado com o objetivo de aprimorar o 
resultado.
  A existência de contabilização no imobilizado sem documentação que comprove 
o registro.
  A contabilização sem deduzir o crédito do ICMS (Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Prestação de Serviços).
  O registro de um bem que está obsoleto ou não está em poder da entidade no 
balanço.
  As taxas de depreciação incorretas.
  Os bens integralmente depreciados, porém que seguem sendo indevidamente 
depreciados.
  Os bens que foram vendidos e que não são baixados.
Os procedimentos de auditorias compreendem realizar testes de fluxo 
do imobilizado, isto é, analisar se as aquisições e as baixas estão em con-
cordância com a documentação existente. Nessa situação, será preciso que 
o auditor requisite o razão contábil relativo ao período ou ano. Ele contém a 
movimentação referente às aquisições e baixas do imobilizado. Assim, por 
meio de amostragem, o auditor pode conferir os valores que são consideráveis. 
Se o razão contábil estiver contabilizado demonstrando montantes mensais 
decorrentes do sistema de controle do ativo imobilizado, o auditor deverá 
solicitar o razão analítico para comparar os documentos.
É preciso examinar, por intermédio de amostragem, se a entidade realiza a 
baixa devida referente ao custo e à depreciação dos bens vendidos. Por exem-
plo, na venda de um veículo será necessário efetuar a baixa na contaveículos, 
referente ao valor pelo qual o veículo foi adquirido. Na conta de depreciação 
de veículos, deve constar o valor que foi depreciado referente ao bem vendido. 
Por meio do controle do ativo imobilizado, por amostragem, é importante 
confirmar se a entidade realiza a depreciação dos bens corretamente. É pos-
131A auditoria nos métodos de depreciação, amortização e exaustão
sível verificar, por meio dos artigos 305 a 323 do RIR/99 (BRASIL, 1999), o 
tratamento referente às depreciações.
Com relação aos papeis de trabalho, o auditor poderá elaborar um resumo 
em que conste o saldo inicial do exercício social, somadas as aquisições e di-
minuídas as baixas. Assim, ele obtém o saldo final no encerramento do período 
e o relaciona com o razão contábil ou analítico relativo ao ativo imobilizado. 
Além disso, os papeis de trabalho devem conter as análises realizadas sobre 
as contas do ativo imobilizado.
Ainda é importante que você saiba que, na ocorrência do cálculo, a menor 
depreciação para o exercício em vigor não terá como ser compensada no 
exercício posterior. Esse processo ocorre dessa maneira porque é necessário 
observar as taxas anuais máximas referentes à depreciação.
Nos procedimentos realizados pela auditoria, é necessário selecionar os elementos 
que serão examinados. É preciso observar se o montante relativo aos elementos 
sujeitos à seleção corresponde ao montante da coluna referente à aquisição do papel 
de trabalho de fluxo de contas.
Exame efetuado nas depreciações
No exame efetuado nas depreciações, você deve:
  Analisar se a vida útil definida para cada tipo de bem é adequada e está 
conforme com relação ao exercício anterior.
  Verificar se as benfeitorias realizadas em imóveis de terceiros são 
amortizadas conforme o prazo referente ao contrato de aluguel.
  Observar se o critério de depreciação é adequado aos princípios con-
tábeis e se está consistente com o exercício anterior.
  Analisar a razoabilidade da ordenação da depreciação e apontá-la nas 
contas de razão de custo de produção e despesa do período.
  Realizar o cálculo geral da depreciação, que deve ser feito por conta.
 Auditoria contábill avançada 132
Testes efetuados nas baixas
O auditor precisa escolher, por meio de registros contábeis, elementos que 
devem ser examinados. É preciso realizar os seguintes procedimentos:
  Investigar registros individuais e verificar os cálculos do custo e também 
da depreciação acumulada.
  Examinar a autorização para a baixa, de acordo com o determinado no 
manual interno da entidade.
  Em situação de venda, examinar a documentação que comprove o fato, 
reconheça o valor da venda na conta de “receita na venda de bens do 
ativo imobilizado” e analise se o respectivo valor da venda é adequado 
ao bem que foi vendido.
  Realizar a seleção de bens que foram vendidos, iniciando pela conta 
de receita na venda de bens do ativo imobilizado. Além disso, analisar 
se foi realizada a baixa do valor contábil dos bens vendidos no ativo 
imobilizado.
  Analisar se o valor referente às baixas, conforme o papel de trabalho 
de fluxo das contas, está em conformidade com o saldo da conta de 
valor contábil de bens do ativo imobilizado baixados.
