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ENFERMIDADES DO SISTEMA TEGUMENTAR DOS RUMINANTES 
 ● Papilomatose bovina 
 - Enfermidade infectocontagiosa, de caráter tumoral, geralmente benigna e autolimitante, 
 que acomente grande variedades de animais, incluindo os humanos, em todo o mundo; 
 - enfermidade infectocontagiosa, de origem viral, crônica, de caráter tumoral benigno e de 
 natureza fibroepitelial, caracterizando-se por tumores localizados na pele e na mucosa 
 -caracterizada pelo crescimento excessivo das células basais 
 -pode evoluir para carcinoma 
 -Enfermidade transmissível da pele e mucosas caracterizada pelo crescimento excessivo 
 das células basais, formando tumores benignos conhecidos como "verrugas” 
 -causada por um vírus gênero Papilomavírus, não envelopado, fita dupla, que acomete 
 principalmente os bovinos leiteiros 
 - enfermidade de característica tumoral benigna, causando lesões na pele e mucosas; 
 -Popularmente conhecida como : Fibropapilomas, Verrugas, Figueira, Epitelioma 
 contagioso, Verrucose. 
 -morbidade apresenta-se de forma variada e a letalidade é baixa 
 - descritos em diversas espécies de animais como os bovinos, equinos, caprinos, ovinos, 
 caninos, raramente nos felinos e nos humanos também há relatos; 
 - transmissão > ocorre por contato direto com a pele do animal saudável com animal 
 enfermo, ou através do contato com cercas, troncos, agulhas e na ordenha; 
 crescimento desses papilomas (verrugas) ocorre mais em animais jovens, localizando-se 
 na pele e com predileção por determinados locais do corpo. 
 - Importância Econômica > Na bovinocultura causam prejuízos econômicos não causando 
 a morte dos animais, mas sim uma depreciação dos mesmos; Desvalorização dos animais 
 na comercialização; Depreciação do couro; Debilidade do animal (infestações externas – 
 disfunções orgânicas); Úbere: impedir a ordenha ou sucção; Pênis: reprodução; Trato 
 digestivo: alimentação e respiração; 
 -etiologia > VPB-4 (1 e 2): pode contribuir para a formação de tumores vesicais ( Hematúria 
 enzoótica ) nos animais que ingerem Pteridium aquilinum (Samambaia), durante o pastejo. 
 (Carcinogênica); comum poder relacionar o aparecimento dos papilomas com o consumo 
 da planta tóxica Pteridium aquilinum, mais conhecida como samambaia, onde a ingestão da 
 mesma faz com que ocorra uma intoxicação no animal causando os papilomas do tipo 4 
 que são encontrados no trato alimentar superior; frequente a transformação dos papilomas 
 em carcinoma de células escamosas; “Verrugas” no trato alimentar; Sinais clínicos 
 associados à indigestão vagal; Transformação de VPaB-4 em carcinomas, quando 
 ingeridos carcinógenos na dieta. 
 hematúria enzoótica bovina (HEB) é uma das formas clínicas da intoxicação crônica por 
 samambaia ( Pteridium aquilinum , caracterizada por neoplasmas na bexiga com 
 conseqüente hematúria, anemia, emagrecimento progressivo e morte;; 
 P. aquilinum possui vários princípios carcinogênicos, mutagênicos e imunossupressores. 
 (ex. ptaquilosídeo norsesquiterpeno e a quercetina); 
 -Epidemiologia > Animais infectados representam as fontes de infecção para o rebanho; 
 Animais de até 2 anos são mais acometidos, embora todas as faixa etárias possam ser 
 atingidas; Fatores predisponentes: Estado imune, Má nutrição, Infestação por carrapatos, 
 Desmane, Portas de entrada, Pele com soluções de continuidade e mucosa 
 condições de imunossupressão que facilitam a infecção ou onde já havia o vírus aumentará 
 a susceptibilidade ao desenvolvimento dos papilomas. Animais com maior manejo como os 
 bovinos de leite ou mantidos em um sistema intensivo estão mais predispostos à infecção, 
 devido ao maior contato de um animal com outro ou maior estresse causando 
 imunossupressão; costuma persistir nos animais imunodeprimidos por um tempo de 5-6 
 meses; período de incubação e o aparecimento das lesões variam de semanas a meses, e 
 a mesma pode regredir sem nenhum tratamento ; animal acometido pela papilomatose 
 pode apresentar complicações por feridas, hemorragias, infecções secundárias causadas 
 pelo atrito; 
 Letalidade baixa; Morbidade variável; Mortalidade baixa; 
 - Transmissão > pode ocorrer por Contato Direto (contato direto com outros animais 
 infectados através de feridas na pele) ou Contato Indireto: vetores mecânicos ou por fômites 
 contaminados; cercas, cochos, troncos, marcação, administração de medicamentos 
 injetáveis, descorna, carrapatos, moscas, colocação de brincos; 
 se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. 
 via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital; 
 em humanos: é transmitido durante o sexo (principal via), seja ele vaginal, anal ou oral; 
 menos frequente, o vírus pode ser transmitido por meio de objetos, roupas, toalhas e mãos 
 contaminadas com secreção com vírus; 
 em cães: transmitida quando um infectado entra em contato com um sadio; infecção pode 
 ocorrer por lambidas, mordidas, compartilhamento de comedouros e bebedouros; não é 
 zoonose; 
 altamente contagiosa; 
 -verrugas em geral são encontradas nos tetos, pênis, região periocular, pescoço, barbela e 
 membros, regiões onde ocorrem maiores atritos; prejuízos podem acarretar cegueira, 
 desenvolvimento retardado, miíases, baixa produtividade, e se localizados no teto podem 
 desencadear mastite devido a não secagem correta na hora da ordenha. Quando presentes 
 na região vulvare peniana podem ocasionar problemas na reprodução; 
 - patogenia > O Vírus infecta as Células Basais da pele através de Solução de Continuidade 
 da pele (lesões na pele ou mucosa) e dentro destas irá ocorrer sua replicação, induzindo 
 hiperplasia das células basais formando as Verrugas , nos epitélios cutâneo e mucoso, em 
 seguida as Partículas Virais são liberadas com a esfoliação da pele podendo contaminar 
 outros animais; 
 Período de Incubação: 3 semana a 4 meses (podendo chegar até 18 meses); 
 -Classificação > podem ser Arborecentes (Couve-Flor/ com inserção ampla, com aspecto 
 pedunculado e consistência firme; possui coloração acinzentada; Microscopicamente, se 
 fixam na epiderme causando acantose e hiperqueratose epitelial; Acometem a pele ou 
 qualquer parte do corpo com epitélio estratificado; Cabeça, Ao redor dos olhos, Pescoço, 
 Ombros); Filiformes; Planos (Engrossamento da epiderme – Queratinização forte das 
 camadas superficiais); Pendulares (Formações que se sobressaem na pele como 
 prolongamentos de diferentes longitudes e em forma de dígitos – Comuns nas tetas e no 
 úbere); 
 -Sinais clínicos : Verrugas Cinzentas (largas e chatas);Localizadas ou generalizadas pelo 
 corpo do animal; 
 -Diagnóstico > 
 1. Clínico: características das lesões 
 2. Histopatológico: Biópsia; Microscopia dos cortes histológicos; Observação das 
 partículas víricas por microscopia eletrônica; para observar as características 
 microscópicas em cortes histológicos. 