133A auditoria nos métodos de depreciação, amortização e exaustão
BRASIL. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Brasília, DF, 1999. Disponível em: <ht-
tps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/D3000.htm>. Acesso em: 24 jan. 2017.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Brasília, DF, 1976. Disponível em: <ht-
tps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/D3000.htm>. Acesso em: 24 jan. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Instrução de trabalho INT/VPCI nº 004/2012. 
Brasília, DF, 2012a. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/ wp-content/uplo-
ads/2013/04/CFC_INT_VCPI-004_2012_ DEPRECIACAO_Final.pdf>. Acesso em: 06 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TG - Geral: normas completas. Brasília, 
DF, 2012b. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/wordpress/ wp-content/
uploads/2012/12/ NBC_TG_GERAL_COMPLETAS_271112.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TSP 17 – Ativo imobilizado. Brasília, DF, 
[2011]. Disponível em: <http://cfc.org.br/wp-content/ uploads/2016/02/NBC_TSP_17.
pdf>. Acesso em: 16 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº. 1.136/08. Brasília, DF, 2008. 
Disponível em: <https://goo.gl/2OzlN3>. Acesso em: 16 fev. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
DANTAS, I. Depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado intangível: con-
tabilidade societária e fiscal. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2016.
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São 
Paulo: Frase, 2002.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL DE AUDITORIA. Auditoria imobilizado. Curitiba, 2016. Disponível em: <http://
www.portaldeauditoria.com.br/tematica/auditoria-balanco_auditoria-imobilizado.
htm>. Acesso em: 26 jan. 2017.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Ativo imobilizado. São Paulo, 2007. Disponível em: <http://
www.portaldecontabilidade.com.br/ guia/imobilizado.htm>. Acesso em: 24 jan. 2017.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Baixa de bens ou direitos dos ativos de natureza perma-
nente. São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ 
guia/baixabenspermanente.htm>. Acesso em: 27 jan. 2017.
 Auditoria contábill avançada 136
 
Dica do professor
O vídeo a seguir mostra de forma clara os conceitos de depreciação, amortização e exaustão, 
esclarecendo também sobre o processo de baixa dos bens e quando ele deve ser realizado. Assista!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/a9440d903bb1957b5ccfd640b462f1e9
Exercícios
1) 
Sobre a depreciação, analise as opções e indique a correta.
A) O valor referente a edificações é somado ao valor do custo de aquisição do terreno, mediante 
um laudo pericial.
B) A depreciação é aplicada também em terrenos.
C) A vida útil de um bem representa o período em que o bem estiver mantido na empresa.
D) Os princípios contábeis estabelecem que as despesas incorridas durante a compra do bem 
sejam apropriadas à receita nos exercícios contábeis relativos ao seu uso.
E) A depreciação representa a diminuição do valor dos bens tangíveis por meio do seu desgaste 
ou perda oriunda do uso, ações da natureza ou obsolescência.
2) 
As alternativas a seguir tratam sobre a amortização. Marque a correta.
A) Os critérios de amortização são diferentes dos aplicados na depreciação.
B) A amortização representa a importância correspondente à recuperação do capital aplicado 
sobre bens tangíveis.
C) O valor referente à redução do valor dos elementos do imobilizado deve ser registrado 
normalmente na conta de amortização.
D) As despesas pré-industriais não são sujeitas à amortização.
E) Fórmulas ou critérios de produção, direitos autorais, autorizações ou concessões não são 
elementos amortizados.
3) 
Leia com atenção as alternativas apresentadas e identifique a correta.
A) O objetivo da exaustão é distribuir o custo relacionado aos recursos naturais durante o tempo 
em que forem extraídos.
B) Os bens que não são mais usados na manutenção das atividades da entidade não precisam 
ser baixados das contas do ativo imobilizado.
C) Os métodos de cálculo de exaustão geralmente utilizados se referem às unidades restituídas, 
até mesmo a bens aplicados na exploração.
D) Dentro do procedimento de cálculo de baixa de bens, é desnecessário verificar seu custo de 
aquisição.
E) Os bens que são colocados àvenda não necessitam ser baixados do imobilizado, somente 
após a venda ser efetivada.
4) 
Analise as questões que tratam sobre os métodos de divulgação das demonstrações 
contábeis referentes a cada classe do ativo imobilizado e indique a alternativa correta.
A) Deve ser apresentada a conciliação do valor contábil somente relativa ao término do 
exercício.
B) Na conciliação do valor contábil, são apresentadas as reversões de receitas através da 
desvalorização de ativos, reconhecidas no resultado.
C) A divulgação deve apresentar, através das demonstrações contábeis, os métodos referentes à 
mensuração que determina o valor de aquisição do bem.
D) Através dos critérios de divulgação, devem ser apresentados nas demonstrações contábeis os 
métodos de depreciação utilizados.
E) São demonstradas mediante a conciliação do valor contábil as vendas efetuadas através de 
combinação de negócios.