 - diagnóstico diferencial > diferenciar papiloma de carcinoma de células escamosas 
 (principalmente se tiverem na conjuntiva pois são parecidos macroscopicamente); 
 -Prognóstico : essa doença pode evoluir para Cura Espontânea, pois geralmente é 
 autolimitante, porém em alguns casos ela pode persistir por até 5-6 meses; e em animais 
 imunocomprometidos pode ocorrer Persistência (18 meses) = Imunossupressão; 
 -Tratamento > 
 1. Auto-Cura: 1-8 (12 meses) 
 2. Vacinas Autógenas: obtidas através da inativação de um macerado de papilomas 
 coletado do animal afetado, pois como existem diferentes tipos de cepas do vírus, a 
 imunopatogenicidade da enfermidade varia entre os animais, resultando em vacinas 
 específicas para cada animal; animais jovens respondem melhor aos tratamentos 
 que aqueles com mais de dois anos de idade ; Resposta imune específica; Caráter 
 curativo; Resultados dependem: • Preparação da vacina (fabricada na fase de 
 replicação do vírus) • Estágio de evolução da enfermidade • Tipo de VPB envolvido 
 3. Auto-hemoterapia: Retira-se 10 mL de sangue venoso e imediatamente aplica-se por 
 via intramuscular profunda, 3 a 4 doses, com intervalos de 7 a 10 dias, provocando 
 um estímulo imunológico inespecífico que pode levar à queda das verrugas; , 
 quando o organismo do animal absorve o sangue venoso, o sistema imune é ativado 
 e passa a produzir anticorpos contra o papiloma, o que leva à eliminação da 
 enfermidade; 
 4. Extirpação Cirúrgica ou Retirada cirúrgica: retirada de algumas verrugas pode 
 estimular o sistema imune humoral e provocar a queda das outras formações 
 semelhantes; Difícil execução em rebanhos de alta densidade 
 Papilomas Pênis: dissecação cirúrgica (+ criocirurgia) 
 Papilomas Vagina: criocirurgia + ligadura 
 Papilomas Tetos: removidos no nível da pele 
 Papilomas Interdigitais: cirurgia + tratamento sintomático 
 5. Retirada Cirúrgica e Cauterização das lesões: a retirada de algumas verrugas pode 
 estimular o sistema imune humoral e provocar a queda das outras formações 
 semelhantes; 
 6. Retirada cirúrgica e aplicação de formalina a 10%. 
 7. Vacinas Comerciais: Deficiência: Usadas para tratamento não para prevenção; 
 Cepas nem sempre homológas à que causou a verruga; Como provar que a cura 
 não foi natural?; 
 8. compostos químicos: 
 -em forma de pasta (Papilomax), atua matando o vírus, secando-as, evitando, desta 
 forma, novos casos da doença no rebanho; 
 -Clorobutanol (Verruclin®, Verrudel® e Verrutrat®): 2 doses (50 mg/kg, SC); 
 Antissético (Inibidor da cadeia respiratória); tem apresentado resultados 
 significativos em animais acometidos pela papilomatose cutânea, tanto cães como 
 bovinos; Aplicar no animal por via subcutânea no local do papiloma (verruga); dose a 
 ser aplicada é de 1 mL para cada 20kg de peso corpóreo do animal; Nas verrugas 
 pequenas e grande a dosagem deve ser repetida após 7 dias da primeira aplicação; 
 Modificações na posologia e modo de usar poderão ser feitas segundo critério do 
 médico veterinário. 
 -Levamisol : uso em dias alternados; Dosagens inferiores àquelas do uso como 
 anti-helmíntico; Promove diferenciação e proliferação de linfócitos T; seu potencial foi 
 avaliado em pacientes que apresentavam desordens imunológicas congênitas e 
 adquiridas, mediante a migração de leucócitos, e os achados sugerem que o 
 tratamento com este composto estimula a produção de mediadores da imunidade 
 celular e ativa a população de linfócitos T; Imunoestimulante 
 9. Cauterização química com Nitrato de prata, ácido sulfúrico 
 10. Criocirurgia: Congelamento de tecidos, utilizando Nitrogênio líquido. 
 - Medidas de Profilaxia : Aquisição de animais sem papilomas; Isolamento dos animais 
 afetados; Esterilização de agulhas,seringas e materiais cirúrgicos; Utilização de materiais 
 descartáveis e desinfecção dos nº de tatuadores; controle de moscas e carrapatos 
 ● DERMATOFITOSE-micoses cutâneas infecto-contagiosas de curso crônico causadas por fungos Dermatófitos 
 que se alimentam de queratina presente nos pelos/cabelos, unhas e pele, sendo uma 
 zoonose - importante na Clínica de Bovinos - Usar EPIs – Luvas; 
 -Sinonímia: Tinha; Dermatomicose; 
 -gêneros principais: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. 
 -em bovinos é freqüente o isolamento de Trichophyton verrucosum , ocasionalmente T. 
 mentagrophytes e em raros casos M. canis; 
 - Etiologia : Trichophyton verrucosum; Enzimas proteóliticas – Queratinases; Mecânica: 
 flora microbiana e pH da pele; Quando os esporos fúngicos entram em contato com a 
 pelagem, pode ou não ocorrer infecção. Os esporos podem ser mecanicamente removidos, 
 e incapazes de competir com a flora normal da pele ou ainda permanecem na pelagem em 
 estado dormente até que haja condições ideais para infecção; 
 Depende: Idade/Troca de dente (estado imunológico - animais jovens normalmente são os 
 mais acometidos); Doença de base (moléstia concomitante e o uso prévio de 
 medicamentos imunossupressivos; umidade crônica por transpiração ou as agressões 
 ambientais à barreira protetora da pele aumentam as oportunidades de infecção); Clima 
 (quente e úmido observa-se uma incidência mais elevada do que em clima frio e seco); 
 Épocas de carência (nutrição, pois está relacionada com o estado imunológico, sendo que a 
 má nutrição diminui a resistência às infecções); Manejo 
 -comumente encontrados no ambiente e ecologicamente, são agrupados em: antropofílicos, 
 zoofílicos e geofílicos; 
 1. dermatófitos antropofílicos estão restritos aos humanos, e raramente infectam 
 animais. 