5) 
 Sobre os processos de auditoria do imobilizado, qual é a alternativa correta?
A) Se for a primeira auditoria realizada em um cliente, será preciso pesquisar somente parte do 
imobilizado.
B) Na inexistência de controles, é necessário manter relatórios através de planilhas que 
indiquem a depreciação e amortização que deveriam ser computadas, o que ocorrerá 
somente quando a empresa definir os controles internos.
C) Os procedimentos de auditorias contemplam a aplicação de testes de fluxo do imobilizado, 
nos quais analisa-se se as aquisições e as baixas estão em concordância com a documentação 
existente.
D) O controle do ativo imobilizado por amostragem é relevante, mas não comprova se a 
entidade efetua a depreciação dos bens da forma correta.
E) Se o cálculo da depreciação for feito a menor para o exercício em vigor, ele poderá ser 
compensado no exercício seguinte.
Na prática
A empresa Iluminação Total realizou a venda de um veículo a vista por R$ 180.000,00 em 30 de 
junho de 2009. O veículo que foi vendido foi adquirido pela empresa em 01 de janeiro de 2006 
pelo valor de R$ 130.000,00. A empresa faz uso do método de linha reta para depreciação, ou seja, 
o custo do bem é dividido em função do tempo, considerando para o veículo o tempo de vida útil 
de 5 anos.
Cálculo da depreciação acumulada do veículo até 31/12/2008 = 20% ao ano, ou seja, somando os 
três anos a taxa de depreciação acumulada será de 60%.
Analise as informações apresentadas e observe como é realizada a contabilização da baixa de bens 
do ativo imobilizado:
A partir dos valores apresentados você poderá verificar como são realizadas as contabilizações das 
baixas dos bens, conforme segue: 
1-Crédito – Imobilizado custo R$ 130.000,00
1-Débito – Imobilizado depreciação 
acumulada R$ 91.000,00
2-Débito – Banco R$ 180.000,00
1-Débito – Resultado valor contábil 
da venda de bens do ativo 
imobilizado baixados
R$ 39.000,00
2-Crédito – Resultado valor venda 
de bens do ativo imobilizado
R$ 180.000,00
1-Lançamento referente à baixa do valor contábil do 
bem do ativo imobilizado.
2-Lançamento referente à contabilização da receita.
 
A empresa Iluminação Total realizou a venda de um veículo a vista por R$ 180.000,00 em 30 de 
junho de 2009. O veículo que foi vendido foi adquirido pela empresa em 01 de janeiro de 2006 
pelo valor de R$ 130.000,00. A empresa faz uso do método de linha reta para depreciação, ou seja, 
o custo do bem é dividido em função do tempo, considerando para o veículo o tempo de vida útil 
de 5 anos.
Cálculo da depreciação acumulada do veículo até 31/12/2008 = 20% ao ano, ou seja, somando os 
três anos a taxa de depreciação acumulada será de 60%.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Contabilidade - Baixa de bens do ativo imobilizado
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Depreciação, amortização e exaustão
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https://www.youtube.com/embed/exrjoxzY27k?rel=0
https://www.youtube.com/embed/wwBQvDDQ-bI?rel=0
Correção monetária do balanço
Apresentação
Você sabia que a extinção da correção monetária do balanço que entrou em vigor através da Lei no 
9.249/95 fez com que as entidades não reconhecessem mais os efeitos ocasionados pela inflação 
sobre o patrimônio e os resultados? Essas mudanças refletiram de forma significativa, passando a 
evidenciar distorções no patrimônio e no resultado. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai 
estudar sobre os procedimentos utilizados pela auditoria, vai analisar os efeitos causados com o fim 
da correção monetária de balanço e identificar as maneiras de aplicação da correção monetária. Ao 
final desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as possibilidades de aplicação da correção monetária.•
Analisar os impactos ocasionados com o término da obrigatoriedade da aplicação da correção 
monetária de balanço.
•
Identificar os procedimentos de auditoria utilizados para verificar a aplicação da correção 
monetária do balanço.
•
Desafio
Vamos considerar a inexistência de inflação para o mês de maio de 2016. Deste modo, não foi 
preciso realizar a correção monetária do balanço. 
Contudo, existiu uma variação cambial da moeda estrangeira, que tinha no início do mês a taxa de 
US$ 2,80 e passou a ser de US$ 3,10. 
Considerando a correção monetária de balanço, apresente a aplicação da taxa de conversão da 
moeda sobre os valores iniciais e finais das respectivas contas apresentadas no demonstrativo 
contábil pelo método indireto.
A empresa CCL apresenta o balanço desta maneira:
Infográfico
O infográfico mostra a legislação e os tipos de testes da correção monetária do balanço. Confira!
Conteúdo do livro
Os reflexos da inflação sobre as demonstrações contábeis eram identificados e ajustados através da 
correção monetária do balanço que buscava transformar valores históricos em moeda com poder 
aquisitivo, com a finalidade de reduzir as distorções. A modificação ocorreu com os objetivos de 
derrubar a inflação e elevar o poder aquisitivo, almejando o equilíbrio econômico.
Acompanhe o capítulo Correção monetária do balanço, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura! 
AUDITORIA
CONTÁBIL
AVANÇADA
Aline Alves
Correção monetária 
do balanço
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer as possibilidades de aplicação da correção monetária.
  Analisar os impactos ocasionados pelo término da obrigatoriedade 
da aplicação da correção monetária de balanço.
  Identi� car os procedimentos de auditoria utilizados para veri� car a 
aplicação da correção monetária do balanço.
Introdução
Você sabia que a extinção da correção monetária do balanço, que entrou 
em vigor por meio da Lei nº 9.249/95, fez com que as entidades não reco-
nhecessem mais os efeitos ocasionados pela inflação sobre o patrimônio e 
os resultados? Essas mudanças refletiram de forma significativa, passando 
a evidenciar distorções no patrimônio e no resultado.
Neste texto, você vai estudar os procedimentos utilizados pela au-
ditoria. Além disso, vai poder analisar os efeitos causados pelo fim da 
correção monetária de balanço e identificar as maneiras de aplicação 
da correção monetária.
Conceito e aspectos históricos
A Lei nº 9.249/95 (BRASIL, 1995), artigo 4, revogou a correção monetária 
referente às demonstrações fi nanceiras. Ou seja, vetou o uso de qualquer 
sistema de correção monetária de demonstrações fi nanceiras, até mesmo 
para fi ns societários.
U N I D A D E 3 
O saldo do lucro inflacionário acumulado, restante em 31 de dezembro de 
1995 e ajustado até essa data, será efetivado conforme as normas prescritas 
na legislação em vigor. Já para a apuração de cálculos relativos aos lucros 
inflacionários posteriores a esse período, os valores referentesa ativos que 
estavam impostos à correção monetária em 31 de dezembro de 1995 precisarão 
ser informados por meio de registro específico na contabilidade da pessoa 
jurídica.
Os bens e direitos que foram adquiridos até o período de 31 de dezembro de 1995 
tiveram seu custo de aquisição ajustados monetariamente conforme a lei vigente 
até essa data. Para isso, se usou como base o valor referente à UFIR (Unidade Fiscal 
de Referência) em vigor em 1º de janeiro de 1996. Ou seja, a partir dessa data não se 
pôde aplicar a correção monetária.
A CMI (Correção Monetária Integral) tem por objetivo a correção das 
distorções ocasionadas por consequência dos preços altos. Também é utilizada 
como técnica para aprimorar a mensuração da situação da entidade, por inter-
médio das demonstrações contábeis em moeda de poder aquisitivo constante.
A correção monetária foi considerada, durante um longo período, uma fonte 
de dados relevante para a elaboração e a análise das demonstrações contábeis. 
A finalidade da correção monetária é manter os efeitos da inflação sobre os 
itens patrimoniais. Assim, as demonstrações contábeis podem ter valor para 
fins gerenciais e apresentar a real situação econômico-financeira da entidade.
A correção monetária de balanço corresponde aos efeitos da inflação 
sobre as contas patrimoniais. Dessa maneira, corresponde a perdas e ganhos 
monetários que vão elevar ou reduzir o lucro do exercício. As perdas e ganhos 
monetários referentes a ativos e passivos dizem respeito às contas da demons-
tração dos resultados que possuem ligação direta com os itens patrimoniais. A 
correção monetária foi gerada com o intuito de restaurar o poder de aquisição 
dos ativos das entidades.
A inflação representa a elevação do índice de preços, que corresponde à 
média ponderada dos demais preços. A correção monetária está ligada direta-
mente à inflação. Nesse cenário, esta possuiu, durante um período, relevância 
Auditoria contábill avançada138
no resultado recebido pelas entidades, já que os balanços eram ajustados 
mediante os índices inflacionários apresentados pelo Governo.
Se você considerar um período de diminuição ou aumento abundante do poder de 
compra, no qual a inflação ou a deflação é desenfreada, não pode considerar a moeda 
como medida adequada de avaliação das demonstrações contábeis.
Falhas no processo de correção monetária de 
valores do ativo
Os efeitos da correção monetária correspondem ao impacto do resultado do 
exercício e do Balanço Patrimonial, mediante a atualização monetária das 
contas existentes no Ativo Não Circulante e no Patrimônio Líquido. No período 
em que a legislação esteve vigente, outras contas que não estão classifi cadas 
nos grupos relatados foram consideradas sujeitas à atualização monetária, 
conforme você pode observar nestes exemplos:
  Imóveis que não estão classificados no ativo imobilizado.