 2. zoofílicos infectam primariamente os animais, mas podem infectar o homem. 
 3. dermatófitos geofílicos vivem no solo como saprófitas, mas têm a capacidade de 
 invadir tecidos queratinizados de animais e de humanos 
 OBS: zoofílicos e geofílicos geralmente produzem em humanos lesões mais inflamatórias 
 que os antropofílicos; reação altamente inflamatória limita a disseminação da infecção e 
 pode levar a cura espontânea, mas resulta em cicatriz e alopecia permanentes; 
 -produzem enzimas que os dão habilidade em colonizar a pele e seus anexos > principais 
 são as proteinases, particularmente as queratinases que degradam a queratina; 
 -Podem ser transmitidas por contato direto entre homens ou animais infectados, por 
 contato com unha ou pêlos liberados de lesões ou por meio de fômites contaminados 
 (instrumentos de tratamento do exterior dos animais, esporas, estabulação, cercas, 
 comedouros, cama, os arreios, as raspadeiras e os cobertores); contato com eqüinos, 
 bovinos e pessoa; infecção ocorre tanto pelo contato direto entre animais, animal e homem 
 ou entre homens; animais podem ser carreadores assintomáticos da dermatofitose; pode 
 ocorrer o contato do animal com esporos presentes no ambiente; 
 -importante localizar o animal infectado, principalmente por espécies zoofílicas (M. canis, T. 
 mentagrophytes e T. verrucosum), pois serve de reservatório para esses fungos > 
 infecções produzidas por M. canis podem ser detectadas pela luz de Wood. Porém, essa 
 metodologia dificulta observar e eliminar a micose em bovinos quando produzida por T. 
 verrucosum, pois os pêlos infectados não apresentam fluorescência. Além, dos pêlos e 
 escamas infectados por T. verrucosum sobreviverem durante anos em fômites como 
 cercas de madeira, escovas e outros utensílios dos animais e tratadores; 
 - Patogênese > caracterizam-se pelo crescimento de microrganismos sobre ou no interior 
 dos pêlos, no estrato córneo da epiderme nos folículos capilares, ou nas unhas. A infecção 
 não se dissemina para estruturas mais profundas da pele; Com freqüência é mais fácil a 
 visualização dos microrganismos no interior ou sobre os pêlos onde são observados dois 
 tipos principais de crescimento: artrosporos ectotrix, caracterizados por uma invasão 
 miceliana no interior do pêlo, com artrosporos no lado externo do fio capilar e artrosporos 
 endotrix, encontrados no interior do pêlo. Todos os patógenos dos animais são do tipo 
 ectotrix; 
 elemento infeccioso de um dermatófito pode ser um artroconídio ou um fragmento de hifa; 
 No material infectado, esses propágulos podem ficar dormentes por um período prolongado, 
 ou então, germinar quando estimulados por alguns aminoácidos e componentes do ciclo da 
 uréia; esses artroconídios ou fragmentos de hifas crescem rapidamente no extrato córneo 
 de indivíduos sensíveis. Nesse tecido, dispõem-se no interior das células, e a infecção 
 espalha-se centrifugamente. Após a infecção, as estruturas queratinizadas, são 
 decompostas enzimaticamente, começando assim, uma resposta inflamatória. Contudo, o 
 fungo não penetra em outros tecidos, pois não há o substrato e também são inibidos pelas 
 proteínas séricas; 
 -tricofitose ataca principalmente animais com menos de um ano de idade, alojados em 
 condições de umidade e pouca iluminação; 
 -sinais : lesões podem ocorrer por todo o corpo do animal, mas principalmente: na testa, no 
 lombo, área dos olhos e orelhas, na nuca e pescoço; lesão é pruriginosa com forma anular, 
 eritemato-escamosa, bordas nítidas e vesiculosas; Quando há uso de corticoterapia, as 
 lesões não apresentam tais características; 
 Alopecia, Bordos regulares,Descamação, Formação de Crostas, Coloração acinzentada 
 -infecção natural, em animais, ocorre em quatro estágios: incubação, maturação, formação 
 das crostas, e regressão. 
 - Algumas vezes os animais são curados em três semanas, após iniciado o tratamento, em 
 outras pode levar mais de nove meses para se obter a cura. Após a infecção esses animais 
 podem desenvolver imunidade contra a dermatofitose; 
 -Diagnóstico: 
 1. Exame clínico - aparência das lesões características; 
 exame com luz de Wood é usado para identificar com rapidez os pêlos e cabelos 
 infectados pelas espécies do gênero Microsporum que apresentam fluorescência 
 esverdeada. As infecções produzidas pelo gênero Trichophyton não fluorescem, 
 com exceção do T. schoenleinii; 
 2. Raspado cutâneo - devem ser feitos após desengordurar a pele com éter ou álccol, 
 caso tenham sido feitos curativos com substâncias gordurosas, esse procedimento 
 tem como objetivo diminuir o crescimento de contaminantes 
 3. Cultura fúngica - mais comumente empregado e mais confiável ; Pêlos quebrados 
 na periferia das lesões são muito satisfatórios para tal finalidade; Grandes crostas 
 e/ou áreas de separação deverão ser evitadas; permite definir o agente etiológico; 
 dermatófitos bem como os demais fungos filamentosos apresentam crescimento 
 radial, dessa forma, o centro da lesão é composto de material pouco viável, sendo 
 então, a coleta recomendada sempre na borda da lesão; 
 4. Biópsias cutâneas - histopatologia pode encontrar foliculite, perifoliculite e 
 furunculose; dermatite perivascular superficial com paraqueratose; e dermatite 
 vesicular ou pustular intra epidérmica; Pode haver hifas fúngicas septadas e esporos 
 ovais na queratina superficial ou em folículos pilosos; 
 -Tratamento : 
 1. Tópico - Hipoclorito de sódio 0,5%; Iodóforos a 1% (Soluções iodadas); 
 Pomadas/cremes a base de antimicóticos (griseofulvina e/ou derivados dos 
 azoles ) – CUSTO ? 