  Aplicações efetuadas em ouro.
  Adiantamento a fornecedores relativo a bens passíveis de correção 
monetária.
  Aplicações em consórcios.
  Adiantamentos para aumento futuro de capital.
Na perspectiva prática, você pode considerar o esquema contábil usado 
conforme esta descrição: 
a) As contas do ativo que fossem corrigidas resultariam, em contrapartida, 
em um crédito na conta correção monetária classificado na conta de 
resultado.
b) O valor referente ao ajuste do capital precisava ser contabilizado como 
crédito na conta de correção monetária.
139Correção monetária do balanço
c) A correção efetuada nas outras contas do patrimônio líquido ocorria 
mediante débito na conta de correção monetária e crédito na referida 
conta de patrimônio líquido, motivo do ajuste.
d) No término do período, na ocorrência de a conta correção monetária 
evidenciar saldo credor, ele refletiria uma receita na demonstração do 
resultado.
e) E na situação contrária, apresentando um débito na conta correção 
monetária, representaria uma despesa na demonstração do resultado.
Houve altas taxas de inflação e também progresso relativo às informações 
demandadas pelos diversos tipos de usuários internos e externos à organização. 
Como resultado disso, algumas das falhas iniciais da técnica oficial da corre-
ção monetária ainda em vigor passaram a evidenciar distorções consideradas 
relevantes nas linhas representativas dos componentes da demonstração do 
resultado.
Assim, foi preciso adotar um sistema mais amplo de reconhecimento 
dos reflexos da inflação nas demonstrações contábeis. Ele foi denominado 
correção monetária integral e tinha por finalidade fornecer informações 
complementares.
Observe a conceituação referente à variação patrimonial resultante da 
inflação. Ela é a diferença entre: 
a) A alteração correspondente ao valor nominal do patrimônio líquido 
decorrente de ajustes de correção monetária. Isso inclui os que foram 
empregados ou oriundos de variação cambial, referentes ao ativo e ao 
passivo não circulante.
b) O ajuste referente à correção monetária que deve ser atribuído ao pa-
trimônio líquido para que este sustente sua integridade. Em situações 
reais, é consequência de uma conjuntura inflacionária.
A mutação patrimonial resultante da inflação corresponde à desigualdade 
entre o crescimento considerável do patrimônio líquido, por consequência de 
ajustes de correção monetária ou variação cambial do ativo e do passivo não 
circulante, e o que precisaria evoluir para fins de conservar sua integridade. 
Essa diferença constitui a mutação ocorrida no patrimônio líquido em virtude 
da inflação.
Auditoria contábill avançada140
A mutação patrimonial oriunda da inflação também pode ser resultante da avaliação 
da variação ocorrida para cada elemento do ativo e do passivo não circulante.
Observe que essa alteração pode ter estas consequências:
  A apresentação referente à evolução de um elemento patrimonial por 
meio das atualizações monetárias resultantes de disposições legais ou 
contratuais, ou ainda de correção monetária atribuída.
  A evolução necessária em um elemento patrimonial de longo prazo para 
que sua expressão não seja alterada. Por definição, a taxa de crescimento 
a considerar, ou seja, a taxa de inflação.
No segundo método usado para definir a mutação patrimonial resultante da 
inflação, se reconhecem imediatamente os ganhos ou perdas gerados devido 
à inflação, convenientes a créditos ou débitos da entidade.
O resultado da correção monetária, em conformidade com a Lei nº 6.404/76 
(BRASIL, 1976), não corresponde devidamente ao ganho ou à perda real em 
que a entidade incorreu devido à existência de um processo inflacionário. Você 
deve considerar somente as contrapartidas nomeadas de correções monetárias 
atribuídas, isto é, aquelas que se fazem refletir mediante o ativo não circulante 
e o patrimônio líquido.
As compensações das correções monetárias, ou ainda variações cambiais 
relativas a saldos credores ou devedores correspondentes a empréstimos e 
financiamentos, devem ser registradas como receitas ou despesas operacionais. 
Isso em concordância com o Decreto-lei nº 1.598/77, artigo 18, conforme você 
pode observar a seguir (BRASIL, 1977):
Variações Monetárias
Art. 18 – Deverão ser incluídas no lucro operacional as contrapartidas 
das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou 
coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual, dos direitos de 
crédito do contribuinte, assim como os ganhos cambiais e monetários 
realizados no pagamento de obrigações.
141Correção monetária do balanço
Parágrafo único – As contrapartidas de variações monetárias de 
obrigações e as perdas cambiais e monetárias na realização de créditos 
poderão ser deduzidas para efeito de determinar o lucro operacional.
Procedimentos de auditoria
Alterações patrimoniais resultantes da inflação, 
consequências da correção monetária e do lucro 
inflacionário
O Decreto-lei nº 1.598/77 (BRASIL, 1977) estabelece que uma parcela do 
lucro infl acionário ocorrido no exercício social deveria ser efetuada no períodoseguinte. Por meio do Decreto-lei nº 1.598/77 (BRASIL, 1977), é permitido 
ao contribuinte diferir o pagamento do imposto de renda correspondente à 
parcela não efetuada do lucro infl acionário.
A correção monetária do ativo não circulante do estoque de imóveis desig-
nados à venda não deve corresponder a ganho ou perda, ou seja, a qualquer 
lucro ou prejuízo.
Você deve saber que o lucro inflacionário corresponde à:
  Elevação do valor nominal de elementos do ativo, em consequência da 
inflação, a taxas superiores à da inflação.
  Elevação do valor nominal de elementos do passivo não circulante, 
devido à existência da inflação, a taxas reduzidas com relação à inflação.
Para o reconhecimento das origens dos lucros inflacionários, você precisa observar os 
créditos e débitos. Também deve considerar os demais valores monetários do ativo 
e do passivo não circulante.
Auditoria contábill avançada142
Espécies e particularidades da atualização monetária
A fi nalidade da atualização monetária corresponde à identifi cação da perda 
do poder aquisitivo da moeda nacional em virtude da infl ação relacionada aos 
elementos patrimoniais da entidade.
O registro por intermédio do valor histórico perde sua relevância se a eco-
nomia tem grau elevado de inflação e passa por grande modificação relativa 
ao poder aquisitivo da moeda nacional.
Durante um período específico com inflação, os itens que possuem essência 
monetária, estimando os disponíveis, realizáveis e exigíveis, são manifestados 
em situações em que a moeda tem poder aquisitivo em vigor ou bem perto 
disso. Os elementos considerados não monetários podem ser evidenciados por 
intermédio de valores que contemplem períodos diferentes por moedas com 
vasta diversidade de poder aquisitivo.
A correção monetária das demonstrações contábeis corresponde ao procedimento de 
adequar a atualização referente a valores evidenciados por ativos, que correspondem a 
bens e direitos, e a valores passivos vinculados ao patrimônio líquido, que são subordina-
dos à desvalorização. A finalidade da correção monetária das demonstrações contábeis 
não é gerar lucro ou prejuízo para a empresa. Ela tem o objetivo de demonstrar os 
números atualizados, ou seja, equivalentes ao ajuste a valor presente, por exemplo.
Os impactos das variações podem ser verificados por meio da apuração do 
resultado do exercício anual. Eles são apresentados nas depreciações e amorti-
zações de um número reduzido de ativos ou ainda na baixa de ativos adquiridos 
há algum tempo, nesse caso, os estoques da entidade. A consequência líquida 
referente às variações resultantes das mutações no poder aquisitivo da moeda 
varia bastante de uma entidade para as demais. Tal diferença dependerá dos 
investimentos efetuados em ativos e passivos monetários.
É importante que você perceba que diversos contadores se preocupam 
com o índice elevado de inflação em vários países. Isso também ocorre com 
encarregados fiscais e administradores, que buscam o melhoramento dos 
processos com a finalidade de avaliar de modo exato a posição financeira e a 
consequência das transações das entidades em uma economia inflacionária. 
Contudo, também é importante que você atente ao fato de que poucos países 
143Correção monetária do balanço
fizeram adoção de sistemas para identificação dos reflexos da inflação nas 
demonstrações financeiras.
Poucos países adotaram técnicas com a finalidade de reduzir as distorções geradas. 
Dessa forma, as práticas contábeis dos outros países passaram a buscar o desen-
volvimento dos critérios referentes às técnicas de identificação da inflação nas de-
monstrações contábeis. Essas demonstrações são consideradas um instrumento de 
regulamentação pelas autoridades.
Os procedimentos de auditoria correspondem a técnicas que devem ser 
usadas pelo auditor durante seu trabalho. Essas técnicas possibilitam evidenciar 
provas convincentes que servirão como base para a opinião deles sobre as 
demonstrações contábeis.
O auditor deve realizar testes de observância que buscam verificar a segurança dos 
processos relativos ao controle interno da entidade, que vão demonstrar a sua eficácia 
e cumprimento.
Os testes substantivos efetuados pelo auditor têm por finalidade evidenciar 
a suficiência. Assim, confirmam a exatidão e a validade das informações 
fornecidas pelo sistema contábil da entidade. Observe como esses testes estão 
divididos:
  Testes de transações e saldos.
  Procedimentos de revisão analítica.
No exame do ativo imobilizado, era preciso verificar as baixas, observando, 
para aprovação, cálculo e registro do custo, depreciação, correção monetária 
e resultado.