 crostas devem ser removidas por meio de raspagem ou de uma escova de fios 
 delicados, e o medicamento aplicado com a escova ou friccionando-o 
 vigorosamente sobre o local; podem ser feitas com uma solução fraca de iodo, 
 ungüento de mercúrio amoniacal a 10% e soluções contendo compostos 
 quaternários de amônia (1:200 até 1: 10000); ungüento que contem os ácidos 
 propiônico e undecilênico e ésteres é eficaz, pois não é irritante para a pele e 
 controlam invasões bacterianas secundárias; Foram conseguidos bons resultados 
 com pomadas de iodo-povidona, tiabendazol e captano; 
 OBS: iodo - foi uma das primeiras drogas utilizadas para o tratamento de micoses 
 em humanos e animais. considerado um agente antimicrobiano potente, pois, em 
 concentrações adequadas, pode destruir bactérias, fungos, vírus e protozoários; 
 2. Sistêmico - eficácia discutível; Griseofulvina (7,5 mg a 60 mg/Kg, oralmente, por 7 
 ou mais dias. CUSTO?; Solução de iodeto de sódio 20% - 150 mL/450 kg, IV, 3-4 
 dias 
 griseofulvina ( 50 mg/ Kg VO uma vez ao dia) ou itraconazol ( 5 – 10 mg/Kg VO uma 
 vez ao dia ) são eficazes, mas caras; Em casos em que é necessário ou desejável 
 tratar um rebanho infectado, itraconazol, 5 a 10 mg/Kg VO uma vez ao dia durante 
 15 dias, abortará a infecção; necessário terapia tópica simultânea com cal sulfurada 
 ; soluções de sulfato de cobre 1 a 3%, violeta genciana a 1% e ácido salicílico em 
 álcool a 5% também podem ser utilizados para banho dos animais; As de difícil cura, 
 poderão ser tratadas, associando ao banho, com aplicações de 20.000 UI / KG de 
 penicilina procaína e 10 mg / Kg de dihidroestreptomicina, pela via intramuscular, 
 duas vezes ao dia, por 5 a 7 dias. 
 3. Desinfecção das Instalações 
 ● DERMATOFILOSE 
 -Dermatite hiperplásica ou exsudativa caracterizada por lesões cutâneas crostosas e 
 escamosas (lesões circunscritas). 
 -Sinonímia: Estreptotricose cutânea (bovinos), lã grumosa (madeira); perneira (ovinos), 
 dermatite micótica, mela e chorona; 
 -etiologia : Dermatophilus congolensis - bactéria oportunista do grupo actinomicetos, 
 Gram positiva, filamentosa; aeróbia ; Faz parte da flora cutânea; Umidade, pêlos longos e 
 danos físicos favorecem sua multiplicação exacerbada; 
 sintetiza enzimas e proteínas que possuem papel na patogênese > produção de 
 hemolisinas ,fosfolipases, ceramidases e enzimas proteolíticas ; 
 1. ceramidases e proteases são utilizadas para penetrar a barreira epitelial e assim se 
 disseminar na epiderme do hospedeiro; ceramidases catalisam a clivagem dos 
 ácidos graxos da pele e modificam as características da epiderme como, 
 permeabilidade, função imunológica, proliferação e diferenciação de queratinócitos 
 epidérmicos e apoptose celular; proteases como a serina participam da aquisição de 
 nutrientes, inativam a cascata de proteínas inflamatórias do hospedeiro, inativam 
 também as citocinas, proteínas regulatórias do sistema imune e outras moléculas 
 efetoras do sistema imune; 
 2. produz fosfolipases A e D, as quais rompem as membranas celulares e assim 
 facilitam a invasão da epiderme, além de proporcionar acesso a substâncias 
 nutritivas liberadas do interior da célula do hospedeiro como, aminoácidos, ácidos 
 graxos e nucleotídeos 
 -caráter zoonótico 
 -caracterizada por uma dermatite exsudativa e proliferativa, podendo apresentar-sesob a 
 forma aguda ou crônica, ocorrendo geralmente sob a forma de surtos, no entanto, casos 
 isolados também são relatados 
 - Epidemiologia : acomete Bovinos • Ovinos • Caprinos; 
 afeta principalmente bovinos, ovinos e equinos, mas também caprinos, cães e gatos, 
 suínos, muitos mamíferos silvestres, répteis e ocasionalmente, seres humanos; 
 Fatores predisponentes - Fatores estressantes; Umidade ambiental; Agressão física a pele ; 
 Pêlos longos; 
 manifestações clínicas ocorrem, na maioria das vezes, quando fatores ambientais alteram 
 a barreira protetora da epiderme, ou seja, em situações onde os animais são expostos a 
 chuvas ou umidade excessivas por longos períodos ou após banhos acaricidas, assim 
 como lesões mecânicas e químicas no tecido epitelial do bovino; Desnutrição e 
 imunossupressão também favorecem o surgimento; parasitismo, especialmente por 
 carrapatos está associado à ocorrência e patogênese da doença, pois além de induzirem a 
 imunossupressão no hospedeiro, eles são igualmente responsáveis por lesões que se 
 apresentam como porta de entrada do patógeno na pele; 
 mais susceptíveis são os bezerros (1 a 12 meses), principalmente aqueles com 4 meses 
 de idade ou que passaram por situações estressantes como, por exemplo, desmame, 
 castração e descorna; Vacas nas primeiras semanas pós-parto também são susceptíveis, 
 principalmente fêmeas de primeira cria; 
 Não há PREDILEÇÃO de Idade, Raça ou Sexo 
 em algumas regiões a prevalência e severidade da doença têm sido fortemente associadas 
 ao parasitismo por Amblyomma variegatum, um carrapato bastante agressivo que causa 
 lesões de pele que se apresentam como porta de entrada para a bactéria; carrapatos e 
 outros artrópodes sugadores também possuem importante papel na epidemiologia da 
 doença, pois esses causam danos à pele e iniciam a exsudação inflamatória, estimulando o 
 crescimento bacteriano local e atraindo moscas que atuam como vetor mecânico e desta 
 forma acabam disseminando a bactéria pelo rebanho 
 excesso de chuvas e umidade, temperatura ambiental elevada, presença de ectoparasitas 
 (principalmente carrapatos), manejo inadequado, lesões físicas e químicas sob a pele, 
 doenças concomitantes, idade (principalmente bezerros), raça, desnutrição e 
 imunossupressão. Além disso, a presença de animais carreadores assintomáticos é um 
 importante fator de risco para o surgimento e disseminação da doença no rebanho 
 característica epidemiológica da dermatofilose em bovinos é que a doença geralmente 
 ocorre na forma de surtos principalmente em bezerros 
 -Transmissão > Contato direto • Contato indireto – Fômites contaminados • Vetores 
 mecânicos (ex. moscas e carrapatos); pelo contato direto entre animais a partir da pele, 
 assim como por contato direto com crostas do ambiente e fômites contaminados, ou 
 contato indireto através de artrópodes, especialmente os carrapatos; 
 infecção também tem sido atribuída à atividade de pássaros que pousam no dorso dos 
 bovinos, especialmente a espécie Buphagusery throrhynchus, conhecida como Pica-boi; 
 trabalhos também relataram infecção congênita em bezerros, sugerindo a transmissão 
 placentária do microrganismo; infestação por carrapatos dos gêneros Amblyomma sp. e 
 Rhipicephalus spp. são umas das principais vias de transmissão da infecção; 
 - patogenia > os pequenos traumas na epiderme causados por picadas de insetos e 
 espinhos permitem o estabelecimento de pequenos focos de infecção. A formação de 
 crostas é causada por repetidos ciclos de invasão da epiderme pelas hifas, multiplicação 
 bacteriana profunda na epiderme, rápida infiltração por neutrófilos e regeneração da 
 epiderme. As crostas com D. congolensis atuam como fonte de infeção para novas 
 infecções, pois a chuvas fortes disseminam os cocos e os zoósporos das crostas para pele 
 saudável para formar novos focos de infecção; 
 - Sinais Clínicos : Aglutinação de pêlos e aparecimento de erupções cutâneas crostosas e 
 escamosas, de aparência circunscrita e bem delimitadas; Tufos de pêlos aglomerados e 
 crostas que podem ser arracandas expondo pus amarelo-esverdeado; Alopecia; 
 típica lesão de dermatofilose - lesão local aparece como uma área de pelos emaranhados 
 ou vêlo que pode, às vezes, ser destacado junto com uma crosta úmida e deixar uma área 
 exsudativa vermelha; Nos bovinos, a aparência das lesões varia em função da evolução e 
 severidade da doença, onde em alguns animais há inicialmente a formação de pequenas 
 pápulas úmidas em pequeno número que se disseminam por diversas áreas do corpo, e 
 mais tarde essas lesões tornam-se cobertas com crostas secas e duras com tufos de 
 pelos, assemelhando-se a um pincel; Enquanto em outros bovinos, as lesões podem se 
 estender e cobrir todo o corpo, especialmente a região do dorsolateral dos animais afetados, 
 bem como a região perineal, membros inferiores, cauda, boca e orelhas, assemelhando-se 
 a papilomas; 
 Regiões como, cabeça, pescoço, região torácica dorsal e região da barbela são as mais 
 afetadas, porém em muitos animais as lesões apresentam-se de maneira generalizada; 
 Região inguinal, escroto, úbere e axilas também são partes bastante atingidas; 
 Infecções bacterianas secundárias, miíases e parasitismo por carrapatos acentuam a 
 severidade das lesõespodendo levar o animal a morte; 
 - diagnóstico > 
 1. Exame clínico 
 2. Esfregaço coloração de Gram - realizado rapidamente a partir da observação do 
 agente etiológico em crostas de lesões fixadas e coradas com Giemsa; 
 3. Cultura microbiológica - diagnóstico definitivo requer o isolamento e identificação da 
 bactéria ou técnicas moleculares como a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase); 
 realizado a partir da plaqueamento direto do exsudato colhido abaixo das crostas, 
 assim como também de crostas frescas ou emulsificadas em água estéril. 
 4. Histopatológico 
 -Diagnóstico diferencial : Dermatofitose, Alguns tipos de papilomatose, Sarnas com 
 formação de crostas; 
 -tratamento: consiste em isolar os animais doentes e realizar terapia com antimicrobianos; 
 1. Resolução espontânea 
 2. Tópico - isoladamente não é recomendado, pois os medicamentos não penetram 
 nas camadas mais profundas da pele; se recomenda associar o tratamento tópico 
 ao parenteral; 
 Retirar os animais da umidade; Retirar os tufos de pêlos; Limpeza e desinfecção 
 com solução iodada (povidine degermante – 1% de iodo) - individual; Banhos de 
 imersão ou aspersão com sulfato de zinco ou cobre na concentração de 0,2 a 0,5%; 
 Clorexidina 0,2% 5-7 dias; 
 3. Sistêmico - Penicilina G-Benzantina 70.000 UI/Kg + Estreptomicina 70 mg/kg (dose 
 única - IM); Oxitetraciclina 20 mg/kg/IM – a cada 72 horas 3-6 aplicações; 
 Estrepetomicina – 5mg/Kg/SID/IM- durante 1 semana; 
 - controle e profilaxia > baseados no isolamento e tratamento dos doentes, evitando lesões 
 mecânicas e químicas na pele durante o manejo dos animais, assim como fornecer abrigo 
 aos animais em épocas chuvosas; Desinfecção de materiais e instalações; Controle de 
 umidade; Controle de carrapatos; 
 ● Ectima Contagioso 
 -Doença zoonótica infectocontagiosa, comum em ovinos e caprinos em todo o mundo, 
 caracterizada por lesões exantemáticas ao redor de narinas, olhos e boca dos animais 
 infectados. 
 OBS: Exantema é uma erupção geralmente avermelhada que aparece na pele devido à 
 dilatação dos vasos sanguíneos ou inflamação. Sua causa pode ser infecciosa, alérgica, 
 tóxica, física, etc. podem se manifestar desde manchas planas até pequenas vesículas ou 
 bolhas. Doenças exantemáticas, também conhecidas como febres eruptivas, são as 
 doenças infecciosas agudas que têm como principal característica o exantema. São 
 bastante comuns, principalmente na infância, e sua principal importância é que algumas 
 delas apresentam alto risco de contágio 
 -Sinonímia: Orf, Boqueira, Dermatite pustulosa contagiosa, Dermatite labial contagiosa, 
 Papiloma infeccioso do ovinos, Dermatite infecciosa, Caroço. 