Auditoria contábill avançada144
A seguir, você pode conferir os itens que se devem identificar para cada 
área das demonstrações contábeis: 
a) Relações patrimoniais: as transações que correspondem à movimentação 
das contas de ativos, passivos e patrimônio líquido.
b) Relações de resultado: as transações que correspondem a reflexos nas 
contas de resultado, receitas e despesas.
Correções, transferências, baixas e liquidações
Os critérios que tratam sobre os ajustes, baixas, liquidações e transferências 
de valores, referentes às contas impostas ao regime de correção monetária, 
estão defi nidos e podem ser verifi cados por meio do Decreto-lei nº 1.598/ 77 
(BRASIL, 1977), mediante os artigos 43 e 48.
Analise o que está definido no Decreto-lei nº 1.598/ 77, artigo 43 (BRASIL, 
1977):
Art 43 – Na transposição para o Razão Auxiliar dos lançamentos da escri-
turação do exercício da correção, os valores registrados serão convertidos 
para número de ORTN mediante sua divisão pelo valor nominal de uma 
ORTN, observadas as seguintes normas:
I – os ajustes, baixas, liquidações ou transferências de valores oriundos 
de exercício anterior, assim como as transferências, no exercício, entre 
contas sujeitas a correção, serão convertidos para ORTN pelo valor nominal 
desta no mês do balanço do exercício anterior;
II – os valores acrescidos às contas no exercício da correção serão 
convertidos para ORTN pelo valor nominal desta no mês do acréscimo 
ou, se o Razão Auxiliar for escriturado em partidas trimestrais, pelo valor 
médio mensal da ORTN no trimestre;
III – os ajustes, baixas, liquidações ou transferências de valores acresci-
dos, no exercício da correção, às contas do investimento, ativo diferido e 
patrimônio líquido, serão deduzidos dos acréscimos, na ordem cronoló-
gica destes, e convertidos para ORTN pelo valor nominal desta no mês 
ou no trimestre em que forem deduzidos;
IV – o valor de patrimônio líquido de investimento em coligada ou 
controlada transferido do exercício anterior e as reduções desse valor 
durante o exercício da correção, inclusive pelo recebimento de lucros 
ou dividendos, serão convertidos para ORTN pelo valor nominal desta 
no mês do balanço do exercício anterior.
145Correção monetária do balanço
Você deve saber ainda que ocultar o uso da correção monetária que seria 
devida não causaria reflexos, integralmente, no resultado do exercício. Essa 
situação ocorre dessa maneira porque a omissão referente ao uso da correção 
monetária, que poderia modificar o resultado operacional ou não operacional, 
é corrigida. Isso é feito por intermédio da inexistência da apuração da correção 
monetária apropriada, na definição do resultado da correção monetária.
Auditoria contábill avançada146
BRASIL. Decreto-lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977. Brasília, DF, 1977. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del1598.htm>. Acesso em: 
30 jan. 2017.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Brasília, DF, 1976. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 07 fev. 2017.
BRASIL. Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Brasília, DF, 1995. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L9249.htm>. Acesso em: 29 jan. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo.7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
BALAMINUT. Princípios fundamentais de contabilidade: princípio da atualização monetá-
ria. Piracicaba: Boletim Contábil, [c2017]. Disponível em: <http://www.boletimcontabil.
com.br/ gestao/contabil/principios.php>. Acesso em: 16 fev. 2017. 
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
MARQUES, J. A. V.; GRZESZEZESZYN, G.; SCHVARZ SOBRINHO, R. Impacto da ausência 
de correção monetária na análise da rentabilidade das empresas: caso Copel. Rev. 
CRCPR, ano 27, n. 136, 2003. Disponível em: <http://www.crcpr.org.br/new/content/
publicacao/ revista/revista136/ impacto_da_ausencia.htm>. Acesso em: 29 jan. 2017.
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São 
Paulo: Frase, 2002.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
147Correção monetária do balanço
Dica do professor
O vídeo a seguir apresenta os impactos causados com a Lei no 9.249/95, que deu fim à correção 
monetária de demonstrações financeiras, com foco no balanço. Assista!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/9da1442de44d2ec76de55ceff55bda01
Exercícios
1) Sobre a correção monetária de balanço, avalie as questões correspondentes ao conceito e 
marque a correta. 
A) O tratamento relativo aos bens e direitos que foram adquiridos, considerando o período de 
31 de dezembro de 1995, deve ter seu custo de aquisição ajustado monetariamente pela 
UFIR.
B) A sigla UFIR representa a Unidade Fiscal do Imposto de Renda.
C) A extinção da correção monetária de demonstrações financeiras ocorreu mediante a Lei no 
9.249/95.