 -zoonose; 
 - etiologia > Orf virus (protótipo) DNA dupla fita; Família Poxviridae ; Gênero Paropoxvirius; 
 Altamente contagioso; 1787 – Ovinos; 1897 – Caprinos; 1934 - Humanos; doença viral 
 causada por um Parapoxvírus, 
 sensível à Luz, éter, clorofórmio, formalina, fenol, ácidos, calor 60o por 30min; 
 Resistência: Escuro, glicerina a 50% por 2 meses, sobrevive em crostas por 11 meses, 
 aprisco por mais de 1 ano após a retirada de animais doentes; 
 possuem alto epiteliotropismo e se multiplicam com facilidade no epitélio da pele e das 
 mucosas da boca e do esôfago 
 - epidemiologia > acomete animais de todas as idades principalmente de 3 a 6 meses, 
 ovelhas lactantes, e imunossuprimidos; Espécies acometidas: Ovinos, Caprinos e o 
 homem eventualmente; esporadicamente humanos, bovinos, camelos, cães e pequenos 
 ruminantes selvagens 
 Sendo os cordeiros de 3-6 meses os mais suscetíveis a doença. ; Morbidade : pode ser 
 alta; Mortalidade: baixa ; 
 vírus facilmente transmitido e causa lesões nas mãos de pessoas que possuem contato 
 direto com os animais infectados; 
 grandes perdas econômicas pela inanição, principalmente em cordeiros, que se tornam 
 incapazes de realizar a mamada. 
 Fontes de infecção: Animais infectados; 
 Vias de eliminação: Exsudato das pústulas, vesículas e crostas secas; 
 A imunidade do Ectima contagioso pode durar pelo melo menos por dois anos. 
 A infecção pode ser cruzada, através de currais, cercas, e pastagens contaminadas, ou 
 direta: crostas das feridas que permanecem infectantes por meses. 
 aparecimento do vírus nas propriedades se dá por diversas formas, em especial pela 
 compra de animais infectados, ou utilização de meios de transporte contaminados; 
 ovinos doentes podem não apresentar sinais clínicos, porém a imunossupressão causada 
 pelo estresse da viagem faz a doença retomar seu desenvolvimento.; 
 Portas de entrada: Pele, mucosa dos lábios, extremidade das patas e órgãos genitais. 
https://www.medicina.ufmg.br/observaped/erupcao/
 Vias de Transmissão – Contato direto com animais infectados e os sãos, ou indireto, 
 através de lesões nos lábios dos animais causada por forrageiras grosseiras e esta entram 
 em contato com as crostas desprendidas no ambiente. 
 Período de incubação: 2 a 4 dias na doença natural e experimentalmente esse período é 
 reduzido para 2 a 3 dias; 
 - patogenia > 
 -Sinais Clínicos: Vesícula; Pápula; Pústula; Crostas espessas 
 Forma de apresentação: 
 1. Labial: Lesões nas bordas dos lábios e comissuras, inicialmente apresentando 
 manchas pequenas em seguida nódulos, vesículas, pústulas, crostas, exsudação, 
 aumento das crostas e desprendimento das crostas. 
 2. Podal:Lesão cutânea simples -Vesículas e crostas nas partes distais (quentes e 
 dolorosas); Pode gerar uma pododermite necrótica 
 3. Genital: Apresentando pústulas, erosão e crostas 
 4. Mama: face interna dos coxais, lábios da vulva e prepúcio 
 -Diagnóstico : 
 1. Clínico: realizado com base no aspecto e sede das lesões ao redor dos lábios. 
 2. Identificação do agente: com o uso do microscópio eletrônico, em culturas celulares 
 ou por inoculação experimental; 
 -Diagnóstico diferencial : Varíola ovina, Febre aftosa, Micoses podais, Língua azul; 
 -Prognóstico : A doença sendo benigna e espontaneamente curável, o prognóstico é 
 favorável com relação a clínica. Economicamente as perdas são grandes, devido ao 
 emagrecimento dos animais, que não podem alimentar-se normalmente; 
 -Tratamento : Auto limitante; Para evitar que os animais atingidos por essa doença venham 
 a contaminar o rebanho, os seguintes cuidados devem ser tomados: Retirada das crostas 
 - Sol. Glicerina iodada (amolecer) + Sol. Álcool iodado + Desinfetante fraco; Sendo que a 
 retirada das crostas só é indicada em casos de transtornos na ingestão de alimentos e com 
 cuidado; Pomada Antibiótico de amplo espectro = Infecções; 
 - Medidas de Profilaxia: 
 1. Vacina: imunização ativa com a vacina viva preparada em culturas celulares, sendo 
 que os vacinados desenvolvem um reação vacinal de caráter local (face interna do 
 coxa ou zonas desprovidas de lã das paredes laterais do tórax). 
 2. Isolamento dos animais doentes 
 3. Isolar animais adquiridos (4 a 6 semanas) 
 4. Isolar os vacinados dos restantes 
 5. Desinfecção e limpeza de aprisco após a retirada dos animais doentes. 
 ● LINFADENITE CASEOSA 
 -é uma doença infectocontagiosa crônica de ovinos e caprinos, caracterizada por 
 inflamação dos linfonodos, abscessos cutâneos e em órgãos, ocasionalmente, pulmões, 
 baço, rins, fígado e sistema nervoso central; 
 -Sinonímia: Mal do caroço, caroço, falsa tuberculose, síndrome da ovelha magra e 
 síndrome do caprino definhado 
 -Etiologia : Bacilo de Preisz-Nocard; Bacillus pseudotuberculosis ovis; Bacillus 
 pseudotuberculosis; Actinomyces pseudotuberculosis; Corynebacterium ovis 
 Corynebacterium pseudotuberculosis; Família: Mycobaacteriaceae; bactérias Gram +; 
 Cocobacilos pequenos ou pleomórficos ; Anaeróbios facultativos; Não esporulados e 
 imóveis; Resistente ao ambiente; tem a característica de formar abscessos nos linfonodos 
 superficiais, internos e em órgãos; 
 - Importância Econômica: Perda de peso, Condenação da carcaça em casos de abscessos 
 internos, Redução no aproveitamento da pele e/ou lã; 
 - Epidemiologia > Prevalência no Brasil: 5 – 50%; 
 -Transmissão : Contato direto com as secreções dos abscessos; Com agulhas, Aparelhos 
 de tosquia, Instalações, Fômites e Banhos de imersão; 
 em ovinos ocorre principalmente por meio de ferimentos na pele 
 - patogenia > ocorrem lesões localizadas nos linfonodos superficiais após a penetração da 
 C. pseudotuberculosis. A disseminação ao(s) linfonodo(s) acontece devido ao processo de 
 fagocitose, à multiplicação intracelular e à resistência aos efeitos dos fagolisossomos, 
 seguidos de rompimento e morte celular; Os microrganismos se disseminam pela via 
 hematógena para os linfonodos toráxicos e os pulmões. Do sistema respiratório, a 
 disseminação pode ocorrer a outras partes do corpo, causando abscessos em diferentes 
 órgãos e, assim, uma debilidade progressiva no animal; 
 Além disso, componentes celulares da C. pseudotuberculosis estão envolvidos na 
 patogenia da LC. O lipídeo da parede celular da bactéria é considerado um fator piogênico. 
 Uma potente exotoxina (fosfolipase D), que é encontrada no citoplasma e na parede celular, 
 causa supuração e dermonecrose, agindo como um fator de permeabilidade, promovendo a 
 disseminação do agente do local infectado a outras partes do corpo do animal. A 
 disseminação dessa bactéria através da via linfática é incrementada pela inflamação; 
 acarretando um aumento da permeabilidade vascular, da circulação linfática e dos níveis 
 de prostaglandina, causando uma desintegração ativa dos neutrófilos e levando bactérias 
 intactas a diferentes porções dos linfonodos locais ou teciduais. Todo esse evento causa 
 um aumento no número de bactérias carreadas do lifonodo regional pela via linfática; 
 maioria dos autores concorda que a C. pseudotuberculosis seja uma bactéria intracelutar 
 facultativa. É também conhecido que, a camada de lipídeo, que a envolve, protege-a dos 
 efeitos degradativos, ou seja, das enzimas, dos fagolisossomos e dos macrófagos, daí a 
 sua persistência intracelular. 
 -sinais clínicos : linfadenopatia, linfadenite, 
 - diagnóstico > Achados clínico-epidemiológicos, Exames Hematológicos, Exame 
 Microbiológico, Citologia, Exames Sorológicos, Imunodiagnóstico, Diagnóstico Molecular, 
 Achados Anatomopatológicos 
 1. Achados clínico-epidemiológicos - 
 -Anamnese > idade, raça, tipo de exploração, histórico e procedência dos 
 animais recém-adquiridos, Uso de quarentenário, Frequência em 
 participação em eventos (exposições, feiras e leilões), Regime de criação, 
 Lotação de animais nos piquetes e/ou apriscos, Qualidade da alimentação, 
 Manejo Geral dos animais (higiene das instalações) 
 -Exame Clínico > Linfadenite, Abcessos na pele (propriedades endêmicas), 
 Disseminação sistêmica a partir dos linfonodos regionais - Pneumonia 
 (febre, inapetência, dificuldade respiratória; Debilidade geral; Emagrecimento 
 progressivo; Encefalite (Raramente); 
 Secreções nasais ou outras proveniente de linfonodos e abscessosde pele – 
 fluem pus denso; Coloração branco-amarelada a creme-esverdeada; Pus 
 inodoro; Truperella (Aracanobacterium) pyogenes – Odor pútrido ou 
 desagradável 
 2. Exames Hematológicos > Leucocitose por neutrofilia, Linfocitose, aumento 
 fibrinogênio, Hipergamaglobulinemia, Anemia e monocitose (evolução 
 crônica), Animais acometidos com manifestação visceral > Resultados 
 hematológicos dentro dos padrões normais 
 3. Exame Microbiológico > É o método mais utilizado na rotina de diagnóstico 
 da doença; Isolado de material pururlento obtido de secreções nasais, 
 linfonodos, e abscessos de pele, Leite, fezes; Fragmentos de órgãos 
 coletados à necropsia (rins, pulmões, fígado, linfonodos mesentéricos e 
 mediastínicos); 
 Meio de ágar suplementado com sangue desfibrinado ovino ou bovinos (5%) 
 37º C, microaerofilia (preferencialmente) ou aerofilia 
 Colônias beta-hemolíticas de 0,5 mm de diâmetro, ressecadas, aderidas ao 
 meio, coloração esbranquiçada com halo estreito de beta-hemólise; 
 Colorações: Gram, Giemsa e Panótico (Gram + e pleomórficos) 
 Testes bioquímicos (reações de catalase (+), oxidase (-), utilização de 
 substratos de ureia (-), glicose (+), maltose (+), sacarose (V), hidrólise 
 de esculina (-) e caseina (-) 
 CAMP-positivo (Christie, Atkins, Munch e Petersen) – produção de 
 Fosfolipase D – lise do eritrócitos – liberação do íon ferro – co-fator 
 de multiplicação das bactérias; 
 ▪ Possibilita diferenciar os biótipos: 
 ▪ Ovis – (nitrato -) 
 ▪ Equi – (nitrato +) 
 4. Citologia > Citologia Aspirativa com Agulha Fina (CAAF); Fácil execução; 
 Baixo Custo; Diagnóstico em 80% ou mais de casos; Material aspirado do 
 linfonodo aumentado – presença de organismos corineformes; 
 5. Exames Sorológicos > IDGA, Hemaglutinação indireta, Inibição da 
 Hemólise, Fixação de Complemento, ELISA, Soroneutralização; Usados em 
 programas oficiais; Limitações: sensibilidade e especificidade; 
 6. Imunodiagnóstico > Diagnóstico da tuberculose; Mycobacterium bovis sp. 
 Caprae; Clinicamente: linfonodos • Pneumonia • Emaciação • Perda 
 Progressiva de Peso; 
 7. Diagnóstico Molecular > PCR – detecção dos genes rpoB e pld; 2014 – 
 investigados os genótipos de 99 linhagens de C. Pseudotuberculosis – 
 humanos e animais (búfalos, equinos, ovinos, bovinos, caprinos, lhamas, 
 camelos) de 12 países; 
 8. Achados Anatomopatológicos > aumento de Linfonodos superficiais, 
 torácicos e/ou abdominais - Ao corte reação piogranulomatosa; Outras 
 Lesões: pneumonia, lesões abscedantes (rins, fígado), abscessos cutâneos, 
 mastite purulenta; Histologicamente: padrão de reação inflamatória 
 piogranulomatosa, contendo caseum, células epitelioides, macrófagos, 
 neutrófilos, fibrose dos tecidos; 
 - Diagnóstico diferencial : Tuberculose; Linfossarcoma; 
 -Tratamento : Não existe ainda tratamento eficaz para a cura da linfadenite caseosa; In vitro: 
 ampicilina, cefalosporinas, sulfonamidas/trimetropima, enrofloxacina,florfenicol,gentamicina 
 e tetraciclinas; 30 a 60 dias – cura clínica e não cura bacteriológica; Capacidade de 
 manutenção intracelular da bactéria em fagócitos; Lesões piogranulomatosas; Rifampicina, 
 eritromicina e azitromicina (resultados satisfatórios); 
 Drenar os abscessos 
 Desinfecção (iodo 5 ou 10% / clorexidine 2 ou 3%) 
 Remoção Cirúrgica 
 -Medidas de Profilaxia : Isolar os animais doentes que apresentam lesão supurada e 
 remover os abscessos; Descartar os animais positivos do rebanho, já que são fontes de 
 infecção; Incinerar todo material caseoso, pois o contato desse material no ambiente pode 
 permanecer como fonte de infecção para o rebanho; Desinfectar as instalações com 
 vassoura de fogo; Impedir que fêmeas positivas amamentem seus filhotes, haja vista o 
 risco de transmissão pelo leite. Quarentena; Vacinação 
 ● Fotossensibilização 
 -Aumento na resposta à radiação ultravioleta da luz solar, causada pela presença de agente 
 fotodinâmico na pele. 