D) A UFIR entrou em vigor a partir de 1o de dezembro de 1996.
E) A sigla CMI se refere à Comissão Mobiliária Integral.
2) Verifique as afirmativas e indique a correta. 
A) A CMI tem por finalidade a correção das distorções causadas por consequência dos preços 
altos.
B) A correção monetária foi considerada por muito tempo uma fonte irrelevante de dados para a 
contabilidade.
C) A finalidade da correção monetária é elevar consideravelmente os reflexos da inflação sobre 
os itens patrimoniais.
D) É possível afirmar que a correção monetária pretende omitir a situação atual econômica da 
entidade.
E) Perdas e ganhos monetários relativos a ativos e passivos correspondem às contas da 
demonstração dos resultados que estão vinculadas diretamente com as despesas.
3) Avalie as opções e identifique a correta. 
A) Mesmo no período em que a legislação esteve vigente, os imóveis classificados no ativo 
imobilizado não estão sujeitos à atualização monetária.
B) As contas ajustadas do ativo resultariam em contrapartida, um débito na conta correção 
monetária classificada em conta patrimonial.
C) A correção realizada nas demais contas do patrimônio líquido ocorria através do débito na 
conta de correção monetária e crédito na conta do patrimônio líquido, motivo do ajuste.
D) O valor correspondente ao ajuste do capital devia ser registrado como débito na conta de 
ativo não circulante.
E) A variação patrimonial decorrente da inflação se refere à diferença de como reduziu de forma 
considerável o patrimônio líquido.
4) Analise as questões que tratam sobre as alterações patrimoniais decorrentes da inflação, as 
implicações da correção monetária e do lucro inflacionário. Após, indique a única correta. 
A) As correções monetárias do ativo não circulante do estoque de imóveis destinados à venda 
precisam se referir a ganho ou perda.
B) Na conciliação do valor contábil, são demonstradas as reversões de despesas através da 
desvalorização de ativos, identificados no resultado.
C) Mediante o Decreto-lei no 1.499/77, é estabelecido que uma parcela do lucro inflacionário 
ocorrido no exercício social precisaria ser realizada no período anterior.
D) O lucro inflacionário representa aumento do valor nominal de itens do ativo, em virtude da 
inflação, as taxas superiores à da inflação.
E) O lucro inflacionário também representa o aumento do valor nominal de itens do passivo 
circulante, devido à existência da inflação, a taxas reduzidas com relação à inflação.
5) Analise as opções que abordam sobre as características da atualização monetária e aponte a 
correta. 
A) O registro mediante o valor histórico ganha sua relevância, sendo que a economia tem nível 
elevado de inflação.
B) Os reflexos das alterações podem ser observados mediante a apuração do resultado do 
exercício semestral.
C) É relevante destacar a preocupação de contadores com o índice reduzido de inflação em 
vários países.
D) Alguns países escolheram técnicas com o objetivo de reduzir as distorções geradas.
E) As práticas contábeis dos demais países passaram a desconsiderar a evolução dos métodos 
relacionados às técnicas de identificação da inflação nas demonstrações contábeis.
Na prática
Ana Laura recém entrou na empresa SSP Auditoria para trabalhar na área contábil, auxiliando 
diretamente nas auditorias internas. Com a finalidade de ampliar seu conhecimento, buscou 
pesquisar sobre as mudanças ocorridas nas auditorias já realizadas, desde as mais antigas até as 
mais atuais.
 
Através das informações encontradas, ela compreendeu que a correção monetária tinha por 
objetivo elevar o poder de aquisição dos ativos das entidades e havia sido usada com eficácia ao 
longo dos anos. Após a extinção da correção monetária legal, a Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM) redigiu a IN 248/96, passando a ser facultativo o uso da correção monetária integral. A 
partir da não obrigatoriedade, grande parte das entidades deixou de fazer uso do método, fazendo 
com que as informações contábeis se perdessem.
Mesmo com a modificação da legislação, a correção monetária era usada e foi extinta, passando a 
ser opcional. A correção monetária referente aos demonstrativos contábeis era relevante, pois 
representava um instrumento primordial no fornecimento de dados confiáveis, auxiliando nas 
decisões tomadas por gestores. Assim, proporcionava situações futuras promissoras à entidade.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O IMPACTO DA NÃO CORREÇÃO MONETÁRIA NA 
CONTABILIDADE GERENCIAL.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
O Impacto do Fim da Correção Monetária no Resultado das 
Companhias Brasileiras de Capital Aberto e na Distribuição de 
Dividendos: Estudo Empírico no Período Pós-Plano Real.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.intercostos.org/documentos/congreso-07/Trabajo138.pdf
https://pdfs.semanticscholar.org/ddc2/e46f6e2deac91c78349961d72a19e7cc90dd.pdf

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