 -sensibilidade que gera lesões de pele quando entram em contato com raios de luz ultra 
 violeta, podem ser causadas por agentes fotodinâmicos classificados em dois tipos, os 
 fototóxicos e os fotoalérgicos; 
 -Sinonímia: Requeima, Sapeca, Pira. 
 -Agentes Fotodinâmicos são Capazes de absorver determinados comprimentos de onda da 
 luz ultravioleta; dermatites causadas pela sensibilidade à luz se desencadeiam quando um 
 agente fotodinâmico é depositado na pele sendo exposto à luz solar. 
 - SUSTÂNCIAS FOTOSSENSIBILIZANTES (AGENTES FOTODINÂMICOS): são 
 substâncias ativadas pela luz e podem ser ingeridos pré-formados contidas em plantas ou 
 em alguns fármacos( FOTOSSENSIBILIZAÇÃO PRIMÁRIA ) ou ser produtos do 
 metabolismo anormal ( FOTOSSENSIBILIZAÇÃO ABERRANTE DO PIGMENTO ), ou, 
 ainda, produtos metabólicos normais que se acumulam nos tecidos devido à falha de 
 excreção pelo fígado - impede a excreção de filoeritrina ( FOTOSSENSIBILIZAÇÃO 
 HEPATÓGENA ) 
 - Classificação dos Agentes Fotodinâmicos : 
 1. OrigemVegetal > Froelichia humboldtiana (ervanço), Ammi majus (ammi, 
 amio-maior, bisnagas das searas), Lantana camara (chumbinho, cambará, camará), 
 Brachiaria decumbems , Hipericum perforatum (erva de São João), Polyganum 
 fagopirum (trigo sarraceno), Enterolobium contortisiliquum (orelha de macaco, timbó, 
 tamboril), Lalium perene (azevém perene), Panicum spp, Myoporum laetum, 
 Stryphnodendron spp (Barbatimão) 
 2. Origem Animal > Pulgão (Alfafa); Agentes Fungícos ‒ Pithomyces chartarum; 
 3. Origem Medicamentosa > Tetraciclina – acima de 600 mg ou acima de 25 mg/kg 
 (durante 8a 10 dias) – hepato e nefrotóxico; Sulfa – acima de 100 mg/Kg/VO – 
 necrose hepática e renal; Fenotiazina – Sulfóxido de femotiazina; Corante de 
 rosa-bengala; Acridina 
 - Classificação de acordo com a origem do agente fotodinâmico: 
 1. Fotossensibilização primária ou tipo I - agentes fotodinâmicos exógenos; 
 2. Fotossensibilização tipo II - conseqüência da síntese anormal de pigmentos 
 endógenos, sendo geralmente de origem hereditária; 
 3. Fotossensibilização hepatógena ou tipo III - acúmulo de filoeritrina, produto de 
 degradação da clorofila nos pré-estômagos, em conseqüência de lesão hepática que 
 impede sua excreção pela bile 
 -Epidemiologia: Ocorrência: surtos ou casos esporádicos ; Morbidade: 0,11 a 64% ‒ 
 Mortalidade: 14 %; 
 animais de pele clara são mais afetados; 
 -Patogenia : 
 1. Fotossensibilização Primária > 
 ‒ Froelichia humboldtiana 
 ‒ Ammi majus 
 Sinais Clínicos: • Depressão • Anorexia • Sialorréia • Lacrimeja mento • 
 Ceratocojuntivite • Dermatite severa (dorso, vulva, focinho, úbere) • Exsudação, 
 descamação e crostas 
 Consequências: • Redução na produção de leite • Redução do ganho de peso • 
 Miíases • Infecções secundárias 
 2. Fotossensibilização Hepatógena > Clorofila (planta) → filoeritrina (pigmento formado 
 nos pré-estômagos – Metabólito da clorofila) → Intestino → Lesão hepática → 
 Sangue → Pele → Doença 
 Sinais Clínicos: • Anorexia ou hiporexia • Prostação • Hipotonia ruminal • 
 Desidratação • Dor • Conjuntivite • Pele espessada e Ulcerações • Abortos e Ataxia • 
 Febre e dispnéia • Morte 
 -Diagnóstico : 
 1. Exame clínico 
 2. Investigação epidemiológica (presença de plantas nas pastagens) 
 3. Observação das lesões 
 4. Exames laboratoriais (Fot. Hepatógena) > AST, GGT, Fosfatase alcalina e Albumina 
 -Tratamento : 
 1. Retirar os animais do local 
 2. Colocar os animais à sombra e água à vontade 
 3. Retirar da exposição a luz solar (regressão de 7-10 dias) 
 4. Tratar as lesões 
 5. Re-hidratação e Glicose 
 6. Laxantes > eliminar as toxinas que ainda estejam no trato gastrointestinal 
 7. Carvão ativado 
 8. Antibioticoterapia e antiinflamatórios 
 9. Repelentes (ex. bepantol e 
 10. Ruminotomia > faz-se isso para retirar tudo do rúmen do animal (plantas e fluido 
 ruminal que possa ter a toxina) e depois eu pego o fluído ruminal de um bovino sadio 
 e juntamente com capim picado coloco no rúmen do animal doente. 
 retirada dos animais da incidência de raios UV, alojando-os em locais de sombra e com o 
 fornecimento de alimento e agua e ainda administração de protetores hepáticos e 
 antibióticos em casos mais severos, 
 -Medidas de Profilaxia : Cuidado com pastagens Brachiaria decumbens; Rotação de 
 pastagem

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